um problema cada vez maior

Transcrição

um problema cada vez maior
Escola de Educação Comunitária
Av. Engenheiro Richard, 116
Grajaú - Rio de Janeiro, RJ
(21) 2577-4546
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
Primeira publicação: 29 de Maio de 1995
Exemplar n° 74
Novembro 2013
Violência
um problema cada vez maior
Soltando o Verbo Página 7
Cada vez mais vemos bairros antes tranquilos virarem verdadeiras
cidades fantasmas ao cair da noite, mesmo com a proliferação das
O Cinema Nacional Página 5
UPP´s. Quais as nossas opções? Confira na coluna Soltando o Verbo.
Os filmes brasileiros, desde
o icônico ‘‘Cidade de Deus’’,
voltaram a ter destaque nacional
e internacionalmente. Confira um
pouco dessa história com o artigo
O Cinema Nacional.
Tecnologia e Informação Página 6
Não jogue este impresso em vias públicas
O navegador Internet Explorer é um
componente integrado ao sistema
operacional Windows desde a versão
do Windows 98.
Alguns amam,
muitos odeiam e vem sendo alvo de
críticas desde o seu surgimento até
atualmente com o surgimento de seus
novos concorrentes: Google Chrome,
Mozilla Firefox, Opera e Safari. Mas
será que algo tem mudado? Confira
um breve relato na coluna Tecnologia e
Informação.
No Mundo dos Esportes Página 8
Algumas artes marciais são reconhecidas pelos movimentos acrobáticos e
difíceis de muitos golpes. Unindo as artes marciais à arte da dança de rua,
um grupo de jovens resolveu criar um novo esporte: o tricking.
Conheça um pouco mais sobre o tricking na coluna No Mundo dos Esportes.
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Eu não gosto de você
“No ensino, como em outras coisas, a liberdade deve ser
questão de grau. Há liberdades que não podem ser toleradas.
Uma vez conheci uma senhora que afirmava não se dever proibir
coisa alguma a uma criança, pois ela deve desenvolver sua
natureza de dentro para fora. “E se a sua natureza a levar a engolir
alfinetes?” indaguei ; lamento dizer que a resposta foi puro
vitupério. No entanto, toda criança abandonada a si mesma, mais
cedo ou mais tarde engolirá alfinetes, tomará veneno, cairá de
uma janela alta ou doutra forma chegará a mau fim.
Um pouquinho mais velhos, os meninos, podendo, não se lavam,
comem demais, fumam até enjoar, apanham resfriados por
molhar os pés, e assim por diante — além do fato de se divertirem
importunando anciãos, que nem sempre possuem a capacidade
de resposta de Eliseu. Quem advoga a liberdade da educação não
quer dizer que as crianças devam fazer, o dia todo, o que lhes der
na veneta. Deve existir um elemento de disciplina e autoridade: a
questão é até que ponto, e como deve ser exercido.”
(Bertrand Russell, Ensaios Céticos.)
Um menino bonito, que intriga e fascina os que o cercam,
é elogiado pelas professoras, querido pelos colegas da escola,
do condomínio, da rua. É o carinha.
Esse menino, um dia, zangado com o avô, não quis pedir
desculpas pelos berros que tinha dado. Seus pais, por perto,
forçaram-no a se arrepender.
Esta edição da PAPELETA é mais que especial. Há alguns
dias estivemos mais uma vez celebrando a PALAVRA. A
palavra de nossa escritora homenageada, Marina Colasanti e a
de nossos autores, que no XXVIII Concurso de Literatura
Maria Helena Xavier Fernandes mostraram toda a
autenticidade e talento que lhes tornam especiais. Nos textos
que aqui se apresentarão, conheceremos o pensamento e sua
transformação em atitude.
Ao certo, não sabemos a força que uma palavra é capaz de
exercer. Para alguns povos, a palavra tem poder de atrair,
transformar e condensar nosso pensamento. Sendo assim, é
ferramenta que concretiza aquilo que permeia nosso
inconsciente.
Como seres dotados da capacidade de raciocínio e
escrita, nos cabe somente empregar nossas faculdades
mentais em prol daquilo que julgamos necessário e útil.
Seremos então, na mais sublime grandeza, meros canais
condutores.
Diante de um universo de estados e condições adversas,
viver torna-se a arte de superar, resignar-se sem esmorecer.
Nosso horizonte torna-se cada vez mais estreito pelo
inevitável lugar-comum que nos acomete o pensamento: o
passar dos dias torna-se mais breve; o passar das horas torna-se
ínfimo. O quanto suportamos viver à espera de dias melhores,
do descanso que nunca chega, da satisfação que passa distante,
fugindo do alcançável?
Ele resolveu ceder, mas pediria desculpas baixinho, só no
ouvido do avô. Concordaram.
Ah, ele surpreende o avô e diz baixinho no pé do ouvido do
vovô: eu não gosto de você. A cara de surpresa do avô fez sua filha
perguntar-lhe o que o menino bonito dissera.
- Ele disse que não gosta de mim, mas não faz mal, eu o amo
muito, muito.
É claro que a mãe fez o garotinho pedir desculpas de forma
que todos o ouvissem. O avô logo o abraçou para cessar o
constrangimento que talvez fosse mais dele que do menino. Ele
não tinha idade para os encabulamentos dos mais velhos. No
entanto, daqui a alguns anos, a espontaneidade que não mede
consequências cederá espaço para a face detentora da máscara da
convivência social.
Na intimidade, esse menino bonito, em certos momentos,
não é fácil de ser conduzido. Recusa-se a atender e passa a falar em
tom alto, imperativo, aborrecido, com o cenho franzido.
Dependendo do humor de quem o observa, até assim ele
encanta, se os olhos que o veem são um tanto experientes e
sensíveis à instabilidade dos temperamentos jovens, embora o
amor e a razão sejam antagonistas.
“Deve existir um elemento de disciplina e autoridade: a
questão é até que ponto, e como deve ser exercido.”
Sabemos mensurar o até que ponto e descobrir a fórmula
ideal do como deve ser exercido?
Os remédios atuam de forma diferente em cada pessoa e há
ainda os sempre presentes danos colaterais.
Se for disciplinar o seu filho, há um sugestivo caminho: num
momento de paz, coopte-o, conduza o seu monólogo e o dele para
o diálogo. Assim, a possibilidade do filho adulto sem rumo,
declinará sensivelmente.
Já que existe a semântica, por que escassear o diálogo?
Professor Abelardo Soares
Que as palavras dessa edição nos mostrem sua realidade, sua
beleza, sua severidade, que nos façam pensar e impedir o silêncio.
Por isso, convidamos você a celebrar esse inexplicável
prodígio. A transformação da palavra em ação; da ideia em
atitude. E esse mistério pode ser visto em cada leitura desta
PAPELETA.
Aproveite a leitura!
Até a próxima!
Professora Ana Carolina
[…]
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a
não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem
vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha
para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E,
porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais
cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o
ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para
preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos,
para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente
se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que,
gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.
[…]
Marina Colasanti
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Prazo
Muito se fala do tempo corrido. É comum ouvirmos por aí:
– Não te liguei, porque estava sem tempo!
– Até queria ir, mas tô sem tempo algum!
– Eu até passei por lá, porém a pressa era tanta...
Imagine, então, ter que escrever com prazo!
A palavra escrita precisa de tempo para maturação. Não brota
da cabeça já como planta no papel. Não voa de lugar nenhum
para o pouso em lugar algum. Não, meus senhores. Perdoem-me.
Não, meus senhores e belíssimas senhoritas (é preciso conquistar
simpatia, por conta do tema e do que será dito). A palavra, apesar
de mágica, não é sacada da cartola de nenhum mágico, não brota
como petróleo para o nosso deleite.
Essa trama intricada entre voz e pensamento não fica para a
história sendo lançada como bola de queimado. É algo mais
complexo. Não apenas uma brincadeira de polícia e ladrão, de
pique esconde. Também não é marcada com a imposição de uma
regra. A palavra que se eterniza, surge de um processo muito mais
amplo do que uma simples aula de redação (quer prazo menor?).
Deixemos a palavra de lado para com a própria palavra
darmos conta de outro conceito, o de prazo. Bem, no dicionário
Aurélio, prazo é o seguinte: 1 – tempo determinado; 2 – espaço
de tempo durante o qual se deve realizar alguma coisa. Que
coisa mais contraditória! Dizem que o pensamento é a única
coisa que ninguém pode controlar, a não ser o próprio ser
pensante de seu próprio pensamento (duvido muito, mas
deixemos essa conversa para outro dia, por conta do prazo).
Contudo é sempre com prazo que querem lidar com a palavra –
seja numa conversa ou em um texto (“Fala rapidinho, pois vou
ao dentista...”; “Vocês têm 40 minutos para fazer uma redação
sobre o fluxo migratório no Brasil no século XXI... Ah, entre 20
e 30 linhas...”). A segunda definição ainda é mais corrosiva, já
que abrange o “coisa”, termo genérico, que serve para tudo,
usado para dar um conceito geral e uma serventia
generalizante.
Vejam só o que é o mundo de hoje. Um mundo dotado de
prazos. Prazo para ser criança, prazo para quitação da casa
própria, prazo para o carro 0 Km, prazo para ficar bem
economicamente, prazo para casar, prazo para ser feliz, prazo
para escrever, prazo de validade do seu próprio ser.
Desculpe-me pela divagação, não posso me esquecer do
prazo. E, principalmente, de sua relação com o tempo e com o
espaço e com a palavra, e ainda, leitor, o seu próprio prazo para
me ler.
Voltemos. Resolvi falar do prazo, pois vida de professor não é
fácil, é prazo para tudo. Porém muito me identifico com os
escritores, e sei que uma palavra para fincar na memória e criar
rugas no papel precisa ser trabalhada com tempo. Ou pensam que
uma palavra como Saudade surgiu do nada. O português,
ultimamente tão maltratado (deve ser o maldito prazo o culpado)
é o único possuidor de conceito em uma única palavra do
sentimento inexplicável em outras línguas, mas tão sentido por
todo o mundo. Ou seja, não foi com prazo que algum gênio
anônimo nos revelou para nós mesmos, e nos disse que o que
sentimos é SAUDADE.
Logo, aqui estou eu também tentando dar voz a muita gente.
Pois, percebo a escrita como um grito para cobranças dos mais
variados tipos. A palavra escrita bem cuidada, sem a ânsia
capitalista do prazo, é a única que consegue nos tirar a voz
entalada na garganta e mostrar que não estamos sozinhos nesse
mundão de Deus.
Enfim, cobraram-me uma presença mais esfuziante na
PAPELETA, porém o prazo era curto para o tanto que queria falar,
e com a qualidade que vocês que me leem merecem e também
com a qualidade que o meu texto merece (O que é a vaidade?).
Vou resumir por conta do tempo e do espaço: a palavra precisa vir
acompanhada de muitas vozes que possam ser reveladas pelo que
significam para cada um. No entanto, a palavra, sem prazo, é
aquela que consegue revelar a si própria, ficando só, e ainda assim
nos revelando tudo, em sua própria beleza de ser apenas palavra.
Logo, sabendo que o prazo foi curto para pensar um texto, fica
a palavra estendida e entendida (se é que foi entendida!) como
divagação. Pois se a palavra não tivesse a pressa e o prazo dos
tempos modernos ficaria o clichê (mas palavra bem trabalhada e
nunca esgotada): Amor. Falaria do amor, que muitos falam e
poucos explicam, devido a sua complexidade; ou seja, palavra
pensava para eternidade, e não para ser mais uma, exemplo:
descartável.
Professor Ludwig Araujo
Resultados do XXVIII Concurso de Literatura Maria Helena Xavier Fernandes
Grupo 1
1° Lugar - Pedro Henrique Barros Milessis
2° Lugar - Henrique Massao Osawa Benjamim
3° Lugar - Hugo Gonçalves Azeredo
Grupo 3
1° Lugar - Pedro Pereira Ribeiro
2° Lugar - Sophia Vogel Figueiredo Fernandes Martins
3° Lugar - Giulia Andrade Oliva
Grupo 2
1° Lugar - Bernardo Martins Correa D'abreu e Costa
2° Lugar - Luana Bonaparte Martins D'elly
3° Lugar - João Vazquez de Carvalho Fonseca
Grupo 4
1° Lugar - Monique Castelo Branco Roque
2° Lugar - Yasmin Bonaparte Martins D'elly
3° Lugar - Lucas Ribeiro Da Silva
A ECO parabeniza a todos pelo empenho e participação!
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Monstros:
eles estão por
aí
Para falarmos de monstros devemos considerar que eles
podem se apresentar de diferentes formas.
Em geral, monstros são seres fantásticos ou criaturas
lendárias com aspectos e atitudes aterrorizantes.
O “Dia das Monstros” ou “Dia das Bruxas” é comemorado
principalmente em países de língua inglesa, como Estados
Unidos, Canadá, Irlanda e Reino Unido. Nas comemorações de
Halloween as crianças se fantasiam de monstros e saem pelas
ruas pedindo doces.
No folclore brasileiro temos como principais monstros
figuras bastante conhecidas, como o Bicho Papão, Boitatá, Cuca,
Curupira, Iara, Mula Sem Cabeça, Lobisomem e Saci Pererê.
Alguns dos monstros mais “badalados” atualmente são os
Zumbis, Vampiros e Lobisomens. Esses monstros inspiraram
a criação de muitas histórias literárias e filmes que agradam a
todos. Alguns títulos muito conhecidos tratam da Saga
Crepúsculo (que conta a história de vampiros e lobisomens)
que conquistou fãs ao redor do mundo.
Cuidado com os monstros… Eles podem estar mais perto
do que você imagina.
Rani Delecrodi e Amanda Vecchioni – T.61
Falando em TV
Juventude
à Flor da Pele
Skins (também conhecida no Brasil como “Juventude à
Flor da Pele”) é uma série britânica, que apesar de ter tido sua
versão americana, esta não fez tanto sucesso quanto a
original. A série, com classificação etária indicativa para
maiores de dezesseis anos, gerou bastante polêmica em torno
da abordagem sexual na adolescência sendo reproduzida
apenas na 1° temporada. Skins tem como enredo o drama
adolescente e apresenta a vida de um grupo de Bristol,
sudoeste da Inglaterra, nos dois últimos anos do ensino
médio. Suas histórias são polêmicas e têm explorado questões
como famílias disfuncionais, transtorno mental (tais como
distúrbios alimentares), sexualidade na adolescência, abuso
de drogas e morte. O nome veio a partir da gíria em inglês
para os papéis de cigarro enroláveis conhecidos como
"skins". A série, que teve início em 2007, após uma pausa de
aproximadamente dois anos, voltará com sua última
temporada em julho deste ano.
A série é dividida em três gerações diferentes que
abordam a vida de um grupo de jovens. Por terem
objetivos e histórias diferentes, a primeira e a
segunda gerações fizeram um grande sucesso,
divididas em duas temporadas cada uma; já a
terceira geração não teve a mesma repercussão.
Devido aos pedidos dos telespectadores da série, a
temporada de sucesso voltará com mais seis episódios que
apresentarão a vida das três personagens mais populares,
James Cook, Elizabeth Stonem e Cassandra Ainsworth.
Cada personagem terá dois episódios que abordarão
como ficaram as vidas das personagens após o ensino médio.
O nome dos episódios demonstrará o amadurecimento e
personalidade de cada um.
A próxima temporada de Skins terá uma temática mais
adulta do que as outras, mas isso não resultará na perda da
essência da série, que mostra como as pessoas crescem e
amadurecem, entretanto continuam a errar e aprender com
seus erros.
Giulia Oliva – T. 91
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O Cinema
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Nacional
O Cinema Nacional existe desde a década de 1890. Embora nunca tenha
chegado a se estruturar como uma indústria, nosso cinema, em seus mais de
110 anos de história teve momentos de grande repercussão internacional,
como na época do Cinema Novo.
Entre os anos de 2001 e 2010, a atividade cinematográfica no Brasil reunia
pouco mais de duas mil salas, que vendem uma média de cem milhões de
ingressos anuais, dos quais entre quinze e vinte por cento são para
filmes brasileiros.
Desde a década de 1970, o dia dezenove de junho foi escolhido como o Dia
de Cinema Brasileiro, pois se acredita que "Vista da baía da Guanabara" teria
sido filmado pelo cinegrafista italiano Alfonso Segreto nesta data, em 1898, ao
chegar da Europa a bordo do navio Brèsil. Entretanto o filme, se realmente
existiu, nunca chegou a ser exibido.
As distribuidoras de filmes norte-americanos no Brasil investem muito
dinheiro em publicidade e na aparelhagem de som dos cinemas, e passam a
vender seus filmes no sistema de lote. Ao contrário do que se esperava, o
público brasileiro rapidamente se acostumou a ler legendas. A revista Cinearte
diz incentivar o cinema brasileiro, mas defende explicitamente a imitação dos
filmes norte-americanos, sua 'higiene', seu ritmo moderno e seu respeito
pelos que têm "o direito de mandar".
Dentro da ideia de imitar Hollywood, a Cinédia continua produzindo
musicais: românticos como Bonequinha de seda ou carnavalescos como “Alô,
alô, Brasil” e “Alô, alô, Carnaval”, nos quais surge Carmen Miranda, logo
contratada por Hollywood. Em 1940, a Cinédia produz "PUREZA", com
grande orçamento, cenários especiais, equipamentos novos importados dos
EUA e um absoluto fracasso.
O importante é valorizarmos nossa cultura e sabermos que na atualidade
nosso cinema recebe forte investimento do Ministério da Cultura e tem tudo
para divertir e crescer dentro da universo cinematográfico internacional.
Entre muitos sucessos de filmes brasileiros que fizeram sucesso neste ano
podemos recomendar “O concurso”, “Faroeste caboclo”, “Minha mãe é uma
peça”, “Serra pelada” e “Meu passado me condena”.
Lucas Dalvi – T.91
Folhetim
O
Olheiro
O único barulho ouvido era o som de um choro baixinho e
sentido. “Apenas mais um dia de trabalho”, pensava o homem
enquanto caminhava até a garota amarrada a uma cadeira.
– Bom dia, querida! – O sarcasmo era evidente em sua voz.
– Por favor, deixe-me ir embora, eu juro que não conto nada.
– A garota falou antes de recomeçar a chorar, dessa vez ainda
mais desesperada. O choro da garota era o maior incentivo para
o homem continuar.
Ao terminar, o homem foi se sentar em uma poltrona em
frente a sua “obra de arte”. Com uma bebida na mão, ele
observava a garota amarrada a uma pilastra, amordaçada.
Vê-la ferida, se esvaindo em sangue, o fazia poderoso. Ver o
medo nos olhos de sua vítima, o fazia invencível, o fazia se
lembrar de Aline, sua primeira vítima. Naquela época, ela era
muito diferente.
***
Ele estava passando na porta de uma escola quando a viu. Ela
era baixa, de cabelos negros e lisos, pela clara e os olhos, esses
eram a coisa mais linda que já tinha visto, eram verdes e ingênuos,
o que o fez se apaixonar.
Só que aquela paixão, se tornou uma obsessão. Ele a seguiu até
sua casa, descobriu seu nome, seus amigos, pesquisou sobre sua
família, mas sem nunca aparecer, sem coragem de se apresentar.
Até que um dia, ao segui-la até o restaurante como sempre
fazia, ele viu Aline beijando um rapazote. Ele sempre fora
possessivo com que o lhe pertencia. Mesmo sem saber, Aline era
dele, pertencia a ele.
Ele estava decidido a fazê-la saber a quem pertencia, e tinha
o plano perfeito. No dia seguinte ele a abordou na rua, se passou
por um olheiro, e disse que ela seria uma ótima modelo. Ela
respondeu que o pai jamais permitiria. Mas ele não desistiria,
precisava de Aline como precisava de ar.
Deu seu telefone para ela e disse que poderiam fazer um
ensaio fotográfico, e que isso talvez mudasse a opinião de seu
pai. Dito e feito, dois dias depois, ela ligava para ele perguntando
se poderiam fazer as fotografias na próxima sexta-feira, tudo
escondido de seus pais. Rindo internamente, ele concordou.
Sua vingança estava prestes a começar. Aline lamentaria o dia
que o traiu.
Encontraram-se em frente ao shopping e entraram em seu
carro. Seguiram até uma casa afastada. Aline pediu para que ele
parasse o carro, mas ele não poderia perder aquela chance.
Continuou a viagem ignorando seus gritos de socorro até que se
irritou e acertou-lhe um soco no rosto deixando-a inconsciente
durante o resto da viagem.
Depois de sete dias de variadas torturas, o carrasco decidiu
matá-la, pois seus olhos já não eram tão inocentes, ela já não o
atraía. Vê-la morrendo o fez ficar enlouquecido em meio a seus
próprios sentimentos.
Hoje, ele não consegue ficar sem esses conflitantes
sentimentos, buscando a todo o momento a sua próxima vítima.
Voltando à realidade, ele percebeu que a garota estava morta.
Ele não sabia seu nome, ele não queria saber. Ao tentar livrar-se
do corpo, pensava em seu próximo disfarce.
Enquanto dirigia até a próxima cidade, ele ouviu uma
conselheira na rádio dizer “As aparências enganam”, mas ele não
poderia concordar com ela, afinal, quem desconfiaria de um
homem bonito e de boa aparência como ele. Seguiu viagem.
Yasmin Bonaparte – Pré I
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Inovação
no Mundo dos Games
Após a Sony anunciar a chegada do tão esperado
Play Station 4, a Microsoft não perdeu tempo e anunciou logo
em seguida a chegada do também tão esperado Xbox One.
Em uma comparação rápida entre os dois consoles é visível
que a Microsoft aposta firmemente em jogos exclusivos e no
famoso Kinect, pois em questão de gráfico ou poder de um
console, a Sony vem “arrasando” a sua empresa concorrente.
Mas a pergunta que fica é “Qual será o melhor console?”.
Para os fãs convictos do Xbox 360, a Microsoft decepcionou,
tecnologia e
informação
restringiu jogos, ou seja, se você tem algum jogo não
poderá emprestá-lo a um amigo (ou se puder, pagará uma
taxa), ou ainda, não será possível comprar jogos usados – o que
temos de admitir que fazemos por causa dos preços elevados
dos jogos de Xbox 360 no Brasil.
Outro aspecto que traiu o gosto dos fãs foi o fato de os
antigos jogos de Xbox 360 não serem compatíveis com o seu
novo console. É importante lembrar que no caso do Play
Station esta compatibilidade também não existe, mas a Sony
já anunciou que planeja um serviço que permita jogar games
do seu console anterior “via nuvem”.
Então, o que a Microsoft apresenta de diferente para
concorrer com a Sony? A realidade é que a Microsoft não ligou
muito para questões de gráficos (é claro que melhorou, mas o
PS4 ainda fatura esta briga) e apenas tentou aprimorar o que já
era ótimo, O Kinect. O Novo Kinect vem como a grande aposta
da Microsoft. Aliás, ela é a única empresa que tem um console
com o qual se pode jogar sem um controle em mãos. E o novo
Kinect promete um reconhecimento de gestos mais sutis e
complexos, e até batimentos cardíacos. Outro ponto a favor da
Microsoft são os jogos exclusivos. Um ótimo exemplo disso é a
continuação da franquia Halo para Xbox One.
Mas e aí? De que lado você estará nesta guerra? Sony ou
Microsoft? PS4 ou Xbox One? Experimente e conclua.
A decisão é sua!
Matheus Marques – Pré I
Ele Merece Uma Segunda Chance?
O Internet Explorer e sua evolução
Sabe o Internet Explorer? Aquele que você sempre julgou por ser
lento e horrível, o mesmo que você trocou pelo Firefox ou pelo
Chrome? Agora ele apresenta sua nova versão, o IE10.
O navegador Internet Explorer tem um histórico ruim com os
internautas por sempre existirem falhas de segurança e por sua
instabilidade de conexão. A Microsoft além de reconhecer o passado
do navegador, diz para esquecermos tudo que pensamos dele.
O Internet Explorer vem com a proposta de ser rápido e fluido
suportando novos tipos de páginas que podem deixar a sua conexão
com ele ainda mais rápida, para mostrar que nada na internet é para
sempre. E aí, que tal dar a ele uma segunda chance?
O iOS 7 e Suas Novidades
Na recente WWDC, conferência da Apple, na qual ela apresenta
suas novidades, a empresa anunciou o novo sistema operacional de
seus aparelhos e algumas de suas novas funções listadas a seguir:
aDespertador e sua contagem regressiva agora são mostrados
na tela de bloqueio.
aLista de desejos na App Store. Sabe aquele aplicativo que você
quer, mas está sem dinheiro no momento? Deixe-o para mais tarde e
o marque na sua lista de aplicativos desejados na App Store.
aiCloud Keychain – Aplicativo do novo sistema que permite
armazenar suas senhas de cartões de maneira segura, além de
sincronizar todas suas outras senhas, fazendo com que você nunca
mais se esqueça de nenhuma.
aZoom em filmagens com apenas um gesto.
aPossibilidade de colocar fotos panorâmicas com Wallpaper.
A foto se modifica conforme o movimento do aparelho.
Estas são apenas algumas de muitas modificações do novo
sistema iOS 7 da Apple, que no momento encontra-se em fase de
Beta, ou seja, apenas os desenvolvedores da empresa o possuem, mas
é possível conseguir versões "alternativas" do sistema.
Juan Buriticá e Pablo Dominguez – Pré I
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Maxi
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vs
Mini
Os maxi acessórios estavam em alta e fazendo a cabeça –
as orelhas e pescoço – do público feminino. Mas essas peças já
não estão em alta como antes. Agora, a nova tendência são os
míni acessórios. Finas pulseiras, colares delicados e
principalmente os anéis de falange, que se apresentam em
vários modelos, com estilos diferentes atendem a todos os
públicos. Esses míni acessórios são um arraso e vão garantir
um look de sucesso para as fãs de um visual completo.
Marcella Paduano – Pré I
A cada dia notamos uma onda de violência maior em
todos os grandes centros urbanos do nosso país, por isso a
cada momento ficamos mais inseguros pensando o que pode
acontecer. Um exemplo é o Rio de Janeiro. Com a pacificação
de várias comunidades, elas se tornaram lugares melhores
para os moradores locais, a dignidade foi devolvida a milhares
de famílias, mas junto com essa grande vantagem para parte
da população veio um problema que vem assustando a
muitos: à medida que o poder paralelo não tem mais total
controle sobre seus antigos territórios, surgem novas
iniciativas para que continuem lucrando com o crime. Desta
forma os assaltos surgem com muito mais frequência nos
bairros próximos.
Um exemplo dessa realidade é o que ocorre no Grajaú.
Bairro tranquilo, de gente pacífica, mas que nos últimos três
anos vem sofrendo com uma série ataques violentos, cada vez
mais preocupantes. Os assaltos estão acontecendo
frequentemente, as ruas, que nunca foram tão movimentadas,
à noite viram verdadeiros desertos fazendo de qualquer pessoa
que transite por ali um alvo fácil.
Grajaú sempre foi um bairro seguro, um dos mais
tranquilos da nossa cidade, mas devido à falta de segurança
tornou-se sinônimo de perigo. Antes as pessoas podiam sair
sem se preocupar com a volta, com a necessidade de chegar
cedo às suas casas, porém não é mais isso que acontece no
nosso bairro. Ninguém sai de casa sem se preocupar em
guardar bem seu dinheiro ou celular. Assim, o Grajaú virou
notícia de jornal pelos roubos, furtos, sequestros e estupros.
A única solução para tantos problemas que rondam as
charmosas ruas do bairro é o aumento da segurança.
Aproveitando essa onda de manifestações que estão
acontecendo por todo país reivindicando melhorias em várias
áreas como saúde e educação, por exemplo, devemos pensar
na segurança que garantiria mais dignidade a toda população
do Grajaú e do Rio de Janeiro.
Karla, Manuella e Maria Clara – T. 91
Violência:
um problema cada vez
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Fisiculturismo ou culturismo é um esporte que busca,
por meio da musculação, o corpo perfeito, a melhor
musculatura. Sua disputa ocorre em apresentações coletivas
ou individuais, de comparação. Os quesitos são: volume,
simetria, proporção e definição muscular.
Para uma boa hipertrofia, os fisiculturistas objetivam
três principais aspectos: treinamento adequado e rigoroso;
uma boa dieta ingerindo muitas proteínas e outros
suplementos alimentares, com o intuito de liberar
hormônios para aumentar a síntese proteica; e muito
descanso para a recomposição muscular. A maioria dos
atletas fazem uso de esteróides anabolizantes, que são
hormônios sintetizados.
O fisiculturismo é um esporte, mas ainda não é
considerado um esporte olímpico. Porém está incluso no Pan
Americano e nos Jogos Asiáticos.
Um dos fisiculturistas mais famosos é o ex-ator Arnold
Schwarzenegger. Ele é considerado uma das figuras mais
importantes da história do fisiculturismo, e seu legado é
comemorado no concurso anual Arnold Classic, que
aconteceu esse ano aqui no Brasil.
O concurso mais importante de fisiculturismo é o
Mr. Olympia. Alguns dos fisiculturistas mais famosos, além
do Schwarzenegger, são Sergio Oliva, Dorian Yates, Ronnie
Coleman e Bill Pearl.
Isso é um apenas um pouco de um esporte que poucos
conseguem atingir o principal objetivo. E fiquem sabendo,
um bom fisiculturista precisa seguir à risca a todas as regras
do esporte e ser muito responsável.
Paula Amaral – Pré I
Eu
Tenho a
Força
O Tricking
O Tricking é um esporte relativamente novo,
caracterizado por incorporar elementos do Break Dance,
Ginástica e Artes Marciais como Taekwondo e Capoeira.
Surgido nos Estados Unidos, o Tricking não pode ser
considerado uma luta, pois não há combate, nem
envolvimento físico na aplicação dos movimentos. O indivíduo
praticante de Tricking é denominado "Trickster" ou "Tricker".
Diferente do parkour, o Tricking não requer obstáculos
para ser praticado, caracterizando-se mais pelas suas
sequências de giros acrobáticos combinados com chutes.
O Tricking também conhecido pelos nomes Tricks e
XMA (eXtreme Martial Arts) pode ser praticado a qualquer
momento tanto em um ginásio, na rua ou até mesmo na praia,
que é uma ótima pedida, pois além de exigir esforço físico o
esportista ainda conta com o visual da natureza.
O Tricking tornou-se mais conhecido por meio da
internet, entretanto o esporte ainda não é amplamente
divulgado. Lutemos para que o esporte cresça e conquiste
mais adeptos.
Roberta Moreira – Pré I
Colaboradores:
Amanda Vecchioni – T. 61
Giulia Oliva – T. 91
Juan Buriticá - Pré I
Karla Vieira – T. 91
Lucas Dalvi – T. 91
Manuella Oliveira – T. 91
Marcella Paduano – Pré I
Maria Clara Moreira – T. 91
Matheus Marques - Pré I
Paula Amaral - Pré I
Pablo Fernandes - Pré I
Rani Delecrodi - T.61
Roberta Pinheiro – Pré I
Yasmin Bonaparte – Pré I
Prof. Abelardo
Prof.ª Ana Carolina
Prof. Ludwig Araujo
Diagramação:
Fabio de Carvalho
Editor Responsável:
Prof.ª Ana Carolina
Coordenação:
Prof.ª Ana Carolina

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