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FACULDADE SÃO LUCAS
RAQUEL NUNES BARROS DE OLIVEIRA
PNEUMONIA: UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA
PORTO VELHO
2016
RAQUEL NUNES BARROS DE OLIVEIRA
PNEUMONIA: UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA
Monografia apresentada à Banca Examinadora da Faculdade
São Lucas, como requisito de aprovação para obtenção do Título
de Bacharel em Biomedicina.
Orientador: Ma. Juliana Vieira Frezza Bernardes Cohen.
PORTO VELHO
2016
RAQUEL NUNES BARROS DE OLIVEIRA
PNEUMONIA: UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA
Monografia apresentada à Banca Examinadora da Faculdade
São Lucas, como requisito de aprovação para obtenção do Título
de Bacharel em Biomedicina.
Orientador: Ma. Juliana Vieira Frezza Bernardes Cohen.
Porto Velho,
Avaliação/Nota:
BANCA EXAMINADORA:
___________________________
Nome da Instituição
Titulação e nome
___________________________
Nome da Instituição
Titulação e nome
___________________________
Titulação e nome
Nome da Instituição
DEDICATÓRIA
In memorian
A minha finada tia Neila Nunes da Silva, que aos seus 28 anos, teve sua vida
interrompida de forma muita rápida vindo a óbito mediante a uma pneumonia.
Deixando seu único filho que na época tinha apenas um ano de idade. Lembro até
hoje dos sintomas que ela teve, principalmente a dispneia e taquipnéia que era muita!
Ela não podia ficar sem a oxigenoterapia. Quando me lembro parece que estou vendo
ela naquela situação, e eu não podia fazer nada para ajudá-la. Era uma moça que
tinha tudo pela frente, mas Deus quis assim, e ele saber de todas as coisas.
A minha finada avó Neuza Nunes da Silva, que chegou a presenciar o início dessa
jornada da faculdade, pensando muitas das vezes que estava fazendo medicina devido
ser da área da saúde e o nome do curso ser quase parecido com medicina. Sei que o
sonho dela era me ver formada. Muitos foram os obstáculos imposto para mim
durante esses 4 anos e meio, mas Deus nunca deixou eu desistir!
AGRADECIMENTO
A Deus, por ter me dado a oportunidade de fazer o curso de Biomedicina, sei que com
a minha própria força eu não teria conseguido concluído o curso de Biomedicina nessa
jornada de 4 anos e meio. Que não foram fáceis, onde na maioria das vezes batia o
desânimo, cansaço, desespero, mas Deus sempre falava filha prossiga eu estou
contigo, te dando força para prosseguir em frente. Sou grata a ele pelo dom da vida,
pelo seu amor infinito, sem ele nada sou. Esta especialização foi um presente de deus
para minha vida.
Agradeço ao meu amado esposo Ulisses, por estar sempre ao lado nos momentos
difíceis de uma forma especial me dava força e coragem, me apoiando nas decisões
tomadas. Que representa minha segurança em todos os aspectos, meu companheiro
incondicional, nos momentos difíceis. Pela parte financeira, e pela paciência,
dedicação e incentivo que teve comigo ao longo dessa jornada. Por ter acreditado em
mim em todos as fases que tive ao longo do curso.
Agradeço as meu pais Maria Neuma e Osmar, pelas suas orações em meu favor, pela
preocupação que eu sempre estivesse andando pelo caminho certo. A minha mãe que
enche a boca para falar que sua filha estar cursando Biomedicina, com tanto orgulho
da sua filha. Meus filhos Gabriel, Letícia e Leonardo, pela compreensão nos
momentos que estive ausente. A minha irmã Sara, pela suas orações e palavras de
incentivo. A minha sogra Dona Anna, que também sempre orou por mim, e torce pelo
meu sucesso! Enfim, aos meus familiares de uma forma geral.
Agradeço a minha orientadora Juliana Frezza, pela sua valiosa orientação, dedicação,
carinho, palavras de apoio e paciência comigo, onde não mediu esforço para me
ajudar estava sempre a disposição para esclarece as minhas dúvidas que foram
muitas.
Aos docentes do curso por todo o ensinamento passado ao decorre da especialização.
As minhas amigas de classe Dilce, Marina, Gisele, Sonayra, Lais, Dáfne, Iara, por me
acolherem em seu grupo de estudo e amizades, nunca vou esquece a surpresa que
fizeram para mim no meu aniversário! A Jessica por ter me ajudado. Que Deus
abençoe cada uma de vocês.
A equipe do HB Dr. Cledsom, Dr. Júnior, Dra. Patrícia, Dra.Juliana Frezza, Dra.
Myriam, Dra. Simone, Dra. Juliana, Dra. Deisiany, Lucy, Sara, Claudinha, Marcelo,
Genival, Alessandro, Marcela e seu Francisco por ter me dado a oportunidade de
estagiar ao lado desses profissionais excelentes no HB hospital de referência em
Porto Velho. Aprendi muito com essa equipe maravilhosa, mesmo com a rotina
grande, passavam seus conhecimentos e experiência.
Agradeço aos meus pastores Andreia e Fabio por todas orações, palavras de
incentivo, e pelo direcionamento. Louvor a Deus pela vida de vocês!
EPÍGRAFE
Não sabes, não ouvistes que o eterno Deus,
o senhor, o Criador dos fins da terra, nem se cansa, nem se fatiga?
Não se pode esquadrinhar o seu entendimento.
Faz forte ao cansado e multiplica as forças ao que o não tem nenhum vigor.
Os jovens se cansam e se fatigam, e os moços de exaustos caem,
Mas os que esperam o SENHOR renovam as suas forças,
sobem com asas como águias, correm e não se cansam,
caminham e não se fatigam (Isaías 40: 29-31).
RESUMO
A pneumonia é uma doença infecciosa causada por diversos microrganismos
infecciosos como fungos, bactérias, vírus, protozoários e helmintos; e por agentes não
infecciosos como produtos químicos e alergias, que acomete os pulmões.Tem como
agente infeccioso principal a bactéria Streptococcus pneumoniae, o pneumococo,
sendo este o microrganismo mais comum desta enfermidade. A pneumonia pode ser
adquirida na comunidade (PAC) ou no ambiente hospitalar se manifestando após 48
horas da internação, ou ainda associada a ventilação mecânica (PVA) em pacientes
que estão em unidades de terapia intensiva (UTI). Mesmo com os avanços obtidos
nas áreas de vacinas, diagnósticos e tratamento com fármacos altamente eficientes,
ela ainda é um grande problema de saúde pública da atualidade. A prevenção das
pneumonias bacteriana é por meio da vacina antipneumocóccica. Este trabalho tem
como objetivo geral evidenciar a importância da problemática da pneumonia para a
saúde pública.
Palavras-Chave: Pneumonia. Pneumonia hospitalar. Pneumonia comunitária.
ABSTRACT
Pneumonia is an infectious disease caused by several microorganisms such as fungi,
bacteria, viruses, protozoa and helminths; and non-infectious agents such as
chemicals and allergies, which affects the lungs. Its main infectious agent the
bacterium Streptococcus pneumoniae, pneumococcus, which is the most common
organism of this disease. Pneumonia can be acquired in the community (PAC) or in
the hospital manifesting after 48 hours of admission, or mechanical ventilation still
associated (PVA) in patients who are in intensive care units (ICU). Even with the
advances made in the areas of vaccines, diagnostic and treatment with highly effective
drugs, it is still a major problem in today's public health. The prevention of bacterial
pneumonia is through antipneumocóccica vaccine. This work has as main objective to
highlight the importance of pneumonia the problem for public health.
Keywords: Pneumonia. Nsocomial pneumonia. Community-acquired pneumonia.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 9
2 JUSTIFICATIVA..................................................................................................... 11
3 OBJETIVOS ........................................................................................................... 12
3.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................. 12
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................... 12
4 MATERIAIS E MÉTODOS ..................................................................................... 13
5 REFERENCIAL TEÓRICO..................................................................................... 14
5.1 CLASSIFICAÇÃO DA PNEUMONIA ................................................................... 14
5.1.1 Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC) .............................................. 15
5.1.2 Pneumonia Adquirida no Hospital (PAH) ..................................................... 16
5.1.3 Pneumonia associada a ventilação mecânica (PVA) .................................. 17
5.2 RISCOS DOS AGENTES PATOGÊNICOS PARA A SAÚDE DE PACIENTES
HOSPITALIZADOS ................................................................................................... 18
5.3 PRINCIPAIS AGENTES CAUSADORES DA PNEUMONIA ............................... 19
5.3.1 Streptococcus pneumonie ............................................................................ 22
5.3.2 Outros microrganismos causadores de pneumonia ................................... 23
5.4 DIAGNÓSTICO DA PNEUMONIA ....................................................................... 24
5.4.1 Métodos diagnósticos: Diagnóstico clínico ................................................. 26
5.4.2 Métodos diagnósticos: Exame complementar ............................................ 26
5.4.3 Outros métodos de diagnóstico ................................................................... 27
5.4.4 Tratamento ...................................................................................................... 28
5.4.5 Prevenção ....................................................................................................... 29
6 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 30
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 31
9
1 INTRODUÇÃO
As doenças respiratórias compreendem importante causa de doenças e óbitos
em crianças e adultos em todo o mundo, representando 8% do total de óbitos nos
países desenvolvidos e 5% em países em desenvolvimento, assumindo um lugar
importante de saúde pública (SANTORO JÚNIOR, 2016).
São doenças que afetam o trato respiratório, que dividem-se em trato superior
e inferior que juntos assumem a funcionalidade da movimentação do ar para o interior
e exterior das vias aéreas, denominada ventilação (SMELTZER; BARE, 2005).
A pneumonia faz parte do grupo de enfermidades respiratórias infecciosas de
grande mortalidade e morbidade no mundo todo, com a caracterização de uma
infecção aguda do parênquima pulmonar ocasionada por fungos, bactérias, vírus,
agentes químicos, protozoários e helmintos, associada à inalação de aerossóis
contaminados, ventilação ou contaminação local, com o grau dependendo da
quantidade de agentes patogênicos presentes, da virulência e da defesa do indivíduo
(ANVISA, 2004; COELHO et al., 2009).
No Brasil, a pneumonia afeta cerca 2,1 milhões da população com uma média
960 mil casos por ano, sendo a principal causa de internação hospitalar e a 5ª causa
de morte no Brasil, acometendo principalmente os extremos das faixas etárias de 5
anos e maiores de 70 anos, reforçando a dar prioridade à prevenção e ao combate
em relação a doença a esses grupos de risco. Segundo a organização mundial de
saúde (OMS) publicado em 2014, a pneumonia é um dos problemas com maior
possibilidade de solução no cenário da saúde global.
A pneumonia tem responsabilidade em 15% das mortes de crianças abaixo de
5 anos, sendo estimada que 922.000 crianças morreram no ano de 2015 em todo o
mundo, prevalecendo em maior parte na sub-saariana da África e no sul do continente
asiático, na qual mesmo com a proteção se dá por meio tecnológicos simples e de
baixo custo há muitos óbitos por essa enfermidade de saúde pública (OMS, 2015).
Ainda com a OMS a maior parte das crianças que são saudáveis tem a
capacidade de combater infecções por meio de suas defesas naturais, o que não
ocorrem em crianças debilitadas que estão mais propensas ao risco pelo seu sistema
imunológico estar fraco seja pela desnutrição ou subnutrição, além de outros grupos
10
propensos como de idosos e pessoas imunocomprometidas que também tem a
imunidade baixa.
Mesmo com os avanços da atualidade relacionados aos diagnósticos e
tratamento, a pneumonia ainda representa a mais importante causa de óbitos
relacionada à doenças infecciosas nos países desenvolvidos, devido à dificuldade da
identificação da etiologia para poder ter a direção mais específica para a terapia, pela
diversidade de agentes infecciosos possíveis (ANVISA, 2004).
Desta forma, este trabalho tem como objetivo geral evidenciar a importância da
problemática da pneumonia para a saúde pública, apresentar e indicar os principais
agentes infecciosos dessa enfermidade, diferenciando a pneumonia hospitalar e
comunitária, por indicar os riscos de agentes patogênicos para a saúde de pacientes
hospitalizados por meio da pesquisa bibliográfica.
11
2 JUSTIFICATIVA
Este trabalho ser torna de suma importância, pelo fato da pneumonia ser uma
doença infecciosa aguda causada por agentes infecciosos e não infecciosos que
acomete os pulmões.
Há anos ela vem desafiando a humanidade e sua taxa de prevalência são altas
relacionando a morbidade e mortalidade, que mesmo com os avanços obtidos nas
áreas de diagnóstico e tratamento com medicamento de alta eficácia, ainda é um
grande problema de saúde pública mesmo nos dias atuais, acometendo
principalmente os extremos das faixas etárias, menores de 5 anos e maiores de 70
anos e pessoas imunocomprometidas, reforçando a dar prioridade à prevenção e ao
combate em relação a doença, que afeta cerca de 2,1 milhões de indivíduos, sendo a
principal causa de internação hospitalar e a 5º causa de morte no Brasil. Mediante a
isso, se faz necessário o estudo sobre essa temática.
12
3 OBJETIVOS
3.1 OBJETIVO GERAL
Evidenciar a importância da problemática da pneumonia para a saúde pública.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
 Diferenciar pneumonia adquirida no hospital (PAH) e comunitária (PAC);
 Indicar os riscos dos agentes patogênicos para a saúde de pacientes
hospitalizados;
 Apresentar e indicar os principais agentes causadores dessa enfermidade de
importância de saúde pública.
13
4 MATERIAIS E MÉTODOS
Este trabalho utilizou o procedimento da pesquisa bibliográfica com abordagem
qualitativa, do tipo exploratória sobre a temática da Pneumonia: Um problema de
saúde pública, sendo realizados consultas em bases de dados da literatura cientificas
relevantes, com a utilização de ferramentas de busca de trabalhos científicos e teses
como o Google Acadêmico e Scientific Eletronic Library Online (SciElo) e portais da
Organização Mundial da Saúde, Ministério da Saúde, Portal da Saúde.
Segundo Gerhardt e Silveira (2009) promove a aproximação e o entendimento
da realidade que está sendo investigada, assim sendo um procedimento contínuo, na
qual ela sendo do tipo bibliográfica acaba por possibilitar a investigação e análise da
temática pesquisada sob uma nova perspectiva e gerando novas conclusões, em
razão de ser realizada por levantamento de pesquisas já publicadas, permitindo a
quem for pesquisar, o conhecimento do que já foi estudado sobre um assunto, na qual
há a recuperação do conhecimento cientifico
14
5 REFERENCIAL TEÓRICO
5.1 CLASSIFICAÇÃO DA PNEUMONIA
A pneumonia (PN) é uma infecção do parênquima pulmonar que resulta do
processo da proliferação dos patógenos nos espaços alveolares e da resposta do
hospedeiro a estes agentes patogênicos. Pode ser causada por bactérias, vírus e
fungos (KASPER; FAUCI, 2015).
Os sinais e sintomas da pneumonia são caracterizados por: febre superior a
38ºC, calafrios, dor no peito, dispnéia, taquipnéia, angústia respiratória, respiração
ruidosa, tosse produtiva, pele quente e ressecada (HAFEN; KARREN; FRANDSEN,
2002).
As pneumonias continuam sendo uma das principais causas de mortalidade em
países desenvolvidos, mesmo apesar dos avanços obtidos nas técnicas em
diagnóstico e tratamento. As maiores incidências de infecção por pneumonia estão
concentradas nos extremos da faixa etária, principalmente em menores de cinco anos
e maiores de 70 anos (LEAL; KISSMAN; FRANCO, 2012).
Segundo a OMS, no Estados Unidos a taxa de mortalidade pela enfermidade
é de 7.363 a média anual. Já no Brasil, foram registradas 750.006 internações por
pneumonia no Sistema de informação Hospitalares. A doença é a que mais mata
crianças menores de 5 anos, sendo a estimativa de 1,2 milhão em todo Mundo,
segundo portal do Brasil.
No Brasil, dados do Departamento de Informática do
Sistema Único de Saúde (DATASUS), a pneumonia afeta cerca 2,1 milhões da
população brasileira com uma média 960 mil casos por ano, sendo a principal causa
de internação hospitalar e a 5 causas de morte no Brasil, na qual as estações do
inverno aumentam as hospitalizações e óbitos por pneumonias (BRASIL, 2014).
Os principais fatores de riscos para internação de crianças por pneumonia,
são: comprimento do estado nutricional, a falta do aleitamento materno, baixo nível
educacional dos países, baixo peso ao nascer, baixa idade materna, presença de
fumantes no ambiente, aglomerados de pessoas em ambientes fechados (HOLAND;
MEDEIROS, 2012).
A pneumonia pode ser classificada de acordo com o local de aquisição
(comunitária e hospitalar), tempo de evolução (aguda e crônica), tipo de
comprometimento (lombar, infiltrado intersticial, broncopneumonia e derrame pleural)
15
e provável agente causador (infeciosos: fungos, bactérias, vírus, protozoários e
helmintos; e não infecioso: produtos químicos, alergias, neoplasias) (BRASIL, 2007).
5.1.1 Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC)
A pneumonia comunitária é uma doença que acomete paciente fora do
ambiente hospitalar ou que surge nas primeiras 48 horas de internação hospitalar
(CASTRO et al., 2008), ocorrendo de 6 a 10 casos a cada 1000 internações
hospitalares, sendo uma infecção do trato respiratório inferior, assemelhando-se com
outras infecções respiratória como a bronqueolite e bronquite aguda (BRASIL, 2007),
apresentando níveis de gravidade diferentes e com o diagnóstico e terapia que
dependem de uma interpretação correta dos sintomas clínicos e aspectos da
radiologia (LEAL; KISSMAN; FRANCO, 2012).
São muitas as variedade que surgem em diferentes populações juntamente
com fatores como faixa etária, época do ano, surtos dentre outros, que em crianças a
distribuição assumem características particulares em diferentes idades em relação a
sua imunidade com a potencialidade de agentes patogênicos, reduzindo os índices
em indivíduos vacinados (ANVISA, 2004).
Neste tipo de pneumonia, tem-se a resposta do hospedeiro ao agente infecioso
ocasionado pelo processo de inflamação, na qual os sintomas se assemelham
independente da etiologia do agente, sendo estes febre, tosse e dificuldades
respiratórias, tendo a PAC vários tipos de agendes infecciosos. Levando em
consideração a difícil obtenção de amostras confiáveis e de tempo de resposta, a
coleta de amostras para exames mais especificados não tem sido feita habitualmente,
onde o agente causador de infecções em 60% dos casos de pneumonia não é
identificado, mas que o conhecimento da etiologia da pneumonia é obrigatório para a
orientação da terapia (BRASIL, 2007).
Na maioria das vezes o agente causador da pneumonia não é identificado, mas
sabe-se que o Streptococcus sp. (pneumococo) é o agente mais frequente da PAC,
em todas as idades, tendo responsabilidade por mais ou menos dois terços das
ocorrências de pneumonias por bactérias da comunidade (SCHWARTZMANN et al.,
2010).
16
Quadro 1 – Agentes biológicos de pneumonias da comunidade (PAC).
Fonte: ANVISA (2004).
A maior parte das pesquisas cientificas tem origem em países desenvolvidos,
sobre os altos índices e frequência das pneumonias, sendo escassas as investigações
no Brasil a cerca dessa temática (BRASIL, 2007).
5.1.2 Pneumonia Adquirida no Hospital (PAH)
A pneumonia adquirida no hospital (PAH) tem origem por aspiração,
ocasionando a secreção das vias áreas, seguida pela disseminação de elementos
contaminados, que na maioria das vezes são aspirados por microaspirações, sendo
raro por macroaspirações, que quando ocorrem levam a um quadro respiratório grave
e progressivo, sendo mais raro ainda a ocorrência de pneumonia por disseminação
sanguínea a distância (ANVISA, 2009).
A PAH ou nosocomial é uma pneumonia que manifesta-se em indivíduos após
48 horas da internação. Um tipo associado a PAH é a pneumonia associada a
ventilação mecânica (PAV), que ocorre entre 48 a 72 horas após a intubação
orotraqueal e funcionamento da ventilação mecânica. Também são consideradas
como PAH, pneumonias que se relacionam com os cuidados da saúde em pacientes
em asilos ou que estiveram internados por mais de 2 dias nos últimos três meses e
ainda àqueles que utilizaram quimioterapia/antibioticoterapia endovenosa nos últimos
trinta dias, na qual em todos estes indivíduos os agentes patogênicos são similares.
17
Os índices exatos da PAH são desconhecidos, mas que são as que mais prevalecem
e com elevada taxa de óbitos (COELHO et al., 2009).
Levando em consideração as diferenciadas descrições associadas as
infecções em hospitais, as que se localizam no trato respiratório inferior, representam
uma grande relevância nas frequentes ocorrências e morbidades em associação,
tendo estas infecções a classificação em quadros de pneumonia e traqueobronquite,
a PAH se define como aquela que surge após ou igual a 48 horas da internação, que
segundo a literatura, ocorrendo dentre 6 a 10 casos a cada 1000 internações
(ANVISA, 2004).
Pneumonia adquirida no hospital (PAH) ou pneumonia nosocomial é um
processo infeccioso que ocorrem em ambiente hospitalar associada à ventilação
mecânica (PVA) e pacientes internados. Sendo a segunda causa de infecção em
pacientes hospitalizados. Com elevada mortalidade, 20 a 50%, principalmente quando
estiver associada a outras patologias e a agentes microbianos multirresistentes
(RUFINO et al., 2010).
5.1.3 Pneumonia associada a ventilação mecânica (PVA)
A PAH, em especial as em associação a ventilação mecânica, representa um
enorme desafio no diagnóstico e no seu tratamento mesmo com os avanços da
medicina, onde o uso de medicamentos imunossupressores, maior longevidade das
pessoas e novos procedimentos médicos desenvolvidos, mudaram a relação entre
agente patogênico e hospedeiro, que favorece o surgimento de novos agentes
microbianos e de microrganismos com resistência (BRASIL, 2007a).
A pneumonia associada à ventilação mecânica (PVA) é infecção adquirida na
unidade de terapia intensiva (UTI), é a infecção mais comum, e é responsável pela
morbidade, mortalidade e aumentando os dias de internação e, administração
prolongada de antibióticos, ocasionando um aumento do custo hospitalar e do sistema
de saúde (BEZERRA et al., 2012). A PVA, de fato, está relacionada com o maior
número de casos de pneumonias hospitalares com uma média de 8-38%. A
prevalência de mortalidade variar de 24% a 76% dos casos, principalmente quando a
infecção está relacionada a Pseudomonas spp. ou Acinetobacter ssp (AMARAL;
CORTÊS; PIRES, 2009).
18
Essas PVA são as mais frequentes e se originam por meio da traqueostomia
ou da intubação orotraqueal em pacientes sob essa ventilação mecânica num período
igual ou acima de 48 horas, tendo um aumento nesse caso de ocorrência de infecções
que podem variar de 7 a 21 vezes a mais do que em indivíduos hospitalizados que
não necessitam de auxilio respiratório. Dentre essas infecções hospitalares, as
pulmonares são as que tem mais levam a óbitos, principalmente a pacientes de UTI,
que segundo os índices do National Nosocomial Infections Surveillance (NNIS),
nessas unidades de terapias demonstram taxas de infecções do trato respiratório em
associação a ventilação mecânica por 1000 procedimentos-dia, tendo variações de 13
casos em UTI cirúrgica e 5 casos em UTI pediátrica (ANVISA, 2004).
Pacientes sob a ventilação mecânica em UTIs, correm o risco de morte 2-10
vezes maior do que daqueles que não estão sob ventilação mecânica. As bactérias
mais frequentes encontradas em paciente com PVA são: P. aeruginosa,S.aureus
resistente a meticilina, Acinetobacter sp., Escherichia coli, Klebsiella sp., Enterobacter
sp., Proteus mirabilis, Klebsiella pneumoniae, Streptococcus hemolyticus e S.
pneumoniae (AMARAL; CORTÊS; PIRES., 2009).
Pneumonias que acometem indivíduos internados em UTI são responsáveis
por elevadas taxas de mortalidade em comparação a outros indivíduos hospitalizados
com pneumonia em outros setores do hospital. Pesquisas epidemiológicas que
envolvem a pneumonia apontam limitações da difícil realização do diagnóstico correto
e a difícil análise de fatores de riscos e de mortes atribuídas (MEDEIROS, 2006).
5.2 RISCOS DOS AGENTES PATOGÊNICOS PARA A SAÚDE DE PACIENTES
HOSPITALIZADOS
De modo geral os microrganismos alcançam o trato respiratório por aspirações,
inalação de aerossóis contaminados por agentes biológicos, disseminação de sangue
a curta distância, que para haver a infecção respiratória tem-se a necessidade da
imunidade do indivíduo esteja comprometida, que um microrganismo alcance o trato
respiratório ou a presença de um patógeno virulento (ANVISA, 2004).
Microrganismos patogênicos ou não, podem ser transportados por meio de
correntes de ar, pessoas e centrais de ar, multiplicando-se e infectando pessoas
19
ocasionando patologias infecciosas, que na qual aumentou consideravelmente nos
últimos anos (PITEIRA, 2007).
O modo que é feita a limpeza de centrais de ar em locais climatizados, que
favorecem a proliferação de microrganismos como bactérias, fungos, vírus, ácaros
que podem contaminar indivíduos, principalmente em instituições hospitalares,
podendo causar doenças do trato respiratório como alergias ou infecções, podendo
haver complicações a pacientes internados (MOBIN; SALMITO, 2006; CARTAXO et
al., 2007; PITEIRA, 2007).
O ar contaminado de hospitais por microrganismo é um fator que que dever ter
o reconhecimento por serem potencialmente fonte de infecções, como em suturas
operatórias, além de enfermidades respiratórias como rinites, asmas, pneumonia,
tornando o ambiente hospitalar nocivo a paciente e funcionários, levando a morte
pacientes e especialmente indivíduos imunocomprometidos, desta forma não podem
se ignorados (SILVA, 2008; COSTA, 2007).
De acordo com Sodré et al. (2014) tem crescido nos últimos anos as
preocupações relacionadas a qualidade do ar interno devido aos elevados índices de
doenças ligada a esses ambientes, que no Brasil, o Ministério da Saúde demonstrou
que dentre os locais avaliados, o índice de infecção hospitalar variou de 13% a 15%,
revelando ser duas vezes mais alta que a média de casos de outros países (19831985), necessitando de medidas mais eficientes para reduzir essas taxas no país
(OLIVEIRA; MARUYAMA, 2008).
No Brasil, a pneumonia aparece como a principal causa de internações
hospitalares, afetando 2,1 milhões de pessoas com a média de 960 mil casos por ano,
sendo a 5ª causa de morte no país (BRASIL, 2014).
5.3 PRINCIPAIS AGENTES CAUSADORES DA PNEUMONIA
As doenças respiratórias compreendem importante causa de doenças e óbitos
em crianças e adultos em todo o mundo, de acordo com Organização Mundial da
Saúde (OMS) representando 8% do total de óbitos nos países desenvolvidos e 5%
em países em desenvolvimento, assumindo um lugar importante de saúde pública
(SANTORO JÚNIOR, 2016).
20
São doenças que afetam o trato respiratório, que se dividem em trato superior
e inferior que juntos assumem a funcionalidade da movimentação do ar para o interior
e exterior das vias aéreas, denominada ventilação (SMELTZER; BARE, 2005).
Existem uma diversidade de enfermidades respiratórias que são responsáveis
por mortes e morbidades ao longo dos anos, tendo a ver com a interação com o
ambiente (que na maioria das vezes pode ser hostil) e o sistema respiratório (PÉREZPADILHA et al., 2014). Elas têm diversas causas, podendo ser de natureza alérgica e
infecciosa, que com frequência relacionam-se na determinação dos quadros clínicos,
sendo as infecções respiratórias classificadas em infecções do trato inferior
(localizadas até a laringe) e infecções do trato superior (acima da laringe)
((KOBINGER; BRESOLIN; NOVAES, 2000; SANTORO JÚNIOR, 2016).
No Brasil, as enfermidades respiratórias têm sido responsáveis por cerca de
16% das hospitalizações, na qual a pneumonia assume 50% dessas internações
(CARMO; BARRETO; SILVA JÚNIOR, 2003), grupos com mais vulnerabilidade como
as crianças, as doenças do sistema respiratório assumem mais de 50% de
internações (CESAR et al., 2002). Além das doenças respiratórias agudas (resfriados,
sinusites, otite, amidalites, bronquites, pneumonias), as doenças crônicas (asma, a
rinite alérgica e a doença pulmonar obstrutiva crônica) apresentam um relevante
crescimento no país e no mundo, tendo destaque a asma, com 20% da prevalência
no Brasil, ficando acima da média dos países latinos e um dos mais elevados
mundialmente (CHIESA et al., 2008; ROSA et al., 2008).
Além disso, dados de mortalidade do Ministério da Saúde (MS) apontaram
que, em 2010, ocorreram mais 208 mil internações no Sistema Único de Saúde (SUS)
em decorrência da pneumonia, sendo que 43 mil eram idosos que chegaram a óbito
devido a patologia. São vários os fatores, que propiciam para que estas faixas etárias
venham desenvolver a enfermidade, tais como: doença periodontal; má nutrição;
alteração da atividade muco ciliar da árvore respiratória, em especial entre os que são
ou foram tabagistas; déficit cognitivo; hospitalização; polifarmácia, entre outros. A
presença de comorbidades, alterações anatômicas e imunológicas e a imobilidade,
são um grave problema em relação a demora no diagnóstico e, em decorrência,
agravar o prognóstico (AUGUSTO et al., 2007).
A pneumonia é uma enfermidade infecciosa aguda ocasionada por
microrganismos como bactérias, fungos, vírus ou pelo inalar de substâncias tóxicas
que afetam os pulmões (FIOCRUZ, 2013), em que estes contêm os alvéolos que em
21
indivíduos saudáveis estão repletos de ar para a respiração; e em indivíduos
infectados pela pneumonia eles estão repletos de fluídos e pus, tornando a respiração
dolorosa e com oxigênio limitado (OMS, 2015).
Quadro 2 - Etiologias das Pneumonias.
BATERIANAS
FÚNGICAS
VIRAIS
OUTRAS
NÃO
ETIOLOGIAS INFECCIOSAS
Influenza
Helmintos
Alérgica
Parainfluenza Protozoários Tóxica
VSR
Neoplásica
Adenovírus
CMV
Coronavírus
Hantavirus
S.pneumoniae
P. brasiliensis
S.aureus
H.capsulatum
K.pneumoniae
C.immitis
H.influenzae
C.neoformans
Legionella
C. albicans
Chlamydia
Aspergillus
Mycoplasma
Pneumocystis
Mycobacterium Feohifomicetos
Actynomices
Rickettsias
Fonte: Adaptado de Ministério da Saúde (BRASIL, 2007).
A transmissão desta doença se dá por uma variedade de meios, pelo ar nas
quais as bactérias e vírus podem ser inalados infectando os pulmões, por gotículas
que o espirro ou tosse produzem, e até mesmo pelo sangue durante o parto e pósparto, havendo a necessidade de mais pesquisas sobre a variedade de patógenos
que ocasionam a pneumonia e suas maneiras de ser transmitida, visto que é de
grande importância para a prevenção e tratamento da enfermidade (OMS, 2015).
Vários agentes etiológicos a causam, como o Streptococcus pneumoniae,
Staphilococcus aureus, bacilos Gram-negativos, Mycoplasma pneumoniae, influenza
vírus A e B. Há uma maior prevalência de Streptococcus penumoniae, 17%;
Mycoplasma pneumoniae,6%; Chlamydia pneumoniae,6%; Legionella sp, 4% e vírus
respiratório, 7% (CASTRO et al., 2008), sendo o Streptcoccus pneumonie a principal
bactéria da pneumonia bacteriana. A forma de prevenção são as vacinas conjugadas
para pneumococo. A vacina 10-valente, que foi introduzida, em 2010, no Programa
Nacional de Imunização no brasil; e a 13-valente (YOSHIOKA et al., 2011).
22
Quadro 3 – Agentes infecciosos mais comuns da pneumonia.
Agentes infecciosos
Streptococcus pneumoniae
Causa

Causa mais comum de pneumonia
bacteriana em crianças;
Haemophilus influenzae tipo b (Hib)
Segunda causa mais comum de
pneumonia bacteriana;
Vírus sincicial respiratório
Causa mais comum de pneumonia viral.
Pneumocystis carinii
Uma das principais causas de pneumonia
em crianças com menos de seis meses com
o HIV / SIDA, responsável por pelo menos
uma de cada quatro mortes de HIV
- lactentes positivos
Fonte: Adaptado de OMS (2015).
5.3.1 Streptococcus pneumonie
A espécie Streptococcus pneumoniae conhecida também como pneumococo é
um potencial agente patogênico que pode manter-se vivendo de forma assintomática
ou ocasionar infecções não invasivas e invasivas nos seres humanos, estando
associada a um alto índice de mortalidade e morbidade, principalmente em crianças
menores de 2 anos (SERRANO, 2007).
O pneumococo é um diplococo gram-positivo que é encontrado com frequência
no trato respiratório superior de crianças, sendo o agente mais comum da pneumonia
bacteriana, otite média e meningite (CORREA; STARKE, 2006).
Essa bactéria foi isolada no fim do século XIX, sendo associada mais tarde a
infecções nos humanos, repercutindo na saúde pública que permitiu no tratamento da
pneumonia a utilização de soros anti-pneumocócicos. Com o uso de antimicrobianos
no tratamento destas infecções, o potencial de patogenia da bactéria foi
menosprezado, que mais a frente, com a aparição de espécies com mais resistência
a antibióticos, fez-se necessário um maior conhecimento sobre seus mecanismos de
patogenicidade, na qual nos dias atuais, com a eficiência dos métodos laboratoriais
23
do estudo de agentes biológicos e com o início do sequenciamento do genoma, as
pesquisas sobre o S. pneumoniae estão cada dia mais completas (SERRANO, 2007).
O S. pneumoniae foi primeiramente a denominação de Diplococcus pneumoniae
devido a sua formação de pares de cocos em meio sólido e seu alojamento fácil nos
pulmões ocasionando a pneumonia, passando somente em 1974 a sua nomenclatura
atual Streptococcus pneumoniae por semelhanças a nível de DNA com outras
bactérias do gênero Streptococcus. O conhecimento etiológico do pneumococo
originou-se anos a frente nos Estados Unidos, com o seu primeiro isolamento no ano
de 1880, por George Miller Sternberg e de modo simultâneo por Louis Pasteur na
França. Dois anos após, em 1882, Friedlander realizou a primeira identificação em
pulmões cortados e corados pela técnica de Gram, confirmando que eram
pneumococos, sendo em 1886 estabelecido pelo austríaco Weichselbaum que S.
pneumoniae era a bactéria responsável com mais frequência pela pneumonia lobar
(AUSTRIAN, 1999).
S. pneumoniae adquire sua resistência na maioria das vezes pelos
antimicrobianos ou por transposon (ALOU et al., 2001), a escolha do antibiótico a ser
utilizado é na maior parte das vezes empírica podendo propagar o aumento da
resistência aos antibióticos no individuo, que no tratamento das infecções
pneumocócicas o antibiótico selecionado a ser usado é também empírico, por ser raro
o conhecimento da identificação do agente infeccioso no momento da prescrição
(SERRANO, 2007), onde uma política mais limitada na prescrição dos agentes
antibióticos (KONRADSEN; KALTOFT, 2002)
e também
uma utilização mais
adequada de dosagens e no período certos desses antibióticos, seria o modo mais
correto para a evitar a propagação e seleção de resistência aos fármacos (SHITO,
2002).
O S. pneumonie é a principal bactéria da pneumonia bacteriana. A forma de
prevenção são as vacinas conjugadas para pneumococo (YOSHIOKA et al., 2011).
5.3.2 Outros microrganismos causadores de pneumonia
 Haemophilus influenza tipo b - é um bacilo gram negativo aeróbia, são membros
comum da orofaringe descrito antigamente por bacilo de Pfeiffer, em homenagem a
quem a descreveu Richad Pfeiffer, depois foi descrita Haemophilus influenza porque
acreditava-se que microrganismo era o principal agente causado da pandemias de
24
influenza ocorrida em 1889 e na primeira guerra mundial. Causa doenças como,
pneumonia, meningite e otite (TORTORA et al., 2012). Bacilos encapsulados do tipo
b são importantes para sua patogenicidade, na qual o Hemophilus influenza é
segunda causa responsável por infecções bacterianas agudas em adultos
(TARANTINO, 2002).
 Vírus sincicial respiratório (VSR) - é chamado assim devido a sua capacidade
de formar sincício, por meio da junção com a membrana do hospedeiro. Pertencente
à família Paramyxoviridae, gênero Pneumovírus. É responsável no mundo todo por
ocasionar grandes surtos epidêmicos, em pneumonia nas unidades de transplantes,
enfermarias pediátricas, nas casas de repouso para idosos e nos ambulatórios,
considerado o maior causado de pneumonias em crianças de seis meses a três anos
(TARANTINO, 2002).
 Pneumocystis carinii - Pneumocystis foi descrito por Carlos Chagas em 1909,
confundido com o Trypanossoma cruzi, por causa da sua morfologia. Anos mais tarde,
os pesquisadores Delanoe e Laveram, deram a denominação de Pneumocystis carinii,
classificando-o como um protozoário até no ano de 1980. E em 1988, descobriram por
meio de análises de DNA, que se tratava de um fungo. E em 1999, Frenkel mudou a
nomencaltura de Pneumocystis carinii para Pneumocystis jirovecin. O Pneumocystis
jirovecin causa pneumonia grave em indivíduos imunodeprimidos (TOMIO; SILVA,
2005).
5.4 DIAGNÓSTICO DA PNEUMONIA
Os padrões etiológicos podem ser separados em grupos de acordo com a
gravidade da pneumonia quando é apresentada: PAC com terapia ambulatorial, PAC
com internação e PAC grave com terapia em UTI, sendo diversos os agentes
infecciosos que causam a PAC (ROCHA; NAKATANI, 2006).
Para o diagnóstico da PAC tratada no ambulatório é necessário uma
combinação de fatores clínicos e radiográficos, podendo ser diagnosticada por meio
de sintomas de doenças respiratórias com tosse, expectoração, falta de ar, dor
torácica, febre, achados focais no exame físico do tórax e raio-x para avaliar a
gravidade
e
comprometimento
multilobolar
(ROCHA;
NAKATANI,
2006;
SCHWARTZMANN et al., 2010). Taxas de 30 a 60% das PAC ficam apenas com o
diagnóstico clínico ou radiografias (ANVISA, 2004).
25
O diagnóstico da PAH é uma temática difícil e controversa, onde os sinais e
sintomas comuns da pneumonia são combinados com existência de infiltrados
progressivos na radiografia, elevados números de leucócitos periféricos, crescimento
de bactérias em culturas de materiais traqueais, sanguíneo ou de escarro e coloração
de gram sugestiva, podendo não haver a presença em todos os indivíduos,
especialmente os imunodeprimidos e idosos (MEDEIROS, 2006).
É recomendado para pacientes internados e para aqueles que teve seu quadro
clínico evoluído pela da falha do tratamento, sendo o recomendado o diagnóstico da
etiologia do agente da pneumonia pelo processo infeccioso sanguíneo, nos aspirados
diretos, derrame pleural, expectorados ou fragmentos de pulmão (ROCHA;
NAKATANI, 2006).
Indivíduos internados em UTIs tem a radiologia pulmonar alteradas como a
existência de infartos e edemas pulmonares, hemorragia alveolar, tem tornado esta
metodologia diagnóstica não muito específica (MEDEIROS, 2006).
Os métodos das PAV podem ser divididos em não-invasivos (aspirado
endotraqueal com cultura quantitativa) e invasivos (lavado broncoalveolar com cultura
quantitativa, escovado protegido broncoalveolar, biopsia por broncoscopia e biopsia
por toracoscopia) (MEDEIROS, 2006).
A identificação do agente etiológico é fundamental importância, mas nem
sempre é possível. Vários métodos são empregados para identificação do agente
etiológico das pneumonias, como: bacterioscopia e cultura de escarro, sorologias, e
bacterioscopia e cultura de material obtido por lavado broncoalveolar, broncoscopia
com escovado protegido, aspirado transtraqueal e punção aspirativa do pulmão, que
mesmos com o avanços obtidos nas técnicas de diagnósticos, estima-se que 50% dos
casos ainda permaneçam sem etiologia definida. Deste modo, a terapia inicial para o
tratamento da pneumonia é empírica (ALMEIDA; FERREIRA FILHO, 2004).
Para a identificação do agente etiológico da pneumonia são coletados materiais
de pacientes e realizados os meios de cultura com a utilização de meios de
crescimento como: Ágar sangue (AS), Ágar Mac conkey (MC), Ágar chocolate (AC)
(ANVISA, 2004).
Após o preparo do meio, deve-se incubar em estufar numa temperatura 36ºC.
Hemófilos, Neisserias pneumococo ou fastidiosos que são bactérias mais exigentes
incubar em modos de microaerofilia. A primeira leitura dos resultados é realizada com
26
18 a 24 horas de incubação. Bactérias anaeróbios a leitura deve ser feita com 48 a 72
horas de incubação (ANVISA, 2013).
5.4.1 Métodos diagnósticos: Diagnóstico clínico
Pacientes apresentar os seguintes sintomas: tosse, dispnéia, taquipnéia, dor
pleurítica, hipertemia > 38ºC, expectoração e dor torácica. Sintomas sistêmicos:
confusão mental, cefaleia, sudorese, calafrios. Exame físico: redução murmúrio
vesicular, aumento do frêmito (SCHWARTZMANN et al., 2010).

Oximetria de pulso: Para avaliar a saturação de oxigênio. Quando a saturação de
oxigênio está a baixo de 93%, e solicitado realização de coleta de gasometria arterial
e hospitalização do paciente (BARRETO et al., 2009).

Radiografia de tórax: feitos na incidência de perfil e posterior-anterior (PA), é
imprescindível tanto para a avaliação da gravidade, bem avaliar condições
coexistente, como números de lobos acometidos, derrame pleural, obstrução
brônquica e cavitações, e para acompanhar a resposta e evolução do tratamento,
especialmente para aqueles pacientes que não estão tendo êxito à terapêutica inicial
(BARRETO et al., 2009).
5.4.2 Métodos diagnósticos: Exame complementar

Hemograma: O hemograma apresenta baixa especificidade no diagnóstico de
pneumonia e na identificação do agente etiológico. Leucocitoses > 12.000,
leucócitos/mm3 em casos de pneumonia bacteriana, ocorre um aumento significativo
de células polimorfonucleares, mas também esses valores podem estar aumentados
em infecções por Mycoplasma pneumoniae, Adenovírus, vírus influenza. Leucopenia
< 4.000 Leucócito/mm3 pode estar relacionada a infecção viral, e quando está
presente em infecções bacteriana denota maior gravidade (IBIPINA et al., 2004).

Bioquímico: dosagem de ureia acima de 65mg/dl é uma forte indicação de
gravidade. Dosagens de transaminase, eletrólitos e glicemia não demostram valor
diagnóstico, mas pode tem uma grande influência na tomada da decisão de
internação, mediante a identificação de doenças associadas (CÔRREA et al., 2009).
27
5.4.3 Outros métodos de diagnóstico
 Escarro: São muito úteis em pacientes com tosse produtiva e com uma boa
capacidade de expectoração profunda. Análises macroscópica do escarro: cor,
(escarro vermelho, mucoide); quantidade, (escassa ou aquosa); consistência,
(escarro purulento); cheiro, (escarro fétido) (ANVISA, 2004).
 Bacterioscopia de escarro: A bacterioscopia de escarro pelo método de gram é
rápida e barata, mas apresenta baixa sensibilidade. Para avaliação da coloração de
gram são observados 10 campos com aumento de 10x.
Demostram valores
significativos de infecção células epiteliais <10 e leucócitos >25. Esses valores são
indicados para o procedimento de cultura. Escarro que demostram a presença de S.
pneumococo por métodos da coloração de gram podem demostrar cerca de 50% de
cultura de escarro negativas (ANVISA, 2004).
 Lavado bronco-alveolar (BAL): Diagnóstico para etiologias para pneumonias
associadas a ventilação mecânica e em paciente imunodeprimidos. É o método mais
fidedigno para investigação de microrganismo do trato inferior. Valores acima de 10 4
UFC/ml são de maior significado, para diferencia a colonização de infecção (ANVISA,
2013).
 Secreção traqueal: Havendo evidencias clínicos e radiológicas de pneumonia são
considerados valores de corte de ≥106 UFC/ML (ANVISA, 2013).
 Escovado protegido: crescimento de germes acima de 10 3 UFC/mL demostram
valor significativo na diferenciação de infecção e colonização. Por meio da cultura
quantitativa para diagnóstico de paciente sob ventilação mecânica. Apresenta
especificidade de 95% e sensibilidade de 91% (TARANTINO, 2002).
 Gasometria arterial: Para avaliar a saturação periférica de oxigênio. Valores de
SpO ≤ 90% são indicados para uso de oxigenoterapia e admissão hospitalar (ANVISA,
2013).
 Hemocultura: É recomendada para PAC grave e em casos de indivíduos
internados que não respondem ao tratamento. Neste tipo de diagnóstico são comuns
os resultados falso-positivos, principalmente se teve a utilização prévia de antibióticos,
devendo ser coletadas anterior ao início ou alteração da terapia, não podendo retardar
a primeira dose de antibiótico (CORRÊA et al., 2009).
28
O diagnóstico da etiologia da pneumonia é de extrema importância para
terapêutica especifica da pneumonia. O cultivo da secreção traqueal e do escarro e o
Gram, apresentam baixar especificidade (TARANTINO, 2002).
5.4.4 Tratamento
O tratamento empírico em pacientes que tem a necessidade de internação, é
de acordo com comorbidades, grau na admissão e fatores que aumentam o risco de
infecções por agentes patogênicos específicos, sendo a primeira dose do antibiótico
realizada em até 4 horas da internação, sempre por via venosa. O tratamento inicial é
variado quando analisados as recomendações de entidades europeias, canadenses
e americanas, onde a recomendação do consenso do Brasil é a utilização isolada de
quinolona respiratória (moxifloxacino, levofloxacino ou gatifloxacino) ou utilização
isolada ou combinada com algum macrolídeo como betalactâmico em associação à
betalactamase ou cefalosporinas de segunda ou terceira geração (cefotaxima,
cefuroxima, ceftriaxone) (SCHWARTZMANN et al., 2010).
Abaixo estão descritos de modo resumido as recomendações a serem
utilizadas em pacientes ambulatoriais, de enfermarias e de UTI.
Paciente ambulatorial: é recomendado somente a utilização de um macrolídeo para
pacientes previamentes sadios. Para pacientes com alguma doença associada,
recomenda-se macrolídeo mais fluoroquinolona ou betalactâmico para o início da
terapia empírica. Pacientes suspeitos de aspiração e infecção por anaeróbios é
recomendado
amoxilina-clavulanato
ou
outro
betalactâmico
para
inibir
a
betalactamase (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA, 2004).
Pacientes em enfermarias: Em pacientes internados a terapia deve ser realizada por
antibióticos por via parenteral. Um macrolídeo como claritromicina ou azitromicina em
associação com um betalactâmico como deftriaxona, cefotaxima, ampicilinasulbactam ou fluoroquinolona respiratória isolada (levofloxacino, gatifloxacino,
moxifloxacino) deve ser utilizado em pacientes sem uso de antibiótico recente
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA, 2004).
Pacientes internados em UTI: A terapia de pacientes sem fatores de risco com PAC
grave, sem risco para pseudomonas, se assemelha ao recomendado para pacientes
tratados em enfermarias. É raro a infecção por Pseudomonas aeruginosa em PAC
29
grave (3%), mas com fatores de risco específicos presentes, deve ser prescrito o
tratamento
com
agentes
antipseudomonas
(SOCIEDADE
BRASILEIRA
DE
PNEUMOLOGIA, 2004).
Além das citadas acima, também são utilizadas outras terapias associadas
como a oxigenoterapia, fisioterapia respiratória, hidratação, repouso no leito,
analgésico, antipiréticos, expectorantes, em casos de pacientes hospitalizados
(TIMBY; SMITH, 2003).
5.4.5 Prevenção
A prevenção das pneumonias é por meio da vacina antipneumocóccica. A
vacina pneumocócica 23-valente é composta por 23 polissacarídeos, é eficaz na
prevenção de infecções invasivas causadas por S. pneumoniae tais como:
pneumonia, meningite, bacteremia e septicemia, diminuindo as internações e mortes
por pneumonias. (CÔRREA et al.,2009). É recomendada para pessoas com idade ≥
65 anos e também para indivíduos com idade entre 2 e 64 anos portadores de doença
crônicas: cardiovasculares crônicas, diabetes mellitus, hepatopatias crônicas,
portadores de esplenia funcional. Indivíduos imocomprometidos: doença oncológica,
síndrome nefrótica, portadores de HIV/AIDS e indivíduos transplantados. Indivíduos
que moram em asilos. A revacinação ocorre no período de 5 anos (WHITNEY, 2003).
A prevenção da pneumonia na infância é uma estratégia para a redução de
óbitos infantis, sendo a imunização contra o pneumococo, coqueluche e sarampo os
meios mais eficazes de prevenção desta enfermidade de importância de saúde
pública (OMS, 2015), visto que a pneumonia é uma enfermidade oportunista, que age
quando a imunidade baixa, em que a pessoa se mantenha alerta a qualquer reação
alérgica que possa evoluir a uma doença respiratória mais grave, principalmente quem
já tem alguma doenças respiratória (BRASIL, 2014).
Segundo a OMS (2015), medidas como nutrição adequada é essencial para
a melhoria da imunidade natural da criança, iniciando com o aleitamento materno
durante os seis primeiros meses de vida, prevenindo de maneira eficaz e reduzindo
a duração da pneumonia. Correção de fatores ambientais e do ar interior poluído
influenciam no desenvolvimento desta enfermidade.
30
6 CONCLUSÃO
Mesmo com o progresso atual de diagnósticos e tratamentos diferenciados, a
existência de uma diversidade agentes microbianos infecciosos que ocasionam a
pneumonia dificulta a sua identificação rápida, fazendo que o tratamento inicial seja
empírico, tendo por base seu principal agente etiológico o S. pneumoniae.
A pneumonia tem sua classificação baseada em diversos critérios, na qual é
muito difícil se encontrar esses diversos critérios de classificações em um mesmo
trabalho, o que gera uma longa e cansativa busca na literatura científica.
O modo de prevenir esta enfermidade é por meio da vacina, higienização e
cuidados alimentares, para que a imunidade se mantenha estável evitando a infecção
por essa doença oportunista, que age principalmente em crianças de até 5 anos,
idosos e pessoas imunocomprometidas.
31
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