Estudios sobre Religión

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Estudios sobre Religión
Estudios sobre Religión
No. 17
Newsletter de la Asociación de Cientistas Sociales de la Religión en el Mercosur
Junio de 2004
La intención de este newsletter es mejorar la comunicación entre los estudiosos de la religión en el Cono Sur,
así como entre ellos y sus pares de otras regiones, acercando noticias sobre publicaciones recientes, congresos y
cualquier otra información que sirva para fortalecer y dinamizar el campo de los estudios sobre el tema.
Quienes desean colaborar pueden enviar sus comentarios, noticias de eventos o publicaciones que consideren
interesantes. Sugerimos que todos los socios manden un listado de los artículos o libros que hayan publicado
últimamente.
También se puede contribuir con reflexiones sobre temas que consideren deben ser debatidos. Para incluir
varias contribuciones por número, los artículos deberían tener, como máximo, alrededor de 10.000 caracteres aunque pueden tener menos. Los temas deberían ser de interés para la mayor cantidad de miembros posible, o que
les parezcan de relevancia como para que los miembros de la Asociación los conozcan o debatan. Se pueden
enviar reflexiones teóricas; noticias de sucesos relacionados con grupos religiosos presentes en varios países en el
Cono Sur o ideas en general que quieran compartir con sus colegas. Sugerimos que no envíen etnografías de temas
muy locales –a menos que su análisis revele aspectos relevantes del fenómeno religioso en general. También
pueden hacer llegar comentarios de libros (de uno o reunir varios en una reseña) que les parezcan particularmente
importantes.
Forum
Repensando la “religiosidad popular”
El concepto de “religiosidad popular” es, probablemente, uno de los más utilizados y peor definidos en el
estudio de la religión desde las ciencias sociales. En este caso no se trata sólo de una ausencia de consenso
respecto de múltiples definiciones posibles, sino que -con algunas excepciones- es notable la falta, en los últimos
años, de debates y nuevos intentos de conceptualización del término -a pesar de los numerosos estudios de caso
que se continúan publicando.
A través de sucesivos artículos en los últimos números del newsletter, Eloísa Martín, Tania Freitas y
Renata Menezes han realizado aportes significativos al tema, reseñando críticamente la bibliografía argentina
sobre religiosidad popular; analizando el rol de las muertes violentas y del sufrimiento intenso en las devociones
populares a bandidos en el nordeste brasileño o examinando las relaciones de complementaridad y antagonismo
que, alternativamente, se establecen entre prácticas religiosas oficiales y no oficiales en un santuario popular
brasilero.
En este número, Raymundo Heraldo Maues, realiza una nueva contribución sobre un tema que lo ocupa
desde hace muchos años: las relaciones entre la jerarquía religiosa y los laicos en el catolicismo
Catolicismo popular e controle eclesiástico:
reflexões a partir de estudo numa área da Amazônia
Raymundo Heraldo Maués (Departamento de Antropologia, Universidade Federal do Pará)
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Tentando contribuir para o debate sobre religiosidade popular de que têm participado Eloísa Martín, Tânia
Freitas e Renata de Castro Menezes (cf. Martin, 2003; . Freitas, 2003 e Menezes, 2003), apresento a seguir algumas
idéias que tenho discutido em meus trabalhos anteriores, frutos de pesquisa sobre catolicismo popular que desenvolvi
principalmente em área de colonização mais antiga da Amazônia (a região do Salgado), anteriormente habitada pelos
índios Tubinambás e ocupada pelos portugueses desde a primeira metade do século XVII. Nela se pratica uma forma
de catolicismo popular que é influenciado também por antigas crenças e práticas indígenas, que resultaram na atual
pajelança cabocla (a qual não se confunde com a pajelança indígena ainda hoje praticada em toda a Amazônia).
Lembro, porém, que o tema da pajelança cabocla não será tratado de forma explícita neste pequeno artigo 1.
Em primeiro lugar, desejo definir bem claramente o sentido em que utilizo a expressão
“catolicismo popular”. Ela é empregada para fazer a distinção dessa forma de catolicismo
daquela que às vezes se chama de “oficial”, isto é, a que é professada pela igreja hierárquica, que
a procura incutir no conjunto da população. Trata-se, de certo modo, da mesma distinção que se
costuma fazer entre medicina popular e oficial, música popular e erudita etc. Não se trata de um
“catolicismo das classes populares”, pois o conjunto da população católica (os leigos, em
oposição aos sacerdotes), independentemente de sua condição de classe, professa alguma forma
de catolicismo popular, que em parte é professada mesmo pelos clérigos, assim como os leigos
também partilham do catolicismo oficial.
Entendo, pois, por catolicismo popular, aquele conjunto de crenças e práticas socialmente reconhecidas como
católicas, de que partilham sobretudo os não especialistas do sagrado. Embora se possa admitir, numa abordagem
weberiana, que os interesses religiosos das classes são distintos, e mesmo, numa aproximação marxista, de caráter
contraditório, não se pode negar que, em conjunto, os leigos, não produtores de uma sistematização do saber
religioso, não tendem também a um monopólio das instâncias do sagrado, esperando, de sacerdotes e profetas – e
também de magos ou feiticeiros –, a satisfação de seus interesses religiosos e mágicos (embora diferenciados, em
certas situações). Mas os leigos não permanecem passivos diante desses especialistas e agem, muitas vezes em
conjunto (anulando-se provisoriamente as diferenças de classe), quando seus interesses comuns são contrariados, ou,
como também ocorre, quando são contrariados os interesses de alguma classe, que age isoladamente e, às vezes,
consegue mesmo levar com ela outras classes, em suas manifestações de protesto e contestação.
Pretendo apresentar a seguir alguns aspectos da discussão do problema do controle
eclesiástico sobre a religião popular e as festas de santos, partindo de três exemplos diferentes,
que não se limitam à área em estudo, para poder chegar à análise, concluindo com algumas
considerações sobre a oposição sacerdote versus leigo (ou agente do catolicismo popular) e a
relação entre Igreja, Estado e classes sociais.
1 – Três exemplos ilustrativos
O primeiro, retirado da obra de Pierre Sanchis (1983: 65-77), é distante no tempo e no espaço, mas bastante
próximo do ponto de vista ideológico e cultural. Trata-se da implantação do catolicismo “ortodoxo” (romano) na
parte da Península Ibérica correspondente a Portugal, durante o século VI, realizada pelo bispo de um mosteiro
rural (mais tarde metropolita de Braga), São Martinho de Dume. Em sua ação controladora, com apoio do rei dos
suevos, esse bispo incorporou, ao catolicismo, de uma forma bastante característica, crenças e práticas locais
(priscilianismo e elementos de paganismo), embora efetivamente lutando contra elas. Tudo aquilo que não
conflitava diretamente com o catolicismo romano foi incorporado com sinal positivo. Mas o restante foi também
“incorporado”, embora com sinal negativo (isto é, relegado à condição de crenças e práticas demoníacas e de
feitiçaria, que deviam ser tenazmente combatidas). O catolicismo, religião sincrética, consolidou-se na área da
Península que mais tarde seria o território português, através dessa ação controladora da Igreja e do Estado.
Entretanto, o povo não permaneceu passivo diante da ação da Igreja: integrar as suas práticas, colocando umas do
lado da ortodoxia e outras do lado do erro e do diabo, foi algo que a cultura popular interpretou (e reinterpretou) a seu
modo. O demônio de São Martinho não era o mesmo diabo do povo; este era um ser ambíguo, ao mesmo tempo mal
e benfazejo, figura dos antigos deuses que tinham sido como que “lançados no inferno” pelo santo bispo. Daí, duas
1
Versão inicial deste trabalho se encontra em Comunicações do ISER 6 (26): 38-49, 1987. Uma
versão diferente de algumas de algumas destas ideias está publicada em meu livro Uma Outra
“Invenção” da Amazônia: religiões, histórias, identidades, Belém: CEJUP, 1999, p. 171-191.
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conseqüências: do ponto de vista da hierarquia, estava instaurado o mecanismo que levaria à inquisição e à caça às
pessoas acusadas de feitiçaria (cujos efeitos se estenderam ao Brasil, no período colonial); do ponto de vista do povo,
fazia-se presente a ambigüidade nas práticas e concepções religiosas, onde o caráter de divertimento e devoção na
festa de santo e a figura do santo “vingativo” e “perigoso”, mas ao mesmo tempo muito querido e “milagroso”, são
apenas dois aspectos a assinalar.
O segundo exemplo diz respeito ao Círio e à Festa de N. S. de Nazaré, em Belém, capital
do estado do Pará (Brasil). Essa devoção foi transplantada de Portugal, no século XVII,
iniciando-se em Vigia (região do Salgado) e daí provavelmente passando para Belém. Em
Portugal, segundo a tradição, a origem da devoção está ligada ao surgimento da Nação
Portuguesa, desenvolvendo-se, a partir do final do século XII, com a ocorrência do primeiro
“milagre autêntico” atribuído à sua imagem. O próprio Estado Português nascente, na figura do
primeiro soberano da dinastia de Borgonha, empenhou-se no crescimento da devoção, como
forma de afirmação da nacionalidade que se constituía na luta contra o “herege” muçulmano (cf.
Boga, 1948: 19-28 e Vianna, 1904: 228-229; cf. também Penteado, 1991 e Coelho, 1998). Em
Belém, “achada” a imagem de N. S. de Nazaré, pelo caboclo paraense Plácido, na passagem do
século XVII, tornou-se esse homem um “dono de santo”, como muitos outros, cuja imagem
começou rapidamente a se tornar objeto de veneração da população das redondezas, atraindo
logo muitos romeiros. Pouco depois de ter tomado posse em sua diocese, o primeiro bispo do
Grão-Pará, na década de 20 do século XVIII, visitou a ermida da santa e incentivou a devoção
iniciada por Plácido. Era o início do controle eclesiástico, que se acentuou em 1773, quando um
outro bispo oficializou a devoção, colocando Belém sob a proteção de N. S. de Nazaré,
solicitando mais tarde permissão à rainha e ao papa para a realização de uma festa pública em sua
homenagem (cf. Almeida Pinto, 1906: 39 e 89; e Rocque, 1981: 32-35). Vigorando nessa época o
regime do padroado, era necessário o concurso do Estado. Igreja hierárquica e Estado, unidos,
exerceram seu controle sobre a devoção popular e, por ocasião da realização do primeiro Círio
(1793), esse controle se tornou mais evidente, especialmente na ordem dada pelo governador aos
diretores das vilas e povoações do interior para que não permitissem às índias comparecerem
desacompanhadas de seus irmãos ou maridos à festa religiosa (Vianna 1904: 235).
Ao longo de sua história, o Círio de Nazaré, em Belém, tem sido objeto de muitas polêmicas e interferências
das autoridades, laicas e eclesiásticas, todas elas de algum modo relacionadas com o que Isidoro Alves (1980)
chamou de “ideologia do controle”. Todavia, se, de um lado, sempre existiu a preocupação, de parte das
autoridades, de controlar as manifestações populares vistas como “excessos” ou “abusos”, de outro, em certas
ocasiões, houve atritos entre os próprios poderes laico e clerical em torno da romaria. Essa ideologia do controle
surgiu também em algumas manifestações de intelectuais que, no início do século XX, verberaram contra certos
aspectos da procissão que consideravam atentatórios aos bons costumes e, mesmo, “ofensa” e “vergonha” à
nossa condição de “povo civilizado”. Dois incidentes mais importantes ocorreram no final do XIX e início do
XX, envolvendo como protagonistas os bispos D. Antônio de Macedo Costa e D. Irineu Joffily. O primeiro, em
1877, alegando pretensas “representações indecorosas” ocorridas no arraial de Nazaré, suspendeu a realização de
cerimônias religiosas na Festa. O segundo, em 1926, alegando normas emanadas da Sagrada Congregação dos
Ritos, no Vaticano, introduziu uma série de mudanças na procissão. Em ambos os casos, houve violentos protestos da
parte da população, tendo as questões sido resolvidas pela mediação das autoridades laicas (cf. Rocque, 1981: 85121).
Um terceiro e último exemplo é retirado de minha pesquisa de campo na região do Salgado (anos de 1970 e
1980), envolvendo a experiência de párocos de duas cidades diferentes - Vigia e Curuçá -, onde se pratica a devoção
a dois santos populares de grande prestígio e devoção: N. S. de Nazaré e São Benedito “achado”. Em ambos os casos
temos experiências de conflito, chegando, algumas vezes, os sacerdotes, a serem seriamente ameaçados de perder a
vida por causa de divergências no tocante à condução das práticas de culto referentes a essas entidades sobrenaturais.
Em outros casos, porém, a convivência da população com seus párocos foi não somente pacífica, mas pautada por
relação de estima recíproca, a ponto de esses sacerdotes, passados vários anos de seu paroquiato, serem lembrados
ainda hoje com admiração. Claro que o fato tem muito a ver com a maior ou menor habilidade dos mesmos em lidar
com a população, mas também com o maior ou menor engajamento desses padres no catolicismo popular dessas
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localidades. O fato se relaciona, também, com a maior ou menor disposição desses ministros em implementar, com
rigor, as normas das autoridades eclesiásticas. Assim, a maior tolerância para com as chamadas “folias” de santo, os
bailes durante as festas religiosas populares, as chamadas “esmolações” com imagens de santos etc. contribuiu para
um maior prestígio dos párocos de cidades do interior. Muitas dessas experiências se deram antes do Concílio
Vaticano II e, nesses casos, a tendência de sacerdotes estrangeiros (europeus e americanos) era a de serem menos
tolerantes, gerando, com isso, maior conflito com a população. Mesmo numa fase pós-conciliar e levando em conta a
presença de padre influenciado pela chamada “Igreja Popular”, o conflito se instalou na paróquia de Curuçá, quando
o sacerdote propôs mudar a data da festa religiosa (conflito incentivado por comerciantes e políticos do município,
que se opunham à atitude politicamente mais avançada do novo pároco).
2 - Análise: Igreja, Estado, povo e poder
Duas questões precisam ser consideradas, de início: o controle interno da instituição eclesiástica e o controle dos
leigos. Ao contrário do protestantismo – que tende ao sacerdócio universal e por isso à fragmentação em numerosas
igrejas e seitas –, o catolicismo é uma religião que tende, por seu lado, a conviver com as diferenças e assimilá-las,
até certo ponto, num todo sincrético (Fernandes, 1982: 105-112). O primeiro exemplo acima – o de Portugal – nos
mostra um aspecto dessa questão, no esforço promovido por São Martinho de Dume para condenar o priscilianismo
e, ao mesmo tempo, trazer ao rebanho os clérigos “desviados”. Outro exemplo se poderia buscar, também na Idade
Média, no movimento franciscano, pois é sabido como São Francisco de Assis esteve a ponto de ser condenado como
herético: o reconhecimento papal de sua ordem ganhou para a Igreja um importante movimento purificador, o que
não impediu que movimentos inspirados no seu ensinamento acabassem por ser condenados pela hierarquia. Mais
recentemente, o debate sobre a teologia da libertação, que a hierarquia acatou, impondo-lhe, porém, certos limites
rígidos, é outro exemplo do mesmo tipo. O mesmo se pode dizer, hoje, da Renovação Carismática Católica, que tem,
no entanto, se expandido com uma grande força, embora seja encarada com desconfiança pelos setores mais
conservadores e fundamentalistas, além de enfrentar as críticas dos grupos mais à esquerda, da chamada Igreja
Popular. Trata-se, pois, não propriamente de duas questões, mas de uma só, com um caráter dúplice, que, pela sua
importância, não pode ser omitido, pois envolve a oposição entre sacerdotes e sacerdotes (ou profetas) e também a
oposição a que mais me atenho neste artigo: entre sacerdotes e leigos.
Esta é uma questão de poder e, para compreendê-la, não se pode esquecer, pelo menos, a história mais recente da
Igreja Católica. No plano universal, desde o final do século XIX, com a perda dos Estados Pontifícios, a Igreja travou
uma acirrada batalha contra a secularização e o liberalismo, que já a vinham ameaçando há muitos anos, desde as
suas formas precoces de iluminismo do século XVIII. No Brasil, travou-se a luta contra o padroado, nos últimos anos
do Império, que contribuiu para a proclamação da República, mas representou também o ultramontanismo de um
clero formado no exterior, como bem o exemplificam os próceres da chamada “questão religiosa”, os bispos de
Olinda e Recife, D. Vital Maria Gonçalves de Oliveira, e de Belém, D. Antônio de Macedo Costa. Neste momento se
exacerbou o conflito entre a Igreja e o Estado, mas o pretexto eram as irmandades religiosas, dominadas por maçons
(e liberais). É nesse contexto que se deve situar o conflito ocorrido em Belém, nos anos 1877-1879, quando D.
Macedo Costa proibiu a realização da festa religiosa do Círio, o que resultou nos chamados “Círios Civis”, já que a
irmandade de N. S. de Nazaré era dominada por maçons. Aqui temos um conflito em que o Estado se opõe à Igreja,
colocando-se ao lado de pelo menos alguns setores da população, especialmente da classe dominante, que controla a
festa religiosa e a utiliza como elemento de manipulação e controle das classes populares. Mas na questão de 1926,
quando a República já tinha sido proclamada há 36 anos e se assentara mais a “poeira” levantada pela separação entre
a Igreja e o Estado, este acaba por intervir em favor das disposições arquiepiscopais, colocando a polícia nas ruas,
para conter, até de forma violenta, a população revoltada contra as determinações de D. Irineu Joffily. Não obstante,
com a mudança política ocorrida em 1930 (a Revolução liderada por Getúlio Vargas, em plano nacional) e com a
atitude populista do governador paraense Magalhães Barata, o Estado acaba por assumir a causa popular, servindo de
mediador para resolver o conflito entre clero e laicato.
A Igreja, portanto, em certas ocasiões, alia-se ao Estado para controlar o catolicismo popular; em outras, a ele se
opõe ou enfrenta sua oposição; e, ainda em outras – ou nas mesmas situações –, conta com o apoio e a aliança das
classes dominantes, ou para se contrapor ao Estado ou (mesmo quando a ele se contrapõe) para reprimir as
manifestações religiosas indesejadas das classes populares. Faltaria examinar as situações em que a mesma Igreja – e
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elas certamente existem, e podem ser exemplificadas - une-se ao conjunto da população para se contrapor ao Estado
e, mesmo, une-se também às classes populares, para se opor às classes dominantes2.
A ação controladora da Igreja não se pode fazer, porém, sem conflitos, pois o povo (leigos em geral) não se
deixa facilmente dobrar. Alguns sacerdotes, como instrumentos da hierarquia, por estarem mais identificados com o
povo, e por questões de temperamento e personalidade, acabam por exercer um controle muito frouxo. No extremo
oposto, temos o exemplo de sacerdotes que, por sua ação violenta e inábil, terminam provocando conflitos de difícil
solução. Melhor serviço prestam à instituição (segundo a lógica do poder da Igreja) sacerdotes que, identificados com
o povo, sabem porém agir com energia e habilidade – não importa o quanto estejam “divididos” em suas lealdades –
para impor os ditames disciplinadores da hierarquia. Mesmo, porém, que essa ação controladora se exerça com êxito,
a capacidade popular de inventar, interpretar, reinterpretar, selecionar o que deve ou não deve adotar dos ditames da
Igreja oficial, é um constante desafio, e foi visto acima como desde o século VI ela se exerce no catolicismo popular
da Península Ibérica e certamente continua hoje se exercendo no catolicismo popular brasileiro.
No caso do Salgado, um dos resultados dessa ação da Igreja oficial tem sido o quase desaparecimento, ou o
enfraquecimento notável, de certas formas populares de manifestação religiosa, como as folias, as “tirações” de Reis,
as irmandades de santos e mesmo, em algumas áreas, o carimbó associado à festa do Santo. É verdade que outros
fatores devem ser considerados e, entre eles, uma espécie de massificação imposta pelos meios de comunicação, a
proliferação de “aparelhagens sonoras” para tocar nas festas religiosas e nos bailes, e uma certa “vergonha” pelo que
é tradicional e visto como “atrasado”, em oposição ao “progresso” da cidade grande. Mas novas formas são
inventadas, os “apelos” substituem as esmolações proibidas, os bailes são dançados “sem” o conhecimento do
vigário, as folias ganham nova roupagem e às vezes recrudescem, o carimbó reaparece em certas festas (e não apenas
como simples manifestação “folclórica”).
Isidoro Alves, em seu estudo sobre o Círio de Nazaré, em Belém, inspirado em Victor Turner, opõe aquilo que
chama de “ideologia do controle” a uma “ideologia da communitas”, identificando a primeira com a diretoria da
festividade, “a quem cabe tomar as medidas que compatibilizem os objetivos da empresa de bens de salvação, a
Igreja Católica, com as aspirações que emergem no contexto ritual”. E prossegue, mais adiante: “O que chamamos de
ideologia da communitas corresponde às disposições coletivas no sentido de mobilização de um conjunto de
símbolos que permitam, momentaneamente, aos diferentes grupos, ideais comunitários, concepções, atos e gestos
informais, e atitudes que não aspiram à sacralização. Ela emerge então como disposição coletiva em resposta a uma
demanda estrutural representada pela ordem e controle da festa” (Alves, 1980: 102-103). Essa análise, embora
limitada a um ritual específico – mas um ritual que é paradigmático para a sociedade brasileira como um todo -,
indica pistas muito importantes para a compreensão do problema mais vasto, sugerindo o que de fato ocorre, isto é, a
resistência sempre presente da parte do povo (o conjunto dos leigos) ao controle eclesiástico, que se faz por fluxos e
refluxos, com momentos de maior ou menor intensidade, de avanços e recuos, de ocasiões em que o controle avança
até quase atingir o limite da anulação das iniciativas populares, seguidas de momentos em que o povo avança até
quase retomar o domínio completo da devoção.
3 - Considerações finais
De acordo com Bourdieu, “as diferentes formações sociais podem ser distribuídas em função do grau de
desenvolvimento e de diferenciação de seu aparelho religioso (...) segundo sua distância em relação a dois pólos
extremos, o auto-consumo religioso, de um lado, e a monopolização completa da produção religiosa por especialistas,
de outro lado” (grifos no original). Para esse autor, “a constituição de um campo religioso autônomo é acompanhada
de moralização das práticas e das representações religiosas”, que implica também num processo de desapropriação
ou destituição – por parte dos especialistas deste campo – daqueles que são privados de seu “capital religioso”, e, por
essa razão, se tornam leigos, ou “profanos”, enquanto os especialistas – ou sacerdotes – tendem a monopolizar os
“bens simbólicos”, que, acumulados, constituem esse “capital” (1974: 36-40). Mantendo cautela em relação a essa
metáfora em grande parte econômica, creio podermos considerar que o sacerdote, no limite (mesmo que
pessoalmente não esteja consciente disso), tende a uma “monopolização completa da produção religiosa”, embora
isto de fato não chegue a se concretizar em nenhuma sociedade humana, o que significa, por exemplo, que, no plano
de análise em que estou me colocando (o do catolicismo popular), o chamado “profano” deve ser de todo abolido,
assim como são excluídos e anulados os esforços dos leigos ou “profanos”, que só são admitidos como auxiliares
2
O caso da prisão e condenação dos padres franceses Aristides Camio e Francisco Gouriou, ocorrido
em 1981-82, que teve repercussões sobre o Círio de Nazaré em Belém e grandes repercussões na
política paraense – e mesmo nacional – em razão das eleições de 1982, é um bom exemplo, entre
outros. Sobre o assunto, cf. Maués (1982 a, 1982 b)
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subalternos da realização do empreendimento especificamente “religioso”, isto é, do “litúrgico”, “doutrinário” ou
“sagrado”.
Por outro lado, do ponto de vista do leigo (o praticante do catolicismo popular), aparece a tendência oposta, ao
“auto-consumo religioso”, surgindo o sacerdote como um elemento auxiliar de suas práticas – importante, não há
dúvida – e sempre solicitado, mas não indispensável, já que a festa do santo pode ser feita sem ele. O que não pode
deixar de existir é, obviamente, o santo. Por outro lado, nessa festa, assim como o leigo não se deixa excluir de pelo
menos uma parcela de domínio do “capital religioso”, não podendo, pois, aceitar ser relegado à condição de
“profano”, também ele não vê, com a mesma nitidez do sacerdote, a distinção entre o sagrado e o profano, pois todos
os elementos da festividade, mesmo a música e a dança, os foguetes, o jogo de futebol, a comida e a bebida, o leilão,
a diversão do arraial, são como que “sacralizados”, por pertencerem também à festa do santo.
Num plano mais geral, a oposição entre sacerdote e leigo católico não pode estar desligada de uma análise
institucional e, também, da consideração, de caráter mais estrutural, das classes sociais que compõem a sociedade.
Isto significa, como foi visto acima, que a Igreja Católica tem que se defrontar, de um lado, com o Estado, e, de outro,
com classes dominantes e subalternos, com as quais este mesmo Estado também se defronta. A rigidez de uma
análise que não considerasse, porém, a autonomia relativa do campo religioso e da Igreja, e também a autonomia
relativa do Estado – quer consideremos uma instituição frente à outra, quer cada uma delas de per si, diante das
classes sociais –, estaria fadada ao insucesso.
Por outro lado, a própria distinção, feita no início, entre catolicismo popular e oficial, precisa ser relativizada.
Existe, sim, uma tensão entre essas duas instâncias, mas, também, uma espécie de complementaridade contraditória
entre elas. Como já tentei demonstrar, em outro lugar, a tensão existente entre catolicismo popular e oficial pode ser
constitutiva do próprio catolicismo. O catolicismo vive, efetivamente, dessa tensão. Não poderia existir sem ela.
Deixaria de existir se não existisse a oposição entre sacerdotes e sacerdotes e entre sacerdotes e leigos. Só que a
lógica do sacerdote não é, certamente, a despeito de algumas inconsistências, a mesma do leigo. A lógica do
sacerdote é a lógica do sacramento, enquanto a lógica do leigo (no catolicismo popular) é a lógica do santo. Mas o
santo é, também, o “sacramento” do leigo. Creio que assim é possível concluir esta análise, onde procurei mostrar
que o catolicismo – pelo menos o amazônico, na área onde pude investigá-lo – não se constitui apenas de controle
hierárquico, de tensão e conflito, mas também de complementaridade. E, nesse sentido, acabam, de fato, por se tornar
muito relativas as distinções, tão difundidas, entre um catolicismo erudito, oficial ou hierárquico e um catolicismo
rústico, popular ou “de toda a gente”.
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Reseña crítica
A persistência dos deuses. Religião, cultura e natureza. Eduardo Rodrigues da Cruz. São Paulo: UNESP,
2004. 96 p. (Coleção Paradidáticos; Série Cultura) (The persistence of the gods. Religion, culture and nature)
Reseña de Silas Guerreiro (PUC-SP)
Apesar de todas as previsões anteriores, otimistas para uns e pessimistas para outros, os deuses persistem.
Mais que uma simples persistência, incômoda, eles ousam mostrar despudoradamente seus rostos. Independente
do acesso à racionalidade científica e das benesses tecnológicas, as pessoas continuam lançando mão de crenças
em deuses e forças espirituais. Há de se ver que, como tudo mais, não são necessariamente os mesmos deuses,
mas uma coisa é certa, nunca as previsões da ciência estiveram tão equivocadas. Os deuses não morreram, pelo
contrário, multiplicaram-se e tornaram-se mais visíveis.
Decifrar esse enigma é o que procuram fazer vários estudiosos que se preocupam com as questões humanas.
Eduardo Rodrigues da Cruz nos traz uma bela visão de como podemos pensar a persistência dos deuses entre
nós. Lançado pela editora Unesp e fazendo parte da Coleção Paradidáticos, o livro A persistência dos deuses
rompe barreiras ideológicas e apresenta o universo religioso em suas múltiplas faces, sem deixar de lado nenhum
dos argumentos, prós ou contras, levantados por aqueles que se debruçaram na fascinante busca de resposta à
inquietante questão: por que os homens fazem religião?
A Coleção Paradidáticos procura levar a um público mais amplo as atuais discussões no campo da ciência e
da cultura. O livro de Eduardo Cruz trata não apenas dos fundamentos do pensamento científico sobre religião,
como apresenta o estado da arte dos atuais estudos, principalmente os que constituem a ciência da religião, ou
como ficou mais conhecida entre nós, ciências da religião. Ao final da obra nos oferece um rico glossário com os
principais temas e conceitos, explicados de maneira clara e concisa, além de uma rica bibliografia comentada que
permite ao leitor um aprofundamento teórico no que há de mais atual acerca desses estudos. Para completar, traz
ainda sugestões para reflexão e debate que podem ser utilizadas por educadores em salas de aula ou outros
espaços de debate.
O livro parte da constatação da presença da pluralidade e vitalidade religiosas na sociedade brasileira, mas
procura investigar a dinâmica do religioso que torna possível a persistência das manifestações religiosas. O autor
levanta quatro questões norteadoras para a compreensão da religião: indagações sobre sua origem, sobre sua
função, sobre o sentido e sobre a noção de verdade nela inserida. Essas quatro dimensões acompanham o leitor
nos diferentes eixos de análise das principais correntes de pensamento apresentadas. Da maneira como cada uma
delas responde a essas questões podemos inferir os pressupostos de seu pensamento sobre o fenômeno religioso.
Torna-se cada vez mais importante falar de religião nos dias atuais. Evitando a máxima de que religião não
se discute pois é de foro íntimo, discuti-la é, no mínimo, semear cidadania e impedir que visões dogmáticas
possam levar a fundamentalismos e intolerâncias. As religiões ganham publicidade e estão hoje cada vez mais
visíveis, com múltiplos usos e amplo destaque nos meios de comunicação. Além do mais, deixou de ser uma
questão de herança, pertencimento e identificação étnica para se tornar escolha livre, pessoal e privada. Com
esses novos contornos muita confusão se armou, inclusive no que tange suas relações com o conhecimento
científico. É preciso que conheçamos as regras do jogo da religião.
Ao apresentar esse jogo, o livro nos remete a dois registros. De um lado, a religião pode ser vista como um
fato cultural, como um sistema de símbolos. Por outro, ela é um fato natural, como um componente humano
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universal, aberto a adaptações em vários contextos. Nesse sentido encontramos uma das maiores contribuições
dessa obra. Ao apresentar a religião em suas múltiplas faces, o autor não poderia ter deixado de lado, como faz a
maioria dos estudos existentes, esse componente tão fundamental. O faz, porém, sem cair nos reducionismos
muitas vezes comuns que análises desse tipo incorrem.
Após uma breve análise do campo religioso brasileiro, através dos dados do censo populacional de 2000, o
livro destaca as duas tendências existentes nas religiões do Ocidente: a secularização e a formação da assim
denominada “religião civil”. Trata-se de uma maneira moderna de vivenciar as tradições religiosas, apontando os
rumos da persistência dos deuses. No segundo capítulo, o autor analisa as contribuições dos autores que trataram
a religião como projeção, tanto em seus aspectos positivos como negativos. Assim, o leitor é apresentado às
teorias de Hume e Feuerbach. Logo após, discorre sobre as principais características do que chamamos por
religião, seja a idéia de deuses ou seres sobrenaturais, sejam as questões envolventes da magia, misticismo,
rituais, mitos, sacrifícios e ética. A religião, portanto, é vista como uma projeção e reflexo das dimensões mais
íntimas do ser humano, como seus desejos, angústias, criatividade etc.
No capítulo seguinte, o livro denuncia as fantasias evolucionistas do século dezenove, que se atualmente
banidas dos discursos científicos, permanecem tão presentes no senso comum. A idéia de progresso então
reinante fazia crer que as diferentes formas religiosas, mágicas ou não, deveriam caminhar evolutivamente em
direção da maneira tida como mais correta e civilizada, ou seja, o cristianismo.
Ainda do mesmo século, outras formas de se compreender a religião são apresentadas. Trata-se daquelas que
lançam suspeitas ao caráter dissimulador da realidade que a religião comporta. Suspeita-se, portanto, da própria
validade da religião como elemento formador humano. As contribuições dos grandes mestres Nietzsche, Marx e
Freud para a compreensão do homem religioso e as perspectivas para uma humanidade isenta de crenças são
discutidas com o devido rigor. O quinto capítulo trabalha a perspectiva das ciências humanas que mais se
debruçaram sobre a religião, tendo por foco a constituição da ciência da religião ocorrida no século vinte e a
relativização empreendida pela antropologia. Ao invés da busca de uma visão normativa e progressivista da
religião, destacou-se a inserção desta nas múltiplas culturas. Ao mesmo tempo em que esse movimento
possibilitou um acréscimo do espírito de tolerância, estabeleceu a distância e o não envolvimento dos estudiosos
com seus objetos de pesquisa. Apesar de inúmeros avanços, tal postura significou, principalmente no campo da
antropologia, a dimensão das verdades religiosas como componente exclusivo da subjetividade do indivíduo.
Por fim, o livro trata das promessas trazidas pelos desdobramentos da perspectiva darwiniana aos estudos de
religião. Longe de significarem as justificativas da superioridade de raça ou de sociedade empreendidas no
passado, tais estudos ganham voz em inúmeras disciplinas. Ora, se a religião é universal e ainda persiste, é
porque algo de profundo na natureza humana ela representa. A tese central, partindo do ponto de vista
evolucionista, é de que a constituição de crenças religiosas, independente de qualquer redução do significado de
religião que possamos empreender, foi algo que significou um ganho evolutivo para a espécie humana.
Como visto, o livro é bastante abrangente e, tratando-se uma obra de qualidade, não deixa de ser polêmico.
Dos múltiplos olhares das ciências humanas às novidades trazidas pelas ciências naturais, a questão da religião é
tratada de maneira especial, indo muito além da perspectiva de compreensão do fenômeno através das práticas e
manifestações promovidas pelas e através das instituições religiosas. Em tempos de privatização e interiorização
subjetiva da religião, quando as instituições promotoras de sentido perdem espaço, a compreensão sobre
persistência dos deuses deve ser buscada alhures. É isso que Eduardo Rodrigues da Cruz nos oferece.
Bibliografía reciente sobre religión
Libros
Igreja Universal do Reino de Deus: Os novos conquistadores da fé. Ari Pedro Oro, André Corten y JeanPierre Dozon, orgs. São Paulo: Paulinas. 2003
El libro presenta una completa serie de ensayos sobre la IURD, una de las iglesias que más fronteras trasciende y
que más crece actualmente. Renombrados especialistas del tema en Brasil brindan un variado espectro de
ensayos sobre las razones de su suceso en Brasil, el país de origen (Ari Oro, María das Dores Campos Machado,
Ricardo Mariano, Alexandre Fonseca, Ronaldo de Almeida), mientras que otros especialistas dedican su atención
al desarrollo de esta iglesia en distintas partes del mundo. Pablo Semán, Angelina Pollak-Eltz y Marie-Christine
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Doran examinan su crecimiento en Argentina, Venezuela y México; Jean Pierre Dozon, Yvan Droz Teresa Cruz
e Silva y Andre Corten lo hacen para distintos países de Africa y Virginia Garrard-Burnett, Clara Mafra, Ray
Miller-Allan Anderson y Marion Aubree se encargan del fenómeno en Estados Unidos, Portugal, Inglaterra y
Francia, mientras que Paul Freston brinda una síntesis de su desarrollo en Asia.
María entre os vivos: Reflexões teológicas e etnografías sobre aparições marianas no Brasil. Carlos A.
Steil, Cecilia L. Mariz y Misia L. Reesink, orgs. Porto Alegre: Editora UFRGS. 2003.
O livro propõe-se a interpretar um evento de grande recorrência no cenário religioso brasileiro contemporâneo:
as aparições marianas. A primeira parte do livro nos oferece algumas categorias e conceitos para a leitura social
das aparições na contemporaneidade e as conecta com uma das discussões mais atuais das ciências sociais: a
questão de género. E, desde uma perspetiva histórica, enfoca a relação das aparições com a tradição popular do
catolicismo brasileiro (Carlos Steil, Marjo de Theije, Roberta C. Campos, Severino V. Da Silva) . A segunda
parte apresenta um conjunto de cinco etnografías sobre eventos de aparições que vêm ocorrendo no Brasil desde
1985 nos estados da Bahia, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul (Mísia Reesink, Tánia Campos de
Almeida, Carlos Steil e Daniel Alves, Marcelo Camurça e Leila Barreto e Cecilia Mariz).
Religião e cultura popular. Víctor Vicent Valla, org. Rio de Janeiro: DP&A Editora. 2001.
Pensado incialmente para profesores de escuelas primarias y secundarias, este libro reune una serie de ensayos
que intentan aproximarse al estudio de la religión, principalmente en ámbitos populares. Carlos Steil escribe
sobre catolicismo y cultura: Regina Novaes sobre pentecostalismo, política y medios: María das Dores Campos
Machado sobre mujeres pentecostales; Pessoa de Barros sobre religiones afrobrasileras y Víctor Valla sobre
religión y salud.
Ritos e rituais contemporâneos. Martine Segalen. Río de Janeiro: FGV Editora. 2002.
En este libro, la autora -profesora de la Universidad de París X-Nanterre- muestra la fuerza de los rituales
contemporáneos tanto en la vida pública como en la privada. Para ello reseña críticamente las teorías clásicas
sobre el ritual elaboradas por Van Gennep, Durkheim, Mauss, Goffman, Bourdieu y Turner y muestra en base a
algunos ejemplos actuales cómo su escenificación a través de los medios crea una efervescencia social y una
emoción colectiva que, en ocasiones, puede cristalizar en comunidades temporarias.
Iemanjá e Oxum - Ialorixás, Babalorixás e Olorixás. Lydia Cabrera. (Trad. C. E. M. de Moura) São Paulo,
Editora da Universidade de São Paulo. 368 pp. 2002.
"Data de 1954 o prólogo de Lydia Cabrera para a primeira edição do livro A Mata (El Monte), com o qual ela
iniciou seus estudos sobre a religiosidade afro-cubana. Durante sua longa existência a autora divulgou essa
religiosidade por meio de publicações de extraordinária importância, que revelam seus insuperáveis dons de
observação, sensibilidade perante seus informantes e probidade científica. Um dos aspectos mais interessantes
das publicações de Lydia Cabrera é o referente às recriações, adaptações e reinterpretações pelas quais passou em
seu país natal, Cuba, a religião dos orixás, voduns e inquices, de fundas raízes negro-africanas, bem como seu
notável paralelismo com as religiões afro-brasileiras. Iemanjá & Oxum - Iniciações, Ialorixás e Olorixás - é
resultado de uma rigorosa pesquisa de campo. Neste livro encontrará o leitor amplo repertório de lendas das duas
mais celebradas divindades das águas, bem como o registro das várias etapas dos rituais de iniciação de suas
filhas e filhos, as leituras e prescrições do oráculo de Orunmilá, a divindade da adivinhação e os preceitos de
adoração às duas deusas que dão o título à obra."
Lydia Cabrera en su laguna sagrada. Natalia Bolívar y Natalia del Río. Santiago de Cuba: Editorial Oriente.
2000.
Las informaciones que brindan las autoras sobre Lydia Cabrera parten del trato directo que la primera de ellas
tuvo con la escritora cubana en el rescate y clasificación de piezas para la formación de una sala de objetos
afrocubanos. Varios capítulos del libro reconstruyen los andares de Lydia Cabrera, los sitios donde acopió
información, las zonas donde vivían sus informantes. Reconstruyen la historia en la que se movió la
investigadora cubana, su bibliografía activa, las personalidades allegadas, incluidas valoraciones escritas de su
obra por distintos escritores que por primera vez se recogen en un libro.
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Ovnis y Ciencias Humanas: Un estudio temático de 50 años de bibliografía. Ignacio
Cabria. España: Fundación Anomalía. 2002
A partir de la década de 1980 se publican diversos estudios sobre el fenómeno Ovni desde la perspectiva de las
ciencias humanas. Este libro de un antropólogo español representa un primer esfuerzo para disponer de los
trabajos y enfoques realizados en el ámbito científico, en su intento de conocer en profundidad los procesos
sociales y psicológicos en los cuales se produce un informe Ovni, hasta su significación cultural.
Competitive spirits: Latin America’s new religious economy. Andrew Chestnut. New York: Oxford
University Press. 2003.
El autor aplica la perspectiva del mercado religioso desarrollada por Stark, Iannaccone y Finke al estudio de la
religión en Latinoamérica, y argumenta que el desarrollo del pluralismo religioso en las últimas cinco décadas ha
transformado la “economía espiritual” del continente.. Para poder crecer en esta nueva economía religiosa las
“empresas” espirituales deben desarrollar un producto atractivo y saber como hacerlo accesible a los
consumidores populares. Tres grupos religiosos, señala, han sido los mas avezados competidores en la nueva –y
no regulada- economía religiosa. El pentecostalismo, la Renovación Carismática Católica y las religiones
afroamericanas se han mostrado como los productores religiosos más prolíficos. El autor examina los efectos
generales de un mercado religioso libre, tales como la importancia de las preferencias de los consumidores y la
especialización de los productos y muestra cómo han influido en el contexto latinoamericano.
Ciencias Sociales y Religión/ Ciências Sociais e Religião
Revista de la Asociación de Cientistas Sociales de la Religión en el Mercosur
* Ciencias Sociales y Religión/Ciencias Sociais e Religião No. 6. Porto Alegre, 2004.
- Apresentação Lísias Nogueira Negrão
- Rituales en el horario central: sacralizando a Gardel en los homenajes televisivos. María Julia Carozzi
- Conflitos religiosos na arena política: o caso do Rio de Janeiro. Maria das Dores Campos Machado e Cecília
Loreto Mariz
- O livro religioso no Brasil recente: uma reflexão sobre as estratégias editoriais de espíritas e evangélicos.
Bernardo Lewgoy
- Novas peregrinações brasileiras e suas interfaces com o turismo. Sandra de Sá Carneiro
- No me arrepiento de este amor. Fans y devotos de Gilda, una cantante argentina. Eloísa Martín
- Metamorfoses religiosas no centro antigo de São Paulo: variaçoes sobre a paisagem e o espaço. João Décio
Passos e Silas Guerriero
- Festa da Alma Milagrosa, simbolismo de um ritual de aflição. Sergio Ferreti
- Religião, violência e poder político numa favela da Baixada Fluminense (Rio da Janeiro). José Cláudio Souza
Alves
- Religião e regeneração social no Maranhão. A constituição de mentalidade laica nas elites sociais no Brasil
pré-republicano. Paulo Barrera
- A Igreja Renascer em Cristo e a consolidacão do mercado de música gospel no Brasil: uma análise das
estratégias de marketing. Jaqueline Ziroldo Dolghie
Los pedidos pueden ser solicitados al siguiente e-mail. [email protected]
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Revistas Latinoamericanas de Religión
* Rever Ano 4, No. 1. (Revista electrónica online. PUC/SP, Brasil) 2004. www.pucsp.br/rever
Dossier Santo Daime
- Missão e Projeto: motivos e contingências nas trajetórias dos agrupamentos do Santo
Daime na Holanda Alberto Groisman
- The Mechanics of Religious Synthesis in the Barquinha Religion. Christian Frenopoulo
- Cipó e Imaginário entre Seringueiros do Alto Juruá . Maria Gabriela Jahnel de Araújo
- Uma antropologia que floresce fora da academia: Anthony Henman e el cactus San Pedrito.
Beatriz Labate
Otros:
- Eu Sou a Invencível Deusa da Espada – A Representação da Mulher na "Cultura Marcial"
Chinesa e seus Possíveis Reflexos sobre as Relações de Gênero. Rodrigo Wolff Apolloni
- “As duas espadas” – conflito na interpretação historiográfica do Brasil Colônia. William
César de Andrade
* Numen 8 . PPGCR/ Universidade Federal de Juiz de Fora, Minas Gerais . 2002.
- A Igreja como Sacramento e as Religiões da Terra. Leonardo Boff
- Homo Narcissicus. Sidnei Vilmar Noé
- Espiritualidade e Mudança Social. Dirk J. Oesselmann
- As Emanações do Grande Pagão: A Religião na Poesia de Goethe. Luís H. Dreher
- A Igreja Evangélica no Rio de Janeiro (1837-1863): Serviços Religiosos, Sociais, Educacionais e Assistenciais.
Sylvia Lenz
- “Comunidade” e Totalidade: A Propósito de um Olhar Missionário sobre a Vida Social dos Sorowaha da
Amazônia Ocidental. Elizabeth Pissolato
Revistas Latinoamericanas de Antropología y Sociología
* Anuario de Antropologia Social y Cultural del Uruguay. Universidad de la República, Uruguay. 2000.
- De la religion civil : Identidad, representaciones y mito-Praxis en el Uruguay. Algunos aspectos teóricos.
L. Nicolas Guigou
- "Santos Populares del Uruguay y llegados de la Lucania". Renzo Pi Hugarte
* Revista ANTHROPOLÓGICAS, número 13, vol.2, Recife: PPGA/UFPE. 2002.
- “Ser católico y ser evangelio”: tiempo, historia y existencia en la religión Toba. Pablo G. Wright
* Ilha: Revista de Antropologia vol. 4 n.2. UFSC, Florianópolis. 2002
- Religiões no mundo contemporâneo: convivência e conflitos. Pierre Sanchis.
- Catolicismo e xamanismo: comparação entre a cura no Movimiento Carismático e na pajelança rural
amazónica. Raymundo Heraldo Maués.
* Campos: Revista de Antropologia Social n.4. UFPR, Curitiba. 2003
- O saber é estranho e amargo: sociología e mitología do conhecimento entre os Yaminawa. Oscar Calavia Sáez,
Miguel Naveira e Laura Gil.
- Identidades étnicas, Irmandede do Rosario e Rei do Congo: sociabilidades cotidianas recifenses (sëculo XIX).
Marcelo Mac Cord.
- La circularidad de la experiencia de campo: poder y desigualdad en la producción del conocimiento. Ana
María Spadafora.
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Entrepasados: Revista de Historia, número 23. Buenos Aires. 2002.
- Reconsideraciones sobre los orígenes del culto a la Virgen de Luján. Patricia Fogelman.
- Semana Santa mexicana: Imágenes resignificadas de indios santos. Lilia Granillo Vázquez.
Tesis y disertaciones referidas a religión
A Era das Catedrais da IURD: a autenticidade em exibição. Edlaine de Campos Gomes. Tese de Doutorado
em Ciências Sociais apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade do Estado
do Rio de Janeiro, 2004. Orientadora: Márcia Contins.
Esta tese tem como objetivo analisar a forma com a qual a Igreja Universal do Reino de Deus, hoje com 26 anos
de fundação, elaborou e materializou singularmente o seu "projeto de igreja". Esta elaboração teve como um dos
principais suportes a relação tensa e conflituosa que a IURD estabeleceu com diferentes interlocutores, mas que
teve no ano de 1995 sua fase mais crítica. A discussão procura mostrar como esse período foi pensado e
interpretado por esses diferentes atores, mas tendo como principal referência o "ponto de vista nativo". A
questão da "autenticidade" será o pano de fundo da discussão proposta, na medida em que foi identificada como
uma categoria importante para a compreensão da relação desta igreja com seus interlocutores. Esta noção
aparecia sob a forma de oposições: pureza-impureza, igreja-seita, autêntico-inautêntico. Partindo de uma
perspectiva diferenciada procuro mostrar que, naquele momento, estavam interagindo formas distintas de
concepções de autenticidade. Tendo como ponto de partida o posicionamento da IURD pós-1995, período que se
caracterizou pela intensificação de práticas e empreendimentos voltados à sua consolidação, a tese demonstra
como a noção nativa de autenticidade norteou a elaboração da chamada "Era das Catedrais", incluindo a
construção da Sede Mundial, vista como o principal marco no processo de materialização de seu "projeto de
igreja".
Os filhos-ausentes e as penosas de São Sebastiãozinho. Etnografia da Festa da Catingueira. Flávia Pires.
Dissertação de Mestrado em Antropologia Social apresentada ao Programa de Pós Graduação em Antropologia
Social do Museu Nacional - UFRJ. Rio de Janeiro, 2003. Orientador: Otávio Velho.
Esta dissertação tem como tema a Festa de São Sebastião, na pequena cidade de Catingueira, situada no sertão da
Paraíba. O santo é o padroeiro da cidade e a ele são prestadas várias homenagens. Uma delas é o leilão de
penosas. A galinha arrematada, que tanto pode ser saborosa ou ruim, é arrematada a altos preços e aqui os
pobres, geralmente os moradores da cidade, não participam. Este é o território dos filhos-ausentes (categoria
amplamente discutida) e dos fazendeiros ricos da região, ou seja, o território dos “de fora”. A galinha arrematada
representa a própria sociedade catingueirense, que se vê e é vista, de um lado, como um lugar de onde se deve ir
embora (galinha ruim), ou de outro lado, a representação do próprio paraíso (galinha saborosa). Durante a festa a
cidade se vê cheia de gente de fora, dentre turistas e filhos-ausentes. Estes são catingueirenses que emigraram
para grandes cidades em busca de melhores condições de vida. Como foram bem sucedidos no empreendimento
voltam a cidade em busca das suas “raízes”. Os filhos-ausentes estão inseridos em um grande movimento que
privilegia o de fora em detrimento do que é local. Mas ao mesmo tempo, há momentos em que é o local que
assume posição hierarquicamente superior. Este paradoxo está expresso no leilão das penosas. O conceito de
hierarquia nos ajuda a compreender como se pode ao mesmo tempo amar e odiar a mesma cidade. A dissertação
também fala do universo religioso da cidade, que conforme digo, conta com uma predominância católica, apesar
das três igrejas evangélicas e do centro espírita.
Artículos en revistas en idioma inglés (2003)
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Chaves M.; Demerath III N.J.; Neitz M.J.; Wuthnow R.; Zald M.N. Progress and Cumulation in the Sociology
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Mckinnon A.M. The Religious, the Paranormal, and Church Attendance: A Response to Orenstein 299-303
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Beaman L.G. The Myth of Pluralism, Diversity, and Vigor: The Constitutional Privilege of Protestantism in
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Beyer P. Constitutional Privilege and Constituting Pluralism: Religious Freedom in National, Global, and
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Beaman L.G. Response to Beyer and Gill 341-346
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Harry Potter and the Disenchantment of the World pp. 3 - 23 Michael Ostling
Syncretic Processes and the Definition of New Religions pp. 25 - 36 Sidney M. Greenfield and Andre Droogers
Gender and Jewish Identity pp. 37 - 60 Harriet Hartman and Moshe Hartman
Where are the Men and Boys? The Gender Imbalance in the Church of England pp. 61 - 75. Mairi Levitt
The Alpha Programme: Some Tentative Observations of State of the Art Evangelism in the UK pp. 77 - 93
Stephen Hunt
Cell Church: Its Situation in British Evangelical Culture pp. 95 - 109 David Harvey
Journal of Contemporary Religion Volume 18 (2), May 2003 :
The Game of Life: The Significance of Play in the Commune of Damanhur pp. 155 - 168 Eva Meijerink
The Turbulent Marriage of Ethnicity and Spirituality: Rabbi Theodore Falcon, Makom Ohr Shalom1 and
Jewish Mysticism in the Western United States, 1969-1993 pp. 169 - 184 David Roper
Covert Participant Observation of a Deviant Community: Justifying the Use of Deception pp. 185 - 196
Matthew A. Lauder
The Re-Emergence of the Church in the Finnish Public Life? Christian Social Work as an Indicator of the Public
Status of the Church pp. 197 - 211 Anne Birgitta Yeung
Black Clergy Discontent: Selective Interviews on Racialised Exclusion pp. 213 - 226 David Isiorho
Disestablished Establishment: High and Earthed Establishment in the Church in Wales pp. 227 - 240 Simon J.
Taylor
Journal of Contemporary Religion Volume 18 (3), October 2003
Identity crisis: Greece, orthodoxy, and the European Union pp. 291 - 315 Lina Molokotos-Liederman
Sacred subtexts and popular film: a brief survey of four categories of hidden religious figurations pp. 317 334 Anton Karl Kozlovic
Nursing, professionalism, and spirituality pp. 335 - 349 Sophie Gilliat-Ray
The re-enchantment of the self: western spirituality, Asian materialism pp. 351 - 367 Raymond L. M. Lee
Immigrant religiosity in a pluri-ethnic and pluri-religious metropolis: an initial impetus for a typology pp. 369 384 Wouter Dumont
Embodying the 'truth' and controlling change: 'discipline' and 'choice' in 'orthodox' ('fundamentalist')
reformed beliefs and practices in the Netherlands pp. 385 - 401 Tony Watling
Culture and Religion Volume 4(1 ) , May 2003
- Studying 'New Age': reconfiguring the field pp. 3 - 4 . Steven Sutcliffe
- Category Formation and the History of 'New Age' pp. 5 – 29. Steven Sutcliffe
- Alternative Spiritualities and the Cultural Logic of Late Capitalism pp. 31 - 45 . Adam Possamai
- New Age Witchcraft? Popular spell books and the re-enchantment of everyday life pp. 47 - 65 . Douglas Ezzy
- Where New Age and African Religion Meet in South Africa: the case of Credo Mutwa pp. 67 - 158 . H.
Christina Steyn
- Nature and Self in New Age Pilgrimage pp. 93 - 118 . Adrian Ivakhiv
- Counter-Cultural Egalitarianism: a comparative analysis of New Age and other 'alternative' communities pp.
119 - 139 David Riches
- NA Law: a legal studies approach to New Age pp. 141 - 158 Daren Kemp
- Capital Possession: a comparative approach to 'New Age' and control of the means of possession pp. 159 - 182 .
Matthew Wood
Culture and Religion Volume 4(2) , November 2003
- Popular culture fandoms, the boundaries of religious studies, and the project of the self pp. 187 - 206 . Sean
McCloud
- Cognition, society and religion: a new approach to the study of culture pp. 207 - 231
Luther H. Martin
- Scientific empathy, American buddhism, and the ethnography of religion pp. 233 - 253 Daniel Capper
Junio 2004
Estudios sobre religión 17: 15
Revistas reseñadas: Journal for the Scientific Study of Religion (EEUU); Journal of Contemporary Religion
(Inglaterra); Culture and Religion (Inglaterra)
XIII Jornadas sobre Alternativas Religiosas
en América Latina
Porto Alegre, Pontificia Universidad Católica de Rio Grande do Sul
27 al 30 de Septiembre de 2005
“Religión, Poder y Política: Nuevos Actores y Contextos”
La XIIIa edición de las Jornadas se realizarán en la ciudad de Porto Alegre (Brasil). Sus coordinadores son
Ricardo Mariano (Sociólogo - Coordinador del Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul) y Airton Luiz Jungblut (Antropólogo – Profesor del Programa de
Pós-Graduação em Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul). Mayores
informaciones en [email protected]
Concurso de monografías
“Religión, Poder y Política”
El concurso tiene como objetivo alentar a jóvenes investigadores a proponer e investigar cuestiones relativas a
los fenómenos religiosos en América Latina, desde la perspectiva de las Ciencias Sociales y Humanas,
incentivando su creatividad y su espíritu crítico.
Nuestro interés es premiar y difundir monografías inéditas sobre el tema “Religión, Poder y Política” y
estimular la elaboración y presentación de trabajos en las XIII Jornadas Sobre Alternativas Religiosas en
América Latina, evento promovido por la Asociación de Cientistas Sociales de la Religión en el
MERCOSUR (ACSRM) a realizarse entre el 27 y el 30 de septiembre de 2005, en la Pontificia Universidad
Católica de Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil.
La monografía ganadora será publicada en el número 7 de la revista Ciencias Sociales y Religión/Ciências
Sociais e Religião. Además, serán seleccionados entre uno y cinco trabajos que por su calidad merezcan
menciones especiales. Todos los trabajos premiados recibirán un diploma y serán eximidos de la matrícula de
inscripción de las XIII Jornadas.
La recepción de monografías será hasta el 15 de Abril de 2005.
Bases y condiciones del concurso podrán ser solicitadas por e-mail: [email protected]
Revista Ciencias Sociales y Religión/ Ciências Sociais e Religião
Llamado para artículos
La revista Ciencias Sociales y Religión/ Ciências Sociais e Religião es una publicación anual de la Asociación de
Cientistas Sociales de la Religión en el Mercosur, destinada a divulgar trabajos de sus asociados, cientistas
sociales del Mercosur, resto de América y Europa que investigan cuestiones referidas a los fenómenos religiosos.
Tenemos el placer de invitarlos a participar de la edición del número 7, a publicarse en julio de 2005. Los
artículos, originales e inéditos, deberán estar escritos en castellano o portugués y deberán ser enviados al e-mail
de la Asociación hasta el 30 de marzo de 2005.
Normas de publicación y mayores informaciones: [email protected]
Junio 2004
Estudios sobre religión 17: 16
Lista electrónica de la ACSRM
La lista electrónica de la ACSRM es una iniciativa que procura facilitar la comunicación horizontal entre los
miembros de la Asociación de Cientistas Sociales de la Religión del Mercosur y promover la realización de
actividades académicas conjuntas en el área. A través de la lista, todos los miembros que se suscriben pueden
difundir información relativa a:
-Llamadas de trabajos para Jornadas, Encuentros, Seminarios, Grupos de Trabajo, Publicaciones Periódicas y
Libros.
-Llamadas de proyectos para becas y subsidios.
-Concursos y posiciones abiertas.
-Conferencias próximas a realizarse.
-Nuevas publicaciones y presentaciones de libros.
-Proyectos de investigación en curso.
Así como solicitar noticias acerca de:
-Bibliografía específica.
-Programas.
-Investigaciones en Curso.
-Vías de contacto con autores.
Dada la gran cantidad de listas en circulación y a fin de evitar que ésta sea una fuente más de mensajes no
deseados para los miembros, la lista está destinada exclusivamente a la difusión y solicitud de información
relativa al campo de las ciencias sociales de la religión. En este sentido, no es propiamente una lista de
discusión: invitamos a los miembros que quieran debatir o intercambiar impresiones con quienes envíen
mensajes a contactarse directamente con ellos a través de sus direcciones personales.
A fin de que la administración de la lista pueda rotar cada vez que se renueven las autoridades
de la Asociación, la hemos emplazado en Yahoo Groups. Los siguientes recaudos han sido
tomados a fin de que a través de ella los miembros no reciban SPAM ni virus :
-todos los nuevos miembros de la lista son aprobados por la moderadora/el moderador antes de poder comenzar
a enviar y recibir mensajes.
-todos los mensajes son aprobados por la moderadora/el moderador antes de ser enviados a los miembros de la
lista.
-no se envían attachments: los mismos serán automáticamente eliminados por el servidor.
Los interesados en suscribirse a la lista que no formen parte de la Asociación de Cientistas Sociales de la Religión
del MERCOSUR deberán enviar dos mensajes:
- el primero de ellos, sin asunto/subject ni texto debe ser enviado, desde la dirección en que quieran recibir los
mensajes de RELIGIONMERCOSUL a la siguiente:
[email protected]
- el segundo, con el asunto que quieran y, en el texto, una breve explicación de por qué quieren suscribirse a la
lista (esto es, a través de quién se enteraron de la existencia de la misma y cuál es su relación con el campo de
estudios
de
la
religión)
debe
ser
enviado
a
la
siguiente
dirección:
[email protected]
Este último mensaje tiene como finalidad excluir a los interesados en emplear la lista con fines comerciales. Si
sólo recibimos uno de los mensajes requeriremos el otro al remitente. Sin embargo, enviar ambos a un tiempo
simplifica y acelera el proceso de inclusión en la lista.
Congresos
Junio 2004
Estudios sobre religión 17: 17
Asociación Latinoamericana para el Estudio de las Religiones (ALER)
X Congreso Latinoamericano sobre Religión y Etnicidad
"Pluralismo religioso y transformaciones sociales"
San Cristóbal de las Casas, Chiapas, México. 5 al 9 de julio de 2004
Información: Elizabeth Díaz Brenis, ENAH-INAH, [email protected]
IV Encuentro Internacional de Estudios Sociorreligiosos “Religión, pobreza y violencia en el contexto de la
crisis neoliberal”: La Habana, 7-10 de julio 2004. Contacto: Eva Hernández Urbano, Departamento de Estudios
Sociorreligiosos Centro de Investigaciones Psicológicas y Sociológicas/CITMA. [email protected];
[email protected];
IV Jornadas Internacionales Ciencias Sociales y Religión
“Politica y Religiones En el Contexto Nacional e Internacional”
14, 15, 16 de Setiembre de 2004
Centros de Estudios e Investigaciones Laborales (CEIL)
Saavedra 15, Buenos Aires, Argentina
ORGANIZA: Área Sociedad, Cultura y Religión, CEIL- PIETTE, CONICET.
Fechas Límite para Abstract y Ponencias: 30 de junio (abstracts) y
15 de agosto (ponencias)
Secretaría Ejecutiva: [email protected]
XXVII Encontro Anual da ANPOCS . 26 a 30 de octubre de 2004, Caxambu, Minas Gerais, Brasil.
GT: Republicanismo, religião e estado no Brasil contemporâneo. Coordenadores: Joanildo A. Burity
(Fundação Joaquim Nabuco) Patrícia Birman (Univ. do Estado do Rio de Janeiro).
Coloquio Internacional Imagen Sagrada y Sacralizada. Universidad Nacional Autónoma De México Instituto
de Investigaciones Estéticas Octubre 25-29, 2004. Contacto (enviar a los tres): [email protected],
[email protected],
I Jornada de Estudios sobre Religiosidad, Cultura y Poder. 12 de noviembre de 2004, Buenos Aires ,
Instituto Ravignani (25 de Mayo, 217. Segundo Piso; Sala de investigadores). ORGANZA: GERE -Grupo de
Estudios sobre Religiosidad y Evangelización- perteneciente al PROHAL: Programa de Historia de América
Latina, del Instituto de Historia Argentina y Americana "Dr. Emilio Ravignani". Facultad de Filosofía y Letras.
Universidad de Buenos Aires. INFO: [email protected]
Latin American Studies Association (LASA) XXV International Congress. October 7-9. 2004 Las Vegas,
Nevada, USA.
Panel: "Religious Conversion in the Americas". Organizers: David Smilde and Ed Cleary. Presenters: David
Smilde, Sharon Nepstad, Alejandro Frigerio, Patricia Fortuny and Karen Richman. Discussant: Timothy
Steigenga.
American Sociological Association: Annual Meeting, San Francisco, August 2004. Section 34: Sociology of
Religion will organize 3 sessions (Religion and Family, Religion and Immigration, and Religion Race and
Ethnicity) and Round tables on August 16. Section Chair: R.Stephen Warner, University of Illinois at Chicago,
1007 W. Harrison Street, Chicago, Il 60607-7140, USA; Tel.: +-1-312-996-0990 [email protected].
Information: www.asanet.org/section 34/index.html
Association for the Sociology of Religion: San-Francisco meeting, 13-15 August 2004 Theme: “The causes and
consequences of contemporary moralities”. Program Chair; Fenggang Yang, Department of Sociology and
Anthropology, Purdue University, Stone Hall, 700 W State Street, West Lafayette, IN 47907-2059; e-mail:
[email protected]. Deadlines: January 15, 2004: Session proposals; February 15, 2004: paper proposals
(abstracts 150 words maximum). Submissions by email are encouraged; please include email address in all
correspondence. ASR web site: www.sociologyofreligion.com
Junio 2004
Estudios sobre religión 17: 18
Religious Research Association: Annual Meeting 2004 . October 22-24. Marriott Country Club Plaza, Kansas
City, Missouri, USA. Theme: “Linking Social Action and Religious Research”. Program Chair: John P.
Bartkowski, Department of Sociology, Anthropology, & Social Work, P.O. Box C, Mississippi State
University, Mississippi State, MS 39762, USA. E-mail: [email protected]. Include email address on
all proposals. Deadlines: January 16, 2004: Session proposals (title and description); March 15, 2004: Paper
proposals (title and abstract).
Society for the Scientific Study of Religion: Annual Meeting 2004. October 22-24. Marriott Country Club
Plaza, Kansas City, Missouri, USA. Theme: "Overcoming Boundaries in the Scientific Study of Religion".
Program Chair: William H. Swatos Jr, 3529 Wiltshire Drive, Holiday, FL 34691-1239, USA. Email:
[email protected]. Include email address on all correspondence. Deadlines: January 15, 2004 Session
proposals; March 15, 2004 Paper Proposals with a concise abstract. Web site: www.sssrweb.org.
International Association for the History of Religions (IAHR): 19th Quinquennial Congress . Tokyo 24-30
March, 2005. Theme: “Religion: conflict and Peace”. Registration before September 30th, 2004:
[email protected]. Web site: http://www.1.u-tokyo.ac.jp/iahr2005
28th ISSR/SISR Conference “Religion: Challenging Boundaries”: Zagreb (Croatia) July 18-22, 2005.
Deadlines: May 31, 2004: Proposals for Thematic Sessions and Working Groups. October 31, 2004: Paper
Abstracts.
Conferencia: “Religión y Política en la era global”. Organizan: Comité de Investigación 22 de la Asociación
Internacional de Sociología y el Programa Interdisciplinario de Estudios sobre las Religiones (PIER) de El
Colegio Mexiquense. Zinacantepec, Estado de México, México, 17 y 18 de marzo de 2005. Más información en:
www.cmq.edu.mx/isarc22
VIII encuentro de la Red de Investigadores del Fenómeno Religioso en México: “Religiosidad Popular:
Tradiciones, Cultos y Prácticas”. Organizan: Universidad de Guadalajara, Campus Universitario Lagos y Red
de Investigadores del Fenómeno Religioso en México. 26 y 27 de mayo de 2005, Lagos de Moreno, Jalisco.
Fecha limite para propuestas de mesas: 28 de enero de 2005. Fecha límite para la entrega de resúmenes de
ponencias: 18 de marzo de 2005. Contactos e informes: Patricia E. Bravo Cárdenas [email protected],
[email protected]; Lina Cruz Lira
[email protected]; Eric Orlando Cach Avendaño [email protected]; Eduardo Camacho Mercado
[email protected].
I Congreso Latinoamericano de Antropología 11 al 15 de Julio de 2005 Rosario, Argentina
GT 19- Reconfiguraciones religiosas en Latinoamérica: nuevas políticas, nuevos actores, nuevas disputas.
Coordinadores: Alejandro Frigerio ([email protected]); Pablo Wright ([email protected]); Ari
Pedro Oro ([email protected])
GT 7 -Experiências Religiosas na Contemporaneidade: uma visão comparativa. Coordinadoras: Marcia
Contins ([email protected]); Edlaine de Campos Gomes ([email protected]);.Cecília Mariz
([email protected]);
Eloísa
Martín
([email protected])
VI Reunión de Antropología del Mercosur "Identidad, fragmentación y diversidad"
16, 17 y 18 de noviembre de 2005 - Montevideo, Uruguay
GT 35: “La religión en movimiento. Fragmentación de lo religioso en la sociedad contemporánea”
Coordinadores: Carlos Alberto Steil [email protected] y Eloísa Martín [email protected]
GT 5 - “Religiosidad popular” Coordinadores: Walter Calzato (Argentina) [email protected] y
Alberto Zárate Rosales (México) [email protected]
Abstracts de no más de 250 palabras deberán ser enviados para ambos coordinadores de GTs hasta el 31 de
Mayo de 2005. Más información en: http://www.fhuce.edu.uy/antrop/congreso
II Jornadas de Historia e Integración Cultural del Cono Sur
20 -21- 22 de Octubre 2005
Instituto de Historia- Fac. de Humanidades- C.S. y Artes- Subsede Concepción del Uruguay. Universidad
Autónoma de Entre Ríos. Argentina
Junio 2004
Estudios sobre religión 17: 19
Mesa 11: Religión y política en el siglo XX y el nuevo milenio. COORDINADORES: Susana Brauner
UBA/ UADE/ GECLA) - Diana Epstein UBA/ CONICET- E-mail: [email protected] ABSTRACTS: al
10 de julio 2005. 15 renglones como máximo, Hoja A4, Times New Roman 12, a espacio y medio. Enviar por
correo electrónico al e-mail [email protected] TRABAJOS: al 31 de Agosto 2005.
Asociación de Cientistas Sociales de la Religión en el Mercosur
Editores del Newsletter: Alejandro Frigerio y Eloísa Martín
Dirección : Las Heras 3875/11A - (1425) Buenos Aires.
E-MAILS: [email protected] y [email protected]

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