Desigualdade Social e exploração do trabalhoInfantil

Transcrição

Desigualdade Social e exploração do trabalhoInfantil
Escola de Educação Comunitária
Av. Engenheiro Richard, 116
Grajaú - Rio de Janeiro, RJ
(21) 2577-4546
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
Primeira publicação: 29 de Maio de 1995
Dezembro 2014
Exemplar n° 77
Capitalismo
e os Prejuízos com o Mercado
Soltando o Verbo Página 8
Como a obsolescência programada e
o incentivo ao consumo exacerbado
está gerando prejuízos tanto financeiros, quanto ao meio ambiente.
Confira quais as novas alternativas ao
modelo de capitalismo na coluna
Soltando o Verbo.
Exposição Obrigatória Página 6
Não jogue este impresso em vias públicas
A internet trouxe vários benefícios para o campo da pesquisa e da
tecnologia. Porém tudo isso tem um preço caro a ser pago, que é a
privacidade do usuário. Até que ponto estamos seguros na rede ?
Confira no texto Exposição Obrigatória.
Falando Sério Página 8
Voto obrigatório fere o seu direito à liberdade ou podemos fazer dele
uma espécie de arma na luta pelos direitos de cada cidadão? Confira na
coluna Falando Sério.
2
Dezembro 2014
www.eco.g12.br
No editorial da última PAPELETA de 2013, disse não
à nostalgia, ao clichê. Falei da rapidez com que os fatos
acontecem e citei a naturalidade com a qual num abrir e
fechar de olhos tudo se reinicia. Fato, tudo se repete.
Estamos mais uma vez aqui, neste espaço, reunidos.
Entretanto minhas palavras não serão as mesmas, nem
sequer parecidas.
Neste editorial, citarei os três pilares que nos movem
todos os dias para realizarmos um incansável trabalho:
ânimo, educação e esperança.
Ânimo, no sentido primeiro da palavra, aquilo que
nos anima, alma, o que nos move, que impulsiona cada
passo e que, sem ele, seríamos reduzidos ao pó.
Educação, do Latim, educare, é o “processo de
desenvolvimento da capacidade física, intelectual e
moral”. Somos, sim, responsáveis por contribuir para o
desenvolvimento completo de nossos alunos. Algumas
vezes, terreno fértil; outros, terreno espinhoso. Cabe a nós
transformar esse terreno, trabalhar para isso. O caminho
não é o mais fácil, nem o mais curto, todavia, certamente,
nos fará, um dia, olhar para trás e entendermos o tamanho
da nossa profissão.
O Mundo Colorido
Louco
Esperança. Tantos são os sentidos, mas para um
educador, é uma questão de sobrevivência na vida e na
escolha (desculpem-me a redundância – inevitável). Sem
esperança, o que fazer diante da dificuldade? Desistir é
(seria) opção única. Enquanto houver esperança, haverá, em
algum lugar no mundo, um professor a realizar seu trabalho.
A PAPELETA consegue reunir esses três elementos tão
importantes para a concretização do ensino. Aqui vemos o
desenvolvimento intelectual de nossos alunos. Eles têm
ânimo maior do que imaginamos; são criadores, escritores,
possuem habilidades escondidas até deles próprios. Que tal
desvendá-las? E a esperança… Ah, a esperança atua numa via
de mão dupla. Seus textos nos enchem desse sentimento – o
espaço mostra-lhes que é possível ser aquilo que quiser.
Por isso, vamos brindar a cada página virada, a cada
texto lido. Cada um mostra a beleza e o esforço de nossos
alunos. Cada um é fruto do trabalho incansável feitos por
nós, educadores, que em cada aula, que em todos os gestos
frutifica o verdadeiro amor.
Cada palavra das páginas seguintes é um brinde ao novo
ano que chega. Cada brinde é a prova de que só o amor
constrói. Viva o verdadeiro amor, trabalhe com amor, e sinta
sua alma repleta, completa. Oxalá ânimo e esperança a
todos!
Bom fim de ano! Que venha 2015!
Boa leitura e até a próxima!
Professora Ana Carolina
de um
Grandes pensadores, como Nicolau Copérnico e Galileu
Galilei, à primeira vista foram taxados como loucos por
possuírem ideias contrárias à massa popular e,
contraditoriamente, anos depois se tornavam revolucionários
por suas formas de pensar. Diante disso, a ciência se manifesta
e afirma “maluquice” como termo pejorativo e precipitado ao
confundir distúrbios psíquicos e mentais. Todas essas
considerações nos fazem refletir “O que é ser louco então?”.
Loucura não é uma doença, mas uma forma de vida.
A poesia é um fluxo de pensamentos desprendidos de
qualquer repressão social, registrada assim, pela arte. Há
quem diga que os maiores poetas vividos foram os mais
insanos já conhecidos, que trouxeram à sociedade uma nova
visão sobre todos os dogmas que lhe foram impostos desde
pequenos e que, até hoje, os acorrentam a uma mente
fechada, totalmente padronizada pelo medo da mudança.
Estes, sim, contestaram o mundo, encontraram respostas
que muitos jamais conhecerão e serão julgados eternamente
por possuir uma reflexão diferenciada dos outros. Com isso,
nasce uma exclusão social, na qual, como de costume, aquele
que se destaca por sua individualidade passa a ser visto como
inferior.
Há aqueles mais politizados que acreditam nessa
exclusão social como forma de controle das classes mais
poderosas. O louco é visto como um constante perigo, tendo
em vista que este pensa por conta própria e pode chegar a
conclusões questionadoras a respeito do sistema a qualquer
momento. Este vive a verdadeira liberdade de pensar – o que
todos buscam – e não sobrevivem, como muitos se
submetem.
Louco é aquele indivíduo que renuncia sua loucura, sua
real essência, seu real jeito de ser. Se ser maluco é sinônimo de
ser livre para cometer suas “esquisitices”, por que então a
população possui o desejo de se enquadrar nos padrões de
uma pessoal “normal”? Quem vive no preto e branco, jamais
conhecerá a beleza de um arco-íris.
Monique Roque – Pré III
3
Dezembro 2014
www.eco.g12.br
Primavera Árabe é o nome dado à onda de manifestações
ocorridas em alguns países do Oriente Médio, que tem
como objetivo acabar com os regimes ditatoriais – que estão
no poder há décadas – e conseguiram melhores condições
de vida para população. Para alcançar tais conquistas é
necessária a implantação da democracia, modelo político
mais igualitário.
Os países participantes desses manifestos sofrem com a
pobreza e a falta da liberdade de expressão, desde épocas da
Pérsia e Babilônia, onde a riqueza das nações estava nas
mãos dos sultões e, por isso veem a necessidade de mudar o
regime político atual.
As altas taxas de violência contra as mulheres e por
motivos religiosos e sociais também serviram como estopim
para essa rebelião em massa porque existe a necessidade de
reformular os direitos políticos desses países.
A internet tem sido utilizada como meio de espalhar e
organizar as lutas democráticas, mostrando a importância e
poder que a população tem poder sobre o sistema político.
Mesmo com a boa intenção vinda dos protestos, há vários
pontos negativos como o número de mortos e desabrigados,
que juntos superam a casa dos milhares e a destruição geral.
A Primavera Árabe é válida, legítima, pois busca por
melhorias na vida da população, apesar de criar conflitos e
destruição. É preciso derrubar os regimes ditatoriais e trazer
um modelo político mais igualitário para as pessoas.
Em Busca
da Igualdade
Nathália Ramos – Pré III
Desigualdade Social
e exploração do trabalho
Infantil
As famílias – vivendo em condições precárias e de
extrema pobreza são obrigadas a mandarem suas crianças
para trabalhar – garantindo assim sua sobrevivência.
Essa é a principal realidade da família de crianças e
adolescentes vítimas da exploração do trabalho infantil.
Essa atividade, embora sendo proibida por lei na
maioria dos países é muito comum em países emergentes
ou subdesenvolvidos, nos quais a desigualdade social e a
má distribuição de renda são muito presentes em suas
respectivas sociedades.
Enquanto uma minoria privilegiada ganha cada vez
mais dinheiro, uma maioria deixada de lado por toda a
sociedade é obrigada a fazer com que suas crianças
trabalhem, mesmo em atividades perigosas, insalubres ou
ilícitas, como a exploração sexual, narcotráfico e atividade
nos lixões e na agricultura.
Essas atividades também interferem nos direitos de
lazer e educação dessas crianças. Muitas são obrigadas a
deixar as escolas, não tendo chance de, no futuro, viverem
em uma realidade diferente e melhor do que a atual.
É preciso que as leis que proíbem essas atividades
sejam cumpridas. Para isso é necessário que realmente
haja punição para aqueles que contratam menores de
idade de maneira irregular e, para que as gerações futuras
não tenham que passar pelas mesmas dificuldades,
também devem ser realizadas tentativas por meio das
autoridades competentes, a fim de amenizar as
desigualdades sociais, oferecendo melhores condições de
vida para essas famílias que de seus filhos pequenos
trabalhadores.
4
www.eco.g12.br
Dezembro 2014
Que eles nos deem
estilo nesta temporada
A chegada da Primavera, em setembro, espantou o friozinho
do Inverno. Mas ainda não sentimos o “calorão” do Verão. Por
isso, nesse período de temperatura ainda amenas, temos que
nos adaptar à natureza e, principalmente, combinar com ela,
não é mesmo, meninas?!
Nesta época, nosso visual pode variar bastante – desde as
roupas com estampas e cores tradicionais até as mais elegantes
ou ousadas.
Os recortes em “V” estão em alta, combinando muito bem
com vestidos e blusas e podem aparecer acompanhados de
estampas floridas ou de cores lisas, porém vibrantes.
Umas peças que podem fazer parte de nosso look são as
sandálias e shorts com desenhos e estampas frontais. E até em
dias mais frescos, podemos usar e abusar das estampas. Nos dias
mais quentes, podemos colocar os dedinhos de fora, usando
sapatos que deixam parte dos pés à mostra.
Ah, é sempre bom lembrar que com a temporada de calor e
sol se aproximando, ficam em alta as cores mais vivas possíveis!
Meninas, sintam-se livres nos dias que estão chegando e até
a próxima!
Larissa da Veiga – T. 71
O final do ano letivo na Escola ECO foi marcado por eventos que enriqueceram a rotina de pais, professores e alunos.
O “Momento Ciência e Arte” disse a todos: “Veja como é simples fazer Ciências”; “Você também pode ser artista!”.
5
Dezembro 2014
www.eco.g12.br
Memórias de Estudante
Enquanto estou prestes a dar os últimos passos
Olho pra trás e vem à mente tudo o que aqui passei
Quantos sorrisos, conceitos e amigos eu tive por aqui
Incalculável, apesar de todas as fórmulas que estudei.
Seria muito fácil dizer agora que tudo foi sempre felicidade
Mas no caminho, lágrimas de dificuldade foram derramadas
Mas não teria graça se fosse um caminho só de facilidades
Pois é na adversidade que se cria força para novas caminhadas
Recanto de futuros, que aqui são muito bem preparados
O que seria a escola, se não uma ponte entre dois mundos?
Entre aquele que você vive protegido, sem responsabilidade
E o outro, que é feroz como a selva e acontece de tudo.
Entrei menino e daqui sairei um homem, isso posso afirmar
Caráter, disciplina e amizades que eu sempre vou ter
A próxima etapa se aproxima toda vez que o ponteiro girar
Mas minhas memórias de estudante, tempo nenhum me faz esquecer.
Lucas Ribeiro – Pré III
Maioridade Penal
Quando a humanidade deixou o estado de natureza, como
dizia o pensador Rousseau, para se organizar em sociedade,
todo indivíduo passou a ter de respeitar regras. No entanto, só
ao atingir a maioridade penal que começa a responder pelo
descumprimento das leis. No Brasil, a idade para um indivíduo
tornar-se um cidadão adulto chega ao alcançar os dezoito anos,
sendo que um menor infrator só é punido com medidas
socioeducativas. Diante disso, é necessário analisar os possíveis
benefícios da redução da maioridade penal no país.
O argumento utilizado pela legislação para um menor não
ser penalizado como adulto é que qualquer menor de dezoito
anos não possui desenvolvimento mental completo. Assim, a
capacidade psíquica do jovem acaba por não ser analisada, o que
é um equívoco. Se o menor já tem consciência da infração que
comete, muitas vezes sendo crimes gravíssimos como
assassinatos, tem sanidade mental suficiente para ser julgado
como cidadão adulto.
Além disso, outro fator para a redução da maioridade penal é
ao se associar a questão da idade do direito ao voto. Como ao
completar dezesseis anos, a justiça eleitoral já que considera que
o menor tem desenvolvimento mental para votar. Por tanto,
sendo capaz de decidir o futuro do país, também é capaz de
realizar algo até menos importante: responder pelos seus atos
na justiça. Mantendo a coerência, diminuir a maioridade para
dezesseis anos de idade já amenizaria a sensação de
impunidade para esses atos que indivíduos com essa idade
cometem ilicitamente.
Não obstante, a principal questão é que a maioridade penal
abre uma brecha na lei para o crime. Como um menor infrator
não é autuado, apenas apreendido, facções criminosas aliciam
jovens para que cometam ações em que, caso tivessem dezoito
anos ou mais, seriam punidos. Esse fato de a legislação proteger
só leva, portanto, ao incentivo e à propagação da violência.
Luiz Henrique Rodrigues – Pré III
6
Dezembro 2014
www.eco.g12.br
Exposição
Obrigatória
Na sociedade em que vivemos atualmente,
mais do que nunca as pessoas estão
conectadas em rede. Por esse motivo, as
mídias sociais se expandem e, na mesma
proporção, a privacidade se restringe. Nesse
sentido, é necessário avaliar os aspectos que
fazem com que a vida em rede seja
indevidamente exposta e pública.
Com o fácil acesso aos computadores e à
internet, aqueles que hoje não possuem
contas em redes e perfis sociais são a exceção.
A principal questão é a exposição que esses
recursos trazem ao usuário, pois neles está contida todo o
tipo de informação que se pode obter sobre uma pessoa.
Além das mídias, a tecnologia também proporciona um
monitoramento excessivo através de serviços de localização e
câmeras. Com isso, a privacidade é violada até quando se está
caminhando pelas ruas.
Esses aspectos tornam a vida e o convívio social
vulneráveis, pois é possível usar as informações facilmente
encontradas na rede para possíveis atitudes mal
intencionadas. Além disso, fere-se um dos direitos básicos do
cidadão que é o da privacidade.
Diante disso, é necessário rever essa exposição pessoal na
rede pelos próprios usuários. Também é preciso políticas de
privacidade mais intensivas nas redes sociais. Essas medidas
devem ser tomadas a fim de que a vida privada seja menos
invadida e se torne menos pública.
Momentos por Simone Diegues
Hay momentos que lastimamos profundamente, algunos
que ni sabemos el porqué, otros que quedan claros los motivos
y estoy viviendo uno de ellos. Sí, voy a hacer 40 años, pero no,
no sufro por esto. Me parece que mi edad está relajando mis
cáscaras, lo que considero positivo.
Sufro por saber que no podré más esperar la semana pasar
para verles, intentar desarrollar ideas, buscar crecimiento y
construir los aprendizajes juntos. Ya he pasado por eso antes,
son 10 años de ECO despidiéndome de gente linda, confesado
a boca pequeña aquí y allí. Sin embargo este año estoy
lamentando por todo el grupo, afinidades no se explican…
Sé que otros grupos vendrán, ya se pronostican gigantes
potenciales, corazones especiales, mentes creativas… pero
quiero decirles, Pré III de 2014, que aquí queda una profesora
más rica por conocerles. Les doy gracias, vibro por ustedes y les
deseo todo el éxito del mundo, además ¡pueden contar
siempre conmigo!!! Besos
Professora Simone
Guilherme de Libero – Pré III
“Quando escrevemos um texto, nossa mente desperta e se
deixa ser invadida pela criatividade.
Seus textos encantam a todos, transmitem emoção, alegria,
suspense… Seus leitores ficam envolvidos e sentem aquele
“gostinho de quero mais”.
Nossos alunos brincaram com as palavras, deixaram que
elas mostrassem o que estava em sua mente!
O XXIX Concurso de Literatura Maria Helena Xavier
Fernandes foi a vez de, com as palavras, encantar a todos.
Professora Ana Carolina
Professora Ana Carolina
Quando se participa de um concurso, o pensamento inicial
é sempre o da vitória. Porém esta não é uma constatação
absoluta, como nada na vida o é. Por que associar vida e vitória
então? […] Só mesmo através da fantasia.
Esse paralelo entre o mundo real e o imaginário fica
evidente nos textos que compõem a coletânea do XXIX
Concurso Maria Helena Xavier Fernandes, em 2014.
Professor Ludwig
XXIX Concurso de Literatura Maria Helena Xavier Fernandes
Grupo 1:
1º lugar: Letícia Cardoso de Castro – t. 52
2º lugar: Luana Cardoso de Castro – t. 52
3º lugar: Luiza da Fonseca Pinheiro – t. 52
Grupo 2:
1º lugar: Bernardo Martins Corrêa D'Abreu e Costa – t. 71
2º lugar: Maria Clara Torres de Abreu Carvalho – t. 61
3º lugar: Gabriel Marques Ribas – t. 61
Grupo 3:
1º lugar: Luana Bonaparte Martins D'Elly – t. 81
2º lugar: Luísa Meziat Pina Vilela – t. 91
3º lugar: Manuela Monteiro da Silva Baptista – t. 81
Grupo 4:
1º lugar: Monique Castelo Branco Roque – Pré III
2º lugar: Yasmin Bonaparte Martins D'Elly – Pré II
3º lugar: João Pedro Castro Amora – Pré III
7
Dezembro 2014
Estar envolvido com os trâmites referentes a organização e
tomada de decisões de seu país é um dos aspectos mais
marcantes e reveladores do conceito de cidadania. Tal direito só
foi concebido igualitariamente entre a população brasileira com
a Constituição de 1988, por meio do movimento “Diretas Já!”
Apesar disso, há quem prefira se manter ausente do universo
político de seu país, motivados pelos episódios de corrupção e
pela incompetência da maior parte dos estadistas.
O olhar desconfiado e equivocado de alguns indivíduos
sobre a questão política traz como consequência a estagnação
de poderes e a falta de mudanças sociais. A omissão está ligada a
conivência com a atual situação – satisfatória ou não. No
período eleitoral, o número de pessoas que abstiveram de seu
poder de voto revela o desprezo de uma parcela da população
em relação a sua participação política que, em alguns casos, foi
duramente conquistada. No Brasil, apesar das crescentes
manifestações – junho de 2013 –, é necessário conscientizar a
massa de que o melhor tipo de protesto é a ida às urnas.
Fatos históricos recentes comprovam a importância do
ativismo político por parte dos cidadãos. A inesquecível
Primavera Árabe, uma onda revolucionária de manifestações
ocorridas no Oriente Médio e no norte da África, demonstrou
que a união entre as pessoas juntamente com o engajamento
político da nação consiste numa força inigualável, capaz de
derrubar regimes ditatoriais cruéis que se perpetuaram ao
longo dos anos, rumo à democracia a ao bem estar da sociedade.
Uma das principais mudanças constatadas com a liberdade
de expressão de cada indivíduo. No período subsequente ao
Golpe de 64, debates sobre ideologias políticas e análises sobre a
situação do país eram inviáveis nas casas entre as famílias, nas
ruas e nas escolas. Nos dias atuais observamos uma inversão
dessa situação.
As histórias do Brasil e de outras nações indicam o quão
essencial é a presença da ciência e debate político na sociedade
para o seu progresso e modernidade. Todo cidadão que preze o
verdadeiro sentido da cidadania deve estar ciente desse tipo de
discussão, sem receio de omitir opiniões, buscando o bem e o
avanço de todas as classes.
www.eco.g12.br
Lacuna
Democrática
João Eduardo Machado – Pré III
O Significado do Perdão
Tudo o que penso e…
será que consigo perdoar?
Dizem que é impossível
Outros dizem que sim!
O poder de uma palavra
pode mudar o mundo.
Se eu perdoasse alguém
Evitaria muitas coisas.
Essa palavra
consegue ser forte,
evita tragédias,
protege algo…
Mas não depende de um só,
depende de você e
depende que todos entendam:
errar é humano,
não temos escolha.
Só temos as palavras
SIM e NÃO para o perdão.
Pérola – T. 71
8
Dezembro 2014
www.eco.g12.br
O desenvolvimento econômico que constitui nossa sociedade
atual baseia-se na inovação dos produtos, alimentada pela
procura dos consumidores. Esse método acaba por tornar-se uma
armadilha criada pelo próprio consumidor, gerando prejuízos a
longo prazo e acúmulo de resíduos, afetando ainda o meio
ambiente.
Todos os dias trabalhadores gastam seus salários em enésimas
prestações pagando por produtos que possivelmente estarão
danificados ou defasados antes do último pagamento. É o que
acontece com computadores, tablets e, principalmente com os
novos aparelhos celulares, por exemplo. Isso é consequência de
uma tática de lucro que consiste na criação de uma validade
durante a fabricação do produto, forçando o cliente a comprar um
novo, logo após o primeiro.
Do ponto de vista ambiental, o prejuízo é ainda maior,
considerando que os produtos citados não são biodegradáveis e
quando despojados geram grande acúmulo de lixo eletrônico,
com substâncias tóxicas que agridem ainda mais os ecossistemas.
Em termos de evolução tecnológica, o lucro obtido por essas
empresas é investido na pesquisa para criação de produtos mais
complexos, gerando novas descobertas tecnológicas. Entretanto,
atrelado a esse crescimento está a insistente propaganda
influenciando pessoas a acreditarem na necessidade de ter o
produto mais atual, o que é de fato uma ilusão.
As alternativas no modelo capitalista atual seriam a
fiscalização dentro das indústrias fabricantes desses produtos
para que sejam produzidos bens de maior durabilidade e,
principalmente, se faz necessária a conscientização ambiental
por meio da disseminação de informações que poderiam ser
transmitidas pelas autoridades competentes e difundidas pelos
veículos de comunicação.
Catharina Lessa – Pré III
Microfone
Colaboradores:
Catharina Lessa – Pré III
Gabriela Morgado – Pré III
Monique Roque – Pré III
João Eduardo Machado – Pré III
Larissa da Veiga – T. 71
Lucas Ribeiro – Pré III
Prejuízos com o
Mercado Atual
Grande parte da população é, hoje, contra o voto obrigatório,
alegando que ele fere seus direitos de liberdade. No Brasil, por
exemplo, esse grupo representa quase metade da população. No
entanto, o voto é a base da democracia representativa e para que
essa ocorra plenamente, todos devem votar, o que só é possível
com a sua obrigatoriedade.
Embora boa parte da população que exerce seu direito e dever
de votar, uma parcela dessas pessoas o fazem sem saber as
propostas de seus candidatos. Ainda assim, essa parcela é
importante para a rejeição de alguns concorrentes. Esse
contingente, em geral, “tira” votos válidos de candidatos
extremistas e elitistas, que se beneficiariam de um colégio
eleitoral menor, que não abrange toda a população.
Além disso, sem a obrigatoriedade do voto, aqueles que votam
com consciência acabariam se acomodando e deixando de
exercer sua cidadania e, consequentemente, também seu papel
dentro da sociedade. Essa situação impediria a formação de um
governo com base na escolha da maioria – a democracia – visto
que a opinião de muitos deixaria de ser expressa.
Nota-se, portanto, que o voto obrigatório é necessário para o
exercício pleno da cidadania. O governo deve, então, além de
garantir a obrigatoriedade, informar a população por que ela
existe, e promover campanhas de conscientização sobre a
importância do voto de cada cidadão, para que esse seja pensado,
refletido e se torne o microfone para que a voz do povo seja
ouvida.
Gabriela Morgado – Pré III
Luiz Henrique Rodrigues – Pré III
Guilherme de Libero – Pré III
Nathália Ramos
Jade Selles – T. 91
Prof.ª Ana Carolina
Prof. Ludwig
Prof.ª Simone
Diagramação:
Fabio de Carvalho
Editor Responsável:
Prof.ª Ana Carolina
Coordenação:
Prof.ª Ana Carolina

Documentos relacionados

Um Novo Tempo

Um Novo Tempo descontraídos e enturmados. Além disso, por não ser proibida e não ter consequências imediatas, está no nosso cotidiano e se torna uma armadilha perfeita para adolescentes. Mas não podemos nos esqu...

Leia mais

Fiz um acordo de coexistência pacífica com o tempo

Fiz um acordo de coexistência pacífica com o tempo meter, todos se juntam para defender uns aos outros, enfim, nossos rotineiros hábitos que apenas nos unem cada vez mais. Amigos, nossa parcela do para sempre chega ao fim junto com ,o ano letivo. F...

Leia mais