RelatóRio de atividades 2010 - Centro Cultural Missionário
Transcrição
RelatóRio de atividades 2010 - Centro Cultural Missionário
Centro Cultural Missionário Organismo da CNBB Relatório de atividades 2010 Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 Centro Cultural Missionário Organismo da CNBB Relatório de atividades 2010 O Centro Cultural Missionário (CCM) é um organismo vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e tem por finalidade: * oferecer um percurso de iniciação à missão no Brasil para missionárias e missionários que chegam do exterior; * promover cursos de formação missionária para brasileiras e brasileiros enviados a outra região ou além-fronteiras; * fomentar o surgimento, a formação e a capacitação de animadores missionários na Igreja no Brasil; * realizar eventos de estudo e aprofundamento sobre teologia, espiritualidade e prática de missão. As atividades realizadas em 2010 envolveram os três departamentos que constituem o CCM: * CENFI (Centro de Formação Intercultural), que se dedica à formação cultural e eclesial dos missionários estrangeiros. * CAEM (Centro de Animação e Estudos Missionários), que proporciona cursos de formação a missionários enviados a outros países, ou que atuam em regiões e projetos missionários no Brasil. *SCAI (Serviço de Colaboração Apostólica Internacional), que oferece assistência jurídica e orientação aos missionários em relação ao visto de entrada e à permanência legal no Brasil e em outros países. 3 Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 5 SUmário I. ASSEMBLÉIA GERAL DO CCM, REUNIÕES DE DIRETORIA E DOS CONSELHOS 1. Assembléia Geral Ordinária do Centro Cultural Missionário 2. Conselho Fiscal do Centro Cultural Missionário 7 7 7 II. CENFI – CENTRO DE FORMAÇÃO INTERCULTURAL 1. Curso do CENFI 103º 2. Curso do CENFI 104º 3. Programa do Curso do Cenfi 4. Sintese das avaliações (CENFI 103 e 104) 9 9 10 11 19 III. CAEM – CENTRO DE ESTUDOS E ANIMAÇÃO MISSIONÁRIA 1. Curso de Formação Missionária – Enfoque para Amazônia 2. Curso de Formação Missionária para Coordenadores de COMIDIs 3. Congresso Missionário Nacional de Seminaristas 4. Curso de Formação Missionária para Presbíteros 5. Curso Ad Gentes 6. Semana Brasileira sobre a Missão Continental 21 21 27 31 41 45 51 IV. SCAI – Serviço de Colaboração Apostólica Internacional 1. Considerações iniciais 2. Dados e resultados 3. Missionários brasileiros designados a missões no exterior 4. Atividades permanentes desenvolvidas pelo SCAI 5. Processos de vistos de entrada no Brasil de missionários nos últimos 10 anos 6. Considerações finais 57 57 58 60 61 62 63 V. CCM – OUTRAS ATIVIDADES e iniciativas em 2010 1. Participação de eventos e atividade por parte da Direção 2. Atividades e iniciativas no campo econômico 3. Iniciativas para a estrutura do CCM 4. Serviços de acolhimento e hospedagem 5. Comemoração do 50 anos do CENFI 4. Curso e Iniciativas de Outras Entidades na Sede do CCM 65 65 66 68 69 69 70 VI. PLANO DE ATIVIDADES PARA 2011 73 VII. Agradecimentos 75 Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 7 I. ASSEMBLÉIA GERAL DO CCM REUNIÕES DE DIRETORIA E DOS CONSELHOS 1. ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA DO CENTRO CULTURAL MISSIONÁRIO Dom Sérgio Eduardo Castriani, CSSp Diretor Presidente do CCM Ir. Márian Ambrósio, IDP Diretora Secretária do CCM Pe. Daniel Lagni Diretor Tesoureiro do CCM Em 24 de fevereiro, às 19h45, reuniram-se os membros Diretores e executivos do CCM. Estavam presentes: Dom Sérgio Eduardo Castriani, Bispo de Tefé, AM, e Diretor Presidente do CCM; Irmã Marian Ambrósio, Diretora Secretária e Presidente da CRB Nacional; Pe. Daniel Lagni, Diretor Tesoureiro e Diretor da POMs; Pe. José Altevir da Silva, segundo suplente e Assessor da Comissão para a Ação Missionária da CNBB; Osmar Favretto, administrador do CCM; Sra. Helena Paludo, representante do CNIS; Eden Magalhães, secretário nacional do CIMI; Irmã Rosita Milesi, primeira suplente e coordenadora do SCAI; Aparecida Severo da Silva, coordenadora dos Cursos do CCM; Pe. Estevão Raschietti, secretário executivo do CCM. Pauta: 1) apreciar relatório de atividades realizadas em 2009; 2) deliberar sobre o balanço do ano 2009 e sobre o orçamento para 2010; 3) outros assuntos. Direção Executiva do CCM: Pe. Estêvão, Cida, Osmar, Ir. Rosita e Pe. Altevir 2. CONSELHO FISCAL DO CENTRO CULTURAL MISSIONÁRIO Aos onze dias do mês de janeiro de dois mil e dez, na sede do Centro Cultural Missionário, reuniu-se o Conselho Fiscal do Centro Cultural Missionário – CCM, tendo na pauta o seguinte assunto: apreciação do balanço do exercício 2009 e da proposta orçamentária para 2010. Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 9 II. CENFI – CENTRO DE FORMAÇÃO INTERCULTURAL O Cenfi é uma iniciativa que a Igreja no Brasil promove há cinqüenta anos, tendo começado em 1960 em Anápolis, GO, por obra dos Franciscanos Menores e de Mons. Ivan Illich. Pelos cursos do Cenfi já passaram cerca de 4.000 missionárias e missionários estrangeiros que atuam no Brasil. 1. CURSO DO CENFI 103º O Centro Cultural Missionário (CCM) realizou o 103º Cenfi, no período de 2 de fevereiro a 30 de abril. Participaram 25 missionários vindos de 17 países: México, República Democrática do Congo, Congo, Haiti, Costa Rica, Alemanha, Sudão, Estados Unidos, Índia, Malawi, Coréia do Sul, Filipinas, Colômbia, Indonésia, Itália, Polônia e Camarões. Nº 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 Nome de Origem Alijandro Álvarez Velázquez Alma Elena Zamarrón Aguilera Aurélio Judicaél Ngouambéké Bienvenu Mbota Nzinga Bismarck Dumarsais Georg Pettinger Héctor Elías Betancur Betancur Jacques Ay Mve Jervas Mawut Mayik Nyok John Patrick Gallagher Josep Thekkel Mathew Justin Muchapa Tunguli Kasitomu James Milward Kyoung Ho Han Marie Jeanne Kavugho Nziwa Marnecio Coralde Cuarteros Mateo Amaris Barrios Michael Lee Tedrick Minarma Roida Sinaga (Vitricia) Patrizia Poloni Pulickal Chacko Joseph Roosevelt François Tomasz Gwiada Tomy Josep Cheruplavil Zaira Lidieth Naranjo Naranjo Congregação/Entidade Missionários de Guadalupe A. R. Missionárias de Maria Xaverianas Congregação do Espirito Santo Missionários do Verbo Divino Imaculado Coração de Maria CICM Diocesano Instituto Missões Consolata Missionários Espiritanos Missionários Combonianos Redentoristas Diocese de Jataí Missionários Xaverianos Missionários Combonianos Instituto Missões Consolata Irmãs Oblatas da Assunção Missionários Combonianos Missionários do Verbo Divino Igreja Episcopal Anglicana do Brasil Irmãs Franciscanas de Reute-Coroatá Missionarias de Maria Xaveriana Diocese de Jataí Imaculdado Coração de Maria CICM Missionários do Verbo Divino Missionários do Verbo Divino Bom Pastor Id. Religiosa Diácono Religiosa Padre Padre Seminarista Padre Padre Padre Padre Padre Padre Padre Padre Padre Religiosa Padre Seminarista Leigo Religiosa Religiosa Padre Seminarista Padre Padre Religiosa País Origem México México Rep. do Congo Rep. Dem. do Congo Haiti Alemanha Colômbia Camarões Sudão EUA Índia Rep. D. do Congo Malawi Coréia do Sul Congo Filipinas Colômbia USA Indonésia Itália Índia Haiti Polônia Índia Costa Rica Estado AM PR AC MG RJ BA SP AM SP SP GO SP PB SP SP SP PA PR MA PA GO RJ PA MG SP Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 10 2. CURSO DO CENFI 104º O Curso do CENFI 104º, para iniciação das missionárias e missionários que vem do exterior à missão no Brasil, foi realizado no período de 20 de setembro a 17 de dezembro de 2010. Participaram 20 missionários de 13 países: Indonésia, Timor Leste, Coréia, Quênia, Eritréia, Congo, Haiti, Argentina, México, Honduras, Colômbia, França e Alemanha. Esse curso teve a duração de 90 dias e termina no dia 17 de dezembro. Nº Nome de Origem Congregação/Entidade Id. Religiosa País Origem Estado 1 Antoine Marie F. Roland de Brye Irmãos Missionários do Campo Religioso França Pará 2 Antony Muchoki Murigi Missões Consolata Religioso Kenya São Paulo 3 Dina Habtemichel Belewe Leiga Etiópia Brasília 4 Geordany Pierre Sociedade dos Sacerdotes de São Tiago Seminarista Haiti Paraná 5 Hwang Hi Lee Beneditinas Religiosa Coreia Pará 6 Jacques Andre Tivoli Irmãos Missionários do Campo Padre França Maranhão 7 Joo Hee Kang Beneditinas Religiosa Coreia Pará 8 Lucía Cecilia Galichio Missionárias Claretianas Religiosa Argentina Paraná 9 Lucien Céralien Sociedade dos Sacerdotes de São Tiago Seminarista Haiti Paraná 10 Manuel Islas Rodrigues Missionários de Guadalupe Padre México Amazonas 11 Maria Ester Vallecillo Sociedade das Missões Estrangeiras Leiga Honduras Amazonas 12 Neyla Sofia Guiza Peneda Dominicanas de Sta Catarina de Sena Religiosa Colombia Bahia 13 Pascal Atumissi Bekububo Xaverianos Seminarista Kongo Pará 14 Petra Kappius Franciscanas de Reute-Coroatá Religiosa Alemanha Maranhão 15 Rosalia Mª Helena da Conceição Missionárias Servas do Espirito Santo Religiosa Indonésia São Paulo 16 Theresia Asia Lori Mbupu Irmãs Ursulinas Religiosa Indonésia Rio de J. 17 Tseghe Tclemicael Tessema Irmãs Capuchinhas de Madre Rubatto Religiosa Eritreia Maranhão 18 Veniel Julien Sociedade dos Sacerdotes de São Tiago Seminarista Haiti Paraná 19 Wilfridus Ribun Missionários do Verbo Divino Padre Indonésia São Paulo 20 Yongeun Moon Beneditinas Religiosa Coreia Pará Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 11 3. PROGRAMA DO CURSO DO CENFI O Curso do Cenfi (Centro de Formação Intercultural) é um momento privilegiado na preparação das missionárias e dos missionários à missão no Brasil. Propomos neste período: 1) uma aprendizagem sistemática da língua portuguesa; 2) um estágio em casas de famílias; 3) uma introdução sobre a sociedade e Igreja no Brasil. Esse Curso torna-se também uma oportunidade de valoroso intercâmbio entre os próprios participantes, vindo de diferentes países, culturas e igrejas. Esta iniciação à missão no Brasil é um tempo especial. Como nos diz, com muita sabedoria, o Livro do Eclesiastes, para nos ajudar a discernir os momentos da vida na sua devida dimensão: “Debaixo do céu há momento para tudo e tempo para cada coisa – tempo para nascer e tempo para morrer. Tempo para plantar e tempo para arrancar a planta ... tempo para guardar e tempo para jogar fora. Tempo para rasgar e tempo para costurar. Tempo para calar e tempo para falar...” (Ecl 3,1-8). Podemos discernir neste tempo em que nos cabe viver no Centro Cultural Missionário: tempo para aprender a língua portuguesa e para aprender costumes e aspirações do povo. Tempo para nos despojar de nossa cultura sem arrancá-la. Tempo para revisar nossos critérios pastorais para melhor nos colocar diante dos novos apelos. Tempo para uma verdadeira encarnação, embora carregando os valores da nossa própria cultura como bagagem que nos acompanha sempre. Tempo para valorizar as diversas culturas das companheiras e dos companheiros do curso. Tempo para aprendermos novamente o que Deus pede de nós como parte de um novo povo, sobretudo diante dos pobres que os Padres da Igreja Primitiva os apresentam como nossos mestres. A) ENSINO SISTEMÁTICO DA LÍNGUA PORTUGUESA OBJETIVO GERAL Fornecer ao aluno a possibilidade de estudar e aprender a língua portuguesa brasileira em todos os seus aspectos – gramatical, contextual, comunicativo – para que ele possa desenvolver a sua atividade no País. METODOLOGIA • O curso adota a metodologia comunicativa-estruturalista que consiste no ensino da língua por meio de exercícios estruturais, textos, filmes, documentários, conversação em sala de aula, atividades extra (exercícios complementares e aulas de campo), além de oferecer material específico para assimilação dos sons da língua. • O curso também oferece espaço físico adequado para a aprendizagem da língua, espaços agradáveis e amplos: sala de conferências, salas de reuniões, salas de aulas, salas de estar com TV a cabo, biblioteca e uma área externa de 4000 m2. Todos os ambientes da casa têm conexão com internet sem fio. Temos a disposição seis computadores comunitários. Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 12 • Durante o estudo da língua, o aluno terá contato com a história, a geografia, a sociedade, os costumes, a arte, as tradições culturais, a religiosidade popular, a caminhada a Igreja por meio de atividades, confraternizações, passeios e eventos. • As aulas de língua portuguesa serão ministradas todas as manhãs durante três meses de 8h00 a 12h00, de segunda a sexta. As tardes serão dedicadas ao estudo pessoal ou em grupo, e a atividades propostas pela coordenação ou pelos professores de 14h00 a 17h00. Professores • Juliana Queiroz – Graduada desde 2005 pela Universidade de Brasília em Letras Português do Brasil como Segunda Língua (licenciatura voltada para o ensino de Português para indígenas, surdos e demais pessoas que não possuem a língua portuguesa como língua materna), leciona português no Cenfi desde 2006, já lecionou na Escola das Nações, em várias embaixadas de Brasília e no ILAL. Também atua como professora de francês. • Maria do Socorro Dias (Lia) – Formada em Magistério. Cursos regulares e seminário de aperfeiçoamento e atualização em Língua Portuguesa para estrangeiros. Curso de fonoaudiologia. Noções de idiomas: espanhol, italiano, francês. Experiência profissional: 28 anos no ensino de português para estrangeiros no CCM e Embaixadas. Revisora de textos. • Raquel Cristina P. de Sousa – Formada em Letras (Português do Brasil como Segunda Língua) pela Universidade de Brasília (UnB) com pós‐graduação em Língua Portuguesa e Linguística (Faculdades Integradas da Terra de Brasília – FTB), com especialização em Sociolingüística voltada para o ensino de português para estrangeiros. Noções de idioma: inglês e espanhol. Experiência profissional: sete anos no ensino de línguas. Revisora de textos. • Susana M.R. de Oliveira – Formada em Letras (Português do Brasil como segunda língua) e em Letras (Inglês) pela Universidade de Brasília. Fluência em inglês e espanhol. Experiência profissional de novo anos no ensino de línguas. Tradutora e revisora de textos. Prof.ª Juliana Prof.ª Lia Prof.ª Raquel Prof.ª Susana AVALIAÇÃO A avaliação é realizada durante todo o curso, isto é, o aluno estará sendo sempre avaliado por meio de atividades sugeridas pelo professor. Estas atividades consistem em dinâmicas em grupo, avaliações individuais (exercícios) e projetos elaborados pelos alunos. Ao final, o aluno receberá um Atestado de Conclusão do Curso correspondente a 540 horas/aula. Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 13 MATERIAL DIDÁTICO CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua portuguesa. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008. HOLANDA F., Aurélio Buarque. O dicionário da Língua Portuguesa. Curitiba: Positivo, 2009. HOUAISS, Antonio. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009 LIMA, Emma Eberlein O.F.; LUNES, Samira A. Falar... ler... escrever... Português. Um curso para estrangeiros. São Paulo: EPU, 2009. LIMA, Emma Eberlein O.F.; LUNES, Samira A. Falar... ler... escrever... Português. Um curso para estrangeiros. Livro de exercícios. São Paulo: EPU, 2009. RYAN, Maria Aparecida. Conjugação dos verbos em português. São Paulo: Ática, 1995. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO O conteúdo programático aqui corresponde a um cronograma gramatical do curso de português. Esse cronograma é flexível, sujeito a alterações em relação ao tempo de aprendizagem de cada turma. I PARTE – Antes do estágio - - - - - - - - - - - - - Presente simples (regulares e irregulares) Artigos definidos e indefinidos Pronomes demonstrativos Pronomes possessivos Presente progressivo Preposições Locuções Prepositivas Singular e Plural Pretérito Perfeito (regulares e irregulares) Pretérito Imperfeito (regulares e irregulares) Masculino e Feminino Futuro Imediato Futuro do Presente (regulares e irregulares) II PARTE – Depois do estágio - - - - - - - - - - - - - Futuro do Pretérito (regulares e irregulares) Mais-que-perfeito simples Mais-que-perfeito composto Comparativo e Superlativo Presente do Subjuntivo Diminutivo Imperativo Imperfeito do Subjuntivo Futuro do Subjuntivo Orações condicionais Tempos Compostos do Indicativo Tempos Compostos do Subjuntivo Infinitivo pessoal B) ESTÁGIO EM CASAS DE FAMÍLIA OBJETIVOS • Viver a experiência de vida familiar: a dimensão afetiva da vida em família é primordial para o amadurecimento humano, também para o amadurecimento do compromisso missionário. O acolhimento faz parte integrante da vida do nosso povo. Ouvir o povo, nos relacionar com simplicidade, discernir o tipo de relacionamento entre as pessoas, é uma experiência significativa na pedagogia da encarnação. • Conhecer as expressões culturais do povo: a alimentação, a maneira de conversar, de se relacionar com os vizinhos, as prioridades ou valores quotidianos, o papel da televisão ou de outros meios de comunicação, a visão do mundo para além da casa ou do bairro, o espírito associativo no bairro ou na paróquia, o sentido do trabalho, a visão de Deus ou do religioso na vida ordinária. Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 14 • Aperfeiçoar o domínio da língua portuguesa: no contato com o povo, sem auxílio de mediações pedagógicas e instrumentos didáticos, as missionárias e os missionários têm a possibilidade de uma comunicação direta, colocando em prática o aprendizado das aulas e do estudo, e conhecendo a maneira popular de falar português, com seus sotaques, gírias (linguagem informal e metafórica), expressões regionais. Depois do estágio, as aulas retomarão o ensino de português enriquecidas de questões e vivências. METODOLOGIA • Cada missionário será hóspede de uma família de classe popular durante uma semana. Ele participará do cotidiano dessa família. • As famílias serão escolhidas p elos coordenadores do Curso e, normalmente, fazem parte de paróquias das cidades-satélite de Brasília, DF. As paróquias estarão engajadas neste estágio dos missionários e se articularão com alguns eventos junto às famílias que os hospedam. • Antes do estágio será realizada uma visita a cada família por parte dos coordenadores do Curso junto com o pároco. As famílias receberão orientações de como acolher os missionários. Haverá também um encontro preliminar entre as famílias e os missionários na paróquia do bairro. • Depois do estágio haverá um momento de avaliação junto aos coordenadores e aos professores do curso. Será realizada uma celebração de agradecimento no CCM junto a todas as famílias que hospedaram os missionários. Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 15 C) INTRODUÇÃO À SOCIEDADE E À IGREJA NO BRASIL OBJETIVO Iniciar as missionárias e os missionários estrangeiros à inserção na sociedade e na cultura brasileira por meio de exposições e debates sobre de elementos históricos e antropológicos do Brasil, diversidade cultural e suas expressões, questões sociais, tradições e fenômenos religiosos, caminhada da Igreja no Brasil e sua atuação evangelizadora. METODOLOGIA • O conteúdo programático será ministrado em três blocos: 1) a formação da sociedade brasileira; 2) a questão religiosa no Brasil; 3) a ação evangelizadora da Igreja Católica no Brasil hoje. Cada bloco se estenderá por duas semanas a partir da segunda metade do curso, ocupando duas tardes em cada semana. • Cada tema será exposto e conduzido por um assessor especialista durante uma tarde em duas sessões: de 14h00 as 15h30; de 16h00 as 17h00. • A exposição se dará por conceitos gerais de caráter sintético, para facilitar a contextualização das missionárias e dos missionários estrangeiros na realidade brasileira. • Faz-se oportuno a utilização de algum expediente didático para facilitar a compreensão e a assimilação dos assuntos tratados. • Cada assessor apresentará uma pequena apostila de 4 – 5 páginas, de própria autoria ou de autoria de outros, sobre o tema que irá expor, para facilitar a compreensão das missionárias e dos missionários que mais tem dificuldade com a língua portuguesa. • Cada assessor apresentará uma bibliografia básica de autores, livros, artigos, meios audiovisuais e eletrônicos sobre o assunto apresentado, para facilitar o aprofundamento individual ou em grupo durante o curso. Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 16 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1º BLOCO: A FORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA • História do Brasil – I Parte: da primeira colonização até o Estado Novo. Colonização e ocupação do espaço brasileiro; o Ciclo da Cana (sec. XVI-XVIII); o Sistema Colonial: escravidão, latifúndio e monocultura; o Ciclo do Ouro (1750-1790); o Ciclo do Café (1800-1930); razões da Independência Brasileira; o Ciclo da Borracha (1866-1913); os coronéis e a política brasileira da República Velha (1889-1930); economia e Sociedade: os anos Vargas (1930-1945). • Enfoque sobre a questão cultural. A miscigenação e o mito das três raças o índio, o branco e o negro. • História do Brasil – II Parte: o Brasil contemporâneo. Industrialização, desenvolvimentismo e populismo (1945-1964); O ciclo dos governos militares (1964-1985); Anistia, abertura e Nova República (1985-1992). • Enfoque sobre a questão sócio-ambiental: desigualdade socioeconômica, exclusão social, devastação da natureza e ação da cidadania no Brasil hoje. A concentração fundiária, o agronegócio e as lutas populares; a concentração urbana e o impacto na vida das pessoas; a concentração financeira e o mercado global, formal, informal, ilegal. 2º BLOCO: A QUESTÃO RELIGIOSA NO BRASIL • História da Igreja no Brasil – I Parte. Da primeira evangelização até as vésperas do Vaticano II. Evangelização dos indígenas, dos negros e formação do catolicismo popular. Evangelização no regime de Padroado; as missões jesuíticas e de outras ordens religiosas; as relações Igreja Estado (colônia, império, república); formação do catolicismo popular; romanização e Estruturação da Igreja. • Enfoque sobre o catolicismo popular. Espaços sagrados e tempos sagrados, festas, devoções, romarias. • As religiões dos povos afro e indígenas no Brasil e a questão do diálogo interreligioso. Candomblé; Umbanda; Espiritismo; Pajelança indígena. • Protestantismo, pentecostalismo e questão ecumênica no Brasil. 3º BLOCO: A AÇÃO EVANGELIZADORA DA IGREJA CATÓLICA NO BRASIL HOJE • História da Igreja no Brasil – II Parte. A caminhada da Igreja no Brasil do Vaticano II até Aparecida. Sementes de renovação: o papel da Ação Católica; Medellín e a opção pelos pobres; a Teologia da Libertação; Puebla e as Comunidades Eclesiais de Base; a crise dos anos noventa; Santo Domingo e a opção pelos outros (o Evangelho nas culturas); as perspectivas inovadoras da Conferência de Aparecida. Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 17 • Enfoque sobre as opções fundamentais pelos pobres e pelos outros. Visita à Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) e ao Conselho Indigenista Missionário (Cimi). • Configuração da Igreja no Brasil hoje: articulações e mediações, desafios e diretrizes. Instituições e articulações; Pastorais; Movimentos; Organismos; Diretrizes da Ação Evangelizadora. Visita à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. • Enfoque sobre a questão missionária ad gentes: a dimensão universal da missão e o desafio da animação missionária.Visita às Pontifícias Obras Missionárias. BIBLIOGRAFIA DE APOIO BEOZZO, José Oscar. A Igreja do Brasil. De João XXIII a João Paulo II de Medellín a Santo Domingo. Petrópolis: Vozes, 1996. BINA, Gabriel Gonzaga. O atabaque na Igreja. A caminho da inculturação litúrgica em meios afro-brasileiros. Mogi das Cruzes: Editora e Gráfica Brasil, 2002. BUENO, Eduardo. Brasil: uma história. Cinco séculos de um país em construção. São Paulo: Leya, 2010. BOSI, Alfredo. Dialética da colonização. São Paulo: Companhia das Letras, 1992. CALLIGARIS, Contardo. Hello Brasil. Notas de um psicanalista europeu viajando ao Brasil. São Paulo: Escuta, 2000. CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL. Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2008 – 2010. Brasília: CNBB, 2008. CONSELHO EPISCOPAL LATINO AMERICANO. Documento de Aparecida. Texto conclusivo da V Conferência Geral do Episcopado Latino‐Americano e do Caribe. Brasília: CNBB, 2007. DAMATTA, Roberto. O que faz o Brasil, Brasil? Rio de Janeiro: Rocco, 1986. FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2009. FAUSTO, Boris. História concisa do Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2010. FERNANDES, Sílvia Regina Alves. Novas formas de crer. Católicos, evangélicos e semireligião nas cidades. São Paulo: CERIS, 2008. GASPAR, Eneida Duarte. Guia de religiões populares do Brasil. Rio de Janeiro: Pallas, 2002. HOLANDA, Sérgio Buarque. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. HOORNAERT, Eduardo. O Cristianismo Moreno do Brasil. Petrópolis, Vozes, 1991 INSTITUTO NACIONAL DE PASTORAL (org.). Presença pública da Igreja no Brasil (1952 – 2002). Jubileu de ouro da CNBB. São Paulo: Paulinas, 2003. JACOB, Cesar Romero [et al.]. Atlas da filiação religiosa e indicadores sociais no Brasil. São Paulo: Loyola, 2003. MARIAE, Servus. Para entender a Igreja no Brasil: a caminhada que culminou no Vaticano II. Petrópolis: Vozes, 1994. MATOS, Henrique Cristiano José. Nossa história: 500 anos da presença da Igreja Católica no Brasil. São Paulo: Paulinas, 2003. Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 18 PALEARI, Giorgio. Religiões do povo. Um estudo sobre a inculturação. São Paulo: Ave Maria, 1990. PREZIA, Benedito (org). Caminhando na Luta e na Esperança. Retrospectiva dos últimos 60 anos da Pastoral Indigenista e dos 30 anos do CIMI. São Paulo: Loyola, 2003. RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro. A formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. TEIXEIRA, Faustino. Os encontros intereclesiais de CEBs no Brasil. São Paulo: Paulinas, 1996. TURRA, Cleusa; VENTURI, Gustavo (orgs). Racismo cordial. A mais completa análisesobre o preconceito de cor no Brasil. São Paulo: Ática, 1995. D) PARTICIPAÇÃO E VIDA EM COMUM O Curso do Cenfi conta com a participação de diversas pessoas de diferentes países que partilham a vida durante 90 dias. Os tempos para uma primeira inserção, o choque cultural, o desprendimento do mundo de origem, a aculturação e a adaptação num novo ambiente variam muito de pessoa a pessoa. Por isso, é preciso respeitar os ritmos de cada um e de cada uma, dar tempo e espaço para que as pessoas vivam essa passagem de maneira serena, sem excessivas cobranças, sendo acompanhadas pelos coordenadores do curso no que for possível e oportuno. Ao mesmo tempo, essas pessoas estão aqui juntas na mesma caminhada de iniciação à missão no Brasil. As relações que vão tecer ajudam e fortalecem o percurso de cada um e de cada uma. Diríamos até que essas relações são indispensáveis. Se forem simpáticas e construtivas, tornam‐se um recurso extraordinário na superação de algumas dificuldades de adaptação. Se forem conflitantes ou apáticas, tudo se torna mais complicado para todos. Assim sendo, cada participante é responsável da caminhada do outro, como um verdadeiro irmão. No curso do Cenfi tocamos com a mão, numa experiência inédita, que a vida e a missão cristã é essencialmente uma vida e uma missão em comum. Contudo, vistas as circunstâncias, trata‐se de uma vida em comum sui generis. Precisamos deixar as diversas pessoas se sentirem à vontade, mas elas também precisam perceber que estão vivendo juntas. É oportuno, portanto, evitar os excessos do individualismo e do comunitarismo. O clima da casa há de ser de liberdade e, ao mesmo tempo, de responsabilidade. Por esses motivos, recomendamos vivamente pontualidade, presença e participação às aulas, respeito às regras da casa e às pessoas responsáveis pelo curso, envolvimento nas atividades comunitárias como avaliações, celebrações, serviços, passeios e confraternizações. Os cursistas disporão de muitos momentos pessoais para estudo, oração, repouso e lazer, etc., normalmente à tarde, à noite e nos finais de semana. De acordo com as situações e as sugestões dos próprios participantes, poderão ser propostos retiros, celebrações da penitência, reza do Terço, vigílias, momentos de oração e avaliação. Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 19 4. SÍNTESE Das avaliações (CENFI 103 e 104) Seus objetivos, quanto ao estudo da língua, foram alcançados? Em que aspectos? • Sim. Eu sabia das dificuldades para aprender a língua em três meses, mas posso dizer que estou satisfeita, o CENFI me ajudou muito e sei que o restante vou aprender com a convivência ouvindo e falando. • Em geral sim. Foi muito bom o material, a dedicação, mas foi difícil encontrar os computadores livres para trabalhar, são poucos, para muitas pessoas. • Posso dizer que alcancei pouco, mas já tenho o básico da língua. Muito obrigada às professoras e aos coordenadores. • Quando eu cheguei aqui no CCM para aprender a língua brasileira, e a cultura, eu já tinha certeza que isso iria se cumprir, portanto estou satisfeita. • Sim, conseguir aprender o básico da língua para me comunicar com os outros, e ganhei confiança também. • Eu estou contente porque eu posso falar, escutar, escrever e compartilhar com outra pessoa sem me sentir tímido. Sinto que aprendi a gramática correta, por isso estou muito confiante. • Eu senti muita dificuldade em aprender a língua, mas mesmo assim estou feliz, e sei que vou aprender mais futuramente. • Eu gostei muito, as aulas foram muito boas, e as professoras também. • A maioria dos meus objetivos foram alcançados, e eu ganhei mais confiança para falar e entender a gramática. Para mim, as aulas com a professora Raquel, foi muito benéfica, gostei do estilo de ensinamento dela. Quero ressaltar que o ambiente da sala de aula dela, é muito agradável. • Sim, meus objetivos foram alcançados em: aprendizagem da gramática, na pronúncia das palavras, no entendimento da leitura. Nas famílias aprendi muitas coisas sobre a língua e a cultura. • Parcialmente foram alcançados. Eu alcancei um nível de comunicação regular. • Para mim, foi satisfatório, embora não tenha aprendido tudo, mas o básico da língua. • Eu estou muito satisfeito, para mim, foi de muita utilidade, aprendi os verbos, a leitura, a escrita, a pronúncia, a conjugação etc. • Sim, os meus objetivos foram alcançados, pois aprendi o básico para me defender no trabalho, na rua e com o povo. Posso dizer que 90% de tudo que aprendi, posso usar Quais foram os pontos de maior enriquecimento para o meu conhecimento. Por que? • • • • • • • • • • • • • A questão sobre a Formação do Brasil foi muito importante. As últimas palestras sobre a igreja no Brasil foram ótimas, parabéns. As diferentes raízes do povo brasileiro, africano, indígena e europeu. A pluralidade de culturas que existem no interior do povo brasileiro Eu acho o conhecimento da diversidade cultural e religiosa um dos maiores desafios do Brasil. Eu gostei de todas as palestras, mas acho que deveria falar mais, sobre a política, os problemas sócias, os documentos da igreja católica, e sobre o testemunho de missionários. As palestras me enriqueceram muito, porque agora eu tenho uma idéia sobre a vida do povo brasileiro,e sobre a prática da religião. Para mim, foram muito úteis as palestras, porque me ajudaram conhecer sobre o povo, a igreja e a missão. Porque conheci vários aspectos da cultura, e da igreja brasileira. Para mim, as palestras foram importante porque me deu forças para seguir adiante com minha missão. Eu gostei muito, porque os palestrantes foram claro em suas explicações sobre seus temas, isso é necessário, para que possamos entender. Eu acho que as informações recebidas foram boas. Senti muito a ausência das mulheres. Gostei de todas as palestras, mas especialmente sobre os indígenas. Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 20 Quais foram os acontecimento mais significativos para você pessoalmente? • • • • • • • • • • • • Pessoalmente, eu me senti acolhido pelos os responsáveis da casa. Os passeios organizados me enriqueceram muito, as festas culturais, o estágio na família, e a celebração. As famílias acolhedoras. Para mim, foram: o estágio, as religiões populares, as festas e a semana em Goiás. Eu apreciei mais, os momentos comunitários como oração e eucaristia, isso nos fez caminhar juntos. O que me marcou sobretudo, foi entender a língua, depois a cultura, a igreja, e como trabalha no Brasil. Para mim, foi estudar junto com pessoas de outras nacionalidades, conhecer as diferentes culturas, as noites culturais, e os jogos de vôlei. O mais importante para mim, foi a convivência em geral, o passeio na CNBB, CRB e a festas dos continentes. Para mim, foram as celebrações litúrgicas, e os momentos recreativos com algumas pessoas. O mais significativo para mim, foi a experiência com a família na Ceilândia. Pessoalmente, eu gostei de aprender muitas coisas: a relação com outras pessoas de culturas diferentes. O conhecimento dos costumes, da língua, a carinho, o respeito, a atenção etc. Como avalia sua participação nas atividades comunitárias e seu relacionamento com o grupo? • • • • • • • • • • • • • Acho que não tive problemas nas atividades do CENFI, fui muito participativo, e gostei muito. Eu participei em todas as atividades com alegria e entusiasmo especialmente nas festas, esporte e liturgia. Penso que foi uma boa participação, mesmo tendo muitas cosias juntas para fazermos, mas valeu a pena. Minha participação foi muita boa em todas as atividades. Eu tentei participar em todas as atividades, só que as vezes o ritmo era muito acelerado. Eu gostei de todas as atividades, e fui presente em todas, portanto, acho que foi boa. Participei nas preparações das festas comunitárias, africanas, das famílias, preparei muitas vezes as orações e missas. Ajudei ainda nos cantos da capela. Algumas vezes não participei por razões de saúde e problemas pessoais. Eu acredito que minha participação no desenvolvimento das atividades comunitárias foram muito bem, principalmente na liturgia, festa, saída e viagem. Eu comparo meu relacionamento com o grupo, como um caminho para as quatro estações: Primavera, Verão, Outono e Inverno, ou seja bem variável. Meu relacionamento com grupo foi bom, mas as pessoas precisam saber que a gente tem amigos, companheiros e conhecidos. Meu relacionamento com o grupo foi bom, embora não tenha convivido com o grupo todo, acho que a vida foi tranqüila, ainda que as vezes difícil. Para mim, foi muito bom, porque fiz novas amizades. SUGESTÔES para melhorar os próximos CENFIs: • Eu pediria que deixassem um pouco mais livre os grupos de liturgia, para eles ficarem mais a vontade. • Eu só peço que continue sempre assim, porque está muito bom. • Eu sugiro que troque todas as coisas dos quartos, porque estão tudo velho. Peço também que mude um pouco o cardápio, porque está muito repetitivo, variar. • Acho que seria bom, contratar professores homem, não só mulheres. • Acho que deveria ter mais computadores, internet mais rápida, porque é muito lenta. Ter mais objetos para o esporte e para ginástica. • Tentar comunicar, ou colocar no quadro de aviso as mudanças de horários para evitar confusões. • Acho que precisamos de mais oportunidade para partilhar nas reflexões integrando nossa experiência aqui no Brasil com nossa fé e espiritualidade, e talvez com um facilitador profissional. Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 21 III. CAEM – CENTRO DE ANIMAÇÃO E estudos MISSIONÁRIOS 1. CURSO DE FORMAÇÃO MISSIONÁRIA – ENFOQUE PARA AMAZÔNIA O Curso de Formação Missionária com enfoque para a Amazônia, que teve como tema “Pescadores de gente para a vida (Lc 5, 10)”, reuniu 29 pessoas, sendo dois leigos; um diácono permanente; oito padres e 18 religiosas, vindos das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Leste, Oeste e Sul do Brasil. A) PARTICIPANTES Nº Nome Congregação / entidade Id. Religiosa UF 1 Ana Luiza Castro Nossa Senhora do Calvário Religiosa RO 2 Antônio Carvalho de Moura Arquid. do Belém Pará Diácono PA 3 Carmelina Vitoria Chiapinotto Irmãs Palotinas Religiosa RS 4 Célia Ângela de Carvalho Domincanas da Anunciata Religiosa MG 5 Diane Tuombe M. Babasima Irmãs Dorotéia de Cemmo Religiosa SP 6 Eliezér Lima da Fonseca Diocese de S.Grabriel da Cachoeira Padre MG 7 Euza Dantas Nossa Senhora do Calvário Religiosa RO 8 Fabiana Manica Imaculado Coração de Maria Religiosa RS 9 Fátima Aparecida Bertoli Santas Missões Populares Leiga PI 10 Frederico Augusto de Oliveira Redentoristas Padre DF 18 Grasiela Mariano Xavier Filhas NS. Monte Calvário Religiosa DF 11 Irene Bergamini Ursulinas de São Carlos Religiosa AM 12 Ivaldete Rodrigues Franciscanas da Ação Pastoral Religiosa MT 13 João Paulo da Silva Diocese Sumaré SP Padre SP 14 Jorge Luis Osório Vigliola Diocese Saõ Gabriel da Cachoeira Padre AM 15 Jorge Pereira de Melo Diocese de Londrina Padre PR 16 Leonardo Hellmann Sagrado Coração de Jesus Dehonianos Padre SC 17 Maria Aparecida dos Santos Filhas NS. Monte Calvário Religiosa DF 19 Maria Soares de Camargo Diocese de Campinas Leiga SP 20 Mauro Batista Pedrineli Diocese de Londrina Padre PR Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 22 Nº Nome Congregação / entidade Id. Religiosa UF 21 Ana Luiza Castro Nossa Senhora do Calvário Religiosa RO 22 Antônio Carvalho de Moura Arquid. do Belém Pará Diácono PA 23 Carmelina Vitoria Chiapinotto Palotinas Religiosa RS 24 Célia Ângela de Carvalho Domincanas da Anunciata Religiosa MG 25 Diane Tuombe M. Babasima Imrãs Dorotéia de Cemmo Religiosa SP 26 Eliezér Lima da Fonseca Diocese de S. Gabriel da Cachoeira Padre AM 27 Euza Dantas Nossa Senhora do Calvário Religiosa RO 28 Fabiana Manica Imaculado Coração de Maria Religiosa RS B) O TEMA A escolha do tema se refere à passagem da pesca milagrosa de Lc 5,1-11. A metáfora da pesca e das redes tem tudo a ver com a missão e com os povos da Amazônia. As águas para a Bíblia são símbolo da escuridão e das trevas. Apanhar peixes significa salvar vidas da perdição. Nesta narração do Evangelho de Lucas, Jesus sobe no barco de Simão e pede para se afastar um pouco da margem para falar às multidões. Logo depois diz a Simão de “avançar para águas mais profundas” (Lc 5,4) e de lançar as redes. A pesca realizada na pura fé na Palavra de Jesus é muito bem sucedida. A partir daí, Jesus convida Pedro e companheiros a participar de sua missão; “de hoje em diante você será pescador de homens” (Lc 5,10). Só que Lucas modifica a expressão de Marcos (cf. Mc 1,17b), “pescadores de homens”, substituindo-a com um vocábulo grego que ele retomou da tradução grega do AT, que significa “pegar vivos ou para a vida” (zogrein, zôos+agrein). Quer dar a entender que Pedro terá a tarefa de “capturar” gente para a vida. Missão e Vida são os dois eixos fundamentais do Documento de Aparecida. A missão é sempre para comunicar vida (7.1.4) e a vida plena, por sua vez, gera sempre uma missão de entrega e de dom. A vida nunca é retida para si, mas é sempre algo que se transforma num dom. “Pescadores de gente para a vida” significa então fazer com que todos participem da vida plena, a vida divina, a vida verdadeira: a vida que se torna dom. C) FINALIDADE E MOTIVAÇÃO O curso teve como finalidade oferecer uma preparação humana, espiritual, intelectual e prática para presbíteros, religiosos, religiosas, leigos e leigas, que são enviados a regiões tipicamente missionárias como a Amazônia. Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 23 Nesse período procuramos ajudar a aprofundar as motivações pessoais, a própria compreensão da missão, a visão mundial dos desafios missionários, o processo de encontro com as outras culturas, os fundamentos bíblicos e teológicos da missão e a espiritualidade missionária. Foi um importante momento de reflexão e de estudo antes de partir para essa experiência tremenda e fascinante de tornar-se hóspedes na casa dos outros. Também para missionários e missionárias que desejam se aprimorar nas temáticas relacionadas à missão, para amadurecer uma eventual decisão de elaborar caminhos e projetos junto à própria congregação. Também aconselhamos essa formação como momento de revigoramento espiritual para religiosos e religiosas, leigos e leigas, que estão na labuta há anos, e que procuram um momento significativo de atualização e avaliação pessoal sobre alguns conteúdos e sobre sua própria experiência missionária. Para umas das coordenadora do curso, irmã Maria Irene, o curso foi importante para nortear os missionários antes mesmo de eles começarem a missão em terras alheias. “Antes de se hospedar em terras alheias, o missionário deve conhecer a realidade do lugar e seu contexto. É assim que o curso contribuiu para a formação de missionários para a Amazônia”, destacou. A irmã Fabiana Mânica, da cidade gaúcha de Frederico Westphalen, se disse mais motivada na missão que participará, em Manaus (AM), do que antes do curso. “O curso em si foi um despertar do ser missionário que há dentro de mim. Isso me motivou mais ainda a querer estar junto das pessoas que encontrarei no Norte do Brasil”. Já a irmã Irene Bergamini, missionária italiana que atua em Tabatinga (AM) há cinco meses, destacou a importância desse curso para todo o missionário engajado. “Após a conclusão do curso descobri que vinha trabalhando de maneira errada com os ribeirinhos da região onde atuo. O que é importante, pois como estou pouco tempo na região e no Brasil, ainda da tempo de mudar o que vinha fazendo, e trabalhar à luz de uma nova perspectiva”, afirmou a irmã. Segundo o assessor da Dimensão Missionária da CNBB e Secretário Executivo do Conselho Missionário Nacional (COMINA), padre José Altevir da Silva, a formação dos missionários para a Amazônia passa pela possibilidade da formação da sensibilização daquele povo. “Não é apenas chegar lá e achar que vai conseguir mudar tudo. Se alguém for com esse pensamento, não acontecerá nada. O que deve acontecer é juntar-se ao povo, ser um deles, assim você conquistará o sentimento amazônico, se tornará um deles de verdade”, destacou. Durante todo o curso, os participantes estudaram três grandes temas: “A missão hoje: dimensão humana, histórica e teológica”; “Desafios para a missão hoje: o mundo e a Amazônia”; e, “O sujeito da missão hoje: memória, projeto e seguimento”. O próximo Curso de Formação Missionária com enfoque na Amazônia será de 31 de julho a 24 de agosto de 2011. Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 24 D) CONTEÚDO DO CURSO Quarta, 9 de junho: abertura e apresentação do programa: o mar, os peixes, as barcas, as redes, a pesca e os pescadores (Lc 5,10). A MISSÃO HOJE: DIMENSÃO HUMANA, HISTÓRICA E TEOLÓGICA “JESUS ESTAVA NA MARGEM DO LAGO” Quinta, 10 de junho: “A ALEGRIA DE ESTARMOS A SERVIÇO DA VIDA PLENA PARA TODOS” (cf. DA 353). Motivações interiores para a missão – Ir. Patrizia Licandro, USC, psicóloga, assessora da CRB e missionária na Amazônia. Sexta, 11 de junho: “A VIDA SÓ SE DESENVOLVE PLENAMENTE NA COMUNHÃO FRATERNA” (DA 359). Perspectivas de conversão pessoal a partir da aproximação ao outro numa relação construtiva – Ir. Patrizia Licandro, USC, psicóloga, assessora da CRB e missionária na Amazônia. Sábado, 12 de junho: “A VIDA SE ALCANÇA À MEDIDA QUE É ENTREGUE” (DA 360). O anúncio da Vida para todos segundo o Evangelho – Pe. José Altevir da Silva, CSSp, assessor da Comissão para a Ação missionária e a Cooperação Intereclesial. Domingo, 13 de junho: à tarde, passeio turístico por Brasília (roteiro cívico). “A MULTIDÃO SE APERTAVA PARA OUVIR A PALAVRA” Segunda, 14 de junho: A MISSÃO DE JESUS DOS EVANGELHOS PARA COMUNICAR A VIDA. Traços significativos da pessoa e do ministério do “Filho do Homem” – Prof. Sérgio Coutinho, assessor da Comissão Episcopal para o Laicato da CNBB, setor CEBs. Terça, 15 de junho: A MISSÃO DA IGREJA AO LONGO DOS SÉCULOS E A VIDA DOS POVOS. Visões, modelos e paradigmas históricos entre encontros, confrontos e desencontros – Prof. Sérgio Coutinho, assessor da Comissão Episcopal para o Laicato da CNBB, setor CEBs. Quarta, 16 de junho: A MISSÃO HOJE PARA QUE NELE TODOS TENHAM VIDA. Mudança de paradigma e “deslocamentos” fundamentais para uma nova compreensão da missão – Pe. Estêvão Raschietti, SX, mestre em missiologia e Secretário Executivo do CCM. DESAFIOS PARA A MISSÃO HOJE: A REALIDADE MUNDIAL E A AMAZÔNIA “PEDIU QUE SE AFASTASSE UM POUCO DA MARGEM” Quinta, 17 de junho: A FAMÍLIA HUMANA E A PERSPECTIVA DE UM OUTRO MUNDO POSSÍVEL. A sociedade mundial nas encruzilhadas do mercado global – Prof. Ivo Poletto, filósofo, teólogo, cientista social e educador popular. Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 25 Sexta, 18 de junho: A FAMÍLIA HUMANA E A VIDA NO PLANETA. A sociedade mundial nas encruzilhadas das mudanças climáticas e da depredação do meio ambiente – Prof. Ivo Poletto, filósofo, teólogo, cientista social e educador popular. Sábado, 19 de junho: A FAMÍLIA HUMANA E O MUNDO PLURAL. A sociedade mundial nas encruzilhadas da pós-modernidade – Prof. Roberto Marinucci, mestre em missiologia e pesquisador do Centro Scalabriniano de Estudos Migratórios (CSEM). Domingo, 20 de junho: à tarde, encontro com algumas expressões religiosas de Brasília (roteiro religioso). “AVANCE PARA ÁGUAS MAIS PROFUNDAS” Segunda, 21 de junho: O EVANGELHO DA VIDA NA AMAZÔNIA EM SEUS POVOS E SEUS VALORES. A sociedade amazônica pluriétnica, pluricultural e plurirreligiosa – Pe. Ricardo Castro, IMC, doutor em Teologia Dogmática e professor do Itepes de Manaus, AM. Terça, 22 de junho: O EVANGELHO DA VIDA AMEAÇADA NA AMAZÔNIA: TERRA, ÁGUA, MATA E GENTE. Os desafios socio-ambientais da realidade amazônica – Pe. Ricardo Castro, IMC, doutor em Teologia Dogmática e professor do Itepes de Manaus, AM. Quarta, 23 de junho: O EVANGELHO DA VIDA DA IGREJA NA AMAZÔNIA. A presença profética da Igreja na Amazônia: identidade e desafios – Dom Antônio Possamai, Bispo Emérito de Ji-Paraná, RO, e membro da Comissão Episcopal para Amazônia da CNBB. O SUJEITO DA MISSÃO HOJE: MEMÓRIA, PROJETO, SEGUIMENTO “EM ATENÇÃO À TUA PALAVRA, VOU LANÇAR AS REDES” Quinta, 24 de junho: A CAMINHADA MISSIONÁRIA DA IGREJA LATINO-AMERICANA E CARIBENHA. Opção pelos pobres, libertação, participação, inculturação nos documentos das conferências episcopais continentais – Ir. Inês Costalunga, Mdl, doutora e secretária da Pós-graduação em Missiologia do Itesp de São Paulo, SP. Sexta, 25 de junho: UMA IGREJA EM PERMANENTE PROCESSO DE CONVERSÃO MISSIONÁRIA. As provocações inovadoras da V Conferência de Aparecida – Ir. Inês Costalunga, Mdl, doutora e secretária da Pós-graduação em Missiologia do Itesp de São Paulo, SP. Sábado, 26 de junho: UMA IGREJA QUE SE PROJETA ALÉM-FRONTEIRAS. Os horizontes da ação evangelizadora para a Igreja no continente hoje: tarefa e compromissos – Pe. Estêvão Raschietti, SX, mestre em missiologia e Secretário Executivo do CCM. Domingo, 27 de junho: à tarde, passeio no Parque Nacional de Brasília (roteiro ecológico). Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 26 “DE HOJE EM DIANTE VOCÊ SERÁ PESCADOR DE GENTE PARA A VIDA” Segunda, 28 de junho: “EU VIM PARA QUE TODOS TENHAM VIDA E A TENHAM EM ABUNDÂNCIA” (Jo 10, 10). A vida plena como perspectiva do anúncio do Evangelho – Pe. Sávio Corinaldesi, SX, Secretário Nacional da Pontifícia União Missionária. Terça, 29 de junho: “ESCOLHA, PORTANTO, A VIDA” (Dt 30,19). Uma missão para comunicar vida (DAp 7.1.4) – Pe. Sávio Corinaldesi, SX, Secretário Nacional da Pontifícia União Missionária. Quarta, 30 de junho: avaliação e celebração de envio: “então levaram as barcas para a margem, deixaram tudo e seguiram Jesus” (Lc 5,11). E) Síntese das avaliações ruim Curso como um todo Convivência Equipes de serviços Partilha de experiências Conteúdo das palestras Assessores Hospedagem Refeição Serviços da casa regular 1 bom 8 11 15 12 9 11 2 2 4 ótimo 19 15 11 12 17 15 24 25 23 O curso correspondeu as suas expectativas? Superou, e muito. O conteúdo programático foi bem elaborado tendo em vista a missão na Amazônia. Os temas realçaram aspectos teológicos, históricos, geográficos, bíblicos. Ótimo! – Sim, foi muito bom, me ajudou a firmar mais a minha disponibilidade da missão. – Sim, pois eu necessitava de um tempo para refletir, escutar, tomar decisões e avaliar-me como cristã e como consagrada. – Sim, o curso correspondeu as minhas expectativas missionárias, porque aprendi a olhar e viver a missão com o olhar do coração. – Foi além das minhas expectativas, porque eu achava que os participantes era só para quem ia para à Amazônia. As experiências dos que moram lá ajudaram bastante na compreensão do curso. – Sim, pois quando me escrevi, foi com o a intenção de me atualizar e potencializar mais na minha vocação missionária. – Sim, me animou, e me deu mais coragem para a minha caminhada. Os temos foram ótimos nos ajudou a conhecer as realidades do missionário e da missão. Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 27 2. CURSO DE FORMAÇÃO MISSIONÁRIA PARA COORDENADORES DE COMIDIS Aconteceu no Centro Cultural Missionário (CCM), entre os dias 28 de maio e 6 de junho, o Curso de Animação Missionária para Coordenadores de COMIDIs. O evento reuniu 33 pessoas entre leigos e leigas, religiosos e religiosas, diáconos e presbíteros de todas as regiões do Brasil. a) PArticipantes Número Nome Id Religiosa COMIDI UF 1 Ana Cristina Batista da Motta Leiga Diocese de Niterói RJ 2 Ana Maria Ferreira de Barros Leiga Diocese de São Miguel Paulista SP 3 Antonia Ferreira Leiga Arquidiocese de São Luis MA 4 Antonio Ribeiro Silva Padre Diocese de Bacabal MA 5 Arlete Chaves Rodrigues Religiosa COMIRE Nordeste 5 MA 6 Cristina Pereira da Silva Leiga Diocese de Viana MA 7 Déa Cláudia Duarte Queiroz Leiga Arquidiocese de Brasília DF 8 Dionisia Pereira Duarte Religiosa Provincia de Maringá PR 9 Dulcinea Alves de Sousa Leiga Arquidiocese de Manaus AM 10 Francisco de Assis Fortes Barros Leigo Arquidiocese de Belém PA 11 Fran. Josimar de Andrade Pires Padre Arquidiocese de Fortaleza CE 12 Haroldo Lima da Costa Diácono Arquidiocese de Natal RN 13 Inês Caixeta e Silva Religiosa Diocese de Oeiras PI 14 Francilena da Silva Rodrigues Religiosa Grajaú MA 15 Irene Santana da Silva Leiga Diocese de Macapá PA 16 Janaína Felix Ribeiro Leiga Arquidiocese de Belo Horizonte MG 17 João de Lima Fonseca Leigo Arquidiocese de Curitiba PR 18 Jomelito Ferreira de Melo Padre Arquidiocese de Brasília DF 19 José Milton dos Reis Padre Diocese de Guaxupé MG 20 Kátia F. Da Costa S. da silva Leiga Arquidiocese de Manaus AM Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 28 21 Leonir Orssato Leigo Diocese de Toledo PR 22 Malvino Xavier da Silva Padre Diocese Colatina ES 23 Marina Pereira Cardoso Leiga Arquidiocese de Teresina PI 24 Nadia Maria da Silva Fusinato Leiga Arquidiocese de São Paulo SP 25 Neide Pacheco Alves Leiga Arquidiocese de BH MG 26 Pedro Avelino Lang Leigo Diocese de Ponta Grossa PR 27 Reginaldo Amaro Barreto Leigo Arquidiocese de Olinda/Recife PE 28 Renato Trevisan Padre Diocese de Conceição do Araguaia PA 29 Rodrigo Schuler de Souza Padre Diocese de Osório RS 30 Rosangela de Souza Figueiredo Leiga Diocese de Corumbá MS 31 Sérgio Pereira da Silva Padre Arquidiocese de Olinda e Recife PE 32 Sirlene Maria da Silva Xavier Leiga Diocese Uruaçu GO 33 Vagner Faustino Leigo Diocese Jacarezinho PR Segundo o assessor da dimensão missionária da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e secretário executivo do Conselho Missionário Nacional (Comina), padre José Altevir da Silva, o curso foi indispensável para a articulação da missão no país. “Precisamos falar e viver mais a missão. Nesse encontro nós aprofundamos elementos da identidade da Igreja e os colocamos nas mãos dos coordenadores de maneira prática e objetiva”, afirmou. O contato dos coordenadores, vindos de várias partes do país foi, para o assessor, um dos modos de visualização do perfil missionário da Igreja no Brasil, que proporcionou o conhecimento desse aspecto de evangelização da Igreja. “O contato direto nos proporcionou a rica troca de experiências entre os participantes, que têm culturas diferentes e experiências diversas. Esse olhar amplo faz com que tenhamos uma visão do que é a dimensão missionária da Igreja no Brasil”. Para o diretor do Centro Cultural Missionário (CCM), padre Estêvão Raschietti, o curso teve um toque especial porque tratou de modo exclusivo a dimensão universal da missão. “Durante o evento tratamos dos horizontes da missão e da sua universalidade. Os participantes tiveram a oportunidade de estudar de modo aprofundado a prática da missão começando pela sua história e passando pelo seu aspecto teológico”, comentou. Padre Altevir também destacou que o evento “alarga os horizontes dos participantes” no que diz respeito à universalidade da ação missionária. “Os participantes são todos membros de dioceses. No encontro tivemos a preocupação de mostrar-lhes que a missão não se restringe aos limites da paróquia e da diocese, mas que é algo maior, universal e sem fronteiras. Os coordenadores, nas bases, devem passar essa mensagem de que a missão nos coloca em caminho e encontro do outro”, sublinhou o assessor. Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 29 B) TEMÁTICAS DE ESTUDO Seguindo as etapas do caminho de Emaús (cf. Lc 24,13-35), o curso propôs aos participantes um aprofundamento sobre temas fundamentais para a missão hoje: o caminho da Missão ao longo da história, desde o ministério de Jesus até os nossos dias; o encontro com a Missão a partir do Documento de Aparecida; a partilha sobre a tarefa da animação missionária e a caminhada dos Conselhos Missionários na Igreja no Brasil; o envio missionário hoje e as principais perspectivas de ação (a paróquia missionária, a missão continental, a missão ad gentes e a missão universal). As temáticas foram assessoradas pelo padre José Altevir; pelo professor Sérgio Coutinho, assessor do Setor Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) da CNBB; pelo padre Sávio Corinaldesi, Secretário Nacional da Pontifícia União Missionária; e pelo diretor do Centro Cultural Missionário (CCM), padre Estevão Raschietti. C) Sintese das avaliações ruim Curso como um todo Convivência Equipes de serviços Partilha das experiências missionárias Conteúdo das palestras Assessores Hospedagem Refeição Serviços da casa regular 4 bom 7 9 19 11 8 8 9 13 8 ótimo 21 21 11 15 22 21 19 18 22 O curso correspondeu as suas expectativas? Sim. Tendo em vista o olhar missionário que tínhamos, ficou mais claro agora. Estas informações são necessárias para que haja unidade no direcionamento da caminhada da nossa igreja. – Sim, desde o conteúdo que nos foi apresentado, a começar pelo tema. Foi um curso muito bom, que os próximos sejam desta mesma linha. – Muito, embora não sabendo como iria acontecer, fico agradecida por partilhar desta formação. Saio daqui com a certeza de que ele é necessário para outros também, mesmo sabendo de que agora em diante saio daqui com a imagem daquele poema que diz: semeia sempre com a foto de um oriental com seu “embornal” e lançando as sementes ao longe ... sempre! – Sim, pois tinha muitas dúvidas com relação ao próprio conselho missionário diocesano. – Muito. Venho de uma diocese onde ainda não tem o COMIDI, com isso poderei formar o mesmo, 30 Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 de maneira a corresponder a expectativa da diocese. – Sim, pois o considero como uma oficina, onde trabalhamos conteúdos profundos, mas também práticos, no sentido de que está sendo disponibilizado para nós, instrumentos para nossa prática de animação missionária. – Sim, agora saio com idéias claras sobre o conselho missionário diocesano, assim como a proposta da missão continental eficaz para ser partilhada nas paróquias missionárias com a abertura de novos horizontes para a missão universal. – Foi além das expectativas. Quero enfatizar o aspecto da acolhida, à atenção a cada um, e em particular, as portas abertas da casa, e a liberdade de todos. – Sim, além do esperado, e com certeza levarei todo o conteúdo para minha diocese, algo sólido e fundamentado. Obrigada, a todos. Pontos significativos a estacar O entendimento do que é missão continental. – A paróquia missionária como espaço de realização da missão universal. – A importância da Infância Missionária para o mundo. – A missão ad gentes além fronteiras. – O resultado do todo o estudo realizado no curso que clareou e muito as nossas idéias de realizar a missão. – A boa convivência dos participantes. – A simpatia da equipe que coordenou. – A liberdade dada aos participantes. Assessores capacitados para as palestras. – O material disponibilizados em livros, apostilas, panfletos e mídias – Celebração e oração diárias. A dinâmica (10 dias) – A explanação do Prof. Sérgio Coutinho e Pe. Estevão Raschietti. – As experiências partilhadas dos missionários. A pontualidade. A alimentação diversificada. – A integração com os participantes dos outros cursos que a casa oferecia. – Experiência do Pe. Sávio, sua visão crítica e sua consciência missionária. Sugestões para melhorar Informar para quem vem participar, que tragam todo o material importante que sua Diocese está vivendo. – Que o CCM pudesse ir às regionais; chamar a imprensa local e a imprensa da CNBB. – Partilhar as experiências regionais de forma dinâmica. – Que tivesse um espaço à nível de regional ou grande região para trabalhar: como concretizar essas orientações nas nossas realidades. – Acredito que com toda a organização apresentada neste curso, não vejo onde melhorar. – O que seria importante é que se possível, no período de novos cursos, tivesse uma livraria no espaço do CCM para favorecer as compras. – Definir nas apresentações as experiências do COMIDI e do COMIRE, pois somos representantes do COMIDI, e temos que apresentar de fato as atividades dos mesmos. – Eu sugiro ficar totalmente livre para a convivência, no período da noite, e que a parte da manhã terminasse pelo menos 30 minutos antes do almoço. Considerações pessoais e sugestões Gostei de tudo, os assessores, coordenadores, acolhida, e o relacionamento com os cursistas. – Que tenha mais curso sobre a dimensão missionária e que mais missionários possam participar de curso tão rico como este. – Acho que gastei bem o dinheiro e que valeu a viagem! Vou relatar o quanto vivi e aprendi com este curso. – O meu muitíssimo obrigado, por ser tão bem tratada e por nos oferecer momentos de formação e crescimento humano e especial. – Que o CCM cobre mais dos regionais o compromisso de divulgadores, as vezes eles ficam distantes e telefonam, não encontram os responsáveis, passam e-mail e não obtem respostas. – Considero este curso um presente de Deus para mim. Como sugestão, que todos os coordenadores dos COMIDIs passassem por este curso, para que se realize um novo ardor missionário em todas as Igrejas do Brasil. – Esse encontro para mim foi um presente na hora certa, no lugar certo, e para a pessoa certa. Vou deixar meu coração cada vez mais aberto para que as luzes do Espirito Santo poça me conduzir e iluminar meus passos para a missão. Que Deus com sua infinita misericórdia se compadeça de nós. – Trazer o Bispo responsável pela dimensão missionária. – Ter se possível cobertores e Edredons anti-alérgicos. – Parabéns ao CCM por esta iniciativa, o projeto missionário é “missão” de todos nós batizados, o conteúdo foi excelente nos questionando no nosso agir missionário. Espero que nossos bispos e padres abracem com carinho a dinâmica da missão continental, e que a formação não pare! Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 31 3. CONGRESSO Missionário NACIONAL de SEMINARISTAS Realizado no período de 04 a 10 de julho de 2010, em Brasília, o 1º Congresso Missionário Nacional de Seminaristas discutiu a formação missionária dos futuros padres. Os participantes aprovaram uma mensagem final em que pedem que o tema missão seja mais estudado nos seminários. Foi organizado pelas Pontifícias Obras Missinárias (POM), Centro Cultural Missionário (CCM), Comissão Episcopal para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial e Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, da CNBB. a) Participantes Nº 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 NOME ACÁCIO CARVALHO PAES DE ANDRADE ADELSON L. SAMPAIO CLEMENTE ALEX DOS SANTOS PINTO ALEX MARTINS DE FREITAS ALEXANDRE DA SILVA BENTO ALEXANDRE MAGNO V. BRANDÃO ALISSON JORY ALYSSON FERNDANDO DA CRUZ ANDERSON A. LOPES DE OLIVEIRA ANDRÉ LUIS DE SENA DOS SNTOS AURELIO GOMES MARTINS AYLTON MARCOS DE JESUS SANTOS BARTOLOMEU P. DA SILVA FILHO BRUNO LUIZ FERREIRA DA SILVA BRUNO RODOLFO DOS SANTOS CARLOS EDUARDO SANTOS CARLOS JOSÉ INÁCIO CARLOS RONALDO E. DA SILVA CICERO FABIANO MEDEIROS COSTA CLAYTON CARVALHO DANI ANTONIO ROMERO GONZALEZ DANILO LEAL DE SOUZA DANILO MONTEIRO DE OLIVEIRA DIEGO LUIZ CARVAOLHO DE SOUZA DIEUDONNÉ KABAKA HOMPA Diogo Shishito dos Santos SEMINARIO NOSSA SENHORA DA GRAÇA SÃO JOSÉ INSTITUTO T. RAINHA DOS APOSTOLOS SÃO JOSÉ RESIDENCIA TEOLOGICA CURA D’ARS SÃO JOSÉ BOM PASTOR NOSSA SENHORA DA GLORIA NOSSA SENHORA DO BOM CONSELHO ARQUIDIOCESANO DOM PASCÁSIO COMUNIDADE TEOl. S. CARMO-COTESC SÃO JOSÉ SÃO JOSÉ DIOCESANO SÃO JOSÉ ARQUIDIOCESE DE B. N. S. DE FATIMA SEMINÁRIO TEOL. DA MÃE DE JESUS SÃO JOÃO MARIA VIANNEY SÃO JOSÉ TEOLOGIA INTERNACIONAL PE. J. BISIO DOM JOSÉ CORNELLIS SÃO JOSÉ RAINHA DOS APÓSTOLOS TEOLOGIA INTERNACIONAL PE. J. BISIO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS DIOCESE OLINDA E RECIFE MARIANA PRESIDENTE PRUDENTE MARIANA TAUBATÉ FORTALEZA CURITIBA LONDRINA AMARGOSA MARINGÁ BACABAL CAMPANHA CAXIAS JABOTICABAL SÃO JOSÉ DOS CAMPOS MANAUS URUAÇU BLUMENAU CAMPINA GRANDE CORNÉLIO PROCÓPIO ALAGOINHAS PRELAZIA DE ITACOATIARA MARILIA MOGI DAS CRUZES CIDADE OLINDA MARIANA MARILIA MARIANA TAUBATÉ FORTALEZA CURITIBA MARINGÁ AMARGOSA MARINGA SÃO LUIS POUSO ALEGRE SÃO LUIS JABOTICABAL TAUBATÉ MANAUS BRASILIA FLORINÓPOLIS CAMPINA GRANDE JATAIZINHO SÃO PAULO SALVADOR MANAUS MARILIA SÃO PAULO MOGI DAS CRUZES 32 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 DIRCEU PACIFICO DA SILVA DOM VITÓRIO PAVANELLO DONIZETI APARECIDO PUGIN SOUZA EDNEY ALMEIDA COSTA EDPO FRANCISCO CAMPOS Edson Carlos Braz EFFERSON DIONÍZIO RAMOS ANDRADE ELCIONE LEITE DE PAULA ELOI CONTE RECH EMERSON APARECIDO DA SILVA EURIPEDES F. DA COSTA JUNIOR EVERTONMARQUI DOMINGUES FABIANO SANTOS GONZAGA FÁBIO FERNANDES Fabio Santos De Mello FERDINANDO JOSÉ S. MAGALHÃES FRANCISCO DOS SANTOS MONTEIRO FRANCISCO GILSON DE SOUZA LIMA FRANCIVALDO FEREIRA GOMES FREI ALAN JULIO D. DOS SANTOS GEISON RESENDE MARTINS GERSON FRANCISCO SOUZA Gerson Ribeiro dos Passos GLEDSON SOARES DOS SANTOS GUSTAVO ANTONIO VOLPATO HAMILTON RODRIGUES DA CRUZ HECHILLY DE BRITO TIMOTEO IONALDO JESUS DOS SANTOS IRAN DE SOUSA FERREIRA ISAAC SEGOVIA ISAEL DA SILVA BRITO ISAQUE FERREIRA REAL IVÃ LUIS DE OLIVEIRA BAISSO IVAN MARCIEL BARBOSA IVIO CARLOS RABELO DE OLIVEIRA Ivo de Oliveira Gomes JACKSON HENRIQUE DA SILVA JADER JESUS SILVA JAILSON JOSÉ DA SILVA Jailton Fonseca da Rocha JAIRO AGUSTO DOS SANTOS JANIO RIBEIRO DE SOUSA JEFFERSON F. MUSCELLI DE ARAUJO JOÃO PAULO GOMES GALINDO JOAQUIM DIAS SATELIS JOCIVALDO FREITAS FONTES JOEL SAVIO JORGE A. FURTUNATO JUNIOR JOSÉ AMADEUS ROCHA DE ARAUJO COSTA JOSÉ ANTONIO DOS SANTOS FILHO JOSÉ CAMBRAIA DE OLIVEIRA JUNIOR José Clúdio dos Santos JOSÉ MARCOS SOMES DELMONDES JOSE MUSSIOL NETO JOSÉ RAMOS FALCÃO JOSÉ RIBEIRO OLIVEIRA JOSÉ VALDO DOS SANTOS FILHO LAÉCIO DUMINELLI DA LUZ LEANDRO NASCIMENTO OLIVEIRA LEANDRO PALMA RIBEIRO LEONARDO FERREIRA DA SILVA LOURIVAL SILVA DA CRUZ LUCIANO CAMPOVERDE VICUÑA LUCIANO GIOPATO RONCOLETA Luciano Neves LUCIANO SÁ RIBEIRO LUCIANO TADEU DE OLIVEIRA SEMINARIO TEOLOGICO SÃO JOSÉ ARQUIDIOCESANO SÃO GABRIEL PERBOYRE NOSSA SENHORA AUXILIADORA CURA D’ARS SÃO JOSÉ SÃO LUCAS IMACULADA CONCEIÇÃO SÃO JOSÉ SÃO JOSÉ SÃO JOSÉ SEMINARIO DA IMACULADA CURA D’ARS SÃO JOSÉ IMACULADA CONCEIÇÃO FRATERNIDADE DOM TIMOTEO ARQUIDIOCESE DE B. N. S. DE FATIMA COMUNIDADE PE. JOSIMO TAVARES São José de Niteríoi JOÃO XXIII BOM PASTOR IMACULDA CONEIÇÃO SANTO CURA D’ARS’ SÃO JOÃO MARIA VIANNEY COMUNIDADE PE. LAVAL SANTANA MESTRA NOVICIADO XAVERIANO RAINHA DOS APÓSTOLOS NOSSA SENHORA DA GRAÇA JOÃO PAULO II Seminário Maior Diocesano SANTO ANDRÉ DIOCESE DE SÃO MATEUS SÃO JOSÉ DOM JOSÉ CORNELIS SEMINÁRIO DIOCESANO DE TEOLOGIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO NOSSA SENHORA DO CARMO JOÃO PAULO II SEM. MAIOR MARIA MÃE DA IGRJA CORONEL FABRICIANO CAMPO GRANDE MARINGÁ POUSO ALEGRE CORONEL FAVRICIANO LEOPOLDINA CAXIAS DO SUL BRAGANÇA PAULISTA ITUIUTABA CAMPO LIMPO UBERABA CAMPINAS TAUBATÉ FORTALEZA BRAGANÇA PAULISTA MONTES CLAROS JATAÍ SANTO AMARO Campo dos Goytacazes PORTO VELHO CURITIBA GUARULHOS ITUIUTABA GUARABIRA BELO HORIZONTE CAMPO MARINGÁ BELO HORIZONTE POUSO ALEGRE ITUIUTABA BELO HORIZONTE JUIZ DE FORA VIAMÃO CAPINAS UBERABA ITAPEC. DA SERRA UBERABA CAMPINAS TAUBATÉ SP FORTALEZA CAMPINAS FORTALEZA MOTNES CLAROS BRASÍLIA SÃO PAULO Niteroi PORTO VELHO CURITIBA GUARULHOS ITUIUTABA CAMPINA GRANDE SÃO PAULO FEIRA DE SANTANA HORTOLANDIA MARILIA OLINDA ANANINDEUA Nova Iguaçu DIADEMA SERRA PESQUEIRA SALVADOR SÃO J. OS CAMPOS CARATINGA JABOTICABAL OLINDA CAMPO GRANDE SÃO PAULO URUSSANGA MARILIA TERESINHA MACEIÓ JUIZ DE FORA SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS RAINHA DOS APOSTOLOS RAINHA DOS APÓSTOLOS SANTANA MESTRA SÃO GABRIEL PERBOYRE ESTÁGIO PASTORAL SÃO JOÃO MARIA VIANNEY DE TEOLOGIA SEMINARIO DA IMACULADA SÃO JOÃO MARIA VIANNEY JUAZEIRO CAMPINAS MARILIA OLINDA RECIFE MARABÁ Nova Iguaçu SANTO ANDRÉ SÃO MATEUS PESQUEIRA ALAGOINHAS SÃO JOSÉ DOS CAMPOS GUANHÃES JABOTICABAL PALMARES DOURADOS SÃO PAULO CRICIÚMA PRESIDENTE PRUDENTE SÃO RAIMUNDO NONATO MACEIÓ LEOPOLDINA Propriá BOM JESUS CURITIBA NAZARÉ FEIRA DE SANTANA BELO HORIZONTE CAXIAS DO SUL SALVADOR SANTO ANDRÉ CAMPINAS-SP SALVADOR SANTO CURA D’ARS ITUIUTABA TERESINA CURITIBA OLINDA FEIRA DE SANTANA BELO HORIZONTE VERANOPOLIS SALVADOR SANTO ANDRÉ CAMPINAS SALVADOR SÃO PAULO ITUIUTABA SÃO JOSÉ COMUM. TEOL. S. DO CARMO-COTESC PRELAZIA DE COARI CAMPANHA MANAUS POUSO ALEGRE BOM PASTOR RAINHA DOS APÓSTOLOS SEMINARIO S. CORAÇÃO DE JESUS PROVINCIAL N. S. DA ASSUNÇÃO NOSSA SENHORA DE GUADALUPE Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 121 122 123 124 125 126 127 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140 141 142 143 144 145 146 147 148 149 150 151 152 153 154 155 156 157 158 159 160 LÚCIO DO E. SANTO PEREIRA LIMA LUIS PORTELA DA SILVA FILHO LUIZ GONZAGA PEREIRA JUNIOR LUIZ GUSTAVO SANTOS TEIXEIRA LUZEILSON PEREIRA EVANGELISTA MANOEL FILHO MARCELLO REIS BARBOSA MARCELO DE JESUS PIRES MARCELO NUNES DA GAMA MARCONDES FEREIRA DOS SANTOS MARCOS ANTONIO FERREIRA MENDES MARCOS EDUARDO CALIARI MARCOS ROCHA CALDAS MARCOS VIEIRA DAS NEVES MARIO CABRAL AGUILAR MATEUS JENSEN DE DONETI MATEUS MORAIS E SILVA MAURO MARCELO GOMES SILVA Moisés Henrique Fragoso de Souza NEITON TIAGO HARTMANN OCLEITO MODA ALVES ONALDO DA COSTA SOARES OTÁVIO BERALDA NEVES PATRICK OLIVEIRA URIAS PAULO BRONZATO SILVA PAULO MARAN MUNIZ Pe. Almir Magalhães de Oliveira (assessor) PE. ANTONIO JOSÉ RAMOS COSTA Pe. ARNALDO CARVALHEIRO NETO Pe. ATENÁGORAS C. DE ALENCAR PE. DOMINGOS BARBOSA FILHO PE. GERVASIO F. DE QUEIROGA Pe. JOÃO BORTOLOCI FILHO PE. JOÃO BOSCO COSTA LIMA PE. JOSÉ MARCELINO DE M. FILHO PE. JOSÉ ROBERTO DA SILVA ARAUJO PE. JOSE SEVERINO DA SILVA PE. LELSON S. DE MORAES FERREIRA Pe. Marco Antônio FORERO. P.S.S PE. NATALE BRAMBILLA PE. UBAJARA PAZ DE FIGUEREDO Rafael da Costa Santana RAFAEL DALBEN FERRAREZ RAIMUNDO FEITOSA DOS SANTOS REGINALDO MARTINS DA SILVA RENAN MACIEL LOPES RENATO PETROCCO RICARDO ALMEIDA AMARAL ROBSON BATISTA DE LIMA Robson de Oliveira Magalhães ROBSON RODRIGUES REZENDE RODRIGO JOSÉ DA SILVA RONDINELE BARBOSA CELESTINO Ronne Won Ribeiro da Silva RUDINEI ZORZO SEBASTIÃO LOPES DA SILVA Sérgio Luiz Maftra Santos THIAGO SÉRGIO MIRANDA TIAGO DE FRAGA GOMES TIAGO FELIPE POLONHA TIAGO VICNETE SANTANA VINICIUS ALVES MARTINS WAGNER MELO DA SILVA WANDERLEY W. A. CAVALCANTE WASHINGTON UBERABA SILVA WILSON FEITOSA RODRIGUES WILSON MOSCARDI BASQUEROTO 33 DOM OSCAR ROMERO DOM PASCÁSIO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA DIOCESANO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS BALSAS BACABAL BRASÍLIA SÃO JOSÉ DOS CAMPOS PICOS SÃO LUIS SÃO LUIS BRASÍLIA TAUBATÉ TERESINA SÃO JOSÉ JOÃO PAULO II EMAÚS NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO RAINHA DOS APOSTOLOS - ITRA NOSSA SENHORA AUXILIADORA SÃO JOÃO MARIA VIANNEY SÃO JOAO MARIA VIANNEY COMUNIDADE PE. LAVAL BUSQUE SANTO CURA D’ARS NOSSA SENHORA APARECIDA Nossa Senhora do Amor Divino JOÃO LUIZ GONZAGA RORAIMA LIV. DE NOSSA SENHORA IRECÊ CARATINGA PRESIDENTE PRUDENTE POUSO ALEGRE SÃO LUIS LIMEIRA MANAUS LIV. N. SENHORA IRECÊ CARATINGA MARILIA POUSO ALEGRE SÃO LUIS MA CAMPINAS SÃO PAULO BRASILIA ITUIUTABA TABOÃO DA SERRA Petrópolis VIAMÃO COXIM CAMPINA GRANDE CAMPO GRANDE SÃO PAULO MARILIA SÃO LUIS SÃO JOÃO MARIA VIANNEY SEM. MAIOR REG. M. MAE DA IGREJA NOVICIADO S. EUGENIO DE MAZENOD RAINHA DOS APOSTOLOS NOSSA SENHORA DA PIEDADE BRASILIA ITUIUTABA CAMPO LIMPO Petrópolis NOVO HAMBURGO COXIM CAMPINA GRANDE CAMPO GRANDE BOTUCATU COROATÁ SÃO JOÃO MARIA VIANNEY INTITTUTA TEOL. R. DOS APOSTOLOS SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS FRATERNIDADE M. SRA APARECIDA NOVICIADO Xaveriano NOSSA SENHORA DA GRAÇA SEMINÁRIO TEOLOGICO SÃO JOSÉ SÃO LUIS ARAÇATUBA BOM JESUS OEIRAS NOSSA SENHORA DA GRAÇA NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO N.S. DE FÁTIMA OLINDA RECIFE MARAJÓ BRASÍLIA PROPRIÁ CAMPO GRANDE Niterói SÃO JOSÉ DO RIO PRETO CRATEÚS SEM. MAIOR REG. M. MAE DA IGREJA São José de Niterói SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS SÃO JOSÉ DE TEOLOGIA SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS SEMINARIO DA IMACULADA JOÃO PAULO II MAIOR SAGRADA FAMILIA São José de Niterói ESCOLA DO EVANGELHO TEOLOGICO TUBARÃO SÃO VICENTE DE PAULA SÃO LUCAS SÃO JOÃO MARIA VIANNEY São José JOÃO XXIII RAINHA DOS APÓSTOLOS BOM PASTOR CONVÍVIO EMAÚS SÃO JOÃO MARIA VIANNEY FRATERNIDADE M. SRA APARECIDA NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO SEMINÁRIO MAIOR SÃO LUÍS GONZAGA COM. D. PAULO EVARISTO ARNS RAINHA DOS APOSTOLOS CAMPINAS OLINDA RECIFE ITABIRA-COL.FABRICIANO SÃO JOSÉ DO RIO PRETO CAMPINAS JEQUIÉ SERRINHA Niteroi GOIÁS TUBARÃO CONGREGAÇÃO DA MISSÃO MONTES CLAROS CAXIAS DO SUL CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM Rio de Janeiro JI-PARANA OSÓRIO CURITIBA FLORIANÓPOLIS LIMEIRA PENEDO SÃO L. DE MONTES BELOS SANTO ANDRE ARAÇATUBA SÃO LUIS MARILIA TERESINA TERESINA QUIXADÁ HORTOLANDIA OLINDA BELO HORIZONTE SÃO PAULO OLINDA ANANIDEUA BRASÍLIA PIRAMBU CAMPO GRANDE Niteroi S. J. DO RIO PRETO FORTALEZA S. J. DO RIO PRETO CAMPINAS ILHÉUS FEIRA DE SANTANA Niterói GOIÂNIA FLORIANOPOLIS BELÉM MONTES CLAROS VIAMÃO CARIACICA Rio de Janeiro PORTO VELHO VIAMÃO FLORANÓPOLIS CAPINAS QUIXADÁ MACEIÓ APAR. DE GOIÂNIA DIADEMA MARILIA Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 34 “A vocação e o compromisso de ser hoje discípulos e missionários de Jesus Cristo na América Latina e no Caribe, requerem clara e decidida opção pela formação dos membros de nossas comunidades, a favor de todos os batizados, qualquer que seja a função que desenvolvem na Igreja” (Documento de Aparecida 276) B) MOTIVAÇÃO Nestes últimos anos no Brasil, muitos seminaristas maiores revelaram-se particularmente sensíveis à questão missionária. Há cinco anos o Centro Cultural Missionário de Brasília vem organizando cursos de formação missionária, com a finalidade de introduzi-los ao estudo da teologia da missão, mediante a abordagem de questões fundamentais, fortalecê-los em sua consciência missionária e iniciá-los a uma prática evangelizadora próxima, inculturada, com horizonte universal. Esses cursos se multiplicaram pelos Brasil afora em nível Regional, assim como outras iniciativas tais como missões de férias, jornadas missionárias, eventos de animação missionária envolvendo seminaristas, etc. Em numerosos seminários, surgiram Conselhos Missionários de Seminaristas (COMISEs). Aparecida convida todo Povo de Deus a assumir decididamente a caminhada latino-americana pósconciliar, a opção pelos pobres de Medellín (1968) e Puebla (1979), a inculturação e a opção pelos outros de Santo Domingo (1992) e colocar a missão no centro de suas atividades pastorais. Com efeito, ao impulsionar a missão estamos preparando a Igreja no Brasil para “uma nova primavera da missão ad gentes” (DAp 379). Por ocasião do Ano Sacerdotal, pareceu-nos oportuno promover um evento que fosse avaliação da caminhada feita e articulação, reflexão, compromisso e avanço em vista de uma formação presbiteral profundamente missionária. A mesa da abertura: Pe. Marco Antônio Forero (Seminário de Brasília), Pe. Altevir, Dom Dimas Lara Barbosa, Pe. Vito Del Prete e Pe. Sávio Corinaldesi. C) OBJETIVO GERAL Ajudar os seminaristas do Brasil a assumir a dimensão missionária universal da vocação cristã e presbiteral. D) OBJETIVOS ESPECÍFICOS • aprofundar as motivações aptas a abrir os seminaristas para o horizonte da missão universal; • discutir com os representantes dos seminaristas e formadores o modelo de formação atualmente em vigor à luz das urgências da missão universal e das diretrizes da Igreja. • evidenciar o “modo missionário” de viver o ministério presbiteral no mundo de hoje; • incentivar a criação e a articulação de Conselhos Missionários de Seminaristas; • aproximar as casas de formação da atividade de animação missionária dos Conselhos Missionários Regionais e Diocesanos; Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 35 • suscitar o desejo de realizar eventos missionários para seminaristas em nível regional; • promover vocações missionárias ad gentes entre os seminaristas do Brasil. E) TEMA FORMAÇÃO PRESBITERAL PARA UMA MISSÃO SEM FRONTEIRAS F) LEMA Chamados para estar com ele e enviados (Mc 3,14). G) LOCAL DO CONGRESSO Seminário Maior Arquidiocesano Nossa Senhora de Fátima – SHIS QI 17, AE, Lago Sul – 71645-200 BRASÍLIA (DF). Tel: (61) 3366.9900 H) PROGRAMAÇÃO Pe. Vito Del Prete, PIME Pe. Sávio Corinaldesi, sx Pe. Estêvão Raschietti, sx Domingo – 4 de julho de 2010 08h00 – 14h00 Para quem chega antes do almoço credenciamento será realizado no Centro Cultural Missionário (CCM) – SGAN 905 C, Asa Norte (tel. 3274.3009). Ônibus levarão os participantes para as casas de hospedagem depois do almoço. 14h00 – 17h30 Para quem chega depois do almoço, credenciamento será realizado no local do Congresso, no Seminário Arquidiocesano de Brasília, SHIS QI 17 – AE – Lago Sul (tel. 3366.9900). 17h30 – 18h00 Translado e chegada ao local do Congresso para quem se encontra nas casas de hospedagem. 18h00 – 19h00 Janta 19h00 – 20h00 Missa de abertura – Presidida por Dom Dimas Lara Barbosa, Secretário Geral da CNBB. 20h15 – 21h30 Sessão de abertura 21h30 – 22h00 Saída para as residências Segunda feira – 5 de julho de 2010 06h45 – 07h30 07h30 – 08h15 08h15 – 09h00 09h00 – 10h00 Chegada ao local do congresso Café da manhã Laudes Conferência de abertura: Fundamentos bíblico-teológicos para a formação missionária dos futuros presbíteros – Pe. Vito Del Prete, PIME, Secretário Geral da Pontifícia União Missionária. 10h00 – 10h30 Intervalo 36 Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 10h30 – 12h30 Conferência e debate: A dimensão humano-afetiva da formação presbiteral para uma missão sem fronteiras – Ir. Maria de Fátima Morais, IASCJ 12h30 – 13h30 Almoço 13h30 – 14h00 Animação com vídeo-testemunho missionário 14h00 – 15h30 Mutirões de reflexão 15h30 – 16h00 Intervalo 16h00 – 17h30 Plenário e conclusão 17h30 – 18h00 Intervalo 18h00 – 19h00 Missa com vésperas presidida por Dom Esmeraldo Barreto de Farias, bispo de Santarém, PA, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados. 19h00 – 20h00 Janta 20h00 – 20h30 Intervalo 20h30 – 21h30 Oração do Terço Missionário 21h30 – 22h00 Saída para as residências Terça feira – 6 de julho de 2010 06h45 – 07h30 Chegada ao local do congresso 07h30 – 08h15 Café da manhã 08h15 – 09h00 Laudes e meditação: Mt 10,1-10. Conduzida por Dom Esmeraldo Barreto de Farias, bispo de Santarém, PA, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados. 09h00 – 10h00 Painel temático: A GRATUIDADE. “Somos Igrejas pobres, mas “devemos dar a partir de nossa pobreza e a partir da alegria de nossa fé”, e isso sem descarregar sobre alguns poucos enviados o compromisso que é de toda a comunidade cristã” (DAp 379) 10h00 – 10h30 Intervalo 10h30 – 12h30 Conferência e debate: A dimensão comunitária da formação presbiteral para uma missão sem fronteiras – Pe. Guy Labonté, pmé 12h30 – 13h30 Almoço 13h30 – 14h00 Animação com vídeo-testemunho missionário 14h00 – 15h30 Mutirões de reflexão 15h30 – 17h30 Jogo da semifinal da Copa do Mundo 17h30 – 18h00 Intervalo 18h00 – 19h00 Missa com vésperas presidida por Dom Pedro Britto Guimarães, bispo de São Raimundo Nonato, PI, membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária. 19h00 – 20h00 Janta 20h00 – 21h30 Plenário e conclusões 21h30 – 22h00 Saída para as residências Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 37 Quarta feira – 7 de julho de 2010 06h45 – 07h30 Chegada ao local do congresso 07h30 – 08h15 Café da manhã 08h15 – 09h00 Laudes e meditação: At 16,6-10. Conduzida por Dom Pedro Britto Guimarães, bispo de São Raimundo Nonato, PI, membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária. 09h00 – 10h00 Painel temático: O HORIZONTE. “Nosso desejo é que esta V Conferência seja estímulo para que muitos discípulos de nossas Igrejas vão e evangelizem na outra margem. A fé se fortalece quando é transmitida e é preciso que em nosso continente entremos em nova primavera da missão ad gentes” (DAp 379) 10h00 – 10h30 Intervalo 10h30 – 12h30 Conferência: A dimensão espiritual da formação presbiteral para uma missão sem fronteiras – Pe. Joachim Andrade, SDV 12h30 – 13h30 Almoço 13h30 – 14h00 Animação com vídeo-testemunho missionário 14h00 – 16h30 City Tour 16h30 – 17h30 Momento de espiritualidade 17h30 – 18h00 Intervalo 18h00 – 19h00 Missa com vésperas presidida por Dom Vitório Pavanello, SDB, arcebispo de Campo Grande, MS. 19h00 – 20h00 Janta 20h00 – 20h30 Intervalo 20h30 – 21h30 Apresentação de dança clássica indiana, estilo Bharata Natyam – Pe. Joachim Andrade, SDV. 21h30 – 22h00 Saída para as residências Quinta feira – 8 de julho de 2010 06h45 – 07h30 Chegada ao local do congresso 07h30 – 08h15 Café da manhã 08h15 – 09h00 Laudes e meditação: Mc 1,35-39. Conduzida por Dom Vitório Pavanello, SDB, arcebispo de Campo Grande, MS. 09h00 – 10h00 Painel temático: A ARMADILHA. “Para não cairmos na armadilha de nos fechar em nós mesmos, devemos formarnos como discípulos missionários sem fronteiras” (DAp 376) 10h00 – 10h30 Intervalo 38 Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 10h30 – 12h30 Conferência: A dimensão intelectual da formação presbiteral para uma missão sem fronteiras – Pe. Antônio Almir Magalhães de Oliveira 12h30 – 13h30 Almoço 13h30 – 14h00 Animação com vídeo-testemunho missionário 14h00 – 15h30 Mutirões de reflexão 15h30 – 16h00 Intervalo 16h00 – 17h30 Plenário e conclusão 17h30 – 18h00 Intervalo 18h00 – 19h00 Missa com vésperas presidida por Dom Sérgio Arthur Braschi, bispo de Ponta Grossa, PR, membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária. 19h00 – 20h00 Janta 20h00 – 20h30 Intervalo 20h30 – 21h30 Ensaios para Noite cultural 21h30 – 22h00 Saída para as residências Sexta feira – 9 de julho de 2010 06h45 – 07h30 Chegada ao local do congresso 07h30 – 08h15 Café da manhã 08h15 – 09h00 Laude e meditação: Jo 10,11-16. Conduzida por Dom Sérgio Arthur Braschi, bispo de Ponta Grossa, PR, membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária. 09h00 – 10h00 Painel temático: O COMPROMISSO. “O mundo espera de nossa Igreja latino-americana e caribenha um compromisso mais significativo com a missão universal em todos os Continentes” (DAp 376) 10h00 – 10h30 Intervalo 10h30 – 12h30 Conferência: A dimensão pastoral da formação presbiteral para uma missão sem fronteiras – Pe. Paulo Suess 12h30 – 13h30 Almoço 13h30 – 14h00 Animação com vídeo-testemunho missionário 14h00 – 15h30 Mutirões de reflexão 15h30 – 16h00 Intervalo 16h00 – 17h30 Plenário e conclusão 17h30 – 18h00 Intervalo 18h00 – 19h00 Missa com vésperas presidida por Dom João Brás de Aviz, arcebispo de Brasília. 19h00 – 20h00 Janta 20h00 – 22h00 Confraternização e noite cultural 22h00 – 22h30 Saída para as residências Sábado – 10 de julho de 2010 06h45 – 07h30 07h30 – 08h15 08h15 – 08h45 08h45 – 10h15 10h15 – 10h45 10h45 – 12h00 12h00 – 13h00 13h00 – 15h00 Chegada ao local do congresso Café da manhã Laudes Sessão de encerramento Intervalo Missa de envio Almoço Saida para rodoviária e aeroporto Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 39 I) MENSAGEM DOS CONGRESSISTAS Mensagem dos participantes do I Congresso Missionário Nacional de Seminaristas Aos Senhores bispos, formadores e amigos seminaristas, Entre os dias 04 e 10 de julho, nós, cerca de 150 seminaristas, 10 formadores e alguns bispos dos diversos regionais do Brasil, estivemos reunidos em Brasília participando do Iº Congresso Missionário Nacional de Seminaristas, com o objetivo de ajudar-nos a assumir a dimensão missionária universal da vocação cristã e presbiteral. Gostaríamos de transmitir a todos quão rica foi a experiência deste Congresso e a grande festa da alegria e da unidade celebrada aqui na capital do nosso país em favor da missão. Conduzidos pelo lema: chamados para estar com Ele e enviados (Mc. 3,14) e o tema formação presbiteral para uma missão sem-fronteiras, tivemos a graça de nos deparar com as realidades do campo formativo, nas dimensões voltadas para missão. Observamos as realidades eclesiais e formativas e chegamos à conclusão de que ainda temos que trabalhar muito para se chegar àquilo que é vontade da Igreja Universal e Latino-Americana: despertar a Igreja na América Latina e no Caribe para um grande impulso missionário (DAp. 548). É bem verdade que, em alguns Seminários e Institutos, o sentido da vocação sacerdotal mais missionária está em plena atividade. Porém, é também fato de que em outros Seminários e Institutos o termo missão não recebe a devida atenção. Iluminados pelo Espírito de Deus, e impulsionados pelo espírito de Aparecida, queremos que esta realidade seja transformada e transfigurada segundo a vontade de Deus para o nosso tempo, hoje, na Igreja do Brasil. Queremos melhorar o ambiente relacional estrutural do Seminário para que, como uma comunidade autenticamente cristã, formadores e formandos se unam em prol da vocação primeira da Igreja: a missão, a serviço do Reino de Deus. Queremos ser missionários padres e não padres missionários. Cônscios da real necessidade de formarmos nos Seminários vocações verdadeiramente missionárias, vimos, por meio desta, encarecidamente pedir aos senhores bispos, formadores e seminaristas, que desenvolvam nos Seminários e Institutos uma formação voltada para a missão além-fronteiras. Cremos que se houver investimento, numerosas vocações missionárias brotarão no seio dos Seminários, a começar por nós que participamos deste Iº Congresso Missionário. De Brasília voltamos para os nossos regionais dispostos a colaborar, com vivo ardor missionário, na conscientização missionária dos irmãos de Seminário e na constituição de organismos que favoreçam a missão em nossas casas de formação, como o Conselho Missionário dos Seminários (COMISE) e a Formação Missionária para Seminaristas (FORMISE). Contamos desde já com o apoio de todos, pois o benefício não é para a nossa promoção pessoal, mas, para a promoção de todos os povos do orbe e para o bem da Igreja que age em nome de Cristo e a Ele se dirige. Certos da atenção de todos a este pedido, reiteramos nosso desejo, de juntos, animados e guiados pelo Divino Espírito, construirmos no coração dos Seminários e Institutos, uma mentalidade viva e ardente direcionada a missão sem-fronteiras, tornando a Igreja no Brasil cada vez mais missionária. Em Cristo Jesus Brasília, DF, 4 – 10 de julho de 2010 Os Participantes do 1º Congresso Missionário Nacional de Seminaristas 40 Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 J) Síntese das avaliações Ruim Congresso comum um todo Organização e Coordenação Convivência e confraternização Animação Partilha das experiência missionária Assessores e palestras Mutirões e reflexão Liturgia e meditação Hospedagem Refeições e serviços da casa 2 2 4 4 1 Regular 3 2 8 18 8 1 2 6 6 1 Bom 21 29 42 34 27 45 45 46 41 26 Ótimo 86 83 66 60 80 69 65 58 65 88 O I Congresso Missionário Nacional de Seminaristas abriu nossas mentes e os nossos corações para a realidade da missão na Igreja do Brasil. Foi um passo importante abordar a formação nas diversas dimensões em prol da missão, pois muitos seminários ainda precisam abrir-se para essa formação em todas as dimensões.Tomamos consciência que a missão é uma vocação que brota do batismo, é um compromisso cristão e não deve ser vista como uma imposição. Nossa Igreja embora pareça muitas vezes uma Igreja engessada, fechada e rígida, mostra com essa participação que está em consonância com todo o Brasil e está aberta para a realidade das missões. Com este congresso estamos entrando em comunhão, conhecendo as outras realidades e dioceses, percebemos as diferenças, quebramos tabus e reconhecemos que a nossa concepção de Igreja no Brasil é totalmente diferente do que realmente é. As Pontífícias Obras Missionárias e o Centro Cultural Missionário devem propor essa formação para toda a Igreja, ou seja, todos os sujeitos eclesiais. Seus cursos de formação deveriam ser mais divulgados. Os bispos devem ser formados para serem animadores missionários em suas dioceses abordando com relevância essa dimensão em seus planos pastorais. O clero deveria ser incentivado para as missões e para cursos de formação missionária visando sua formação permanente. Em suas comunidades paroquiais devem lembrar que a missão não é só no mês missionário, mas em todo o ano. Os leigos deveriam ser preparados para serem animadores, para serem células de difusão e divulgação missionária em suas comunidades. Precisamos apresentar o conteúdo do Congresso em nossos seminários e assim fomentar o ardor missionário no coração dos nossos companheiros. Necessitamos também Maior esclarecimento acerca dos conselhos quanto a sua estrutura e constituição (COMIDE, COMISE, COMIRE, COMIPA). Precisamos fomentar em nossas dioceses o espírito missionário com iniciativas como a criação de COMISES e FORMISES, e trabalhar em conjunto com os conselhos existentes em algumas dioceses do nosso regional. Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 41 4. Curso de formação missionária para presbíteros A formação missionária nos dias atuais exige uma intensa preparação humana, espiritual, intelectual e prática. Foi pensando nisso e destacando o Ano Sacerdotal que o Centro Cultural Missionário de Brasília (CCM) promoveu, de 22 a 31 de julho, um Curso de Teologia e Espiritualidade Missionária para presbíteros com o tema: “Consagrados e enviados a todos os povos”. O curso teve um êxito excelente, segundo a avaliação dos participantes. A) Participantes N. Nome Diocese ou Entidade UF 1 Aluisio da Silva Ramos Nazaré da Mata PE 2 Cyzo Assis Lima Fraternidade Palavra e Missão RS 3 Geraldo Alves da Silva São José dos Campos SP 4 Gervasio Linke Padres do Sagrado Coração de Jesus SC 5 Gibrail Walendorff Osório RS 6 Gilmar Raimundo de Santana Osasco SP 7 José Afonso de Souza São José dos Campos SP 8 José Carlos Stoffel Fraternidade Palavra e Missão SP 9 Maurício Pieroni Pouso Alegre MG 10 Rogério Félix Machado São José dos Campos SP 11 Sidnei de Paula Santos Marilia SP 12 Stanislaw Ocetek Luziânia GO 13 Ubajara Paz de Figueiredo Campo Grande MS 14 Valmir Miranda dos Santos Salvador BA Segundo o secretário executivo do CCM, padre Estêvão Raschietti, o curso promoveu o redescobrimento do ministério sacerdotal sobre a missão hoje. “A missão diz respeito a mais profunda identidade do presbítero, da mesma forma que diz respeito à essência da própria Igreja”. Padre Raschietti vê o efeito positivo do Concílio Vaticano II na crescente ação missionária. “Com efeito, o Concílio Vaticano II afirma que a Igreja peregrina é por sua natureza missionária. Não é por acaso que a própria prática missionária representa uma dimensão privilegiada de exercício do ministério do presbítero”. 42 Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 O Secretário Nacional da Pontifícia União Missionária e um dos palestrantes, padre Sávio Corinaldesi, explica aos participantes que o padre é um termômetro da sociedade, por isso o religioso deve sempre se manter motivado, tanto na vida quanto na questão missionária. “O padre não pode se acomodar. Temos que nos sentir sempre no meio do oceano com um tubarão em nossa caça. Isso serve de motivação para alcançarmos o máximo de nosso trabalho, que é a evangelização e a missionariedade”. Nesta edição o número de inscritos foi de 15 participantes. O superior da fraternidade Palavra e Missão, da cidade gaúcha de Santa Cruz do Sul, Cyzo Assis Lima, destacou sua participação como uma espécie de “reciclagem”. “O curso tem a duração de 10 dias. Neste tempo sinto que fiz uma reciclagem, à luz do Documento de Aparecida, podendo agora dinamizar a missão na minha região. Me fez também enxergar melhor a missão, dentro e fora do país”. O CCM promove os cursos de formação missionária em parceria com a Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial, a Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, a Comissão Episcopal para a Amazônia, o Conselho Missionário Nacional, a Conferência dos Religiosos do Brasil, as Pontifícias Obras Missionárias, a Comissão Nacional dos Presbíteros e a Organização dos Seminários e Institutos do Brasil. B) FINALIDADE E MOTIVAÇÃO Esse curso teve como finalidade redescobrir o ministério sacerdotal à luz da perspectiva missionária, aprimorar o estudo da teologia e da espiritualidade da missão mediante a abordagem de questões fundamentais, fortalecer a consciência missionária dos participantes e orientá‐los a uma prática evangelizadora sempre mais próxima, inculturada, com horizonte universal. A iniciativa do CCM se situa como estímulo para que aconteça efetivamente uma formação missiologica e missionária mais aprofundada entre os presbíteros do Brasil. Os participantes a esse curso foram convidados a se tornarem agentes multiplicadores de eventos semelhantes de animação missionária presbiteral em suas próprias realidades. A participação ativa da Pontifícia União Missionária, por meio de seu Secretário Nacional, garantiu a esse curso uma esmerada qualificação, sendo essa obra orientada especificamente à formação missionária dos presbíteros e dos candidatos ao ministério presbiteral. Por ocasião desse curso foi proposto um enfoque bíblico específico, segundo quanto sugere o Ano Litúrgico C: a perspectiva lucana da missão. Para Lucas a missão é obra do Espírito e testemunho apostólico. A cena de Jesus em Nazaré (cf. Lc 4,16-30) revela o programa essencial da missão de Jesus, a partir do qual se desdobra o compromisso missionário de todo presbítero, apóstolo e pastor. Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 43 Faz-se necessária uma profunda “conversão radical da mentalidade” (RMi 49), uma superação de visões restritas e sectárias, para que a salvação de fato se estenda a todos os povos. Convidamos os presbíteros do Brasil a participar desse curso para que se sintam mais capacitados a animar as comunidades a eles confiadas, renovando-as de dentro, por meio de um autêntico espírito missionário. C) CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1. Quinta, 22 de julho, 16h00: Acolhida e introdução. “Jesus voltou para a Galiléia com a força do Espírito” (Lc4,14). Celebração de abertura. POR QUEM SOMOS CONSAGRADOS E ENVIADOS 2. Sexta, 23 de julho: “O ESPÍRITO DO SENHOR ESTÁ SOBRE MIM” (Lc 4,18a). A Missão como impulso do Espírito e desdobramentos na vida concreta da comunidade: mudança de paradigma – Pe. Joachim Andrade, SVD, mestre em antropologia e doutor em Ciências da Religião. POR QUE SOMOS CONSAGRADOS E ENVIADOS 3. Sábado, 24 de julho: “ENVIOU‐ME PARA ANUNCIAR A BOA NOVA AOS POBRES” (Lc 4,18c). A missão de Jesus como revelação de um Deus do rosto humano e a nossa prática pastoral – Ir. Tea Frigério, MMX, especializada em Ciências da Religião e assessora do CEBI. 4. Domingo, 25 de julho: A MISSÃO DA IGREJA AO LONGO DOS SÉCULOS. Visões, modelos e paradigmas históricos e suas heranças na nossa organização eclesial – Prof. Sérgio Coutinho, assessor da Comissão Episcopal para o Laicato da CNBB, setor CEBs. 5. Segunda, 26 de julho: A MISSÃO DOS CRISTÃOS HOJE COMO PROFECIA PARA UM OUTRO MUNDO POSSÍVEL. Desafios, caminhos e horizontes para o anúncio efetivo do Evangelho num mondo globalizado – Pe. Estêvão Raschietti, SX, mestre em missiologia e Secretário Executivo do Centro Cultural Missionário. SOMOS CONSAGRADOS E ENVIADOS 6. Terça, 27 de julho: “HOJE SE CUMPRIU A ESCRITURA” (Lc 4,21). A identidade do presbítero na adesão à missão de Jesus, vida nova para todos os povos – Pe. Estêvão Raschietti, SX, mestre em missiologia e Secretário Executivo do Centro Cultural Missionário. A QUEM SOMOS CONSAGRADOS E ENVIADOS 7. Quarta, 28 de julho: “NUNHUM PROFETA É BEM RECEBIDO EM SUA PÁTRIA” (Lc 4,24). A missão na diáspora territorial, social e cultural: testemunhos missionários e pistas de ação – Pe. Sávio Corinaldesi, SX, Secretário Nacional da Pontifícia União Missionária. 8. Quinta, 29 de julho: ÂMBITOS E INTERLOCUTORES DA MISSÃO HOJE. As perspectivas e os projetos missionários do Documento de Aparecida – Pe. Sávio Corinaldesi, SX, Secretário Nacional da Pontifícia União Missionária. COMO SOMOS CONSAGRADOS E ENVIADOS 9. Sexta, 30 de julho: “PASSANDO NO MEIO DELES, CONTINUOU O SEU CAMINHO” (Lc 4,30). Uma espiritualidade para uma Igreja em estado permanente de missão – Pe. José Altevir da Silva, CSSp, assessor da Comissão Episcopal para a Ação Missionária e a Cooperação Intereclesial. 10. Sábado, 31 de julho, até 12h00: Conclusão e avaliação: “Sereis as minhas testemunhas em Jerusalém até os confins do mundo” (At 1,8). Celebração de envio. 44 Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 D) Síntese das avaliações Ruim Curso como um todo Convivência Assessores Conteúdo Celebrações Coordenação Hospedagem Refeição Serviços da Casa Regular 1 1 Bom 3 6 7 3 6 1 1 2 1 Ótimo 10 7 6 9 6 12 12 11 12 O curso correspondeu as suas expectativas? Sim. Porque me ajudou muito assimilar a minha opção pessoal. Possibilitou também uma amável convivência com os assessores e os participantes, uma verdadeira renovação ministerial. – Em geral sim. Foi excelente para eu assumir um compromisso maior com a proposta de uma Igreja em estado permanente de missão. – Sim, pelos os conteúdos, atuação dos assessores. Houve bom espírito participativo e interativo do grupo. – Muito. Ajudou-me rever a dimensão missionária do meu ministério. Volto para o meu trabalho pastoral disposto a rever e por em prática alguns pontos para que a comunidade seja verdadeiramente missionária. – E muito. Nunca tinha feito um curso, no tocante à dimensão missionária, como este que fiz aqui. Certamente foi positivo; além das minhas expectativas. Pontos significativos a destacar Teologia da missão, abordagem com documento de Aparecida, foi muito bom. Entre outras coisas boas, foi muito positivo os filmes que foram passados a noite. – As novas chaves de leitura a parti do evangelho de Lucas. As linhas norteadoras que implicam mudanças de estruturas e conversão, sobretudo dos evangelizadores. As experiências missionárias dos assessores, e o testemunho de fé e vida. – A profundidade de alguns temas apresentados; O questionamento suscitado a partir da apresentação dos temas, e a nova compreensão da Igreja a partir da missionariedade. – O clima de acolhida da equipe da casa, me sentir em minha própria casa. – Excelente trabalho do padre Joaquim, referente a teologia da missão Aparecida, os aspectos históricos e o fundamentos bíblico. – A união do grupo, pessoal simples, cheios de vontade, acreditando em uma Igreja mais comprometida. O carinho na comemoração do meu aniversário. Sugestões para melhorar Sugiro que houvesse novas formas na dinâmica, na espiritualidade, na leitura orante do ofício divino das comunidades e enfoque nas celebrações eucarísticas. – De ordem metodológica: alguns assessores deixaram de seguir um roteiro na sua exposição, o que dificultou o acompanhamento. – Continuar com a proposta de uma formação específica para sacerdotes. Sugestão: em vez de 10 dias, realizar em 6 dias. – Abrir, se possível estudos sobre outros problemas que surgem na teologia e abordar novos assuntos. Considerações pessoais O grupo todo esteve bem em sintonia com a coordenação e assessores. – O encontro com os colegas do ministério foi muito edificante. – Pe. Estevão, não desista! O CCM precisa mais ser divulgado nas paróquias. Que se organize um curso para lideranças leigas que moram e atuam nos grandes centros urbanos. – Eu me comprometo em enviar 2 ou 3 padres para o próximo curso neste formato. – Maior divulgação sobre o curso junto ao Bispo aproveitar a assembléia nacional ou dos Regionais. Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 45 5. Cursos ad gentes Nº 1 2 4 5 3 6 7 8 9 10 11 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 Nome Adir Rodrigues Andreza de Andrade Cícera Correia Carvalho Cláudia Camara Clézio Menezes dos Santos Conceição Ap. Gonçalves Faria Damiana Do Crusificado Diva Nascimento Barbosa Edi Nicolao Eliane Maria Assis Armôa Elza Aparecida dos Santos Frederico Augusto de Oliveira Inês Aparecida Colpani Jair Donizet de Oliveira Jandira Portelo Lauriceia Soares Lima Lucia Olinda Wilchen Luiz Roberto Lemos do Prado Sally Ann Savery Maria Aparecida dos Santos Maria Aparecida Ribas Maria Aparecida Silva Viana Maria da Piedade Silva Maria Joaquina C. G. Cesar Maria Jose Santos Lira Maria Lúcia Tavares Araújo Maria Marcelina Xavier Marissandra Rodrigues Oliveira Marivalda T. Xavier dos Santos Markelízia Cruz Araújo Pedrinha Maronezi Pureza Madalena de Jesus Raimunda Oliveira Chaves Rita de Cássia Soares Gomes Rivanete Simões da Costa Rosa Nair Carlos Sandra Aparecida da Silva Congregação / Entidade Diocese de Chapecó Fanciscanas Missionárias de Assis Instituto Josefino Salvatorianas Ordem dos Frades Capuchinhos Franciscanas Missionárias de Assis Fraternidade Misisonária o” O Caminho” Franciscanas M Maria Auxiliadora Irmãs Franciscanas N Sra Aparecida Missionarias da Imaculada Santa Maria Madalena Postel Santíssimo Redentor Apóstoloas do Sagrado Coração de Jesus Missionários Claretianos – CMF Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado Filhas N. Sra S Coração Filhas do Amor Divino Congregação da Missão (CM) Fraternidade Missionária “O Caminho” Pequenas Irmãs da Divina Providência Bom Pastor Irmãs da Providência de Gap Missionárias Capuchinhas Franciscanas Missionárias de Assis Filhas de N. Sra do Sagrado Coração Missionárias Capuchinhas Instituto Pias Mestras Venerini Franciscanas Missionárias de Susa Apóstolas do Sagrado Coração Irmãs da Divina Providência Nossa Senhora (Notre Dame) Irmãs da Divina Providência Feranciscana Missionária de Maria Instituto Josefino Instituto Josefino Franciscanas da Imac. Conceição Irmãs Missionárias da Ação Pastoral Id. Religiosa Padre Religiosa Religiosa Religiosa Frei Religiosa Religiosa Religiosa Religiosa Religiosa Religiosa Padre Religiosa Padre Religiosa Religiosa Religiosa Padre Religiosa Religiosa Religiosa Religiosa Religiosa Religosa Religiosa Religiosa Religiosa Religiosa Religiosa Religiosa Religiosa Religiosa Religiosa Religiosa Religiosa Religiosa Religiosa País Missão Nicaraguá Argentina França Moçambique México Argentina Moçambique Bolívia Moçambique Guiné Bissau Continente Africano Benin Moçambique Angola Venezuela Ecuador Moçambique Moçambique Haiti Angola Haiti Ecuador Argentina Angola Ecuador Haiti Moçambique Mexico Continente Africano Continente Africano Moçambique Angola França França Continente Africano Moçambique 46 Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 A) Participantes O Curso Ad Gentes para missionários enviados além-fronteiras teve início no dia 8 de agosto, no Centro Cultural Missionário (CCM), e terminou em 1º de setembro. Participaram da formação 38 pessoas (32 religiosas, quatro padres, 1 frei e uma leiga). “Com estes dados podemos perceber como a Igreja no Brasil continua vivenciando de maneira autêntica o mandato de Jesus: ‘ide pelo o mundo inteiro e fazei discípulos meus em todas as nações’”, disse o assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da CNBB, padre José Altevir, que também assessorou o curso. A formação missionária foi uma iniciativa do CCM e teve a duração de três semanas e três dias de retiro espiritual, com a finalidade oferecer uma preparação humana, intelectual, espiritual e prática para esses missionários. O Curso proporcionou momentos de reflexão e de estudo antes de partir para essa experiência de tornar-se hóspede na casa dos outros. O Curso de Formação Missionária Ad Gentes 2010 teve como enfoque a missão segundo o evangelista Lucas: missão como cumprimento das escrituras; missão como anúncio da conversão e do perdão a todas as nações; missão começando por Jerusalém; missão como testemunho; missão como ação do Espírito (cf. Lc 24,44-49). A universalidade dessa visão missionária se expressa no anúncio de salvação vinculado ao encontro com a pessoa de Jesus. De acordo com padre Altevir, os 38 missionários serão enviados para três continentes. “O continente africano vai receber 20 missionários. Para o continente americano estão sendo enviados onze. Já a Europa receberá dois missionários, que irão atuar na França”, enumerou. O assessor também destacou a origem dos missionários. “Os 38 missionários são oriundos dos seguintes estados: São Paulo, Minas Gerais, Ceará, Maranhão, Santa Catarina, Amazonas, Tocantins, Goiás, Paraíba, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Paraná e Distrito Federal”. Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 47 B) OBJETIVOS Essa iniciativa teve como finalidade oferecer uma preparação humana, intelectual, espiritual e prática para esses missionários. Com efeito, é preciso que os missionários e as missionárias retalhem um tempo para si, para um encontro consigo, com os outros e com Deus, dispondo-se a enfrentar os desafios da missão além-fronteiras. Esse Curso proporcionou um importante momento de reflexão e de estudo antes de partir para essa experiência tremenda e fascinante de tornar-se hóspedes na casa dos outros. O Curso de Formação Missionária Ad Gentes 2010 teve como enfoque a missão segundo o evangelista Lucas: missão como cumprimento das escrituras; missão como anúncio da conversão e do perdão a todas as nações; missão começando por Jerusalém; missão como testemunho; missão como ação do Espírito (cf. Lc 24,44-49). A universalidade dessa visão missionária se expressa no anuncio de salvação vinculado ao surpreendente encontro com a pessoa de Jesus. A partir dessas perspectivas bíblicas, o Curso tratou das principais questões que sobressaem da experiência missionária além-fronteiras, seguindo sete abordagens: humano-afetiva, bíblica, histórica, antropológica, teológica, prática e espiritual. C) FINALIDADE E MOTIVAÇÃO O Curso ofereceu uma preparação intensiva e um acompanhamento para brasileiras e brasileiros que se preparam para sair do País como missionários alémfronteiras. Hoje, se insiste para que os missionários tenham uma adequada e específica formação em três etapas: uma formação humana, intelectual, espiritual e prática – especificamente missionária – no próprio país de origem; uma formação de inserção e de iniciação à missão no país de destinação; e um estágio missionário no campo final de missão. No caso específico dos missionários brasileiros, o CCM oferece cursos para cumprir com a primeira etapa dessa formação. Com efeito, é preciso que os missionários e as missionárias retalhem um tempo para si, para um encontro consigo, com os outros e com Deus diante dos desafios da missão além-fronteiras. Esse Curso proporciona um importante momento de reflexão e de estudo antes de partir para essa experiência tremenda e fascinante de tornar-se hóspedes na casa dos outros. O Curso Ad Gentes é indicado também para missionários e missionárias que desejam se aprimorar nas temáticas relacionadas à missão, para amadurecer uma eventual decisão de sair ou em vista de elaborar caminhos e projetos junto à própria congregação. Também aconselhamos essa formação como momento de revigoramento espiritual para religiosos e religiosas, leigos e leigas, que estão na labuta há anos, e que procuram um momento significativo de atualização e avaliação pessoal sobre alguns conteúdos e sobre sua própria experiência missionária. 48 Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 D) CONTEÚDO PROGRAMÁTICO “SOU EU MESMO” (Lc 24,39) Domingo, 8 de agosto: “Toquem-me e vejam” (Lc 24,39): o significado do encontro com o Ressuscitado para a Missão. Abertura e apresentação do curso. Segunda, 9 de agosto: MISSÃO: A ALEGRIA DE SER TESTEMUNHAS SEM FRONTEIRAS. Motivações interiores para a missão ad gentes – Ir. Teresinha Mendonça Del’Acqua, OSF, psicóloga e orientadora espiritual. Terça, 10 de agosto: MISSÃO: UMA VIAGEM AO EXTERIOR E AO INTERIOR. Perspectivas de conversão pascal a partir da experiência missionária de aproximação ao outro e à cultura do outro – Ir. Teresinha Mendonça Del’Acqua, OSF, psicóloga e orientadora espiritual. Quarta, 11 de agosto: MISSÃO: MUDANÇA DE PARADIGMA. “Deslocamentos” fundamentais para uma nova compreensão da missão ad gentes hoje – Pe. Estêvão Raschietti, SX, mestre em missiologia e Secretário Executivo do CCM. MISSÃO COMO CUMPRIMENTO DAS ESCRITURAS Quinta, 12 de agosto: “HOJE SE CUMPRIU ESTA ESCRITURA QUE ACABASTES DE OUVIR” (Lc 4,21). A missão de Jesus tal como os Evangelhos nos transmitem (cf. DAp 139) – Prof. Sérgio Coutinho, assessor da Comissão Episcopal para o Laicato da CNBB, setor CEBs. Sexta, 13 de agosto: “JESUS ABRIU A MENTE DELES PARA ENTENDEREM AS ESCRITURAS” (Lc 24,45). A compreensão da missão ao longo dos séculos: visões, modelos e paradigmas históricos entre encontros, confrontos e desencontros – Prof. Sérgio Coutinho, assessor da Comissão Episcopal para o Laicato da CNBB, setor CEBs. Sábado, 14 de agosto: “A PALAVRA DE DEUS, ENTRETANTO, CRESCIA E SE MULTIPLICAVA” (At 12,24). Desafios, caminhos e horizontes para o anúncio do Evangelho hoje num mondo globalizado – Pe. Estêvão Raschietti, SX, mestre em missiologia e Secretário Executivo do CCM. Domingo, 15 de agosto: à tarde, passeio turístico por Brasília (roteiro cívico). MISSÃO COMO ANUNCIO DE CONVERSÃO E PERDÃO A TODAS AS NAÇÕES Segunda, 16 de agosto: SIGNIFICADO DA CONVERSÃO PARA O MUNDO ATUAL. Elementos para um novo paradigma de missão a partir de uma visão antropológica – Pe. Joachim Andrade, SVD, mestre em antropologia e doutor em Ciências da Religião. Terça, 17 de agosto: A MISSÃO AD GENTES NO CONTINENTE ASIÁTICO. Missão inter gentes num contexto de pluralismo religioso e de diáspora da Igreja – Pe. Joachim Andrade, SVD, mestre em antropologia e doutor em Ciências da Religião. Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 49 Quarta, 18 de agosto: MIGRAÇÃO COMO CAMINHO DA MISSÃO. A luta contra a idolatria do mercado junto a migrantes e refugiados – Prof. Roberto Marinucci, mestre em missiologia e pesquisador do Centro Scalabriniano de Estudos Migratórios (CSEM). Quinta, 19 de agosto: IDENTIDADE E UNIVERSALIDADE. O anuncio do Evangelho e as culturas dos povos – Ir. Elvira Augusto, FMM, missionária moçambicana no Brasil e formadora. Sexta, 20 de agosto: A MISSÃO AD GENTES NO CONTINENTE AFRICANO. Caminhando com a Igreja a serviço da reconciliação, da justiça e da paz – Ir. Elvira Augusto, FMM, missionária moçambicana no Brasil e formadora. Sábado, 21 de agosto: A MISSÃO AD GENTES NUM MUNDO PÓS-MODERNO E PÓS-CRISTÃO. Desafios e perspectivas para o anúncio do Evangelho a partir de contextos culturalmente cristãos – Pe. Gabriele Cipriani, CP, assessor do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs – CONIC. Domingo, 22 de agosto: à tarde, encontro com algumas expressões religiosas de Brasília (roteiro religioso). MISSÃO COMEÇANDO POR JERUSALÉM Segunda, 23 de agosto: A CAMINHADA MISSIONÁRIA DA IGREJA LATINO-AMERICANA E CARIBENHA. Opção pelos pobres, libertação, participação, inculturação nos documentos das conferências episcopais continentais – Prof. Ivo Poletto, filósofo, teólogo, cientista social e educador popular. Terça, 24 de agosto: MEMÓRIA, PROJETO, SEGUIMENTO. Testemunhos, práticas significativas e teologia latino‐ americana e caribenha entre opções fundamentais e novas perspectivas – Prof. Ivo Poletto, filósofo, teólogo, cientista social e educador popular. Quarta, 25 de agosto: UMA IGREJA EM PERMANENTE PROCESSO DE CONVERSÃO MISSIONÁRIA. As provocações inovadoras da V Conferência de Aparecida e o desafio da Missão Continental – Pe. Agostinho Sauthier, subsecretário adjunto de Pastoral do Secretariado Geral da CNBB. MISSÃO COMO TESTEMUNHO Quinta, 26 de agosto: DAR DE NOSSA ESSÊNCIA. O fundamento trinitário da Missão e a natureza missionária da Igreja (AG 2): o debate teológico sobre a missão – Ir. Inês Costalunga, Mdl, doutora e secretária da Pósgraduação em Missiologia do Itesp de São Paulo, SP. Sexta, 27 de agosto: DAR DE NOSSA VIVÊNCIA. A vida nova em Cristo e seu sentido de salvação para todos os povos: o debate cristológico, eclesiológico e soteriológico sobre a missão – Ir. Inês Costalunga, Mdl, doutora e secretária da Pós-graduação em Missiologia do Itesp de São Paulo, SP. 50 Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 Sábado, 28 de agosto: DAR DE NOSSA POBREZA. Os horizontes da ação evangelizadora e os compromissos da Igreja latino-americana e caribenha: o debate atual sobre a missão alémfronteiras – Pe. José Altevir da Silva, CSSp, assessor da Comissão para a Ação missionária e a Cooperação Intereclesial. Domingo, 29 de agosto: à tarde, passeio no Parque Nacional de Brasília (roteiro ecológico). MISSÃO COMO AÇÃO DO ESPÍRITO Segunda, 30 de agosto: “RECEBERÃO A FORÇA DO ESPÍRITO PARA SEREM MINHAS TESTEMUNHAS” (At 1,8). Missão como impulso interior (dynamis) do Espírito e desdobramentos na vida da comunidade – Pe. Sávio Corinaldesi, SX, Secretário Nacional da Pontifícia União Missionária. Terça, 31 de agosto: “O ESPÍRITO SOPRA ONDE QUER” (Jo 3,8). Missão como extensão da ação do Espírito, presente e operante em todo o tempo e lugar – Pe. Sávio Corinaldesi, SX, Secretário Nacional da Pontifícia União Missionária. Quarta, 1 de setembro: avaliação e celebração de envio: “eu lhes enviarei aquele que meu Pai prometeu” (Lc 24,49). E) Síntese das avaliações Ruim Curso como um todo Convivência Equipes de Serviços Partilha das experiências Missionárias Conteúdo das palestras Assessores Hospedagem Refeições Serviço da Casa Regular 1 Bom 4 11 13 9 10 28 35 33 30 Ótimo 32 24 20 25 25 7 2 3 6 O curso correspondeu as suas expectativas? Sim, e em vários sentidos. Sinto-me realizada por tudo que vivi nesses dias, conviver com pessoas diferentes, foi muito gratificante. – Sim, o curso foi de grande conhecimento, crescimento, foi grande experiência, uma riqueza, é impossível não sair com o desejo de partir e ser discípulos e missionários do Senhor. – Sim, não só me ajudou a caminhar, mas tomar atitudes coerentes com o meu ser missionário. Gostei muito do jeito que foi dado o curso, não foi cansativo, deu para assimilar toda a matéria, rezar e refletir. Vocês estão de parabéns com a organização e conteúdo. – Correspondeu e muito, tive momentos fortes de convivência, de partilha de vida; os assessores são capazes, me ajudou a por os pés no chão diante da missão que vamos assumir. – Correspondeu, eu não esperava que fosse desse nível, com pessoas capacitadas e competentes em cada assunto apresentado. – Superou. A forma adotada na sequência dos conteúdos, a dinâmica e a metodologia aplicada bem como a escolha dos assessores. – Sim, correspondeu. Eu necessitava de algo que me despertasse para um tema sobre a tecnologia como meio de evangelização e outro sobre religiões no mundo. Tudo isso alargou os meus horizontes e levou-me a um processo de conversão. – Sim. Porque foi direcionada à questão missionária do princípio até o fim, não perdeu o fio condutor, o objetivo. Está muito atualizado e correspondeu às exigências com relação á comunicação (imagem). – Acredito que sim e me ajudou a despertar com mais convicção para a missão. Este curso é uma boa preparação e nos ajuda a ter noção daquilo que vamos encontrar na nossa caminhada. – Sim. Apenas gostaria de sugerir para repensar sobre as questões da África como um todo; do mais sinto que fomos bem orientados e questionados. Muitíssimo obrigada! Muita paz e bênçãos a todos. Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 51 6. Semana Brasileira sobre a missão continental A) PArticipantes N. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 Nome Adalberto Ronconi Aldemisia S. V. M. Magalhaes Aline Luci Girelli Ana Maria Ferreira de Barros Ana Maria Pereira da Silva Augusta Culpo Bernadete Motta Palafoz Carla Zagato Claudete Camilo Claudio Antonio Prescendo Clemilda Lobo Alves Crisófor Domínguez Pedral Cristiano de Souza Tavares Daniel Rodrigues Dirce Gomes da Silva Dom Adriano Dom Jaime Pedro Kohl Dom José Lanza Neto Dom Pedro Brito Guimarães Dom Sérgio Arthur Braschi Edinei Evaldo Batista Elielson Cassimiro de Almeida Fátima Vilma Siqueira da Silva Frederico Augusto de Oliveira Iranildo Virgilio da Cruz Isalete Aparecida Silva João Panazzolo José Angelo Figueira Latif Maria de Arauju Lima Limacêdo Antônio da Silva Diocese ou Entidade Cruzeiro do Sul Fraternidade Palavra e Missão São Miguel Paulista Barra dos Garças CNBB Noroeste Franciscanas Marianas Missionárias Missionária de Maria – Xaveriana Colatina Vacaria CELAM Cruzeiro do Sul Curitiba Irmãs de Cristo Pastor CNBB Nordeste 2 Osório Guaxupé São Raimundo Nonato Ponta Grossa São José dos Campos Natal Barra do Piraí Congregação Santíssimo Redentor Natal São José dos Campos CNBB Sul 3 Nordeste 5 Rio Branco CNBB Nordeste 2 Id Religiosa Padre Leiga Religiosa Leiga Leigo Religiosa Religiosa Religiosa Leiga Padre Leiga UF SP AC SP SP MT RO BA SP ES RS PA Padre Leigo Religiosa Bispo Bispo Bispo Bispo Bispo Padre Padre Leiga Padre Padre Leigo Padre Padre Leiga AC BA PR PE RS MG PI PR SP RN RJ DF RN SP RS MA AC PE Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 52 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 Lino Zucchi Lourival Martins Becker Luigi Mosconi Luiz Fernando Lisboa Luiz Marino Silva Marinho Malvino Xavier da Silva Marcelo Ribeiro Alves de Ávila Maria de Lourdes Soares Gomes Maria F. Nascimento de Souza Maria Salete dos Santos Maria Sebastiana Souza Mário de Carli Matias Soares Neimar Aloisio Troes Nilto Lima Olivio Lucio Dembogurski Pirmin Spiegel (Firmino) Rivael de Jesus Nacimento Rogério Félix Machado Rosangela de Sousa Urt Santina Kriger Becker Sidney Marcos Dornellas Ubajara Paz de Figueiredo Valdinei Soares dos Santos COMIRE Norte 2 Santas Missões Populares Missionário Passionista São José dos Campos Colatina Curitiba Santos São José dos Campos Instituto Missões Consolata Natal Toledo Vacaria Santas Missões Populares Curitiba São José dos Campos CNBB Nacional CNBB Oeste 1 São Mateus Padre Leigo Padre Padre Leigo Padre Leigo Religiosa Leiga Leiga Leiga Padre Padre Padre Padre Padre Padre Leigo Padre Leiga Leiga Padre Padre Padre PA MT PA PR SP ES MG PR AM SP SP SP RN PR MA RS PA PR SP AM MT DF MS ES Aconteceu na noite do dia cinco de setembro, às 20h, no Centro Cultural Missionário, em Brasília, a abertura da Semana Brasileira sobre a Missão Continental. Em meio aos cinqüenta e quatro missionários oriundos das mais diversas regiões do Brasil, Dom Adriano Ciocca Vasino, bispo de Floresta-PE, membro da Comissão Episcopal da Missão Continental, acolheu todos os participantes e os motivou com as seguintes palavras: “ na missão continental não podemos deixar de nos solidarizar com a retomada da identidade dos povos indígenas e afrodescendentes e tão pouco, deixar de procurar, com todos os de boa vontade, um novo paradigma socioeconômico e cultural, baseado no diálogo, na economia e no respeito, em lugar do paradigma atual, que é falido e imoral. Como para os discípulos de Emaús, o tempo de hoje pode nos deixar desanimados. Mas Cristo Ressuscitado caminha conosco Ele nos permite “ler” a realidade atual com outros olhos e nos reanima para a missão. Como Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 53 Igreja nós temos que nos colocar ao lado dos povos do nosso continente e acompanhá-los na sua caminhada a partir da nossa fé em Cristo ressuscitado e com Ele trilhar novos caminhos”. A oração inicial foi realizada de maneira dinâmica e participativa, de modo que os dezessete Regionais da CNBB, na pessoa de seu representante, apresentaram uma experiência missionária significativa, fruto da missão continental, que vem animando e aquecendo os corações das pessoas nas comunidades, paróquias e dioceses, vida religiosa, pastorais e movimentos em todo o Brasil. Ao iniciar este evento nacional da missão continental, foi destacado que começar algo em nossa vida evoca, em primeiro lugar, para o entusiasmo. Toda pessoa entusiasta sabe o que quer e aonde quer chegar. A causa maior é sempre o Reino de Deus e a pessoa de Jesus Cristo e seu Projeto. Neste espírito de nitidez pela urgência da missão, aconteceu a memória e partilha dos regionais, que por sua vez, os representantes não conseguiam conter a alegria e vibração ao partilhar as inúmeras atitudes missionárias realizadas em suas localidades. Ao concluir este primeiro momento da semana brasileira da missão continental, ficou claro que a missão evangelizadora abraça a todos com o amor de Deus e especialmente aos pobres e aos que sofrem. E o convite foi lançado: “levemos nossos navios mar adentro, na força do Espírito, sem medo das tormentas, seguros de que a providência de Deus nos proporcionará grandes surpresas” (cf DAp 551). “Assumimos o compromisso de uma grande missão em todo o Continente, que de nós exigirá aprofundar e enriquecer todas as razões e motivações que permitam converter cada cristão em discípulo missionário. Necessitamos desenvolver a dimensão missionária da vida de Cristo. A Igreja necessita de forte comoção que a impeça de se instalar na comodidade, no estancamento e na indiferença, à margem do sofrimento dos pobres do Continente. Necessitamos que cada comunidade cristã se transforme num poderoso centro de irradiação da vida em Cristo. Esperamos em novo Pentecostes que nos livre do cansaço, da desilusão, da acomodação ao ambiente; esperamos uma vinda do Espírito que renove nossa alegria e nossa esperança. Por isso é imperioso assegurar calorosos espaços de oração comunitária que alimentem o fogo de um ardor incontido e tornem possível um atraente testemunho de unidade ‘para que o mundo creia’ (Jo 17,21)” (DAp 362) B) FINALIDADE E MOTIVAÇÃO Um dos mais importantes legados da V Conferência Geral do Episcopado latino-americano em Aparecida foi assumir o compromisso de uma grande Missão Continental. Contudo, a recepção inicial desta proposta não foi a de realizar uma gigantesca mobilização eclesial, tampouco a de articular um projeto missionário em nível de toda igreja do Continente. Pelo contrário, o Documento do Celam pós-Aparecida, “A Missão Continental para uma Igreja Missionária” (MC), como também o Documento da CNBB, “Projeto Nacional de Evangelização: o Brasil na Missão Continental”, conferem à Missão Continental um caráter de animação missionária das Igrejas 54 Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 particulares: “a missão que se realiza como fruto da Conferência de Aparecida deve, antes de tudo, animar a vocação missionária dos cristãos, fortalecer as raízes de sua fé e despertar a responsabilidade para que todas as comunidades cristãs ponham-se em estado de missão permanente” (MC 2). Se existe uma novidade na perspectiva da Missão Continental, essa consiste num decisivo salto de passar de uma Igreja que promove alguns eventos “missionários” para arrebanhar fiéis, para uma Igreja em estado permanente de missão. Isso equivale a reconhecer o contexto de pluralismo no qual se encontra o mundo de hoje. Esse pluralismo é a propria “casa” dos nossos povos na América e no mundo, onde temos que entrar tirando as sandálias, para anunciar permanentemente o Evangelho ali onde o povo se encontra. É preciso, portanto, “percorrer juntos um itinerário de conversão que nos leve a ser discípulos missionários de Jesus Cristo” (MC 3), visto que para nos tornarmos tais, “impõe-se uma conversão radical da mentalidade” (RMi 49). Essa conversão consiste substancialmente num deslocamento e numa saída: “nós somos agora, na América Latina e no Caribe, seus discípulos e discípulas, chamados a navegar mar adentro para uma pesca abundante. Trata-se de sair de nossa consciência isolada e de nos lançarmos, com ousadia e confiança (parrésia), à missão de toda a Igreja” (DAp 363). Paradoxalmente, é nessa saída que a Igreja encontra sua razão de ser e sua própria identidade. Para concretizar pedagogicamente esse intuito, o Documento do Celam sobre a Missão Continental propõe “um plano mínimo para surtir efeito de visibilidade da comunhão” (MC, apresentação). Por sua vez o Documento da CNBB, além de sinais compartilhados e de gestos concretos, insiste na elaboração de subsídios, no processo de formação dos missionários e no aprofundamento de temáticas inerentes a questões propriamente missionárias. Com esse propósito o Centro Cultural Missionário e a Comissão Episcopal para a Missão Continental promoveram uma Semana Brasileira sobre a Missão Continental, com o objetivo de afunilar a reflexão em torno de três grandes temas do Documento de Aparecida: a espiritualidade missionária, dimensão essencial para a formação missionária; a paróquia missionária, exigência de conversão das nossas estruturas; os projetos para uma nova evangelização, caminhos para uma aproximação aos outros e para uma ação evangelizadora significativa em todo Brasil. Esses temas revelaram-se questões fundamentais para a caminhada de nossas igrejas no Brasil. Queremos propor uma reflexão através de especialistas, um debate entre os participantes, oficinas de estudos e aprofundamento, para recolher iluminações, provocações, propostas, itinerários pedagógicos e gestos concretos. Sucessivamente, todo esse material servirá para criar e publicar subsídios para as nossas dioceses, paróquias e comunidades em todo Brasil. A pauta da Semana contou também com o estudo de dois enfoques, desafios para a missão da Igreja: o mundo da juventude e as migrações no Continente. O primeiro diz respeito a uma prioridade da ação evangelizadora que a Igreja da América Latina assumiu desde Puebla, o compromisso com as novas gerações: “os jovens e adolescentes Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 55 constituem a grande maioria da população da América Latina e do Caribe; representam enorme potencial para o presente e o futuro da Igreja e de nossos povos, como discípulos e missionários do Senhor Jesus” (DAp 443). O segundo enfoque, sobre as migrações, diz respeito ao significado de “Continental” que damos a essa missão. O Continente está no meio de nós através de seus diversos povos que migram, particularmente, para os grandes centros urbanos. Qual é a ação de nossa Igreja junto a essas pessoas? E também, de que maneira a Missão Continental poderia tornar-se também uma ocasião para promover uma inter-ajuda entre igrejas latino-americanas em atender os diversos desafios que se apresentam junto a suas populações? A Semana Brasileira sobre a Missão Continental teve como lema bíblico o mandato missionário de Lucas: “Vocês são testemunhas dessas coisas” (Lc 24,48). O Espírito que conduz a missão desperta um olhar contemplativo nos discípulos missionários. Eles são testemunhas das coisas que vêem. A testemunha não protagoniza a ação, ela não faz nada: apenas aponta o que Deus está fazendo. Deus com seu Espírito já está agindo no mundo, abrindo os corações, dispondo as pessoas a receber o anúncio do Evangelho. A Igreja é chamada a perceber essa ação divina através dos sinais dos tempos participando dessa mesma ação: saindo de seus ambientes, tornando-se hospede na casa dos outros. É um deslocamento fundamental que necessita de uma continua, progressiva, profunda e diligente conversão interior. C) PARTICIPAÇÃO Foram convidados a participar os membros da equipe de multiplicadores do Projeto “O Brasil na Missão Continental”, com delegados de cada regional. Contamos também com a presença de presbíteros, religiosos e religiosas, leigos e leigas, agentes de pastoral que em sua diocese estão envolvidos, ou desejam se envolver, em cursos de formação missionária, eventos de animação missionária ou projetos de nova evangelização, no espírito da Missão Continental. D) CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Domingo, 5 de setembro, 20h00: “Vocês são testemunhas destas coisas” (Lc 24,48). Acolhida e abertura da Semana Brasileira sobre Missão Continental. Segunda, 6 de setembro: ELEMENTOS BÍBLICOS DA ESPIRITUALIDADE MISSIONÁRIA. Para uma formação missionária moldada pelo estudo e pela leitura orante da Sagrada Escritura – Pe. Sérgio Bradanini, PIME, biblista e missiologo, diretor do ITELSE (Instituto de Teologia da Região Sé) de São Paulo, SP. Terça, 7 de setembro: PARÓQUIA MISSIONÁRIA, UM PROJETO POSSÍVEL? Mudanças estruturais rumo a um novo padrão pastoral – Pe. José Carlos Pereira, CP, sociólogo e teólogo pastoralista, pároco da paróquia São José e Nossa Senhora das Dores, Rio de Janeiro, RJ. 56 Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 Quarta, 8 de setembro: PROJETOS E MÉTODOS PARA UMA NOVA EVANGELIZAÇÃO. Memória, seguimento e perspectivas – Pe. Manoel Godoy, diretor executivo do ISTA (Instituto Santo Tomás de Aquino) de Belo Horizonte, MG. Quinta, 9 de setembro: MISSÃO JUNTO À JUVENTUDE PARA UMA JUVENTUDE PROTAGONISTA DA MISSÃO. O desafio de descobrir com os jovens a vocação de ser amigos e discípulos de Jesus – Pe. Jorge Boran, CSSp, coordenador do Centro de Capacitação da Juventude (CCJ) de São Paulo, SP. Sexta, 10 de setembro: A DIMENSÃO CONTINENTAL NO MEIO DE NÓS. Para uma missão inter gentes na América Latina e Caribe junto aos migrantes – Pe. Sidnei Dornellas, CS, sociólogo e teólogo, diretor do Centro de Estudos Migratórios, em São Paulo, SP. Sábado, 11 de setembro, até 12h00: “Permanecei na cidade até que sejais revestidos da força do alto” (Lc 24,49). Conclusões, articulação e encaminhamentos E) Síntese das PROPOSTAS PARA O PROJETO “O BRASIL NA MISSÃO CONTINENTAL” ELEMENTOS BÍBLICOS PARA UMA ESPIRITUALIDADE MISSIONÁRIA - Dinamizar mais o Projeto “Um milhão de Bíblias” como maior incentivo ao uso da Bíblia nas pastorais e movimentos (elemento dinamizador). - Treinamento dos orientadores da Leitura Orante da Bíblia (modelo Guias de Oração). Divulgação de subsídios existentes da Bíblia. - Regionalização dos encontros de animação missionária para favorecer maior participação e difundir a proposta missionária em todos os responsáveis regionais. - Implementação em todos os âmbitos da Leitura Orante da Bíblia. - Formação bíblica para leigos. PARÓQUIA MISSIONÁRIA RENOVADA - Paróquias tornem-se Paróquias Missionários: intensificar a criação dos Comidis e Comipas. - Paróquias se convertam numa rede de comunidades: setorização, criação de novas comunidades, “grupos de reflexão”, instituição de ministérios e serviços, formação teológica e missionária para as lideranças e povo em geral. MÉTODOS PARA A EVANGELIZAÇÃO - Retomar, reavivar, Comina, Comire, Comidi. - Reforçar a Missão Continental com representantes do Comina e dos Comires para o encontro nacional (levar esta proposta à assessoria da CNBB tendo presente os temas aborados na Semana). FRONTEIRAS AD GENTES E INTERGENTES - A partir dos documentos, produzir subsídios acessíveis ao povo. Coletar experiências realizadas em nível de América Latina e Caribe. - Produzir vídeos. - Intercambio com a base e a assessoria nacional junto à Igreja Local. - Formação Missionária sobre a Missão Continental nos Seminários. - Curso de formação para lideranças. - Constituir equipes de formação e de articulação diocesanas. - Parceria com o Comire e Comidi onde não existe, e fortalecer onde existe. - Criar um fundo para o Comire a partir da Campanha da Evangelização. - Trabalhar com a Infância e Juventude Missionária. Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 57 IV. SCAI – Serviço de colaboração apostólica INternacional 1. Considerações Iniciais A movimentação missionária de religiosos e religiosas, sacerdotes, leigos e leigas, nos tempos recentes, não está isenta do rigor que os Estados e a comunidade internacional vêm implementando em termos de requisitos para concessão de Vistos e exercício da missão. Embora não haja mudanças na lei, em muitas circunstâncias as exigências práticas vão sendo formuladas de modo a dificultar ou tornar mais rigorosa a apresentação de documentos e o cumprimento burocrático dos procedimentos a serem seguidos. O SCAI, departamento do Centro Cultural Missionário da CNBB, tem por finalidade prestar assistência administrativa, jurídica e documental aos sacerdotes, religiosos, religiosas, leigos e leigas, que vêm ao Brasil como missionários. No atendimento e orientação aos missionários e em contato permanente com as autoridades públicas constata e registra preocupação com a questão relativa à comprovação formal da formação religiosa dos missionários e missionárias. Desejamos comentar este aspecto que, no caso do Brasil, está se tornando cada vez mais rigoroso e que muitos candidatos e candidatas à missão em nosso País não estão conseguindo atender. Trata-se dos Certificados e Diplomas de Estudos de formação religiosa, os quais nas últimas décadas integram a rol de comprovantes necessários tanto no pedido de Visto, quanto nos processos de prorrogação de prazo e de transformação do visto temporário em permanente. Estes documentos devem ser legalizados pelo Consulado brasileiro no país onde são emitidos. Ocorre que, frequentemente, os missionários e missionárias não possuem documentação formal correspondente aos estudos religiosos, pois a formação é feita no âmbito interno das Congregações, sem a emissão de documentos correspondentes e, mesmo quando emitidos, nem sempre os Consulados procedem a legalização, por tratar-se de documentos internos, sem o reconhecimento de estudos formalmente realizados. É um aspecto sobre o qual se faz necessário refletir, não apenas em função de um Visto, mas também como comprovação da formação religiosa daqueles e daquelas que passam consideráveis períodos de sua vida a valiosos estudos que, se comprovados podem ser significativos nos respectivos Curriculum Vitae. Os SCAI, no desempenho de sua missão, apoiou, assistiu, defendeu e, quando necessário, recorreu de decisões dos órgãos públicos competentes, para garantir a obtenção das devidas autorizações legais (Visto, prorrogações, permanência) a todos os missionários e missionárias dispostos a prestar sua generoso serviço missionário no Brasil. Em muitas circunstâncias não foi fácil superar a burocracia e controles migratórios impostos pelos Estados. Mesmo assim, os dados a seguir expostos, revelam o resultado altamente positivo obtido tanto no apoio aos missionários e colaboradores de outros países que vieram em missão no Brasil, quanto aos brasileiros que partiram para missões no exterior. 58 Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 2. Dados e resultados Embora o serviço do SCAI não se resuma a um total de processos, pois a diversidade na tramitação e a necessidade de intervenções variam muito de um caso a outro, vale registrar a totalidade d e processos defendidos e acompanhados durante o ano de 2010. Também é oportuno referir que cada processo tem um trâmite longo, que varia entre 6 meses e 2 anos, em média. Neste período, os processos passam por diversos Órgãos Públicos, tais como: Superintendência da Polícia Federal dos Estados, Departamento de Polícia Marítima, Aérea e de Fronteiras da Polícia Federal, Divisão de Estrangeiros ou Divisão de Nacionalidade e Naturalização do Ministério da Justiça e em muitos casos Ministério das Relações Exteriores. Em face desta burocracia e prolongada tramitação, o SCAI procura acompanhar de perto os casos, orientar e informar os missionários e missionárias, alertá-los sobre providências a serem tomadas e sobre os prazos de validade de seus documentos, assim como faz todas as gestões necessárias para os pedidos em trâmite tenham o resultado esperado e o tenham no tempo mais curto possível. Tabela 1 – Processos Item Total 254 211 465 Fonte: Secretaria SCAI Processos encerrados no ano Processos em trâmite (terão continuidade em 2010) Total Gráfico 1 – Processo deferidos Os 254 que obtiveram deferimento e foram encerrados referem-se, como se demonstra no Gráfico 1, a vistos de entrada no Brasil, prorrogações de prazo de estada no País, transformação de visto temporário em permanente e vistos para brasileiros e brasileiras que partiram para missões em outros países 116 65 54 19 Vistos de Entrada Prorrogação no Brasil de Prazo de Entrada Transformação de Visto Temporário em Permanente Vistos para Brasileiros a outros países Fonte: Secretaria SCAI A) Vistos de Entrada no Brasil É bom referir que os Vistos de Entrada no Brasil devem ser obtidos, conforme estabelece a legislação brasileira, nas Repartições Consulares dos países de residência dos Missionários e Missionárias. Isto representa atender condições específicas que os Consulados estabelecem, embora seguindo a legislação básica estabelecida pelo Governo Brasileiro. Esta circunstância, frequentemente, demanda medidas e providências por parte do SCAI, para atender, esclarecer e solucionar demandas diversas em diferentes países para conseguir que os missionários obtenham os devidos vistos. O SCAI acompanhou 65 processos de Vistos para viabilizar a entrada de Missionários no Brasil, os quais obtiveram aprovação, e retratam o seguinte quadro: Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 59 Tabela 2 Classificação segundo o tipo de visto Visto Item VII - Sacerdotes, Religiosos e Religiosas 54 Visto Item V – Leigos - colaboradores voluntários 02 Visto Item IV – Estudantes 09 Tabela 3 Tabela 4 Classificação por categoria Classificação por gênero Sacerdotes Diocesanos 3 Homens 29 Religiosos e Religiosas 36 Mulheres 36 Sacerdotes Religiosos 14 Leigos e Leigas 03 Estudante Religiosos 09 Tabela 5 Classificação por país de procedência Índia 3 Alemanha 2 Indonésia 4 Argentina 2 Itália 4 Canadá 2 México 4 Colômbia 7 Nicarágua 2 Coréia 5 Peru 3 Costa Rica 2 Portugal 2 França 2 RD do Congo 5 Haiti 5 Outros países 11 B) Prorrogação de Prazo de Estada no Brasil Segundo a legislação brasileira, os vistos de entrada dos missionários e colaboradores são concedidos com validade por um ano, prorrogável por outro igual período e, ao final da prorrogação, é transformável em permanência. Foram 54 os pedidos de prorrogação de prazo acompanhados pelo SCAI no ano em curso, tendo sido todos deferidos. Tabela 6 – Classificação por função/categoria Sacerdotes Diocesanos 6 Religiosos e Religiosas 20 Sacerdotes Religiosos 12 Leigos e Leigas 03 Estudantes Religiosas 13 60 Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 C) Transformação de visto temporário em Permanente Os Missionários e Missionárias, portadores de Visto Item VII, podem, com base na legislação vigente, ao final de dois anos de residência no Brasil, pedir a transformação de seus Vistos Temporários em Residência Permanente. O total dos/as que, em 2010, obtiveram Permanência Definitiva foi de 116, sendo os Religiosos e Religiosas os mais numerosos. É de se destacar que, nos últimos anos, estava ocorrendo uma demora exagerada na decisão dos processos, devido a grande acúmulo de processos e a lentidão com os mesmos vinham sendo analisados e decididos, sempre devido a problemas internos do serviço público e de certa desorganização interna na Divisão competente do Ministério. Diante disto, e graças à presença que temos no Conselho Nacional de Imigração, fizemos um pedido às autoridades no sentido de solucionar este problema que estava se acumulando de forma exagerada, com prejuízo tanto aos missionários, que não conseguiam ter seus documentos de permanência (embora protegidos por um documento de protocolo), quanto outros imigrantes em nosso País. Tabela 7 Requerentes da permanência Sacerdotes Diocesanos 5 Religiosos e Religiosas 66 Sacerdotes Religiosos 31 Leigos e Leigas 14 3. Missionários brasileiros designados a missões no exterior A dimensão missionária da Igreja tem naqueles e naquelas que partem para o serviço aos irmãos além-fronteiras uma das suas grandes expressões. É muito bom, para o departamento do SCAI, ter a oportunidade de constatar, através dos serviços que presta, que nos últimos anos reduziu-se a diferença entre os muitos missionários que chegavam no Brasil e o pequeno número dos que partiam. Nota-se, com alegria, que o Brasil está cada vez mais correspondendo ao “dar da própria pobreza”. Neste item, os dados abaixo não refletem a totalidade dos missionários que partem, pois na maioria das vezes os Vistos são obtidos pelos próprios interessados diretamente nos consulados dos países em que irão residir. Por parte do SCAI, neste caso, é realizado o trabalho de orientação, informações, em alguns casos a legalização de documentos, mas, o procedimento junto ao Consulado é de competência exclusiva do titular, ou seja, do próprio missionário ou missionária. Neste âmbito, alguns procedimentos realizados pelo SCAI, para apoiar ou facilitar a obtenção de Visto ou a vida do missionário/a no País de missão: A) Obtenção de visto ou documentos para visto em Repartições Diplomáticas Nunciatura Apostólica (doc. Para visto para a Itália) 2 Embaixada da Angola 2 Embaixada Moçambique 9 Costa do Marfim 1 Rep. Democrática do Congo 2 Senegal 3 Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 61 B) Encaminhamento e orientações para obtenção de visto junto aos Consulados: Angola 6 Moçambique 16 México 1 França 2 Estados Unidos 2 Senegal 3 Costa do Marfim 2 Total 32 C) Legalização de documentos e outras providências: No Consulado da Angola 1 No Consulado de Moçambique 9 Na Republica Democrática do Congo 2 No Ministério das Relações Exteriores 12 Total 24 4. Atividades permanentes desenvolvidas pelo SCAI – Orientação, palestras e informação aos participantes dos cursos do CENFI. – Controle das publicações no Diário Oficial da União, relativas à prorrogação de prazo, permanência definitiva e naturalização de missionários/as. – Acompanhamento de missionários ao Ministério da Justiça, Polícia Federal, Embaixadas e Divisões Consulares. – Acompanhamento, instrução e defesa de processos de pedido de visto. – Comunicação individual aos missionários, informando sobre a situação dos respectivos processos em tramitação no Ministério da Justiça, Ministério do Trabalho e Polícia Federal, tanto nas Superintendências Estaduais, quanto no Departamento de Polícia Marítima Aérea e de Fronteiras. – Envio, com antecedência de 3 meses, de correspondência individual aos missionários, alertando para os respectivos prazos e orientando sobre preparação dos pedidos de prorrogação de prazo de estada e/ou de permanência a serem protocolados na Polícia Federal. – Entrega de documentos, por solicitação de Bispos, Religiosos, Religiosas e Sacerdotes, nas embaixadas, no Ministério da Justiça, Ministério do Trabalho, Conselho Nacional de Assistência Social e outros órgãos públicos federais sediados em Brasília. – Contatos com as Embaixadas para informações atualizadas sobre condições e exigências para concessão de vistos. Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 62 5. Processos de vistos de Entrada no Brasil de Missionários/as acompanhados pelo SCAI nos últimos 10 anos: 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 África do Sul País de Procedência 0 0 0 0 1 2 0 0 0 0 1 TOTAL 4 Áustria 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 24 Alemanha 4 3 1 0 1 2 1 2 1 7 2 Angola 0 0 0 1 3 1 0 0 0 2 0 7 Argentina 0 1 2 5 3 0 1 3 0 1 2 18 Austrália 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 Áustria 0 1 0 2 0 1 1 1 0 0 0 6 Bangui 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 Bélgica 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 Benin 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 Bolívia 1 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 3 Bukina Faso 0 0 0 0 0 1 1 0 1 0 0 3 Burundi 0 1 1 1 0 0 1 0 0 0 0 4 Cabo Verde 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 Camarões 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 2 Canadá 0 1 1 1 3 5 3 7 4 9 2 36 Chile 0 8 1 1 1 3 4 4 0 1 0 23 China 0 0 0 0 0 0 1 2 1 0 0 4 Colômbia 0 8 3 9 6 3 4 2 1 3 7 46 23 Coréia 0 2 6 0 0 4 1 3 0 2 5 Costa do Marfin 0 0 1 0 1 0 1 0 1 1 0 5 Costa Rica 0 1 1 0 0 0 0 4 1 1 2 10 Cuba 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 El Salvador 0 0 3 0 1 1 1 0 0 0 0 6 Egito 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 Eritréia 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 Equador 0 1 1 0 3 4 0 1 1 1 1 13 Espanha 3 14 2 3 10 5 1 5 7 5 0 55 Etiopia 0 0 0 0 1 0 0 0 0 2 0 3 Estados Unidos 3 1 8 3 2 5 6 3 1 0 1 33 Filipinas 1 10 4 2 1 1 3 5 1 1 1 30 França 6 3 3 3 6 5 3 2 0 0 2 33 Ghana 0 0 0 0 1 1 1 0 0 1 0 4 Guatemala 1 0 0 0 0 0 1 4 0 0 0 6 32 Haiti 0 3 2 4 2 0 2 1 12 1 5 Holanda 1 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 3 Honduras 0 0 3 1 1 0 0 0 0 0 1 6 Índia 1 4 9 14 9 10 7 9 7 5 3 78 Indonésia 5 6 0 4 3 2 5 2 2 2 4 35 Inglaterra 1 0 1 0 0 1 0 0 1 0 0 4 Irlanda 1 1 1 2 3 5 1 1 3 0 0 18 Itália 38 31 27 18 27 15 14 23 11 8 4 216 Japão 0 0 0 0 0 1 0 1 0 1 0 3 Kênia 1 1 0 0 2 1 2 2 0 0 1 10 Líbano 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 Malawi 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 2 Madagascar 0 0 0 0 3 4 0 0 0 0 0 7 Malta 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 México 2 6 7 7 17 11 6 2 3 5 4 70 Moçambique 2 4 3 3 5 1 0 0 0 0 1 19 Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 63 Nicarágua 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 2 4 Nigéria 0 0 2 1 0 2 0 2 1 1 0 9 Papua N. Guiné 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 Paraguai 0 0 0 1 1 1 1 1 2 0 1 8 Peru 0 2 3 0 4 2 1 1 1 3 0 17 Polônia 3 6 10 3 4 5 2 0 2 0 1 36 28 Portugal 4 0 7 3 3 1 4 4 0 0 2 Rep. Dominicana 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 1 3 Rep. D. do Congo 0 2 4 4 1 1 3 5 1 4 5 30 Romênia 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 2 Ruanda 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 São Tomé 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 Senegal 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 Slovaquia 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 SriLanka 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 Sudão 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 Suíça 4 0 0 0 1 1 1 0 0 0 0 7 Taiwan 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 Tanzânia 0 1 0 0 2 0 0 1 0 1 0 5 Tonga 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 Togo 0 1 2 2 0 0 1 0 1 1 1 9 Uruguai 0 2 1 0 2 0 0 1 0 0 0 6 Venezuela 0 0 3 0 0 1 0 3 0 0 0 7 Vietnan 0 0 0 0 0 4 1 0 0 0 0 5 Zâmbia 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 2 Total 87 133 127 100 138 117 87 111 69 71 65 1105 6. Considerações e Informações finais As atividades do SCAI se estendem também a outros serviços de apoio aos missionários/as, para atender suas solicitações e necessidades, suas Congregações, as Dioceses, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Instituições, Organizações e a Igreja em geral. Toda a atividade do SCAI tem como objetivo principal favorecer aos missionários e colaboradores a superar a burocracia, a regularidade legal no que diz respeito às normas que se lhes aplicam para a entrada e a estada regular no País e, sem dúvida, dar-lhes mais tranqüilidade em sua missão. As exigências em torno das práticas relativas à documentação são muitas e complexas. O funcionamento de um órgão de orientação e assistência, como é o SCAI, pode amenizar as preocupações dos missionários e, assim, eles podem dedicar-se e atuar melhor em sua missão pastoral. Síntese dos processos, procedimentos e serviços prestados em 2010 Processos, procedimentos, serviços Processos diversos Obtenção de documentos em Repartições Diplomáticas Encaminhamentos de Vistos para outros países Legalização de Documentos Resposta a Consultas diversas Total Quantidade 465 019 032 024 174 714 Fonte: Arquivo do SCAI/CCM Agradecemos a Deus pelo trabalho que no SCAI conseguimos realizar. Rendemos graças ao Senhor, sobretudo pela riqueza e generosidade desta vida e vigor missionário expressos na presença generosa e atuante de tantos missionários e missionárias a serviço do ser humano para que este tenha vida plena e harmônica no conjunto do universo que todos e todas somos chamados a respeitar e preservar. Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 65 V. CCM – outras ATIVIDADES e iniciativas em 2010 1. PARTICIPAÇÃO DE EVENTOS E atividades por parte da direção • Campo Grande, MS, 18 – 22 de janeiro de 2010: Curso sobre Projeto Comunitário Missionário para as Irmãs de Jesus Adolescente. • São Paulo, SP, 25 – 30 de janeiro de 2010: Curso para Formadores sobre a dimensão missionária presbiteral, organizado pela OSIB (Organização dos Seminários e Institutos do Brasil). • Itaici, SP, 7 de fevereiro de 2010: Conferência sobre o Presbítero e a Missão no 13º Encontro Nacional dos Presbíteros (ENP). • Brasília, DF, fevereiro – junho de 2010: ministração do Curso de Teologia Pastoral no Seminário Maior Arquidiocesano de Brasília “Nossa Senhora de Fátima”. • Recife, PE, 18 – 20 de fevereiro de 2010: Assembléia Arquidiocesana de Pastoral – Nossa missão é continuar a obra de Jesus Cristo. • Rio Branco, AC, 16 – 18 de abril de 2010: Encontro sobre Espiritualidade Missionária com o núcleo da CRB de Rio Branco. • Belo Horizonte, MG, 21 – 22 de abril de 2010: Encontro de formação sobre Presbítero e Missão, organizado pelo COMIRE Leste 2. • São Paulo, 23 – 24 de abril de 2010: Encontro sobre Espiritualidade Missionária com as Irmãs Palotinas. • Patos de Minas, MG, 24 – 27 de maio de 2010: Semana Teológica sobre Sacerdócio e Missão, no Seminário Maior Dom José André Coimbra. • Curitiba, PR, 12 – 14 de julho de 2010: Encontro de Formação a dimensão missionária da vida religiosa, com as Irmãs da Divina Providência. • Foligno (Itália), 29 de agosto a 2 de setembro de 2010: Congresso Juvenil Missionário “Volti e storie al crocevia della missione” – testemunho e conferência sobre a Igreja ministerial e a missão na América Latina. • Dourados, MS, 23 – 26 de setembro de 2010: II Congresso Missionário do Mato Grosso do Sul – Conferência principal: “Igreja do Mato Grosso do Sul na missão permanente. De batizados a discípulos missionários”, e oficina sobre “Missão e perfil do presbítero e da Vida Consagrada no Regional”. • Guarapuava, PR, 19 de outubro de 2010: Encontro sobre Espiritualidade Missionária com os Missionários do Verbo Divino, Província Brasil Sul. • São Paulo, SP, 13 – 15 de novembro de 2010: Encontro Nacional dos Organismos e Instituições Missionárias – coordenação e organização. • Salvador, BA, de 22 – 25 de novembro de 2010: Assembléia Regional CNBB Nordeste 3 – Conferência sobre “Dinamismo da Ação Evangelizadora no Brasil, a partir da Missão Continental”. • Belo Horizonte, MG, 27 – 28 de novembro de 2010: Assembléia do Conselho Missionário Regional Leste 2 – “Qual vocação para qual missão?”. • Brasília, DF, 30 de novembro a 2 de dezembro: Tríduo de São Francisco Xavier no Centro Cultural de Brasília com exposição fotográfica organizada pelo Pe. Estêvão Raschietti, SX e conferência sobre o zelo missionário de Xavier. • Brasília, DF, 8 de dezembro: constituição da Equipe de Reflexão Missionária (ERMi) da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), com coordenação de Pe. Estêvão Raschietti, SX. Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 66 2. ATIVIDADES E INICIATIVAS NO CAMPO ECONÔMICO A) Projetos com pedidos de ajuda financeira Durante o ano de 2010 a Secretaria Executiva do CCM tomou algumas iniciativas com o objetivo de arrecadar fundos para manter as atividades e oferecer taxas mais accessíveis para os missionárias(os) que buscam participar da preparação missionária. Enviamos os seguintes projetos: ADVENIAT Projeto de ajuda em referência a “Concessão de bolsas para o CENFI” e “Recursos para ajuda de custos aos missionários Ad Gentes e de Formação Missionária”. Valor recebido: EUR 25.000,00 em 16 de março de 2010 Saldo Recursos do projeto ADVENIAT: ADV 233-000/1006 de 2009 Recurso do projeto ADVENIAT: ADV 233-000/1036 de 2010 R$ 232,52 R$ 57.000,00 Total R$ 57.232,52 Destinos dos Recursos Recursos para concessão de Bolsas do CENFI 103º e CENFI 104º Recurso para complemento de diárias Curso Formação Missionária Recurso para complemento de diárias Curso “Ad Gentes” Recurso para complemento de diárias Curso Presbíteros” Recurso para complemento de diárias Curso COMIDIs Recurso para complemento de diárias Curso Missão Continental TOTAL R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ 43.950,00 3.846,69 5.040,48 759,69 1.790,70 1.844,96 57.232,52 Relações dos beneficiados com bolsas financiadas pela ADVENIAT Nº Nome de Origem Congregação/Entidade País Origem Cidade UF 1 Alma Elena Zamarrón Aguilera Missionárias de Maria Xaverianas México Londrina PR Bolsa ADVENIAT R$ 2.250,00 2 Antony Muchoki Murigi Missões Consolata Kenya Sâo Paulo SP R$ 2.500,00 3 Aurélio Judicaél Ngouambéké Congregação do Espirito Santo Rep. Dem. do Congo Cruzeiro do Sul AC R$ 2.250,00 4 Bismarck Dumarsais Imaculdo Coração de Maria CICM Haiti Nova Iguaçu RJ R$ 2.250,00 5 Geordany Pierre Sociedade dos Sacerdotes de São Tiago Haiti Londrina PR R$ 3.000,00 6 Héctor Elías Betancur Betancur Instituro Missões Consolata Colômbia São Paulo SP R$ 2.250,00 7 Jacques Ay Mve Missionários Espiritanos Camarões Tefé AM R$ 2.950,00 8 Josep Thekkel Mathew Diocese de Jataí Índia Chapadão do Céu GO R$ 2.250,00 9 Justin Muchapa Tunguli Missionários Xaverianos Rep. Dem. do Congo São Paulo SP R$ 2.000,00 10 Lucía Cecilia Galichio Missionárias Claretianas Argentina Pinhais PR R$ 3.000,00 11 Lucien Céralien Sociedade dos Sacerdotes de São Tiago Haiti Londrina PR R$ 3.000,00 12 Manuel Islas Rodrigues Missionários de Guadalupe México Itacoatira AM R$ 500,00 13 Marie Jeanne Kavugho Nziwa Irmãs Oblatas da Assunção Congo Campinas SP R$ 2.250,00 14 Neyla Sofia Guiza Peneda Dominicanas de Sta Catarina de Sena Colombia Piripa BA R$ 3.000,00 15 Pulickal Chacko Joseph Diocese de Jataí Índia Chapadão do Céu GO R$ 2.250,00 R$ 2.250,00 16 Roosevelt François Imaculdado Coração de Maria CICM Haiti Nova Iguaçu RJ 17 Tseghe Tclemicael Tessema Irmãs Capuchinhas de Madre Rubatto Eritreia São Luis MA R$ 3.000,00 18 Veniel Julien Sociedade dos Sacerdotes de São Tiago Haiti Londrina PR R$ 3.000,00 TOTAL R$ 43.950,00 Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 67 STICHTING PORTICUS O objetivo do projeto foi buscar subsídios para a Formação Missionária, especialmente os custos com Assessores para os cursos programados (Côngruas - Passagens) e os custos com os Curso do CENFI - ensino da língua portuguesa aos missionários que chegam do Exterior para trabalhar no Brasil (Professores de Língua Portuguesa). Valor recebido: EUR 20.000,00 em 29 de abril de 2010 Recursos do Projeto Nº 212.038 R$ 46.200,00 Destinos dos Recursos Itens ASSESSORES: Despesas com pagamentos de côngruas e pró-labore para assessores dos cursos PROFESSORES: Contratação de 3 professores de língua portuguesa para dois períodos de 3 meses, durantes os cursos do CENFI. TRANSPORTES: Despesas com passagens aérea com os assessores. Valor R$ 6.558,74 R$ 31.586,42 R$ 8.054,84 R$ 46.200,00 TOTAIS PONTIFÍCIAS OBRAS MISSIONÁRIAS Doação recebida e destinada para a Formação Missionárias e Atividades Missionárias do CCM. Valor recebido: R$ 114.061,99 em 15 de abril de 2010 Doações de outras entidades a cada Missionário 8.100,00 1.750,00 500,00 35 61.250,00 2. Formação Missionária 98,00 2.548,00 1.700,00 615,36 232,64 29 17.845,31 3. Formaçõa Ad Gentes 98,00 2.548,00 1.700,00 615,36 232,64 38 23.383,52 4. Curso Missão Continental 88,00 616,00 400,00 181,66 34,34 54 9.809,55 5. Curso Presbíteros 88,00 792,00 700,00 37,74 54,26 14 528,31 6. Curso COMIDIs 88,00 792,00 700,00 37,74 54,26 33 1.245,30 Participantes do Curso Doação por Missionário com recursos das POM 10.350,00 1. Cenfi Custo Total do Curso 115,00 Custo Diário por missionário Taxa paga pelo Missionário Total de recursos das POM utilizados para cada curso Destinos dos Recursos TOTAL 114.061,99 COMISSÃO EPISCOPAL PARA AMAZÔNIA Doação do Papa Bento XVI à Igreja na Amazônia no ano de 2010, para a formação de Missionários e Missionárias para Amazônia. Valor recebido: R$ 56.500,00 Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 68 Destinos dos Recursos Nº Descrição da Atividade Valor 1 Bolsa parcial para participação no Curso do CENFI 103º e 104º para missionários que foram atuar na Amazônia. 18.160,00 2 Contribuição ao CIMI para a realização de Encontro das populações indígenas, ribeirinhas e urbanas da Amazônia brasileira, realizado em Altamira-PA, nos dias 09 a 12 de agosto de 2010, teve como temática central a reflexão e o estudo sobre os impactos dos grandes empreendimentos na Amazônia, em especial, os relacionados à Usina hidrelétrica Belo Monte. 5.000,00 3 Pagamento para hospedagem de missionário, durante o Curso Formação Missionária – Amazônia [ 5 missionários foram hospedados fora da sede do CCM] 2.640,00 4 Pagamento de côngruas por assessorias, no Curso de Formação Missionária – Amazônia. 1.860,00 5 Compra de passagem aéreas para assessores e transportes do Curso Formação Missionária – Amazônia. 4.894,41 6 Subsídios e Materiais didáticos para Curso de Formação Missionária – Amazônia. 1.020,10 Total de Recurso Gastos 33.574,51 Ob. o Saldo remanescente de R$ 22.925,49, será utilizado para as próximas atividades destinadas a formação missionário com objetivos para a Amazônia. 3. INICIATIVAS PARA A ESTRUTURA DO CCM. A) REFORMAS DE QUARTOS - No decorrer de 2010 foi dado início a um projeto de reforma e revitalização dos apartamentos do Centro Cultural Missionário. Foram compradas camas novas, novas estantes, escrivaninhas, novas cortinas e começo de um processo de nova pintura. B) REVITALIZAÇÃO DE ESQUADIRAS – Também foi dado início a o processo de restauração das esquadrias metálicas das aberturas do imóvel. C) BIBLIOTECA – Início de remodelação e da biblioteca, com a transferência de todos os livros para uma nova sala. Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 69 4. SERVIÇOS DE ACOLHIMENTO E HOSPEDAGEM Durante o ano de 2010, tivemos também atividades relacionadas ao acolhimento de hospedagens para encontros e hospedagens de pessoas e missionários de passagem por Brasília. Estas atividades representaram em torno de 1.800,00 diárias para o CCM. 5. COmemoração dos 50 anos do Cenfi Em 15 de dezembro o Centro de Formação Intercultural (Cenfi), para a iniciação dos missionários estrangeiros à missão no Brasil completou 50 anos. A iniciativa encabeçada pelos franciscanos de Anápolis, GO, sob o impulso do famoso sociólogo e teólogo Mons. Ivan Illich, encontra-se hoje a fazer parte do Centro Cultural Missionário de Brasília, organismo da Conferência Episcopal dos Bispos do Brasil (CNBB). Pelo Cenfi passaram cerca de 4000 missionários estrangeiros durante os 104 cursos realizados até aqui. Objetivo principal destes cursos é a aprendizagem sistemática da língua portuguesa, uma primeira introdução do missionário ao contexto sócio-cultural do Brasil e uma iniciação à missão e à realidade eclesial brasileira. A recorrência dos 50 anos do Cenfi representa sem dúvida uma ocasião para fazer o ponto sobre a formação missionária no Brasil: suas memórias, seus caminhos e suas perspectivas. Em primeiro lugar, porém, não se pode perder de vista a inspiração da qual surgiu esta iniciativa: inspiração que determina uma visão da missão, uma tarefa e uma vocação. O Documento de Aparecida declara solenemente que “a vocação e o compromisso de ser hoje discípulos e missionários de Jesus Cristo na América Latina e no Caribe, requer uma clara e decidida opção para a formação” (DAp 276). A experiência de meio século do Cenfi, indica que um percurso de formação específica para os missionários deve atender a três exigências: uma formação humana, intelectual e espiritual no próprio país de origem; uma formação mais técnica de inserção e de iniciação à missão no país de destinação – que prevê principalmente (mas não somente) o estudo da língua; e um estágio missionário, com acompanhamento, que varia de seis meses a um anos ou mais no campo final de missão. Entre o envio missionário e a inserção concreta no lugar de missão deveria passar como mínimo um ano de formação, também para os missionários mais experientes. O CENFI começou sob o nome de “Seção Brasileira do Instituto de Comunicação Intercultural” da Universidade de Ponce em Porto Rico, e formalizava seus estatutos com o nome de Cenfi em 1962 com a assinatura e a bênção de Dom Hélder Câmara, então Secretário Geral da CNBB. Para comemorar o Jubileu de Ouro do Cenfi foi celebrada uma missa no CCM no dia 11 de dezembro, presidida por Dom Dimas Lara Barbosa, Secretário Geral da CNBB. Logo após houve uma confraternização com os funcionários do CCM, amigos e assessores da CNBB, da CRB e das POM, e os missionários do CENFI 104. 70 Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 6. CURSOS E INICIATIVAS DE OUTRAS ENTIDES NA SEDE DO CCM A) CEFEP – CURSO FÉ E POLÍTICA No período de 17 a 30 de janeiro de 2010, o Centro Cultural Missionário recebeu o Curso de Fé e Política, organizado pelo Centro Fé e Política Dom Hélder Camara, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e presidido pelo Pe. Ernanne Pinheiro. O Curso de Fé e Política tem entre suas finalidades: contribuir com a formação de lideranças cristãs para as funções públicas, eletivas ou não, no campo da Política e das organizações comunitárias; aprimorar a prática política dos cristãos no exercício da cidadania e do bem comum; investir na formação do sujeito evangelizador para torná-lo apto a influenciar na construção de uma nova cultura política. Os destinatários desta iniciativa são: lideranças das nossas comunidades, pastorais sociais, movimentos e organismos eclesiais; pessoas com responsabilidades em organizações e movimentos sociais; pessoas que já assumem ou pretendem assumir cargos em instâncias partidárias. O processo metodológico do Curso contempla a formação política dos cristãos nas múltiplas dimensões, relacionadas entre si - ética, espiritual e intelectual, respeitando o pluralismo político, a partir da opção pelos pobres, em comunhão com as Diretrizes da Igreja no Brasil. O CEFEP privilegia a construção coletiva, articulando as diferentes ciências e saberes com a prática dos participantes, a leitura da realidade sócio-histórica dos cursistas, contribuindo com a construção de uma espiritualidade na ação, a busca de uma pedagogia libertadora, através de técnicas e instrumentos vivenciados na educação popular e nos grupos da Igreja. Duração do Curso: 360 horas, sendo 180h de curso presencial e 180h à distância, em um ano. Vagas: 40 a 50 participantes. Certificados: Extensão universitária e de Especialização pela CCEAD Puc-Rio. B) CLAR – ENCONTRO da Junta diretiva A Conferência Latinoamericana e Caribe de Religioso/as – CLAR é um organismo internacional, instituído pela Santa Sé em 1959. O relacionamento se dá por meio da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada. A CLAR tem como objetivo a animação e coordenação das Conferências Nacionais de Superiores/as da América Latina e Caribe, existente e 22 países. No período de 21 a 24 de março de 2010, a CLAR realizou na sede do Centro Cultural Missionário a Junta Diretiva, reunindo a Presidência da CLAR o os presidentes de cada uma das Conferências Nacionais. Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 71 C) CRB – SEMINÁRIO SOBRE JUVENTUDES O Seminário Nacional sobre Juventudes, realizado pela Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) de 21 a 23 de maio de 2010, foi dirigido a assessores e assessoras que trabalham junto ao público juvenil e para algumas lideranças Juvenis, com intuito de partilha das experiências e formação em defesa da vida desses jovens. O Seminário contou com a participação de 40 pessoas. A CRB como organização religiosa de pleno direito canônico se constitui interlocutora qualificada com a Sé Apostólica no que tange à Vida Consagrada no Brasil. A CRB Nacional é também pessoa jurídica de direito privado, constituída como associação de fins não econômicos, beneficente, cultural e de assistência social, detentora de Utilidade Pública Federal, Estadual e Municipal. A CRB é identificada por sua espiritualidade evangélica, pelo testemunho da partilha, pela opção preferencial e audaciosa aos empobrecidos e excluídos, pela profecia e anúncio missionário e pela acolhida e resposta às exigências dos novos tempos. Percebida como articuladora e dinamizadora dos compromissos com a evangelização em lugares de fronteira, promove o diálogo e a colaboração intercongregacional, e outras atividades missionárias em parceria. Como Entidade Cidadã, é reconhecida pelo compromisso com a causa da justiça, da paz, da reconciliação e, por sua articulação com outras organizações da sociedade. Este trabalho procura valorizar as diversas iniciativas de grupos e instituições que desenvolvem projetos na defesa da vida e dos direitos da juventude para a adesão ao projeto desde a sua construção. Para tanto estabelecemos o diálogo entre os grupos e instituições identificando as potencialidades de cada um para a ação conjunta. A CRB tem como prioridade no triênio 2007-2010 as Juventudes no diversos contextos sociais, particularmente os que estão com as vidas ameaçadas. Os/as jovens que não estão na esfera eclesial são o ponto focal desse projeto por serem jovens desassistidos. Olhar para a vida concreta e diversa desses jovens e estar atentos/as aos jovens que são vítimas do extermínio tem sido a atenção da Igreja Católica do Brasil. D) CRB – PROFOLIDER PROFOLIDER é um programa de formação de lideranças, com duração de dois meses, destinado à Vida Religiosa Consagrada. Este tem como objetivo contribuir para uma nova geração de Vida Religiosa Consagrada, firmemente alicerçada no seguimento de Jesus Cristo, capaz de assumir, os riscos da mudança, repropor o carisma fundante, gerar formas de lideranças inovadoras e de visibilizar, nas relações, os valores do Reino. O VII PROFOLIDER foi realizado de 10 de maio a 8 de julho no CCM. O evento contou com 24 participantes, que representaram 23 congregações de diversas regiões do Brasil e de outros Países, como Angola e Guiné Bissau. 72 Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 Os temas tratados foram: A pessoa e a instituição, a realidade, Teologia da Vida Consagrada e Espiritualidade e missão. Além do estudo e aprofundamento de temáticas específicas, o PROFOLIDER promoveu um espaço de vivência comunitária, onde aconteceram fortes momentos de espiritualidade, partilha de vida e celebração, com o objetivo de integrar a pessoa consagrada e suas relações com a instituição e missão. O Profolider VII foi marcado não só pela inter-congregacionalidade (24 participantes, 23 Congregações), mas também pela internacionalidade (9 países). Uma riqueza de carismas, culturas, experiências, expectativas, sonhos e um desejo enorme de acertar o passo caminhando na mesma direção com os “olhos fixos em Jesus”. Conscientes dos impactos decorrentes das transformações sociais, políticas, econômicas, ambientais e religiosas de um mundo em transição, sem paradigma definida, trazemos também perguntas inquietantes, desafios, dúvidas e as dores típicas das grandes crises. Neste sentido o Profolider é um exercício fascinante que nos leva a olhar todas as dimensões da vida, não só para desvendar o que explora e desvitaliza, mas, sobretudo perceber as inúmeras possibilidades que este tempo oferece e assumir, com autoria bem definida, nossa missão de seguidoras e seguidores de Jesus Cristo, sinais do Reino. Um exercício para alargar o horizonte e o coração, romper e inovar paradigmas, abraçando apaixonadamente a Causa de Jesus Cristo, toda humanidade e nossa casa comum, a Mãe Terra. E) CNBB – 48ª ASSEMBLÉIA GERAL Cerca de 30 bispos do Brasil foram hospedados no Centro Cultural Missionário (CCM) por ocasião da 48ª Assembléia Geral da CNBB, que este ano aconteceu extraordinariamente em Brasília, de 04 a 13 de maio de 2010. O evento contou com a participação de mais de 300 bispos, sendo 283 ativos e 26 eméritos (aposentados). Aconteceu em Brasília em vista da celebração do 16º Congresso Eucarístico Nacional (de 13 a 16 de maio), que celebra o jubileu de ouro da arquidiocese de Brasília, bem como os 50 anos da capital federal. No encontro deste ano, os bispos discutiram “Discípulos e Servidores da Palavra de Deus e a Missão da Igreja no Mundo”, que é o tema central. Entre outro temas chamados prioritários, o destaque foi para as “Comunidades Eclesiais de Base”. Na pauta constaram ainda a avaliação das Diretrizes Gerais da Igreja no Brasil (DGAE), a questão agrária no Brasil e os 100 anos do Movimento Ecumênico. O local escolhido para a 48ª AG foi o Centro de Eventos e Treinamentos da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Comércio (CNTC), que fica bem no centro da capital federal (SGAS - 902, Bloco C). Aí acontecem as conferências, reuniões em grupo, debates, plenárias. As missas são rezadas no Santuário Dom Bosco, que fica próximo ao CNTC. Já a hospedagem para os mais de 300 bispos que participam da Assembleia foi distribuída em 17 casas de religiosos e religiosas entre as quais o CCM. Foram contratados dez ônibus para o translado dos religiosos. Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 73 VI. PLANO DE ATIVIDADES PARA 2011 A missão Hoje exige mais do que nunca uma intensa formação. Mas, antes de tudo, o missionário é chamado a reservar um tempo para si, num encontro consigo mesmo, com os outros e com Deus diante dos desafios da missão aqui e além-fronteiras. A perspectiva de uma inserção numa nova realidade requer uma redobrada atenção e uma capacidade de superação que precisa ser aprimorada e treinada. Juntamente, é necessário um aprofundamento de temáticas missionárias que ajudem a enfocar adequadamente questões relevantes de ordem humano-afetivas, bíblicas, históricas, antropológicas, teológicas, práticas e espirituais, para viver com competência e entusiasmo a tarefa de anunciar o Evangelho na complexidade do mundo atual. Quatro propostas Por esses motivos o Centro Cultural Missionário (CCM) proporciona cursos de formação missionária para diferentes sujeitos eclesiais. Em 2011, a programação terá quatro propostas, algumas dirigidas especificamente a missionários e missionárias, outras abertas a todos aqueles e aquelas que desejam se aprimorar nas temáticas relacionadas à missão: 1. Iniciação à Missão no Brasil – CENFI: dois cursos para missionárias e missionários que chegam ao Brasil do exterior: – CENFI 105: de 27/02 a 27/05 de 2011; – CENFI 106: de 25/09 a 22/12 de 2011. 2. Aprendizagem de Idiomas: inglês, dois cursos (básico e avançado) para missionários enviados alémfronteiras; português, dois cursos (básico e reciclagem) para missionários estrangeiros no Brasil. – Curso de Inglês para missionários além-fronteiras: básico, de 5 de junho a 1 de julho; avançado: de 3 a 29 de julho. – Curso Intensivo de Português para missionários estrageiros: básico, de 1 a 26 de agosto; reciclagem, de 28 de agosto a 23 de setembro. 3. Missiologia e Animação Pastoral: um curso de extensão universitária, em parceria com IFIBE (Instituto de Filosofia Berthier) de Passo Fundo, RS, para leigos e leigas, religiosos e religiosas, presbíteros, seminaristas e diáconos engajados na animação missionária, particularmente, coordenadores e membros de COMIDIs, de 6 a 16 de fevereiro de 2011. 4. Formação Missionária: dois cursos para missionárias e missionarios prestes a serem enviados para Amazônia ou além-fronteiras (ad gentes). – Curso de Formação Missionária com enfoque na Amazônia, de 31 de Julho a 24 de Agosto de 2011. – Curso de Formação Ad Gentes, de 28 de agosto a 21 de setembro de 2011. Esses cursos terão uma programação própria e um enfoque bíblico específico inspirado no Evangelho de Mateus, segundo quanto sugere o Ano Litúrgico A. O lema de nossa programação é: “A colheita é grande!” (Mt 9,37). Indica a fartura que representa o campo missionário junto a seus diferentes intelocutores: pessoas, povos, culturas, religiões e situações. E indica também os tempos maduros para a colheita: a hora da missão é agora! Centro Cultural Missionário – Relatório 2010 75 VII. Agradecimentos Depois de três anos a serviço do CCM como coordenadora dos Cursos, Aparecida Severo da Silva retorna a São Paulo. A partir de agosto deste ano, veio fazer parte de nossa equipe de coordenação Emilene Eustachio de Brasília. Obrigado, Cida! O Centro Cultural Missionário, os funcionários e as funcionárias, os missionários e as missionárias, os membros da Coordenação e tantas pessoas que te conheceram, queremos agradecer pela sua presença, seu serviço e sua dedicação a esta obra. Desejamos a você, querida Cida, animadora, conselheira e “mulher de presença” um caminho de intensas alegrias. Queremos que sempre se sinta em casa no meio de nós. Bem-vinda, Emilene! Seu pronto “sim” ao nosso convite foi dar resposta a grande missão do Mestre: “Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos” (Mt 28,19). Desejamos que essa caminhada conosco possa recompensar sua generosa dedicação, sua grande simpatia e sua paixão pela causa missionária. A Direção e os funcionários do CCM Brasília, 31 de dezembro de 2010 Pe. Stefano Raschietti, sx Secretário Executivo do CCM Ir. Rosita Milesi, mscs Coordenadora do SCAI Aparecida Severo da Silva Coordenadora dos Cursos
Documentos relacionados
Confira a versão em PDF.
missionários brasileiros no país. As POM na Bolívia estão presentes em 16 das 18 circunscrições eclesiásticas. Ela agradeceu e trouxe a saudação do dom Eugênio Scarpelini, que é diretor das POM e s...
Leia maisMemórias do Comla 5
CNBB, "interveio, chamando a atenção para a importância do 5º COMLA, em relação ao qual a indicação se ter o Brasil como sede foi acolhida com alegria pelos 100 participantes brasi...
Leia mais