ESTRESSE E OS TRANSTORNOS PSICOSSOMÁTICOS

Transcrição

ESTRESSE E OS TRANSTORNOS PSICOSSOMÁTICOS
ESTRESSE E OS
TRANSTORNOS
PSICOSSOMÁTICOS
Os
transtornos
receberam
percebeu-se
mais
que
psicossomáticos
ênfase
as
quando
respostas
emocionais eram acompanhadas por
manifestações fisiológicas.
Durante muito tempo se pensava que
havia apenas umas poucas condições
psicossomáticas "puras", mas atualmente
sustenta-se que a maioria das doenças,
cerca
de
90%,
tem
um
componente
psicossomático, podendo este ser a causa
mais importante ou uma causa secundária.
ESTRESSE
• Termo utilizado pela primeira vez
pelo fisiologista Walter Cannon.
Refere-se
às
alterações
fisiológicas
causadas
pela
percepção de situações aversivas
ou ameaçadoras.
Estresse – Síndrome Geral
de Adaptação (Hans Selye,
1950)
Constitui um conjunto de reações
não
específicas
desencadeadas
quando o organismo é exposto a um
estímulo ameaçador à homeostasia.
Apresenta três fases:
FASE DE ALARME
• É um estado de alerta geral, tal como se fosse
um susto, onde o hipotálamo ativa a divisão
Simpática do Sistema Nervoso Autônomo
(SNA), bem como estimula a hipófise a
secretar o ACTH que induz a secreção de
cortisol pela glândula supra-renal.
FASE DE RESISTÊNCIA
• Nesta fase o corpo começa a acostumar-se aos
estímulos causadores do Estresse e entra num
estado de resistência ou de adaptação. Durante
este estágio, o organismo adapta suas reações
e seu metabolismo para suportar o Estresse por
um período de tempo. A Fase de Resistência
se
caracteriza,
basicamente,
pela
hiperatividade da glândula supra-renal. Nesta
fase, mais crônica, há um aumento no volume
da supra-renal.
FASE DE EXAUSTÃO ou DE
ESGOTAMENTO
• É quando começam a falhar os mecanismos de
adaptação e verifica-se um déficit das reservas de
energia. Essa fase é grave, levando à morte de
alguns organismos.
• A maioria dos sintomas somáticos e psicossomáticos ficam mais exuberantes nessa fase. As
modificações biológicas que aparecem nessa fase
se assemelham àquelas da Reação de Alarme. Mas,
nesta fase o organismo já não é capaz de equilibrarse por si só e sobrevêm a falência adaptativa.
Multiple mediators
Jöels, M.; Baram, T.Z. Nat. Rev.
Neurosci., 10(6): 459-466, 2009.
Os efeitos da Síndrome Geral de
Adaptação sobre o indivíduo ao longo do
tempo compõem o substrato fisiopatológico
das doenças psicossomáticas.
Cada órgão ou sistema são envolvidos e
apenados pelas alterações fisiológicas
continuadas do Estresse, de início, apenas
com alterações funcionais e depois, com
lesões também anatômicas.
Medula da
adrenal
Catecolaminas:
Adrenalina e
noradrenalina
Resposta ao estresse
ou
Descarga em massa
•  da PA;
•  do fluxo sanguíneo para os
músculos e redução em outros
tecidos;
•  da força muscular;
•  do metabolismo celular;
•  da glicólise nos músculos e
fígado;
•  [glicose] no sangue;
•  da atividade mental;
•  da velocidade de coagulação
sanguínea;
Ansiogênico
Horm. Liberador
da Corticotrofina
Horm.
Adrenocorticotrófico
Outras ações do Eixo
HPA (HipotálamoPituitária-Adrenal):
• Inibe secreção de GH;
• Inibe secreção dos Horm.
Gonadrotróficos (FSH e LH) 
inibe reprodução;
•[CRH] inibe fome;
• Inibe função tireoidiana;
Glicocorticóide
• Inibe atividade osteoblástica;
a longo prazo  osteoporose;
• Inibe esvaziamento gástrico,
mas estimula peristaltismo
colônico  síndrome do cólon
irritável.
• Ação Ansiogênica; a longo
prazo  morte neuronal
(hipocampo)
Figura 15.19 Ativação autonômica durante uma situação de
estresse. (A) Estudos com soldados em treinamento para serem
paraquedistas revelaram que um conjunto de alterações
autonômicas e endócrinas acompanha essa experiência estressante.
(B) Note as mudanças hormonais durante o treinamento,
especialmente durante o primeiro dia de salto (Ursin et al., 1978).
estresse
O estresse estimula o eixo Hipotálamo-Pituitária (Hipófise)-Adrenal (HPA)
e a resposta de estresse. A ativação do hipocampo, por outro lado,
suprime a atividade do eixo HPA. O hipocampo tem receptores sensíveis
ao cortisol circulante. Assim, o hipocampo é importante para a regulação
do eixo HPA por feedback negativo, prevenindo a liberação excessiva de
cortisol
Ao observar macacos-vervet
selvagens, que haviam se
tornado uma peste para a
agricultura no Quênia (e por
esse motivo foram capturados e
colocados em jaulas) ficou claro
que alguns animais adoeceram e
morreram de uma síndrome que
parecia estar relacionada ao
estresse. Foi observado que os
animais mortos eram
hierarquicamente inferiores,
convivendo em jaulas com
animais agressivos e
dorminantes. As autópsias
mostraram altas taxas de úlceras
gástricas, glândulas adrenais
aumentadas e degeneração
hipocampal.
Exemplos de situações em que a
atividade do eixo HPA está aumentada
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Estresse crônico;
Depressão melancólica;
Anorexia nervosa;
Malnutrição;
Abstinência de álcool e narcóticos;
Desordem obsessiva-compulsiva;
Desordem do pânico;
Exercício físico em excesso (atletas);
Diabetes mellitus;
Síndrome metabólica;
Hipertireoidismo;
Fig. Concentração plasmática do cortisol em humanos normais e
nos portadores de depressão. Nos indivíduos normais a secreção do
cortisol segue um ritmo circadiano, com valor máximo às 8h e, a partir
daí, diminuição progressiva até 2h. Os individuos deprimidos deixam de
apresentar este ritmo circadiano e o cortisol está sempre elevado nas
24h do dia.
O PAPEL DO HIPOTÁLAMO NO ESTRESSE
Através do sistema nervoso autônomo e do
sistema endócrino, o hipotálamo promove uma
série de mudanças orgânicas que estabelecem
as condições necessárias para a atividade física
e/ou mental (características do estado de
estresse) e, através de mecanismos próprios, tais
como o mecanismo da fome, da sede e da
termorregulação, ele produz subsídios que
possibilitam
o
funcionamento
integrado,
procurando manter a harmonia orgânica durante
o período em que o indivíduo estiver sob a
influência do estressor.
Síndrome de Burnout
• É definida como uma reação à tensão
emocional crônica gerada a partir do
contato direto, excessivo e estressante
com o trabalho, essa doença faz com que
a pessoa perca a maior parte do interesse
em sua relação com o trabalho, de forma
que as coisas deixam de ter importância e
qualquer esforço pessoal passa a parecer
inútil.
NO STRESS
O melhor a fazer é...
Deixar a vida te levar...

Documentos relacionados

ESTRESSE E OS TRANSTORNOS PSICOSSOMÁTICOS

ESTRESSE E OS TRANSTORNOS PSICOSSOMÁTICOS animais mortos eram hierarquicamente inferiores, convivendo em jaulas com animais agressivos e dorminantes. As autópsias mostraram altas taxas de úlceras gástricas, glândulas adrenais aumentadas e ...

Leia mais