Quando a ciência combate os novos conhecimentos científicos
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Quando a ciência combate os novos conhecimentos científicos
Quando a ciência combate os novos conhecimentos científicos Em seu ensaio Prometheus Bound (1994), John Ziman mostra o processo de evolução da ciência nos últimos séculos. Tradicionalmente voltada, sem dúvida a partir do século XVII para a busca desinteressada do conhecimento, progressivamente a ciência se tornou a servidora da economia e/ou da política. Os programas de pesquisa são sempre mais influenciados por interesses econômicos e o centralismo burocrático, incluindo aqueles que são criados para promover a « boa ciência », a das academias, institutos e dos conselhos nacionais. A ortodoxia convencional, pelo menos no início, sempre resiste às novidades que serão aceitas bem mais tarde, contribuindo assim ao atraso da divulgação do conhecimento. Por outro lado ela favorece as pesquisas dos cientistas “tradicionais” que sem nenhum escrúpulo e contra as regras mais elementares da deontologia, não hesitam a publicar resultados forjados para obter subsídios e adquirir a fama. Acham a crítica severa? Os casos da descoberta do HIV – a impostura de Robert Gallo ou a história da clonagem de Hwang que conseguiu publicar que teria obtido onze perfis de células-mãe a partir de embriões clonados ilustram perfeitamente essa afirmação. Menos conhecidos são os casos de ostracismo que existem em todas as áreas científicas. Um dos mais interessantes é geológico: o dilúvio Missoula, que resultou da ruptura da barragem de gelo do enorme lago Missoula represado entre os vales das montanhas ao norte de Idaho e Montana Ocidental, erodindo profundos cânions no basalto subjacente (Orr, Orr e Baldwin, 1992). Em 1921, Harlen Bretz propôs que os estranhos sulcos de erosão deviam-se a enormes quantidades de água que escoou sobre a região. A maioria dos geólogos, influenciados pela crença no conceito que “o presente é o fruto do passado” sustentaram que a proposta era inaceitável. Apesar de um artigo afirmando que as ondulações gigantescas registradas na camada vulcânica eram sinais da erosão causada pelo escoamento impetuoso das águas do lago glacial Missoula ser publicado em 1942 a teoria de Bretz só foi reconhecida oficialmente nos anos 60: 40 anos perdidos. Em biologia, na década de 1950, a cientista norte-americana Barbara McClintock publicou uma espetacular descoberta no campo genético: os "genes saltadores". Suas idéias foram denegridas, maculadas e boicotadas na época e ela só receberia o Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina por seus trabalhos em 1983: 30 anos perdidos. No campo da medicina o Dr. Kilmer McCully, médico conceituado e pesquisador de Harvard, questiona a teoria do colesterol, que vem reinando absoluta nos últimos 80 anos, e explica o que está realmente por trás da epidemia de doenças cardíacas, fornecendo um programa alimentar capaz de controlar os níveis de homocisteína, aminoácido causador dos males do coração. Em seu livro “O fator homocistéina”, ele mostra como a teoria do colesterol foi – e vem sendo ainda - lucrativa para a indústria farmacêutica, quando, na verdade, os medicamentos para redução do colesterol podem até ser prejudiciais à saúde. Existem outros exemplos como a prática milenar da acupuntura cujos efeitos analgésicos foram finalmente reconhecidos pela ciência ha menos de 30 anos. É também nessa época que o kraken parou de ser um mito, e que os megalíticos são reconhecidos por conter conhecimentos astrológicos importantes. Mais recentemente o motor a ar comprimido de Guy Negre continua confidencial, etc... Na realidade qualquer invenção – principalmente quando afastada das normas estabelecidas - incomoda a ciência oficial. E considerada uma anomalia e por isso é afastada, combatida, denigrada, não publicada ou impedida de publicação e se por acaso uma revista a © Moityca Eficiência Empresarial Ltda. 1 publica é ignorada. Porem alguns cientistas conseguem chamar a atenção de um público de profissionais mais interessados à qualidade do trabalho que a sua validação pelo establishment. O Método Funcional que serve de base a construção de instrumentos que medem atitudes (L.A.B.E.L. para a personalidade. COMPER e SOCR@TE para as competências, INTERESSES para os interesses profissionais e o IVPG para os valores) segue o mesmo caminho; é diferente, incomoda a psicologia e principalmente a psicometria oficial, portanto a cada dia centenas de psicólogos apreciam dispor de resultados de medidas psicométricas válidas e precisas. Francis Gendre publicou muito, porém 7 artigos em cada dez que preparou não foram publicados em nenhuma revista científica. Portanto seu método é a resposta a todos os problemas conhecidos na construção de provas subjetivas, fornecendo índices de controle – que respondem de forma pragmáticas a todas as críticas feitas sobre as respostas nos testes auto avaliativos - e escore absolutos além dos clássicos escores padronizados o que permite conciliar as abordagens nomotética e idiográfica. Porque este método não é mais divulgado? Além da novidade, da quebra de paradigmas, de sua relativa complexidade e dos necessários conhecimentos matemáticos que implicariam a revisão da grade curricular dos estudos de psicologia, importantes interesses profissionais, financeiros e até pessoais conduzem a este ostracismo. Portanto nosso conhecimento avança... Por sorte hoje existe Internet e a informação científica não é mais exclusivamente controlada pelas poderosas revistas científicas “oficiais” – financiadas em parte pelos editores de testes clássicos! - e seus censores. O fato de poder ler estas linhas é uma prova. E se em conhecimentos psicométricos provavelmente vamos perder um ou dois lustros, graças aos novos meios de comunicação evitaremos perder decênios. Nesse site já existem vários textos na parte de PUBLICAÇÕES a disposição das pessoas curiosas que querem se informar. Querendo conhecer mais sobre o Método Funcional entrem em contato com Renzo: [email protected]. Cada pergunta será respondida nos melhores prazos. Referências bibliográficas: Orr E. L., Orr W. N., Baldwin E. M. 1992, Geologia de Óregon, 4ª ed., Dubuque , IA, Kendal &Hunt Publ. Comp. Ziman, J. M. Prometheus Bound: Science in a Dynamic Steady State (Cambridge University Press, Cambridge, 1994). As 40 primeiras páginas podem ser consultadas no link: http://books.google.com.br/books?id=09UosACeA_cC&dq=prometheus+bound+Ziman&printsec= frontcover&source=bl&ots=WHVgCvwrQv&sig=urlIWggRXbWf5VbzOFtatPf-ypw&hl=ptBR&ei=ubBJS8j7OMGmuAe3spyBAg&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=1&ved=0CAgQ6 AEwAA#v=onepage&q=&f=false Último acesso: 26.12.2009 Renzo Oswald São Paulo, 17 de abril 2003, atualizado 26 de dezembro de 2009. © Moityca Eficiência Empresarial Ltda. 2