(formato pdf) da Edição nº 4118 de 21.07.2011

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(formato pdf) da Edição nº 4118 de 21.07.2011
21 de Julho de 2011
21
Julho
2011
SEMANÁRIO REGIONALISTA DE INSPIRAÇÃO CRISTÃ
Ano LXXXII – N.º 4117
Director: ALBERTO GERALDES BATISTA
PUBLICAÇÕES
PERIÓDICAS
2350-999 TORRES NOVAS
TAXA PAGA
Autorizado pelos C.T.T.
a circular em invólucro
de plástico fechado.
Autorização
N.º D.E.
DE00192009SNC/GSCCS
Jubileus sacerdotais
Padres Alberto Batista e Joaquim de Sousa
celebraram festivamente 50 anos de consagração a
Deus e à Igreja, na Diocese de Beja
A igreja de Santa Maria da Feira,
em Beja, encheu-se de fiéis, na tarde
de 16 de Julho, para celebrar festivamente os 50 anos de Sacerdócio do
padre Alberto Batista, pároco, há
38 anos, desta comunidade cristã,
e do padre Joaquim de Sousa, seu
condiscípulo, residente em Safara,
onde foi pároco durante 20 anos.
Presidiu à Eucaristia, concelebrada
por 25 sacerdotes, o nosso Bispo,
D. António Vitalino. Presente,
também, o Bispo emérito de Beja,
D. Manuel Falcão. À homilia, D.
António disse que este era um dia
de acção de graças a Deus pelo dom
do sacerdócio ministerial, pela vida
de consagração à Igreja e à Diocese
destes dois membros do nosso
presbitério e por tudo o que de bom
e belo o Senhor fez, neste meio
século de zelosa actividade pastoral dos padres Alberto e Sousa.
Lembrou ainda que, no Porto, onde
reside, também estava a assinalar o
seu jubileu o Padre Luís Brenlha
Lopes, do mesmo curso, e que
deveríamos, igualmente, tê-lo presente na nossa oração.
Deu, em seguida, a palavra ao Padre
Alberto para fazer a homilia e
expressar os sentimentos que lhe
iam na alma neste momento tão
importante da sua caminhada
sacerdotal (ver texto na íntegra, na
página 5).
Antes da bênção do Senhor Bispo,
também o Padre Joaquim de Sousa
tomou a palavra para proclamar a
sua fé em Cristo, sumo e eterno
Sacerdote, e dizer da sua felicidade
por ser padre há 50 anos e poder
anunciar, com a palavra e o testemunho da sua vida, o Reino de
Deus no nossa Diocese.
O coro litúrgico foi orientado pelo
maestro Padre António Cartageno
e pela Irmã Natália, das Oblatas do
Divino Coração, com a colaboração
das 4 paróquias da cidade e dos
Irmãozinhos de S. Francisco. As
admonições foram feitas pelo
Cónego António Aparício, pároco
de S. João Baptista, de Beja, e por
Clara Palma.
Particularmente solene e emotivo
foi o cortejo do ofertório, em que
foram levadas ao altar, para além do
pão e do vinho para o Santo Sacrifício, várias prendas de familiares, paroquianos e amigos dos
dois sacerdotes.
Assinala-se ainda a decoração
primorosa da igreja e a beleza dos
cânticos da celebração, que ajudaram a criar um ambiente festivo e
de grande espiritualidade naquela
magna assembleia cristã.
No final, os padres Alberto e Sousa
foram efusivamente cumprimentados por todos, e ofereceram uma
estampa comemorativa do evento.
Seguiu-se, no Seminário Diocesano, um jantar de confraternização
que reuniu algumas dezenas de
pessoas, pretexto para momentos
de saudável convívio do clero e do
povo de Deus, e para um caloroso
brinde aos padres homenageados,
ao Sacerdócio e à Diocese de Beja.
Página 5
Papa nomeou o Padre José Manuel Cordeiro Bispo de Bragança
Bento XVI nomeou, no dia 18, bispo
de Bragança-Miranda o padre José
Manuel Garcia Cordeiro, de 44 anos,
pertencente ao clero da mesma
diocese e atualmente reitor do Pontifício Colégio Português em Roma.
A nomeação acontece no dia em que
o Papa aceitou a renúncia ao governo pastoral da diocese transmontana do bispo D. António Montes Moreira, que a 30 de abril de 2010
completara 75 anos, limite de idade
estabelecido pelo Direito Canónico
para apresentação da resignação.
A ordenação episcopal do novo
bispo e a sua tomada de posse vão
acontecer a 2 de outubro, na catedral
de Bragança.
O padre José Manuel Cordeiro, o
mais jovem elemento do episcopado
católico português, nasceu a 29 de
maio de 1967 em Angola, Vila Nova
de Seles, Luanda, tendo vindo para
Portugal em 1975 com a família.
O novo bispo, que vai assumir a
responsabilidade da diocese situada
520 km a nordeste de Lisboa, foi
ordenado padre para a diocese de
Bragança-Miranda a 16 de junho de
1991, depois de ter concluído os
estudos filosóficos e teológicos no
centro regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa.
Entre 1991 e 1999 foi pároco, formador no seminário da diocese transmontana e capelão do Instituto
Politécnico de Bragança, e de 1999 a
2001 frequentou o Pontifício Ateneu
de Santo Anselmo, em Roma, obtendo a licenciatura em Liturgia, disciplina em que se doutorou no ano de
2004, no mesmo instituto.
O futuro bispo foi vice-reitor do
Pontifício Colégio Português, em
Roma, entre 2001 e 2005, ano em que
foi nomeado reitor do mesmo estabelecimento, cargo que ocupa até hoje.
Em 2004 iniciou a carreira docente
no Pontifício Ateneu de Santo
Anselmo e em novembro de 2010 o
Papa Bento XVI nomeou-o consultor
da Congregação para o Culto Divino
e a Disciplina dos Sacramentos.
No ano de 2010, o mais recente
membro do episcopado português
publicou a obra ‘O Grão de Amendoeira’, onde se pronunciou sobre a
situação económica e social: “Estamos a viver a nível internacional uma
crise financeira (a pior desde 1929),
devido ao elevado débito, e que é
também efeito da crise dos valores
humanos e cristãos fundamentais”.
Na obra que acentua a dimensão da
espiritualidade, o padre José Cordeiro escreve que “retiro não é sair
para «retirar-se» da vida, mas é
encontrar-se com Deus, consigo,
com os outros, com a história e com
a criação”, tornando-se “uma experiência forte de silêncio, de escuta
e de contemplação”.
Preço 0,50 € c/ IVA
Um mundo de
interrogações
incómodas mas
necessárias
É inevitável, no agir do dia-a-dia
de cada pessoa, o confronto entre
os tempos já vividos e os que se
vivem agora com o futuro no
horizonte. Só no presente podemos
ter memória do que se vivemos
antes e abertura realista para
projectos novos. O presente,
porém, aparece-nos cada vez mais
confuso e inquietante. Há menos
memória, mas mais possibilidades
para muitas coisas e mais problemas a enfrentar. São mais difíceis as relações e a comunicação
pessoal atenta, pela abundância
dos canais massificadores e porque o mundo de muitas pessoas e
os valores em causa não coincidem
em aspectos essenciais. Toda a
gente tem opinião acerca de tudo,
do que conhece e do que não
conhece. E, quanto menos se
conhece, mais se é dogmático nas
afirmações e menos respeitador das
opiniões alheias.
Página 3
Dignificar ou
ofender os
pobres?
Enquanto os recursos forem dando
para comprar/vender influência, os
governos, as autarquias, as associações e até as Igrejas... irão tendo
margem de manobra, mas quando
se fechar a torneira, quem irá cuidar
dos velhos, das crianças, dos
funcionários, que estão ao cuidado
moral e cívico de centenas de Ipss?
Uma sociedade só será digna do
seu futuro, quando os valores
espirituais forem a marca dos seus
comportamentos. Queira Deus que
o futuro tenha futuro e a esperança
possa ser a marca distintiva de
quem serve os outros, sejam pobres
ou ricos, possam ou não pagar... A
caridade cobre a multidão dos
pecados!
Página 3
Nomeações do
Clero para o
ano pastoral
de 2011-2012
na Diocese
de Beja
Página 5
RELIGIÃO
2 – Notícias de Beja
21 de Julho de 2011
Lemos para os nossos leitores (64)
XVII Domingo
do Tempo Comum
Ano A
As catequeses de Bento XVI (XXXIV)
afeições naturais, purificadas pela
graça, como forma privilegiada de
responder com prontidão e ardor à
acção divina. Sensibilizava-a muito
a Paixão de Cristo e a parte que nela
tomou sua Mãe Maria Santíssima.
E o Santo Padre convidou-nos a
fazer nossos estes sentimentos,
como meio de progredir na vida de
filhos de Deus.
Santa Juliana de Cornillon
(1191-1258)
Na continuação da nova série de
catequeses das quartas-feiras
sobre grandes figuras femininas
que ilustraram a história da
Igreja, o Santo Padre focou , nas
catequeses de Novembro de 2010,
três dessas figuras dos séculos.
XIII-XIV.
Margarida de Oingt
(1240?-1310)
Com esta Margarida, começou por
dizer o Santo Padre, entramos na
espiritualidade da Cartuxa inspirada
na regra de S. Bruno.
No seio dos Oingt, nobre família da
região de Lião (França), Margarida
teve uma infância feliz com seus
pais e sete irmãos, entre os quais
uma chamada Inês, que, à sua morte
em 1310, lhe sucedeu como prioreza
da Cartuxa de Poleteins em que veio
a professar.
O pouco que se sabe da sua vida é
o que se encontra, entre outros, nos
seus “Escritos Espirituais”. Muito
inteligente e culta, além de escrever
correctamente em latim, foi das
primeiras pessoas a escrever em
provençal, o dilecto lionês.
Na cartuxa, foi dotada de graças
místicas, sem deixar de valorizar as
O Santo Padre justificou a escolha
desta Santa pouco conhecida pela
sua contribuição para a instituição
da festa do Corpo de Deus.
Juliana nasceu perto de Liège
(Bélgica) por volta de 1991. Órfã aos
5 anos, foi confiada, com sua irmã
Inês, aos cuidados das irmãs
augustinianas de Mont-Cornillon.
Veio a professar nesse mosteiro e
entregou-se à oração contemplativa diante do SS. Sacramento.
Sentindo-se chamada a promover
o culto eucarístico, passou a fazêlo especialmente nas visitas a
outros mosteiros,
O Bispo de Liège, acolhendo este
santo desejo, instituiu na sua
diocese a festa do Corpo de Deus,
no que foi seguido por outros
bispos vizinhos. Entretanto, o
arcediago de Liège, eleito Papa com
o nome de Urbano IV, em 1264
estendeu esta festa, como de
preceito, à Igreja Universal. Isto,
porém, só foi alcançado em 1317
pela intervenção do Papa João
XXII. E o Santo Padre, com a
expressão de “primavera eucarística”, alegrou-se com o facto de,
um pouco por toda a parte, não
faltarem fiéis, nomeadamente jovens, que passam horas diante o
SS. Sacramento. E referiu-se ainda
à encíclica Ecclesia de Eucaristia
do bom Papa João Paulo II (2003).
Santa Catarina de Sena
(1347-1380)
Nasceu numa família numerosa de
Sena (Itália), onde viveu e faleceu
em 1380, em tempos difíceis para a
Igreja e para a Europa, marcados
pelo exílio forçado dos Papas em
Avinhão (França). Aspirando desde
muito nova a consagrar-se a Deus,
aos 16 anos entrou na Ordem
Terceira de S. Domingos, permanecendo no ambiente familiar.
O Santo Padre sublinhou na espiritualidade de Santa Catarina sobretudo a sua devoção ao Coração de
Jesus e ao Santíssimo Sacramento,
lembrando a propósito a referência
que a ela fez na sua Exortação
Apostólica Sacramentum caritatis
(94).
Embora só em adulta tivesse aprendido a ler e escrever, deixou-nos,
além da obra-prima da literatura
espiritual Diálogo da Divina
Providência, uma colecção de
Orações e bastantes cartas, entre
as quais as dirigidas ao Papa
Gregório XI apelando de forma
enérgica a regressar a Roma, o que
de facto aconteceu. Também viajou
muito, promovendo a paz e a
reforma da Igreja.
A sua vida santa, os seus escritos
e a sua extraordinária actividade
apostólica justificaram a sua canonização em 1461, e a sua proclamação como co-padroeira da cidade
de Roma (por PioIX), padroeira da
Itália (por Pio XII), doutora da Igreja
(por Paulo VI) e co-padoreira da
Europa juntamente com Santa
Brígida da Suécia e com Santa
Teresa Benedita da Cruz ou Edite
Stein (por João Paulo II).
+ Manuel Franco Falcão,
Bispo emérito de Beja
O padre mais idoso de Portugal
No dia 20 deste mês, a Diocese
do Algarve promoveu uma Eucaristia de acção de graças a
Deus pelos 100 anos de vida de
Monsenhor Sezinando Oliveira
Rosa, o sacerdote mais idoso e
simultaneamente o que foi ordenado há mais tempo em todo o
país.
Este sacerdote da Diocese do
Algarve é natural de Vila Real de
Santo António, onde nasceu no
dia 20 de Julho de 1911, e foi
ordenado a 15 de Setembro de
1934.
A seguir ao sacerdote algarvio
constam do anuário da Igreja
católica em Portugal, o Cónego
José Amaro, do Patriarcado de
Lisboa, nascido no dia 19 de
Agosto de 1911, em Belmonte, e
ordenado no dia 06 de Abril de
1935, e o padre Joaquim Pereira
da Cunha, da Diocese do Porto,
nascido no dia 08 de Julho de
1912 e ordenado a 08 de Agosto
de 1937.
O Cónego José Amaro reside na
Casa do Clero, em Lisboa.
O padre Joaquim Pereira da Cu-
nha é pároco de Tabuado (Marco
de Canavezes).
Rara entre os sacerdotes, a efeméride foi assim assinalada pela
celebração da Eucaristia, presidida pelo Bispo do Algarve, D.
Manuel Neto Quintas, concelebrada pelo aniversariante concelebrada por muitos dos sacerdotes da diocese, na igreja
matriz de Alcantarilha, localidade
onde reside e da qual foi pároco.
Monsenhor Sezinando Rosa,
membro do Cabido diocesano do
Algarve foi assistente nacional
da Acção Católica Portuguesa,
director do Secretariado Geral da
Conferência Episcopal Portuguesa, administrador da Rádio
Renascença, secretário geral da
Universidade Católica Portuguesa e provedor da Santa Casa
da Misericórdia de Alcantarilha.
24 de Julho de 2011
A forma de rezar, de maneira agradável, ao Senhor desde sempre
preocupou o homem. Fazer-se ouvir junto de Deus e ser atendido é a
grande aspiração do homem que reza. Uma espécie de devoção
supersticiosa e comercial que havia de conduzir infalivelmente à
concretização mágica da vontade do homem dominou a oração durante
séculos. Vamos hoje ultrapassando esse estádio de religiosidade, nem
sempre esclarecido. A oração, sem deixar de ser pedido, é essencialmente
acção de graças. E na justa medida em que é pedido, é compromisso:
Comprometemo-nos a repartir o pão: a perdoar as ofensas de que
porventura somos vítimas; a respeitar a dignidade humana. Contribuímos
assim para a realização do nosso desejo que no fundo é a vontade do
próprio Deus.
I Leitura
1 Reis 3, 5.7-12
O maior tesouro é a sabedoria. A sabedoria é o dom de saber orientar
a vida segundo os critérios de Deus. Mas quem tem a peito pedi-la ao
Senhor, antes de todos os outros bens como fez Salomão? De tal modo
agradou ao Senhor esta primeira preocupação de Salomão que,
juntamente com a sabedoria, a única coisa que ele pedira, o Senhor
lhe deu tudo o mais.
Leitura do Primeiro Livro dos Reis
Naquele dias, o Senhor apareceu em sonhos a Salomão durante a noite
e disse-lhe: «Pede o que quiseres». Salomão respondeu: «Senhor, meu
Deus, Vós fizestes reinar o vosso servo em lugar do meu pai David e eu
sou muito novo e não sei como proceder. Este vosso servo está no meio
do povo escolhido, um povo imenso, inumerável, que não se pode contar
nem calcular. Dai, portanto, ao vosso servo um coração inteligente, para
saber distinguir o bem do mal; pois, quem poderia governar este vosso
povo tão numeroso?» Agradou ao Senhor esta súplica de Salomão e
disse-lhe: «Porque foi este o teu pedido, e já que não pediste longa vida,
nem riqueza, nem a morte dos teus inimigos, mas sabedoria para praticar
a justiça, vou satisfazer o teu desejo. Dou-te um coração sábio e
esclarecido, como nunca houve antes de ti nem haverá depois de ti».
Salmo Responsarial
Salmo 118 (119)
Refrão: Quanto amo, Senhor, a vossa lei.
II Leitura
Rom 8, 28-30
Deus chamou-nos para nos integrarmos em Cristo. É esse o desígnio
que Deus tem sobre nós e que se vai realizando, progressivamente,
até chegar à plenitude, a qual só se encontrará na glória celeste. É o
que esta leitura quer significar com a sucessiva acção de Deus em
nós, pela qual Ele pretende levar-nos a participar plenamente na
glória de Cristo.
Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos
Irmãos: Nós sabemos que Deus concorre em tudo para o bem daqueles
que O amam, dos que são chamados, segundo o seu desígnio. Porque
os que Ele de antemão conheceu, também os predestinou para serem
conformes à imagem de seu Filho, a fim de que Ele seja o Primogénito de
muitos irmãos. E àqueles que predestinou, também os chamou; àqueles
que chamou, também os justificou; e àqueles que justificou, também os
glorificou.
Evangelho
Mt 13, 44-52
Com três parábolas, a do tesouro escondido no campo, a do
negociante de pérolas e a da rede lançada ao mar, o Senhor ensinanos o caminho da sabedoria para encontrar o reio dos Céus, como
fará o “escriba bem avisado”, de que tambén nos fala a leitura.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus às multidões: «O reino dos Céus é
semelhante a um tesouro escondido num campo. O homem que o
encontrou tornou a escondê-lo e ficou tão contente que foi vender
tudo quanto possuía e comprou aquele campo. O reino dos Céus é
semelhante a um negociante que procura pérolas preciosas. Ao encontrar
uma de grande valor, foi vender tudo quanto possuía e comprou essa
pérola. O reino dos Céus é semelhante a uma rede que, lançada ao mar,
apanha toda a espécie de peixes. Logo que se enche, puxam-na para a
praia e, sentando-se, escolhem os bons para os cestos e o que não
presta deitam-no fora. Assim será no fim do mundo: os Anjos sairão a
separar os maus do meio dos justos e a lançá-los na fornalha ardente.
Aí haverá choro e ranger de dentes. Entendestes tudo isto?»
Eles responderam-Lhe: «Entendemos». Disse-lhes então Jesus: «Por
isso, todo o escriba instruído sobre o reino dos Céus é semelhante a
um pai de família que tira do seu tesouro coisas novas e coisas velhas».
OPINIÃO
21 de Julho de 2011
Notícias de Beja – 3
Um mundo de interrogações
incómodas mas necessárias
É inevitável, no agir do dia-a-dia
de cada pessoa, o confronto entre
os tempos já vividos e os que se
vivem agora com o futuro no
horizonte. Só no presente podemos ter memória do que se
vivemos antes e abertura realista
para projectos novos. O presente,
porém, aparece-nos cada vez
mais confuso e inquietante. Há
menos memória, mas mais possibilidades para muitas coisas e
mais problemas a enfrentar. São
mais difíceis as relações e a
comunicação pessoal atenta, pela
abundância dos canais massificadores e porque o mundo de
muitas pessoas e os valores em
causa não coincidem em aspectos essenciais. Toda a gente tem
opinião acerca de tudo, do que
conhece e do que não conhece.
E, quanto menos se conhece,
mais se é dogmático nas afirmações e menos respeitador das
opiniões alheias. Constroem-se
mais muros que pontes, no dia a
dia, na política, nas opções desportivas, que só no aspecto
religioso se vai notando o contrário. Há mais diplomas de escola, mais festas e passeios de
finalistas, mas menos conhecimento de coisas essenciais da
vida. Por sistema, alguns vão
apagando o passado e pensam,
como ideal, um presente de imediatos, sem horizontes, sem projectos que se justifiquem a longo
prazo.
Com tudo isto está visivelmente
em causa a educação das novas
gerações. A educação não é a
simples transmissão dos ensinamentos que constam das exigências do currículo escolar.
Educar é tudo o que se orienta
para ajudar a crescer rumo à
maturidade, e que permite optar,
com critérios válidos, inserir-se e
agir, de modo responsável, na
sociedade de que se faz parte.
Exige seriedade e competência de
quem educa, abertura, acolhimento e esforço do educando,
apoio de uma comunidade humana, que é sempre a referência
indispensável dos valores morais
e éticos que se propõem e trans-
mitem. Reside nisto tudo, quando
não é claro, a grande dificuldade
do processo educativo que se
pretende eficaz nos seus resultados. O processo não tem um
termo, ainda que o tenha o curso
escolar, porque a necessidade de
aprender e de crescer acompanhanos a todos ao longo da vida.
Na sociedade actual muitos teimam em viver uma vida sem
sentido, por isso mesmo cada vez
mais empobrecida de humanismo,
de ideal, de valores morais, de
projectos consistentes. Porque a
educação é ambiental, os novos
mais facilmente se deixam contagiar pelo vazio das vidas esfrangalhadas e desiludidas do que
pelos testemunhos convincentes
e sólidos da gente normal. São
estes testemunhos que se devem
tornar cada vez mais visíveis na
família, na escola, nos projectos
e conteúdos educativos, nas
propostas da sociedade circundante,
nas
instituições
humanitárias.
Nestes dias, jornais e noticiários
televisivos deram conta de que
está a aumentar, em Portugal, o
número de jovens estudantes a
partir dos 14 anos, que consomem
heroína e outras drogas, antigas
e modernas, e que há, também, os
que se vão tornando depen-
Lá vêm outra
vez as festas
dentes do álcool. O facto tem
muitas leituras que vão sendo
feitas consoante os quadrantes
ideológicos do analista. O mais
urgente nestas e outras situações que afectam alunos das
escolas é descobrir as causas e
procurar actuar sobre elas.
São estas interrogações incómodas, a que muita gente se furta
por não encontrar saída ou pensar que se trata de fenómenos
passageiros, que não merecem
especial atenção. O exame de
interiorização das causas, talvez
com a ajuda das vítimas, não pode
deixar de fora os pais, os professores, os educadores de todas
a vertentes educativas, escolares
e outras, os grupos de influência,
os meios de comunicação, os
lugares de lazer, os traficantes
criminosos no caso das drogas
tóxicas. Todos são membros
desta sociedade cheia de problemas incómodos, que tem, e
ainda bem, no seu seio muitas
riquezas e oportunidades de bem,
nem sempre aproveitadas.
António Marcelino
Não me deixam indiferente as
despesas exageradas das festas
em nome de santos. Não digo,
de propósito, em louvor dos
santos, porque não estou convencido que seja isso que
pretendam a maior parte das
festas populares.
O problema tem agora menos
sentido ainda, ao vermos as
dificuldades de muitas famílias
a recorrer às instituições de
solidariedade social para enfrentar o seu dia a dia. É verdade
que não se podem resolver
todos os problemas, mas há que
dar alguma atenção ao testemunho, ainda por cima à sombra da Igreja, de esbanjar como
supérfluo o que para outros,
muitas vezes a mesma terra,
seria ajuda. Que ao menos as
comissões de festa se limitem
nas despesas e considerem os
mais necessitados da paróquia
ou mesmo de fora como alínea
que pode dar valor humano e
solidário à festa. Esbanjar parece ser para alguns a regra.
Nenhum santo se pode sentir
honrado sempre que tal aconteça. As festas não podem
servir para alienação do povo,
quando existem para união do
mesmo. Sei bem das dificuldades dos párocos em evangelizar esta actividade e as
pessoas que nela intervêm.
Mas há que aproveitar os sinais
incómodos e não desistir.
A. M.
Dignificar ou ofender os pobres?
«Pensam que não os oiço, mas
oiço. Dizem que peço esmolas, mas
que sou rica, que tenho casas
arrendadas... Mas será esta gente
louca?!? Quem é que, no seu
perfeito juízo, faria semelhante
coisa? Alguém imagina a vergonha, a indignidade que é ter que
pedir? Ter que, quotidianamente,
angariar a sua sobrevivência?
Eu não quero esmolas. Eu não
quero solidariedade. Quero oportunidades. Quero que me deixem
demonstrar que sou capaz, que não
tenho que ser dependente, que
posso ser livre. Quero que entendam que não precisam de me dar
por pena aquilo que deveria ter por
direito. Direito a ser. A ser humano.
Era este tipo de fundos que eu
gostava de angariar».
Lemos isto na revista ‘Impulso
positivo’ n.º 3, Maio/Junho 2011,
página 50.
Pelo significado deste texto simples, direto e denunciador/comprometido, desejamos torná-lo um
momento reflexivo... mesmo em
tempos de férias – para quem as
pode ter! – mais ou menos de
descontração.
riais, que têm ou aparentar possuir.
Por isso, nas dificuldades financeiras, que estamos a atravessar,
como que se manifestam os valores
morais e éticos, tanto os nossos
como os dos outros... particularmente naqueles que conhecemos.
A nota da dignificação da pessoa
humana deve, então, colocar-nos a
fasquia da elevada consideração
por todas e por cada pessoa.. sem
olharmos aos proventos económico/financeiros nem ao proveito
que deles podemos tirar... mesmo
que de forma inconsciente.
Coisas que ofendem...
quando se está (mais)
debilitado
Por certo já todos (mais ou menos
conscientemente) vivemos a experiência de ouvir comentários de
pessoas que, falando de nós mesmo nas costas, como que nos
apontam defeitos e/ou debilidades
que nos podem condicionar, senão
mesmo envergonhar.
Quantas vezes podemos ser confrontados com observações menos
boas, mas que, na verdade, não nos
são referidas com sinceridade...
frontal e honestamente.
Quantas vezes podemos perceber
certos sorrisos de soslaio, quando
não há correção para no-lo dizerem
em ajuda fraterna e (mesmo) cristã.
Há, de facto, nosso mundo – tenha
ele o alcance do horizonte ou a
mesquinhez do umbigo – muitos
sinais de ofensa à dignidade das
pessoas, tendo em conta (sobretudo) os seus recursos económicos ou a aparência de os ostentar.
De vários modos corremos o risco
de ler os outros – muitas das vezes
é mais julgar! – pelos bens mate-
Apontar o futuro... com
alguma esperança
No trato com os outros, de todos
os conceitos cristãos mais elevados e dignificadores da nossa
condição humana, a caridade e a
esmola só se entendem na compreensão espiritual dos outros em
Deus e de Deus nos outros. No
entanto, vemos algum sarcasmo,
por parte de quem não tem fé – e
infelizmente por outros que dizem
ser cristãos – quando se referem
àqueles dois termos, criando uma
certa rejeição da envolvência sóciopolítica.
Em substituição de ‘caridade’ e de
‘esmola’ foi sendo introduzido o
termo ‘solidariedade’ e o conexo de
‘subsídio’... fazendo até das instituições da Igreja católica ‘instituições particulares de solidariedade social’ (Ipss) em ordem a
conseguirem cumprir as tarefas de
ajuda aos outros com novas respostas sociais... De algum modo
fomos comprados pelo Estado, que
agora negoceia a assistência por
entrepostos agentes.
Enquanto os recursos forem dando
para comprar/vender influência, os
governos, as autarquias, as associações e até as Igrejas... irão tendo
margem de manobra, mas quando
se fechar a torneira, quem irá cuidar
dos velhos, das crianças, dos
funcionários, que estão ao cuidado
moral e cívico de centenas de Ipss?
Uma sociedade só será digna do
seu futuro, quando os valores
espirituais forem a marca dos seus
comportamentos. Queira Deus que
o futuro tenha futuro e a esperança
possa ser a marca distintiva de
quem serve os outros, sejam pobres
ou ricos, possam ou não pagar... A
caridade cobre a multidão dos
pecados!
A.Sílvio Couto
DIOCESE
4 – Notícias de Beja
21 de Julho de 2011
Nas Bodas de Ouro Sacerdotais
dos padres Alberto Batista e Joaquim de Sousa
“Contamos com a graça de Deus, contamos convosco. Contai também connosco.
Amen! Aleluia!”
(Homilia do Padre Alberto na igreja de Santa Maria)
1 – Era meu propósito, amadurecido
durante vários meses de reflexão
sobre o sentido deste jubileu sacerdotal, afastar-me da vida rotineira
de Beja e retirar-me para o Santuário
de Fátima, para ali, em clima de
silêncio, em comunhão mais perfeita
com Deus e com a nossa Mãe do
Céu, rezar muito, dar graças por aquilo
que o Senhor fez em mim e por mim,
em 50 anos de ministério sacerdotal,
para fazer penitência e pedir perdão
pelas minhas infidelidades, na vida
pessoal e no exercício da minha
actividade pastoral, para, enfim,
assentar ideias, fazer uma profunda
revisão de vida, e fazer planos em
ordem a aproveitar melhor os dias
que Deus ainda me possa conceder
neste mundo, para viver bem o meu
sacerdócio e ser útil à Igreja na
Diocese de Beja.
Todos os meus planos de celebração
silenciosa e intimista se esboroaram
quando o nosso Bispo, o Senhor D.
António Vitalino, me chamou, em 20
de Junho, e me disse textualmente:
“Não concordo com essa ideia de se
retirar para Fátima, numa data desta
importância para si, para a sua
paróquia e para a Diocese. Os padres
são figuras públicas da Igreja e umas
Bodas de Ouro são acontecimento
eclesial e de relevância pastoral que
devemos celebrar onde exercemos o
nosso ministério”. Tive ainda algumas hesitações perante esta
argumentação. Dei-me, no entanto,
por vencido quando o Senhor Bispo
me disse que desejava associar à
minha festa jubilar o meu colega
Padre Joaquim Ferreira de Sousa, que
vive em Safara e que ele, o Senhor
Bispo, gostava de nos juntar os dois
numa mesma celebração com a
presença do clero da Diocese e dos
fiéis das nossas comunidades.
Aqui estou, pois, por obediência ao
meu Bispo, mas também com muita
alegria a cumprir esta penitência.
Sublinho penitência, porque o meu
género, é mais de viver e trabalhar,
no anonimato, na rotina de todos os
dias, fora da ribalta , sem qualquer
protagonismo, sem holofotes nas
igrejas ou na via pública a incidirem
sobre mim.
Por outro lado, festas com esta
pompa e circunstância que desencadeiam emoções fortes, não são
aconselháveis a pessoas tímidas, de
coração fraco, de lágrima fácil, que
nos dificultam, por vezes, uma
actuação lúcida e serena.
Mas também estas circunstâncias
são parte da penitência imposta pelo
Senhor Bispo, que aceito em desconto dos meus pecados.
2 – Em ambiente de comunhão
eclesial, quero expressar o que nos
vai na alma (na minha e na do Padre
Sousa), passados 50 anos sobre a
nossa ordenação sacerdotal.
O primeiro sentimento que experimentamos, com muita intensidade,
é o da gratidão.
- Gratidão a Deus, Criador e Senhor,
Pai das Misericórdias, a Cristo, Sumo
e Eterno Sacerdote, a Maria, Mãe de
Jesus, nossa mãe, a Senhora do
Carmo que hoje também celebramos,
a Senhora de Fátima que todos nós
portugueses veneramos com especial devoção, pelas muitas graças que
nos têm sido concedidas ao longo
destes 50 anos de sacerdócio.
Agradecemos a vida que Deus nos
deu, o dom do Sacerdócio, os pais
que tivémos que despertaram em nós
a vocação sacerdotal e a ajudaram a
consolidar com a sua oração e com o
seu exemplo de vida.
Agradecemos a amizade sincera, o
carinho e a solicitude pastoral dos
nossos bispos – o actual, D. António
Vitalino e os que o antecederam: D.
Manuel Falcão, D. Manuel Santos
Rocha, D. António Cunha e D. José
do Patrocínio Dias.
A acção missionária destes Bispos,
o seu infatigável trabalho pastoral, a
sua vida de fé e de piedade são e
foram para nós incentivo a não
desanimarmos e vivermos em cada
dia o nosso sacerdócio de forma
mais empenhada, na alegria de servir
a Igreja e testemunhar no nosso
ministério a presença de Cristo vivo
e ressuscitado.
Agradecemos ao Senhor e saudamos efusivamente os sacerdotes
da nossa Diocese, com os quais
partilhamos alegrias e tristezas,
empenhados como nós na missionação do Alentejo, alguns deles
verdadeiros heróis da Igreja pelas
dificuldades materiais e espirituais
que têm de enfrentar no seu dia-adia.
Uma palavra de gratidão muito
sentida, muito sincera, muito amiga
aos nossos paroquianos e colaboradores os de ontem e os de hoje.
Se somos o que somos, se fizemos
alguma coisa na Diocese, nestes 50
anos, o mérito é também em grande
parte destes homens e destas mulheres que frequentam as nossas
igrejas e colaboram activamente em
movimentos de apostolado cristão.
3 – Estes nossos 50 anos de Sacerdócio estão recheados de fidelidades
e infidelidades.
Do mérito de cada um de nós e das
suas acções só Deus sabe ajuizar.
Nas nossas vidas, como nas vossas
vidas, há rosas e espinhos. Até agora
fomos fiéis à graça do Sacerdócio
recebido pela imposição das mãos
do grande Bispo D. José do Patrocínio Dias, na manhã radiosa de 16
de Julho de 1961.
Mas, é claro, houve e haverá sempre
zonas escuras no nosso comportamento do dia-a-dia. Em linguagem
cristã corrente chamamos-lhes
pecados.
Neste dia solene, neste tempo
propício a fazermos uma séria autocrítica, confrontados com os nossos
próprios pecados, grandes ou pe-
quenos (só Deus sabe) queremos
dizer aos nossos paroquianos e aos
amigos com quem nos cruzámos nos
caminhos do mundo que nos desculpem pelas palavras duras, ofensivas,
ou menos delicadas, pelas atitudes
incorrectas, ou pelos comportamentos dúbios e negativos que
porventura tenha havido ou tenham
percebido no nosso relacionamento
convosco.
Mas também aqui, há um contraponto verdadeiro, ou seja, algumas
vezes fomos votados ao esquecimento, sentimos falta de solidariedade dos paroquianos no trabalho
pastoral e sofremos muito com isso.
Esta é a hora de purificar a memória,
de esquecermos todas as ofensas e
agravos e de caminhar em frente sem
ressentimentos ou recriminações.
Apraz-me lembrar, a este propósito,
as palavras de Santa Catarina de
Sena: “Deus ama-nos assim como
somos, com as nossas virtudes e
com os nossos pecados”.
Fixemo-nos, daqui em diante, nas
coisas boas que a vida tem proporcionado. Esqueçamos todos os
males, caminhemos em frente com
alegria, com novo dinamismo porque
estamos todos no mesmo barco,
somos todos filhos de Deus e
peregrinos da Eternidade.
4 – Celebro as minhas Bodas de Ouro
Sacerdotais, com redobrada alegria
por ter ao meu lado o meu colega de
curso Padre Joaquim Ferreira de
Sousa, com os seus risonhos 85 anos
de vida.
Como recordar é viver, não resisto a
contar um pequeno episódio ocorrido no Seminário de Beja, no nosso
primeiro ano.
A entrada no Seminário foi a 29 de
Setembro.
Éramos 24. No dia 14 de Outubro, de
manhã, chega um senhor, homem
feito, de 23 anos de idade e é levado
por Monsenhor Torrão, Reitor do
Seminário, ao refeitório. Comentário
meu e de outras colegas: é o pai de
algum dos seminaristas que o vem
visitar ou trazer alguma roupa.
Qual não foi o nosso espanto
quando verificámos que aquele
senhor (o senhor Sousa, como
passámos a tratá-lo) era também
seminarista, como nós, a caminhar
nas filas pelos corredores, em silêncio, como nós, a estudar na mesma
sala, como nós, a frequentar as aulas,
como nós, sempre aprumado, bemdisposto, de comportamento irrepreensível, e de piedade exemplar.
Ficaram-nos gravadas para sempre
nas nossas vidas aquelas figuras de
homens grandes no meio de adolescentes que éramos nós os restantes
23 seminaristas. Quando digo
aquelas figuras (no plural) refiro-me também ao Padre Luís Manuel
Brenlha Lopes, a esta hora a
celebrar o seu jubileu, na igreja dos
Congregados, no Porto, igualmente homem feito com 20 anos
completos, o Senhor Brenlha, como
lhe chamávamos.
Obrigado, Padre Sousa (Sr. Sousa),
obrigado, Padre Luís (Sr. Brenlha)
pelo vosso exemplo e pela vossa
prestimosa ajuda espiritual e intelectual no nosso caminhar naqueles
saudosos 8 anos vividos no Seminário de Beja.
5 - Só mais duas notas pessoais.
Celebro as minhas Bodas de Ouro
Sacerdotais nesta histórica igreja de
Santa Maria, com quem tenho laços
afectivos muito fortes. Estou à frente
desta paróquia desde o dia 7 de
Outubro de 1973, há 38 anos (um
record de estabilidade).
Das 19 835 Missas que celebrei até
hoje, 11 500 foram celebradas neste
templo, com a presença de muitos
de vós, e em sufrágio de muitos dos
vossos familiares. (E, já agora, uma
curiosidade: o paramento branco e o
cálice que uso nesta Missa foram os
que estreei no dia da Primeira Missa,
em Valverde, oferecidos pelos meus
tios e padrinhos).
Aqui presidi a baptismos e casamentos de muitos amigos e paroquianos e também dos meus familiares mais próximos. Aqui celebraram
Bodas de Ouro Matrimoniais, os
meus pais, em 1984, e eu próprio
celebrei as Bodas de Prata Sacerdotais em 1986. Aqui fiz a última
despedida emocionada, de olhos
embaciados e coração amargurado,
de minha Mãe, em 20 de Novembro
de 1988 e de meu Pai em 27 de
Novembro de 1997. Recordo que os
meus pais me acompanharam sempre
em Beja, desde 1964 até à morte.
Foram os meus anjos da guarda.
Aqui fizemos muitas festas de Natal,
de Primeira Comunhão e do Santíssimo Sacramento, que mobilizaram
toda a Paróquia.
Quando assumi a responsabilidade
da Paróquia, esta igreja estava
degradada exterior e interiormente e
não havia nenhum dinheiro nos
cofres. Hoje temos uma igreja
renovada, bonita, bem conservada,
onde todos nos sentimos bem a
celebrar os actos de culto. Gastaramse milhares de euros, não temos
dívidas, construi-se de raiz a igreja
do Bairro da Esperança, deixamos a
Santa Maria uma boa residência
paroquial, situada no Bairro Lar para
Todos, doação de D. Rosa Rodrigues, que está presente nesta igreja,
a quem publicamente agradecemos
tão grande benemerência.
Em maré de grandes recordações,
quero envolver num abraço de muita
amizade e lembrar hoje nas minhas
orações aqueles que foram meus
alunos nos Estabelecimentos de
Ensino onde leccionei (nas minhas
contas, talvez uns 2000) e muito
particularmente aqueles que hoje
partilham do mesmo sacerdócio
(Padres Manuel Reis, António
Cartageno, Aresta Guerreiro, Egídio
Ferreira, Paulo Condeça, Diamantino
Teixeira, Daniel Guerreiro, Hugo
Rodrigues, João Paulo Quelhas,
(Cont. pág. 5)
DIOCESE
21 de Julho de 2011
Jubileus Sacerdotais em Beja
(Cont. da pág. 4)
Sesinando Rosa, Manuel Pato).
Evoco ainda, com muita saudade, e
por eles rezo, o padre Rui António
Ribeiro, do número dos 4 que fomos
ordenados em 16 de Julho de 1961 e
que Deus chamou para Si em 8 de
Agosto de 2007, tendo sido pároco
do Cercal do Alentejo durante 45
anos; e o meu grande amigo e
conterrâneo Padre Virgílio Abrantes
Ferreira, que me trouxe para o Seminário de Beja, colaborador assíduo
da paróquia de Santa Maria, na
celebração da Missa diária e como
organista e dirigente do Grupo Coral,
falecido em 28 de Setembro de 2010.
Reportando-me aos meus 33 anos de
docência no Liceu de Beja, nos anos
pacíficos de 1964-74 e nos anos
agitados depois de 25 de Abril de
1974, quero fazer memória, com
saudade, dos colegas professores,
bons amigos e profissionais competentes que ali encontrei. Muitos
já não são do mundo dos vivos.
Também estão presentes, hoje, nas
minhas orações. Outros tenho a
alegria de os ver aqui, nesta celebração. Para eles uma calorosa
saudação e o meu muito obrigado
por terem vindo. E, já que fui professor de Latim no Liceu, permitamme citar, na língua de Cícero, a máxima
que traduz a importância da amizade:
“Oh, quam bonum et jucundum
habitare fratres in unum”, o que,
traduzido, significa: “como é bom e
agradável, viverem os irmãos em
harmonia.
Mais uma lembrança e um agradecimento do coração especialmente
personalizados: obrigado aos paroquianos de Santa Maria fiéis à Missa
dominical, à Comissão Fabriqueira,
às pessoas que tratam dos altares,
prestam serviço litúrgico, cantam no
grupo coral, asseguram a limpeza da
igreja, às que fazem acolhimento na
igreja, às Irmãs de Santa Maria que
connosco e por nós aqui rezam o
terço todos os dias, às Irmãs Servas
de N.ª Sr.ª de Fátima que dão a sua
preciosa colaboração na liturgia e na
catequese, aqui e no Bairro da
Esperança. Permitam-me referenciar
explicitamente alguns nomes: D.
Helena Palma, D. Maria Paulino,
António Leocádio, Irmã Arminda.
Registo ainda um especialíssimo
agradecimento à Sra. D. Rita Laureano, que, há 16 anos, assegura,
com extrema dedicação, o regular
funcionamento da minha casa.
E um especialíssimo aceno de muita,
muita gratidão aos Irmãozinhos de
S. Francisco, meus colaboradores
dedicadíssimos, zelosos e criativos
no Bairro da Esperança, de 1995 a
2000 promotores das belas Ado-
Notícias de Beja – 5
Nomeações de clero para
o ano pastoral de 2011-2012
na diocese de Beja
Tendo reunido com todos os orgãos colegiais e dialogado com
vários serviços e membros do clero da nossa diocese de Beja,
chego ao final desta maratona com a ideia clara de que a messe é
grande e os trabalhadores são poucos. Mas também me conforta
a certeza do convite evangélico: vinde a mim, vós todos que
andais sobrecarregados, que eu vos aliviarei... o meu jugo é
leve.
Consciente da sobrecarga de alguns, aqui anuncio as nomeações
possíveis nesta altura, esperando, ao longo do ano, encontrar
mais colaboradores para a diocese:
O Pe. Isidro Pedro irá ficar apenas com a paróquia de Barrancos,
enquanto Amareleja, Póvoa de S. Miguel e Estrela serão confiadas
ao Pe. Erbério Jonas Salença, sacerdote da diocese de Quelimane,
Moçambique, que veio fazer um ano sabático entre nós. Para
Mértola, em vez do Pe. Ricardo Meira virá o Pe. João Inácio
Carreira Mónico, CSSP, que será nomeado in solidum com o Pe.
António Luís Marques de Sousa, CSSP. A comunidade de
rações ao Santíssimo Sacramento
nesta igreja de Santa Maria e autores
desta magnífica e artística decoração
que está à nossa vista e a todos
encanta, responsáveis ainda pela
preparação litúrgica desta Eucaristia
que estamos a celebrar. Obrigado,
também ao maestro Padre Cartageno, bom amigo, desde sempre, e
ao seu grupo coral, pela actuação de
alto nível musical nesta celebração
litúrgica.
Só me falta a alusão a duas missões
que desempenhei e desempenho e
marcaram, positivamente os meus 50
anos de padre: refiro-me aos 21 anos
(1977-1988) de pároco de S. Matias.
Foi uma experiência pastoral exaltante, com um povo extraordinário,
gente de fé e de bons sentimentos,
generoso e colaborante. Tenho
muitas saudades de S. Matias e, ao
que me dizem, também lá deixei
saudades. Fizemos ali catequese de
crianças e adultos, organizámos
peregrinações a Fátima e passeios
turísticos, promovemos actividades
culturais, restaurámos a igreja e até
lá deixámos uma casa paroquial, por
doação de D. Angelina Dias. Deus
seja louvado!
Também não posso deixar de mencionar a espinhosa missão de
director do jornal da Diocese “Notícias de Beja”. Quando aceitei, com
alguma hesitação e muito medo, este
cargo, em 5 de Agosto de 1982,
convidado por D. Manuel Falcão,
sublinhei que o meu compromisso
era de 1 ano. Depois, logo se via. E já
lá vão 28 anos (um record de
longevidade nestas missões).
É um cargo, como podem calcular,
muito duro, difícil e de grande
responsabilidade. Já várias vezes tive
a tentação de me demitir.
O Senhor D. António com a sua
pedagogia de Bom Pastor lá me vai
incentivando a continuar, dizendo
que o “Notícias de Beja” é um
instrumento muito válido de evangelização e que o nosso jornal tem
boa aceitação em todo o país. Sendo
assim, continuaremos até que Deus
queira a combater o bom combate
da fé com a imprensa católica, com o
nosso “Notícias de Beja”. O desafio
é ainda mais estimulante e a tarefa
mais facilitada com bons e assíduos
colaboradores, como o Sr. D. António Vitalino e o Sr. D. Manuel
Falcão, o Sr. D. António Marcelino e
o Sr. D. João Alves com as suas
saborosas crónicas todas as semanas, e o Sr. Cardoso, nos Serviços
Administrativos, a trabalhar, com
muita competência e dedicação, e em
regime de voluntariado.
Também por tudo isto dou muitas
graças a Deus!
E agora, passada esta maré alta de
celebrações jubilares, a vida retoma
o ritmo normal. Nesta etapa da vida
vivemos mais de recordações do que
de projectos.
Não temos grandes planos para o
futuro (o Padre Sousa e eu). Apenas
a vontade sincera de fazermos bem
o que temos de fazer todos os dias e
de reafirmarmos todos os dias a Deus
o nosso propósito de sermos firmes
na nossa fé e fiéis até ao fim.
Ajudai-nos, também, neste Outono
da nossa caminhada, com a vossa
amizade, o vosso conselho avisado
e sobretudo com a vossa oração.
Na celebração festiva do nosso
Jubileu Sacerdotal queremos repetir
com a frescura de há 50 anos: “O
Senhor é meu pastor, nada me
faltará”.
“Vós sois, Senhor, a minha herança,
tendes na mão o meu destino”.
Contamos com a graça de Deus.
Conta convosco, contai também
connosco!
Amén! Aleluia!
Padre Alberto Geraldes Batista
Beja, 16 de Julho de 2011
Santiago do Cacém também vai sofrer mudanças com a
transferência do Pe. Gonçalo Fernandes e a vinda dos Padres
José Azevedo Nóbrega e Agostinho Teixeira de Sousa, este como
coordenador das Missões da Congregação em Portugal. O Pe.
Pedro Guimarães será o coordenador. Os candidatos ao
diaconado, Paulo Godinho e José Bravo, cuja ordenação está
prevista para 23 de Outubro de 2011, em Moura, farão o seu
estágio respetivamente em Moura e Grândola, sendo o Paulo
Godinho também nomeado conselheiro espiritual do Seminário
de Beja e o José Bravo assistente religioso da cadeia de Pinheiro
da Cruz.
Cada clérigo é diferente em si mesmo e no modo de se relacionar
com as pessoas. Isto é uma riqueza para a nossa Igreja e agradeço
a Deus. Mas constitui um problema quando usamos as nossas
qualidades em competição com os nossos colegas. Temos de
nos ajudar uns aos outros, pois na comunhão está a nossa força
apostólica. Por isso ninguém enverede pelo caminho da simpatia
descomprometida com as orientações pastorais da Igreja
diocesana. Acolhamos bem todas as pessoas, mas não as
desviemos das suas comunidades paroquiais de residência.
Antes de lhes darmos qualquer resposta, falemos com os nossos
colegas e respetivos pastores, oferecendo a nossa ajuda, mas
nunca contribuindo para o seu isolamento dos fiéis. Quem tem
ouvidos, oiça...
Nos dias 19 e 20 de Setembro, no Centro Pastoral de Beja, teremos
as reuniões do clero, sendo o primeiro dia dedicado à reflexão
sobre a nova evangelização e a missão, com ajuda dos Padres da
Congregação da Missão, com início às 10,30 horas. No dia 20,
da parte de manhã, haverá reuniões por arciprestado com
consultas para a nomeação de arciprestes, vice-arciprestes e
delegados aos Conselhos presbiteral e pastoral. Não esqueçamos
o pedido feito para encontrarmos 2 ou 3 colaboradores para a
missão nos arciprestados.
No dia 24 de Setembro teremos o DIA DIOCESANO, de cuja
organização o SCAP está a tratar e para o qual pensamos convidar
os colaboradores das paróquias e dos serviços diocesanos, que
já participaram nos encontros sobre repensar juntos a pastoral
da Igreja em Portugal. Quem tiver datas importantes na sua
paróquia ou movimento, comunique ao Vigário Geral ou ao SCAP
até fim de Agosto, para inserir na Agenda diocesana.
Com os melhores cumprimentos e desejo de algum descanso
para recuperação de energias, subscrevo-me com toda a amizade
e sempre ao dispor
† António Vitalino, Bispo de Beja
PATRIMÓNIO
6 – Notícias de Beja
PEDRA ANGULAR
21 de Julho de 2011
PÁGINA DO DEPARTAMENTO
DO PATRIMÓNIO HISTÓRICO E
ARTÍSTICO DA DIOCESE DE BEJA
No rescaldo do Festival
Terras sem Sombra: património, música e biodiversidade
O Festival Terras sem Sombra de
Música Sacra do Baixo Alentejo, que
acaba de encerrar a sua sétima
edição, sob a direcção de Paolo
Pinamonti, introduziu duas importantes inovações em 2011: a criação
do Prémio Internacional Terras sem
Sombra, com carácter anual; e o
desenvolvimento de um conjunto de
acções-piloto, sob o patrocínio dos
artistas presentes no ciclo de concertos, em benefício de causas
socialmente relevantes para a região.
A salvaguarda da biodiversidade
constitui um dos maiores desafios
que se colocam actualmente à
população humana. Um uso pouco
controlado dos recursos naturais do
planeta está a contribuir para exaurilo a um ritmo frenético e insustentável. Por outro lado, muitas comunidades têm-se afastado progressivamente da natureza, dos seus ritmos
e das suas práticas plurisseculares,
e são muito penalizadas por uma
“artificialização” excessiva dos
respectivos modos de vida.
Como lembra o magistério da Igreja,
fazendo honra a um pensamento que
ascende a grandes mestres do
pensamento cristão, nomeadamente
São Francisco de Assis ou, em
tempos mais recentes, o P.e Teilhard
de Chardin, a natureza é nossa irmã.
Há que saber usá-la com sabedoria,
respeitá-la e preservá-la. Há sobretudo que pensar que também nós,
homens e mulheres, somos parte
dela. Mais: precisamos dela para nos
realizarmos plenamente.
O Baixo Alentejo, sem dúvida uma
das zonas mais defendidas do país,
em termos de conservação da paisagem e da natureza, possui um
extraordinário património de biodiversidade. Este património assume,
em algumas das suas múltiplas
dimensões, relevância internacional.
Cumpre-nos assegurar a sua transmissão, não só pelo seu magno
interesse científico, mas também – e
principalmente – devido ao facto de
representar um conjunto de valores
sociais, culturais e até económicos
do maior significado para o futuro.
O equilíbrio dos sistemas ecológicos
(e, por conseguinte, da própria vida
humana) depende, em larga medida,
O Maestro Marcello Panni assenta uma das estacas que definem
percursos nos Colmeais
da sua salvaguarda.
A consciência do que está em causa
– e é muito – levou o Departamento
do Património Histórico e Artístico a
escolher, como causa a apadrinhar
pelos artistas do Terras sem Sombra,
a protecção da biodiversidade das
áreas visitadas pelo Festival, envolvendo localmente as comunidades,
as autarquias, o Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade, as associações de defesa do
património, as escolas, as associações de produtores agrícolas etc.
Pesou nisto, também, o facto de
muitas igrejas históricas da Diocese
de Beja, tanto em âmbito rural como
urbano, serem verdadeiros santuários da vida selvagem, do ponto
de vista da fauna e da flora – a
começar pelos campanários, onde
nidificam espécies protegidas, e a
terminar nos adros, onde abundam
plantas raras, sem esquecer ainda as
“fontes santas” que assinalam
muitos santuários e servem de
bebedouros naturais a inúmeros
seres vivos. O património natural é
um complemento decisivo do património cultural, estando ambos
profundamente interligados.
No âmago
do concelho de Beja
A manhã do dia 10 de Julho foi
dedicada a uma acção de salva-
No momento da despedida: Álvaro Barriga, da Câmara Municipal de
Beja, e Marcello Panni
guarda da biodiversidade na microreserva dos Colmeais, na freguesia
de Beringel, e resultou da colaboração do Festival Terras sem Sombra
com o Instituto de Conservação da
Natureza e da Biodiversidade e com
a Quercus – Associação Nacional de
Conservação da Natureza, que é a
proprietária do local.
Grandes entusiastas do património,
o Maestro Marcello Panni e a
esposa, M. me Jeanne Colombier
Panni, foram os patronos da iniciativa, orientada no terreno pelo Dr.
João Paulo Martins, médico, e pelo
Eng.º Luís Andrade, perito agrário,
do Núcleo de Beja e Évora da
Quercus. Ambos conhecem muito
minuciosamente o sítio e têm ajudado a preservá-lo e estudá-lo com
enorme dedicação. Associaram-se ao
acto, além do famoso tenor Carlos
Guilherme e de representantes do
ICNB, os membros do staff do Terras
sem Sombra e outros voluntários.
Após as explicações técnicas dadas
pelo Doutor Pedro Rocha, do Parque
Natural do Vale do Guadiana, os
participantes adentraram-se na
observação dos surpreendentes
tesouros naturais existentes na
micro-reserva. Em seguida, com
grande empenho, levaram a cabo a
recolha e a selecção de lenha dispersa pelos Colmeais, acumulandoa em pontos estratégicos, de modo a
permitir o seu uso e evitar incêndios.
Apesar do intenso calor, os trabalhos
decorreram com precisão, num
ambiente de grande alegria, sobressaindo o próprio Maestro Panni, que
transportou enormes braçadas de
lenha. Outra acção levada a cabo
consistiu na colocação de estacas
de madeira que assinalam percursos,
criando linhas brancas, destinadas
à orientação rigorosa dos visitantes.
A manhã finalizou com uma visita à
Herdade da Malhadinha Nova, em
Albernoa, onde se almoçou.
Regressando de tarde a Roma, para
dirigir concertos na semana imediata,
o Prof. Marcello Panni estava visivelmente satisfeito e emocionado com
o acolhimento que lhe foi dado no
Baixo Alentejo. Disso deu circunstanciada conta ao seu grande amigo,
O Prof. Paolo Pinamonti colaborou entusiasticamente na recolha de
lenha, acção fundamental para protreger a Reserva de incêndios
o Cardeal Gianfranco Ravasi, presidente do Pontifício Conselho para a
Cultura, cujo Apocalipse musicou
recentemente. O próprio Cardeal
Ravasi manifestou interesse em
conhecer mais de perto o Festival,
cujo programa acompanha desde os
primórdios, através da Pontifícia
Comissão para os Bens Culturais da
Igreja.
Um tesouro natural
entre Beja e Ferreira
Diversos estudos apontam para a
importância botânica da região
compreendida entre as localidades
de Beringel, Mombeja e Peroguarda,
nos limites entre os concelhos de
Beja e Ferreira do Alentejo. Esta área
de suaves colinas acima da peneplanície envolvente inclui a Serra do
Mira, cujo ponto máximo atinge perto
de 300 m. A diversidade de solos presentes, a transição climática que aqui
tem lugar e a distribuição dos relevos
traduz-se numa diversidade botânica
assinalável, com a presença de
algumas espécies raras e ameaçadas.
Refira-se que esta área esteve para
ser integrada na rede natura 2000,
acabando no entanto por não ser
classificada. A expansão das pedreiras que estão instaladas na
vertente norte da serra do Mira, a
intensificação agrícola que está
agora a ter lugar, tendo em conta o
desenvolvimento do projecto de
regadio de Alqueva, bem como a
recente expansão do olival intensivo
com grande recurso a herbicidas,
estão a fazer desaparecer uma parte
importante desta biodiversidade
pondo mesmo em risco algumas das
espécies raras que aqui ocorrem.
No sentido de preservar esta riqueza,
a Quercus, através do seu núcleo
regional, efectuou uma pesquisa
exaustiva nesta região da qual
resultou a aquisição de um terreno
situado na freguesia de Beringel do
concelho de Beja, espaço este que
passou a integrar a rede de microreservas biológicas.
A micro-reserva dos
Colmeais
Esta micro-reserva, sita a 15 km a oeste
da cidade de Beja, cobre uma área de 4
hectares e é constituída por uma
pequena área de azinhal, uma área maior
de olival tradicional com algumas
árvores centenárias e uma área de
prados húmidos na vizinhança de uma
pequena linha de água. A diversidade
de habitats e o facto de não haver
mobilização de solos nem aplicação de
herbicidas há vários anos levam a que
na existam não só várias das raridades
assinaladas para a região mas também
condições para que outras aqui possam
ser estabelecidas no futuro.
Algumas das espécies que definem
a importância do local (onde estão
presentes mais de 150 espécies de
flora) são Linaria ricardoi, um
endemismo da região de Beja, Cynara tournefortii, Echium boissieri,
cujos talos podem atingir quase 3 m
de altura, Adonnis annua sppp
annua, e Linaria hirta. É de assinalar igualmente que no contexto
regional é o local onde se detectaram
o maior número de orquídeas, com
11 espécies assinaladas até ao
momento. Ao nível da fauna a área é
rica em invertebrados e está aqui
registada a melhor população do
cicadídeo Euryphara contentei
(cigarra verde).
As medidas de gestão passam pela
vedação do local, protecção das
pequenas azinheiras, de modo a
ampliar o bosquete aí existente,
revitalização das oliveiras, numa
óptica de conservação e não de
produção, controle de silvados junto
à linha de água, controle de erosão
numa das vertentes a oeste, marcação de trilho de visitação e gestão
diferenciada de diversas parcelas de
modo a fomentar as populações das
espécies-alvo. A área pode ser
visitada mas está particularmente
vocacionada para visitas de estudo
com guia, que deverão ser orientadas no sentido de evitar que
existam danos à flora a proteger.
A. S.
SOCIEDADE
21 de Julho de 2011
Notícias de Beja – 7
Crismas em Odivelas
Dia 10 de Julho foi dia de festa para
a comunidade de Odivelas, porque
receberam os Dons do Espírito
Santo, pelo Sacramento da Confirmação – Crisma – 9 pessoas desta
comunidade, que completaram
assim, na sua vida, os sacramentos
de iniciação cristã.
Pelas 16h30, o nosso Bispo D.
António Vitalino, presidiu à Eucaristia na Igreja Matriz de Odivelas,
administrando o Sacramento da
Confirmação, tendo sido concelebrante o nosso Pároco, Padre João
Paulo Bernardino.
Foram momentos muito belos e
Dr. Rui Miguel Conduto
sentidos por todos, principalmente
pelos crismandos que, conscientes
do compromisso assumido, não
escondiam a emoção e a alegria que
lhes ia na alma.
Após esta celebração eucarística,
seguiu-se um lanche de confraternização e, era visível no rosto de
todos, a alegria e a gratidão por este
dia de tão elevada vivência espiritual.
Parabéns a todos quantos receberam a plenitude dos Dons do
Espírito Santo, pelo Sacramento do
Crisma. Que a vossa vida seja uma
bênção e uma verdadeira caminhada com Jesus e para Jesus, ao
serviço de Deus e do próximo, não
esquecendo que o amor é o mais
belo Fruto do Espírito Santo, que
devemos pôr ao serviço do
próximo.
Certamente vós sois aquele “terreno fértil” onde a Palavra de Deus,
que em vós foi semeada, frutificará
em abundância.
CARDIOLOGISTA
CONSULTAS:
Sábados
Rua Heróis Dadra, 5 - Beja – Telef. 284 327 175
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“Notícias de Beja”
o jornal da Diocese
Francisco Conceição
Portugal no “top 10” de inscritos para a JMJ
A organização da Jornada Mundial
da Juventude 2011 (JMJ), que vai
decorrer em Madrid, anunciou hoje
que Portugal está entre os 10 países
com maior número de inscritos para
o evento, promovido pela Igreja
Católica.
Em comunicado enviado à Agência
ECCLESIA adianta-se que, até ao
momento, existem mais de 440 mil
inscritos, vindos de 182 países, o
que constitui um recorde na história
das edições da JMJ, nascidas em
1985.
O Departamento Nacional da Pastoral Juvenil tem apontado para a
presença de 15 mil portugueses em
Madrid, de 16 a 21 de agosto.
Além de Portugal, no «top 10» de
inscrições figuram o país organizador, Espanha, Itália, França,
Estados Unidos da América, Alemanha, Brasil, México, Polónia e
Argentina
África do Sul e Nigéria (África),
Filipinas (Ásia) e Austrália (Oceania) lideram as inscrições nos
respetivos continentes.
A organização da JMJ 2011 lançou
SERAFIM DA SILVA JERÓNIMO
& FILHOS, LDA
uma nova campanha de inscrições,
através da Internet (www. madrid11.com), em duas modalidades:
com alojamento, até esta sexta-feira;
sem alojamento, até ao próximo dia
15, com um desconto de 50%.
A aposta no mundo virtual inclui a
presença nas redes sociais, tendo
sido criada uma aplicação para
dispositivos móveis, em social.
madrid11.com.
Com presença desde 2009, a página
da JMJ no Facebook conta hoje
com 300 mil seguidores, de 82
países, em 21 línguas, esperando-
se que possa chegar ao milhão de
«fãs».
A organização da jornada anunciou
ainda um «flashmob» - um ajuntamento repentino de pessoas num
local público – com mais de 100 mil
pessoas, no dia 20 de agosto, antes
da chegada ao aeródromo de
Cuatro Vientos do Papa Bento XVI.
Durante a vigília dessa noite, cinco
jovens, em representação de cada
continente, vão fazer uma pergunta
ao Papa sobre diversos assuntos,
adiantou a organização da JMJ.
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Publ.
Maria Vitória Amaro
Cartório Notarial Privado de Sines - Notária Maria Leonor Domingues Garret e Castro
Rua Cidade do Porto - Ferreiros - 4705-084 Braga
Telefone 253 605 770 | Fax 253 605 779
www.jeronimobraga.com.pt | [email protected]
Certificado
Certifico, para efeitos de publicação, que foi
lavrada hoje neste Cartório Notarial, de folhas
noventa e um a folhas noventa e três verso
do Livro de Notas para Escrituras Diversas
número “Treze - A” uma escritura de
justificação na qual Dimas dos Santos
Pacheco e Natércia Maria Felizardo, ambos
solteiros, maiores, naturais respectivamente
da freguesia de Sabóia e da freguesia de S.
Teotónio, ambos do concelho de Odemira,
residentes no Sítio da Canada, Caixa Postal
504, Conceição, Faro, declararam ser donos
e legítimos possuidores do seguinte bem:
Prédio misto denominado “Marouços”,
situado na freguesia de S. Teotónio, concelho
de Odemira, composto na parte rústica por
uma parcela de terreno de cultura arvense
com a área de mil setecentos e vinte e seis
metros quadrados e na parte urbana por
casas de rés-do-chão com dois compartimentos para habitação com a superfície
coberta de quarenta metros quadrados, a
confrontar do Norte com Marouços, de onde
é desanexado, Nascente e poente em
marouços de Jonas de Jesus Simões, Sul
com caminho público, inscrito nas respectivas matrizes cadastral rústica sob parte do
artigo 56 da Secção XX e predial urbana sob
o artigo 3.390 com o valor atribuído de mil e
quinhentos euros, sendo quatrocentos e
oitenta e um euros e um cêntimo para a
parte rústica e mil e dezoito euros e noventa
e nove cêntimos para a parte urbana, a
desanexar do prédio descrito na Conservatória do registo Predial de Odemira sob
o número mil oitocentos e trinta e dois da
mesma freguesia, cuja aquisição se encontra
registada a favor de José de Oliveira Ramos
e mulher Francisca da Piedade Gonçalves,
pela inscrição Ap oito de quatro de Dezembro
de mil novecentos e setenta e nove.
Está conforme, nada havendo na parte omitida
além ou em contrário do que se certifica.
Sines, 12 de Julho de 2011
A Notária
Maria Leonor Domingues Garrett e Castro
21
Julho
P r o p r i e dade da D i o c e s e d e B e j a
Contribuinte Nº 501 182 446
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2011
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Editado em
Portugal
Tiragem
3.000
ÚLTIMA PÁGINA
21 de Julho de 2011
Em colaboração para o
bem comum
Há dias um meu amigo, entendido nas letras, ao falarmos da
actual e universal crise económico-financeira saiu-se com
esta sentença, que a crise é de
tal ordem que bem se lhe pode
aplicar o famoso texto do P.
Vieira sobre a guerra. Diz o sábio
padre que a guerra em tudo o
que toca envenena-o e acaba
por o destruir. A actual crise é
tão venenosa que não há sector
da vida que fique isento do seu
bafo mortífero.
Basta olhar com atenção o memorando da apelidada troika para se
certificar que a crise toca em toda a vida do nosso país.
Não tardará que chegue mesmo aos feriados. Diz o memorando que
é necessário avaliar de novo o problema dos feriados, quanto ao
seu número e quanto à sua distribuição no calendário geral do País.
É que acontece, por vezes, que se juntam feriados com dias dos fins
de semana, sem trabalho, fazendo as chamadas pontes pois passarão
a integrar vários dias sem trabalho o que durante o ano faz um
prejuízo de monta de vários milhões. Para um País com dificuldades
notórias na economia e finanças é uma situação a alterar.
O memorando pede que se estude o problema na sua globalidade
quanto a feriados civis e religiosos.
Pela importância deste problema e por compreender feriados civis e
religiosos e, ao tempo, ser o presidente da Conferência Episcopal
Portuguesa, fui procurado pelo Ministro da Economia de então. A
sua vinda proporcionou um agradável diálogo. Queria saber o Senhor
Ministro qual a atitude da Igreja sobre os feriados. Expus com clareza
o pensamento da Igreja sobre o tema, o que significam os feriados
religiosos em articulação com a fé cristã e como os entende e estima
o povo cristão.
Acrescentei que a alterar-se a actual situação seriam encarados, por
igual, os feriados civis e religiosos.
Em conclusão do nosso diálogo o Senhor Ministro renunciou a
levantar então o problema.
É certo que a alteração do número dos feriados e a sua colocação no
calendário civil sofreu ao longo do tempo algumas alterações
estudadas em diálogo respeitoso algumas vezes, outras vezes por
imposição revolucionária por se estar dentro de mentalidade laicista.
Acrescentei ainda que o feriado religioso não é só a lembrança de
personalidades importantes da Igreja, os Santos, ou lembrança de
acontecimentos da História da Salvação, é muito mais, são factos
que se referem à vida de fé da Igreja que o povo foi emoldurando
com todo um conjunto de costumes e tradições bem arreigados na
sua sensibilidade.
Basta lembrar a influência das festas dos Santos e de alguns aspectos
da fé cristã, quer na arte, quer no folclore, quer na própria culinária
e em tantos outros aspectos da vida do povo.
O feriado religioso é uma realidade que atinge o íntimo das
populações e que só se lhe pode tocar com “infinita” delicadeza. O
aspecto económico é importante, pela crise, mas não é o único, nem
o principal.
Quanto aos feriados religiosos eles supõem, para ser alterados, a
intervenção da Conferência Episcopal que, por sua vez, remete o
assunto para a Santa Sé pois se trata da vida religiosa do povo de
Deus e é questão constante da Concordata instrumento de direito
internacional.
Apesar desta importância, ao longo do tempo procedeu-se mais do
que uma vez à revisão do seu número e sua colocação no calendário
nacional.
A Igreja não é indiferente aos interesses e urgências económicas e
financeiras do povo português e, por isso, deseja participar, se
necessário, no estudo deste problema.
João Alves, Bispo emérito de Coimbra
Deste
Mundo
e do
Outro
Produtos nacionais
O Presidente Aníbal Cavaco Silva
exortou, há dias, os portugueses e
as empresas de Portugal a comprarem produtos nacionais, para
que consigamos vencer a crise.
“Não são apenas as empresas que
podem ajudar através da inovação
a resolver os graves problemas do
país, cada português pode dar a sua
ajuda, desde logo consumindo
produtos nacionais, passando
férias em Portugal”, afirmou o chefe
de Estado.
O Presidente da República afirmou
ser “uma tarefa patriótica que as
pessoas e as empresas, que fazem
compras todos os dias, optem
pelos produtos portugueses”.
Um Apelo semelhante corre na
internet, de que deixamos alguns
exemplos:
«1. Experimenta comprar preferencialmente produtos fabricados em
Portugal. Experimenta começar pelas
idas ao supermercado (carnes, peixe,
legumes, bebidas, conservas, preferencialmente, nacionais).
2. Experimenta trocar, temporariamente, a McDonalds, ou outra
qualquer cadeia de fast food, pela
tradicional tasca portuguesa. Experimenta trocar a Coca-cola à refeição, por uma água, um refrigerante, ou uma cerveja sem álcool,
fabricada em Portugal.
3. Adia por 6 meses a 1 ano todas
as compras de produtos estrangeiros, que tenhas planeado fazer,
tais como automóveis, TV e outros
electrodomésticos, produtos de
luxo, telemóveis, roupa e calçado
de marcas importadas, férias fora
do país, etc., etc..»
Desta forma estaremos a substituir
as importações que nos estão a
arrastar para o fundo e apresentaremos resultados surpreendentes
a nível de indicadores de crescimento económico e consequentemente de redução de desemprego.
Há quem afirme que bastaria que,
cada português, substituísse em
somente 100 euros mensais as
compras de produtos importados,
por produtos fabricados no país,
para que o nosso problema de falta
de crescimento económico ficasse
resolvido.
Representaria para a nossa indústria, só por si, um acréscimo superior a 12 mil milhões de euros por
ano, o que dava para equilibrar as
contas e ir pagando alguns juros.
Se uma parte significativa dos
portugueses seguisse estes conselhos, poupava-se muito dinheiro
com as importações e o país podia
assim aumentar o produto nacional
com o consequente retomar do
emprego em muitos sectores. Claro
que isto traria também consequências negativas para alguns
sectores. Mas nunca se consegue
agradar a todos.
Cura da diabetes
A diabetes tipo 2 pode eliminar-se
em sete dias com a adopção de uma
dieta diária de 600 calorias, defende
um cientista da Universidade de
Newcastle.
O director do Centro de Ressonância Magnética daquela universidade inglesa, Roy Taylor, submeteu durante oito semanas um
grupo de 11 voluntários a quem
tinha sido diagnosticada a doença
a uma dieta extrema de bebidas
especialmente concebidas para
este efeito e a verduras sem amido.
Uma semana depois, os níveis de
açúcar no sangue antes do pequeno almoço tinham voltado ao
normal, o que indicava que o
pâncreas e o fígado estavam a
funcionar.
Ao fim de oito semanas, todos os
voluntários tinham conseguido
eliminar a sua diabetes e três meses
depois sete deles estavam livres da
doença.
Segundo Roy Taylor, que apresentou há dias a sua descoberta
numa conferência da Associação
Norte-Americana contra a Diabetes
em San Diego, nos EUA, um
excesso de gordura impede o
funcionamento do pâncreas a nível
celular e a normal segregação de
insulina, que regula o açúcar no
sangue.
Quando, com aquela dieta, se elimina
a gordura, o pâncreas recupera o seu
normal funcionamento.
Até há pouco tempo, acreditavase que a diabetes tipo 2, a mais
frequente, era irreversível, mas
agora o cientista britânico afirma ter
demonstrado que pode inverter-se
o processo.
Padres retiram sinos
Os padres do distrito de Portalegre
estão a retirar os sinos das igrejas
devido à onda de assaltos que tem
assolado o património religioso da
região. O cónego Tarcísio Alves, da
paróquia de Castelo de Vide, e o
padre Luís Marques, de Marvão,
foram os primeiros a precaver-se
contra os furtos, que desde o início
do ano já atingiu quase uma dezena
de imóveis.
Tal como o Correio da Manhã
noticiou, foram levados, entre
outros, os sinos em bronze de três
igrejas de Marvão, de uma ermida
em Montalvão (Nisa) e de outra em
Mosteiros (Arronches).
Nos últimos dias, segundo os
párocos, foram retirados os sinos
das igrejas, ermidas e capelas da
Senhora da Luz, Senhora do Carmo,
Senhor do Bonfim, São Pedro, São
Vicente Ferrer e do Bom Jesus,
todos em Castelo de Vide. Em
Marvão, na freguesia de Santa
Maria, foi removido o sino da
capela Rasa (São Salvador da
Aramenha), da capela da fronteira
de Galegos e da igreja de Santo
António dos Barros Cardos, na
Ponte Velha. Esta foi alvo de uma
investida, mas sem sucesso.
Bom humor
Um alentejano está estendido
debaixo de uma figueira, de barriga
para o ar e de boca aberta. Cai-lhe
um figo na boca e ele fica na mesma
posição.
- Porque é que não comes o figo? pergunta-lhe o companheiro.
- Estou à espera que caia outro,
para me empurrar este para baixo.
*
Professora: - António, diz-me 3
partes do corpo humano que
comecem pela letra C.
António: - Cabeça, coração e
cotovelo.
Professora - Agora tu, José, diz-me
3 partes do corpo humano que
comecem pela letra p.
José: - Perna, pâncreas e pulmão.
Professora: - Vejamos tu, Luís, se
és capaz de me dizer 3 partes do
corpo humano que comecem pela
letra Z.
Luís: - Muito fácil. As zobrancelhas, os zolhos e as zunhas.
*
Era o 1.º dia de aulas do Joãozinho,
que, nervoso, pergunta à mãe:
- Mãe, o que é que eu digo ao
senhor professor?
- O sr. professor vai perguntar-te
quantos anos tens e tu dizes 10
aninhos, como te chamas e tu dizes
Joãzinho, e se estudas muito e tu
dizes poucochinho.
O Joãzinho vai na rua a decorar “10
aninhos, Joãozinho, poucochinho”.
Quando chega à escola o professor
pergunta-lhe:
- Como te chamas?
- 10 aninhos.
- Quantos anos tens?
- Joãozinho.
- Estás a gozar?
- Poucochinho.
A.B.

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