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SJSP apoia Marcha Mundial das Mulheres Vitória! Pág 9 JORNAL DOS JORNALISTAS AGOSTO 2013 número 361 Sindicato entra na Justiça e obtém melhores indenizações a demitidos da Abril Pág 5 Aprovada proposta de Assessoria de Imprensa; Jornais e Revistas mantém negociação Pág. 3 Projeto de Democratização da Comunicação em debate Págs. 6 a 8 Jornalistas combatem a pejotização e o PL 4330 Pág. 9 Não à pejotização e à terceirização UNIDADE AGOSTO 2013 A 2 s mudanças no mundo do trabalho somadas aos ataques da flexibilização de direitos trabalhistas têm impactado diretamente as relações de emprego, inclusive dos jornalistas. A prática neoliberal de desregulamentação das profissões, de ampliação dos contratos temporários e das terceirizações e da ausência dos contratos coletivos fragilizaram os trabalhadores, facilitaram as demissões em massa e reduziram direitos trabalhistas. O ataque aos trabalhadores agora vem com a ameaça do Projeto de Lei 4330, de autoria do deputado federal Sandro Mabel (PR/GO), que criaria condições para aprofundar a terceirização e a precarização dos contratos de trabalho. A ameça do PL da Terceirização é mais grave para a classe trabalhadora que a criação da demissão sem justa causa dos anos 60 e que os ataques trabalhistas de várias modalidades durante o governo FHC. Não é a toa que o SJSP, juntamente com a CUT e centrais sindicais, participam da campanha contra o PL que quer tirar direitos e institucionalizar o contrato precarizado. Todos sabemos que o jornalista exerce uma das profissões que mais sofre com o processo de terceirização - que na nossa categoria atende pelo nome de pejotização, já que os trabalhadores são contratados como Pessoas Jurídicas. É uma velha prática dos patrões para surrupiar direitos trabalhistas e muitos profissionais, acreditando ser um bom negócio, são enganados e sofrem consequências Órgão Oficial do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo Rua Rêgo Freitas, 530 - sobreloja CEP 01220-010 - São Paulo - SP * Tel: (11) 3217-6299 - Fax: (11) 3256-7191 nefastas como a dificuldade para obter aposentadoria ou para garantir direitos mínimos como pagamento de férias, 13º salário, FGTS, entre outros. Infelizmente, alguns PJs mais desavisados fazem o jogo dos “patrões” e se desligam do Sindicato. Só voltam à dura realidade quando perdem seus empregos. Pensam que, já que são terceirizados, não precisam de entidade de classe. E aí é que mora o perigo. O SJSP tem agido na defesa intransigente dos empregos e dos salários dos jornalistas, independentemente se são PJs ou não. Foi o que aconteceu recentemente na editora Abril que decidiu, de uma hora para outra, demitir 71 repórteres, redatores, fotógrafos e editores. A entidade teve que entrar na Justiça, conquistar liminar para obrigar a empresa a negociar e garantiu melhores indenizações para os demitidos. Muitos deles, que só receberiam 0,5 salário a mais nas verbas rescisórias, tiveram direito a 2,5 salários. Os esforços do SJSP têm sido intensos para garantir o emprego e os direitos trabalhistas também nas pequenas redações. No entanto, é necessário que os jornalistas se sindicalizem, fortaleçam nossa entidade de classe, pois só assim a categoria terá força para lutar não só por direitos profissionais específicos, mas principalmente contra projetos oportunistas e patronais que prejudicam todos os trabalhadores brasileiros. É o caso do PL 4330, que lutamos para ser arquivado. A Direção E-mail: [email protected] site: www.jornalistasp.org.br Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal ou do Sindicato. Diretoria Executiva Presidente José Augusto de Oliveira Camargo Secretário Geral André Luiz Cardoso Freire Secretária de Finanças Cândida Maria Rodrigues Vieira Secretário do Interior e Litoral Edvaldo Antonio de Almeida Secretária de Cultura e Comunicação Lílian Mary Parise Secretária de Relações Sindicais e Sociais Evany Conceição Francheschi Sessa Secretária de Sindicalização Márcia Regina Quintanilha Secretário Jurídico e de Assistência Paulo Leite Moraes Zocchi Secretária de Ação e Formação Sindical Clélia Cardim Conselho de Diretores Kepler Fidalgo Polamarçuk, Alan Felisberto Rodrigues (secretário adjunto de Cultura e Comunicação), Luis Lucindo de Azevedo, Wladimir Francisco de Miranda Filho, Alessandro Giannini, Claudio Luis Oliveira Soares, Rosemary Nogueira, Fabiana Caramez (secretária adjunta de Interior e Litoral) e José Eduardo de Souza (secretário adjunto de Interior e Litoral) Diretores Regionais ABCD Peter Suzano Silva Bauru Ângelo Sottovia Campinas Agildo Nogueira Júnior Piracicaba Martim Vieira Ferreira Ribeirão Preto Aureni Faustino de Menezes (secretária adjunta do Interior e Litoral) Santos Carlos Alberto Ratton Ferreira São José do Rio Preto Andréia Fuzinelli Sorocaba José Antonio Silveira Rosa Vale do Paraíba, Litoral Norte e Mantiqueira Fernanda Soares Oeste Paulista Tânia Brandão Conselho Fiscal Titulares Sylvio Miceli Jr., James Membribes Rubio, Raul Varassin Suplentes, Manuel Alves dos Santos e Karina Fernandes Praça Comissão de Registro e Fiscalização-, Titulares Douglas Amparo Mansur, José Fernandes da Silva, Vitor Celso Ribeiro da Silva Suplentes José Aparecido dos Santos e Luigi Bongiovani Diretores de Base ABCD Carlos Eduardo Bazilevski Aragão, Vilma Amaro e Sandra Regina Pereira de Moraes. Bauru, Luis Victorelli, Ieda Cristina Borges, Luiz Augusto Teixeira Ribeiro e Rita Cornélio Campinas Kátia Maria Fonseca Dias Pinto, Hugo Arnaldo Gallo Mantellato, Edna Madolozzo, Marcos Rodrigues Alves, Djalma dos Santos e Fernanda de Freitas Oeste Paulista Priscila Guidio Bachiega, Geraldo Fernandes Gomes e Altino Oliveira Correa Piracicaba Luciana Montenegro Carnevale, Fabrice Desmonts da Silva, Paulo Roberto Botão, Poliana Salla Ribeiro, Ubirajara de Toledo, Vanderlei Antonio Zampaulo e Carlos Castro Ribeirão Preto Antonio Claret Gouvea, David Batista Radesca, José Francisco Pimenta, Ronaldo Augusto Maguetas, Fabio Lopes, Marco Rogério Duarte e Maria Odila Theodoro Netto Santos Edson Domingos Costa Baraçal, Eraldo José dos Santos, Glauco Ramos Braga, Emerson Pereira Chaves, Dirceu Fernandes Lopez, Ademir Henrique e Reynaldo Salgado São José do Rio Preto Harley Pacola, José Luis Lançoni, Sérgio Ricardo do Amaral Sampaio, Cecília Dionísio e Marcelo Dias dos Santos Sorocaba Adriane Mendes, Fernando Carlos Silva Guimarães, Aldo Valério da Silva, Emídio Marques e Marcelo Antunes Cau, Vale do Paraíba Jorge Silva, Fernanda Soares Andrade e Vanessa Gomes de Paula. Comissão de Ética Denise Fon, Roland Marinho Sierra, Alcides Rocha, Flávio Tiné, Fernando Jorge, Dr. Lúcio França, Sandra Rehder, Antonio Funari Filho e Padre Antonio Aparecido Pereira EXPEDIENTE Diretora responsável: Lílian Parise (MTb 13.522/SP) Editor: Simão Zygband (MTb 12.474/SP) Diagramação: Rubens M. Ferrari (MTb 27.183/SP) Redação: Bárbara Barbosa (MTb 60.296/SP) Foto da capa: Douglas Mansur Impressão: Forma Certa Fone (11) 36722727 Tiragem: 8.000 exemplares Conselho Editorial: Jaqueline Lemos, Luiz Carlos Ramos, Laurindo Leal Filho (Lalo), Assis Ângelo, Renato Yakabe e Adunias Bispo da Luz. Jornalistas votam pela aprovação da proposta de Assessoria de Imprensa Assembleia aprova proposta de Assessoria de Imprensa; Jornais e Revistas ainda negociam J ciativas sobre PLR que deram certo ornalistas de AssessoPROPOSTA PARA CAPITAL em algumas empresas e assim, iniria de Imprensa (AI) se ciar a implantação do benefício em reuniram no auditório Para piso salarial todas elas. do Sindicato dos JorReajuste de 6,5% Para Márcia Quintanilha, secrenalistas Profissionais no Estado tária de Sindicalização do SJSP e de São Paulo (SJSP), no dia 13 de Para salários até R$ 5.500,00 membro da Comissão de Assessoria agosto, em assembleia, para avaReajuste de 5,5% de Imprensa, o encerramento da liar a proposta feita pelo sindicato patronal na última reunião de ne- Para salários acima de R$ 5.500,00 campanha faz com que os novos vaValor fixo de R$ 302,50 lores já constem dos salários de segociação da Campanha Salarial da tembro. “Foi uma conquista imporcategoria. INFLAÇÃO PELO INPC - 6,95% tante. É só olharmos para as outras A proposta, aprovada por unaCampanhas Salariais e vermos que nimidade, prevê reposição dos as negociações estão difíceis. Consalários pelo INPC de 6,95%, váPROPOSTA PARA INTERIOR quistar o INPC, ao menos, repõe as lidos também para todos os itens perdas salariais e a discussão sobre econômicos como vale refeição, Para piso salarial a PLR só tem a acrescentar”, diz. convênio médico etc. Além disso, Reajuste de 5,5 %. garante também a manutenção de Para salários até R$ 5.000,00 Interior e Litoral todas as conquistas que já constaPosição diferente dos de Assessovam na Convenção Coletiva do ano Reajuste de 5,5 %. ria de Imprensa tiveram os patrões passado. Os valores são retroativos ao dia 1º de junho, data base da ca- Para salários acima de R$ 5.000,00 de Jornais e Revistas do Interior e Valor fixo de R$ 275,00. Litoral na rodada de negociação da tegoria. Campanha Salarial também realizaO acordo também prevê que o INFLAÇÃO PELO INPC - 6,95% da no início de agosto. SJSP e sindicato patronal proNovamente os empresários manmovam encontros com workshop tiveram uma posição intransigente e voltados às assessorias de imprenpresentantes dos patrões, as empresas sa para estabelecer parâmetros para têm dificuldade em aplicar o benefício. melhoraram em apenas 0,5% a proposta adoção de PLR. De acordo com os re- A ideia é levar até os participantes ini- que fizeram na reunião anterior, man- tendo ainda o índice abaixo da inflação. A proposta era de 5% e passou a 5,5% para o piso salarial e salários até R$ 5 mil. Para vencimentos maiores que estes, os empresários aumentaram em R$ 25,00 o valor fixo que haviam oferecido na reunião anterior, que passou de R$ 250,00 para R$ 275,00. Também seriam aumentado em 5,5% todos os itens econômicos, exceto a PLR, que os empresários querem manter no mesmo valor do ano passado. O presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP), José Augusto Camargo (Guto), se manteve irredutível e já afirmou na mesa de negociação que índices abaixo da inflação são inegociáveis e que o INPC é o ponto de partida para o debate. “Novamente os empresários desafiam os trabalhadores e apresentam proposta inaceitável. Aparentemente, eles jogam no desgaste, mas os jornalistas lutarão por melhores índices, já que em todas as Campanhas Salariais eles foram acima da inflação”. Capital Na Campanha Salarial de Jornais e Revistas da Capital os patrões se mantiveram gelados, intransigentes, negando boa parte das reivindicações da categoria, usando os argumentos de sempre: queda nas vendas. Eles insistem em conceder reajustes abaixo da inflação. Para eles, a inflação é abaixo de zero. Utilizam dados internacionais de queda na circulação de jornais e revistas impressas (curiosamente os mesmos dados dos patrões do Interior e Litoral) para justificar suas propostas. Por sua vez, a direção do SJSP insistiu que não há negociação com índices abaixo da inflação medida pelo INPC, que é de 6,95%. Os patrões propuseram dividir os valores do reajuste em duas faixas salariais. Os representantes do Sindicato deixaram claro que só é aceitável a divisão se forem feitas nas mesmas condições da Campanha do ano passado: aumento real de 0,5% para o piso e para os salários até R$ 11.807,00 e o INPC para valores acima desta faixa. Já está assegurada a data base em 1º de junho, o que faz com que os reajustes conquistados na Campanha Salarial sejam retroativos. Além disso, o SJSP ressalta que não abre mão de benefícios já assegurados na Justiça por outras categorias como o vale refeição, que nem sempre são fornecidos aos trabalhadores. UNIDADE AGOSTO 2013 Campanha Salarial Douglas Mansur Editorial 3 Interior e Litoral direção do SJSP esteve reunida este mês com a diretoria do Jornal de Limeira para obter a resposta sobre pagamento da PLR atrasada, que havia sido solicitada em encontros realizados nos meses de maio e julho. A empresa se comprometeu a pagar, o que é uma vitória da unidade dos trabalhadores. As negociações foram realizadas pelo secretário adjunto de Interior e Litoral do SJSP, José Eduardo de Souza, que também sugeriu o pagamento de juros sobre os atrasados. Ele obteve como resposta que “a empresa passa por muitas dificuldades e não teria condições de reajustar o pagamento”. José Eduardo propôs, então, que fosse garantido a todos os jornalistas estabilidade no emprego até ela que fosse quitada. Jornal da Cidade de Jundiaí decreta estado de greve Sindicato avança nas negociações com os jornais de Marília Os jornalistas do Jornal da Cidade, em Jundiaí, decidiram em assembleia realizada no dia 13 de agosto decretar estado de greve pela regularização do pagamento das cestas básicas que estão em atraso desde o dia 2 de abril e das pendências de Participação nos Lucros e Resultados (PLR), diferenças salariais, pagamento de férias e banco de horas. Para José Aparecido dos Santos (Zezinho), da direção do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP), o motivo da decretação do estado de greve é por que há um enorme desrespeito aos trabalhadores. “Trabalho neste jornal há 17 anos e nunca vivi uma situação como essa. O Jornal da Cidade, que anteriormente era forte, hoje é motivo de chacotas nas ruas. Passamos por uma fase difícil”, diz ele. Caso a empresa não pague as cestas básicas e as outras reivindicações, a greve estava prevista para acontecer no dia 15 último. Mas já havia promessa de pagamentos para o dia 16. Os jornalistas do Jornal da Cidade realizaram greve no ano passado por falta de pagamento de salários, cestas básicas e não pagamento de férias, além de falta de depósitos do FGTS. Após várias visitas às redações e mui- Saúde ou pagamento de auxilio saúde e a tas reuniões de cobranças com represen- reforma no espaço da redação para garantir tantes das empresas jornalísticas de ci- melhorias no ambiente de trabalho. A diretora de base da região, Ieda Bordade, diretores do Sindicato juntos com os jornalistas obtiveram importantes ges ressalta: “essas e outras conquistas se devem à unidade dos colegas do Jorvitórias para a categoria No Jornal da Manhã, uma grande e im- nal da Manhã com sua entidade de clasportante vitória foi conquistada: ao invés se, estou feliz com a união”. de cesta básica, após muitas reuniões de Correio Mariliense vai pagar os atrasados negociação com a direção a empresa pasA diretoria do jornal apresentou uma proposta para pagasou a pagar no mês mento das PLRs atrasadas. Ela será apresentada na redação de julho o benefício e submetida à apreciação no final de agosto. Se aprovado, o vale refeição em car- pagamento das parcelas terá início no salário de setembro. tão magnético. Na mesma assembleia, a direção do jornal apresentará um O SJSP encaminhou relatório de como é feito o controle de jornada e como são proposta do Acordo de organizados os plantões. Compensação de HoO jornal se comprometeu contratar, ainda em agosto, um ras para os jornalistas plano de saúde para os jornalistas. Já sobre a cesta básica, a avaliarem em assem- empresa ainda não tem uma solução, mas afirmou que nos bleia a se realizar no próximos dois meses iniciará o pagamento do benefício. fim de agosto. Além Para José Eduardo, secretário adjunto do Interior e Litodisso, o departamento ral, as negociações avançaram no Correio Mariliense “devido Jurídico da empresa à insistência e resistência do Sindicato, em especial da Ieda e o RH assumiram Borges, diretora de base da regional Bauru, em fazer valer os o compromisso de direitos dos jornalistas. Essa é uma importante conquista que acertar com a direção certamente vai refletir na categoria em Marília e região”, afirdo jornal o Plano de mou o dirigente. Após uma série de denúncias anônimas que chegaram à Regional Piracicaba do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP), o secretário adjunto do Interior e Litoral, José Eduardo de Souza, esteve na redação do Jornal da Cidade de Rio Claro, para conversar com o RH da empresa. As denúncias apontavam uma série de irregularidades na empresa, tais como o não cumprimento da Convenção Coletiva de Trabalho, não pagamento da PLR, cesta básica, entre outras. A direção da empresa desmentiu as denúncias, alegando, categoricamente, que todos os benefícios, como PLR, Convênio Médico, cesta básica e horas extras (quando realizadas), são pagos sem atraso. Os jornalistas confirmaram as informações passadas pelo RH. Afirmaram que recebem em dia os salários e os benefícios garantidos pela Convenção Coletiva. Os trabalhadores elogiaram a presença do Sindicato e disseram esperar que o diálogo não seja interrompido. O SJSP, por sua vez, assumiu o compromisso de estar presente com maior freqüência nas redações em Rio Claro. UNIDADE AGOSTO 2013 Gazeta O SJSP retornou à redação da Gazeta de Limeira como havia agendado na primeira visita em maio. A direção do jornal deveria apresentar ao SJSP um relatório sobre a situação dos jornalistas contratados e uma proposta de regularização, uma vez que foram identificadas uma série de irregularidades, dentre elas, a forma de contratação de profissionais como auxiliares de redação e com salário abaixo do piso. A direção do SJSP analisa a possibilidade de solicitar uma fiscalização na empresa pelo Ministério do Trabalho. Na visita ao jornal Gazeta de Limeira, o dirigente se reuniu com a redação. Além de expor o resultado da reunião com o jornal, também debateu temas relacionados à Campanha Salarial, que tem sido muito difícil este ano. “Os jornalistas fizeram vários questionamentos a respeito dos seus direitos e sobre a Campanha Salarial. Assumi o compromisso de lhes enviar a Convenção Coletiva de Trabalho para possam conhecer melhor seus direitos”, afirmou José Eduardo. Regional Rio Preto repudia atitude de vereador do PSL O SJSP, por meio da Regional Rio Preto, repudia o comportamento hostil e descontrolado do suplente de vereador Daniel Caldeira (PSL) aos jornalistas do Diário da Região. O simples fato de não concordar com o teor das informações publicadas no jornal, não significa tomar atitude desesperada de atear fogo no periódico em plenário. A entidade de classe repudia também a tentativa do parlamentar de criar uma “Corregedoria” para a imprensa de Rio Preto. “Não podemos aceitar atos de intimidação que ferem os princípios de liberdade de expressão e de imprensa, que constam na Constituição Federal de 1988. Esperamos que o vereador venha a público e faça uma retratação do fatídico episódio que ocorreu durante a sessão na Câmara Municipal”, diz nota do SJSP. Sindicato conquista indenização para demitidos da editora Abril A cordo fechado no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) no dia 12 de agosto garantiu 2,5 salários de indenização e seis meses de manutenção do convênio médico aos 71 demitidos da editora Abril em 1º de agosto. Além dessas reparações, o acordo prevê que qualquer jornalista que for demitido até o dia 31 de dezembro deste ano terá direito aos mesmos benefícios. Os jornalistas presentes no Tribunal, cerca de 1/3 dos demitidos, aceitaram a proposta ao final de três horas de tensa negociação. Na discussão sobre o valor da indenização aos demitidos, o Sindicato e os jornalistas partiram da proposta veiculada pela própria Abril, que foi considerada discriminatória, pois privilegiava os maiores salários em detrimento da maioria. A empresa ofereceu até sete salários para quem possuía cargo executivo, mas não propunha nenhum centavo a mais para 31 jornalistas (43,7% do grupo). Além disso, apenas oito teriam possibilidade de ganhar mais de 4 salários (os números precisos não foram divulgados pela empresa). A proposta do Sindicato foi, simplesmente, a de que todos deveriam ganhar, no mínimo, quatro salários. A empresa foi levada então a propor dois salários a todos, e, depois de muita pressão, chegou-se a 2,5. Uma última tentativa de Dirigentes defendem demitidos na audiência de Conciliação no TRT negociar três salários para 11 trabalhadores que estavam na Abril por mais de dez anos não foi aceita pela empresa. No final, os jornalistas presentes aprovaram o acordo, resultado de uma mobilização vitoriosa. Não se conseguiu barrar as demissões, mas a luta sindical avançou. Pelos números apresentados, o acordo beneficiou diretamente 85% dos jornalistas envolvidos, não alterou as condições para 10% e ficou abaixo do que a empresa havia oferecido apenas para 5% dos demitidos. O acordo previatambém que todas as demissões fossem homologadas no Sindicato, inclusive para os com menos de um ano de editora Abril.. O acordo foi o resultado de duas semanas de mobilização, iniciada pelo SJSP, logo que soube das demissões. Já em junho, o Sindicato havia se reunido com a empresa e proposto um acordo prévio, pelo qual qualquer fechamento de publicação seria comunicado à entidade com um mês de antecedência, para que os jornalistas pudessem debater e se posicionar a respeito. Para o Sindicato, tratava-se de garantir as melhores condições de defesa dos empregos. Com o anúncio da demissão em massa, a orientação do Sindicato foi o cancelamento das demissões, com abertura de negociação. Foi realizada uma assembleia na empresa que ratificou essa orientação, reforçada por outra com São Paulo participa do Encontro Nacional de Assessoria de Imprensa no RJ A cidade do Rio de Janeiro sedia entre os dias 22 e 25 de agosto o XIX Encontro Nacional de Jornalistas em Assessorias de Imprensa (Enjai), cujo tema é "A Assessoria de Imprensa nos Grandes Eventos e o Interesse Público do Jornalismo". Além de ser um foro de debates sobre o exercício da profissão do jornalista em assessoria de imprensa, o mercado de trabalho e de comunicação no Brasil, o evento pretende aproximar a categoria e criar um canal de aperfeiçoamento das técnicas e instrumentos do exercício da profissão de jornalista em assessoria de comunicação e de imprensa. A delegação de São Paulo, composta por sete titulares e três suplentes, levará ao Enjai as teses aprovadas no Encontro Estadual realizado entre os dias 7 e 9 de junho, na cidade de São Pedro, interior de São Paulo. Ela é composta por Márcia Quintanilha, secretária de Sindicalização do SJSP, Sylvio Miceli, coordenador da Comissão Permanente e Aberta de Jornalistas em Assessoria de Imprensa (CPAJAI), Lílian Parise, secretária de Cultura e Comunicação do SJSP, Carlos Eduardo Bazilevski Aragão (Cadu), diretor de base da Regional ABCD, Marco Rogério Duarte, diretor de base da Regional de Ribeirão Preto, João Luiz Marques, Sintaxe Comunicação, Inês Correia, membro da CPAJAI e como suplentes: Douglas Mansur, coordenador da Comissão de Registro e Fiscalização do Exercício Profissional (Corfep), Camila de Oliveira, da Afubesp e os demitidos realizada no Sindicato. A pauta levada para o TRT foi a de que as demissões fossem anuladas, com a abertura de um pacote de benefícios na empresa para os jornalistas que desejassem sair. Nesse pacote, o Sindicato propunha que fossem oferecidos de 5 a 7 salários, dependendo do tempo de casa, e um ano de plano de saúde para todos. A negociação esbarrou, de cara, na intransigência da empresa em cancelar as demissões, apresentada como resultado do fechamento de quatro revistas – Bravo!, Gloss, Alfa e Lola. O Sindicato contestou a argumentação, mostrando que, dos 41 jornalistas das quatro revistas, apenas 21 foram demitidos, sendo as demais 50 demissões espalhadas pela empresa. Afirmou também que editora Abril é lucrativa, e as demissões respondiam apenas a uma redução do lucro, numa lógica perversa, que amplia a já excessiva carga de trabalho sobre os jornalistas da empresa. A negociação ocorria sob a vigência de uma liminar, concedida pelo TRT no dia 9 de agosto, suspendendo as demissões. Caso não houvesse acordo, a legitimidade das demissões iria a julgamento no pleno do TRT nos próximos dias. “Desde já, o Sindicato se coloca à disposição de todos os demitidos para prosseguir na ação em defesa de seus direitos, inclusive judicialmente”, afirma o presidente da entidade, Guto Camargo. Luis Ribeiro da USP de Ribeirão Preto. O presidente do SJSP, José Augusto Camargo (Guto) será mediador do painel que acontece no dia 23 de agosto sob o tema: “O Acesso Democrático às Grandes Coberturas de Eventos: da Imprensa Estrangeira ao Jornalismo Alternativo”, com a participação de Murillo Garavello, gerente de esportes do UOL, Verônica Goyzueta, correspondente do jornal espanhol ABC e comentarista do programa Legião Estrangeira, na TV Cultura e Jens Glusing, da revista Der Spiegel. O encontro é uma realização da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro, com apoio do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio. UNIDADE AGOSTO 2013 SJSP vai ao Jornal Cidade de Rio Claro e apura denúncias Douglas Mansur Vitória nas negociações da PLR no Jornal de Limeira A 4 Ação Sindical 5 Democratização da mídia 6 Unidade – A CUT e o FNDC desenvolvem juntamente com outras entidades uma campanha pela democratização da comunicação. Em que pé ela está? Rosane Bertotti - Trata-se de um projeto de iniciativa popular, que precisa ter 1% do eleitorado brasileiro, ou um milhão e trezentas mil assinaturas, para ser votado no Congresso Nacional. Unidade – Em 2014, a CUT/SP pretende realizar um 1° de Maio com o tema Comunicação. Este tema se tornou pauta das CUTs Estadual e Nacional? RB - Eu acho que ele passou a ocupar a pauta dos movimentos sociais e também passou a ocupar precisamente a pauta da CUT e tomou muita força a partir da primeira Conferência de Comunicação, onde o FNDC teve um papel preponderante. A CUT foi também um dos atores importantes neste processo e a gente ficou esperando que as propostas apontadas se transformassem em políticas públicas. E como a Comunicação é um direito e a democracia brasileira precisa ser consolidada, então você precisa consolidar esse direito. É preciso consolidar a democratização da comunicação para consolidar a democracia. A questão é que o movimento social e o sindical sempre foi preterido dos grandes meios de comunicação. Ele é criminalizado de duas formas. E a forma de criminalizar o movimento é fazer de conta que ele não existe. Unidade – De que forma se manifesta esta criminalização? RB - Você tem uma marcha das Centrais, que defende uma política estruturante, como é a do salário mínimo e a maioria dos brasileiros não sabe que essa proposta foi construída a partir de quatro, cinco marchas anuais realizadas pela CUT e outras centrais. Ou seja, os grandes meios de comunicação criminalizam o movimento sem mostrar para a sociedade qual é a luta principal do movimento. Unidade – Em que temas o movimento sindical foi excluído da grande mídia? RB – Recentemente, o Congresso Brasileiro derrubou a multa dos 10% do FGTS, que era 40% e passou a 50%. Isso já era praxe no Brasil e o Congresso brasileiro derrubou. Por uma ação da CUT, teve toda uma discussão via governo e uma mesa de negociação, na qual a Dilma vetou, mantendo este direito aos trabalhadores e trabalhadoras. Primeiro, a maioria dos trabalhadores não sabia nem que esse direito estava sendo negado no Congresso, porque não interessava mostrar e, mais ainda, porque não interessava mostrar que foi a CUT que fez um processo de negociação e garantiu o veto presidencial para garantir esse direito dos trabalhadores e trabalhadores que, quando são demitidos, necessitam de um amparo maior que é a garantia de pagar os 10% do fundo de garantia. Da mesma forma, como foi luta de aumentar o número de dias no processo de demissão, também que foi uma luta. Mas é um direito importante. Dois direitos ligados ao fundo de garantia, direitos recentes e que os grandes meios de comunicação ignoraram como uma conquista. Unidade – Por que entrou na pauta da CUT a luta pela democratização da Comunicação? RB - Para a CUT, para o movimento pela luta da democratização da comuni- André Freire O Unidade entrevistou Rosane Bertotti, secretária de Comunicação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e coordenadora do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC). Ela está envolvida com a luta para fazer o movimento social e sindical ter vez e voz nos meios de comunicação, hoje manipulados pelos empresários da mídia. Juntamente com outras entidades, a CUT e o FNDC pretendem fazer chegar ao Congresso Nacional um Projeto de Iniciativa Popular para democratizar a Comunicação, através da coleta de 1 milhão e 300 mil assinaturas. Bertotti: “temos programas de TV que incitam a violência contra as mulheres” cação, é importante colocarmos isso na pauta. Tanto pelo avanço da democracia, tanto pela pauta específica do mundo do trabalho e também pela questão do desenvolvimento e economia do país. Então, para nós da CUT, o tema da democratização da comunicação é um tema central. E achamos que o governo brasileiro tem uma dívida com a sociedade brasileira. O governo Lula fez a primeira Conferência de Comunicação, mudou alguns critérios, fortaleceu a comunicação pública. Porém, no último período, infelizmente, as pautas da Conferência de Comunicação se tornaram letra morta. A pauta da Comunicação está trancada no Congresso brasileiro. Unidade – Como é a campanha "Para expressar a liberdade. Uma nova lei para um novo tempo", que a CUT, FNDC, Instituto Barão de Itararé, entre outros, desenvolve? RB - Nós avançamos muito no processo de democracia brasileira. Porém, o código brasileiro de comunicação é ainda da década de 60. E nós vivemos no mundo da convergência tecnológica. É preciso pensar uma comunicação para esse novo Brasil. Por isso, o lema da nossa campanha é "Para expressar a liberdade. Uma nova lei para um novo tempo". Nós estamos falando de um novo tempo onde não podemos ter um sistema de mídia brasileiro onde você analisa o índice de violência contra mulher e vê que, ainda, a cada 10 mulheres, 4 são violentadas. E você tem programas de grande mídia que ensinam e incitam a violência contra as mulheres. Um novo tempo onde nós não podemos tratar de forma discriminatória as minorias, não podemos incitar a homofobia, abordar a questão de raça e ainda temos um programa de televisão desrespeitando todo esse processo. Você vai, por exemplo, assistir televisão num estado onde a população é predominantemente negra, como é o caso da Bahia e você liga a TV e não vê quase nenhum negro e negra em programas de destaque. Você vai para o Nordeste, liga a televisão onde se tem uma cultura típica, um sotaque típico, uma realidade típica. É como se no Brasil só houvesse São Paulo e o Rio de Janeiro. Unidade – O que a campanha tem a dizer sobre as concessões públicas de TV? RB - Nós temos a forma de concessão de rádio e televisão arraigada ainda a uma lei que não tem transparência, que não respeita o processo da Constituição Brasileira e nós nos deparamos agora, por exemplo, com uma concessão pública, que é o caso da Rede Globo, desrespeitando muito mais do que a própria concessão pública, desrespeitando a legislação brasileira, a Receita Federal. Ou seja, continua com a concessão, sem problema nenhum, desrespeitando todos os processos e princípios da democracia e da Constituição brasileira. Você tem uma concessão que é pública que desrespeita um direito que ela mes- ma alega que é um direito fundamental, que é o direito à liberdade de expressão, mas é apenas o direito de liberdade de expressão dela. Não dá o direito aos brasileiros e as brasileiras. Mantém uma concessão que é pública, não presta contas à ninguém, não tem transparência e que recebe a maior quantidade de recursos públicos e privados. Há dados que mostram que a cada real investido em propaganda no Brasil R$ 0,45 fica para a Rede Globo. O resto é que vai para jornais, revistas e outras emissoras. Isso significa que tem um monopólio da concessão pública, um monopólio da sustentação financeira e não tem transparência e nem compromisso com a democracia brasileira. Essa foi uma demonstração também vista durante as mobilizações de junho, que foram importantes, será um marco histórico da democracia brasileira, mas, por exemplo, eu participei de várias caminhadas e em vários momentos o grito principal era: “Fora Rede Globo”. Eu não vi nenhuma reportagem a respeito disso. Eu vi sim reportagens que falavam da saúde, educação, transporte, mobilidade. Isso estava na rua, é verdade, mas é verdade também que estava a questão da Comunicação e eu não vi uma linha sequer sobre isso. Unidade – Na sua opinião, a Comunicação no Brasil não atende aos interesses dos trabalhadores? RB - Agora está em votação no Congresso brasileiro o PL 4330 da Terceirização. Se passar da forma que está, o processo vai alijar o direito de muitos trabalhadores e trabalhadoras sem mesmo ter o direito de negociação. Qual meio de comunicação, senão no meio alternativo, mostrou o que é o PL 4330? No mínimo, os meios de comunicação têm que contar para a sociedade o que é isso. Mas não tem uma linha e por quê? Porque não interessa fazer com que os trabalhadores tenham compreensão do que está acontecendo, do que está sendo negociado, porque aí, com certeza, terá um grande movimento contra o capital, contra o empresariado, que automaticamente é o que sustenta esse sistema. Unidade – Existe uma crítica ao atual Ministro da Comunicação, Paulo Bernardo. Dizem que ele está comprometido com as teles? RB - Na opinião da CUT, o Ministério da Comunicação, que hoje tem a fren- brasileiras apresentarem um projeto de te o ministro Paulo Bernardo, não tem emenda popular que pudesse ser votado cumprido o papel que o Brasil precisa. no Congresso e virar lei. Então nós lanEngavetou o processo da Conferência de çamos esse projeto, ele está disponível Comunicação, disse que estava disposto na página paraexpressaraliberdade.org.br e a fazer uma consulta pública através do onde o projeto versa sobre essas questões projeto. Nós entendíamos que a consul- principais. Primeiro: de qual comunicação ta pública havia sido feita na Conferên- estamos falando, que é a comunicação socia. Mesmo assim nós concordávamos, cial, estamos falando aqui de rádio e teleporque a gente achava que se era uma visão. Segundo que fala sobre um procesestratégia possível de avançar nós faría- so de fim do monopólio. A outra questão mos o processo de consulta pública. Essa é a importância do respeito à diversidade, consulta pública foi novamente engave- gênero, raça, religião etc. tada. É um Ministério que não negocia Unidade – Os trabalhadores não sse com o movimento social. Precisou uma sentem representados na mídia privada? intervenção da Secretaria Geral da RepúRB - Como é que nós podemos num blica para poder abrir um canal de nego- estado laico, numa concessão pública, ciação, enquanto ao mesmo tempo, é um termos concessões a um único credo reliMinistério que dialoga a par e passo com gioso e mais, que incita princípios e vioempresários, principalmente com Qual meio de o setor de Telecomunicações. Haja comunicação visto a posição do mostrou o que é Ministério com o o PL 4330 da Terque diz respeito ao Programa Nacional ceirização? Ele de Banda Larga e é prejudicial aos agora a votação do Código Civil. trabalhadores Não é por acaso que as Teles fizeram uma assembleia, fizeram um grande en- lência contra as pessoas, como é o caso contro e nessa plenária indicaram Paulo da "Cura Gay", como é o caso do projeto Bernardo como o Homem do Ano e que do nascituro? Nós não podemos concortambém foi entrevistado nas páginas dar com isso. Outro debate importante amarelas da Veja. Governo é para gover- para nós no projeto é a questão de você nar para todos. Para empresários e traba- ter um espaço e um processo de gestão. lhadores. Agora, infelizmente, no caso do E isso é preciso ter a participação social. Ministério da Comunicação é um governo Então, porque não pode ter um conselho que está sujeito a influências das Teles. de comunicação nacional que discuta a Este Ministério foi historicamente liga- política de comunicação? Um conselho do ao sistema Rede Globo, em governos onde tenha empresários, sociedade cianteriores. Pela primeira vez temos um vil, governo. Um Conselho de debate, ministro que não é ligado ao setor mas, de diálogo. Então porque não pode ter infelizmente, faz uma parceria estratégica um debate, porque é proibido o debate com o sistema de teles, deixando aquém a da comunicação ser um debate público? estrutura política brasileira. Porque o debate é sempre feito pelos loUnidade - Por este motivo se decidiu pela bys no Congresso. E há muito medo de realização da Campanha “Para expressar a li- enfrentar o poderio da estrutura da coberdade. Uma nova lei para um novo tempo”? municação. Porque essa estrutura de coRB - Nós, o movimento social, traça- municação tem uma grande capacidade mos como estratégia de via à Campanha de eleger e “deseleger” deputados e seNacional, construir um Projeto de Emen- nadores. Então, tem essa grande dificulda Popular. Este projeto baseado na Cons- dade de enfrentamento. É claro que nós tituição, que dá direito aos brasileiros e somos a favor de um sistema de televisão investigativo que mostre para sociedade brasileira a realidade, que mostre o que está acontecendo. Mas nós não podemos ter um sistema de mídia brasileira que mostre apenas um lado, ou de um determinado partido, ou de um determinado governo. O sistema tem que ser transparente. Nós não queremos um sistema de comunicação brasileira chapa branca, como algumas pessoas dizem. Mas também não queremos um sistema de comunicação que seja um partido de oposição. Unidade – O presidente da CUT, Vagner Freitas, se mostra muito entusiasmado em incentivar a comunicação da CUT, em fazer uma televisão e ampliar a comunicação com os trabalhadores. O que a CUT está construindo em termos de Comunicação?. RB - Nós, da Secretaria da Comunicação, trabalhamos em dois eixos centrais. Um é a luta da democratização da comunicação e o outro é que nós precisamos investir. É preciso que a gente tenha os nossos canais. É preciso que os trabalhadores tenham seus canais de diálogo e tenha sua própria forma de comunicação. No nosso caso, a principal estratégia é a construção de rede. Essa construção de rede que passa, tanto por uma produção nossa de comunicação. Por isso investimos muito no nosso portal do mundo do trabalho, temos programa de TV e rádio web e estamos trabalhando a construção de um programa nacional de televisão aberta. Estamos investindo numa estratégia que para nós é fundamental, que é a TVT. É uma experiência que é recente, mas que precisa se transformar num canal nacional de televisão aberta. Então para nós ela é uma estratégia importante, mas também estamos investindo numa articulação de redes de internet, por isso, uma parceria estratégica, que nós chamamos de blogosfera. Ela é fundamental, porque nesse tempo de tecnologia e avanço de internet e avanços de redes sociais é fundamental a gente construir essa parceria, essa estratégia. Porque parafraseando uma frase do Eduardo Galeano, ele diz que se os leões não contarem a sua história, sempre as caçadas dos leões serão contadas pelos caçadores. Então, nós os trabalhadores, precisamos contar a nossa própria história. Nós não podemos deixar que apenas o sistema privado conte a nossa história. UNIDADE AGOSTO 2013 UNIDADE AGOSTO 2013 “Democratizar a comunicação é consolidar a democracia” 7 8 “Projeto quebra monopólio e fortalece a verdadeira liberdade de expressão” Jornalistas combatem a pejotização na luta contra o PL da Terceirização Altamiro Borges, presidente do Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé, é uma das lideranças que assina o Projeto de Lei de Iniciativa Popular para democratizar os meios de comunicação no Brasil. É editor do Blog do Miro o dia 6 de agosto, o SJSP participou de ato contra o Projeto de Lei 4330/04, convocado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), que libera a terceirização, inclusive na atividade fim das empresas. A atividade, que reuniu três mil pessoas em frente ao prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), na avenida Paulista, em São Paulo, foi unificado, contando com a participação de todas as centrais sindicais e diversos sindicatos ligados a elas. Para o SJSP, os atos de combate à terceirização são de extrema importância. A categoria dos jornalistas é uma das mais afetadas pela pejotização. De acordo com a pesquisa da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), “Quem é o jornalista brasileiro”, apenas 39% dos jornalistas trabalham com carteira assinada, ou seja, a maior parte dos trabalhadores da comunicação são terceirizados e chamados no jargão jornalístico como “PJs” ou Pessoas Jurídicas. Após anos de pressão do SJSP e de ações judiciais, o Ministério Público do Trabalho (MPT) passou a agir de forma rigorosa e, por sua vez, solicitou maior rigor ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) na fiscalização e autuação das empresas de comunicação que mais de que se trata de censura, um governo bolivariano. O governo da Inglaterra, do Reino Unido, o David Cameron, é filhote da Margaret Thatcher, não é um chavista. Não é um comunista. É um conservador que está debatendo a mídia no Reino Unido. A União Europeia agora soltou um documento mostrando que é preciso discutir regramento das comunicações na Europa porque a coisa está vexaminoza, gerando escândalos tipo Berlusconi, na Itália, dono de impérios midiáticos. Então o mundo inteiro está debatendo comunicação. O que se tenta fazer aqui no Brasil foi fazer com que o governo tomasse essa iniciativa a exemO monopólio cria plo de outros goum movimento vernos, o que não emburrecedor prosperou. O governo talvez, com em que só sete uma postura defenfamílias falam siva, acha que não deva mexer com em várias esse vespeiro em ferramentas função do poder que a mídia ainda to emburrecedor, porque é uma mesma exerce. O FNDC então toma a seguinte deci- família falando nas várias ferramentas. E o segundo grande eixo é o estímulo a são: já que o governo não se mexe, a sociedade brasileira é que vai se mexer. E diversidade e a pluralidade, que a mídia foi com base em um processo de debate seja mais plural, tem que estimular mais bastante rico, democrático, plural, que a diversidade. Unidade - Nesse contexto qual a imporse elaborou então um Projeto de Lei de tância da mídia alternativa? Iniciativa Popular. AB - A mídia ela vai ter um tratamenO projeto tem caráter pedagógico, de envolver a sociedade no debate desse to curioso. Os barões da mídia adoram tema, que é muito sério, um trabalho de criticar tudo. E é um direito deles. Eles consciência, de despertar do senso crí- criticam o governo, o Legislativo, o Exetico, de envolver. Ao mesmo tempo em cutivo, os sindicatos, por que é do inteque a sociedade se envolve com os deba- resses deles. Eles só não aceitam discutes sobre saúde pública, ela precisa se en- tir o papel da mídia. Quando entra este volver com o debate sobre mídia, porque debate, aí eles levantam que é pressão do sindicalismo, é censura, é combate à mexe com a saúde mental (risos). O segundo é força de pressão sobre o liberdade de expressão. Então, a mídia Congresso Nacional que tem medo de me- tradicional interdita o debate sobre dexer nessa área. Até hoje não regulamen- mocracia na mídia. Unidade: Como furar este bloqueio? tou o que está escrito na Constituição de N Roberto Parizotti AB - Eu acho que o fato novo, o fenômeno novo, é o papel das mídias digitais. A internet abriu uma brecha tecnológica, que eles (barões da mídia) já estão querendo fechar. As mídias tradicionais interditam e as digitais escancaram. Elas tentam esconder, por exemplo, o propinoduto tucano, que há muito tempo ela esconde, de vez em quando sai uma notinha, uma materiazinha, mas abrandava. Diferente do tratamento do tal mensalão do PT. A mídia digital, esse midialivrismo, ele é pentelho, ele fica cutucando, cutucando e força, até a própria mídia tradicional a se pautar por ela. Porque ela fica com dificuldade de se esconder, ela não tem mais o total monopólio da palavra, porque essa mídia digital, a internet, possibilita outras vozes. Então, eu acho que cumpre um papel importantíssimo. Agora, também quem participa dessa mídia digital já percebeu o seguinte: faz guerrilha. A mídia tradicional é muito poderosa, ela controla os principais meios de comunicação de massa, quem controla TV controla tudo. Então, blogosfera, redes sociais, cumprem um papel importante, mas são guerrilhas. É uma guerrilha contra um exército regular. Aquilo é um poder muito grande, que se mostrou agora nos protestos de junho. Quando essa mídia tradicional tentou canalizar os protestos, pegar carona nos protestos, de tentar pautar os protestos. Então, esse midialivrismo, essas redes sociais sabem que incomodam, mas elas não quebram esse poder. Por isso, essa turma já percebeu o seguinte: Ok! Precisamos fortalecer os nossos instrumentos, o nosso ativismo em rede, ativismo na rede, mas precisamos lutar para quebrar o monopólio do lado de lá. Então, são duas batalhas que se travam. É uma batalha para fortalecer esses instrumentos alternativos e outra batalha para quebrar os instrumentos tradicionais, quebrar o monopólio deles. Uma grande batalha. Acho que o Projeto de Lei de Iniciativa Popular, neste caso, se encaixa como uma luva. Se ele vinga, o que vai depender de muita pressão, ele quebra de um lado o poder monopolístico e por outro lado fortalece a verdadeira liberdade de expressão, fortalece esse novo midiativismo. SJSP participa de ato da CUT contra o PL da Terceirização contratam irregularmente profissionais como PJs, o que na interpretação da Justiça do Trabalho caracteriza fraude à legislação trabalhista. Combate à pejotização Em maio deste ano, a editora Abril regularizou a contratação de 120 jornalistas, após solicitação do SJSP junto ao Ministério do Trabalho. As denúncias deram origem a duas investidas da fiscalização do Ministério do Trabalho à sede da empresa, na Marginal Pinheiros, em janeiro e fevereiro deste ano. A segunda delas, inclusive, causou grande alvoroço no prédio, com a orientação da empresa para que todos os jornalistas sem contrato abandonassem imediatamente as redações: enquanto a fiscalização do Ministério conversava com dirigentes da empresa, mais de cem jornalistas desciam às pressas pelos elevadores e escadarias. A Abril não foi a única. Diário do Co- mércio, Editora Três, TV Record, TV Cultura, entre outras, foram obrigadas a registrar em carteira seus jornalistas, visando eliminar a figura dos PJs nas redações. A questão da pejotização é tão evidente no jornalismo que na atividade na avenida Paulista, o presidente da CUT Nacional, Vagner Freitas, abordou o desrespeito à legislação que acontece nas empresas de comunicação. “Este ato não acontece por acaso em frente à Fiesp. Estamos aqui para também manifestar nosso repúdio ao tratamento recebido pelos trabalhadores da comunicação que trabalham, em sua maioria, como PJs”, disse o dirigente cutista. Em manifestação realizada no Congresso Nacional, no dia 13 de agosto, em Brasília, a pressão da CUT conseguiu adiar a votação do PL 4330 para setembro. Sonegação do vínculo Para José Augusto Camargo (Guto), presidente do SJSP, “a sonegação do vínculo trabalhista não pode ser aceita como a nova realidade do mercado ou uma tendência irreversível, pois, com base na legislação, pode-se buscar o respeito a todos os direitos trabalhistas. Os jornalistas têm direito a um emprego e a um salário dignos. Esta é a nossa luta!”, afirmou o dirigente. SJSP apoia a Marcha das Mulheres Propinoduto do Metrô: CPI Já! Entre os dias 25 e 31 de agosto, o Brasil sediará pela primeira vez o Encontro Internacional da Marcha Mundial das Mulheres (MMM). Ele vai reunir ativistas feministas dos cinco continentes e de 18 estados brasileiros. São esperadas 1.600 mulheres para participar do Encontro, que acontece no Memorial da América Latina, em São Paulo. A organização regional do evento aconteceu no dia 27 de julho, no auditório do SJSP e conta com apoio da entidade. A programação terá uma série de debates, oficinas e palestras que têm como objetivo discutir quais os desafios e as propostas das mulheres frente às atuais ofensivas conservadoras. No final do encontro, no dia 31 de agosto, a MMM realizará uma grande mobilização de rua, convocando todas as mulheres. Mulheres são maioria na categoria O SJSP, que tradicionalmente está engajado nas principais lutas do povo brasileiro, apoia a marcha e todas as manifestações que envolvam a luta das mulheres por melhores condições de vida, de trabalho e salários, além da igualdade entre gêneros. Segundo a pesquisa realizada pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), a maioria dos jornalistas brasileiros é formada por mulheres brancas, solteiras, com até 30 anos de idade. No total da categoria, elas representam 64%. dos trabalhadoras. Dino Santos Unidade - Como está a campanha pela Democratização da Comunicação que o Instituto Barão de Itataré, é signatário? Altamiro Borges - Acho que a vida está demonstrando cada vez mais a urgência de um debate sério sobre mídia no Brasil. Você está tendo uma mudança muito grande nesse setor, seja com a introdução de novas tecnologias, da internet, seja a própria crise no modelo de negócio das empresas de comunicação. A bola está quicando. Ou a gente debate esse assunto, entende melhor, vê quais são os caminhos ou a coisa vai degringolar. Eu cito o caso da Rede TV que é de dois empresários inescrupulosos que adquiriram uma concessão pública e que usam e abusam dela, desrespeitam o trabalhador, não pagam salários, atrasam salários, desrespeitam direitos trabalhistas. Você pega a Rede Globo que é uma empresa sonegadora. Milhões de reais sonegados e com esquema nos Estados Unidos, de desvio de grana, de paraísos fiscais. Todo esse setor de mídia está vivendo uma situação de crise muito grande. Nesta situação, o que a mídia faz e principalmente essa mídia que detém concessões públicas, que não é dela, mas ela detém, ela se torna mais fechada ainda, se torna mais intransigente, seja do ponto de vista trabalhista, sindical, de passar por cima, seja intransigente na relação que ela tem com a sociedade, transformando os veículos em partidos políticos. Então, não é a informação. É a manipulação da informação. Daí a urgência de um debate sobre democratização da comunicação no Brasil. Unidade – O que é o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), na sua opinião? AB - O Fórum reúne várias entidades do movimento social brasileiro, que é já um patrimônio da luta pela democratização da comunicação e tenta pressionar o Governo para que ele faça o que os outros não fizeram. Aí vem aquela acusação 88. E fora de pressão sobre o Governo Federal, sobre a presidenta Dilma, para que ela também tome, a exemplo do "Chavista" do Reino Unido, de David Cameron, alguma atitude, que ela se mexa. Esse projeto tem dois grandes eixos: o primeiro é que esse setor não pode ser monopolizado, não pode ter sete famílias que falem sozinhas pelo país inteiro. A opinião publicada delas não pode ser equivalente a toda opinião pública. Então, é quebrar o monopólio. Ninguém está querendo acabar com a Globo. O que não se quer é que ela tenha o poder de monopólio que ela tem hoje. A mídia brasileira é tão colonizada que baba pelos Estados Unidos, onde é proibida a propriedade cruzada, que a mesma empresa tenha rádio, TV aberta, TV fechada, revista, jornal. Isso é proibido nos Estado Unidos. (Risos) E isso é permitido no Brasil. Isso cria um pensamen- UNIDADE AGOSTO 2013 Movimento Social e Sindical André Freire UNIDADE AGOSTO 2013 Democratização da mídia A CUT e entidades do movimento sindical e social exigem a instalação de uma CPI na Assembleia Legislativa para apurar as denúncias de desvios de mais de R$ 500 milhões do Metrô e da CPTM realizados pelos sucessivos governos tucanos em São Paulo. As denúncias foram divulgadas pela revista Istoé. 9 s cortes em várias redações continuaram ao longo da últimas semanas, atingindo veículos como Rede TV, Diário de S.Paulo e Caras. Pouco depois do fechamento desta edição, também chegaram de forma brutal à Editora Abril. Também o vaivém mostrou-se intenso no período com mudanças nas direções de Globo, Cultura e portal R7. Boa leitura! UNIDADE AGOSTO 2013 Jornal DEIXARAM O DIÁRIO DE S.PAULO, no processo de integração com os jornais da Rede Bom Dia, Carlos Alciati Neto, Fábio Pagotto, Fátima Cardeal, Gilvan Ribeiro e Rubia Evangelinellis. O novo editor de Esportes do jornal, no lugar de Gilvan, é Fernão Ketelhuth. NA FOLHA DE S.PAULO, Uirá Machado foi promovido a editor de Opinião, no lugar de Marcelo Leite, que voltou a ser repórter especial; já o repórter especial Leandro Colon foi nomeado correspondente em Londres, a partir de setembro; Diógenes Muniz, editor-adjunto da TV Folha, saiu para ser editor de Vídeos na Veja SP; e Tereza Novaes, editora-adjunta digital da Ilustrada e editora do F5, saiu após 13 anos de casa. Ainda por lá, registro para o fim do Folhateen, criado em 1991 e que já virara uma página da Ilustrada em novembro de 2011. Ronaldo Lemos, que escrevia a coluna Internets, foi para o caderno Tecs. GILBERTO NASCIMENTO começou no Brasil Econômico, ali assumindo a coluna Mosaico, sobre Política. Revista 10 Eduardo Ribeiro JÚLIO CÉSAR DE BARROS aposentou-se e despediu-se de Veja, após 33 anos de Abril. Vai dedicar-se a projetos pessoais, entre eles o blog musicaboadobrasil.blogspot.com.br. CLAYTON MELO saiu da IstoÉ Dinheiro, em que atuava cumulativamente como editor de Tecnologia da edição impressa e diretor da edição online, para assumir um novo e ainda confidencial projeto na área digital. MUDANÇAS EM CARAS. Marcelo Bartolomei, antes editando Mídia Digital, passou a acumular as funções de editor Nacional e Regional, substituindo, neste último, Gisèle de Oliveira, que saiu. No lugar de Marcelo entrou Guilherme Ravache, ex-editor de especiais. ANA WEISS começou como editora-assistente de Cultura da IstoÉ. MARION STRECKER aceitou ser editora contribuinte da Select, publicação da Editora Três focada na área cultural. CHEGOU AO MERCADO a Abordo Magazine, publicação mensal de luxo da R4, que tem entre seus fundadores Ana Flavia Furlan. O projeto gráfico é de Joca Freire. A redação conta com Fernanda Freire, Carol Gandara e Cláudio Laranjeira. O e-mail de contato é redacao@ abordomagazine.com.br. Televisão CELSO KINJÔ deixou a Direção de Jornalismo da TV Cultura, em que esteve por três anos. Seu sucessor é Willian Correa, vindo de Brasília. A saída se deu no bojo da transição da Presidência da Fundação Padre Anchienta, com Marcos Mendonça sucedendo a João Sayad. DANÇA DAS CADEIRAS na TV Globo. A emissora anunciou a unificação das duas diretoriasexecutivas de Jornalismo, indicando como titular Mariano Boni, que, desse modo, está trocando Brasília pelo Rio de Janeiro. No lugar dele, na sucursal Brasília, vai Ricardo Villela, da equipe do Jornal Nacional, em São Paulo, por sua vez sucedido por Denise Cunha Sobrinho, que chefiava a Redação da Regional São Paulo. No lugar dela entra Ana Escalada, que era editora- Rádio COM A PARCERIA firmada com a ESPN, que passou a tomar conta do Esporte da Rádio Capital, a emissora reduziu a equipe própria que mantinha. Saíram Anderson Cheni, Dalmo Pessoa, Fausto César, Gomão Ribeiro e Tony José. JOSÉ SILVÉRIO completou em 20 de julho 50 anos de narrações esportivas, os últimos 13 pela Rádio Bandeirantes. No total, foram nove Copas do Mundo e 20 prêmios Aceesp, o que lhe valeu a condição de concorrente hors concours e a presença no Hall dos Notáveis. LUCIANA FREITAS, chefe de Redação e que contabilizava 18 anos de Rádio Estadão, saiu e montou a Luciana Freitas Consultoria ([email protected]). MARÍLIA JUSTE deixou a Chefia de Criação e Programação da BandNews FM e foi para o Fantástico, como editora. Na vaga dela, porém no cargo de chefe de Redação, foi promovido Felipe Félix. chefe do Profissão Repórter. Os titulares dessas duas diretorias eram Luiz Claudio Latgé, que passou a diretor-adjunto da Central Globo de Comunicação, e Erick Bretas, agora diretor de Mídias Digitais. AINDA POR LÁ, Marcelo Bonfá integrou-se ao grupo de Criação do Mais Você; e Renata Viana de Carvalho, vinda da revista Autoesporte, começou no programa homônimo, mas contratada pela TV7, empresa do Grupo Traffic que cuida daquela produção. A REDETV demitiu 30 profissionais de sua equipe de Jornalismo, em todo o Brasil, e fechou outros dez vagas, totalizando uma redução de 40 postos de trabalho. Entre os que saíram estão o comentarista de Futebol Marcelo Bianconi e os repórteres Anapaula Ziglio, Renata Afonso e Luís Gatione. JOSÉ DONIZETE foi efetivado como repórter da TV Gazeta, onde estava como colaborador desde abril. ROBERTO CABRINI renovou contrato com o SBT. Na emissora desde 2009, é editorchefe e apresentador do Conexão Repórter. NA BAND, Adelaide Reis foi promovida a editora-chefe do Jornal da Noite, da Band, no lugar de Éven Sacchi, que saiu. Outro que deixou a emissora foi Terence Paiva, chefe de Redação de Esportes. Ainda por lá, registro para o fim do programa Deu Olé, apresentado por Felipe Andreoli. Midias Digitais NO TERRA, registro para a saída de Antonio Prada, diretor Global de Produtos e Conteúdo, e para as chegadas de Rita Lisauskas, ex-Band, para ser âncora do Jornal do Terra, e de Fernanda Colavitti, ex-Nova, para a Gerência de Conteúdo de Diversão e Vida e Estilo. ALINE SORDILI assumiu a recém-criada Diretoria de Operações do R7, e foi sucedida na Diretoria de Conteúdo por Luiz Cesar Pimentel, que a acumula com o posto de diretor de Redação. LUIZ GUSTAVO PACETE DE LIMA deixou a revista Imprensa, passando a dar dedicação integral a IstoÉ Dinheiro Online, da qual é repórter, e ao trabalho voluntário como representante no Brasil da ONG Repórteres sem Fronteiras. LUKAS KENJI saiu do Carsale e retornou ao caderno de Automóveis do Diário do Grande ABC. Foi substituído no site por Giovanna Consentini. A REPÓRTER Bárbara Ladeia e a estagiária Marcela Leite começaram na Economia do iG. HAIRTON PONCIANO VOZ passou a cuidar dos testes automotivos do site Notícias Automotivas. O SITE de Carta Capital, dirigido por Lino Bocchini, estreou várias atrações, entre elas o site Farofafá, de música brasileira, editado por Eduardo Nunomura e Pedro Alexandre Sanches; e os blogs SPeriferia, de Joseh Silva; Território de Maíra, de Maíra Kubík Mano; o do coletivo de comunicação Intervozes, com textos de profissionais como Bia Barbosa, João Brant e Pedro Ekman; e o do Edgard Catoira, com crônicas sobre o Rio de Janeiro Assessoria SUZANE VELOSO assumiu a Diretoria de Comunicação Interior MICHELLE MONTE MOR deixou o suplemento automotivo do Diário da Região, de São José do Rio Preto, e começou como correspondente da Revista Jornauto na região. O Vaivém de mercado Corporativa do Walmart Ecommerce (Walmart.com) para toda a América Latina. Com ela, chegou Mariana Garbin, como coordenadora de Comunicação. DANILO GONÇALVES começou no atendimento de imprensa do Terra, na equipe coordenada por Mariana Astolfi. ROBERTA LIPPI aceitou convite para ser diretora de Mídia da Brunswick. FORAM PARA a Comunicação da Anfavea Vinícius Romer, como gerente de Imprensa, e Raquel Mozardo, como assessoria de imprensa. Pablo Teruel, que estava por lá havia quase 25 anos, saiu. MARCOS FREIRE MODUGNO deixou a Diretoria de Comunicação da Pepsico. ROBERT GALBRAITH deixou Meio&Mensagem e começou como gerente de atendimento da Neogama/BBH, conta atendida pela Conteúdo. ANDRÉ VIEIRA foi para a Braskem, como gerente de Comunicação Externa. JULIANA BORBA assumiu a Comunicação da agência publicitária AGE Isobar. ADRIANO ZANNI é o novo diretor do Núcleo de Conteúdo e Comunicação Interna da Trama, tornando-se sócio de Leila Gasparindo, Helen Garcia e Sandra Bonani Canovas. GABRIEL MACIEL CORREA deixou a Comunicação Corporativa da BMW. ANDRÉ PASCOWITCH e Renato Medici criaram a FightCom (11-3037-7299), agência de comunicação e marketing esportivo com foco no universo das lutas. VÍVIAN SOARES, de regresso da Europa, começou como coordenadora de Relações Públicas da Robert Half, multinacional de recrutamento especializada em executivos. PEDRO ANTÔNIO CÁSSIO SILVA começou no Departamento de Pesquisa da Assessoria de Imprensa da Amcham, liderada por Ricardo Lessa. NIRA WORCMAN deixou a Gerência de Comunicação Corporativa da Bristol-Myers Squibb. A vaga foi extinta. MARCOS CAMARGO JR. despediu-se da Casa da Notícia e passou a se dedicar a projetos pessoais. ANDRESSA BESSELER, Danielle Vieira e Juliana Menezes começaram na ADS. TATIANA FERREIRA foi para a Assessoria de Comunicação da Coordenadoria Regional de Saúde Sul (CRS Sul) da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, em substituição a Ieda Porfírio, que seguiu para a Assessoria de Comunicação da Presidência da Câmara Municipal. Livros ALBERTO VILLAS com The book is on the tablete (e-galáxia), livro digital que reúne 50 crônicas que ele publicou no site da CartaCapital desde 2011. ANÉLIO BARRETO com Histórias que os jornais não contam mais (Belaletra), coletânea de reportagens que publicou principalmente em O Estado de S.Paulo e Jornal da Tarde. CLÁUDIA NONATO, Rafael Grohmann e Roseli Figaro com As mudanças no mundo do trabalho do jornalista, livro digital feito com o apoio do Centro de Pesquisa em Comunicação e Trabalho da ECA/USP. GERSON CAMAROTTI com Segredos do Conclave (Geração Editorial), em que conta os bastidores da eleição do papa Francisco e a operação do Vaticano para estancar a hemorragia de fiéis na América Latina. JORGE BASTOS MORENO com A história de Mora – A saga de Ulysses Guimarães (Rocco), em que revela a visão feminina e discreta da viúva de Ulysses Guimarães, abordando fatos decisivos e trágicos da trajetória do político. LAURENTINO GOMES com 1889 (Globo Livros), obra sobre a Proclamação da República que sai com tiragem inicial de 200 mil exemplares e que é o terceiro volume da trilogia que já conta com 1808 (vinda da família real para o Brasil) e 1822 (Independência do Brasil). OSCAR PILLAGALO com Corrupção – Entrave ao desenvolvimento do Brasil, obra produzida com o apoio do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial. PIERO LOCATELLI com VemPraRua (Cia das Letras), livro digital em que relata sua experiência ao cobrir os protestos de junho para a revista Carta Capital. RIVALDO CHINEM com Como falar bem em público – Um guia rápido, prático e indispensável (Discovery), que se divide em 25 lições. ROBERTO ARAÚJO com Os estagiários do crime (Europa), romance policial que mergulha no universo de jovens estudantes de Direito. Telegráficas ESTÁ MARCADO de 12 a 15/10, na PUC-RJ, o 8º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, que terá a companhia da 8ª Conferência Global de Jornalismo Investigativo, realizada pela Global Investigative Journalism Network, e da 5ª Conferencia Latinoamericana de Periodismo de Investigación, do Instituto Prensa y Sociedad. Inscrições pelo www. abraji.org.br com preço promocional até 9 de setembro. VEJA PREPARA para setembro edição especial para comemorar seus 45 anos de existência. O especial, coordenado por Fabio Altman, terá edição de Rinaldo Gama e pesquisa de Susana Camargo e Suely Bordin. NELSON COLETTI tem novo site com suas obras de óleo sobre tela e aquarelas. Podem ser vistas no www.nelsoncoletti.com.br ADRIANA CARRANCA, do Estadão, passou a colaborar com a revista norte-americana Foreign Policy. Escreve sobre conflito, religião e direitos humanos, com foco principal na situação das mulheres em todo o mundo. UNIDADE AGOSTO 2013 O O Vaivém do mercado Registros Faleceram: ALICE BRILL, em 29/6, aos 92 anos, em Itu, de causas naturais decorrentes da idade. Formada em Filosofia pela PUC-SP e com mestrado e doutorado em Estética e Artes Visuais na USP, foi fotógrafa de arquitetura e obras de arte na revista Habitat e publicou livros sobre artistas como Mario Zanini. Também colaborou em sua juventude com veículos da grande imprensa, em São Paulo, entre eles o Estadão. MARCUS ZAMPONI, em 15/7, aos 63 anos, em São José do Rio Preto, vítima de câncer. Apaixonado por automobilismo, começou na Inglaterra como “faz tudo” na equipe March, na Fórmula 1, nos anos 1970. Em seu retorno ao Brasil, foi contratado pela revista Autoesporte, onde ficou por quase duas décadas, além de ter sido colunista da revista Racing e de ter atuado como assessor de imprensa e repórter especial da Motorsport Brasil. Vivia no interior paulista com a família e lutava havia alguns anos contra a doença. RODRIGO MANZANO, em 20/7, aos 35 anos, em São Paulo, em decorrência de complicações pós-operatórias. Editor de Mídia do jornal Meio&Mensagem desde o começo de 2012, era formado pela Universidade Estadual de Londrina. Em 2001, já em São Paulo, começou como redator-assistente da revista Imprensa, onde chegou a diretor de Redação e em que permaneceu por oito anos, até 2011. Foi professor universitário em FIAM, PUCCampinas e ESPM, e passou pela revista Cult. 11 Douglas Mansur/ Celeiro de Memórias Imagem Roberto Fautisno Vagner Magalhães MPL UNIDADE AGOSTO 2013 Enio Bra lobal em G mag uns I Jeniffer Glass Violência Policial O s jornalistas de todo país têm sido vítimas da violência policial. Em São Paulo, durante as manifestações de junho, vários deles foram agredidos e detidos. A polícia do governador Geraldo Alckmin (PSDB) não poupou ninguém. O Unidade traz uma série de imagens coletadas por repórteres profissionais mostrando que o Brasil ainda tem muito a avançar em sua Democracia. 12 MPL Rodrigo Paiva Rodrigo Paiva Enio Brauns Imagem Global Roberto Fautisno