columbariae salvia
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“iniciando este e-book para vocês leitores, como uma forma de lhe poder ajudar. espero com certeza da melhor forma de poder retribuir-lhe um pouco do meu conhecimento. desde já agradeço”. Edson Roberto Collett - Alimentos Desintoxicantes para Emagrecer Fonte: http://www.dominiopublico.gov.br Edson Roberto Collett - e-mail: [email protected] PRIMEIRA PARTE: ALIMENTOS DESINTOXICANTES Ameixeira, ameixoeira ou ameixieira são os nomes por que são conhecidas algumas espécies de árvore de fruto do subgénero Prunus, incluso no género Prunus da família botânica Rosaceae (a que pertencem também à cerejeira e o pessegueiro). A ameixeira-da-baía é, contudo, do género Ximenia. O seu fruto é a ameixa. A espécie japonesa (Prunus serrulata), apesar do seu nome, teve a sua origem provável na China. A Prunus domestica, ou ameixeira-europeia teve origem na Ásia Menor, a sul do Cáucaso. É um fruto redondo com uma espécie de bico, doce e de epicarpo fino. Existem muitas variedades consoantes o seu tamanho, cor, sabor e estação do ano em que se desenvolvem. Têm entre 3–6 cm de largura. Em 1864, já eram cultivadas 150 espécies diferentes. Espécies O subgénero Prunus (Prunus) divide-se em três seções: Sect. Prunus (Ameixas do Velho Mundo). Folhas no broto enroladas para dentro; 1 a 3 flores juntas; fruto macio, frequentemente ceroso. Rosaceae (a que pertencem também a cerejeira e o pessegueiro). A ameixeira-da-baía é, contudo, do género Ximenia. O seu fruto é a ameixa. A espécie japonesa (Prunus serrulata), apesar do seu nome, teve a sua origem provável na China. A Prunus domestica, ou ameixeira-europeia teve origem na Ásia Menor, a sul do Cáucaso. É um fruto redondo com uma espécie de bico, doce e de epicarpo fino. Existem muitas variedades consoantes o seu tamanho, cor, sabor e estação do ano em que se desenvolvem. Têm entre 3–6 cm de largura. Em 1864, já eram cultivadas 150 espécies diferentes. Índice 1- Espécies 2- Fruto 3- Usos medicinais 4- Valores alimentícios P. cerasifera P. cocomilia P. consociiflora P. domestica (espécie da maioria das "ameixas" vendidas como tal) P. insititia (ameixa-de-damasco) P. simonii P. spinosa (abrunho) Sect. Prunocerasus (Ameixas do Novo Mundo). Folhas no broto dobradas para dentro; 3 a 5 flores juntas; frutos macios, frequentemente cerosos. P. alleghaniensis P. americana P. angustifolia P. hortulana P. marítima P. mexicana P. nigra P. orthosepala P. subcordata Sect. Armeniaca (damascos). Folhas no broto enroladas para dentro; flores com pedúnculo muito curto; frutos aveludados. Tratado como um subgénero separado por alguns autores. P. armeniaca (damasco) P. brigantina P. mumeP. sibirica Fruto A ameixa é o fruto comestível da ameixeira. A ameixa autêntica (Prunus domestica) tem diversos nomes, que variam de acordo com o local onde ela é cultivada. O abrunho (Prunus insititia), também chamado de abrunho grande, abrunho de enxertar, difere da ameixa autêntica, sobretudo pelo fruto, esférico e de cor violeta escura, com o caroço chato, em vez de pontiagudo, como na verdadeira ameixa. As ameixas são também um alimento culinário e podem ser usadas para conserva, geleia e doces. A ameixa sem semente é muito rara. Uso medicina] Graças ao seu conteúdo em fibra (especialmente pectina), carboidratos, magnésio, sódio e potássio, a ameixa é laxativa, recomendada contra a prisão de ventre obstinada. Médicos afirmam que a ameixa fresca é um magnífico agente terapêutico contra as enfermidades causadas pelos ácidos e associadas às hiperlipidemias, principalmente pelo ácido úrico, tais como o reumatismo, a artrite, a gota; a arteriosclerose, a nefrite etc.; ácidos e/ou gorduras originados por uma alimentação excessiva, à base de proteínas, gorduras saturadas e colesterol. A ameixa fresca é indicada contra as hemorroidas e a hipocondria. Sendo diurética, recomenda-se contra as afecções de caráter inflamatório das vias urinárias. É, ainda "desobstruente" do fígado, "depurativa" do sangue e "desintoxicante" do aparelho digestivo, pelo que se emprega com êxito nas afecções febris do estômago e do intestino. Também costuma ser empregada no tratamento das afecções das vias respiratórias (anginas, catarros etc.) Valor alimentício A ameixa, consumida ao natural, fresca, seca ou demolhada, é um alimento saboroso e saudável. É também muito apreciada em compotas, geleias, sopas, purês, ou em mistura com figos secos, passas de uvas ou nozes raladas, sendo utilizada ela seca em bolos. Por suas propriedades laxativas, convém aos intestinos preguiçosos. Mesmo crianças pequenas podem beneficiar-se da "água da ameixa" em caso de prisão de ventre. A ameixa, conforme a variedade apresenta algumas diferenças de valor nutricional. Por exemplo, a ameixa-vermelha é rica em provitamina A, ao passo que as outras variedades são relativamente pobres. A ameixa-amarela é, por sua vez, mais doce e energética, além de conter um pouco mais de proteína. A ameixa-preta apresenta elevada atividade aquosa, sendo a mais apropriada para o tratamento das afecções urinárias. Ameixa madura Foto por: Rodrigo Tetsuo Argenton, parte do Programa. Fontes Lorenzi, H.; Bacher, L.; Lacerda, M. e Sartori, S., Frutas brasileiras e exóticas cultivadas - (de consumo in natura). Instituto Plantarum, 2006. SCHNEIDER, Dr. Ernst: 'A cura e a saúde pelos alimentos. Casa Publicadora Brasileira, 1984. GENGIBRE O gengibre (Zingiber officinale) é uma planta herbácea da família das Zingiberaceae, originária da ilha de Java, da Índia e da China, de onde se difundiu pelas regiões tropicais do mundo. Outro nome conhecido no norte do Brasil é Mangarataia Trata-se de uma planta perene da Família das Zingiberáceas, que pode atingir mais de 1 m de altura. As folhas verde-escuras nascem a partir de um caule duro, grosso e subterrâneo (rizoma). As flores são tubulares, amarelo-claro e surgem em espigas eretas. O seu caule subterrâneo é utilizado como especiaria desde a antiguidade, na culinária e na preparação de medicamentos. Gengibre Zingiber officinale Classificação científica Reino: Plantae Divisão: Magnoliophyta Classe: Liliopsida Ordem: Zingiberales Família: Zingiberaceae Género: Zingiber Espécie: Z. officinale Nome binomial Zingiber officinale Roscoe, 1807 Seu é uma fotografia retocada, o que significa que ele foi alterado digitalmente de sua versão original. Modificações: Limpo, cor ajustada, girada. O original pode servisto aqui: ragma-146original.jpg. Modificações feitas por Carol Spears. História da difusão O gengibre é conhecido na Europa desde tempos muito remotos, para onde foi levado por meio das Cruzadas. Em Portugal existe registro da sua presença desde o reinado de D. João III (1521-1557). A introdução do gengibre no Brasil é atribuída por autores invasões holandesas que ocorreram no século XVII. Contudo, há relatos que citam a presença desta planta no ano de 1587. Visconde de Nassau quando veio para o Brasil trouxe o famoso botânico Pison que relatou o gengibre como planta indígena e de fácil encontro no estado silvestre, tanto que a considerou simultaneamente brasileira e asiática, convicção esta que afirmou até longa data, após, porquanto a publicou em 1648. No Brasil, o gengibre chegou menos de um século após o descobrimento. Naturalistas que visitavam o país (colônia, naquela época) achavam que se tratava de uma planta nativa, pois era comum encontrá-la em estado silvestre. Hoje, o gengibre é cultivado principalmente na faixa litorânea do Espírito Santo, Santa Catarina, Paraná e no sul de São Paulo, em razão das condições de clima e de solo mais adequadas. Usos medicinais Português: Gengibre, 15/01/2009 – Own work – Jinius Rizomas de gengibre. Como planta medicinal o gengibre é uma das mais antigas e populares do mundo. Suas propriedades terapêuticas são resultado da ação de várias substâncias, especialmente do óleo essencial que contém canfeno, felandreno, zingibereno e zingerona. Popularmente, o chá de gengibre, feito com pedaços do rizoma fresco fervido em água, é usado no tratamento contra gripes, tosse, resfriado e até ressaca. Banhos e compressas quentes de gengibre são indicados para aliviar os sintomas de gota, artrite, dores de cabeça e na coluna, além de diminuir a congestão nasal, cólicas menstruais e previne o câncer (cancro) de intestino e ovário. Desde a Antiguidade, o gengibre é utilizado na fabricação de xaropes para combater a dor de garganta. Sua ação antisséptica pode ser a responsável por essa fama, tanto que muitos locutores e cantores revelam que entre os seus segredos para cuidar bem da voz está o hábito de mastigar lentamente um pedacinho de gengibre. No entanto, esse hábito (mascar gengibre e em seguida cantar ou falar, enfim, fazer uso da voz) é contraindicado visto que o gengibre possui também propriedades anestésicas e esta "anestesia tópica" diminui o controle da emissão vocal, favorecendo o aparecimento de abusos vocais. No Japão, utiliza-se o gengibre para massagens a partir de óleo de gengibre são tratamentos tradicionais e famosos para problemas de coluna e articulações. Na fitoterapia chinesa, a raiz do gengibre é chamada de "Gan Jiang" e apresenta as propriedades acre e quente. Sua ação mais importante é a de aquecer o baço e o estômago, expelindo o frio. São usadas contra a perda de apetite, membros frios, diarreia, vômitos e dor abdominal. Aquece os pulmões e transforma as secreções. A medicina ayurvédica reconhece a ação dessa planta sobre o sistema digestivo, indicando-a para evitar enjoos e náuseas, confirmando alguns dos seus usos populares, onde o gengibre é indicado na digestão de alimentos gordurosos. O gengibre tem ação bactericida, é desintoxicante e acredita-se há séculos que possua poder afrodisíaco. Na medicina chinesa tradicional, por sua reconhecida ação na circulação sanguínea, é utilizado contra a disfunção erétil. O óleo de gengibre também é utilizado para massagear o abdômen, aquecendo o corpo e excitando os órgãos sexuais. Graças ao seu alto poder bactericida, tem-se comprovado que o consumo desta planta em estado cru por cerca de 30 dias (pode-se moer e acrescentar adoçante, mel, etc.) elimina a bactéria Helicobacter pylori existente em casos de gastrite ou úlceras. Gastronomia O gengibre possui sabor picante e pode ser usado tanto em pratos salgados quanto nos doces e em diversas formas: fresco, seco, em conserva ou cristalizado. O que não é recomendado é substituir um pelo outro nas receitas, pois seus sabores são muito distintos: o gengibre seco é mais aromático e tem sabor mais suave. O gengibre fresco é amplamente utilizado na China, no Japão, na Indonésia, na Índia e na Tailândia. No Japão costuma-se usar o suco (do gengibre espremido) para temperar frango e as conservas "beni shouga", feitas com os rizomas jovens, que são consumidas puras ou com sushi. Já o gengibre cristalizado é um dos confeitos mais consumidos no Sudeste Asiático. Nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha para fazer os tradicionais bonecos de gengibre para o Natal. Referências 1. PIO CORREA, 1984 2. Ginger (Zingiber officinale Roscoe) and the gingerols inhibit the growth of Cag A+ strains of Helicobacter pylori, Estados Unidos: NIH. Ligações externas (em inglês) Medical uses and benefits of Ginger, Health care clinic. Katzer, Gernot, "Ginger" (em inglês), Spice Pages. (em inglês) Botany, history and uses of ginger, UK: Plant Cultures. (em inglês) Medicinal uses of ginger, UMM. Chlorella Chlorella é um gênero de algas verdes unicelulares, do Filo Chlorophyta. De forma esférica, cerca de 0-10 um de diâmetro, semflagelo. Chlorella contém os pigmentos verdes fotossintetizadores clorofila-a e -b em seu cloroplasto. Através da fotossíntese se multiplica rapidamente requerendo só dióxido de carbono, água, luz solar, e pequenas quantidades de minerais, para reproduzir-se. O nome Chlorella provém do grego chloros: verde; e do sufixo diminutivo latino ella: "pequeno". O bioquímico alemão Otto Heinrich Warburg recebeu o Prêmio Nobel em Fisiologia e Medicina em 1931 por seu estudo da fotossíntese na Chlorella. Em 1961 Melvin Calvin da Universidade da Califórnia recebeu o Prêmio Nobel de Química por seu estudo sobre os caminhos da assimilação do CO, dois em plantas usando a Chlorella. Em anos recentes, investigadores têm feito uso menor de Clorela como organismo experimental devido a suas faltas do ciclo de vida biológico e, além disso, o avanço nos estudos da genética. Muita gente crê que Clorela pode servir como uma fonte potencial de alimento e de energia devido a sua eficiência fotossintética, que pode alcançar teoricamente a 8 %, que é comparável com outros cultivos altamente eficientes como a cana de açúcar. Também o faz atrativa fonte alimentar por sua alta proporção de proteína e outros nutrientes essenciais ao humano; seco, têm cerca de 45% de proteína, 20% de gorduras, 20% de carboidratos, 5% de fibras, 10% de minerais e vitaminas. Entretanto, devido a ser uma alga unicelular, seu cultivo apresenta enormes dificuldades práticas para ser feito em grande escala. Os métodos de produção de biomassa estão começando a ser usados para seu cultivo em grandes depósitos artificiais. Índice 1 Chlorella pyrenoidosa: uma breve história 1.1 Célula 1.2 Reprodução 1.3 Propriedades 2 Referências Chlorella pyrenoidosa: uma breve história Chlorella foi a primeira forma de vida com um núcleo verdadeiro. Em condições com muita luz solar e em água doce fresca se reproduz por divisão celular à razão de quatro novas células a cada 17/24 horas. Em ou perto dos corpos de água em nosso planeta, existem 25.000 espécies de algas que são plantas elementares sem raízes, caule e folhas. Elas, habitualmente, possuem clorofila, sendo as algas verdes os organismos mais simples. Quando possuem clorofila, como as plantas, as algas convertem elementos químicos inorgânicos em matéria orgânica usando a luz solar. Elas formam a primeira ligação na série de organismos que caracterizam a base da cadeia alimentar. A primeira Chlorella foi identificada por volta de 1900. Elas existem na terra desde o período Pré-Cambriano, há mais de 2.5 bilhões de anos. Entretanto, até 1890 suas células não tinham sido identificadas por olhos humanos sob um microscópio. Elas cresceram de forma natural, primeiramente, na Holanda, no final de 1800. No início de 1900, compreendendo que a Chlorella consiste em 60% de proteínas e multiplicase muito depressa, cientistas de várias nações, especialmente da Alemanha, começaram a se interessar pela ideia de utilizar a Chlorella como alimento. Embora a pesquisa tenha sido interrompida pelas duas guerras mundiais na Europa, o entusiasmo pela Chlorella continuou. Em 1948, um estudo piloto do Instituto de Pesquisa de Stanford sobre o crescimento da Chlorella foi bem sucedido. Porém, o estudo teve que parar devido a problemas financeiros. Em 1950, pesquisadores do Instituto Carnegie invadiram o estudo e perceberam que a Chlorella podia crescer em escala comercial e ser a solução para a fome no mundo. O inicial interesse em Chlorella como uma fonte de alimento partiu, no período Pós-guerra, por parte do Japão que possuía um sério problema naquela época: deficiência em alimento. Em 1951, a Fundação Rockefeller e o governo japonês apoiaram os estudos do Dr. Hiroshi Tamiya no Instituto Biológico Tokugawa. Dr.Tamiya foi um pioneiro no desenvolvendo da tecnologia de crescimento da Chlorella em larga escala. Em 1957, a organização, chamada Japão Chlorella, fundou um Centro de pesquisa e a maior piscina de Chlorella do mundo foi construída. Então, outra organização, Japão Chlorella Associações, foi estabelecida com a assistência financeira governamental. O objetivo foi comercializar a Chlorella como um alimento. Mas, os planos foram adiados por dois anos porque outro alimento, o arroz, tinha ficado disponível em maior quantidade e a Chlorella não poderia competir devido ao seu maior custo. Outro motivo, pelo qual, a Chlorella não poderia ser comercializada como um alimento era sua baixa digestibilidade, que ainda deveria ser melhorada. Melhorar a digestibilidade Chlorella foi o processo chave para seu sucesso atual. Embora, sua célula esteja naturalmente protegida por inúmeros nutrientes por 2.5 bilhões anos, foi provado ser esta compressão uma desvantagem para o consumo humano. O problema de digestibilidade foi resolvido em 1975 quando uma patente descobriu que a quebra de sua parede celular rendia uma digestibilidade de mais de 80%. No final de 1960, cientistas japoneses levantaram a possibilidade de ser a Chlorella saudável. Comprovou-se que ela contém uma surpreendente variedade de vitaminas, minerais e outros nutrientes. Adicionalmente, têm sido descobertos outros fatores importantes relacionados ao seu consumo. Abaixo, ela ao microscópio. 17 July 2011 - Own work Vladi Damian Célula A maioria das algas tem uma estrutura similar a de um vírus, sendo muito primitivas por não possuírem um núcleo. Já a Chlorella p. possui um núcleo, o que lhe confere muitas de suas "propriedades extras". A célula da Chlorella p. é completa e bem definida. O núcleo é contido no envelope nuclear. Fora desse envelope estão a mitocôndria e o cloroplasto. Um grão de amido é visível no noroeste da célula (ver figura acima). A parede celular daChlorella p., além de protegê-la, apresenta inúmeras moléculas de clorofila, tantas que a Chlorella p. é considerada o organismo conhecido com a maior concentração desses pigmentos em todo o planeta Terra. Durante, aproximadamente, os primeiros bilhões de anos de existência da Terra, sua atmosfera era repleta de gases fatais como: amônia, metano e dióxido de carbono. Então, tornou-se a função das plantas (inclusive da Chlorella sp) filtrar estes elementos fatais, possibilitando, eventualmente, dessa forma, o surgimento da fauna e da flora no ambiente terrestre. Chlorella p. não é visível a olho nu, é esférica, mede somente, 2 a 10 micrômetros de diâmetro e não possui flagelo. Chlorella contém clorofila a e b em seu cloroplasto. Depende da fotossíntese para crescer e se reproduzir, requerendo somente dióxido de carbono, água, luz solar e certos minerais. Chlorella p. resiste a águas contaminadas com mercúrio, cádmio ou chumbo graças as suas inúmeras proteínas. Um livro escrito sobre a indústria extrativa mineral, "Absorção de Metais Pesados", detalha como mineiros usam este organismo para aumentar o rendimento de minas de metais preciosos. Os mucopolissacarídeos presentes na parede celular da alga absorvem grandes quantidades de metais tóxicos. Sua rápida taxa de reprodução é certamente inacreditável. Uma únicaChlorella p. pode dividirse e subdividir-se em quatro células diferentes a cada 16/24 horas. Se uma célula de Chlorella se reproduzisse livremente, em condições ideais, após 63 dias, haveria células suficientes para ocupar toda a superfície da Terra. Porém, a natureza limita essa taxa de crescimento: cada célula de Chlorella p. requer uma quantidade substancial de luz solar para se reproduzir. Além disso, um grupo de Chlorella p. causa uma diminuição significativa no espaço disponível para reprodução, diminuindo, naturalmente, sua taxa de multiplicação. Devido ao rápido crescimento da Chlorella p. e de sua abundância de nutrientes, ela oferece aos pesquisadores muitas oportunidades de estudo sobre suas várias e importantes propriedades. Pode ser achada em endosimbiose com ciliados, crescendo como se estivesse em uma estufa. Nesta relação comensalista, a alga recebe alguns nutrientes essenciais e proteção. Já o ciliado, recebe proteínas e vitaminas, principalmente úteis quando há escassez de alimento no meio exterior. Reprodução Sob favoráveis condições de crescimento (forte luz solar, água pura e ar limpo) Chlorella p. multiplica-se a uma inacreditável taxa. O processo de reprodução se divide em três etapas: crescimento - maturação - divisão. Durante a divisão, uma célula mãe se reproduz assexuadamente pela formação de 4, 8 ou raramente 16 auto-esporos (células filhas). Este ciclo de reprodução completa-se em menos de 24 horas. Até hoje, Chlorella p. nunca foi vista reproduzindo-se sexuadamente. Propriedades Chlorella p. é diferente e superior a muitas vitaminas comerciais; é um alimento completo, contendo um poderoso concentrado natural de nutrientes. Os nutrientes contidos em Chlorella p. incluem proteínas, minerais, aminoácidos, enzimas polissacarídeos, fibras, vitaminas e clorofila. A clorofila e seus derivados estimulam a formação de glóbulos vermelhos, afetam a nutrição e influenciam o metabolismo e a respiração. As vitaminas são cobertas por aminoácidos e, conseguinte, o corpo as assimila mais rapidamente. Possui 18 aminoácidos, incluindo os oito aminoácidos essenciais. Dentre as enzimas, existem importantes enzimas digestivas, frequentemente utilizadas em tratamentos de câncer. Alguns dos polissacarídeos são: galactose, xilose, ramnose e arabinose, que foram descobertos como cruciais para melhorar o sistema imunológico, a capacidade das células de se comunicarem e na identificação de corpos estranhos pelos linfócitos. O índice de DNA é de 3 % de seu volume total e o índice de RNA varia de 0.2 a 0.3 %. É rica em ácidos nucléicos - bons para o crescimento e antienvelhecimento (estudos concluíram originalmente que as sardinhas tinham a maior concentração de ácidos nucléicos, mas a Chlorella p. possui dez vezes mais ácidos nucléicos que a sardinha). A Chlorella p. tem dez vezes mais beta-caroteno que as cenouras e é rica em vitaminas do complexo B, mas, particularmente, rica em vitamina B-12 e por isso, é excelente para vegetarianos. Para além de seu benefício como alimento, existem numerosos estudos, a maioria por parte do Japão (e.g. Sarkar 1994 ou Hayatsu 1993 ou Konishi 1990), que demonstram ser a Chlorella p. um forte impulsionador do sistema imune. Sem quaisquer surpresas vários estudos mostram que ela combate a várias infecções (e.g. Konishi). Também, mostrou-se na pesquisa japonesa, que essa alga promove o crescimento nas crianças e fortalece seus tecidos por conter o Fator Chlorella de Crescimento (FCC). Desde que é conhecido que a Chorella p. incrementa o conteúdo das células brancas do corpo, ela pode revelar-se como uma ajuda durante e após a quimioterapia. A Chlorella p., particularmente, aumenta a produção de macrófagos e de linfócitos T. Depois de uma pesquisa feita por Waladkhani e Clemens em 1990 (sobre os efeitos de fitoquímicos dietéticos no desenvolvimento do câncer) tem aumentado o interesse nos benefícios da clorofila em geral no processo de combate ao câncer de colo e de mama. A Chlorella p. é particularmente um bom agente desintoxicante; pode ajudar na desintoxicação de metais pesados, como por exemplo, o mercúrio e na desintoxicação de pesticidas. Esta primeira forma de existência na Terra também ajudou em seu balanceamento ácido/alcalino. Finalmente, existe alguma indicação que ela aumenta a multiplicação de lactobacilos, ajudando na digestão e é utilizada como agente oxigenante do sangue, onde tem possibilidades interessantes contra células cancerígenas, que normalmente expandem-se a menos que exista um bom oxigenamento. Ela pode ser utilizada em casos de anemia, hepatite, gastrite e outras inflamações, obesidade, má nutrição, fragilidade da pele e outras alterações crônicas (PITCHFORD, 2002). Estudos demonstram que a clorella reestabelece a geração de granulócitos-macrófagos nos órgãos hematopoiéticos e a ativação das funções efetoras dos fagócitos, promovendo uma atividade antibacteriana, portanto ela protege os animais expostos a estresses agudos, fortalecendo o sistema imune (TANAKA ET AL, 1997). Observou-se, conjuntamente, ação mieloprotetora em animais submetidos ao estresse agudo de contenção e frio (SOUZA-QUEIROZ ET AL.; 2004). Ela é considerada um modificador da resposta biológica, por aumentar as defesas do hospedeiro contra infecções virais e bacterianas em camundongos normais. Imunossuprimidos Por ter tantas propriedades importantes, não é de se admirar seu uso como suplemento alimentar pelos astronautas da NASA em suas viagens espaciais. Referências 1. I.Zelitch, Photosynthesis, Photorespiration and Plant Productivity, Academic Press, 1971, p.275 2. PITCHFORD, P. Healing with whole foods: Asian traditions and modern nutrition. Três ed., p. 537, 2002 3. SOUZA- QUEIROZ, J, MALACRIDA, S. A., JUSTO, G. Z, QUEIROZ, M. L. S. Myelopoetic response in mice exposed to acute cold/restraint estress: Modulation by chlorella vulgaris prophylactic treatment. Immunopharmacol and Immunotozicol, v.26, p. 455-467, 2004. 4. TANAKA, K. et al. Oral administration of a unicellular green algae, Chlorella vulgaris, prevents stressinduced ulcer. Planta Medica v.63, n.5, p.465-466, 1997.5. DANTAS, D. C. M., QUEIROZ, M. L.S. Effects of Chlorella vulgaris on boné marrow prpgenitor cells of mice infected wit Listeria monocytogenes. Int. J. Immunopharmacol, v. 21, p. 499-508, 1999. Categorias: Algas verdes Espécies descritas em 1992 SEGUNDA PARTE: ALIMENTOS PARA EMAGRECER O transtorno da compulsão alimentar periódica (TCAP) (do inglês binge eating disorder) é caracterizado pela ingestão de grande quantidade de alimentos em um período de tempo delimitado (até duas horas), acompanhado da sensação de perda de controle sobre o quê ou o quanto se come. Para caracterizar o diagnóstico, esses episódios devem ocorrer pelo menos dois dias por semana nos últimos seis meses, associados a algumas características de perda de controle e não acompanhados de comportamentos compensatórios extremos para a perda de peso como vômito e laxantes (pois nesse caso se classifica como bulimia). Transtorno da compulsão alimentar periódica Mais comum em pessoas ansiosas Classificação e recursos externos CID-10 F50.4 CID-9 370.50 Características Na TCAP ocorrem episódios de compulsão alimentar pelo menos duas vezes por semana por mais de seis meses Além da sensação de perda de controle e da quantidade de alimento consumido a compulsão alimentar frequentemente também é acompanhado por sentimentos de angústia subjetiva, incluindo vergonha, nojo e/ou culpa. Os pacientes com TCAP possuem autoestima mais baixa, tem um lócus de controle mais externo e preocupam-se mais com o peso e a forma física do que outros indivíduos que também possuem sobrepeso, mas não possuem o transtorno. Das pessoas com TCAP, 78.9% possuem algum outro diagnóstico psiquiátrico de eixo I (como depressão, transtorno bipolar e/ou transtornos de ansiedade). Estima-se que 27 a 47% dos pacientes que fazem cirurgia bariátrica tenha esse transtorno. Pacientes com transtorno do pânico são mais vulneráveis a desenvolver compulsão alimentar como forma de aliviar sua ansiedade. De forma semelhante, pacientes com transtornos de humor podem desenvolver compulsão alimentar como enfrentamento emocional ineficaz para lidar com suas emoções. História Foi descrito pela primeira vez por Stunkard em 1959 e incluído no DSM IV em 1994 como F50transtorno alimentar assim como a anorexia e bulimia 2006 – Own work – Robert Lawton Prevalência Assim como os outros transtornos alimentares, o TCAP geralmente começa na infância, por influência da família e mulheres são as mais afetadas. Nos EUA afeta 3.5% das mulheres e 2% dos homens, estando fortemente correlacionado aos consumidores de tratamentos para perda de peso como lipoaspiração e SPA para emagrecer (cerca de 30% nos EUA). Sem tratamento psicológico, nutricional e médico a maioria eventualmente abandona quaisquer esforços de fazer dieta em razão de fracassos repetidos e acabam com sérias consequências para sua saúde. No Brasil cerca de 15% dos obesos mórbidos e 49% dos obesos que procuram tratamento para emagrecer possuem esse transtorno. No mundo, a prevalência estimada de TCAP na população geral pode variar de 1,5 a 5% e em amostras clínicas de pacientes obesos encontrase em torno de 7,5 a 30%. Diagnóstico A escala americana Binge Eating Scale para diagnosticar esse transtorno foi traduzida e validada para o Brasil em 2002 com o nome de Escala de Compulsão Alimentar Periódica. Diagnósticos diferenciais O TCAP diferencia-se da hipergafia, outra definição usada pela OMS para compulsão alimentar periódica, por não necessariamente estar associado a um evento traumático. Assim como outros transtornos alimentares, o TCAP geralmente começa na infância ou na adolescência por influência da família, de fatores hereditários, ambientais e sócio culturais. Apesar de concordarem que o TCAP é uma psicopatologia séria, ainda existem médicos que considera ela como sendo apenas uma forma de bulimia não purgativa e que não é necessário utilizar essa terminologia. Por outro lado, alguns médicos defendem essa distinção, pois dividir grandes quantidades de indivíduos em um diagnóstico mais específico ajuda a formular um tratamento mais eficaz e serve para prever o tipo de resposta e prognóstico a diferentes tratamentos. Alguns autores propuseram que o TCAP na verdade seria um tipo de transtorno obsessivocompulsivo, porém, a análise da comorbidade entre esses dois transtornos identificou que a resposta medicamentosa é diferente, com um transtorno podendo persistir sem o outro, indicando que se trata de transtornos independentes. Além disso, TOC, mesmo sendo um transtorno de ansiedade, não é uma comorbidades comum. Tratamento: Existem três classes de medicamentos mais utilizadas no tratamento TCAP. Os tratamentos mais frequentes são feitos com antidepressivos, especialmente os inibidores seletivos de receptação da serotonina (ISRS), que também servem para tratar os mais prováveis transtornos associados (depressão, ansiedade e TOC). Os ISRS (como fluoxetina, fluvoxamina, sertralina e o citalopram) têm sido descritos como capazes de reduzir significativamente o comportamento de compulsão alimentar e o peso. Mais recentemente, asibutramina, um agente antiobesidade, e o topiramato, um agente neuroterapêutico, também demonstraram sua eficácia em testes duplo-cego com placebo. A terapia cognitivo-comportamental (TCC) mostrou-se eficaz na manutenção da redução da frequência da compulsão alimentar (72% no final do tratamento e 64% após um ano) e no desaparecimento dos sintomas (remissão) (41% no final do tratamento e 33% após um ano). Em outro estudo os pacientes que mantiveram remissão durante o seguimento perderam 6,4 kg; os com manutenção parcial perderam 4,1 kg; enquanto os que apresentaram recaídas ganharam 0,4 kg no seguimento. Os resultados foram melhores quando houve adesão a exercícios físicos regulares e terapias de manutenção nos seis meses posteriores (61% de remissão). Em vários estudos com TCC são observadas melhoras na autoestima, nas dificuldades interpessoais, no humor e na qualidade de vida, além de um aumento do sentimento subjetivo de bem–estar, porém com sem reduções significativas no peso corporal. A terapia humanista teve desempenho bastante inferior a TCC com remissão de 29,4% ao final do tratamento e de 17,6% três meses depois. Ainda faltam estudos mostrando a eficácia da psicoterapia combinada com medicamentos, exercícios regulares e acompanhamento nutricional, porém este provavelmente é o tratamento mais eficaz. Referências 1. SPITZER, R.L. YANOVSKI, S.; WADDEN, T. et al.- Binge Eating Disorder: its further validation in a multisite study. Int. J Eat Dis 13: 137-53, 1993. 2. Hudson, JI; Hiripi, E; Pope Jr, HG; Kessler, RC (2007). "The prevalence and correlates of eating disorders in the National Comorbidity Survey Replication.". Biological psychiatry 61 (3): 348–58. Doi: 10.1016/j.biopsych. 2006.03.040. 3. WADDEN, T.A.; SARWER, D.B.; WOMBLE L.G. et al.- Psychosocial aspects of obesity and obesity surgery. Sur Clin North Amer 81: 1001-24, 2001. 4. Yanovski SZ, Nelson JE, Dubbert BK, Spitzer RL. Association of binge eating disorder and psychiatric comorbidity in obese subjects. Am J Psychiatry 1993; 150(10): 1472-9. 5. AZEVEDO, Alexandre Pinto de SANTOS, Cimâni Cristina dos and FONSECA, Dulcineia Cardoso Da. Transtorno da compulsão alimentar periódica. Rev. psiquiatr. Clín. [online]. 2004, vol.31, n.4 [cited 201102-23], pp. 170-172. Available from: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010160832004000400008&lng=en&nrm=iso>. ISSN 0101-6083. doi: 10.1590/S0101-60832004000400008. 6. GRILO, C.M. - Binge eating disorder. In: Eating disorders and obesity: a comprehensive handbook. Fairburn, C.G.; Brownell K.D. (eds). 2 ed., pp. 178-82, 2002. 7. Brito, CLS; Mombach, KD; Stenzel, L. Transtorno de Compulsão Alimentar em Obesos Mórbidos. 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Geralmente são anfetaminas, metanfetaminas e similares, mesma classe de drogas da cocaína, crack e crystal meth. Atualmente, as drogas anorexígenas utilizadas no Brasil são a dietilpropiona (anfepramona), o fenproporex, fenfluramina, fenilpropanolamina e o manzidol. Dentre eles, o femproporex é o anorexígeno mais utilizado no Brasil (60% das prescrições). No Brasil, em 2008, o uso foi de cerca de 20DDD/1.000 habitantes, ou seja, estão entre os medicamentos mais vendidos no Brasil. Mecanismos de atuação As anfetaminas são estimulantes do SNC (Sistema Nervoso Central), que aumentam a vigília, cortam o apetite e aumentam a atividade autônoma dos indivíduos. Algumas são capazes de atuar no sistema serotoninérgico, aumentando a liberação de dois importantes neurotransmissores a noradrenalina e a dopamina. A biodisponibilidade aumentada desses neurotransmissores nas fendas sinápticas reduz o sono e a fome e provoca um estado de agitação psicomotora. A serotonina regula o apetite e junto com dopamina, responsáveis pela sensação de prazer, contribuem para a compulsão do uso. Indicação O uso de medicamentos frequentemente não é eficaz em longo prazo quando o paciente engorda novamente. Casos de hipertensão pulmonar fatal e danos na válvula cardíaca associada a produtos farmacêuticos dos anorexígenos levaram à retirada de produtos do mercado na Europa. Este foi o caso do aminorex na década de 1960, e da fenfluramina em 1990. Da mesma forma, a associação do inibidor de apetite fenilpropanolamina relacionadas com acidente vascular cerebral hemorrágico levou a sua retirada do mercado nos Estados Unidos em 2000, e preocupações semelhantes quanto à efedrina resultaram em uma proibição do órgão de controle de drogas americano (FDA) a sua inclusão em suplementos dietéticos, em 2004 (mais tarde um juiz federal anulou esta proibição, em 2005, durante um processo feito pela fabricante de suplementos nutracêuticos). Outro fator importante para a proibição da efedrina foi o seu uso como um precursor na produção de metanfetaminas. No Brasil, é usada no tratamento farmacológico da obesidade quando o paciente possui um IMC maior que 30,0 kg/m² ou quando o indivíduo apresenta doenças associadas à obesidade, com IMC superior a 25,0 kg/m², em situações nas quais o tratamento com dieta, exercício ou aumento da atividade física e modificações comportamentais provou ser ineficaz repetidas vezes. Consumo do Brasil Em 2008 o consumo era de cerca de 20DDD/1000hab. (20 doses diárias definidas para cada 1000 habitantes). Segundo relatório da ONU houve um aumento de 500% no consumo de anorexígenos no Brasil entre 1998 e 2005, o que levaram eles a declaram esse padrão de consumo como inadmissível e devendo ser combatido. Além disso, em um estudo feito em 2003, 42,9% do total de notificações analisadas apresentaram alguma irregularidade (ilegíveis, sem carimbo, irregulares, posologia inadequada…) que deveriam impedir a dispensação das mesmas. As mulheres consomem de seis a oito vezes mais do que os homens. Classificação Os anorexígenos são classificados como psicotrópicos, uma vez que agem no Sistema Nervoso Central. Por causarem dependência são vendidos sob controle especial. No Brasil a Portaria nº344 de 12 de maio de 1998, é o documento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária que aprova o regulamento técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. Porém foi em 5 de setembro de 2007 que a Resolução RDC nº 58 dispôs sobre o aperfeiçoamento do controle e fiscalização de substâncias psicotrópicas anorexígenas. No Brasil usa-se também o Mazindol, além dos efeitos colaterais comuns aos outros anorexígenos, o Mazindol pode precipitar quadros depressivos, agitação psicomotora e sintomas semelhantes ao quadro de transtorno do pânico. Efeitos colaterais 24-06-2007 – Glitzy queen00 Em vários países a fenilpropanolamina e a efedrina foram banidos por causar derrame hemorrágico Seus efeitos colaterais dependem do organismo de quem usa e do tempo de uso, sendo os mais comuns: Hipertensão arterial; Taquicardia; Midríase (sequela que compromete os nervos oculares); Disforia (humor instável); Cefaleia; Depressão nervosa; Irritabilidade; Arritmia; Insônia; Confusão mental; Tonturas; Agitação psicomotora; Constipação intestinal; Aumento da ansiedade; Instabilidade do humor; Calafrios; Vômitos; Sudorese; Verborragia; Enjoo; Devido ao seu alto potencial para causar dependência, a OMS recomenda que seu não ultrapasse 12 semanas. 8 Uma pessoa que faça uso prolongado, pode desenvolver transtornos alimentares, especialmente bulimia. Como geralmente são anfetamínicos eles também podem causar depressão maior, alucinação, delírios e desencadear surto psicótico. Síndrome de abstinência Own work – James Heilman, MD Um novo medicamento não-anfetamínico, o Xenical (Orlistat), causa menos efeitos colaterais e não causa dependência química, porém causa problemas gastrointestinais em 91% dos casos e renais em mais de 33% dos casos. A síndrome de abstinência chega a atingir 87% dos usuários de anfetaminas: Fissura interna; Ansiedade e Agitação; Pesadelos; Redução da energia; Lentificação; Humor Depressivo. Contra-indicação Os anorexígenos são contraindicados em pacientes com antecedentes psicóticos ou com transtornos de ansiedade, em epiléticos não tratados, na hipertensão arterial severa ou não tratada, em crianças com pouca idade, em idosos, em pacientes com história anterior de intolerância aos anorexígenos ou de abuso de drogas, na gravidez (ou suspeita), na lactação, hipertireoidismo, cardiopatias severas, porfirias e glaucoma. Interações A interação com antidiabéticos orais pode alterar significativamente a taxa de glicose. A interação com anti-hipertensivos, como a clonidina, guanetidina, metildopa e alcaloides da Rauwolfia diminuem os efeitos hipotensores por competir com receptores adrenérgicos. A interação com hormônios da tireoide aumenta a estimulação do sistema nervoso central e com fenotiazina, como a clorpromazina, produz efeito antagônico, anulando o efeito anorexígeno. O álcool pode interagir com todas as classes de anorexígenos provocando tonturas, vertigens, confusão mental e sonolência. Os anorexígenos podem reforçar o efeito central dos estimulantes do sistema nervoso central, dos hormônios da tireoide ou da amantadina; os efeitos das catecolaminas exógenas; os efeitos simpaticomiméticos dos IMAO. Alternativas Catecolaminérgicos, Inibidores da absorção intestinal de gorduras e Inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS) ou de serotonina e noradrenalina. É importante também que o paciente faça psicoterapia, seja acompanhado por um nutricionista e faça exercícios físicos regulares para tratar as causas do problema, ou é bastante provável que ele volte a ganhar peso assim que pare os medicamentos aumentando a probabilidade de gerar dependência química e psicológica. Referências 1. Mônica de Fátima Gontijo Carneiro; Augusto Afonso Guerra Júnior; Francisco de Assis Acurcio. Prescrição, dispensação e regulação do consumo de psicotrópicos anorexígenos em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 24(8): 1763-1772, ago., 2008. Disponível em: http://www.scielosp.org/pdf/csp/v24n8/05.pdf 2. Secretaria de Vigilância Sanitária, Ministério da Saúde. Parecer e recomendações do Grupo de Estudos assessor da SVS-MS sobre medicamentos anorexígenos. São Paulo: Ministério da Saúde; 2003. 3. Fishman AP. Aminorex to Fen/Phen: An Epidemic Foretold. Circulation 1999; 99:156 4. Evandro Murer. Drogas, Anfetaminas e Remédios para Emagrecer. Fef. unicamp.br. 5. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. ANVISA analisa riscos e benefícios dos inibidores seletivos de COX-2. Anvisa.gov.br. Visitado em 7 de março de 2005. 6. Ministério da Saúde. Portaria nº. 344. Aprova o regulamento técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. Diário Oficial da União 1998; 12 mai. 7. Parecer técnico-científico do Grupo Assessor de Estudos sobre Medicamentos Anorexígenos Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Visitado em 21 de julho de 2002. 8. World Health Organization. Anorectic agents: restricted use. WHO Pharmaceuticals Newsletter 1997; 3/4. Who.int. Visitado em 7 de março de 2005. 9.[1] Fda.gov. A Salvia hispânica, popularmente conhecida como chia ou sementes de chia, é uma planta herbácea da família das lamiáceas (assim como a linho e a sálvia), nativa da Guatemala e das regiões central e austral mexicanas (e Colômbia). Há evidência de que os astecas cultivavam o vegetal em tempos pré-colombianos presente no Códice Mendoza, datado do século XVI, documento no qual também se mencionava sua relevância agrícola à época. Mais conhecida por sua semente, a qual é comercializada integralmente, moída ou em forma de óleo, a chia também é dona de folhas que podem ser aproveitadas para infusões. Ambos derivados, independente da forma, são tidos como ricas fontes de minerais, aminoácidos essenciais e ômega 3. É frequentemente enaltecido seu potencial em prevenir doenças cardiovasculares, diabetes e até tumores, além do de auxiliar na perda de peso. Chia Classificação científica Reino: Plantae Divisão: Magnoliophyta Classe: Magnoliopsida Ordem: Lamiales Família: Lamiaceae Género: Salvia Espécie: S. hispânica Nome binomial Salvia hispânica Etimologia A palavra chia deriva da palavra do nahuatl chian, que significa "oleoso". Diz-se que o estado mexicano de Chiapas pode ter sido nomeado também a partir da língua náuatle, significando "água de chia" ou "rio de chia". É uma das duas plantas conhecidas como chia, sendo a outra Salvia columbariae, esta também denominada chia dourada. Semente de chia A semente da chia possui formato oval e "diâmetro" de aproximadamente 2 mm. É visivelmente a principal parte da planta nos âmbitos comercial e gastronômico. Características nutricionais A semente da chia é, por vezes, considerada um alimento funcional dadas suas características compositivas. Seu efeito mucilaginoso (o de absorver e reter quantidade significativa de água, como um emulsificante), devido à alta concentração de fibras, torna a chia interessante para quem busca emagrecer, posto que possa intensificar a sensação de saciedade. É possível escrutinar a importância nutricional da semente de chia com a seguinte lista: Ômega 3: A semente da chia é uma das mais ricas fontes conhecidas (tanto entre os vegetais quanto entre as animais) do ácido alfa linolênico, um dos ácidos graxos classificados como ômega 3. Cálcio: cinco vezes a concentração do mineral encontrada no leite de vaca. Magnésio: 100 gramas da semente de chia podem conter o mesmo que 200g do mineral presente em nozes3 ou 1,6 kg de brócolis, por si só considerados alimentos ricos no nutriente. Manganês e fósforo: 100 gramas de chia contêm 108% do manganês e 95% do fósforo demandados por um adulto numa dieta de 2.000 quilocalorias/dia. Proteínas: 15% da composição da chia é proteica, sendo seus aminoácidos, em conjunto, formadores de alto valor biológico. Apenas 28 gramas da semente fornecem 9% da proteína que um adulto demanda, em média. Fibras: a alta concentração de fibras alimentares (38 gramas a cada 100) faz da chia um aliado do emagrecimento e na boa digestão. Antioxidantes: a presença do flavonoide kaempferol e, em menor quantidade, os ácidos cafeico e cloro gênico presentes provêm a chia efeito antioxidante comparável ao que apresenta o Trolox, antioxidante comercial da Hoffmann–La Roche. Aplicação culinária A semente de chia, quando utilizada de maneira integral, pode ter diversos usos culinários. Agindo quase como emulsificante, torna líquidos mais próximos de um gel e dá "liga" a massas. Receitas que podem incluir a semente de chia são pudins, pães, tortas, quiches, mousses, cremes, patês, risotos, farofa, saladas de frutas, sumos e vitaminas. Controvérsia sobre emagrecimento Em estudo realizado por membros da Appalachian State University, situada nos EUA, 90 pessoas acima do peso (IMC ≥ 25), entre 20 e 70 anos e saudáveis, foram submetidas ora a placebo, ora a ingestão de duas doses diárias compostas por 25 gramas de sementes de chia, adicionadas a 250 ml de água e agitadas, uma antes do café da manhã e, a outra, do jantar. O placebo era nutricionalmente equivalente, salvo as quantidades de ácidos polinsaturados e de fibra alimentar. A seleção do grupo controle, aleatória. O intervalo da pesquisa foi de 12 semanas (aproximadamente três meses, precisamente 84 dias que totalizaram 4,2 kg do grão em questão) e somente 14 dos 90 indivíduos participantes não seguiram à risca as exigências dos cientistas. A conclusão foi que não houve diferença significante entre as duas amostras, tanto em questão de peso quanto em composição corpórea, além da manutenção dos níveis depressão sanguínea e de proteína c-reativa, entre outros fatores por vezes considerados suscetíveis à ingestão regular de chia. 29 MAY 2009 – Own work -Pancrat Referências 1. Salvia hispânica L. (em inglês) Germplasm Resources Information Network Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. Visitado em 21 de março de 2012. 2. Mundo Verde (9 de novembro de 2011). Chia: uma verdadeira aliada da saúde Blog Mundo Verde. Visitado em 21 de março de 2012. 3. Nutricionista fala sobre nutrientes e benefícios da semente de chia G1 MG, g1.globo.com (15 de outubro de 2011). Visitado em 21 de março de 2012. 4. CAHILL, Joseph P. (2003) Ethnobotany of Chia, Salvia hispânica L. (Lamiaceae) Economic Botany. Volume 57. Edição 4. 604-618 DOI: 10.1663/0013-0001(2003)057[0604: EOCSHL]2.0. CO;2 5. Isabell Shipard (6 de abril de 2009). 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(http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S027153170900089X)
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