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O Jornal dos Amigos Porto-Alegrenses
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Porto Alegre, Fevereiro de 2015 - Ano 11 - Edição 90 | Fones: (51) 3026-8445 / (51) 9613-6986 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA - VENDA PROÍBIDA
Ao ler esta edição, incentive e apoie os anunciantes do Geramigos. Diga que os viu em nosso jornal!
A Água vai acabar?
A água é o bem mais precioso do ser humano, vale
mais que o prórpio petróleo, pois sem água não podemos viver. Com a atual crise da água que atinge
a região sudeste do país, trazemos uma reportagem
especial sobre se um dia ficaremos sem esse precioso líquido.
Páginas 5, 6 e 7
Catarata: tipos, causas e sintomas
Página 3
Origens do Carnaval de Porto Alegre Página 4
A Tecnologia em serviço ao combate
da dengue em Porto Alegre
Página 11
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Página
Porto Alegre, Zona Norte, FEVEREIRO 2015 - ANO 11 - Edição 90 - www.geramigos.com.br
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Jornalista Responsável:
Angelica Konzen SRTE-MTE/RS nº17.297
Associada a:
Redação e Assessoria de Imprensa
Projeto gráfico e Diagramação
Josias Soria Godoy
Matérias assinadas não expressam
necessariamente a opinião do jornal
e são de inteira responsabilidade de
seus autores.
Tiragem: 10 mil exemplares
Impressão: Grupo Sinos
Periodicidade: Mensal
Distribuição: Geramigos Empresa
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Locais de circulação: Humaitá,
São Geraldo, Navegantes, Floresta, Centro, Auxiliadora, São João,
Passo D’Areia, Cristo Redentor, IAPI,
Moinhos de Vento, Maria Goretti,
Higeanópolis, Jardim Planalto e Ilhas.
PONTOS DE DISTRIBUIÇÃO
Expositores
Unisuper - Av. Benjamin Constant, 235;
Placar 13 Lotéricas - Av. São Pedro, 624;
Mini Mercado El Kadri - Av. Benjamin Constant,
1388;
Arco Íris Loteria e Bazar - Assis Brasil, 354;
Mundo Fantástico do Real - Av. Assis Brasil,
410;
Farmácias Kali – Av. Assis Brasil, 626;
Lotérica Volta do Guerino - Av. Assis Brasil,
1740;
Tudo Fácil - Rua Domingos Rubbo, 51;
Rissul – Av. Cristovão Colombo, 1271;
Lotérica Floresta - Av. Cristóvão Colombo,
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Rissul – Av. São Pedro, 512;
Unisuper - Av. São Pedro, 1177;
Rissul - Av. Brasil, 1455;
COPA: Circulo Operário Porto Alegrense – Av.
Polônia, 625;
Unisuper- Av. do Forte, 1669;
Lotérica Cristo Redentor - Av. Assis Brasil,
2935;
Casa Lotérica: X-O Loterias - Avenida Assis
Brasil, 2324;
Jogoteka Loterias - R. Vinte e Quatro de Outubro, 1728;
Unisuper Big Box – Rua Bonifácio, 138
Distribuição:
Hotel Ivo de Conto - 3.500;
Hotel de Conto - Av Farrapos 3452;
Colossi Hotel - Rua Cairu 626;
Hotel Wamosy - Rua Cairú, 393;
Hostel Boutique Porto Alegre - São Carlos 545
Escolas:
Colégio Batista - Avenida Cristóvão Colombo,
1098;
Colégio Santa Família – Av. Pará, 833;
Colégio Concórdia – Av. Presidente Franklin
Roosevelt, 770;
Colégio São Pedro - Rua Álvaro Chaves, 625;
Colégio La Salle São João - Rua Honório Silveira Dias, 645;
Colégio João Paulo I - Avenida Assis Brasil, 53;
Colégio João Paulo I - Rua Filadélfia, 314;
Dom Bosco- Dr. Eduardo Chartier, 360;
São Judas Tadeu - Rua D Diogo Souza, 100;
Mesquita - Avenida do Forte, 77;
Escola Nossa Senhora do Cenáculo - Viela São
Brás, 17;
Confeitaria Armelin - Av. Cristóvão Colombo,
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download em:
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Na edição de fevereiro o Geramigos Zona Norte aborda um
dos problemas da atualidade: o
da falta de água. Seria possível
isto que estamos acostumados
a ver nos noticiários? Como o
Brasil sendo o país mais rico em
termos de água potável, que é
própria para consumo, enfrenta em certos lugares seca, bem
como escassez desse precioso líquido? Veremos na reportagem
especial, a partir da página 5,
que tudo gira em torno dessa
relativa abundância de água.
Devido a tal fator, nossa cultura é levada a disperdiçar e não
se conscientizar da importância
do uso racional da água, que em
outros locais do mundo é um
item raro e até mesmo alvo de
disputa e guerras. Muito se tem
falado da falta de água e seca de
rios e lagos nos noticiárias e na
Editorial
internet. Mas o que pode ser feito para evitar tudo isso? Ainda
é tempo de tomar medidas nos
diferentes âmbitos da sociedade
para de uma vez por todas no
Brasil termos água em grande
escala e de qualidade? Não deixe
de conferir nas páginas 5, 6 e 7.
Na página 3 tratamos sobre
um assunto que preocupa a saúde: catarata, ou a perda gradativa da nitidez na visão. Comece
a entender melhor esse problema que pode estar começando
a se desenvolver no seu cristalino. Por isso sempre é bom ficar
atento quanto a cada detalhe da
saúde do seu corpo.
A equipe do Geramigos deseja a todos uma ótima leitura
e que as informações contidas
nesta publicação possam agregar
conhecimento e reflexão na sua
mente, caro leitor.
Você fotografou alguma irregularidade no
seu bairro? Quer reclamar ou sugerir melhorias? Fazer denúncias? Quer elogiar uma boa
iniciativa realizada na sua comunidade? Entre em contato com o Jornal GERAmigos e
participe. Nos ajude a construir o Fala Leitor, o seu espaço
para mostrar o que acontece nos bairros. Você pode entrar
em contato com a redação através do email: [email protected] ou pelo telefone (51)3026-8445.
KNETIG
Fala Leitor
Moradora da Zona Norte,
Leny, reclama que caminhão da
coleta seletiva passa, às vezes,
20h da noite nas imediações da
avenida Benjamin Constant e
que não tem dia certo marcado para passar. Uma situação
que traz inúmeros transtornos
à população do local. A situação se agrava devido a pessoas,
papeleiros, etc., que reviram o
lixo e no dia seguinte fica tudo
espalhado.
Leny cobra uma providência das autoridades, que são
ágeis na hora de cobrar impostos, mas na hora de dar o retorno à população em termos de
serviços decentes e úteis, deixa
muito a desejar.
Os moradores fazem a separação direitinha do lixo seletivo e a parte que cabe às
autoridades é feita de uma forma completamente desleixada,
deixando um ponto de interrogação na questão do porquê se
preocupar com a coleta seletiva. Algo lamentável!
Os problemas de alagamento persistem em toda a Zona
Norte. Não é fácil lidar com
tais problemas, ainda mais
quando iniciativas desse porte
costumam ser lentas devido
à vários fatores como a licitação para ver qual empresa fi-
cará responsável pela reforma
e modernização de casas de
bombas.
Já passou da hora de atentar
e chegar a uma solução para
esses inconvenientes. Basta
uma chuva de verão para se
instaurar o caos na cidade.
Caro Leitor,
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Porto Alegre, Zona Norte, FEVEREIRO 2015 - ANO 11 - Edição 90 - www.geramigos.com.br
Especial Catarata: tipos, causas e sintomas
A catarata é uma opacidade do cristalino (lente natural
do olho). Para pessoas que têm
catarata tem a visão nublada,
como se olhassem por uma janela embaçada ou enevoada.
Essa visão nublada pode tornar
mais difíceis tarefas como ler,
dirigir um carro ou interpretar a
expressão das pessoas.
A maioria das cataratas se
desenvolve lentamente e não
perturba a sua visão desde o início. Mas com o tempo, a catarata
acabará por interferir na visão.
Em um primeiro momento, iluminação mais forte e uso
de óculos podem ajudar a lidar
com a catarata. Mas se a visão
prejudicada interfere com as
atividades normais, é necessário
fazer a cirurgia de catarata. Felizmente, a cirurgia de catarata
costuma ser um procedimento
seguro e eficaz.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a
catarata é responsável por 51%
dos casos de cegueira no mundo, o que representa cerca de
20 milhões de pessoas. Como a
expectativa de vida da população mundial está aumentando,
o número de pessoas com catarata tende a crescer. A catarata é
também uma importante causa
de baixa visão em países desenvolvidos e em desenvolvimento.
Tipos
de
Catarata relacionada à ida-
Também chamada de catarata senil, essa forma da doença
ocorre por causa do envelhecimento. A catarata relacionada à
idade é dividida em três tipos,
dependendo de sua localização:
Cataratas nucleares se formam no centro da lente, tornando o núcleo do olho turvo ou
opaco. O centro do olho pode ficar com uma coloração amarela
ou castanha
Catarata cortical aparece na
forma de cunha e em volta das
extremidades do núcleo
Catarata subcapsular posterior se formar mais rapidamente do que os outros dois tipos, e
afeta a parte de trás da lente.
Catarata congênita
A catarata congênita está
presente no nascimento ou se
forma durante o primeiro ano
de um bebê. Esse tipo é menos
comum do que catarata relacionada à idade. Esse tipo de catarata nem sempre apresenta sintomas e pode ser removida se ela
interfere com a visão do bebê.
A catarata congênita pode se
desenvolver se a mãe tiver uma
infecção ou abusa de substância
como drogas e álcool durante a
gravidez. A catarata congênita
ocorre em um a cada 5 mil nascimentos.
Catarata secundária
Cataratas secundárias são
causadas por doenças ou medicamentos. As doenças que estão
associadas ao desenvolvimento
de cataratas incluem glaucoma e
diabetes. O uso de medicamentos esteroides pode levar à catarata.
Catarata traumática
Cataratas traumáticas se desenvolvem após uma lesão no
olho, embora possa levar vários
anos após o evento para que isso
aconteça.
Catarata de radiação
Cataratas de radiação podem se formar depois que um
paciente passa por tratamento
envolvendo radiação para tratar
o câncer, por exemplo.
Causas
A catarata ocorre quando a
lente dentro do olho torna-se
turva. Coisas ligadas à essa turvação incluem:
• Envelhecimento (catarata relacionada à idade)
• Superexposição à radiação
ultravioleta (UV), como da luz
solar, cabines de bronzeamento
ou solários
• Diabetes,
especialmente
quando os níveis de açúcar no
sangue estão acima da faixa de
segurança. A doença descontrolada provoca alterações no
olho que podem resultar em
catarata
• Doença no interior do olho,
tais como o glaucoma, retinite
pigmentosa ou descolamento
da retina
• Uso prolongado de medicamentos esteroides
• Raios-X frequentes ou tratamentos de focados na cabeça
• Histórico familiar. Uma pessoa pode herdar a tendência
para desenvolver a catarata
• Vitrectomia (remoção do gel
vítreo do olho) em pessoas com
mais de 50 anos de idade
• Lesão ocular
• Nascer com catarata.
Os fatores que aumentam o
risco de catarata incluem:
• Idade
• Diabetes
• Beber quantidades excessivas de álcool
• Exposição excessiva à luz solar
• Exposição à radiação ionizante, tal como a utilizada nos
raios X e radioterapia para câncer
• História familiar de catarata
• Pressão arterial elevada
• Obesidade
• Lesão ocular prévia ou inflamação
• Cirurgia ocular anterior
• Uso prolongado de medicamentos corticosteroides
• Tabagismo.
Nem todas as cataratas prejudicam a visão ou afetam a vida
diária. Para aquelas que o fazem,
os sintomas comuns incluem:
• Visão nublada, confusa ou
nebulosa
• Visão com brilho de lâmpadas ou do sol
• Dificuldade de dirigir à noite
devido ao brilho dos faróis
• Mudanças frequentes na
prescrição de óculos
• Visão dupla
• Melhoria da visão de perto
que, em seguida, fica pior
• Dificuldade em fazer as atividades diárias por causa de problemas de visão.
Fique sempre atento à saúde
dos seus olhos. (continua)
SAÚDE E BEM ESTAR
3
Saúde Mental - Considerações sobre o nudismo
Dra. Suzana Maria Pereira
da Cunha Heemann, Psiquiatra, Psicanalista de adultos,
adolescentes, crianças.
Vamos tecer algumas considerações sobre o nudismo já
que começou a ocorrer este ano
em nossa querida cidade, Porto
Alegre, em importantes bairros:
Moinhos de Vento, Bela Vista,
Menino Deus e Cristal, para espanto da maioria dos porto alegrenses. Embora saibamos todos que no Brasil existem praias
específicas para nudistas, e, seja
fato aceito, no mundo todo,
onde se espalham os campos de
nudistas, ainda as pessoas tendem a não o considerar como
algo normal para nossa civilização. Existem sérias razões para
isto. Juridicamente, o nudismo
é considerado, quando fora de
seus locais demarcados pelas
leis, atentado ao pudor e crime.
Nossa cidade, grande agora, já
uma metrópole, tende a esfumaçar, a perder as identidades
pessoais de seus habitantes. Partindo deste princípio, podemos
entender o nudismo nas ruas
de Porto Alegre como, sim, um
sinal de transtorno mental que
pode ser desde uma tentativa de
captar a atenção por pessoas perdidas na cidade grande, como
exibicionismo ou perversão.
E, realmente, o nudismo, feito fora de seu habitat é doentio
e chocante, atingindo adultos,
crianças e adolescentes como
se fosse um terror, em meio ao
seu cotidiano. Ora, dissemos, há
lugares próprios para isto! Mas,
e se procurarmos entender
não porque as pessoas se despem em praça pública, mas
sim porque o homem passou a usar vestes? O homem
primitivo passou a usar roupas para esconder, especialmente, suas partes íntimas,
para se proteger das doenças
como vírus, bactérias, hepatite, mordeduras por insetos
e animais e outras, (como,
também, por decôro) o que
foi um sinal de cuidado com
sua saúde, com seu corpo, com
sua capacidade de procriar (ao
proteger, especialmente, os genitais) e, portanto, um sinal de
civilização e evolução da Saúde Mental, no que tange ao seu
Narcisismo Protetor (parte da
personalidade pessoal que cuida de si). Portanto, mesmo estes
campos de nudismo podem ser
considerados como uma manifestação de Transtorno Mental.
É comum, em Sanatórios, quando em crise aguda psicótica que
os doentes portadores de esquizofrenias, bipolaridade, oligofrenia, demências, etc, se desnudem. Medicam-se e passam a se
cobrir. Quando isto se passa nas
cidades é mais sério ainda, pois
o nu provoca nos cidadãos sentimentos de nojo, repulsa, desprezo e excitação sexual que os
deixam confusos e atrapalhados
para realizarem suas tarefas do
dia a dia.
Trouxemos o assunto à baila em nossa Coluna de Saúde
Mental neste jornal, justamente
por este fato ter se passado conosco e para que, aqueles que
sentem transtorno com este fato
e não aprovam o nudismo, não
pensem de si que são pessoas
antiquadas ou preconceituosas,
muito pelo contrário, defendem
a sua sociedade, a sua civilização, a sua saúde mental e, finalmente, a saúde física e orgânica.
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Porto Alegre, Zona Norte, FEVEREIRO 2015 - ANO 11 - Edição 90 - www.geramigos.com.br
BAIRROS
História do bairro Anchieta
Localizado à direita da estrada federal BR 116 em direção à
Canoas, entre o Aeroporto e a cidade Gravataí, o bairro Anchieta
foi oficializado pela lei nº 2022
de 0/12/1959, tendo seus limites
assim estabelecidos: da Estrada
Federal para Canoas, limite desta pelo Bairro São João ao sul; no
leste com uma linha imaginária
até a divisa com o rio Gravataí,
por este na direção leste/oeste
até encontrar novamente a Estrada Federal e por esta em direção norte-sul até encontrar o
limite com o Bairro São João.
Sua denominação, segundo
o cronista Ary Veiga Sanhudo,
é em referência ao Padre Anchieta, fundador do colégio São
Paulo, na região que, mais tarde,
constituiu o núcleo inicial da
capital paulista. Na década de
1970, o bairro era considerado
um lugar novo, em formação
na cidade, e o mesmo cronista
assim o descrevera: “ Anchieta
é bairro na lei, loteamento no
aspecto e grama em toda a sua
extensão.” Essa descrição é feita
em virtude da escassa população
que residia na região, como o é
ainda hoje. A baixa densidade
talvez seja em função de situar-se em zona baixa da cidade, que
não oferecia atrativos que motivassem a ocupação imediata
pois, sob ponto de vista da urbanização prevista para cidade no
Plano Diretor, encontra-se abaixo da cota de construção.
A partir de 1973, instala-se
no bairro a CEASA - Centrais
de Abastecimento do RS, na Av.
Fernando Ferrari , 1001, quando
produtores e atacadistas foram
transferidos da Praia de Belas
para o bairro, dando início à fase
de comercialização no complexo.
A principal via de acesso ao
bairro é a avenida dos Estados,
que encontra registros nos relatórios da Secretaria de Obras
Públicas do Estado desde início
do século XX. A preocupação
com a pavimentação da avenida iniciou em 1912, porém as
obras começaram em 1925, sendo construída a primeira faixa
de cimento no ano de 1930. O
nome da avenida foi oficializado
em 1960 pela lei municipal nº
2076.
O bairro Anchieta possui características industriais, além de
ali estarem instalados armazéns
e grandes depósitos.
Referências bibliográficas:
FRANCO, Sérgio da Costa. Porto Alegre: Guia Histórico. 2º edição. Porto Alegre: Editora da Universidade/UFRGS, 1992.
SANHUDO, Ary Veiga. Porto
Alegre: Crônicas da Minha cidade.
Porto Alegre: Editora Movimento/
Instituto Estadual do Livro,1975.
Dados do Censo IBGE/2000. In:
http://www.portoalegre.rs.gov.br
Origens do Carnaval de Porto Alegre
Segundo o livro “Fragmentos Históricos do Carnaval de
Porto Alegre”, o Carnaval (do
povão) de Porto Alegre é o carnaval que surgiu nos bairros pobres como o Areal da Baronesa
e Colônia Africana. O primeiro
assim chamado por ser na beira
do rio (uma praia, posteriormente aterrada e onde hoje é a
Praça Cônego Marcelino) e que
tem esse nome por antigamente
pertencer a Baronesa (esposa do
Barão de Gravataí), e o segundo
pelo numero de negros que ali
fixou residencia. Foram o local
onde os escravos libertos passaram a morar após a abolição da
escravatura.
O Areal era um reduto totalmente carnavalesco, a partir dos
anos 1930 já existem noticias em
jornais de grupos com nomes de
Ases do Samba, Nós os Comandos, Seresteiros do Luar, Nós os
Democratas, Viemos de Madureira, Tô com a vela, Os Caetés
e mais recentemente, os Imperadores do Samba, todos tiveram origem no Areal. Foi onde
surgiu o Rei Negro (Seu Lelé),
primeiro Rei Momo Negro da
cidade, e os primeiros coretos
populares de bairro.
O outro bairro de negras ori-
gens da cidade, a chamada “Colônia Africana”, aos poucos foi
perdendo sua negritude pela exploração imobiliária, e hoje tem
nomes pomposos como bairro
Rio Branco, Mont´Serrat e adjacências. Esse era também o
local onde negros libertos foram
morar. Da Colônia surgiram
grupos como o Aí-vem-a-Marinha, Prediletos, Embaixadores, Namorados da Lua etc… A
Colônia Africana era o bairro do
famoso Salão Modelo (também
chamado do Ruy), na esquina
entre as ruas Casemiro de Abreu
e Esperança.
O Carnaval em Porto Alegre
é originário do Entrudo, que
passou por épocas de liberação
e proibição. Por volta do ano de
1870, o Entrudo cai em desuso
pelo surgimento das Sociedades
(Esmeralda e Venezianos) que
mudam e dominam o carnaval
até mais ou menos 1900. O Entrudo consistia em jogar Limão-de-cheiro (uma bola de cera do
tamanho de um limão, cheia de
água perfumada), uns nos outros. É claro que a coisa descambava, e havia casos em que se
atiravam ovos e para completar,
farinha nas “vitimas”. Surgindo
daí as proibições.
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REPORTAGEM ESPECIAL
Água: Corremos o risco de ficar sem?
Quem vê uma foto do planeta feita do espaço pode pensar que água é algo que nunca
vai faltar. Afinal, esse líquido
incolor, insípido e inodoro, vital para a vida, ocupa mais de
dois terços da superfície da
Terra. Nada mais enganoso. A
quantidade de água no planeta, de fato, não se altera. Desde
que o globo se esfriou, há muitos milênios, são os mesmos 1,4
bilhão de quilômetros cúbicos.
Mas só podemos usar uma gota
desse manancial. Primeiro porque precisamos de água doce.
E só 2,5% da água do planeta
é doce. Dessa pequena parte, tire dois terços, confinados
nas calotas polares e no gelo
eterno das montanhas. Do que
sobrou, desconsidere a maior
parte, escondida no subsolo.
Resultado: a água pronta para
beber e fácil de captar está nos
rios e lagos, num total de 90 mil
quilômetros cúbicos, ou 0,26%
do estoque mundial. Mas nem
essa porção está inteiramente
disponível. Para não esgotar o
precioso líquido, só podemos
utilizar a água renovável das
chuvas.
E aí chegamos a um limite
de consumo de 34 mil quilômetros cúbicos anuais, ou 0,002%
das águas do planeta. Nem uma
gota a mais. Como diz em seu
livro “Água” o jornalista canadense Marq de Villiers: “A água
pode ser poluída, maltratada e
mal utilizada, mas não é criada
nem destruída”.
Mas o ser humano se multiplica, e muito. A população
já soma 7 bilhões, e segue aumentando. O consumo de água
também cresce, mas com um
detalhe: em ritmo mais acelera-
do. Segundo a Organização das
Nações Unidas (ONU), o crescimento do uso da água foi mais
do que o dobro do aumento populacional no século passado,
de maneira que, hoje, consumimos metade do estoque disponível. Em 35 anos, estima-se
que o consumo terá dobrado,
ou seja, estaremos utilizando
toda a água que o planeta produz. Resumindo: não é apenas
o aumento populacional que
preocupa, mas também o consumo desenfreado.
Os problemas desse uso indiscriminado já começaram,
por um problema simples: distribuição. Há muita água boa
onde não mora ninguém, e
pouca água saudável em áreas
povoadas. Resultado: escassez.
Segundo a ONU, 1,1 bilhão de
pessoas, um sexto da população mundial, vivem sem água
de boa qualidade. O Brasil é
um exemplo de que ter água
não basta. Apesar de sermos a
maior potência hídrica do planeta, há muita gente vivendo
situação de seca. Atualmente 31
países sofrem com sérios problemas de escassez, especialmente no Oriente Médio, no
norte da África e no sul da Ásia.
As projeções são ainda mais catastróficas: se o consumo não se
alterar, duas em cada três pessoas estarão vivendo condições
de escassez em 2025.
A água não serve apenas
para beber. Ela é necessária
também como destino final de
bilhões de litros de resíduos que
a humanidade produz todo dia.
Para essa finalidade, a escassez
é ainda pior. Há hoje 2,4 bilhões
de pessoas, ou 40% da população, sem condições adequadas
de saneamento básico. “De todas as crises sociais e naturais
que nós humanos enfrentamos,
a da água é a que mais afeta a
nossa sobrevivência”, diz Koïchiro Matsuura, diretor-geral
da Unesco, braço da ONU para
Ciência e Educação.
Mas, afinal, a escassez de
água pode pôr em cheque nossa sobrevivência? Há várias respostas, dependendo de quem
responde. Para os ambientalistas mais radicais, a água está
com os dias contados, a não ser
que haja um freio no consumo.
É o caso dos canadenses Maude
Barlow e Tony Clarke, autores
de Ouro Azul, um livro-denúncia sobre a apropriação dos
mananciais por grandes empresas. “A raça humana julgou
mal a capacidade dos sistemas
de água da Terra de se recuperarem. E agora o mundo está
sendo pressionado a tomar decisões cruciais, talvez irrevogáveis, sobre a água”, escrevem.
Mas há gente gabaritada que
vê um cenário menos apavorante. “A ONU pintou um quadro catastrófico para provocar
uma reação da população, mas
a água não deve acabar”, diz o
geólogo Aldo da Cunha Rebouças, da Universidade de São
Paulo (USP), especialista em
gestão de recursos hídricos. De
fato, há indícios de que o consumo começa a regredir. Segundo
artigo publicado pela revista
científica americana Science,
na década passada usou-se metade do que se havia previsto 30
anos antes. “A quantidade de
água utilizada em 2025 poderá
não ser tão maior do que a usada hoje”, diz Peter Gleick, chefe
da ONG Instituto Pacífico para
Estudos em Desenvolvimento,
Ambiente e Segurança, dos Estados Unidos.
Na Declaração do Milênio,
publicada em 2000, a ONU divulgou suas metas, entre elas a
de diminuir pela metade, até
2015, o número de pessoas que
hoje sofrem com escassez de
água e más condições de saneamento básico. De novo, há
diversos caminhos para chegar
lá. Em um mundo tão transformado pela ação humana, sempre haverá quem defenda novas
intervenções para corrigir o
estrago anterior. As soluções,
nesse caso, passam por transposições de rios, exportação de
água, derretimento de grandes
icebergs e por aí vai. Mas, no
caso da água, menos pode ser
mais. Para muitos especialistas,
5
respeitar o ambiente e tirar o
dedo da ferida pode ser a melhor maneira de curar o dano
causado.
Veja o caso da drenagem,
por exemplo. Para povoar áreas
desérticas, é comum retirar
água do subsolo. Mas essa estratégia é perigosa, sobretudo
porque esses reservatórios subterrâneos, chamados de aqüíferos, se renovam muito mais
vagarosamente do que rios e lagos. O aqüífero de Ogallala, por
exemplo, a maior reserva de
água dos Estados Unidos, com
mais de meio milhão de quilômetros quadrados, é drenado
por mais de 200 mil poços, em
um ritmo 14 vezes superior ao
que a natureza gasta para restituí-lo. O resultado mais óbvio
disso é que o poço pode secar.
Tudo bem, você pode pensar.
Usa-se a água enquanto ela
existe. Mas os efeitos dessa retirada vão mais além. A drenagem de aqüíferos subterrâneos
pode baixar o nível de rios e
lagos e causar ou agravar a desertificação.
O transporte de água é outra
intervenção humana de grande
impacto. Esse, no entanto, não é
um problema moderno. Terraços para cultivo, diques e aquedutos são usados há milênios.
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Mundo, os Jardins Suspensos
da Babilônia, construídos por
Nabucodonosor II (604 a 562
a.C.), usava água bombeada do
rio Eufrates. Os mais antigos
sistemas de irrigação, os qanats, mistos de poço e aqueduto,
viabilizaram as civilizações da
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Porto Alegre, Zona Norte, FEVEREIRO 2015 - ANO 11 - Edição 90 - www.geramigos.com.br
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to usados no Afeganistão, no
Iraque, no Irã e no Egito. Durante o Império Romano, entre
os anos 312 e 455 d.C., foram
construídos enormes sistemas
de distribuição de água, muitos dos quais continuam de pé.
Mas nada disso se compara ao
manejo de águas desenvolvido
no século 20. Em 1950, havia
pouco mais de 5 mil grandes
represas. Hoje, são 40 mil.
Não é preciso dizer que,
quando se desvia ou se bloqueia
um curso de água para construir uma represa, algum rio
abaixo ficará sem água, temporária ou definitivamente. Seja de
animais ou de ribeirinhos, essa
alteração afeta muitas vidas. De
acordo com a ONU, existem
261 bacias hidrográficas transnacionais, compartilhadas por
145 nações, o que sempre deu
margem a disputas, conflitos
e guerras. Sem contar que, ao
desviar a água de seu destino
natural, pode-se romper o ciclo
natural que a devolve.
Hoje, há mais de 500 conflitos entre países envolvendo disputas pela água, muitos deles
com uso de força militar. Nada
menos que 18 desses conflitos
violentos envolvem o governo
israelense, que vive brigando
pelo líquido com os vizinhos.
Cerca de 40% do suprimento
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em meio a uma escassez de alimentos, a Índia desviou o fluxo
desses rios para suas lavouras.
Bangladesh foi deixado a seco
por 20 anos, até a assinatura de
um tratado que pôs fim às disputas.
A qualidade da água é outro
fator crucial. Nesse caso, o alarme vem soando faz tempo. Nos
países em desenvolvimento, diz
a ONU, até 90% do esgoto é lançado nas águas sem tratamento.
Todos os anos, de 300 a 500
milhões de toneladas de metais
pesados, solventes, produtos
tóxicos e outros tipos de dejeto são jogados na água pelas
indústrias. Cerca de 2 bilhões
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de água subterrânea de Israel se
origina em territórios ocupados, e a escassez de água foi um
dos motivos das guerras árabe-israelenses passadas. Em 1965,
a Síria tentou desviar o rio Jordão de Israel, provocando ataques aéreos israelenses que a
forçaram a abandonar a tentativa. Na África também houve
conflitos. As relações entre Botsuana e Namíbia, por exemplo,
ficaram estremecidas depois
que a Namíbia anunciou um
plano de aqueduto para desviar
um rio compartilhado pelos
dois países. Na Ásia, Bangladesh depende da água de rios
que vêm da Índia. Nos anos 70,
de toneladas de lixo são despejados em rios, lagos e riachos
todos os dias. A verdade é que a
maioria dos produtos químicos
produzidos pelo homem mais
cedo ou mais tarde acaba em
um curso ou depósito de água.
Uma das conseqüências disso é
que 80% das doenças nos países
pobres do hemisfério sul estão
relacionadas com a água de baixa qualidade.
Mas, apesar de ser um recurso tão frágil e escasso, a água
ainda é muito desperdiçada. De
toda a água utilizada, 10% vai
para o consumo humano, 20%
fica com a indústria e o restante, 70%, é utilizado na agricultura. Porém o desperdício e o
uso irracional são uma constante em todos esses setores.
Vazamentos, métodos obsoletos e desperdício drenam cerca
de 50% da água usada para beber e 60% da água de irrigação.
Com a tecnologia disponível
atualmente, a agricultura poderia reduzir sua taxa de uso em
até 50%, as indústrias em até
90% e as cidades em um terço
sem prejudicar a produção econômica ou a qualidade de vida.
Mas a grande questão debatida hoje sobre o futuro da água
é quem deveria gerenciar as reservas e como isso deveria ser
feito. Com a globalização, grandes empresas transnacionais
estão ampliando sua presença
em serviços de saneamento e
ganhando o direito de explorar
fontes de água, o que, para os
ambientalistas, pode comprometer o acesso das populações
mais pobres.
Estamos falando aqui de
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REPORTAGEM ESPECIAL
com concepções de mundo água fornecida por empresas
antagônicas. De um lado, há privadas. As duas gigantes do
os que entendem a água como setor de saneamento são as
um produto que se pode ma- transnacionais Vivendi e Suez,
nejar, engarrafar, pôr preço e que têm sede na França e resvender. Esse grupo acredita na pondem por 70% do faturatecnologia e no mercado e vê mento do setor.
O fato é que a água transa água como uma necessidade
humana que pode ser atendida formou-se em uma commodity
eficientemente pela iniciativa como o petróleo ou a soja, com
privada. Para eles, a água pode direito a ser exportada, inclue talvez deva se tornar “o pe- sive. O Canadá, por exemplo,
tróleo do século 21”. Do lado exporta água para regiões seoposto, estão os ambientalis- dentas do México e dos Estados
tas, para quem a água não tem Unidos. Pode parecer estranho,
preço nem dono, pois pertence mas a exportação de água é
a todos. Eles acreditam no res- uma realidade. Neste exato mogate da relação primitiva com a mento há barcaças e caminhões
natureza, na cooperação entre de grande capacidade cruzando
os povos e no manejo susten- fronteiras carregados com nada
tável dos recursos naturais e mais do que água.
A situação colocou o Brasil
vêem a água como um direito
fundamental e inegociável do em uma situação estratégica, de
maneira que, quando o assunser humano.
A despeito dessa bipolari- to é água, o mundo todo volta
dade, a presença da iniciativa seus olhos para cá. Para comeprivada avança por ter o poder çar, somos o país que tem mais
do capital a seu lado. Em 1998, água disponível. Para se ter uma
o Banco Mundial previa que, idéia, nossos rios reúnem 13%
em breve, o comércio global do volume fluvial mundial. Não
da água faturaria 800 bilhões bastasse toda essa abundância,
de dólares. Antes de 2001, essa temos sob nossos pés a maior
projeção foi elevada para 1 tri- reserva de água doce do munlhão de dólares. Desde 1995, o do, o aqüífero Guarani, uma sumercado de água engarrafada perpoça subterrânea que cruza
cresce a uma espantosa taxa de a fronteira de sete Estados e
20% ao ano. Em 2000, só esse avança pelos territórios argennegócio faturou 22 bilhões de tino, paraguaio e uruguaio. Só
dólares, com a venda de cerca ali jazem 37 mil quilômetros
de 89 bilhões de litros de água. cúbicos de água potável, o que
Detalhe: o líquido engarrafado daria para encher até a boca 7,5
para venda é uma gota nesse milhões de estádios do Maramar de dinheiro que envolve a canã, segundo cálculos do geóágua. A fonte maior é o merca- logo Heraldo Campos, especiado de saneamento e de distri- lista no aqüífero. E o Brasil só
buição de água, um ramo com utiliza 5% desse potencial.
Nas discussões internacioum potencial de crescimento
astronômico, já que apenas 5% nais sobre o uso dos recursos
a domicílio
gratuito
hídricos,
o Brasil
é uma lideda população mundial recebeOrçamento
Macagnan Ferragem
O que você idealizar no projeto
a gente tem, até no nome.
garantir o direito à água para
os mais pobres e criar projetos
de educação ambiental. A educação, dizem os especialistas,
é importante porque a ação de
cada um é maior do que qualquer intervenção que governos
ou empresas podem fazer. Saber qual é verdadeira dimensão
da ameaça é o primeiro passo
para vencer o problema. Portanto, ao ler essa reportagem,
você está fazendo a sua parte.
Com os atuais problemas, principalmente na região sudeste
do Brasil, vale a nossa reflexão
e conscientização!
Menos perdas e custos na água da Capital
A 19ª edição da pesquisa do
Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS)
mostrou índices médios do
Brasil, das cinco regiões, dos
estados e do Distrito Federal e
dos municípios que, se comparados com os números do Departamento Municipal de Água
e Esgotos (Dmae), mostram
a qualidade desse serviço em
Porto Alegre. Ligado à Secretaria Nacional de Saneamento
Ambiental do Ministério das
Cidades, o SNIS divulgou a pesquisa com grande repercussão
nacional no dia 21 de janeiro.
Na comparação da tarifa média
praticada, por exemplo, onde,
segundo o SNIS, o Rio Gran-
de do Sul tem o maior
preço do país (R$ 4,18
por metro cúbico) e a
média da região Sul
cai para R$ 3,16, Porto
Alegre se destaca com
um número praticamente 29% menor do
que o Estado (RS): R$
2,99.
Sobre o índice de perdas de
água tratada na distribuição, a
média nacional é de 37%. Porto Alegre está bem longe disso.
O índice da capital gaúcha é de
26,2%, onze pontos percentuais
abaixo da média no Rio Grande
do Sul (37,2%), que é praticamente igual à média brasileira.
Já no índice do consumo,
ao contrário, os 222,6 litros por
habitante/dia colocam Porto
Alegre muito acima da média
gaúcha (RS), que é de 151,5 l/
hab/dia, ou mesmo da média
nacional, que é de 165,5 l/hab/
dia. Acima do índice porto-alegrense, figura apenas o Rio de
Janeiro (245 l/hab/dia).
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problemas são de grande desperdício, baixa eficiência das
companhias e degradação da
qualidade da água.”
Faz pouco tempo que o
mundo acordou para a importância econômica e estratégica
da água. Mas, em meio a divergências sobre a posse e o
destino da água, já aflorou um
consenso mínimo. Especialistas, empresários e ecologistas concordam que a ameaça
de escassez é real, mas que há
tempo para evitá-la. Para isso, é
preciso estancar o desperdício,
recuperar as reservas poluídas,
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rança natural, segundo o costarriquenho Manuel Dengo,
Chefe da Divisão de Água, Recursos Naturais e Desenvolvimento Sustentável da ONU. “O
Brasil desempenha um papel
importante no cenário mundial das águas. Sua presença na
maioria dos encontros intergovernamentais e outros fóruns
é altamente respeitada.” Mas,
como em outras áreas da vida
brasileira, essa liderança deve-se mais ao nosso potencial e
às nobres intenções do que às
boas práticas.
Nossa legislação, por exemplo, é moderna e democrática,
inspirada nas melhores leis ambientais do mundo. A tecnologia brasileira de tratamento de
água também é destaque, caracterizada pela eficiência com
baixo custo, segundo o ambientalista Leonardo Morelli, coordenador da rede de ONGs Grito das Águas.
Mas, quando se vê a situação
dos rios que cortam as grandes
cidades brasileiras, percebe-se
que nosso conhecimento não
se traduz em qualidade de água
ou de vida. O resultado disso
chega a ser paradoxal, como no
caso da cidade de Manaus, incrustada na maior bacia hidrográfica do mundo e submetida
a um rodízio de água entre os
bairros por falta do produto.
Embora moderna, a lei não
funciona sozinha, e são comuns
os acidentes ambientais com
mortandade de peixes e contaminação das águas. Para Aldo
Rebouças, o grande problema
brasileiro, ironicamente, é a
abundância. “Por termos muita
água, a cultura do desperdício
impera no país todo. Nossos
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RELIGIÃO
Paz
LBV promove iniciativa para a
manutenção do trabalho com
crianças e jovens
Pr. Bruno T. Seitz
[email protected]
Houve, certa vez, um concurso para pintores com o objetivo de apresentar numa tela
a melhor expressão de PAZ.
Um dos candidatos esmerou-se em registrar em seu
trabalho um quadro referente
a uma guerra recém terminada, com tanques destruídos
ainda fumegando e um grupo
de soldados marchando com
uma bandeira branca, símbolo da rendição e, portanto, do
fim da guerra.
Outro pintou uma paisagem rural, onde aparecia um
campo com vários animais
pastando tranquilamente e algumas aves voando, sem qualquer ameaça ou perturbação
aparente.
O terceiro apresentou a
sua ideia na pintura de uma
sala de estar, onde o pai, em
sua poltrona predileta, lia
calmamente o seu jornal, enquanto a mãe tricotava com ar
feliz e as crianças brincavam
no chão, a menina com suas
bonecas e o menino com seu
trenzinho.
Outro, ainda, pintou uma
rocha açoitada por fortes
ondas provocadas por uma
grande tempestade, cena que
nos amedronta pela fúria,
pelo barulho e pela sensação
de impotência diante da intempérie. Quase despercebido, havia um detalhe que fazia
um grande contraste. Numa
das fendas da penha castigada
pelas ondas, havia um ninho
e ali um pequeno passarinho
dormia tranquilamente, com
sua cabecinha debaixo da asa,
sem se importar com o tumulto ao seu redor.
Na sua opinião, qual foi o
quadro vencedor? Por quê?
O primeiro definia a paz
como sendo a ausência de
guerras, mas com um saldo
triste de mortes e destruição.
É o pacifismo, nem sempre
eficaz, pois novas guerras podem surgir.
O segundo representava
uma paz conformista, induzida pela tranquilidade do ambiente, mas vazia e tediosa.
O quadro da “família feliz”
mostrava uma paz individualista; a família estava reunida,
sim, mas cada um cuidava
apenas de si e dos seus interesses; desde que um não incomodasse outro, estaria tudo
bem. Você conhece lares assim?
Mas a figura do passarinho
calmamente dormindo em
seu ninho, enquanto o mundo ao redor rugia e ameaçava,
representa a confiança e tranquilidade interiores. Nada
pode tirar a paz de quem está
seguro na rocha.
Essa é a paz que só Jesus,
a Rocha, pode oferecer: “Deixo-vos a paz, a minha paz
vos dou. Eu não a dou como
o mundo a dá. Não se perturbe o vosso coração nem tenha
medo” (João 14.27).
Convite
* Venha participar de nossas reuniões, nos seguintes dias e
horários:
10h00-11h30 – Escola Bíblica
Dominical.
Domingos:
19h30-20h30 – Culto de adoração a
Deus e pregação da Palavra.
Quartas:
Um lugar para alimentar-se de esperança
19h30 - 20h30 - Reunião de Oração
* A entrada é franca e és sempre muito bem-vindo!
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A campanha Criança Nota
10 — Proteger a infância é
acreditar no Futuro! convida
a sociedade a colaborar para a
manutenção dos programas e
ações da Legião da Boa Vontade em favor da educação e
do cuidado de crianças, adolescentes e jovens de famílias
de baixa renda de todo o Brasil. Mas, para a Instituição,
educar não se restringe às escolas, aos cadernos, às aulas.
Educar é abrir caminhos para
que as pessoas construam seus
sonhos e para que tenham a
chance de viverem em um lugar mais justo.
A LBV oferece a crianças,
adolescentes e jovens acesso à
educação, à cultura, ao lazer,
à alimentação, entre outros
benefícios, a fim de que possam crescer saudáveis e desenvolver suas potencialidades.
Educar alimenta o futuro com
esperança, oportunidade, conhecimento e cidadania. Por
saírem de comunidades em situação de vulnerabilidade social, essas meninas e esses meninos necessitam de apoio e de
atenção. Todas as iniciativas da
Instituição em prol da infância
e da juventude visam defender
os direitos desse público, combatendo o trabalho infantil e
afastando-os dos inúmeros perigos das ruas e do isolamento.
Neste ano, a campanha entregará 16 mil kits de material
escolar e pedagógico e 30 mil
conjuntos de uniformes. Entre
os beneficiados estão: estudantes das escolas da LBV, participantes dos programas promovidos pelos Centros Comunitários de Assistência Social da
Instituição e crianças atendidas por organizações parceiras.
Os serviços prestados pela
Legião da Boa Vontade transformam vidas e constroem
uma sociedade mais justa, solidária e, portanto, melhor. Você
pode contribuir com essa iniciativa, acessando o site www.
lbv.org/doe. Alimente o futuro
do país com educação!
Siga a LBV no Facebook
(LBVBrasil), no Twitter (@
LBVBrasil) e no Instagram (@
LBVBrasil).
A graça de Deus e
você
Pr. Eliseu Teichmann
[email protected]
Graça de Deus. Você
conhece esta expressão? Se
você frequenta uma igreja
cristã, com certeza. Pois lá
usa-se muito graça de Deus,
quer no louvor, nas orações,
nas bênçãos. E se você lê a
Bíblia, já deve ter visto, pois
só no Novo Testamento, graça
de Deus aparece mais de cem
vezes.
Pois bem: Graça de Deus
é o favor que Deus faz ao
ser humano.
Favor para
suprir as necessidades do ser
humano. A graça de Deus se
manifesta de muitas maneiras.
Começando pela criação. O
mundo criado é pura graça de
Deus, pois tudo foi feito para
que o ser humano pudesse
viver. Começa pelo ar que
respiramos. E tudo o que a
natureza produz e que serve
para sustento (Gn 1.29-30).
A graça (favor) de Deus
se expressa na preservação
do mundo criado. Pela Sua
Providência, Deus criador
zela para que permaneça a
ordem das coisas a fim de não
comprometer a existência da
nossa vida. “Enquanto durar
a terra, não deixará de haver
sementeira e ceifa, frio e calor,
verão e inverno, dia e noite”
(Gn 8.22).
A graça de Deus também é
expressa por favores especiais,
concedido a pessoas e povos
de acordo com a vontade
e propósitos de Deus. Um
exemplo de graça especial foi
o da virgem Maria - escolhida
para ser mãe do Salvador Jesus
(Lc 1.30). Outro exemplo é
a liderança dada a Moisés e
Josué para liderar o povo de
Deus dos tempos bíblicos.
O chamado de Saulo para
se tornar o grande apóstolo
Paulo é outro grande exemplo
(At 9).
Mas mais do que tudo a
graça de Deus se manifesta
através de seu Filho Jesus
Cristo. É a graça especial,
também chamada de graça
salvadora. Deus enviou seu
Filho Jesus Cristo ao mundo
e este, por amor, entregou a
sua vida para morrer na cruz
em favor do ser humano,
concedendo-lhe o perdão
que reconcilia com Deus. No
Senhor Jesus, Deus oferece,
gratuitamente, a graça de uma
nova vida! Sem mérito nosso!
A vida terrena só é
possível pela graça de Deus!
Ou quem é capaz de criar o
ar? A vida eterna só é possível
pela graça de Deus em Cristo!
Ou quem tem o poder de
vencer a morte? Apesar de
todos os sinais ou marcas do
favor de Deus, muitos ainda
perguntam: onde está a graça
de Deus? E até culpam Deus
das desgraças que existem no
mundo. Quer reconheçamos
ou não, estamos mergulhados
na graça amorosa de Deus.
Convite
A Comunidade Cristo convida você para conhecer mais
sobre a graça de Deus, em especial a graça (favor) de Deus
em Jesus Cristo. Participe dos nossos cultos públicos, aos
domingos, às 10 horas, e às segundas-feiras, às 20 horas.
Nosso endereço é: Av. Presidente Roosevelt, 730 (ao lado
do Colégio Concórdia). Estacionamento no local! Mais
informações pelo fone: 3342-1408 (horário comercial).
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Porto Alegre, Zona Norte, FEVEREIRO 2015 - ANO 11 - Edição 90 - www.geramigos.com.br
Ghost Bikes - em memória de ciclistas mortos no
trânsito de Porto Alegre
seis anos morreu no local depois de ser atropelado por um
ônibus: estava de bicicleta.
Inspirado em iniciativas
de outras Massas Críticas, um
grupo de ciclistas pendurou
uma bike pintada de branco no
local, em homenagem ao garoto. O objetivo era evitar que o
caso caísse no esquecimento e
também chamar a atenção dos
motoristas — de lá para cá, entretanto, foram mais de 10 ações
como essa, em diferentes pontos
da cidade.
As ghost bikes são bicicletas inutilizadas — para evitar
roubos, são soldadas antes de
receber a pintura —, que representam ciclistas que perderam a
vida em acidentes. Não há restrição legal para sua instalação,
desde que elas não interfiram na
sinalização, segundo a EPTC.
Nem sempre, porém, a empresa permite que as bicicletas
de protesto permaneçam no local em que foram colocadas pelos cicloativistas. Pendurada em
uma placa de trânsito da Avenida Erico Verissimo após a morte
de Patrícia Figueiredo da Silva,
21 anos, atropelada por um ônibus no local em março de 2014,
ela foi removida com uma motosserra em 9 de maio. Semanas
depois, um novo exemplar foi
colocado em uma árvore próxima, onde permanece até hoje.
A morte do arquiteto Joel
Fagundes, atropelado por um
táxi na Avenida Severo Dullius,
zona norte de Porto Alegre, no
dia 8 de fevereiro (domingo),
vai se transformar em mais um
símbolo da violência no trânsito. Um protesto marcado via
Facebook convocou para a instalação de uma bicicleta antiga
do arquiteto pintada de branco
perto do local do acidente.
No dia 9 de fevereiro, o delegado Carlo Butarelli abriu inquérito para investigar o caso.
Para auxiliar nas investigações
da Delegacia de Polícia de Homicídios de Trânsito, ele pediu
imagens das câmeras da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e do circuito
interno do aeroporto Salgado
Filho e aguarda pela conclusão
da perícia para dar continuidade aos trabalhos.
O evento Ghost Bike para
um pai, um marido, um amigo,
um irmão, um filho, um Joel Fagundes teve início às 19h30min
do dia 10 de fevereiro, com concentração no Largo Zumbi dos
Palmares. De lá, os manifestantes seguiram, em pedalada, até a
zona norte da Capital, levando a
bicicleta fantasma.
Ciclista desde a infância e cicloativista desde 2009, quando
começou a participar da Massa
Crítica, pedalada realizada na
última sexta-feira de cada mês
em várias cidades do mundo
para divulgar a bicicleta como
meio de transporte, Macedo
instalou sua primeira ghost bike
em 2011, na Rua Voluntários da
Pátria. À época, um menino de
Dos 90 postos de gasolina
visitados na primeira semana de fevereiro (quarta, 4, e
quinta-feira, 5), dez estabelecimentos foram notificados pelo
Procon Porto Alegre no dia 9,
segunda-feira. As notificações
foram elaboradas em decorrência do aumento dos preços
do litro gasolina em valores
superiores aos R$ 0,44. “A intenção é explicitar o porquê da
elevação dos preços acima do
reajuste no valor dos impostos
e nas refinarias, que ficou em
torno dos R$ 0,22”, destacou
o diretor-executivo do Procon
Porto Alegre, Roberval Ferreira de Barros.
A avaliação feita nos 90
postos da Capital está baseada
no monitoramento dos preços
realizados durante o mês de
janeiro, pela Agência Nacional
de Petróleo Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Os postos de gasolina tem,
a partir do dia 16 de fevereiro,
dez dias para fornecer a justificativa sobre os motivos dos
acréscimos, sob pena de multa
que varia de acordo com a receita do estabelecimento. De
acordo com Barros, o próximo
monitoramento dos preços da
gasolina deverá ser realizado
pelo Procon municipal na última semana de fevereiro.
Tais fiscalizações e monitoramentos são cruciais em uma
época de aumento dos preços.
O Procon Porto Alegre é
um órgão vinculado à Secretaria Municipal de Produção,
Indústria e Comércio (Smic).
MARMORARIA
FUNILARIA
BAIRROS
9
Mais de 724 quilos de eletrônicos recolhidos
O Departamento Municipal
de Limpeza Urbana (DMLU)
realizou no dia 7, sábado, em
parceria com a empresa Otser e
o Sindilojas, a Coleta Itinerante
de Resíduos Eletrônicos na Praça Princesa Isabel. A primeira
edição de fevereiro veio acompanhada de ótimos números:
724 quilos de resíduos foram
recolhidos.
O projeto prevê o recolhimento de resíduos como impressoras, notebooks e eletrodomésticos sem uso. Um caminhão é estacionado em locais
previamente definidos, sempre
aos sábados, das 9h às 15h. A
agenda de recolhimento fez uma
pausa no dia 14, em virtude do
sábado de Carnaval, e será retomada no sábado, 21, na av. Diário de Notícias, 1.111.
Os resíduos recolhidos são
reaproveitados, por meio de
convênio de logística e manufatura reversas
firmado entre a
empresa Otser e
a Cooperativa de
Trabalho Socioambiental Paulo Freire, com
a anuência do
DMLU. A Otser transporta o
material para a cooperativa, que
faz a triagem e a desmanufatura
dos resíduos. Os materiais podem ser comercializados entre
as duas partes e para terceiros,
reduzindo o volume de resíduos
encaminhados a aterros e o uso
de recursos naturais.
Além da Coleta Itinerante, desde julho de 2014 está em
funcionamento uma Unidade
de Triagem para Resíduos Eletrônicos. A iniciativa resulta
de parceria com a Cooperativa
de Ensino dos Recicladores de
Porto Alegre (Cerpoa) e Cooperativa Paulo Freire. O local funciona junto ao prédio utilizado
pela Cerpoa, na avenida Voluntários da Pátria, 2.552, e recebe
resíduos eletrônicos como computadores, CPUs, monitores,
teclados, cabos, estabilizadores
e demais acessórios afins e eletrodomésticos obsoletos.
Procon Porto Alegre notifica postos de gasolina
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Porto Alegre, Zona Norte, FEVEREIRO 2015 - ANO 11 - Edição 90 - www.geramigos.com.br
10
TECNOLOGIA
A Tecnologia em serviço ao combate da dengue
Participação da população
O controle da dengue em
Porto Alegre ganha reforço
com o lançamento do Sistema
de Monitoramento Inteligente
da Dengue (MI Dengue). O
novo serviço da Prefeitura de
Porto Alegre foi apresentado
na tarde do dia 5 de fevereiro,
pelo prefeito José Fortunati. A
partir de agora, o mapa da infestação do mosquito será disponibilizado à população.
Com o sistema será possível acompanhar em tempo real
a proliferação do mosquito
aedes aegypti, transmissor da
doença, na cidade. As informações coletadas pelos agentes de endemias serão enviadas por telefones celulares ao
Centro Integrado de Comando
de Porto Alegre (Ceic). Com
isso, em caso de contaminação
com o vírus da dengue, serão
emitidos alertas tanto à população, via meios de comunicação, quanto para os órgãos do
governo municipal que estão
integrados ao Centro de Comando.
As informações são coleta-
das de 714 armadilhas (Mosquitrap) para captura de mosquitos adultos instaladas em
22 bairros da Capital. Fortunati agradeceu a autorização das
pessoas para a realização deste
trabalho. “O novo sistema permite um olhar mais atento na
cidade juntamente com a colaboração da população”, enfatizou Fortunati.
Conforme o coordenador
geral do Ceic, Airton Carlos da
Costa, com o monitoramento
pelo Centro é possível acionar
de forma mais ágil os demais
órgãos da prefeitura, contribuindo para a tomada de medidas necessárias em situações
de risco.
Conforme o coordenador
geral da Coordenadoria de Vigilância em Saúde, Anderson
Araújo Lima, o sistema é uma
ação legitima de prevenção.
“Já tivemos uma epidemia em
2013 com 150 casos locais, no
ano passado foram apenas cinco, isso demonstra a importância de se trabalhar com a prevenção”.
No lançamento, o prefeito
apresentou o canal por meio
do qual a população poderá
acompanhar em mapa a infestação de mosquitos e a presença do vírus na cidade. O site
www.ondeestaoaedes.com.br,
desenvolvido pela Procempa,
também traz informações sobre o mosquito transmissor
da dengue e da febre chikungunya, medidas de prevenção,
cuidados a serem tomados e
formas de acionar a prefeitura.
O acesso do mapa no site deve
ser feito preferencialmente a
partir do navegador Google
Chrome.
A intenção é compartilhar
com a população as informações e intensificar as ações de
prevenção à dengue na cidade.
“Precisamos da parceria do
cidadão para impedir a proliferação do mosquito”, afirmou
o prefeito, destacando que 75%
dos focos se encontram em
imóveis particulares. Fortunati
também fez um apelo para que
as pessoas dediquem 10 minutos por semana para revisar
suas casas e eliminar possíveis
criadouros.
Como funciona o sistema
A partir de uma escala de
cores, o sistema mostra o índice de infestação do mosquito
nas áreas onde as armadilhas
estão instaladas. Verde, amarelo, laranja e vermelho são as
cores que indicam o índice de
infestação. Roxo indica a existência de mosquitos infectados
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com o vírus. Casos da doença
confirmados serão indicados
com marcador azul. Os dados
são coletados uma vez por semana por agentes de combate
a endemias.
As armadilhas são posicionadas em área externa de
residências e estabelecimentos
comerciais, com a distância
aproximada de 250 metros entre uma e outra. São confeccionadas em plástico preto e têm
em torno de 30 centímetros de
altura. Antes de montá-las, os
agentes conversam com moradores e proprietários de empresas da região para solicitar a
concordância deles e a permissão para reavaliação semanal
da situação.
Ao examinar os locais visi-
Estação Aeroporto e Terminal do Aeromóvel
ganham internet gratuita
Parceria entre a prefeitura, por meio da Companhia
de Processamento de Dados
do Município de Porto Alegre
(Procempa), e a Empresa de
Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb) disponibiliza
um ponto de acesso wi-fi gratuito na Estação Aeroporto da
Trensurb e no terminal anexo
da conexão metrô-aeroporto
(aeromóvel).
O projeto tem
como objetivo oferecer mais uma facilidade aos usuários do metrô e do aeromóvel. O
nome de identificação
da rede sem fio é PORTOALEGRE-LIVRE, e
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internet engloba o terminal do
aeromóvel, além do saguão e
da parte central da plataforma
da Estação Aeroporto.
A Procempa destaca que a
abrangência do sinal de wi-fi
pode atingir aproximadamente
100 metros de raio, a partir da
posição dos rádios em relação
ao dispositivo móvel utilizado
pelo usuário.
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tados, os agentes de combate
a endemias repassam a CGVS,
em tempo real, as informações
obtidas – como o número de
mosquitos encontrados em
cada armadilha. Para isso, as
fichas em papel que eram utilizadas para o registro de inspeção foram substituídas pelo
uso de telefones celulares, que
permite o envio dos dados em
tempo real.
A tecnologia está sendo utilizada desde 2012 e foi contratada pela Secretaria Municipal
de Saúde, junto à empresa Ecovec, de Minas Gerais. Com base
nas informações coletadas,
pelo sistema, a CGVS dispõe
de um mapeamento atualizado
semanal sobre as condições de
infestação em cada bairro.
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Porto Alegre, Zona Norte, FEVEREIRO 2015 - ANO 11 - Edição 90 - www.geramigos.com.br
Um grupo de jogadores de
damas, com experiência em
diversos campeonatos nacionais e internacionais da modalidade, estiveram reunidos
na manhã de 4 de fevereiro,
com o vice-prefeito Sebastião
Melo, para solicitar a reinstalação do damódromo da Praça
da Alfândega. O professor da
UFRGS, Protásio Bueno, que
já publicou diversos livros sobre jogos de damas, ressaltou
em sua manifestação a importância da prefeitura começar a
referenciar a praça como ponto turístico nas campanhas
de divulgação da cidade. “O
damódromo é uma referência
nas grandes cidades do mundo, durante a Copa 2014 nós
recebemos a visita de turistas
holandeses e não tínhamos um
local adequado pra jogar”, disse o professor.
Acompanharam a reunião
os secretários municipais do
Meio Ambiente, Cláudio Dilda, e da Cultura, Roque Jacoby, Rejane Telles, da Secretaria
Municipal da Cultura, e da
professora Briane Panitz Bicca, coordenadora do Programa
Monumenta da Praça da Alfândega.
Os representantes da Federação Riograndense dos Jogos
de Damas, Guarini Freire e
Ildo Oliveira Rosa mostraram
ao vice-prefeito e secretários
uma série de fotos dos modelos de bancos e mesas que
A procissão de Nossa Senhora dos Navegantes, que ocorreu
este ano numa segunda-feira,
teve a presença do ônibus Museu
Itinerante Memória Carris. A
romaria saiu do Centro de Porto
Alegre às 10h rumo à Igreja. O
ônibus do Memória Carris esteve aberto a visitação das 8h30 às
16h. O veículo, que apresenta em
seu interior momentos marcantes da história da Companhia e
do transporte público de Porto
Alegre, esteve aberto à visitação
ao lado da Igreja Nossa Senhora
dos Navegantes na esquina das
avenidas Voluntários da Pátria
com a Sertório, embaixo do viaduto que fica em frente à Igreja.
De acordo com a historia-
dora da Unidade
de Documentação e Memória
da Carris, Anita
Silva de Souza,
a relação entre a
festa religiosa e a
Companhia vem
de longa data.
Exatamente desde 1873 (um ano
após a fundação
da Carris), quando uma das primeiras linhas de
bonde criadas pela empresa tinha o bairro Navegantes como
destino. Dois anos depois, em
1875, a procissão passou a ser
direcionada ao bairro. A procissão de Nossa Senhora dos Navegantes já é a terceira maior festa
religiosa do Brasil e completou
140 anos neste feriado.
A presença do museu itinerante da Carris é um resgate a
memória do portoalegrense e
é importante para Porto Alegre
que enfrenta vários problemas
de resgate a história do passado.
Monumentos perdidos, etc.
Durante o feriado houvepasse livre nas linhas de ônibus de
Porto Alegre.
Museu Itinerante da Carris no dia de Navegantes
devem ser implantados na
praça, e como está a situação
hoje dos jogos que acontecem
em bancos improvisados do
outro lado da praça, nas proximidades da Caixa Econômica Federal.
A professora Briane Panitz Bicca fez um histórico
das realocações, onde aconteceu um movimento organizado dos artesãos e engraxates
para ampliação dos seus espaços, mas que afastou o espaço do jogo de damas de sua
origem. “Vamos avaliar o pedido de vocês com os órgãos
competentes, mas entendemos
que deve ocorrer uma realocação para contemplar os jogadores”, salientou Briane.
O vice-prefeito reforçou
a necessidade de promover o
respeito ao espaço urbanístico da praça. “Eu sugiro que
seja feito um requerimento ao
meu gabinete, especificando a
quantidade de mesas para darmos encaminhamento através
da Secretaria da Cultura ao
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional –
Iphan, e órgãos competentes
para buscar o atendimento do
resgate de um espaço digno
para o damódromo da cidade”,
ressaltou Sebastião Melo.
CULTURA
Bicicletários sustentáveis em Porto Alegre
Cinquenta e três quilos de
plásticos reciclados viraram um
equipamento onde podem ser
estacionadas até seis bicicletas.
O equivalente a 12.455 sacolas
plásticas ou 24.910 copos descartáveis de 200ml que, em vez
de irem para o lixo, viraram um
bicicletário sustentável. Benefício duplo ao meio ambiente e aos portoalegrenses. Sete
bicicletários deste tipo foram
entregues oficialmente à população no dia 4 de fevereiro, em
três espaços culturais de Porto
Alegre.
Incentivo à bicicleta
O coordenador do PedAlegre, Juarez Pereira, ressaltou
que é importante as pessoas se
conscientizarem sobre os benefícios do uso da bicicleta. “Essas
ações nos deixam muito felizes,
porque incentivam as pessoas a
usarem um meio alternativo de
transporte que é saudável. A cidade está melhorando muito e
acho que nunca se investiu tanto em ciclovias”, concluiu.
Todas as peças foram projetadas com encaixes para evitar
danos por possíveis impactos
e dificultar a ação de vândalos.
Conforme a empresa doadora
dos equipamentos, a durabilidade é estimada em 15 anos
MENINO DESVALIDO - VERSOS CURTOS
Ele sentiu frio,
Como menino,
POEMA
Damódromo da Praça da Alfândega poderá voltar
11
Desvalido,
Vazio de amor.
E ele foi se chegando
Se aninhando
E aconchegado,
Nos seios dela
Sonhou...
Suzana Heemann-Psiquiatra,
Psicanalista, Poeta.
Brascon
Central de consertos
Dia Mundial do Rádio
Assistência técnica de eletrodomésticos
Atendimento a domicílio
Instalação e manutenção
de ar condicionado Split
O Dia Mundial da Rádio celebra-se anualmente no dia 13
de fevereiro.
A data foi escolhida pois foi
neste dia que a United Nations
Radio emitiu pela primeira vez,
em 1946, um programa em simultâneo para um grupo de
seis países.
O rádio continua a ser o
meio de comunicação social
que atinge as maiores audiências, continuando a adaptar-se
às novas tecnologias e a novos
equipamentos, com a transmissão online via streaming, por
exemplo. É um meio bastante
útil para a população, seja como
ferramenta de apoio ao debate
e comunicação, na promoção
cultural ou em casos de emergência social. Para os profissionais de comunicação social é
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EDUCAÇÃO
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É preciso repensar as metodologias de trabalho, realizar projetos pedagógicos
onde cada criança seja respeitada em suas particularidades, características e níveis
de desenvolvimento. Conforme o Referencial Curricular
da Educação Infantil orienta,
é fundamental estimular os
alunos nas linguagens, isto é,
movimento, artes visuais, linguagem oral e escrita, identidade e autonomia, natureza
e sociedade, música e
matemática, por meio
de atividades atrativas e
desafiadoras realizadas
através da exploração
dos ambientes e das experiências do dia a dia,
visto que, é essencial
permitir que a criança
se expresse livremente,
tendo a escuta atenta e o olhar
carinhoso de pais e de educadores, assim proporcionando
novas descobertas. A criança
precisa se desenvolver dentro
do seu tempo e de suas preferências num trabalho em conjunto, família/escola, em prol
de uma infância saudável.
Profª Esp. Carolina Selbach
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juros giram entre 10% e 12% ao
mês.
8) Livros didáticos, via de regra, chegam às lojas na segunda
quinzena de janeiro. Se ainda
não estão disponíveis, pode-se
reservá-los para aproveitar o
preço.
9) Não caia na tentação de
comprar o que não for usar. Uma
das estratégias é se abastecer só
para o primeiro semestre. Algumas escolas acabam não realizando todas as atividades previstas no currículo do ano, o que
provoca sobra de material.
10) Lembre-se que, a partir
de 28 de fevereiro, os produtos
escolares devem vir com o selo
do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia
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A Região Metropolitana é
a que mais concentra ausência
de vagas. Somente em Porto
Alegre, seriam necessárias mais
6.692 vagas em creches e 9.273
em pré-escolas, totalizando
15.965 ofertas para a Educação
Infantil entre crianças de zero a
cinco anos. No total, segundo o
Censo de 2012, a Capital possui
63.468 crianças de zero a três
anos e 31.461 de quatro e cinco
anos.
Conforme secretária municipal de Educação, Cleci Maria
Jurach, a prefeitura está em processo permanente de ampliação
de atendimento a esse público.
Em março, serão entregues quatro novas escolas infantis. “A
ideia é que, até o final do ano,
consigamos construir mais 12.
E estamos lançando licitações
para mais 25 estabelecimentos”,
assegura. Essas quatro escolas
ofertarão 5.500 vagas para a
Educação Infantil. De 2005 até o
final de 2014, o município criou
7.774 vagas em escolas que oferecem atendimento integral.
As instituições que serão entregues à população em março
ainda estão recebendo inscrições para matrículas. Uma delas
será aberta no bairro Sarandi,
na zona Norte, e é a única das
quatro que terá caráter municipal. As outras três - nos bairros
Passo das Pedras e Rubem Berta,
são comunitárias. A secretária
garante que algumas já existentes estão sendo readequadas.
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aproveitar o estoque atual.
4) É importante não deixar as
compras para a última hora, porque os estoques podem acabar.
Os comerciantes, então, terão de
repor as mercadorias pagando
mais por elas. Boa parte dos artigos — especialmente os de papel,
como caderno, livros e folhas —
está atrelada ao dólar, que vem
subindo nos últimos meses.
5) Junte pais e mães para fazer compras coletivas. É uma
questão de escala. Lojas costumam dar descontos quando vendem grandes quantidades.
6) A velha sugestão de pesquisar preços é sempre atual. Há
diferenças entre as lojas, algumas
de até 100%.
7) Tente pagar à vista. Se estiver apertado, compre a prazo
mas de maneira que não afete o
orçamento. Evite cair no cheque
SITES
1) Antes de
ir às compras,
verifique o que
sobrou do ano
passado e ainda pode ser usado.
Converse com o seu filho. Não
é necessário ter tudo novinho a
cada início de ano. Economizando, sobra dinheiro para outras
coisas. E reutilizar artigos poupa
os recursos da natureza.
2) Procure os colegas de aula
e os vizinhos de condomínio. Às
vezes, é possível trocar ou comprar livros didáticos já usados
uns dos outros. Antes, confira se
é o exemplar que foi recomendado pela escola.
3) O melhor seria ter comprado o material no final do ano
passado, quando as escolas liberaram a lista do que será preciso
em 2015. Se isso não ocorreu,
compre o quanto antes, para
Escolas de Educação Infantil no Século XXI
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