RelatóRio de atividades 2010 - Centro Cultural Missionário

Transcrição

RelatóRio de atividades 2010 - Centro Cultural Missionário
Centro Cultural Missionário
Organismo da CNBB
Relatório
de atividades 2010
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
Centro Cultural Missionário
Organismo da CNBB
Relatório de atividades 2010
O Centro Cultural Missionário (CCM) é um organismo vinculado à
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e tem por finalidade:
* oferecer um percurso de iniciação à missão no Brasil para
missionárias e missionários que chegam do exterior;
* promover cursos de formação missionária para brasileiras e
brasileiros enviados a outra região ou além-fronteiras;
* fomentar o surgimento, a formação e a capacitação de animadores
missionários na Igreja no Brasil;
* realizar eventos de estudo e aprofundamento sobre teologia,
espiritualidade e prática de missão.
As atividades realizadas em 2010 envolveram os três departamentos que
constituem o CCM:
* CENFI (Centro de Formação Intercultural), que se dedica à
formação cultural e eclesial dos missionários estrangeiros.
* CAEM (Centro de Animação e Estudos Missionários), que
proporciona cursos de formação a missionários enviados a outros
países, ou que atuam em regiões e projetos missionários no Brasil.
*SCAI (Serviço de Colaboração Apostólica Internacional), que oferece
assistência jurídica e orientação aos missionários em relação ao visto
de entrada e à permanência legal no Brasil e em outros países.
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Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
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SUmário
I. ASSEMBLÉIA GERAL DO CCM, REUNIÕES DE DIRETORIA E DOS CONSELHOS
1. Assembléia Geral Ordinária do Centro Cultural Missionário
2. Conselho Fiscal do Centro Cultural Missionário
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II. CENFI – CENTRO DE FORMAÇÃO INTERCULTURAL
1. Curso do CENFI 103º
2. Curso do CENFI 104º
3. Programa do Curso do Cenfi
4. Sintese das avaliações (CENFI 103 e 104)
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III. CAEM – CENTRO DE ESTUDOS E ANIMAÇÃO MISSIONÁRIA
1. Curso de Formação Missionária – Enfoque para Amazônia
2. Curso de Formação Missionária para Coordenadores de COMIDIs
3. Congresso Missionário Nacional de Seminaristas
4. Curso de Formação Missionária para Presbíteros
5. Curso Ad Gentes
6. Semana Brasileira sobre a Missão Continental
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IV. SCAI – Serviço de Colaboração Apostólica Internacional
1. Considerações iniciais
2. Dados e resultados
3. Missionários brasileiros designados a missões no exterior
4. Atividades permanentes desenvolvidas pelo SCAI
5. Processos de vistos de entrada no Brasil de missionários nos últimos 10 anos
6. Considerações finais
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V. CCM – OUTRAS ATIVIDADES e iniciativas em 2010
1. Participação de eventos e atividade por parte da Direção
2. Atividades e iniciativas no campo econômico
3. Iniciativas para a estrutura do CCM
4. Serviços de acolhimento e hospedagem
5. Comemoração do 50 anos do CENFI
4. Curso e Iniciativas de Outras Entidades na Sede do CCM
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VI. PLANO DE ATIVIDADES PARA 2011
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VII. Agradecimentos
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Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
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I. ASSEMBLÉIA GERAL DO CCM
REUNIÕES DE DIRETORIA E DOS CONSELHOS
1. ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA DO CENTRO CULTURAL MISSIONÁRIO
Dom Sérgio Eduardo Castriani, CSSp
Diretor Presidente do CCM
Ir. Márian Ambrósio, IDP
Diretora Secretária do CCM
Pe. Daniel Lagni
Diretor Tesoureiro do CCM
Em 24 de fevereiro, às 19h45, reuniram-se os membros Diretores e executivos do CCM. Estavam presentes: Dom
Sérgio Eduardo Castriani, Bispo de Tefé, AM, e Diretor Presidente do CCM; Irmã Marian Ambrósio, Diretora Secretária
e Presidente da CRB Nacional; Pe. Daniel Lagni, Diretor Tesoureiro e Diretor da POMs; Pe. José Altevir da Silva, segundo suplente e Assessor da Comissão para a Ação Missionária da CNBB; Osmar Favretto, administrador do CCM;
Sra. Helena Paludo, representante do CNIS; Eden Magalhães, secretário nacional do CIMI; Irmã Rosita Milesi, primeira suplente e coordenadora do SCAI; Aparecida Severo da Silva, coordenadora dos Cursos do CCM; Pe. Estevão
Raschietti, secretário executivo do CCM. Pauta: 1) apreciar relatório de atividades realizadas em 2009; 2) deliberar
sobre o balanço do ano 2009 e sobre o orçamento para 2010; 3) outros assuntos.
Direção Executiva do CCM: Pe. Estêvão, Cida, Osmar, Ir. Rosita e Pe. Altevir
2. CONSELHO FISCAL DO CENTRO CULTURAL MISSIONÁRIO
Aos onze dias do mês de janeiro de dois mil e dez, na sede do Centro Cultural Missionário, reuniu-se o Conselho
Fiscal do Centro Cultural Missionário – CCM, tendo na pauta o seguinte assunto: apreciação do balanço do
exercício 2009 e da proposta orçamentária para 2010.
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
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II. CENFI – CENTRO DE FORMAÇÃO INTERCULTURAL
O Cenfi é uma iniciativa que a Igreja no Brasil promove há cinqüenta anos, tendo começado em 1960 em Anápolis, GO, por obra dos Franciscanos Menores e de Mons. Ivan Illich. Pelos cursos do Cenfi já passaram cerca de
4.000 missionárias e missionários estrangeiros que atuam no Brasil.
1. CURSO DO CENFI 103º
O Centro Cultural Missionário (CCM) realizou o 103º Cenfi, no período de 2 de fevereiro a 30 de abril. Participaram
25 missionários vindos de 17 países: México, República Democrática do Congo, Congo, Haiti, Costa Rica, Alemanha,
Sudão, Estados Unidos, Índia, Malawi, Coréia do Sul, Filipinas, Colômbia, Indonésia, Itália, Polônia e Camarões.
Nº
1
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25
Nome de Origem
Alijandro Álvarez Velázquez
Alma Elena Zamarrón Aguilera
Aurélio Judicaél Ngouambéké
Bienvenu Mbota Nzinga
Bismarck Dumarsais
Georg Pettinger
Héctor Elías Betancur Betancur
Jacques Ay Mve
Jervas Mawut Mayik Nyok
John Patrick Gallagher
Josep Thekkel Mathew
Justin Muchapa Tunguli
Kasitomu James Milward
Kyoung Ho Han
Marie Jeanne Kavugho Nziwa
Marnecio Coralde Cuarteros
Mateo Amaris Barrios
Michael Lee Tedrick
Minarma Roida Sinaga (Vitricia)
Patrizia Poloni
Pulickal Chacko Joseph
Roosevelt François
Tomasz Gwiada
Tomy Josep Cheruplavil
Zaira Lidieth Naranjo Naranjo
Congregação/Entidade
Missionários de Guadalupe A. R.
Missionárias de Maria Xaverianas
Congregação do Espirito Santo
Missionários do Verbo Divino
Imaculado Coração de Maria CICM
Diocesano
Instituto Missões Consolata
Missionários Espiritanos
Missionários Combonianos
Redentoristas
Diocese de Jataí
Missionários Xaverianos
Missionários Combonianos
Instituto Missões Consolata
Irmãs Oblatas da Assunção
Missionários Combonianos
Missionários do Verbo Divino
Igreja Episcopal Anglicana do Brasil
Irmãs Franciscanas de Reute-Coroatá
Missionarias de Maria Xaveriana
Diocese de Jataí
Imaculdado Coração de Maria CICM
Missionários do Verbo Divino
Missionários do Verbo Divino
Bom Pastor
Id. Religiosa
Diácono
Religiosa
Padre
Padre
Seminarista
Padre
Padre
Padre
Padre
Padre
Padre
Padre
Padre
Padre
Religiosa
Padre
Seminarista
Leigo
Religiosa
Religiosa
Padre
Seminarista
Padre
Padre
Religiosa
País Origem
México
México
Rep. do Congo
Rep. Dem. do Congo
Haiti
Alemanha
Colômbia
Camarões
Sudão
EUA
Índia
Rep. D. do Congo
Malawi
Coréia do Sul
Congo
Filipinas
Colômbia
USA
Indonésia
Itália
Índia
Haiti
Polônia
Índia
Costa Rica
Estado
AM
PR
AC
MG
RJ
BA
SP
AM
SP
SP
GO
SP
PB
SP
SP
SP
PA
PR
MA
PA
GO
RJ
PA
MG
SP
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2. CURSO DO CENFI 104º
O Curso do CENFI 104º, para iniciação das missionárias e missionários que vem do exterior à missão no Brasil,
foi realizado no período de 20 de setembro a 17 de dezembro de 2010. Participaram 20 missionários de 13
países: Indonésia, Timor Leste, Coréia, Quênia, Eritréia, Congo, Haiti, Argentina, México, Honduras, Colômbia,
França e Alemanha. Esse curso teve a duração de 90 dias e termina no dia 17 de dezembro.
Nº
Nome de Origem
Congregação/Entidade
Id. Religiosa
País Origem
Estado
1
Antoine Marie F. Roland de Brye
Irmãos Missionários do Campo
Religioso
França
Pará
2
Antony Muchoki Murigi
Missões Consolata
Religioso
Kenya
São Paulo
3
Dina Habtemichel Belewe
Leiga
Etiópia
Brasília
4
Geordany Pierre
Sociedade dos Sacerdotes de São Tiago
Seminarista
Haiti
Paraná
5
Hwang Hi Lee
Beneditinas
Religiosa
Coreia
Pará
6
Jacques Andre Tivoli
Irmãos Missionários do Campo
Padre
França
Maranhão
7
Joo Hee Kang
Beneditinas
Religiosa
Coreia
Pará
8
Lucía Cecilia Galichio
Missionárias Claretianas
Religiosa
Argentina
Paraná
9
Lucien Céralien
Sociedade dos Sacerdotes de São Tiago
Seminarista
Haiti
Paraná
10
Manuel Islas Rodrigues
Missionários de Guadalupe
Padre
México
Amazonas
11
Maria Ester Vallecillo
Sociedade das Missões Estrangeiras
Leiga
Honduras
Amazonas
12
Neyla Sofia Guiza Peneda
Dominicanas de Sta Catarina de Sena
Religiosa
Colombia
Bahia
13
Pascal Atumissi Bekububo
Xaverianos
Seminarista
Kongo
Pará
14
Petra Kappius
Franciscanas de Reute-Coroatá
Religiosa
Alemanha
Maranhão
15
Rosalia Mª Helena da Conceição
Missionárias Servas do Espirito Santo
Religiosa
Indonésia
São Paulo
16
Theresia Asia Lori Mbupu
Irmãs Ursulinas
Religiosa
Indonésia
Rio de J.
17
Tseghe Tclemicael Tessema
Irmãs Capuchinhas de Madre Rubatto
Religiosa
Eritreia
Maranhão
18
Veniel Julien
Sociedade dos Sacerdotes de São Tiago
Seminarista
Haiti
Paraná
19
Wilfridus Ribun
Missionários do Verbo Divino
Padre
Indonésia
São Paulo
20
Yongeun Moon
Beneditinas
Religiosa
Coreia
Pará
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3. PROGRAMA DO CURSO DO CENFI
O Curso do Cenfi (Centro de Formação Intercultural) é um momento privilegiado na preparação das missionárias
e dos missionários à missão no Brasil. Propomos neste período: 1) uma aprendizagem sistemática da língua
portuguesa; 2) um estágio em casas de famílias; 3) uma introdução sobre a sociedade e Igreja no Brasil. Esse
Curso torna-se também uma oportunidade de valoroso intercâmbio entre os próprios participantes, vindo de
diferentes países, culturas e igrejas.
Esta iniciação à missão no Brasil é um tempo especial. Como nos diz, com muita sabedoria, o Livro do Eclesiastes, para nos ajudar a discernir os momentos da vida na sua devida dimensão: “Debaixo do céu há momento
para tudo e tempo para cada coisa – tempo para nascer e tempo para morrer. Tempo para plantar e tempo para
arrancar a planta ... tempo para guardar e tempo para jogar fora. Tempo para rasgar e tempo para costurar.
Tempo para calar e tempo para falar...” (Ecl 3,1-8).
Podemos discernir neste tempo em que nos cabe viver no Centro Cultural Missionário: tempo para aprender a
língua portuguesa e para aprender costumes e aspirações do povo. Tempo para nos despojar de nossa cultura
sem arrancá-la. Tempo para revisar nossos critérios pastorais para melhor nos colocar diante dos novos apelos.
Tempo para uma verdadeira encarnação, embora carregando os valores da nossa própria cultura como bagagem
que nos acompanha sempre. Tempo para valorizar as diversas culturas das companheiras e dos companheiros
do curso. Tempo para aprendermos novamente o que Deus pede de nós como parte de um novo povo, sobretudo
diante dos pobres que os Padres da Igreja Primitiva os apresentam como nossos mestres.
A) ENSINO SISTEMÁTICO DA LÍNGUA PORTUGUESA
OBJETIVO GERAL
Fornecer ao aluno a possibilidade de estudar e aprender a língua portuguesa brasileira em todos os seus aspectos – gramatical, contextual, comunicativo – para que ele possa desenvolver a sua atividade no País.
METODOLOGIA
• O curso adota a metodologia comunicativa-estruturalista que consiste no ensino da língua por meio
de exercícios estruturais, textos, filmes, documentários, conversação em sala de aula, atividades extra
(exercícios complementares e aulas de campo), além de oferecer material específico para assimilação
dos sons da língua.
• O curso também oferece espaço físico adequado para a aprendizagem da língua, espaços agradáveis e
amplos: sala de conferências, salas de reuniões, salas de aulas, salas de estar com TV a cabo, biblioteca e uma área externa de 4000 m2. Todos os ambientes da casa têm conexão com internet sem fio.
Temos a disposição seis computadores comunitários.
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• Durante o estudo da língua, o aluno terá contato com a história, a geografia, a sociedade, os costumes,
a arte, as tradições culturais, a religiosidade popular, a caminhada a Igreja por meio de atividades,
confraternizações, passeios e eventos.
• As aulas de língua portuguesa serão ministradas todas as manhãs durante três meses de 8h00 a
12h00, de segunda a sexta. As tardes serão dedicadas ao estudo pessoal ou em grupo, e a atividades
propostas pela coordenação ou pelos professores de 14h00 a 17h00.
Professores
• Juliana Queiroz – Graduada desde 2005 pela Universidade de Brasília em Letras Português do Brasil
como Segunda Língua (licenciatura voltada para o ensino de Português para indígenas, surdos e demais
pessoas que não possuem a língua portuguesa como língua materna), leciona português no Cenfi desde
2006, já lecionou na Escola das Nações, em várias embaixadas de Brasília e no ILAL. Também atua como
professora de francês.
• Maria do Socorro Dias (Lia) – Formada em Magistério. Cursos regulares e seminário de aperfeiçoamento e atualização em Língua Portuguesa para estrangeiros. Curso de fonoaudiologia. Noções de idiomas:
espanhol, italiano, francês. Experiência profissional: 28 anos no ensino de português para estrangeiros
no CCM e Embaixadas. Revisora de textos.
• Raquel Cristina P. de Sousa – Formada em Letras (Português do Brasil como Segunda Língua) pela
Universidade de Brasília (UnB) com pós‐graduação em Língua Portuguesa e Linguística (Faculdades
Integradas da Terra de Brasília – FTB), com especialização em Sociolingüística voltada para o ensino de
português para estrangeiros. Noções de idioma: inglês e espanhol. Experiência profissional: sete anos
no ensino de línguas. Revisora de textos.
• Susana M.R. de Oliveira – Formada em Letras (Português do Brasil como segunda língua) e em Letras
(Inglês) pela Universidade de Brasília. Fluência em inglês e espanhol. Experiência profissional de novo
anos no ensino de línguas. Tradutora e revisora de textos.
Prof.ª Juliana
Prof.ª Lia
Prof.ª Raquel
Prof.ª Susana
AVALIAÇÃO
A avaliação é realizada durante todo o curso, isto é, o aluno estará sendo sempre avaliado por meio de atividades sugeridas pelo professor. Estas atividades consistem em dinâmicas em grupo, avaliações individuais
(exercícios) e projetos elaborados pelos alunos. Ao final, o aluno receberá um Atestado de Conclusão do Curso
correspondente a 540 horas/aula.
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MATERIAL DIDÁTICO
CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua portuguesa. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008.
HOLANDA F., Aurélio Buarque. O dicionário da Língua Portuguesa. Curitiba: Positivo, 2009.
HOUAISS, Antonio. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009
LIMA, Emma Eberlein O.F.; LUNES, Samira A. Falar... ler... escrever... Português. Um curso para estrangeiros. São Paulo: EPU, 2009.
LIMA, Emma Eberlein O.F.; LUNES, Samira A. Falar... ler... escrever... Português. Um curso para estrangeiros. Livro de exercícios. São Paulo: EPU, 2009.
RYAN, Maria Aparecida. Conjugação dos verbos em português. São Paulo: Ática, 1995.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
O conteúdo programático aqui corresponde a um cronograma gramatical do curso de português. Esse cronograma é flexível, sujeito a alterações em relação ao tempo de aprendizagem de cada turma.
I PARTE – Antes do estágio
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Presente simples (regulares e irregulares)
Artigos definidos e indefinidos
Pronomes demonstrativos
Pronomes possessivos
Presente progressivo
Preposições
Locuções Prepositivas
Singular e Plural
Pretérito Perfeito (regulares e irregulares)
Pretérito Imperfeito (regulares e irregulares)
Masculino e Feminino
Futuro Imediato
Futuro do Presente (regulares e irregulares)
II PARTE – Depois do estágio
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-
-
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-
-
Futuro do Pretérito (regulares e irregulares)
Mais-que-perfeito simples
Mais-que-perfeito composto
Comparativo e Superlativo
Presente do Subjuntivo
Diminutivo
Imperativo
Imperfeito do Subjuntivo
Futuro do Subjuntivo
Orações condicionais
Tempos Compostos do Indicativo
Tempos Compostos do Subjuntivo
Infinitivo pessoal
B) ESTÁGIO EM CASAS DE FAMÍLIA
OBJETIVOS
• Viver a experiência de vida familiar: a dimensão afetiva da vida em família é primordial para o amadurecimento humano, também para o amadurecimento do compromisso missionário. O acolhimento faz
parte integrante da vida do nosso povo. Ouvir o povo, nos relacionar com simplicidade, discernir o tipo
de relacionamento entre as pessoas, é uma experiência significativa na pedagogia da encarnação.
• Conhecer as expressões culturais do povo: a alimentação, a maneira de conversar, de se relacionar com
os vizinhos, as prioridades ou valores quotidianos, o papel da televisão ou de outros meios de comunicação, a visão do mundo para além da casa ou do bairro, o espírito associativo no bairro ou na paróquia,
o sentido do trabalho, a visão de Deus ou do religioso na vida ordinária.
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• Aperfeiçoar o domínio da língua portuguesa: no contato com o povo, sem auxílio de mediações pedagógicas e instrumentos didáticos, as missionárias e os missionários têm a possibilidade de uma comunicação direta, colocando em prática o aprendizado das aulas e do estudo, e conhecendo a maneira popular
de falar português, com seus sotaques, gírias (linguagem informal e metafórica), expressões regionais.
Depois do estágio, as aulas retomarão o ensino de português enriquecidas de questões e vivências.
METODOLOGIA
• Cada missionário será hóspede de uma família de classe popular durante uma semana. Ele participará
do cotidiano dessa família.
• As famílias serão escolhidas p elos coordenadores do Curso e, normalmente, fazem parte de paróquias
das cidades-satélite de Brasília, DF. As paróquias estarão engajadas neste estágio dos missionários e
se articularão com alguns eventos junto às famílias que os hospedam.
• Antes do estágio será realizada uma visita a cada família por parte dos coordenadores do Curso junto
com o pároco. As famílias receberão orientações de como acolher os missionários. Haverá também um
encontro preliminar entre as famílias e os missionários na paróquia do bairro.
• Depois do estágio haverá um momento de avaliação junto aos coordenadores e aos professores do curso.
Será realizada uma celebração de agradecimento no CCM junto a todas as famílias que hospedaram os
missionários.
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C) INTRODUÇÃO À SOCIEDADE E À IGREJA NO BRASIL
OBJETIVO
Iniciar as missionárias e os missionários estrangeiros à inserção na sociedade e na cultura brasileira por meio
de exposições e debates sobre de elementos históricos e antropológicos do Brasil, diversidade cultural e suas
expressões, questões sociais, tradições e fenômenos religiosos, caminhada da Igreja no Brasil e sua atuação
evangelizadora.
METODOLOGIA
• O conteúdo programático será ministrado em três blocos: 1) a formação da sociedade brasileira; 2) a
questão religiosa no Brasil; 3) a ação evangelizadora da Igreja Católica no Brasil hoje. Cada bloco se
estenderá por duas semanas a partir da segunda metade do curso, ocupando duas tardes em cada
semana.
• Cada tema será exposto e conduzido por um assessor especialista durante uma tarde em duas sessões:
de 14h00 as 15h30; de 16h00 as 17h00.
• A exposição se dará por conceitos gerais de caráter sintético, para facilitar a contextualização das missionárias e dos missionários estrangeiros na realidade brasileira.
• Faz-se oportuno a utilização de algum expediente didático para facilitar a compreensão e a assimilação
dos assuntos tratados.
• Cada assessor apresentará uma pequena apostila de 4 – 5 páginas, de própria autoria ou de autoria
de outros, sobre o tema que irá expor, para facilitar a compreensão das missionárias e dos missionários
que mais tem dificuldade com a língua portuguesa.
• Cada assessor apresentará uma bibliografia básica de autores, livros, artigos, meios audiovisuais e eletrônicos sobre o assunto apresentado, para facilitar o aprofundamento individual ou em grupo durante
o curso.
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1º BLOCO: A FORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA
• História do Brasil – I Parte: da primeira colonização até o Estado Novo. Colonização e ocupação do
espaço brasileiro; o Ciclo da Cana (sec. XVI-XVIII); o Sistema Colonial: escravidão, latifúndio e monocultura; o Ciclo do Ouro (1750-1790); o Ciclo do Café (1800-1930); razões da Independência Brasileira;
o Ciclo da Borracha (1866-1913); os coronéis e a política brasileira da República Velha (1889-1930);
economia e Sociedade: os anos Vargas (1930-1945).
• Enfoque sobre a questão cultural. A miscigenação e o mito das três raças o índio, o branco e o negro.
• História do Brasil – II Parte: o Brasil contemporâneo. Industrialização, desenvolvimentismo e populismo (1945-1964); O ciclo dos governos militares (1964-1985); Anistia, abertura e Nova República
(1985-1992).
• Enfoque sobre a questão sócio-ambiental: desigualdade socioeconômica, exclusão social, devastação da natureza e ação da cidadania no Brasil hoje. A concentração fundiária, o agronegócio e as
lutas populares; a concentração urbana e o impacto na vida das pessoas; a concentração financeira e
o mercado global, formal, informal, ilegal.
2º BLOCO: A QUESTÃO RELIGIOSA NO BRASIL
• História da Igreja no Brasil – I Parte. Da primeira evangelização até as vésperas do Vaticano II.
Evangelização dos indígenas, dos negros e formação do catolicismo popular. Evangelização no regime
de Padroado; as missões jesuíticas e de outras ordens religiosas; as relações Igreja Estado (colônia,
império, república); formação do catolicismo popular; romanização e Estruturação da Igreja.
• Enfoque sobre o catolicismo popular. Espaços sagrados e tempos sagrados, festas, devoções, romarias.
• As religiões dos povos afro e indígenas no Brasil e a questão do diálogo interreligioso. Candomblé;
Umbanda; Espiritismo; Pajelança indígena.
• Protestantismo, pentecostalismo e questão ecumênica no Brasil.
3º BLOCO: A AÇÃO EVANGELIZADORA DA IGREJA CATÓLICA NO BRASIL HOJE
• História da Igreja no Brasil – II Parte. A caminhada da Igreja no Brasil do Vaticano II até Aparecida.
Sementes de renovação: o papel da Ação Católica; Medellín e a opção pelos pobres; a Teologia da Libertação; Puebla e as Comunidades Eclesiais de Base; a crise dos anos noventa; Santo Domingo e a opção
pelos outros (o Evangelho nas culturas); as perspectivas inovadoras da Conferência de Aparecida.
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• Enfoque sobre as opções fundamentais pelos pobres e pelos outros. Visita à Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) e ao Conselho Indigenista Missionário (Cimi).
• Configuração da Igreja no Brasil hoje: articulações e mediações, desafios e diretrizes. Instituições
e articulações; Pastorais; Movimentos; Organismos; Diretrizes da Ação Evangelizadora. Visita à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
• Enfoque sobre a questão missionária ad gentes: a dimensão universal da missão e o desafio da animação missionária.Visita às Pontifícias Obras Missionárias.
BIBLIOGRAFIA DE APOIO
BEOZZO, José Oscar. A Igreja do Brasil. De João XXIII a João Paulo II de Medellín a Santo Domingo. Petrópolis: Vozes, 1996.
BINA, Gabriel Gonzaga. O atabaque na Igreja. A caminho da inculturação litúrgica em meios afro-brasileiros. Mogi das Cruzes: Editora e Gráfica Brasil, 2002.
BUENO, Eduardo. Brasil: uma história. Cinco séculos de um país em construção. São Paulo: Leya, 2010.
BOSI, Alfredo. Dialética da colonização. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
CALLIGARIS, Contardo. Hello Brasil. Notas de um psicanalista europeu viajando ao Brasil. São Paulo:
Escuta, 2000.
CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL. Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no
Brasil 2008 – 2010. Brasília: CNBB, 2008.
CONSELHO EPISCOPAL LATINO AMERICANO. Documento de Aparecida. Texto conclusivo da V Conferência
Geral do Episcopado Latino‐Americano e do Caribe. Brasília: CNBB, 2007.
DAMATTA, Roberto. O que faz o Brasil, Brasil? Rio de Janeiro: Rocco, 1986.
FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2009.
FAUSTO, Boris. História concisa do Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2010.
FERNANDES, Sílvia Regina Alves. Novas formas de crer. Católicos, evangélicos e semireligião nas cidades. São Paulo: CERIS, 2008.
GASPAR, Eneida Duarte. Guia de religiões populares do Brasil. Rio de Janeiro: Pallas, 2002.
HOLANDA, Sérgio Buarque. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
HOORNAERT, Eduardo. O Cristianismo Moreno do Brasil. Petrópolis, Vozes, 1991
INSTITUTO NACIONAL DE PASTORAL (org.). Presença pública da Igreja no Brasil (1952 – 2002). Jubileu
de ouro da CNBB. São Paulo: Paulinas, 2003.
JACOB, Cesar Romero [et al.]. Atlas da filiação religiosa e indicadores sociais no Brasil. São Paulo: Loyola, 2003.
MARIAE, Servus. Para entender a Igreja no Brasil: a caminhada que culminou no Vaticano II. Petrópolis:
Vozes, 1994.
MATOS, Henrique Cristiano José. Nossa história: 500 anos da presença da Igreja Católica no Brasil. São
Paulo: Paulinas, 2003.
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PALEARI, Giorgio. Religiões do povo. Um estudo sobre a inculturação. São Paulo: Ave Maria, 1990.
PREZIA, Benedito (org). Caminhando na Luta e na Esperança. Retrospectiva dos últimos 60 anos da
Pastoral Indigenista e dos 30 anos do CIMI. São Paulo: Loyola, 2003.
RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro. A formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
TEIXEIRA, Faustino. Os encontros intereclesiais de CEBs no Brasil. São Paulo: Paulinas, 1996.
TURRA, Cleusa; VENTURI, Gustavo (orgs). Racismo cordial. A mais completa análisesobre o preconceito
de cor no Brasil. São Paulo: Ática, 1995.
D) PARTICIPAÇÃO E VIDA EM COMUM
O Curso do Cenfi conta com a participação de diversas pessoas de diferentes países que partilham a vida durante
90 dias. Os tempos para uma primeira inserção, o choque cultural, o desprendimento do mundo de origem, a aculturação e a adaptação num novo ambiente variam muito de pessoa a pessoa. Por isso, é preciso respeitar os ritmos
de cada um e de cada uma, dar tempo e espaço para que as pessoas vivam essa passagem de maneira serena, sem
excessivas cobranças, sendo acompanhadas pelos coordenadores do curso no que for possível e oportuno.
Ao mesmo tempo, essas pessoas estão aqui juntas na mesma caminhada de iniciação à missão no Brasil. As relações que vão tecer ajudam e fortalecem o percurso de cada um e de cada uma. Diríamos até que essas relações são
indispensáveis. Se forem simpáticas e construtivas, tornam‐se um recurso extraordinário na superação de algumas
dificuldades de adaptação. Se forem conflitantes ou apáticas, tudo se torna mais complicado para todos.
Assim sendo, cada participante é responsável da caminhada do outro, como um verdadeiro irmão. No curso do
Cenfi tocamos com a mão, numa experiência inédita, que a vida e a missão cristã é essencialmente uma vida
e uma missão em comum. Contudo, vistas as circunstâncias, trata‐se de uma vida em comum sui generis.
Precisamos deixar as diversas pessoas se sentirem à vontade, mas elas também precisam perceber que estão
vivendo juntas. É oportuno, portanto, evitar os excessos do individualismo e do comunitarismo. O clima da casa
há de ser de liberdade e, ao mesmo tempo, de responsabilidade.
Por esses motivos, recomendamos vivamente pontualidade, presença e participação às aulas, respeito às regras
da casa e às pessoas responsáveis pelo curso, envolvimento nas atividades comunitárias como avaliações,
celebrações, serviços, passeios e confraternizações. Os cursistas disporão de muitos momentos pessoais para
estudo, oração, repouso e lazer, etc., normalmente à tarde, à noite e nos finais de semana.
De acordo com as situações e as sugestões dos próprios participantes, poderão ser propostos retiros, celebrações
da penitência, reza do Terço, vigílias, momentos de oração e avaliação.
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
19
4. SÍNTESE Das avaliações (CENFI 103 e 104)
Seus objetivos, quanto ao estudo da língua, foram alcançados? Em que aspectos?
• Sim. Eu sabia das dificuldades para aprender a língua em três meses, mas posso dizer que estou satisfeita, o CENFI me ajudou muito e sei que o restante vou aprender com a convivência ouvindo e falando.
• Em geral sim. Foi muito bom o material, a dedicação, mas foi difícil encontrar os computadores livres
para trabalhar, são poucos, para muitas pessoas.
• Posso dizer que alcancei pouco, mas já tenho o básico da língua. Muito obrigada às professoras e aos
coordenadores.
• Quando eu cheguei aqui no CCM para aprender a língua brasileira, e a cultura, eu já tinha certeza que
isso iria se cumprir, portanto estou satisfeita.
• Sim, conseguir aprender o básico da língua para me comunicar com os outros, e ganhei confiança também.
• Eu estou contente porque eu posso falar, escutar, escrever e compartilhar com outra pessoa sem me
sentir tímido. Sinto que aprendi a gramática correta, por isso estou muito confiante.
• Eu senti muita dificuldade em aprender a língua, mas mesmo assim estou feliz, e sei que vou aprender
mais futuramente.
• Eu gostei muito, as aulas foram muito boas, e as professoras também.
• A maioria dos meus objetivos foram alcançados, e eu ganhei mais confiança para falar e entender a
gramática. Para mim, as aulas com a professora Raquel, foi muito benéfica, gostei do estilo de ensinamento dela. Quero ressaltar que o ambiente da sala de aula dela, é muito agradável.
• Sim, meus objetivos foram alcançados em: aprendizagem da gramática, na pronúncia das palavras, no
entendimento da leitura. Nas famílias aprendi muitas coisas sobre a língua e a cultura.
• Parcialmente foram alcançados. Eu alcancei um nível de comunicação regular.
• Para mim, foi satisfatório, embora não tenha aprendido tudo, mas o básico da língua.
• Eu estou muito satisfeito, para mim, foi de muita utilidade, aprendi os verbos, a leitura, a escrita, a
pronúncia, a conjugação etc.
• Sim, os meus objetivos foram alcançados, pois aprendi o básico para me defender no trabalho, na rua e
com o povo. Posso dizer que 90% de tudo que aprendi, posso usar
Quais foram os pontos de maior enriquecimento para o meu conhecimento. Por que?
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A questão sobre a Formação do Brasil foi muito importante.
As últimas palestras sobre a igreja no Brasil foram ótimas, parabéns.
As diferentes raízes do povo brasileiro, africano, indígena e europeu.
A pluralidade de culturas que existem no interior do povo brasileiro
Eu acho o conhecimento da diversidade cultural e religiosa um dos maiores desafios do Brasil.
Eu gostei de todas as palestras, mas acho que deveria falar mais, sobre a política, os problemas sócias,
os documentos da igreja católica, e sobre o testemunho de missionários.
As palestras me enriqueceram muito, porque agora eu tenho uma idéia sobre a vida do povo brasileiro,e
sobre a prática da religião.
Para mim, foram muito úteis as palestras, porque me ajudaram conhecer sobre o povo, a igreja e a missão.
Porque conheci vários aspectos da cultura, e da igreja brasileira.
Para mim, as palestras foram importante porque me deu forças para seguir adiante com minha missão.
Eu gostei muito, porque os palestrantes foram claro em suas explicações sobre seus temas, isso é necessário, para que possamos entender.
Eu acho que as informações recebidas foram boas. Senti muito a ausência das mulheres.
Gostei de todas as palestras, mas especialmente sobre os indígenas.
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
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Quais foram os acontecimento mais significativos para você pessoalmente?
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Pessoalmente, eu me senti acolhido pelos os responsáveis da casa.
Os passeios organizados me enriqueceram muito, as festas culturais, o estágio na família, e a celebração.
As famílias acolhedoras.
Para mim, foram: o estágio, as religiões populares, as festas e a semana em Goiás.
Eu apreciei mais, os momentos comunitários como oração e eucaristia, isso nos fez caminhar juntos.
O que me marcou sobretudo, foi entender a língua, depois a cultura, a igreja, e como trabalha no Brasil.
Para mim, foi estudar junto com pessoas de outras nacionalidades, conhecer as diferentes culturas, as
noites culturais, e os jogos de vôlei.
O mais importante para mim, foi a convivência em geral, o passeio na CNBB, CRB e a festas dos continentes.
Para mim, foram as celebrações litúrgicas, e os momentos recreativos com algumas pessoas.
O mais significativo para mim, foi a experiência com a família na Ceilândia.
Pessoalmente, eu gostei de aprender muitas coisas: a relação com outras pessoas de culturas diferentes.
O conhecimento dos costumes, da língua, a carinho, o respeito, a atenção etc.
Como avalia sua participação nas atividades comunitárias e seu relacionamento com o grupo?
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Acho que não tive problemas nas atividades do CENFI, fui muito participativo, e gostei muito.
Eu participei em todas as atividades com alegria e entusiasmo especialmente nas festas, esporte e liturgia.
Penso que foi uma boa participação, mesmo tendo muitas cosias juntas para fazermos, mas valeu a pena.
Minha participação foi muita boa em todas as atividades.
Eu tentei participar em todas as atividades, só que as vezes o ritmo era muito acelerado.
Eu gostei de todas as atividades, e fui presente em todas, portanto, acho que foi boa.
Participei nas preparações das festas comunitárias, africanas, das famílias, preparei muitas vezes as
orações e missas. Ajudei ainda nos cantos da capela.
Algumas vezes não participei por razões de saúde e problemas pessoais.
Eu acredito que minha participação no desenvolvimento das atividades comunitárias foram muito bem,
principalmente na liturgia, festa, saída e viagem.
Eu comparo meu relacionamento com o grupo, como um caminho para as quatro estações: Primavera,
Verão, Outono e Inverno, ou seja bem variável.
Meu relacionamento com grupo foi bom, mas as pessoas precisam saber que a gente tem amigos, companheiros e conhecidos.
Meu relacionamento com o grupo foi bom, embora não tenha convivido com o grupo todo, acho que a
vida foi tranqüila, ainda que as vezes difícil.
Para mim, foi muito bom, porque fiz novas amizades.
SUGESTÔES para melhorar os próximos CENFIs:
• Eu pediria que deixassem um pouco mais livre os grupos de liturgia, para eles ficarem mais a vontade.
• Eu só peço que continue sempre assim, porque está muito bom.
• Eu sugiro que troque todas as coisas dos quartos, porque estão tudo velho. Peço também que mude um
pouco o cardápio, porque está muito repetitivo, variar.
• Acho que seria bom, contratar professores homem, não só mulheres.
• Acho que deveria ter mais computadores, internet mais rápida, porque é muito lenta. Ter mais objetos
para o esporte e para ginástica.
• Tentar comunicar, ou colocar no quadro de aviso as mudanças de horários para evitar confusões.
• Acho que precisamos de mais oportunidade para partilhar nas reflexões integrando nossa experiência
aqui no Brasil com nossa fé e espiritualidade, e talvez com um facilitador profissional.
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
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III. CAEM – CENTRO DE ANIMAÇÃO E estudos MISSIONÁRIOS
1. CURSO DE FORMAÇÃO MISSIONÁRIA – ENFOQUE PARA AMAZÔNIA
O Curso de Formação Missionária com enfoque para a Amazônia, que teve como tema “Pescadores de gente para
a vida (Lc 5, 10)”, reuniu 29 pessoas, sendo dois leigos; um diácono permanente; oito padres e 18 religiosas,
vindos das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Leste, Oeste e Sul do Brasil.
A) PARTICIPANTES
Nº
Nome
Congregação / entidade
Id. Religiosa
UF
1
Ana Luiza Castro
Nossa Senhora do Calvário
Religiosa
RO
2
Antônio Carvalho de Moura
Arquid. do Belém Pará
Diácono
PA
3
Carmelina Vitoria Chiapinotto
Irmãs Palotinas
Religiosa
RS
4
Célia Ângela de Carvalho
Domincanas da Anunciata
Religiosa
MG
5
Diane Tuombe M. Babasima
Irmãs Dorotéia de Cemmo
Religiosa
SP
6
Eliezér Lima da Fonseca
Diocese de S.Grabriel da Cachoeira
Padre
MG
7
Euza Dantas
Nossa Senhora do Calvário
Religiosa
RO
8
Fabiana Manica
Imaculado Coração de Maria
Religiosa
RS
9
Fátima Aparecida Bertoli
Santas Missões Populares
Leiga
PI
10
Frederico Augusto de Oliveira
Redentoristas
Padre
DF
18
Grasiela Mariano Xavier
Filhas NS. Monte Calvário
Religiosa
DF
11
Irene Bergamini
Ursulinas de São Carlos
Religiosa
AM
12
Ivaldete Rodrigues
Franciscanas da Ação Pastoral
Religiosa
MT
13
João Paulo da Silva
Diocese Sumaré SP
Padre
SP
14
Jorge Luis Osório Vigliola
Diocese Saõ Gabriel da Cachoeira
Padre
AM
15
Jorge Pereira de Melo
Diocese de Londrina
Padre
PR
16
Leonardo Hellmann
Sagrado Coração de Jesus Dehonianos
Padre
SC
17
Maria Aparecida dos Santos
Filhas NS. Monte Calvário
Religiosa
DF
19
Maria Soares de Camargo
Diocese de Campinas
Leiga
SP
20
Mauro Batista Pedrineli
Diocese de Londrina
Padre
PR
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
22
Nº
Nome
Congregação / entidade
Id. Religiosa
UF
21
Ana Luiza Castro
Nossa Senhora do Calvário
Religiosa
RO
22
Antônio Carvalho de Moura
Arquid. do Belém Pará
Diácono
PA
23
Carmelina Vitoria Chiapinotto
Palotinas
Religiosa
RS
24
Célia Ângela de Carvalho
Domincanas da Anunciata
Religiosa
MG
25
Diane Tuombe M. Babasima
Imrãs Dorotéia de Cemmo
Religiosa
SP
26
Eliezér Lima da Fonseca
Diocese de S. Gabriel da Cachoeira
Padre
AM
27
Euza Dantas
Nossa Senhora do Calvário
Religiosa
RO
28
Fabiana Manica
Imaculado Coração de Maria
Religiosa
RS
B) O TEMA
A escolha do tema se refere à passagem da pesca milagrosa de Lc 5,1-11. A metáfora da pesca e das redes tem
tudo a ver com a missão e com os povos da Amazônia. As águas para a Bíblia são símbolo da escuridão e das
trevas. Apanhar peixes significa salvar vidas da perdição.
Nesta narração do Evangelho de Lucas, Jesus sobe no barco de Simão e pede para se afastar um pouco da
margem para falar às multidões. Logo depois diz a Simão de “avançar para águas mais profundas” (Lc 5,4) e
de lançar as redes. A pesca realizada na pura fé na Palavra de Jesus é muito bem sucedida. A partir daí, Jesus
convida Pedro e companheiros a participar de sua missão; “de hoje em diante você será pescador de homens”
(Lc 5,10). Só que Lucas modifica a expressão de Marcos (cf. Mc 1,17b), “pescadores de homens”, substituindo-a
com um vocábulo grego que ele retomou da tradução grega do AT, que significa “pegar vivos ou para a vida”
(zogrein, zôos+agrein). Quer dar a entender que Pedro terá a tarefa de “capturar” gente para a vida.
Missão e Vida são os dois eixos fundamentais do Documento de Aparecida. A missão é sempre para comunicar
vida (7.1.4) e a vida plena, por sua vez, gera sempre uma missão de entrega e de dom. A vida nunca é retida para
si, mas é sempre algo que se transforma num dom. “Pescadores de gente para a vida” significa então fazer com
que todos participem da vida plena, a vida divina, a vida verdadeira: a vida que se torna dom.
C) FINALIDADE E MOTIVAÇÃO
O curso teve como finalidade oferecer uma preparação humana, espiritual, intelectual e prática para presbíteros,
religiosos, religiosas, leigos e leigas, que são enviados a regiões tipicamente missionárias como a Amazônia.
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
23
Nesse período procuramos ajudar a aprofundar as motivações pessoais, a própria compreensão da missão, a visão mundial dos desafios missionários, o processo de encontro com as outras culturas, os fundamentos bíblicos
e teológicos da missão e a espiritualidade missionária. Foi um importante momento de reflexão e de estudo antes
de partir para essa experiência tremenda e fascinante de tornar-se hóspedes na casa dos outros. Também para
missionários e missionárias que desejam se aprimorar nas temáticas relacionadas à missão, para amadurecer
uma eventual decisão de elaborar caminhos e projetos junto à própria congregação. Também aconselhamos
essa formação como momento de revigoramento espiritual para religiosos e religiosas, leigos e leigas, que estão
na labuta há anos, e que procuram um momento significativo de atualização e avaliação pessoal sobre alguns
conteúdos e sobre sua própria experiência missionária.
Para umas das coordenadora do curso, irmã Maria Irene, o curso foi importante para nortear os missionários
antes mesmo de eles começarem a missão em terras alheias. “Antes de se hospedar em terras alheias, o missionário deve conhecer a realidade do lugar e seu contexto. É assim que o curso contribuiu para a formação de
missionários para a Amazônia”, destacou.
A irmã Fabiana Mânica, da cidade gaúcha de Frederico Westphalen, se disse mais motivada na missão que participará, em Manaus (AM), do que antes do curso. “O curso em si foi um despertar do ser missionário que há dentro de
mim. Isso me motivou mais ainda a querer estar junto das pessoas que encontrarei no Norte do Brasil”.
Já a irmã Irene Bergamini, missionária italiana que atua em Tabatinga (AM) há cinco meses, destacou a importância desse curso para todo o missionário engajado. “Após a conclusão do curso descobri que vinha trabalhando de maneira errada com os ribeirinhos da região onde atuo. O que é importante, pois como estou pouco tempo
na região e no Brasil, ainda da tempo de mudar o que vinha fazendo, e trabalhar à luz de uma nova perspectiva”,
afirmou a irmã.
Segundo o assessor da Dimensão Missionária da CNBB e Secretário Executivo do Conselho Missionário Nacional
(COMINA), padre José Altevir da Silva, a formação dos missionários para a Amazônia passa pela possibilidade
da formação da sensibilização daquele povo. “Não é apenas chegar lá e achar que vai conseguir mudar tudo. Se
alguém for com esse pensamento, não acontecerá nada. O que deve acontecer é juntar-se ao povo, ser um deles,
assim você conquistará o sentimento amazônico, se tornará um deles de verdade”, destacou.
Durante todo o curso, os participantes estudaram três grandes temas: “A missão hoje: dimensão humana, histórica e teológica”; “Desafios para a missão hoje: o mundo e a Amazônia”; e, “O sujeito da missão hoje: memória,
projeto e seguimento”. O próximo Curso de Formação Missionária com enfoque na Amazônia será de 31 de julho
a 24 de agosto de 2011.
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
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D) CONTEÚDO DO CURSO
Quarta, 9 de junho: abertura e apresentação do programa: o mar, os peixes, as barcas, as redes, a pesca e os
pescadores (Lc 5,10).
A MISSÃO HOJE: DIMENSÃO HUMANA, HISTÓRICA E TEOLÓGICA
“JESUS ESTAVA NA MARGEM DO LAGO”
Quinta, 10 de junho: “A ALEGRIA DE ESTARMOS A SERVIÇO DA VIDA PLENA PARA TODOS” (cf. DA 353). Motivações
interiores para a missão – Ir. Patrizia Licandro, USC, psicóloga, assessora da CRB e missionária na Amazônia.
Sexta, 11 de junho: “A VIDA SÓ SE DESENVOLVE PLENAMENTE NA COMUNHÃO FRATERNA” (DA 359). Perspectivas
de conversão pessoal a partir da aproximação ao outro numa relação construtiva – Ir. Patrizia Licandro, USC,
psicóloga, assessora da CRB e missionária na Amazônia.
Sábado, 12 de junho: “A VIDA SE ALCANÇA À MEDIDA QUE É ENTREGUE” (DA 360). O anúncio da Vida para todos
segundo o Evangelho – Pe. José Altevir da Silva, CSSp, assessor da Comissão para a Ação missionária e a Cooperação Intereclesial.
Domingo, 13 de junho: à tarde, passeio turístico por Brasília (roteiro cívico).
“A MULTIDÃO SE APERTAVA PARA OUVIR A PALAVRA”
Segunda, 14 de junho: A MISSÃO DE JESUS DOS EVANGELHOS PARA COMUNICAR A VIDA. Traços significativos
da pessoa e do ministério do “Filho do Homem” – Prof. Sérgio Coutinho, assessor da Comissão Episcopal para o
Laicato da CNBB, setor CEBs.
Terça, 15 de junho: A MISSÃO DA IGREJA AO LONGO DOS SÉCULOS E A VIDA DOS POVOS. Visões, modelos e paradigmas históricos entre encontros, confrontos e desencontros – Prof. Sérgio Coutinho, assessor da Comissão
Episcopal para o Laicato da CNBB, setor CEBs.
Quarta, 16 de junho: A MISSÃO HOJE PARA QUE NELE TODOS TENHAM VIDA. Mudança de paradigma e “deslocamentos” fundamentais para uma nova compreensão da missão – Pe. Estêvão Raschietti, SX, mestre em
missiologia e Secretário Executivo do CCM.
DESAFIOS PARA A MISSÃO HOJE: A REALIDADE MUNDIAL E A AMAZÔNIA
“PEDIU QUE SE AFASTASSE UM POUCO DA MARGEM”
Quinta, 17 de junho: A FAMÍLIA HUMANA E A PERSPECTIVA DE UM OUTRO MUNDO POSSÍVEL. A sociedade mundial
nas encruzilhadas do mercado global – Prof. Ivo Poletto, filósofo, teólogo, cientista social e educador popular.
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
25
Sexta, 18 de junho: A FAMÍLIA HUMANA E A VIDA NO PLANETA. A sociedade mundial nas encruzilhadas das
mudanças climáticas e da depredação do meio ambiente – Prof. Ivo Poletto, filósofo, teólogo, cientista social e
educador popular.
Sábado, 19 de junho: A FAMÍLIA HUMANA E O MUNDO PLURAL. A sociedade mundial nas encruzilhadas da
pós-modernidade – Prof. Roberto Marinucci, mestre em missiologia e pesquisador do Centro Scalabriniano de
Estudos Migratórios (CSEM).
Domingo, 20 de junho: à tarde, encontro com algumas expressões religiosas de Brasília (roteiro religioso).
“AVANCE PARA ÁGUAS MAIS PROFUNDAS”
Segunda, 21 de junho: O EVANGELHO DA VIDA NA AMAZÔNIA EM SEUS POVOS E SEUS VALORES. A sociedade
amazônica pluriétnica, pluricultural e plurirreligiosa – Pe. Ricardo Castro, IMC, doutor em Teologia Dogmática e
professor do Itepes de Manaus, AM.
Terça, 22 de junho: O EVANGELHO DA VIDA AMEAÇADA NA AMAZÔNIA: TERRA, ÁGUA, MATA E GENTE. Os desafios
socio-ambientais da realidade amazônica – Pe. Ricardo Castro, IMC, doutor em Teologia Dogmática e professor
do Itepes de Manaus, AM.
Quarta, 23 de junho: O EVANGELHO DA VIDA DA IGREJA NA AMAZÔNIA. A presença profética da Igreja na Amazônia: identidade e desafios – Dom Antônio Possamai, Bispo Emérito de Ji-Paraná, RO, e membro da Comissão
Episcopal para Amazônia da CNBB.
O SUJEITO DA MISSÃO HOJE: MEMÓRIA, PROJETO, SEGUIMENTO
“EM ATENÇÃO À TUA PALAVRA, VOU LANÇAR AS REDES”
Quinta, 24 de junho: A CAMINHADA MISSIONÁRIA DA IGREJA LATINO-AMERICANA E CARIBENHA. Opção pelos pobres, libertação, participação, inculturação nos documentos das conferências episcopais continentais – Ir. Inês
Costalunga, Mdl, doutora e secretária da Pós-graduação em Missiologia do Itesp de São Paulo, SP.
Sexta, 25 de junho: UMA IGREJA EM PERMANENTE PROCESSO DE CONVERSÃO MISSIONÁRIA. As provocações
inovadoras da V Conferência de Aparecida – Ir. Inês Costalunga, Mdl, doutora e secretária da Pós-graduação em
Missiologia do Itesp de São Paulo, SP.
Sábado, 26 de junho: UMA IGREJA QUE SE PROJETA ALÉM-FRONTEIRAS. Os horizontes da ação evangelizadora
para a Igreja no continente hoje: tarefa e compromissos – Pe. Estêvão Raschietti, SX, mestre em missiologia e
Secretário Executivo do CCM.
Domingo, 27 de junho: à tarde, passeio no Parque Nacional de Brasília (roteiro ecológico).
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
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“DE HOJE EM DIANTE VOCÊ SERÁ PESCADOR DE GENTE PARA A VIDA”
Segunda, 28 de junho: “EU VIM PARA QUE TODOS TENHAM VIDA E A TENHAM EM ABUNDÂNCIA” (Jo 10, 10). A vida
plena como perspectiva do anúncio do Evangelho – Pe. Sávio Corinaldesi, SX, Secretário Nacional da Pontifícia
União Missionária.
Terça, 29 de junho: “ESCOLHA, PORTANTO, A VIDA” (Dt 30,19). Uma missão para comunicar vida (DAp 7.1.4) –
Pe. Sávio Corinaldesi, SX, Secretário Nacional da Pontifícia União Missionária.
Quarta, 30 de junho: avaliação e celebração de envio: “então levaram as barcas para a margem, deixaram tudo
e seguiram Jesus” (Lc 5,11).
E) Síntese das avaliações
ruim
Curso como um todo
Convivência
Equipes de serviços
Partilha de experiências
Conteúdo das palestras
Assessores
Hospedagem
Refeição
Serviços da casa
regular
1
bom
8
11
15
12
9
11
2
2
4
ótimo
19
15
11
12
17
15
24
25
23
O curso correspondeu as suas expectativas?
Superou, e muito. O conteúdo programático foi bem elaborado tendo em vista a missão na Amazônia. Os temas
realçaram aspectos teológicos, históricos, geográficos, bíblicos. Ótimo! – Sim, foi muito bom, me ajudou a firmar
mais a minha disponibilidade da missão. – Sim, pois eu necessitava de um tempo para refletir, escutar, tomar
decisões e avaliar-me como cristã e como consagrada. – Sim, o curso correspondeu as minhas expectativas missionárias, porque aprendi a olhar e viver a missão com o olhar do coração. – Foi além das minhas expectativas,
porque eu achava que os participantes era só para quem ia para à Amazônia. As experiências dos que moram lá
ajudaram bastante na compreensão do curso. – Sim, pois quando me escrevi, foi com o a intenção de me atualizar
e potencializar mais na minha vocação missionária. – Sim, me animou, e me deu mais coragem para a minha
caminhada. Os temos foram ótimos nos ajudou a conhecer as realidades do missionário e da missão.
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
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2. CURSO DE FORMAÇÃO MISSIONÁRIA PARA COORDENADORES DE COMIDIS
Aconteceu no Centro Cultural Missionário (CCM), entre os dias 28 de maio e 6 de junho, o Curso de Animação
Missionária para Coordenadores de COMIDIs. O evento reuniu 33 pessoas entre leigos e leigas, religiosos e religiosas, diáconos e presbíteros de todas as regiões do Brasil.
a) PArticipantes
Número
Nome
Id Religiosa
COMIDI
UF
1
Ana Cristina Batista da Motta
Leiga
Diocese de Niterói
RJ
2
Ana Maria Ferreira de Barros
Leiga
Diocese de São Miguel Paulista
SP
3
Antonia Ferreira
Leiga
Arquidiocese de São Luis
MA
4
Antonio Ribeiro Silva
Padre
Diocese de Bacabal
MA
5
Arlete Chaves Rodrigues
Religiosa
COMIRE Nordeste 5
MA
6
Cristina Pereira da Silva
Leiga
Diocese de Viana
MA
7
Déa Cláudia Duarte Queiroz
Leiga
Arquidiocese de Brasília
DF
8
Dionisia Pereira Duarte
Religiosa
Provincia de Maringá
PR
9
Dulcinea Alves de Sousa
Leiga
Arquidiocese de Manaus
AM
10
Francisco de Assis Fortes Barros
Leigo
Arquidiocese de Belém
PA
11
Fran. Josimar de Andrade Pires
Padre
Arquidiocese de Fortaleza
CE
12
Haroldo Lima da Costa
Diácono
Arquidiocese de Natal
RN
13
Inês Caixeta e Silva
Religiosa
Diocese de Oeiras
PI
14
Francilena da Silva Rodrigues
Religiosa
Grajaú
MA
15
Irene Santana da Silva
Leiga
Diocese de Macapá
PA
16
Janaína Felix Ribeiro
Leiga
Arquidiocese de Belo Horizonte
MG
17
João de Lima Fonseca
Leigo
Arquidiocese de Curitiba
PR
18
Jomelito Ferreira de Melo
Padre
Arquidiocese de Brasília
DF
19
José Milton dos Reis
Padre
Diocese de Guaxupé
MG
20
Kátia F. Da Costa S. da silva
Leiga
Arquidiocese de Manaus
AM
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
28
21
Leonir Orssato
Leigo
Diocese de Toledo
PR
22
Malvino Xavier da Silva
Padre
Diocese Colatina
ES
23
Marina Pereira Cardoso
Leiga
Arquidiocese de Teresina
PI
24
Nadia Maria da Silva Fusinato
Leiga
Arquidiocese de São Paulo
SP
25
Neide Pacheco Alves
Leiga
Arquidiocese de BH
MG
26
Pedro Avelino Lang
Leigo
Diocese de Ponta Grossa
PR
27
Reginaldo Amaro Barreto
Leigo
Arquidiocese de Olinda/Recife
PE
28
Renato Trevisan
Padre
Diocese de Conceição do Araguaia
PA
29
Rodrigo Schuler de Souza
Padre
Diocese de Osório
RS
30
Rosangela de Souza Figueiredo
Leiga
Diocese de Corumbá
MS
31
Sérgio Pereira da Silva
Padre
Arquidiocese de Olinda e Recife
PE
32
Sirlene Maria da Silva Xavier
Leiga
Diocese Uruaçu
GO
33
Vagner Faustino
Leigo
Diocese Jacarezinho
PR
Segundo o assessor da dimensão missionária da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e secretário executivo do Conselho Missionário Nacional (Comina), padre José Altevir da Silva, o curso foi indispensável
para a articulação da missão no país. “Precisamos falar e viver mais a missão. Nesse encontro nós aprofundamos elementos da identidade da Igreja e os colocamos nas mãos dos coordenadores de maneira prática e
objetiva”, afirmou.
O contato dos coordenadores, vindos de várias partes do país foi, para o assessor, um dos modos de visualização
do perfil missionário da Igreja no Brasil, que proporcionou o conhecimento desse aspecto de evangelização da
Igreja. “O contato direto nos proporcionou a rica troca de experiências entre os participantes, que têm culturas
diferentes e experiências diversas. Esse olhar amplo faz com que tenhamos uma visão do que é a dimensão
missionária da Igreja no Brasil”.
Para o diretor do Centro Cultural Missionário (CCM), padre Estêvão Raschietti, o curso teve um toque especial
porque tratou de modo exclusivo a dimensão universal da missão. “Durante o evento tratamos dos horizontes
da missão e da sua universalidade. Os participantes tiveram a oportunidade de estudar de modo aprofundado a
prática da missão começando pela sua história e passando pelo seu aspecto teológico”, comentou.
Padre Altevir também destacou que o evento “alarga os horizontes dos participantes” no que diz respeito à
universalidade da ação missionária. “Os participantes são todos membros de dioceses. No encontro tivemos a
preocupação de mostrar-lhes que a missão não se restringe aos limites da paróquia e da diocese, mas que é algo
maior, universal e sem fronteiras. Os coordenadores, nas bases, devem passar essa mensagem de que a missão
nos coloca em caminho e encontro do outro”, sublinhou o assessor.
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
29
B) TEMÁTICAS DE ESTUDO
Seguindo as etapas do caminho de Emaús (cf. Lc 24,13-35), o curso propôs aos participantes um aprofundamento sobre temas fundamentais para a missão hoje: o caminho da Missão ao longo da história, desde
o ministério de Jesus até os nossos dias; o encontro com a Missão a partir do Documento de Aparecida; a
partilha sobre a tarefa da animação missionária e a caminhada dos Conselhos Missionários na Igreja no
Brasil; o envio missionário hoje e as principais perspectivas de ação (a paróquia missionária, a missão
continental, a missão ad gentes e a missão universal). As temáticas foram assessoradas pelo padre José Altevir; pelo professor Sérgio Coutinho, assessor do Setor Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) da CNBB; pelo
padre Sávio Corinaldesi, Secretário Nacional da Pontifícia União Missionária; e pelo diretor do Centro Cultural
Missionário (CCM), padre Estevão Raschietti.
C) Sintese das avaliações
ruim
Curso como um todo
Convivência
Equipes de serviços
Partilha das experiências missionárias
Conteúdo das palestras
Assessores
Hospedagem
Refeição
Serviços da casa
regular
4
bom
7
9
19
11
8
8
9
13
8
ótimo
21
21
11
15
22
21
19
18
22
O curso correspondeu as suas expectativas?
Sim. Tendo em vista o olhar missionário que tínhamos, ficou mais claro agora. Estas informações são necessárias para que haja unidade no direcionamento da caminhada da nossa igreja. – Sim, desde o conteúdo que nos
foi apresentado, a começar pelo tema. Foi um curso muito bom, que os próximos sejam desta mesma linha. –
Muito, embora não sabendo como iria acontecer, fico agradecida por partilhar desta formação. Saio daqui com
a certeza de que ele é necessário para outros também, mesmo sabendo de que agora em diante saio daqui com
a imagem daquele poema que diz: semeia sempre com a foto de um oriental com seu “embornal” e lançando
as sementes ao longe ... sempre! – Sim, pois tinha muitas dúvidas com relação ao próprio conselho missionário
diocesano. – Muito. Venho de uma diocese onde ainda não tem o COMIDI, com isso poderei formar o mesmo,
30
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
de maneira a corresponder a expectativa da diocese. – Sim, pois o considero como uma oficina, onde trabalhamos conteúdos profundos, mas também práticos, no sentido de que está sendo disponibilizado para nós,
instrumentos para nossa prática de animação missionária. – Sim, agora saio com idéias claras sobre o conselho
missionário diocesano, assim como a proposta da missão continental eficaz para ser partilhada nas paróquias
missionárias com a abertura de novos horizontes para a missão universal. – Foi além das expectativas. Quero
enfatizar o aspecto da acolhida, à atenção a cada um, e em particular, as portas abertas da casa, e a liberdade
de todos. – Sim, além do esperado, e com certeza levarei todo o conteúdo para minha diocese, algo sólido e
fundamentado. Obrigada, a todos.
Pontos significativos a estacar
O entendimento do que é missão continental. – A paróquia missionária como espaço de realização da missão
universal. – A importância da Infância Missionária para o mundo. – A missão ad gentes além fronteiras. – O
resultado do todo o estudo realizado no curso que clareou e muito as nossas idéias de realizar a missão. – A boa
convivência dos participantes. – A simpatia da equipe que coordenou. – A liberdade dada aos participantes.
Assessores capacitados para as palestras. – O material disponibilizados em livros, apostilas, panfletos e mídias – Celebração e oração diárias. A dinâmica (10 dias) – A explanação do Prof. Sérgio Coutinho e Pe. Estevão
Raschietti. – As experiências partilhadas dos missionários. A pontualidade. A alimentação diversificada. – A
integração com os participantes dos outros cursos que a casa oferecia. – Experiência do Pe. Sávio, sua visão
crítica e sua consciência missionária.
Sugestões para melhorar
Informar para quem vem participar, que tragam todo o material importante que sua Diocese está vivendo. – Que
o CCM pudesse ir às regionais; chamar a imprensa local e a imprensa da CNBB. – Partilhar as experiências
regionais de forma dinâmica. – Que tivesse um espaço à nível de regional ou grande região para trabalhar:
como concretizar essas orientações nas nossas realidades. – Acredito que com toda a organização apresentada
neste curso, não vejo onde melhorar. – O que seria importante é que se possível, no período de novos cursos,
tivesse uma livraria no espaço do CCM para favorecer as compras. – Definir nas apresentações as experiências
do COMIDI e do COMIRE, pois somos representantes do COMIDI, e temos que apresentar de fato as atividades
dos mesmos. – Eu sugiro ficar totalmente livre para a convivência, no período da noite, e que a parte da manhã
terminasse pelo menos 30 minutos antes do almoço.
Considerações pessoais e sugestões
Gostei de tudo, os assessores, coordenadores, acolhida, e o relacionamento com os cursistas. – Que tenha mais
curso sobre a dimensão missionária e que mais missionários possam participar de curso tão rico como este. – Acho
que gastei bem o dinheiro e que valeu a viagem! Vou relatar o quanto vivi e aprendi com este curso. – O meu muitíssimo obrigado, por ser tão bem tratada e por nos oferecer momentos de formação e crescimento humano e especial.
– Que o CCM cobre mais dos regionais o compromisso de divulgadores, as vezes eles ficam distantes e telefonam,
não encontram os responsáveis, passam e-mail e não obtem respostas. – Considero este curso um presente de
Deus para mim. Como sugestão, que todos os coordenadores dos COMIDIs passassem por este curso, para que se
realize um novo ardor missionário em todas as Igrejas do Brasil. – Esse encontro para mim foi um presente na hora
certa, no lugar certo, e para a pessoa certa. Vou deixar meu coração cada vez mais aberto para que as luzes do
Espirito Santo poça me conduzir e iluminar meus passos para a missão. Que Deus com sua infinita misericórdia se
compadeça de nós. – Trazer o Bispo responsável pela dimensão missionária. – Ter se possível cobertores e Edredons
anti-alérgicos. – Parabéns ao CCM por esta iniciativa, o projeto missionário é “missão” de todos nós batizados, o
conteúdo foi excelente nos questionando no nosso agir missionário. Espero que nossos bispos e padres abracem
com carinho a dinâmica da missão continental, e que a formação não pare!
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
31
3. CONGRESSO Missionário NACIONAL de SEMINARISTAS
Realizado no período de 04 a 10 de julho de 2010, em Brasília, o 1º Congresso Missionário Nacional de Seminaristas discutiu a formação missionária dos futuros padres. Os participantes aprovaram uma mensagem final
em que pedem que o tema missão seja mais estudado nos seminários. Foi organizado pelas Pontifícias Obras
Missinárias (POM), Centro Cultural Missionário (CCM), Comissão Episcopal para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial e Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados
e a Vida Consagrada, da CNBB.
a) Participantes
Nº
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
NOME
ACÁCIO CARVALHO PAES DE ANDRADE
ADELSON L. SAMPAIO CLEMENTE
ALEX DOS SANTOS PINTO
ALEX MARTINS DE FREITAS
ALEXANDRE DA SILVA BENTO
ALEXANDRE MAGNO V. BRANDÃO
ALISSON JORY
ALYSSON FERNDANDO DA CRUZ
ANDERSON A. LOPES DE OLIVEIRA
ANDRÉ LUIS DE SENA DOS SNTOS
AURELIO GOMES MARTINS
AYLTON MARCOS DE JESUS SANTOS
BARTOLOMEU P. DA SILVA FILHO
BRUNO LUIZ FERREIRA DA SILVA
BRUNO RODOLFO DOS SANTOS
CARLOS EDUARDO SANTOS
CARLOS JOSÉ INÁCIO
CARLOS RONALDO E. DA SILVA
CICERO FABIANO MEDEIROS COSTA
CLAYTON CARVALHO
DANI ANTONIO ROMERO GONZALEZ
DANILO LEAL DE SOUZA
DANILO MONTEIRO DE OLIVEIRA
DIEGO LUIZ CARVAOLHO DE SOUZA
DIEUDONNÉ KABAKA HOMPA
Diogo Shishito dos Santos
SEMINARIO
NOSSA SENHORA DA GRAÇA
SÃO JOSÉ
INSTITUTO T. RAINHA DOS APOSTOLOS
SÃO JOSÉ
RESIDENCIA TEOLOGICA CURA D’ARS
SÃO JOSÉ
BOM PASTOR
NOSSA SENHORA DA GLORIA
NOSSA SENHORA DO BOM CONSELHO
ARQUIDIOCESANO
DOM PASCÁSIO
COMUNIDADE TEOl. S. CARMO-COTESC
SÃO JOSÉ
SÃO JOSÉ
DIOCESANO
SÃO JOSÉ
ARQUIDIOCESE DE B. N. S. DE FATIMA
SEMINÁRIO TEOL. DA MÃE DE JESUS
SÃO JOÃO MARIA VIANNEY
SÃO JOSÉ
TEOLOGIA INTERNACIONAL PE. J. BISIO
DOM JOSÉ CORNELLIS
SÃO JOSÉ
RAINHA DOS APÓSTOLOS
TEOLOGIA INTERNACIONAL PE. J. BISIO
SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
DIOCESE
OLINDA E RECIFE
MARIANA
PRESIDENTE PRUDENTE
MARIANA
TAUBATÉ
FORTALEZA
CURITIBA
LONDRINA
AMARGOSA
MARINGÁ
BACABAL
CAMPANHA
CAXIAS
JABOTICABAL
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
MANAUS
URUAÇU
BLUMENAU
CAMPINA GRANDE
CORNÉLIO PROCÓPIO
ALAGOINHAS
PRELAZIA DE ITACOATIARA
MARILIA
MOGI DAS CRUZES
CIDADE
OLINDA
MARIANA
MARILIA
MARIANA
TAUBATÉ
FORTALEZA
CURITIBA
MARINGÁ
AMARGOSA
MARINGA
SÃO LUIS
POUSO ALEGRE
SÃO LUIS
JABOTICABAL
TAUBATÉ
MANAUS
BRASILIA
FLORINÓPOLIS
CAMPINA GRANDE
JATAIZINHO
SÃO PAULO
SALVADOR
MANAUS
MARILIA
SÃO PAULO
MOGI DAS CRUZES
32
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
61
62
63
64
65
66
67
68
69
70
71
72
73
74
75
76
77
78
79
80
81
82
83
84
85
86
87
88
89
90
91
92
93
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
DIRCEU PACIFICO DA SILVA
DOM VITÓRIO PAVANELLO
DONIZETI APARECIDO PUGIN SOUZA
EDNEY ALMEIDA COSTA
EDPO FRANCISCO CAMPOS
Edson Carlos Braz
EFFERSON DIONÍZIO RAMOS ANDRADE
ELCIONE LEITE DE PAULA
ELOI CONTE RECH
EMERSON APARECIDO DA SILVA
EURIPEDES F. DA COSTA JUNIOR
EVERTONMARQUI DOMINGUES
FABIANO SANTOS GONZAGA
FÁBIO FERNANDES
Fabio Santos De Mello
FERDINANDO JOSÉ S. MAGALHÃES
FRANCISCO DOS SANTOS MONTEIRO
FRANCISCO GILSON DE SOUZA LIMA
FRANCIVALDO FEREIRA GOMES
FREI ALAN JULIO D. DOS SANTOS
GEISON RESENDE MARTINS
GERSON FRANCISCO SOUZA
Gerson Ribeiro dos Passos
GLEDSON SOARES DOS SANTOS
GUSTAVO ANTONIO VOLPATO
HAMILTON RODRIGUES DA CRUZ
HECHILLY DE BRITO TIMOTEO
IONALDO JESUS DOS SANTOS
IRAN DE SOUSA FERREIRA
ISAAC SEGOVIA
ISAEL DA SILVA BRITO
ISAQUE FERREIRA REAL
IVÃ LUIS DE OLIVEIRA BAISSO
IVAN MARCIEL BARBOSA
IVIO CARLOS RABELO DE OLIVEIRA
Ivo de Oliveira Gomes
JACKSON HENRIQUE DA SILVA
JADER JESUS SILVA
JAILSON JOSÉ DA SILVA
Jailton Fonseca da Rocha
JAIRO AGUSTO DOS SANTOS
JANIO RIBEIRO DE SOUSA
JEFFERSON F. MUSCELLI DE ARAUJO
JOÃO PAULO GOMES GALINDO
JOAQUIM DIAS SATELIS
JOCIVALDO FREITAS FONTES
JOEL SAVIO
JORGE A. FURTUNATO JUNIOR
JOSÉ AMADEUS ROCHA DE ARAUJO COSTA
JOSÉ ANTONIO DOS SANTOS FILHO
JOSÉ CAMBRAIA DE OLIVEIRA JUNIOR
José Clúdio dos Santos
JOSÉ MARCOS SOMES DELMONDES
JOSE MUSSIOL NETO
JOSÉ RAMOS FALCÃO
JOSÉ RIBEIRO OLIVEIRA
JOSÉ VALDO DOS SANTOS FILHO
LAÉCIO DUMINELLI DA LUZ
LEANDRO NASCIMENTO OLIVEIRA
LEANDRO PALMA RIBEIRO
LEONARDO FERREIRA DA SILVA
LOURIVAL SILVA DA CRUZ
LUCIANO CAMPOVERDE VICUÑA
LUCIANO GIOPATO RONCOLETA
Luciano Neves
LUCIANO SÁ RIBEIRO
LUCIANO TADEU DE OLIVEIRA
SEMINARIO TEOLOGICO SÃO JOSÉ
ARQUIDIOCESANO
SÃO GABRIEL PERBOYRE
NOSSA SENHORA AUXILIADORA
CURA D’ARS
SÃO JOSÉ
SÃO LUCAS
IMACULADA CONCEIÇÃO
SÃO JOSÉ
SÃO JOSÉ
SÃO JOSÉ
SEMINARIO DA IMACULADA
CURA D’ARS
SÃO JOSÉ
IMACULADA CONCEIÇÃO
FRATERNIDADE DOM TIMOTEO
ARQUIDIOCESE DE B. N. S. DE FATIMA
COMUNIDADE PE. JOSIMO TAVARES
São José de Niteríoi
JOÃO XXIII
BOM PASTOR
IMACULDA CONEIÇÃO
SANTO CURA D’ARS’
SÃO JOÃO MARIA VIANNEY
COMUNIDADE PE. LAVAL
SANTANA MESTRA
NOVICIADO XAVERIANO
RAINHA DOS APÓSTOLOS
NOSSA SENHORA DA GRAÇA
JOÃO PAULO II
Seminário Maior Diocesano
SANTO ANDRÉ
DIOCESE DE SÃO MATEUS
SÃO JOSÉ
DOM JOSÉ CORNELIS
SEMINÁRIO DIOCESANO DE TEOLOGIA
NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO
NOSSA SENHORA DO CARMO
JOÃO PAULO II
SEM. MAIOR MARIA MÃE DA IGRJA
CORONEL FABRICIANO
CAMPO GRANDE
MARINGÁ
POUSO ALEGRE
CORONEL FAVRICIANO
LEOPOLDINA
CAXIAS DO SUL
BRAGANÇA PAULISTA
ITUIUTABA
CAMPO LIMPO
UBERABA
CAMPINAS
TAUBATÉ
FORTALEZA
BRAGANÇA PAULISTA
MONTES CLAROS
JATAÍ
SANTO AMARO
Campo dos Goytacazes
PORTO VELHO
CURITIBA
GUARULHOS
ITUIUTABA
GUARABIRA
BELO HORIZONTE
CAMPO
MARINGÁ
BELO HORIZONTE
POUSO ALEGRE
ITUIUTABA
BELO HORIZONTE
JUIZ DE FORA
VIAMÃO
CAPINAS
UBERABA
ITAPEC. DA SERRA
UBERABA
CAMPINAS
TAUBATÉ SP
FORTALEZA
CAMPINAS
FORTALEZA
MOTNES CLAROS
BRASÍLIA
SÃO PAULO
Niteroi
PORTO VELHO
CURITIBA
GUARULHOS
ITUIUTABA
CAMPINA GRANDE
SÃO PAULO
FEIRA DE SANTANA
HORTOLANDIA
MARILIA
OLINDA
ANANINDEUA
Nova Iguaçu
DIADEMA
SERRA
PESQUEIRA
SALVADOR
SÃO J. OS CAMPOS
CARATINGA
JABOTICABAL
OLINDA
CAMPO GRANDE
SÃO PAULO
URUSSANGA
MARILIA
TERESINHA
MACEIÓ
JUIZ DE FORA
SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
RAINHA DOS APOSTOLOS
RAINHA DOS APÓSTOLOS
SANTANA MESTRA
SÃO GABRIEL PERBOYRE
ESTÁGIO PASTORAL
SÃO JOÃO MARIA VIANNEY
DE TEOLOGIA
SEMINARIO DA IMACULADA
SÃO JOÃO MARIA VIANNEY
JUAZEIRO
CAMPINAS
MARILIA
OLINDA RECIFE
MARABÁ
Nova Iguaçu
SANTO ANDRÉ
SÃO MATEUS
PESQUEIRA
ALAGOINHAS
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
GUANHÃES
JABOTICABAL
PALMARES
DOURADOS
SÃO PAULO
CRICIÚMA
PRESIDENTE PRUDENTE
SÃO RAIMUNDO NONATO
MACEIÓ
LEOPOLDINA
Propriá
BOM JESUS
CURITIBA
NAZARÉ
FEIRA DE SANTANA
BELO HORIZONTE
CAXIAS DO SUL
SALVADOR
SANTO ANDRÉ
CAMPINAS-SP
SALVADOR
SANTO CURA D’ARS
ITUIUTABA
TERESINA
CURITIBA
OLINDA
FEIRA DE SANTANA
BELO HORIZONTE
VERANOPOLIS
SALVADOR
SANTO ANDRÉ
CAMPINAS
SALVADOR
SÃO PAULO
ITUIUTABA
SÃO JOSÉ
COMUM. TEOL. S. DO CARMO-COTESC
PRELAZIA DE COARI
CAMPANHA
MANAUS
POUSO ALEGRE
BOM PASTOR
RAINHA DOS APÓSTOLOS
SEMINARIO S. CORAÇÃO DE JESUS
PROVINCIAL N. S. DA ASSUNÇÃO
NOSSA SENHORA DE GUADALUPE
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
94
95
96
97
98
99
100
101
102
103
104
105
106
107
108
109
110
111
112
113
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115
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131
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137
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141
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151
152
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154
155
156
157
158
159
160
LÚCIO DO E. SANTO PEREIRA LIMA
LUIS PORTELA DA SILVA FILHO
LUIZ GONZAGA PEREIRA JUNIOR
LUIZ GUSTAVO SANTOS TEIXEIRA
LUZEILSON PEREIRA EVANGELISTA
MANOEL FILHO
MARCELLO REIS BARBOSA
MARCELO DE JESUS PIRES
MARCELO NUNES DA GAMA
MARCONDES FEREIRA DOS SANTOS
MARCOS ANTONIO FERREIRA MENDES
MARCOS EDUARDO CALIARI
MARCOS ROCHA CALDAS
MARCOS VIEIRA DAS NEVES
MARIO CABRAL AGUILAR
MATEUS JENSEN DE DONETI
MATEUS MORAIS E SILVA
MAURO MARCELO GOMES SILVA
Moisés Henrique Fragoso de Souza
NEITON TIAGO HARTMANN
OCLEITO MODA ALVES
ONALDO DA COSTA SOARES
OTÁVIO BERALDA NEVES
PATRICK OLIVEIRA URIAS
PAULO BRONZATO SILVA
PAULO MARAN MUNIZ
Pe. Almir Magalhães de Oliveira (assessor)
PE. ANTONIO JOSÉ RAMOS COSTA
Pe. ARNALDO CARVALHEIRO NETO
Pe. ATENÁGORAS C. DE ALENCAR
PE. DOMINGOS BARBOSA FILHO
PE. GERVASIO F. DE QUEIROGA
Pe. JOÃO BORTOLOCI FILHO
PE. JOÃO BOSCO COSTA LIMA
PE. JOSÉ MARCELINO DE M. FILHO
PE. JOSÉ ROBERTO DA SILVA ARAUJO
PE. JOSE SEVERINO DA SILVA
PE. LELSON S. DE MORAES FERREIRA
Pe. Marco Antônio FORERO. P.S.S
PE. NATALE BRAMBILLA
PE. UBAJARA PAZ DE FIGUEREDO
Rafael da Costa Santana
RAFAEL DALBEN FERRAREZ
RAIMUNDO FEITOSA DOS SANTOS
REGINALDO MARTINS DA SILVA
RENAN MACIEL LOPES
RENATO PETROCCO
RICARDO ALMEIDA AMARAL
ROBSON BATISTA DE LIMA
Robson de Oliveira Magalhães
ROBSON RODRIGUES REZENDE
RODRIGO JOSÉ DA SILVA
RONDINELE BARBOSA CELESTINO
Ronne Won Ribeiro da Silva
RUDINEI ZORZO
SEBASTIÃO LOPES DA SILVA
Sérgio Luiz Maftra Santos
THIAGO SÉRGIO MIRANDA
TIAGO DE FRAGA GOMES
TIAGO FELIPE POLONHA
TIAGO VICNETE SANTANA
VINICIUS ALVES MARTINS
WAGNER MELO DA SILVA
WANDERLEY W. A. CAVALCANTE
WASHINGTON UBERABA SILVA
WILSON FEITOSA RODRIGUES
WILSON MOSCARDI BASQUEROTO
33
DOM OSCAR ROMERO
DOM PASCÁSIO
NOSSA SENHORA DE FÁTIMA
DIOCESANO
SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
BALSAS
BACABAL
BRASÍLIA
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
PICOS
SÃO LUIS
SÃO LUIS
BRASÍLIA
TAUBATÉ
TERESINA
SÃO JOSÉ
JOÃO PAULO II
EMAÚS
NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO
RAINHA DOS APOSTOLOS - ITRA
NOSSA SENHORA AUXILIADORA
SÃO JOÃO MARIA VIANNEY
SÃO JOAO MARIA VIANNEY
COMUNIDADE PE. LAVAL
BUSQUE
SANTO CURA D’ARS
NOSSA SENHORA APARECIDA
Nossa Senhora do Amor Divino
JOÃO LUIZ GONZAGA
RORAIMA
LIV. DE NOSSA SENHORA
IRECÊ
CARATINGA
PRESIDENTE PRUDENTE
POUSO ALEGRE
SÃO LUIS
LIMEIRA
MANAUS
LIV. N. SENHORA
IRECÊ
CARATINGA
MARILIA
POUSO ALEGRE
SÃO LUIS MA
CAMPINAS
SÃO PAULO
BRASILIA
ITUIUTABA
TABOÃO DA SERRA
Petrópolis
VIAMÃO
COXIM
CAMPINA GRANDE
CAMPO GRANDE
SÃO PAULO
MARILIA
SÃO LUIS
SÃO JOÃO MARIA VIANNEY
SEM. MAIOR REG. M. MAE DA IGREJA
NOVICIADO S. EUGENIO DE MAZENOD
RAINHA DOS APOSTOLOS
NOSSA SENHORA DA PIEDADE
BRASILIA
ITUIUTABA
CAMPO LIMPO
Petrópolis
NOVO HAMBURGO
COXIM
CAMPINA GRANDE
CAMPO GRANDE
BOTUCATU
COROATÁ
SÃO JOÃO MARIA VIANNEY
INTITTUTA TEOL. R. DOS APOSTOLOS
SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
FRATERNIDADE M. SRA APARECIDA
NOVICIADO Xaveriano
NOSSA SENHORA DA GRAÇA
SEMINÁRIO TEOLOGICO SÃO JOSÉ
SÃO LUIS
ARAÇATUBA
BOM JESUS
OEIRAS
NOSSA SENHORA DA GRAÇA
NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO
N.S. DE FÁTIMA
OLINDA RECIFE
MARAJÓ
BRASÍLIA
PROPRIÁ
CAMPO GRANDE
Niterói
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
CRATEÚS
SEM. MAIOR REG. M. MAE DA IGREJA
São José de Niterói
SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
SÃO JOSÉ DE TEOLOGIA
SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
SEMINARIO DA IMACULADA
JOÃO PAULO II
MAIOR SAGRADA FAMILIA
São José de Niterói
ESCOLA DO EVANGELHO
TEOLOGICO TUBARÃO
SÃO VICENTE DE PAULA
SÃO LUCAS
SÃO JOÃO MARIA VIANNEY
São José
JOÃO XXIII
RAINHA DOS APÓSTOLOS
BOM PASTOR
CONVÍVIO EMAÚS
SÃO JOÃO MARIA VIANNEY
FRATERNIDADE M. SRA APARECIDA
NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO
SEMINÁRIO MAIOR SÃO LUÍS GONZAGA
COM. D. PAULO EVARISTO ARNS
RAINHA DOS APOSTOLOS
CAMPINAS
OLINDA RECIFE
ITABIRA-COL.FABRICIANO
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
CAMPINAS
JEQUIÉ
SERRINHA
Niteroi
GOIÁS
TUBARÃO
CONGREGAÇÃO DA MISSÃO
MONTES CLAROS
CAXIAS DO SUL
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
Rio de Janeiro
JI-PARANA
OSÓRIO
CURITIBA
FLORIANÓPOLIS
LIMEIRA
PENEDO
SÃO L. DE MONTES BELOS
SANTO ANDRE
ARAÇATUBA
SÃO LUIS
MARILIA
TERESINA
TERESINA
QUIXADÁ
HORTOLANDIA
OLINDA
BELO HORIZONTE
SÃO PAULO
OLINDA
ANANIDEUA
BRASÍLIA
PIRAMBU
CAMPO GRANDE
Niteroi
S. J. DO RIO PRETO
FORTALEZA
S. J. DO RIO PRETO
CAMPINAS
ILHÉUS
FEIRA DE SANTANA
Niterói
GOIÂNIA
FLORIANOPOLIS
BELÉM
MONTES CLAROS
VIAMÃO
CARIACICA
Rio de Janeiro
PORTO VELHO
VIAMÃO
FLORANÓPOLIS
CAPINAS
QUIXADÁ
MACEIÓ
APAR. DE GOIÂNIA
DIADEMA
MARILIA
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
34
“A vocação e o compromisso de ser hoje discípulos e missionários de Jesus Cristo na América Latina e no Caribe,
requerem clara e decidida opção pela formação dos membros de nossas comunidades, a favor de todos os batizados, qualquer que seja a função que desenvolvem na Igreja” (Documento de Aparecida 276)
B) MOTIVAÇÃO
Nestes últimos anos no Brasil, muitos seminaristas maiores revelaram-se particularmente sensíveis à questão
missionária. Há cinco anos o Centro Cultural Missionário de Brasília vem organizando cursos de formação missionária, com a finalidade de introduzi-los ao estudo da teologia da missão, mediante a abordagem de questões
fundamentais, fortalecê-los em sua consciência missionária e iniciá-los a uma prática evangelizadora próxima,
inculturada, com horizonte universal. Esses cursos se multiplicaram pelos Brasil afora em nível Regional, assim
como outras iniciativas tais como missões de férias, jornadas missionárias, eventos de animação missionária
envolvendo seminaristas, etc. Em numerosos seminários, surgiram Conselhos Missionários de Seminaristas
(COMISEs).
Aparecida convida todo Povo de Deus a assumir decididamente a caminhada latino-americana pósconciliar, a
opção pelos pobres de Medellín (1968) e Puebla (1979), a inculturação e a opção pelos outros de Santo Domingo
(1992) e colocar a missão no centro de suas atividades pastorais. Com efeito, ao impulsionar a missão estamos
preparando a Igreja no Brasil para “uma nova primavera da missão ad gentes” (DAp 379).
Por ocasião do Ano Sacerdotal, pareceu-nos oportuno promover um evento que fosse avaliação da caminhada feita
e articulação, reflexão, compromisso e avanço em vista de uma formação presbiteral profundamente missionária.
A mesa da abertura: Pe. Marco Antônio Forero (Seminário de Brasília), Pe. Altevir, Dom Dimas Lara Barbosa, Pe. Vito Del Prete e Pe. Sávio Corinaldesi.
C) OBJETIVO GERAL
Ajudar os seminaristas do Brasil a assumir a dimensão missionária universal da vocação cristã e presbiteral.
D) OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• aprofundar as motivações aptas a abrir os seminaristas para o horizonte da missão universal;
• discutir com os representantes dos seminaristas e formadores o modelo de formação atualmente em
vigor à luz das urgências da missão universal e das diretrizes da Igreja.
• evidenciar o “modo missionário” de viver o ministério presbiteral no mundo de hoje;
• incentivar a criação e a articulação de Conselhos Missionários de Seminaristas;
• aproximar as casas de formação da atividade de animação missionária dos Conselhos Missionários
Regionais e Diocesanos;
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
35
• suscitar o desejo de realizar eventos missionários para seminaristas em nível regional;
• promover vocações missionárias ad gentes entre os seminaristas do Brasil.
E) TEMA
FORMAÇÃO PRESBITERAL PARA UMA MISSÃO SEM FRONTEIRAS
F) LEMA
Chamados para estar com ele e enviados (Mc 3,14).
G) LOCAL DO CONGRESSO
Seminário Maior Arquidiocesano Nossa Senhora de Fátima – SHIS QI 17, AE, Lago Sul – 71645-200
BRASÍLIA (DF). Tel: (61) 3366.9900
H) PROGRAMAÇÃO
Pe. Vito Del Prete, PIME
Pe. Sávio Corinaldesi, sx
Pe. Estêvão Raschietti, sx
Domingo – 4 de julho de 2010
08h00 – 14h00 Para quem chega antes do almoço credenciamento será realizado no Centro Cultural Missionário (CCM) – SGAN 905 C, Asa Norte (tel. 3274.3009). Ônibus levarão os participantes para
as casas de hospedagem depois do almoço.
14h00 – 17h30 Para quem chega depois do almoço, credenciamento será realizado no local do Congresso, no
Seminário Arquidiocesano de Brasília, SHIS QI 17 – AE – Lago Sul (tel. 3366.9900).
17h30 – 18h00 Translado e chegada ao local do Congresso para quem se encontra nas casas de hospedagem.
18h00 – 19h00 Janta
19h00 – 20h00 Missa de abertura – Presidida por Dom Dimas Lara Barbosa, Secretário Geral da CNBB.
20h15 – 21h30 Sessão de abertura
21h30 – 22h00 Saída para as residências
Segunda feira – 5 de julho de 2010
06h45 – 07h30 07h30 – 08h15 08h15 – 09h00 09h00 – 10h00 Chegada ao local do congresso
Café da manhã
Laudes
Conferência de abertura: Fundamentos bíblico-teológicos para a formação missionária dos futuros presbíteros – Pe. Vito Del Prete, PIME, Secretário Geral da Pontifícia
União Missionária.
10h00 – 10h30 Intervalo
36
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
10h30 – 12h30 Conferência e debate: A dimensão humano-afetiva da formação presbiteral para
uma missão sem fronteiras – Ir. Maria de Fátima Morais, IASCJ
12h30 – 13h30 Almoço
13h30 – 14h00 Animação com vídeo-testemunho missionário
14h00 – 15h30 Mutirões de reflexão
15h30 – 16h00 Intervalo
16h00 – 17h30 Plenário e conclusão
17h30 – 18h00 Intervalo
18h00 – 19h00 Missa com vésperas presidida por Dom Esmeraldo Barreto de Farias, bispo de Santarém,
PA, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados.
19h00 – 20h00 Janta
20h00 – 20h30 Intervalo
20h30 – 21h30 Oração do Terço Missionário
21h30 – 22h00 Saída para as residências
Terça feira – 6 de julho de 2010
06h45 – 07h30 Chegada ao local do congresso
07h30 – 08h15 Café da manhã
08h15 – 09h00 Laudes e meditação: Mt 10,1-10. Conduzida por Dom Esmeraldo Barreto de Farias, bispo de
Santarém, PA, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados.
09h00 – 10h00 Painel temático: A GRATUIDADE. “Somos Igrejas pobres, mas “devemos dar a partir de nossa
pobreza e a partir da alegria de nossa fé”, e isso sem descarregar sobre alguns poucos enviados o compromisso que é de toda a comunidade cristã” (DAp 379)
10h00 – 10h30 Intervalo
10h30 – 12h30 Conferência e debate: A dimensão comunitária da formação presbiteral para uma
missão sem fronteiras – Pe. Guy Labonté, pmé
12h30 – 13h30 Almoço
13h30 – 14h00 Animação com vídeo-testemunho missionário
14h00 – 15h30 Mutirões de reflexão
15h30 – 17h30 Jogo da semifinal da Copa do Mundo
17h30 – 18h00 Intervalo
18h00 – 19h00 Missa com vésperas presidida por Dom Pedro Britto Guimarães, bispo de São Raimundo
Nonato, PI, membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária.
19h00 – 20h00 Janta
20h00 – 21h30 Plenário e conclusões
21h30 – 22h00 Saída para as residências
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
37
Quarta feira – 7 de julho de 2010
06h45 – 07h30 Chegada ao local do congresso
07h30 – 08h15 Café da manhã
08h15 – 09h00 Laudes e meditação: At 16,6-10. Conduzida por Dom Pedro Britto Guimarães, bispo de São
Raimundo Nonato, PI, membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária.
09h00 – 10h00 Painel temático: O HORIZONTE. “Nosso desejo é que esta V Conferência seja estímulo para
que muitos discípulos de nossas Igrejas vão e evangelizem na outra margem. A fé se fortalece
quando é transmitida e é preciso que em nosso continente entremos em nova primavera da
missão ad gentes” (DAp 379)
10h00 – 10h30 Intervalo
10h30 – 12h30 Conferência: A dimensão espiritual da formação presbiteral para uma missão sem
fronteiras – Pe. Joachim Andrade, SDV
12h30 – 13h30 Almoço
13h30 – 14h00 Animação com vídeo-testemunho missionário
14h00 – 16h30 City Tour
16h30 – 17h30 Momento de espiritualidade
17h30 – 18h00 Intervalo
18h00 – 19h00 Missa com vésperas presidida por Dom Vitório Pavanello, SDB, arcebispo de Campo Grande, MS.
19h00 – 20h00 Janta
20h00 – 20h30 Intervalo
20h30 – 21h30 Apresentação de dança clássica indiana, estilo Bharata Natyam – Pe. Joachim Andrade, SDV.
21h30 – 22h00 Saída para as residências
Quinta feira – 8 de julho de 2010
06h45 – 07h30 Chegada ao local do congresso
07h30 – 08h15 Café da manhã
08h15 – 09h00 Laudes e meditação: Mc 1,35-39. Conduzida por Dom Vitório Pavanello, SDB, arcebispo de
Campo Grande, MS.
09h00 – 10h00 Painel temático: A ARMADILHA. “Para não cairmos na armadilha de nos fechar em nós mesmos, devemos formarnos como discípulos missionários sem fronteiras” (DAp 376)
10h00 – 10h30 Intervalo
38
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
10h30 – 12h30 Conferência: A dimensão intelectual da formação presbiteral para uma missão sem
fronteiras – Pe. Antônio Almir Magalhães de Oliveira
12h30 – 13h30 Almoço
13h30 – 14h00 Animação com vídeo-testemunho missionário
14h00 – 15h30 Mutirões de reflexão
15h30 – 16h00 Intervalo
16h00 – 17h30 Plenário e conclusão
17h30 – 18h00 Intervalo
18h00 – 19h00 Missa com vésperas presidida por Dom Sérgio Arthur Braschi, bispo de Ponta Grossa, PR,
membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária.
19h00 – 20h00 Janta
20h00 – 20h30 Intervalo
20h30 – 21h30 Ensaios para Noite cultural
21h30 – 22h00 Saída para as residências
Sexta feira – 9 de julho de 2010
06h45 – 07h30 Chegada ao local do congresso
07h30 – 08h15 Café da manhã
08h15 – 09h00 Laude e meditação: Jo 10,11-16. Conduzida por Dom Sérgio Arthur Braschi, bispo de Ponta
Grossa, PR, membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária.
09h00 – 10h00 Painel temático: O COMPROMISSO. “O mundo espera de nossa Igreja latino-americana e
caribenha um compromisso mais significativo com a missão universal em todos os Continentes” (DAp 376)
10h00 – 10h30 Intervalo
10h30 – 12h30 Conferência: A dimensão pastoral da formação presbiteral para uma missão sem
fronteiras – Pe. Paulo Suess
12h30 – 13h30 Almoço
13h30 – 14h00 Animação com vídeo-testemunho missionário
14h00 – 15h30 Mutirões de reflexão
15h30 – 16h00 Intervalo
16h00 – 17h30 Plenário e conclusão
17h30 – 18h00 Intervalo
18h00 – 19h00 Missa com vésperas presidida por Dom João Brás de Aviz, arcebispo de Brasília.
19h00 – 20h00 Janta
20h00 – 22h00 Confraternização e noite cultural
22h00 – 22h30 Saída para as residências
Sábado – 10 de julho de 2010
06h45 – 07h30 07h30 – 08h15 08h15 – 08h45 08h45 – 10h15 10h15 – 10h45 10h45 – 12h00 12h00 – 13h00 13h00 – 15h00
Chegada ao local do congresso
Café da manhã
Laudes
Sessão de encerramento
Intervalo
Missa de envio
Almoço
Saida para rodoviária e aeroporto
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
39
I) MENSAGEM DOS CONGRESSISTAS
Mensagem dos participantes do I Congresso Missionário Nacional de Seminaristas
Aos Senhores bispos, formadores e amigos seminaristas,
Entre os dias 04 e 10 de julho, nós, cerca de 150 seminaristas, 10 formadores e alguns bispos dos diversos regionais do Brasil, estivemos reunidos em Brasília participando do Iº Congresso Missionário Nacional de Seminaristas, com o objetivo de ajudar-nos a assumir a dimensão missionária universal da vocação cristã e presbiteral.
Gostaríamos de transmitir a todos quão rica foi a experiência deste Congresso e a grande festa da alegria e da
unidade celebrada aqui na capital do nosso país em favor da missão.
Conduzidos pelo lema: chamados para estar com Ele e enviados (Mc. 3,14) e o tema formação presbiteral para
uma missão sem-fronteiras, tivemos a graça de nos deparar com as realidades do campo formativo, nas dimensões voltadas para missão.
Observamos as realidades eclesiais e formativas e chegamos à conclusão de que ainda temos que trabalhar
muito para se chegar àquilo que é vontade da Igreja Universal e Latino-Americana: despertar a Igreja na América
Latina e no Caribe para um grande impulso missionário (DAp. 548).
É bem verdade que, em alguns Seminários e Institutos, o sentido da vocação sacerdotal mais missionária está
em plena atividade. Porém, é também fato de que em outros Seminários e Institutos o termo missão não recebe
a devida atenção.
Iluminados pelo Espírito de Deus, e impulsionados pelo espírito de Aparecida, queremos que esta realidade seja
transformada e transfigurada segundo a vontade de Deus para o nosso tempo, hoje, na Igreja do Brasil. Queremos melhorar o ambiente relacional estrutural do Seminário para que, como uma comunidade autenticamente
cristã, formadores e formandos se unam em prol da vocação primeira da Igreja: a missão, a serviço do Reino de
Deus. Queremos ser missionários padres e não padres missionários.
Cônscios da real necessidade de formarmos nos Seminários vocações verdadeiramente missionárias, vimos, por
meio desta, encarecidamente pedir aos senhores bispos, formadores e seminaristas, que desenvolvam nos Seminários e Institutos uma formação voltada para a missão além-fronteiras. Cremos que se houver investimento,
numerosas vocações missionárias brotarão no seio dos Seminários, a começar por nós que participamos deste
Iº Congresso Missionário.
De Brasília voltamos para os nossos regionais dispostos a colaborar, com vivo ardor missionário, na conscientização missionária dos irmãos de Seminário e na constituição de organismos que favoreçam a missão em nossas
casas de formação, como o Conselho Missionário dos Seminários (COMISE) e a Formação Missionária para
Seminaristas (FORMISE).
Contamos desde já com o apoio de todos, pois o benefício não é para a nossa promoção pessoal, mas, para a
promoção de todos os povos do orbe e para o bem da Igreja que age em nome de Cristo e a Ele se dirige.
Certos da atenção de todos a este pedido, reiteramos nosso desejo, de juntos, animados e guiados pelo Divino
Espírito, construirmos no coração dos Seminários e Institutos, uma mentalidade viva e ardente direcionada a
missão sem-fronteiras, tornando a Igreja no Brasil cada vez mais missionária.
Em Cristo Jesus
Brasília, DF, 4 – 10 de julho de 2010
Os Participantes do 1º Congresso Missionário Nacional de Seminaristas
40
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
J) Síntese das avaliações
Ruim
Congresso comum um todo
Organização e Coordenação
Convivência e confraternização
Animação
Partilha das experiência missionária
Assessores e palestras
Mutirões e reflexão
Liturgia e meditação
Hospedagem
Refeições e serviços da casa
2
2
4
4
1
Regular
3
2
8
18
8
1
2
6
6
1
Bom
21
29
42
34
27
45
45
46
41
26
Ótimo
86
83
66
60
80
69
65
58
65
88
O I Congresso Missionário Nacional de Seminaristas abriu nossas mentes e os nossos corações para a realidade
da missão na Igreja do Brasil. Foi um passo importante abordar a formação nas diversas dimensões em prol da
missão, pois muitos seminários ainda precisam abrir-se para essa formação em todas as dimensões.Tomamos
consciência que a missão é uma vocação que brota do batismo, é um compromisso cristão e não deve ser vista
como uma imposição. Nossa Igreja embora pareça muitas vezes uma Igreja engessada, fechada e rígida, mostra
com essa participação que está em consonância com todo o Brasil e está aberta para a realidade das missões.
Com este congresso estamos entrando em comunhão, conhecendo as outras realidades e dioceses, percebemos
as diferenças, quebramos tabus e reconhecemos que a nossa concepção de Igreja no Brasil é totalmente diferente do que realmente é.
As Pontífícias Obras Missionárias e o Centro Cultural Missionário devem propor essa formação para toda a Igreja, ou seja, todos os sujeitos eclesiais. Seus cursos de formação deveriam ser mais divulgados. Os bispos devem
ser formados para serem animadores missionários em suas dioceses abordando com relevância essa dimensão
em seus planos pastorais. O clero deveria ser incentivado para as missões e para cursos de formação missionária visando sua formação permanente. Em suas comunidades paroquiais devem lembrar que a missão não é só
no mês missionário, mas em todo o ano. Os leigos deveriam ser preparados para serem animadores, para serem
células de difusão e divulgação missionária em suas comunidades.
Precisamos apresentar o conteúdo do Congresso em nossos seminários e assim fomentar o ardor missionário no
coração dos nossos companheiros. Necessitamos também Maior esclarecimento acerca dos conselhos quanto
a sua estrutura e constituição (COMIDE, COMISE, COMIRE, COMIPA). Precisamos fomentar em nossas dioceses
o espírito missionário com iniciativas como a criação de COMISES e FORMISES, e trabalhar em conjunto com os
conselhos existentes em algumas dioceses do nosso regional.
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
41
4. Curso de formação missionária para presbíteros
A formação missionária nos dias atuais exige uma intensa preparação humana, espiritual, intelectual e prática.
Foi pensando nisso e destacando o Ano Sacerdotal que o Centro Cultural Missionário de Brasília (CCM) promoveu,
de 22 a 31 de julho, um Curso de Teologia e Espiritualidade Missionária para presbíteros com o tema: “Consagrados e enviados a todos os povos”. O curso teve um êxito excelente, segundo a avaliação dos participantes.
A) Participantes
N.
Nome
Diocese ou Entidade
UF
1
Aluisio da Silva Ramos
Nazaré da Mata
PE
2
Cyzo Assis Lima
Fraternidade Palavra e Missão
RS
3
Geraldo Alves da Silva
São José dos Campos
SP
4
Gervasio Linke
Padres do Sagrado Coração de Jesus
SC
5
Gibrail Walendorff
Osório
RS
6
Gilmar Raimundo de Santana
Osasco
SP
7
José Afonso de Souza
São José dos Campos
SP
8
José Carlos Stoffel
Fraternidade Palavra e Missão
SP
9
Maurício Pieroni
Pouso Alegre
MG
10
Rogério Félix Machado
São José dos Campos
SP
11
Sidnei de Paula Santos
Marilia
SP
12
Stanislaw Ocetek
Luziânia
GO
13
Ubajara Paz de Figueiredo
Campo Grande
MS
14
Valmir Miranda dos Santos
Salvador
BA
Segundo o secretário executivo do CCM, padre Estêvão Raschietti, o curso promoveu o redescobrimento do ministério sacerdotal sobre a missão hoje. “A missão diz respeito a mais profunda identidade do presbítero, da mesma
forma que diz respeito à essência da própria Igreja”. Padre Raschietti vê o efeito positivo do Concílio Vaticano
II na crescente ação missionária. “Com efeito, o Concílio Vaticano II afirma que a Igreja peregrina é por sua
natureza missionária. Não é por acaso que a própria prática missionária representa uma dimensão privilegiada
de exercício do ministério do presbítero”.
42
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
O Secretário Nacional da Pontifícia União Missionária e um dos palestrantes, padre Sávio Corinaldesi, explica
aos participantes que o padre é um termômetro da sociedade, por isso o religioso deve sempre se manter motivado, tanto na vida quanto na questão missionária. “O padre não pode se acomodar. Temos que nos sentir sempre
no meio do oceano com um tubarão em nossa caça. Isso serve de motivação para alcançarmos o máximo de
nosso trabalho, que é a evangelização e a missionariedade”.
Nesta edição o número de inscritos foi de 15 participantes. O superior da fraternidade Palavra e Missão, da
cidade gaúcha de Santa Cruz do Sul, Cyzo Assis Lima, destacou sua participação como uma espécie de “reciclagem”. “O curso tem a duração de 10 dias. Neste tempo sinto que fiz uma reciclagem, à luz do Documento
de Aparecida, podendo agora dinamizar a missão na minha região. Me fez também enxergar melhor a missão,
dentro e fora do país”.
O CCM promove os cursos de formação missionária em parceria com a Comissão Episcopal Pastoral para a Ação
Missionária e Cooperação Intereclesial, a Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, a Comissão Episcopal para a Amazônia, o Conselho Missionário Nacional, a Conferência dos Religiosos do
Brasil, as Pontifícias Obras Missionárias, a Comissão Nacional dos Presbíteros e a Organização dos Seminários
e Institutos do Brasil.
B) FINALIDADE E MOTIVAÇÃO
Esse curso teve como finalidade redescobrir o ministério sacerdotal à luz da perspectiva missionária, aprimorar o
estudo da teologia e da espiritualidade da missão mediante a abordagem de questões fundamentais, fortalecer
a consciência missionária dos participantes e orientá‐los a uma prática evangelizadora sempre mais próxima,
inculturada, com horizonte universal.
A iniciativa do CCM se situa como estímulo para que aconteça efetivamente uma formação missiologica e
missionária mais aprofundada entre os presbíteros do Brasil. Os participantes a esse curso foram convidados
a se tornarem agentes multiplicadores de eventos semelhantes de animação missionária presbiteral em suas
próprias realidades.
A participação ativa da Pontifícia União Missionária, por meio de seu Secretário Nacional, garantiu a esse curso
uma esmerada qualificação, sendo essa obra orientada especificamente à formação missionária dos presbíteros
e dos candidatos ao ministério presbiteral. Por ocasião desse curso foi proposto um enfoque bíblico específico,
segundo quanto sugere o Ano Litúrgico C: a perspectiva lucana da missão. Para Lucas a missão é obra do Espírito e testemunho apostólico. A cena de Jesus em Nazaré (cf. Lc 4,16-30) revela o programa essencial da missão
de Jesus, a partir do qual se desdobra o compromisso missionário de todo presbítero, apóstolo e pastor.
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
43
Faz-se necessária uma profunda “conversão radical da mentalidade” (RMi 49), uma superação de visões restritas e sectárias, para que a salvação de fato se estenda a todos os povos. Convidamos os presbíteros do Brasil
a participar desse curso para que se sintam mais capacitados a animar as comunidades a eles confiadas,
renovando-as de dentro, por meio de um autêntico espírito missionário.
C) CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1. Quinta, 22 de julho, 16h00: Acolhida e introdução. “Jesus voltou para a Galiléia com a força do Espírito”
(Lc4,14). Celebração de abertura.
POR QUEM SOMOS CONSAGRADOS E ENVIADOS
2. Sexta, 23 de julho: “O ESPÍRITO DO SENHOR ESTÁ SOBRE MIM” (Lc 4,18a). A Missão como impulso do Espírito
e desdobramentos na vida concreta da comunidade: mudança de paradigma – Pe. Joachim Andrade, SVD, mestre em antropologia e doutor em Ciências da Religião.
POR QUE SOMOS CONSAGRADOS E ENVIADOS
3. Sábado, 24 de julho: “ENVIOU‐ME PARA ANUNCIAR A BOA NOVA AOS POBRES” (Lc 4,18c). A missão de Jesus
como revelação de um Deus do rosto humano e a nossa prática pastoral – Ir. Tea Frigério, MMX, especializada em
Ciências da Religião e assessora do CEBI.
4. Domingo, 25 de julho: A MISSÃO DA IGREJA AO LONGO DOS SÉCULOS. Visões, modelos e paradigmas históricos
e suas heranças na nossa organização eclesial – Prof. Sérgio Coutinho, assessor da Comissão Episcopal para o
Laicato da CNBB, setor CEBs.
5. Segunda, 26 de julho: A MISSÃO DOS CRISTÃOS HOJE COMO PROFECIA PARA UM OUTRO MUNDO POSSÍVEL.
Desafios, caminhos e horizontes para o anúncio efetivo do Evangelho num mondo globalizado – Pe. Estêvão
Raschietti, SX, mestre em missiologia e Secretário Executivo do Centro Cultural Missionário.
SOMOS CONSAGRADOS E ENVIADOS
6. Terça, 27 de julho: “HOJE SE CUMPRIU A ESCRITURA” (Lc 4,21). A identidade do presbítero na adesão à missão de Jesus, vida nova para todos os povos – Pe. Estêvão Raschietti, SX, mestre em missiologia e Secretário
Executivo do Centro Cultural Missionário.
A QUEM SOMOS CONSAGRADOS E ENVIADOS
7. Quarta, 28 de julho: “NUNHUM PROFETA É BEM RECEBIDO EM SUA PÁTRIA” (Lc 4,24). A missão na diáspora
territorial, social e cultural: testemunhos missionários e pistas de ação – Pe. Sávio Corinaldesi, SX, Secretário
Nacional da Pontifícia União Missionária.
8. Quinta, 29 de julho: ÂMBITOS E INTERLOCUTORES DA MISSÃO HOJE. As perspectivas e os projetos missionários
do Documento de Aparecida – Pe. Sávio Corinaldesi, SX, Secretário Nacional da Pontifícia União Missionária.
COMO SOMOS CONSAGRADOS E ENVIADOS
9. Sexta, 30 de julho: “PASSANDO NO MEIO DELES, CONTINUOU O SEU CAMINHO” (Lc 4,30). Uma espiritualidade
para uma Igreja em estado permanente de missão – Pe. José Altevir da Silva, CSSp, assessor da Comissão Episcopal para a Ação Missionária e a Cooperação Intereclesial.
10. Sábado, 31 de julho, até 12h00: Conclusão e avaliação: “Sereis as minhas testemunhas em Jerusalém até
os confins do mundo” (At 1,8). Celebração de envio.
44
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
D) Síntese das avaliações
Ruim
Curso como um todo
Convivência
Assessores
Conteúdo
Celebrações
Coordenação
Hospedagem
Refeição
Serviços da Casa
Regular
1
1
Bom
3
6
7
3
6
1
1
2
1
Ótimo
10
7
6
9
6
12
12
11
12
O curso correspondeu as suas expectativas?
Sim. Porque me ajudou muito assimilar a minha opção pessoal. Possibilitou também uma amável convivência
com os assessores e os participantes, uma verdadeira renovação ministerial. – Em geral sim. Foi excelente para eu
assumir um compromisso maior com a proposta de uma Igreja em estado permanente de missão. – Sim, pelos os
conteúdos, atuação dos assessores. Houve bom espírito participativo e interativo do grupo. – Muito. Ajudou-me rever a dimensão missionária do meu ministério. Volto para o meu trabalho pastoral disposto a rever e por em prática
alguns pontos para que a comunidade seja verdadeiramente missionária. – E muito. Nunca tinha feito um curso, no
tocante à dimensão missionária, como este que fiz aqui. Certamente foi positivo; além das minhas expectativas.
Pontos significativos a destacar
Teologia da missão, abordagem com documento de Aparecida, foi muito bom. Entre outras coisas boas, foi muito
positivo os filmes que foram passados a noite. – As novas chaves de leitura a parti do evangelho de Lucas. As
linhas norteadoras que implicam mudanças de estruturas e conversão, sobretudo dos evangelizadores. As experiências missionárias dos assessores, e o testemunho de fé e vida. – A profundidade de alguns temas apresentados; O questionamento suscitado a partir da apresentação dos temas, e a nova compreensão da Igreja a partir
da missionariedade. – O clima de acolhida da equipe da casa, me sentir em minha própria casa. – Excelente
trabalho do padre Joaquim, referente a teologia da missão Aparecida, os aspectos históricos e o fundamentos
bíblico. – A união do grupo, pessoal simples, cheios de vontade, acreditando em uma Igreja mais comprometida.
O carinho na comemoração do meu aniversário.
Sugestões para melhorar
Sugiro que houvesse novas formas na dinâmica, na espiritualidade, na leitura orante do ofício divino das comunidades e enfoque nas celebrações eucarísticas. – De ordem metodológica: alguns assessores deixaram de
seguir um roteiro na sua exposição, o que dificultou o acompanhamento. – Continuar com a proposta de uma
formação específica para sacerdotes. Sugestão: em vez de 10 dias, realizar em 6 dias. – Abrir, se possível estudos sobre outros problemas que surgem na teologia e abordar novos assuntos.
Considerações pessoais
O grupo todo esteve bem em sintonia com a coordenação e assessores. – O encontro com os colegas do ministério
foi muito edificante. – Pe. Estevão, não desista! O CCM precisa mais ser divulgado nas paróquias. Que se organize um curso para lideranças leigas que moram e atuam nos grandes centros urbanos. – Eu me comprometo
em enviar 2 ou 3 padres para o próximo curso neste formato. – Maior divulgação sobre o curso junto ao Bispo
aproveitar a assembléia nacional ou dos Regionais.
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
45
5. Cursos ad gentes
Nº
1
2
4
5
3
6
7
8
9
10
11
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
Nome
Adir Rodrigues
Andreza de Andrade
Cícera Correia Carvalho
Cláudia Camara
Clézio Menezes dos Santos
Conceição Ap. Gonçalves Faria
Damiana Do Crusificado
Diva Nascimento Barbosa
Edi Nicolao
Eliane Maria Assis Armôa
Elza Aparecida dos Santos
Frederico Augusto de Oliveira
Inês Aparecida Colpani
Jair Donizet de Oliveira
Jandira Portelo
Lauriceia Soares Lima
Lucia Olinda Wilchen
Luiz Roberto Lemos do Prado
Sally Ann Savery
Maria Aparecida dos Santos
Maria Aparecida Ribas
Maria Aparecida Silva Viana
Maria da Piedade Silva
Maria Joaquina C. G. Cesar
Maria Jose Santos Lira
Maria Lúcia Tavares Araújo
Maria Marcelina Xavier
Marissandra Rodrigues Oliveira
Marivalda T. Xavier dos Santos
Markelízia Cruz Araújo
Pedrinha Maronezi
Pureza Madalena de Jesus
Raimunda Oliveira Chaves
Rita de Cássia Soares Gomes
Rivanete Simões da Costa
Rosa Nair Carlos
Sandra Aparecida da Silva
Congregação / Entidade
Diocese de Chapecó
Fanciscanas Missionárias de Assis
Instituto Josefino
Salvatorianas
Ordem dos Frades Capuchinhos
Franciscanas Missionárias de Assis
Fraternidade Misisonária o” O Caminho”
Franciscanas M Maria Auxiliadora
Irmãs Franciscanas N Sra Aparecida
Missionarias da Imaculada
Santa Maria Madalena Postel
Santíssimo Redentor
Apóstoloas do Sagrado Coração de Jesus
Missionários Claretianos – CMF
Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado
Filhas N. Sra S Coração
Filhas do Amor Divino
Congregação da Missão (CM)
Fraternidade Missionária “O Caminho”
Pequenas Irmãs da Divina Providência
Bom Pastor
Irmãs da Providência de Gap
Missionárias Capuchinhas
Franciscanas Missionárias de Assis
Filhas de N. Sra do Sagrado Coração
Missionárias Capuchinhas
Instituto Pias Mestras Venerini
Franciscanas Missionárias de Susa
Apóstolas do Sagrado Coração
Irmãs da Divina Providência
Nossa Senhora (Notre Dame)
Irmãs da Divina Providência
Feranciscana Missionária de Maria
Instituto Josefino
Instituto Josefino
Franciscanas da Imac. Conceição
Irmãs Missionárias da Ação Pastoral
Id. Religiosa
Padre
Religiosa
Religiosa
Religiosa
Frei
Religiosa
Religiosa
Religiosa
Religiosa
Religiosa
Religiosa
Padre
Religiosa
Padre
Religiosa
Religiosa
Religiosa
Padre
Religiosa
Religiosa
Religiosa
Religiosa
Religiosa
Religosa
Religiosa
Religiosa
Religiosa
Religiosa
Religiosa
Religiosa
Religiosa
Religiosa
Religiosa
Religiosa
Religiosa
Religiosa
Religiosa
País Missão
Nicaraguá
Argentina
França
Moçambique
México
Argentina
Moçambique
Bolívia
Moçambique
Guiné Bissau
Continente Africano
Benin
Moçambique
Angola
Venezuela
Ecuador
Moçambique
Moçambique
Haiti
Angola
Haiti
Ecuador
Argentina
Angola
Ecuador
Haiti
Moçambique
Mexico
Continente Africano
Continente Africano
Moçambique
Angola
França
França
Continente Africano
Moçambique
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Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
A) Participantes
O Curso Ad Gentes para missionários enviados além-fronteiras teve início no dia 8 de agosto, no Centro Cultural
Missionário (CCM), e terminou em 1º de setembro. Participaram da formação 38 pessoas (32 religiosas, quatro
padres, 1 frei e uma leiga).
“Com estes dados podemos perceber como a Igreja no Brasil continua vivenciando de maneira autêntica o
mandato de Jesus: ‘ide pelo o mundo inteiro e fazei discípulos meus em todas as nações’”, disse o assessor da
Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da CNBB, padre José Altevir,
que também assessorou o curso.
A formação missionária foi uma iniciativa do CCM e teve a duração de três semanas e três dias de retiro espiritual, com a finalidade oferecer uma preparação humana, intelectual, espiritual e prática para esses missionários. O Curso proporcionou momentos de reflexão e de estudo antes de partir para essa experiência de tornar-se
hóspede na casa dos outros.
O Curso de Formação Missionária Ad Gentes 2010 teve como enfoque a missão segundo o evangelista Lucas: missão como cumprimento das escrituras; missão como anúncio da conversão e do perdão a todas as nações; missão
começando por Jerusalém; missão como testemunho; missão como ação do Espírito (cf. Lc 24,44-49). A universalidade dessa visão missionária se expressa no anúncio de salvação vinculado ao encontro com a pessoa de Jesus.
De acordo com padre Altevir, os 38 missionários serão enviados para três continentes. “O continente africano
vai receber 20 missionários. Para o continente americano estão sendo enviados onze. Já a Europa receberá dois
missionários, que irão atuar na França”, enumerou.
O assessor também destacou a origem dos missionários. “Os 38 missionários são oriundos dos seguintes estados: São Paulo, Minas Gerais, Ceará, Maranhão, Santa Catarina, Amazonas, Tocantins, Goiás, Paraíba, Rio
Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Paraná e Distrito Federal”.
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
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B) OBJETIVOS
Essa iniciativa teve como finalidade oferecer uma preparação humana, intelectual, espiritual e prática para
esses missionários. Com efeito, é preciso que os missionários e as missionárias retalhem um tempo para si, para
um encontro consigo, com os outros e com Deus, dispondo-se a enfrentar os desafios da missão além-fronteiras.
Esse Curso proporcionou um importante momento de reflexão e de estudo antes de partir para essa experiência
tremenda e fascinante de tornar-se hóspedes na casa dos outros.
O Curso de Formação Missionária Ad Gentes 2010 teve como enfoque a missão segundo o evangelista Lucas:
missão como cumprimento das escrituras; missão como anúncio da conversão e do perdão a todas as nações;
missão começando por Jerusalém; missão como testemunho; missão como ação do Espírito (cf. Lc 24,44-49).
A universalidade dessa visão missionária se expressa no anuncio de salvação vinculado ao surpreendente encontro com a pessoa de Jesus. A partir dessas perspectivas bíblicas, o Curso tratou das principais questões que
sobressaem da experiência missionária além-fronteiras, seguindo sete abordagens: humano-afetiva, bíblica,
histórica, antropológica, teológica, prática e espiritual.
C) FINALIDADE E MOTIVAÇÃO
O Curso ofereceu uma preparação intensiva e um acompanhamento para brasileiras e brasileiros que se preparam para sair do País como missionários alémfronteiras. Hoje, se insiste para que os missionários tenham
uma adequada e específica formação em três etapas: uma formação humana, intelectual, espiritual e prática
– especificamente missionária – no próprio país de origem; uma formação de inserção e de iniciação à missão
no país de destinação; e um estágio missionário no campo final de missão.
No caso específico dos missionários brasileiros, o CCM oferece cursos para cumprir com a primeira etapa dessa
formação. Com efeito, é preciso que os missionários e as missionárias retalhem um tempo para si, para um encontro consigo, com os outros e com Deus diante dos desafios da missão além-fronteiras. Esse Curso proporciona um importante momento de reflexão e de estudo antes de partir para essa experiência tremenda e fascinante
de tornar-se hóspedes na casa dos outros.
O Curso Ad Gentes é indicado também para missionários e missionárias que desejam se aprimorar nas temáticas
relacionadas à missão, para amadurecer uma eventual decisão de sair ou em vista de elaborar caminhos e projetos
junto à própria congregação. Também aconselhamos essa formação como momento de revigoramento espiritual
para religiosos e religiosas, leigos e leigas, que estão na labuta há anos, e que procuram um momento significativo
de atualização e avaliação pessoal sobre alguns conteúdos e sobre sua própria experiência missionária.
48
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
D) CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
“SOU EU MESMO” (Lc 24,39)
Domingo, 8 de agosto: “Toquem-me e vejam” (Lc 24,39): o significado do encontro com o Ressuscitado para a
Missão. Abertura e apresentação do curso.
Segunda, 9 de agosto: MISSÃO: A ALEGRIA DE SER TESTEMUNHAS SEM FRONTEIRAS. Motivações interiores para
a missão ad gentes – Ir. Teresinha Mendonça Del’Acqua, OSF, psicóloga e orientadora espiritual.
Terça, 10 de agosto: MISSÃO: UMA VIAGEM AO EXTERIOR E AO INTERIOR. Perspectivas de conversão pascal
a partir da experiência missionária de aproximação ao outro e à cultura do outro – Ir. Teresinha Mendonça
Del’Acqua, OSF, psicóloga e orientadora espiritual.
Quarta, 11 de agosto: MISSÃO: MUDANÇA DE PARADIGMA. “Deslocamentos” fundamentais para uma nova compreensão da missão ad gentes hoje – Pe. Estêvão Raschietti, SX, mestre em missiologia e Secretário Executivo do CCM.
MISSÃO COMO CUMPRIMENTO DAS ESCRITURAS
Quinta, 12 de agosto: “HOJE SE CUMPRIU ESTA ESCRITURA QUE ACABASTES DE OUVIR” (Lc 4,21). A missão
de Jesus tal como os Evangelhos nos transmitem (cf. DAp 139) – Prof. Sérgio Coutinho, assessor da Comissão
Episcopal para o Laicato da CNBB, setor CEBs.
Sexta, 13 de agosto: “JESUS ABRIU A MENTE DELES PARA ENTENDEREM AS ESCRITURAS” (Lc 24,45). A compreensão da missão ao longo dos séculos: visões, modelos e paradigmas históricos entre encontros, confrontos e
desencontros – Prof. Sérgio Coutinho, assessor da Comissão Episcopal para o Laicato da CNBB, setor CEBs.
Sábado, 14 de agosto: “A PALAVRA DE DEUS, ENTRETANTO, CRESCIA E SE MULTIPLICAVA” (At 12,24). Desafios,
caminhos e horizontes para o anúncio do Evangelho hoje num mondo globalizado – Pe. Estêvão Raschietti, SX,
mestre em missiologia e Secretário Executivo do CCM.
Domingo, 15 de agosto: à tarde, passeio turístico por Brasília (roteiro cívico).
MISSÃO COMO ANUNCIO DE CONVERSÃO E PERDÃO A TODAS AS NAÇÕES
Segunda, 16 de agosto: SIGNIFICADO DA CONVERSÃO PARA O MUNDO ATUAL. Elementos para um novo paradigma de missão a partir de uma visão antropológica – Pe. Joachim Andrade, SVD, mestre em antropologia e doutor
em Ciências da Religião.
Terça, 17 de agosto: A MISSÃO AD GENTES NO CONTINENTE ASIÁTICO. Missão inter gentes num contexto de
pluralismo religioso e de diáspora da Igreja – Pe. Joachim Andrade, SVD, mestre em antropologia e doutor em
Ciências da Religião.
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
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Quarta, 18 de agosto: MIGRAÇÃO COMO CAMINHO DA MISSÃO. A luta contra a idolatria do mercado junto a migrantes e refugiados – Prof. Roberto Marinucci, mestre em missiologia e pesquisador do Centro Scalabriniano
de Estudos Migratórios (CSEM).
Quinta, 19 de agosto: IDENTIDADE E UNIVERSALIDADE. O anuncio do Evangelho e as culturas dos povos – Ir.
Elvira Augusto, FMM, missionária moçambicana no Brasil e formadora.
Sexta, 20 de agosto: A MISSÃO AD GENTES NO CONTINENTE AFRICANO. Caminhando com a Igreja a serviço da
reconciliação, da justiça e da paz – Ir. Elvira Augusto, FMM, missionária moçambicana no Brasil e formadora.
Sábado, 21 de agosto: A MISSÃO AD GENTES NUM MUNDO PÓS-MODERNO E PÓS-CRISTÃO. Desafios e perspectivas para o anúncio do Evangelho a partir de contextos culturalmente cristãos – Pe. Gabriele Cipriani, CP,
assessor do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs – CONIC.
Domingo, 22 de agosto: à tarde, encontro com algumas expressões religiosas de Brasília (roteiro religioso).
MISSÃO COMEÇANDO POR JERUSALÉM
Segunda, 23 de agosto: A CAMINHADA MISSIONÁRIA DA IGREJA LATINO-AMERICANA E CARIBENHA. Opção pelos
pobres, libertação, participação, inculturação nos documentos das conferências episcopais continentais – Prof.
Ivo Poletto, filósofo, teólogo, cientista social e educador popular.
Terça, 24 de agosto: MEMÓRIA, PROJETO, SEGUIMENTO. Testemunhos, práticas significativas e teologia latino‐
americana e caribenha entre opções fundamentais e novas perspectivas – Prof. Ivo Poletto, filósofo, teólogo,
cientista social e educador popular.
Quarta, 25 de agosto: UMA IGREJA EM PERMANENTE PROCESSO DE CONVERSÃO MISSIONÁRIA. As provocações
inovadoras da V Conferência de Aparecida e o desafio da Missão Continental – Pe. Agostinho Sauthier, subsecretário adjunto de Pastoral do Secretariado Geral da CNBB.
MISSÃO COMO TESTEMUNHO
Quinta, 26 de agosto: DAR DE NOSSA ESSÊNCIA. O fundamento trinitário da Missão e a natureza missionária
da Igreja (AG 2): o debate teológico sobre a missão – Ir. Inês Costalunga, Mdl, doutora e secretária da Pósgraduação em Missiologia do Itesp de São Paulo, SP.
Sexta, 27 de agosto: DAR DE NOSSA VIVÊNCIA. A vida nova em Cristo e seu sentido de salvação para todos os
povos: o debate cristológico, eclesiológico e soteriológico sobre a missão – Ir. Inês Costalunga, Mdl, doutora e
secretária da Pós-graduação em Missiologia do Itesp de São Paulo, SP.
50
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
Sábado, 28 de agosto: DAR DE NOSSA POBREZA. Os horizontes da ação evangelizadora e os compromissos da
Igreja latino-americana e caribenha: o debate atual sobre a missão alémfronteiras – Pe. José Altevir da Silva,
CSSp, assessor da Comissão para a Ação missionária e a Cooperação Intereclesial.
Domingo, 29 de agosto: à tarde, passeio no Parque Nacional de Brasília (roteiro ecológico).
MISSÃO COMO AÇÃO DO ESPÍRITO
Segunda, 30 de agosto: “RECEBERÃO A FORÇA DO ESPÍRITO PARA SEREM MINHAS TESTEMUNHAS” (At 1,8).
Missão como impulso interior (dynamis) do Espírito e desdobramentos na vida da comunidade – Pe. Sávio Corinaldesi, SX, Secretário Nacional da Pontifícia União Missionária.
Terça, 31 de agosto: “O ESPÍRITO SOPRA ONDE QUER” (Jo 3,8). Missão como extensão da ação do Espírito, presente e
operante em todo o tempo e lugar – Pe. Sávio Corinaldesi, SX, Secretário Nacional da Pontifícia União Missionária.
Quarta, 1 de setembro: avaliação e celebração de envio: “eu lhes enviarei aquele que meu Pai prometeu” (Lc 24,49).
E) Síntese das avaliações
Ruim
Curso como um todo
Convivência
Equipes de Serviços
Partilha das experiências Missionárias
Conteúdo das palestras
Assessores
Hospedagem
Refeições
Serviço da Casa
Regular
1
Bom
4
11
13
9
10
28
35
33
30
Ótimo
32
24
20
25
25
7
2
3
6
O curso correspondeu as suas expectativas?
Sim, e em vários sentidos. Sinto-me realizada por tudo que vivi nesses dias, conviver com pessoas diferentes, foi
muito gratificante. – Sim, o curso foi de grande conhecimento, crescimento, foi grande experiência, uma riqueza,
é impossível não sair com o desejo de partir e ser discípulos e missionários do Senhor. – Sim, não só me ajudou
a caminhar, mas tomar atitudes coerentes com o meu ser missionário. Gostei muito do jeito que foi dado o curso,
não foi cansativo, deu para assimilar toda a matéria, rezar e refletir. Vocês estão de parabéns com a organização
e conteúdo. – Correspondeu e muito, tive momentos fortes de convivência, de partilha de vida; os assessores são
capazes, me ajudou a por os pés no chão diante da missão que vamos assumir. – Correspondeu, eu não esperava que fosse desse nível, com pessoas capacitadas e competentes em cada assunto apresentado. – Superou.
A forma adotada na sequência dos conteúdos, a dinâmica e a metodologia aplicada bem como a escolha dos
assessores. – Sim, correspondeu. Eu necessitava de algo que me despertasse para um tema sobre a tecnologia
como meio de evangelização e outro sobre religiões no mundo. Tudo isso alargou os meus horizontes e levou-me
a um processo de conversão. – Sim. Porque foi direcionada à questão missionária do princípio até o fim, não
perdeu o fio condutor, o objetivo. Está muito atualizado e correspondeu às exigências com relação á comunicação
(imagem). – Acredito que sim e me ajudou a despertar com mais convicção para a missão. Este curso é uma boa
preparação e nos ajuda a ter noção daquilo que vamos encontrar na nossa caminhada. – Sim. Apenas gostaria
de sugerir para repensar sobre as questões da África como um todo; do mais sinto que fomos bem orientados e
questionados. Muitíssimo obrigada! Muita paz e bênçãos a todos.
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
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6. Semana Brasileira sobre a missão continental
A) PArticipantes
N.
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
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18
19
20
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22
23
24
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28
29
30
Nome
Adalberto Ronconi
Aldemisia S. V. M. Magalhaes
Aline Luci Girelli
Ana Maria Ferreira de Barros
Ana Maria Pereira da Silva
Augusta Culpo
Bernadete Motta Palafoz
Carla Zagato
Claudete Camilo
Claudio Antonio Prescendo
Clemilda Lobo Alves
Crisófor Domínguez Pedral
Cristiano de Souza Tavares
Daniel Rodrigues
Dirce Gomes da Silva
Dom Adriano
Dom Jaime Pedro Kohl
Dom José Lanza Neto
Dom Pedro Brito Guimarães
Dom Sérgio Arthur Braschi
Edinei Evaldo Batista
Elielson Cassimiro de Almeida
Fátima Vilma Siqueira da Silva
Frederico Augusto de Oliveira
Iranildo Virgilio da Cruz
Isalete Aparecida Silva
João Panazzolo
José Angelo Figueira
Latif Maria de Arauju Lima
Limacêdo Antônio da Silva
Diocese ou Entidade
Cruzeiro do Sul
Fraternidade Palavra e Missão
São Miguel Paulista
Barra dos Garças
CNBB Noroeste
Franciscanas Marianas Missionárias
Missionária de Maria – Xaveriana
Colatina
Vacaria
CELAM
Cruzeiro do Sul
Curitiba
Irmãs de Cristo Pastor
CNBB Nordeste 2
Osório
Guaxupé
São Raimundo Nonato
Ponta Grossa
São José dos Campos
Natal
Barra do Piraí
Congregação Santíssimo Redentor
Natal
São José dos Campos
CNBB Sul 3
Nordeste 5
Rio Branco
CNBB Nordeste 2
Id Religiosa
Padre
Leiga
Religiosa
Leiga
Leigo
Religiosa
Religiosa
Religiosa
Leiga
Padre
Leiga
UF
SP
AC
SP
SP
MT
RO
BA
SP
ES
RS
PA
Padre
Leigo
Religiosa
Bispo
Bispo
Bispo
Bispo
Bispo
Padre
Padre
Leiga
Padre
Padre
Leigo
Padre
Padre
Leiga
AC
BA
PR
PE
RS
MG
PI
PR
SP
RN
RJ
DF
RN
SP
RS
MA
AC
PE
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
52
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
Lino Zucchi
Lourival Martins Becker
Luigi Mosconi
Luiz Fernando Lisboa
Luiz Marino Silva Marinho
Malvino Xavier da Silva
Marcelo Ribeiro Alves de Ávila
Maria de Lourdes Soares Gomes
Maria F. Nascimento de Souza
Maria Salete dos Santos
Maria Sebastiana Souza
Mário de Carli
Matias Soares
Neimar Aloisio Troes
Nilto Lima
Olivio Lucio Dembogurski
Pirmin Spiegel (Firmino)
Rivael de Jesus Nacimento
Rogério Félix Machado
Rosangela de Sousa Urt
Santina Kriger Becker
Sidney Marcos Dornellas
Ubajara Paz de Figueiredo
Valdinei Soares dos Santos
COMIRE Norte 2
Santas Missões Populares
Missionário Passionista
São José dos Campos
Colatina
Curitiba
Santos
São José dos Campos
Instituto Missões Consolata
Natal
Toledo
Vacaria
Santas Missões Populares
Curitiba
São José dos Campos
CNBB Nacional
CNBB Oeste 1
São Mateus
Padre
Leigo
Padre
Padre
Leigo
Padre
Leigo
Religiosa
Leiga
Leiga
Leiga
Padre
Padre
Padre
Padre
Padre
Padre
Leigo
Padre
Leiga
Leiga
Padre
Padre
Padre
PA
MT
PA
PR
SP
ES
MG
PR
AM
SP
SP
SP
RN
PR
MA
RS
PA
PR
SP
AM
MT
DF
MS
ES
Aconteceu na noite do dia cinco de setembro, às 20h, no Centro Cultural Missionário, em Brasília, a abertura da
Semana Brasileira sobre a Missão Continental.
Em meio aos cinqüenta e quatro missionários oriundos das mais diversas regiões do Brasil, Dom Adriano Ciocca
Vasino, bispo de Floresta-PE, membro da Comissão Episcopal da Missão Continental, acolheu todos os participantes e os motivou com as seguintes palavras: “ na missão continental não podemos deixar de nos solidarizar
com a retomada da identidade dos povos indígenas e afrodescendentes e tão pouco, deixar de procurar, com
todos os de boa vontade, um novo paradigma socioeconômico e cultural, baseado no diálogo, na economia e no
respeito, em lugar do paradigma atual, que é falido e imoral.
Como para os discípulos de Emaús, o tempo de hoje pode nos deixar desanimados. Mas Cristo Ressuscitado
caminha conosco Ele nos permite “ler” a realidade atual com outros olhos e nos reanima para a missão. Como
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
53
Igreja nós temos que nos colocar ao lado dos povos do nosso continente e acompanhá-los na sua caminhada a
partir da nossa fé em Cristo ressuscitado e com Ele trilhar novos caminhos”.
A oração inicial foi realizada de maneira dinâmica e participativa, de modo que os dezessete Regionais da CNBB,
na pessoa de seu representante, apresentaram uma experiência missionária significativa, fruto da missão continental, que vem animando e aquecendo os corações das pessoas nas comunidades, paróquias e dioceses, vida
religiosa, pastorais e movimentos em todo o Brasil.
Ao iniciar este evento nacional da missão continental, foi destacado que começar algo em nossa vida evoca, em
primeiro lugar, para o entusiasmo. Toda pessoa entusiasta sabe o que quer e aonde quer chegar. A causa maior é
sempre o Reino de Deus e a pessoa de Jesus Cristo e seu Projeto. Neste espírito de nitidez pela urgência da missão, aconteceu a memória e partilha dos regionais, que por sua vez, os representantes não conseguiam conter a
alegria e vibração ao partilhar as inúmeras atitudes missionárias realizadas em suas localidades.
Ao concluir este primeiro momento da semana brasileira da missão continental, ficou claro que a missão evangelizadora abraça a todos com o amor de Deus e especialmente aos pobres e aos que sofrem.
E o convite foi lançado: “levemos nossos navios mar adentro, na força do Espírito, sem medo das tormentas,
seguros de que a providência de Deus nos proporcionará grandes surpresas” (cf DAp 551).
“Assumimos o compromisso de uma grande missão em todo o Continente, que de nós exigirá aprofundar e
enriquecer todas as razões e motivações que permitam converter cada cristão em discípulo missionário. Necessitamos desenvolver a dimensão missionária da vida de Cristo. A Igreja necessita de forte comoção que a
impeça de se instalar na comodidade, no estancamento e na indiferença, à margem do sofrimento dos pobres do
Continente. Necessitamos que cada comunidade cristã se transforme num poderoso centro de irradiação da vida
em Cristo. Esperamos em novo Pentecostes que nos livre do cansaço, da desilusão, da acomodação ao ambiente;
esperamos uma vinda do Espírito que renove nossa alegria e nossa esperança. Por isso é imperioso assegurar
calorosos espaços de oração comunitária que alimentem o fogo de um ardor incontido e tornem possível um
atraente testemunho de unidade ‘para que o mundo creia’ (Jo 17,21)” (DAp 362)
B) FINALIDADE E MOTIVAÇÃO
Um dos mais importantes legados da V Conferência Geral do Episcopado latino-americano em Aparecida foi
assumir o compromisso de uma grande Missão Continental. Contudo, a recepção inicial desta proposta não foi
a de realizar uma gigantesca mobilização eclesial, tampouco a de articular um projeto missionário em nível de
toda igreja do Continente. Pelo contrário, o Documento do Celam pós-Aparecida, “A Missão Continental para
uma Igreja Missionária” (MC), como também o Documento da CNBB, “Projeto Nacional de Evangelização: o
Brasil na Missão Continental”, conferem à Missão Continental um caráter de animação missionária das Igrejas
54
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
particulares: “a missão que se realiza como fruto da Conferência de Aparecida deve, antes de tudo, animar a
vocação missionária dos cristãos, fortalecer as raízes de sua fé e despertar a responsabilidade para que todas
as comunidades cristãs ponham-se em estado de missão permanente” (MC 2).
Se existe uma novidade na perspectiva da Missão Continental, essa consiste num decisivo salto de passar de
uma Igreja que promove alguns eventos “missionários” para arrebanhar fiéis, para uma Igreja em estado permanente de missão. Isso equivale a reconhecer o contexto de pluralismo no qual se encontra o mundo de hoje.
Esse pluralismo é a propria “casa” dos nossos povos na América e no mundo, onde temos que entrar tirando as
sandálias, para anunciar permanentemente o Evangelho ali onde o povo se encontra.
É preciso, portanto, “percorrer juntos um itinerário de conversão que nos leve a ser discípulos missionários de Jesus
Cristo” (MC 3), visto que para nos tornarmos tais, “impõe-se uma conversão radical da mentalidade” (RMi 49).
Essa conversão consiste substancialmente num deslocamento e numa saída: “nós somos agora, na América Latina
e no Caribe, seus discípulos e discípulas, chamados a navegar mar adentro para uma pesca abundante. Trata-se
de sair de nossa consciência isolada e de nos lançarmos, com ousadia e confiança (parrésia), à missão de toda a
Igreja” (DAp 363). Paradoxalmente, é nessa saída que a Igreja encontra sua razão de ser e sua própria identidade.
Para concretizar pedagogicamente esse intuito, o Documento do Celam sobre a Missão Continental propõe “um plano mínimo para surtir efeito de visibilidade da comunhão” (MC, apresentação). Por sua vez o Documento da CNBB,
além de sinais compartilhados e de gestos concretos, insiste na elaboração de subsídios, no processo de formação
dos missionários e no aprofundamento de temáticas inerentes a questões propriamente missionárias.
Com esse propósito o Centro Cultural Missionário e a Comissão Episcopal para a Missão Continental promoveram
uma Semana Brasileira sobre a Missão Continental, com o objetivo de afunilar a reflexão em torno de três grandes
temas do Documento de Aparecida: a espiritualidade missionária, dimensão essencial para a formação missionária;
a paróquia missionária, exigência de conversão das nossas estruturas; os projetos para uma nova evangelização,
caminhos para uma aproximação aos outros e para uma ação evangelizadora significativa em todo Brasil.
Esses temas revelaram-se questões fundamentais para a caminhada de nossas igrejas no Brasil. Queremos
propor uma reflexão através de especialistas, um debate entre os participantes, oficinas de estudos e aprofundamento, para recolher iluminações, provocações, propostas, itinerários pedagógicos e gestos concretos.
Sucessivamente, todo esse material servirá para criar e publicar subsídios para as nossas dioceses, paróquias
e comunidades em todo Brasil.
A pauta da Semana contou também com o estudo de dois enfoques, desafios para a missão da Igreja: o mundo da
juventude e as migrações no Continente. O primeiro diz respeito a uma prioridade da ação evangelizadora que a
Igreja da América Latina assumiu desde Puebla, o compromisso com as novas gerações: “os jovens e adolescentes
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
55
constituem a grande maioria da população da América Latina e do Caribe; representam enorme potencial para o
presente e o futuro da Igreja e de nossos povos, como discípulos e missionários do Senhor Jesus” (DAp 443).
O segundo enfoque, sobre as migrações, diz respeito ao significado de “Continental” que damos a essa missão.
O Continente está no meio de nós através de seus diversos povos que migram, particularmente, para os grandes
centros urbanos. Qual é a ação de nossa Igreja junto a essas pessoas? E também, de que maneira a Missão Continental poderia tornar-se também uma ocasião para promover uma inter-ajuda entre igrejas latino-americanas
em atender os diversos desafios que se apresentam junto a suas populações?
A Semana Brasileira sobre a Missão Continental teve como lema bíblico o mandato missionário de Lucas: “Vocês
são testemunhas dessas coisas” (Lc 24,48). O Espírito que conduz a missão desperta um olhar contemplativo
nos discípulos missionários. Eles são testemunhas das coisas que vêem. A testemunha não protagoniza a ação,
ela não faz nada: apenas aponta o que Deus está fazendo. Deus com seu Espírito já está agindo no mundo,
abrindo os corações, dispondo as pessoas a receber o anúncio do Evangelho. A Igreja é chamada a perceber
essa ação divina através dos sinais dos tempos participando dessa mesma ação: saindo de seus ambientes,
tornando-se hospede na casa dos outros. É um deslocamento fundamental que necessita de uma continua,
progressiva, profunda e diligente conversão interior.
C) PARTICIPAÇÃO
Foram convidados a participar os membros da equipe de multiplicadores do Projeto “O Brasil na Missão Continental”,
com delegados de cada regional. Contamos também com a presença de presbíteros, religiosos e religiosas, leigos e
leigas, agentes de pastoral que em sua diocese estão envolvidos, ou desejam se envolver, em cursos de formação
missionária, eventos de animação missionária ou projetos de nova evangelização, no espírito da Missão Continental.
D) CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Domingo, 5 de setembro, 20h00: “Vocês são testemunhas destas coisas” (Lc 24,48). Acolhida e abertura da Semana Brasileira sobre Missão Continental.
Segunda, 6 de setembro: ELEMENTOS BÍBLICOS DA ESPIRITUALIDADE MISSIONÁRIA. Para uma formação missionária moldada pelo estudo e pela leitura orante da Sagrada Escritura – Pe. Sérgio Bradanini, PIME, biblista e missiologo, diretor do ITELSE (Instituto de Teologia da Região Sé) de São Paulo, SP.
Terça, 7 de setembro: PARÓQUIA MISSIONÁRIA, UM PROJETO POSSÍVEL? Mudanças estruturais rumo a um novo
padrão pastoral – Pe. José Carlos Pereira, CP, sociólogo e teólogo pastoralista, pároco da paróquia São José e Nossa
Senhora das Dores, Rio de Janeiro, RJ.
56
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
Quarta, 8 de setembro: PROJETOS E MÉTODOS PARA UMA NOVA EVANGELIZAÇÃO. Memória, seguimento e perspectivas – Pe. Manoel Godoy, diretor executivo do ISTA (Instituto Santo Tomás de Aquino) de Belo Horizonte, MG.
Quinta, 9 de setembro: MISSÃO JUNTO À JUVENTUDE PARA UMA JUVENTUDE PROTAGONISTA DA MISSÃO. O desafio
de descobrir com os jovens a vocação de ser amigos e discípulos de Jesus – Pe. Jorge Boran, CSSp, coordenador do
Centro de Capacitação da Juventude (CCJ) de São Paulo, SP.
Sexta, 10 de setembro: A DIMENSÃO CONTINENTAL NO MEIO DE NÓS. Para uma missão inter gentes na América
Latina e Caribe junto aos migrantes – Pe. Sidnei Dornellas, CS, sociólogo e teólogo, diretor do Centro de Estudos
Migratórios, em São Paulo, SP.
Sábado, 11 de setembro, até 12h00: “Permanecei na cidade até que sejais revestidos da força do alto” (Lc 24,49).
Conclusões, articulação e encaminhamentos
E) Síntese das PROPOSTAS PARA O PROJETO “O BRASIL NA MISSÃO CONTINENTAL”
ELEMENTOS BÍBLICOS PARA UMA ESPIRITUALIDADE MISSIONÁRIA
- Dinamizar mais o Projeto “Um milhão de Bíblias” como maior incentivo ao uso da Bíblia nas pastorais
e movimentos (elemento dinamizador).
- Treinamento dos orientadores da Leitura Orante da Bíblia (modelo Guias de Oração). Divulgação de
subsídios existentes da Bíblia.
- Regionalização dos encontros de animação missionária para favorecer maior participação e difundir a
proposta missionária em todos os responsáveis regionais.
- Implementação em todos os âmbitos da Leitura Orante da Bíblia.
- Formação bíblica para leigos.
PARÓQUIA MISSIONÁRIA RENOVADA
- Paróquias tornem-se Paróquias Missionários: intensificar a criação dos Comidis e Comipas.
- Paróquias se convertam numa rede de comunidades: setorização, criação de novas comunidades, “grupos de reflexão”, instituição de ministérios e serviços, formação teológica e missionária para as lideranças e povo em geral.
MÉTODOS PARA A EVANGELIZAÇÃO
- Retomar, reavivar, Comina, Comire, Comidi.
- Reforçar a Missão Continental com representantes do Comina e dos Comires para o encontro nacional
(levar esta proposta à assessoria da CNBB tendo presente os temas aborados na Semana).
FRONTEIRAS AD GENTES E INTERGENTES
- A partir dos documentos, produzir subsídios acessíveis ao povo. Coletar experiências realizadas em nível
de América Latina e Caribe.
- Produzir vídeos.
- Intercambio com a base e a assessoria nacional junto à Igreja Local.
- Formação Missionária sobre a Missão Continental nos Seminários.
- Curso de formação para lideranças.
- Constituir equipes de formação e de articulação diocesanas.
- Parceria com o Comire e Comidi onde não existe, e fortalecer onde existe.
- Criar um fundo para o Comire a partir da Campanha da Evangelização.
- Trabalhar com a Infância e Juventude Missionária.
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
57
IV. SCAI – Serviço de colaboração apostólica
INternacional
1. Considerações Iniciais
A movimentação missionária de religiosos e religiosas,
sacerdotes, leigos e leigas, nos tempos recentes, não
está isenta do rigor que os Estados e a comunidade internacional vêm implementando em termos de requisitos
para concessão de Vistos e exercício da missão. Embora
não haja mudanças na lei, em muitas circunstâncias
as exigências práticas vão sendo formuladas de modo
a dificultar ou tornar mais rigorosa a apresentação de
documentos e o cumprimento burocrático dos procedimentos a serem seguidos.
O SCAI, departamento do Centro Cultural Missionário
da CNBB, tem por finalidade prestar assistência administrativa, jurídica e documental aos sacerdotes, religiosos, religiosas, leigos e leigas, que vêm ao Brasil
como missionários. No atendimento e orientação aos
missionários e em contato permanente com as autoridades públicas constata e registra preocupação com
a questão relativa à comprovação formal da formação
religiosa dos missionários e missionárias.
Desejamos comentar este aspecto que, no caso do Brasil, está se tornando cada vez mais rigoroso e que muitos
candidatos e candidatas à missão em nosso País não estão conseguindo atender. Trata-se dos Certificados e Diplomas de Estudos de formação religiosa, os quais nas últimas décadas integram a rol de comprovantes necessários
tanto no pedido de Visto, quanto nos processos de prorrogação de prazo e de transformação do visto temporário em
permanente. Estes documentos devem ser legalizados pelo Consulado brasileiro no país onde são emitidos.
Ocorre que, frequentemente, os missionários e missionárias não possuem documentação formal correspondente
aos estudos religiosos, pois a formação é feita no âmbito interno das Congregações, sem a emissão de documentos correspondentes e, mesmo quando emitidos, nem sempre os Consulados procedem a legalização, por
tratar-se de documentos internos, sem o reconhecimento de estudos formalmente realizados. É um aspecto
sobre o qual se faz necessário refletir, não apenas em função de um Visto, mas também como comprovação da
formação religiosa daqueles e daquelas que passam consideráveis períodos de sua vida a valiosos estudos que,
se comprovados podem ser significativos nos respectivos Curriculum Vitae.
Os SCAI, no desempenho de sua missão, apoiou, assistiu, defendeu e, quando necessário, recorreu de decisões
dos órgãos públicos competentes, para garantir a obtenção das devidas autorizações legais (Visto, prorrogações,
permanência) a todos os missionários e missionárias dispostos a prestar sua generoso serviço missionário no
Brasil. Em muitas circunstâncias não foi fácil superar a burocracia e controles migratórios impostos pelos Estados. Mesmo assim, os dados a seguir expostos, revelam o resultado altamente positivo obtido tanto no apoio
aos missionários e colaboradores de outros países que vieram em missão no Brasil, quanto aos brasileiros que
partiram para missões no exterior.
58
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
2. Dados e resultados
Embora o serviço do SCAI não se resuma a um total de processos, pois a diversidade na tramitação e a necessidade de intervenções variam muito de um caso a outro, vale registrar a totalidade d e processos defendidos e
acompanhados durante o ano de 2010. Também é oportuno referir que cada processo tem um trâmite longo, que
varia entre 6 meses e 2 anos, em média. Neste período, os processos passam por diversos Órgãos Públicos, tais
como: Superintendência da Polícia Federal dos Estados, Departamento de Polícia Marítima, Aérea e de Fronteiras
da Polícia Federal, Divisão de Estrangeiros ou Divisão de Nacionalidade e Naturalização do Ministério da Justiça
e em muitos casos Ministério das Relações Exteriores.
Em face desta burocracia e prolongada tramitação, o SCAI procura acompanhar de perto os casos, orientar e
informar os missionários e missionárias, alertá-los sobre providências a serem tomadas e sobre os prazos de
validade de seus documentos, assim como faz todas as gestões necessárias para os pedidos em trâmite tenham
o resultado esperado e o tenham no tempo mais curto possível.
Tabela 1 – Processos
Item
Total
254
211
465
Fonte: Secretaria SCAI
Processos encerrados no ano
Processos em trâmite (terão continuidade em 2010)
Total
Gráfico 1 – Processo deferidos
Os 254 que obtiveram deferimento e foram
encerrados referem-se, como se demonstra no Gráfico 1, a vistos de entrada no
Brasil, prorrogações de prazo de estada no
País, transformação de visto temporário
em permanente e vistos para brasileiros e
brasileiras que partiram para missões em
outros países
116
65
54
19
Vistos de Entrada
Prorrogação
no Brasil
de Prazo de Entrada
Transformação
de Visto
Temporário
em Permanente
Vistos para
Brasileiros
a outros países
Fonte: Secretaria SCAI
A) Vistos de Entrada no Brasil
É bom referir que os Vistos de Entrada no Brasil devem ser obtidos, conforme estabelece a legislação brasileira,
nas Repartições Consulares dos países de residência dos Missionários e Missionárias. Isto representa atender
condições específicas que os Consulados estabelecem, embora seguindo a legislação básica estabelecida pelo
Governo Brasileiro. Esta circunstância, frequentemente, demanda medidas e providências por parte do SCAI,
para atender, esclarecer e solucionar demandas diversas em diferentes países para conseguir que os missionários obtenham os devidos vistos.
O SCAI acompanhou 65 processos de Vistos para viabilizar a entrada de Missionários no Brasil, os quais obtiveram aprovação, e retratam o seguinte quadro:
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
59
Tabela 2
Classificação segundo o tipo de visto
Visto Item VII - Sacerdotes, Religiosos e Religiosas
54
Visto Item V – Leigos - colaboradores voluntários
02
Visto Item IV – Estudantes
09
Tabela 3
Tabela 4
Classificação por categoria
Classificação por gênero
Sacerdotes Diocesanos
3
Homens
29
Religiosos e Religiosas
36
Mulheres
36
Sacerdotes Religiosos
14
Leigos e Leigas
03
Estudante Religiosos
09
Tabela 5
Classificação por país de procedência
Índia
3
Alemanha
2
Indonésia
4
Argentina
2
Itália
4
Canadá
2
México
4
Colômbia
7
Nicarágua
2
Coréia
5
Peru
3
Costa Rica
2
Portugal
2
França
2
RD do Congo
5
Haiti
5
Outros países
11
B) Prorrogação de Prazo de Estada no Brasil
Segundo a legislação brasileira, os vistos de entrada dos missionários e colaboradores são concedidos com validade
por um ano, prorrogável por outro igual período e, ao final da prorrogação, é transformável em permanência. Foram
54 os pedidos de prorrogação de prazo acompanhados pelo SCAI no ano em curso, tendo sido todos deferidos.
Tabela 6 – Classificação por função/categoria
Sacerdotes Diocesanos
6
Religiosos e Religiosas
20
Sacerdotes Religiosos
12
Leigos e Leigas
03
Estudantes Religiosas
13
60
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
C) Transformação de visto temporário em Permanente
Os Missionários e Missionárias, portadores de Visto Item VII, podem, com base na legislação vigente, ao final de
dois anos de residência no Brasil, pedir a transformação de seus Vistos Temporários em Residência Permanente.
O total dos/as que, em 2010, obtiveram Permanência Definitiva foi de 116, sendo os Religiosos e Religiosas os
mais numerosos.
É de se destacar que, nos últimos anos, estava ocorrendo uma demora exagerada na decisão dos processos,
devido a grande acúmulo de processos e a lentidão com os mesmos vinham sendo analisados e decididos, sempre devido a problemas internos do serviço público e de certa desorganização interna na Divisão competente do
Ministério. Diante disto, e graças à presença que temos no Conselho Nacional de Imigração, fizemos um pedido
às autoridades no sentido de solucionar este problema que estava se acumulando de forma exagerada, com
prejuízo tanto aos missionários, que não conseguiam ter seus documentos de permanência (embora protegidos
por um documento de protocolo), quanto outros imigrantes em nosso País.
Tabela 7
Requerentes da permanência
Sacerdotes Diocesanos
5
Religiosos e Religiosas
66
Sacerdotes Religiosos
31
Leigos e Leigas
14
3. Missionários brasileiros designados a missões no exterior
A dimensão missionária da Igreja tem naqueles e naquelas que partem para o serviço aos irmãos além-fronteiras
uma das suas grandes expressões. É muito bom, para o departamento do SCAI, ter a oportunidade de constatar,
através dos serviços que presta, que nos últimos anos reduziu-se a diferença entre os muitos missionários que
chegavam no Brasil e o pequeno número dos que partiam. Nota-se, com alegria, que o Brasil está cada vez mais
correspondendo ao “dar da própria pobreza”.
Neste item, os dados abaixo não refletem a totalidade dos missionários que partem, pois na maioria das vezes
os Vistos são obtidos pelos próprios interessados diretamente nos consulados dos países em que irão residir. Por
parte do SCAI, neste caso, é realizado o trabalho de orientação, informações, em alguns casos a legalização de
documentos, mas, o procedimento junto ao Consulado é de competência exclusiva do titular, ou seja, do próprio
missionário ou missionária. Neste âmbito, alguns procedimentos realizados pelo SCAI, para apoiar ou facilitar a
obtenção de Visto ou a vida do missionário/a no País de missão:
A) Obtenção de visto ou documentos para visto em Repartições Diplomáticas
Nunciatura Apostólica (doc. Para visto para a Itália)
2
Embaixada da Angola
2
Embaixada Moçambique
9
Costa do Marfim
1
Rep. Democrática do Congo
2
Senegal
3
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
61
B) Encaminhamento e orientações para obtenção de visto junto aos Consulados:
Angola
6
Moçambique
16
México
1
França
2
Estados Unidos
2
Senegal
3
Costa do Marfim
2
Total
32
C) Legalização de documentos e outras providências:
No Consulado da Angola
1
No Consulado de Moçambique
9
Na Republica Democrática do Congo
2
No Ministério das Relações Exteriores
12
Total
24
4. Atividades permanentes desenvolvidas pelo SCAI
– Orientação, palestras e informação aos participantes dos cursos do CENFI.
– Controle das publicações no Diário Oficial da União, relativas à prorrogação de prazo, permanência
definitiva e naturalização de missionários/as.
– Acompanhamento de missionários ao Ministério da Justiça, Polícia Federal, Embaixadas e Divisões
Consulares.
– Acompanhamento, instrução e defesa de processos de pedido de visto.
– Comunicação individual aos missionários, informando sobre a situação dos respectivos processos em
tramitação no Ministério da Justiça, Ministério do Trabalho e Polícia Federal, tanto nas Superintendências Estaduais, quanto no Departamento de Polícia Marítima Aérea e de Fronteiras.
– Envio, com antecedência de 3 meses, de correspondência individual aos missionários, alertando para os
respectivos prazos e orientando sobre preparação dos pedidos de prorrogação de prazo de estada e/ou
de permanência a serem protocolados na Polícia Federal.
– Entrega de documentos, por solicitação de Bispos, Religiosos, Religiosas e Sacerdotes, nas embaixadas,
no Ministério da Justiça, Ministério do Trabalho, Conselho Nacional de Assistência Social e outros órgãos
públicos federais sediados em Brasília.
– Contatos com as Embaixadas para informações atualizadas sobre condições e exigências para concessão de vistos.
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
62
5. Processos de vistos de Entrada no Brasil de Missionários/as
acompanhados pelo SCAI nos últimos 10 anos:
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
África do Sul
País de Procedência
0
0
0
0
1
2
0
0
0
0
1
TOTAL
4
Áustria
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
1
24
Alemanha
4
3
1
0
1
2
1
2
1
7
2
Angola
0
0
0
1
3
1
0
0
0
2
0
7
Argentina
0
1
2
5
3
0
1
3
0
1
2
18
Austrália
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Áustria
0
1
0
2
0
1
1
1
0
0
0
6
Bangui
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
1
Bélgica
4
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
4
Benin
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
1
Bolívia
1
0
1
1
0
0
0
0
0
0
0
3
Bukina Faso
0
0
0
0
0
1
1
0
1
0
0
3
Burundi
0
1
1
1
0
0
1
0
0
0
0
4
Cabo Verde
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Camarões
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
0
2
Canadá
0
1
1
1
3
5
3
7
4
9
2
36
Chile
0
8
1
1
1
3
4
4
0
1
0
23
China
0
0
0
0
0
0
1
2
1
0
0
4
Colômbia
0
8
3
9
6
3
4
2
1
3
7
46
23
Coréia
0
2
6
0
0
4
1
3
0
2
5
Costa do Marfin
0
0
1
0
1
0
1
0
1
1
0
5
Costa Rica
0
1
1
0
0
0
0
4
1
1
2
10
Cuba
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
1
El Salvador
0
0
3
0
1
1
1
0
0
0
0
6
Egito
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
1
Eritréia
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
1
Equador
0
1
1
0
3
4
0
1
1
1
1
13
Espanha
3
14
2
3
10
5
1
5
7
5
0
55
Etiopia
0
0
0
0
1
0
0
0
0
2
0
3
Estados Unidos
3
1
8
3
2
5
6
3
1
0
1
33
Filipinas
1
10
4
2
1
1
3
5
1
1
1
30
França
6
3
3
3
6
5
3
2
0
0
2
33
Ghana
0
0
0
0
1
1
1
0
0
1
0
4
Guatemala
1
0
0
0
0
0
1
4
0
0
0
6
32
Haiti
0
3
2
4
2
0
2
1
12
1
5
Holanda
1
1
0
1
0
0
0
0
0
0
0
3
Honduras
0
0
3
1
1
0
0
0
0
0
1
6
Índia
1
4
9
14
9
10
7
9
7
5
3
78
Indonésia
5
6
0
4
3
2
5
2
2
2
4
35
Inglaterra
1
0
1
0
0
1
0
0
1
0
0
4
Irlanda
1
1
1
2
3
5
1
1
3
0
0
18
Itália
38
31
27
18
27
15
14
23
11
8
4
216
Japão
0
0
0
0
0
1
0
1
0
1
0
3
Kênia
1
1
0
0
2
1
2
2
0
0
1
10
Líbano
0
2
0
0
0
0
0
0
0
0
0
2
Malawi
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
1
2
Madagascar
0
0
0
0
3
4
0
0
0
0
0
7
Malta
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
México
2
6
7
7
17
11
6
2
3
5
4
70
Moçambique
2
4
3
3
5
1
0
0
0
0
1
19
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
63
Nicarágua
0
0
1
0
0
0
0
0
1
0
2
4
Nigéria
0
0
2
1
0
2
0
2
1
1
0
9
Papua N. Guiné
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Paraguai
0
0
0
1
1
1
1
1
2
0
1
8
Peru
0
2
3
0
4
2
1
1
1
3
0
17
Polônia
3
6
10
3
4
5
2
0
2
0
1
36
28
Portugal
4
0
7
3
3
1
4
4
0
0
2
Rep. Dominicana
0
1
0
0
0
0
1
0
0
0
1
3
Rep. D. do Congo
0
2
4
4
1
1
3
5
1
4
5
30
Romênia
1
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
2
Ruanda
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
São Tomé
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
1
Senegal
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
1
Slovaquia
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
SriLanka
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Sudão
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
1
Suíça
4
0
0
0
1
1
1
0
0
0
0
7
Taiwan
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
1
Tanzânia
0
1
0
0
2
0
0
1
0
1
0
5
Tonga
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
1
Togo
0
1
2
2
0
0
1
0
1
1
1
9
Uruguai
0
2
1
0
2
0
0
1
0
0
0
6
Venezuela
0
0
3
0
0
1
0
3
0
0
0
7
Vietnan
0
0
0
0
0
4
1
0
0
0
0
5
Zâmbia
0
0
0
0
0
0
0
2
0
0
0
2
Total
87
133
127
100
138
117
87
111
69
71
65
1105
6. Considerações e Informações finais
As atividades do SCAI se estendem também a outros serviços de apoio aos missionários/as, para atender suas
solicitações e necessidades, suas Congregações, as Dioceses, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Instituições, Organizações e a Igreja em geral. Toda a atividade do SCAI tem como objetivo principal favorecer aos
missionários e colaboradores a superar a burocracia, a regularidade legal no que diz respeito às normas que se
lhes aplicam para a entrada e a estada regular no País e, sem dúvida, dar-lhes mais tranqüilidade em sua missão. As exigências em torno das práticas relativas à documentação são muitas e complexas. O funcionamento de
um órgão de orientação e assistência, como é o SCAI, pode amenizar as preocupações dos missionários e, assim,
eles podem dedicar-se e atuar melhor em sua missão pastoral.
Síntese dos processos, procedimentos e serviços prestados em 2010
Processos, procedimentos, serviços
Processos diversos
Obtenção de documentos em Repartições Diplomáticas
Encaminhamentos de Vistos para outros países
Legalização de Documentos
Resposta a Consultas diversas
Total
Quantidade
465
019
032
024
174
714
Fonte: Arquivo do SCAI/CCM
Agradecemos a Deus pelo trabalho que no SCAI conseguimos realizar. Rendemos graças ao Senhor, sobretudo
pela riqueza e generosidade desta vida e vigor missionário expressos na presença generosa e atuante de tantos
missionários e missionárias a serviço do ser humano para que este tenha vida plena e harmônica no conjunto do
universo que todos e todas somos chamados a respeitar e preservar.
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
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V. CCM – outras ATIVIDADES e iniciativas em 2010
1. PARTICIPAÇÃO DE EVENTOS E atividades por parte da direção
• Campo Grande, MS, 18 – 22 de janeiro de 2010: Curso sobre Projeto Comunitário Missionário para as Irmãs de Jesus
Adolescente.
• São Paulo, SP, 25 – 30 de janeiro de 2010: Curso para Formadores sobre a dimensão missionária presbiteral, organizado
pela OSIB (Organização dos Seminários e Institutos do Brasil).
• Itaici, SP, 7 de fevereiro de 2010: Conferência sobre o Presbítero e a Missão no 13º Encontro Nacional dos Presbíteros (ENP).
• Brasília, DF, fevereiro – junho de 2010: ministração do Curso de Teologia Pastoral no Seminário Maior Arquidiocesano de
Brasília “Nossa Senhora de Fátima”.
• Recife, PE, 18 – 20 de fevereiro de 2010: Assembléia Arquidiocesana de Pastoral – Nossa missão é continuar a obra
de Jesus Cristo.
• Rio Branco, AC, 16 – 18 de abril de 2010: Encontro sobre
Espiritualidade Missionária com o núcleo da CRB de Rio Branco.
• Belo Horizonte, MG, 21 – 22 de abril de 2010: Encontro de formação sobre Presbítero e Missão, organizado pelo COMIRE Leste 2.
• São Paulo, 23 – 24 de abril de 2010: Encontro sobre Espiritualidade Missionária com as Irmãs Palotinas.
• Patos de Minas, MG, 24 – 27 de maio de 2010: Semana Teológica sobre Sacerdócio e Missão, no Seminário Maior Dom José André Coimbra.
• Curitiba, PR, 12 – 14 de julho de 2010: Encontro de Formação a dimensão missionária da vida religiosa,
com as Irmãs da Divina Providência.
• Foligno (Itália), 29 de agosto a 2 de setembro de 2010: Congresso Juvenil Missionário “Volti e storie al crocevia della missione” – testemunho e conferência sobre a Igreja ministerial e a missão na América Latina.
• Dourados, MS, 23 – 26 de setembro de 2010: II Congresso Missionário do Mato Grosso do Sul – Conferência principal: “Igreja do Mato Grosso do Sul na missão permanente. De batizados a discípulos
missionários”, e oficina sobre “Missão e perfil do presbítero e da Vida Consagrada no Regional”.
• Guarapuava, PR, 19 de outubro de 2010: Encontro sobre Espiritualidade Missionária com os Missionários do Verbo Divino, Província Brasil Sul.
• São Paulo, SP, 13 – 15 de novembro de 2010: Encontro Nacional dos Organismos e Instituições Missionárias – coordenação e organização.
• Salvador, BA, de 22 – 25 de novembro de 2010: Assembléia Regional CNBB Nordeste 3 – Conferência
sobre “Dinamismo da Ação Evangelizadora no Brasil, a partir da Missão Continental”.
• Belo Horizonte, MG, 27 – 28 de novembro de 2010: Assembléia do Conselho Missionário Regional Leste
2 – “Qual vocação para qual missão?”.
• Brasília, DF, 30 de novembro a 2 de dezembro: Tríduo de São Francisco Xavier no Centro Cultural de
Brasília com exposição fotográfica organizada pelo Pe. Estêvão Raschietti, SX e conferência sobre o zelo
missionário de Xavier.
• Brasília, DF, 8 de dezembro: constituição da Equipe de Reflexão Missionária (ERMi) da Conferência dos
Religiosos do Brasil (CRB), com coordenação de Pe. Estêvão Raschietti, SX.
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
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2. ATIVIDADES E INICIATIVAS NO CAMPO ECONÔMICO
A) Projetos com pedidos de ajuda financeira
Durante o ano de 2010 a Secretaria Executiva do CCM tomou algumas iniciativas com o objetivo de arrecadar
fundos para manter as atividades e oferecer taxas mais accessíveis para os missionárias(os) que buscam participar da preparação missionária. Enviamos os seguintes projetos:
ADVENIAT
Projeto de ajuda em referência a “Concessão de bolsas para o CENFI” e “Recursos para ajuda de custos aos
missionários Ad Gentes e de Formação Missionária”.
Valor recebido: EUR 25.000,00 em 16 de março de 2010
Saldo Recursos do projeto ADVENIAT: ADV 233-000/1006 de 2009
Recurso do projeto ADVENIAT: ADV 233-000/1036 de 2010
R$ 232,52
R$ 57.000,00
Total R$ 57.232,52
Destinos dos Recursos
Recursos para concessão de Bolsas do CENFI 103º e CENFI 104º
Recurso para complemento de diárias Curso Formação Missionária
Recurso para complemento de diárias Curso “Ad Gentes”
Recurso para complemento de diárias Curso Presbíteros”
Recurso para complemento de diárias Curso COMIDIs
Recurso para complemento de diárias Curso Missão Continental
TOTAL
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
43.950,00
3.846,69
5.040,48
759,69
1.790,70
1.844,96
57.232,52
Relações dos beneficiados com bolsas financiadas pela ADVENIAT
Nº
Nome de Origem
Congregação/Entidade
País Origem
Cidade
UF
1
Alma Elena Zamarrón Aguilera
Missionárias de Maria Xaverianas
México
Londrina
PR
Bolsa ADVENIAT
R$ 2.250,00
2
Antony Muchoki Murigi
Missões Consolata
Kenya
Sâo Paulo
SP
R$ 2.500,00
3
Aurélio Judicaél Ngouambéké
Congregação do Espirito Santo
Rep. Dem. do Congo
Cruzeiro do Sul
AC
R$ 2.250,00
4
Bismarck Dumarsais
Imaculdo Coração de Maria CICM
Haiti
Nova Iguaçu
RJ
R$ 2.250,00
5
Geordany Pierre
Sociedade dos Sacerdotes de São Tiago
Haiti
Londrina
PR
R$ 3.000,00
6
Héctor Elías Betancur Betancur
Instituro Missões Consolata
Colômbia
São Paulo
SP
R$ 2.250,00
7
Jacques Ay Mve
Missionários Espiritanos
Camarões
Tefé
AM
R$ 2.950,00
8
Josep Thekkel Mathew
Diocese de Jataí
Índia
Chapadão do Céu
GO
R$ 2.250,00
9
Justin Muchapa Tunguli
Missionários Xaverianos
Rep. Dem. do Congo
São Paulo
SP
R$ 2.000,00
10 Lucía Cecilia Galichio
Missionárias Claretianas
Argentina
Pinhais
PR
R$ 3.000,00
11 Lucien Céralien
Sociedade dos Sacerdotes de São Tiago
Haiti
Londrina
PR
R$ 3.000,00
12 Manuel Islas Rodrigues
Missionários de Guadalupe
México
Itacoatira
AM
R$ 500,00
13 Marie Jeanne Kavugho Nziwa
Irmãs Oblatas da Assunção
Congo
Campinas
SP
R$ 2.250,00
14 Neyla Sofia Guiza Peneda
Dominicanas de Sta Catarina de Sena
Colombia
Piripa
BA
R$ 3.000,00
15 Pulickal Chacko Joseph
Diocese de Jataí
Índia
Chapadão do Céu
GO
R$ 2.250,00
R$ 2.250,00
16 Roosevelt François
Imaculdado Coração de Maria CICM
Haiti
Nova Iguaçu
RJ
17 Tseghe Tclemicael Tessema
Irmãs Capuchinhas de Madre Rubatto
Eritreia
São Luis
MA
R$ 3.000,00
18 Veniel Julien
Sociedade dos Sacerdotes de São Tiago
Haiti
Londrina
PR
R$ 3.000,00
TOTAL
R$ 43.950,00
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
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STICHTING PORTICUS
O objetivo do projeto foi buscar subsídios para a Formação Missionária, especialmente os custos com Assessores
para os cursos programados (Côngruas - Passagens) e os custos com os Curso do CENFI - ensino da língua portuguesa aos missionários que chegam do Exterior para trabalhar no Brasil (Professores de Língua Portuguesa).
Valor recebido: EUR 20.000,00 em 29 de abril de 2010
Recursos do Projeto Nº 212.038 R$ 46.200,00
Destinos dos Recursos
Itens
ASSESSORES: Despesas com pagamentos de côngruas e pró-labore
para assessores dos cursos
PROFESSORES: Contratação de 3 professores de língua portuguesa
para dois períodos de 3 meses, durantes os cursos do CENFI.
TRANSPORTES: Despesas com passagens aérea com os assessores.
Valor
R$ 6.558,74
R$ 31.586,42
R$ 8.054,84
R$ 46.200,00
TOTAIS
PONTIFÍCIAS OBRAS MISSIONÁRIAS
Doação recebida e destinada para a Formação Missionárias e Atividades Missionárias do CCM.
Valor recebido: R$ 114.061,99 em 15 de abril de 2010
Doações de outras
entidades a cada
Missionário
8.100,00
1.750,00
500,00
35
61.250,00
2. Formação Missionária
98,00
2.548,00
1.700,00
615,36
232,64
29
17.845,31
3. Formaçõa Ad Gentes
98,00
2.548,00
1.700,00
615,36
232,64
38
23.383,52
4. Curso Missão Continental
88,00
616,00
400,00
181,66
34,34
54
9.809,55
5. Curso Presbíteros
88,00
792,00
700,00
37,74
54,26
14
528,31
6. Curso COMIDIs
88,00
792,00
700,00
37,74
54,26
33
1.245,30
Participantes
do Curso
Doação por
Missionário com
recursos das POM
10.350,00
1. Cenfi
Custo Total
do Curso
115,00
Custo Diário
por missionário
Taxa paga
pelo Missionário
Total de recursos
das POM utilizados
para cada curso
Destinos dos Recursos
TOTAL
114.061,99
COMISSÃO EPISCOPAL PARA AMAZÔNIA
Doação do Papa Bento XVI à Igreja na Amazônia no ano de 2010, para a formação de Missionários e Missionárias
para Amazônia.
Valor recebido: R$ 56.500,00
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
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Destinos dos Recursos
Nº
Descrição da Atividade
Valor
1
Bolsa parcial para participação no Curso do CENFI 103º e 104º para missionários
que foram atuar na Amazônia.
18.160,00
2
Contribuição ao CIMI para a realização de Encontro das populações indígenas,
ribeirinhas e urbanas da Amazônia brasileira, realizado em Altamira-PA, nos dias
09 a 12 de agosto de 2010, teve como temática central a reflexão e o estudo sobre
os impactos dos grandes empreendimentos na Amazônia, em especial, os relacionados à Usina hidrelétrica Belo Monte.
5.000,00
3
Pagamento para hospedagem de missionário, durante o Curso Formação Missionária – Amazônia [ 5 missionários foram hospedados fora da sede do CCM]
2.640,00
4
Pagamento de côngruas por assessorias, no Curso de Formação Missionária –
Amazônia.
1.860,00
5
Compra de passagem aéreas para assessores e transportes do Curso Formação
Missionária – Amazônia.
4.894,41
6
Subsídios e Materiais didáticos para Curso de Formação Missionária – Amazônia.
1.020,10
Total de Recurso Gastos
33.574,51
Ob. o Saldo remanescente de R$ 22.925,49, será utilizado para as próximas atividades destinadas a formação
missionário com objetivos para a Amazônia.
3. INICIATIVAS PARA A ESTRUTURA DO CCM.
A) REFORMAS DE QUARTOS - No decorrer de 2010 foi dado início a um projeto de reforma e revitalização
dos apartamentos do Centro Cultural Missionário. Foram compradas camas novas, novas estantes,
escrivaninhas, novas cortinas e começo de um processo de nova pintura.
B) REVITALIZAÇÃO DE ESQUADIRAS – Também foi dado início a o processo de restauração das esquadrias
metálicas das aberturas do imóvel.
C) BIBLIOTECA – Início de remodelação e da biblioteca, com a transferência de todos os livros para uma
nova sala.
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
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4. SERVIÇOS DE ACOLHIMENTO E HOSPEDAGEM
Durante o ano de 2010, tivemos também atividades relacionadas ao acolhimento de hospedagens para encontros e hospedagens de pessoas e missionários de passagem por Brasília. Estas atividades representaram em
torno de 1.800,00 diárias para o CCM.
5. COmemoração dos 50 anos do Cenfi
Em 15 de dezembro o Centro de Formação Intercultural (Cenfi), para a iniciação dos missionários estrangeiros à
missão no Brasil completou 50 anos. A iniciativa encabeçada pelos franciscanos de Anápolis, GO, sob o impulso
do famoso sociólogo e teólogo Mons. Ivan Illich, encontra-se hoje a fazer parte do Centro Cultural Missionário de
Brasília, organismo da Conferência Episcopal dos Bispos do Brasil (CNBB). Pelo Cenfi passaram cerca de 4000
missionários estrangeiros durante os 104 cursos realizados até aqui.
Objetivo principal destes cursos é a aprendizagem sistemática da língua portuguesa, uma primeira introdução
do missionário ao contexto sócio-cultural do Brasil e uma iniciação à missão e à realidade eclesial brasileira.
A recorrência dos 50 anos do Cenfi representa sem dúvida uma ocasião para fazer o ponto sobre a formação
missionária no Brasil: suas memórias, seus caminhos e suas perspectivas. Em primeiro lugar, porém, não se
pode perder de vista a inspiração da qual surgiu esta iniciativa: inspiração que determina uma visão da missão,
uma tarefa e uma vocação.
O Documento de Aparecida declara solenemente que “a vocação e o compromisso de ser hoje discípulos e missionários de Jesus Cristo na América Latina e no Caribe, requer uma clara e decidida opção para a formação” (DAp
276). A experiência de meio século do Cenfi, indica que um percurso de formação específica para os missionários
deve atender a três exigências: uma formação humana, intelectual e espiritual no próprio país de origem; uma
formação mais técnica de inserção e de iniciação à missão no país de destinação – que prevê principalmente
(mas não somente) o estudo da língua; e um estágio missionário, com acompanhamento, que varia de seis
meses a um anos ou mais no campo final de missão. Entre o envio missionário e a inserção concreta no lugar de
missão deveria passar como mínimo um ano de formação, também para os missionários mais experientes.
O CENFI começou sob o nome de “Seção Brasileira do Instituto de Comunicação Intercultural” da Universidade de
Ponce em Porto Rico, e formalizava seus estatutos com o nome de Cenfi em 1962 com a assinatura e a bênção
de Dom Hélder Câmara, então Secretário Geral da CNBB. Para comemorar o Jubileu de Ouro do Cenfi foi celebrada
uma missa no CCM no dia 11 de dezembro, presidida por Dom Dimas Lara Barbosa, Secretário Geral da CNBB.
Logo após houve uma confraternização com os funcionários do CCM, amigos e assessores da CNBB, da CRB e
das POM, e os missionários do CENFI 104.
70
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
6. CURSOS E INICIATIVAS DE OUTRAS ENTIDES NA SEDE DO CCM
A) CEFEP – CURSO FÉ E POLÍTICA
No período de 17 a 30 de janeiro de 2010, o Centro Cultural Missionário recebeu o Curso de Fé e Política, organizado pelo Centro Fé e Política Dom Hélder Camara, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e presidido
pelo Pe. Ernanne Pinheiro.
O Curso de Fé e Política tem entre suas finalidades: contribuir com a formação de lideranças cristãs para as
funções públicas, eletivas ou não, no campo da Política e das organizações comunitárias; aprimorar a prática
política dos cristãos no exercício da cidadania e do bem comum; investir na formação do sujeito evangelizador
para torná-lo apto a influenciar na construção de uma nova cultura política.
Os destinatários desta iniciativa são: lideranças das nossas comunidades, pastorais sociais, movimentos e
organismos eclesiais; pessoas com responsabilidades em organizações e movimentos sociais; pessoas que já
assumem ou pretendem assumir cargos em instâncias partidárias.
O processo metodológico do Curso contempla a formação política dos cristãos nas múltiplas dimensões, relacionadas entre si - ética, espiritual e intelectual, respeitando o pluralismo político, a partir da opção pelos pobres,
em comunhão com as Diretrizes da Igreja no Brasil. O CEFEP privilegia a construção coletiva, articulando as diferentes ciências e saberes com a prática dos participantes, a leitura da realidade sócio-histórica dos cursistas,
contribuindo com a construção de uma espiritualidade na ação, a busca de uma pedagogia libertadora, através
de técnicas e instrumentos vivenciados na educação popular e nos grupos da Igreja.
Duração do Curso: 360 horas, sendo 180h de curso presencial e 180h à distância, em um ano. Vagas: 40 a 50
participantes. Certificados: Extensão universitária e de Especialização pela CCEAD Puc-Rio.
B) CLAR – ENCONTRO da Junta diretiva
A Conferência Latinoamericana e Caribe de Religioso/as – CLAR é um organismo internacional, instituído pela
Santa Sé em 1959. O relacionamento se dá por meio da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada. A
CLAR tem como objetivo a animação e coordenação das Conferências Nacionais de Superiores/as da América
Latina e Caribe, existente e 22 países. No período de 21 a 24 de março de 2010, a CLAR realizou na sede do
Centro Cultural Missionário a Junta Diretiva, reunindo a Presidência da CLAR o os presidentes de cada uma das
Conferências Nacionais.
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
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C) CRB – SEMINÁRIO SOBRE JUVENTUDES
O Seminário Nacional sobre Juventudes, realizado pela Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) de 21 a 23
de maio de 2010, foi dirigido a assessores e assessoras que trabalham junto ao público juvenil e para algumas
lideranças Juvenis, com intuito de partilha das experiências e formação em defesa da vida desses jovens. O
Seminário contou com a participação de 40 pessoas.
A CRB como organização religiosa de pleno direito canônico se constitui interlocutora qualificada com a Sé Apostólica no que tange à Vida Consagrada no Brasil. A CRB Nacional é também pessoa jurídica de direito privado,
constituída como associação de fins não econômicos, beneficente, cultural e de assistência social, detentora de
Utilidade Pública Federal, Estadual e Municipal.
A CRB é identificada por sua espiritualidade evangélica, pelo testemunho da partilha, pela opção preferencial e
audaciosa aos empobrecidos e excluídos, pela profecia e anúncio missionário e pela acolhida e resposta às exigências dos novos tempos. Percebida como articuladora e dinamizadora dos compromissos com a evangelização
em lugares de fronteira, promove o diálogo e a colaboração intercongregacional, e outras atividades missionárias em parceria. Como Entidade Cidadã, é reconhecida pelo compromisso com a causa da justiça, da paz, da
reconciliação e, por sua articulação com outras organizações da sociedade.
Este trabalho procura valorizar as diversas iniciativas de grupos e instituições que desenvolvem projetos na defesa
da vida e dos direitos da juventude para a adesão ao projeto desde a sua construção. Para tanto estabelecemos o
diálogo entre os grupos e instituições identificando as potencialidades de cada um para a ação conjunta. A CRB
tem como prioridade no triênio 2007-2010 as Juventudes no diversos contextos sociais, particularmente os que
estão com as vidas ameaçadas. Os/as jovens que não estão na esfera eclesial são o ponto focal desse projeto
por serem jovens desassistidos. Olhar para a vida concreta e diversa desses jovens e estar atentos/as aos jovens
que são vítimas do extermínio tem sido a atenção da Igreja Católica do Brasil.
D) CRB – PROFOLIDER
PROFOLIDER é um programa de formação de lideranças, com duração de dois meses, destinado à Vida Religiosa
Consagrada. Este tem como objetivo contribuir para uma nova geração de Vida Religiosa Consagrada, firmemente alicerçada no seguimento de Jesus Cristo, capaz de assumir, os riscos da mudança, repropor o carisma
fundante, gerar formas de lideranças inovadoras e de visibilizar, nas relações, os valores do Reino. O VII PROFOLIDER foi realizado de 10 de maio a 8 de julho no CCM. O evento contou com 24 participantes, que representaram
23 congregações de diversas regiões do Brasil e de outros Países, como Angola e Guiné Bissau.
72
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
Os temas tratados foram: A pessoa e a instituição, a realidade, Teologia da Vida Consagrada e Espiritualidade
e missão. Além do estudo e aprofundamento de temáticas específicas, o PROFOLIDER promoveu um espaço de
vivência comunitária, onde aconteceram fortes momentos de espiritualidade, partilha de vida e celebração, com
o objetivo de integrar a pessoa consagrada e suas relações com a instituição e missão.
O Profolider VII foi marcado não só pela inter-congregacionalidade (24 participantes, 23 Congregações), mas
também pela internacionalidade (9 países). Uma riqueza de carismas, culturas, experiências, expectativas,
sonhos e um desejo enorme de acertar o passo caminhando na mesma direção com os “olhos fixos em Jesus”.
Conscientes dos impactos decorrentes das transformações sociais, políticas, econômicas, ambientais e religiosas de um mundo em transição, sem paradigma definida, trazemos também perguntas inquietantes, desafios,
dúvidas e as dores típicas das grandes crises.
Neste sentido o Profolider é um exercício fascinante que nos leva a olhar todas as dimensões da vida, não só
para desvendar o que explora e desvitaliza, mas, sobretudo perceber as inúmeras possibilidades que este tempo
oferece e assumir, com autoria bem definida, nossa missão de seguidoras e seguidores de Jesus Cristo, sinais
do Reino. Um exercício para alargar o horizonte e o coração, romper e inovar paradigmas, abraçando apaixonadamente a Causa de Jesus Cristo, toda humanidade e nossa casa comum, a Mãe Terra.
E) CNBB – 48ª ASSEMBLÉIA GERAL
Cerca de 30 bispos do Brasil foram hospedados no Centro Cultural Missionário (CCM) por ocasião da 48ª Assembléia Geral da CNBB, que este ano aconteceu extraordinariamente em Brasília, de 04 a 13 de maio de 2010. O
evento contou com a participação de mais de 300 bispos, sendo 283 ativos e 26 eméritos (aposentados). Aconteceu em Brasília em vista da celebração do 16º Congresso Eucarístico Nacional (de 13 a 16 de maio), que celebra
o jubileu de ouro da arquidiocese de Brasília, bem como os 50 anos da capital federal.
No encontro deste ano, os bispos discutiram “Discípulos e Servidores da Palavra de Deus e a Missão da Igreja no
Mundo”, que é o tema central. Entre outro temas chamados prioritários, o destaque foi para as “Comunidades
Eclesiais de Base”. Na pauta constaram ainda a avaliação das Diretrizes Gerais da Igreja no Brasil (DGAE), a
questão agrária no Brasil e os 100 anos do Movimento Ecumênico.
O local escolhido para a 48ª AG foi o Centro de Eventos e Treinamentos da Confederação Nacional dos Trabalhadores
do Comércio (CNTC), que fica bem no centro da capital federal (SGAS - 902, Bloco C). Aí acontecem as conferências,
reuniões em grupo, debates, plenárias. As missas são rezadas no Santuário Dom Bosco, que fica próximo ao CNTC.
Já a hospedagem para os mais de 300 bispos que participam da Assembleia foi distribuída em 17 casas de
religiosos e religiosas entre as quais o CCM. Foram contratados dez ônibus para o translado dos religiosos.
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
73
VI. PLANO DE ATIVIDADES PARA 2011
A missão
Hoje exige mais do que nunca uma intensa formação. Mas, antes de tudo, o missionário é chamado a reservar
um tempo para si, num encontro consigo mesmo, com os outros e com Deus diante dos desafios da missão aqui
e além-fronteiras. A perspectiva de uma inserção numa nova realidade requer uma redobrada atenção e uma capacidade de superação que precisa ser aprimorada e treinada. Juntamente, é necessário um aprofundamento de
temáticas missionárias que ajudem a enfocar adequadamente questões relevantes de ordem humano-afetivas,
bíblicas, históricas, antropológicas, teológicas, práticas e espirituais, para viver com competência e entusiasmo
a tarefa de anunciar o Evangelho na complexidade do mundo atual.
Quatro propostas
Por esses motivos o Centro Cultural Missionário (CCM) proporciona cursos de formação missionária para diferentes sujeitos eclesiais. Em 2011, a programação terá quatro propostas, algumas dirigidas especificamente a
missionários e missionárias, outras abertas a todos aqueles e aquelas que desejam se aprimorar nas temáticas
relacionadas à missão:
1. Iniciação à Missão no Brasil – CENFI: dois cursos para missionárias e missionários que chegam ao
Brasil do exterior:
– CENFI 105: de 27/02 a 27/05 de 2011;
– CENFI 106: de 25/09 a 22/12 de 2011.
2. Aprendizagem de Idiomas: inglês, dois cursos (básico e avançado) para missionários enviados alémfronteiras; português, dois cursos (básico e reciclagem) para missionários estrangeiros no Brasil.
– Curso de Inglês para missionários além-fronteiras: básico, de 5 de junho a 1 de julho; avançado: de 3 a
29 de julho.
– Curso Intensivo de Português para missionários estrageiros: básico, de 1 a 26 de agosto; reciclagem, de
28 de agosto a 23 de setembro.
3. Missiologia e Animação Pastoral: um curso de extensão universitária, em parceria com IFIBE (Instituto de Filosofia Berthier) de Passo Fundo, RS, para leigos e leigas, religiosos e religiosas, presbíteros,
seminaristas e diáconos engajados na animação missionária, particularmente, coordenadores e membros de COMIDIs, de 6 a 16 de fevereiro de 2011.
4. Formação Missionária: dois cursos para missionárias e missionarios prestes a serem enviados para
Amazônia ou além-fronteiras (ad gentes).
– Curso de Formação Missionária com enfoque na Amazônia, de 31 de Julho a 24 de Agosto de 2011.
– Curso de Formação Ad Gentes, de 28 de agosto a 21 de setembro de 2011.
Esses cursos terão uma programação própria e um enfoque bíblico específico inspirado no Evangelho
de Mateus, segundo quanto sugere o Ano Litúrgico A. O lema de nossa programação é: “A colheita é
grande!” (Mt 9,37). Indica a fartura que representa o campo missionário junto a seus diferentes intelocutores: pessoas, povos, culturas, religiões e situações. E indica também os tempos maduros para a
colheita: a hora da missão é agora!
Centro Cultural Missionário – Relatório 2010
75
VII. Agradecimentos
Depois de três anos a serviço do CCM como coordenadora dos Cursos, Aparecida
Severo da Silva retorna a São Paulo. A partir de agosto deste ano, veio fazer parte
de nossa equipe de coordenação Emilene Eustachio de Brasília.
Obrigado, Cida!
O Centro Cultural Missionário, os funcionários e as funcionárias, os missionários e as missionárias, os membros da Coordenação e tantas pessoas que
te conheceram, queremos agradecer pela sua
presença, seu serviço e sua dedicação a esta
obra. Desejamos a você, querida Cida, animadora, conselheira e “mulher de presença” um
caminho de intensas alegrias. Queremos que
sempre se sinta em casa no meio de nós.
Bem-vinda, Emilene!
Seu pronto “sim” ao nosso convite foi dar resposta a grande missão do Mestre:
“Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos” (Mt 28,19).
Desejamos que essa caminhada conosco possa recompensar sua generosa dedicação, sua grande simpatia e sua paixão pela causa missionária.
A Direção e os funcionários do CCM
Brasília, 31 de dezembro de 2010
Pe. Stefano Raschietti, sx
Secretário Executivo do CCM
Ir. Rosita Milesi, mscs
Coordenadora do SCAI
Aparecida Severo da Silva
Coordenadora dos Cursos

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