A aventura do saber

Transcrição

A aventura do saber
Rosaly Braga Chianca e Francisco M. P. Teixeira
A
AVENTURA
DO SABER
O
GEOGRAFIA
2
ano
GEOGRAFIA
Geografia
25196COL05
Material de Divulgação da Editora
Texto Editores
MANUAL DO
PROFESSOR
A Aventura do Saber Geografia - 2o ano
© 2011 Leya Brasil
Direção Editorial
Duda Albuquerque
Título original da obra:
A Aventura do Saber Geografia 2o ano
São Paulo * 1a edição * 2011
Coordenação Editorial de Ciências Humanas
Ebe Christina Spadaccini
Todos os direitos reservados:
Leya Brasil
Av. Angélica, 2163 – 9 o andar – conj. 92
CEP 01227-200 – São Paulo – SP – Brasil
Fone + 55 11 3129-5448
Fax + 55 11 3129-5448
www.leya.com
[email protected]
Edição
Caren Inoue
Assistência Editorial
Jaqueline Paiva Cesar
Mariangela Secco
Edição de texto
Cintia Shukusawa Kanashiro
ISBN 978-85-62936-81-4 (aluno)
ISBN 978-85-62936-80-7 (professor)
Assessoria técnico-pedagógica
Arno Goettems
Mara de Andrade
Coordenação de Arte e Projeto Gráfico
Thaís Ometto
Capa
YAN Comunicação
Ilustração de capa: Fernando Pires
Edição de Arte
Simone Scaglione
Thaís Pedroso
Assistência de Arte
Matheus Zati
Renné Ramos
Iconografia
Alexandre Baptista
Thiago Fontana
Elizete Moura Santos
Editoração Eletrônica
Aero Estúdio
Ilustrações
Cibele Queiroz
Felipe Grosso
Jonatas Tobias Mendes da Silva
Marcos Garuti
Paula Radi
Revisão
Beto Celli (coord.)
José Alessandre S. Neto
Kiel Pimenta
Ana Elisa Cunha
Miriam de Carvalho Abões
Impressão e acabamento
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Chianca, Rosaly Braga
A aventura do saber : geografia 2o ano / Rosaly Braga Chianca,
Francisco M.P. Teixeira. – 1. ed. – São Paulo : Leya, 2011. –
(A aventura do saber ; 2)
Bibliografia.
ISBN 978-85-62936-81-4 (aluno)
ISBN 978-85-62936-80-7 (professor)
1. Geografia (Ensino fundamental) I. Teixeira, Francisco M.P. II. Título. III. Série.
10-12992
CDD-372.8910202
Índice para catálogo sistemático:
1. Geografia : Ensino fundamental 372.8910202
APRESENTAÇÃO
Durante todo o ano estaremos
juntos. Caminhando lado a lado,
contando como somos, falando
do que sentimos, descobrindo,
aprendendo.
Vamos conhecer mais sobre as
pessoas com quem vivemos
e sobre os lugares por onde andamos.
Marcos Garu
Os autores
ti
Enfim, descobrir um pouco mais
do mundo que nos rodeia, da escola,
das moradias e das ruas.
NÃO ESCREVA NESTE LIVRO.
UM COLEGA VAI UTILIZÁ-LO
NO ANO QUE VEM.
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CONHEÇA SEU LIVRO
Este é seu livro de Geografia, que você vai usar durante todo o ano.
Para aproveitá-lo bem, vamos conhecê-lo?
Vamos começar
Introdução do capítulo com
textos e imagens, além de atividades para testar o quanto você
já sabe sobre o assunto!
Abertura de unidade
Aqui, apresentamos o tema da unidade com um pequeno
texto, imagens e atividades para começar os estudos.
UNIDADE 2
Rogério Reis/ Pulsar Imagens
EU E A MINHA ESCOLA
Crianças pintando na sala
de aula. Quilombo Santa
Maria do Traquateua, Moju,
Pará, 2009.
5. EU E A MINHA RUA
A escola é muito importante para nossa vida. É lá que conhecemos
pessoas novas, descobrimos novos conhecimentos e estudamos várias
disciplinas.
Sylvain Sonnet
Gabe Palmer/ Alamy/ Other Images
VAMOS COMEÇAR
Se alguém perguntar onde você mora, você pode dar alguma referência,
como “Eu moro na rua...” ou “Minha casa fica na rua...”.
A moradia é o lugar onde nos protegemos e garantimos a nossa
privacidade. No entanto, a rua é o espaço para o convívio coletivo e para a
troca de ideias.
Jonatas Tobias
Existe a rua onde a gente mora, a rua da escola, a rua do parque.
Alunos pedem permissão para
responder à pergunta feita pela
professora na sala de aula.
Howard Grey
Alunos realizam experimentos em laboratório.
Poder frequentar a escola é um direito de todas as crianças e isso deve
ser muito bem aproveitado!
1. Em sua escola, você já participou de atividades como as mostradas
nas fotos? De quais delas?
2. Em sua opinião, nesse 2o ano, você vai fazer atividades diferentes das
que já fez antes? Explique sua resposta.
3. Em sua opinião, para que serve a escola? Qual é a importância da
escola na sua vida? Reflita sobre isso e converse com seus colegas.
Estudantes fazem
pesquisa em livros
na biblioteca.
Observe a ilustração acima e responda oralmente.
1. Nesta rua aparecem pessoas trabalhando e outras se divertindo.
Quais são as pessoas que estão trabalhando?
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2. A sua rua se parece com a rua mostrada no desenho? Por quê?
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A maioria das escolas também possui
portaria, secretaria, refeitório,
cantinas e quadras de esportes.
Para atravessar a rua é preciso muito cuidado. Carros e motos
passam rapidamente e põem nossa vida em risco se não estivermos
prestando atenção. Leia as dicas a seguir.
Existem também escolas
com espaços diferentes, por
exemplo, laboratórios de
informática, auditórios, salas
de vídeo, piscina, entre outros.
■
■
■
■
■
1. Vamos conversar um pouco sobre a sua escola? Em seu caderno,
comece escrevendo o nome e o endereço dela.
a) Você sabe por que a sua escola tem esse nome? Descubra o
significado do nome dela e converse com outros alunos sobre sua
descoberta.
b) A escola fica perto ou longe da sua casa?
c) O que você mais gosta de fazer na escola?
■
■
Ande sempre junto com um adulto.
É preciso esperar pacientemente a hora de atravessar a rua e
sempre usar a faixa de pedestres.
Aguarde o semáforo de pedestres ficar verde para atravessar na
faixa. Observe se os carros pararam.
Olhe para os dois lados, pois podem vir carros nos dois sentidos.
Ande sempre afastado da guia, longe da rua, para que nenhuma
parte de um veículo bata em você.
Quando não houver faixa ou semáforo de pedestres, preste
muito mais atenção. Atravesse sempre em linha reta e redobre a
atenção.
Use sempre a passarela, quando houver; não atravesse no meio
de uma avenida, muito menos de uma rodovia.
Não caminhe escutando música com fones de ouvido, para não
se distrair e para ouvir tudo o que acontece ao redor.
Felipe Grosso
2. Agora, você e seus colegas de classe vão dar um passeio pelo
quarteirão da escola. Veja a seguir as informações que vocês devem
recolher. Leve o caderno para anotar suas observações.
a) Qual é o nome da rua da sua escola?
b) Qual é o nome das ruas que formam o quarteirão da sua escola?
c) Anote no caderno os elementos que você vê na paisagem do
quarteirão da sua escola.
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Ícones que aparecem junto às atividades:
Atividade em dupla.
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Boxes
Mais
informações
sobre assuntos
citados no
texto.
CUIDADOS NO TRÂNSITO
■
Atividades
Para ajudar você a
resolver dúvidas e
também a descobrir
o quanto aprendeu
no capítulo.
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A minhA escolA É Assim
As escolas do mundo inteiro têm algumas semelhanças. A principal
delas: são locais onde se ensina e se aprende. É na escola que as matérias
são ensinadas e onde aprendemos várias coisas.
Marcos Garuti
Subtítulos
Indicam o
assunto que
é estudado
naquele
momento.
Atividade em grupo.
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Atividade para
montar ou construir
algum elemento.
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Trabalho com mapas.
Não escreva
neste livro.
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Hora do recreio
Jogos e brincadeiras
para você mostrar seus
conhecimentos.
Viagem pela leitura
No fim do capítulo, textos de
diversos gêneros se relacionam
com os temas estudados.
HORA DO RECREIO
2. Você vai agora experimentar fazer o trabalho de um artista. A tarefa é
desenhar e pintar a casa de seus sonhos!
Imagine a casa na qual você adoraria morar. Pense na fachada, no
jardim, nas cores, nos cômodos, na porta de entrada... Deixe a sua
imaginação fluir. Depois desenhar, pinte o seu desenho.
1. A menina está na cozinha ajudando sua mãe. Mas há oito situações
diferentes na segunda cena... Escreva no caderno quais são essas
situações.
Felipe Grosso
3. Em seu caderno, escreva as letras que correspondem aos símbolos
abaixo e você encontrará três tipos de moradia. Depois, escreva a
quantidade de andares que cada tipo possui.
a
VIAGEM PELA LEITURA
b
C
d
e
f
Leia o poema a seguir e responda às questões.
Minha rua
i
O
r
s
t
Editoria de arte
Lá na minha rua eu podia ser tudo...
Bandida, mocinha, princesa, rainha...
E quando vencia qualquer brincadeira,
Eu era aclamada de “a heroína”!
Lá na minha rua eu podia ser tudo...
Ter asas, voar, ser um passarinho...
Em árvores pousar, construir o meu ninho,
Cair, machucar e voltar a sonhar.
Ser bruxa malvada, uma feiticeira,
Pular e gritar ao redor da caldeira
Ver olhos de espanto de uma criançada,
Fugindo correndo da tal caldeirada.
Lá da minha rua eu podia ver tudo...
Um céu pintadinho de estrelas cadentes,
A lua pertinho do final da rua,
Piscando, sorrindo, mostrando-se nua.
87
86
Marcos Garuti
Lá na minha rua deixei registrada
Uma infância feliz, onde podia tudo,
Rua de pedrinhas, de luz, de brilhantes...
Rua dos meus sonhos, meu marco, meu mundo!!!
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SOUZA, Carmen Lúcia Carvalho de. Disponível em: <www.poemas-de-amor.net/blogues/
carmen_lucia/quot_minha_rua_quot>. Acesso em: 17 nov. 2010.
1. Você gosta da rua onde vive? Como você se sente nela?
2. Agora é a sua vez de fazer um poema sobre a sua rua. Comece
assim: “Lá na minha rua eu podia ser tudo...”.
É HORA DE PESQUISAR
Será que a sua escola sempre foi do mesmo jeito? Vamos formar grupos
de trabalho e pesquisar!
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Grupos 1 e 2
Vocês vão pesquisar fotos antigas da escola e entrevistar
funcionários, professores e membros da diretoria da escola.
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a) Primeiro, observem as
fotos fornecidas pelo(a)
professor(a) que retratam a
escola em diversas épocas.
b) Depois, entrevistem
algumas pessoas para
saber se ocorreram
mudanças desde que a
escola foi fundada e quais
foram essas mudanças.
c) Em classe, os grupos vão:
No fim da unidade:
Leia também
Sugestões de livros, com comentários.
■
■
■
Ilustrações: Felipe Grosso
Outras sugestões
Indicações de sites da internet, com comentários, nos quais
você poderá encontrar outras informações sobre os assuntos
que foram estudados na unidade.
No fim do livro:
■
identificar os lugares
mostrados nas fotos;
comparar as fotos
com o lugar atual,
para verificar se houve
mudanças no local;
comentar as
entrevistas;
escrever um texto no
caderno contando o
que mudou e o que
continuou igual na
escola.
57
Glossário
As palavras e expressões destacadas ao longo do texto são
explicadas no fim do livro, com imagens.
Referências bibliográficas
Livros e atlas consultados pelos autores para a elaboração
deste livro.
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É hora de pesquisar
Atividades que incluem
entrevistas e investigações
para você se sentir como um
verdadeiro pesquisador!
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SUMÁRIO
UNIDADE 1
Eu e as crianças do meu espaço . . . . . . . . .
8
1. Quem sou eu? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Vamos começar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Conhecendo minha turma . . . . . . . . . . . . . . . .
Conversando com um colega . . . . . . . . . . . . .
Nossas características físicas . . . . . . . . . . . . .
Somos semelhantes e diferentes . . . . . . . . . .
Eu e as outras crianças . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Viagem pela leitura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
10
10
11
12
13
14
19
21
Todos juntos, aprendendo com as diferenças,
de Orlando
Hora do recreio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2. Representando meu corpo
e meu mundo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Vamos começar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Conversando sobre Arte . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Mapeando o meu corpo . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Cuidando do meu corpo e do
ambiente onde vivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Viagem pela leitura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
24
24
26
28
UNIDADE 2
Eu e a minha escola. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
3. A minha escola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Vamos começar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
A minha escola é assim . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
As mudanças na minha escola . . . . . . . . . . . .
Observando a sala de aula . . . . . . . . . . . . . . . .
Construindo uma maquete . . . . . . . . . . . . . . . .
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42
43
47
48
50
Observando e representando
objetos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
Viagem pela leitura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
Declaração Universal dos Direitos Humanos
Hora do recreio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
É hora de pesquisar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
Leia também. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
Outra sugestão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
33
37
Ratinho tomando banho, de Hélio Ziskind
Hora do recreio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
Leia também. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
Marcos Garuti
Outra sugestão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
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UNIDADE 3
O lugar onde eu moro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
4. Eu e a minha moradia . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Vamos começar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
A minha moradia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Onde as pessoas moram . . . . . . . . . . . . . . . . .
Como as moradias são feitas . . . . . . . . . . . . .
As habitações em diferentes
épocas e lugares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
As moradias em obras de arte . . . . . . . . . . . .
As moradias por fora e por dentro . . . . . . . . .
A planta da moradia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Os serviços que abastecem as moradias . . . .
Viagem pela leitura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
62
62
64
65
67
73
75
77
79
82
85
5. Eu e a minha rua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88
Vamos começar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88
As vias públicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
Vias de circulação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94
As vias públicas e o trânsito . . . . . . . . . . . . . . 96
O endereço. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100
O quarteirão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102
Viagem pela leitura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104
Minha rua, de Carmem Lúcia Carvalho de Souza
Hora do recreio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105
É hora de pesquisar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106
Leia também. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108
Outra sugestão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108
Casa de amigo, de Roseana Murray
Marcos Garuti
Hora do recreio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86
Glossário ..................................................................................... 109
Referências bibliográficas............................................................112
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UNIDADE 1
EU E AS CRIANÇAS
DO MEU ESPAÇO
Hoje é um dia importante: é a nossa primeira aula de Geografia!
Este ano vamos falar de você e de outras crianças.
Vamos conversar sobre:
como vocês são e os lugares onde estudam;
■
os lugares onde moram.
Felipe Grosso
Felipe Grosso
■
8
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Palê Zuppani/ Pulsar Imagens
Studio1one/ Dreamstime.com
Get4net/ Dreamstime.com
Observe as crianças nas fotos a seguir. Veja como elas se apresentam.
Oriente os alunos a procurar no glossário, no
fim do livro, o significado de algumas palavras
e expressões usadas aqui.
Criança Kalapalo no
Parque Indígena do Xingu,
Mato Grosso, 2009.
1. Converse com o(a) professor(a) sobre as ilustrações da página
anterior. Sua casa se parece com alguma delas? Com qual?Neste momento,
estimule a participação oral. A observação de imagens e a interpretação e a comparação delas com o cotidiano dos alunos são ferramentas importantes para os estudos
geográficos. Entretanto, lembre-se de acompanhar o processo de alfabetização desenvolvido com seus alunos e incentive também o registro dessas atividades.
2. Faça um desenho em seu caderno que mostre como você é e o que
você gosta de fazer.
Confira a atividade, pois ela será socializada no início do capítulo 1, quando os alunos se apresentarão para a turma. Faça você também um desenho de si
mesmo, mostrando suas características e preferências.
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1. QUEM SOU EU?
VAMOS COMEÇAR
Felipe Grosso
Agora você vai pensar um pouco mais sobre si mesmo, para se
conhecer melhor, e vai conhecer seus colegas de classe e seu professor.
■
Você já fez um desenho de si mesmo. Olhe seu desenho e veja se
ele está mostrando alguma característica sua ou algo de que você
pessoal. Oriente os alunos na observação do próprio desenho,
gosta. Qual é essa característica? Resposta
por exemplo, se os alunos estão com algum objeto de que gostam
(brinquedo), se eles estão junto com alguém da família, se o desenho representa alguma característica física (os óculos, o comprimento do cabelo etc.).
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ConheCendo minha tUrma
Cib
ele
Qu
eir
o
z
Quando nos apresentamos a alguém, costumamos dizer nosso nome.
Podemos também contar mais coisas a nosso respeito, por exemplo, o
sobrenome, o lugar onde moramos, o que gostamos e não gostamos de
fazer, enfim, cada informação sobre nós mesmos é importante para nos
identificarmos.
Esta atividade tem o objetivo de permitir a socialização dos alunos. Promova a integração da classe, incentivando os alunos a se apresentarem e observe a importância
desse ato. Para facilitar a atividade, forme uma roda no centro da sala e comece dando o exemplo: diga o seu nome e fale um pouco sobre si. Em seguida, pergunte
aos alunos se eles querem saber algo mais sobre você. Essa dinâmica será desenvolvida com todos da sala; é importante que o aluno mostre o que fez nas atividades
de abertura da unidade (página 9) e do capítulo (página 10). Quando cada aluno estiver se apresentando, faça algumas perguntas para saber mais sobre ele: pergunte
1. Vamos nos apresentar e conhecer a turma? Cada um vai dizer seu
da família, dos amigos, da escola, das viagens que fez... Estabeleça
critério para organizar a apresentação: pode ser pela ordem
nome e falar um pouco sobre si mesmo. um
alfabética, por sorteio de letras das iniciais do nome ou por escolha
aleatória. Estimule as crianças a falar sobre si mesmas, a fim de que todos possam se conhecer melhor. Depois de terminar as apresentações, os alunos podem
cumprimentar uns aos outros. Tome o cuidado de criar um ambiente onde eles se sintam à vontade, para que esse seja um momento prazeroso para todos.
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ConVerSando Com Um ColeGa
Ao se apresentar e conhecer os colegas, você deve ter percebido que
existem algumas semelhanças e diferenças entre as pessoas. Às vezes, você
encontra colegas que gostam do mesmo esporte e das mesmas músicas;
em outras situações, há colegas que gostam de outras brincadeiras e outras
matérias da escola.
As diferenças e as semelhanças em um grupo, uma cidade e até mesmo
um país são muito positivas e podem ajudar na aproximação e no diálogo
entre as pessoas.
Felipe Grosso
2. Forme uma dupla. Faça um desenho de seu(sua) colega e escreva o
nome e a idade dele(a). Veja os exemplos:
3. Depois de ter desenhado seu colega, converse com ele sobre suas
preferências e gostos e escreva em seu caderno uma semelhança e
uma diferença entre vocês.
Ajude os alunos a formar duplas. Tente formar duplas entre meninos e meninas. Estimule o diálogo e a troca de ideias como principal meio para conhecer o outro.
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noSSaS CaraCterÍStiCaS fÍSiCaS
Cibele Queiroz
As pessoas também podem se diferenciar pelas características físicas.
Conseguimos perceber mais facilmente as características físicas das
pessoas. Apenas com a observação, podemos perceber as cores do cabelo,
do olho e da pele, os traços do rosto...
Nesta atividade os alunos vão reconhecer suas características físicas. Faça-os reparar nos detalhes, peça que descrevam não somente a cor do cabelo, mas
se são curtos ou compridos, por exemplo. Se necessário, monte um roteiro complementar de perguntas sobre a estatura, o tamanho das mãos etc. Leia a
4. Agora descreva suas
características físicas em seu caderno. Observe,
descrição física que eles fizeram de si mesmos e observe se alguma criança apresenta desconforto com a atividade.
Faça as crianças valorizarem suas características individuais e perceberem que são essas características que tornam
em você mesmo: cada pessoa um ser único no mundo.
a) Seus cabelos.
b) Seus olhos.
c) Formato de seu rosto.
d) Outras características físicas
marcantes em você.
5. Faça um exercício de observação com as pessoas que moram com
você. Observe a cor dos cabelos, dos olhos, o formato do rosto etc.
a) Faça em seu caderno um quadro com três colunas: Nome,
Semelhanças e Diferenças. Na coluna “Nome”, escreva o nome
da pessoa que você observou. Na coluna “Semelhanças”, anote
algumas semelhanças entre você e a pessoa que você observou.
Por último, na coluna “Diferenças”, registre algumas diferenças
entre vocês. Veja o modelo a seguir.
nome
Semelhanças
b) Em seguida, responda em seu caderno:
diferenças
Oriente a execução do exercício com cuidado no
caso de haver filhos adotivos na sala de aula, que não
se parecem com os pais fisicamente. Se necessário,
complete a tabela com informações sobre jeito de ser
(extrovertido ou introvertido, calmo ou ansioso, pacato
ou dinâmico etc.).
■
Com quais pessoas você mais se parece?
■
Por quê? Quais características físicas vocês possuem em comum?
■
Com quais pessoas você menos se parece?
■
Por quê? O que vocês possuem de diferente?
13
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SomoS SemelhanteS e diferenteS
Podemos perceber as semelhanças e as diferenças entre as pessoas em
relação às características físicas e culturais (hábitos, costumes, vestimenta,
alimentação, entre outros).
A diversidade é muito positiva para a sociedade e é por meio daquilo
que é diferente que podemos conhecer coisas novas e aprender brincadeiras,
músicas, comidas e costumes tão variados!
As características físicas diferentes são uma conquista dos seres
humanos. A diversidade de cor da pele, do tamanho, do peso, dos traços
são muito importantes para a sobrevivência da humanidade.
Imagine se todos fossem iguais. Não existiria a possibilidade de
conhecer pessoas com jeitos diferentes nem de conhecer novas culturas. É
por isso que devemos respeitar as diferenças e dialogar sempre com o outro,
ensinando e aprendendo com a diversidade.
Ferguswang/ Dreamstime.com
Miroslav Ferkuniak/ Dreamstime.com
Get4net/ Dreamstime.com
Observe as imagens destas páginas.
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Djk/ Dreamstime.com
Don Smetzer/ Stone/ Getty Images
Anke Van Wyk/ Dreamstime.com
Realistic Reflections/ Getty Images
Palê Zuppani/ Pulsar Imagens
Paul Simcock/ Getty Images
Crianças Kalapalo na aldeia Aiha, no Parque Indígena do Xingu, Mato Grosso, 2009.
As fotos mostram crianças com diferentes características físicas e que vivem em ambientes diferentes e não foram identificadas com legendas, por questões
didáticas. Espera-se que os alunos percebam a diversidade de tipos humanos. É importante que as diferenças individuais sejam vistas com naturalidade e
respeito. A inclusão de crianças com deficiência física se justifica como uma forma de aproximar os alunos da realidade e de eliminar preconceitos.
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6. Observe as fotos nas páginas anteriores e perceba as diferenças
e as semelhanças físicas que existem entre as crianças. Escolha
uma delas e escreva em seu caderno o que existe de diferente e de
Esta questão introduz a análise que será feita a seguir. Oriente os alunos a observar as semelhanças e
semelhante entre vocês. as diferenças existentes entre as crianças. Deixe que explorem as fotos livremente e tirem suas próprias
conclusões, apresentando-as oralmente antes de iniciarem a atividade escrita.
Cibele Queiroz
7. Observe novamente as fotos das crianças nas páginas anteriores e
responda:
5 meninas. O bebê indígena não foi
na contagem, pois não é
a) Quantas meninas aparecem nas fotos? considerado
possível determinar seu sexo.
Em seu caderno, desenhe uma fileira de quadrinhos na vertical. Em
seguida, pinte de amarelo o número de meninas. Cada quadrinho
equivale a uma menina. Veja o exemplo abaixo:
b) E quantos meninos? Desenhe outra fileira de quadrinhos na
vertical, ao lado da fileira de quadrinhos das meninas, e pinte os
quadrinhos de verde. 6 meninos.
c) Há mais meninas ou meninos nas fotos? Há mais meninos.
8. Vamos formar grupos na classe com características semelhantes?
Podemos começar dividindo a classe pela cor do cabelo.
Quando o(a) professor(a) pedir, todos os alunos de cabelos louros se
objetivo das atividades 8 e 9 é introduzir as primeiras noções sobre gráficos. Optou-se por dividir os alunos de
levantam. Oacordo
com as características físicas para tornar as atividades mais dinâmicas por conta da identificação imediata.
a) Quantos alunos de cabelos louros há na sala? Resposta pessoal.
b) Assim como no exercício anterior, desenhe uma fileira de
quadrinhos na vertical. Em seguida, pinte de amarelo um
quadrinho para cada aluno de cabelo louro que houver.
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Nesta atividade, oriente os alunos pedindo que, primeiro, as crianças com olhos castanhos se levantem; depois, os que têm olhos azuis.
Em seguida, peça que se levantem aqueles que têm olhos verdes e, por último, aqueles que têm olhos pretos. Faça a contagem e anote o
resultado na lousa. Depois, os alunos preencherão os quadradinhos com as cores indicadas.
9. Agora vamos dividir a classe pela cor dos olhos? Vamos lá!
a) Quando o(a) professor(a) pedir, todos os alunos de olhos
castanhos se levantam. Quantos alunos de olhos castanhos há
na sala? Desenhe a fileira de quadrinhos em seu caderno e pinte
de marrom um quadrinho para cada aluno de olhos castanhos que
houver.
b) Faça o mesmo com os alunos de olhos azuis. Pinte de azul os
quadrinhos.
c) Agora é a vez dos alunos de olhos verdes. Pinte de verde os
quadrinhos.
d) Por fim, os alunos de olhos pretos. Pinte de preto os quadrinhos.
e) Agora, responda para seu(sua) professor(a):
■ Há mais alunos de olhos azuis ou de olhos pretos?
■ Há mais alunos de olhos verdes ou de olhos castanhos?
■ Há mais alunos de olhos pretos ou de olhos verdes?
Cibele Queiroz
f) Responda em seu caderno: qual é a cor de olhos que predomina
em sua classe? E qual é a cor de olhos menos comum?
Os alunos devem concluir, ao final da atividade, se há mais crianças com olhos castanhos, pretos, azuis ou verdes na classe, com base nos resultados
obtidos na comparação de dados.
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Orientar a atividade da seguinte forma: primeiro, as crianças vão se dividir por sexo: as meninas de um lado da sala e os meninos do outro, para facilitar a contagem.
Feito isso, solicite que todas as crianças sentem. Então, inicie a chamada do grupo de meninas, obedecendo à ordem de idade pedindo que se levantem apenas as
meninas de 6 anos, depois as de 7, as de 8 ou mais. Terminando, faça o mesmo com o grupo dos meninos. A seu critério, a ordem de chamada pode ser invertida,
começando pelos meninos, assim como a ordem de idade, que pode ser decrescente.
10. Agora vamos separar a classe em dois grupos: as meninas ficam de
um lado da sala e os meninos do outro. E, em seguida, vamos formar
conjuntos de meninas e meninos por idade.
a) Vamos anotar no caderno quantas meninas há na classe:
■ com 6 anos.
■ com 7 anos.
■ com 8 anos ou mais.
b) Agora, vamos anotar no caderno o número de meninos:
■ com 6 anos.
■ com 7 anos.
■ com 8 anos ou mais.
11. Agora você vai representar os resultados do exercício anterior em seu
caderno. A figura abaixo é um modelo para esta atividade.
Cibele Queiroz
Esta atividade prossegue o trabalho com gráficos e introduz as legendas. Antes de iniciar a atividade, oriente os alunos a pintar um quadradinho por vez.
a) Em seu caderno, você vai pintar os quadradinhos usando as cores
indicadas na legenda: laranja para representar os meninos e verde
para as meninas.
b) Comece desenhando em seu caderno um quadradinho para cada
menina de 6 anos. Lembre-se de olhar o modelo.
Em seguida, pinte um quadradinho para cada menino de 6 anos e
assim por diante. Siga sempre o modelo.
c) Observe os quadradinhos que você preencheu em seu caderno e
responda para o(a) professor(a):
■ Em sua classe, há mais meninos ou meninas?
■ Qual é a idade da maioria das meninas da sua classe?
■ Qual é a idade da maioria dos meninos da sua classe?
Respostas orais para promover a participação coletiva.
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eU e aS oUtraS CrianÇaS
As pessoas vivem de modo diferente umas das outras. O modo de
vida depende do ambiente em que se vive (cidade, campo, floresta etc.), da
cultura da família e das características pessoais de cada um.
Algumas crianças gostam de ir à igreja, outras gostam de passear no
parque; umas preferem gato a cachorro; e assim por diante.
12. Faça no caderno o que se pede:
a) Escreva seu nome completo e a
sua idade.
b) Escreva o nome do seu esporte
preferido. Depois, desenhe
em seu caderno o seu esporte
preferido.
c) Você tem amigos? Escolha um
amigo ou uma amiga, fale do que
vocês gostam de brincar e conte
o que vocês costumam fazer
quando estão juntos.
d) Você tem algum animal de
estimação? Caso tenha, escreva
em seu caderno sobre ele.
e) Desenhe seu animal de estimação no caderno. Se você não tiver
um, desenhe o animal que gostaria de ter.
Ilustrações: Cibele Queiroz
As nossas preferências nos dão identidade. Vamos conversar sobre elas?
f) Escreva sobre algumas coisas das quais você gosta.
g) Agora, escreva sobre algumas coisas das quais você não gosta.
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Marcelmooij/ Dreamstime.com
Veja a seguir os exemplos destas crianças. Elas contam o que gostam
de fazer, suas preferências e o que esperam ser quando se tornarem adultas.
Vamos ver?
Sang Lei/ Dreamstime.com
Olá, meu nome é Rafael.
Eu gosto muito de fotografar
plantas, bichos e pessoas.
Meu pai foi quem me ensinou.
Quando eu crescer, quero
ser fotógrafo...
Purestock/ Getty Images
Oi! Meu nome é Flávia
e tenho 7 anos. Eu
adoro correr na pista
de atletismo do clube.
Quando crescer, quero
ser atleta!
Meu nome é Carlos.
Nos fins de semana,
eu costumo montar uma
barraca no quintal da
minha casa para acampar
com meus amigos. Quando
crescer, pretendo estudar
arquitetura!
13. Agora é a sua vez. Conte para os colegas o que você gosta de fazer e
qual a profissão que gostaria de ter quando for adulto.
Se necessário, liste na lousa algumas profissões possíveis. Estimule os alunos a pensar em trabalhos que lhe pareçam prazerosos, dependendo de suas preferências.
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VIAGEM PELA LEITURA
Adaptado do Cartaz do Ministério da Saúde. Governo Federal. 2000. Ilustrações: Orlando
Veja o cartum de Orlando.
■
Depois de ler e observar os quadros com atenção, junte-se a seus
colegas e criem um texto coletivo sobre a importância de respeitarmos
as diferenças entre as pessoas. Escrevam o texto no caderno.
21
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HORA DO RECREIO
1. Vamos brincar com o Jogo de Características? Formem duplas e
sigam as etapas:
■ Cada aluno da dupla deve escolher uma personagem das imagens
a seguir. Anote o nome da personagem escolhida no caderno. Não
deixe que seu colega veja a personagem que você escolheu.
■ Crie uma pergunta para tentar adivinhar a personagem que seu
colega escolheu. Por exemplo: “A pessoa que você escolheu
é menino?”. As respostas só podem ser sim ou não. Se ele
responder sim, você já sabe que a personagem que ele escolheu
é menino. E suas outras perguntas devem ser apenas sobre
personagens masculinas.
■ Tente adivinhar a personagem que seu colega escolheu com o
menor número de perguntas: quem conseguir é o vencedor!
Vocês também podem combinar e fazer essa mesma brincadeira
escolhendo, no lugar das personagens desenhadas, algum colega
da classe. Divirtam-se!
Ricardo
André
Pedro
Tiago
João
Felipe Grosso
Eduardo
Nayara
Paula
Laura
Jacira
Sandra
Beatriz
22
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2. Descubra de quem são os perfis! Escreva em seu caderno os nomes
das crianças e os números do perfis correspondentes.
1. Cláudia; 2. Paulo; 3. Pedro; 4. Roberto; 5. Flávio; 6. Patrícia.
1
Paulo
6
3
Cláudia
Flávio
4
5
Roberto
2
Patrícia
Pedro
Ilustrações: Felipe Grosso
1
23
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2. REPRESENTANDO MEU
CORPO E MEU MUNDO
VAMOS COMEÇAR
Podemos representar os objetos e os elementos que nos cercam de
diferentes maneiras. Os objetos do espaço podem ser desenhados, pintados,
fotografados, descritos, cantados...
Muitas vezes essas formas de representar os lugares são importantes,
pois registram características antigas que já não existem mais.
Observando fotos de quando éramos bebês, por exemplo, podemos
perceber nossas características que permaneceram ou que mudaram, as
nossas transformações.
ACERVO INSTITUTO MOREIRA SALLES
Veja estas imagens de um mesmo lugar em momentos diferentes.
1
Mercado e
Igreja São
Francisco
de Assis em
Ouro Preto,
Minas Gerais,
em foto de
Marc Ferrez
de 1880.
24
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Léo Burgos
2
A mesma paisagem em 2010.
A primeira imagem é do ano de 1880, e a segunda do ano de 2010. Espera-se que o aluno cite a igreja como uma semelhança. Apesar de haver mais de 100
anos de diferença entre as fotos, a igreja manteve a arquitetura original. Já o mercado apresenta uma diferença: na foto de 1880, o mercado estava todo sob
o mesmo teto; em 2010, é possível identificar quiosques aglomerados. Ele também pode citar a substituição das charretes por carros e a pavimentação da
rua como diferenças (antes era de terra e atualmente é pavimentada com paralelepípedos). Os morros, ao fundo, podem ser citados como outra semelhança.
1. Converse com seus colegas. Qual imagem representa o lugar
antigamente e qual delas mostra o lugar mais recentemente? Quais
são as semelhanças e diferenças entre as fotos?
2. Você já observou uma foto sua de quando era bebê? Você consegue
identificar alguma característica sua que ainda permanece em você?
Mesmo que os alunos não tenham observado fotos antigas deles mesmos, incentive-os a se expressar, relatando experiências próprias. Espera-se que eles
percebam as fotos como uma representação possível de lugares, pessoas, objetos etc.
25
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Coleção particular
Conversando sobre
arte
As pessoas, os costumes,
os lugares também podem ser
representados de diferentes
maneiras. Existem importantes
pintores brasileiros que
representaram em seus quadros
pessoas com diferentes
características. Observe os
quadros dos pintores brasileiros
João Werner e Jurandi Assis.
Acervo do artista
Coleção particular
Bananal, óleo sobre tela de
João Werner, 2003.
João Werner é um artista
brasileiro que nasceu em 1962,
no Paraná. Na foto, o artista em
seu ateliê em 2005.
Lavadeiras, acrílico sobre tela de João Werner, 2002.
26
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Cristóvão J. Z. Wieliczka
75 cm x 56 cm © Jurandi Assis. Coleção particular
Jurandi Assis (na foto, em seu ateliê em
2008) é um artista baiano que nasceu
em 1939, no interior da Bahia. Ele é
bastante conhecido por representar,
entre outras coisas, costumes e folclores
de sua terra.
68 cm x 55 cm © Jurandi Assis. Coleção particular
46 cm x 36 cm © Jurandi Assis. Coleção particular
Tabuleiro da baiana, óleo sobre tela de
Jurandi Assis, 1996.
Florista, óleo sobre tela de Jurandi Assis,
1998.
Mulher com bandolim, óleo sobre tela de
Jurandi Assis, 2002.
1. Escolha o quadro do qual você mais gostou e conte para a classe por
que você o escolheu. Resposta pessoal.
Nós também podemos representar nossos corpos e os espaços em que
vivemos. No capítulo 1, tivemos diversas oportunidades de desenhar algumas
situações e nossos colegas. Vamos explorar isso um pouco mais.
27
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MaPeando o MeU CorPo
2. Você vai começar fazendo o contorno das suas mãos. Vamos lá?
Material
■ duas folhas de papel sulfite;
■ lápis ou caneta hidrográfica;
■ tesoura de pontas
arredondadas;
■ cola.
o aluno for canhoto, ele irá
Como fazer Se
desenhar a mão direita.
a) Coloque a mão esquerda sobre
uma folha de papel sulfite e
desenhe o contorno dela no
papel. Depois, faça o mesmo
com a sua mão direita.
Se o contorno feito no papel não
no caderno, oriente os alunos
b) Recorte os dois contornos e cole-os no caderno. couber
a dobrar a folha.
c) Compare com os colegas o tamanho das mãos de cada um.
DOTTA
Uma forma de representarmos o nosso corpo é por meio de um mapa. É
atividades têm o objetivo de iniciar o aluno no trabalho
um trabalho muito divertido e fácil de fazer. Veja: Estas
cartográfico com base no mapeamento do seu próprio corpo.
3. Agora você vai desenhar o contorno
dos seus pés. Utilize os mesmos
materiais e siga as mesmas etapas
da atividade anterior.
a) Sente-se num banquinho ou
numa cadeira, por exemplo, para
ajudá-lo na tarefa de contornar
os pés. Se necessário, peça ao(à)
professor(a) que o ajude.
b) Recorte o contorno dos seus
pés e cole-os no caderno.
c) Compare com os seus colegas o
tamanho dos pés de cada um.
DOTTA
Peça aos alunos que comparem o tamanho das mãos e observem o formato delas, percebendo as diferenças. Promova a interação da classe no
trabalho de análise de desenhos.
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DOTTA
DOTTA
4. Que tal, agora, mapearmos o contorno do corpo inteiro? Junte-se a
um colega para fazer esta atividade e preste atenção nas orientações
do(a) professor(a).
Material
■ folhas grandes de papel de embrulho (kraft);
■ giz de cera, caneta hidrográfica ou pincel atômico;
■ tesoura de pontas arredondadas.
Esta é uma atividade que pode criar situações constrangedoras para alguns alunos (um deles fica deitado, enquanto o outro tira
Cuide para que os alunos não façam comentários sobre a forma do corpo de outras crianças. Enfatize o conteúdo
Como fazer asvistomedidas).
no capítulo 1: as diferenças são o que nos tornam únicos no mundo.
a) Deite-se sobre a folha de papel e peça a seu colega que faça o
contorno do seu corpo, conforme mostra a primeira foto.
b) Em seguida, troquem de posição: o seu colega se deita sobre o
papel e você faz o contorno do corpo dele.
c) Recortem os desenhos que vocês fizeram e completem-nos com
os detalhes que vocês quiserem acrescentar: boca, olhos, nariz,
orelhas etc.
d) Depois que todos terminarem, identifiquem os desenhos com o
nome de cada um. Consulte mais orientações no Manual do Professor para realizar esta atividade com os alunos.
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Felipe Grosso
5. Você acabou de fazer um mapa do seu corpo. Com ele, nós vamos
comparar o tamanho de cada um e montar um gráfico da altura dos
alunos da classe.
Materiais
■ um rolo grande de barbante ou lã grossa;
■ os contornos do corpo de cada aluno, feitos na atividade anterior;
■ cola ou fita adesiva e tesoura.
Como fazer
a) Primeiro, estendam os seus desenhos no chão.
b) Cada aluno vai estender o barbante ou a lã no comprimento do
desenho (dos pés até a cabeça) para marcar o tamanho.
c) Cortem o barbante ou a lã no tamanho marcado.
d) Escrevam o nome de cada criança em um pequeno papel e colem-no no barbante.
e) Separem os pedaços de barbante ou de lã por ordem de tamanho
para o fato de que pode haver barbantes do
(do maior para o menor ou vice-versa). Atente
mesmo tamanho.
f) Colem ou fixem
com fita adesiva os
pedaços de barbante
ou de lã em uma
parede da sala e
peçam ajuda ao(à)
professor(a) para
colocá-los por ordem
de tamanho
na parede.
g) O desenho que se
formou na parede
representa o gráfico
de altura dos alunos
da classe.
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É possível também representarmos objetos reais e grandes em espaços
menores, como uma folha de papel. Por exemplo, podemos desenhar um
avião, uma casa ou qualquer outro objeto em nosso caderno. Para isso,
temos de reduzir as medidas do objeto real para que ele caiba neste pequeno
espaço. Veja a seguir.
6. Observe as figuras nos quadros abaixo e responda às questões
no caderno. Esta atividade introduz as primeiras noções de escala.
a
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
a
b
b
c
1
d
2
3
4
5
6
7
8
9
10
a
b
e
c
f
d
e
g
f
h
g
Editoria de arte
h
i
i
j
j
a)
b)
c)
d)
e)
Quantos quadradinhos pintados existem no quadro A? 46.
Quantos quadradinhos pintados existem no quadro B? 46.
O que você vê no quadro A? Um barquinho.
E no quadro B? Um barquinho.
Os dois desenhos representam a mesma coisa? Sim.
31
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Como você viu, nós podemos representar um mesmo objeto em
a atividade, observe se os alunos percebem que nem sempre é possível representar no papel os objetos em seu
tamanhos diferentes. Após
tamanho real. Por isso, fazemos representações em tamanho reduzido.
Sempre que fazemos uma redução devemos ter cuidado para que o
objeto não fique desproporcional, ou seja, o desenho reduzido deve ficar
parecido com o objeto real. Veja o exercício a seguir.
Gaja/ Dreamstime.com
7. Observe os dois desenhos que representam o carrinho da foto. Qual
deles representa melhor a foto? Por quê? Responda oralmente.
Ilustrações: Felipe Grosso
a
b
O carro da imagem A representa
melhor a foto. O segundo
desenho foi reduzido de forma
desproporcional: a parte da
frente está mais comprida em
comparação ao objeto real e
ele parece estar mais achatado
também.
Para que os desenhos reduzidos não fiquem deformados, tiramos as
medidas do objeto real. Na hora de diminuir o desenho, reduzimos essas
é proporcional quando todas as dimensões (largura, altura e profundidade) do brinquedo,
medidas proporcionalmente. Aporredução
exemplo, são reduzidas o mesmo número de vezes.
32
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CUIdando do MeU CorPo e do aMbIente onde vIvo
Você já pensou que, para cuidar do nosso corpo, temos de nos
preocupar com nossos hábitos no dia a dia?
Ter hábitos de higiene adequados, uma boa alimentação e praticar
esportes são meios para obter um corpo saudável.
Devemos ter cuidado também com o espaço em que vivemos. Cuidados
em relação ao trânsito, às brincadeiras, ao meio ambiente, aos moradores do
bairro, entre outros.
Veja alguns exemplos.
CIDADANIA: FAZ BEM AJUDAR O OUTRO!
Procure perceber as
dificuldades das pessoas
ao seu redor e auxilie
como puder: carregue as
compras de uma senhora
idosa; ajude um colega
na sala que não está
entendendo a matéria;
ajude seu irmão mais novo
a comer...
Felipe Grosso
Ajudar o outro é a
melhor forma de receber
ajuda quando você precisar
também!
33
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CUIDADOS NO TRÂNSITO
Para atravessar a rua é preciso muito cuidado. Carros e motos
passam rapidamente e põem nossa vida em risco se não estivermos
prestando atenção. Leia as dicas a seguir.
■
■
■
■
■
■
■
Felipe Grosso
■
Ande sempre junto com um adulto.
É preciso esperar pacientemente a hora de atravessar a rua e
sempre usar a faixa de pedestres.
Aguarde o semáforo de pedestres ficar verde para atravessar na
faixa. Observe se os carros pararam.
Olhe para os dois lados, pois podem vir carros nos dois sentidos.
Ande sempre afastado da guia, longe da rua, para que nenhuma
parte de um veículo bata em você.
Quando não houver faixa ou semáforo de pedestres, preste
muito mais atenção. Atravesse sempre em linha reta e redobre a
atenção.
Use sempre a passarela, quando houver; não atravesse no meio
de uma avenida, muito menos de uma rodovia.
Não caminhe escutando música com fones de ouvido, para não
se distrair e para ouvir tudo o que acontece ao redor.
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BRINCADEIRAS NÃO TÃO DIVERTIDAS ASSIM...
Empinar pipa é muito gostoso, mas pode ser perigoso. Não
estrague sua brincadeira. Brinque com segurança. Leia algumas dicas.
■
■
■
■
■
■
Evite usar linhas cortantes (com cerol),
pois pode machucar pessoas.
Solte pipas longe da rede de energia elétrica
(torres de alta tensão, por exemplo). Se a sua pipa
ficar enroscada em fios de postes, deixe-a lá.
A tentação é grande, mas mesmo que você veja
uma pipa solta voando no céu, é melhor deixá-la
para lá. O número de acidentes com pessoas que
correm atrás de pipas e atravessam ruas, avenidas
ou estradas sem cuidado é muito alto.
Evite subir em lajes, telhados e outros lugares
perigosos para que a pipa voe mais alto.
Atenção em dias de chuvas e relâmpagos: não
solte pipas nesses dias; o risco de receber uma
descarga elétrica é grande.
Atenção com motoqueiros e pessoas andando de
bicicletas: as linhas da pipa podem ser perigosas
para os condutores desses veículos.
Curiosidades sobre a pipa
■
■
■
■
Dependendo da região do Brasil, a pipa recebe
outros nomes, como papagaio, arraia, pandorga,
curica, gamelo, catita, cangula, quadrado etc.
A pipa surgiu na China há mais ou menos
2 200 anos.
Inicialmente, a pipa era usada para fins militares,
para transmitir mensagens a distância.
Existem os mais variados modelos de pipa, mas a
maior parte deles apresenta formas geométricas
como quadrado, triângulo e losango.
Felipe
Grosso
35
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CUIDADO COM O MEIO AMBIENTE
Cuide bem do lugar
onde você vive. Leia as
dicas abaixo:
■
Não jogue lixo na
rua; procure sempre
uma lixeira e, se não
encontrar, guarde o
lixo para ser jogado
no local certo.
Recicle o lixo de sua
casa. Separe os materiais
recicláveis (papéis, metais,
vidros, plásticos) antes de
descartá-los no lixo.
■ Economize água: evite tomar
banhos demorados e não
escove os dentes com a
torneira aberta.
Cuidar do meio ambiente é
cuidar da nossa saúde! Contribua
em sua casa, na escola, no bairro,
na cidade, para termos um ambiente
mais limpo e agradável a todos.
Felipe Grosso
■
8. Organize, junto com mais dois colegas, um cartaz com duas dicas
para cuidar da sala de aula e da escola e criar um ambiente melhor
Esta atividade pode ser um bom momento para discutir questões de respeito e tolerância na sala de aula. Valorize a
para os estudos. produção dos alunos. Sugerimos expor, até o fim do semestre, pela sala de aula e pela escola os cartazes produzidos,
que servirão de consulta quando for necessário.
36
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VIAGEM PELA LEITURA
O texto a seguir transmite noções de cuidados com o corpo e hábitos
de higiene e pode ser trabalhado de forma integrada com Ciências
e com o tema transversal Saúde. Leia a letra da música junto com
as crianças e, se possível, consiga o CD ou uma fita com a música
gravada para tocar na classe e cantar junto com os alunos.
Ratinho tomando banho
Tchau, preguiça
Tchau, sujeira
Adeus, cheirinho de suor.
Oh... Lava, lava, lava
Lava, lava, lava
Uma orelha, outra orelha
Lava, lava, lava, lava
Lava testa, bochecha
Lava o queixo, lava a coxa
E lava até meu pé
Meu querido pé
Que me aguenta o dia inteiro.
Oh, oh... E o meu nariz
Meu pescoço, meu tórax
O meu bumbum
E também o fazedor de xixi.
Oh... Lá-lá, laia-laia-lá, laia-laia-lá
Laia-lá, lá-lá-lá-lá-lá.
Hum... Ainda não acabou não
Vem cá, vem... Vem...
Uma enxugadinha aqui
Uma coçadinha ali
Faz a volta e põe a roupa de paxá.
Ah! Banho é bom
Banho é bom,
banho é muito bom
Agora acabou!
Marcos Garuti
ZISKIND, Hélio. Ratinho tomando banho.
Intérprete: Hélio Ziskind. CD Meu pé,
meu querido pé. Velas, 1997.
A canção “Ratinho tomando banho” fazia parte da trilha sonora
de um programa infantil de TV muito famoso na década de 1990,
chamado Castelo Rá-Tim-Bum. Responda:
a) Você já ouviu falar desse programa?
b) Quais programas infantis você conhece? Quais são os seus
Respostas pessoais. Com base nessas questões, promova na classe uma
conversa com os alunos sobre programas infantis da televisão, dando
programas
infantis
preferidos?
oportunidade para que todos expressem suas preferências. Aproveite para conversar com eles sobre cinema, música e teatro, apresentando sugestões de
■
filmes, CDs e peças teatrais, de modo que o interesse cultural seja estimulado.
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HORA DO RECREIO
Cibele Queiroz
1. Observe os bonecos. Forme pares anotando em seu caderno
quais são os bonecos exatamente iguais. Cite qual é a semelhança
entre eles.
Bonecos B e H têm olhos pretos; bonecos D e G têm nariz redondo; bonecos A e E têm boca pequena; bonecos C e F têm sobrancelha mais comprida.
Cibele Queiroz
2. Agora identifique as cinco situações erradas que aparecem na
ilustração. Escreva em seu caderno o porquê.
38
1) Computador ligado, mas ninguém está usando; 2) televisão ligada e ninguém está assistindo (desperdício de energia); 3) lixo jogado no chão; 4) brinquedos
bagunçados em cima da cama e espalhados pelo quarto; 5) cachorro fazendo xixi na parede do quarto.
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LEIA TAMBÉM
■
■
■
■
■
Declaração Universal dos Direitos Humanos, de Ruth Rocha e Otávio Roth.
São Paulo: Salamandra, 2004.
Conheça nesse livro os artigos da Declaração dos Direitos Humanos e discuta
com seus colegas como aplicá-los no dia a dia.
Pequeno pode tudo, de Pedro Bandeira. São Paulo: Moderna, 2002.
A narrativa constitui-se em forma de versos, ritmados e alegres. O livro convida
o leitor a refletir sobre as diferenças entre as pessoas, os preconceitos, o
autoconhecimento e a aceitação de si mesmo.
Sabe do que eu gosto?, de Ruth Rocha e D. Lorch. São Paulo: Salamandra, 2009.
O livro apresenta situações do cotidiano infantil, como comer, tomar banho e
brincar, retratadas em cenas simples.
Tudo bem ser diferente, de Todd Parr. São Paulo: Panda Books, 2002.
O livro mostra as diferenças de cada um de maneira divertida e aborda temas
como adoção, separação de pais, deficiências físicas e preconceitos raciais.
Um mundo de crianças, de C. Vilela e Ana Busch. São Paulo: Panda Books, 2007.
Os autores viajaram a mais de 50 países e contam nesse livro coisas curiosas
do mundo. Conheça crianças diferentes de diversos países, além de grandes
cidades ou pequenas vilas do interior.
OUTRA SUGESTÃO
Site
■
Itaú Cultural. Disponível em: <www.itaucultural.org.br/>. Acesso em: 15 set. 2010.
Nesse site, na seção de artes visuais, é possível encontrar obras de arte
que mostram pessoas com diferentes características, como você viu neste
capítulo, nas pinturas de João Werner e Jurandi Assis.
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UNIDADE 2
EU E A MINHA ESCOLA
Sylvain Sonnet
A escola é muito importante para nossa vida. É lá que conhecemos
pessoas novas, descobrimos novos conhecimentos e estudamos várias
disciplinas.
Howard Grey
Alunos pedem permissão para
responder à pergunta feita pela
professora na sala de aula.
Estudantes fazem
pesquisa em livros
na biblioteca.
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Rogério Reis/ Pulsar Imagens
Gabe Palmer/ Alamy/ Other Images
Crianças pintando na sala
de aula. Quilombo Santa
Maria do Traquateua, Moju,
Pará, 2009.
Alunos realizam experimentos em laboratório.
Poder frequentar a escola é um direito de todas as crianças e isso deve
primeiro ano do Ensino Fundamental até o fim do Ensino Médio, são 12 anos de formação escolar.
ser muito bem aproveitado! Do
Todo esse tempo que se passa na escola, atualmente, é importante para a formação integral do jovem.
1. Em sua escola, você já participou de atividades como as mostradas
Respostas pessoais. Incentive os alunos a dizer as atividades que realizam ou que já realizaram
nas fotos? De quais delas? na escola, mesmo que não sejam essas mostradas nas fotos.
2. Em sua opinião, nesse 2o ano, você vai fazer atividades diferentes das
Espera-se que o aluno possa manifestar sua curiosidade e suas
a respeito do ano escolar. Se julgar adequado,
que já fez antes? Explique sua resposta. expectativas
converse com eles sobre o ensino de Geografia, especialmente.
3. Em sua opinião, para que serve a escola? Qual é a importância da
escola na sua vida? Reflita sobre isso e converse com seus colegas.
Oriente a conversa entre os alunos, a fim de que eles possam expressar suas opiniões.
41
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3. A MINHA ESCOLA
VAMOS COMEÇAR
Neste capítulo, vamos conhecer melhor a nossa escola e a nossa sala
de aula e conversar sobre o direito de estudar de todas as crianças.
Felipe Grosso
Veja alguns espaços que as escolas podem conter.
Laboratório.
Sala de aula.
Pátio.
Quadra de esportes.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos possam manifestar o que
sobre a escola. Se julgar adequado, leve os alunos para uma
Agora, responda em seu caderno: conhecem
visita de conhecimento do espaço escolar.
a) Algum espaço ilustrado acima não existe na sua escola? Qual?
b) Cite mais três espaços que existem na sua escola, mas não estão
representados nas imagens. Os alunos podem citar a secretaria, a cantina, a diretoria, a sala de computadores etc.
■
42
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A minhA escolA É Assim
Marcos Garuti
As escolas do mundo inteiro têm algumas semelhanças. A principal
delas: são locais onde se ensina e se aprende. É na escola que as matérias
são ensinadas e onde aprendemos várias coisas.
A maioria das escolas também possui
portaria, secretaria, refeitório,
cantinas e quadras de esportes.
Existem também escolas
com espaços diferentes, por
exemplo, laboratórios de
informática, auditórios, salas
de vídeo, piscina, entre outros.
1. Vamos conversar um pouco sobre a sua escola? Em seu caderno,
comece escrevendo o nome e o endereço dela.
a) Você sabe por que a sua escola tem esse nome? Descubra o
significado do nome dela e converse com outros alunos sobre sua
importante destacar que a escola também possui um endereço, assim como a casa deles. Se os alunos não souberem
descoberta. Éo endereço,
comece investigando o bairro, a rua até chegar na numeração. Se julgar adequado, realize as atividades
oralmente e peça aos alunos que registrem no
b) A escola fica perto ou longe da sua casa? caderno apenas algumas repostas, como forma
também de incentivá-los à escrita.
Resposta pessoal.
c) O que você mais gosta de fazer na escola?
Resposta pessoal.
2. Agora, você e seus colegas de classe vão dar um passeio pelo
quarteirão da escola. Veja a seguir as informações que vocês devem
recolher. Leve o caderno para anotar suas observações.
a) Qual é o nome da rua da sua escola? Respostas pessoais.
b) Qual é o nome das ruas que formam o quarteirão da sua escola?
c) Anote no caderno os elementos que você vê na paisagem do
quarteirão da sua escola.
2. Para esta atividade, é necessário preparar a saída com antecedência. Sugerimos que seja articulado um trabalho conjunto com mais professores e funcionários
para garantir a execução da tarefa. É a primeira experiência de estudo de meio do ano e é preciso reforçar os procedimentos principais deste tipo de estudo:
observação, registro, estímulo à curiosidade etc.
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43
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Também podemos representar nossa escola e o quarteirão onde ela está
localizada por meio de desenhos. Para isso, precisamos reduzir a escola para
que ela caiba na folha de papel.
Veja o desenho a seguir. Ele foi feito por um aluno do 2o ano e mostra o
quarteirão da escola onde ele estuda.
Desenho de Thomas Kenji, 7 anos.
3. Vamos desenhar o quarteirão da nossa escola em uma folha de papel?
a) Trace as ruas que formam o quarteirão da escola e escreva o nome
delas.
b) Coloque também no desenho alguns elementos que você
observou na sua caminhada pelo quarteirão da escola.
c) Assim como no desenho acima, crie uma legenda para explicar
alguns dos elementos desenhados.
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As escolas
podem ser públicas
ou particulares.
Palê Zuppani/ Pulsar Imagens
Também
podemos representar
as escolas por meio
de fotos. Veja a
foto ao lado, que
mostra a fachada
de uma escola
no município de
Teresina, no Piauí.
Escola Municipal Minha Casa, Teresina, Piauí, 2008.
João Prudente/ Pulsar Imagens
A escola pública é mantida com o dinheiro dos impostos que todos nós
pagamos ao governo. Portanto, ela pertence ao povo e é administrada pelo
governo. Por isso ela é gratuita e qualquer criança pode frequentá-la.
Colégio São Domingos, em Araxá, Minas Gerais, 2010.
4. A sua escola é pública ou particular?
A escola
particular, como
a da foto ao
lado, tem um
proprietário. Ela
pertence a uma
pessoa ou a um
grupo de pessoas
(uma empresa ou
uma instituição
religiosa, por
exemplo). É
necessário pagar
mensalidades
para frequentá-la.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos possam identificar sua escola
como uma instituição pública. Se possível, converse com os alunos sobre a
história da escola, por exemplo, em que ano foi fundada, qual comunidade
ela atende, se ela não mudou de endereço etc.
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1
2
Rubens Chaves/ Pulsar Imagens
Muitas vezes, o
tamanho da escola
está relacionado com
o lugar em que ela se
situa. Escolas que ficam
em grandes cidades e
precisam atender a um
grande número de alunos
costumam ser maiores do
que as escolas situadas
em áreas rurais ou em
cidades pequenas.
Observe as imagens.
Delfim Martins/ Pulsar Imagens
Existem outras diferenças entre as escolas. Algumas são pequenas e
outras são grandes e possuem muitas dependências.
Escola Estadual
Américo Brasiliense,
em Santo André,
São Paulo, 2009.
Grupo Escolar João
Inácio de Sousa,
no município de
Cabaceiras, Paraíba,
2007.
5. Converse com seus colegas e anote no caderno:
a) Qual é a principal diferença entre os tamanhos das escolas
mostradas acima? A foto 1 mostra uma escola grande; a foto 2, uma escola bem menor do que a mostrada na foto 1.
A escola da foto 1 localiza-se em
cidade grande; a escola da foto
b) Qual é a diferença entre os arredores das escolas? uma
2 fica em uma área rural.
c) A sua escola se parece com alguma das escolas mostradas?
Resposta pessoal.
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As mudAnçAs nA minhA escolA
A nossa escola, assim como o nosso município, também muda com o
passar do tempo. Ela passa por reformas, aumenta ou diminui de tamanho,
as pessoas modificam a organização das salas... Enfim, a escola passou por
várias mudanças até se tornar o que é hoje.
Autor desconhecido. 1913. Centro de Memória do
Colégio Dante Alighieri, São Paulo
Observe estas duas fotos. Elas mostram uma mesma escola em duas
épocas diferentes.
DOTTA
Colégio Dante
Alighieri no
município de
São Paulo (SP),
em 1913.
A mesma
escola em
foto de 2011.
6. Agora, responda oralmente: o que você nota de diferente entre as duas
foto de 2011, podemos perceber que o portão da escola mudou e também que há mais árvores, além de
imagens? Na
algumas modificações na fachada (pintura, por exemplo).
47
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observAndo A sAlA de AulA
Assim como as escolas, as salas de aula também são diferentes umas
das outras.
7. Vamos ver como é a sua sala de aula. Respostas pessoais.
a) Quantos alunos há nela?
b) Em sua sala de aula há muitos móveis e objetos? Observe com
atenção tudo o que ela contém. Escreva o nome dos principais
móveis e objetos e marque as quantidades no seu caderno.
Depois, escolha um deles e desenhe-o.
c) Quantas paredes, portas e janelas há na sua sala de aula?
8. Vamos medir a largura e o comprimento da sala de aula. Para fazer
isso, devemos caminhar, ao lado da parede, colocando um pé logo à
Divida a turma em dois grupos. Um grupo acompanha a medição da largura e o
frente do outro, bem juntinhos! outro, a medição do comprimento da sala. No fim da atividade, os grupos trocam as
informações e registram no caderno.
■
Escolham um aluno para medir o comprimento da sala e outro para
medir a largura. Em seguida, registre cada medida em seu caderno.
Felipe Grosso
Veja este exemplo:
A largura da sala
é de 60 pés.
48
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10. Agora o trabalho é individual. Todos os
alunos devem estar sentados em suas
carteiras.
■
Ilustrações: Cibele Queiroz
9. Agora, escolham um aluno e uma aluna, que vão descobrir as
Oriente os alunos como deve ser feita essa
seguintes informações:
observação: na porta de entrada da sala, eles devem
observar o que há em frente a sala; depois, eles
sair da sala de aula e, de frente para a porta,
a) O que fica em frente à sua sala de aula? devem
observar o que há à esquerda e à direita. O item d
pode ser observado pelos alunos que se sentam mais
b) O que fica à esquerda da sua sala?
próximos da janela.
c) E o que fica à direita?
d) O que se vê da janela da sala de aula?
Registrem essas informações no caderno.
Observe ao seu redor. Em seguida, faça
em seu caderno um esquema como
mostrado no modelo. Escreva em cada
quadrinho o nome de seu colega.
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DOTTA
construindo umA
mAQuete
Você sabe o que é uma
maquete? É uma forma de
mostrar como é um lugar em
tamanho menor.
Observe a imagem
ao lado. Ela é a maquete
de uma sala de aula.
11. Vamos construir a maquete da sala de aula? Forme um grupo de
atividade, estamos introduzindo o conceito de maquete como uma representação de um lugar
trabalho e mãos à obra! Nessa
em tamanho menor. Nos volumes posteriores, iremos aprofundar essa noção, mencionando também
escala. Nesse momento, espera-se que os alunos apenas percebam a possibilidade de reproduzir um
Material
espaço (no caso, a sala de aula) em tamanho menor.
■ material de sucata para representar os móveis e objetos da sala:
caixas de fósforos ou caixinhas de papelão vazias, embalagens de
formas e tamanhos variados, copos descartáveis, palitos etc.;
■ tesoura de pontas arredondadas;
■ cola ou fita adesiva;
■ lápis;
■ tinta colorida;
■ uma caixa de papelão.
Como fazer
a) Façam uma lista do que existe em sua sala de aula. Em seguida,
vamos representá-la.
b) Na caixa de papelão, desenhem e recortem as janelas e as portas
na mesma posição em que elas se encontram na sala.
c) Com o material de sucata, façam os móveis e objetos da sala:
carteiras dos alunos, mesa do professor, armário, quadro de giz etc.
d) Pintem a caixa de papelão e as peças que vão compor a sala e
deixem secar bem.
e) Colem os móveis e objetos que vocês prepararam com o material
de sucata dentro da caixa de papelão nos lugares apropriados.
50
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observAndo e representAndo objetos
Observe as três fotos a seguir.
Elas são da mesma carteira e foram
tiradas por alguém que estava de pé,
próximo a ela. Mesmo assim, elas
foram tiradas em posições diferentes.
1
Na foto 1, a carteira foi fotografada
de frente.
Na foto 2, a carteira foi fotografada
de lado.
2
Fotos: DOTTA
3
Veja o desenho ao
lado que uma pessoa
fez observando outra
carteira de cima para
baixo.
Paula Radi
Na foto 3, a
carteira foi fotografada
de cima para baixo.
51
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12. Agora é a sua vez! Observe sua carteira de cima para baixo e
desenhe-a em seu caderno.
13. Observe os seis desenhos numerados abaixo. Eles representam apenas
três objetos. Cada objeto está representado duas vezes: visto de cima
para baixo e visto de lado. Registre em seu caderno os números que
correspondem a cada objeto e dê o nome dele. Veja o exemplo:
ilustrações: Paula Radi
A
b
Respostas: as imagens A e B representam um carro.
2
5
1
3
4
6
52
As imagens 1 e 4 representam o mesmo objeto, que é um armário; as imagens 2 e 6 representam o mesmo objeto, que é um lápis; as imagens 3 e 5
representam o mesmo objeto, que é um cesto de lixo.
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Os objetos também podem ser desenhados por meio de símbolos.
O significado desses símbolos e o que eles representam é explicado na
legenda. Veja:
desenho
legenda
Ilustrações: Paula Radi
nome do objeto
Carteira
Árvore
Paula Radi
14. Agora, escolha dois objetos
da sua sala para desenhar no
caderno. Crie um símbolo para
eles e faça a legenda, como
foi mostrado nos exemplos
acima.
15. Veja ao lado o modelo de uma
sala de aula vista de cima e
responda às questões.
a) Quem está sentado atrás
de Geraldo? Vera.
b) Quem se senta à direita
de Maria? Eduardo.
c) Mariana se senta atrás
de quem? Henrique.
d) Qual aluno fica mais perto
de Fernanda: Ana ou
Raquel? Ana.
53
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VIAGEM PELA LEITURA
A escola é tão importante que ela foi mencionada na Declaração Universal
dos Direitos Humanos. Leia o trecho de um texto sobre essa Declaração:
Declaração Universal dos Direitos Humanos
M
Artigo 1 – Todas as pessoas nascem livres e iguais.
Artigo 2 – Os direitos de qualquer pessoa devem ser assegurados,
independente de raça, cor, sexo, religião e riqueza.
Artigo 3 – Todos têm direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. [...]
Artigo 7 – Todas as pessoas devem ser tratadas igualmente
perante a lei. [...]
Artigo 18 – Todos têm direito à liberdade de pensamento,
consciência e religião.
Artigo 19 – Todos têm direito à liberdade de opinião e expressão. [...]
Artigo 23 – Todos têm direito ao trabalho com condições justas.
Artigo 24 – Todos têm direito ao repouso e ao lazer.
Artigo 25 – Todas as pessoas têm direito à saúde e
bem-estar, incluindo alimentação, vestuário, moradia,
cuidados médicos e serviços sociais.
Artigo 26 – Todos têm direito à educação gratuita. [...]
Jonatas Tobias
s
co
ar
i
ut
ar
G
A Declaração Universal dos Direitos Humanos é um dos
documentos básicos da Organização das Nações Unidas
e foi assinada em 1948. Nela, são enumerados os direitos que
todos os seres humanos possuem. Veja alguns deles:
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU). Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Disponível em: <www.onu-brasil.org.br/documentos_direitoshumanos.php>.
Acesso em: 20 jan. 2011.
1. Em sua opinião, a Declaração Universal dos Direitos Humanos é um
Espera-se que os alunos digam que a Declaração
fundamental, pois estabelece os direitos mais
documento importante? Explique sua resposta. éimportantes
para todas as pessoas do mundo.
2. Você acha que todas as crianças frequentam a escola? Por quê?
Pode ser iniciada uma conversa sobre o trabalho infantil: muitas crianças abandonam a escola para trabalhar e ajudar no sustento de sua família. Muitas crianças
enfrentam dupla jornada: trabalham e ainda estudam.
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HORA DO RECREIO
Jonatas Tobias
1. Observe o desenho e veja o caminho por onde André passa, indicado
pelas setas. Quais estabelecimentos o menino vê em seu caminho
para a escola? André vê a farmácia, o hospital, a padaria, a banca de jornal e o supermercado.
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15/03/11 15:20
Marcos Garuti
2. Oto adora ir à escola. Tem um momento em que ele se reúne com
seus amigos para brincar. Vamos descobrir em que horário isso
acontece? Substitua os pontos do quadro 1 pela letra do quadro 2 e
escreva a resposta em seu caderno. A palavra formada é RECREIO.
Quadro 1
❉
➞
❉
❉
➞
❉
➞
➞
➞
❉ ➞ ❉
❉
Quadro 2
m
b
c
r
h
i
A
e
d
F
e
o
r
c
e
G
l
j
56
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É HORA DE PESQUISAR
Será que a sua escola sempre foi do mesmo jeito? Vamos formar grupos
É importante fornecer as fotos aos alunos, pois o objetivo da atividade é a interpretação das imagens, e não
de trabalho e pesquisar! propriamente a busca delas. Organize um material com as imagens e disponibilize cópias aos grupos. Muitas
escolas já possuem em seu acervo material para pesquisa a respeito de sua história e da história da comunidade da qual
faz parte. Sugerimos que a atividade seja adaptada de acordo com a realidade dos alunos e com a possibilidade de obter
imagens da escola e do entorno em diferentes épocas.
Grupos 1 e 2
Vocês vão pesquisar fotos antigas da escola e entrevistar
funcionários, professores e membros da diretoria da escola.
a) Primeiro, observem as
fotos fornecidas pelo(a)
professor(a) que retratam a
escola em diversas épocas.
b) Depois, entrevistem
algumas pessoas para
saber se ocorreram
mudanças desde que a
escola foi fundada e quais
foram essas mudanças.
c) Em classe, os grupos vão:
■
■
Ilustrações: Felipe Grosso
■
■
identificar os lugares
mostrados nas fotos;
comparar as fotos
com o lugar atual,
para verificar se houve
mudanças no local;
comentar as
entrevistas;
escrever um texto no
caderno contando o
que mudou e o que
continuou igual na
escola.
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Grupos 3 e 4
Vocês vão pesquisar fotos da rua onde a escola está localizada e
entrevistar alguns moradores dessa rua.
d) Em primeiro lugar,
observem as fotos
fornecidas pelo(a)
professor(a) que retratam
a rua e o bairro da escola
em diversas épocas.
e) Em seguida, conversem
com alguns moradores
para saber se houve
mudanças na rua da
escola desde quando ela
foi fundada e quais foram
essas mudanças.
f) Em classe, os grupos vão:
■
■
comparar as fotos
antigas da rua com
o lugar atual, para
verificar se houve
mudanças no local;
comentar as respostas
dos entrevistados;
escrever um texto
no caderno sobre o
que mudou e o que
permaneceu igual na
rua da escola.
Ilustrações: Felipe Grosso
■
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LEIA TAMBÉM
■
Uma escola assim eu quero pra mim, de Elias José. São Paulo: FTD, 2007.
Neste livro o autor fala de recepção do outro, de preconceito, de aceitação da
diversidade e de aprendizado escolar.
■
Um passeio pela escola, de Cláudio Martins. São Paulo: Formato, 2003.
Usando sua luneta, um menino vê cenas interessantes, engraçadas, identifica
professores e colegas e paisagens da rua. Até que, de repente, leva um grande
susto... O que será?
■
Na minha escola todo mundo é igual, de R. Ramos. São Paulo: Cortez, 2004.
A autora fala de uma escola em que todos os alunos convivem em harmonia,
procurando superar as diferenças e dificuldades, para se tornar uma escola
verdadeiramente de iguais.
■
A escola do Marcelo, de Ruth Rocha. São Paulo: Salamandra, 2001.
Este livro mostra como as atividades escolares nos incentivam a elaborar
nossas próprias ideias e a desenvolver o raciocínio e a criatividade.
■
O menino que aprendeu a ver, de R. Rocha. São Paulo: Quinteto Editorial, 2000.
João não entendia as palavras. Então chegou a hora de entrar na escola.
Adivinhe o que aconteceu? Será que ele aprendeu a ler rapidamente ou teve
dificuldades?
OUTRA SUGESTÃO
Site
■
TV Escola. Disponível em: <http://tvescola.mec.gov.br>. Acesso em: 5 nov.
2010.
É um canal de televisão pública vinculado ao Ministério da Educação. Na
seção Videoteca existem diversos vídeos educativos sobre temas variados.
59
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UNIDADE 3
O LUGAR ONDE EU MORO
A moradia é um direito de todos. É o local onde descansamos,
conversamos com pessoas de nossa família, fazemos muitas de nossas
refeições, guardamos nossos brinquedos, enfim, é um lugar onde passamos
muitos momentos de nossa vida.
Em geral, as residências localizam-se em uma determinada rua.
As ruas são o lugar em que os cidadãos de um bairro podem se encontrar e
conversar. A rua é também um lugar de passagem, por onde circulam
as pessoas que vão ao trabalho ou à escola a pé, de bicicleta, de carro ou
de ônibus.
Felipe Grosso
Nesta unidade, vamos estudar o lugar onde moramos. Mas antes de
começar, observe as ilustrações a seguir.
60
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Felipe Grosso
1. As pessoas que vivem com você costumam fazer coisas como as
Respostas pessoais. Incentive os alunos a relatarem suas experiências com a família e com a
mostradas nas imagens? vizinhança. No entanto, esteja atento para a diversidade de contextos que podem existir na sala de
aula e cuide para que os alunos não sejam expostos a situações constrangedoras.
2. Conte um pouco sobre a rua onde você mora. Ela se parece com a
rua mostrada na imagem desta página? Ela é muito movimentada?
Há estabelecimentos comerciais? O que você costuma fazer lá? Você
brinca com os amigos da rua?
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4. EU E A MINHA MORADIA
VAMOS COMEÇAR
Existem diversos tipos de moradia. Vamos ver algumas delas?
Esta é uma casa térrea, pois ela só tem um andar. A casa desta foto
possui um amplo jardim.
1
Aleruaro/ Pulsar Imagens
■
Casa no bairro de Criúva, em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, 2009.
62
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Este é um
sobrado. É uma
casa que tem
mais de um andar.
Aleruaro/ Pulsar Imagens
■
2
Palê Zuppani/ Pulsar Imagens
Casa no bairro da Gruta,
em Antônio Prado,
Rio Grande do Sul, 2009.
3
■
Este é um prédio
ou edifício. É uma
construção formada
por diversos
andares. Cada andar
possui um ou mais
apartamentos.
Prédio residencial no bairro
de Samambaia Norte, em
Samambaia, Distrito Federal,
2010.
Observe as fotos e responda em seu caderno:
a) Qual é a principal diferença entre as moradias em relação ao
Explique para os alunos que, neste caso, estamos considerando que o térreo é um andar. Assim, na
1, a casa apresenta apenas um andar (o térreo); na foto 2, aparece uma casa com dois andares
número de andares? foto
(o térreo e mais um); na foto 3, aparece um prédio com vários andares, além do térreo.
b) O lugar onde você
mora se parece mais com qual moradia
Resposta pessoal. Incentive os alunos a identificarem as semelhanças entre as fotos e a moradia deles: pode ser
quantidade de andares e, também, por outros elementos, por exemplo, a presença de janelas ou de jardim,
representada? pela
o tamanho etc. Aproveite essas situações para conhecer melhor a realidade dos alunos, seu modo de vida, seus
■
hábitos etc.
63
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a minha mOradia
Todos nós precisamos de uma moradia. Ela nos protege do calor e do
frio, do vento e da chuva. A moradia é o nosso abrigo.
É também um espaço onde convivemos com outras pessoas, parentes
e amigos.
1. Observe sua moradia com atenção e responda no caderno.
a) Como ela é?
b) Quantos andares possui? É uma casa térrea, um sobrado ou um
edifício?
Respostas pessoais. As perguntas são apenas
sugestões para orientar a observação dos
c) De que cor são as paredes do lado de fora? algumas
alunos em casa. Explique que eles podem pedir a
alguém de casa para ajudá-los a respondê-las. O
registro por meio de desenho poderá enriquecer
d) E as janelas, são de que cor?
ainda mais as respostas deles. Se julgar necessário,
adaptações nas perguntas, de acordo
e) Existe alguma coisa na frente dela? O quê? faça
com a realidade dos alunos. Nos itens a a d, a
intenção é que o aluno observe a moradia com
foco nos elementos de construção, para introduzir,
f) Existe alguma coisa atrás dela? O quê?
posteriormente, as diferenças de materiais e de
lugares onde as moradias se inserem. Nos itens e a
g) O que existe do lado direito dela?
j, os alunos podem mencionar, por exemplo, outras
construções ou outros elementos, de acordo com o
lugar onde se encontra a moradia deles.
h) O que existe do lado esquerdo?
i) Há plantas ou árvores ao redor dela?
j) Há outras construções, como casas ou edifícios, próximos a ela?
k) Que outras características você pode observar na sua moradia?
l) Você gosta da sua moradia?
2. Forme um grupo com mais dois colegas. Descreva sua moradia para
o grupo e peça aos colegas que descrevam a deles.
3. Agora, cada um vai desenhar sua moradia no caderno. Não se
esqueça de colocar também os elementos que se situam ao redor
dela.
4. Mostre aos colegas do grupo o desenho da sua moradia e veja o
desenho deles. Observe as semelhanças e as diferenças entre os
desenhos e conversem sobre elas.
5. Por fim, com a ajuda do(a) professor(a), organizem um painel na
classe com os desenhos das moradias dos alunos da classe.
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Onde as pessOas mOram
Nas páginas 62 e 63, há três fotos que mostram moradias diferentes.
Mas há vários outros tipos de moradias, feitas de materiais diversos, em
lugares também variados.
No entanto, há também pessoas que não possuem lugar para morar.
Elas procuram abrigo do calor, do frio, do sol ou da chuva e vivem nas ruas,
sem privacidade, sem poder estocar alimentos ou prepará-los de modo
adequado, sem poder cuidar da higiene pessoal.
Há também pessoas que habitam moradias precárias, nas quais faltam
iluminação e coleta de esgoto e que se localizam em áreas de risco de
desabamento. Embora essas famílias possuam uma habitação, elas lutam
diariamente para obter uma moradia mais digna e segura.
Rivaldo Gomes/ Folhapress
Observe a foto abaixo. Esta família não possui moradia. Infelizmente, há
muitas famílias nessas condições, em várias cidades do Brasil.
Família sem-teto
vivendo no espaço
sob a Câmara
Municipal de
São Paulo (SP),
2010. Em 2009,
segundo dados da
Fundação Instituto
de Pesquisas
Econômicas (Fipe),
cerca de 13 mil
pessoas viviam nas
ruas dessa cidade.
6. Na cidade onde você mora é comum ver pessoas na situação
Resposta pessoal. Espera-se que o aluno conheça a realidade do lugar onde vive e que,
mostrada na foto? Explique. dependendo de sua vivência, possa identificar pessoas sem-teto, que buscam abrigo
embaixo de viadutos, sob marquises de prédios, ou praças e outros espaços públicos.
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7. Leia a notícia a seguir e responda às questões.
Cidade vira mercado de entulho em Alagoas
Felipe Grosso
A destruição provocada pelos temporais no Nordeste [em junho de
2010] criou um mercado de entulhos em União dos Palmares (a 81 km de
Maceió), um dos municípios mais afetados pelas chuvas na região.
Nas áreas devastadas, famílias “garimpam” os destroços em busca
de tijolos, telhas de barro e vigas de ferro. Os materiais de segunda mão
são vendidos ou usados na construção de
novas casas.
A busca envolve homens, mulheres,
idosos e crianças. Os mais fortes cavam
os entulhos com pás e picaretas. Os
demais limpam as peças e as empilham
nas ruas.
“Tijolo aqui é ouro”, disse o lavrador
Claudiano Justino Moreira da Silva, 22,
que mora em uma área não atingida pelas
enchentes, mas passa o dia recolhendo
materiais de construção nas ruínas para
construir uma casa nova. [...]
GUIBU, Fábio. Cidade vira mercado de entulho em AL.
Folha Online. Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/
ff0107201017.htm>. Acesso em 10 dez. 2010.
a) Por que os moradores da cidade de União dos Palmares, no
estado do Alagoas, estão atrás de material de construção?
Porque eles precisam reconstruir suas casas.
b) Por que as pessoas estão precisando reconstruir suas casas? O
Elas perderam suas casas nas enchentes
por fortes chuvas que
que aconteceu para elas perderem suas casas? provocadas
atingiram todo o Nordeste em 2010.
c) Que tipo de materiais para a reconstrução de suas casas a
população procura entre os destroços? Ela procura tijolos, telhas de barro e vigas de ferro.
d) A cidade onde você mora apresenta problemas com enchentes?
Dê exemplos. Resposta pessoal.
66
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COmO as mOradias sãO feitas
As moradias são construídas de acordo com o material disponível
no lugar e adaptadas ao modo de vida, às necessidades e também às
possibilidades das pessoas.
Vários profissionais trabalham na construção das moradias: arquitetos,
engenheiros, pedreiros, encanadores, pintores, eletricistas etc. Além disso,
há pessoas que possuem conhecimento sobre as etapas de construção e
constroem ou participam da construção de suas próprias moradias. Com
isso, o custo da construção é menor.
Leo Drumond/ Nitro
As moradias podem
ser construídas com
diversos tipos de material.
Observe as fotos.
■
Este é um barraco,
construído com
tábuas de madeira.
Barracos na beira da rodovia
MG-255, em Iturama, Minas
Gerais, 2007.
Esta é uma palafita,
casa de madeira
construída sobre
estacas. Esse tipo
de construção é
comum em lugares
que alagam, como
margens de rios.
Juvenal Pereira/ Pulsar Imagens
■
Palafita na ilha de Marajó,
Pará, 2009.
67
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Esta é uma
típica habitação
indígena, chamada
oca. As suas
paredes são
construídas com
troncos de árvore
e palha.
Renato Soares/ Pulsar Imagens
■
Zé Zuppani/ Pulsar Imagens
Oca na aldeia Kalapalo, no
Parque Indígena do Xingu,
Mato Grosso, 2009.
■
Esta é uma moradia
de pau a pique,
feita de troncos de
árvore. Os espaços
entre os troncos são
preenchidos com
barro.
■
As paredes
desta
construção
são de pedra.
Delfim Martins/ Pulsar Imagens
Casas de pau a pique à
beira do rio Japaratuba, em
Pirambu, Sergipe, 2007.
Museu Ambiência Casa de
Pedra em Caxias do Sul,
Rio Grande do Sul, 2008.
Esta casa foi construída
no final do século XIX por
imigrantes italianos.
68
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Delfim Martins/ Pulsar Imagens
■
Em alguns lugares
são comuns as
casas de madeira
cortada em tábuas.
Casa de madeira em
Manaus, Amazônia, 2010.
Flávio Bacellar/ Olhar Imagem
Há também moradias feitas de tijolos de argila ou blocos de concreto,
como a da imagem abaixo. Depois de pronto, esse tipo de moradia
geralmente recebe um acabamento que “esconde” os blocos ou tijolos.
Construção de casa em Barreiro, Bahia, 2008.
Respostas pessoais. A intenção é que o aluno possa identificar em sua própria moradia alguns dos materiais mostrados nas imagens. Incentive-os a identificarem
também outros materiais de construção que não foram mostrados: vidro, metais, plásticos, pedras de acabamento (mármores, granitos e similares), azulejos etc.
8. Depois de observar as fotos das moradias, responda no caderno:
a) Qual o material utilizado na construção da sua moradia?
b) Você acha que a sua moradia se parece com alguma das que você
Neste item b, mesmo que a foto não seja muito semelhante
moradia do aluno, é muito provável que haja alguma
viu nas fotos? Com qual delas? Por quê? àsemelhança
em alguns dos materiais mencionados. Nesse
caso, peça ao aluno que destaque esses elementos
semelhantes.
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9. Ao lado de uma moradia geralmente existem outras. Juntas, elas
formam uma vizinhança. Leia este poema que fala sobre esse tema.
Em seguida, responda às questões da página ao lado.
As questões podem ser respondidas oralmente ou por escrito.
A vizinhança
Tanta gente diferente
Um é triste,
outro contente.
THEBAS, Claudio. Amigos do peito.
São Paulo: Formato, 2009.
Marcos Garuti
Dona Sônia,
seu Silvério:
ele é sério,
ela, risonha.
O Manuel
da padaria –
que sotaque
diferente!
Seu Heitor,
tão bem vestido!
Lá no banco
ele é gerente.
Sem contar a criançada,
molecada,
que alegria!
Todo dia de verão
a rua vira folia.
E todo dia é a mesma história;
De tarde, o bate-bola,
E bate-boca com vizinho:
– Dá a bola, seu Afonso!
– Não devolvo, não, senhor!
Já quebraram minha vidraça
E acertaram meu pastor!
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a) Na vizinhança descrita no
poema, há alguns adultos
e algumas crianças. Qual é
a característica principal de
dona Sônia? Ela é risonha.
b) Qual é a profissão de
Seu Heitor? Ele é gerente de banco.
c) Como são os dias de
A rua vira
verão nesta vizinhança? folia.
d) No fim do poema
o autor conta que há
um conflito entre
moradores da vizinhança.
Qual é esse conflito?
Marcos Garuti
Há um conflito entre seu Afonso e as crianças: seu Afonso
não quer devolver a bola porque já quebraram a vidraça da
casa dele e acertaram seu cão pastor.
e) Agora você vai experimentar ser poeta. Crie um poema com três
estrofes sobre a sua vizinhança. Conte sobre algumas pessoas,
sobre as brincadeiras, os conflitos entre os vizinhos, as amizades.
Lembre-se de dar um título ao seu poema. Assim que terminar,
Integre esse último item com Língua Portuguesa. Se julgar necessário, explique que a estrofe é um
leia-o para a classe. conjunto de versos (as linhas do poema). As estrofes podem ter o número de versos que o poeta
determinar. O poema pode ser uma criação coletiva dos alunos e não precisa necessariamente
apresentar rimas. O importante é que os alunos experimentem trabalhar com este gênero de texto para
expressar seus sentimentos e percepções sobre sua vizinhança.
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10. Junto com um colega, leia o poema a seguir, que fala sobre a situação
momento, forme a dupla considerando os diferentes níveis de
de pessoas que não têm moradia. Nesse
competência leitora dos alunos, de modo que os dois alunos, juntos, possam
ler e compreender o texto. Antes das atividades, leia o texto em voz alta ou junto
com os alunos, para garantir a compreensão do sentido. As questões podem
ser respondidas oralmente.
Sem casa
Gente tem que ter
Onde morar,
Um canto, um quarto,
Uma cama,
Para no fim do dia
Guardar o corpo
cansado
Com carinho, com cuidado,
Que o corpo é a casa
Dos pensamentos.
Marcos Garuti
Tem gente que não
tem casa,
Mora ao léu, debaixo
da ponte.
No céu a lua espia
Esse monte de gente
Na rua
Como se fosse papel.
MURRAY, Roseana. Casas.
São Paulo: Formato, 1994.
10b) Respostas pessoais. Essa questão tem como objetivo incentivar a reflexão sobre o direito à moradia, um direito social dos cidadãos brasileiros. Se julgar
adequado, amplie a discussão sobre outros direitos sociais, garantidos pelo Art. 6o da Constituição Federal: “São direitos sociais a educação, a saúde, a
alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma
desta Constituição.”
diz que há pessoas que não têm onde morar, mas todos deveriam ter uma moradia
a) O que diz o poema? O(umpoema
canto, um quarto etc.).
b) Por que vocês acham que existem pessoas morando nas ruas?
c) De acordo com o poema, por que todos nós deveríamos ter uma
moradia? Pois é o lugar onde descansamos nosso corpo com carinho e cuidado, pois o corpo é a casa dos pensamentos.
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as habitações em diferentes épOCas e lugares
João Prudente/ Pulsar Imagens
As habitações nem
sempre foram iguais às
que existem atualmente.
Pinturas rupestres no Lajedo de Soledade, em Apodi, Rio Grande
do Norte, 2008. Essas pinturas são vestígios de abrigos de grupos
humanos pré-históricos que viveram no local há 5000 anos.
Os primeiros seres
humanos abrigavam-se
em cavernas, grutas e
outros abrigos naturais
que não precisavam ser
construídos. Nesses
locais, eles se protegiam
do frio, do sol, da chuva
e dos animais perigosos.
Essas pessoas viviam da caça, da pesca e da coleta de frutos e raízes.
Na busca por esses alimentos, precisavam mudar constantemente de lugar.
Mais tarde, os humanos começaram a construir abrigos com galhos e
folhas de árvore, pedras e barro. Às vezes, eles os forravam com peles de
animais para ficarem mais quentes.
Peter Marlow/ Magnum Photos/ Latinstock
Conforme aumentava
o conhecimento do ser
humano sobre a natureza,
novas técnicas de construção
foram sendo inventadas
e as moradias passaram
a ser feitas com materiais
diferentes.
Moradia de grupos humanos de
cerca de 3100 a 2600 a.C. Ilhas Orkney,
Escócia, 2004. Esse local foi considerado
Patrimônio da Humanidade
pela Unesco, em 1999.
73
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No início, as construções eram feitas com os materiais que havia no
ambiente. Assim, habitantes das florestas, por exemplo, construíam suas
casas com madeira; habitantes de áreas próximas a rios construíam casas
sobre estacas para se proteger das cheias dos rios.
Com o desenvolvimento das técnicas e dos meios de transporte,
atualmente pode-se construir uma moradia usando materiais bem diversos,
mesmo que sejam trazidos de lugares distantes de onde se quer construir.
Apesar dessa maior facilidade no uso dos materiais de construção, nos dias
de hoje ainda se podem encontrar moradias feitas principalmente de barro
(pau a pique), de palha (oca), de madeira (palafitas) e de pedra.
AS CASAS DE GELO
Nas regiões muito frias da Terra, como no polo norte, os habitantes
construíam casas feitas de gelo.
Os iglus, como são conhecidos, foram durante muito tempo utilizados
como moradia pelos inuítes (habitantes do polo norte).
Pode parecer estranho, mas o interior dos iglus é realmente mais
quente que o ambiente externo.
Picture Contact BV/ Alamy/ Other Images
Hoje, a maioria dos inuítes não utiliza os iglus como moradia, mas
como abrigo e refúgio quando saem para as temporadas de caça.
Iglu em Gojahaven, vilarejo onde moram cerca de 1000 inuítes, no extremo norte do Canadá,
2005.
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as mOradias em Obras de arte
Muitos artistas representaram suas moradias ou casas que imaginaram.
Com tintas, pincéis e uma tela, os artistas pintam moradias que são
verdadeiras obras de arte.
The Art Institute of Chicago, Chicago
Observe a seguir algumas obras do artista holandês Vincent van Gogh,
Leia as legendas com os alunos. No Manual do
do século XIX. Professor, há mais informações sobre Van Gogh.
Van Gogh Museum, Amsterdã
Musée d’Orsay, Paris
O quarto em Arles, óleo sobre tela
pintado por Van Gogh em 1889.
Van Gogh é um famoso artista
holandês, que viveu entre 1853 e
1890. Durante sua vida, passou
por muitas dificuldades financeiras
e teve vários problemas de saúde.
A maior parte de suas obras só
foi reconhecida após a sua morte
e passaram a valer milhões de
dólares.
Autorretrato, óleo sobre
tela, de Vincent van Gogh,
1889.
A casa amarela, óleo sobre
tela de 1888. Nesta casa,
Van Gogh morou boa parte
de sua vida. Ele também a
utilizava como ateliê.
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11. Vamos conversar sobre essas obras?Com
Conte
para a classe:
essas questões pretende-se orientar a observação dos alunos.
a observar não só os elementos que compõem cada obra,
a) Como era o quarto de Van Gogh? Incentive-os
mas também suas cores e o estilo do desenho. Faça também outras
questões, de acordo com a conversa dos alunos.
b) Como era a casa onde Van Gogh morou parte de sua vida?
c) Quais cores predominam nas obras?
d) Você gostou dessas obras? De qual você mais gostou? Por quê?
Alisa Mellon Collection, National Gallery of Art, Washington/ AKG Images/ Latinstock
12. Agora, observe a pintura abaixo.
O nome do quadro acima é Casa de fazenda na Provença. Esse quadro, um óleo sobre tela, foi pintado por
Van Gogh em 1888 e representa uma casa de campo na região da Provença, na França.
12a) Resposta pessoal. Pretende-se chamar a atenção dos alunos para os elementos naturais existentes nos lugares, sem mencionar, nesse momento, essa
nomenclatura.
a) Observe que essa casa se localiza em uma região com bastante
vegetação. Você conhece alguma casa como essa?
b) Escreva uma vantagem e uma desvantagem de morar em uma
pessoal. Estimule o aluno a imaginar a vida em uma casa de campo, caso não viva no meio rural. Há
casa como essa. Resposta
vantagens como o contato com a natureza, menos poluição (sonora, visual e atmosférica), não há problemas
de trânsito etc. Há também algumas desvantagens como a dificuldade de acesso a serviços como hospitais,
escolas, polícia e o maior tempo que se leva no deslocamento de um lugar a outro.
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A parte externa de uma
moradia é aquela que nós
vemos do lado de fora. A
frente da moradia chama-se
fachada.
Aleruaro/ Pulsar Imagens
as mOradias pOr fOra e pOr dentrO
Fachada de casa em Colinas,
Rio Grande do Sul, 2010.
13. Procure, em jornais e revistas, fotos que mostrem a parte externa de
diferentes tipos de moradia. Recorte e cole-as no caderno. Escreva
ao lado de cada uma delas qual é o tipo de casa (casa térrea,
Para esta atividade, será preciso reunir materiais de pesquisa e levá-los para a sala de aula. Esses materiais
sobrado, prédio). poderão ser usados novamente nas atividades 14 e 16. Oriente os alunos a “dobrar” as imagens que forem
maiores que o caderno.
Rogério Reis/ Pulsar Imagens
Esta é a parte interna de uma moradia.
Interior da casa em que morou o
poeta Carlos Drummond de Andrade,
em Itabira, Minas Gerais, 2009.
14. Procure em jornais e revistas fotos em que apareçam as partes
internas de moradias. Escolha uma delas e cole-a no caderno.
Nesta atividade, utilize o mesmo material já reunido antes. Se preciso, acrescente outros jornais e revistas. Oriente os alunos a “dobrar” as imagens que forem maiores
que o caderno.
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Delfim Martins/ Pulsar Imagens
Veja agora o interior desta moradia.
Interior de uma moradia indígena na aldeia Kalapalo, no Parque Indígena do Xingu, Querência, Mato Grosso,
2009.
Esta é uma moradia indígena vista por dentro, localizada no Parque
Indígena do Xingu, em Mato Grosso. Ela é ampla e nela moram várias famílias.
A habitação é sustentada por armações de troncos e galhos de árvore de
vários tamanhos, amarrados com cipós, e coberta com camadas de sapé.
15. No caso de o aluno ter escolhido uma moradia de cidade grande, como uma casa térrea, por exemplo, seguem as possíveis respostas: Semelhanças –
1) o ambiente é coberto; 2) laterais cobertas (paredes e forros de sapé, no caso da moradia indígena); 3) são moradias fixas. Diferenças – 1) ao contrário da casa
térrea, há várias famílias morando na oca indígena; 2) não há iluminação elétrica na moradia indígena; 3) não há divisão de ambientes (sala, cozinha, quartos) na
moradia indígena.
15. Escreva em seu caderno três semelhanças e três diferenças entre
o interior dessa moradia indígena e o interior da moradia que você
pesquisou na atividade 14.
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a planta da mOradia
Podemos observar e desenhar objetos de diferentes posições: de frente,
de lado e de cima para baixo. Veja o exemplo desta casinha de bonecas.
O desenho mostra a fachada da casinha, vista de frente.
O desenho abaixo, à esquerda, mostra a casinha vista de cima para baixo,
sem o telhado. Assim, nós podemos observar as partes internas.
Ilustrações: Paula Radi
Abaixo, à direita, o desenho da casinha sem as paredes externas.
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Esta é a planta de uma casa. Observando-a, podemos perceber que
a moradia tem vários cômodos, que são as partes de uma moradia (sala,
quartos, cozinha etc.).
Cibele Queiroz
A planta mostra como os cômodos da casa estão dispostos.
Planta ilustrativa sem escala
16. Procure plantas de casas ou apartamentos em jornais, revistas e
folhetos de propaganda e cole-as no caderno. Dobre as plantas, se
essa atividade, pode ser utilizado o mesmo material já reunido antes, acrescido de folhetos de propaganda imobiliária.
for necessário. Para
Esteja atento apenas ao fato de que, nos folhetos, geralmente as plantas são reproduzidas fora de escala. Oriente os alunos
a “dobrar” as imagens que forem maiores que o caderno.
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17. Vamos desenhar uma casinha de bonecas vista de frente.
Material
■ folha de papel quadriculado (quadradinhos de meio centímetro);
O papel quadriculado, se não estiver disponível, pode ser produzido pelos alunos. Peça a eles que façam cada
■ lápis preto; quadradinho com 0,5 centímetro de lado.
■ borracha.
Verifique com os alunos se eles compreendem o sentido das palavras
Como fazer 17b)
horizontal (“deitado”) e vertical (“de pé”).
Construa o desenho passo a passo.
a) Em um papel
1
2
3
4
5
quadriculado, copie o
2
quadro desenhado ao
lado em azul.
3
b) Escreva a numeração
4
de 1 a 10 na horizontal
5
e de 1 a 18 na vertical.
c) Comece o desenho da
6
casinha pelas paredes
7
laterais. Observe que as
paredes começam no
8
número 8 e vão até o 17.
9
d) Depois, desenhe o
telhado e a linha que
10
representa o chão. Por
11
fim, desenhe a janela, a
12
porta e a maçaneta.
Se você quiser, pode
13
pintar seu desenho no
14
caderno.
■
Que diferença você
notou entre o desenho
do modelo e o desenho
que você fez?
O modelo é maior do que o desenho do aluno.
Paula Radi
6
7
8
9
10
15
16
17
18
81
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Os serViçOs Que abasteCem as mOradias
Toda habitação deve ter espaço suficiente para abrigar seus moradores
com segurança e conforto. Também deve ser bem iluminada e bem ventilada,
ter água potável e rede de esgotos.
18. Pesquise informações sobre sua moradia. Leia estas perguntas
para um adulto que mora com você e escreva as respostas em seu
Respostas pessoais. Se os alunos responderem “sim” em todas as questões, peça a eles que imaginem como seriam suas vidas sem
caderno. água encanada, sem rede de esgotos e sem luz elétrica.
a) Sua moradia tem água encanada?
b) Sua moradia é servida por rede de esgotos?
c) Sua moradia tem luz elétrica?
19. Você sabe como a água e a eletricidade chegam até a sua moradia?
Converse com um adulto para saber. Anote no caderno o que você
Resposta pessoal. A água é captada de represas, é tratada e depois distribuída para as residências, por meio de canos. Geralmente,
é gerada em usinas hidrelétricas e chegam a nossas moradias por meio de fios. Vale a pena citar que, em algumas localidades,
descobriu. aa luz
água chega em caminhões-pipas, é retirada de cisternas que armazenam água da chuva ou açudes etc. A energia elétrica que
chega a algumas moradias também pode ser produzida por geradores de energia movidos a combustível.
20. Converse com seus colegas e com o(a) professor(a) sobre a importância
de ter água encanada, rede de esgoto e luz elétrica. No final, anote
Resposta pessoal. Na conversa com os alunos, mencione que esses serviços
não só maior conforto, mas também saúde e melhoria na qualidade de vida
suas conclusões no caderno.proporcionam
das pessoas. Por exemplo, a água encanada permite a higiene dos alimentos, da casa e
das pessoas com mais facilidade; a rede de esgotos evita o contato das pessoas com ele;
21. Formem grupos para ler e discutir o texto abaixo. Após a leitura, dê
a energia elétrica permite o uso de eletroeletrônicos (geladeira para conservar os alimentos,
televisão e computadores para ter acesso a informações diversas etc.).
um título para ele.
Você sabia que todos nós pagamos pelos serviços que
chegam às nossas moradias?
A energia elétrica, que permite acender luzes, ligar
televisão, geladeira e tantos outros eletrodomésticos, é
cobrada todo mês, de acordo com o consumo. Ou seja,
quanto mais consumimos, mais cara fica a conta.
O mesmo ocorre com a água encanada: se a utilizamos
muito, o preço da conta fica bastante alto.
Assim, precisamos ficar atentos para não desperdiçar
água nem energia elétrica em nosso dia a dia para evitar o
mau uso desses recursos da natureza e pagar contas altas.
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A atividade pode ser realizada oralmente. Se julgar adequado, peça aos alunos que escrevam as respostas no caderno, de acordo com a competência de escrita deles.
Imagem 1: a geladeira está aberta enquanto o homem faz outra coisa; imagem 2: a televisão está ligada sem que ninguém esteja assistindo; imagem 3: o menino está há
muito tempo tomando banho; imagem 4: a torneira está aberta enquanto a garota escova os dentes.
1
2
3
4
Felipe Grosso
22. Observe as figuras a seguir e identifique a situação de mau uso dos
serviços em cada situação.
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23. Observe as ilustrações. Imagine o que os personagens estão falando.
Escreva em seu caderno as frases dos balões de cada cena.
Felipe Grosso
Arrume seu quarto!
Pai, feche a torneira enquanto você faz a barba.
Não se esqueça de desligar a luz quando sair do ambiente
ou Não deixe a luz acesa à toa.
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VIAGEM PELA LEITURA
Vamos ler um poema! Ele fala sobre uma casa imaginária, onde tudo
pode acontecer...
Casa de amigo
Marcos Garuti
Na casa do amigo
os móveis flutuam
a um palmo do chão.
O ar é mais leve:
em cada recanto
os pássaros tecem.
Na casa do amigo
todas as confidências
são permitidas.
Todas as palavras
são entendidas
tão facilmente,
que é como a água
falando com a água.
Na casa do amigo
o coração se alimenta.
MURRAY, Roseana.
Casas. 9. ed. São Paulo:
Formato, 2009.
■
Você gosta de ir à casa de algum amigo? De quem? Conte para a
pessoal. Incentive os alunos a expressarem suas experiências, fora da escola, sobre a convivência com amigos, parentes e
turma. Resposta
vizinhos.
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HORA DO RECREIO
1. A menina está na cozinha ajudando sua mãe. Mas há oito situações
diferentes na segunda cena... Escreva no caderno quais são essas
situações.
Felipe Grosso
1) A torneira está aberta, desperdiçando água; 2) a porta da geladeira está aberta; 3) o cabo da panela está virado para o outro lado; 4) uma porta do armário
está aberta; 5) o liquidificador desapareceu; 6) uma maçã desapareceu das mãos da mãe; 7) falta um puxador no armário; 8) um dos pés da geladeira sumiu.
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Se julgar necessário, peça aos alunos que observem novamente as obras de Van Gogh nas páginas 75 e 76 e também os recortes de jornais e revistas que eles
colaram no caderno. Se possível, disponibilize papéis e materiais diversos para uso dos alunos. Integre a atividade com Artes.
2. Você vai agora experimentar fazer o trabalho de um artista. A tarefa é
desenhar e pintar a casa de seus sonhos!
Imagine a casa na qual você adoraria morar. Pense na fachada, no
jardim, nas cores, nos cômodos, na porta de entrada... Deixe a sua
imaginação fluir. Depois de desenhar, pinte o seu desenho.
3. Em seu caderno, escreva as letras que correspondem aos símbolos
abaixo e você encontrará três tipos de moradia. Depois, escreva a
quantidade de andares que cada tipo possui.
Térrea: um andar; sobrado: dois ou mais andares; edifício: vários andares.
a
b
O
d
r
e
s
f
t
Editoria de arte
i
C
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5. EU E A MINHA RUA
VAMOS COMEÇAR
Se alguém perguntar onde você mora, você pode dar alguma referência,
como “Eu moro na rua...” ou “Minha casa fica na rua...”.
A moradia é o lugar onde nos protegemos e garantimos a nossa
privacidade. No entanto, a rua é o espaço para o convívio coletivo e para a
troca de ideias.
Jonatas Tobias
Existe a rua onde a gente mora, a rua da escola, a rua do parque.
Se julgar adequado, mencione que não há problema em jogar bola na calçada, mas se a bola for para a rua,
as crianças devem verificar se não há veículos trafegando na via antes de ir buscá-la.
Observe a ilustração acima e responda oralmente.
1. Nesta rua aparecem pessoas trabalhando e outras se divertindo.
senhora, que está varrendo a calçada, e o
Quais são as pessoas que estão trabalhando? Acarteiro.
2. A sua rua se parece com a rua mostrada no desenho? Por quê?
Resposta pessoal. De acordo com as respostas dos alunos, explore as semelhanças e diferenças entre as ruas.
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as Vias PÚBlicas
A rua é um local público, isto é, que pertence a todos. É um espaço
por onde circulam pessoas e veículos e, em geral, tem uma calçada para o
pedestre caminhar com segurança.
As ruas são diferentes umas das outras. Existem ruas muito largas,
estreitas, retas ou cheias de curvas. Também existem ruas de asfalto, de
paralelepípedo e de terra. Mesmo assim, todas as ruas guardam uma
semelhança: é um ponto de encontro de pessoas que deixam suas casas ou
seu local de trabalho e de estudo.
Vamos conhecer algumas ruas do Brasil. Observe as fotos a seguir, leia
os textos e as legendas.
Uma rua pode ter construções dos dois lados, como esta, em
Tiradentes, Minas Gerais.
Du Zuppani/ Pulsar Imagens
■
Rua Direita, com calçamento de pedras em Tiradentes, Minas Gerais, 2010.
89
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Mauricio Simonetti/ Pulsar Imagens
Uma rua muito
larga geralmente
é chamada de
avenida, como
esta na foto ao
lado, na cidade
de Uberlândia, em
Minas Gerais.
■
Delfim Martins/ Pulsar Imagens
Avenida João Naves de Ávila
no centro de Uberlândia,
Minas Gerais, 2010.
■
Quando uma rua
é inclinada, ela é
chamada de ladeira.
A que vemos na
foto ao lado fica no
município de Triunfo,
em Pernambuco.
■
Uma rua pode cruzar
com outra, formando
esquinas, como esta,
ao lado, em Goiânia,
no estado de Goiás.
Caetano Barreira/ Olhar Imagem
Ladeira no município de Triunfo,
em Pernambuco, 2010.
Cruzamento da avenida Goiás
com a avenida Paranaíba
em Goiânia, Goiás, 2007.
90
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Algumas ruas são pavimentadas, outras são de terra.
Aleruaro/ Pulsar Imagens
■
Sergio Ranalli/ Pulsar Imagens
Delfim Martins/ Pulsar Imagens
Rua asfaltada no centro da cidade de Quaraí, Rio Grande do Sul, 2010.
Rua pavimentada com paralelepípedos em São
Francisco do Sul, Santa Catarina, 2008.
Esta é uma rua de terra. Ela não é pavimentada.
Mateiros, Tocantins, 2008.
91
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João Marcos Rosa/ Nitro
Na maioria das
ruas há um lugar para
os veículos passarem e
outro para os pedestres.
As faixas de travessia
indicam a ligação
entre as calçadas dos
dois lados da rua.
Os pedestres devem
atravessar as ruas com
segurança, sempre
nessas faixas.
Faixa de pedestres em cruzamento da cidade de Belo Horizonte,
Minas Gerais, 2007.
1. Qual das fotos mostradas anteriormente mais se parece com a rua
Resposta pessoal. Mesmo que nenhuma das ruas mostradas se pareça, no conjunto, com a
onde você mora? Por quê? dos alunos, incentive-os a identificarem semelhanças isoladas, por exemplo, a pavimentação,
a largura, a inclinação etc.
QUANDO A RUA É DE ÁGUA
Du Zuppani/ Pulsar Imagens
No Brasil, muitas
pessoas têm suas
moradias à beira de
rios ou à beira-mar.
Para essas pessoas,
o rio ou o mar são
como uma rua na qual
vão de um lugar para
outro, com os barcos,
e se comunicam com
outras áreas, mais
distantes.
Moradias ribeirinhas no
município de Careiro da
Várzea, Amazonas, 2009.
92
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Rogério Reis/ Pulsar Imagens
A praça também é um espaço público, ou seja, é um espaço que pode
ser usado por todas as pessoas e que é conservado pela própria população
e pelo governo. Há
praças com coreto,
onde se apresentam
músicos. Outras
têm um pequeno
parque com
brinquedos para
crianças e até
rampa de skate
ou patins para os
jovens.
João Prudente/ Pulsar Imagens
Praça Ney Brasil no município
de Tomé Açu, Pará, 2009.
Coreto na praça General
Valadão, Aracaju, Sergipe,
2009.
2. Há alguma praça perto da sua casa? Como ela é? Você costuma ir
pessoal. Mesmo que não haja praça perto da casa dos alunos, incentive-os a contarem sobre as praças que conhecem. Se
até lá? Resposta
quiser, use as imagens acima para instigar os comentários dos alunos.
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Vias de circulação
Neste momento, pode ser introduzida a ideia de que, ao fazer as construções, o ser humano
modifica a paisagem, isto é, embora o lugar seja o mesmo, ele se torna diferente com a
interferência humana.
Para facilitar o tráfego de pessoas e veículos, o ser humano constrói vias
de circulação, como pontes, viadutos e túneis, por exemplo.
Observe a ponte da foto abaixo.
Palê Zuppani/ Pulsar Imagens
A ponte foi construída nesse local para facilitar a passagem de uma
margem do rio à outra.
Ponte Juscelino Kubitschek sobre o rio Poty em Teresina, Piauí, 2010.
Renata Mello/ Pulsar Imagens
Esta outra ponte fica sobre o mar. Ela faz a ligação entre as cidades do
Rio de Janeiro e de Niterói.
Ponte Rio-Niterói,
construída
sobre a baía da
Guanabara, no
Rio de Janeiro
(RJ), 2008.
94
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Pretende-se que o aluno reflita sobre o problema: como atravessar uma avenida muito movimentada, em segurança? Os viadutos e as passarelas são uma solução.
Nos viadutos, há a vantagem de servir também a veículos. De acordo com o DER (Departamento de Estradas e Rodagens do Estado de São Paulo), a ponte é uma
Agora, observe a foto dos viadutos, abaixo, à direita. Se eles não
existissem, como as pessoas e os veículos fariam para atravessar a avenida
“construção destinada a estabelecer ligação entre margens opostas de um curso d’água ou
outra superfície liquida”; o viaduto, uma “construção destinada a transpor uma depressão do
que fica embaixo deles?
terreno ou servir de passagem superior”. A passarela é um “viaduto para pedestres, em geral
Fabio Colombini
Observe o túnel abaixo.
estreito, construído sobre ruas ou estradas”. Informações disponíveis em <www.der.sp.gov.br/
malha/denominacoes.aspx?ler=def_elem>. Acesso em: 24 nov. 2010.
Eduardo Barcellos/ SambaPhoto
Os túneis são passagens subterrâneas
construídas para facilitar a travessia em
locais onde existem obstáculos, como
morros e montanhas. O túnel da foto fica na
rodovia dos Imigrantes, que liga o município
de São Paulo ao litoral do estado.
Vista aérea de túnel na rodovia dos Imigrantes, na serra do Mar,
no estado de São Paulo, 2000.
Viadutos em Brasília, Distrito Federal,
2010.
pessoais. Espera-se que os
3. Responda às questões sobre a rua onde você mora. Respostas
alunos expressem suas experiências a
respeito da vizinhança e do lugar onde
a) Você costuma brincar na rua?
eles vivem. Amplie as perguntas, de
acordo com a realidade dos alunos.
b) Você conhece seus vizinhos?
c) Você tem colegas da escola que moram em sua rua?
d) Você e seus vizinhos costumam organizar festas na rua?
e) A sua rua é limpa? Quem cuida da limpeza da sua rua?
4. Agora que você já fez todas as suas observações, faça um desenho
da sua rua no caderno. Lembre-se de incluir a sua casa.
5. Converse com os seus colegas sobre a sua rua e a rua deles. O que
Resposta pessoal. Durante a conversa, é possível que
próprios alunos percebam as principais diferenças e
há de semelhante entre elas? E de diferente? ossemelhanças.
Valorize a diversidade e atente para que os
alunos respeitem o modo de vida de outras pessoas.
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as Vias PÚBlicas e o TrÂNsiTo
Ruas e avenidas são vias públicas. Para transitar por elas com segurança,
devemos obedecer a algumas regras de trânsito e conhecer as sinalizações.
Todas as regras do trânsito estão no Código de Trânsito Brasileiro, que
é um conjunto de regras que serve para controlar e disciplinar os motoristas
de veículos, o comportamento dos pedestres e observar o estado dos
veículos. O objetivo do código é garantir a segurança de motoristas,
passageiros e pedestres.
Vamos conhecer algumas regras do atual Código de Trânsito Brasileiro?
Crianças menores de 10 anos
devem ser transportadas no banco
de trás do carro. Crianças de até
7 anos devem ser transportadas
em cadeirinhas especiais
instaladas nos automóveis.
e segurança
O uso do cinto d
é obrigatório.
É proibido o transporte
de crianças menores de
7 anos em motos.
Todos os es
tacionamen
tos
devem des
tinar 5% da
s
vagas para
pessoas
com deficiê
ncia física o
u
dificuldade
s de locom
oção.
falar ao
o
id
ib
o
r
p
É
dirigir.
celular ao
Alexandre Tokitaka/ Pulsar Imagens
mpre
As pessoas devem se
a
atravessar a rua na faix
de pedestres.
É proibido dirigir após
o
consumo de bebida al
coólica.
Rampa para cadeirantes na calçada da avenida Paulista,
em São Paulo (SP), 2010. Observe o piso tátil
direcional e o piso de alerta (com bolinhas), que
facilitam a locomoção de pessoas com deficiência visual.
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Muitas das regras de trânsito aparecem nas sinalizações, que têm a
finalidade de garantir a segurança de todos. Por isso devemos respeitar e
obedecer a todas as placas de sinalização. É importante estar atento às
mensagens contidas nessas placas.
Existem diferentes tipos de placas. As placas de advertência alertam
motoristas e pedestres, e a maioria tem a forma de um losango e é amarela,
com as bordas e os símbolos em preto.
Esta placa adverte o motorista
sobre a possibilidade de um
cruzamento com tratores ou
máquinas agrícolas na pista; é
necessário redobrar a atenção.
Placa instalada na proximidade de
áreas escolares, alertando o motorista
para que diminua a velocidade para
respeitar o intenso fluxo de pedestres,
sobretudo crianças.
Placa que sinaliza ao
motorista a presença de
possíveis animais cruzando
a pista.
As placas de regulamentação informam os motoristas e pedestres
das proibições, obrigações ou restrições.
Ilustrações: Cibele Queiroz
Parada obrigatória:
sinaliza ao motorista que
ele deve parar o veículo
antes de entrar ou
cruzar a via.
Sinaliza a proibição
do tráfego de
tratores e de
máquinas na pista.
Esta placa é
para pedestres e
sinaliza a proibição
do fluxo de
pedestres na via.
Esta placa é para
os ciclistas. Ela
indica que a pista
está reservada
exclusivamente
para esse tipo de
transporte.
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Cibele Queiroz
Juca Martins/ Olhar Imagem
Existem também as placas de indicação. Elas fornecem informações
úteis para que os motoristas possam se locomover, auxiliando-os na
identificação de vias, mostrando distâncias, direções e serviços.
A placa branca, à esquerda, indica a velocidade máxima permitida
para cada tipo de veículo. A placa verde indica a distância dos
municípios de Osório e Torres, no Rio Grande do Sul, e de Laguna
e Florianópolis, em Santa Catarina, a partir daquele ponto da
estrada. Osório, Rio Grande do Sul, 2008.
A placa indica que há
ponto de informações
turísticas no local.
Também é muito importante observar os semáforos, que orientam o
tráfego de pedestres e de veículos por meio de sinais luminosos.
Atenção!
Passagem livre.
Fabio Colombini
É proibido passar.
Semáforo fechado. São Paulo (SP), 2010.
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DOTTA
6. Você já prestou atenção às placas
de sinalização que existem nas
vias públicas? Formem grupos e
respondam no caderno às questões.
a) Qual sinalização de trânsito
aparece na foto ao lado? O que ela
de proibido estacionar (à direita) em rua no
município de Chapadinha, Maranhão, 2007.
significa? Placa
b) Se alguém desobedecer à
orientação da placa de trânsito,
que problemas essa pessoa
de veículos ou pedestres pode ser prejudicada, pois eles terão dificuldade
poderá causar? Aparacirculação
passar, e o trânsito pode ficar congestionado.
c) Na cena a seguir, alguns motoristas estão desobedecendo a uma regra
Os motoristas estacionaram os carros em fila dupla. Considere outras possíveis respostas, como transitar de portas abertas, garota atravessando fora da faixa etc.
de trânsito. O que vocês acham que eles estão fazendo de errado?
d) Quais são os problemas causados pelos carros estacionados
Os carros parados em fila dupla ocupam parte da rua e os outros veículos
dessa forma? não têm espaço para passar, o que atrapalha o trânsito.
Rubens Chaves/ Pulsar Imagens
As fotos a seguir não contêm legendas para que o aluno não tenha a dica da resposta. Depois de realizada a atividade, compartilhe com eles as informações
sobre as fotos.
Carros estacionados
em fila dupla em
frente à escola no
município de São
Paulo (SP), 2011.
Alessandro Shinoda/ Folhapress
e) Na cena ao lado, o
motorista está passando
no sinal vermelho. O que
pode acontecer?
Esse motorista está arriscando a sua vida
e a de outras pessoas. Ele pode atropelar
alguém ou bater nos carros que vêm no
outro sentido.
Veículo desrespeita o sinal vermelho em
cruzamento na cidade de São Paulo (SP),
2010.
99
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o eNdereço
Neste momento, pretende-se apenas destacar a importância do endereço, como elemento de cidadania. No
Brasil, os endereços podem ser muito variados. Em Brasília, por exemplo, as moradias são distribuídas em
superquadras, ao norte e ao sul; em várias cidades, as ruas têm números também.
Felipe Grosso
Geralmente, as ruas têm nome e as moradias e os estabelecimentos
têm número. Esse é o endereço básico de um local. Ter um endereço
garante que possamos receber correspondências, entregas e muitos outros
serviços. As pessoas que não tem endereço têm mais dificuldades para
utilizar tais serviços.
7. Copie o modelo de ficha abaixo em seu caderno e complete-a com o
seu endereço.
Meu endereço
Rua (ou avenida) São Carlos
Número 764
Apartamento
–
Cidade Piracicaba
Estado São Paulo
País Brasil
CEP (Código de Endereçamento Postal) 00440-100
O CEP ou Código de Endereçamento Postal é um código criado pelas agências postais para facilitar a entrega de correspondências. Sem ele, a correspondência
pode demorar muito mais tempo do que o normal para chegar ao destino ou não ser entregue, já que há ruas com o mesmo nome em uma cidade. O CEP utilizado
no Brasil atualmente é composto de oito dígitos, divididos em duas partes, uma de cinco algarismos e outra de três, separadas por um hífen. Mais informações em
<http://www.correios.com.br/cep/cep_usar.cfm>. Acesso em: 24 nov. 2010.
100
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8. Que tal enviar uma carta a um amigo ou a uma amiga?
a) Escolha alguém da classe e peça seu endereço completo. Você
atividade precisa de preparação prévia. Oriente-a passo a passo. Para garantir que todos os alunos recebam
precisa saber: Esta
a correspondência, sugerimos pedir aos alunos que tragam um envelope de casa, o endereço completo anotado
no envelope ou no caderno e um selo. Faça um sorteio para ver quem vai escrever para quem, verifique se os
envelopes foram preenchidos corretamente e, por fim, coloque os envelopes em uma caixa dos Correios (ou,
se possível, leve as crianças até uma caixa ou agência dos Correios). Caso não haja condições para realizar a
■
o nome da rua;
■
o número da moradia (ou do prédio e do apartamento, se for o caso);
■
a cidade;
■
o estado;
■
o CEP (Código de Endereçamento Postal).
atividade, improvise, junto com os alunos, uma caixinha de correio na própria classe, para que eles possam colocar nela suas
cartas. A carta também pode ser enviada a pessoas das relações dos alunos (amigos ou parentes) que moram em outros
municípios. Nesse caso, é preciso que eles tragam de casa o endereço da pessoa.
b) Preencha a frente
do envelope com o
nome e o endereço do
destinatário (a pessoa
para quem você vai
mandar a carta).
Veja o exemplo ao lado.
c) Preencha o verso (parte
de trás) do envelope
com o nome e o
endereço do remetente
(a pessoa que está
enviando a carta; no
caso, você mesmo).
Veja o exemplo ao lado.
← Destinatário
Alex da Silva
Rua das Flores, nº 12 ← Rua e número da casa
← Município e estado
Bom Jardim / RJ
CEP 00555-100
Jaqueline Xavier
Rua do Girassol, nº 91
Bom Jardim / RJ
CEP 00555-100
Editoria de arte
É importante colocar essas informações no envelope para que a carta
chegue ao seu destino.
← Código de
Endereçamento Postal
← Remetente
← Rua e número da casa
← Município e estado
← Código de
Endereçamento Postal
d) Depois de preencher a frente e o verso do envelope, coloque a
Língua Portuguesa, aproveite para trabalhar o gênero “carta”
carta que você escreveu dentro dele. Em
e auxiliar os alunos na redação dela, de acordo com o nível de
compreensão do sistema de escrita dos alunos.
e) Feche o envelope e cole o selo.
f) Pronto! Agora é só colocar na caixa do correio e esperar a
resposta do seu amigo ou da sua amiga.
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o QuarTeirão
Quarteirão ou quadra é uma área cercada por ruas, com ou sem
construções.
Zig Koch/ Olhar Imagem
9. Observe a foto a seguir e responda às questões no caderno.
Vista aérea de quarteirões
de bairro no município de
Santana do Livramento,
Rio Grande do Sul, 2009.
Paula Radi
a) Quantas ruas ou avenidas você vê na foto? Seis.
b) Quais elementos da natureza você observa? Árvores e gramados.
c) Quais elementos criados pelo ser humano você consegue
identificar? Ruas, casas e carros.
A foto foi
tirada por alguém
que observou
os quarteirões
do alto.
Veja ao lado a
representação
dos quarteirões
feita com base na
fotografia.
102
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Paula Radi
O desenho da página anterior representa alguns elementos da paisagem
retratada na foto, conforme a legenda:
árvore
casa
rua
rua sem pavimentação
(rua de terra)
área livre
Veja como uma criança representou alguns quarteirões próximos à
casa dela.
Desenho de
Gustavo Kenzo,
10 anos.
10. Agora é a sua vez. Faça o desenho do quarteirão da sua casa em
uma folha de papel.
a) Trace as ruas que formam o quarteirão e escreva o nome delas.
b) Crie símbolos para representar estabelecimentos comerciais ou praças
e desenhe-os no quarteirão, assim como na representação acima.
Observe se os alunos representam de forma satisfatória o quarteirão,
c) Para finalizar, faça uma legenda. mesmo sem escala, mas com alguns elementos indicados na legenda,
por meio de símbolos.
103
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VIAGEM PELA LEITURA
Leia o poema a seguir e responda às questões.
Minha rua
Lá na minha rua eu podia ser tudo...
Bandida, mocinha, princesa, rainha...
E quando vencia qualquer brincadeira,
Eu era aclamada de “a heroína”!
Lá na minha rua eu podia ser tudo...
Ter asas, voar, ser um passarinho...
Em árvores pousar, construir o meu ninho,
Cair, machucar e voltar a sonhar.
Ser bruxa malvada, uma feiticeira,
Pular e gritar ao redor da caldeira
Ver olhos de espanto de uma criançada,
Fugindo correndo da tal caldeirada.
Lá na minha rua deixei registrada
Uma infância feliz, onde podia tudo,
Rua de pedrinhas, de luz, de brilhantes...
Rua dos meus sonhos, meu marco, meu mundo!!!
Marcos Garuti
Lá da minha rua eu podia ver tudo...
Um céu pintadinho de estrelas cadentes,
A lua pertinho do final da rua,
Piscando, sorrindo, mostrando-se nua.
SOUZA, Carmen Lúcia Carvalho de. Disponível em: <www.poemas-de-amor.net/blogues/
carmen_lucia/quot_minha_rua_quot>. Acesso em: 17 nov. 2010.
1. Você
gosta da rua onde vive? Como você se sente nela?
Resposta pessoal. Incentive os alunos a expressarem suas experiências com relação ao lugar onde moram. De acordo com a realidade deles, pode ser
mencionado o bairro, a vizinhança do prédio, o condomínio, a comunidade etc.
2. Agora é a sua vez de fazer um poema sobre a sua rua. Comece
assim: “Lá na minha rua eu podia ser tudo...”.
104
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HORA DO RECREIO
Jonatas Tobias
1. Observe o desenho abaixo.
A seguir, há quatro palavras que estão com as letras misturadas.
Elas se referem a alguns dos elementos representados no desenho.
Formem duplas, descubram cada palavra e escrevam-nas corretamente
em seu caderno. A dupla que conseguir terminar primeiro é a
vencedora! Rua, crianças, carteiro, moradias.
ARU
AÇCNRISA
EOICRATR
DMROAAIS
1
2
Pedestre.
5
3
Motorista.
6
Pedestre.
4
Pedestre.
7
Motorista.
Cibele Queiroz
2. Observe cada uma das placas abaixo e diga se a placa é para
motoristas ou para pedestres.
Motorista.
8
Motorista.
Pedestre.
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É HORA DE PESQUISAR
1. Que tal fazer uma caminhada pela sua rua para reconhecer os
arredores? Peça a um adulto para acompanhá-lo! Leia atentamente
Respostas pessoais. De acordo com a realidade dos alunos, faça as adaptações nesta proposta de
O que se pretende é que o aluno observe e traga para classe seus comentários a respeito das
as instruções a seguir. atividade.
características do lugar em que vive: sua vizinhança, sua comunidade, seu bairro etc.
a) Leve seu caderno e um lápis para registrar suas anotações.
b) Durante a caminhada, observe tudo o que conseguir na rua onde
você mora e como ela é (se tem ladeira, se é pavimentada, se é
larga, como é a calçada etc.).
c) Registre suas impressões com base nos seguintes aspectos:
largura da rua;
■
pavimentação;
■
presença de calçada;
■
ladeira;
■
curvas;
■
movimentação de pedestres;
■
circulação de veículos.
Jonatas Tobias
■
106
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d) Agora, escreva em seu caderno os itens que você encontrou,
considerando os que estão listados a seguir. Se não for possível
sair de casa para realizar a atividade, faça o seguinte: quando for
à escola ou a qualquer outro lugar, vá fazendo suas observações
durante o percurso e anote no caderno ou em uma folha de papel.
■
casas
■
túneis
■
padarias
■
edifícios
■
escolas
■
farmácias
■
veículos
■
bancos
■
supermercados
■
calçadas
■
■
hospitais
■
postes de luz
■
lojas
■
semáforos
■
fábricas
■
pontos de ônibus
■
■
bancas de
jornal
pontes
2. Na atividade anterior, você observou, na rua onde mora e nos
arredores, coisas que foram criadas pelas pessoas. Mas em uma rua
podemos também observar elementos da natureza, que não foram
pessoais. Aproveite esta atividade para introduzir as primeiras noções de
criados pelo ser humano. Respostas
elementos naturais e elementos culturais (ou humanizados) da paisagem.
Continue sua observação, anotando no caderno o que você encontrar
durante a sua caminhada. Considere os itens listados a seguir.
■ árvores, flores, outras plantas;
■ parques com muitas árvores;
■ pássaros, cachorros, gatos, outros
animais;
■ rio, córrego, lagoa, mar;
■ morros, colinas, serras, vales.
3. Agora, responda no caderno:
a) A sua observação foi feita durante
o dia ou à noite?
b) No dia de sua pesquisa, ao olhar
para o céu, o que você pôde ver?
Anote no caderno.
■ nuvens
■ Sol
■ Lua
■
Jonatas Tobias
placas de
sinalização
estrelas
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LEIA TAMBÉM
■
A rua do Marcelo, de Ruth Rocha. São Paulo: Salamandra, 2001.
Conheça o personagem Marcelo, sua família, seus amigos, colegas da escola
e toda a turma da rua.
■
A rua é livre, de Kurusa. São Paulo: Callis, 2002.
Essa história é baseada em experiências das crianças que frequentam a
Biblioteca San José de La Urbina, uma favela de Caracas, Venezuela.
■
Casas, de Roseana Murray. São Paulo: Formato, 2009.
Livro de poesias cujo tema são as moradias.
■
Esta casa é minha!, de Ana Maria Machado. São Paulo: Moderna, 2009.
Paula e Beto são crianças que moram em apartamento e que um dia passam
a desfrutar de uma casa de praia com quintal. Só que o lugar logo passa a ser
transformado. O que será que acontece?
■
Se essa rua fosse minha, de Eduardo Amos. São Paulo: Moderna, 2002.
Parodiando a cantiga, o autor imagina a rua ideal e fala de brincadeiras,
amizades e solidariedade entre amigos. A poluição e a responsabilidade de
cada um na realização de um sonho também são abordados na obra.
■
Tem de tudo nesta rua, de Marcelo Xavier. São Paulo: Formato, 2004.
O que será que existe de bom nas ruas mencionadas pelo autor? Carrinho de
pipoqueiro, amarelinha, queimada, corre-cutia? Leia o livro e descubra!
■
Vizinho, vizinha, de Roger Mello. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2002.
Trata-se de uma história bem-humorada e terna e mostra o que separa e o
que une as pessoas nas grandes cidades.
OUTRA SUGESTÃO
■
Educação para o trânsito: <www.educacaoetransito.com.br>.
Acesso em: 28 fev. 2011.
O site fornece informações e dicas educativas para um trânsito mais seguro.
Na seção “Escola”, há jogos educativos online.
108
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GLOSSÁRIO
C
Área de risco de desabamento: área de
terreno instável, normalmente localizada
próxima a morros. No período de chuvas,
os terrenos ficam encharcados e perdem a
estabilidade, o que pode ocasionar desmoronamento de terra e de pedras.
Caldeira: panela grande de metal utilizada
para ferver líquidos.
Wendy Stone/ Corbis/ Latinstock
Ateliê: estúdio de um artista.
Jon Larter/ iStockvectors/ Getty Images
A
Personagens
comuns em
contos de fadas
e histórias
infantis, as bruxas
normalmente
preparam poções
mágicas em uma
caldeira, como a
da ilustração
ao lado.
Cartum: desenho humorístico que normalmente retrata comportamentos ou características sociais.
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stim
e.co
am
Dre
nsh
aw/
Ope
Ma
dele
ine
Bilboquê: brinquedo
formado por uma bola
de madeira com um
furo, ligada por um
cordão a um pequeno
bastão. O objetivo da
brincadeira é jogar a
bola para o alto e
encaixá-la no bastão.
m
B
Bilboquê.
Cerol: mistura cortante de vidro moído
com cola que se passa na linha usada
para empinar pipas ou papagaios. O cerol
é usado para cortar a linha de outra pipa
quando ambos estão no ar.
Fabio Colombini
Artista plástico pintando quadro em seu ateliê, na cidade
de Nairóbi, Quênia, 2003.
Cipó: planta trepadeira cujos ramos se trançam
nas árvores como
se fossem cordas.
Cipós trançados em
tronco de árvore da
Reserva Natural do
Vale do Rio Doce,
em Linhares, Espírito
Santo, 2010.
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Confidência: informação secreta ou íntima revelada a alguém; segredo.
D
Descarga elétrica: no texto, significa um
choque muito forte provocado pela energia contida em um relâmpago.
Daniel Cymbalista/ Pulsar Imagens
Coreto: pavilhão em praça pública próprio
para apresentações musicais.
Faixa de pedestres: corresponde à área
determinada para a travessia de pedestres
em ruas e avenidas.
Faixa de
pedestre em
avenida na
cidade de
São Paulo
(SP), 2008.
Diversidade: variedade.
G
Estrela cadente: na realidade, é a visualização de um meteorito que, ao entrar na atmosfera, deixa um rastro luminoso no céu.
Garimpar: no texto, significa “procurar”.
Walter Pacholka/ SPL/ Latinstock
E
I
Identidade: conjunto de características de
uma pessoa que a tornam única, exclusiva.
Imposto: taxa que os governos cobram
sobre produtos e serviços.
L
Estrela cadente vista no deserto de Mojave, em 2009,
na Califórnia, Estados Unidos.
Lavrador: pessoa que trabalha na lavoura; agricultor.
F
O
Fachada: parte da frente de um edifício,
casa, prédio etc.
Organização das Nações Unidas (ONU):
instituição internacional formada por 192
110
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países, criada para auxiliar e incentivar relações cordiais entre as diversas nações
do mundo e garantir os direitos humanos
para todas as pessoas.
P
Palmo: medida que equivale ao comprimento de uma mão aberta.
Juvenal Pereira/ Pulsar Imagens
Paralelepípedo: pedra de seis lados retangulares utilizada no calçamento de ruas.
Paxá: no texto, sultão.
Piso tátil direcional: piso diferenciado
que serve como guia de direção para
pessoas com deficiência visual que usam
bengalas.
Privacidade: direito de não se expor; de
manter em sigilo sua intimidade.
Q
Quilombola: descendente de escravos que
mora em lugar que foi quilombo, no passado, na época da escravidão.
S
Rua pavimentada com paralelepípedos em Ouro Preto,
Minas Gerais, 2009.
Steve Allen/ Dreamstime.com
Patrimônio da Humanidade: título que a
Unesco (órgão da ONU) concede a conjuntos de bens naturais ou culturais de importância reconhecida para o mundo, para
que esses locais sejam protegidos e preservados.
Sapé: espécie de capim utilizado para cobrir moradias.
Segunda mão: que já foi usado, mas que
ainda pode ser aproveitado.
T
Tráfego: trânsito; fluxo de veículos.
Taj Mahal, em foto de 2005. Localizado em Agra, na
Índia, é um dos monumentos mais conhecidos do país e
foi considerado Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
Foi construído entre os anos de 1630 e 1652 a pedido
do imperador Shah Jahan em memória de sua esposa,
que faleceu após dar à luz ao 14o filho. O monumento
foi construído sobre seu túmulo, próximo ao rio Yamuna.
111
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REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Rosângela de; PASSINI, Elza. O espaço geográfico – ensino e representação. São Paulo:
Contexto, 1989.
BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN): geografia e apresentação
dos temas transversais. Diversos autores. Brasília: MEC/SEF, 1997.
CAVALCANTI, Lana de Souza. A geografia escolar e a cidade: ensaios para ensino de geografia para
a vida urbana cotidiana. Campinas: Papirus, 2008.
COLL, César. Psicologia e currículo: uma proposta psicopedagógica à elaboração do currículo escolar. São Paulo: Ática, 1996.
ESTATUTO da Criança e do Adolescente. Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990, publicada no Diário
Oficial da União de 16 de julho de 1990.
MOREIRA, Ruy. Para onde vai o pensamento geográfico? Por uma epistemologia crítica. São Paulo:
Contexto, 2006.
OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de (Org.). Para onde vai o ensino de geografia. São Paulo: Contexto,
1989.
PARÂMETROS Curriculares Nacionais Fáceis de Entender, de 1a a 4a série – geografia. Revista Nova
Escola, Suplemento no 113, jun. 1998.
PEREIRA, D. A. C. A geografia escolar, conteúdos e/ou objetivos. Caderno Prudentino de Geografia.
Presidente Prudente: AGB, no 17, 1995.
PONTUSCHKA, Nidia Nacib; PAGANELLI, Tomoko Iyda; CACETE, Núria Hanglei. Para ensinar e
aprender geografia. São Paulo: Cortez, 2009.
SANTOS, Douglas. A reinvenção do espaço. São Paulo: Unesp, 2002.
SANTOS, Milton. Metamorfose do espaço habitado; fundamentos teóricos e metodológicos da geografia. São Paulo: Hucitec, 1988.
______. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. 4. ed. São Paulo: Edusp, 2008.
______. Pensando o espaço do homem. São Paulo: Edusp, 2004.
SILVA, Lenyra Rique da. A natureza contraditória do espaço geográfico. São Paulo: Contexto, 2001.
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manual do
Professor
GEOGRAFIA
2
O
ANO
ASSESSORIA PEDAGÓGICA
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sumário
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1. Propostateór ico-metodológica
da coleção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2. Estrutura didática da coleção . . . . . . . . . . . . 13
3. A avaliação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
4. Explicitação de conteúdos . . . . . . . . . . . . . . . 19
5. Sumários da coleção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
6. Recursos e estratégias propostos
na coleção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
7. Leituras complementares para
o(a) professor(a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
Orientações específicas deste volume . . . . . . . . 39
Estudos interdisciplinares . . . . . . . . . . . . . . . . 40
Estrutura de cada unidade didática . . . . . . . . . 41
Referências bibliográficas. . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
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aPresentação
As propostas desenvolvidas nesta coleção têm como meta criar,
por meio do processo de ensino‑aprendizagem, os meios para que o
aluno consiga realizar a leitura do espaço geográfico. São desafios que
se colocam ao(à) educador(a) e que, no trabalho do dia a dia, na troca
dos diferentes saberes, vão sendo vencidos.
O Manual do Professor pretende fornecer subsídios para uma
prática educativa, criativa e transformadora, que permita a formação
de cidadãos éticos e conscientes do seu papel na sociedade, sujeitos
ativos e preocupados com o mundo em que vivem. Que as aulas de
Geografia possam ser momentos importantes de reflexão, que o aluno
tenha o gosto por aprender e que possa fazer do conhecimento algo
transformador.
O Manual está organizado da seguinte forma: na primeira par‑
te, uma fundamentação teórica e textos de apoio sobre o ensino da
Geografia; na segunda, a parte específica apresenta quadros de conte‑
údos e objetivos das unidades e dos capítulos que compõem cada vo‑
lume (nos volumes 2 e 3, os quadros serão apresentados por unidades;
nos volumes 3 e 4, por capítulo), orientações para a realização das ati‑
vidades propostas, além de sugestões de atividades complementares e
de textos de apoio sobre conteúdos específicos de cada ano.
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1. ProPosta teórico‑
‑metodológica da coleção
A disciplina escolar Geografia, assim como todas as demais, é fruto
de um longo processo histórico de construção social. Encontrar maneiras
mais atraentes e “eficazes” de ensinar e aprender os conteúdos dessa
disciplina tão importante para o entendimento do mundo, em qualquer
tempo e espaço é um desafio que se coloca para todos os educado‑
res. Sua importância nos primeiros ciclos do Ensino Fundamental se con‑
firmou, nos últimos anos, após o desmembramento das disciplinas de
Estudos Sociais e de História – o que não significa, entretanto, que essas
áreas deixem de dialogar entre si – constituindo‑se também neste seg‑
mento como uma unidade disciplinar essencial para a formação do aluno.
Além de professores e estudantes, diversos outros sujeitos so‑
ciais participam dessa construção social, tanto na comunidade esco‑
lar como fora dela. Pesquisadores nas universidades, técnicos ligados
aos órgãos governamentais e às secretarias de governo nos níveis
municipal, estadual e federal, enfim, profissionais e instituições diver‑
sas participam desse processo. Mas é importante destacar que as
práticas pedagógicas realizadas pelos educadores contribuem signi‑
ficativamente para a construção da disciplina escolar Geografia, que
não é fruto apenas da transposição didática de conteúdos e teorias
desenvolvidas na universidade (ALBUQUERQUE, 2004).
Em cada tempo histórico, novos desafios e necessidades se
somam aos anteriores e, ao mesmo tempo, estratégias de ensino‑
‑aprendizagem e conteúdos são abandonados ou reelaborados para
atender às novas demandas. E esta é, sem dúvida, uma das riquezas
da Geografia, tanto como ciência quanto como disciplina escolar, de‑
corrente das constantes transformações do mundo e da sociedade
em seus diferentes momentos históricos.
Sabemos que os métodos de ensino‑aprendizagem de Geografia
que predominavam no Brasil e no mundo até meados do século pas‑
sado já não dão conta de conhecer e desvendar a complexa realida‑
de deste início do século XXI. Naquele período, a disciplina escolar
Geografia apresentava um forte caráter mnemônico, ou seja, baseado
na memorização e na aquisição de conceitos e conteúdos, em ge‑
ral desprovida de reflexão e de crítica, enfim, descolada da realidade.
Esta forma de ensinar a aprender foi chamada por Freire (2004) de
“educação bancária” e, para esse educador, deveria ser superada por
não dar a crianças, jovens e adultos a formação necessária para fazer
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a “leitura do mundo”, entendida como meio de relacionar o cotidiano
com os conceitos e conteúdos aprendidos na escola.
Não podemos esquecer, no entanto, que mesmo no período em
que predominava esse tipo de ensino considerado “tradicional” havia ini‑
ciativas de educadores e instituições que procuravam romper com essa
forma de ensinar e aprender, aos quais devemos boa parte das novas
estratégias de ensino e aprendizagem que conhecemos hoje. Dentre es‑
tas podemos destacar, aqui no Brasil, o movimento Escola Nova1.
Segundo Feltran e Feltran Filho (1991), a proposta pedagógica
da Escola Nova caracteriza‑se pela ênfase à relação entre o trabalho
escolar e as condições gerais de vida dos educandos; à importância
da escola na proposição de situações que facilitem a ação do aluno;
à concepção de aprendizagem como processo de aquisição pessoal
do aluno e do desenvolvimento como uma unidade entre os domínios
intelectual, moral e social; e ainda à importância da cientificidade dos
métodos de ensino. Trata‑se, portanto, de uma proposta que procura
associar ensino à pesquisa e problematizar a prática social, em busca
de uma compreensão mais aprofundada.
Em nível mundial, sobretudo a partir da década de 1980, destaca‑
‑se o surgimento do construtivismo, fundamentado nas teorias de Jean
Piaget (1896‑1980) e Lev Vigotsky (1896‑1934), que direciona o foco
para a aprendizagem: a preocupação central está em “como” ensinar.
Ainda que se percebam diferentes formas de conceber e desenvolver
a prática pedagógica construtivista, alguns de seus princípios gerais
servem como orientação para a abordagem presente nesta coleção.
a. A construção do conhecimento se dá em diferentes estágios:
deve‑se considerar o momento ou estágio cognitivo em que
se encontra o indivíduo no seu processo individual de cons‑
trução de conhecimento.
b. O conhecimento resulta da interação do indivíduo com o
meio: a inteligência e o conhecimento se desenvolvem a par‑
tir das ações mútuas entre o indivíduo e o meio. Incentiva‑se,
portanto, a participação dele na transformação do local onde
ele vive.
c. Os alunos são sujeitos do seu próprio conhecimento: a trans‑
missão de informações serve de apoio e fornece a base para
a participação ativa do educando.
1 Movimento que teve início na década de 1920 e ganhou impulso na década de 1930 com
a publicação do “Manifesto da Escola Nova”, assinado por importantes intelectuais como Anísio
Teixeira (1894‑1974) e Cecília Meireles (1901‑1964), o qual defendia a universalização da escola
pública, laica e gratuita.
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d. A aprendizagem é significativa – o conhecimento resulta da reestruturação de saberes anteriores: o conhecimento é constan‑
temente ampliado e revisto pelo indivíduo e pela coletividade.
Um dos pesquisadores que se dedicaram a este último princípio
citado foi o psicólogo estadunidense David Paul Ausubel, que distin‑
gue a “aprendizagem significativa” da “aprendizagem memorística” e
associa a primeira à aprendizagem por descoberta ou à aprendizagem
receptiva (AUSUBEL,1982). O processo de descoberta sugere que o
aluno é colocado diante do conteúdo inacabado, tornando‑o sujeito
da apropriação deste conteúdo, o que possibilita a assimilação pela
construção e não por repetição. Daí a importância da valorização dos
conhecimentos prévios dos alunos, para que possam descobrir e re‑
descobrir outros conhecimentos, caracterizando, assim, uma aprendi‑
zagem prazerosa e eficaz (PELIZZARI et al, 2002).
A partir do que foi exposto sobre o construtivismo e a aprendiza‑
gem significativa, considera‑se que a aprendizagem acontece na es‑
cola, mas não exclusivamente nela. O reconhecimento e a valorização
das outras formas e ambientes em que se dá a aprendizagem – famí‑
lia, comunidade, meios de comunicação etc. – contribuíram para que
educadores e gestores escolares repensassem sua própria atuação,
sobretudo a partir do início da década de 1990. Isso não significa,
porém, que os problemas relacionados ao ensino‑aprendizagem te‑
nham sido superados, tampouco que todas as escolas, educadores,
políticas educacionais e materiais didáticos tenham de, necessaria‑
mente, seguir esses princípios. Este é apenas mais um dos processos
inerentes à construção social da Educação. Também não significa que
a escola e a Educação formal perdem sua importância e seu papel de
educar, mas esse papel é repensado e redefinido por esses e outros
princípios, sejam eles nascidos do construtivismo ou não.
Nessa coleção didática, para estrutura, organização, abordagem
e seleção de temas, foram considerados elementos tradicionais e tam‑
bém inovadores (surgidos da renovação pós‑década de 1990, men‑
cionada acima).
Em relação à organização e à estrutura (que veremos mais de‑
talhadamente adiante), pretende‑se favorecer e incentivar a parti‑
cipação do educando no desenvolvimento de seus conhecimentos,
considerando‑o como sujeito ativo e respeitando seu estágio cogniti‑
vo, com o apoio e a medição constante do(a) professor(a).
Na abordagem e seleção dos temas, os diferentes estágios cog‑
nitivos também são respeitados na distribuição dos conteúdos ao
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longo da coleção. No volume do 2o ano, a referência é o próprio in‑
divíduo (o aluno), desenvolvendo inicialmente a noção de identidade
para, em seguida, inseri‑lo no espaço social do seu cotidiano (família,
escola, a rua e o quarteirão). No volume do 3o ano, os conteúdos es‑
tão ainda vinculados à escala local, ou seja, o contexto da aprendiza‑
gem é o próprio bairro e o município, bem como o desenvolvimento de
noções relacionadas à coletividade que vai além da família, da escola
e da rua, trabalhados no volume anterior. Nos volumes do 4 o e do 5o
anos, além do aprofundamento da alfabetização cartográfica, amplia‑
‑se o universo de análise por meio do estudo de diferentes paisagens
urbanas e rurais e suas transformações em diferentes tempos históri‑
cos e espaços geográficos brasileiros.
PressuPostos teóricos de
geografia
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), “a
Geografia estuda as relações entre o processo histórico que regulamen‑
ta a formação das sociedades humanas e o funcionamento da natureza,
por meio da leitura do espaço geográfico e da paisagem. [...] Nessa
perspectiva, a historicidade enfoca o homem como sujeito construtor
do espaço geográfico, um homem social e cultural, situado para além e
através da perspectiva econômica e política, que imprime seus valores
no processo de construção do seu espaço.” (BRASIL, 2000). Essa con‑
cepção do que vem a ser Geografia remete ao desafio de criar, por meio
do processo de ensino‑aprendizagem – que, como vimos, ultrapassa os
muros da escola – os meios para que a criança consiga fazer a leitura do
espaço geográfico. Para tanto, é preciso que se desenvolva um proces‑
so de apropriação de determinados conceitos e categorias de análise,
bem como de conteúdos, procedimentos e habilidades, este sim papel
primordial da escola e, em especial, da disciplina escolar Geografia. Em
outras palavras, é preciso ocorrer um processo de “alfabetização geo‑
gráfica” – que inclui a “alfabetização cartográfica”, porém não se restrin‑
ge a ela – para ler o mundo sob esta perspectiva.
Quanto aos conceitos e categorias inerentes ao processo de
alfabetização geográfica, a presente coleção tem como referenciais:
paisagem, lugar, território e região, conceitos e categorias que funda‑
mentam o estudo do espaço geográfico. Diante das diferentes concei‑
tuações presentes no âmbito da ciência geográfica, apresentamos a
seguir uma breve discussão sobre cada um desses conceitos e cate‑
gorias e como estes se fazem presentes na abordagem dos temas e
conteúdos do material didático que aqui desenvolvemos.
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Paisagem
O termo paisagem é utilizado com diversos significados. Podemos
encontrar desde definições marcadas pelo senso comum e frequente‑
mente reproduzidas por alunos, que a ela se referem como “um lugar
bonito” ou “onde tem natureza”, como nos mostra Lana de Souza
Cavalcanti (CAVALCANTI, 1998), até as diferentes concepções teó‑
ricas no campo da ciência que, aliás, não se restringem à Geografia.
Para o geógrafo Milton Santos (1926‑2001), “tudo aquilo que nós
vemos, o que nossa visão alcança, é a paisagem. Esta pode ser defi‑
nida como o domínio do visível, aquilo que a vista abarca. Não é for‑
mada apenas de volume, mas também de cores, movimentos, odores,
sons etc.” (SANTOS, 1988).
Notamos que há uma série de diferenças entre as definições da‑
das por este importante geógrafo brasileiro para paisagem e aquelas
do senso comum. Ao se referir à paisagem como “tudo” aquilo que
nós vemos, deduzimos que não necessariamente deve ser algo “boni‑
to”, o que, aliás, também é bastante relativo.
Se a paisagem não é apenas um lugar “bonito”, podemos concluir
que uma observação mais atenta pode revelar elementos geográficos
que permitem entender o espaço geográfico no qual ela se insere, já
que aquilo que vemos ou sentimos diante e em torno de nós é fruto de
um processo histórico de transformação. É com esta perspectiva que
inserimos, nesta coleção, a leitura da paisagem: as fotografias, ima‑
gens e atividades diversas são formas de leitura e compreensão do es‑
paço geográfico, por meio da observação e interpretação da paisagem.
É importante ter em mente que o estudo da paisagem não é apre‑
sentado aqui como um conteúdo a ser estudado neste ou naquele capí‑
tulo de determinado volume. Esse estudo permeia toda a coleção, como
acreditamos que deve permear o trabalho do(a) professor(a) em todo o
processo de ensino‑aprendizagem em Geografia. O que ocorre é uma
diferenciação necessária no nível de aprofundamento de leitura das paisa‑
gens nos diferentes anos. Assim, no primeiro ciclo (2o e 3o anos), são rele‑
vantes as estratégias de leitura que valorizam a descrição, a identificação
dos diversos elementos naturais e antrópicos que se fazem presentes na
paisagem. Já no segundo ciclo (4o e 5o anos), pode‑se avançar na inter‑
pretação e nos questionamentos socioambientais, nas transformações
das paisagens ao longo do tempo, entre outras formas de leitura.
Lugar
Este é um conceito que também pode se apresentar com diferen‑
tes significados, geográficos ou não. Quando alguém diz, por exemplo, a
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seguinte frase: “Se eu estivesse no lugar daquela pessoa, diria que...” não
está se referindo a um “lugar” no sentido geográfico. No entanto, afirmar
que “determinado lugar se encontra no cruzamento do meridiano X com
o paralelo Y” tem um sentido geográfico: são as coordenadas. Entretanto,
concordaremos que esse sentido se limita a dar a localização cartesiana,
útil em determinadas situações – como a navegação aérea e a marítima,
por exemplo –, mas desprovida de qualquer significado sociocultural.
É justamente aí que os geógrafos perceberam a necessidade de
conceituar o lugar como uma unidade espacial que está diretamente
ligada à vivência, ao espaço vivido, ao cotidiano das pessoas. Quando
alguém diz “moro num lugar que...” certamente não vai se referir às
coordenadas geográficas, mas aos costumes, às pessoas que conhe‑
ce, às atividades sociais, políticas e econômicas, às dificuldades, en‑
fim, às vivências que identificam aquele lugar, que pode ser uma cida‑
de, um bairro, uma rua, um quarteirão ou mesmo prédio/casa onde a
pessoa mora. É evidente que esses lugares têm um endereço, ou seja,
uma localização conhecida também no plano cartesiano, mas, neste
caso, a referência principal não é a escala e a localização cartográfica,
e sim a sua identidade sociocultural, o seu cotidiano.
De acordo como os PCN, a Geografia do lugar remete aos “espa‑
ços com os quais as pessoas têm vínculos mais afetivos e subjetivos
que racionais e objetivos: uma praça, onde se brinca desde menino,
a janela de onde se vê a rua, o alto de uma colina, de onde se avista
a cidade. O lugar é onde estão as referências pessoais e o sistema de
valores que direcionam as diferentes formas de perceber e construir a
paisagem e o espaço geográfico” (BRASIL, 1997).
Tal como o conceito de paisagem, o lugar enquanto conceito
geográfico está presente na estruturação dos temas e conteúdos abor‑
dados nesta coleção quando, em diversos momentos, são tratados
temas relacionados à identidade sociocultural, sobretudo nas esca‑
las locais (rua, bairro, cidade). Mas o estudo de aspectos geográficos
distantes fisicamente no plano cartesiano – como ocorre, por exem‑
plo, no estudo das regiões brasileiras no volume do 5o ano – permite
ao aluno conhecer e refletir sobre outras identidades socioculturais e
outras formas de se relacionar com o espaço vivido, enfim, conhecer
outros lugares. E esse conhecimento também contribuirá para que ele
identifique ainda mais as características do lugar onde vive.
Território
O termo território é, muitas vezes, confundido com a área (a su‑
perfície, normalmente medida em quilômetros quadrados) de um país.
Na Biologia, era concebido nos estudos do fim do século XVIII como a
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área em que vivia uma determinada espécie. Sua transposição para a
Geografia, inicialmente, tinha forte caráter “biológico”, como na concep‑
ção do geógrafo alemão Friedrich Ratzel (1844‑1904), que se referia ao
território como “espaço vital”, ou seja, a área necessária para que um de‑
terminado Estado e sua população pudessem garantir a sua existência.
Entretanto, nas últimas décadas, o território vem sendo concebi‑
do como uma categoria de análise da realidade geográfica, em que se
analisam as complexas relações sociais, políticas, econômicas e cul‑
turais, como podemos perceber nas seguintes afirmações dos PCN:
Território não é apenas a configuração política de um Estado‑Nação, mas sim o
espaço construído pela formação social. Para estudar essa categoria é necessário que os
alunos compreendam que os limites territoriais são variáveis e dependem do fenômeno
geográfico considerado. [...] Além disso, compreender o que é território implica também
compreender a complexidade da convivência em um mesmo espaço, nem sempre
harmônica, da diversidade de tendências, ideias, crenças, sistemas de pensamento e
tradições de diferentes povos e etnias. É reconhecer que, apesar de uma convivência
comum, múltiplas identidades coexistem e por vezes se influenciam reciprocamente,
definindo e redefinindo aquilo que poderia ser chamado de uma identidade nacional. No
caso específico do Brasil, o sentimento de pertinência ao território nacional envolve a
compreensão da diversidade de culturas que aqui convivem e, mais do que nunca, buscam
o reconhecimento de suas especificidades, daquilo que lhes é próprio. A categoria território
possui uma relação bastante estreita com a de paisagem. Pode até mesmo ser considerada
como o conjunto de paisagens contido pelos limites políticos e administrativos de uma
cidade, estado ou país. É algo criado pelos homens, é uma instituição. (BRASIL, 2000).
Dessa forma, quando nos referimos, no âmbito desta coleção,
ao estudo do “território brasileiro” ou mesmo de um município ou re‑
gião, estamos nos referindo ao conjunto de paisagens – concebidas
conforme discutimos anteriormente – e às relações entre os seres hu‑
manos, a sociedade, e desta com a natureza.
A diversidade de culturas, conforme citado no trecho acima re‑
produzido, merece destaque na coleção por se tratar de importante
elemento formador da identidade sociocultural e do próprio território,
além de ser aspecto relevante para a alfabetização geográfica nos pri‑
meiros ciclos do Ensino Fundamental. Além disso, abordamos tam‑
bém os aspectos físico‑naturais do território, procurando relacioná‑los
com as formas de apropriação e transformação destes pela socieda‑
de. Nesse sentido, as questões socioambientais apresentam‑se como
problemas e desafios resultantes dessa relação e que precisam ser
compreendidos e enfrentados, com a participação ativa do educando,
respeitado o seu limite de atuação de acordo com a faixa etária e o
estágio cognitivo em que se encontra.
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Região
A divisão regional é uma forma (dentre várias outras) de identi‑
ficar determinadas características específicas em uma parte do terri‑
tório. Assim, a divisão regional do Brasil definida pelo IBGE, ou seja,
a divisão em cinco macrorregiões administrativas – Norte, Nordeste,
Centro‑Oeste, Sudeste e Sul – representa uma das muitas possibilida‑
des de divisão regional e uma das mais comumente utilizadas pelas
pessoas não só em situações cotidianas, mas também em textos de
outras áreas de conhecimento. Reconhecendo, por causa do uso co‑
tidiano, a familiaridade do aluno com essa divisão regional, nessa faixa
etária, optou‑se, nessa coleção, por tomá‑la como principal referência,
embora não seja a única. (Veja em Leituras complementares para
o(a) professor(a) (item 7), um texto dos geógrafos Milton Santos e
Maria Laura Silveira sobre a regionalização brasileira).
Em diversos momentos dos livros, são apresentados mapas do
Brasil ou destas mesmas regiões citadas com outras propostas de
divisão. No volume do 5o ano, por exemplo, essa divisão por macror‑
regiões administrativas é respeitada na abordagem das características
físico‑geográficas de várias unidades federativas; mas não de todas
elas. No estudo das paisagens dos estados que, na divisão por macror‑
regiões administrativas, compõem a região Norte, optamos por tratar
da Amazônia Legal, compreendendo que são extremamente fortes as
características comuns (que ultrapassam o caráter administrativo) que
se expressam na diversidade cultural, nos problemas ambientais, no
processo histórico das movimentações humanas etc. De forma similar,
na região Nordeste, destacamos os aspectos físico‑geográficos que
caracterizam as sub‑regiões (Zona da Mata, Agreste, Sertão, Meio‑
‑Norte) e que ultrapassam os limites das unidades federativas.
Uma “unidade regional”, portanto, é fruto da escolha de
determinado(s) critério(s), definido(s) previamente. Ao tratar do ensino de
Geografia no segundo ciclo do Ensino Fundamental, os PCN afirmam:
A paisagem local pode conter elementos fundamentais para os alunos observarem [...]
Entretanto, outras escalas podem ser abordadas e analisadas, já não apenas como fator de
comparação – tal como foi proposto no primeiro ciclo – mas sim como conteúdos a serem
aprendidos. Diferentes paisagens regionais devem ser apresentadas e trabalhadas com os
alunos, de modo que venham a construir uma noção mais ampla sobre o território brasileiro,
suas paisagens, regiões e, de modo geral, sobre as determinações político‑administrativas
que o caracterizam. (BRASIL, 2000).
Acreditamos que a abordagem regional feita ao longo da coleção
e, em especial no volume do 5o ano, contempla essa possibilidade,
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uma vez que inserimos, no estudo das regiões brasileiras, a aborda‑
gem de suas respectivas paisagens, ampliando a possibilidade de
aprofundamento das questões geográficas específicas de cada região.
Alfabetização cartográfica
Os mapas são uma das principais formas de representação das
características do espaço geográfico. Apropriar‑se dos códigos e lingua‑
gens inerentes a essa forma de representação, portanto, é importante
para a compreensão do mundo e para nele atuar de forma consciente.
Os PCN (BRASIL, 2000) colocam dentre os objetivos da Geografia para
os dois primeiros ciclos, respectivamente, que os alunos devem:
Reconhecer, no seu cotidiano, os referenciais espaciais de localização, orientação e
distância de modo a deslocar‑se com autonomia e representar os lugares onde vivem e se
relacionam. [...]
Utilizar a linguagem cartográfica para representar e interpretar informações em
linguagem cartográfica, observando a necessidade de indicações de direção, distância,
orientação e proporção para garantir a legibilidade da in for mação.
Para alcançar esses objetivos, entendemos que a alfabetiza‑
ção cartográfica deve ser vista como um processo que acompanha
o desenvolvimento cognitivo do aluno, do 2o ao 5o ano do Ensino
Fundamental, e que se estende para os estudos posteriores. Essa al‑
fabetização ocorre por meio do domínio gradual da linguagem gráfica,
constituída de símbolos e que é a base da cartografia. Esse conjunto
de símbolos precisa, ainda, fazer sentido para o aluno, ou seja, ele
precisa reconhecer nos mapas uma forma de representação do real.
Essa relação entre o real e sua representação remete à neces‑
sidade de se partir, nos primeiros anos, do espaço vivido. Da mesma
forma como uma criança, mesmo antes de sua entrada na vida esco‑
lar, percebe a diferença entre uma pessoa querida (o real) e sua foto‑
grafia (a representação do real), ao final do primeiro ciclo, espera‑se
que o aluno reconheça nos mapas e croquis formas de representação
do espaço. Com isso, ele poderá desenvolver as noções essenciais
para se tornar um leitor crítico de mapas e um mapeador consciente.
Dentre as noções e conceitos a serem desenvolvidos com essa
finalidade, destacamos nesta coleção:
■■
visão oblíqua e visão vertical;
■■
imagem tridimensional e bidimensional;
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■■
uso de códigos e símbolos e a construção da noção de legenda;
■■
proporção e escala;
■■
pontos de referência, lateralidade e orientação.
Por fim, chamamos a atenção para o cuidado necessário com
o desenho livre. Essa prática infantil, tão importante para o seu de‑
senvolvimento cognitivo‑intelectual, não pode ser confundida com a
representação cartográfica. Trata‑se de uma das formas de expressão
da linguagem gráfica, porém não se alcança a representação carto‑
gráfica se a criança permanecer somente no desenho espontâneo e,
como já dissemos, sem a apropriação da linguagem cartográfica.
2. estrutura didática
da coleção
Rogério Reis/ Pulsar Imagens
As fotos a seguir mostram atividades econômicas
praticadas em diversos locais do Brasil.
Observe as semelhanças e as diferenças entre elas, leia o
texto e responda às
questões.
Comunidade quilombola de Pedro Cubas,
Eldorado, São Paulo, 2008.
Ricardo Chaves/ Zero Hora
O TRABALHO CONSTRUINDO
PAISAGENS
Juvenal Pereira/ Pulsar Imagens
UNIDADE 2
Ao olharmos ao nosso redor, podemos observar diferentes paisagens: a da rua da nossa casa,
a da nossa escola e outras por onde passamos.
Essas paisagens se diferenciam entre si pelos elementos que as compõem. Em algumas, podemos ver edifícios, casas, indústrias, avenidas; em
outras, podemos ver áreas cultivadas, pastagens,
rios, florestas. Cada uma delas tem sua característica. Observe nas fotos as diferenças entre as diversas paisagens.
Delfim Martins/ Pulsar Imagens
Trabalhadores da construção
civil em obra no bairro
de Bela Vista, Porto Alegre,
Rio Grande do Sul, 2007.
Extração de minério de ferro na Mina de
Brucutu, em São Gonçalo do Rio Abaixo,
Minas Gerais, 2009.
Nelas podemos observar também a ação dos seres humanos. Em algumas
– como as das áreas onde vivem comunidades quilombolas, por exemplo –, a intervenção humana é menor; em outras – como a área urbana de Porto Alegre –, o
trabalho humano transformou bastante a paisagem original ao longo do tempo.
Nesta unidade vamos investigar importantes atividades, como agricultura, pecuária, extrativismo e indústria, que produzem diferentes paisagens. Vamos analisar como
elas contribuem para a formação do espaço geográfico no campo e na cidade.
Plantação de
cana-de-açúcar
em Sabino, no
estado de São
Paulo, 2009.
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1. Escolha uma das fotos e explique a relação dela com o título desta unidade.
Todas as fotos mostram paisagens construídas pelo ser humano por meio de diferentes atividades econômicas e tipos de trabalho.
2. Ao observar as imagens, o que mais chama a sua atenção?
2. Resposta pessoal. Estimule os alunos a perceber as semelhanças e as diferenças entre as imagens. Leve-os a observar os elementos que constituem
cada foto: o que foi feito pela natureza? O que foi construído pelos seres humanos? O que as pessoas estão fazendo? Onde elas estão? O que há na
paisagem ao redor da cena principal? A cena se passa no campo ou na cidade?
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Cada um dos volumes da coleção está
organizado em unidades e, estas, em capítu‑
los. Essa organização garante que assuntos
mais específicos (trabalhados nos capítulos)
sejam abordados de forma integrada em um
tema mais amplo (formando a unidade).
Cada capítulo, por sua vez, encontra‑se
estruturado em seções diversas – cada qual
com funções definidas – em torno do texto
principal, apoiado por imagens variadas, bo‑
xes com textos complementares e atividades.
A seguir, vamos esclarecer maiores detalhes
dessa estrutura.
Inicialmente, há duas páginas de Abertura de unidade e a seção Vamos começar,
presente em todos os capítulos. Ambas as se‑
ções foram concebidas com estratégias que
permitem o resgate do conhecimento prévio do
aluno a respeito dos conteúdos que serão abor‑
dados nas respectivas unidades e capítulos. Os
recursos visuais (fotografias, reproduções, ilus‑
trações, mapas, esquemas etc.), acompanha‑
dos por legendas informativas e atividades, têm
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por objetivo suscitar a reflexão inicial sobre o tema, bem como possibi‑
litar conexões com informações e vivências que os alunos trazem para
a sala de aula. Feitas coletivamente, essas atividades iniciais permitem
a socialização desses conhecimentos prévios entre os alunos, com a
mediação do(a) professor(a).
Rogério Reis/Pulsar Imagens
PARATY
Rua de pedras
em Paraty (RJ)
em foto de 2010.
Após a construção
da rodovia
Rio-Santos, na
década de 1970,
e após a abertura
da Estrada
Paraty-Cunha,
a cidade tornou-se
polo de turismo
nacional e
internacional por
seus casarios
e pelas belezas
naturais.
Durante muito tempo, no século XVII, Paraty foi uma cidade importante por causa dos inúmeros engenhos de cana-de-açúcar que existiam
em seu entorno. Mais tarde, já no século XVIII, ela passou a se destacar
como cidade portuária: era o destino final da Rota do Ouro, que se iniciava
em Minas Gerais. O ouro e as pedras preciosas eram trazidos da região
mineira pela Estrada Real e, em Paraty, embarcados nos navios enviados
a Portugal.
Ao longo dos capítulos, são inseridas propostas de atividades que
possibilitam a reflexão, a comparação, a associação de informações ou
a observação mais atenta de algum aspecto significativo, a fim de que o
aluno possa trabalhar diversas habilidades e competências com base nos
conteúdos abordados naquele momento.
Atualmente, uma das principais atividades econômicas de Paraty é
o turismo. Suas ruas centrais ainda conservam o calçamento original,
feito de pedras. Por esse motivo, os carros não podem circular pelo centro histórico.
2. Como o arquiteto Lucio Costa organizou o espaço de Brasília?
A cidade foi planejada de modo que cada parte tivesse uma função específica: uma área exclusiva para moradias, outra para escritórios, outra para
hospitais etc.
3. Qual foi a importância de Paraty na história brasileira?
Após ser referência por causa de seus inúmeros engenhos de cana-de-açúcar, Paraty passou a se destacar como cidade portuária. Dela partiam ouro e
pedras preciosas extraídos de Minas Gerais. Hoje, destaca-se como cidade turística nacional e internacional.
86
Ao propor que atividades apareçam intercaladas ao texto prin‑
cipal, ao longo do capítulo, estabelecemos um modo de abordar os
conteúdos que julgamos mais dinâmico e mais eficiente. No entanto,
o(a) professor(a) pode fazer uso dessas atividades no momento em
que achar mais adequado, de acordo com seu próprio método e com
as necessidades e interesses de sua turma de alunos.
VIAGEM PELA LEITURA
O poema a seguir menciona as mudanças da sombra formada pelo Sol ao
longo do dia. Leia e responda às questões.
Minha sombra
De manhã a minha sombra
com meu papagaio e o meu macaco
começam a me arremedar.
E quando eu saio
a minha sombra vai comigo
fazendo o que eu faço
seguindo os meus passos.
LIMA, Jorge de. Minha sombra.
In: LISBOA, Henriqueta. Antologia poética
para a infância e a juventude.
Rio de Janeiro: INL, 1961.
Marcos Garuti
Depois é meio-dia.
E a minha sombra fica do tamaninho
de quando eu era menino.
Depois é tardinha.
E a minha sombra tão comprida
brinca de pernas de pau.
[...]
E de noite quando escrevo,
fazer como você faz,
como eu fazia em criança:
minha sombra
você põe a sua mão
por baixo da minha mão,
vai cobrindo o rascunho dos meus
poemas
sem saber ler e escrever.
1. O poema está dividido em estrofes. Em cada uma delas quais períodos do
dia são mencionados?
Na primeira estrofe é mencionado o período da manhã; na segunda são mencionados o meio-dia e o fim da
tarde (“a tardinha”); na terceira é mencionada a noite.
2. Segundo o poema, a sombra do autor muda ao longo do dia. Explique por
que essa mudança ocorre.
Espera-se que o aluno mencione que essa mudança ocorre porque a Terra gira em torno de si
mesma. Por isso, os raios do Sol vão formando sombras diferentes sobre a Terra (sobre os objetos
e as pessoas). O aluno pode mencionar também o “movimento aparente do Sol”.
3. Qual é o nome do movimento da Terra responsável pelas mudanças da sombra, descritas neste poema? Por que é fundamental para a vida na Terra?
Esse movimento é chamado de rotação. Ele determina os dias e as noites.
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3. Por causa da inclinação do eixo da Terra em relação ao plano de sua órbita, os raios solares incidem com mais intensidade em um hemisfério
do que no outro. Enquanto no hemisfério sul é verão, no hemisfério norte é inverno; enquanto no sul é primavera, no norte é outono. No desenho
do aluno, se houver, deve estar representada a inclinação do eixo da Terra em relação ao plano de sua órbita.
1a) Por causa do movimento de rotação, que é o movimento
que a Terra realiza em torno de seu próprio eixo no período de
24 horas. Na face da Terra iluminada pelo Sol é dia; na outra face,
é noite. 1b) Por causa do movimento de translação (que dura
365 dias e 6 horas) e da inclinação do eixo da Terra em relação
ao plano de sua órbita. Durante alguns meses do ano, os raios
do Sol incidem mais diretamente no hemisfério sul do que no
hemisfério norte; passados seis meses, a situação se inverte.
VAMOS REVER
1. Sobre os movimentos da Terra, explique como e por quê:
a) Se formam o dia e a noite.
b) Se formam o verão e o inverno.
2. Cite duas influências das estações do ano em seu cotidiano.
O aluno pode citar que as estações do ano influenciam a escolha das roupas, os hábitos, a alimentação e o lazer.
3. Por que no mesmo mês do ano os hemisférios norte e sul apresentam estações do ano diferentes? Se preferir, desenhe para responder a essa questão.
4. Observe novamente o experimento das duas crianças na página 14 para demonstrar o movimento de rotação da Terra.
Suponha que a Terra parasse de executar esse movimento. Imagine as duas
situações do planeta em relação ao Sol:
pessoal. Espera-se que o aluno relacione a iluminação
a) parte do planeta está iluminada; Resposta
com o dia e a escuridão com a noite. Se a Terra parasse de realizar o
movimento de rotação, não haveria alternância entre dias e noites.
b) parte do planeta está escura.
Escreva dois parágrafos: um contando como ficaria a vida de uma pessoa na
primeira situação (a) e outro sobre a segunda situação (b). Utilize a sua imaginação, mas lembre-se de ser fiel aos fenômenos geográficos!
É HORA DE PESQUISAR
Reúnam-se em grupos e investiguem como são os dias e as estações do ano
no polo sul e no polo norte. Sigam o roteiro:
■
■
■
■
Repitam o experimento do globo terrestre e da lanterna, mas acrescentem
o movimento de translação da Terra. Ou seja, a Terra deve girar em torno de
seu próprio eixo e também em torno da lanterna. Lembrem-se de manter o
globo inclinado, sempre na mesma posição, virado para a lanterna. Observem como ela ilumina o globo nas regiões do polo sul e do polo norte.
Como se formam o dia e a noite nesses dois lugares?
Descrevam o experimento e pesquisem imagens (ou desenhem) para comprovar suas ideias.
Escrevam um texto reunindo as informações obtidas. Preparem um painel
com texto e imagens. Lembrem-se de dar um título ao trabalho.
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As seções Viagem pela leitura e É hora de pesquisar, por sua
vez, possibilitam a ampliação e até mesmo a ressignificação do conhe‑
cimento construído pelo aluno. Na primeira, textos literários (incluindo
letras de música) ou jornalísticos, acompanhados de atividades, permi‑
tem ao aluno transpor conteúdos da Geografia para outros contextos
sociais, relacionando diferentes linguagens. Além do trabalho relativo
ao desenvolvimento da competência leitora e da fruição estética pró‑
pria de textos literários, as atividades permitem que o aluno perceba
as relações entre o conteúdo abordado no capítulo e os temas trata‑
dos nos textos literários e jornalísticos. Nessa seção, as ilustrações
obedecem inclusive a essas premissas: privilegiam a fruição estética,
respeitando também aspectos específicos da Geografia.
Em É hora de pesquisar, com a mediação do(a) professor(a), os
alunos podem aprofundar o conhecimento sobre determinado assunto
bem como desenvolver suas habilidades de busca, seleção, registro e
organização de informações. Nessa seção, ao longo dos volumes da
coleção, as propostas de pesquisas foram especialmente preparadas
considerando o estágio cognitivo dos alunos (tomando como parâme‑
tro a faixa etária). Dessa forma, nos volumes iniciais (2o e 3o anos), elas
aparecem em menor número, são mais simples e propõem diferentes
formas de registro, considerando especialmente o processo de alfa‑
betização e letramento ainda em desenvolvimento. Nos volumes finais
(4o e 5o), aumentam as possibilidades de os alunos, paulatinamente,
desenvolverem as pesquisas propostas de forma mais autônoma, en‑
riquecendo ainda mais o processo de ensino‑aprendizagem.
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HORA DO RECREIO
1. No caminho de casa à escola, escolha um lugar, observe a paisagem e
pode organizar uma exposição na sala de aula ou em algum espaço da escola com as
represente o que você vê. Você
obras produzidas por seus alunos. Sugere-se uma interdisciplinaridade com a área de Artes.
a) Se você gosta de usar tinta, lápis de cor ou canetinhas coloridas,
pode fazer um desenho ou uma pintura em uma folha à parte.
b) Se preferir representar o que vê com palavras, pode escrever um
2. Todos os erros a seguir estão na segunda imagem: 1) na segunda curva
há um pequeno morro; 2) na rodovia, há um carro a mais; 3) a cachoeira e o
poema em seu caderno.
rio estão sem água; 4) o vilarejo no topo da montanha não foi desenhado;
5) há uma nuvem no céu; 6) a cidade que fica na parte inferior do desenho
c) No final, dê um título à sua obra! está bem menor; 7) há uma torre de celular na montanha (lado esquerdo).
Felipe Grosso
2. Observe as duas imagens abaixo. Elas parecem iguais, mas não são.
Uma pessoa tentou copiar o primeiro desenho, mas cometeu sete erros. Em seu caderno, faça uma lista dos erros cometidos por essa pessoa, descrevendo o que está errado.
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2/3/11 4:23 PM
VAMOS REVER
1. Compare os mapas a seguir: um antigo e um atual. Em seguida, responda às
Allmaps
questões no caderno.
British Museum, Londres
América do Sul: político (2010)
América do Sul (1546)
50° O
Caracas
VENEZUELA
Georgetown
Paramaribo
Caiena
GUIANA
SURINAME
Guiana
Francesa (FRA)
50º
Bogotá
COLÔMBIA
Equador
Quito
EQUADOR
PERU
BRASIL
Lima
BOLÍVIA
La Paz
Brasília
OCEANO
PACÍFICO
PARAGUAI
Trópico de Capricórn
io
Assunção
CHILE
OCEANO
ATLÂNTICO
ARGENTINA
URUGUAI
Santiago
Buenos Aires
No volume do 2o ano, ao final de cada capítulo, entra a seção
Hora do recreio (também presente em alguns capítulos do 3o ano),
com propostas de atividades envolvendo jogos e brincadeiras, para
que o aluno tenha também nova oportunidade de ampliar sua com‑
preensão sobre o conteúdo. Aspectos lúdicos estão presentes nas
atividades dessa seção, de forma inter‑relacionada aos conteúdos
do capítulo.
Nos volumes do 3o, 4o e 5o anos, a seção Vamos rever tem por
finalidade retomar o conteúdo do capítulo. As atividades propostas
nessa seção são, ao mesmo tempo, uma possibilidade de o próprio
aluno perceber os “resultados” de seus estudos (ou seja, perceber sua
própria aprendizagem) e uma nova oportunidade de aprender. Assim,
dessa forma, professor e aluno podem perceber as dificuldades do
processo de ensino‑aprendizagem e novas estratégias podem ser
adotadas, ou seja, pode‑se intervir no processo com base nos resul‑
tados alcançados.
Montevidéu
Mapa produzido em 1546 por Pierre Descelliers.
Capital
0
695
Ao reunir essas atividades em uma seção ao final do capítulos,
destacamos a importância de rever o processo de aprendizagem, re‑
lacionado a alguns conteúdos, quando tal processo ainda está em an‑
damento. No entanto, de forma parecida ao que foi dito anteriormente
sobre atividades propostas no meio dos capítulos, o(a) professor(a)
– no papel de mediador(a) –, pode fazer uso dessas atividades no mo‑
mento que achar mais adequado.
1390 km
Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 5. ed.
Rio de Janeiro, IBGE, 2009. p. 41. (Adaptado).
a) O título, o trópico de Capricórnio, a linha do Equador e o contorno de parte da costa sul-americana.
a) Que referências nos permitem afirmar que os dois mapas representam a
mesma área?
No mapa de 1546 não há referências às fronteiras nem
dos países; ele apresenta desenhos e o contorno da
b) Cite as diferenças entre esses dois mapas. nome
maior parte do continente está diferente.
c) Qual é o mapa certo? Explique sua resposta.
Não há um mapa certo, ambos estão corretos. Eles representam visões do mundo em diferentes culturas e épocas.
d) Qual é o uso que podemos dar para cada um deles?
O mapa antigo pode ser útil para estudarmos como o Brasil era representado em 1546, o que se conhecia do mundo e as técnicas de fazer mapas naquela
época. O mapa atual nos permite estudar a configuração dos países do continente sul-americano, as fronteiras, as capitais e as dimensões de cada país.
2. Mencione duas mudanças significativas que ocorreram na produção de maOs alunos podem mencionar os materiais utilizados para confeccionar mapas (do barro cozido ao papel) e
pas ao longo da história. também
as novas tecnologias empregadas na elaboração dos mapas, como as imagens de satélite.
46
LEIA TAMBÉM
■ A história dos escravos, de Isabel Lustosa. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1998.
Nessa narrativa, a autora conta como era o Brasil dos escravos. Um menino da cidade aprende o que representou a escravidão na formação do Brasil e suas consequências para a vida atual do país.
■ Do campo à mesa, de Teddy Chu. São Paulo: Moderna, 2003.
O livro fala sobre o caminho dos alimentos, do campo até nossa mesa.
■ Habitação e cidade, de Ermínia Maricato. São Paulo: Atual, 1998.
Nesse livro, a autora reflete sobre o problema da habitação e outras questões sociais
existentes em muitas cidades brasileiras.
■ O bairro do Marcelo, de Ruth Rocha. São Paulo: Salamandra, 2001.
Esse livro conta as aventuras de Marcelo em seu bairro e mostra como ele observava
a paisagem ao seu redor.
■ O rato do campo e o rato da cidade, de Ruth Rocha. São Paulo: Salamandra, 2010.
Nessa obra, uma família de ratos mostra a diferença entre viver no campo e na cidade após passar por diversas aventuras e experiências.
OUTRAS SUGESTÕES
■ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Disponível em:
<www.ibge.gov.br>. Acesso em: 19 ago. 2010.
Na seção Cidades, é possível ver a localização de todos os municípios brasileiros.
Consulte também o canal IBGE 7 a 12, destinado a alunos dessa faixa etária.
■ Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento: <www.agricultura.gov.br>.
Portal do ministério brasileiro dedicado à agropecuária (produções, safras, notícias,
projeções do agronegócio etc.).
■ Ministério das Cidades. Disponível em: <www.cidades.gov.br>. Acesso em: 19 ago. 2010.
Portal do ministério brasileiro dedicado especialmente às cidades (notícias, eventos,
galeria de imagens etc.).
■ Canal Kids. Disponível em: <www.canalkids.com.br>. Acesso em: 21 dez. 2010.
Na seção Alimentação, Cidadania e Meio Ambiente você pode encontrar informações
úteis que complementam esta unidade.
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Ao fim de cada volume, palavras e expressões da área da
Geografia ou que representem uma ampliação do vocabulário do alu‑
no encontram‑se listadas em ordem alfabética e são explicadas no
Glossário. Essas palavras e expressões podem ser identificadas, ao
longo dos livros do aluno, por um destaque específico .
4. PAISAGENS DA AMAZÔNIA
VAMOS COMEÇAR
Neste capítulo, vamos estudar a Amazônia: as paisagens, as pessoas e seu
modo de vida. Para começar, observe as imagens a seguir.
A Zona Franca de Manaus (ZFM) foi
criada em 1967 com o objetivo de
estimular o desenvolvimento econômico
da região, por meio de uma área de
livre comércio concentrada na
cidade de Manaus. Atualmente, além
da área comercial, a ZFM engloba os
polos agropecuário e industrial e outras
cidades. Na foto, vista aérea da ZFM,
Manaus, Amazonas, 2009.
Ernesto Reghran/ Pulsar Imagens
Ernesto Reghran/ Pulsar Imagens
Ao fim de cada unidade, a seção Leia também sugere alguns
títulos de livros para leitura e a seção Outras sugestões indica alguns
sites relacionados aos principais temas abordados naquela Unidade.
Essas indicações vêm sempre acompanhadas de breves comentários,
para que o aluno tenha ideia do que pode esperar naqueles livros ou
sites.
sites No entanto, recomendamos que o(a) professor(a), caso decida
fazer uso de alguma dessas indicações, leia e consulte previamente
o material indicado, elaborando um roteiro de estudo específico para
sua turma.
Encontro dos rios Negro e
Solimões, que formam o rio
Amazonas, próximo da cidade de
Manaus, 2009. A imagem ao lado
é um fenômeno natural provocado
pelo encontro das águas escuras
do rio Negro com as águas
barrentas do rio Solimões.
Diferentes paisagens da Amazônia. A primeira, de elementos humanos, é da
Zona Franca de Manaus; a segunda , de elementos naturais, é do encontro das
1. O que essas imagens representam? águas
dos rios Negro e Solimões.
2. O que você sabe sobre a Amazônia?
Resposta pessoal. Na conversa com os alunos resgate algumas informações
já discutidas nos capítulos anteriores, mas também incentive-os a relatar outras
experiências e conhecimentos.
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3. a avaliação
A proposta de abordagem geográfica e a concepção de ensino‑
‑aprendizagem discutida anteriormente requer também uma visão de
avaliação renovada.
Essa busca pelo processo avaliativo coerente com a escola que se
quer construir está contemplada na Lei de Diretrizes e Bases da Educação
9.394/96, cujo artigo 24 orienta que a verificação do “rendimento esco‑
lar” nos ensinos Fundamental e Médio deve observar, dentre outros, o
seguinte critério: a “avaliação contínua e cumulativa do desempenho do
aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e
dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais”.
Para que avaliar?
A questão da avaliação não implica somente avaliar o educando,
mas todo o processo de ensino e aprendizagem. Assim, é possível ve‑
rificar se as opções feitas foram adequadas ou se é necessária alguma
reformulação. Para adquirir essa visão global, é preciso recolher infor‑
mações sobre o grau de aquisição de aprendizagem. Isso significa co‑
nhecer os progressos e as dificuldades dos alunos, levando em conta
os objetivos formulados e a possibilidade de ampliar ou modificar as
atividades previamente planejadas. Essencialmente, a avaliação deve
ser feita por meio de acompanhamento do processo de aprendiza‑
gem, baseado no apoio e estímulo ao aluno.
Inicialmente, a avaliação deve possibilitar, a qualquer momento,
ajustes pedagógicos, além de determinar em que medida foram atin‑
gidos os objetivos propostos.
Esta concepção de avaliação da aprendizagem vem sendo apro‑
fundada por diversos autores, dentre os quais podemos citar Juan
Ignácio Pozo, que propõe o seguinte esquema da aprendizagem.
Esquema da aprendizagem (POZO, 2002)
A
N
Á
L
I
S
E
O QUE
aprendemos ou queremos
que alguém aprenda
RESULTADOS OU
CONTEÚDOS
COMO
Se aprende esse ou esses
resultados desejados
PROCESSOS
QUANDO
QUANTO
ONDE
COM QUEM
Se deve organizar a prática para
ativar esses processos, que
requisitos deve reunir essa prática
CONDIÇÕES
I
N
T
E
R
V
E
N
Ç
Ã
O
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Essa forma de conceber a avaliação evidencia que a aprendiza‑
gem precisa ser considerada em seus três aspectos fundamentais: as
condições em que se realiza (quando, quanto, onde e com quem se
dá a prática pedagógica), os processos (como se aprende) e os resultados ou conteúdos (o que se aprende). Portanto, a análise das situa‑
ções de aprendizagem pode ser iniciada pelos resultados, enquanto a
intervenção dos professores, quando se deseja resultados melhores,
deve iniciar‑se nas condições de aprendizagem.
Acreditamos que a variedade de atividades e estratégias suge‑
ridas ao longo dos capítulos contribuirão significativamente para que
o(a) professor(a) avalie também o processo e não somente o resultado
final. As atividades de leitura e interpretação de textos e imagens, por
exemplo, darão subsídios para que o professor retome algum tópico
do conteúdo anterior ou reveja os métodos, se necessário. Da mesma
forma, se os alunos demonstram ter se apropriado dos conteúdos
trabalhados, novos aspectos poderão ser incluídos e os conteúdos
podem ser ampliados e aprofundados.
o que avaliar?
Quando nos fazemos essa pergunta, uma das primeiras res‑
postas que surge é a de que devemos avaliar o que o aluno apren‑
deu, que capacidades desenvolveu a partir das atividades pedagó‑
gicas realizadas.
No entanto, essas capacidades são de natureza distinta (motri‑
zes, cognitivas, afetivas, de equilíbrio emocional, de relacionamento
interpessoal e de atuação e inserção social), e não devem ser avalia‑
das isoladamente. É necessário levantar indicadores, que constituirão
os créditos de avaliação.
como avaliar?
Para avaliar de maneira adequada precisamos de instrumentos
de avaliação diversificados.
O procedimento mais indicado para verificar as conquistas e as
dificuldades é a observação sistemática. Mediante a observação, o(a)
professor(a) poderá comprovar o grau de aquisição da aprendizagem,
poderá verificar os hábitos e atitudes em relação ao trabalho escolar,
as características dos grupos e as relações que se estabelecem entre
os alunos e entre eles e o conhecimento.
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Sugerimos que seja feita, a cada unidade, uma ficha de observa‑
ção da classe, com base no assunto da unidade. O(a) professor(a) pode
fazer esse registro da maneira que lhe for mais conveniente e que possi‑
bilite um acompanhamento global do processo, tomado passo a passo.
Para realizar esse acompanhamento, propomos que algumas
atividades do livro sejam selecionadas, recolhidas e examinadas. Os
trabalhos em grupo podem ser acompanhados pelo(a) professor(a),
que selecionará um grupo a cada atividade para fazer uma observação
mais apurada.
Também é possível fazer uso das provas escritas, porém nunca
apenas delas.
Veja a seguir um exemplo de ficha de observação por unidade
didática.
Ficha de observação e registro – exemplo
Volume 5 – Unidade didática I: Mapas – Representando a realidade no papel
[nome do aluno]
Descreve a
forma da Terra
Localiza‑se
em diferentes
mapas
Interessa‑se
pelos mapas e
plantas e faz uso
adequado deles
Obtém informações
a partir da leitura de
um mapa
Outro recurso de grande importância é a autoavaliação, pois
permite que os alunos reflitam sobre o próprio processo de apren‑
dizagem e compreendam seu progresso e suas dificuldades, favore‑
cendo assim o desenvolvimento da autoestima. Por isso, ao propor
a autoavaliação aos alunos, é preciso definir claramente em relação
a quais conteúdos eles precisam avaliar‑se, a fim de que realmente
identifiquem os progressos.
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4. exPlicitação de
conteúdos
A escolha dos conteúdos e temas tratados tem como objetivo
possibilitar o desenvolvimento da relação ensino‑aprendizagem. Em
outras palavras: os conteúdos devem servir como ferramentas para a
construção de um conhecimento que possibilite ao aluno entender o
mundo em que vive e o desenvolvimento de habilidades necessárias
para nele viver e agir de forma consciente, respeitando sua faixa etária
e seu estágio cognitivo.
Desde a reforma educacional brasileira, desencadeada na déca‑
da de 1990 (e que persiste até os dias atuais), os conteúdos passaram
a ser classificados em conceituais, atitudinais e procedimentais2.
Segundo os PCN (BRASIL, 2000), os primeiros envolvem a aborda‑
gem de conceitos, fatos e princípios relacionados à ciência de referência
e podem recorrer, em determinados momentos, à memorização. Para o
referido documento, isso não é um erro de quem ensina, mas sim um
momento do processo de aprendizagem. A memorização de fatos e da‑
dos – desde que esses se tornem significativos e que tenham sentido no
contexto de aprendizagem –, pode fazer parte do processo de ensino‑
‑aprendizagem, porém não deve se constituir em um fim em si mesmo.
Na disciplina de Geografia incluímos entre os conteúdos conceituais os conceitos3 de espaço geográfico, lugar, paisagem, território,
região, sociedade, natureza, entre outros, cada qual com as suas res‑
pectivas temáticas e desdobramentos. Há ainda aqueles relacionados
à cartografia: noções de legenda, escala, distância, proporção, loca‑
lização, orientação. Os conceitos das outras áreas do conhecimento,
quando abordados de forma interdisciplinar, também passam a fazer
parte desse conjunto de conteúdos.
Os conteúdos atitudinais referem‑se a normas, valores e atitu‑
des, que devem ser uma construção coletiva, ou seja, socialmente pro‑
duzidos. Questões relativas às diferenças étnicas, de gênero, de classe
social, entre outras, precisam ser discutidas pela comunidade escolar,
2 Essa reforma seguiu princípios e tendências que vigoraram em outros países, em especial na
Espanha, e foram baseadas em teóricos como o espanhol César Coll, que propôs a classifica‑
ção dos conteúdos em conceituais, atitudinais e procedimentais na obra Psicologia e Currículo:
uma aproximação psicopedagógica à elaboração do currículo escolar. São Paulo: Ática, 1997.
3 Alguns desses conceitos fazem parte dos Pressupostos teóricos de Geografia e foram dis‑
cutidos com maiores detalhes nas páginas 7 a 13.
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que deve se posicionar de forma crítica com relação a qualquer forma de
discriminação de um indivíduo ou grupo social sobre outro.
Os conteúdos procedimentais dizem respeito aos procedimen‑
tos e habilidades envolvidas no processo de ensino‑aprendizagem.
Em Geografia, destacam‑se procedimentos como: observação; des‑
crição; comparação; correlação; representação; leitura de mapas, car‑
tas e imagens.
Ao utilizar esta coleção, é importante levar em consideração que
esses três diferentes tipos de conteúdos são tratados, por vezes, de
forma concomitante e, em outros momentos, a ênfase é dada a um
dos três tipos. De uma forma geral, no entanto, cada capítulo apre‑
sentará os três tipos de conteúdos, possibilitando ao(à) professor(a)
desenvolvê‑los de modo a dar maior ênfase àqueles que julgar mais
pertinentes, respeitando o momento vivido pela sua turma de alunos.
Além das atividades e seções apresentadas, é importante que
o(a) professor(a) esteja atento(a) para inserir, na sua dinâmica, as inú‑
meras possibilidades de abordagem dos temas apresentados. Assim,
um mapa que apresenta o Polígono das Secas na Região Nordeste4,
por exemplo, pode ser utilizado para caracterizar esse fenômeno cli‑
mático, identificando suas causas e consequências, ou ainda os recur‑
sos de legenda utilizados (conteúdos conceituais); para descrever as
áreas atingidas e comparar as suas características socioeconômicas
com as demais áreas da própria região e do país (conteúdos proce‑
dimentais); ou ainda discutir a exploração política do fato por meio da
chamada “indústria da seca”5, bem como a discriminação sofrida por
pessoas procedentes dessa região que migram para outros lugares
(conteúdos atitudinais).
os conteúdos e a formação da
cidadania
A coleção visa contribuir para a formação da cidadania por meio
de conteúdos selecionados, atendendo ao artigo 58 do Estatuto da
Criança e do Adolescente, que afirma: “No processo educacional
respeitar‑se‑ão os valores culturais, artísticos e históricos próprios do
contexto social da criança e do adolescente, garantindo‑se a estes a
liberdade de criação e o acesso às fontes de cultura.” (BRASIL, 1990).
4 Apresentado no capítulo 5 do volume 5 (página 109).
5 “Indústria da seca” é uma expressão utilizada para denominar a exploração política do pro‑
blema da seca no sertão nordestino, associada ao desvio de recursos públicos: ocupantes de
cargos políticos diversos solicitam verbas para combater os efeitos socioeconômicos da seca,
porém utilizam os recursos para fins pessoais ou em benefício de pequenos grupos.
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Acreditamos que alcançamos este objetivo ao contextualizar os
conteúdos trabalhados na realidade vivida pelo aluno, instigando‑o a
identificar, no lugar onde vive, os valores culturais construídos histori‑
camente e comparando‑os com outras realidades. Nos volumes refe‑
rentes ao primeiro ciclo (2o e 3o anos) este aspecto está mais vinculado
à escala local (família, rua, bairro, município) enquanto no segundo
ciclo (4o e 5o anos) é a identidade nacional que se torna a referência
para essa abordagem.
A liberdade de criação é respeitada e incentivada por meio de
atividades que sugerem ao aluno a produção de textos, pesquisas
e desenhos sobre os conteúdos abordados. O acesso às fontes de
cultura é viabilizado, por exemplo, com a inserção de textos literários,
letras de músicas, reprodução de obras de arte e indicações de livros
e sites que tratam dos conteúdos abordados nas diversas unidades.
É importante ter em mente também que, na realidade contem‑
porânea, a cidadania assume um caráter global, conforme afirma
Vânia Vlach:
[...] de uma maneira geral, o cidadão não consegue ver que a convivência social no
mundo é uma questão ético‑política, e não mera questão técnica. Em outras palavras, os
“raciocínios geográficos” são importantes para a construção de uma cidadania plena em
sociedades como a brasileira, o que depende do compromisso de cada um no processo de
conhecer o seu território, para nele organizar atividades econômicas, lutas sociais e políticas,
tendo em vista a constituição de uma sociedade democrática.
Hoje, essa cidadania em âmbito nacional aponta para uma cidadania cosmopolita, o
que depende da participação de cada indivíduo no esforço conjunto de viver‑conviver‑existir‑
‑coexistir com sabedoria humana, em um planeta cuja finitude vem sendo crescentemente
aceita por alguns nas últimas décadas, quando as condições socioambientais se agravaram
muito, em um quadro político‑social violento e permeado por ações terroristas, que atingem
indistintamente a população civil, em qualquer lugar do mundo. (VLACH, 2007).
Desta forma, valores como o respeito à diversidade étnico‑
‑cultural e religiosa; o respeito às diferenças de gênero; a valorização
das culturas dos povos tradicionais; a educação para a participação
política; as atitudes responsáveis diante da sustentabilidade ambien‑
tal, entre outros aspectos que envolvem a construção da cidadania,
devem ser cultivados localmente desde os primeiros anos da vida es‑
colar, porém com uma perspectiva global. Em outras palavras: o res‑
peito às diferenças e as demais dimensões da cidadania existentes no
lugar em que o aluno vive – na cidade, na rua, na comunidade rural,
na escola e na própria sala de aula – deve ser transferido para outras
escalas geográficas – regional, nacional e global.
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Essas questões permeiam a coleção, ora em momentos espe‑
cíficos – como ocorre no capítulo 7 do volume 4, voltado especial‑
mente para os temas da cidadania e da participação – ora fazendo
parte da própria análise do espaço geográfico, como no estudo das
regiões brasileiras (unidade 2 do volume 5), dos diferentes tipos de
bairros (capítulo 4 do volume 3), das diferenças individuais (capítulo 1
do volume 2) e coletivas (capítulo 4 do volume 2), ou ainda voltadas
para temas específicos, como a educação para o trânsito e o uso dos
espaços públicos (capítulo 5 do volume 2).
Do ponto de vista socioambiental, a educação para a cidadania
igualmente assume papel central. De acordo com os PCN,
Desde as primeiras etapas da escolaridade, o ensino de Geografia pode e deve ter
como objetivo mostrar ao aluno que cidadania é também o sentimento de pertencer a uma
realidade na qual as relações entre a sociedade e a natureza formam um todo integrado
– constantemente em transformação – do qual ele faz parte e, portanto, precisa conhecer
e sentir‑se como membro participante, afetivamente ligado, responsável e comprometido
historicamente. (BRASIL, 2000).
Neste trecho, notamos que as questões socioambientais se en‑
contram na interface da relação sociedade‑natureza, motivo pelo qual
o sociólogo português Boaventura de Souza Santos defende uma “po‑
litização da natureza”, estendendo a ela o conceito de cidadania:
A distinção natureza‑sociedade faz hoje pouco sentido, uma vez que a natureza é
cada vez mais a segunda natureza da sociedade. A natureza é uma relação social que
se oculta atrás de si própria e que por isso é duplamente difícil de politizar. Contudo,
perante os riscos da catástrofe ecológica, tal politização está já a impor‑se e as clivagens
políticas do futuro assentarão crescentemente nas diferentes percepções desses riscos.
A politização da natureza envolve a extensão a esta do conceito de cidadania, o que
significa uma transformação radical da ética política da responsabilidade liberal, assente na
reciprocidade entre direitos e deveres. Será então possível atribuir direitos à natureza sem,
em contrapartida, ter de lhe exigir deveres. (SANTOS, 1996).
Procuramos abordar estes aspectos ao longo da coleção, desen‑
volvendo a percepção dos problemas ambientais decorrentes da cons‑
tituição da “segunda natureza”, ou seja, da natureza transformada pela
sociedade por meio do trabalho. Acreditamos que, ao conhecer a manei‑
ra como se dá esse processo – pela abordagem dos conteúdos concei‑
tuais –, é possível fazer o que Boaventura chama de “politizar a natureza”.
Assim, conhecer as características geográficas das diferentes paisagens
e as transformações nela feitas pela sociedade (conteúdos conceituais)
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contribuirá para que o aluno desenvolva atitudes responsáveis (conteú‑
dos atitudinais) em relação ao meio ambiente local. Como consequên‑
cia, o aluno aprenderá a identificar, comparar, descrever e problematizar
(conteúdos procedimentais) situações de desequilíbrio ambiental que
ocorrem em outros contextos geográficos e que chegam a ele por meio
da mídia, viagens, relatos ou mesmo pelos materiais didáticos.
interdisciPlinaridade
As abordagens interdisciplinares são aqui sugeridas como es‑
tratégias de construção coletiva de conhecimento que, segundo Nídia
Nacib Pontuschka, dependem do trabalho realizado em cada disci‑
plina escolar, sem eliminar suas diferenças, e na aproximação e inte‑
gração com as demais disciplinas (PONTUSCHKA, 1994). É preciso
lembrar que esse trabalho, por ser coletivo, faz emergir as diferenças
naturalmente presentes no espaço social escolar, o que, ao mesmo
tempo, fortalece a solidariedade e o trabalho coletivo.
Por ser uma ação coletiva, a busca pela interdisciplinaridade
traz em si a potencialidade de sugerir caminhos para a construção de
um conhecimento significativo, e não somente a repetição de saberes
fragmentados e destituídos de significado.
Veja, nas Orientações específicas de cada um dos volumes, o
quadro dos temas interdisciplinares.
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5. sumários da coleção
2º ano
Unidade 1 – Eu e as crianças do meu
espaço
1. Quem sou eu?
Conhecendo minha turma
Conversando com um colega
Nossas características físicas
Somos semelhantes e diferentes
Eu e as outras crianças
Viagem pela leitura: Sobrou para mim, de Ruth
Rocha
Hora do recreio
2. Representando meu corpo e meu mundo
Hora do recreio
É hora de pesquisar
Leia também
Outras sugestões
Unidade 3 – Eu, minha casa
e minha rua
4. Eu e a minha casa
A minha casa
Onde as pessoas moram
Como as moradias são feitas
As habitações em diferentes épocas e lugares
As casas em obras de arte
Conversando sobre Arte
Os serviços que abastecem as moradias
Mapeando o meu corpo
A planta da casa
Cuidando do meu corpo e do ambiente onde vivo
Viagem pela leitura: Ratinho tomando banho, de
Hélio Ziskind
Hora do recreio
Leia também
Outras sugestões
Unidade 2 – Eu e a minha escola
3. A minha escola
A minha escola é assim
As mudanças na minha escola
Observando a sala de aula
Construindo uma maquete
Observando e representando objetos
Viagem pela leitura: Declaração Universal dos
Direitos Humanos
Viagem pela leitura: Casa de amigo, de Roseana
Murray
Hora do recreio
5. Eu e a minha rua
As vias públicas
As vias públicas e o trânsito
O endereço
O quarteirão
Viagem pela leitura: Visitas, de Pedro Bandeira
Hora do recreio
Leia também
Outras sugestões
Glossário
Referências bibliográficas
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3º ano
Unidade 1 – Um novo ano na escola
1. A sala de aula na escola
Percebendo o que há ao meu redor
Maneiras de representar a sala de aula
Viagem pela leitura: A escola, de Cláudio Thebas
Vamos rever
Hora do recreio
Leia também
Outra sugestão
Unidade 2 – Observando lugares,
conhecendo caminhos e paisagens
2. Os caminhos que percorremos
Observando as paisagens
O percurso casa‑escola
Pontos de referência
Vamos rever
Hora do recreio
É hora de pesquisar
Leia também
Unidade 4 – A cidade e o município
5. A cidade faz parte do município
Conhecendo a cidade onde você vive
Localizando‑se na cidade
Representando o município
Viagem pela leitura: A cidade ideal, de Luiz
Enriquez, Sérgio Bardotti e Chico Buarque
Vamos rever
Hora do recreio
É hora de pesquisar
6. Os serviços públicos
Viagem pela leitura: Voltando da escola para
casa, de Ricardo Azevedo
A rede de água e esgoto
Vamos rever
Para se conscientizar e não desperdiçar água
Hora do recreio
3. Os elementos da paisagem
Os caminhos da água, ontem e hoje
Os rios
A energia elétrica
Diferentes paisagens
A energia elétrica ao longo do tempo
O relevo e as construções humanas na paisagem
Outros serviços públicos no município
As transformações feitas pelos seres humanos nas
paisagens
Viagem pela leitura: Água, de Paulo Tatit e
Arnaldo Antunes
O tempo atmosférico e a paisagem
Vamos rever
A observação do tempo atmosférico
Hora do recreio
Viagem pela leitura: Canção da nuvem e vento, de
Mario Quintana
Vamos rever
É hora de pesquisar
7. Os meios de transporte
Hora do recreio
Meios de transporte do município
É hora de pesquisar
Meios de transporte individuais e coletivos
Leia também
A evolução dos meios de transporte
Outras sugestões
Os transportes nos dias de hoje
Unidade 3 – O bairro, suas paisagens
e as maneiras de representá‑lo
4. O bairro da escola e o bairro onde moramos
Viagem pela leitura: O bonde, de Papete
Vamos rever
Hora do recreio
É hora de pesquisar
Conhecendo os arredores do bairro da escola
Leia também
Representando o bairro da escola
Outras sugestões
Os bairros são diferentes
Viagem pela leitura: Vou para São Paulo,
de Sérgio Caparelli
Glossário
Referências bibliográficas
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4º ano
Unidade 1 – Onde estou?
1. Entendendo os mapas
Medindo e representando
As informações que podemos ler em mapas e plantas
Orientando‑se pelos pontos cardeais
Viagem pela leitura: Os quatro ventos, de
Henriqueta Lisboa
Vamos rever
É hora de pesquisar
2. Conhecendo mapas
5. O trabalho e a construção das paisagens urbanas
Entre o campo e a cidade
A população entre 1880 e 1950
A indústria
O comércio
Consumo
Problemas urbanos
Viagem pela leitura: O trabalho e o lavrador, de
Sérgio Capparelli
Vamos rever
É hora de pesquisar
Localizando os lugares
Leia também
O Brasil e suas fronteiras
Outras sugestões
Viagem pela leitura: Paratodos, de Chico Buarque
Vamos rever
É hora de pesquisar
3. Os mapas antigos
Os antigos registros dos lugares
Como eram os mapas antigos?
Os mapas como fontes históricas
Viagem pela leitura: O mapa dos piratas, de
Mauricio de Sousa
Unidade 3 – A natureza e a
necessidade de conservação
6. Os elementos da natureza presentes nas
paisagens
A natureza ameaçada
A água, um recurso natural esgotável
As paisagens litorâneas
Paisagens vegetais
Vamos rever
Preservando os ambientes naturais
É hora de pesquisar
A história da Mata Atlântica
Leia também
Outra sugestão
Unidade 2 – O trabalho construindo
paisagens
4. O trabalho no campo e as paisagens rurais
Viagem pela leitura: Declaração Universal dos
Direitos da Água – ONU
Vamos rever
É hora de pesquisar
7. Cidadania e participação
Conviva bem!
No município, áreas urbanas e rurais
As regras da nossa sala de aula
O trabalho no campo
Em defesa da coletividade
Os trabalhadores do campo
Os alimentos na mesa do brasileiro
Principais produtos do campo
Os produtos exportados
Viagem pela leitura: Colecionador de cheiros
troca, de Roseana Murray, e A cesta da feira,
de Elias José
Vamos rever
É hora de pesquisar
Viagem pela leitura: Azul e lindo: planeta Terra,
nossa casa, de Ruth Rocha e Otavio Roth
Vamos rever
É hora de pesquisar
Leia também
Outras sugestões
Glossário
Referências bibliográficas
26
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5º ano
Unidade 1 – Mapas: a representação
do espaço
1. A Terra e as maneiras de representá‑la
A Terra, suas formas e seus movimentos
A Terra desenhada no papel
Viagem pela leitura: Minha sombra, de Jorge de
Lima
Vamos rever
É hora de pesquisar
2. O que podemos ler nos mapas
Como os espaços são representados?
Como desenhar espaços tão grandes em um pedaço
de papel?
O que os símbolos dos mapas informam?
Orientando‑se pela rosa dos ventos
As informações que podemos encontrar nos mapas
O Brasil no continente americano
Viagem pela leitura: Ora bolas, de Paulo Tatit e
Edith Derdyk
Vamos rever
É hora de pesquisar
3. As divisões do espaço brasileiro
A divisão política e administrativa do Brasil
Brasil: divisão regional
Viagem pela leitura: Assim nasceu Brasília, de
Juscelino Kubitschek
5. O Nordeste brasileiro
Região Nordeste: localização
As paisagens nordestinas
Zona da Mata
Agreste
Sertão
Meio‑Norte
Viagem pela leitura: Charada 1 e Charada 2, de
Klevisson Viana
Vamos rever
É hora de pesquisar
6. As paisagens do Centro‑Oeste
Região Centro‑Oeste: localização
A diversidade de paisagens: diferentes altitudes
Pantanal: patrimônio ecológico da humanidade
As chuvas mudam as paisagens no Pantanal
As paisagens do Cerrado
O Centro‑Oeste ameaçado
As paisagens turísticas do Centro‑Oeste
Viagem pela leitura: Serra de Maracaju, de Almir
Sater
Vamos rever
É hora de pesquisar
7. Paisagens do Sul
Região Sul: localização e elementos naturais
Formações vegetais do Sul
Vamos rever
A ocupação do território
É hora de pesquisar
A diversidade cultural nas paisagens
Leia também
Outra sugestão
Unidade 2 – As diferentes paisagens:
diversidade natural, social e cultural
4. Paisagens da Amazônia
Amazônia: localização
Amazônia: os elementos naturais
A floresta como recurso
A ocupação da Floresta Amazônica
Reservas extrativistas
Madeira, agropecuária e os conflitos pela terra
O desmatamento e suas consequências
O efeito estufa e as mudanças na temperatura do ar
Viagem pela leitura: A Amazônia é nossa, de
Marcus Lucenna
Viagem pela leitura: Fuxico, de Sílvio Castanho da
Silva
Vamos rever
É hora de pesquisar
8. Paisagens do Sudeste
Região Sudeste: localização e elementos naturais
A ocupação do território
Metrópoles e desigualdade
As influências culturais
Viagem pela leitura: Rancho triste, de Pena Branca
e Xavantinho
Vamos rever
É hora de pesquisar
Leia também
Outras sugestões
Glossário
Vamos rever
É hora de pesquisar
Referências bibliográficas
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6. recursos e estratégias
ProPostos na coleção
Para ler o mundo e sua Geografia necessitamos lançar mão de
diversas formas de linguagem. As mais utilizadas são, certamente,
a escrita e a fala. A linguagem cartográfica também ocupa lugar de
destaque no ensino‑aprendizagem de Geografia, como vimos ante‑
riormente. Além destas recorremos frequentemente e cada vez mais,
dada a dinâmica e complexidade crescente do mundo, de linguagens
como a imagética (visual) e a audiovisual, bem como estratégias de
pesquisa para a busca de informação e construção de conhecimento,
como, por exemplo, o estudo do meio.
Todas essas linguagens fazem parte do processo de alfabetiza‑
ção geográfica, são ao mesmo tempo diferentes e complementares
e dialogam entre si: um texto pode gerar um vídeo e vice‑versa, uma
imagem pode gerar um mapa, uma fala pode transformar‑se em texto
ou qualquer uma das demais linguagens, entre várias outras possibili‑
dades. O que elas têm em comum é o fato de motivar a participação
ativa do aluno. A seguir, apresentamos algumas orientações para a
utilização desses recursos didáticos com diferentes linguagens.
■■
Desenhos: ao desenhar, o aluno está reproduzindo uma ideia.
Com o desenho é possível expressar uma opinião, uma informa‑
ção, um conceito ou mesmo um sentimento. Oferecer ao aluno
essa possibilidade de expressão representa permitir outra ma‑
neira de comunicação que não seja apenas por meio da palavra
escrita ou oral.
■■
Leituras de texto: na coleção, o aluno é requisitado a ler o
tempo todo, pois o conteúdo é desenvolvido por meio do texto
escrito, principalmente. Nos anos iniciais, em que o processo
de alfabetização e letramento ainda está em andamento, o(a)
professor(a) pode ser o “leitor da classe”. Aos poucos, conforme
os alunos forem se apropriando do código linguístico, eles mes‑
mos poderão assumir essa função, até que todos sejam leitores,
individualmente. Na coleção, além da leitura do texto principal,
ler os textos transcritos é um poderoso recurso didático, pois
enriquece o vocabulário, aumenta a quantidade e a diversidade
de informações, desenvolve a imaginação, a abstração e o ra‑
ciocínio, melhora a qualidade da expressão oral e escrita, ajuda
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a criar o hábito da leitura, instiga a curiosidade sobre assuntos
diversos e desenvolve a noção de literatura como expressão in‑
telectual e artística.
■■
Leituras e análises de imagens: os textos imagéticos, como
pinturas, fotos, ilustrações de um determinado local, requerem
o desenvolvimento de habilidades como observar e descrever.
A informação está na imagem e cabe ao aluno descobri‑la. Para
isso, ele precisa da orientação e da mediação do(a) professor(a)
para, pelo menos, direcionar sua observação para os aspectos
que interessam naquele momento, com aquela imagem especi‑
ficamente. Além do mais, leitura e análise de imagens permitem,
hoje e aqui, ao aluno “visualizar” diferentes tempos e espaços.
■■
Leituras e interpretações de mapas: permitem desenvolver a
capacidade de abstração e de leitura do espaço geográfico. A
identificação da linguagem gráfica que se utiliza de diversos sím‑
bolos – alguns deles definidos em convenções internacionais –,
contribui significativamente para a realização da leitura crítica do
mundo. A leitura comparada de mapas em diferentes escalas
favorece o desenvolvimento da noção de proporção, conceito
abstrato e muitas vezes de difícil apreensão pelos alunos nes‑
sa faixa etária. De modo similar, a leitura comparada de mapas
físicos, políticos e temáticos de uma mesma área (país, região,
município) ou que se valem de critérios distintos (por exemplo,
mapas físicos e políticos) também ampliam as possibilidades de
compreensão do mundo e da sua representação.
■■
Registros escritos: atividades que envolvem observação e des‑
crição, relato, entrevista e troca de informações requerem algum
registro escrito das informações. Nos anos iniciais, enquanto o
aluno não se apropriou de modo satisfatório do sistema de escri‑
ta, além de recorrer ao desenho, o aluno pode se valer de outras
estratégias. Por exemplo, nas entrevistas, ele pode solicitar que
o entrevistado escreva ou pode gravar a entrevista ou, se nada
disso for possível, ele pode contar oralmente suas descobertas
e solicitar que o(a) professor(a) escreva. Nesses casos, de modo
similar ao que ocorreu com a leitura de textos, o(a) professor(a)
será o “escritor da classe” e, paulatinamente, essa função passa‑
rá a ser exercida pelos próprios alunos, individualmente. De todo
modo, é importante que o aluno seja sempre instado a registrar,
pois ao fazer isso ele organiza seu conhecimento e sistematiza
suas ideias, além de reconhecer a importância da apropriação,
adequadamente, do sistema de escrita utilizado pela sociedade
da qual faz parte.
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■■
Entrevistas: tipo de recurso que ajuda o aluno a desenvolver as
habilidades de ouvir, falar e fazer registros. Para o aluno realizar
essa atividade, é importante que tenha claro quais são os ob‑
jetivos da entrevista, além de um roteiro. Este pode ser feito
coletiva ou individualmente, mas é preciso trabalhar com eles
as atitudes próprias de entrevistadores: marcar horário com
antecedência e não atrasar; pedir licença para gravar (se for
o caso) ou pedir para o entrevistado ler as anotações feitas
ao final da entrevista; agradecer; e sempre que possível, dar
retorno e mostrar ao entrevistado o resultado do trabalho, de‑
pois de pronto.
■■
Trabalhos em dupla ou grupo: trata‑se de atividade cooperati‑
va de troca de ideias e experiências que propicia respeito mútuo
e crescimento intelectual. Permitem também que cada um co‑
labore com suas habilidades e talentos. Por exemplo, um aluno
que não consegue se expor para a classe pode ser bastante
participativo em grupos menores; o aluno mais extrovertido e
expressivo, mas que ainda não lê (não se apropriou do código
linguístico) pode apresentar oralmente, com riqueza de deta‑
lhes, a história que foi escrita em grupo. Cabe ao(à) professor(a)
perceber como os grupos podem e devem ser formados. Às
vezes, a formação espontânea, organizada pelos próprios alu‑
nos, pode expressar afinidades que o(a) professor(a) ainda não
tinha percebido; outras vezes, o(a) professor(a) precisará inter‑
ferir na divisão dos grupos a fim de propiciar certo equilíbrio de
habilidades.
■■
Pesquisas em jornais e revistas: os trabalhos com notícias de
veículos de comunicação rápida ajudam a desenvolver o ponto
de vista crítico e reflexivo dos alunos. No entanto, também nesse
tipo de pesquisa o aluno irá paulatinamente tornando‑se mais
autônomo. Assim, inicialmente, sugerimos que o(a) professor(a)
ofereça as fontes de pesquisas adequadas, orientando os alunos
passo a passo sobre como realizar a busca. Em um segundo
momento, já se pode solicitar que os alunos tragam algumas
fontes, que ele mesmo julgue adequadas, encaminhando ape‑
nas a execução da busca pela informação; por fim, peça que
eles tragam o material encontrado e organizem o fechamento
dos trabalhos. Em qualquer uma dessas etapas, é preciso dei‑
xar bem claro o que está sendo pedido e considerar as fontes
de informação disponíveis no lugar onde vive o aluno.
■■
Pesquisas na internet: permitem a ampliação ilimitada de fon‑
tes e, por isso mesmo, precisam ser bem orientadas. O(a)
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professor(a) deve conhecer, a priori, os sites que podem ser
acessados para realizar esse tipo de pesquisa, caso o aluno
tenha acesso a esse recurso em casa, na escola ou em outro
local. Para isso, são válidas as indicações disponíveis ao final
de cada unidade dos livros. No caso de os alunos não terem
à disposição os recursos de informática, se possível, desen‑
volva a pesquisa e forneça o material como fonte impressa
aos alunos, para que eles realizem os outros passos, como
seleção e organização do material pesquisado.
■■
Elaboração de vídeos: cada vez mais os alunos trazem para
a sala de aula recursos eletrônicos que permitem desenvolver
atividades com vídeos. Máquinas fotográficas digitais e celulares
que gravam vídeos podem favorecer, por exemplo, o registro
de um problema ambiental – a poluição de um córrego, rio ou
lagoa; destino do lixo inadequado; desmatamento e queimadas,
por exemplo – ou algum evento importante na comunidade ou
cidade em que o aluno vive – como um evento cultural, um pro‑
testo, um discurso em período eleitoral etc. Esses registros po‑
dem ser socializados e discutidos em classe e, se a comunidade
escolar dispõe dos recursos necessários, os vídeos podem ser
editados e ampliados com a participação dos alunos, com a
inserção de entrevistas e comentários sobre o fato registrado,
por exemplo.
■■
Estudos do meio: trata‑se de atividades de observação e registro
de alguns espaços de vivência do aluno. Cabe ao(à) professor(a)
motivá ‑los a buscar as informações, a observar os locais e a
seguir as instruções dos roteiros de estudo. Além disso, é preci‑
so que o aluno tenha claro o que e como fazer e o(a) professor(a)
precisa estar atento também para alguns aspectos pedagógicos
e estruturais que esse tipo de atividade necessita. Veja na pági‑
na 35 o texto a esse respeito (tema 3).
7. leituras comPlementares
Para o(a) Professor(a)
Para seu conhecimento, a seguir apresentamos uma seleção com
trechos de textos de alguns cientistas, estudiosos ou geógrafos men‑
cionados anteriormente. Esses textos estão organizados em temas.
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tema 1 – ensino de geografia
A organização curricular do ensino de Geografia e a espacialidade
Próximo, distante, extenso, exíguo, onde, até onde, desde onde, de que maneira,
como, por que, para que, quem, para quem; estes são alguns dos aspectos integrantes do
“chão” no ensino de Geografia na Escola Básica. Ocupam uma grande importância no
estabelecimento do recorte espacial adotado na organização curricular.
A organização curricular pode pautar‑se pela definição do “chão”. Será esse “chão” o
que justifica a existência do ensino de Geografia? Será possível realizar‑se um estudo
temático sem a delimitação ou definição do local em que o tema será visto?
A organização curricular pode também ser feita por temas ou facetas da realidade que
emergem em determinado contexto. Nesse sentido, existem temas como “cidade e campo”,
“regionalização”, “constituição do território”, “questão ambiental” e assim por diante.
[...] É necessário desenvolver uma organização curricular levando em conta o aluno
enquanto sujeito do conhecimento, ocupando, por isso, o centro do processo de
aprendizagem. Evidentemente, ao longo do tempo acontecem transformações perceptuais
e cognitivas. Contudo, isso não significa que, para atender a uma compreensão que se
realiza do concreto ao abstrato, o espaço imediato do aluno deva restringir‑se às
localizações mais próximas a ele para, gradativamente, ir ampliando‑se do ponto de vista
da distância espacial.
O global, o local e a base concreta
Uma didática interessada nas possibilidades do aluno implica elaborar estratégias que
considerem os recortes espaciais. Implica buscar nestes as possibilidades e os limites sobre
até onde as relações que se dão estarão ao alcance da compreensão dos alunos.
Costumamos considerar que, para as crianças mais novas, o seu concreto é a realidade
que lhes aparece imediatamente. Ao mesmo tempo, destaca‑se a importância de alguns
esquemas nas situações de ensino‑aprendizagem que desenvolvam estruturas de tempo e
de espaço, permitindo aos alunos construírem alguns mecanismos para responderem a uma
classe de situações dadas.
[...] No recorte espacial que se faz, surgem as relações existentes em determinado
espaço ou de um espaço com outro, em que emerge a relação entre o local e o global. Nos
tempos atuais, tidos como de globalização, essa relação torna‑se bastante visível, de maneira
que ela pode ser desde cedo esclarecida aos alunos.
Trata‑se, na verdade, de realizar um ir e vir constante entre o próximo e o distante, em
que um explica o outro. Ao criar condições para o aluno estabelecer as relações entre o
próximo e o distante, sua compreensão do mundo ganhará significado, inclusive a da sua
realidade imediata, ao serem estabelecidos os elos explicativos entre eles.
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Como o aluno pode entender que, em torno dos campos de futebol de várias cidades
do mundo, repetem‑se quase os mesmos anúncios publicitários vistos no Brasil? Como o
aluno pode entender que os veículos automotores das mais diversas marcas que circulam
em nosso país têm origem externa?
Como o aluno pode entender a manifestação da cultura urbana como os ritmos rap e
funk, os trajes semelhantes vestidos pelos jovens dos Estados Unidos, da Europa, do Japão
e do Brasil? Como o aluno pode entender que muitos brasileiros estão se mudando para
outros países?
O aluno mais novo consegue identificar essas diferenças e semelhanças. Ele pode não
estar entendendo como e por que tudo isso acontece. Porém, a força dessas situações
pede que o aluno inicie‑se na compreensão dessas relações, identificando os locais e
buscando algumas implicações imediatas.
No processo de conhecimento, é importante realizar abstrações em que o aluno vá
desapegando‑se do concreto imediato. O distante se torna próximo no fazer pensar, apesar
da distância espacial, em que a aproximação se dá com a compreensão das relações
estabelecidas entre os locais.
Nesse sentido, será que se pode apontar aos alunos mais novos que algumas
características da cidade na qual eles moram são semelhantes às de outra cidade? Seus
esquemas de compreensão podem tornar‑se suficientemente flexíveis, possibilitando a
“entrada” de elementos em uma estrutura espacial aberta.
A mobilização de estratégias didáticas adequadas pode, mediante o conteúdo envolvido
no conceito de cidade, desenvolver entre alunos novas percepções do próximo e do
distante, do diferente e do semelhante. Dessa maneira, cedo eles podem abrir seus modos
de pensar. Isto é, pode‑se criar condições para o aluno ir construindo esquemas, em um
processo que o leve a construir uma totalidade dinâmica e funcional.
É importante o aluno incorporar que o seu universo pessoal não é único, apesar de ele
ser‑lhe significativo e estar frequentemente carregado de um sentimento de pertencimento
ou de identidade. Como o aluno pode abrir‑se para o mundo, senão acostumando‑se a
fazê‑Io desde cedo?
O mundo lhes chega, queiramos ou não, mais rápido do que o ritmo que os professores
de Geografia imprimem atualmente. As antenas de TV estão disseminadas por todo o território
nacional e não se trata da presunção de opor‑se a elas. Trata‑se de dialogar com o mundo,
que entra pelas telas dos aparelhos de TV, na perspectiva desse diálogo ser problematizador.
Esse diálogo pode ser realizado levantando‑se questões que devem ser discutidas a partir dos
mais diversos contextos expostos pelos meios de comunicação de massa.
É necessário realizar reflexões teóricas gerais e geográficas no sentido que foi
apontado até aqui, uma vez que elas são essenciais para compreender articuladamente o
ensino de Geografia. O nível dessa reflexão, por sua vez, precisa ser superado não
evidentemente no sentido de ser negado e refutado, mas no sentido de que é importante a
sua ultrapassagem visando alçar novamente ao patamar do concreto.
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Realizado um balanço das exigências da prática docente, verifica‑se concretamente o
quanto o professor é um investigador, cuja atitude pesquisadora muitas vezes fica dificultada
dadas as condições de trabalho em que ele se encontra.
[...]
KIMURA, Shoko. Geografia no ensino básico: questões e propostas.
São Paulo: Contexto, 2008. p. 100‑4.
tema 2 – cartografia e
rePresentações esPaciais
Maquetes: a simbolização da realidade
Segundo Piaget, a criança representa uma realidade vivida por meio de uma
dramatização ou construção tridimensional, por imitação, por um processo de assimilação
e acomodação diante de dada realidade, fazendo uso de jogos simbólicos. Na imitação, a
criança apropria‑se dos atributos e funções dos objetos, modificando‑os e acomodando‑os
à nova situação. Nessa reprodução, adapta a realidade aos seus anseios, desejos e medos.
Esse brincar simbólico e lúdico com as coisas do mundo infantil modifica‑se no adulto,
através do tempo, mediante a ciência e as artes.
As construções espontâneas surgem dos fragmentos de vegetais, dos diferentes tipos
de pedras, de peças produzidas, de miniaturas de pessoas, casas, igrejas, fortes, carros,
trens e cidades inteiras. Esse processo permite que a criança, nas brincadeiras, manipule
objetos, tenha poder sobre eventos e fatos, domine os fenômenos, a exemplo dos jogos de
soldadinhos ou de diplomacia, imitando a realidade.
A entrada na escola estimula a criança a empreender vários tipos de construções e
progressivamente chegar à construção da maquete da sala de aula, da casa, da escola,
da rua, do bairro, do relevo. O aluno vai defrontar‑se com questões referentes à variedade
de tipos, ao tamanho e à proporcionalidade dos objetos, de uns em relação aos outros nas
escalas qualitativas e quantitativas.
A construção da maquete na sala de aula merece alguns cuidados por parte do
professor, no sentido de enfatizar e incentivar a criatividade na busca de material, no
exercício do trabalho coletivo e nas representações dos objetos.
A construção da maquete. Almeida (2001), no livro Do desenho ao mapa, discute
o processo de construção de uma maquete na sala de aula com alunos do ensino
fundamental. Inicialmente, trabalha‑se com o processo de orientação para, a seguir,
ocupar‑se com o desenho da sala de aula e, mais tarde, chegar à construção da maquete.
A autora analisa as soluções encontradas pelos grupos de alunos. Algumas observações
realizadas sobre os alunos na primeira etapa são importantes:
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percebi que nenhum grupo antecipou o problema da proporção entre os
objetos e a caixa da maquete [...]
Das oito maquetes construídas, apenas duas apresentavam todos os
elementos da sala de aula, na quantidade certa e no lugar certo [...]
Na avaliação desse trabalho, notei que todos os grupos conseguiram
solucionar bem as questões sobre localizações. Resolveram corretamente
a relação de mudança de pontos de vista e os elementos que poderiam ser
observados. O ponto de vista de cima foi apontado pela maioria dos grupos
como a solução para ver todos os elementos da maquete de uma só vez.
Na segunda etapa, para realizar a projeção da maquete no plano, coloca‑se um papel
celofane transparente sobre ela e traça‑se o contorno dos objetos com caneta própria para
retroprojetor. Algumas situações devem ser resolvidas pelos alunos, como a indicação das
paredes, portas e janelas.
Em meio aos trabalhos, determinada aluna assim se expressou: “Nós construímos
a maquete para fazer um mapa. Como é que eles fazem o mapa?” Segundo a autora, a
pergunta é indicativa do que se esperava atingir com a atividade da maquete: o processo de
mapeamento. Da comparação entre a maquete e a planta, introduz‑se a planta em escala,
mediante o uso de um fio, para realizar as proporções entre o tamanho real e o tamanho na
planta, promovendo também a construção da respectiva legenda (Almeida, 2001, p. 75‑97).
Essas construções realizadas no ensino fundamental a partir do segundo e terceiro
ciclos, quando as questões de localização, dimensões, proporção e escalas estão em fase
de operacionalização, permitem o levantamento de questões e soluções por parte dos
alunos e/ou com a intervenção do professor.
[...]
PONTUSCHKA, Nídia Nacib; PAGANELLI, Tomoko Iyda: CACETE, Núria Honglei. Para ensinar e aprender Geografia.
São Paulo: Cortez, 2007. p. 329‑31.
tema 3 – estudo do meio
O estudo do meio e o caráter interdisciplinar
As especificidades das disciplinas
Em 1992, professores reunidos na Secretaria Municipal de Educação da cidade de
São Paulo, na administração de Luiza Erundina, elaboraram uma publicação sobre o estudo
do meio e a participação de diferentes disciplinas, tendo como princípio o coletivo, a
interdisciplinaridade e, simultaneamente, a preservação da especificidade de cada disciplina
no sentido de estudar melhor o real. Houve necessidade de explicitar no texto como cada
uma das disciplinas integrava‑se ao estudo do meio, ou seja, o papel de cada uma delas
nesse tipo de trabalho.
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No estudo do meio na geografia, o espaço e o tempo não se separam, pois as
observações sensíveis permitem uma aproximação concreta com problemas estudados
pela história e pela geografia, com questões propostas por alunos e professores. O meio
é uma geografia viva. A escola, o córrego próximo, a população de um bairro, o distrito
industrial, um parque, uma reserva florestal, um shopping, um hipermercado, a chácara
vizinha são elementos integrantes de um espaço, que podem ser pontos de partida para
uma reflexão. Em um primeiro momento, pode‑se “descrever”, utilizando os referenciais
vivos para localizá‑los; no entanto, é preciso ir além. Em qualquer lugar escolhido para
realizar um estudo do meio, há o que ver, há o que refletir em geografia, pois não existem
lugares privilegiados, não há lugares pobres. É preciso saber “ver”, saber “dialogar” com
a paisagem, detectar os problemas existentes na vida de seus moradores, estabelecer
relações entre os fatos verificados e o cotidiano do aluno.
[...]
No estudo do meio, o aluno expressa o desejo de compreender o espaço do qual
faz parte ou os espaços mais distantes, que aguçam o seu desejo de conhecer. É partindo
de referências que estão sendo construídas no processo de apreensão daquela realidade,
fazendo comparações, que o jovem vai conseguir essa compreensão. [...]
O contato direto com um local, seja da realidade do aluno, seja de outras realidades,
e a reflexão sobre ele permitem que se formem referenciais para entender que o meio não é
estático, é dinâmico. Ele foi e será transformado; as próprias diferenças entre o tempo das
construções documentam as mudanças: assim, um rio hoje represado pelo homem é diferente
do que foi há 30 ou 50 anos. Essa mudança física resultante da ação humana na interação
entre trabalho e tecnologia sobre o meio original foi também um elemento de transformação da
vida dos moradores no passado. Essas transformações precisam ser captadas pelos alunos
para que eles se posicionem no seu próprio espaço, percebendo os conflitos existentes entre
os vários segmentos da população, detonados por interesses que se chocam.
A construção e reconstrução de um espaço — algo faraônico como Itaipu ou Brasília
ou o calçamento de um trecho de uma rua — podem mobilizar os agentes sociais envolvidos
no processo: moradores, trabalhadores, empresários, políticos, porque com ritmo e
intensidade diferentes interferem na vida das pessoas. O jogo desses interesses vai definir a
maneira da construção e reconstrução do espaço.
Os conflitos sociais podem estar materializados no espaço visível. No entanto,
nem sempre isso ocorre, havendo necessidade de se obterem explicações por meio dos
moradores do local, por meio da memória oral e das contradições reveladas — daí a
importância das entrevistas ou de fontes escritas produzidas no local.
A natureza [...] pode ser vista e analisada de forma integrada, tanto em seus elementos
constitutivos como na relação que os homens, vivendo em uma sociedade desigual,
estabelecem com ela.
A sala de aula é o espaço de aprofundamento de muitas das questões surgidas
e documentadas no caderno de pesquisa de campo. O espaço geográfico vai ser mais
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bem compreendido porque as informações obtidas vão ser analisadas à luz de outros
documentos escritos, gráficos e iconográficos.
A compreensão do espaço precisa ser mediada pela história, pois o espaço construído
e representado é fruto de diferentes tempos históricos; o espaço tem uma historicidade que
deixou suas marcas no presente, na praça, na rua e na cultura de um povo.
A leitura de notícias fragmentárias em jornais e revistas ou mesmo em livros
didáticos será feita de outra maneira, permitindo análises mais profundas, porque mesmo
que os conhecimentos apareçam fragmentados, os estudantes terão parâmetros para
contextualizá‑los.
O trabalho com a representação gráfica e cartográfica do espaço, também durante o
estudo in loco, vai ter continuidade e aprofundamento em sala de aula, o que auxiliará na
ampliação e no conhecimento de outras realidades espaciais.
O método do estudo do meio permite maior aproximação com as preocupações
atuais da ciência geográfica, que busca explicar o espaço geográfico não mais pela relação
do homem com o meio físico, mas como resultante das relações sociais. O conhecimento
de realidades diferentes, quando cotejadas com as realidades de alunos e professores em
lugares próximos ou distantes, auxilia no enriquecimento cultural e no posicionamento das
pessoas no movimento das respectivas vidas.
Nesse vaivém ativo e permanente entre presente, passado, presente com projeções
para o futuro, próximo e distante, o aluno vai abrindo a mente para compreender e explicar
as diferenças entre os papéis dos homens na organização e na produção do espaço.
[...]
PONTUSCHKA, Nídia Nacib. O conceito de estudo do meio transforma‑se...: em tempos diferentes, em escolas
diferentes, com professores diferentes. In: VESENTINI, José William (Org.). O ensino de geografia no século XXI.
Campinas: Papirus, 2004. p. 259‑62.
tema 4 – conceitos, conteúdos e
reflexões da área de geografia
Os quatro Brasis...
Neste ponto da história do território brasileiro, parece lícito propor, a partir das
premissas levantadas aqui, uma discussão em tomo da possibilidade de propormos
uma divisão regional baseada, simultaneamente, numa atualidade marcada pela difusão
diferencial do meio técnico‑científico‑informacional e nas heranças do passado.
Cada região instala aquilo que, a cada momento, vem a constituir rugosidades
diferentes. Essas rugosidades estão ligadas, de um lado, à tecnicidade dos objetos de
trabalho e, de outro, ao arranjo desses objetos e às relações daí resultantes. A constante é o
espaço, isto é, um conjunto indissociável, solidário, mas também contraditório, de sistemas
de objetos e sistemas de ações (M. Santos, 1996).
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Poderíamos assim, grosseiramente – e como sugestão para um debate –, reconhecer
a existência de quatro Brasis: uma Região Concentrada, formada pelo Sudeste e pelo Sul, o
Brasil do Nordeste, o Centro‑Oeste e a Amazônia. [...]
A Região Concentrada, abrangendo São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito
Santo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, caracteriza‑se pela implantação mais
consolidada dos dados da ciência, da técnica e da informação.
Nessa Região Concentrada do país, o meio técnico‑científico‑informacional se
implantou sobre um meio mecanizado, portador de um denso sistema de relações, devido,
em parte, a uma urbanização importante, ao padrão de consumo das empresas e das
famílias, a uma vida comercial mais intensa. Em consequência, a distribuição da população e
do trabalho em numerosos núcleos importantes é outro traço regional.
[...]
A Região Centro‑Oeste, constituída pelos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso
do Sul, Goiás e Tocantins, é uma área de “ocupação periférica” recente. O meio técnico‑
‑científico‑informacional se estabelece sobre um território praticamente “natural”, ou
melhor, “pré‑técnico”, onde a vida de relações era rala e precária. Sobre essa herança de
rarefação, os novos dados constitutivos do território são os do mundo da informação, da
televisão, de uma rede de cidades assentada sobre uma produção agrícola moderna e suas
necessidades relacionais.
[...]
O Nordeste, incluindo Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba,
Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia, é uma área de povoamento antigo, onde a
constituição do meio mecanizado se deu de forma pontual e pouco densa e onde a
respectiva circulação de pessoas, produtos, informação, ordens e dinheiro era precária,
tanto em razão do tipo e da natureza das atividades (sobretudo uma agricultura pouco
intensiva) como em virtude da estrutura da propriedade. Alicerçada sobretudo no trabalho,
essa agricultura evidencia baixos índices de mecanização [...] se comparada com a Região
Concentrada e com a Região Centro‑Oeste.
[...]
A Amazônia, definida grosseiramente pelos Estados de Pará, Amapá, Roraima,
Amazonas, Acre e Rondônia, é uma região de rarefações demográficas herdadas e
baixas densidades técnicas. No passado, desenvolveu‑se um povoamento que levava à
concentração porque a agricultura era limitada em capital, técnica e escopo.
Essa região foi também a última a ampliar sua mecanização, tanto na produção
econômica quanto no próprio território (Roberto Schmidt de Almeida e Miguel A. C. Ribeiro,
1995).
[...]
SANTOS, Milton; SILVEIRA, Maria Laura. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI.
Rio de Janeiro: Record, 2001. p. 268‑72.
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orIEntaÇÕEs
EspEcÍfIcas dEstE VoluME
Neste volume, priorizamos a leitura e a interpretação do espaço
vivido pelos alunos: a casa, a escola e a rua são apresentadas como
unidades espaciais referenciais para o desenvolvimento das primeiras
noções cartográficas (localização, orientação, legenda) e de leitura e
representação da paisagem. Formam o eixo gerador das três unidades didáticas deste volume: a individualidade da criança e, ao mesmo
tempo, sua inserção na coletividade, associada ao reconhecimento e
à valorização das diferenças e da pluralidade cultural; a integração da
criança no espaço escolar, tanto na sua dimensão física como social;
e as primeiras noções de organização social por meio da observação,
reconhecimento e representação das moradias e da rua do lugar onde
o aluno vive.
Unidade 1 – eU e as crianças
dO meU espaçO
O tema dessa unidade é a descoberta da individualidade por parte do aluno e de sua inserção em uma comunidade. No capítulo 1, ele
se reconhecerá como membro de um grupo cujos indivíduos possuem
semelhanças e diferenças. No capítulo 2, inicia-se o trabalho de alfabetização cartográfica, que começa com a percepção de diferentes
formas de representação do próprio corpo.
Unidade 2 – eU e a minha escOla
O tema dessa unidade é a observação e a representação do espaço da escola. Além de observar se esse espaço apresentou mudanças, ele também é utilizado como base para desenvolver as noções de
proporção e escala e recursos de legenda por meio da construção de
uma maquete da sala de aula.
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Unidade 3 – O lUgar Onde eU mOrO
Essa unidade trata, no capítulo 4, da organização espacial da
casa, mostra os diferentes tipos de moradia e amplia a percepção
para o reconhecimento da rua e do quarteirão. A questão da moradia
é apontada como um direito do cidadão. No capítulo 5, o foco da observação passa a ser a rua, apresentada e discutida como um espaço
público essencial para o exercício da cidadania e de diversas funções
sociais. A educação para o trânsito é abordada tanto da perspectiva
do pedestre como da do motorista de veículos.
Estudos IntErdIscIplInarEs
Destacamos, no quadro a seguir, as principais possibilidades de
abordagem em conjunto com outras disciplinas neste volume:
Tema/conteúdo
Capítulo
Disciplina
História de vida da criança
1
História
Construção de gráficos
2
Matemática
1; 2
Matemática
2
Artes; Ciências
Higiene pessoal
2
Ciências
Construção de maquete
3
Matemática; Artes
3
História
Leitura e redação de poema
4
Língua Portuguesa
Representação artística de moradias
4
Artes
Planta cartográfica
4
Matemática
Conservação dos recursos naturais
4
Ciências
Educação para o trânsito
5
Redação de uma carta
5
Proporção e escala: desenhos de
objetos e da sala de aula
Desenhos do próprio corpo ou
partes dele
Transformações no lugar onde o
aluno vive
Tema transversal
(Língua Portuguesa, Artes, História)
Língua Portuguesa
40
G13_F1_AV_GEO2_MP_Especifica 40
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Estrutura dE cada
unIdadE dIdátIca
Unidade 1 – eU e as crianças dO meU
espaçO
Quadro de objetivos e conteúdos da unidade 1
Objetivos didáticos
Conteúdos
•Trabalhar o autoconhecimento
Conceituais: autoconhecimento e
e o reconhecimento do outro.
reconhecimento do outro; minhas
•Levantar e respeitar as
semelhanças e as diferenças
características físicas, semelhanças
e diferenças no grupo; hábitos de
físicas entre as diversas
higiene.
crianças do grupo.
Procedimentais: representar por
•Descobrir a forma do próprio
corpo.
•Perceber a sua individualidade.
•Perceber a importância dos
hábitos de higiene do dia a dia.
meio de desenhos; observar imagens
e descrevê-las; observar e descrever
suas características físicas; comparar
diferenças e semelhanças; mapear
seu próprio corpo; fazer perguntas,
ouvir e anotar respostas; contar,
•Utilizar símbolos e estabelecer
agrupar e classificar, dando início ao
limites a partir do desenho de
trabalho de construção de gráficos;
seu próprio corpo.
trabalhar a noção de proporção,
•Explorar as noções de
lateralidade.
reduzindo desenhos de uma mesma
forma; pesquisar em jornais e
revistas imagens relacionadas ao
tema trabalhado.
Atitudinais: tomar consciência de
suas características físicas, aceitando
as diferenças e constatando
semelhanças; desenvolver o
autorrespeito; respeitar as diferenças
entre os colegas; valorizar os hábitos
de higiene e incorporá-los ao seu dia
a dia com independência.
41
G13_F1_AV_GEO2_MP_Especifica 41
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Capítulo 1 – Quem sou eu?
Orientações específicas para o capítulo
•Página11,atividade1
Para dar início às atividades de Geografia, propomos que cada
aluno fale seu nome, dia e mês de aniversário, como uma primeira forma de apresentação e contato com o livro.
•Página16,atividade6
Nessa atividade é necessário observar cuidadosamente todas
as imagens e dirigir um olhar atento sobre si mesmo. Não deixe que
ocorram situações constrangedoras. Procure sempre elogiar uma característica de cada aluno, pois todos possuem algo que merece ser
destacado positivamente. Trabalhe com a autoestima e com a aceitação das diferenças. Levante com a classe o que os alunos têm em
comum e o que têm de diferente entre si. O que podem ter em comum:
todos nasceram, receberam um nome, estão na escola, entre outras
semelhanças. O que podem ter de diferente: características físicas,
nome, gostos, jeito de ser, entre outras diferenças.
•Páginas16a18,atividades7a11
Essas atividades visam iniciar o aluno no trabalho com gráficos
e tabelas e na aquisição da noção do conjunto. Inicialmente, ele fará
um simples levantamento de informações, contando e agrupando os
dados e registrando os valores em uma barra. Um dos propósitos é
relacionar a noção de quantidade a cada critério de classificação (formação de conjuntos). Em seguida, ele traçará comparações entre as
quantidades, o que tem mais, o que tem menos (comparação entre
conjuntos por quantidade). Em outro momento, constituirá os subconjuntos (o conjunto de meninas e meninos dentro do conjunto de
alunos por idade) e, por fim, fará a representação dos subconjuntos
nas barras.
Os exercícios podem ser enriquecidos com a proposta de outros critérios de agrupamento (time de futebol, brincadeira preferida,
número do sapato etc.). Deixe a classe estabelecer os critérios para a
formação dos conjuntos.
•Página19,atividade12
O objetivo da atividade é que os alunos falem das preferências,
dos gostos, dos amigos, daquilo que faz parte do cotidiano de cada
42
G13_F1_AV_GEO2_MP_Especifica 42
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um. Aproveite a atividade para propiciar ao aluno a oportunidade de
conhecer melhor os colegas da classe. Fique atento à possibilidade de
haver algum aluno que ainda não se integrou à turma e comunique o
fato aos colegas professores e à coordenação/direção da escola para
que, juntos, possam ajudar esse aluno a sentir-se parte do grupo.
•Página21:Viagempelaleitura
O objetivo do texto é fazer que os alunos aprendam a reconhecer as diferenças existentes entre os indivíduos. Depois de fazer uma
leitura mediada do texto que acompanha as ilustrações, e falar sobre
a necessidade de respeitar cada um com seu jeito de ser, peça aos
alunos para realizarem a atividade de redação. Depois, comente os
textos dos grupos.
•Páginas22e23:Horadorecreio
As atividades têm como objetivo oferecer ao aluno a oportunidade de aprender brincando. Na atividade 2, fique atento para ajudar os
alunos que eventualmente apresentarem dificuldades para identificar
as respectivas representações das figuras. Essa é uma habilidade importante para a leitura e representação de paisagens, que será trabalhada posteriormente.
Capítulo 2 – Representando meu corpo e
meu mundo
Orientações específicas para o capítulo
•Página27,atividade1
O objetivo da atividade é ampliar os conteúdos trabalhados no
livro fazendo uso dos conhecimentos de artes plásticas. Estimule a
observação das imagens. Se possível, forme uma roda com os alunos
para que todos comentem suas impressões a respeito de cada obra
apresentada.
•Páginas28e29,atividades2a4
Antes dos comentários, leia o texto a seguir.
43
G13_F1_AV_GEO2_MP_Especifica 43
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Mapeando o meu corpo1
Essas atividades representam os primeiros passos para o aprendizado de noções
espaciais. O conhecimento novo é construído utilizando-se estruturas conhecidas, segundo
Piaget. O trabalho com esquema corporal permite explorar as noções de lateralidade e
proporcionalidade por meio do mapa do próprio corpo. A criança poderá fazer a ligação entre
concreto (seu corpo) e representação (os desenhos), preparando-se para transpor essas
noções para outras representações (plantas e mapas). Ao mapear seu próprio corpo, o aluno
toma consciência de sua estatura, da posição de seus membros, dos lados de seu corpo.
Leve a classe para o pátio. A atividade tem início com a organização da classe em duplas, cujos membros vão se revezar para fazer
o mapa do próprio corpo. Caso não seja possível arrumar o papel, a
atividade poderá ser realizada no chão. O aluno A deita-se sobre uma
folha de papel kraft (ou no próprio chão) e o aluno B risca o seu contorno com a caneta, lápis ou giz. Depois, os papéis se invertem.
Em um segundo momento, pode-se trabalhar a lateralidade com
a identificação dos lados direito e esquerdo do contorno do corpo dos
alunos, sempre tomando como base a posição da cabeça. Feito isso,
podem-se dar comandos, tais como: pulem no ombro direito; pulem
no joelho esquerdo; pulem no pé direito; pulem no braço esquerdo;
pulem na orelha direita etc.
Depois, é possível ainda exercitar a lateralidade de forma espelhada, tendo como base os pés do contorno. Dessa forma, a direita
corresponderia ao lado esquerdo do contorno; portanto, quando o(a)
professor(a) der os comandos, os alunos devem deslocar-se para o
lado contrário. Por exemplo: se o comando for para ir até o joelho direito, o aluno deve se deslocar para a esquerda e pular sobre o joelho
esquerdo do contorno.
Essas atividades podem ser associadas à disciplina de Ciências,
explorando-se as partes do corpo; à disciplina de Artes, com o desenho do próprio corpo (formas de pintura e expressão); e à expressão
oral, pois o aluno poderá falar de si, apresentando-se à classe (nome,
idade, procedência, gostos etc.); também o(a) professor(a) deve se
apresentar à classe, amenizando sua autoridade e democratizando as
formas de expressão.
1 Atividade baseada em proposta de Rosângela D. de Almeida e Elza Y. Passini, em O espaço
geográfico – Ensino e representação. São Paulo: Contexto, 1989.
44
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O conteúdo desse “painel oral” é o próprio aluno, que será o
sujeito da atividade. Ele se torna um elemento participante e não receptor passivo dos conhecimentos do(a) professor(a).
•Página30,atividade5
Essa atividade possibilita trabalhar com sequências (do maior
para o menor ou vice-versa) e visualizá-las em um gráfico.
Antes de iniciá-la, seria interessante pedir aos alunos que formem
uma fila do maior para o menor. Deixe que eles façam as comparações
e que se organizem independentemente.
Depois, proponha a atividade do livro. Cada um deverá medir o
seu desenho. Em seguida, devem separar as medidas por ordem de
tamanho e, por fim, montar o gráfico de acordo com as orientações
do exercício.
•Página31,atividade6
Essa atividade introduz a noção de escala. Ao observar o mesmo desenho em tamanhos diferentes, o aluno está trabalhando com
redução proporcional. O número de quadradinhos identificados nos
dois desenhos será o mesmo; no entanto, como os quadradinhos são
de tamanhos diferentes, os desenhos também apresentam tamanhos
diferentes. Procure fazer o aluno perceber que todas as partes do desenho foram diminuídas igualmente.
•Página37:Viagempelaleitura
As atividades da seção dizem respeito aos cuidados que devemos ter com o nosso próprio corpo. Podem ser integradas à disciplina
de Ciências. Enfatize os cuidados que os alunos devem ter com sua
higiene pessoal. Verifique o que cada um sabe fazer sozinho e em que
situações necessita de ajuda. Reforce e exercite a capacidade de independência dos alunos.
Explique a importância do banho, mostrando que se deve lavar
bem cada parte do corpo, como cabelos, orelhas, nariz, mãos, pés,
unhas, o bumbum e o “fazedor de xixi”, como fala a canção do ratinho.
Explique que os cabelos devem ser penteados para evitar o aparecimento de piolhos, por exemplo, e que as unhas precisam ser cortadas
e limpas regularmente.
Quando falar sobre a higiene bucal, o(a) professor(a) pode orientar os alunos sobre como se faz uma escovação adequada, solicitando
que tragam a escova de dentes para a escola. Fale do uso do fio dental
45
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como complemento da limpeza bucal e da necessidade de se visitar
um dentista regularmente. Por fim, fale sobre a importância de lavar
muito bem as mãos antes das refeições (prevenção de infecções).
•Página38:Horadorecreio
Na atividade 2, aproveite para conversar com os alunos sobre
a importância da organização e cuidado com os materiais escolares
e mesmo com os objetos pessoais, tais como brinquedos, aparelhos
eletrônicos etc. Pode-se motivá-los até mesmo a fazer doações de
brinquedos em bom estado e que não estão sendo usados para entidades que atendem a crianças e famílias com poucos recursos financeiros para adquiri-los.
Atividade complementar e de ampliação –
Promoção da saúde e prevenção de doenças
(tema transversal: saúde)
O objetivo dessa atividade é levantar informações sobre os serviços de saúde prestados na região e, com o auxílio da escola, apresentar conteúdos sobre prevenção de doenças e promoção da saúde à
comunidade, o que pode acontecer dentro ou fora da escola. Convide
pais e responsáveis a participarem das atividades.
Proposta: conhecer métodos de prevenção de doenças e de promoção da saúde. Com o intuito de levar às escolas e à comunidade
o conhecimento necessário para a construção da cidadania, deverão
ser envolvidos diferentes órgãos e instituições públicas e privadas, que
ofereçam múltiplas situações de aprendizagem interativas, tais como
palestras, leituras, vídeos etc. Entre esses órgãos e instituições escolares, podemos citar a Vigilância Sanitária, hospitais, postos de saúde
e universidades. Serão trabalhados temas relacionados à melhoria da
qualidade de vida da população, tais como: noções de saúde pública,
higiene e prevenção de doenças.
Desenvolvimento
1aetapa:planejamentodaatividade
Após a definição do tema a ser abordado e da confirmação da
entidade e da atividade a ser executada (palestra, vídeo etc.), proponha aos alunos um levantamento de questões pertinentes, que devem
ser transformadas em perguntas, que serão encaminhadas aos palestrantes ou organizadores. Isso deverá possibilitar uma maior participação dos alunos.
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2aetapa:duranteaatividade
(O)A professor(a) deve orientar os alunos para que prestem atenção às atividades propostas e preparar os que irão fazer as perguntas.
3aetapa:socializaçãodosresultadosdapesquisa
Motive os alunos a fazer um relato do que aprenderam, novidades, fatos e dados marcantes. Pode-se incentivá-los a dar continuidade aos temas trabalhados por meio da produção de desenhos, fotos, vídeos, teatro de fantoches, entre outras formas de socialização, de
acordo com os recursos disponíveis na comunidade escolar.
Texto de apoio para o professor
A pluralidade cultural do Brasil
A cultura de um povo é formada por vários elementos, como crenças, ideias, mitos,
valores, danças, festas populares, alimentação, modo de se vestir, entre outros fatores. É
uma característica muito importante de uma comunidade, pois a cultura é transmitida de
geração em geração e demonstra aspectos locais de uma população.
O Brasil, por conter uma grande dimensão territorial e uma população numerosa e
miscigenada, com grande quantidade de descendentes de europeus, africanos, asiáticos e
índios, apresenta uma vasta diversidade cultural no seu povo.
Esse é um tema de extrema importância e deve ser abordado em sala de aula, pois
os alunos devem ter conhecimento da diversidade cultural do país e saberem a origem de
festas folclóricas, culinária, crenças e todos os tipos de manifestações culturais, fortalecendo
ainda mais o processo de valorização dos costumes locais, contrapondo a tentativa de
unificação de uma cultura de massa imposta pelos meios de comunicação.
Ao abordar a pluralidade cultural do Brasil, o professor deve promover no aluno o
sentimento de valorização cultural do país, além do reconhecimento e respeito das diferentes
culturas, mostrando que não existe uma melhor ou mais desenvolvida que a outra.
[...]
FRANCISCO, Wagner de Cerqueira e. A pluralidade cultural do Brasil. Disponível em: <www.educador.brasilescola.com/
estrategias-ensino/a-diversidade-cultural-brasileira-sala-aula.htm>. Acesso em: 9 mar. 2011.
47
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Unidade 2 – eU e a minha escOla
Quadro de objetivos e conteúdos da unidade 2
Objetivos didáticos
•Observar e descrever o espaço
Conteúdos
Conceituais: espaço físico da
físico da escola, da sala de
escola; espaço ao redor da escola
aula e dos seus arredores, sua
e as transformações do espaço;
organização e funcionamento.
diferentes maneiras de se olhar e
•Trabalhar com a noção de
transformação do espaço.
•Trabalhar com noções espaciais
e cartográficas.
•Discutir sobre o direito que
todas as crianças têm de
estudar.
desenhar um objeto; legenda; a
maquete da sala de aula; direito à
educação.
Procedimentais: observar e
descrever percursos e espaços
físicos da escola; observar e
comparar imagens; perguntar, ouvir
e anotar respostas; observar e
desenhar a partir de vários ângulos;
estabelecer correspondências;
construir maquetes; localizar-se na
sala de aula; desenhar utilizando
símbolos e ler legendas.
Atitudinais: utilizar o espaço da
escola com respeito; refletir sobre a
importância da escola na vida dos
indivíduos; colaborar com colegas e
funcionários.
Capítulo 3 – A minha escola
Orientações específicas para o capítulo
•Página41,atividadesdaaberturadaunidade
Para iniciar os trabalhos sobre o tema dessa unidade, sugerimos
partir do conhecimento que o aluno tem a respeito de sua escola e do
significado dessa instituição na sociedade em que ela vive.
Promova uma conversa com os alunos sobre a importância da
escola e o que eles pensam sobre a escola onde estudam. Questione
se só aprendemos na escola e como é possível aprender fora dela.
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•Página42:Vamoscomeçar
As atividades dessa seção têm como intuito desenvolver a percepção das características da escola em que os alunos estudam. Se
achar pertinente, leve-os para conhecer os espaços da escola.
•Página43,atividade2
Visite o quarteirão da escola com os alunos para que eles possam observar os tipos de residência existentes e, assim, caracterizar
o espaço da vizinhança. Caminhar pelas ruas que formam o quarteirão oferece a possibilidade de fazê-los conhecer o modo de vida dos
habitantes do lugar. Oriente os alunos para que observem e façam
anotações, conforme roteiro do livro. Lembre-se de que, para realizar esse tipo de atividade no espaço extraescolar, é preciso solicitar
autorização dos pais dos alunos, e o apoio dos demais participantes
da comunidade escolar (direção, coordenação, colegas professores e
funcionários) é fundamental.
•Página44,atividade3
Representar por meio do desenho aquilo que foi observado no
estudo do quarteirão. Dessa forma, inicia-se o trabalho com planta
cartográfica e recursos de legenda.
•Página46,atividade5
Os alunos devem perceber que as escolas não são iguais. Existem
aquelas localizadas em prédios grandes, com inúmeras dependências,
e outras mais simples e menores. O importante é que comparem as
imagens e estas com a sua própria realidade escolar.
•Páginas48e49:atividades7a10
O objetivo dessas atividades é construir noções espaciais por
meio de observação, contagem e medição dos objetos que compõem
a sala de aula. Os alunos deverão observar a sala de aula para identificar o que se encontra no seu interior. Andar pela sala para conhecer o
seu tamanho, seus objetos e sua mobília. Para realizar o levantamento
do número de alunos e carteiras, o(a) professor(a) poderá fazer exercícios de correspondência.
Apesar de os alunos ainda não trabalharem sistematicamente
com medidas como o metro, é possível utilizar outras formas de medição, como os pés ou o barbante, estabelecendo comparações. Por
exemplo, quantos pés são necessários para ir de uma parede à outra;
que tamanho de barbante corresponde à largura da janela etc.
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Os alunos irão exercitar localização, determinando a posição
da mesa do(a) professor(a), dos armários e da carteira de cada um.
Partindo de sua localização, de sua posição na sala de aula, o aluno
pode, inicialmente, passar a localizar a posição de seus colegas em
relação aos referenciais de seu próprio corpo, identificando quem se
senta à sua frente, atrás, à sua direita e à sua esquerda.
•Página50,atividade11
O trabalho com maquete é um importante procedimento introdutório às representações cartográficas. Servirá como iniciação ao
conhecimento das formas tridimensionais, para depois se passar a
representações em forma planificada. Material: sucata, caixas de fósforos vazias, caixa de papelão, régua, lápis, barbante, tesoura, cola e
fita adesiva.
Procedimentos e observações iniciais
Depois de o aluno ter medido as paredes da sala de aula, pode-se começar uma conversa sobre o modo de representá-la em tamanho menor, em uma construção feita por todos. Explique o que é
uma maquete e anuncie que não apenas as paredes serão representadas, mas também as carteiras de cada aluno e outros móveis da sala.
Oriente-os a escolher uma caixa de papelão adequada para representar a classe (quadrada ou retangular, por exemplo, de acordo com as
medidas das paredes).
As caixas de fósforo vazias representarão as carteiras dos alunos. O tamanho da base deve, portanto, ser proporcional ao número
de caixinhas de fósforo, para que não falte lugar, no final, para colocar
as caixinhas/carteiras de todos.
1aetapa:limiteseparedes
Inicia-se a construção pela delimitação do espaço da sala de
aula. Primeiro, tomam-se as medidas das paredes. Peça a um aluno
que segure a ponta do barbante numa das extremidades de uma das
paredes da classe. Em seguida, peça que desenrole o barbante até o
fim da parede, na outra extremidade, para cortá-lo.
Pergunte aos alunos como farão para representar a parede da
maquete. Faça-os perceber que o tamanho do barbante terá de ser
reduzido muitas vezes para que a parede caiba na base. Dessa forma, será preciso descobrir em quantas partes o barbante deverá ser
dividido: portanto, divida-o (sem cortar) até o tamanho da base correspondente ao tamanho da parede. O fundamental é que os alunos
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percebam que houve necessidade de reduzir para que a parede pudesse ser representada. Para reduzir as paredes, os alunos deverão
apenas traçar seus limites na base, utilizando o barbante, ou levantar
as paredes com algum tipo de material (papel-cartão ou cartolina). Ou
mesmo construir a maquete em uma caixa de papelão e, assim, usar
as laterais da caixa como paredes. Ao utilizar a caixa de papelão, será
difícil encontrar alguma com a mesma proporção da realidade, portanto, explique aos alunos que a redução ficará aproximada.
2aetapa:carteirasemóveis
Como os alunos já sabem quantas carteiras existem na classe,
pergunte quantas caixas de fósforo serão necessárias para a construção
da maquete. Cada aluno poderá fazer uma etiqueta, escrevendo seu
nome e colando-a na caixa de fósforos, e assim identificando sua carteira. Dependendo do tamanho da caixa que estiver sendo usada para
representar a classe, pode-se cortar as caixinhas de fósforo ao meio.
Chame aluno por aluno, começando com os que se sentam mais
próximos às paredes, para colocar sua caixinha/carteira no devido lugar. Conduza a atividade de modo a valorizar essa representação, fazendo que os alunos percebam que cada um ocupa determinado lugar
na sala de aula.
Para finalizar, pergunte aos alunos quais objetos existem na classe além das carteiras (armários, lousa, mesas etc.) e oriente-os a escolher sucatas adequadas para representar tais objetos, colocando-os
em seus respectivos lugares.
•Página52,atividade12
Depois de observar no livro as diferentes maneiras de desenhar
o mesmo objeto, e antes de desenhar a carteira, peça aos alunos que
desenhem objetos escolares mais simples, como lápis ou borracha,
em diferentes posições, verificando a possibilidade de representá-los
de vários ângulos, tanto na visão oblíqua (do alto e de lado) quanto na
visão vertical (do alto, de cima para baixo). Relacione o modo como os
alunos desenham seus objetos com o modo utilizado para a representação de plantas e mapas (visão vertical). Explique para eles a importância desse tipo de representação da sala de aula, que permite ver
a localização dos diferentes objetos e espaços ao mesmo tempo, de
forma reduzida. Transponha essa noção para outras formas de representação como, por exemplo, um mapa-múndi ou um mapa do Brasil
que eventualmente se encontra na sala de aula.
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•Página53,atividades14e15
A atividade 14 permite introduzir o conceito de legenda, ou seja,
levar o aluno a representar objetos e espaços por meio de símbolos e
a fazer legendas, ou seja, explicar os símbolos. A atividade 15, por sua
vez, permite trabalhar com orientação espacial, em sala de aula.
•Página54:Viagempelaleitura
O objetivo da leitura e das atividades é levar o aluno a conhecer e refletir sobre o direito que todas as crianças têm de estudar.
Verifique se na comunidade local há crianças que não frequentam a
escola e promova um debate sobre o problema, apontando as possíveis soluções.
•Página55:Horadorecreio,atividade1
Esse é um exercício de localização e observação, apresentado
de forma lúdica.
•Páginas57e58:Éhoradepesquisar
Promova um passeio pela escola com os alunos, e faça-os observar – e conversar com – os funcionários, com a finalidade de conhecer cada uma das dependências da escola e saber a função de cada
funcionário. Estimule-os a entrevistar os funcionários a respeito de sua
profissão, bem como averiguar de que forma poderiam colaborar com
eles. Ao voltar para a classe, peça a eles que contem oralmente o percurso feito. Ajude-os a observar e comparar as imagens, apontando
as transformações. Quanto ao entorno, as pesquisas em documentos,
fotos, entrevistas com moradores da vizinhança, funcionários, professores e diretoria da escola, podem contribuir para levantar as transformações ocorridas no espaço da escola e de sua vizinhança. Ajude-os a
formular as questões antes de irem a campo para fazer as entrevistas.
Essa formulação pode ser coletiva e as perguntas podem ser distribuídas entre os alunos (cada grupo “aplica” uma parte do questionário
para facilitar o trabalho de entrevista) que ainda não têm muita prática
nesse tipo de atividade.
Atividade complementar e de ampliação – Nossa
escola, nosso ambiente (interdisciplinaridade com
Ciências)
Com base no conhecimento da área escolar, mostre os lados
positivo e negativo da ação do ser humano, assim como promover a
conservação do meio ambiente.
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Proposta: conhecer e participar da conservação do ambiente escolar.
Ao estimular os alunos aos estudos geográficos e de Ciências, eles
deverão conhecer melhor a organização e o funcionamento da escola.
O objetivo também é desenvolver a capacidade de avaliar e agir efetivamente no meio ambiente escolar, ou seja, desenvolver a cidadania e a
participação ativa, de maneira que possam entender que o ser humano
é um dos principais agentes na transformação do meio ambiente.
Desenvolvimento
1aetapa:planejamentodaatividade
Proponha aos alunos que façam um reconhecimento da área escolar. Leve-os para um passeio no interior da escola, de modo que
possam fazer observações da organização e do funcionamento da escola, além de estabelecer contato com os funcionários e responsáveis
pelas atividades de limpeza, merenda e faxina.
2aetapa:conheceroperfilambientaldaescola
Levantamento dos projetos que estão sendo desenvolvidos na
escola, como horta comunitária, reciclagem de lixo, trilhas ecológicas,
plantio de árvores, recuperação de jardins, restos da merenda etc. O
que pode ser observado e pesquisado?
■■
Água: Qual é o consumo mensal da escola? Existe desperdício
por parte das pessoas ou devido a equipamentos danificados,
como torneiras e descargas?
■■
Lixo: Existe coleta seletiva? Os alunos estão participando
corretamente?
■■
Reciclagem: Existe reciclagem na escola? Como ocorre? Quem
são os responsáveis?
■■
Áreas verdes: Os jardins e os canteiros estão bem cuidados?
Quem são os responsáveis? A escola possui horta? Quem são
os responsáveis?
As observações devem ser registradas em escritos e desenhos.
3aetapa:relatosdaobservaçãoemedidasdeatuação
De acordo com o que foi observado, os alunos poderão ajudar
e contribuir para as coisas melhorarem, propor mudanças, ou ainda,
atuar em outras medidas que produzam resultados ao alcance delas,
como fazer placas de orientação ambiental, com frases de sensibilização e conscientização dos colegas.
53
G13_F1_AV_GEO2_MP_Especifica 53
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4aetapa:socializaçãodosresultados
As atividades desenvolvidas pelo grupo deverão ser expostas
para turmas de outros anos da escola, de modo que envolvam todos
os alunos nas propostas.
Unidade 3 – O lUgar Onde eU mOrO
Quadro de objetivos e conteúdos da unidade 3
Objetivos didáticos
•Reconhecer o uso que
Conteúdos
Conceituais: moradia; casa térrea,
fazemos da habitação como
sobrado, edifício e seus diferentes usos;
um espaço nosso e que nos
diversos tipos de materiais empregados
serve de abrigo.
na construção de uma casa; endereço;
•Caracterizar os diferentes
tipos de habitação e os
materiais usados na sua
construção.
•Trabalhar a noção de
espaço, destacando as
características próprias
dos lugares, sua forma de
ocupação e localização e
suas transformações.
•Trabalhar com noções de
cartografia (escala, legenda,
visão vertical).
•Observar e identificar os
rua e seus diversos tipos, vias públicas
e código de trânsito; elementos da
natureza e elementos criados pelos
seres humanos; quarteirão.
Procedimentais: relacionar a imagem
ao conteúdo; procurar ilustrações em
jornais e revistas; refletir sobre um
problema e apresentar argumentos
em uma discussão; observar e
descrever; fazer pequenos passeios
com levantamento de informações por
meio da observação; desenhar com
símbolos os elementos da paisagem;
fazer questões e anotar respostas;
registrar por meio de desenhos e
elementos criados pelos
pequenos textos; copiar um desenho
seres humanos e os
feito no papel quadriculado para um
elementos da natureza.
quadriculado menor; ler uma planta
•Perceber a moradia como
baixa simples; endereçar uma carta.
um direito de todo cidadão.
•Trabalhar a noção espacial
Atitudinais: sensibilizar-se com a
questão da falta de moradia que afeta
por meio das representações
inúmeros brasileiros; compreender
cartográficas.
algumas regras de trânsito e valorizar
o respeito a elas; ser consciente para
evitar o desperdício e, assim, preservar
os recursos naturais; respeitar os
espaços públicos.
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Capítulo 4 – Eu e a minha moradia
Orientações específicas para o capítulo
•Página64,atividades1a5
Deixe que as crianças falem livremente sobre suas casas, mas
fique atento para que não haja situações de depreciação entre os colegas. Os alunos devem observar, descrever e desenhar as próprias casas
como exercício de observação e reconhecimento do lugar onde vivem.
•Página65,atividade6;página72,atividade10
Pode-se enriquecer as atividades que tratam do tema da falta de
moradia com as seguintes propostas:
■■
Debate: envolva todos os alunos num debate que trate da vida de
pessoas que vivem nas ruas, embaixo dos viadutos, em praças públicas. Questione os alunos sobre como vivem essas pessoas (condições de saúde, de higiene, de privacidade, de conforto etc.).
■■
Painel: peça aos alunos que façam, como lição de casa, pesquisas
sobre formas de habitação, trazendo para a classe o material recolhido, tais como fotos, recortes de revistas e jornais etc. Aproveite
as figuras pesquisadas para montar um painel, agrupando-as em
conjuntos. Os critérios serão estabelecidos pelos próprios alunos.
•Página66,atividade7
Apresente os diferentes materiais empregados na construção de
uma casa nessa atividade. Enfatize a possibilidade de se construir uma
casa usando o material disponível na região do terreno. Mostre que
nos centros urbanos o uso de tijolos e concreto é mais comum.
•Página69,atividade8
Nesse momento, você pode retomar as atividades 1 a 5 da página 64 e pedir aos alunos que elaborem uma lista das semelhanças e
diferenças de suas próprias moradias com aquelas apresentadas nas
páginas 67 a 69.
•Página76,atividades11e12
Aproveite para enfatizar que as habitações foram se modificando
com o tempo e que cada uma delas guarda sua história. As diferentes formas de morar foram registradas por artistas como Vincent van Gogh (veja
a seguir mais informações sobre esse importante pintor). Motive os alunos
a observar as obras de Van Gogh e peça a eles que comentem suas impressões a respeito de cada obra apresentada nas páginas 75 e 76.
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Biografia — Vincent van Gogh (1853-1890): O artista maldito
Ele passou para a história como um dos exemplos mais notórios do artista maldito,
do gênio desajustado, do homem incompreendido por seu tempo, mas que foi aclamado
pela posteridade. Ao longo da vida, sofreu uma série interminável de infortúnios: desilusões
amorosas, crises nervosas, misérias financeiras. Foi tratado como louco, ficou várias vezes
exposto à fome, à solidão e ao frio. Ridicularizado pela maioria de seus contemporâneos,
hoje é considerado um dos maiores mestres da pintura universal.
Vincent Willem van Gogh nasceu em 30 de março de 1853, em uma pequena aldeia de
Groot-Zundert, na Holanda. [...]
[...] van Gogh foi obrigado a abandonar cedo a escola, para ajudar no sustento da
família. Filho de um pastor protestante, conseguiu aos 15 anos o emprego de empacotador
e despachante de livros na cidade de Haia, numa filial da prestigiada galeria Goupil, de Paris.
Ali, manteve seus primeiros contatos com a arte e com artistas.
[...]
Após a morte do pai, em 1885, o artista [...] decidiu ir a Paris, onde passou dois anos e
descobriu a pintura luminosa dos impressionistas. “O ar francês limpa o cérebro e faz bem”,
escreveu à época, antes de decepcionar-se com a rivalidade entre os artistas locais e a vida
agitada da cidade grande.
Foi na pequena e ensolarada aldeia francesa de Arles que a pintura de Vincent
van Gogh encontrou o cenário ideal para dar o grande salto artístico, a partir de 1888,
apenas dois anos antes de sua morte. As cores – sobretudo o amarelo – explodiram com
intensidade nas telas, mas o deslumbramento e a obsessão pelo trabalho minaram-lhe a
saúde física e mental.
Em Arles, pintou cerca de 200 quadros e fez 100 desenhos. Ficou esgotado e foi
internado em um asilo, após uma série de colapsos nervosos. Em um deles, investiu contra
o colega Paul Gauguin, armado com uma navalha. Terminou por decepar a própria orelha,
que presenteou a uma prostituta.
Em meados de 1890, aos 37 anos, viajou para a cidade francesa de Auvers-sur-Oise,
para tentar descansar e recuperar a saúde. O médico recomendou-lhe a pintura como terapia.
No dia 27 de julho, saiu em direção a um trigal, igual a tantos outros que já pintara. Mas não
levava telas e pincéis, e sim uma pistola. Voltou a arma contra o próprio peito e apertou o
gatilho. Não resistiu ao ferimento. Morreu por volta de uma e meia da manhã do dia 29.
No início daquele ano, recebera uma boa notícia: finalmente um trabalho seu, o quadro
“A videira vermelha”, conseguira encontrar comprador.
FOLHA ONLINE. Grandes mestres da pintura. Disponível em: <http://mestres.folha.com.br/pintores/01>.
Acesso em: 10 mar. 2011.
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•Página77,atividades13e14
As questões visam trabalhar com os conceitos de interno e externo e aplicá-los por meio de pesquisas de imagens.
•Página78,atividade15
Aproveite a fotografia e a atividade para enfatizar os diferentes
tipos de moradia presentes nas diversas culturas. Na cultura indígena,
o conceito de moradia é essencialmente coletivo e tem um sentido de
abrigo, e não de propriedade.
•Páginas80e81,atividades16e17
Dando continuidade ao trabalho de alfabetização cartográfica,
apresente aos alunos uma planta baixa simples, para que eles comecem a fazer leituras de plantas baixas (atividade 16) e prossiga trabalhando com a noção de escala (atividade 17). O aluno deverá perceber
que o mesmo desenho pode ser feito em diversos tamanhos, sem
mudar sua forma.
•Página82,atividades18a20
Peça aos alunos um levantamento das características da casa
deles em relação a luminosidade, rede de água e esgotos e luz elétrica.
Quanto à luminosidade, observe, junto com eles, a posição do Sol
em relação à escola antes da tarefa ser feita em casa. Saia com a classe
da sala de aula para observar onde o Sol está e quais são os lugares que
estão recebendo diretamente os raios solares. Faça essas observações
em horários diferentes, a fim de verificar o movimento aparente do Sol.
Também é possível observar outros elementos que podem ser vistos no
céu, como as nuvens, as tonalidades de cor, e estabelecer comparações entre o que se vê durante o dia e o que se vê à noite.
•Página83,atividade22
Na discussão sobre as situações propostas na atividade, pode-se dar ênfase ao problema do desperdício e suas implicações no meio
ambiente. Levantar outros exemplos próximos ao cotidiano das crianças. Aqui, é possível discutir a necessidade de preservação dos recursos naturais. Essa atividade pode, ainda, ser ampliada por meio de:
■■
Dramatização: proponha a dramatização de ações do cotidiano, de modo que os alunos possam perceber a necessidade e a
importância da moradia. Aponte as funções das diversas dependências de uma casa, bem como as diferenças entre as rotinas
estabelecidas durante o dia e à noite.
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■■
Painel de higiene e saúde: monte um painel com sugestões
dos alunos sobre como manter a higiene da habitação e melhorar a qualidade de vida.
■■
Campanha: promova campanhas contra o desperdício de água
e energia elétrica. Os alunos poderão fazer cartazes para afixar na escola e/ou confeccionar folhetos para serem distribuídos
pela escola e enviados a seus familiares.
•Página85:Viagempelaleitura
Faça uma leitura compartilhada do poema. Converse sobre a importância de ter amigos, de brincar, de trocar confidências e de compartilhar experiências com eles. Valorize o prazer de visitar os amigos
e recebê-los em casa.
•Páginas86e87:Horadorecreio
Estimule as brincadeiras, valorizando a leitura de imagens e a
troca de ideias na classe.
Capítulo 5 – Eu e a minha rua
Orientações específicas para o capítulo
•Página92,atividade1
Deixe que os alunos falem sobre a rua onde moram; ao mesmo
tempo, levante com eles as diferenças e semelhanças entre as ruas de
um e de outros. É desejável que você também fale da rua onde mora depois dos alunos. Caracterize a rua da escola da mesma maneira como foi
feito com a rua onde os alunos moram. Explore as imagens dos diferentes tipos de rua para que eles percebam as diferenças e semelhanças.
•Página93,atividade2
Verifique quantos alunos moram perto de praças e se eles podem
usufruir delas. Aproveite para falar da importância da disponibilidade de
equipamentos públicos e das condições necessárias para a sua boa utilização (manutenção, limpeza, fiscalização, segurança etc.).
•Página99,atividade6;página105,atividade2(Horadorecreio)
O objetivo dessas atividades é fazer que os alunos conheçam
algumas placas de sinalização e algumas leis do código de trânsito,
além de compreender por que elas existem. Não basta saber que uma
placa tem tal significado, mas por que ela está em determinado lugar
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e o que pode acontecer quando esses sinais são desrespeitados. A
atividade pode ser ampliada por meio de:
■■
Pesquisa: peça aos alunos que pesquisem e copiem alguns sinais de trânsito existentes no caminho de casa até a escola. Eles
deverão trazer o desenho para a classe, explicar seu significado e a importância do cumprimento da sinalização (o que pode
acontecer se ela for desrespeitada).
■■
Debate: faça com os alunos um levantamento das infrações de
trânsito que eles costumam observar no seu dia a dia. Oriente os
alunos a observar os sinais de trânsito enquanto acompanham
seus pais em seus automóveis ou no transporte público.
■■
Campanhadecumprimentodasregrasdetrânsito: a partir do
trabalho com a sinalização de trânsito, peça aos alunos que confeccionem cartazes para serem afixados nos corredores e na entrada da escola e preparem panfletos com textos sobre educação no
trânsito para serem entregues aos pais e na porta da escola.
•Páginas100e101,atividades7e8
Além do seu próprio endereço, o aluno poderá também verificar
o endereço da escola, observando o nome da rua e o número da edificação. Relacione essas atividades também com a questão da falta de
moradia, problema enfrentado por muitos brasileiros, sobretudo nas
grandes cidades, e que foi abordado no capítulo anterior. Comente
o fato de que, sem moradia fixa, a pessoa não poderá receber correspondências e terá dificuldades para obter seus documentos. Em
outras palavras, o endereço faz parte da conquista da cidadania.
Enviar uma carta pode ser também uma atividade interdisciplinar
com Língua Portuguesa. O importante é que o aluno saiba como endereçar uma carta.
Comente também as novas formas de comunicação interpessoal
que foram disseminadas com o advento da internet e de novas tecnologias, tais como e-mails, mensagens instantâneas (MSN) e redes
sociais como Orkut e Facebook.
•Página103,atividade10
A atividade dá continuidade ao trabalho com representações
cartográficas (visão vertical e legendas).
•Páginas106e107:Éhoradepesquisar
As atividades serão feitas em casa, sem a supervisão do(a) professor(a). Portanto, antes de pedi-la, leia com os alunos as instruções.
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Durante o percurso, eles deverão fazer observações atentas e anotar o
que encontraram na rua. Confira se a classe conhece todos os itens listados no exercício. Faça com os alunos um levantamento dos elementos criados pela natureza presentes nas anotações que eles fizeram.
Escolha algumas ilustrações para identificar o que é elemento criado
pela natureza e o que é criado pelo ser humano.
Atividade complementar e de ampliação – Crianças
em trânsito (interdisciplinaridade com Geografia e
Artes; transversalidade: educação para o trânsito)
Com base nos estudos propostos no capítulo (o quarteirão, as vias
públicas e o trânsito), os alunos deverão participar da construção de uma
cidade, que será traçada no chão do pátio da escola, por onde os alunos
deverão transitar, como motoristas, pedestres e fiscais de trânsito.
Proposta: educação para o trânsito e exercício de ética e cidadania
no espaço público.
Essa atividade poderá possibilitar ao aluno vivenciar o papel de
adulto, com uma abordagem que priorize a educação para a paz e o respeito mútuo. Crie condições para que os alunos aprendam a ser, a estar e
a conviver no trânsito, interagindo com os outros e com o meio. Também
pode favorecer o desenvolvimento de posturas e atitudes que visem à
segurança individual e coletiva para a construção do espaço público.
Desenvolvimento
1aetapa:planejamentodaatividade
Proponha aos alunos que façam um mapa mental do trajeto casa-escola. Em seguida, pergunte sobre os meios de locomoção que
utilizam para chegar à escola: automóvel, ônibus, bicicleta, condução
escolar etc. e questione sobre os cuidados que devem ser tomados
ao transitarem nas vias públicas, tais como: não soltar as mãos dos
adultos, atravessar na faixa de pedestres, utilizar passarelas etc.
2aetapa:pesquisaemrevistasejornais
Peça aos alunos que procurem figuras de meios de locomoção
em revistas, livros e jornais para produzirem as placas de sinalização
de trânsito e seus significados, além de materiais como caixas de papelão, garrafas etc.
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3aetapa:traçandoumacidade
Coordene a construção de uma pequena cidade formada por
quarteirões no chão do pátio da escola e trace um percurso com o
ponto de saída e chegada, apresentando faixas para a travessia de pedestres no chão, além de semáforos e placas de endereços dos alunos
(como visto no capítulo). Disponibilize diversos materiais (papéis, giz,
caixa de papelão, guache, pedrinhas etc.) e deixe os alunos reproduzirem a cidade de acordo com a visão deles. Para os veículos, proponha
a confecção de carrinhos, caminhões e outros meios de locomoção,
utilizando caixas de papelão, de maneira que possam ficar no meio do
veículo (dentro da caixa).
■■
Materiais
— Faixa de pedestre: giz branco;
— Semáforos: cabo de vassoura com embalagem de leite vazia
(tetrapack).
— Veículos: caixa de papelão.
— Placa de endereço: papelão.
Incentive as crianças a pintar suas obras com tinta guache e a
utilizar somente materiais recicláveis.
4aetapa:circulandopelacidade
Proponha que os alunos brinquem de circular na cidade como
pedestres, fiscais de trânsito e condutores de veículos.
5aetapa:comosecomportarnotrânsito
Após brincarem livremente sobre a cidade, proponha situações
que simulem o cumprimento ou não de determinadas regras estudadas no capítulo. Simule situações como: motorista passando no farol
vermelho; veículos aguardando a travessia de pedestres; estacionamentos em lugares não permitidos; pedestres olhando para os dois
lados da rua antes de atravessá-la etc.
Durante a atividade sobre questões de segurança, explore a
questão da integridade física e a importância do respeito ao próximo
no trânsito.
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rEfErêncIas bIblIográfIcas
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www.escola24horas.com.br
www.recicloteca.org.br/default.asp
www.estadao.com.br
www.revistapatio.com.br
www.folha.com.br
www.sabesp.com.br
www.google.com.br/intl/pt-BR/earth/
www.transportes.gov.br
www.ibge.gov.br
www.tvcultura.com.br/aloescola
www.ibge.gov.br/7a12
www.uol.com.br/aprendiz
Sugerimos procurar em sites de busca como <www.google.com.br>, <http://br.yahoo.com>,
<http://cade.search.yahoo.com>, <http://br.altavista.com>, <http://buscador.terra.com.br>,
entre outros, jornais e revistas publicados em sua região, pois a maior parte deles mantêm
edições com notícias em tempo real (online).
2 Os sites foram pesquisados em janeiro de 2011 e estão sujeitos a mudanças nos seus endereços ou mesmo cancelamento
do acesso.
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HINO NACIONAL BRASILEIRO
Letra: Joaquim Osório Duque Estrada
Música: Francisco Manuel da Silva
(Lei dos Símbolos Nacionais no 5.700, de 1o/9/71 – publicada no Diário Oficial (suplemento) de 2/9/71)
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heroico o brado retumbante,
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da Pátria nesse instante.
Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!
Do que a terra, mais garrida,
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
“Nossos bosques têm mais vida”,
“Nossa vida” no teu seio “mais amores.”
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.
Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
— “Paz no futuro e glória no passado.”
Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!
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