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Boletim Informativo
dos Cooperantes
Julho | Agosto | Setembro
2014 - Nº 270
// LACTICOOP | EDITORIAL
EDITORIAL
E
stamos em plena época de produção e acondicionamento de
alimentação animal e por essa razão nesta edição do Boletim
Informativo pretendemos trazer junto dos nossos leitores
informações que julgamos da maior importância para a
melhoria da economia das explorações leiteiras.
Concretamente, questões como a fertilização adequada na cultura do
milho em função do potencial genético da semente, é uma das condições
essenciais para se obterem as melhores produções.
Falamos ainda do “Pastone”, que por definição se refere ao milho colhido
com cerca de 30 a 32% de humidade, triturado e armazenado em silo
normal ou chouriço. O uso do “Pastone” nas explorações leiteiras tem
evidenciado uma melhoria significativa na redução dos custos com a
alimentação.
Embora sendo um tema recorrente, a qualidade do leite deve merecer uma
atenção permanente dos produtores e técnicos que acompanham as suas
explorações. Neste número dedicamos especial atenção aos cuidados a ter
com as “Mastites” dado os efeitos negativos que as mesmas representam
na perda de produtividade e rentabilidade de uma exploração leiteira.
Finalmente, na época de verão, um pouco por toda a parte, realizamse as tradicionais feiras e concursos pecuários regionais, eventos que
proporcionam o encontro e confraternização dos produtores de leite.
As mais relevantes da nossa área social são:
A Expofacic em Cantanhede, Festas de S. Tomé em Ferreira-A-Nova;
Feira e Concurso Pecuário da Raça Arouquesa do Arestal – Sever do
Vouga; Festas do Bodo em Pombal; Festas do Castelo e Concurso Pecuário
de Vouzela em Vouzela; Feira e Concurso Pecuário da Região da Gândara
em Arazede – Montemor-O-Velho e a Feira das Colheitas em Arouca.
A Lacticoop conjuntamente com as suas cooperativas agrupadas locais
participam nestes eventos e terão todo o prazer em receber os nossos
produtores.
A NÃO PERDER
Árvore do Mês - Pinheiro Manso
pag. #4
Resistência a Doença
pag. #6
Qualidade do leite
pag. #9
Adobação azotada
na cultura do milho
pag. #14
Azotados Duramond
N Retard
pag. #16
Pastone
pag. #19
O Presidente da Direcção
Protocolo Lacticoop/BPI
pag. #21
Joaquim Cardoso
// P. 3
// LACTICOOP | ARVORE DO MÊS
// LACTICOOP | ARVORE DO MÊS
Pinheiro Manso
A sombra perfeita
N
o Centro-Litoral, há uma ou duas gerações,
quase não se conheciam os pinhões. O
pinheiro manso era árvore rara e as poucas
pinhas que dava eram bem guardadas
e catadas pelos proprietários. Comiam-se pinhões
praticamente uma vez ao ano, quando os homens dos
ranchos que chegavam das terras do Sado, abriam os
saquitos e lá iam distribuindo pelos amigos, familiares e
eventualmente os financiadores da campanha, a magra
recolha que conseguiam fazer nos poucos tempos livres
e sem que o patrão desse conta.
Características botânicas
Folhas: Em forma de agulha, agrupadas aos pares, com
10 a 18 cm de comprimento e 1,5 a 2 mm de largura. São
persistentes, mantendo-se na árvore por três a quatro
anos. De cor verde-acinzentada e luzidias, apresentam-se
ligeiramente torcidas, agudas na extremidade e em forma
de goteira.
O pinheiro manso é uma árvore do sul, distribui-se
por toda a bacia mediterrânica a partir duma área
inicial circunscrita na costa do Levante onde terá
tido origem. Em Portugal vai bem ao sul do Tejo
embora hoje se encontre um pouco por todo o lado,
como árvore ornamental. Apenas tem como limite as
altitudes acima dos 1000 metros e zonas de geadas
prolongadas. Mas frequentemente encontramo-lo
descaracterizado, plantado fora do seu meio, na primeira
linha dos ventos marítimos, que lhe deformam a copa,
sem qualquer efeito decorativo. O solar do pinheiro
manso é o concelho de Alcácer do Sal e é aqui e nos
concelhos limítrofes que se mostra com todo o seu
potencial e melhor se assume como árvore mediterrânica
emblemática.
“Copado, alto, gentil Pinheiro Manso;
Debaixo cujos ramos debruçados
Do sol ou lua nunca penetrados,
Já gozei, já gozei mais que descanso…”
(Antologia Poética-José Anastácio da Cunha)
Nome científico: Pinus Pinea
Nome vulgar: Pinheiro Manso
Francês – Pin parasol
Castelhano – Pino piñonero
Família: Pinaceae
Género: Pinus
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sementes (pinhões) com 1,5 a 2 cm de comprimento que
são comestíveis.
Caule: Fuste direito, alto e frequentemente bifurcado.
Casca espessa, castanho-avermelhada, acinzentada e
muito fendida nas árvores mais velhas.
Perfil: Porte mediano a grande, podendo chegar aos
30 metros de altura. Copa arredondada em forma de
guarda-sol, ampla e muito densa nas árvores adultas e
isoladas e esférica enquanto planta jovem.
O pinheiro manso já foi uma árvore muito valiosa
pela sua madeira de crescimento lento, própria para
a construção naval. Nos tempos que os barcos eram
resina é menos interessante. O pinhão tinha pouca
procura, tendo apenas algum interesse local. As pinhas
nem sempre eram colhidas e os pinhões libertados
acabavam na boca dos porcos que com particular
habilidade os conseguem partir com os dentes, rejeitar
as cascas e comer apenas o miolo. Hoje o pinhão tem
imensa utilização na pastelaria e culinária, atingindo
preços muito elevados. A espécie já é objecto de estudos
para o seu melhoramento genético e práticas culturais
como a enxertia, por forma a aumentar a produção de
pinhas por árvore e melhorar a qualidade do pinhão.
Em 1999 o pinheiro manso já ocupava 74600 ha a nível
nacional, com 88% da área total a sul do Tejo e 60% só
no Distrito de Setúbal. Esta procura, a pouca oferta de
pinhão de qualidade e alguma ajuda da PAC, deram lugar
a novas plantações, frequentemente até, fora da zona
de eleição. Também não é de desvalorizar a capacidade
que o pinheiro manso tem de proteger e melhorar os
solos fracos e na fixação das dunas. E tratando-se de
parcelas até agora praticamente abandonadas, é sempre
de aplaudir a sua ocupação, mesmo correndo o risco
da produção de pinhas não ser a esperada ou de não
encontrar quem as recolha.
O pinheiro manso inicia a produção de pinhas entre os
8 e 10 anos. Vai aumentando a produção até aos 80 e
mantem o mesmo nível de produção por 20 ou 25 anos,
reduzindo depois, até sucumbir, a partir dos 150 anos.
Assim, temos tempo para pensar melhor a política de
utilização dos solos… Entretanto, vamos vivendo o verão,
à sombra perfeita dum pinheiro manso de jardim.
Flores: Planta monoica apresenta flores masculinas
em inflorescências sob a forma de espiga de cor
amarela que se formam nos ramos do ano. As flores
femininas são dispostas em inflorescências de cor verde,
na extremidade dos ramos do ano sobre um curto
pedúnculo. A floração ocorre entre Março e Maio mas a
maturação das pinhas formadas só ocorre três anos mais
tarde.
Frutos: Pinhas de grandes dimensões (7 a 13 cm)
ovoides, que vão mudando de cor ao longo dos 3 anos
que demora a sua completa maturação. Inicialmente
são verdes, depois acastanho-avermelhadas e na fase
final brilhantes. Sob cada escama acomodam-se duas
Mário Cupido
de madeira, as grossas bifurcações dos troncos, muito
frequentes, adaptavam-se na perfeição à construção
dos cavernames. Depois, o interesse da árvore foi
diminuindo, porque a indústria papeleira não a valoriza
tanto como o pinheiro bravo, o crescimento lento afecta
drasticamente o rendimento e mesmo a produção de
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VACAS FANTÁSTICAS
// LACTICOOP | SEMEX
altas produtoras
perfeita morfologia funcional
Pedigrees profundos resultantes da aposta na genética de topo e variada. Em destaque filhas e netas de diversos touros
Semex, nomeadamente Goldwyn, Windbrook, Fever, Sid, Tee Off, Igniter, Buckeye, Jasper, Dolman, Hadlee, Lheros, Rubens,
Talent, Spirte, Lee e Rudolph.
Jay Shannon, Semex Global Dairy Solutions Manager
Cumprindo a Promessa
de Resistência a Doença
Se você tem as suas vacas em sistema de pastoreio,
estabuladas, ou em qualquer outro método, tem
sempre o desafio de manter o rebanho saudável com
vacas rentáveis e eficientes. Se uma vaca adoece
vai utilizar tratamentos e medicamentos modernos,
para remediar a situação. Se isso não for possível, a
infeliz decisão que tem de ser tomada é sacrificar o
anima. De qualquer forma, ambos os casos resultam
em custos adicionais que devem ser absorvidos pela
exploração... Mas, e se eu não tivesse que ser assim?
Se houvesse uma maneira de criar vacas introduzindolhes maior resposta imune e, portanto, ficarem com
maior resistência a doenças?
Durante gerações, todos nós observámos vacas
ou famílias de vacas que eram mais resistentes
(tinham menos doenças) do que outras. Na Semex,
acreditamos que a chave para uma saúde melhor
está nos genes dos touros Immunity+ que se podem
reproduzir com sucesso, tanto para uma vaca mais
saudável bem como para um rebanho mais saudável.
A tecnologia para alta resposta imune (ARI),
desenvolvida pela Dra. Bonnie Mallard e seus colegas
da Universidade de Guelph, foi mais investigada do
que muitas tecnologias que chegaram aos rebanhos.
Esta tecnologia diz-nos que as vacas com ARI, têm
uma incidência 19 a 30 % mais baixa de doenças
comparando com o rebanho médio. E essas vacas
respondem melhor às vacinas comerciais e também
produzem colostro de maior qualidade para as suas
crias. Como resultado, essas vacas são mais rentáveis,
gerando mais receita, reduzem custos e necessitam de
menos tempo do criador.
A descoberta de um ARI mudou o jogo, uma vez que
foi revelado que a alta imunidade é transmitida de
pais para sua descendência em níveis muito similares
à produção e alguns caracteres da conformação. Em
comparação com a maioria das características de
saúde com baixa hereditariedade (menor que 10%), a
resposta imune é considerada moderada a altamente
hereditária com 25%. Isto significa, que pode ser
selecionada e melhorada a cada geração.
A Semex aplicou esta tecnologia, e desenvolveu
uma linha exclusiva de touros com ARI, conhecida
como touros Immunity+™. Os touros Immunity+™
são aqueles com altíssima taxa de resposta imune,
e apenas 1 em cada 10 touros qualificam-se como
Immunity+™. Baseado na extensa pesquisa de alta
imunidade em fêmeas e aplicando os princípios da
// P. 6
transmissão genética que se aplicam a um caractere
com 25% de hereditariedade, podemos concluir que
as filhas de touros Immunity+™ têm uma menor
incidência da doença que vai de 4-8%. Embora esta
tecnologia seja nova, (publicada há cerca de um
ano atrás), os primeiros dados parecem validar a
tecnologia, e muito mais!
A Semex pôde utilizar dados de explorações leiteiras
dos Estados Unidos, ambos com excelentes resultados
em saúde, com filhas de touros com Immunity+™,
a fim de fazer uma comparação válida. Embora a
análise seja muito limitada, nesta fase, os três maiores
estábulos estudados, não mostraram nenhuma
redução de pelo menos de 8 % na incidência da
doença, quando comparando filhas de touros
Immunity+™ com filhas de outros touros. Até agora,
foram observadas as maiores diferenças para mastite
e pneumonia em bezerros. Estas indicações iniciais
mostram enormes promessas, e vai ser interessante
ver se as diferenças permanecem tão elevados como
esperado, à medida que mais dados de filhas vão
ficando disponíveis. Um recente estudo num rebanho
com 3.000 vacas nos EUA mostrou que a redução de
problemas nas filhas de touros Immunity+™ foi de
menos 27% Mamites, menos 17% Metrites e menos
32% retenção placentas!
Adicionalmente tem-nos animado ouvir evidências que
nos vão chegando, vindas de produtores. Por exemplo,
recentemente numa exploração que utiliza diferentes
empresas de sémen, reportou um bug que afetou
a sua área de criação de novilhas. Infelizmente, ele
perdeu 11% das filhas de outros touros (3/4 de todas
as vitelas), mas em nenhuma das filhas de touros
Immunity+™ (1/4 de todas as vitelas) perdeu vitelas.
Mais validações são observadas quando se olha para
os filhos de touros Immunity+™. Sete touros atuais
Immunity+™ têm filhos testados para IRA. Mais de 50
% destes touros qualificaram-se para Immunity+™, em
comparação com o padrão de 10% de todos os outros
touros testados. Se partirmos do princípio de que a
transmissão de pai para filha é semelhante, então
os benefícios alcançáveis numa geração são muito
emocionantes! E sabendo que é um recurso com base
em mais de 2.000 genes relacionados à imunidade,
os benefícios para a saúde serão repetidos em cada
geração subsequente.
A Immunity+™ é Genética Para Toda a Vida.
pg 7
muitas lactações sem problemas
as vacas mais rentáveis
O MELHOR CONCURSO DE PORTUGAL – S. MIGUEL Açores
E ... que Futuro Promissor
Grande Campeã
Novilha Campeã
HIR é
25%
heriditavel
Dados recentes de explorações
dizem que
4-8%
redução em doenças
Tânia (PT015319451) Goldwyn de Jorge Costa Rita
Grande Campeã Reserva
(PT017096114) Windbrook de Maria Melo Fonseca
Novilha Vice Campeã
1 em 10 touros
qualificaram-se Immunity+
(PT214631121) Goldwyn de Óscar Cordeiro Ponte
Campeã Jovem
Jovem Campeã e Vitela Campeã
Vânia (PT217022815) Tee Off de Paulo Costa Rita
Genética para toda a Vida®
(PT716774116) Windbrook de José Amorim
(PT817378624) Fever de José Amorim
Sabe que pode ter descendentes destas vacas a preços
muito atrativos? Siga o exemplo de produtores do continente que compraram embriões destes super animais e
deram um salto qualitativo extraordinário na qualidade
do seu efetivo. Contacte-nos ou ligue direto pata a AASM
(296490000).
Semex Portugal
Gonçalo Rebelo de Andrade – 937 822 222
Entre Douro e Minho
Nuno Rodrigues - 939 668 138
Pedro Campo – 939 668 121
Beira Litoral e Sul
Simões Dias – 967 096 545
Silagem de erva
Produção de Pastone:
Considerações sobre a técnica
e a qualidade da conservação
O pastone, matéria-prima de crescente importância, que não
é mais do que grão de milho conservado pela processo de
ensilagem, é um alimento extremamente rico em amido, com
valores que podem rondar os 65-75%, e pode ser incorporado
na dieta em taxas elevadas.
Dado que o grão na maioria dos casos, à saída da debulhadora, não é conservável tal e qual, deve ser estabilizado através
da prevenção da contaminação por microrganismos presentes
no ambiente e na superfície dos grãos. A sua multiplicação
implicará a degradação e redução da qualidade e, inclusive, o
desenvolvimento de substâncias tóxicas.
Existem e são aplicáveis diferentes sistemas de conservação
do grão, com diferentes custos, de acordo com as condições
iniciais do produto colhido. O sistema mais comum de
conservação do grão no nosso país é a secagem. Esta prática
proporciona a redução da percentagem de humidade para um
nível em que os fungos e outros microrganismos se tornam
inativos.
O material seco tem a vantagem de permitir um fácil
transporte. No entanto, começamos a assistir a um aumento
da conservação do grão por processo de ensilagem logo após
a colheita, vulgarmente conhecido como pastone.
Os princípios da ensilagem preveem uma redução do pH
do alimento até um valor que inibe a atividade microbiana.
Este valor pode variar com a matéria seca, mas um valor de
conforto para esta forragem será entre os 4-4,5.
Ainda que o processo de ensilagem do grão seja cada vez
mais comum, é importante conhecer as seguintes regras:
A) Humidade à colheita ideal: 33-29%. Em grão muito seco,
poderá adicionar água distribuída uniformemente, até um
máximo de 3%; com grão muito húmido, provavelmente a
colheita não será fácil.
B) Moer o grão o mais depressa possível após a colheita.
Produtos com humidade e uma flora microbiana presente
podem facilmente desenvolver microrganismos.
C) Alterar a dimensão dos crivos da máquina de pastone
conforme a humidade do grão e fim da forragem. Para grão
com humidade maior devem ser usados de crivos
de malha mais larga.
D) Ensilar imediatamente após a moagem para
evitar a exposição do amido a fungos e leveduras.
E) Usar microrganismos (inoculantes) de
eficiência comprovada, como o inoculante
Pioneer® 11B91. A qualidade dos
microrganismos presentes, de facto influencia
o sucesso do processo de conservação, a
acidificação da forragem e a estabilidade
aeróbica durante o desensilamento. As perdas
de matéria seca podem ser significativas e deitar
por terra todo o trabalho feito com a cultura.
A
mamite ou mastite é caracterizada por uma
inflamação da glândula mamária. A mamite
bovina é considerada a doença que acarreta
os maiores prejuízos económicos para
uma exploração leiteira, pela redução da quantidade e
qualidade do leite produzido. Em última instância pode
ocorrer perda total da capacidade secretora da glândula
mamária (Krömker et al, 2009; Rebhun, 1999).
As mamites têm maioritariamente origem na penetração
de microrganismos no úbere através do canal do teto. A
probabilidade de ocorrer infecção é superior quando se
verifica uma carga microbiana excessiva, ou quando as
defesas da glândula mamária estão debilitadas (Kron et
al., 1998). As mamites podem ter uma etiologia variada.
Os microorganismos patogenicos responsaveis pelas
mamites são bacterias mas também pode haver outras
origens tais como Mycoplasma, fungos e leveduras.
De uma maneira mais didactica as mamites podem
subdividir-se em duas categorias (Contagiosas e
ambientais) segundo a fonte de infeção (Teixeira et al.,
2008, Anaya-López et al., 2006; Ribeiro et al., 2003).
As mamites podem ter um carácter clínico ou
subclínico. Em ambos os casos torna-se necessário
o diagnóstico precoce da patologia, pois quando
se observa sintomatologia, o tecido mamário já se
encontra danificado (Ribeiro et al., 2003). No sentido
de diagnosticar os referidos processos infecciosos,
principalmente os casos subclínicos, existem uma
série de provas que podem ser efectuadas no campo
ou no laboratório. A contagem de células somáticas
e a condutividade eléctrica do leite são teste que
podem ser realizados visando o objectivo previamente
anunciado, todavia, são de execução laboratorial e
algo morosos, não se adquando com as exigências do
produtor leiteiro, pressa e rigor (Asadpour et al., 2008;
Teixeira et al., 2008). Uma boa ferramenta de trabalho é
o Teste Californiano de Mamites pois apresenta leituras
fidedignas, é barato e os resultados são obtidos de forma
pouco laboriosa (Roy et al., 2009). As estratégias de
controlo e prevenção baseadas no maneio são um ponto
muito importante.
A mamite bovina é a patologia com maior importância
económica no seio de uma exploração leiteira (Asadpour
et al., 2008; Bexiga et al., 2005; Blum et al., 2008;
Krömker et al., 2009; Ruegg, 2003; Ribeiro et al., 2003;
Schukken et al., 1999; Watts et al., 2000). A perda de
produção ocorre na mamite clínica ou na mamite
subclínica (Hogeveen, 2005).
Quando a mamite se manifesta, a composição do leite
é alterada em proporção directa com a extenção e
intencidade do precesso inflamatório. Em casos graves o
leite produzido á alterado completamente.
Pioneer Hi-Bred Sementes de Portugal S.A.
Campo Pequeno, 48 - 6º Esq. 1000-081 Lisboa
Tel.: 217 998 030 - Fax: 217 998 050
O logótipo da DuPont Pioneer e o símbolo do trapezóide são marcas registadas da Pioneer Hi-Bred International Inc. Des Moines Iowa USA.
Os custos envolvidos encontram-se relacionados com
perdas directas e indirectas. Nas perdas directas estão
incluídas a perda de produção leiteira e os gastos com os
tratamentos médico-veterinários e respectivos fármacos.
Os custos indirectos correspondem à diminuição da
produção leiteira durante o resto da lactação devido
// LACTICOOP | QUALIDADE DO LEITE
Qualidade do Leite
Mastites
a lesões na glândula mamária, as penalizações por
aumento no número de células somática, às necessidades
de aumentar a mão de obra para tratamentos e cuidados
adicionais, às maiores percentagens de refugo e
reposição que conduzem à perda de potencial genético e
mortes (Blowey et al., 1999).
Devido aos avultados prejuízos provocados pelas
mamites vários estudos foram realizados em diversos
países. Os estudos sobre a economia e mamites numa
exploração leiteira são variáveis de país para país.
Segundo um estudo efectuado em 1997 na Holanda, os
prejuízos por animal provocados por mamite clínica
foram de 277 euros no primeiro trimestre de lactação e de
168 euros no último trimestre da lactação.
Estudos mais recentes indicam que segundo a gravidade
do caso uma mamite sub clinica pode custar entre 80 e
150€ por vaca e uma mamite clinica pode custar entre os
200 a 400€ por vaca.
A prevenção consiste em minimizar a exposição aos
microorganismos, isto é, ter especial atenção a todo
o meio envolvente do animal . Os animais devem ser
alimentados com uma dieta bem equilibrada e matérias
primas de qualidade. O maneio na ordenha e entre
ordenhas é considerado um ponto critico.
A prevenção de mamites deve constituir uma prioridade
para os produtores por razões económicas e por
questões de saúde pública.
Ismael Machado
Rita Gonçalves
Componentes Efeitos da mamite subclínica
Proteínas totais
diminuída
Caseína
Diminuída entre 6 e 18%
Lactose
Diminuída entre 5 e 20%
Sólidos (excepto gordura)
Diminuídos até 8%
Gordura
Diminuída entre 4 e 12%
Cálcio
Diminuído
Fósforo Diminuído
Diminuído
Potássio Diminuído
Diminuído
Estabilidade e qualidade de
conservação
Diminuído
Sabor
Amargo
Plasmina
Aumentada
Lipase
Aumentada
Imunoglobulinas
AumentadaS
Sódio
Aumentado (sabor amargo)
Tabela - Efeito da mamite sobre os componentes do leite (Blowey et
al., 1999).
// P. 9
// LACTICOOP | QUALIDADE DO LEITE
// LACTICOOP | QUALIDADE DO LEITE
vacas se possam agrupar são os locais onde elas irão
defecar e urinar, levando ao aumento da contaminação do
lugar onde há mais probabilidades delas se deitarem.
Cinco Coisas que os Produtores de Leite Devem Fazer
Para Evitar a Mastite Durante o Clima Quente de Verão
Além disso, os nebulizadores podem ajudar a refrescar
as vacas, mas como foi dito anteriormente, o aumento
de agua ou camas húmidas acabam causando mais
problemas que o previsto, em termos de contaminação da
área das camas, aumentando a probabilidade de mastite.
Neste contexto, a utilização de camas inorgânicas, por
exemplo de areia, aumentamos significativamente a
prevenção de mastites.
Nº 2: Ofereça um ambiente arejado e confortável à Vaca
As vacas podem sofrer de stress térmico com temperatura
a partir dos 26ºC.
E
stá amplamente documentado que, de todas as
estações do ano, o verão tende a ser a mais difícil
em termos de controle de mastite.
Tipicamente, as contagens de células somáticas
começam a aumentar no final de Maio e continuam
aumentando até Setembro, quando finalmente começam
a diminuir. Em conjunto com este aumento de DC, ocorre
também um aumento significativo dos casos de Mastite
Clínica.
O clima quente do verão proporciona uma serie de
factores que permitem que a mastite se desenvolva
durante estes três ou quatro meses do ano. Contudo, os
principais factores que contribuem para as DC e mastites
elevadas são o aumento de stress da vaca e o simples
aumento no número total de bactérias presentes no meio
ambiente.
Com o calor de verão, as vacas ficam fisicamente mais
stressadas. As pesquisas tem apontado que os altos níveis
de hormonas relativas ao stress interferem na habilidade
do sistema imunológico da vaca. As células somáticas
entram no úbere como parte da resposta imunológica.
Quando as células somáticas se encontram sobre o efeito
opressivo das hormonas do stress, elas não conseguem
agir de forma integral na protecção contra os organismos
causadores da mastite e assim normalmente aumentam os
casos clínicos totalmente desenvolvidos de mastite.
Além disto, devido ao calor e humidade elevados do verão,
as bactérias podem se desenvolver e causar problemas
durante este período do ano. As bactérias necessitam
somente de alimento, água e calor para se multiplicarem.
Se conseguir-mos remover uma destas três necessidades
vitais das bactérias, podemos mantê-las sob controle.
Se todos os três factores estiverem presentes de forma
abundante, os números de bactérias irão disparar para
níveis altos, aumento consideravelmente a probabilidade
da infecção da manada.
// P. 10
Nº 1: Ofereça uma cama limpa e seca à Vaca
Em primeiro lugar, as vacas precisam ter acesso a uma
cama limpa, seca e confortável.
As bactérias precisam de alimento, agua e calor para
se desenvolverem. Como não conseguimos controlar
o clima (calor e humidade), temos que nos empenhar
na eliminação do alimento e água disponíveis para
o desenvolvimento das bactérias. As bactérias usam
qualquer matéria orgânica, como a da cama, chorume ou
leite como alimento em potencial. Logo, se mantivermos
os estábulos limpos, evitamos que a fonte de alimento
para a bactéria se torne demasiado disponível.
Além disso, os produtores de leite precisam de se
certificar que conseguem remover a humidade ou água
do ambiente. O Factor que mais contribui para a mastite
ambiental é a cama húmida e suja. Sem uma fonte agua,
as bactérias morrerão. As camas precisam ser construídas
de forma adequada para proporcionar uma drenagem
perfeita e limitar a contaminação através da urina ou
humidade excessiva. As logetes também precisam ser
limpas regularmente, principalmente a parte posterior das
mesmas, onde o úbere entra em contacto com o material
da cama.
Além da área de estabulação, devemos tem em atenção os
pontos de alimentação e o parque de espera.
As vacas passam uma boa parte do dia comendo e à
espera de ser ordenhadas, portanto temos que ter a
certeza de que as vacas estejam em ambientes o mais
fresco possível nestas áreas, para manter o seu nível de
stress baixo e o seu sistema imunológico e produção de
leite altos.
Não esquecer de que a ventilação adequada é fundamental
para manter as vacas refrescadas. Por exemplo, o uso
de nebulizadores sem o movimento adequado do ar,
em combinação com o calor corporal das vacas e a
temperatura ambiente, irá resultar num efeito de sauna no
parque das vacas.
A equação é simples: ventilação adequada = vacas
refrescadas e confortáveis e menos episódios de mastites
no verão.
Temos que ter em atenção, que as boas intenções no
sentido de oferecer temperaturas mais amenas ao
ambiente das vacas podem contribuir a longo prazo a mais
problemas, se o maneio não for correcto.
Na utilização de nebulizadores, áreas com sombras para
ajudar as vacas a enfrentar o calor, o maneio nestas ares
tem que ter especial atenção. Todos os locais onde as
Contudo, a imersão adequada dos tetos antes e após
a ordenha em um desinfectante para tetos de eficácia
comprovada no combate a organismos ambientais pode
oferecer aos tetos uma grande protecção contra infecções.
O pré-dipping deve matar rapidamente os organismos,
desinfectando adequadamente o teto antes da ordenha. O
pós-dipping forma uma barreira no teto, oferecendo uma
protecção máxima entre ordenhas.
Nº 4: Procedimentos de pré-ordenha
Mesmo que sempre se recomende a ter os maiores
cuidados nos procedimentos de pré-ordenha, a época
em que isto é mais critico é durante os meses quentes do
verão. Como as condições ambientais geralmente não são
as ideais nesta época do ano e as populações de bactérias
Manter as camas secas é a principal forma de defesa
contra as bactérias.
Deve-se dar especial atenção ao maneio da cama em todas
as estações do ano; mas isto é especialmente fundamental
durante os meses de verão.
Os organismos ambientais podem se desenvolver em
torno da vaca e se proliferar rapidamente. A mastite
provocada por estes organismos pode ter efeitos de
longo prazo devastadores à saúde do úbere e da vaca, ao
potencial de produção de leite e por fim à lucratividade da
operação.
O investimento no equipamento adequado de ventilação é
um dos que oferece os melhores retornos para a vacaria.
Nº3: Proteja os tetos com um desinfectante eficaz contra
os organismos ambientais
Quando as vacas enfrentam condições ambientais difíceis,
elas precisam contar com uma protecção forte do seu
desinfectante para os tetos. Muitas vezes, o desinfectante
para os tetos é a única linha de defesa da vaca contra o
maior número de bactérias ambientais presentes durante
o verão.
// LACTICOOP | QUALIDADE DO LEITE
estão se desenvolvendo, os ordenhadores tem que dedicar
atenção especial à preparação adequada da vaca.
As vacas têm que receber um pré-dipping, com um
desinfectante eficaz, para matar as bactérias da superfície
do teto. Depois, os tetos têm que ser limpos e secos antes
da colocação do conjunto de ordenha. A limpeza da ponta
do teto é fundamental. Não nos devemos de esquecer de
passar mais uma vez a toalha/papel pela extremidade do
teto para que esta porção do teto fique limpa, impedindo
o aumento de TMT e as infecções cruzadas. Além disto,
vale a pena fazer a eliminação dos primeiros jactos das
vacas com mais cuidado nos meses de verão. Nesta altura
devemos examinar de perto o leite eliminado procurando
coágulos e grumos para detectar a mastite clínica o
quanto antes.
Nº 5: Minimize as moscas
Mais que um incomodo na exploração, as moscas abrigam
e carregam muitas doenças, inclusive as mastites.
Sabe-se que as moscas carregam muitos tipos diferentes
de patogénicos comuns causadores de mastite. As moscas
mordedoras são especialmente um problema para as
vacas, pois elas preferem morder os tetos e extremidades
dos tetos das mesmas, onde a pele é fina e macia.
Verificou-se que estas moscas podem provocar tamanha
irritação e lesão na extremidade do teto que resultam em
formação de ferida. Bactérias como o Staphylococcus
aureus prontamente se desenvolvem nestes pontos
lesionados e ao redor das crostas das feridas. Assim como
acontece com qualquer lesão do teto, isto provavelmente
resultará em mastite.
// P. 12
// LACTICOOP | QUALIDADE DO LEITE
Mesmo as moscas que não mordem, como a mosca
doméstica comum, podem espalhar a bactéria causadora
da mastite “carregando” matérias húmidas na sua boca
e as depositando no próximo lugar onde pousam. A
“sujidade da mosca” (vista nos muros e cercas) é na
realidade pequenas quantidade de vómito e material fecal
deixado pelas moscas e geralmente contem bactérias
que são transmitidas onde quer que as moscas pousem.
As vacas que perdem leite pelos tetos entre as ordenhas
são alvos frequentes das moscas comuns que carregam
bactérias.
Além de usar produtos disponíveis comercialmente para
ajudar no controle de moscas, temos que nos certificar na
localização e eliminação dos focos de disseminação como
o estrume freso, silagem ou feno em decomposição, cama
húmida ou leite derramado, antes que a população de
moscas prolifere.
Fonte: Newsletter Milk Quality Specialist
// P. 13
// LACTICOOP | CULTURA DO MILHO
// LACTICOOP | CULTURA DO MILHO
excesso de azoto podem ser eliminados, ou pelo menos
muito atenuados, desde que se tenha bem presente de
que quando a planta absorve mais azoto também precisa
de maiores quantidades de todos os outros nutrientes,
em particular do fósforo e do potássio. Podemos
depreender sem erro que um aumento dos elementos
nutritivos do solo nos traz aumento de produção.
Por razões económicas e ambientais, a fertilização
azotada deve ser racional, obrigatoriamente adaptada
às necessidades da cultura e à capacidade de
disponibilização de azoto pelo solo.
Adubação Azotada
Na cultura do milho
Nesta ordem de ideias, a adubação azotada deve ser
estimada à partida e, se possível, acompanhada com
correcções ao longo do ciclo cultural.
A
cultura do milho tem passando por
importantes mudanças tecnológicas,
resultando em aumentos significativos na
qualidade e produtividade.
A adubação como adição de nutrientes ao solo, têm
uma vital e extraordinária importância no aumento
de rendimento nas culturas. No entanto, apesar de ser
considerado um dos principais factores de produção,
a sua acção só se torna verdadeiramente importante
quando se conjuga com a escolha de qualidade de todos
os outros factores.
O agricultor, ao planear a adubação do milho, deve
ter em consideração vários aspectos. Destaco um
diagnostico adequado dos problemas, socorrendo-nos
do histórico da cultura, do histórico das adubações,
das análise de solo para determinar as quantidades
de fosforo e potássio necessários á sementeira e a
quantidade, forma e fonte de azoto a aplicar.
A extracção de azoto, fósforo, potássio, aumenta
linearmente com o aumento na produtividade do
milho, sendo a maior exigência em azoto seguindo-se o
potássio e depois o fósforo. Para além das necessidades
em azoto, fósforo e potássio em grandes quantidades, são
necessários igualmente os micronutrientes em menores
quantidades, destacando-se o caso do magnésio, enxofre
e zinco. Entretanto, a deficiência de um deles pode ter
um efeito na desorganização de processos metabólicos e
redução da produtividade.
De entre os macronutrientes o Azoto é considerado,
quase sempre, o mais importante. Na realidade, sendo
o principal responsável pelo vigor das plantas actua, na
maior parte dos casos, como principal factor de vigor,
sanidade e quantidade.
Para além dos fertilizantes minerais, a cultura do milho
tem à sua disposição azoto proveniente da mineralização
dos resíduos da cultura anterior e ainda o que é libertado
pela mineralização da matéria orgânica do solo. No caso
de se efectuar a distribuição de efluentes orgânicos, é
// P. 14
ainda necessário ter em consideração o azoto libertado,
mais ou menos rapidamente, por estes produtos.
A quantidade de azoto a aplicar na cultura do milho,
tal como acontece com os outros nutrientes, depende
basicamente de dois parâmetros:
A exigência da cultura e a disponibilidade de nutrientes
no solo.
Há como sabemos, varias alturas para aplicação do azoto
e dependendo da forma química como este se encontra
ainda podemos variar mais. O mercado oferece uma
vasta gama destes produtos mas teremos que optar por
aquele que melhor se adaptará ás nossas condições de
cultura.
Este tipo de fertilizantes é caracterizado por serem
produtos de baixa solubilidade que resultam da
condensação da ureia. Obtém-se uma parte é solúvel em
água e fica rapidamente disponível. E uma outra que é
libertada de forma gradual por um período mais longo.
Há ainda outros que resultam do revestimento da
ureia com enxofre e foram estes os primeiros a ser
desenvolvidos à escala comercial.
Vários estudos têm mostrado os efeitos positivos do uso
de adubos de libertação lenta, libertação controlada no
aumento da produtividade das culturas e na redução da
contaminação ambiental que apontam sempre para um
dos princípios da agricultura sustentável.
Resumidamente e no que se refere à quantidade da
adubação azotada, podemos admitir que, atendendo aos
ganhos e perdas naturais, a quantidade deste nutriente
a aplicar será semelhante às remoções operadas pela
cultura. A opção mais racional, económica e amiga do
ambiente á a aplicação de adubos azotados de libertação
lenta ou controlada.
Os adubos de libertação lenta e adubos de libertação
controlada são caracterizados por atrasarem a
disponibilidade inicial dos elementos nutrientes e
aumentam a sua disponibilidade no tempo através de
determinados mecanismos.
As exigências do milho, em azoto e de outros
macronutrientes depende, como já foi dito, da produção
esperada e do potencial genético da semente, todavia há
como sabemos médias e é destas que nos socorremos
para os cálculos de adubação.
Trata-se de um elemento que, em virtude dos
espectaculares efeitos com que se manifesta no vigor
das culturas, conduz a uma certa tendência para ser
aplicado em excesso. Ora, apesar de não serem de recear
intoxicações da planta, o excesso deve ser evitado.
Mesmo que a cultura do milho não seja prejudicada
pelo excesso de azoto no solo, a fertilização em excesso
aumenta significativamente os riscos de poluição
das águas por lixiviação dos nitratos, para além dos
acréscimos que implica, nos custos de produção e na
susceptibilidade a doenças e pragas. Por outro lado,
estando o azoto sujeito a sofrer perdas no solo, os
excedentes não absorvidos pela cultura em que o azoto
foi aplicado pouco irão beneficiar a cultura seguinte.
O azoto, pela mobilidade que apresenta no solo, é um
nutriente de gestão difícil. As perdas por lixiviação e
evaporação são grandes e condicionadas pelas condições
edafo-climáticas. Em anos como o presente sabemos que
essas perdas são naturalmente significativas.
O milho apresenta dois períodos de máxima absorção
para o azoto. Durante o período de desenvolvimento
vegetativo e reprodutivo (formação da espiga), e baixas
taxas de absorção no período compreendido entre o
depois da emissão do pendão e início da formação da
espiga.
De notar, entretanto que muitos dos inconvenientes do
PARA BOAS COLHEITAS ADUBAI COM
DURAMON Retard
// P. 15
// LACTICOOP | ARVORE DO MÊS
A família dos Azotados Duramon N Retard,
uma opção segura de fertilização
com total garantia de êxito
P
róximos de finalizar a campanha da
principal cultura cerealífera em Portugal,
a cultura do milho (grão e silagem), chega
o momento de comprovar e demonstrar
os resultados do trabalho realizado pelos distintos
produtos da família de fertilizantes da FERTINAGRO,
Duramon N Retard. Resultados que se manifestam
na quantidade e qualidade das colheitas já obtidas e
a obter que, mais tarde se converterão em benefícios
económicos para os profissionais agrícolas.
Esta época foi de vital relevância para as culturas
cerealíferas (milho, trigo e arroz) e lenhosas (olival),
quer em Portugal quer em Espanha.
Durante estes últimos meses (Maio e Junho)
reforçamos a comercialização das formulações
azotadas de cobertura - Duramon Retard 26
Supramax (24-0-0), Duramon Retard Tecno 46 (300-0 c/ 0,1 Zn) Duramon Retard Tecnozinc (30-0-0 c/
1 Zn)) provenientes da Área de Negócios Fertinagro
Granulados, comprovando-se o óptimo estado
vegetativo das culturas fertilizadas com as diferentes
formulações NPK, NP e N da gama DURAMON/
FERTINAGRO na presente campanha 2014.
Com a utilização de fertilizantes Duramon Retard
com Azoto protegido, garante-se a existência de
Azoto suficiente para suprir as necessidades que
apresentam as diferentes culturas, no caso particular
o milho, e com isso o óptimo desenvolvimento
das plantas e espigas e, por conseguinte, maior
quantidade e qualidade produtiva com reflexo no
rendimento económico disponível para o agricultor.
Hoje falamos da importância do Azoto na cultura do
milho…
pelas plantas e, excetuando as leguminosas, é o
mais frequentemente suprido em quantidades
insatisfatórias.
Temos à disposição, hoje em dia, híbridos de milho
com altos potenciais de produtividade, com índices
que ultrapassam frequentemente os 12 a 14.000
Kg/ha de grão, em várias áreas de nossa região.
Entretanto, há uma série de factores que interferem
para que esses híbridos realmente expressem
esse potencial genético, e um desses factores é a
disponibilidade de nutrientes, e entre eles destacase o Azoto. Para atingir altas produtividades como
a citada, temos que utilizar uma boa adubação de
base, conforme recomendação de análise prévia de
solo e, se a mesma tiver sido insuficiente, recorrer a
formulações azotadas de cobertura que possibilitem
a disponibilidade imediata do azoto em falta e, em
simultâneo garantam a sua disponibilidade no que
restar do ciclo FAO do milho, em particular nos
ciclos médios-longos, quando sujeitos a situações de
stress hídrico.
Épocas de aplicação do azoto
Nos estádios iniciais de desenvolvimento da
cultura, o sistema radicular das plantas de milho
é pouco desenvolvido e, portanto pouco solo é
explorado, com isso, a sua exigência nutricional é
menor, entretanto, pesquisas têm indicado que altas
concentrações de N na zona radicular são benéficas
para promover o rápido crescimento inicial da planta
e o aumento na produtividade de grãos (YAMADA,
1996). Além disso, o fornecimento de N nos estádios
iniciais favorece uma maior absorção de fósforo
(MARSCHNER, 1995).
Ao falarmos em nutrição na cultura do milho, um
dos primeiros nutrientes que nos vem à mente é o
azoto (N), pois sabemos o quanto ele é importante
para esta cultura e o quanto a sua deficiência
interfere na produtividade da cultura.
De uma maneira geral, a absorção de N pelo milho
é mais intensa no período entre 40 e 60 dias após a
germinação, mas a planta ainda absorve pequenas
quantidades na germinação e após o início da
floração, caracterizando dessa forma três fases para
absorção:
O azoto é o nutriente requerido em maior quantidade
Uma fase no crescimento inicial lento (germinação),
// P. 16
uma fase no crescimento rápido onde 70 a 80% de
toda a matéria seca são acumulada e, uma última
fase de absorção na qual o crescimento é novamente
lento, acumulando cerca de 10% de massa seca total
da planta (VASCONCELLOS et al., 1998).
CANTARELLA (1993) cita que, embora a absorção do
N pelo milho seja mais intensa dos 40 aos 60 dias
após a emergência, a planta ainda absorve cerca de
50% do N de que necessita após o início da floração.
O autor afirma que é provável que haja vantagens
numa aplicação tardia de parte do N nos casos de
aplicação de doses altas de fertilizantes, solos muito
arenosos ou áreas irrigadas.
PRINCIPAIS FORMULAÇÕES AZOTADAS DA
FERTINAGRO
DURAMON RETARD TECNO 46 30-0-0 + 2Mg + 0,1Zn + 25SO3
DURAMON RETARD TECNOZINC 30-0-0 + 2Mg + 1Zn + 15SO3
DURAMON RETARD 26 SUPRAMAX 24-0-0 + 4Mg + 26SO3
As principais características são:
. Tecnologia Duramon (MCDHS)- Azoto de liberta ‹o
controlada
. Alto conteúdo em Magnésio
. Rico em Enxofre
. Com Ferro, Zinco e Mangan s
Os principais benefícios são:
1. Azoto eficiente para cobrir as necessidades das
culturas.
2. Nas formulações ternárias o Fósforo encontra-se
protegido, com maior disponibilidade para as
culturas durante todo o ciclo.
3. Incorporamos Magnésio e Enxofre para suprir as
necessidades: trigo, cevada, milho, arroz, olival…
4. Evitamos carências de elementos tão indispensáveis
como o Zinco.
5. Incorporamos e adubo que necessitamos de uma só
vez.
6. Maior qualidade e quantidade de produção obtida.
7. Respeito pelo meio ambiente.
Mais informações:
Área de Negocio de Granulados da FERTINAGRO/
TERVALIS
Adaptado por,
[email protected]
// P. 17
// LACTICOOP | PASTONE
N
a produção de leite é obrigatório a procura
constante da redução dos custos da alimentação
devido ao peso que estes representam na
estrutura das despesas totais da exploração.
Nesse sentido, devemos centrar a nossa atenção na procura
de soluções alternattivas aos programas alimentares
tradicionais.
A exploração leiteira, principalmente em efectivos de alta
produção, depende muito do uso de milho como principal
fonte de energia. Dado o alto valor desse cereal os custos
com alimentação são bastante significativos na exploração
leiteira. O uso da silagem de grãos húmidos de milho
(Pastone) tem constituído uma importante melhoria na
redução dos custos com a alimentação.
Pastone o que é?
A palavra Pastone refere-se a milho colhido com cerca
de 30 a 32% de humidade,triturado e armazenado em silo
normal ou chouriço.
Tipos de Pastone:
Pastone de espigas - pode ser feito recorrendo a uma
automotriz onde se adapta uma frente de uma ceifeira.
Neste caso apenas a espiga da planta é colhida e triturada.
Pastone de Grão - difere do anterior por apenas incluir o
grão. A colheita é efectuada com uma ceifeira debulhadora,
e normalmente, o grão é triturado num moinho à entrada
do silo. É o tipo de Pastone mais comum em Portugal.
O resto do processo é semelhante o da silagem de milho
tradicional ( compactação e fecho do silo).
Os factores fundamentais envolvidos na elaboração de
Pastone de alta qualidade, são:
1) Colheita do milho com a percenta-gem correcta de
humidade, 2) Assegurar uma boa trituração do grão/
silagem, 3) Boa compactação para que não exista ar no
interior do silo, 4) Utilizar um inoculante apropriado para
assegurar uma rápida e correcta fermentação, e 5) Fechar
rapidamente o silo.
Valor Nutritivo do Pastone:
O pastone apresenta um valor nutricional em tudo similar
a farinha de milho.
Diferem entre eles, na humidade (+/- 30% no pastone
versus 14% na farinha de milho), e na digestibilidade
ruminal,onde o pastone apresenta uma digestibilidade de
86% contra 78% da farinha de milho.(Tabela 1)
Farinha de Milho
Grosseira
Moida
Pastone
Local de digestão do Amido (%)
Rumen
69
78
86
Intestino
21
18
7
Total
90
96
93
Fonte: Pioneer, 2012; Owens et al., 1985
Tabela 1 - Digestibilidade do amido
// P. 18
Pastone
A qualidade nutricional do grão de milho na alimentação
animal é um assunto largamente consagrado dispensando
abordagens. No entanto, são importantes algumas
considerações sobre o valor nutricional deste cereal na
forma de pastone.
Os grãos de milho, mesmo quando triturados ou
parcialmente quebrados, são protegidos pelo pericarpo,
o qual é muito resistente à degradação microbiana e
digestão enzimática no intestino delgado. Os estudos com
pastone têm constatado que há aumento na digestibilidade
da matéria orgânica, devido ao aumento na digestão do
amido, principal componente do grão. Antes de completar a
maturação do grão, a matriz proteica que cobre os grânulos
de amido, no milho duro já está em formação e limitará a
digestão ruminal do amido (PHILIPPEAU et al., 1996). Por
esse motivo, a colheita do milho para silagem com maior
teor de humidade, em relação ao grão seco, pode ter efeito
benéfico sobre a digestibilidade ruminal da MS.
Trabalhos realizados em relação ao estado de maturação do
milho mostram forte variabilidade na degradação ruminal
do amido em função do genótipo da planta (PHILIPPEAU
et al., 1996).
Os genótipos de milho diferenciam-se pela textura do
endosperma (dentados, duros). A degradabilidade do
amido do grão normalmente diminui com o avanço na
maturidade. Foram encontradas (PHILIPPEAU et al. 1996)
reduções de 14,4% (62,2 para 47,8%) e de 18,0% (87,0 para
69,0%) quando o teor de matéria seca da planta passou de
30 para 35%, respectivamente, para milho duro e milho
dentado. Esta redução é independente do genótipo e é
ligada, em grande parte, à diminuição da proporção de
amido rapidamente degradável.
Segundo HUNTINGTON (1994), um aumento na proporção
de amido degradado no rúmen é traduzido num aumento
da eficiência alimentar (ganho de peso/kg de alimento),
e também num aumento no teor de proteína no leite. De
acordo com DEMARQUILLY (1996), isso é contrário a
teoria que sugere que o amido é utilizado mais eficazmente
quando é digerido e absorvido sob forma de glicose no
intestino delgado, em relação à degradação para AGV no
rúmen. O autor destaca que de fato a digestão do amido no
rúmen tem dupla vantagem:
// P. 19
// LACTICOOP | PASTONE
// LACTICOOP | ARVORE DO MÊS
1) aumento da síntese de proteína microbiana no rúmen;
2) aumento na digestibilidade no intestino delgado do amido
“by pass”, devido ao aumento na secreção do pâncreas, em
resposta a uma maior quantidade de proteínas que chegam
ao intestino delgado.
Vantagens e Desvantagens do uso de Pastone:
Interesse de utilização do pastone versus farinha de milho:
Como Já foi referido acima,o interesse do pastone na
alimentação das vacas de leite está sempre indexado ao
preço da farinha de milho, na tabela 2 podemos verificar
vários preços de interesse do Pastone:
Preço da Farinha de Milho
(€/Ton)
Preço de interesse
Pastone (€/Ton)
200
163
205
167
210
171
215
175
220
179
225
183
230
187
235
191
Desvantagens do uso do Pastone
240
195
Valor de interesse sempre indexado ao preço da farinha de
milho;
Empate de capital elevado
Maior risco de acidose devido a uma maior velocidade de
fermentação ruminal quando comparado com a farinha
de milho.
245
199
250
204
Dentre as principais vantagens em relação ao uso de
pastone encontradas na literatura (KRAMER e VOORLUYS,
1991, JOBIM et al., 1996, JOBIM et al.,1997, COSTA et al.,1999,
KÉPLIN, 2000, JOBIM et al., 2001) podemos destacar as
seguintes:
Maior digestibilidade do que a farinha de milho
Antecipação na colheita em três a quatro semanas, o que
permite libertar a área para o cultivo optimizando o uso da
terra;
Redução significativa das perdas de campo por condições
climatéricas adversas, ataque de pássaros e de insectos,
além de menor risco de contaminação por fungos;
Alta qualidade sanitária dos grãos (reduz a presença de
fungos, contaminação por toxinas ).
Protocolo
Lacticoop / BPI
A
LACTICOOP formalizou recentemente um Protocolo com o BPI o qual estabelece condições
privilegiadas de negócio, com spreads competitivos e de rápida decisão.
O Protocolo estabelece condições de financiamento de curto e médio/longo prazo. No curto prazo
é de referir os créditos especiais de apoio às campanhas de produção de leite, milho, batata e outras
produções agrícolas relevantes, bem como a antecipação dos subsídios agrícolas ao abrigo do RPU. São ainda
considerados os financiamentos a médio logo prazo, destinados à aquisição de bens de equipamento, enquadrados
ou não em Projectos Proder, e uma linha especial para a aquisição de animais.
A Direcção da Lacticoop, consciente das dificuldades financeiras que se vivem no sector da produção, pretende
com este tipo de iniciativas dar o seu contributo para tornar mais fácil o acesso a linhas de crédito pelos nossos
produtores, de forma a que estes possam fazer os investimentos mais prementes nas explorações, nomeadamente a
aquisição de animais e produção forrageira e a renovação de equipamentos.
Linha BPI para apoio à aquisição de animais e de Equipamentos
Tabela 2
Financiar a aquisição de :
Finalidade
- Vacas leiteiras;
- Equipamentos a parceiros da Lacticoop
Exemplos de Arraçoamentos:
- Vacas leiteiras: empréstimo a prazo fixo;
Mantendo o mesmo perfil nutricional,as mesmas
quantidade de forragens e considerando um exploração de
100 animais com 32 litros de média e o preço da farinha de
milho a 235€/ton, apresentamos abaixo alguns exemplos:
preço
€/ton
Arraçoamento
1 (s/ pastone )
kg/dia
Silagem milho
(32,0MS/30Amidos)
60
25
Silagem
Erva(26MS;11,7PB)
45
5
Palha
70
1
Farinha de Milho
235
4
Concentrado 1
382
8,2
Concentrado 2
381
Concentrado 3
382
Pastone 1
191
Pastone 2
180
Total Vaca/dia
5,87 €/dia
Total efectivo/dia
587 €/dia
Tabela 3 - Comparação de Arraçoamentos
// P. 20
No caso dos exemplos acima podemos verificar que ,
quando comparamos o arraçoamento 1 (sem pastone)
com o arraçoamento 3 (Pastone abaixo do limiar do
preço de interesse) conseguimos obter uma poupança
de 12£/dia,o que se traduz numa poupança mensal de
360€.Como qualquer matériaprima,a utilização do pastone
Arraçoamento Arraçoamento
2 ( pastone a
3 ( pastone a
torna-se mais rentável quanto
191€/Ton)
180€/Ton)
mais baixo for o seu preço de
Kg/dia
Kg/dia
custo.
25
25
O pastone é uma matéria
prima com elevado interesse
5
5
na
elaboração
de
um
1
1
programa alimentar para
vacas
leiteiras,
aquando
3,8
0
da sua utilização deve-se
ter em conta a velocidade
8,2
de degradação ruminal e
potencial acidogénico desta
8
matéria-prima,sendo
por
0,15
isso de todo aconselhável a
5
comunicação entre o produtor
e o nutricionista da exploração.
5,87 €/dia
5,75 €/dia
587 €/dia
Tipo de financiamento
- Equipamentos: empréstimo a prazo fixo / leasing de equipamentos;
Montante
Prazo
Taxa de juro
- Mínimo: 10.000€
- Máximo: 500.000€
- Vacas leiteiras: até 48 meses;
- Equipamentos: até 120 meses;
Euribor + [3,25%, a 6,00%]
Para mais informações, contacte os nossos serviços ou dirija-se ao Balcão BPI mais perto de si.
Pub.
575€/dia
João Sousa
Abilio Pompeu
// P. 21
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Boletim Informativo
Ficha Técnica
Depósito legal:
217931/04
Periodicidade:
Mensal
Tiragem:
1500 Exemplares
// P. 22
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ra
Comp
Colaboraram neste número:
Abilio Pompeu
Fernandes da Silva
Fernando Taveira
Henrique Moreira
Herminio Catarino
Ismael Machado
Jay Shannon
João Sousa
Mário Cupido
Nuno Cardoso
Rita Gonçalves
-se
a
c
o
r
T
Redacção:
Av. de Oita, 7 r/c - Apartado 92
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