LSIL: Visão atual: Por que e como seguir? Trocando Idéias XIV

Transcrição

LSIL: Visão atual: Por que e como seguir? Trocando Idéias XIV
Trocando Idéias XIV - 27 a 29 de agosto de 2009
LSIL – visão atual
Por quê e como seguir ?
Maria José de Camargo
Lesão de Baixo Grau
LSIL ( low grade squamous intraepithelial lesion)
SEGUIMENTO:
•Após colpocitologia - triagem
•Após colposcopia com biópsia – diagnóstico
POSSIBILIDADE DE LESÃO DE ALTO
GRAU
Conduta frente à paciente com LSIL
Nomenclatura brasileira para laudos cervicais e condutas preconizadas: recomendações para
profissionais de saúde. Ministério da Saúde; 2006.
LSIL Recomendação por País
País
Intervalo
rastreio
Recomendação em caso
de citologia LSIL
Referência
Brasil
1/3
Repetir citologia em 6 meses
MS-INCA (2006)
França
3
Repetir citologia em 4 a 6 meses ou Anttila et al (2004)
colposcopia
ANAES (2002)
Holanda
5
Repetir citologia em 6 meses
Nova Zelândia
3
Repetir citologia em 6 a 12 meses ouNZNSP (2008)
referir para colposcopia
Suécia
3/5
Ausência de política nacional
Anttila (2004)
Dillner (2000)
Reino Unido
3/5
Colposcopia
Repetir citologia é aceitável
NHSCSP (2004)
Colposcopia
ASCCP (2006)
Estados Unidos 1/2/3
Anttila et al (2004)
Bos et al (2004)
Mousinho, R. O. – Trocando Idéias, 2008
Nic I
LSIL
POR QUÊ SEGUIR ? Estratégia triagem
Altas taxas de regressão espontânea
• 90% regressão de LSIL em 24 meses –
Estudo brasileiro
Schlecht NF et al. J Nat Cancer Inst 2003; 95:1336-43
• Mulheres com LSIL e HPV baixo risco – 100% regressão
Mulheres com LSIL e HPV alto risco – 70% regressão
Estudo realizado nos Países Baixos Europeus
Nobbenhuis MA et al. Lancet 2001; 358:1782-83
2006 Consensus guidelines for the management of women with abnormal cervical screening tests.
American Society for Colposcopy and Cervical Pathology . Consensus Conference report (www.AJOG.org
Management of minor cervical cytological abnormalities: a
systematic review and a meta-analysis of the literature.
Kyrgiou M, Koliopoulos G, Martin-Hirsch P, Kehoe S, Flannelly G, Mitrou S, Arbyn M,
Prendiville W, Paraskevaidis E.
Estudos comparando colposcopia imediata x seguimento
citológico
Adesão ao seguimento decresce com o tempo, com significância em torno de
24 meses
Maior incidência de doença de baixo grau entre as mulheres com colpoocopia
imediata, comparando-se com aquelas seguidas por citologia RR: 1.49 95%
CI 1.17 – 1.90 possível regressão espontânea
Não houve diferença entre a incidência de doença de alto grau entre as
mulheres com colposcopia imediata e aquelas seguidas por citologia até 2
anos RR: 1.72, 95% CI 0.85 -3.48
Melhor estratégia: referência direta para colposcopia
LSIL – pac. 18 anos
ALTS (ASCUS –LSIL triage study)
3 estratégias comparadas em 1572 mulheres com LSIL
1. Colposcopia imediata (673 mulheres).
2. Triagem baseada no teste de identificação de HPV
oncogênico e citologia em meio líquido (224
mulheres)
Colposcopia realizada se teste de HPV era positivo ou a citologia era
compatível com HSIL
3. Acompanhamento colpocitológico semestral (675
mulheres).
Colposcopia realizada se citologia era compatível com HSIL
ALTS group, 2003.
Am J Obs Gyn
*(Persistent LSIL + HSIL suspition)
ALTS (ASCUS –LSIL triage study)
Colposcopia imediata: 15.2% CIN 3
colposcopia realizada em 673 mulheres de 673 randomizadas
Teste para HPV: 18.3% CIN 3
colposcopia em 183 mulheres de 191 randomizadas.
Controle citológico: 13.8% CIN 3
colposcopia em 96 mulheres de 673 randomizadas
P = 0.26
ALTS (ASCUS –LSIL triage study)
Mulheres com citologia de LSIL encaminhadas à
colposcopia: risco
acumulativo para NIC 2 e NIC 3 de
r
de 27.6%
Após colposcopia :
Colposcopia negativa – risco para NIC 2 e 3 em 2 anos de
seguimento
11.3 %
Biópsia negativa
Biópsia NIC 1
risco 11.7%
13%
Por quê e como seguir ?
Nomenclatura brasileira para laudos cervicais e condutas preconizadas: recomendações para profissionais de saúde.
Ministério da Saúde; 2006.
POSSIBILIDADE DE LESÃO DE ALTO GRAU
LSIL e Teste DNA-HPV
Pouca utilidade no manejo da mulher com LSIL, na estratégia
de rastreio.
Positividade do DNA-HPV de alto risco em mulheres com citologia LSIL:
– Arbyn M et al. em metanálise (2006): 76,6%
– Atypical Squamous Cells of Undetermined significance / Low-grade Squamous
Intraepithelial Lesions Triage Study (ALTS) Group (2000): 83%
Triagem com teste de DNA-HPV melhores resultados em mulheres acima
30 anos do que em jovens.
Consenso americano (ACOG, 2008) o seguimento da mulher após
colposcopia, onde se excluiu NIC 2, NIC 3
colpocitologias (6 e 12
meses) ou teste DNA-HPV (12 meses)

Documentos relacionados

Clique no link para ler o artigo na íntegra

Clique no link para ler o artigo na íntegra Colposcopia: Colposcopia: achado anormal, topografia preocupante Múltiplas biópsias da lesão: baixo grau? Retorno em 3 meses Alto grau? Novo cone MSMS-INCA (2011) menos morbidade que a histerectomi...

Leia mais

CONDUTA EM ASC E AGC

CONDUTA EM ASC E AGC Repetição da citologia: Austrália (Australian Government/National Health and Medical Research Council 2005) Brasil (Ministério da Saúde/INCA 2006) Canadá (Health Canada 1998) Nova Zelândia < 30 ano...

Leia mais

ASC e AGC - Curso de Atualização em PTGI - Jun09

ASC e AGC - Curso de Atualização em PTGI - Jun09  Risco de câncer é baixo (0,1- 0,2%)

Leia mais

Fotos de HPV Genital

Fotos de HPV Genital NIC 3: displasia grave; CIS (câncer in situ); estágio FIGO 02,3 NIC 1

Leia mais