columbariae salvia

Transcrição

columbariae salvia
“iniciando este e-book para vocês leitores, como uma forma de lhe poder ajudar.
espero com certeza da melhor forma de poder retribuir-lhe um pouco do meu
conhecimento. desde já agradeço”.
Edson Roberto Collett - Alimentos Desintoxicantes para Emagrecer
Fonte: http://www.dominiopublico.gov.br
Edson Roberto Collett - e-mail: [email protected]
PRIMEIRA PARTE: ALIMENTOS DESINTOXICANTES
Ameixeira, ameixoeira ou ameixieira são os nomes por que são conhecidas algumas espécies
de árvore de fruto do subgénero Prunus, incluso no género Prunus da família botânica
Rosaceae (a que pertencem também à cerejeira e o pessegueiro). A ameixeira-da-baía é,
contudo, do género Ximenia. O seu fruto é a ameixa.
A espécie japonesa (Prunus serrulata), apesar do seu nome, teve a sua origem provável na
China. A Prunus domestica, ou ameixeira-europeia teve origem na Ásia Menor, a sul do
Cáucaso.
É um fruto redondo com uma espécie de bico, doce e de epicarpo fino. Existem muitas
variedades consoantes o seu tamanho, cor, sabor e estação do ano em que se desenvolvem.
Têm entre 3–6 cm de largura.
Em 1864, já eram cultivadas 150 espécies diferentes.
Espécies
O subgénero Prunus (Prunus) divide-se em três seções:
Sect. Prunus (Ameixas do Velho Mundo). Folhas no broto enroladas para dentro; 1 a 3 flores
juntas; fruto macio, frequentemente ceroso.
Rosaceae (a que pertencem também a cerejeira e o pessegueiro). A ameixeira-da-baía é,
contudo, do género Ximenia. O seu fruto é a ameixa.
A espécie japonesa (Prunus serrulata), apesar do seu nome, teve a sua origem provável na
China. A Prunus domestica, ou ameixeira-europeia teve origem na Ásia Menor, a sul do
Cáucaso.
É um fruto redondo com uma espécie de bico, doce e de epicarpo fino. Existem muitas
variedades consoantes o seu tamanho, cor, sabor e estação do ano em que se desenvolvem.
Têm entre 3–6 cm de largura.
Em 1864, já eram cultivadas 150 espécies diferentes.
Índice
1- Espécies
2- Fruto
3- Usos medicinais
4- Valores alimentícios
P. cerasifera
P. cocomilia
P. consociiflora
P. domestica (espécie da maioria das "ameixas" vendidas como tal)
P. insititia (ameixa-de-damasco)
P. simonii
P. spinosa (abrunho)
Sect. Prunocerasus (Ameixas do Novo Mundo). Folhas no broto dobradas para dentro; 3 a 5
flores juntas; frutos macios, frequentemente cerosos.
P. alleghaniensis
P. americana
P. angustifolia
P. hortulana
P. marítima
P. mexicana
P. nigra
P. orthosepala
P. subcordata
Sect. Armeniaca (damascos). Folhas no broto enroladas para dentro; flores com pedúnculo
muito curto; frutos aveludados. Tratado como um subgénero separado por alguns autores.
P. armeniaca (damasco)
P. brigantina
P. mumeP. sibirica
Fruto
A ameixa é o fruto comestível da ameixeira. A ameixa autêntica (Prunus domestica) tem
diversos nomes, que variam de acordo com o local onde ela é cultivada.
O abrunho (Prunus insititia), também chamado de abrunho grande, abrunho de enxertar,
difere da ameixa autêntica, sobretudo pelo fruto, esférico e de cor violeta escura, com o
caroço chato, em vez de pontiagudo, como na verdadeira ameixa.
As ameixas são também um alimento culinário e podem ser usadas para conserva, geleia e
doces. A ameixa sem semente é muito rara.
Uso medicina]
Graças ao seu conteúdo em fibra (especialmente pectina), carboidratos, magnésio, sódio e
potássio, a ameixa é laxativa, recomendada contra a prisão de ventre obstinada.
Médicos afirmam que a ameixa fresca é um magnífico agente terapêutico contra as
enfermidades causadas pelos ácidos e associadas às hiperlipidemias, principalmente pelo ácido
úrico, tais como o reumatismo, a artrite, a gota; a arteriosclerose, a nefrite etc.; ácidos e/ou
gorduras originados por uma alimentação excessiva, à base de proteínas, gorduras saturadas e
colesterol.
A ameixa fresca é indicada contra as hemorroidas e a hipocondria.
Sendo diurética, recomenda-se contra as afecções de caráter inflamatório das vias urinárias. É,
ainda "desobstruente" do fígado, "depurativa" do sangue e "desintoxicante" do aparelho
digestivo, pelo que se emprega com êxito nas afecções febris do estômago e do intestino.
Também costuma ser empregada no tratamento das afecções das vias respiratórias (anginas,
catarros etc.)
Valor alimentício
A ameixa, consumida ao natural, fresca, seca ou demolhada, é um alimento saboroso e
saudável. É também muito apreciada em compotas, geleias, sopas, purês, ou em mistura com
figos secos, passas de uvas ou nozes raladas, sendo utilizada ela seca em bolos. Por suas
propriedades laxativas, convém aos intestinos preguiçosos. Mesmo crianças pequenas podem
beneficiar-se da "água da ameixa" em caso de prisão de ventre.
A ameixa, conforme a variedade apresenta algumas diferenças de valor nutricional. Por
exemplo, a ameixa-vermelha é rica em provitamina A, ao passo que as outras variedades são
relativamente pobres. A ameixa-amarela é, por sua vez, mais doce e energética, além de
conter um pouco mais de proteína. A ameixa-preta apresenta elevada atividade aquosa, sendo
a mais apropriada para o tratamento das afecções urinárias.
Ameixa madura
Foto por: Rodrigo Tetsuo Argenton, parte do Programa.
Fontes Lorenzi, H.; Bacher, L.; Lacerda, M. e Sartori, S., Frutas brasileiras e exóticas cultivadas - (de
consumo in natura). Instituto Plantarum, 2006.
SCHNEIDER, Dr. Ernst: 'A cura e a saúde pelos alimentos. Casa Publicadora Brasileira, 1984.
GENGIBRE
O gengibre (Zingiber officinale) é uma planta herbácea da família das Zingiberaceae, originária
da ilha de Java, da Índia e da China, de onde se difundiu pelas regiões tropicais do mundo.
Outro nome conhecido no norte do Brasil é Mangarataia
Trata-se de uma planta perene da Família das Zingiberáceas, que pode atingir mais de 1 m de
altura. As folhas verde-escuras nascem a partir de um caule duro, grosso e subterrâneo
(rizoma). As flores são tubulares, amarelo-claro e surgem em espigas eretas.
O seu caule subterrâneo é utilizado como especiaria desde a antiguidade, na culinária e na
preparação de medicamentos.
Gengibre
Zingiber officinale
Classificação científica
Reino:
Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe:
Liliopsida
Ordem: Zingiberales
Família: Zingiberaceae
Género: Zingiber
Espécie: Z. officinale
Nome binomial
Zingiber officinale
Roscoe, 1807
Seu é uma fotografia retocada, o que significa que ele foi alterado digitalmente de
sua versão original. Modificações: Limpo, cor ajustada, girada. O original pode servisto aqui: ragma-146original.jpg. Modificações feitas por Carol Spears.
História da difusão
O gengibre é conhecido na Europa desde tempos muito remotos, para onde foi levado por
meio das Cruzadas. Em Portugal existe registro da sua presença desde o reinado de D. João III
(1521-1557).
A introdução do gengibre no Brasil é atribuída por autores invasões holandesas que ocorreram
no século XVII. Contudo, há relatos que citam a presença desta planta no ano de 1587.
Visconde de Nassau quando veio para o Brasil trouxe o famoso botânico Pison que relatou o
gengibre como planta indígena e de fácil encontro no estado silvestre, tanto que a considerou
simultaneamente brasileira e asiática, convicção esta que afirmou até longa data, após,
porquanto a publicou em 1648.
No Brasil, o gengibre chegou menos de um século após o descobrimento. Naturalistas que
visitavam o país (colônia, naquela época) achavam que se tratava de uma planta nativa, pois
era comum encontrá-la em estado silvestre. Hoje, o gengibre é cultivado principalmente na
faixa litorânea do Espírito Santo, Santa Catarina, Paraná e no sul de São Paulo, em razão das
condições de clima e de solo mais adequadas.
Usos medicinais
Português: Gengibre, 15/01/2009 – Own work – Jinius
Rizomas de gengibre.
Como planta medicinal o gengibre é uma das mais antigas e populares do mundo. Suas
propriedades terapêuticas são resultado da ação de várias substâncias, especialmente do óleo
essencial que contém canfeno, felandreno, zingibereno e zingerona.
Popularmente, o chá de gengibre, feito com pedaços do rizoma fresco fervido em água, é
usado no tratamento contra gripes, tosse, resfriado e até ressaca. Banhos e compressas
quentes de gengibre são indicados para aliviar os sintomas de gota, artrite, dores de cabeça e
na coluna, além de diminuir a congestão nasal, cólicas menstruais e previne o câncer (cancro)
de intestino e ovário.
Desde a Antiguidade, o gengibre é utilizado na fabricação de xaropes para combater a dor de
garganta. Sua ação antisséptica pode ser a responsável por essa fama, tanto que muitos
locutores e cantores revelam que entre os seus segredos para cuidar bem da voz está o hábito
de mastigar lentamente um pedacinho de gengibre.
No entanto, esse hábito (mascar gengibre e em seguida cantar ou falar, enfim, fazer uso da
voz) é contraindicado visto que o gengibre possui também propriedades anestésicas e esta
"anestesia tópica" diminui o controle da emissão vocal, favorecendo o aparecimento de
abusos vocais.
No Japão, utiliza-se o gengibre para massagens a partir de óleo de gengibre são tratamentos
tradicionais e famosos para problemas de coluna e articulações. Na fitoterapia chinesa, a raiz
do gengibre é chamada de "Gan Jiang" e apresenta as propriedades acre e quente. Sua ação
mais importante é a de aquecer o baço e o estômago, expelindo o frio. São usadas contra a
perda de apetite, membros frios, diarreia, vômitos e dor abdominal.
Aquece os pulmões e transforma as secreções. A medicina ayurvédica reconhece a ação dessa
planta sobre o sistema digestivo, indicando-a para evitar enjoos e náuseas, confirmando
alguns dos seus usos populares, onde o gengibre é indicado na digestão de alimentos
gordurosos.
O gengibre tem ação bactericida, é desintoxicante e acredita-se há séculos que possua poder
afrodisíaco. Na medicina chinesa tradicional, por sua reconhecida ação na circulação
sanguínea, é utilizado contra a disfunção erétil. O óleo de gengibre também é utilizado para
massagear o abdômen, aquecendo o corpo e excitando os órgãos sexuais.
Graças ao seu alto poder bactericida, tem-se comprovado que o consumo desta planta em
estado cru por cerca de 30 dias (pode-se moer e acrescentar adoçante, mel, etc.) elimina a
bactéria Helicobacter pylori existente em casos de gastrite ou úlceras.
Gastronomia
O gengibre possui sabor picante e pode ser usado tanto em pratos salgados quanto nos doces
e em diversas formas: fresco, seco, em conserva ou cristalizado. O que não é recomendado é
substituir um pelo outro nas receitas, pois seus sabores são muito distintos: o gengibre seco é
mais aromático e tem sabor mais suave.
O gengibre fresco é amplamente utilizado na China, no Japão, na Indonésia, na Índia e na
Tailândia. No Japão costuma-se usar o suco (do gengibre espremido) para temperar frango e as
conservas "beni shouga", feitas com os rizomas jovens, que são consumidas puras ou com
sushi. Já o gengibre cristalizado é um dos confeitos mais consumidos no Sudeste Asiático.
Nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha para fazer os tradicionais bonecos de gengibre para o
Natal.
Referências
1. PIO CORREA, 1984
2. Ginger (Zingiber officinale Roscoe) and the gingerols inhibit the growth of Cag A+ strains of
Helicobacter pylori, Estados Unidos: NIH.
Ligações externas
(em inglês) Medical uses and benefits of Ginger, Health care clinic.
Katzer, Gernot, "Ginger" (em inglês), Spice Pages.
(em inglês) Botany, history and uses of ginger, UK: Plant Cultures.
(em inglês) Medicinal uses of ginger, UMM.
Chlorella
Chlorella é um gênero de algas verdes unicelulares, do Filo Chlorophyta. De forma esférica,
cerca de 0-10 um de diâmetro, semflagelo. Chlorella contém os pigmentos verdes
fotossintetizadores clorofila-a e -b em seu cloroplasto. Através da fotossíntese se multiplica
rapidamente requerendo só dióxido de carbono, água, luz solar, e pequenas quantidades de
minerais, para reproduzir-se.
O nome Chlorella provém do grego chloros: verde; e do sufixo diminutivo latino ella:
"pequeno". O bioquímico alemão Otto Heinrich Warburg recebeu o Prêmio Nobel em
Fisiologia e Medicina em 1931 por seu estudo da fotossíntese na Chlorella.
Em 1961 Melvin Calvin da Universidade da Califórnia recebeu o Prêmio Nobel de Química por
seu estudo sobre os caminhos da assimilação do CO, dois em plantas usando a Chlorella. Em
anos recentes, investigadores têm feito uso menor de Clorela como organismo experimental
devido a suas faltas do ciclo de vida biológico e, além disso, o avanço nos estudos da genética.
Muita gente crê que Clorela pode servir como uma fonte potencial de alimento e de energia
devido a sua eficiência fotossintética, que pode alcançar teoricamente a 8 %, que é
comparável com outros cultivos altamente eficientes como a cana de açúcar. Também o faz
atrativa fonte alimentar por sua alta proporção de proteína e outros nutrientes essenciais ao
humano; seco, têm cerca de 45% de proteína, 20% de gorduras, 20% de carboidratos, 5% de
fibras, 10% de minerais e vitaminas.
Entretanto, devido a ser uma alga unicelular, seu cultivo apresenta enormes dificuldades
práticas para ser feito em grande escala. Os métodos de produção de biomassa estão
começando a ser usados para seu cultivo em grandes depósitos artificiais.
Índice
1 Chlorella pyrenoidosa: uma breve história
1.1 Célula
1.2 Reprodução
1.3 Propriedades
2 Referências
Chlorella pyrenoidosa: uma breve história
Chlorella foi a primeira forma de vida com um núcleo verdadeiro. Em condições com muita luz
solar e em água doce fresca se reproduz por divisão celular à razão de quatro novas células a
cada 17/24 horas.
Em ou perto dos corpos de água em nosso planeta, existem 25.000 espécies de algas que são
plantas elementares sem raízes, caule e folhas. Elas, habitualmente, possuem clorofila, sendo
as algas verdes os organismos mais simples. Quando possuem clorofila, como as plantas, as
algas convertem elementos químicos inorgânicos em matéria orgânica usando a luz solar.
Elas formam a primeira ligação na série de organismos que caracterizam a base da cadeia
alimentar. A primeira Chlorella foi identificada por volta de 1900. Elas existem na terra desde o
período Pré-Cambriano, há mais de 2.5 bilhões de anos. Entretanto, até 1890 suas células não
tinham sido identificadas por olhos humanos sob um microscópio. Elas cresceram de forma
natural, primeiramente, na Holanda, no final de 1800.
No início de 1900, compreendendo que a Chlorella consiste em 60% de proteínas e multiplicase muito depressa, cientistas de várias nações, especialmente da Alemanha, começaram a se
interessar pela ideia de utilizar a Chlorella como alimento. Embora a pesquisa tenha sido
interrompida pelas duas guerras mundiais na Europa, o entusiasmo pela Chlorella continuou.
Em 1948, um estudo piloto do Instituto de Pesquisa de Stanford sobre o crescimento da
Chlorella foi bem sucedido. Porém, o estudo teve que parar devido a problemas financeiros.
Em 1950, pesquisadores do Instituto Carnegie invadiram o estudo e perceberam que a
Chlorella podia crescer em escala comercial e ser a solução para a fome no mundo.
O inicial interesse em Chlorella como uma fonte de alimento partiu, no período Pós-guerra,
por parte do Japão que possuía um sério problema naquela época: deficiência em alimento.
Em 1951, a Fundação Rockefeller e o governo japonês apoiaram os estudos do Dr. Hiroshi
Tamiya no Instituto Biológico Tokugawa.
Dr.Tamiya foi um pioneiro no desenvolvendo da tecnologia de crescimento da Chlorella em
larga escala. Em 1957, a organização, chamada Japão Chlorella, fundou um Centro de pesquisa
e a maior piscina de Chlorella do mundo foi construída. Então, outra organização, Japão
Chlorella Associações, foi estabelecida com a assistência financeira governamental. O objetivo
foi comercializar a Chlorella como um alimento.
Mas, os planos foram adiados por dois anos porque outro alimento, o arroz, tinha ficado
disponível em maior quantidade e a Chlorella não poderia competir devido ao seu maior custo.
Outro motivo, pelo qual, a Chlorella não poderia ser comercializada como um alimento era sua
baixa digestibilidade, que ainda deveria ser melhorada.
Melhorar a digestibilidade Chlorella foi o processo chave para seu sucesso atual. Embora, sua
célula esteja naturalmente protegida por inúmeros nutrientes por 2.5 bilhões anos, foi
provado ser esta compressão uma desvantagem para o consumo humano. O problema de
digestibilidade foi resolvido em 1975 quando uma patente descobriu que a quebra de sua
parede celular rendia uma digestibilidade de mais de 80%.
No final de 1960, cientistas japoneses levantaram a possibilidade de ser a Chlorella saudável.
Comprovou-se que ela contém uma surpreendente variedade de vitaminas, minerais e outros
nutrientes. Adicionalmente, têm sido descobertos outros fatores importantes relacionados ao
seu consumo. Abaixo, ela ao microscópio.
17 July 2011 -
Own work Vladi Damian
Célula
A maioria das algas tem uma estrutura similar a de um vírus, sendo muito primitivas por não
possuírem um núcleo. Já a Chlorella p. possui um núcleo, o que lhe confere muitas de suas
"propriedades extras".
A célula da Chlorella p. é completa e bem definida. O núcleo é contido no envelope nuclear.
Fora desse envelope estão a mitocôndria e o cloroplasto. Um grão de amido é visível no
noroeste da célula (ver figura acima). A parede celular daChlorella p., além de protegê-la,
apresenta inúmeras moléculas de clorofila, tantas que a Chlorella p. é considerada o
organismo conhecido com a maior concentração desses pigmentos em todo o planeta Terra.
Durante, aproximadamente, os primeiros bilhões de anos de existência da Terra, sua
atmosfera era repleta de gases fatais como: amônia, metano e dióxido de carbono. Então,
tornou-se a função das plantas (inclusive da Chlorella sp) filtrar estes elementos fatais,
possibilitando, eventualmente, dessa forma, o surgimento da fauna e da flora no ambiente
terrestre.
Chlorella p. não é visível a olho nu, é esférica, mede somente, 2 a 10 micrômetros de diâmetro
e não possui flagelo. Chlorella contém clorofila a e b em seu cloroplasto. Depende da
fotossíntese para crescer e se reproduzir, requerendo somente dióxido de carbono, água, luz
solar e certos minerais.
Chlorella p. resiste a águas contaminadas com mercúrio, cádmio ou chumbo graças as suas
inúmeras proteínas. Um livro escrito sobre a indústria extrativa mineral, "Absorção de Metais
Pesados", detalha como mineiros usam este organismo para aumentar o rendimento de minas
de metais preciosos. Os mucopolissacarídeos presentes na parede celular da alga absorvem
grandes quantidades de metais tóxicos.
Sua rápida taxa de reprodução é certamente inacreditável. Uma únicaChlorella p. pode dividirse e subdividir-se em quatro células diferentes a cada 16/24 horas. Se uma célula de Chlorella
se reproduzisse livremente, em condições ideais, após 63 dias, haveria células suficientes para
ocupar toda a superfície da Terra. Porém, a natureza limita essa taxa de crescimento: cada
célula de Chlorella p. requer uma quantidade substancial de luz solar para se reproduzir.
Além disso, um grupo de Chlorella p. causa uma diminuição significativa no espaço disponível
para reprodução, diminuindo, naturalmente, sua taxa de multiplicação. Devido ao rápido
crescimento da Chlorella p. e de sua abundância de nutrientes, ela oferece aos pesquisadores
muitas oportunidades de estudo sobre suas várias e importantes propriedades.
Pode ser achada em endosimbiose com ciliados, crescendo como se estivesse em uma estufa.
Nesta relação comensalista, a alga recebe alguns nutrientes essenciais e proteção. Já o ciliado,
recebe proteínas e vitaminas, principalmente úteis quando há escassez de alimento no meio
exterior.
Reprodução
Sob favoráveis condições de crescimento (forte luz solar, água pura e ar limpo) Chlorella p.
multiplica-se a uma inacreditável taxa. O processo de reprodução se divide em três etapas:
crescimento - maturação - divisão.
Durante a divisão, uma célula mãe se reproduz assexuadamente pela formação de 4, 8 ou
raramente 16 auto-esporos (células filhas).
Este ciclo de reprodução completa-se em menos de 24 horas.
Até hoje, Chlorella p. nunca foi vista reproduzindo-se sexuadamente.
Propriedades
Chlorella p. é diferente e superior a muitas vitaminas comerciais; é um alimento completo,
contendo um poderoso concentrado natural de nutrientes. Os nutrientes contidos em
Chlorella p. incluem proteínas, minerais, aminoácidos, enzimas polissacarídeos, fibras,
vitaminas e clorofila.
A clorofila e seus derivados estimulam a formação de glóbulos vermelhos, afetam a nutrição e
influenciam o metabolismo e a respiração. As vitaminas são cobertas por aminoácidos e,
conseguinte, o corpo as assimila mais rapidamente.
Possui 18 aminoácidos, incluindo os oito aminoácidos essenciais. Dentre as enzimas, existem
importantes enzimas digestivas, frequentemente utilizadas em tratamentos de câncer.
Alguns dos polissacarídeos são: galactose, xilose, ramnose e arabinose, que foram descobertos
como cruciais para melhorar o sistema imunológico, a capacidade das células de se
comunicarem e na identificação de corpos estranhos pelos linfócitos.
O índice de DNA é de 3 % de seu volume total e o índice de RNA varia de 0.2 a 0.3 %.
É rica em ácidos nucléicos - bons para o crescimento e antienvelhecimento (estudos
concluíram originalmente que as sardinhas tinham a maior concentração de ácidos nucléicos,
mas a Chlorella p. possui dez vezes mais ácidos nucléicos que a sardinha).
A Chlorella p. tem dez vezes mais beta-caroteno que as cenouras e é rica em vitaminas do
complexo B, mas, particularmente, rica em vitamina B-12 e por isso, é excelente para
vegetarianos.
Para além de seu benefício como alimento, existem numerosos estudos, a maioria por parte
do Japão (e.g. Sarkar 1994 ou Hayatsu 1993 ou Konishi 1990), que demonstram ser a Chlorella
p. um forte impulsionador do sistema imune. Sem quaisquer surpresas vários estudos
mostram que ela combate a várias infecções (e.g. Konishi).
Também, mostrou-se na pesquisa japonesa, que essa alga promove o crescimento nas crianças
e fortalece seus tecidos por conter o Fator Chlorella de Crescimento (FCC).
Desde que é conhecido que a Chorella p. incrementa o conteúdo das células brancas do corpo,
ela pode revelar-se como uma ajuda durante e após a quimioterapia.
A Chlorella p., particularmente, aumenta a produção de macrófagos e de linfócitos T.
Depois de uma pesquisa feita por Waladkhani e Clemens em 1990 (sobre os efeitos de
fitoquímicos dietéticos no desenvolvimento do câncer) tem aumentado o interesse nos
benefícios da clorofila em geral no processo de combate ao câncer de colo e de mama. A
Chlorella p. é particularmente um bom agente desintoxicante; pode ajudar na desintoxicação
de metais pesados, como por exemplo, o mercúrio e na desintoxicação de pesticidas.
Esta primeira forma de existência na Terra também ajudou em seu balanceamento
ácido/alcalino.
Finalmente, existe alguma indicação que ela aumenta a multiplicação de lactobacilos,
ajudando na digestão e é utilizada como agente oxigenante do sangue, onde tem
possibilidades interessantes contra células cancerígenas, que normalmente expandem-se a
menos que exista um bom oxigenamento.
Ela pode ser utilizada em casos de anemia, hepatite, gastrite e outras inflamações, obesidade,
má nutrição, fragilidade da pele e outras alterações crônicas (PITCHFORD, 2002).
Estudos demonstram que a clorella reestabelece a geração de granulócitos-macrófagos nos
órgãos hematopoiéticos e a ativação das funções efetoras dos fagócitos, promovendo uma
atividade antibacteriana, portanto ela protege os animais expostos a estresses agudos,
fortalecendo o sistema imune (TANAKA ET AL, 1997).
Observou-se, conjuntamente, ação mieloprotetora em animais submetidos ao estresse agudo
de contenção e frio (SOUZA-QUEIROZ ET AL.; 2004).
Ela é considerada um modificador da resposta biológica, por aumentar as defesas do
hospedeiro contra infecções virais e bacterianas em camundongos normais.
Imunossuprimidos
Por ter tantas propriedades importantes, não é de se admirar seu uso como suplemento
alimentar pelos astronautas da NASA em suas viagens espaciais.
Referências
1. I.Zelitch, Photosynthesis, Photorespiration and Plant Productivity, Academic Press, 1971, p.275
2. PITCHFORD, P. Healing with whole foods: Asian traditions and modern nutrition. Três ed., p. 537,
2002
3. SOUZA- QUEIROZ, J, MALACRIDA, S. A., JUSTO, G. Z, QUEIROZ, M. L. S. Myelopoetic response in mice
exposed to acute cold/restraint estress: Modulation by chlorella vulgaris prophylactic treatment.
Immunopharmacol and Immunotozicol, v.26, p. 455-467, 2004.
4. TANAKA, K. et al. Oral administration of a unicellular green algae, Chlorella vulgaris, prevents stressinduced ulcer. Planta Medica v.63, n.5, p.465-466, 1997.5. DANTAS, D. C. M., QUEIROZ, M. L.S. Effects of
Chlorella vulgaris on boné marrow prpgenitor cells of mice infected wit Listeria monocytogenes. Int. J.
Immunopharmacol, v. 21, p. 499-508, 1999.
Categorias:
Algas verdes
Espécies descritas em 1992
SEGUNDA PARTE: ALIMENTOS PARA EMAGRECER
O transtorno da compulsão alimentar periódica (TCAP) (do inglês binge eating disorder) é
caracterizado pela ingestão de grande quantidade de alimentos em um período de tempo
delimitado (até duas horas), acompanhado da sensação de perda de controle sobre o quê ou o
quanto se come. Para caracterizar o diagnóstico, esses episódios devem ocorrer pelo menos
dois dias por semana nos últimos seis meses, associados a algumas características de perda de
controle e não acompanhados de comportamentos compensatórios extremos para a perda de
peso como vômito e laxantes (pois nesse caso se classifica como bulimia).
Transtorno da compulsão alimentar
periódica
Mais comum em pessoas ansiosas
Classificação e recursos externos
CID-10
F50.4
CID-9
370.50
Características
Na TCAP ocorrem episódios de compulsão alimentar pelo menos duas vezes por semana por
mais de seis meses
Além da sensação de perda de controle e da quantidade de alimento consumido a compulsão
alimentar frequentemente também é acompanhado por sentimentos de angústia subjetiva,
incluindo vergonha, nojo e/ou culpa. Os pacientes com TCAP possuem autoestima mais baixa,
tem um lócus de controle mais externo e preocupam-se mais com o peso e a forma física do
que outros indivíduos que também possuem sobrepeso, mas não possuem o transtorno.
Das pessoas com TCAP, 78.9% possuem algum outro diagnóstico psiquiátrico de eixo I (como
depressão, transtorno bipolar e/ou transtornos de ansiedade). Estima-se que 27 a 47% dos
pacientes que fazem cirurgia bariátrica tenha esse transtorno. Pacientes com transtorno do
pânico são mais vulneráveis a desenvolver compulsão alimentar como forma de aliviar sua
ansiedade. De forma semelhante, pacientes com transtornos de humor podem desenvolver
compulsão alimentar como enfrentamento emocional ineficaz para lidar com suas emoções.
História
Foi descrito pela primeira vez por Stunkard em 1959 e incluído no DSM IV em 1994 como F50transtorno alimentar assim como a anorexia e bulimia
2006 – Own work – Robert Lawton
Prevalência
Assim como os outros transtornos alimentares, o TCAP geralmente começa na infância, por
influência da família e mulheres são as mais afetadas.
Nos EUA afeta 3.5% das mulheres e 2% dos homens, estando fortemente correlacionado aos
consumidores de tratamentos para perda de peso como lipoaspiração e SPA para emagrecer
(cerca de 30% nos EUA). Sem tratamento psicológico, nutricional e médico a maioria
eventualmente abandona quaisquer esforços de fazer dieta em razão de fracassos repetidos e
acabam com sérias consequências para sua saúde.
No Brasil cerca de 15% dos obesos mórbidos e 49% dos obesos que procuram tratamento para
emagrecer possuem esse transtorno. No mundo, a prevalência estimada de TCAP na
população geral pode variar de 1,5 a 5% e em amostras clínicas de pacientes obesos encontrase em torno de 7,5 a 30%.
Diagnóstico
A escala americana Binge Eating Scale para diagnosticar esse transtorno foi traduzida e
validada para o Brasil em 2002 com o nome de Escala de Compulsão Alimentar Periódica.
Diagnósticos diferenciais
O TCAP diferencia-se da hipergafia, outra definição usada pela OMS para compulsão alimentar
periódica, por não necessariamente estar associado a um evento traumático. Assim como
outros transtornos alimentares, o TCAP geralmente começa na infância ou na adolescência por
influência da família, de fatores hereditários, ambientais e sócio culturais.
Apesar de concordarem que o TCAP é uma psicopatologia séria, ainda existem médicos que
considera ela como sendo apenas uma forma de bulimia não purgativa e que não é necessário
utilizar essa terminologia. Por outro lado, alguns médicos defendem essa distinção, pois dividir
grandes quantidades de indivíduos em um diagnóstico mais específico ajuda a formular um
tratamento mais eficaz e serve para prever o tipo de resposta e prognóstico a diferentes
tratamentos.
Alguns autores propuseram que o TCAP na verdade seria um tipo de transtorno obsessivocompulsivo, porém, a análise da comorbidade entre esses dois transtornos identificou que a
resposta medicamentosa é diferente, com um transtorno podendo persistir sem o outro,
indicando que se trata de transtornos independentes. Além disso, TOC, mesmo sendo um
transtorno de ansiedade, não é uma comorbidades comum.
Tratamento:
Existem três classes de medicamentos mais utilizadas no tratamento TCAP. Os tratamentos
mais frequentes são feitos com antidepressivos, especialmente os inibidores seletivos de
receptação da serotonina (ISRS), que também servem para tratar os mais prováveis
transtornos associados (depressão, ansiedade e TOC). Os ISRS (como fluoxetina, fluvoxamina,
sertralina e o citalopram) têm sido descritos como capazes de reduzir significativamente o
comportamento de compulsão alimentar e o peso.
Mais recentemente, asibutramina, um agente antiobesidade, e o topiramato, um agente
neuroterapêutico, também demonstraram sua eficácia em testes duplo-cego com placebo. A
terapia cognitivo-comportamental (TCC) mostrou-se eficaz na manutenção da redução da
frequência da compulsão alimentar (72% no final do tratamento e 64% após um ano) e no
desaparecimento dos sintomas (remissão) (41% no final do tratamento e 33% após um ano).
Em outro estudo os pacientes que mantiveram remissão durante o seguimento perderam 6,4
kg; os com manutenção parcial perderam 4,1 kg; enquanto os que apresentaram recaídas
ganharam 0,4 kg no seguimento. Os resultados foram melhores quando houve adesão a
exercícios físicos regulares e terapias de manutenção nos seis meses posteriores (61% de
remissão).
Em vários estudos com TCC são observadas melhoras na autoestima, nas dificuldades
interpessoais, no humor e na qualidade de vida, além de um aumento do sentimento subjetivo
de bem–estar, porém com sem reduções significativas no peso corporal.
A terapia humanista teve desempenho bastante inferior a TCC com remissão de 29,4% ao final
do tratamento e de 17,6% três meses depois.
Ainda faltam estudos mostrando a eficácia da psicoterapia combinada com medicamentos,
exercícios regulares e acompanhamento nutricional, porém este provavelmente é o
tratamento mais eficaz.
Referências
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Anorexígeno
Anorexígeno, Anorético ou Anomirineronético são medicamentos com a finalidade de induzir a
anorexia - aversão ao alimento falta de apetite, ou seja, são os famosos remédios para
emagrecer. Geralmente são anfetaminas, metanfetaminas e similares, mesma classe de drogas
da cocaína, crack e crystal meth.
Atualmente, as drogas anorexígenas utilizadas no Brasil são a dietilpropiona (anfepramona), o
fenproporex, fenfluramina, fenilpropanolamina e o manzidol.
Dentre eles, o femproporex é o anorexígeno mais utilizado no Brasil (60% das prescrições). No
Brasil, em 2008, o uso foi de cerca de 20DDD/1.000 habitantes, ou seja, estão entre os
medicamentos mais vendidos no Brasil.
Mecanismos de atuação
As anfetaminas são estimulantes do SNC (Sistema Nervoso Central), que aumentam a vigília,
cortam o apetite e aumentam a atividade autônoma dos indivíduos. Algumas são capazes de
atuar no sistema serotoninérgico, aumentando a liberação de dois importantes
neurotransmissores a noradrenalina e a dopamina.
A biodisponibilidade aumentada desses neurotransmissores nas fendas sinápticas reduz o
sono e a fome e provoca um estado de agitação psicomotora. A serotonina regula o apetite e
junto com dopamina, responsáveis pela sensação de prazer, contribuem para a compulsão do
uso.
Indicação
O uso de medicamentos frequentemente não é eficaz em longo prazo quando o paciente
engorda novamente. Casos de hipertensão pulmonar fatal e danos na válvula cardíaca
associada a produtos farmacêuticos dos anorexígenos levaram à retirada de produtos do
mercado na Europa. Este foi o caso do aminorex na década de 1960, e da fenfluramina em
1990.
Da mesma forma, a associação do inibidor de apetite fenilpropanolamina relacionadas com
acidente vascular cerebral hemorrágico levou a sua retirada do mercado nos Estados Unidos
em 2000, e preocupações semelhantes quanto à efedrina resultaram em uma proibição do
órgão de controle de drogas americano (FDA) a sua inclusão em suplementos dietéticos, em
2004 (mais tarde um juiz federal anulou esta proibição, em 2005, durante um processo feito
pela fabricante de suplementos nutracêuticos).
Outro fator importante para a proibição da efedrina foi o seu uso como um precursor na
produção de metanfetaminas.
No Brasil, é usada no tratamento farmacológico da obesidade quando o paciente possui um
IMC maior que 30,0 kg/m² ou quando o indivíduo apresenta doenças associadas à obesidade,
com IMC superior a 25,0 kg/m², em situações nas quais o tratamento com dieta, exercício ou
aumento da atividade física e modificações comportamentais provou ser ineficaz repetidas
vezes.
Consumo do Brasil
Em 2008 o consumo era de cerca de 20DDD/1000hab. (20 doses diárias definidas para cada
1000 habitantes). Segundo relatório da ONU houve um aumento de 500% no consumo de
anorexígenos no Brasil entre 1998 e 2005, o que levaram eles a declaram esse padrão de
consumo como inadmissível e devendo ser combatido.
Além disso, em um estudo feito em 2003, 42,9% do total de notificações analisadas
apresentaram alguma irregularidade (ilegíveis, sem carimbo, irregulares, posologia
inadequada…) que deveriam impedir a dispensação das mesmas. As mulheres consomem de
seis a oito vezes mais do que os homens.
Classificação
Os anorexígenos são classificados como psicotrópicos, uma vez que agem no Sistema Nervoso
Central. Por causarem dependência são vendidos sob controle especial. No Brasil a Portaria
nº344 de 12 de maio de 1998, é o documento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária que
aprova o regulamento técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial.
Porém foi em 5 de setembro de 2007 que a Resolução RDC nº 58 dispôs sobre o
aperfeiçoamento do controle e fiscalização de substâncias psicotrópicas anorexígenas.
No Brasil usa-se também o Mazindol, além dos efeitos colaterais comuns aos outros
anorexígenos, o Mazindol pode precipitar quadros depressivos, agitação psicomotora e
sintomas semelhantes ao quadro de transtorno do pânico.
Efeitos colaterais
24-06-2007 – Glitzy queen00
Em vários países a fenilpropanolamina e a efedrina foram banidos por causar derrame
hemorrágico
Seus efeitos colaterais dependem do organismo de quem usa e do tempo de uso, sendo os
mais comuns:
Hipertensão arterial;
Taquicardia;
Midríase (sequela que compromete os nervos oculares);
Disforia (humor instável);
Cefaleia;
Depressão nervosa;
Irritabilidade;
Arritmia;
Insônia;
Confusão mental;
Tonturas;
Agitação psicomotora;
Constipação intestinal;
Aumento da ansiedade;
Instabilidade do humor;
Calafrios;
Vômitos;
Sudorese;
Verborragia;
Enjoo;
Devido ao seu alto potencial para causar dependência, a OMS recomenda que seu não
ultrapasse 12 semanas. 8 Uma pessoa que faça uso prolongado, pode desenvolver transtornos
alimentares, especialmente bulimia. Como geralmente são anfetamínicos eles também podem
causar depressão maior, alucinação, delírios e desencadear surto psicótico.
Síndrome de abstinência
Own work – James Heilman, MD
Um novo medicamento não-anfetamínico, o Xenical (Orlistat), causa menos efeitos colaterais
e não causa dependência química, porém causa problemas gastrointestinais em 91% dos casos
e renais em mais de 33% dos casos.
A síndrome de abstinência chega a atingir 87% dos usuários de anfetaminas:
Fissura interna;
Ansiedade e Agitação;
Pesadelos;
Redução da energia;
Lentificação;
Humor Depressivo.
Contra-indicação
Os anorexígenos são contraindicados em pacientes com antecedentes psicóticos ou com
transtornos de ansiedade, em epiléticos não tratados, na hipertensão arterial severa ou não
tratada, em crianças com pouca idade, em idosos, em pacientes com história anterior de
intolerância aos anorexígenos ou de abuso de drogas, na gravidez (ou suspeita), na lactação,
hipertireoidismo, cardiopatias severas, porfirias e glaucoma.
Interações
A interação com antidiabéticos orais pode alterar significativamente a taxa de glicose.
A interação com anti-hipertensivos, como a clonidina, guanetidina, metildopa e alcaloides da
Rauwolfia diminuem os efeitos hipotensores por competir com receptores adrenérgicos.
A interação com hormônios da tireoide aumenta a estimulação do sistema nervoso central e
com fenotiazina, como a clorpromazina, produz efeito antagônico, anulando o efeito
anorexígeno.
O álcool pode interagir com todas as classes de anorexígenos provocando tonturas, vertigens,
confusão mental e sonolência.
Os anorexígenos podem reforçar o efeito central dos estimulantes do sistema nervoso central,
dos hormônios da tireoide ou da amantadina; os efeitos das catecolaminas exógenas; os
efeitos simpaticomiméticos dos IMAO.
Alternativas
Catecolaminérgicos, Inibidores da absorção intestinal de gorduras e Inibidores seletivos de
recaptação de serotonina (ISRS) ou de serotonina e noradrenalina. É importante também que
o paciente faça psicoterapia, seja acompanhado por um nutricionista e faça exercícios físicos
regulares para tratar as causas do problema, ou é bastante provável que ele volte a ganhar
peso assim que pare os medicamentos aumentando a probabilidade de gerar dependência
química e psicológica.
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8. World Health Organization. Anorectic agents: restricted use. WHO Pharmaceuticals Newsletter 1997;
3/4. Who.int. Visitado em 7 de março de 2005.
9.[1] Fda.gov.
A Salvia hispânica, popularmente conhecida como chia ou sementes de chia, é uma planta
herbácea da família das lamiáceas (assim como a linho e a sálvia), nativa da Guatemala e das
regiões central e austral mexicanas (e Colômbia). Há evidência de que os astecas cultivavam o
vegetal em tempos pré-colombianos presente no Códice Mendoza, datado do século XVI,
documento no qual também se mencionava sua relevância agrícola à época.
Mais conhecida por sua semente, a qual é comercializada integralmente, moída ou em forma
de óleo, a chia também é dona de folhas que podem ser aproveitadas para infusões. Ambos
derivados, independente da forma, são tidos como ricas fontes de minerais, aminoácidos
essenciais e ômega 3. É frequentemente enaltecido seu potencial em prevenir doenças
cardiovasculares, diabetes e até tumores, além do de auxiliar na perda de peso.
Chia
Classificação científica
Reino:
Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe:
Magnoliopsida
Ordem: Lamiales
Família: Lamiaceae
Género: Salvia
Espécie: S. hispânica
Nome binomial
Salvia hispânica
Etimologia
A palavra chia deriva da palavra do nahuatl chian, que significa "oleoso". Diz-se que o estado
mexicano de Chiapas pode ter sido nomeado também a partir da língua náuatle, significando
"água de chia" ou "rio de chia".
É uma das duas plantas conhecidas como chia, sendo a outra Salvia columbariae, esta também
denominada chia dourada.
Semente de chia
A semente da chia possui formato oval e "diâmetro" de aproximadamente 2 mm. É
visivelmente a principal parte da planta nos âmbitos comercial e gastronômico.
Características nutricionais
A semente da chia é, por vezes, considerada um alimento funcional dadas suas características
compositivas. Seu efeito mucilaginoso (o de absorver e reter quantidade significativa de água,
como um emulsificante), devido à alta concentração de fibras, torna a chia interessante para
quem busca emagrecer, posto que possa intensificar a sensação de saciedade.
É possível escrutinar a importância nutricional da semente de chia com a seguinte lista:
Ômega 3: A semente da chia é uma das mais ricas fontes conhecidas (tanto entre os vegetais
quanto entre as animais) do ácido alfa linolênico, um dos ácidos graxos classificados como
ômega 3.
Cálcio: cinco vezes a concentração do mineral encontrada no leite de vaca.
Magnésio: 100 gramas da semente de chia podem conter o mesmo que 200g do mineral
presente em nozes3 ou 1,6 kg de brócolis, por si só considerados alimentos ricos no nutriente.
Manganês e fósforo: 100 gramas de chia contêm 108% do manganês e 95% do fósforo
demandados por um adulto numa dieta de 2.000 quilocalorias/dia.
Proteínas: 15% da composição da chia é proteica, sendo seus aminoácidos, em conjunto,
formadores de alto valor biológico. Apenas 28 gramas da semente fornecem 9% da proteína
que um adulto demanda, em média.
Fibras: a alta concentração de fibras alimentares (38 gramas a cada 100) faz da chia um aliado
do emagrecimento e na boa digestão.
Antioxidantes: a presença do flavonoide kaempferol e, em menor quantidade, os ácidos
cafeico e cloro gênico presentes provêm a chia efeito antioxidante comparável ao que
apresenta o Trolox, antioxidante comercial da Hoffmann–La Roche.
Aplicação culinária
A semente de chia, quando utilizada de maneira integral, pode ter diversos usos culinários.
Agindo quase como emulsificante, torna líquidos mais próximos de um gel e dá "liga" a
massas.
Receitas que podem incluir a semente de chia são pudins, pães, tortas, quiches, mousses,
cremes, patês, risotos, farofa, saladas de frutas, sumos e vitaminas.
Controvérsia sobre emagrecimento
Em estudo realizado por membros da Appalachian State University, situada nos EUA, 90
pessoas acima do peso (IMC ≥ 25), entre 20 e 70 anos e saudáveis, foram submetidas ora a
placebo, ora a ingestão de duas doses diárias compostas por 25 gramas de sementes de chia,
adicionadas a 250 ml de água e agitadas, uma antes do café da manhã e, a outra, do jantar.
O placebo era nutricionalmente equivalente, salvo as quantidades de ácidos polinsaturados e
de fibra alimentar. A seleção do grupo controle, aleatória. O intervalo da pesquisa foi de 12
semanas (aproximadamente três meses, precisamente 84 dias que totalizaram 4,2 kg do grão
em questão) e somente 14 dos 90 indivíduos participantes não seguiram à risca as exigências
dos cientistas.
A conclusão foi que não houve diferença significante entre as duas amostras, tanto em
questão de peso quanto em composição corpórea, além da manutenção dos níveis depressão
sanguínea e de proteína c-reativa, entre outros fatores por vezes considerados suscetíveis à
ingestão regular de chia.
29 MAY 2009 – Own work -Pancrat
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