ASCA (S. cerevisiae) IgG 708865

Transcrição

ASCA (S. cerevisiae) IgG 708865
QUANTA LiteTM ASCA (S. cerevisiae) IgG 708865
Para utilização em diagnóstico In Vitro
Complexidade CLIA: Elevada
Aplicação Diagnóstica
QUANTA LiteTM ASCA (S. cerevisiae) IgG é um ensaio imunoenzimático (ELISA) para a detecção semiquantitativa de anticorpos anti-Saccharomyces cerevisiae (ASCA) da classe IgG no soro humano. A
presença dos anticorpos ASCA (S. cerevisiae) IgG, utilizada em conjunto com o resultado de outros testes
serológicos e a história clínica do doente, pode ajudar no diagnóstico de doentes com a doença de Crohn.
Resumo e Explicação do teste
Doença inflamatória do intestino (IBD) é um termo geral utilizado para descrever doenças que causam
inflamações intestinais. A doença de Crohn (CD) e a colite ulcerosa (UC) são as duas principais IBD. Na
doença de Crohn, a inflamação ocorre normalmente na parte inferior do intestino delgado (íleo distal), mas
pode afectar qualquer parte do tracto digestivo. A inflamação na doença de Crohn estende-se
profundamente no tecido afectado, ao contrário da colite ulcerosa que causa inflamações e úlceras nas
camadas superiores das paredes do cólon e do recto. A inflamação na doença de Crohn é assimétrica e
segmentar, com áreas de tecido saudável e doente, ao contrário da colite ulcerosa em que a inflamação é
simétrica e contínua a partir do recto proximal.1-3
A doença de Crohn e a colite ulcerosa são doenças crónicas, afectam homens e mulheres quase da mesma
forma e são mais comuns no Norte da Europa e na América do Norte. Aproximadamente 20% dos
indivíduos com a doença de Crohn têm um parente com alguma forma de IBD. A doença de Crohn surge,
normalmente, por volta dos 15-30 anos, tendo um segundo pico de menor incidência por volta dos 50-70
anos. Na última década, vários relatórios verificaram um aumento do predomínio da doença de Crohn em
diversas regiões geográficas.4-7 Embora existam muitas teorias respeitantes à causa da doença de Crohn e
da colite ulcerosa, nenhuma delas foi provada. Uma vez que os sintomas da doença de Crohn e da colite
ulcerosa são idênticos, o diagnóstico torna-se, muitas vezes, difícil, moroso e invasivo.1-3 Aproximadamente
10 a 12% dos casos não são, inicialmente, classificados e são referidos como “colite indeterminada”. Com o
tempo, cerca de metade destes doentes são classificados de CD ou UC.8-10
Descobriu-se que os anticorpos anti-Saccharomyces cerevisiae (ASCA) prevalecem, significativamente
mais, nos doentes com a doença de Crohn comparativamente com os doentes de colite ulcerosa ou
controlos saudáveis.8-14 Estes anticorpos, que podem incluir anticorpos de ambas as classes IgG e IgA,
parecem ser direccionados contra as sequências de manose na parede da célula mannan da
Saccharomyces cerevisiae.14-16 Demonstrou-se que a presença de IgG ou IgA ASCA tem uma
especificidade elevada para a doença de Crohn. Um relatório recente verificou que a presença de IgG e IgA
ASCA era 100% específica para a doença de Crohn.8 A detecção de ASCA pode ser importante na
diferenciação da doença de Crohn da colite ulcerosa em alguns doentes. 8-10
Um subgrupo de doentes com doença de Crohn não parece ter anticorpos ASCA. De momento, ainda não
se sabe se estes indivíduos formam um subgrupo de doentes com características clínicas específicas.
Princípio do método
O antigénio S. cerevisiae parcialmente purificado e despedaçado é ligado aos poços de uma placa de
poliestereno sob condições que vão preservar o antigénio no seu estado nativo. Os controlos pré-diluídos e
o soro diluído dos doentes são adicionados aos diferentes poços, permitindo que quaisquer anticorpos
ASCA IgG presentes se liguem ao antigénio imobilizado. A amostra não ligada é lavada e adiciona-se um
conjugado IgG anti-humano marcado a cada poço. Uma segunda incubação permite ao conjugado
enzimático ligar-se a quaisquer anticorpos de doentes que tenham ficado agarrados aos micropoços. Depois
da segunda lavagem para retirar o excesso de conjugado, a restante actividade das enzimas é medida
adicionando um substrato cromogénico e medindo a intensidade da cor que se desenvolve. O ensaio pode
ser avaliado por espectrometria, medindo e comparando a intensidade da cor desenvolvida nos poços do
doente com a cor dos poços de controlo.
Reagentes
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
Placa ELISA de micropoços de poliestireno revestidos com antigénios purificados S. Cerevisiae (121 x 8 poços), com suporte em embalagem de protecção com dessecantes
Controlo Negativo ELISA, 1 frasco de solução tampão com conservantes e soro humano sem
anticorpos humanos anti S. cerevisiae, pré-diluído, 1,2 ml
Positivo Baixo ASCA IgG ELISA, 1 frasco de tampão com conservantes e soro humano com
anticorpos anti S. cerevisiae, pré-diluído, 1,2 ml
Positivo Alto ASCA IgG ELISA, 1 frasco de tampão com conservantes e soro humano com
anticorpos anti S. cerevisiae, pré-diluído, 1,2 ml
Diluente da amostra HRP, 1 frasco cor-de-rosa, contém solução tampão salina Tris, Tween 20,
estabilizadores proteicos e conservante, 50 ml
Solução de lavagem HRP, 1 frasco 40x concentrado, de cor vermelha com solução tampão salina
Tris e Tween 20, 25 ml. As instruções de diluição encontram-se na Secção Método.
Conjugado HRP IgG, (de cabra), IgG anti-humana, 1 frasco – de cor azul com solução tampão,
estabilizadores proteicos e conservante, 10 ml
Cromogénio TMB, 1 frasco com estabilizadores, 10 ml
Solução de paragem HRP, ácido sulfúrico 0,344 M, 1 frasco – incolor, 10 ml
1
Advertências
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
ADVERTÊNCIA: Este produto contém um químico (0,02% cloranfenicol) no diluente da amostra, nos
controlos e no conjugado, considerado como cancerígeno no Estado da Califórnia.
Todo o material de origem humana utilizado na preparação dos controlos deste produto foi testado e
deu resultados negativos para métodos aprovados pela FDA para anticorpos anti HIV, HBsAg e
HCV. Contudo, nenhum teste pode garantir com certeza absoluta a ausência de HIV, HBV, HCV ou
outros agentes infecciosos. Assim, o Positivo Baixo ASCA IgG ELISA, o Positivo Alto ASCA IgG
ELISA e o Controlo Negativo devem ser manipulados como se fossem material potencialmente
infeccioso.17
A azida de sódio é utilizada como conservante. Este produto é venenoso e pode ser tóxico se for
ingerido ou absorvido pela pele ou pelos olhos. A azida de sódio pode reagir com componentes de
chumbo ou cobre das canalizações formando azidas metálicas explosivas. Por esta razão, ao deitar
fora os restos de reagentes é necessário deixar correr água em quantidade abundante para evitar a
formação destas substâncias.
O Conjugado HRP contém um químico diluído venenoso/corrosivo, que pode ser tóxico quando
ingerido em grandes quantidades. Evitar o contacto com a pele e os olhos para prevenir a ocorrência
de queimaduras químicas.
O Cromogénio TMB contém um produto irritante, que pode ser prejudicial quando inalado, ingerido
ou absorvido pela pele. Evitar inalar, ingerir ou o contacto com a pele e os olhos para evitar lesões.
A Solução de paragem HRP consiste numa solução de ácido sulfúrico diluído. Evitar a exposição a
bases, metais ou outros componentes que possam reagir com ácidos. O ácido sulfúrico é venenoso
e corrosivo e pode ser tóxico se ingerido. Evitar o contacto com a pele ou os olhos para prevenir a
ocorrência de queimaduras químicas.
Usar equipamento de protecção apropriado para trabalhar com os reagentes.
Os salpicos de reagentes devem ser limpos imediatamente. Observar todas as regulamentações
ambientais nacionais e locais relativas à eliminação de resíduos.
Precauções
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
Utilizar somente para diagnóstico In Vitro.
A substituição de componentes do dispositivo por outros que não pertençam a este sistema pode
originar resultados inconsistentes.
Uma lavagem incompleta ou inadequada e a aspiração insuficiente dos líquidos dos poços ELISA
pode dar origem a imprecisão e/ou a uma elevada interferência de fundo.
A adaptação, total ou parcial, deste teste para processadores automatizados e outros aparelhos de
processamento de líquidos pode dar origem a diferenças nos resultados obtidos nos testes por
técnica manual. É da responsabilidade de cada laboratório garantir que o seu procedimento
automático dá origem a resultados dentro dos limites aceitáveis.
Uma grande variedade de factores influencia a qualidade dos resultados obtidos. Entre eles
devemos considerar a temperatura inicial dos reagentes, a temperatura ambiente, a precisão e a
reprodutibilidade da técnica de pipetagem, a eficácia da lavagem e aspiração dos poços ELISA, o
fotómetro utilizado na leitura dos resultados e a duração das incubações dos testes durante o
ensaio. Deve ser dada atenção especial à consistência, necessária para obter resultados precisos e
reprodutíveis.
O protocolo deve ser criteriosamente respeitado.
Uma selagem inadequada da saqueta com tiras de micropoços e dessecantes pode provocar a
degradação do antigénio e baixa precisão dos resultados.
Absorvâncias demasiado baixas podem ser observadas depois de duas ou mais utilizações do
mesmo frasco de Conjugado HRP num determinado período de tempo. É importante cumprir todas
as recomendações de preparação e manipulação do Conjugado HRP para evitar estas ocorrências.
A contaminação química do Conjugado HRP pode surgir por limpeza insuficiente dos equipamentos
e instrumentos utilizados. Resíduos dos agentes químicos comuns em laboratórios, tais como a
formalina, lixívia, etanol ou detergentes provocam a degradação do Conjugado HRP. Lavar bem todo
o equipamento ou instrumentos após o uso de detergentes/desinfectantes químicos.
Precauções particulares de conservação
1.
2.
3.
Conservar todos os reagentes a 2-8º C. Não congelar. Os reagentes permanecem estáveis até à
data de validade indicada, quando armazenados e manipulados conforme descrito no protocolo.
As tiras dos micropoços revestidas com antigénios que não forem logo utilizadas, devem ser seladas
na embalagem protectora original com dessecantes e conservadas a 2-8º C.
O tampão de lavagem depois de diluído é estável durante uma semana a 2-8º C.
Colheita da amostra
Este procedimento deve ser efectuado com uma amostra de soro. A adição de azida ou de outros
conservantes às amostras do teste pode interferir negativamente nos resultados. As amostras de soro com
contaminação bacteriana, que sofreram tratamento térmico ou contendo partículas visíveis não devem ser
utilizadas. Amostras ou soro muito hemolizados ou lipémicos devem ser evitados.
Após a colheita, o soro deve ser separado do coágulo. O documento H18-A2 da NCCLS recomenda as
seguintes condições de armazenamento para as amostras: 1) Não armazenar as amostras à temperatura
ambiente durante mais de 8 horas. 2) Se o teste não for concluído num prazo de 8 horas, guardar a amostra
a 2-8º C. 3) Se o teste não for concluído num prazo de 48 horas, ou se houver transporte da amostra,
2
congelar a –20º C ou a uma temperatura inferior. As amostras congeladas devem ser bem agitadas depois
de descongelarem e antes de serem testadas.
Procedimento
Material fornecido
1
1
1
1
1
1
1
1
1
Placa de micropoços ASCA IgG ELISA (12-1 x 8 poços), com suporte
1,2 ml Controlo Negativo ELISA, pré-diluído
1,2 ml Positivo Baixo ASCA IgG ELISA, pré-diluído
1,2 ml Positivo Alto ASCA IgG ELISA, pré-diluído
50 ml Diluente da amostra HRP
25 ml Solução de lavagem HRP, 40x concentrado
10 ml Conjugado HRP IgG, (de cabra), IgG anti-humana
10 ml Cromogénio TMB
10 ml Solução de paragem HRP, ácido sulfúrico 0,344 M
Material adicional necessário mas não fornecido
Micropipetas de 5, 100, 200-300 e 500 µl
Pontas descartáveis para as micropipetas
Tubos de teste para diluições de amostras de doentes, volume de 4 ml
Água destilada ou desionizada
Recipiente de 1 L para Solução de lavagem HRP diluída
Fotómetro para leitura da placa de micropoços, com capacidade de medição da densidade óptica de 450 nm
(e 620 nm para leituras duplas de comprimento de onda)
Método
Antes de iniciar
1.
2.
3.
4.
Todos os reagentes e amostras devem encontrar-se à temperatura ambiente (20-26 ºC) e ser bem
misturados.
Diluir a Solução de lavagem HRP 1:40, adicionando o conteúdo do frasco de Solução de lavagem
HRP a 975 ml de água destilada ou desionizada. Se não for utilizada a placa toda durante este
período, podem ser preparadas quantidades inferiores, adicionando 2,0 ml de concentrado a 78 ml
de água destilada ou desionizada por cada 16 poços utilizados. A solução tampão diluída mantémse estável durante uma semana a 2-8º C.
Preparar uma diluição de 1:101 de cada amostra de doente, adicionando 5 µl de amostra a 500 µl de
diluente de amostras HRP. As amostras diluídas devem ser usadas num prazo de 8 horas após a
sua preparação. NÃO DILUIR o Positivo Baixo ASCA IgG ELISA, o Positivo Alto ASCA IgG ELISA e
o Controlo Negativo ELISA.
A determinação da presença ou ausência de ASCA IgG utilizando unidades arbitrárias requer o uso
de 2 poços para cada um dos três controlos, e um ou dois poços para cada amostra. Recomenda-se
que as amostras sejam testadas em duplicado.
Técnica
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
ANTES DE INICIAR O TESTE, TODOS OS COMPONENTES DEVEM ENCONTRAR-SE À
TEMPERATURA AMBIENTE (20-26º C). Coloque o número de tiras/micropoços necessários no
suporte. Guarde imediatamente as tiras que não foram utilizadas na saqueta com dessecante,
selando-a para minimizar a exposição ao vapor de água.
Adicione 100 µl pré-diluídos de Positivo Baixo ASCA IgG ELISA, de Positivo Alto ASCA IgG ELISA,
de Controlo Negativo ELISA e das amostras diluídas aos poços. Tape os poços e efectue, numa
superfície nivelada, a incubação durante 30 minutos à temperatura ambiente. A incubação inicia-se
após a adição da última amostra.
Lavagem: Aspire bem o conteúdo de cada poço. Adicione 200-300 µl de Solução de lavagem HRP
diluída a todos os poços e, em seguida, aspire. Repita esta sequência mais duas vezes num total
de três lavagens. Depois da última lavagem, inverta a placa e coloque-a sobre papel absorvente
para retirar qualquer líquido residual. É imprescindível esvaziar completamente os poços após cada
passo do procedimento de lavagem. Mantenha a mesma sequência para a aspiração como aplicada
na adição das amostras.
Adicione 100 μl do Conjugado HRP IgG a cada poço. O conjugado deve ser removido dos frascos,
usando condições padrão assépticas e boas práticas de laboratório. Retire do frasco apenas a
quantidade necessária para o ensaio. PARA EVITAR UMA POTENCIAL CONTAMINAÇÃO
MICROBIANA E/OU QUÍMICA, NUNCA DEVE VOLTAR A COLOCAR O CONJUGADO NÃO
USADO NO FRASCO. Faça a incubação dos poços durante 30 minutos, como descrito no passo 2.
Lavagem: Repita o passo 3.
Adicione 100 µl do Cromogénio TMB a cada poço e faça a incubação durante 30 min., no escuro e
à temperatura ambiente.
Adicione 100 µl de Solução de paragem HRP a cada poço. Mantenha a mesma sequência e
contagem de tempo na adição da Solução de paragem HRP, tal como efectuado para o Cromogénio
TMB. Bata suavemente na placa para obter uma mistura homogénea nos poços.
Determine a densidade óptica (DO) de cada poço a 450 nm num prazo de 1 hora após a paragem da
reacção. Se desejar uma leitura bicromática, pode usar como referência um comprimento de onda
de 620 nm.
3
Controlo de qualidade
1.
2.
3.
4.
O Positivo Baixo ASCA IgG ELISA, o Positivo Alto ASCA IgG ELISA e o Controlo Negativo ELISA
devem ser processados com todos os lotes de amostras para garantir que todos os reagentes e
procedimentos actuam correctamente.
Uma vez que o Positivo Baixo ASCA IgG ELISA, o Positivo Alto ASCA IgG ELISA e o Controlo
Negativo ELISA se encontram pré-diluídos, estes não controlam o procedimento associado à
diluição das amostras.
Outros controlos podem ser testados de acordo com as directivas ou requerimentos locais e/ou
nacionais ou de acordo com as disposições de organizações acreditadas. Outros controlos
adequados podem ser preparados efectuando alíquotas de amostras de soro humano e
conservando a < -20ºC.
Para que os resultados dos testes possam ser considerados válidos, devem ser cumpridos todos os
critérios a seguir definidos. Se algum não for cumprido, o teste deve ser considerado inválido e o
ensaio repetido.
a.
A absorvância do Positivo Alto ASCA IgG ELISA pré-diluído deve ser superior à absorvância
do Positivo Baixo ASCA IgG ELISA pré-diluído, que deve ser superior à absorvância do
Controlo Negativo ELISA pré-diluído.
b.
O Positivo Alto ASCA IgG ELISA pré-diluído deve ter uma absorvância superior a 1,0,
enquanto o Controlo Negativo ELISA pré-diluído não pode ter uma absorvância superior a
0,2.
c.
A absorvância do Positivo Baixo ASCA IgG ELISA deve ser mais do dobro da absorvância do
Controlo Negativo ELISA ou superior a 0,25.
d.
O Controlo Negativo ELISA e o Positivo Alto ASCA IgG ELISA servem para monitorizar
falhas substanciais dos reagentes. O Positivo Alto ASCA IgG ELISA não consegue assegurar
a precisão no ponto de decisão do ensaio.
e.
O utilizador deve recorrer ao documento C24-A da NCCLS para obter instruções
suplementares sobre as práticas do Controlo de Qualidade apropriadas.18
Cálculo dos resultados
Em primeiro lugar é determinada a densidade óptica média (DO) para cada conjunto de duplicados. A
reactividade de cada amostra pode ser calculada dividindo a média DO da amostra pela DO média do
Positivo Baixo ASCA IgG ELISA. O resultado é multiplicado pelo número de unidades do Positivo Baixo
ASCA IgG ELISA que se encontram no rótulo.
Densidade óptica da amostra
Valor da amostra = ————————————————————
(unidades)
DO do Positivo Baixo ASCA IgG ELISA
x Positivo baixo ASCA IgG ELISA
(unidades)
A relação entre a reactividade e a quantidade de anticorpos presentes é não linear. Apesar de o aumento ou
a diminuição das concentrações de anticorpos no doente se reflectirem num correspondente aumento ou
diminuição da reactividade, a alteração não é proporcional (ou seja, a duplicação da concentração de
anticorpos não duplica a reactividade). Se for necessária uma quantificação mais exacta dos anticorpos do
doente, será necessário efectuar diluições em série das amostras do doente, e a última diluição com
resultado positivo no ensaio deve ser reportada como sendo o título de anticorpos do doente.
Interpretação dos resultados
O teste ELISA é muito sensível à técnica aplicada e é capaz de detectar até pequenas diferenças nas
populações de doentes. Os valores abaixo indicados são apenas valores indicativos. Cada laboratório deve
estabelecer os seus próprios valores de referência, com base nas suas técnicas, controlos, equipamentos e
população de doentes e em função dos seus próprios procedimentos estabelecidos.
A amostra pode ser classificada como negativa (para anticorpos IgG anti S. cerevisiae ), ambígua, ou
positiva (detectados anticorpos IgG anti S. cerevisiae) de acordo com a tabela seguinte:
Unidades
Negativa
0,0 - 20,0
Ambígua
20,1 - 24,9
Positiva
≥ 25
As amostras com resultados ambíguos devem ser testadas novamente antes dos resultados serem
apresentados
1.
2.
3.
4.
Um resultado positivo indica a presença de anticorpos ASCA IgG e a possibilidade da presença de
doença de Crohn.
Uma amostra com níveis ambíguos de ASCA IgG, não pode servir para avaliar os níveis de
anticorpos. Se o resultado permanecer ambíguo depois de repetido o teste, o resultado deve ser
apresentado como ambíguo e/ou deve ser colhida nova amostra.
Um resultado negativo indica ausência do anticorpo ASCA IgG ou níveis abaixo do limite do ponto
de decisão do ensaio.
Sugere-se que os resultados apresentados pelo laboratório devem incluir a declaração: “Os
resultados apresentados foram obtidos com o dispositivo INOVA QUANTA LiteTM ASCA (S.
cerevisiae) IgG ELISA. Os valores ASCA IgG obtidos através de métodos de ensaio de outros
fabricantes não podem ser comparados. A magnitude dos níveis de IgG descritos não pode ser
correlacionada com um título final”.
4
Limitações do método
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
A presença de imuno complexos ou de outros agregados de imunoglobulinas na amostra do doente
pode causar um aumento do nível de ligações inespecíficas e produzir resultados falsos positivos
neste ensaio.
Um resultado negativo ASCA IgG não exclui a presença da doença de Crohn.
Um resultado negativo do anticorpo ASCA IgG não exclui a presença de anticorpos ASCA porque a
concentração de anticorpos pode estar abaixo do limite de detenção do ensaio.
Um resultado positivo indica apenas a presença do anticorpo anti S. cerevisiae e não indica,
necessariamente, a presença da doença de Crohn.
As características de desempenho do ensaio não foram determinadas para outras matrizes além do
soro.
As técnicas do ensaio não foram estabelecidas para doentes pediátricos com a doença de Crohn ou
colite ulcerosa.
Os resultados deste ensaio devem ser utilizados em conjunto com as conclusões clínicas e outros
testes serológicos.
Valores esperados
A prevalência da doença de Crohn é estimada entre 10 a 198 pessoas/100.000 e parece estar a aumentar4. A doença de Crohn é mais comum nas populações do Norte da Europa e da América do Norte. Afecta
homens e mulheres quase da mesma forma.
7
Intervalo de valores normais
Um painel de 501 amostras recolhidas de indivíduos saudáveis assintomáticos da Califórnia, Nova Iorque,
Áustria, Luxemburgo e Bélgica foi testado com o dispositivo QUANTA LiteTM ASCA IgG ELISA. A idade da
população variou entre 1 e 75 anos. Para as populações das 5 regiões, a especificidade aparente variou
entre 92 a 100% (média 95,2%). Nenhuma das amostras (0/501) deu positiva para os anticorpos ASCA IgG
e ASCA IgA. A especificidade do ensaio ASCA IgG foi de 93,2% (663/711), incluindo todas as amostras sem
doença de Crohn.
Sensibilidade e Especificidade Relativa
As amostras clinicamente definidas a partir de indivíduos com a doença de Crohn, colite ulcerosa e de
indivíduos saudáveis foram testadas pelo dispositivo QUANTA LiteTM ASCA IgG. Dos 102 indivíduos que
deram resultados positivos para os anticorpos ASCA IgG e IgA, todos, excepto 2, eram doentes conhecidos
com doença de Crohn. Nenhum dos controlos normais e apenas 2 das amostras de colite ulcerosa eram
positivas ao ASCA IgG e IgA. As idades dos grupos clínicos da doença de Crohn e da colite ulcerosa
variavam entre 17 e 64 e 19 e 71 anos, respectivamente.
RESULTADOS QUANTA LiteTM ASCA ELISA
Grupo clínico
N=
IgG Pos
IgA Pos
IgG ou IgA Pos
Doença de Crohn
215 74,4% (157/211) 49,0% (103/210) 76,2% (160/210)
Colite ulcerosa
161 14,2% (22/156)
1,9% (3/158)
14,6% (23/156)
Controlos saudáveis 148
4,1% (6/145)
1,4% (2/147)
5,6% (8/144)
Nota: os resultados ambíguos são excluídos dos cálculos.
IgG e IgA Pos
47,6% (100/210)
1,3% (2/156)
0% (0/144)
Estudo de reactividade cruzada
O soro de 75 doentes, com anticorpos autoimunes ou infecciosos e diferentes condições clínicas, foi testado
para a reactividade cruzada com o QUANTA LiteTM ASCA (S. cerevisiae) IgG ELISA. Os resultados descritos
a seguir contêm dados combinados a partir de vários locais clínicos.
Tipo de amostra
Gliadina IgA positivo
Gliadina IgG positivo
Transglutaminase IgA
Anticorpo antinuclear (ANA) positivo
Hepatite Auto-imune (AIH), tipo1
H. pylori positivo
Ascite de cirrose alcoólica
Hepatite alcoólica
Hepatite C crónica
Doença hepática crónica
Hepatite granulomatosa. imuno s/pBCG rx cancro bexiga
Hepatite NOS
Gastroenterite não infecciosa
Varizes com sangramentos no esófago
n=
12
8
7
8
15
10
1
2
6
2
1
1
1
1
ASCA IgG Positivo
0
2 (25%)
0
0
1 (6,6%)
0
0
2 (100%)
1 (16,7%)
0
1 (100%)
0
0
0
Precisão e Reprodutibilidade
O desempenho intra-ensaio do QUANTA LiteTM ASCA (S. cerevisiae) IgG ELISA foi avaliado ao testar 6
amostras num total de 15 vezes cada.
5
Média (Unidades)
DP
CV%
Espec.A
75,6
2,8
3,7
Espec.B
13,1
0,7
5,2
Espec.C
116,6
3,0
2,6
Espec.D
29,9
1,2
4,1
Espec.E
10,4
0,5
4,5
Espec.F
44,8
1,7
3,8
A variação inter-ensaio foi determinada ao testar, em duplicado, um painel de 8 amostras duas vezes ao dia
durante 3 dias.
Espec.1
Média (Unidades)47,7
DP
1,4
CV%
3,0
Espec.2
11,7
0,4
3,5
Espec.3
123,5
6,7
5,4
Espec.4
38,8
1,4
3,6
6
Espec.5
49,3
1,2
2,4
Espec.6
117,7
5,8
4,9
Espec.7
14,9
0,4
2,6
Espec.8
6,6
0,3
5,0
Referências
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
16.
17.
18.
Merck
Manual
of
Diagnosis
and
Therapy.
1999.
Whitehouse
Station,
NJ.
(www.merck.com/pubs/mmanual).
Coche J-C and J-F Colombel. Heterogeneity of Inflammatory Bowel Disease: Clinical Subgroups of
Patients. Res. Clin. Forums 20(1): 135-145, 1998.
National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Diseases (NIDDK). Crohn’s Disease. NIH
Publication No. 98-3410, 1998.
(www.niddk.nih.gov/health/digest/pubs/crohns/crohns.htm).
Bernstein CN, Blanchard JF, Rawsthorne P and A Wajda. Epidemiology of Crohn’s disease in a
central Canadian province: a population-based study. Am. J. Epidemiol. 149(10): 916-924, 1999.
Loftus EV Jr, Silverstein MD, Sandborn WJ, Tremaine WJ, Harmsen WS and AR Zinsmeister.
Crohn’s disease in Olmsted County, Minnesota, 1940-1993: incidence, prevalence, and survival.
Gastroenterol. 114(6): 1161-1168, 1998.
Niv Y, Abuksis G and GM Fraser. Epidemiology of Crohn’s disease in Israel: a survey of Israeli
kibbutz settlements. Am J. Gastroenterol. 94 (10): 2961-2965,1999.
Shivananda S, Lennard-Jones J, Logan R, Fear N, Price A, Carpenter L and M van Blankenstein.
Incidence of inflammatory bowel disease across Europe: is there a difference between north and
south? Results of the European Collaborative Study on Inflammatory Bowel Disease (EC-IBD). Gut
39:690-697, 1996.
Ruemmele FM, Targan SR, Levy G, Dubinsky M, Braun J and ER Seidman. Diagnostic accuracy of
serological assays in pediatric inflammatory bowel disease. Gastroenterol. 115: 822-829, 1998.
Rutgeerts P and S Vermeire. Clinical value of the detection of antibodies in the serum for diagnosis
and treatment of inflammatory bowel disease. Gastroenterol. 115:1006-1022, 1998.
Panaccione R and WJ Sanborn. Is antibody testing for inflammatory bowel disease clinically useful?
Gastroenterol. 116:1001-1008, 1999.
Main J, McKenzie H, Yeaman GR, Kjerr MA, Robson D and Pennington CR, et al. Antibody to
Saccharomyces cerevisiae (baker’s yeast) in Crohn’s disease. Brit. J. Med. 297:1105-1106, 1988.
McKenzie H, Main J, Pennington CR and D Parrat. Antibody to selected strains of Saccharomyces
cerevisiae (baker’s and brewer’s yeast) and Candida ablicans in Crohn’s Disease. Gut 31:536-538,
1990.
Lindberg E, Magnusson K-E, Tysk C and G Jarnerot. Antibody (IgG, IgA, and IgM) to baker’s yeast
(Saccharomyces cerevisiae), yeast mannan, gliadin, ovalbumin and betalactoglobulin in monozygotic
twins with inflammatory bowel disease. Gut 33: 909-913, 1992.
Sendid B, Colombel JF, Jacquinot PM, Faille C, Fruit J, Cortot A, Lucidarme D, Camus D and D
Poulain. Specific antibody response to oligomannosidic epitopes in Crohn’s Disease. Clin. Diag. Lab.
Immunol. 3(2):219-226, 1996.
Quinton J-F, Sendid B, Reumaux D, Duthilleul P, Cortot A, Grandbastien B, Charrier G, Targan SR,
Colombel J-F and D Poulain. Anti-Saccharomyces cerevisiae mannan antibodies combined with
antineutrophil cytoplasmic autoantibodies in inflammatory bowel disease: prevalence and diagnostic
role. Gut 42:788-791, 1998.
Biosafety in Microbiological and Biomedical Laboratories. Center for Disease Control/National
Institute of Health, 1999, Fourth Edition, (HHS Pub. # (CDC) 93-8395).
National Committee for Clinical Laboratory Standards.1991. Internal quality control: Principles and
definitions; Approved Guideline, NCCLS Document C24-A, Vol 11(6).
Fabricado por:
INOVA Diagnostics, Inc.
9900 Old Grove Road
San Diego, CA 92131
United States of America
Representante Autorizado:
Medical Technology Promedt Consulting GmbH
Altenhofstrasse 80
D-66386 St. Ingbert, Germany
Tel.: +49-6894-581020
Fax.: +49-6894-581021
www.mt-procons.com
Technical Service
628865
888-545-9495
May 2005
Revision PRT7
7

Documentos relacionados

ASCA (S. cerevisiae) IgA 708870

ASCA (S. cerevisiae) IgA 708870 estabilizadores proteicos e conservante, 50 ml Solução de lavagem HRP, 1 frasco 40x concentrado, de cor vermelha com solução tampão salina Tris e Tween 20, 25 ml. As instruções de diluição encontra...

Leia mais