ESTRESSE E OS TRANSTORNOS PSICOSSOMÁTICOS
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ESTRESSE E OS TRANSTORNOS PSICOSSOMÁTICOS
ESTRESSE E OS TRANSTORNOS PSICOSSOMÁTICOS TRANSTORNOS PSICOSSOMÁTICOS O inter-relacionamento da psique e do soma já era estudado pelos gregos. Representantes dos dois campos de estudo, soma e psique, concordavam que havia perturbações que envolviam aspectos somáticos e emocionais. TRANSTORNOS PSICOSSOMÁTICOS A expressão foi popularizada por Jacobi, psiquiatra alemão, e hoje a Associação Americana de Psiquiatria considera vários transtornos psicossomáticos, como: Asma Hipertensão essencial Arritmia Hipertireoidismo Artrite reumatoide Hipoglicemia Asma brônquica Menstruação dolorosa Cardioespasmo Náusea Colite espástica Neurodermatite Colite mucosa Obesidade Colite ulcerativa Piloroespasmo Cólon irritável Prurido anal Diabete mellitus Reações alérgicas Doença coronariana Respiração asmática Doenças de pele Taquicardia Dor de cabeça Tuberculose Dor de cabeça por tensão Úlcera duodenal Dor sacroilíaca Úlcera gástrica Edema angioneurótico Urticária Enxaqueca Verrugas Hiperinsulinismo Vômitos Os transtornos receberam percebeu-se mais que psicossomáticos ênfase as quando respostas emocionais eram acompanhadas por manifestações fisiológicas. Durante muito tempo se pensava que havia apenas umas poucas condições psicossomáticas "puras", mas atualmente sustenta-se que a maioria das doenças, cerca de 90%, tem um componente psicossomático, podendo este ser a causa mais importante ou uma causa secundária. ESTRESSE • Termo utilizado pela primeira vez pelo fisiologista Walter Cannon. Refere-se às alterações fisiológicas causadas pela percepção de situações aversivas ou ameaçadoras. Estresse – Síndrome Geral de Adaptação (Hans Selye, 1950) Constitui um conjunto de reações não específicas desencadeadas quando o organismo é exposto a um estímulo ameaçador à homeostasia. Apresenta três fases: FASE DE ALARME • É um estado de alerta geral, tal como se fosse um susto, onde o hipotálamo ativa a divisão Simpática do Sistema Nervoso Autônomo (SNA), bem como estimula a hipófise a secretar o ACTH que induz a secreção de cortisol pela glândula supra-renal. FASE DE RESISTÊNCIA • Nesta fase o corpo começa a acostumar-se aos estímulos causadores do Estresse e entra num estado de resistência ou de adaptação. Durante este estágio, o organismo adapta suas reações e seu metabolismo para suportar o Estresse por um período de tempo. A Fase de Resistência se caracteriza, basicamente, pela hiperatividade da glândula supra-renal. Nesta fase, mais crônica, há um aumento no volume da supra-renal. FASE DE EXAUSTÃO ou DE ESGOTAMENTO • É quando começam a falhar os mecanismos de adaptação e verifica-se um déficit das reservas de energia. Essa fase é grave, levando à morte de alguns organismos. • A maioria dos sintomas somáticos e psicossomáticos ficam mais exuberantes nessa fase. As modificações biológicas que aparecem nessa fase se assemelham àquelas da Reação de Alarme. Mas, nesta fase o organismo já não é capaz de equilibrar-se por si só e sobrevêm a falência adaptativa. Multiple mediators Jöels, M.; Baram, T.Z. Nat. Rev. Neurosci., 10(6): 459-466, 2009. Os efeitos da Síndrome Geral de Adaptação sobre o indivíduo ao longo do tempo compõem o substrato fisiopatológico das doenças psicossomáticas. Cada órgão ou sistema são envolvidos e apenados pelas alterações fisiológicas continuadas do Estresse, de início, apenas com alterações funcionais e depois, com lesões também anatômicas. Medula da adrenal Catecolaminas: Adrenalina e noradrenalina Resposta ao estresse ou Descarga em massa • da PA; • do fluxo sanguíneo para os músculos e redução em outros tecidos; • da força muscular; • do metabolismo celular; • da glicogenólise nos músculos e fígado; • [glicose] no sangue; • da atividade mental; • da velocidade de coagulação sanguínea; Ansiogênico Horm. Liberador da Corticotrofina Horm. Adrenocorticotrófico Outras ações do Eixo HPA (Hipotálamo-PituitáriaAdrenal): • Inibe secreção de GH; • Inibe secreção dos Horm. Gonadrotróficos (FSH e LH) inibe reprodução; •[CRH] inibe fome; • Inibe função tireoidiana; Glicocorticóide • Inibe atividade osteoblástica; a longo prazo osteoporose; • Inibe esvaziamento gástrico, mas estimula peristaltismo colônico síndrome do cólon irritável. • Ação Ansiogênica; a longo prazo morte neuronal (hipocampo) estresse O estresse estimula o eixo Hipotálamo-Pituitária (Hipófise)-Adrenal (HPA) e a resposta de estresse. A ativação do hipocampo, por outro lado, suprime a atividade do eixo HPA. O hipocampo tem receptores sensíveis ao cortisol circulante. Assim, o hipocampo é importante para a regulação do eixo HPA por feedback negativo, prevenindo a liberação excessiva de cortisol Ao observar macacos-vervet selvagens, que haviam se tornado uma peste para a agricultura no Quênia (e por esse motivo foram capturados e colocados em jaulas) ficou claro que alguns animais adoeceram e morreram de uma síndrome que parecia estar relacionada ao estresse. Foi observado que os animais mortos eram hierarquicamente inferiores, convivendo em jaulas com animais agressivos e dorminantes. As autópsias mostraram altas taxas de úlceras gástricas, glândulas adrenais aumentadas e degeneração hipocampal. Exemplos de situações em que a atividade do eixo HPA está aumentada • • • • • • • • • • • Estresse crônico; Depressão melancólica; Anorexia nervosa; Malnutrição; Abstinência de álcool e narcóticos; Desordem obsessiva-compulsiva; Desordem do pânico; Exercício físico em excesso (atletas); Diabetes mellitus; Síndrome metabólica; Hipertireoidismo; Fig. Concentração plasmática do cortisol em humanos normais e nos portadores de depressão. Nos indivíduos normais a secreção do cortisol segue um ritmo circadiano, com valor máximo às 8h e, a partir daí, diminuição progressiva até 2h. Os individuos deprimidos deixam de apresentar este ritmo circadiano e o cortisol está sempre elevado nas 24h do dia. O PAPEL DO HIPOTÁLAMO NO ESTRESSE Através do sistema nervoso autônomo e do sistema endócrino, o hipotálamo promove uma série de mudanças orgânicas que estabelecem as condições necessárias para a atividade física e/ou mental (características do estado de estresse) e, através de mecanismos próprios, tais como o mecanismo da fome, da sede e da termorregulação, ele produz subsídios que possibilitam o funcionamento integrado, procurando manter a harmonia orgânica durante o período em que o indivíduo estiver sob a influência do estressor. Síndrome de Burnout • É definida como uma reação à tensão emocional crônica gerada a partir do contato direto, excessivo e estressante com o trabalho, essa doença faz com que a pessoa perca a maior parte do interesse em sua relação com o trabalho, de forma que as coisas deixam de ter importância e qualquer esforço pessoal passa a parecer inútil. NO STRESS O melhor a fazer é... Deixar a vida te levar...
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