Grandes Vinhos - Sociedade da Mesa

Transcrição

Grandes Vinhos - Sociedade da Mesa
122
Maio 2013
Sociedade da Mesa
R$ 13,00
clube de vinhos
Direção
Dario Taibo
índice
Direção da revista
Dario Taibo
[email protected]
Editora-chefe
Paula Taibo Morales
[email protected]
Projeto gráfico e diagramação
Debora Ochoa
[email protected]
Redação
[email protected]
Atendimento ao cliente
[email protected]
Contato de Publicidade
[email protected]
Impressão 14.000 exemplares
Valor da Revista R$13,00 (+ Correio)
Valor da Assinatura Anual R$109,00 (+ Correio)
04 - Seleção Mensal /
14 - Salmão /
22 - Diário da Bodega - A Brotação do Vinhedo
26 - Drinks: Sgroppino /
28 - Entrevista: Chef Léo Botto /
34 - Sal
/
36 - Um pouco de receita: Salmão ao Gengibre
40 - Notícias / 42 - Programa Saca-Rolha /
Sociedade
da Mesa
48 - Acessórios / 49 - Vinhos em Estoque
clube de vinhos
Rua Branco de Moraes, 248/11
Chácara Santo Antônio - São Paulo - SP - Brasil
CEP 04718-010
(55-11) 5180-6000 0800 774 0303
www.sociedadedamesa.com.br
Dario Taibo
sócio-diretor
50 - Próximas Seleções
seleção
seleção
Mensal
Grandes
Vinhos
12 seleções/ano
4 seleções/ano
04
05
Valdeorras
SELEÇÃO MENSAL
Texto: Alberto Pedrajo Pérez e Javier Achútegui Dominguez
Fotos: divulgação
Espanha
Rias Baixas
PIONERO
MACCERATO
2011
MENCIÑO
2011
Espanha
O vinho na Espanha (2011)
Superfície de vinhedo: 1.032.000 Hectares
Ranking mundial superfície de vinhedo: 1º
Volume de vinho produzido: 34.300.000 hl
Ranking mundial por produção de vinho: 3º
O vinho do fim da terra
A noroeste da Península Ibérica,
limitando ao norte com o mar
Cantábrico, a oeste com o Oceano
Atlântico, ao sul com Portugal e
a leste isolada pelas montanhas
que divide com Astúrias e Castilla,
está a Galícia. Por causa de sua
localização extrema dentro da
Península Ibérica, os romanos
nomearam-na como o fim da
terra, especificamente no cabo
de Finisterra, onde estava o ponto
mais ocidental de seus domínios.
Finisterra deriva do latim finis terrae
(o fim da terra).
O relevo complexo desta região,
com um interior relativamente
montanhoso, onde aumenta da
costa em direção ao limite oriental,
atingindo 2.000 metros de altitude,
juntamente com sua forte exposição
a correntes do Atlântico ocidental,
faz com que esta região tenha uma
surpreendente diversidade climática,
com grandes contrastes. A Galícia é
uma terra de verdes prados; a chuva
pode fazer a diferença e este é um
fator a ser levado em conta: ninguém
esperaria encontrar uma viticultura de
qualidade em uma região com uma
pluviometria que atinge os 3.372 mm,
a maior da Europa, enquanto que,
no interior, atinge somente 600 mm
por ano. Da mesma maneira, existem
grandes diferenças de temperaturas
graças às montanhas e às correntes
atlânticas. Tudo isso junto favorece a
existência de inúmeros microclimas,
que colaboram para a diversidade
vitícola e originam vinhos distantes
de outros espanhóis que, juntos,
constituem o caráter particular dos
vinhos galegos.
Com 5 Denominações de Origem Monterrei, Rias Baixas, Ribeiro, Ribera
Sacra e Valdeorras -, na Galícia as
coisas andaram muito rápido na última
década. Poucas regiões vitivinícolas
transformaram-se de forma tão radical,
em tão pouco tempo. Este processo
de ultramodernização fez com que
aqueles celeiros (garagens) sob a
casa onde os antigos vinhos caseiros
eram produzidos, se transformassem
em bodegas modernas, dotadas
de máquinas e equipamentos mais
recentes, onde são produzidos
vinhos frutados, elegantes e com
personalidade. Em todas as suas
Denominações de Origem, são
produzidos tanto brancos quanto
tintos, mas tradicionalmente na
Galícia, os vinhos brancos têm
sido os protagonistas principais,
embora os tintos sempre tenham
estado presentes, sendo destinados
principalmente ao consumo local,
e num volume muito inferior ao dos
brancos.
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Precisamente porque a Galícia
sempre foi interpretada como
uma terra de vinhos brancos,
selecionamos dois vinhos
galegos para este mês: um
branco, produzido com a
rainha das variedades de uva
branca espanholas, a Albariño,
na Denominação de Origem
Rias Baixas; e outro tinto, da
Denominação de Origem Valdeorras,
produzido a partir de uma uva
bem galega, fresca e frutada, a
Mencía. As duas variedades são
consideradas nativas desta região
vitivinícola, motivo pelo qual temos
a chance de ver ambas em sua
forma mais autêntica, no noroeste
da Espanha, na Galícia. Não é nada
mal poder beber estes dois vinhos
galegos e descobrir que, nesta
terra, os tintos também têm lugar.
Terra de vinhos atlânticos, frescos,
expressivos, cheios de aromas, os
vinhos do fim da terra.
Denominação de Origem Rias
Baixas
Esta Denominação de Origem
recebe o nome da região na qual
está localizada: a foz galega, as Rias
Baixas.
A superfície de cultivo é muito
fragmentada em Rias Baixas e os
4.048 hectares que compõem a
D.O. estão divididos em 23.232
parcelas, atingindo uma área média
de 0,17 hectares por parcela. É
curioso observar as vinhas nestas
parcelas convivendo com todos
os tipos de cultivo de hortaliças e
frutas, que muitas vezes relegavam
papel secundário ao vinhedo, dando
prioridade a outros cultivos de
primeira necessidade.
Mas a profissionalização do setor
e o aumento dos preços estão
causando um importante efeito de
concentração, tornando-se cada vez
mais frequentes os vinhedos mais
extensos. Isto, em uma região como
Rias Baixas, é uma revolução, já que
a Galícia é a rainha das pequenas
propriedades na Espanha.
Os vinhos desta D.O. nascem de
solos arenosos, pouco profundos
e levemente ácidos, sendo
bastante frequentes os depósitos
quaternários, que podem ser
aluviais, embora o tipo de solo varie
de acordo com a região, bem como
seu clima atlântico e suave, que
muda significativamente em cada
uma das subzonas nas quais se
divide esta D.O.:
Valle de Salnes - Com 2.269,10
hectares, é a maior subzona e está
situada na margem esquerda da foz
de Arosa, ao nível do mar. Quase
todas as suas vinhas pertencem
à variedade Albariño, com uma
presença mínima da variedade
Treixadura.
Condado do Tea - Com 1.000,18
hectares dedicados ao cultivo
da videira na montanha, na
margem direita do rio Miño. Cultiva
principalmente a variedade de uva
Albariño.
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O Rosal - Perto da foz do rio Miño,
dedica-se principalmente ao cultivo
do Albariño e Loureiro em terraços
fluviais, com uma área de 596,12
hectares.
Ribeira do Ulla - Incorporada em
maio de 2.000, com 164,51
hectares, localizada nas duas
margens do rio Ulla. Também, quase
exclusivamente, cultiva-se a uva
Albariño.
Soutomaior - Incorporada à D.O.
em 1.996, com 18,18 hectares,
está situada na foz do Vigo, e nela
é produzida a uva da variedade
Albariño. Embora a uva Albariño seja
a rainha indiscutível em Rias Baixas,
convive com outras variedades
nativas que também são cultivadas
nesta D.O.:
Variedades brancas: Albariño,
Loureira branca ou Marques,
Treixadura, Caiño branco, Torrontés
e Godello.
Variedades tintas: Caiño tinto,
Espadeiro, Loureira tinta, Sousón,
Mencía, Brancellao e Pedral.
Com elaborações muito cuidadas,
colheita manual em caixas de
tamanho reduzido que evitam
as possíveis oxidações da uva,
macerações a frio e utilização das
técnicas enológicas mais recentes,
juntamente com a variedade
Albariño, os brancos desta D.O.
resultam secos, de aromas
picantes, florais e intensamente
frutados, com um sabor muito fino e
prolongado. Estão na moda em nível
internacional.
Denominação de Origem
Valdeorras
Na parte nordeste da província
de Ourense, considerada a porta
de entrada natural para a Galícia,
encontra-se a região de Valdeorras,
onde o cultivo de vinhas acompanha
os rios Sil e Xares, numa paisagem
surpreendente, onde, além da videira,
crescem oliveiras e castanheiras.
Valdeorras significa “vale do ouro”
e foi aqui onde, provavelmente,
começou a produção de vinhos na
Galícia, graças aos romanos terem
extraído o ouro das jazidas de suas
montanhas e seus exércitos terem
plantados videiras, como era de
costume durante sua expansão.
Mais tarde, esta região vitivinícola
conheceu sua maturidade vitícola
durante a Idade Média nas mãos
da Igreja. Depois, passou por um
longo declínio, que culminou em
1.882, quando a praga de filoxera
invadiu os vinhedos de Valdeorras.
Aquela praga destruiu mais de 1.000
hectares em alguns anos. Já no
século XX, especialmente desde o
começo da década de 1.970, foram
realizadas pesquisas importantes,
visando à recuperação da variedade
Godello e outras de interesse. Mas
nestas terras, o cultivo do vinhedo
sofreu tantos e contínuos golpes,
como consequência do abandono
dos métodos tradicionais de cultivo e
da falta de relevo em geral, que nos
últimos anos teve como resultado a
queda do cultivo do vinhedo, em até
1.157 hectares da última colheita.
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Valdeorras apresenta uma grande
diversidade de solos. Destacamse os compostos por ardósias,
quartzitos e xistos, que sempre
foram considerados excelentes para
a viticultura, já que são de baixa
fertilidade, boa drenagem, além de
oferecerem rendimentos moderados
e com uvas de maturação
adequada.
A variedade Albariño
A Albariño tem sua origem no noroeste
da Península Ibérica, Galícia (Albariño)
e no norte de Portugal (Alvarinho), e é a
principal variedade usada na produção
dos vinhos da Denominação de Origem
Rias Baixas, embora também seja
amplamente usada na produção do
vinho verde português. É muito bem
ajustada às condições climatológicas
que são produzidas nesta região
atlântica. Embora esta variedade seja
ajustada ao clima e solo da Galícia, não
era costume que se produzissem vinhos
de qualidade suficiente. Mas graças à
melhoria nas técnicas de vinificação e
a um esforço maior dos viticultores e
das bodegas, atingiu o reconhecimento
como varietal de qualidade no início da
década de 90.
Seu clima de caráter continental
com influência atlântica é
caracterizado por invernos frios,
verões quentes (com temperaturas
que podem chegar a 35˚C) e
outonos e primaveras suaves. Sua
pluviometria varia entre 850-1.000
mm anuais. Os vinhedos veem-se
ameaçados por geadas primaveris
tardias, granizo e um calor intenso
no verão, e por ventos fortes ao
longo do ano, chegando a produzir
tempestades violentas em algumas
ocasiões, pela conjunção das brisas
atlânticas e do ar seco do planalto.
Com uma superfície de vinhedo
cultivado de 1.157 hectares, as
variedades autorizadas pela D.O.
Valdeorras são as seguintes:
Variedades tintas: Mencía,
Tempranillo, Brancellao, Merenzao,
Sousón, Caiño tinto, Espadeiro,
Ferrón, Grão negro (Gran negro),
Garnacha Tintorera e Negreda
(Mouratón ou Juan García)
Variedads brancas: Godello, Dona
Branca, Loureira, Treixadura,
Albariño, Torrontés, Lado e Palomino
Fino.
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Valdeorras tem feito, ao longo
dos últimos trinta anos, um
grande esforço para recuperar as
variedades nativas, em particular
Godello e Mencía, produzindo
vinhos com personalidade própria,
que pouco a pouco estão ganhando
reconhecimento internacional,
graças aos seus solos, variedades
nativas e diferenças climáticas, que
conferem a eles uma acidez mais
baixa e um teor alcoólico mais alto
que as outras áreas da Galícia.
É fértil e produtiva, de pequenos cachos
compactos, com frutos pequenos e
circulares de tamanho uniforme. Sua
espessa pele verde amarelada, que
se passa por âmbar quando a uva fica
exposta ao sol, é onde reside a magia
desta variedade.
Seus vinhos de cor amarelo-palha,
brilhantes, com manchas verdes e tons
dourados, são bastante aromáticos,
destacando aromas florais, frutados e
notas balsâmicas de intensidade média.
Na boca é amplo, redondo e suave,
com graduações que podem facilmente
chegar a 13-14˚ alcoólicos. Por sua vez,
é fresco, graças à sua elevada acidez,
o que dá a esta variedade condições
adequadas para seu envelhecimento,
tanto em barris como em borras.
A variedade Mencía
Cultivada principalmente no
noroeste da Península Ibérica
desde a época da Roma Antiga.
Após sua recuperação do desastre
da epidemia da filoxera do final
do século XIX, que causou uma
grave crise econômica em suas
tradicionais áreas de cultivo, vem
sendo usada na produção de
vinhos aromáticos e frutados, de
cor intensa e com possibilidades
de crianza. Sua forte semelhança
com a uva Cabernet Franc fez com
que, durante um tempo, fosse
considerada um clone adaptado
desta variedade.
Produz cachos pequenos e
compactos, com frutos de tamanho
médio em forma de elipse e pele
grossa. Os tintos produzidos com
uva Mencía destacam-se por
serem leves, suaves, frutados, de
cor forte e acidez, mas em ótimas
condições de cultivo, é fácil obter
um amadurecimento adequado para
a crianza. Os vinhos de Mencía,
criados em barris de carvalho, têm
um agradável paladar aveludado e
recordações de frutas vermelhas,
que combinam perfeitamente com
as notas de crianza.
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seleção
Viña Almirante
Ser referência em origem, tradição
e produção de vinhos de alta
qualidade é a máxima da Viña
Almirante. Mas esta bodega, que já
existe há sete anos dentro da D.O.
Rias Baixas, tem bem claro que a
renovação e as novas ideias são
imprescindíveis para encontrar seu
espaço em um mercado cada vez
mais competitivo. A Viña Almirante
trabalha somente com castas
nativas. Inúmeros prêmios nacionais
e internacionais fizeram dela
referência mundial em Alvarinho.
Sua especialidade é a Alvarinho
macerada a frio, fiel reflexo de uma
colheita de outono, e a qualidade é
seu maior atrativo.
Fundada em 2.002, possui 35
hectares de vinhedos próprios, a
maioria deles situados no Vale do
Salnés, Portas, dentro da região
de Caldas de Reis. Nesta região
mais antiga de Galícia, a Alvarinho
preservou-se em palácios e
casas senhoriais. Teorias bem
fundamentadas dizem que a
Alvarinho chegou no século XX a
esta região das Rias Baixas, mais
precisamente na Colina de Paraíso,
onde o Rei Fernando II de Leon
concedeu a área para melhores
cultivos aos freis de Armenteira,
no ano de 1.165. Continuar
inexoravelmente esta tradição marca
o objetivo a ser seguido pela Viña
Almirante.
Pionero Maccerato 2011 – D.O. Rias Baixas
Mensal
12 seleções/ano
Região: D.O. Rias Baixas, Galícia, Espanha.
Uvas: Albariño 100%
Pionero Maccerato é um reflexo fiel dos vinhos produzidos com
a variedade Albariño. Pura expressão em vinhos cheios de
aromas, que seduzem o consumidor mais experiente e cativam
o inexperiente. Uma cuidadosa colheita manual em caixas,
seguida por um delicado processo de maceração a frio de 8 a
10 horas, são os primeiros passos desta bodega para extrair o
máximo potencial aromático desta variedade, passando mais
tarde a uma prensa leve e uma fermentação com temperatura
controlada, que transformará o mosto em um vinho fresco e
frutado, o qual permanecerá um mínimo de seis meses em
tanques, antes de ser engarrafado para refinar sua acidez
marcante.
A cata: Pionero Maccerato apresenta uma cor amarela com
reflexos dourados e esverdeados, limpo, brilhante. É doce
e aromático no nariz, onde aparecem memórias da flor da
amêndoa e da laranja com notas tropicais doces e sutis, que
nos convidam a dar este primeiro gole de vinho. Na boca é
refrescante, com um bom centro, que faz suavizar a acidez,
apreciando de novo as memórias de frutas notadas no nariz.
Harmonização: Pionero Maccerato é um vinho ideal para ser
consumido com pratos de peixes grelhados ou assados, de
preferência pouco marinados, mas sem dúvida, também é
um extraordinário companheiro para um prato de frutos do
mar, como a lagosta grelhada, onde a boca refrescante deste
Albariño atinge a perfeição.
Temperatura: A temperatura deste vinho na hora de servir deve
estar entre 8-10˚C. Deve estar sempre em um balde de gelo
e sendo servido em pequenas quantidades, para evitar que
esquente na taça.
Guarda: Recomenda-se o consumo ao longo dos próximos 3
anos.
seleção
Mensal
Menciño 2011 – D.O. Valdeorras
12 seleções/ano
Região: D.O. Valdeorras, Galícia, Espanha.
Uvas: Mencía 100%
Sua produção é feita procurando manter viva toda a sua
expressão aromática, tão característica desta variedade. A
variedade Mencía é um doce de fruta vermelha, e este vinho não
poderia ser de outra forma. Para muitos, será seu primeiro vinho
tinto galego, que surpreenderá e, com certeza, dará o que falar.
Bodega Cooperativa Jesus
Nazareno
Fundada em 1.957 por 82
agricultores, produziu seus primeiros
vinhos em 1.963. Esta cooperativa
é um modelo de produção imposto
na Espanha a partir dos anos 1.950,
depois da reforma agrária do final
da Guerra Civil, que precedeu, entre
outras razões, a distribuição em
pequenos vinhedos, o que complica
a gestão da videira e sua posterior
produção.
Dotada das tecnologias mais
recentes, esta cooperativa produz
vinhos das variedades Godello,
Dona Branca, Mencía, Tempranillo
e Merenzao, embora a Godello e
Mencía sejam as principais.
A cata: De cor vermelho-cereja, os primeiros aromas descobertos
são de frutas vermelhas, seguidos por memórias complexas
de especiarias e de talo verde, que são característicos desta
variedade nestas latitudes. Na boca é fresco e aparecem as
frutas vermelhas, framboesa e groselha, com notas lácticas.
Menciño apresenta uma acidez marcante na boca, que não
incomoda em nada. Seu tanino está integrado, polido para o
que poderíamos esperar de um vinho desta região e com estas
características.
Harmonização: Menciño é um vinho jovem fresco e frutado, que
talvez surpreenda por sua vivacidade. Suas características
podem acompanhar perfeitamente um prato de massa como
lasanha de carne, ou um suculento porco assado.
Temperatura: A temperatura para ser servido deve estar entre
12-14˚C.
Guarda: Recomendado o consumo durante o próximo ano.
ASPA INGENIEROS: C\ La Campa nº 11 26005 Logroño (La Rioja)
www.aspaingenieros.com skype: alberto.pedrajo.aspa
T: +34 941210448
F: +34 941287072
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arte contemporânea. descubra e aprecie.
Projeto
ARTE CONTEMPORÂNEA
gravuras
A Sociedade da Mesa e a
Benveniste Contemporary lançam
projeto exclusivo e inédito no Brasil.
Artistas contemporâneos, selecionados pelo galerista
Dan Albert Benveniste, desenvolverão obras com edição
limitada exclusivamente para você, nosso associado.
Na edição de julho, apresentaremos
aqui a segunda obra desenvolvida
exclusivamente para o Projeto
Arte Contemporânea Gravuras, sua
descrição técnica e valor. Faça
seu pedido pelo e-mail arte@
sociedadedamesa.com.br ou pelo
telefone 0800 774 0303. Após os
pedidos feitos, o ateliê Benveniste
saiba mais:
Contemporary, em Madri, procede
com as gravuras. As obras serão
entregues aos associados após 40
dias do pedido, acompanhadas por
um Curriculum Vitae do artista,
uma descrição técnica da obra e um
certificado de autenticidade, assinado
pela editora. Arte contemporânea.
Aprecie sem moderação.
www.sociedadedamesa.com.br/arte
OßO, 2013
Diango Hernández 2013
Obra desenvolvida exclusivamente para o Projeto Arte Contemporânea:
Gravuras.
We are unfinished Drawings (Installation view)
Diango Hernández 2006
Courtesy of Capitain Petzel / Alexander and Bonin NY / Sao Paolo Biennial
Photo: Wolfgang Träger
Edição de julho / próximo artista selecionado
O próximo artista do Projeto Arte Contemporânea: Gravuras,
da Sociedade da Mesa será Eduardo Stupía (Buenos Aires, Argentina, 1951).
aprecie sem moderação.
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SALMÃO
REVISTA SOBREMESA
Autor: Álvaro López del Moral
Imagens: Antonio de Benito
Considerado o peixe gorduroso mais consumido
da Espanha, o salmão consolida sua posição como
produto gastronômico de primeira classe e reivindica as
características diferenciais que o tornam um verdadeiro
barômetro da saúde dos rios.
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Contra tudo e contra todos
Voltar ao lugar onde
nasceu para dar a vida e
morrer.
Essa afirmação poderia resumir o
ciclo de vida do salmão. Esse peixe
é uma espécie migratória que se
tornou um verdadeiro indicador
da saúde dos nossos rios e cuja
ingestão o torna um aliado na
luta contra a pressão arterial e as
doenças do coração, além de ser
um ingrediente principal para a
preparação de inúmeros pratos.
Seja qual for o método gastronômico
escolhido (algumas opções podem
ser recheado com pescada,
assado, com mostarda, com três
pimentas, acompanhado por um
molho de endro com pimenta,
brócolis com nozes, ao vapor ou
suquet), a delicadeza da sua textura
e a suavidade de seu sabor irão
garantir o sucesso da nossa receita
e explicarão por que a carne rosa do
Salmo salar ocupa há muito tempo
os primeiros lugares na escala
preferencial dos espanhóis.
Neste sentido, os números falam
por si: o consumo do salmão na
Espanha aumentou 7,5% na última
temporada, tornando a Espanha o
sexto comprador desta variedade
pesqueira e expandindo sua
participação no mercado para 90%,
superior a outros itens como a
truta e o bacalhau. Mas, cuidado!
Segundo dados da agência EFE,
94% do salmão fresco que é
consumido na Espanha (e cerca
de 85% do congelado) vem da
Noruega, o que quer dizer muito
pouco a favor da qualidade das
águas espanholas. Ameaçado
pela poluição, canalização dos
rios, o aquecimento global e o
descontrole causado por décadas
de sobrepesca, o salmão parece
enfrentar na Península Ibérica uma
situação agonizante, onde nada está
a seu favor. Para se ter uma ideia do
seu alcance, devemos estar cientes
de que, seguindo seu instinto
natural, os salmões espanhóis
abandonam as correntes asturianas
– limite oriental na distribuição da
espécie - quando chegam a 20 cm
de comprimento, e embarcam numa
longa viagem que os levará ate a
Groenlândia. Lá, eles permanecem
por um período de quase três anos
e depois voltam para seu lugar de
origem, a fim de se reproduzir e
terminar seus dias em paz.
No entanto, em seu caminho, estão
expostos a ataques de predadores
vorazes, catástrofes climáticas
e inúmeros perigos, dos quais
os causados pela raça humana
não são os mais fáceis de serem
enfrentados.
Tanto é assim que, em 2011, o
Ministério do Meio Ambiente de
Astúrias foi obrigado a mudar
as regras e a impor a estes
pescadores uma temporada de
“pesca e solta” que abrange o ciclo
compreendido entre os meses
de março e maio. Durante este
tempo, os fãs do esporte fluvial só
podem tirá-los da água para tirar
fotografias com eles, e devolvêlos a seu habitat imediatamente
depois. Trata-se de uma prática
muito comum na Europa, mas de
pouco uso na Espanha, o que
afetou significativamente a pesca
do campanu; assim era conhecida
anteriormente a peça mais antiga
do salmão capturado nos rios do
Principado, cujo preço no leilão
poderia chegar a 10.000 euros.
Agora, no entanto, esta descrição é
atribuída ao primeiro exemplar que
pode ser pego, o qual resta mérito
por sua pesca, já que a partir do
mês de maio já flui nas correntes um
número maior de peixes e pegá-los
é visivelmente mais fácil.
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Este esforço para garantir a
continuidade da espécie em
Astúrias provocou a ira de um ilustre
representante amante da pesca,
o ex- vice-presidente do governo
Francisco Álvarez Cascos, que não
hesitou em descrever a imposição
deste período de proibição como
uma “verdadeira farsa”, em um artigo
publicado no jornal El Comercio,
onde anunciou sua intenção de
revogá-la na próxima oportunidade
que tiver e restaurar o que considera
“a ordem lógica das coisas”.
Se remontássemos a corrente dos
séculos, poderíamos concluir que a
relação entre o homem e o salmão
sempre foi marcada pela luta para
ganhar o controle dos recursos.
Isto é evidenciado pelos restos
de assentamentos pré-históricos
localizados no norte da Espanha e
no sul da França, como a caverna
de Madeleine ou as escavações
de Tito Bustillo. Estes vestígios não
deixam margem para dúvidas sobre
o seu valor na dieta alimentar e na
existência de alguma migração em
busca dos melhores locais para
captura, que era feito espetando o
animal.
Aparentemente, nossos
antepassados já estavam cientes
dos inúmeros benefícios associados
ao consumo deste peixe: rico
em vitamina A, B e D, minerais
como cálcio, fósforo e selênio e
ácidos graxos Omega 3, é muito
recomendado na hora de prevenir
o endurecimento das artérias,
diminuir o colesterol ruim e proteger
o sistema nervoso de doenças
como o Alzheimer ou o Parkinson.
Esses tipos de ácidos devem ser
incorporados em nosso organismo
através da alimentação, já que
nós mesmos não os produzimos.
No entanto é preciso ter cuidado
porque, ao preparar o salmão,
algumas propriedades podem ser
perdidas. O mais adequado para
evitar essa perda é cozinhá-lo no
vapor, marinado ou em fogo bem
baixo e lento. A parte positiva é
que as qualidade Omega 3 não
se perdem quando congelados ou
conservados a vácuo.
O consumo de salmão também
é apropriado para aqueles que
querem melhorar a qualidade de seu
cabelo e de sua pele, além de muito
eficaz na hora de combater doenças
como diabetes, artrite ou o tinnitus.
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21
Tipos de salmão
Possíveis preparações
Este tipo de peixe pode ser
consumido fresco, defumado
ou marinado. No primeiro caso,
existem várias peças que podem
ser preparadas: os bifes, o lombo
e o medalhão são especialmente
apropriados para serem grelhados,
em pedaços –como espetos
ou massas - ou picados para
hambúrguer, almôndegas ou tortas.
Sua versatilidade e capacidade de
adaptação fazem dele um produto
muito apreciado pelos chefs da
nova geração, que o combinam
com uma amplitude de critérios.
No Café de Paris, em Málaga,
por exemplo, Jose Carlos García
prepara uma receita única onde
mistura lâminas de salmão com uma
emulsão de maionese de gergelim
e molho ponzu. Para acompanhar
o prato, usa microvegetais de
diferentes tipos. Por sua vez, a
nova estrela Michelin Alejandro
García Urrutia aposta no restaurante
de Astúrias, Agu, em uma receita
elaborada e tradicional, mas com
toques vanguardistas: Salmão à
cidra com algas crocantes e azeite
de camarão. O chef, que coloca
o salmão “com seu ponto de
cozimento ideal” entre os melhores
produtos do mercado, também
incorpora nesta proposta raviolis
de batatas e mariscos, e tudo
acompanhado com um molho de
tinta de lula.
No coração de Bilbao, Álvaro
Garrido, que também estreia,
neste ano, no guia Michelin com
seu restaurante Mina, propõe
um Salmão caseiro marinado
com alecrim, acompanhado de
caranguejo cozido e temperado
com o suco do cozimento de
marmelo e rebentos de cebola. É
um dos primeiros pratos a serem
oferecidos em seu restaurante
e agora irá integrar a seção de
entradas de seu menu degustação.
São diferentes preparações de um
mesmo produto cujo valor culinário
o torna especialmente apropriado
para ser consumido fresco. A
alta proporção de ácidos graxos
que contém parece recomendar
uma combinação com brancos
macerados em barris ou com tintos
crianza, já que são necessários
taninos e vinhos estruturados para
compensar semelhantes níveis de
óleo.
Neste ponto, convém destacar que
o salmão também resultou numa
ampla gama de produtos destinados
ao mercado da saúde e do bemestar. É o caso do seu azeite, que
na Espanha é comercializado em
forma de grânulos de gelatina.
Seu consumo é recomendado
no tratamento de certas doenças
degenerativas cognitivas, assim
como em depressões profundas e
diabetes do tipo 2. Também está
sendo investigado seu uso em
pacientes que sofrem de fibrose
cística e doença de Crohn, com
resultados altamente encorajadores.
Existem duas grandes famílias de
salmão: o Salmão europeu ou do
Atlântico, pesando uns sete quilos,
encontrados nas águas do oceano
Atlântico e do mar Báltico, assim
como nos rios da França, Escócia,
Noruega e no norte da Espanha.
E o Salmão do Pacífico, cuja
carne é muito mais seca e rosada.
Este último apresenta diferentes
variedades: o Salmão Prateado ou
Coho, localizado na região norte do
oceano glacial. O Salmão Real, que
pode chegar a 10 kg. O Salmão
Keta, cujo caviar é muito apreciado.
O Salmão Rosado e o Salmão
Vermelho, que habita áreas costeiras
próximas ao Alasca e Oregon.
As chaves do chef
Jose Carlos García, de Málaga,
mistura lâminas de salmão com uma
emulsão de maionese de gergelim
e molho ponzu, acompanhando
o prato com microvegetais de
diferentes tipos.
A estrela Michelin Alejandro García
Urrutia aposta em um Salmão à
cidra com algas crocantes e azeite
de camarão, incorporando raviólis de
batatas e mexilhões e acompanhado
por molho de tinta de lula.
Álvaro Garrido, que estreia neste ano
no guia Michelin, propõe um Salmão
caseiro marinado com alecrim,
acompanhado de caranguejo
cozido e temperado com o suco do
cozimento de marmelo e rebentos
de cebola.
Sobremesa é a revista de vinhos e gastronomia de Vinoselección.
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DIÁRIO DA BODEGA
Texto: Alberto Pedrajo Pérez e Javier Achútegui Dominguez
Fotos: divulgação
DIÁRIO DA BODEGA
A brotação do vinhedo
Uma vez concluída a poda durante o inverno, não
sobram folhas e nenhuma estrutura vegetal verde.
A temperatura do solo está abaixo dos 10˚C, o que
impede a absorção dos nutrientes do solo pelas
raízes, provocando a parada vegetativa, mas com
a chegada da primavera, mudanças importantes
acontecem no vinhedo.
Estamos em um dos momentos
mais críticos do ciclo do vinhedo,
a brotação. Após o repouso do
inverno, o vinhedo inicia seu ciclo
vegetativo e seu renascimento. As
cepas, perfeitamente podadas e
lavradas, permaneceram imóveis
desde o final do outono até este
momento, esperando o aumento
progressivo das temperaturas
primaveris, como um sinal para
iniciar seu despertar.
As mudanças morfológicas que a
vinha sofre podem ser diferenciadas
em duas fases:
Repouso invernal: período que
ocorre depois da colheita e a partir
da queda da folha do vinhedo, nas
primeiras semanas de outono, até
o fim do inverno e o aumento das
temperaturas.
Ciclo vegetativo: período de
desenvolvimento vegetativo da
videira. Começa na brotação, com
a chegada da primavera e termina
com a queda das folhas após a
colheita.
O dicionário vitícola é rico em termos
e, especialmente nesta fase de
desenvolvimento do vinhedo, é o
momento certo para ampliá-lo com
duas palavras que nos indicam que
a brotação do vinhedo já está aqui:
o “choro” e o “brotamento”.
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O “brotamento” é produzido de
forma progressiva: começa pela
extremidade dos sarmentos
podados, depois avança até a base.
Em seguida, podem brotar certas
gemas basais ou gemas dormentes.
Isto acontece somente se a planta
tem excesso de vigor ou em
consequência de algum acidente. É
comum ver a brotação da cepa em
diferentes fases dentro da mesma
planta.
O choro
O início da atividade na videira se
inicia com o surgimento do “choro”.
Este fenômeno é produzido depois
do aumento das temperaturas, com
o fim do inverno e o começo da
primavera. É uma manifestação da
nova atividade da planta, depois
da parada vegetativa produzida
semanas após a colheita. A planta,
depois da colheita e durante o
repouso invernal, é podada com a
finalidade de gerir sua formação e
regular sua produção. Por estes
cortes de poda que é produzido
o “choro”, expressão da nova
atividade das raízes, que faz sair
seiva através dos cortes da poda. A
visão deste fenômeno em forma de
gotas cristalinas na borda do corte
da poda dá a sensação de que a
cepa está chorando. Este fenômeno
pode durar de alguns dias até um
mês e finaliza quando as gemas
entram em desenvolvimento.
O brotamento
O “choro” diminui progressivamente,
sendo produzida a segunda reação
como consequência do movimento
da seiva no interior da planta, o
inchaço das gemas, que indica o
começo do desenvolvimento celular
vegetativo da videira, o brotamento.
É um fenômeno rápido, onde se
observa a gema inchar. Esta se abre
e as escamas que a protegiam se
separam, permitindo sair a ponta
do novo broto, coberto por uma
fina camada. O “brotamento”, assim
como o “choro”, é consequência do
aumento das temperaturas no final
do inverno e no início da primavera,
e começa a ser produzido quando
a temperatura chega à média de
8 a 10˚C. Por ser a temperatura
a precursora desta fase, em
função da intensidade do inverno
e da intensidade do aumento das
temperaturas ao final deste, o
“brotamento” pode ser mais precoce
ou mais tardio.
Uma vez que a gema tenha
brotado, entramos na fase do
crescimento, que se caracteriza
pelo aparecimento das folhas,
de outros órgãos da videira e
do alongamento dos brotos que
formam os ramos. É uma época
delicada, já que estas gemas que
brotaram e são o ponto de partida
dos futuros ramos, folhas e cachos,
são muito sensíveis a geadas e
outros acidentes meteorológicos
(vento, granizo), além de doenças
e pragas. A brotação é um fator
determinante na hora de estabelecer
um vinhedo. É muito importante
escolher a variedade da uva em
função da sua época de brotação,
pois condicionará a resistência do
vinhedo diante dos acidentes e,
portanto, condicionará a produção
do vinho.
Nesta semana, está acontecendo a
brotação do vinhedo no hemisfério
norte, e infelizmente as primeiras
geadas localizadas chegaram.
Esperemos que não continuem...
ASPA INGENIEROS: C\ La Campa nº 11 26005 Logroño (La Rioja)
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DRINKS
Thaís Sinhorini
Fotos: Dean Claudio
Sgroppino
Receita
Ingredientes
Sgroppino, no dialeto italiano,
significa “sorvete digestivo”. De
origem aristocrática, surgiu por volta
de 1.528, servido entre um prato e
outro com a finalidade de “limpar”
o paladar. Atualmente, é apreciado
como aperitivo e possui variações
bem modernas com morango, uva,
tangerina e café. Para preparálo, basta mexer os ingredientes
até o drink ficar bem cremoso.
Coloque em uma taça gelada,
preferencialmente, do tipo flute. Para
finalizar, decore com uma fatia fina
da casca de limão siciliano (twist).
2 bolas de sorbet de limão
siciliano
10 ml de vodca
10 ml de Limoncello (licor de
limão produzido no sul da Itália)
60 ml de prosecco
1 fatia fina de limão siciliano
torcida (twist)
Ping Pong com o barman
O drink perfeito é
O Sgroppino, do Tutto Italiano.
No restaurante Tutto Italiano, é
possível experimentar o Sgroppino,
além de outros drinks clássicos da
coquetelaria italiana. Beto Giorgi,
um dos sócios do Tutto, teve
participação ativa na construção da
carta de drinks. Um dos atrativos é
a cozinha com raízes bem italianas,
que fica aberta até as 2 horas da
manhã.
Vinho tinto combina com
Uma boa companhia.
Vinho branco combina com
Mexilhões, num sábado à tarde.
Um brinde para
O presente.
O endereço para quem quiser conhecer é:
Tutto Italiano
Rua Dr. Melo Alves, 191
Jardim Paulista, São Paulo
Telefone 3061-9639
29
ENTREVISTA
Texto: Cristiana Couto
Léo Botto
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O jovem Léo Botto pertence a uma geração de chefs,
ainda recente, que foram formados nas escolas de
gastronomia que pipocam pelo Brasil afora. Mas a
consolidação de seu talento foi trabalhando duro em
cozinhas de grandes chefs. Entre seus mestres, estão
o cozinheiro argentino Francis Mallmann, proprietário
de diversos restaurantes na Argentina e no Uruguai como o famoso 1884, instalado dentro de uma vinícola
em Mendoza - e a argentina Paola Carosella, sócia e
chef do paulistano Arturito. A experiência de ser sócio
e chef do restaurante La Frontera deu a Léo Botto
confiança para novos empreendimentos. Atualmente,
ele é responsável pelos cardápios das casas Chez
Lorena, Chez MIS e Bar Secreto, que compõem o
Grupo Chez. Seu filhote mais novo é o Casa Nero, nos
Jardins. O restaurante é focado em cortes nobres de
carnes, feitos ao estilo argentino, especialidade que
notabilizou Botto. “O conceito é mais descontraído”,
revela o chef. “Queremos que o Nero seja um ponto
de encontro para reunir amigos que querem degustar
nossos pratos enquanto se divertem juntos”, diz.
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Você trabalhou algum tempo com o chef argentino
Francis Malmann e com sua discípula, a chef Paola
Carosella. Como foi o aprendizado com cada um deles?
Chez MIS
Como você decidiu se tornar cozinheiro?
Isto aconteceu gradualmente, quando, através do sócio
Sérgio Kalil, comecei a trabalhar no Ritz como garçom,
barman e gerente. Neste momento, apaixonei-me pela
tarefa do serviço, pelo Ritz e pela maneira como o
Sérgio trabalhava. Daí, coloquei na cabeça que queria
ter um restaurante. Só não sabia qual seria o melhor
caminho. A partir desta vontade muito grande, comecei
a buscar dentro das minhas origens o que eu poderia
fazer pra abri-lo. Foi quando decidi fazer gastronomia
na Universidade Anhembi-Morumbi e, a partir daí, minha
carreira deslanchou. Logo de cara, trabalhei com a chef
Paola Carosella (chef e sócia do restaurante Arturito).
Essa oportunidade foi ótima para a minha formação de
cozinheiro. Alguns anos depois, fui convidado pela Ana
Massochi para abrir o restaurante La Frontera.
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Você pertence a uma geração que teve oportunidade de
cursar faculdades de gastronomia no Brasil. Qual a sua
opinião sobre o ensino superior em gastronomia? Acha
que o curso forma um cozinheiro melhor do que aquele
que aprende apenas trabalhando num restaurante?
Acho que as universidades têm as suas qualidades,
como as boas instalações e os professores, mas não
acredito que ela forme um cozinheiro por completo.
Quem sai da universidade vai precisar cozinhar numa
cozinha de verdade, para aprender a prática, o dia a
dia na cozinha, além de repetir dez mil vezes a mesma
coisa, o que faz com que ele erre e tenha a possibilidade
de corrigir seus gestos culinários. Vai precisar também
lavar muita cozinha, e ler bastante. O cozinheiro aprende
errando e entendendo onde errou. Ele deve sempre
buscar melhorar, tendo como exemplo o chef com quem
trabalha.
Trabalhei durante dois anos com a Paola, desde o
começo do restaurante Julia, onde ela era chef à época.
Lá, virei seu braço direito. Além de ter aprendido a
cozinhar com ela, aprendi algo muito maior: aprendi a
olhar para os alimentos com o maior respeito do mundo.
Passei a vê-los como verdadeiras oferendas da natureza
ao nosso dispor, e desta forma, cozinhá-los da melhor
maneira possível, escolhendo o melhor corte para o
preparo a ser feito, utilizando a melhor técnica e tendo
extremo cuidado com cada um deles. Com o chef
Francis Mallmann, fiz estágios nas cozinhas de dois de
seus restaurantes. Foi um aprendizado e tanto, e uma
paixão imediata pelo fogo, pelos sabores queimados,
pela possibilidade de dominá-lo. Trabalhar com o fogo é
um desafio que me acompanha até hoje. Cada vez mais,
tenho desejo de cozinhar alimentos na brasa, nas cinzas
deixadas pelo fogo, tentando obter o melhor do produto.
Você também foi chef do Martín Fierro, um clássico
paulistano, e do La Frontera. Como foi essa experiência?
No Martín Fierro estive apenas no cargo de chef. Já do
La Frontera, fui sócio e chef de cozinha. Acho que eu
e a Ana construímos juntos um lindo lugar. Montar um
restaurante foi um grande desafio, pois eu não me sentia
ainda preparado para abrir meu primeiro restaurante e
comandar a sua cozinha. Mas encarei o desafio com
unhas e dentes, e tive um dos melhores momentos da
minha vida profissional.
Aprendi a ser dono de restaurante com a minha sócia.
Foi lá que tive as primeiras criações gastronômicas mais
sólidas, as primeiras matérias sobre o meu trabalho e as
primeiras indicações a prêmios de gastronomia. Foi o
primeiro restaurante, um sonho realizado.
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Casa NERO
Diferentemente do que acontece em cidades como
Nova York, por exemplo, é difícil um museu paulistano
abrigar um bom restaurante. Qual é a receita de sucesso
do Chez MIS, instalado no Museu da Imagem e do
Som?
O que é imprescindível para que um chef trabalhe bem
carnes?
A coisa mais importante é conhecer as raças dos
animais com as quais se vai trabalhar e, depois,
conhecer muito bem cada corte.
É difícil mesmo um museu abrigar um bom restaurante
por aqui, mas os profissionais da gastronomia estão
melhorando a cada dia. Daqui a pouco tempo, essa
situação será lembrada como algo que pertenceu ao
passado. No caso do Chef MIS, a própria localização
já é fantástica. Nós apenas demos atenção redobrada
e cuidado na decoração do espaço e na cozinha,
buscando a simplicidade e rusticidade de elementos
básicos.
Que chefs, nacionais ou estrangeiros, você mais admira
e por quê?
Francis Mallman, pela sua arte no trabalho com o fogo.
A Paola, pela paixão ao alimento. E Alex Atala, pela
insaciável vontade de descobrir o Brasil.
Qual é a proposta do novo restaurante do Grupo Chez,
o Casa Nero?
A ideia do Casa Nero é oferecer um restaurante de
carnes informal, com variedade e qualidade tanto nos
produtos quanto nos preparos.
Creio que falta uma abertura maior das pessoas para
novas experiências gastronômicas. Nesse assunto, nós
ainda somos um tanto conservadores.
O que você acha que falta na gastronomia paulistana?
Cristiana Couto é jornalista de gastronomia, doutora em História da Ciência e autora do blog Sejabemvinho. É autora do livro Arte de cozinha:
dietética e alimentação em Portugal e no Brasil (sécs. XVII-XIX), pela editora Senac-São Paulo.
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REVISTA SOBREMESA
Autor: Saul Cepeda
Imagens: Antonio de Benito
SAL
Embora tenha milhares de formas e até cores, o sal, tão em
voga nos menus dos restaurantes e com preços, às vezes,
altíssimos, no final é apenas isso, cloreto de sódio.
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Há alguns anos atrás, a edição
de uma famosa revista feminina
americana convocou alguns dos
melhores sommeliers dos Estados
Unidos para uma degustação
às cegas de sal. Até então, os
restaurantes mais trendy do país
estavam em plena escalada
para dispor os menus de sais
mais amplos do setor hoteleiro,
incorporando referências que
tendiam ao absurdo, como,
por exemplo, sal extraído,
presumidamente, de lágrimas em
diferentes estados de humor (riso,
raiva...). Quando os degustadores
se sentaram à mesa, receberam
uma série de copos opacos e
foram convidados a reconhecer
suas características organolépticas.
Os diferentes sais tinham sido
dissolvidos em água. Conclusão:
o sal que consumimos é, em
proporção maior, cloreto de sódio,
e, uma vez que este é separado,
não existem moléculas melhores
do que outras. No entanto, existem
sim diferenças importantes entre
os sais do mercado, por exemplo,
a halita (ou sal de rocha), o sal
refinado puro e o sal de mesa.
O primeiro é o cloreto de sódio
que, além de sua versão sólida,
é encontrado diluído em grandes
quantidades nos mares e oceanos.
Normalmente é “contaminado” por
outros elementos químicos. O sal
refinado segue um processo de
evaporação e regeneração, um
dos métodos químicos alimentares
mais antigos que se conhece,
através do qual são obtidas altas
concentrações de cloreto de sódio
(entre 97 e 99%). No caso do sal
de mesa, estamos falando de sal
refinado que contem alumínio silicato
de sódio ou carbonato de magnésio
para evitar aglomeração. Também
influem os aditivos que o sal leva,
sendo os mais comuns o iodo, o
flúor (sobretudo em países com
baixa concentração deste produto
na água), ferro, ácido fólico ou,
inclusive, açúcar invertido, como
acontece com uma das referências
da marca canadense Windsor Salt.
Hoje o encontramos em escamas,
com algas, defumados, picante, em
moedores, finos, vulcânicos (com
carvão ativo), grossos, rosas, azuis...
Confira na loja La Tienda de la Sal
ou na americana Saltworks. Famoso
é o sal do Hilamalya, produto da
mina paquistanesa de Khewra, pelo
seu tom rosa peculiar, com certa
concentração de potássio, cálcio e
magnésio. Entre as mais exclusivas,
a japonesa Amabito No Moshio (sal
do mar ancestral), das águas do mar
interior de Seto-uchi, infundida com
algas para obter o sabor umami.
O quilo pode exceder 80 euros na
origem.
Saiba mais
Principais produtores mundiais: China, EUA, Alemanha, Índia e Canadá.
O sal do Hawai, Celtic Sea e Fleur de Sel são muito valorizados.
O famoso sal Maldon procede das salinas do rio inglês Blackwater.
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UM POUCO DE RECEITA
Texto: Mateus Giovanni
Fotos: divulgação
Salmão ao Gengibre
Acompanha Palmito Fresco e
Purê de Mandioquinha
Nesta receita, vamos provar o sabor
de um prato com características
tailandesas, mas com um peixe que
não é típico daquela região e que
encontramos facilmente no Brasil.
A mistura dos sabores picante e
ácido, provocados pelo gengibre e o
limão, quebra o gosto mais forte que é
característico do salmão. O resultado
é uma combinação suave e muito
agradável.
Vamos precisar de 2,5 kg de salmão
fresco com couro e escamas. Retire
apenas a cabeça e o espalme
(abri-lo ao meio) sem cortar a pele
do peixe; 2 ramas de gengibre
sem casca e ralados;
2 dentes de
alho;
suco de 1/2 limão e 1 colher de
sobremesa rasa de sal.
Em um pilão, vamos colocar o
gengibre ralado, os dentes de alho e
o sal. Macere-os bem até que virem
uma pasta. Espalhe essa mistura
por cima do peixe uniformemente.
Somente o lado sem escamas
ganhará o tempero.
Podemos usar uma grelha de ferro
fundido ou a grelha tradicional.
Coloque o salmão na grelha com as
escamas para baixo. Regue-o com
limão e com um fio de azeite de oliva
extra virgem.
Para preparar o palmito fresco.
Vamos lavá-lo e embrulhá-lo em papel
alumínio, sem cortá-lo e com a casca.
Leve-o para a churrasqueira por 1
hora. Depois, tire o alumínio, corte-o
ao meio e passe a manteiga e sal a
gosto. Dica: esse acompanhamento
também vai muito bem com carnes e
frango no churrasco.
Leve-o para a churrasqueira e deixe
por 1 hora e meia, aproximadamente,
até que as camadas de gordura entre
a carne do salmão (uns fios mais
claros) comecem a aparecer.
E finalmente, para o purê, vamos
usar 1 kg de mandioquinha; 100 g
de manteiga e 1 xícara de creme
de leite fresco pasteurizado. O bom
deste creme é que podemos fervê-lo
à vontade, sem o receio de estragar o
prato. Amasse bem a mandioquinha
cozida, acrescente todos os outros
ingredientes e deixe ferver para ficar
no ponto desejado. Acerte o sal no
final. Cuidado, pois a mandioquinha
tem sabor adocicado e corremos o
risco de salgá-la além do ponto.
Para acompanhar esse prato, prefira
os vinhos brancos e frescos como os
verdes portugueses e os chardonnays
norte-americanos.
Aproveite e se delicie com essa fusão
de sabores tão autêntica.
seleção
Grandes
Vinhos
ISSO NÃO É PROMOÇÃO.
É REGRA!
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Eu ganhei!
E eu
também!
LEONE 2010
Sangiovese, Merlot, Cabernet Sauvignon
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Seleção Grandes Vinhos - Junho 2013
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Além da assinatura da Seleção Mensal, a Sociedade da Mesa também oferece a
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Na Seleção Grandes Vinhos (trimestral) são selecionados vinhos para guardas
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e o preço médio por garrafa é R$100,00. A Seleção Grandes Vinhos (trimestral)
é anunciada no mês que antecede a seleção na revista, newsletter e site, e os
cancelamentos devem ser feitos até o dia dez do mês da seleção.
Cadastre-se pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone
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Você e ele receberão duas taças de cristal para [email protected]
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de presente com a próxima seleção.
Com essas informações, faremos contato.
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Caso ele se associe, vocês receberão um par
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MUDANÇAS CLIMÁTICAS
MUDAM O MAPA DO VINHO
Um estudo publicado recentemente na revista
Proceendings of National Academy (PNAS)
revela que as mudanças climáticas irão diminuir
as tradicionais regiões vinícolas de 25% a 73%
até 2.050. Por outro lado, segundo a pesquisa,
países sem tradição se tornariam capazes de
acomodar vinhedos para a produção de vinhos
de alta qualidade.
Com base na análise de 17 modelos climáticos,
os pesquisadores defendem que as terras
próprias para a vinicultura diminuirão no Chile,
na América do Norte e Austrália. Nas áreas
mediterrâneas da Europa, 85% das terras hoje
próprias para a viticultura vão ser impróprias até
2.050. Em contrapartida, países como Canadá,
Dinamarca, Inglaterra, Noruega e Suécia, antes
impróprios para o cultivo de uvas vitis viníferas
poderão tornar-se importantes produtores de
vinho. Para o pesquisador Lee Hannah, principal
autor do estudo, sob a perspectiva climática,
a China tem grandes chances de assumir a
dianteira no ranking de melhores terras para
videira.
O problema é que as áreas que supostamente
se tornariam mais adequadas para o
crescimento de uvas, hoje são de preservação
de ecossistemas como o do parque nacional
Yellowstone e o território de Yukon, no Canadá.
No caso da China, a superfície que se projeta
como a mais adequada para os vinhedos está
na mesma área das montanhas onde hoje é
o habitat do panda gigante. Considerando
esse panorama, é previsível que, futuramente,
os produtores tenham de fazer a remoção
da vegetação natural para acomodação de
cercas, a limpeza dos terrenos e a pulverização
química - medidas que engrossam a lista de
preocupações da ala conservacionista. Para
eles, a competição pela terra entre agricultura
e espécies nativas pode ter resultados
desastrosos para a vida selvagem.
Dentre as medidas preventivas recomendadas
pelo relatório, está a orientação de que as
empresas planejem a expansão de suas
vinícolas em parceria com organizações de
preservação ambiental, de modo a evitar áreas
de grande importância ambiental. Outra medida
sugerida é que se façam investimentos em
variedades de uvas que melhor se adaptem
ao clima, além de incentivos para que
consumidores comprem vinhos de vinícolas
que utilizem práticas sustentáveis. A expectativa
é que o consumidor contribua, ao prestigiar
vinícolas que participem de programas como o
California Sustainable Winegrowing Alliance ou o
South African Biodiversity. Tal escolha seria uma
forma de apoiar organizações que se dediquem
à busca de soluções que respeitem o meio
ambiente e seu ecossistema, explicou Patrick
Roehrdanz, coautor da pesquisa.
Terça-feira, 9 de Abril de 2013 por Gabriel Savage /
Quinta-feira, 11 de Abril de 2013 por Jane Anson
fonte: www.decanter.com
A COURT OF MASTER E TREASURY WINES
FAZEM PARCERIA PARA PROMOVER CURSO
DE MESTRE SOMMELIER NA AMÉRICA
LATINA
REVELADO O VINHO OFICIAL DA
COPA DO MUNDO DO BRASIL 2.014
O primeiro exame da reconhecida Court of Master Sommeliers
foi feito em 1.969 no Reino Unido. Em abril de 1.977, uma Court
of Master Sommeliers foi estabelecida como principal instituto
internacional de exames para diplomar um Master Sommelier,
título concedido pela instituição inglesa e considerado credencial
definitiva na indústria do serviço de vinhos.
Agora, a Treasury Wines (TWE), a maior empresa de vinhos
de capital aberto, está em parceria com CMS (Court of Master
Sommeliers) para viabilizar a primeira série de cursos e exames
para os interessados na América Latina. Inicialmente, o curso
está sendo realizado na Cidade do México. A iniciativa da vinícola
demonstra seu empenho e entusiasmo com esse mercado. Para
Sandra LeDrew, gerente executiva da TWE - Américas, o nível de
exigência e sofisticação do consumidor latino-americano justifica
o aprimoramento de profissionais interessados, que vão exercer
influência sobre o consumidor latino. Para promover o programa
da CMS, a Treasury Wine coordenou as ações com seus
importadores locais e com o Hotel InterContinental Presidente, que
possui a mais extensa carta de vinhos da Cidade do México.
O projeto Treasury-CMS foi lançado quando 48 participantes
fizeram o Curso e Exame de Introdução para Sommelier Nível I em
março de 2.013 no InterContinental Presidente Hotel. Todos os
participantes foram patrocinados pela TWE e 46 deles passaram
no exame. Para a CMS, esse resultado aponta o sucesso do
empreendimento.
Para o diretor do exame CMS-Américas, Shayn Bjornholm,
a Treasury tem um portfólio global de vinhos de prestígio e
percepção de mercado, aspectos que explicam a parceria nesta
iniciativa.
No mundo inteiro, menos de duzentas pessoas conseguiram
tornar-se Master Sommelier. Nos E.U.A., especialmente na
California, ser um Certified Sommelier é quase pré-requisito para
trabalhar em restaurantes e lojas especializadas.
Porém no Brasil, ainda não são oferecidos os exames da Court of
Master Sommeliers, portanto, os títulos são pouco conhecidos.
A vinícola brasileira Lidio Carraro será a fornecedora
dos vinhos oficiais da Copa do Mundo de 2.014 no
Brasil. A marca, que já havia fornecido vinhos para
os Jogos Pan-Americanos em 2.007 e também para
o 30° aniversário da Stock Car em 2.010, fornecerá,
com exclusividade, vinhos licenciados para a Copa
do Mundo. Para o contrato com validade até 2.014, a
Lidio Carraro enfrentou a concorrência das conhecidas
Concha Y Toro (Chile) e Miolo e Salton (Brasil).
O contrato com a Fifa contemplará o lançamento de
uma nova linha de vinhos com o nome de Faces,
para serem servidos nos eventos organizados pela
federação internacional. O rótulo irá exibir o selo oficial
de vinho licenciado da Copa, com direitos exclusivos
em todo o mundo. O primeiro vinho com o rótulo
Faces será um tinto com lançamento previsto para o
mês de maio, na estreia da Copa das Confederações.
O vinho branco e o rosé estão previstos para chegar
ao mercado ainda em 2.013. Todos eles poderão
ser encontrados pelos consumidores nos principais
supermercados do país, nos melhores restaurantes
e hotéis, nas redes Duty Free, lojas de vinhos das
principais capitais e também no exterior.
A Lidio Carraro fica na região do Vale dos Vinhedos,
em Bento Gonçalves/RS. A vinícola é administrada pela
família Carraro há cinco gerações. Segundo Juliano
Carraro, filho de Lidio Carraro e um dos gestores
do negócio, “a marca ficará muito mais conhecida e
fortalecida.” Em troca do reconhecimento, a vinícola
fornecerá um lote de 6 mil garrafas à Fifa e pagará
royalties à entidade. Para Patrícia Carraro, diretora
de marketing e exportação da marca, “o vinho do
Brasil está começando a ser reconhecido e a Copa
do Mundo é uma oportunidade histórica imperdível
para posicionar o país como um produtor de vinho de
qualidade”.
Nessa Copa, a primeira boa notícia é que o vinho
brasileiro abriu o placar.
Quarta-feira, 10 de Abril de 2013 por PRNewswire
fonte: www.decanter.com
Segunda-feira, 25 de Março de 2013 por Chris Mercer
fonte: www.decanter.com
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Sociedade da Mesa é muito bem-vinda e não paga rolha
PROGRAMA SACA ROLHA
Aqui nesta coluna publicamos bares e restaurantes onde você, associado da Sociedade da Mesa, poderá
desfrutar de bons ambientes e boa gastronomia, com a liberdade de levar seu próprio vinho sem pagar a rolha! *
Calá del Grau
FLORIANO
São Paulo
Rua Joaquim Floriano, 466
Brascan Open Mall, Itaim Bibi - SP
(11) 3079-3500
FORNERIA DO SANTA
São Paulo
Av. Ministro Gabriel de Resende Passos, 319
Moema - SP
(11) 5054-1199
AIRUMÃ
São Paulo
Rua Antonio de Oliveira, 22
Santo Amaro - SP
(11) 5184-2303
FREDDY
São Paulo
Rua Pedroso Alvarenga, 1170
Itaim Bibi - SP
(11) 3167-0977
ANTONIETTA
São Paulo
Rua Mato Grosso, 402
Higienópolis - SP
(11) 3214-0079
FISHBAR
São Paulo
Alameda Tietê, 40
Jardins - SP
(11) 4327-3400
ATMOSPHERE
São Paulo
Rua Marechal Hastinfilo de Moura, 233
Morumbi - SP
(11) 3743-6039
GENOVA
São Paulo
Rua Lisboa, 346
Pinheiros - SP
(11) 3064-3438
BÁRBARO
São Paulo
Rua Dr. Sodré, 241A
Vila Olímpia - SP
(11) 3845-7743
GIBRAN
São Paulo
Rua Comendador Miguel Calfat, 296
Vila Olímpia - SP
(11) 2083-1593
CHE BÁRBARO
São Paulo
Rua Harmonia, 277
Vila Madalena - SP
(11) 2691-7628
LA GRASSA
São Paulo
Av. Juriti, 32
Moema - SP
(11) 3053-9303
CALÁ DEL GRAU
São Paulo
Rua Joaquim Távora, 1266
Vila Mariana - SP
(11) 5549-3210
LIMONN São Paulo
Rua Manuel Guedes, 545
Jardim Europa - SP
(11) 2533-7710
CASUAL MIL
São Paulo
Rua Hungria, 1.000
Jardim Europa - SP
(11) 2579-1029
MARIPILI
São Paulo
Rua Alexandre Dumas, 1152
Chácara Santo Antônio - SP
(11) 5181-4422
MONET
São Paulo
Rua Fradique Coutinho, 37 Pinheiros - SP
(11) 3032-7403
NICO
São Paulo
Rua Costa Aguiar, 1586
Ipiranga - SP
(11) 2068-3000
EÑE
São Paulo
Rua Dr. Mario Ferraz, 213
Itaim bibi - SP
(11) 3816-4333
PARRILLA SAN PABLO
Santos
Rua Tolentino Filgueiras, 55
Gonzaga, Santos - SP
(13) 3288-1982
GRAZIE A DIO!
São Paulo
Rua Girassol, 67
Vila Madalena - SP
(11) 3031-6568
PAELLAS PEPE
São Paulo
Rua Bom Pastor, 1660
Ipiranga – SP
(11) 3798-7616
Genova
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BOTTEGA PARADISO
SANTA GULA
SPADACCINO
TANGER
ZEFFIRO São Paulo
Rua Pirapora, 218
Vila Mariana - SP
(11) 3052-1473
CASCUDO
São Paulo
Rua Fidalga, 340
Vila Madalena - SP
(11) 3812-7815
São Paulo
Rua Mourato Coelho, 1267
Vila Madalena - SP
(11) 3032-8605
CEDRO
DEGLI ANGELI
Belo Horizonte
São Paulo
Rua Harmonia, 359
Vila Madalena - SP
(11) 3037-7223 / 3031-8466
Rua Francisco Deslandes, 156
Anchieta, Belo Horizonte - MG
(31) 3281-7965
DIVINA GULA
Maceió
São Paulo
Rua Frei Caneca, 669
Consolação - SP
(11) 3259-0932
Av. Eng. Paulo Brandão Nogueira, 85
Jatiúca, Maceió - Alagoas
(82) 3235-1016
DIVINO Nova Lima
São Paulo
Rua Conselheiro Brotero, 903
Santa Cecília - SP
(11) 3664-8313
Quinta Avenida, 144 – Loja 6
Vale do Sol, Nova Lima - MG
(31) 3541-4272 / 9958-9512
FLORES
Belo Horizonte
São Paulo
Rua Rio Grande, 304
Vila Mariana - SP
(11) 4304-0300
Rua Oriente, 609
Serra, Belo Horizonte - MG
(31) 3227-6760
GUAIAÓ
Santos
Rua Dom Lara, 65
Boqueirão, Santos - SP
(13) 3877-537
RONCO DO BUGIO
Piedade
Estrada PDD, 128
Bairro dos Pires, Piedade – SP
(11) 8259-7788
RESERVA AROEIRA
Piraí
Estrada Fazenda Aroeira, 757
Piraí - RJ
(21) 2487-4011
ILHA SPLENDOR Ilhabela
Av. Cel. José Vicente Faria Lima, 2107
Reino, Ilhabela - SP
(12) 3896-3346
PASTA DEL CAPITANO
Ilhabela
Av. Pedro Paula de Morais, 703
Ilhabela - SP
(12) 3896-5241
TAYPÁ Brasília
QI 17, Comercial, Bloco G, lojas 208/210
Fashion Park - Lago Sul - Brasília
(61) 3248.0403 / 3364.0403
restaurante
rotisseria
EL TRANVIA
SACRA ROLHA
APRIORI CUCINA
DIVERSIT`A BISTRO
TORERO VALESE
45
São Paulo
São Paulo
São Paulo
Av. Portugal, 694
Brooklin - SP
(11) 5041-6818
Rua Haddock Lobo, 1014
Jardins - SP
(11) 2737-4009
Rua Horácio Lafer, 638
Itaim Bibi - SP
(11) 3168-7917
PRAÇA SÃO LOURENÇO
Barueri
Shopping Iguatemi Alphaville
Alameda Rio Negro, 111, Barueri - SP
(11) 3053-9307
CASA DE TEREZA Salvador
Rua Odilon Santos, 45
Rio Vermelho, Salvador, Bahia
(71) 3329-3016
DiVino
São Roque
Santo Antônio do Pinhal
Estrada Municipal Darcy Penteado, 3301
São Roque - SP
(11) 4714-2041
Estrada do Pico Agudo, km 5, Bairro
Sertãozinho, Sto. Antônio do Pinhal - SP
(12) 3666-1873
* O nosso Programa Saca-Rolha possibilita que você, associado, leve 2 garrafas de vinho à sua escolha, para degustar com a sua
companhia. Você pode ir quantas vezes desejar no mesmo restaurante participante.
46
47
Novidade do Mês
Foto: Elvis Fernandes
FRANCISCO
GASTRONOMIA
Foto: Elvis Fernandes
Excelência em gastronomia, aliada a
um serviço impecável e um espaço
aconchegante. Esta é a proposta do
Francisco Gastronomia, situado no
coração de São Bernardo.
A placa de ferro fundido na entrada,
os dormentes que decoram o salão
principal, as fontes da área externa
e até os detalhes dos azulejos foram
cuidadosamente selecionados,
criando um ambiente requintado e de
extremo bom gosto, onde os quatro
elementos - fogo, ar, terra e água,
fundem-se em sintonia perfeita.
Os funcionários de sala estão
sempre dispostos a atender e
agradar, melhorando ainda mais
a experiência dos clientes, que
contam também com um Somellier,
para melhor harmonizar os pedidos
com a excelente oferta de rótulos,
provenientes dos quatro cantos do
mundo.
Tudo isso para oferecer uma
experiência ímpar e inesquecível,
bem no coração de São Bernardo.
Os pratos que saem da cozinha
do Chef Rafa Alvarez foram
cuidadosamente elaborados para
levar aos comensais uma experiência
gastronômica única, que se inicia por
um visual impecável. Tal experiência
continua na primeira prova, com
uma culinária contemporânea e
FRANCISCO GASTRONOMIA
de alto nível, sempre prezando
Rua Doutor Fláquer, 57
por ingredientes extremamente
frescos e de excelente qualidade e
Centro - São Bernardo do Campo - SP
procedência.
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49
Faça suas compras por telefone (0800 774 0303) ou site até o dia
10 do mês e receba juntamente com sua próxima caixa de vinhos.
Origem: África do Sul
Uvas: Merlot
Preço para associado: R$ 40,20
DECANTER
CRISTALEX
Preço para associado:
R$ 69,00
TAÇAS BORDEAUX
TAÇAS BORGONHA
Par de taças de cristal
Par de taças de cristal
Preço para associado:
R$ 50,00 (o par)
Preço para associado:
R$ 50,00 (o par)
SACA-ROLHAS
BOLSA “SEIS”
BOLSA “TRÊS”
VACUVIN
Modelo Sommelier
De lona vermelha,
modelo engradado.
Prática e ideal para
carregar até 6 garrafas.
De lona verde com
detalhes em couro.
Ideal para carregar até
3 garrafas.
Bomba de vácuo
com rolhas para
melhor garantir as
características do vinho.
Preço para
associado:
R$ 84,00
Preço para
associado:
R$ 120,00
Preço para
associado:
R$ 57,00
Preço para
associado:
R$ 28,00
SERVIÇOS
Stone Road
Merlot 2011
Revistas
Vinhos em consignação
e-news
Nossas revistas estão
disponíveis para consulta,
pesquisa e curiosidade.
Acesse nosso site e faça
download de nosso acervo.
Boa leitura!
Se você vai fazer um evento, festa ou
jantar, e precisa de vinhos, consulte-nos.
Consignamos o vinho para você. Assim,
nem sobrará nem faltará. Sem contar
que será um prazer ajudá-lo a escolher o
vinho mais adequado para a ocasião.
Enviamos mensalmente
informações sobre
harmonização com o
vinho do mês e artigo
técnico sobre a cultura do
vinho.
Hahn Meritage 2010
Benchmark Shiraz 2011
Tonada Finca La Anita 2007
Origem: Austrália
Uva: Shiraz 100%
Preço para associado: R$ 42,70
Origem: Argentina
Uvas: Syrah, Malbec e Cabernet
Sauvignon
Preço para associado: R$ 39,80
Chateau La Gravette Lacombe Las Perdices
2009
Gran Seleccion de Barricas
VINHOS EM ESTOQUE
ACESSÓRIOS
Confira abaixo nossos vinhos em estoque.
Faça seu pedido por telefone (0800 774 0303) ou site e receba
juntamente com sua próxima caixa de vinhos.
Origem: Estados Unidos
Uvas: 48% Cabernet Sauvignon, 25%
Merlot, 10% Cabernet Franc, 9%
Malbec e 8% Petit Verdot.
Preço para associado: R$ 98,00
Origem: França
Uva: Syrah, Malbec e Cabernet
Sauvignon
Preço para associado: R$ 103,00
Origem: Argentina
Uvas: 80% Malbec, 10% Petit Verdot,
5% Cabernet Sauvignon, 5% Tannat
Preço para associado: R$ 98,00
Gouguenhem 2011
Crash 2011
Nomad 2009
Origem: Argentina
Uva: Malbec
Preço para associado: R$ 42,50
Origem: Espanha
Uvas: Garnacha Tintorera, Garnacha
Negra, Syrah, Tempranillo
Preço para associado: R$ 41,80
Origem: Romênia
Uvas: Feteasca Neagra
Preço para associado: R$ 39,80
Amani I Am 1 2009
Mariana 2010
Bourgogne Passe Tout Grains 2011
Origem: África do Sul
Uvas: 36% Cabernet Sauvignon, 28%
Merlot, 21% Cabernet Franc, 10%
Shiraz, 3% Malbec e 2% Petit Verdot.
Preço para associado: R$ 79,25
Origem: Portugal
Uvas: 35% Trincadeira, 30%
Aragonez, 20% Touriga Nacional e
15% Alicante Bouschet
Preço para associado: R$ 42,30
Origem: França
Uva: 2/3 Gamay e 1/3 Pinot Noir
Preço para associado: R$ 43,60
Casa Vasari
Chablis 2011
Casilda 2009
Origem: Itália
Uvas: 70% Sangiovese, 10% Merlot,
10% Cabernet Sauvignon e 10% outras
autóctonas
Preço para associado: R$43,50
Origem: França
Uvas: 100% Chardonnay
Preço para associado: R$98,00
Origem: Chile
Uvas: 70 % Cabernet Sauvignon, 30%
Carmenere
Preço para associado: R$40,20
IMPORTANTE:
Lembrete: recordamos aos associados que comuniquem quaisquer alterações no envio do mês, tais como alteração de quantidades, pedidos
de seleção especial, acréscimo de vinhos do estoque ou suspensão até o dia 10 de junho. Pedidos sujeitos a confirmação no estoque.
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PRÓXIMA SELEÇÃO GRANDES VINHOS
seleção
Grandes
Vinhos
4 seleções/ano
Junho
51
PRÓXIMA SELEÇÃO MENSAL
LEONE 2010 – TOSCANA IGT
A Argentina oferece uma ampla proposta de vinhos através das diferentes regiões
vitivinícolas que podem ser encontradas em toda sua geografia. Mas Mendoza é, sem
dúvida, o epicentro atual da vitivinicultura Argentina, onde existem distintas subzonas
vitícolas, com diferenças marcantes.
Este mês, vamos conhecer um oásis no sul de Mendoza: San Rafael. Aqui, está uma
das bodegas com mais raízes da Argentina, a Casa Bianchi. Nesta bodega, une-se
tradição, história e família, com o bom trabalho de várias gerações que sabem como
integrar experiência e conhecimento para produzir vinhos modernos e atuais.
Apresentamos dois vinhos da Coleção Famiglia Bianchi: dois monovarietais, sendo um
Malbec e o outro, um Cabernet Sauvignon. Ambos com poder, com estrutura e com
tudo o que se pode esperar de um vinho de San Rafael, o vinho do sul de Mendoza.
Região: Toscana, Itália
Uvas: 60% Sangiovese, 20% Merlot, 20% Cabernet Sauvignon
Produtor: Carobbio
Valor para associado: R$ 89,00*
Valor aproximado no mercado: R$ 120,00
Na seleção do mês de abril, um vinho aproximou-nos da Toscana e, após nossa escala
nessas terras, nos concentramos em procurar um vinho que realmente fosse um reflexo
do que a Toscana tem sido, e é para o mundo do vinho premium. No princípio, nossa
procura foi baseada em localizar um “supertuscan”, um daqueles vinhos que, durante
anos, foram a referência do vinho top italiano, fugindo do tradicional e das variedades
nativas como a Sangiovese, para se tornarem adoradores do Merlot, Cabernet
Sauvignon, Cabernet Franc, vinhos superestruturados, opulentos, densos, bombas
de fruta, revestidas de intensa madeira. Mas as coisas nesta região estão mudando,
e é cada vez mais fácil encontrar vinhos que souberam evoluir a partir daqueles
convencidos do sucesso dos anos 1.980 e 1.990 em todo o mundo, até os vinhos
mais sutis, finos e elegantes, com menos tanino e mais amáveis em seu conjunto.
E aqui estamos, apresentando o que entendemos que pode ser a evolução daqueles
“supertuscans”. De Panzano in Chianti na província de Florência, Leone 2.010 da casa
Carobbio, um vinho cheio de frutas vermelhas, sem excesso, com uma madeira fina
que acompanha e não é protagonista. De entrada fresca na boca, combinada com uma
estrutura sólida, faz com que a passagem pela boca seja agradável e prolongada.
É uma bodega familiar encravada em uma fazenda toscana, rodeada de vinhedos e
oliveiras, com uma superfície de 45 hectares, dos quais 10 são dedicados ao cultivo
do vinhedo. Seu tamanho reduzido e seus vinhedos exclusivos tornam-na uma
pequena joia da toscana, onde tudo é detalhadamente cuidado, desde o vinhedo até a
produção e o envelhecimento de suas poucas 45.000 garrafas produzidas ao ano. Um
espetáculo de vinho, que despertará os seus sentidos. Saúde!
IMPORTANTE:
Lembrete: recordamos aos associados que comuniquem quaisquer alterações no envio do mês, tais como alteração de
quantidades, pedidos de Seleção Grandes Vinhos, acréscimo de vinhos do estoque ou suspensão até o dia 10 de junho.
Pedidos sujeitos a confirmação no estoque.
* O frete será somado ao valor unitário da garrafa e não destacado como vinha sendo feito.
Junho
FAMIGLIA BIANCHI RESERVA
MALBEC 2011
seleção
Mensal
FAMIGLIA BIANCHI RESERVA CABERNET
SAUVIGNON 2011
12 seleções/ano
Região: San Rafael, Mendoza, Argentina
Uvas: Malbec 100%
Produtor: Casa Bianchi
Um Malbec distinto, bem coberto,
envelhecido em barril de 12 meses, que
lhe dá estrutura, potência e longevidade.
Se você esperava um Malbec comum,
este irá surpreendê-lo. Suas notas salinas
na boca são um reflexo fiel do “terroir” de
San Rafael.
Valor para associado: R$ 43,40*
Valor aproximado no mercado: R$ 60,00
caixa mista
Região: San Rafael, Mendoza, Argentina
Uvas: Cabernet Sauvignon 100%
Produtor: Casa Bianchi
Um Cabernet maduro de clima semidesértico como o de
San Rafael, com personalidade, denso. Com esse vinho,
vale a pena comer sem pressa, finalizando a última taça com
uma boa sobremesa de chocolate escuro e, se for fumante,
acendendo um bom charuto cubano. Um Cabernet que se
diferencia de outros de climas quentes: é fresco e com tanino
redondo e amável.
Valor para associado: R$ 43,40*
Valor aproximado no mercado: R$ 60,00
IMPORTANTE:
Lembrete: recordamos aos associados que comuniquem quaisquer alterações no envio do mês, tais como alteração de
quantidades, pedidos de Seleção Grandes Vinhos, acréscimo de vinhos do estoque ou suspensão até o dia 10 de junho.
Pedidos sujeitos a confirmação no estoque.
* O frete será somado ao valor unitário da garrafa e não destacado como vinha sendo feito.
Quem disse que não dá para conhecer o mundo sem sair de casa?
Sociedade
da Mesa
clube de vinhos
O mundo do vinho na porta de sua casa.
A Sociedade da Mesa é o maior clube de vinhos do Brasil. Pertencente a um dos maiores grupos de clubes de vinho do mundo,
leva com exclusividade a seus associados as melhores seleções de
vinhos a valores especiais comparados aos do mercado, uma revista
mensal gratuita, cursos, viagens, acessórios e mais do que isso, uma
oportunidade única para desfrutar do mundo do vinho.
São duas opções de assinatura:
seleção
seleção
Grandes
Vinhos
Mensal
12 seleções/ano
Seleção Mensal
1 caixa de vinhos de 4 ou 6 garrafas mensalmente.
1 revista com a descrição do vinho que está
recebendo, a Seleção Mensal do próximo mês e seu
valor e informações sobre o mundo do vinho de uma
forma ampla e simples.
O valor da garrafa é de R$42,00 aproximadamante.
Não há cota de associação.
O sócio poderá suspender o recebimento do vinho
quantas vezes preferir.
4 seleções/ano
Seleção Grandes Vinhos (trimestral)
1 caixa de vinhos de 4 ou 6 garrafas a cada 3 meses.
1 revista com a descrição do vinho que está
recebendo, a Seleção Grandes Vinhos do próximo
mês e seu valor e informações sobre o mundo do
vinho de uma forma ampla e simples.
O valor da garrafa é de R$100,00 aproximadamante.
Não há cota de associação.
O sócio poderá suspender o recebimento do vinho
quantas vezes preferir.
Escolha a sua (ou fique com as duas!) e deixe o resto com a Sociedade da Mesa.
Sociedade
da Mesa
clube de vinhos
Aqui você se preocupa em brindar,
o resto deixa com a gente.
0800 774 0303
www.sociedadedamesa.com.br