revista abrase edição 0004
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ABRASE ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CRIADORES E COMERCIANTES DE ANIMAIS SILVESTRES E EXÓTICOS Revista Eletrônica Oficial Número 4 - Outubro 2009 autorizados a iniciar suas atividades após a concessão do “Registro”. Extraordinariamente, todas as regionais do país procediam de forma convergente, ou era o registro ou a negativa ao empreendimento, não havia outro requisito para se trabalhar. Fato é que quem estivesse apto, com o devido registro, teria lá seu numerosinho louco (x/xx/xx/xxxx-x), que até hoje é possível vê-los (alguns!!) nas listas de criadouros no site do Ibama. Mas neste ano de 1999 tudo mudaria. Licença Operaracional, Registro, CTF ou Autorização de Manejo? Ou tudo? Nota do Editor . A Confusão reina nas atividades de fauna há pelo menos 10 anos. O mesmo tempo de vida da ABRASE tem o órgão gestor de fauna, o Ibama, de plena inabilidade para determinar e cumprir regras no quesito de licenciar os empreendimentos de fauna silvestre e exótica. . Até abril de 1999, criadouros, comerciantes e outras categorias de fauna ex-situ estavam NESTA EDIÇÃO: I- Licença operacional, registro, CTF ou AM? Ou tudo? II - Puma concolor III - Apreensão de animais silvestres no país, um panorama IV - Males de uma dieta hiperlipídica em pstacídeos Mito ou verdade V- El camachuelo común y sua cría en cautividad VI - Quarentena para criatórios VII - Pela primeira vez filmam a Micropsitta pusio, menor psitacídeo do mundo VIII - Ararajuba, rara ou desconhecida? IX - Ararajuba, prolífera em X- pág.1 pág.2 pág.6 pág.7 pág.11 pág.16 pág.17 pág.18 cativeiro pág.21 Eventos e Informações pág.27 Com a publicação da Instrução Normativa nº 01/99 implementa-se as diretrizes da Resolução CONAMA nº 237/97, que versava sobre licenciamento operacional das atividades potencialmente poluidoras. A bagunça começa com a RENOMEAÇÃO da IN 01/99 para IN 03/99, talvez isto tenha confundido os gestores de fauna! Fato é que a IN 01/99 ficou esquecida por anos nos setores de fauna das regionais. Quando questionados sobre o assunto os analistas do órgão informavam nem imaginar como proceder, isto lá pelos idos de 2001, até 2003/04. Mais ou menos em 2003 algumas regionais, muito poucas, iniciaram o processo de licenciamento, com LP, LI e LO, conforme a Resolução do CONAMA. . No Ibama do Rio de Janeiro o processo se deu por cobrança da Procuradoria Geral da República, que questionou o órgão por não cumprir a resolução. Desde então os empreendimentos vinham obtendo a LO em conformidade à Lei. Por outro lado o Ibama de São Paulo (entre tantos outros) continuou ignorando solenemente a previsão resolutiva do CONAMA. Nenhum criador ou comerciante obteve a licença prevista neste Estado da Federação. Bagunça? Preguiça? Descaso? Possivelmente tudo junto. Mas porque A PGR de São Paulo não cobrou a regional o cumprimento da norma maior? Não sabemos e não saberemos, o problema é que se um empreendedor de fauna descumprir quaisquer umas das normas vigentes ele é imediatamente punido, respondendo a processo administrativo e, possivelmente, criminal. Sempre foi assim, ao contribuinte à Lei, aos gestores públicos o “bel prazer”. . A BRASE REVISTA ELETRÔNICA OFICIAL NÚMERO IV OUTUBRO 2009 des, aberrações administrativas, suspensões de novos criadores e comerciantes etc. Esta norma satisfez as regionais do Ibama que nunca concederam uma LO, e querem eximir-se de fazê-lo. Para piorar o Ibama esqueceu (?) de revogar a IN 01/99, que conflitava com as novas regras. Durante meses valeram ambas, e nenhuma das duas funcionou. Inclusive uma circular interna do Ibama Brasília (DIFAP, 2004) exigia dos chefes de fauna que requeressem a cópia de publicação em Diário Oficial das LOs dos empreendedores, conforme prevê a própria Resolução CONAMA. Será que São Paulo não recebeu a circular? Chegou-se a questionar ao MPU o descumprimento da lei, entre diversas outras questões. Manifestou-se o MPU (o mesmo órgão que no RJ cobrou a obediência à Lei), de São Paulo, alegando que as “denuncias” eram “genéricas”. Seria razoável que, quando se diz que um órgão não está cumprindo uma determinação legal, se averiguasse se cumpre ou não, desde já uma informação desta não tem como ser “genérica”. Mas seguiu São Paulo sem emitir a “devida licença legal”, aliás, segue a regional de São Paulo fazendo o que “bem” entende!! . Chegou-se ao ápice! As atividades de fauna, para não serem notificadas, autuadas e destroçadas, então deveriam ter, a partir de agora: REGISTRO, CTF, LICENÇA OPERACIONAL e AUTORIZAÇÃO DE MANEJO. Tudo equivalente a uma coisa só!!! É absolutamente ininteligível que o Ibama não queira Licenciar na forma da Lei o uso da fauna. A IN 169/08 tem como requisito a apresentação de projetos, documentos e plantas para se requerer a Autorização de Manejo (AM), copia, ipsis literis et verbis, o procedimento da Resolução CONAMA. Então porque ao invés de conceder AM não concede definitivamente a LO, com o devido processo legal previsto na Resolução do CONAMA? Tantos Estados assim procederam sem nenhum problema. . No meio do nada, em 2000, uma “velha-nova” Lei atravessa todos os procedimentos e se estabelece de forma “opaca”. Foi a criação do Cadastro Técnico Federal (CTF), já prevista em 1981 e que se materializa em 2000, com a então novíssima Lei 10165. Sua “contribuição” foi criar junto com a informatização da CTF uma taxa (TCFA), visando aumentar a arrecadação para um órgão em frangalhos. Inicialmente criou-se um grande imbróglio pela forma como foi implantada, sendo questionada no Supremo Tribunal Federal e, entre idas e vindas, por fim modificada, passou a vigorar. Certamente que ninguém no Ibama deixa de exigir o CTF de uma atividade de fauna, afinal isto é arrecadação e, portanto, TODAS as regionais a cumprem à risca, diferente da Resolução 237/97 do CONAMA. . ABRASE Mais incompreensível ainda é uma atividade ter a obrigação de possuir uma diversidade tamanha de “obrigações” como a fauna. Não pode o empreendedor interessado ficar à mercê desta deformação jurídico administrativa. A perda de tempo, dinheiro e de profissionais para satisfazer a sanha burocrática deste órgão é absolutamente inconcebível. Após tantos anos de descaso é mais do que hora de satisfazer os anseios de quem investe em fauna. Além disto, pensemos que a atividade gera empregos, impostos, terceiros serviços etc. . Bem, somando-se as obrigações do ramo, qualquer um teria que ter, desde 2000, o Registro de Atividade de Fauna no Ibama, mais a Licença Operacional (competência do Ibama, ainda que São Paulo e outros tentem ignorar) e, mais ainda, o CTF - Cadastro Técnico Federal. E coitado do infeliz empreendimento que não tenha uma das três inscrições. Diretoria ABRASE PRESERVAÇÃO > CONSERVAÇÃO . Mas não bastou!! Puma concolor . (Linnaeus, 1771) Por Edelcio Muscat Em 2008, com a grande “invenção” da IN nº 169, o Ibama criou mais uma obrigação para o infeliz contribuinte. Disfarçadamente maquiaram as previsões da antiga IN 01/99 (renomeada para 03/99) e inventaram a AM - Autorização de Manejo. Tudo isto com o firme propósito de não terem que cumprir a Resolução 237 do CONAMA. A nova IN veio cheia de erros, inconstitucionalida- A puma é conhecida também como onça vermelha, onça parda, suçuarana e até mesmo como leão americano ou de montanha, provavelmente pela coloração parecida com a do leão africano. 2 A BRASE REVISTA ELETRÔNICA OFICIAL NÚMERO IV OUTUBRO 2009 vítima, inclusive, sem se quer mencionarem dados sobre a ocupação e a destruição dos ecossistemas provocados pelo homem, que levaram essas delicadas espécies ao risco de extinção, sendo essas as verdadeiras vítimas, devastadas pela cobiça e o crescimento populacional humano. . Com a devastação dos habitats naturais desses felinos, vem sendo cada vez mais comum um homem se deparar com esse animal. Isso é muito preocupante, afinal, na grande maioria das vezes, acabam sendo mortos ou trancafiados em zoológicos que já possuem uma quantidade assustadora dessas espécies. . Diante desse cenário crítico, o Centro Especializado em Carnívoros vem atuando de maneira muito positiva, com um plano de manejo e soltura desses felinos. Distribuição geográfica do Puma concolor: ocorre em quase toda a América do Sul, se estendendo até o centro oeste e oeste americano e canadense. . Espécies de Felinos Brasileiros: 01. Onça-pintada: Panthera onca 02. Onça-parda: Puma concolor 03. Jaguarundi; Puma yagouaroundi 04. Jaguatirica; Leopardus pardalis 05. Gato-maracajá: Leopardus wiedii 06. Gato-do-mato-pequeno: Leopardus tigrinus 07. Gato-do-mato: Leopardus geoffroyi 08. Gato-palheiro: Leopardus colocolo Nome em inglês: Montain lion, Puma, Cougar Nome científico: Felis concolor (Linnaeus, 1771) Reino: ANIMALIA Filo: CHORDATA Classe: MAMMALIA Ordem: CARNIVORA Família: FELIDAE Puma concolor capricornensis (Goldman, 1946) UF: ES, MG, MS, PR, RJ, RS, SC, SP Puma concolor greeni (Nelson & Goldman, 1931) UF: AL, BA, CE, MA, PB, PE, PI, RN, SE STATUS DE AMEAÇA Brasil (MMA, IN 03/03): Ameaçada. Onça-parda / Puma concolor . . . . . . . . . . Distribuição geográfica: Ocorre do sudoeste do Canadá até o Estreito de Magalhães, no extremo Em território brasileiro, há oito espécies de felinos. A caça e a alteração dos ecossistemas são os fatores que mais contribuem com a ameaça de extinção dos felinos silvestres. Essa alteração do meio, provocada pelas transformações do habitat natural em campos agrícolas, pastagens ou mesmo condomínios periurbanos (ao redor das cidades) propiciam a redução das presas, alimento dos felinos. Além disso, as transformações dos ecossistemas tornam os felinos silvestres moradores vizinhos dos seres humanos, tornando-os espécies indesejadas, pois atacam as criações, assustam os moradores e, consequentemente, se tornam alvos de ataques do homem. . No entanto, inúmeras vezes, assistimos a documentários que colocam o homem em posição de 3 A BRASE REVISTA ELETRÔNICA OFICIAL OUTUBRO 2009 sul da Argentina e do Chile. É um animal que vive em ambientes bem variados, de desertos quentes aos altiplanos andinos; de florestas tropicais a temperadas; além da caatinga, cerrado, pantanal e montanhas. NÚMERO IV Alimentam-se de animais silvestres de tamanhos variados, de pequenos roedores a animais de grande porte, como capivaras, veados, catetos, macacos, aves ou répteis, exercendo assim um papel fundamental na manutenção e na integridade dos ecossistemas, mantendo o equilíbrio das populações. A relação entre predador e presa deve sempre se manter nas mesmas proporções. . Sua pelagem é muito macia, com coloração açastanhada por todo o corpo, exceto na região ventral que é mais clara, podendo também ser bege-rosada, cinza, marrom ou cor-de-ferrugem. Os filhotes nascem com pintas pretas e olhos azuis e, em alguns meses, as cores vão se modificando até chegarem à original. O comprimento do pelo pode ser curto ou muito longo, variando conforme a região. . Normalmente, procura viver em regiões de muita vegetação, mesmo que rasteira e áreas rochosas que lhe permitem ficar à espreita de sua caça. O seu território compreende áreas de 65 km2; necessita no mínimo 20 km2 para sobreviver. Os machos toleram-se, mas se evitam. Os contatos e as possíveis lutas entre pumas concolor (ou onçaspardas) são muito raros. . É o segundo maior felino neotropical, menor apenas que a onça-pintada. Pode atingir até 1,08m. de comprimento, entretanto, a cauda que é longa, medindo entre 61 cm. e 63 cm. O tamanho e o peso variam conforme a região de ocorrência, sendo entre 35 e 70 kg. . Com seus hábitos solitários, os casais se encontram apenas no período reprodutivo. O cio é de três a quatro dias, com intervalos de vinte e três dias. A gestação dura de 91 a 95 dias, nascendo de 1 a 6 filhotes (com aproximadamente 300 gramas). A onça-parda possuí três pares de mamas, número igual ao máximo de crias. Os filhotes mamam por doze semanas ou mais, embora já comecem a comer carne com um mês e meio e se tornam independentes entre 1,5 a 2 anos de idade. Seu período de vida é de 20 anos em cativeiro (dados obtidos de zoológicos). . A onça-parda possui o corpo delgado e alongado, característica de animais com muita agilidade, a cabeça é arredondada e relativamente pequena em relação ao seu corpo, o pescoço é curto, os olhos grandes, o bigode é farto e possui cinco dedos nas patas anteriores e quatro nas patas posteriores, todos com garras muito longas. . . O pulo desse felino pode alcançar a altura de 5,5 m, o que facilita subidas em árvores, ele é capaz de saltar de alturas de até 15 metros para retornar ao chão e seus saltos podem chegar a até 6 metros de extensão, isso ajuda a capturar presas. O Governo Federal criou no ano de 1994 o CENAP Centro Nacional de Pesquisas para a Conservação dos Predadores Naturais - com o objetivo de pesquisar, conservar e desenvolver atividades de manejo, em alcance nacional, juntamente com o Instituto para a Conservação dos Carnívoros Neotropicais Pró-Carnívoros, associação civil, de direito privado, não governa-mental e sem fins lucrativos, criada em 1996, atualmente sediada na cidade de Atibaia/SP e que mantém projetos de campo em diversos pontos do país. . As onças-pardas, ao menor ruído de som, ao invés de moverem toda a cabeça, giram a parte externa das orelhas (pavilhão) da mesma forma que nossos cachorros domésticos, é assim que recebem as ondas sonoras são captadas pelo sistema Auditivo. Os adultos se comunicam por meio de uma espécie de silvo estridente, emitem alguns sons muito parecidos com gatos domésticos. . ESPECIALISTAS / NÚCLEOS DE PESQUISA E CONSERVAÇÃO . . Esse felino tem hábitos solitários e é territorialista (defende seu território), sua maior atividade é na transição entre o crepúsculo (anoitecer) e a noite. Sua estratégia de caça é muito peculiar, diferentemente de alguns grandes predadores, as onças pardas caçam solitárias e sempre ficam à espreita, escondidas e vão se aproximando lentamente sem o menor ruído. Seus botes são quase sempre certeiros. Instituto Pró-Carnívoros; IPÊ Instituto de Pesquisas Ecológicas; AMC Associação Mata Ciliar; CENAP/IBAMA; Peter G. Crawshaw Jr e Júnio Augusto Silva (IBAMA); Marcelo Mazzoli (UFRGS Projeto Puma) e Luiz Guilherme Marins de Sá (ISCN). . Vários estudos de conservação e manutenção vêm contribuindo com a perpetuação das espécies sil- . 4 A BRASE REVISTA ELETRÔNICA OFICIAL OUTUBRO 2009 NÚMERO IV vestres, mas a conscientização, a educação e o respeito do ser humano em relação aos animais são ferramentas cruciais para a sobrevivência do planeta. tiva, pois minha leitura ainda era bem primitiva, mas suficiente para iniciar a árdua tarefa de conhecer um mundo que era até então apenas subjetivo e lúdico. Enquanto o ser humano se colocar à parte dos ecossistemas naturais, crendo que ser uma espécie superior e diferente de outras menos complexas, continuará achando ingenuamente que tem o domínio de toda e qualquer vida. O planeta não é como o nosso jardim particular, que podemos podar e mudar tudo para atender o nosso próprio prazer, há vidas em jogo. Aquela procura do saber sobre as coisas que eu amava era na verdade uma iniciação científica, mas é lógico que esse entendimento, não foi conquistado naquele período. Uma coisa que percebi naquela época, foi, já que eu amava tanto aquele animal eu não poderia tê-lo daquela maneira, não era justo ele ser um objeto de desejo, ele merecia todo meu respeito, foi ai que tomei a minha primeira decisão importante, fazer com que aquela senhora que havia dado o sapo para mim, o levasse de volta ao seu local de origem. . . . Abri meu destino com uma caixa de sapato, sim, por mais que pareça banal, nossos destinos começam a ser definidos por ações que muitas vezes passam despercebidas e um dia, ele vai sendo descortinado de maneira mais clara e expressiva. . Anos se passaram daquele dia, conhecimentos foram adquiridos graças aquela criatura e outras pelas quais fui me apaixonando e estudando no decorrer do meu crescimento, fui direcionando meu caminho com meu pensamento daquele animal, travei batalhas como ecoxiita na minha adolescência, lutei com (Angra Um) e outros... Terminei na universidade de biologia, fui professor de ecologia dos ecossistemas brasileiros no Centro Universitário (UNIFieo), depois trabalhei como consultor de fauna silvestre, tive a honra de trabalhar com a espécie Pan troglodytes em um mantenedouro de fauna exótica, E agora, depois de quarenta e dois anos, do inicio do meu destino, estou buscando juntamente com todos os parceiros e amigos, passar a você leitor, um Universo que todos nós estamos inseridos como tarefa do VIVER. . E aquela caixa de sapato contendo o animal que tanto amava, me fez buscar o conhecimento que precisava para poder manter viva aquela criatura que tanto me fascinava, procurei entender sobre as condições que ele vivia, seu ambiente, sua alimentação, suas necessidades básicas de sobrevivência, além do que, precisava descobrir se o que falavam sobre esses animais era verdade. Podia mesmo aquela criatura me transmitir “cobreiro”?, podia me deixar cego? poderia me matar?, eram mesmo usados em bruxarias? foram tantas as duvidas para uma criança. . Mas, eu estava decidido a trilhar aquele caminho que foi colocado em minhas mãos, graças ao meu pai, um homem apaixonado por animais, embora de um jeito muito velado, colecionava livros sobre animais e sobre o universo, aquelas enciclopédias que todas as crianças da minha idade tinham em uma estante da sala de estar. . Faço um agradecimento especial ao Prof. Dr. Eraldo Medeiro Costa Neto que tem a incrível tarefa de desmitificar e desmistificar os seres que vivem ao nosso lado e que por vezes, não são respeitados pelo SER ou não SER Humano. Outro detalhe muito importante: a coleção de livros do meu pai sobre animais e sobre universo, passou a ser o nome da nossa revista. Não sei por que só observei a coincidência ao terminar este texto. . E foi aquela enciclopédia que me fez manter meu amigo sapo vivo junto a mim por um longo tempo. Comecei a estudar de uma maneira bem ilustra- Fale com o Biólogo: Edelcio Muscat [email protected] Fotos de Edelcio Muscat 5 A BRASE REVISTA ELETRÔNICA OFICIAL NÚMERO IV OUTUBRO 2009 quaisquer ocorrem em menores densidades e pódem alcançar elevado valor individual, e cujo tráfico sistemático pode causar danos ambientais com redução das populações. Seriam as araras, alguns pássaros canoros, alguns primatas. CONSERVAÇÃO > TRIAGEM > DESTINO Apreensões de animais silvestres no Brasil, um panorama . Animais ameaçados: São aqueles listados no anexo I da CITES e na lista oficial de animais ameaçados de extinção do IBAMA. Quase sempre seu tráfico é muito rentável, os animais têm valor individual alto, reproduzem-se pouco ou estão ameaçados por outros motivos. São animais importantes para o nosso país, e geralmente são vendidos por traficantes a colecionadores do Brasil e do exterior. Exemplos: todas as araras azuis, o galoda-serra, o mico-leão-dourado, o bicudo e etc. Ressalto que animal que se enquadre nesta categoria não necessariamente está listado como ameaçado, e que o traficante destes espécimes é um criminoso especialista e organizado. Por: Francisco A. da S. Freixinho Jr. Desde há muito tempo acompanhamos as operações das autoridades pela TV e diversas matérias que tratam de nossa fauna e dos danos ambientais a que ela está submetida. Entretanto, o que se mostra na mídia é a ponta do iceberg de um problema que não é tratado como prioritário pelo nosso governo, por desconhecimento das autoridades, da sociedade em geral, e da visão equivocada da questão faunística no nosso país, em que o traficante de animais é retratado como um meliante maldoso, sem levar em conta que causa danos ao nosso patrimônio ambiental e não somente aos animais individualmente. . . Quando uma autoridade qualquer apreende um animal silvestre, esta se vê diante de um emaranhado de dificuldades que estão relacionados a um assunto complexo e que a sociedade desçonhece por completo, que são: o que de fato foi apreendido, se o animal é ou não de origem legal, se tem ou não importância para a conservação da espécie, qual o tamanho do dano causado pelo delito, onde foi capturado o espécime, está o animal ameaçado, se o fato tem relação com o crime organizado e a mais urgente, o que fazer com o animal. Animais como o macaco prego (acima) infestam os CETAS, não tendo como destiná-los, muitos vivem há anos nestes centros. A estrutura é quase sempre im- provisada e ruim. Denúncias são corriqueiras, falta desde alimentos a medicamentos. Animais raros, como araras azuis saem rapidamente para interessados, o resto fica. Visto isso, é importante que se conheça que nosso órgão ambiental federal, o IBAMA, tem pouquíssimos Centros de Triagem de Animais Silvestres, face ao volume de apreensões, que seriam o destino inicial adequado para os animais apreendidos, o que leva a autoridade a tutelar o animal muitas vezes ao próprio infrator, deixando-o como fiel depositário do mesmo. Feita a apreensão, o animal pode ter os seguintes destinos: . Para entender o problema, dividirei os animais de nossa fauna didaticamente em três categorias que deveriam ser observadas para fins judiciais, policiais e ambientais: . Animais abundantes, não ameaçados ou de baixa importância individual: são os mais comuns, abundantes na natureza, que se reproduzem em grandes quantidades e não estão ameaçados, e cuja exploração indiscriminada produz baixo dano ambiental. Alcançam baixo valor no tráfico. Exemplos: papagaio verdadeiro, coleirinho, canário-daterra, capivara, jacaré. . Mantido em cativeiro pelo resto da vida: se assim for recomendável e geralmente é, o governo deveria se preocupar com que esse animal chegasse a um criatório legalmente licenciado à funcionar e que se preocupasse com a reprodução do espécime ou outros fins dignos e importantes para o país. Isto raramente ocorre, pois o problema é dado como solucionado quando o animal consegue destino em uma instituição que . Animais nobres: São animais não necessariamente ameaçados, mas que por características 6 A BRASE REVISTA ELETRÔNICA OFICIAL NÚMERO IV OUTUBRO 2009 gradando, sem que haja uma política ambiental e econômica que garanta a exploração sustentada deste recurso, seria o chamado e almejado "Desenvolvimento Sustentado", relativamente simples de se fazer em relação a fauna. conte com responsável técnico, mas o que se desconhece, é que muitas vezes tais técnicos não têm preocupação com os espécimes recebidos e estes são freqüentemente esquecidos em um recinto qualquer, sem participar de nenhum tipo de programa e muitas vezes morrem após pouco tempo vítimas de cuidados inadequados. . O problema da fauna no Brasil é político e não tecnico, pois possuímos alguns dos melhores estabelecimentos de ensino do mundo e técnicos que nada deixam a dever aos das demais nações, mas como nossa fauna não é prioridade, ainda vemos pessoas desqualificadas trabalhando com fauna nos órgãos públicos, em funções que deveriam ser exercidas por especialistas. Fica então para o leitor a reflexão: vamos lutar por uma politica nacional de fauna clara e embasada, que sirva ao país, ou vamos ver mais este recurso se exaurir e continuar a ser explorado por nações estran-eiras? . Devolvido a natureza: a mais popular e demagógica das alternativas, só pode ser realizada pelo BAMA ou entes delegados para tal; e técnicamente tem pouca indicação. Não se deve soltar anaimais apreendidos sem a prévia autorização do IBAMA, pois um procedimento simpático, prático e aparentemente inócuo ou benéfico como este, pode condenar o animal a morte e causar danos ambientais. . Eutanásia: provoca a aversão dos ambientalistas radicais e da sociedade em geral, embora seja prática, segura, barata e tecnicamente recomendada em muitos casos. Só deve ser feita quando não houver alternativa mais indicada, depois de esgotadas todas as alternativas, e nunca com animais nobres ou ameaçados. Francisco Freixinho Junior: Zootecnista, ex-Analista Ambiental do IBAMA e atualmente é perito da Polícia Federal. Fotos: arquivo ABRASE CRIAÇÃO > VETERINÁRIA . Como a maioria dos animais acaba sendo destinada para cativeiros, seria necessária uma política pública de uso destes animais aonde estes chegassem a criatórios comerciais capazes de gerar receitas para o país e empregos para o povo, ou a projetos de manejo da espécie mantidos por outras instituições. Neste ponto temos um problema terrível para nossa fauna, pois quem apreende o animal, não tem um canal de divulgação junto às instituições receptoras do que foi apreendido e quem precisa dos animais não sabe como obtê-los de forma legal, o que aliada a falta de norma sobre o assunto leva a um: "leva quem chega primeiro ou quem tem conhecimento", muito ruim para toda sociedade. No quesito destinação inicial de animais, a ação abnegada de algumas ONGs, instituições e particulares merece destaque na ajuda que tem prestado às autoridades. Males de uma dieta hiperlipídica em psitacídeos: Verdade ou Mito? Relato de uma pesquisa científica de infarto agudo do miocárdio em Amazona aestiva. Por: Dr. Marcos Mancini Brown e Dra. Fernanda Brown Ortiz de Carvalho* Todos sabem que o principal fator para se ter uma criação bem sucedida baseia-se na dieta oferecida. Inúmeras são as “receitas”, algumas apresentadas como verdadeiros milagres, que nos são apresentadas. . . Como fator comum entre elas encontra-se insistentes relatos quanto ao aspecto hiperlipídico das sementes, em especial as sementes de girassol. O Brasil tem se tornado conhecido internacionalmente pela destreza com que destrói seus recursos naturais. Destruímos a ararinha azul, destruímos o Mutum-de-Alagoas e quase destruímos a Arara-azul-de-lear, animais com enorme potencial econômico para a exportação, endêmicos, e que podiam ter gerado divisas para o país e empregos em regiões pobres se tivessem sido corretamente explorados. Esta estória está se repetindo com outros animais que estão paulatinamente se de- É do conhecimento geral que não existe nenhuma boa formulação de dietas para psitacídeos que não considere a ingestão de gorduras. . A grande dúvida seria: qual a quantidade e o tipo ideal de ácidos graxos a serem oferecidos para 7 A BRASE REVISTA ELETRÔNICA OFICIAL animais criados ex situ. OUTUBRO 2009 NÚMERO IV Entre as dificuldades inerentes a este estudo, deparamo-nos com a mais absoluta falta de dados tabelados, alguns deles guardados como verdadeiros “segredos de estado”. O interesse pela criação de psitacídeos foi crescendo naturalmente, em paralelo com meu interesse em medicina. Assim aliei meus conhecimentos técnicos científicos à minha incipiente criação de aves. Como especialista em Endoscopia Digestiva observo, diariamente, os males de uma dieta alimentar mal conduzida. Assim, nada mais lógico que transferir a experiência obtida em humanos para a condução da dieta das aves. Obviamente observando as diferenças metabólicas e adaptando-as às necessidades específicas de cada espécie. Iniciou-se, então, os estudos baseando-os na alimentação dos animais in situ, para, conhecendo a alimentação natural de cada espécie, dimensioná-la para a criação ex situ. Assim, desistimos de coletar receitas e partimos para o trabalho de campo, já que as respostas estariam em frente a nossos olhos, já que no Brasil temos o objeto de nosso interesse nas duas situações: in situ e ex situ. Aí se iniciaram os problemas. Qual seria a verdadeira necessidade de ácidos graxos na dieta de uma ave criada ex situ? Qual seria a diferença entre a dose de nutrientes necessários para um animal in situ daquele ex situ? Só nos restava trabalhar. Comecei a estudar, primeiramente em meus próprios pássaros e posteriormente em outros criadouros, a influência da dieta na criação em cativeiro. Precisava ainda de um laboratório para a realização dos eventuais exames patológicos necessários. . Esse foi o ponto inicial das pesquisas, mesmo sabendo as enormes dificuldades em se quantificar tais elementos em um universo tão vasto quanto o dos psitacídeos, com todas as suas espécies e diferentes necessidades, oriundas das próprias condições climáticas e geográficas que determinaram a evolução e a perpetuação daquelas Espécies. . . . . . . . Assim, primeiro definimos nossa linha de pesquisa. Montamos uma tabela, a partir dos dados já conhecidos por todos, dos teores de vitaminas, proteínas, ácidos graxos, etc... existentes nos alimentos disponíveis. Essa foi a parte mais fácil, já que tais dados encontram-se disponíveis a quem queira utilizá-los. . Entrei em contato com a Dra. Fernanda Brown, médica patologista e também entusiasta da criação de psitacídeos. Coloquei-a à par do projeto e suas necessidades, dentre as quais o local para os exames, quando recebi imediatamente a resposta de que poderia levar as peças para o laboratório de patologia do hospital da Universidade Federal do Rio de Janeiro, local onde eu também atuo fazendo pós graduação. . Em seguida, compilamos informações sobre a alimentação in situ de algumas espécies e moldamos uma primeira dieta, obviamente teórica. Assim começamos. . Baseado em minha formação em medicina de humanos, que tem como norma iniciar seus estudos de pesquisa quase sempre utilizando cobaias animais, partimos para a situação inversa, ou seja, usar os conhecimentos científicos aplicados aos humanos para estudar os animais. . Outra questão seria como conseguir amostras para serem estudadas, já que a mortalidade nos criadouros de nossa parceria e extremamente baixa e, quanto aos animais in situ, por questões burocráticas, seria praticamente inviável conseguilos. A normatização oficial para tais pesquisas é extremamente complicada e restritiva, desestimulando tal tipo de pesquisa. . Sou um apaixonado por psitacídeos desde meu primeiro contato com essas aves. Este aconteceu durante a infância, quando visitava a casa de parentes próximos onde era mantido, como pet, um exemplar da espécie Amazona Aestiva, objeto constante de meu interesse em todas as visitas subseqüentes aos citados parentes. Durante essas visitas esquecia-me dos parentes, dedicando-me à apreciação dos hábitos e comportamento daquela ave. Descobri, então, que se tratava de um amor à primeira vista. . Iniciamos um trabalho de contato com grandes criadores do Brasil, disponibilizando esses estudos. Alguns criadores se interessaram muito e concordaram em enviar aves que por algum motivo evoluíssem para o óbito. . Alguns meses se passaram ate que tive a noticia . 8 A BRASE REVISTA ELETRÔNICA OFICIAL NÚMERO IV OUTUBRO 2009 3) Desidratação: Em seguida, se faz a remoção da água presente nos tecidos extraindo-a pela passagem dos mesmos em banhos de concentrações crescentes de etanol. 4) Inclusão: O material é então, embebido em moldes de blocos de parafina. Esta penetra nos vasos, nos espaços entre as células, impregnando os tecidos e tornando mais fácil a obtenção de cortes de fatias finas e transparentes colocadas sobre uma lamina de vidro. 5) Coloração: como a maioria dos tecidos é incolor, usam-se corantes específicos, tornando possível a visualização dos componentes celulares. A dupla mais usada é a Hematoxilina e Eosina que cora os núcleos em azul e o citoplasma em rosa. 6) Histopatológico: por fim, é feito este exame, que consiste na análise microscópica dos tecidos para a detecção de possíveis lesões existentes, com a finalidade de informar ao clínico a natureza, a gravidade, a extensão, a evolução e a intensidade das lesões, além de sugerir ou até mesmo confirmar a causa da afecção. O objetivo é fornecer o DIAGÓSTICO. de que o papagaio que me influenciou a iniciar a criação havia falecido aos 30 anos. A ave havia sido comprada em uma pet shop ainda bebe e passou sua vida em contato com humanos sob uma dieta hiperlipídica a base de girassol , frutas e pouco exercício físico. . . O quadro clinico inicial foi perda do apetite e queda do estado geral. Nas primeiras 24hs, o animal foi levado a clinica veterinária especializada em animais silvestres, onde iniciou a investigação clinica pensando-se em possíveis infecções de foco pulmonar e ou gastrintestinais. Nesse momento foram administradas primeiras doses de antibiótico e inalações. Nas 12 horas subseqüentes, houve piora e fraqueza generalizada com dispnéia progressiva e óbito. . . . Pensando em foco pulmonar de rápida evolução, mas sem o animal ter apresentado outros sintomas mais específicos de infecções de vias aéreas e que levassem a pensar em pneumonia, a família optou pelo exame pos mortem para melhor elucidação diagnostica. . . Após o processamento técnico iniciou-se o estudo histopatógico propriamente dito. O exame histopatológico evidenciou as seguintes alterações. A Dra Fernanda Brown prontamente fez a necrópsia e levou o material para estudo no laboratório de microscopia, ato que considero de grande coragem, pois não se tratava apenas de um estudo, mas naquele momento o objetivo era saber a causa mortis de seu animal de estimação. Foto 1. A)Pericárdio . B)Hemorragia pericárdica O material no laboratório passou pelos seguintes processos, a seguir definidos: extensa de todo o 1) Necropsia: é o estudo criterioso, feito por médico patologista, de todos os órgãos e tecidos de um animal morto. Nesse momento, já era possível evidenciar aumento da musculatura cardíaca, de forma concêntrica (sinal clinico de sobrecarga de volume e pressão),área cárdica bastante hemorrágica e ambos os pulmões congestos e colabados (cheios de sangue e sem espaços aéreos que permitissem a troca gasosa, justificando a falta de ar progressiva ate o óbito). 2) Fixação : A fim de se evitar a destruição das células por suas próprias enzimas (autólise) e/ou bactérias, os tecidos removidos do corpo do animal (peças histológicas) são adequadamente tratadas após sua retirada com a mistura de substâncias especificas que permitem preservar a morfologia e a composição dos tecidos, de maneira que possa ser estudado de forma que corresponda ao que existia quando os tecidos faziam parte do corpo do animal vivo. hipertrofiada C)ventrículo esquerdo . D)Musculatura miocárdica E)Hemorragia intramural do miocárdio Foto 2 A) Miocárdio preservado B) Artéria coronária espessada com congestão vascular C) Hemorragia intramural extensa do miocárdio . Foto 3 detalhe da foto 2 A) Artéria coronária espessa e congesta B) Hemorragia intramural extensa do miocárdio . 9 A BRASE REVISTA ELETRÔNICA OFICIAL NÚMERO IV OUTUBRO 2009 viemos com esse caso real, emocionante e recente mostrar a importância cada vez maior da alimentação adequada e balanceada e dos hábitos de exercícios físicos dos animais criados em cativeiro, uma vez que sabemos a necessidade das correções alimentares e hábitos de vida para com esses nossos amigos, estendendo assim a expectativa media de vida deles. Foto 4 A) Veia pulmonar com congestão vascular B) Espaços alveolares preenchidos por sangue . As sementes de girassol são muito ricas em proteína, porém, também são muito ricas em gordura. Foto 5 detalhe da foto 4 A) Veia pulmonar com Informação nutricional girassol: congestão vascular B) Espaços alveolares - 100 g de sementes de preenchidos por sangue calorias 584,3 glicídios 5,29 g proteínas 25,37g lipídios 51,30g cálcio 117mg ferro 8,10mg vit A 1,5mcg tiamina 2000 mcg riboflavina 190 mcg niacina 7,6 mg acido ascórbico 0mg Foto 6 A) Hepatocito normal (Célula hepática) B) Hemorragia intra hepática Observa-se que o quadro hemorrágico foi bastante extenso, comprometendo órgãos de importância vital, bem como o próprio coração , os pulmões, fígado e também os rins. Não havia células inflamatórias que levasse a hipótese de tratar-se de pneumonia ou gastroenterites de origem infecciosa. O estudo do cérebro não foi realizado. Ou seja, pela tabela acima, podemos concluir que existe uma quantidade exagerada de gordura, uma pequena de vitamina A ,alem de uma proporção cálcio / fósforo inversa. Tal situação poderia ser melhorada após a germinação dessa mesma semente. . . Assim sendo, conclui-se que a causa mortis foi INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO (tipo hemorrágico), seguido pelas alterações pré-existentes na musculatura cardíaca e nas artérias que irrigam o coração (chamadas artérias coronárias). Sabemos que após a germinação, há um incremento de proteínas, diminuição da quantidade de ácidos graxos e ainda acredita-se que a partir dos ácidos graxos, formam-se vitaminas lipossolúveis A, D, E e K.Ou seja, esse processo além de barato é de grande importância por aumentar o valor nutricional dos alimentos. Esta seria uma dica para os que gostam de uma dieta natural preservando o prazer que os pássaros sentem durante alimentação. As sementes de girassol geram uma satisfação muito grande, não só por seu paladar, como também pela forma de preensão, onde as aves passam algum tempo para abrir com o bico a casca até chegar ao alimento. . Vale ressaltar aqui que, as doenças cardiovasculares são as principais causas de mortes em seres humanos a partir da quarta década de vida. Já e bem conhecido, dentro da medicina veterinária que essas estatísticas de suma importância também são validas para os mamíferos, como cães e gatos. Isso se deve principalmente aos hábitos de vida adquiridos, como por exemplo, dieta inadequada, em geral hiperlipídica e com baixa ingesta de fibras vegetais, o sedentarismo, o estresse psicossocial, entre outras. . Outro fator muito importante relacionado à parte das gorduras da dieta, é saber qual o tipo de acido graxo que a espécie em estudo está especializada e tentar levar esse tipo de alimento ate sua criação . Nas aves e principalmente no presente estudo, 10 A BRASE REVISTA ELETRÔNICA OFICIAL NÚMERO IV OUTUBRO 2009 em cativeiro. Alguns tipos de ácidos graxos são nocivos para um determinado tipo de ave, porem não para outra espécie. CONSERVAÇÃO > CRIAÇÃO > REPRODUÇÃO . El Camuchelo común y su cría en cautividad Podemos dar como exemplo, os jacos (Psittacus erithacus), que tem como hábito alimentar a ingestão de frutos ricos em ácidos graxos de cadeia saturada, quando em vida livre. Porém, para a obtenção de tais alimentos, eles são obrigados a grandes e constantes exercícios físicos. Além disso, a ingestão de outros alimentos, pode eventualmente agir como fator de proteção a uma dieta hiperlipídica como essa. Sabemos que em humanos, alguns nutrientes como o cromo e vitaminas do complexo B atuam facilitando o metabolismo das gorduras e dos carboidratos por mecanismo bioquímico extremamente complexo. Sendo assim, não devemos apenas transferir para cativeiro uma dieta disponível na natureza. Os gastos energéticos são totalmente diferentes. Assim como o metabolismo de cálcio,das proteínas, biodisponibilidade de vitaminas, etc. Por: Carlos Dopico Basoa . Isso faz com que a avicultura seja cada vez mais fascinante, quando feita com embasamento científico. O camuchuelo común é conhecido no Brasil como don fafe, um dos pássaros mais lindos da Europa. Pyrrula pyrrula . CLASIFICACIÓN: Orden Paseriformes, família Fringílidos. HABITAT: Bosques, jardines, parques. ÁREA DE DISTRIBUCIÓN: Europa, Asia. ANILLAS: 2,5 milímetros. CARACTERÍSTICAS: 145 milímetros. Em cativeiro, não só temos aves de espécies diferentes mas também tipos diferentes de cativeiro. Essas variantes obrigam o criador a administrar dietas que se encaixem aos moldes de seu criatório, tanto no que se refere às necessidades específicas de cada espécie, como à sua adaptação aos recintos de criação. . Agradeço publicamente ao Sr. Lélio Gabriel Heliodoro dos Santos, do Criadouro Passaredo (Rio RJ) e o Sr. João Jurandyr, do Criadouro Paraíso das Aves (Curitiba PR), pelo apoio e incentivo à pesquisas nossas na área médica veterinária. DESCRIPCIÓN: . Pájaro robusto, de cuerpo compacto, pico corto y fuerte, con la cabeza en su parte superior un poco aplanada. El macho presenta la cabeza y el cuello de color negro, con algunas tonalidades azules. El dorso es de color azulado y las mejillas, pecho y estómago de un color rojo acarminado. La cola y las alas de color negro con tonalidades azuladas, aunque estas últimas presentan estrías de color blanco. El pico es de color negro; las patas oscuras con las uñas negras: el obispillo, muy visible durante el vuelo, de color blanco. Los ojos son redondos y oscuros. Marcos Mancini Brown é Criador de Psitacídeos, Médico Intensivista, Pós Graduando em Endoscopia digestiva e Coordenador de Pesquisa sobre alimentação de psitacídeos nos Criatórios Passaredo (RJ) e Paraíso das Aves (PR) Fernanda Brown Ortiz de Carvalho é Médica Patologista, Coordenadora Assistente do projeto de Pesquisa sobre alimentação de psitacídeos. . La hembra tiene un diseño muy parecido al del macho, pero se diferencia principalmente de este Fotos cedidas pelo Dr. Marcis Mancini Brown 11 A BRASE REVISTA ELETRÔNICA OFICIAL NÚMERO IV OUTUBRO 2009 en el pecho, ya que el de ella es de color gris rosado. El dorso de la hembra es un poco menos azulado, teniendo tonos intermedios entre el azul y el gris. . HABITAT Y COMPORTAMIENTO: . Quizás, junto con el jilguero común, sea uno de los pájaros mas conocidos, incluso por gente que no es muy aficionada al mundo de la ornitología. Ocorrência da P. Pyrrhula Ano todo Sazonal . Está presente en casi toda la península ibérica y aquí, en Galicia, junto con el verderón común posiblemente es el pájaro más abundante. O camachelo común ocrre por vasta regiões da Ásiia, Europa. Sazonalmente chega ao norte da África e ao extremo oeste do Alasca. O deslocamento sazonal é visto no inverno quando deslocam para o sul. Suele encontrarse en zonas de denso bosque, preferentemente cercanas a los cauces de los ríos. En ellas se alimenta de los brotes tiernos de alisos, abedules, etc., aunque su principal alimento y por el que más pasión parece tener, son los brotes tiernos de árboles frutales como manzanos, melocotoneros, cerezos, etc., lo que le ha convertido en el mayor enemigo de los agricultores. Aunque rara vez baja a comer al suelo parecen encantarle, sobre todo, las cabezas de las cerrajas, con las que saca adelante a sus crías. De vez en cuando podremos verlo alimentarse de pequeños insectos, sobre todo, en época de cría. ción sigue manteniéndose. Aunque el motivo exacto de por que sucede esto no lo sé, creo que se trata de la supervivencia de la especie, teniendo así la hembra la posibilidad de elegir para padre de sus hijos al macho más fuerte y robusto. . . Suelen comenzar a criar a principios de abril, buscando para construir sus nidos árboles en zonas de mucha vegetación, preferentemente cerca de huertas de frutales y zonas de cultivo. El nido es de copa y suelen hacerlo a dos o tres metros del suelo. . . La puesta consta de cuatro o cinco huevos que son incubados por la hembra. Después de pasados trece o quince días 4 nacen los polluelos, que son alimentados por ambos progenitores. Los suelen quitar adelante preferentemente con cabezas de cerrajas y brotes tiernos de árboles, sobre todo, en la primera puesta, ya que esta coincide con la masiva floración de la mayoría de los árboles, sobre todo frutales. Suele dejarse ver muy poco, pese al llamativo plumaje que posee especialmente el macho, ya que nuestro camachuelo común es un excelente experto en el arte del camuflaje. . Aunque es un pájaro catalogado de migratorio, he comprobado que son muchas las parejas que no sólo no emigran, sino que se mantienen en la misma zona durante muchos años, expulsando a otras parejas de su territorio, ya que son muy territorioales. . Aproximadamente después de veinte días, las . Macho adulto Si nos gusta contemplarlos en la naturaleza, no nos será muy difícil ver alguna de las múltiples peleas entre los machos, sobre todo, en época de celo, por la posesión del territorio o por una hembra. Las peleas entre los machos por las hembras son innumerables y se producen constantemente; ya que por lo que he podido comprobar en mis muchas salidas al campo para observarlos y conocerlos mejor, éstas son muy escasas. La cantidad de machos es, como mínimo, cinco veces superior a la de las hembras. Fêmea adulta Macho juvenil Macho em voo . Cuando, llegado el mes de agosto, observamos a los camachuelos jóvenes, vemos que esta propor- Pyrrhula pyrrhula 12 A BRASE REVISTA ELETRÔNICA OFICIAL NÚMERO IV OUTUBRO 2009 En el caso de parejas de nueva formación lo más recomendable es utilizar pájaros lo más jóvenes posibles y mantenerlos juntos durante todo el año y si en esa temporada no crían con toda seguridad lo harán en la siguiente. El cambiar las parejas porque si lo único que hará es atrasarnos la cría e incluso alguna no se llegue a pareja pues oye a su antiguo compañero. crías abandonan el nido. Estas pasan, al menos, un par de semanas más junto a sus padres, principalmente con el macho, aprendiendo que comer y dónde hacerlo hasta su total independización. Durante los primeros meses las crías suelen andar agrupadas en pequeños bandos compuestos por seis o siete individuos. Hacia finales de julio o principios de agosto estos grupos se separan y pasan a vivir de una forma más individualizada. Es en esta época cuando ya podemos distinguir perfectamente a los machos jóvenes de las hembras, pues los machos ya empiezan a colorear su pecho de un rojo acarminado. . PREPARACIÓN DE JAULÓN: Las dimensiones del jaulón son de 1,20 cm de largo por 40 cm de altura y 40 de fondo. El jaulón está todo cerrado por sus lados salvo por la parte del frente, que es de alambre. Este tipo de jaulón es muy importante ya que los pájaros se sienten mucho más tranquilos y seguros, primordial para la siempre difícil afición de la cría en cautividad de pájaros silvestres en espacios reducidos. Hacia finales de diciembre comienzo con la preparación del jaulón de cría. Tapizo con flores ratifícales 30 cms del frente contra una de las esquinas. Detrás de este, coloco una caja-nido abierta por el frente con un nido de copa en su interior; en la esquina opuesta coloco una rama de árbol en forma de "Y" amarrándole un nido de copa y tapizándola toda también con flore artificiales . LEGISLACIÓN: . Es una especie protegida según el Real Decreto 439/1990, de 30 de marzo, por el que se regula el Catálogo Nacional de Especies Amenazadas. . La normativa vigente prohíbe tanto su tenencia como su captura. No obstante, podremos obtener autorización administrativa para su tenencia y cría en cautividad del órgano competente (Agencia del medio Ambiente) de acuerdo con lo establecido en el artículo 28.2 de la Ley 4/89 y el articulo 6 del Real Decreto 1095/1989; para especies cátalogadas y que no estén incluidas en el anexo I (especies objeto de caza). . CELO, CORTEJO NUPCIAL Y CONFECCIÓN DEL NIDO: . . Hacia finales de febrero o mediados de marzo, según las temperaturas y luminosidad de los días, veremos como progresivamente la pareja comienza a llevarse mejor y el macho sigue a la hembra. En la tranquilidad que les ofrece estar parcialmente ocultos por las plantas artificiales, comienza la pareja a darse el pico. Esta situación puede duran días e incluso pasar del mes. Podremos darnos cuenta cuando realmente la pareja está próxima a la confección del nido, sobre todo en el comportamiento del macho. Este comienza a hacer el abanico sobre el palo al lado o enfrente de la hembra, emitiendo un sinfín de notas y silbidos con voz bastante baja. En Galicia, el órgano competente para la tramitación de autorizaciones para la tenencia y cría es la Dirección General de Montes. . ELECCIÓN DE LOS REPRODUCTORES: . . En contra de lo que vulgarmente se dice o escribe, de que el camachuelo común se apareja de por vida y si le muere la pareja nunca se aparejará otra vez, en cautividad es totalmente falso. Si por circunstancias o muerte de algún ejemplar debemos cambiar alguna pareja hagámoslo sin problema, ya que después de un tiempo juntos se aparejan sin ningún problema. . . O ninho para reprodução é em formato de copa, como acima. A espécies é bem adaptável ao cativeiro, sendo dócil e se alimentando com facilidade. O dimorfismo sexual bastante visível. 13 A BRASE REVISTA ELETRÔNICA OFICIAL OUTUBRO 2009 Al mismo tiempo que realiza el canto coge pelo, que previamente hemos puesto para la confección del nido, dejándolo caer al lado de la hembra y siguiendo con los cánticos y bailes del cortejo nupcial. Llegados a este punto es de vitalimportancia no molestar demasiado a la pareja, lo cual no quiere decir descuidarlos, NÚMERO IV problema a calentar los huevos mientras ella come, se baña o se arregla las plumas. Después de trece días de incubación nacen las crías. El tamaño de éstas es similar al de un canario recién nacido pero con un plumón que llama la atención por su color oscuro casi negro. . . Puede ocurrimos que la hembra se niegue a calentar los huevos (sobre todo con hembras jóvenes o de primer año). En este caso recomiendo utilizar como nodrizas canarias, preferentemente timbradas, a las que les estamos dando la alimentación que tenemos para nuestros camachuelos. sino que debemos de hacer las tareas normales de limpieza y alimentación, pero con movimientos no muy bruscos. He comprobado, dado su carácter desconfiado, que es en este periodo cuando son más sensibles y delicados, perdiendo totalmente el celo o dejando la confección del nido cuando nuestra excesiva curiosidad nos lleva a querer observar demasiado tiempo este bello espectáculo. . CUIDADOS Y ALIMENTACIÓN DE LAS CRÍAS EN LOS PRIMEROS DÍAS: . . Es en estos momentos cuando la pareja está próxima a la confección del nido, aunque esto no sucederá hasta que la hembra acepte el presente que le da el macho, el pelo. Él seguirá insistentemente dejando caer el pelo al lado de la hembra o dentro del nido y en el momento en que ella recoge el pelo tendremos la certeza de que la puesta está próxima. Es aquí donde estriba la mayor dificultad para la cría de estos bonitos pájaros en cautividad, sobre todo si son las canarias las que nos deben sacar adelante a los pollos. . Un gran porcentaje de las crían nacidas con canarias mueren entre los dos y cinco primeros días de vida. Mueren por falta de comida y líquidos o sea, de hambre y de sed. He comprobado que el motivo no es el que la canaria les dé a las crías un alimento diferente del que le dan las camachuelas, sino que simplemente no les dan. No es que la canaria sea mala criadora, sino que simplemente no piden de comer. Coges el nido en la mano y ves que no les han dado nada de comer y, por mucho que insistas y les toques el pico, no consigues que levanten la cabeza, ni que pidan siquiera de comer. . Durante tres o cuatro días ella recoge el pelo que él le deposita en el nido y recorrerá el jaulón con él en el pico. Transcurrida este tiempo empieza la confección del nido. La tarea de su confección la realiza enteramente la hembra; el macho sólo le ayuda en ocasiones a llevar el pelo hacia el nido. Contrariamente a lo que he leído sobre que la ubicación del nido en la naturaleza es elegida por el macho, en cautividad y en mi caso, esta elección es realizada por la hembra. Se llega a producir alguna pelea por este asunto y el macho quita el pelo que la hembra está utilizando para hacer el nido y lo lleva al que él ha elegido. Después de unos días el macho cede y le lleva pelo para la confección del nido al lugar que la hembra ha elegido. Hacen un nido pequeño en relación a su tamaño y suelen tardar dos o tres días en finalizar su construcción. Después de esto pasan uno o dos días sin poner huevo alguno. . Las pocas que he quitado con canarias lo he hecho de la siguiente forma: Cogiendo la pasta casera, ( cuya preparación detallo en el apartado de alimentación), hago una papilla muy líquida y con la ayuda de una jeringuilla se la hago tragar a la fuerza abriéndoles el pico. . Debemos hacer esto como mínimo nueve o diez veces al día durante cinco o seis días. Transcurrido este tiempo las crías levantan la cabeza perfectamente, pidiéndole de comer a la canaria, como si de canarios se tratase. Aunque el comportamiento es extraño siempre me ha sucedido utilizando canarias como nodrizas y aunque le he dado miles de vueltas no he podido llegar a una conclusión exacta de por qué sucede este fenómeno tan raro, y que no me ha sucedido con ningún otro fringílido que no sea el camachuelo común. . PUESTA E INCUBACIÓN: . La puesta suele constar de cuatro o cinco huevos. Son de color azul claro con manchas marrones y negras. La incubación es llevada a cabo por la hembra. En este tiempo el macho se limita a llevarle de comer al nido y poco más. En el caso de que la hembra suela dejar el nido por algún tiempo, algunos machos acceden sin ningún 14 A BRASE REVISTA ELETRÔNICA OFICIAL NÚMERO IV OUTUBRO 2009 pasta seca casera. DESTETE Y SEPARACIÓN DE LAS CRÍAS DE LOS PADRES : . . La mezcla de semillas que les suministro a camachuelos durante todo el año es la siguiente: En un comedero mezcla normal para canarios (Verselle Laga) y en el otro, una mezcla compuesta por: Es en este apartado donde nuestro camachuelo común se comporta de una manera diferente a cualquier otro pájaro que conozca, y yo lo cátalogaría de excepcional. . . 5 kilos de alpiste 1 kilos de nabina 1 kilo de cañamón 0,5 kilos de linaza 1 kilo de perilla 1 kilo de negrillo 1 kilo de cardón 0,5 kilos de lechuga 0,5 kilos de paniset 0,5 kilos a partes ¡guales de mijo blanco y mijo aamarillo. . A diferencia de otros fringílidos es un pájaro que entra a comer rápidamente aún cuando no se ha separado de sus padres. En este sentido no tendremos problema en cuanto a su separación, incluso a veces no parece afectarles seriamente. . . . . . . El único problema podemos tenerlo con alguna infección intestinal, casi todas producidas por la misma causa o de la misma forma, por un problema de empacho pues son muy glotones. Llegado este caso debemos tratarlos para evitar males mayores y reducirles gran parte de las semillas grasas de la mezcla. . . . La pasta seca casera está compuesta por: . . 150 gramos de pipa pelada (simiente de girasol), molida con: 1 cucharada sopera de proteínas de clara de huevo y leche (fórmula 90) 1 cucharada sopera de Nutribem (ocho cereales con miel) 1 cucharada sopera de un reproductor de la flora intestinal (Kultiviol Probiotic) La independización total se lleva a cabo después de 30 ó 35 días como mínimo después de su nacimiento. Si nos es posible podemos dejarlos más tiempo con los padres, aunque debemos tener cuidado con el macho, sobre todo, si la hembra está decidida a realizar otra puesta. . . . . . ÉPOCA DE MUDA: . Para la prevención de la salmonelosis y colibacilosis, a la pasta casera le añado 2 gramos de serinet cría, desde la confección del nido por los padres hasta 8 días después de haber nacido las crías. Reanudo su toma durante un mes al separar las crías de sus padres, para la prevención de problemas intestinales originados normalmente por empachos, ya que suelen ser unos pájaros bastante glotones. Vuelvo a dárselo durante toda la época de muda. En esta época mantengo a los camachuelos jóvenes igual que si de adultos se tratara. No recomiendo ningún producto o corrector vitamínico para esta época a no ser que sea estrictamente necesario. . Yo no suelo dárselo ya que considero que con la alimentación que les suministro es del todo suficiente para esta delicada época, aunque estos pajarillos no sufren grandes trastornos en ella y son quizás de los pájaros más robustos que conozco en el cambio de su primera pluma. . Disponen también diariamente de un recipiente con pasta seca para canarios (Quiko). Como fruta les administro dos veces por semana pepino, pera, manzana, o moras. . Es de vital importancia el aporte de frutas y verduras en todo el tiempo que dure la muda. . Como verduras, el brócoli y también hierbas silvestres como las cerrajas, diente de león, etc... o cualquier hierba que coman en estado silvestre junto con brotes de frutales cuando están en floración. Deben disponer a diario de una bañera, muy importante para el cambio y buen estado de sus plumas. . . ALIMENTACIÓN : . Dos veces por semana disponen de una bañera para el aseo y buen estado del plumaje. Disponen siempre de concha de jibia y grit, para el aporte de Los camachuelos que poseo disponen diariamente de tres comederos, dos con semillas y uno con 15 A BRASE REVISTA ELETRÔNICA OFICIAL NÚMERO IV OUTUBRO 2009 somente para o quarentenário para evitar o transporte de agentes para o plantel pelo funcionário. Nos casos em que isso não for possível o quarentenário deve ser o último a ser tratado (este deve possuir uma cozinha própria) e o funcionário deve tomar banho com sabonete antisséptico e trocar de roupa na saída dele. A higienização do quarentenário deve ser ótima, sempre com a utilização de substâncias desinfetantes de boa qualidade e nunca deve ser realizada com o ambiente sujo com fezes e alimentos, já que a eficácia destes é diminuída na presença de matéria orgânica. O ambiente deve ser de fácil lavagem e drenagem reduzindo desta forma o acúmulo localizado de matéria orgânica. Este ambiente deve ser bem iluminado para que seja facilmente localizada a presença de qualquer irregularidade. Deve ser evitado a utilização de poleiros de madeira ou outros materiais porosos pois são ótimos abrigos para microorganismos e parasitas. calcio y ayuda del proceso digestivo o formación de los huevos. Carlos Dopico Basoa Cl. Río Sil, 1-3-4ªD 15570 Piñeiros (Narón) La Coruña - España Matéria cedida por: TODOFRINGILIDEOS, dedicado à extensa familia dos fringílidos (fauna européia, exóticos e canarios), mutações e híbridos Fotos Sr. Dalpico e arquivos ABRASE CRIAÇÃO > CONTRÔLE SANITÁRIO Quarentena para criatórios Por: Jeferson Rocha pires . A Quarentena tem como objetivo prevenir a entrada de agentes infecciosos e parasitários em uma criação animal. Apesar de ter o nome de quarentena nem sempre é sugerido que esta seja realizada por 40 dias, podendo ser estendida ou reduzida dependendo do grupo taxonômico com o qual se trabalha e com as patologias com as quais são comuns aquela região de origem do animal. O quarentenário deve ser devidamente telado para se evitar a entrada de mosquitos que são grandes veículos de parasitas e vírus. As portas devem possuir um cambiamento bem iluminado ou uma cortina de vento para impedir que mosquitos e outros insetos entrem juntamente com pessoas. Deve se considerar que nem sempre esta quarentena receberá animais a cada ciclo de quarentena apesar deste ser o ideal. Nesses casos, esta deve ser dividida devendo existir todo cuidado sanitário na passagem de uma área para outra e a ordem de manejo dos animais deve ser sempre dos mais antigos aos mais novos. A destinação de resíduos do quarentenário também é de grande importância, pois a destinação de muitos deles é para locais de céu aberto onde moscas, ratos e outros animais podem entrar em contato e com isso transportar patógenos de um local para a criação principal. A água de lavagem que sai do quaren- . O quarentenário deve ficar o mais longe possível da criação principal já que a proximidade facilita a passagem de patógenos de um ambiente para o outro. Este deve estar localizado em uma região no mesmo plano ou mais baixo que o criatório, mas nunca em uma região mais alta já que no caso de patógenos onde a disseminação pode ocorrer pelo ar o criatório poderia ser banhado por ele. . O ideal é que o criatório possua um tratador 1 Figura 1: Coleta de sangue na veia tarsal medial em um mocho orelhudo (Rhinoptynx clamator), exame fundamental em animais em quarente na. . Figura 2: Rx mostrando a presença de alumínio em ventrículo de uma arara vermelha (Ara chloroptera), fato que poderia ter passado despercebido caso não fosse realizado um RX do animal. 16 2 A BRASE REVISTA ELETRÔNICA OFICIAL NÚMERO IV OUTUBRO 2009 tenário deve ter destinação controlada, já que pode contaminar lençóis freáticos e rios que podem ser os responsáveis pelo fornecimento de água para a propriedade. CONSERVAÇÃO > PESQUISA Pela primeira vez filmam a Micropsita pusio, menor psitacídeo do Mundo . Um dos fatores mais importantes é a realização de testes dos animais que entram no quarentenário. Esta deve ser realizada antes, durante e no momento da saída dos animais já que muitos patogenos podem ter tempo de incubação variados e muitos não vão fazer nenhum quadro clínico permanecendo de forma assintomática. Os exames de escolha devem ser solicitados pelo médico veterinário e nunca podem ser esquecidos a realização de exames de fezes, exames de sangue (figura 1) como hemograma, bioquímicas renais e hepáticas, cultura de fezes, pesquisa de ectoparasitas juntamente com o exame clínico completo com ausculta cardíaca e respiratória, temperatura e pesagem. Por primera vez se lograron captar imágenes del loro más pequeño del mundo en vida silvestre, el microloro. La pequeñísima ave, que mide casi lo mismo que el pulgar de un adulto, es más pequeña que algunos de los insectos con quienes comparte el bosque. Un equipo de exploradores que filmaban en Papúa Nueva Guinea para el programa de la BBC Lost Land of the Volcano (La Tierra Perdida del Volcán) logró captar las imágenes de dos microloros de cabeza azul (Micropsitta pusio). . A utilização de exames complementares também é de grande valia, principalmente o RX já que este irá mostrar se os animais possuem alguma alteração óssea como osteodistrofia ou fraturas antigas. Este exame também pode mostrar se o animal apresenta órgãos aumentados como fígado, proventrículo e coração alem de revelar a presença de corpos estranhos como metais (figura 2). . A pequena Micropsitta pusio vive na densas florestas da Papúa Nova Guiné. Várias espedições têm encontrado raridadas consideradas extintas e também novas espécies. . Este também pode ser o momento de ser realizado exames como laparoscopia para a comprovação do sexo do animal juntamente com a avaliação do órgão reprodutor e se este não apresenta lesões características de animais inférteis. . As imagens da BBC podem ser acessadas pelo website em: http://www.bbc.co.uk/mundo/ ciencia_tecnologia/2009/09/ 090908_loro_pigmeo_men. Shtml . . A utilização de todos estes protocolos é fundamental para evitar a entrada de novas doenças em um plantel provocando grande prejuízos que em muitos casos podem ser irreparáveis tanto de forma sanitária, econômica e moral. . En promedio, el microloro mide unos 8 centímetros de alto y pesa 11,5 gramos. Se le encuentra en todas las tierras bajas tropicales y subtropicales de la isla de Nueva Guinea y habita a hasta una altura de 800 metros. Los machos y hembras son similares, pero estas últimas tienen marcas menos prominentes en la cabeza. Estas aves tienen plumas verdes con un plumaje de tono amarillento en las partes inferiores. Jeferson Rocha Pires Médico Veterinário, Mestre em Clínica e Reprodução veterinária, Professor da disciplina de ornitopatologia na Universidade Estácio de Sá, Professor e coordenador do curso de pós graduação em Clínica e Cirurgia em animais selvagens pelo Instituto Qualittas de Pós graduação. VEJA A REVISTA EXTRA SOBRE O Iº SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE FAUNA EX-SITU: USO SUSTENTÁVEL E SUA FUNÇÃO NA CONSERVAÇÃO . Nido de pareja El camarógrafo de la BBC Gordon Buchanan . 17 A BRASE REVISTA ELETRÔNICA OFICIAL NÚMERO IV OUTUBRO 2009 descubrió primero en el bosque un diminuto nido que pertenecía a la pareja de microloros. Las aves anidan en montículos de termitas utilizando sus picos y garras para excavar antes de poner sus huevos en el agujero creado. Buchanan se puso a vigilar el nido desde un escondite camuflado y después de una larga espera logró ver a las aves cuando regresaban. El camarógrafo filmó a la pareja a la entrada del nido donde se les ve frotando sus cuerpos entre sí. Posteriormente, el doctor Jack Dumbacher, ornitólogo de la Academia de Ciencias de California, que acompañaba a la expedición de la BBC, encontró a otro loro atrapado e ileso. CONSERVAÇÃO > IN-SITU Ararajuba, rara ou desconhecida? . Estos microloros no se alimentan de frutas y frutos secos como otros loros sino de liquen y hongos. Sin embargo se conoce muy poco sobre sus hábitos alimenticios y hasta ahora ha sido muy difícil criar a los animales en cautividad. . Otras rarezas Durante la expedición, el equipo de la BBC también pudo ver una rara especie de pato de Salvadori (Salvadorina waigiuensis), un ave que está adaptada a vivir en las rápidas corrientes de la jungla. El pato de Salvadori es el único de su especie endémico en la isla de Nueva Guinea. La Unión Internacional de Conservación de la Naturaleza ha catalogado al ave como vulnerable y su población parece estar disminuyendo gradualmente. Entre las otras aves que logró observar la expedición están el tilopo (una paloma trocipal) que, según dicen, actuaba de manera totalmente ingenua con la gente, lo que sugiere que nunca se le ha cazado, y un ave del paraíso regia (Cicinnurus regius). Ararajuba, populações selvagens ainda são pouco estudadas. A beleza da plumagem desta ave impressiona. . TAXONOMIA E DADOS BÁSICOS NOME COMUM: NOME CIENTÍFICO OUTROS NOMES COMUNS REINO: PHYLUM: CLASSE: ORDEM: GENUS: ESPÉCIE: PET: TAMANHO: ENVERGADURA ASA: PESO: OCORRÊNCIA: ESPECTATIVA VIDA: POSTURA: MATURIDADE SEXUAL: PERÍODO DE REPRODUÇÃO: CARGA OU REPRODUÇÃO: Matéria veiculada pela BBC MUNDO em setembro de 2009. Acesso: http://www.bbc.co.uk/mundo/ciencia_tecnologia/2009/09/090908 loro_pigmeo_men.shtml NOTA DA ABRASE REVESTIMENTO: PARENTESCO: INIMIGOS: As expedições da National Geographic e da BBC inglesa à Iryan Jaya, parte indonésia da Ilha da Nova Guiné), são repletas de descobertas de espécies novas e reencontro do homem com verdadeiras raridades. Vários sites estão disponíveis sobre estes eventos. HABITAT: OCORRÊNCIA: STATUS: CITES ATIVIDADE: 18 : ARARAJUBA ARATINGA GUAROUBA GOLDEN CONURE, GOLDEN PARAKEET, GOLDSITTICH, PERICO GUARUBA, QUEEN OF BAVIERA’S CONURE ANIMALIA CHORDATA AVES PSITTACIFORME GUAROUBA GUAROUBA (GMELIN) 1788 SIM - EXCELENTE ALTURA ATÉ 36 CENTÍMETROS APROX. 68 CM ATÉ 200 - 250 gramas BRASIL, PARÁ E AMAZONAS APROX. 25 ANOS (MAIS EM CATIVEIRO) 2-3 OVOS (3 a 6 em cativeiro) CA. APROX. 2 ANOS NOVEMBRO A ABRIL PERÍODO DE CRIAÇÃO CERCA DE 29 DIAS, APÓS VOAR CERCA DE 65 DIAS, APÓS MAIS 4 SEMANAS INDEPENDENTE FRUTOS, BAGAS, NOZES, BROTOS, FLORES PAPAGAIOS PERDA DE HABITAT, DESTRUIÇÃO PELO HOMEM E CAPTURA DE ESPÉCIMES SELVAGENS FLORESTAS ÚMIDAS MUNDIALMENTE EM CATIVEIRO, NÚMERO REAL IMPRECISO DE ANIMAIS LIVRES ALTAMENTE AMEAÇADA APPENDIX I DIURNA A BRASE REVISTA ELETRÔNICA OFICIAL Lago de Tcuruí, perda de habitat inestimável para a ararajuba. NÚMERO IV OUTUBRO 2009 Rodovia PA 151, estradas abrem caminho para queimadas e assentamentos. Queimadas intensas no Pará são os maiores fatores de risco para a espécie. As atividades de axploração madereira, pecuária e de agricultura têm sido os grandes “vilões” para a existência da ararajuba. No mapa ao lado podemos ver a extensão da área natural da guaruba e os pontos de risco para a espécie. É no leste do Pará que a situação é mais crítica, e onde em determinadas localidas já é considerada extinta. ÁREA DE OCORRÊNCIA DA ESPÉCIE ÁREAS CRÍTICAS PARA A ESPÉCIE Do lado direito podemos ver os frutos apreciados pela ararajuba. Grande variedade de frutos, nozes, flores, bagas e outros alimentos fazem parte de seu cardápio. Manravuvuia (Croton matourensis) Murici (Brysonima crispa) Açaí (Euterpe oleracea) cie em perigo, foi devido ao aumento do desmatamento ilegal e também por ser uma ave apreciada em cativeiro, o que aumentou sua demanda no comércio. Em 1973, ela foi colocada no Apêndice l da CITES - Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e da Flora Selvagens. Em determinados locais de ocorrência é conaiderada um incômodo para a agricultura e é utilizada para a alimentação ou caçada por esporte. Mas alguns espécimes continuam a serem contrabandeados para fora do Brasil, onde a ave é muito apreciada pela sua qualidade de animal “pet”. Esta espécie, mesmo criada em cativeiro, tem sua sobrevivência a longo prazo atrelada a proteção adequada de seu habitat no Brasil. A ararajuba ocorre somente no Brasil, sendo genuinamente uma espécie endêmica da Amazônia brasileira, considerada ameaçada de extinção e de biologia pouco conhecida na natureza. Este animal tornou-se um forte símbolo brasileiro por ter as cores da bandeira nacional, quando adulto é totalmente amarelo ouro com verde bandeira nas asas. Algumas de suas características fazem da ararajuba uma preciosidade, tanto em seu habitat como em cativeiro. Com este intuito vamos descrever esta bela espécie e analisar algumas de seus aspectos mais singulares na natureza, que a faz interessante e responde nossa questão. . A ararajuba cresce até 36 cm. Possui um característico anel branco ao redor dos olhos. Seus bicos são grandes, sinalizando dietas que incluem sementes de cascas ríjidas. . As várzeas úmidas da floresta tropical da bacia amazônica são o lar de uma variedade grande de papagaios coloridos. Um desses é a ararajuba. No entanto, a sua área de distribuição é limitada: Sua presença vai desde rio Tapajós, a oeste, até o leste do Pará, em áreas aonde o desmatamento, aliado a forte ocupação humana, vem sendo um enorme fator de pressão à espécie. Mesmo na zona oeste da sua área de distribuição a abundância original da floresta tropical sofre com a atuação humana, ainda que de forma menos intensa do . Esta espécie prefere áreas da floresta tropical seca, protegidas de inundações. Além disso, evitam áreas desmatadas, exceto quando estão em vôos de “passeios” e sempre de passagem. O desmatamento e as inundações são uma ameaça para a existência da espécie. . O status da ararajuba, enquadrando-a como espé- 19 A BRASE REVISTA ELETRÔNICA OFICIAL que o leste. No entanto, apenas uma ínfima parte dela - próxima do rio Tapajós, Parque Nacional da Amazônia estão eficazmente protegidos contra o desmatamento. A longo prazo, a chance de sobrevivência se dá pela necessidade urgente de novas reservas a serem criadas. não faz deste animal um voraz consumidor de proteína animal. . REPRODUÇÃO NA NATUREZA . O período de reprodução da ararajuba vai de novembro a fevereiro, mas existem muitas variações tanto para o início das posturas assim como para o fim destas. A maturidade sexual da espécie é em torno de três anos de idade, mas animais com dois anos e meio já reproduziram em cativeiro. O ninho é geralmente em uma árvore alta e são agressivamente defendidos. A espécie pode fazer posturas de três a cinco ovos por ano. O tamanho dos ovos e de 37.1 mm x 29.9 mm. Os machos permanecem nas proximidades de vigia e ajuda na criação dos filhotes (M. Kapeller, 1995). . COMPORTAMENTO NA NATUREZA NÚMERO IV OUTUBRO 2009 . É aparentemente nômade na planície úmida da floresta. Na época da seca, freqüenta o dossel da floresta alta de terra firme, mas, no acasalamento, parece que habitam clareiras com poucas árvores dispersas. Possivelmente por facilitar a vigilância quanto aos seus predadores naturais. As árvores com cavidades são utilizadas para a nidificação e postura dos ovos. . . Podem ser encontradas em grandes bandos de tamanho variável, mas em clãs (supostos grupos familiares que pernoitam agrupados com o mesmo número de indivíduos ao longo dos dias) de 4 a 20 aves, conforme observou Thiago O. Laranjeiras (2008). Fora do acasalamento vivem principalmente em grupos de 10 a 15 animais. São aves bastante sociáveis. Os machos “guardam” o ninho durante os 30 dias de incubação, e todos os adultos se revezam para cuidar dos jovens após a sua eclosão. A taxa média de filhotes nos grupos (menos de 1:7 conforme T. Laranjeiras) evidencia a baixa taxa reprodutiva da espécie na natureza, que provavelmente se deve ao complexo sistema social e reprodutivo, no qual, possivelmente, apenas um casal em cada clã é reprodutivamente ativo. Este mesmo comportamento pode ser visto em cativeiro. Ex-situ, quando separados os casais, as posturas aumentam, assim como número de ovos, sendo a espécie bastante profícua. Mesmo assim até nove jovens foram registrados em um ninho na selva, e até 14 em cativeiro (ZipcodeZoo). . Pesquisas apontam para que não haja evidências de deslocamentos de áreas extensas, nem em função da alimentação nem de nomadismo. Tais fatos provam o contrário do que se suspeitava para a espécie. Mesmo em áreas abertas, onde há maior incômodo para a espécie, é possível encontrar pontos de dormitórios. Inclusive os ninhos seguem sendo usados como dormitório durante o período não reprodutivo. Estas áreas de nidificação são defendidas por todo o bando, seja contra outras espécies ou os outros bandos de ararajuba. . O que mais chama a atenção na guaruba em seu ambiente natural é o fato de que esta espécie, durante o acasalamento, não dissolve os grupos em pares, mas é que eles criam coletivamente os filhotes. Não incomum, nos grupos, é que geralmente três ou quatro fêmeas adultas estabelecem posturas também, põem os ovos em uma mesma cavidade comum (no ninho) e incubam os mesmos alternadamente. . As guarubas se alimentam de frutas exóticas, flores, brotos, sementes, frutos secos, e alimentos cultivados, como o milho. Os frutos de cascas rígidas são bastante apreciados pela espécie, entre eles as nozes amazônicas, assim como frutos das palmáceas. O açaí (Euterpe oleracea), o murici (Brysonima crispa) e a manravuvuia (Croton matourensis) são bastante procurados. Mas pesquisas revelam que não há especialização em nenhuma espécie de alimento. Pelo contrário, na natureza a variedade de alimentos ingeridos é muito grande e, em determinadas áreas de ocorrência, pode ser ainda maior, dada a facilidade de acesso e abundância de espécies florestais. Alguns insetos também são consumidos, mas a quantidade . Ao nascer, a ararajuba está coberta com uma fina pele de cor rosada. Na segunda semana, a redução é mais escura, e pela terceira semana as penas de vôo começam a se desenvolver. Na natureza, a taxa de sobrevivência dos jovens depende da eficiência dos cuidados do grupo. Os jovens deixam o ninho pela primeira vez cerca de sete semanas após a eclosão. . Embora não existam estudos sobre o tamanho atual da população de Guaruba guarouba o 20 A BRASE REVISTA ELETRÔNICA OFICIAL NÚMERO IV OUTUBRO 2009 declínio é mais que previsível em face ao ritmo acelerado de desmatamento. Inegável, porém, é que especialmente na parte ocidental o número de animais ainda é considerável, fato corroborado pela intensidade menor de atividade humana e pela presença de áreas protegidas. Já a sua gama de indivíduos no lado leste da área de ocorrência nas proximidades de Belém - tem vindo a diminuir em ritmo acelerado e até mesmo são, localmente, consideradas extintas. Em todo o extremo oriental do Estado do Pará a espécie sofre pressão enorme de atividades humanas como exploração de madeira, pecuária e agricultura. A região já foi recordista em desmatamento no país e, se hoje não figura entre as mais problemáticas do Pará, na verdade é porque não sobrou muito a destruir. CONSERVAÇÃO > CRIAÇÃO > REPRODUÇÃO Ararajuba, reprodução prolífera em cativeiro Também na porção mais oriental da região natural da ararajuba as ações antrópicas têm sido desastrosas. Por ocorrer em casos pontuais, como em Mato Grosso e Rondonia, a área limitada é mais facilmente atingida e rapidamente faz com que as populações desapareçam. . Aliando-se este cenário devastador para a espécie com a baixa taxa reprodutiva dos grupos naturais, não é difícil perceber que a ararajuba caminha a passos largos para a extinção. Certamente que poucas populações, dentro de exíguo espaço de tempo, estarão confinadas as áreas de preservação, parques etc. Foto cedida por Criadouro Passaredo As ararajubas são relativamente fáceis de reproduzir. Em estado selvagem, vivem em grupos ou pares. Em cativeiro há quem as crie em grupos ou em pares. O que se pode comprovar é que a reprodução é bastante superior quando colocadas em pares. Mais ainda, se os pares estiverem em recintos próximos, lado a lado, isso pode inflenciar positivamente os casais. . A questão deste artigo pode então ser respondida de forma bem simples e objetiva. Ainda que muito pouco estudada em seu habitat e, portanto, desconhecida neste aspecto, a Guaruba guarouba vem se tornando cada vez mais rara e dependente de intervenções preservacionistas e conservacionistas. Desafortunadamente outras tantas espécies silvestres passam pelos mesmos problemas. . Na natureza, entre os mebros do grupo, somente alguns casais reproduzem, ficando os demais indivíduos envolvidos na criação dos filhotes. Esta situação é revertida em cativeiro por conta da separação dos pares, Aqueles que não reproduziriam em estado natural tendem a fazer posturas e criarem filhotes no estado cativo. Sobretudo se houver proximidade com demais indivíduos, proporcionando assim uma “sensação” de estarem em bando. Matéria da Comissão Técnica da ABRASE Fotos de Aquivo da ABRASE . VEJA O RELEASE SOBRE O Algumas experiências demonstraram que, uma vez devidamente acasalados, os espécimes que não lograram reproduzir antes o fizeram quando individualizados nos recintos (H. Ernani, 2005). No mesmo manejo também foi notado que ao se dispor os casais em recintos laterais proporcionou um “bem estar” aos animais como se estivessem agrupados, beneficiando a reprodução. . Iº SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE FAUNA EX-SITU: USO SUSTENTÁVEL E SUA FUNÇÃO NA CONSERVAÇÃO . NA REVISTA EXTRA DA ABRASE 21 A BRASE REVISTA ELETRÔNICA OFICIAL NÚMERO IV OUTUBRO 2009 MODELOS DE RECINTOS PARA GUARUBA Casal de ararajuba, criação em cativeiro tem obtido excelentes resultados, garantindo um estoque bastante representativo ex-situ. A espécie é tida como de “fácil” reprodução. GAIOLA SUSPENSA 3,0 m x 1,5 m x 2,0 m (comp.,larg.,alt.) Ao lado vemos um casal reprodutor do criadouro Free Power, atendido pela bióloga da ABRASE Márcia Weinzettl, que acumula vasta experiência com a espécie. Somente em seus criadouros mais de 100 animais nasceram em 2008. VIVEIRO 3,5 m x 1,5 m x 2,5 m (comp.,larg.,alt.) . Na foto ao lado vemos um macho se banhando no Criadouro Passaredo, outro empreendimento em que a ararajuba está apresentando um futuro promissor. Esta espécie de psitacídeo é muita curiosa e brincalhona, o que requer recintos com materiais para bicar, se esconderem, alçarem vôos e entreter os animais. Por esta razão aconselham-se áreas com pequenos arbustos (ou galhadas) e brinquedos para distrair o animal. Também deve ser o local arejado e em área livre, tendo, certamente, um espaço fechado para abrigar o ninho e dar proteção aos animais de intempéries e sensação de segurança nos casos de medo. Entre os diversos tipos de recintos usados para a ararajuba estão viveirões de grande porte até gaiolões suspensos. Algumas medidas mínimas podem ser consideradas (ver desenhos): - Viveiros: 3,5 m de cumprimento x 1,5 m de largura x 2,5 m de altura; - Gaiolas suspensas: 3,0 m x 1,5 m x 2,0 m. . . Abaixo selecionamos as dimensões dos ninhos geralmente utilizados para estes animais. No entanto, as dimensões podem variar muito, pois eles são influenciados pelos proprietários e pela preferência das próprias aves. As preferências das aves nidificantes também podem ser influenciadas pelo tamanho e tipo de ninho em que a ave foi eclodida e criada. . RECINTOS E NINHOS . Apesar de todo o exposto, as formas de se reproduzir ararajuba em cativeiro é bastante variável, sendo na maioria das vezes bem sucedida para o avicultor. Mas o fato é que se deve proporcionar, sendo possível, uma qualidade de vida boa aos animais. Isto inclui darlhes espaço para vôos, etc. Quanto mais se reproduz as condições observadas na natureza, mais o animal estará apto a desempenhar uma reprodução satisfatória bem como viver com uma saúde melhor. . Se o espaço permite, oferecendo uma escolha de tamanhos e tipos de ninhos, e colocados em vários locais dentro do aviário, pode permitir que a fêmea faça sua própria escolha. Quando um casal que tenha optado por um determinado ninho for bem sucedido no mesmo, deve-se repetir sempre a colocação antes do acasala- . 22 A BRASE REVISTA ELETRÔNICA OFICIAL NÚMERO IV OUTUBRO 2009 Adições nutritivas para uma dieta de Guaruba guarouba Legumes e verduras ·Rabanetes ·Nabos ·Cenoura (raiz e talos) ·Batata-doce cozida ·Chicória ·Foha e semente demostarda ·Salsa ·Batatas cozidas ·Feijão verde ·Tomate ·Pimentas vermelhas e verdes ·Couve-flor ·Broccoli (e folhas) ·Beterraba ·Berinjela ·Rábano ·Ervilhas ·Beterraba (pelada) ·Alface vermelho ·Milho ·Pepino Frutas ·Berries ·Kiwi ·Maçã ·Manga ·Abacaxi ·Cerejas ·Banana ·Peras ·Pêssegos ·Laranjas ·Romã ·Tangerinas ·Goiaba ·Grapefruit ·Mamão ·Ameixas ·Uvas ·Damascos ·Figo ·Acerola ·Pitanga Nas fotos acima vemos a eclosão de um filhote de uma postura de quatro ovos, logo a seguir a eclosão do segundo, evoltos pelas cascas dos ovos. As posturas em cativeiro são de tres a quatro ovos e se o casal for experiente é certo que todos estejam fecundados. Na foto abaixo, à direita, vemos detalhes de um filhote na mão, a pele é bem rosada. Na foto seguinte vemos os filhotes iniciando a emplumação (Criadouro Castilho - RJ). Os ninhos devem ser removidos após a criação, ou limpo, desta forma assegura-se que o recipiente tenha a mínima contaminação de ácaros, parasitas e agentes patogénicos. . mento. Quando há a escolha, os outros geralmente podem ser removidos. ALIMENTAÇÃO EM CATIVEIRO . . Em cativeiro as ararajubas devem receber a maior variedade possível de alimentos. Entre estes estão os legumes, camarão seco (comum em algumas dietas em criadouros nos EUA e Europa), frutas, verduras e nozes. As sementes, como de milheto, girassol, cártamo, cânhamo etc são essenciais para a sua dieta diária. Sais rastreados e outros minerais são também importantes para sua dieta. Alguns criadores (M. Covault) sugerem usar uma caixa mais profunda, seja longitudinal ou uma caixa vertical. Alguns espécimes aceitam até mesmo ninhos típicos de calopsita, o que não é aconselhável. As medidas: - Comprimento / profundidade: aprox. 40 60 cm - Diâmetro da abertura de entrada: aprox. 7 8 cm - Abertura de Inspecçã: Podem ser quadradas ou redondas, aprox. 10 cm, em diametro. 10 cm - Abertura removível pode ser um bom ponto de acesso para inspecções e para a limpeza. - Localização e altura: Instalar em área abrigada, em uma parte do aviário em cerca de 1,8 metros de altura, mas não muito perto do teto para causar problemas nos meses mais quentes - Material do ninho: As opções são compostos sem poeiras tóxicas, palhas de milho, aparas de madeira (serragem) ou outros materiais apropriados. As lascas de madeira - como o pinheiro, cedro e pau-brasil - com hidrocarbonetos aromáticos (fenóis) contém ácidos que são tóxicos, podendo causar dermatite alérgica e sintomas de irritação do trato digestivo. Eles materiais não devem ser utilizados em gaiolas, aviários, ou ninhos. . . . Dieta: 65-80% da dieta pode ser de ração peleNa foto abaixo a bióloga Márcia Weinzettl envolta de filhtotes reproduzidos no ano de 2008 no Criadouro Castilho. Este criadouro se converteu no mais bem sucedido centro de reprodução de Guaruba guarouba. Nenhum outro apresenta números tão expressivos, resultado de anos de trabalho e investimento no manejo da espécie. (Fotos de Márcia - C. Castilho - RJ). . 23 A BRASE REVISTA ELETRÔNICA OFICIAL NÚMERO IV OUTUBRO 2009 bons para se oferecer os produtos hortícolas frescos. Sempre remova quaisquer legumes ou frutas, não ingeridas, na alimentação seguinte. Brinquedos com recipientes para forragem com ração podem ser deixados na gaiola, ou viveiro, durante todo o dia para “lanches” e entretenimento. Na foto vemos detalhe de uma ararajuba jovem. São perceptíveis as manchas verdes das penas até a idade de vinte meses, podendo variar segundo o espécime. . Água fresca e limpa deve estar sempre disponível. O bebedouro de água limpo sempre, a água deve ser trocada diariamente. A desidratação é um problema grave que pode ocorrer em um ou dois dias se a água não estiver disponível. A direita vemos um macho adulto, já com sua plumagem definitiva. O amarelo é intenso, com um tom dourado. As marcas verdes no final das penas são bem delineadas. Beleza inconfundível. . CRIAÇÃO / REPRODUÇÃO . A expectativa de vida desta espécie é considerada como sendo de 40 a 45 anos (em cativeiro). As ararajubas são conhecidas por serem bastante prolíficas, uma vez que costuma fazer de 2 a 3 posturas por ano. As posturas variam de dois a seis ovos, nem sempre estando todos férteis. Normalmenta a infertilidade é devida a uma falta de experiência do casal. A esquerda um dos casais reprodutor do Criadouro Passaredo. Criadouros investiram em plantéis de animais já nascidos em cativeiro, assegurando desta forma espécimes com “histórico” de manejo já conhecido. . tizada, 15-30% vegetais (por exemplo, verduras, legumes, milho), frutos de 5%, e uma proteína ocasional, tenébrio ou grilo. Use muitas variedades de frutas e verduras, sempre lavados. Nunca abacates ou caroços. As ararajubas são particularmente sensíveis ao frio, que pode causar transtornos no seu bem estar e saúde e afetando a reprodução, assim deve-se manter a temperatura sempre acima de 15 graus Celsius. Certifique-se de manter os animais com ocupação (brinquedos, madeira para bicar etc), pois eles são propensos a arrancar as suas próprias penas, bem como as penas do seu companheiro. Isto pode ser causado por proteínas ou deficiências minerais, bem como tédio. Se for o caso se deve consultar com um médico veterinário com experiência em cuidados com aves silvestres. . Alimentos formulados (rações peletizadas, extrusadas etc) são disponíveis hoje em dia em qualquer loja ou distribuidor de produtos para aves. A comida é uma mistura de grãos, sementes, legumes, frutas e diversos tipos de proteínas, bem como vitaminas e minerais. Os ingredientes são misturados e depois cozidos, podem ser formulados na forma de pellets, se desintegra, ou pepitas mais duras. Diferentemente de uma mistura de sementes, o pássaro não pode selecionar os componentes específicos de uma dieta formulada, assim desequilíbrios nutricionais são muito menos prováveis de ocorrer. Existem alimentos comerciais para espécies diferentes, por isso certifique-se de uma escolha adequada para a ararajuba. Algumas comidas têm níveis mais elevados de gordura para as aves com maiores necessidades calóricas, como araras e ararajubas. . Pode ser que ambos os indivíduos de um casal paricipem da incubação dos ovos. Esta dura de 28 a 29 dias, até a eclosão dos filhotes. As ararajubas têm o hábito de remover todos os materiais do ninho e deixar que os ovos fiquem sobre uma base de madeira nua. . As inspeções de ninhos geralmente não são toleradas pelo casal, que o defende bravamente. Se for necessária, aguarde até ambos os pais deixaram o ninho. Eles podem ser agressivos e protegerão sempre a área do ninho quando estiverem reproduzindo. Pellets podem estar disponíveis o tempo todo. O tempo de alimentação natural de aves selvagens são cerca de meia hora após o nascer do sol e outra vez às 5-6 da tarde, estes horários seriam . No caso desta espécie é importante avaliar uma incubação artificial. Dada sua raridade, o método 24 A BRASE REVISTA ELETRÔNICA OFICIAL NÚMERO IV OUTUBRO 2009 . Sons estridentes e altos: Como é o caso de muitas espécies, a ararajuba pode ser muito ruidosa. Nem todos podem tolerar sua alta frequência de guincho. Mas este é um comportamente comum da espécie, portanto deve ser tolerado ou então o animal não pode fazer parte de plantel ou como compania. manual deve ser empregado sempre que possível, ao menos para parte dos ovos de uma postura. Além disso a retirada dos ovos para uma incubadora possibilita mais posturas por parte do casal. . No caso da incubação artificial a temperatura recomendada dentro de uma incubadora depende do tipo a ser utilizado. Se a incubadora usa um ventilador para circulação do ar, a temperatura deve ser ajustada para 37,5 º C. Se for uma incubadora sem um sistema de circulação de ar, é necessária uma temperatura mais elevada, controla-se utilizando um termômetro com o bulbo posicionado no mesmo nível do início dos ovos de incubação. A temperatura recomendada neste tipo de incubadora é de 38,5°C. A razão para diferentes temperaturas é que o ar que circula em todos os pontos ao redor da casca do ovopossui diferentes temperaturas, enquanto ainda são de ar quente na parte superior do ovo, na parte inferior estará um pouco abaixo. Portanto, o aumento da temperatura no topo do ovo irá compensar partes mais frias do ovo. A humidade deve ser de 70% no período de incubação. Sendo possível deve-se aumentar um pouco a circulação interna de ar dentro da incubadora. OUTRAS INFORMAÇÕES DA ARARAJUBA CRIAÇÃO NO BRASIL . Nesta década muitos criadouros lograram ter exemplares de ararajuba compondo seus plantéis. Além daqueles que já possuíam e vieram aumentando seus números de indivíduos desde a década passada. Esses fatores fizeram com que a espécie esteja atualmente muito bem difundida nas criações de psitacídeos. Seus números são bastante expressivos e sua variabilidade genética também, o que importa num benefício para a espécie frente às amaças que só fazem crescer na natureza. . Atualmente o sucesso reprodutivo da ararajuba em cativeiro é celebrado por diversos criadouros. Depois de estudos e várias experiências no manejo da espécie sua reprodução cresceu vigorosamente, tanto quantitativamente quanto qualitativamente. Por este fato a Guaruba guarouba foi citada em reunião da Câmara Técnica do CONAMA (em 7 de agosto de 2007 CENTRE IBAMA Brasília, ata/transcrição em: http://www.mma.gov.br/port/conama/reunalt.cfm ?cod_reuniao=940) como um extraordinário exemplo de estoque ex-situ. O técnico do IBAMA inclusive mencionou que se tem muito mais exemplares em cativeiro do que o necessário para se viabilizar um programa de reintrodução. . . Excesso de “mascar”: Qualquer papagaio “mastiga” intensamente, seja na natureza ou em cativeiro. Na natureza, eles usam seu bico para "personalizar" sua árvore favorita e para ampliar o tamanho do seu ninho em uma árvore oca, além de estarem constantemente “descascando” frutos ou pedaços de madeiras. Fazendo isso mantém seus bicos em bom estado. O problema é a excessiva e indesejável mastigação. Uma ave indisciplinada irá mastigar fiação elétrica, potencialmente causadora de danos ao animal e ao recinto em volta. O proprietário precisa fornecer abundância de materiais para mascar (brinquedos para aves, madeira natural, gravetos espessos, etc). . Somente no Rio de Janeiro, em 2008 (dados da ABRASE repassados à imprensa), três criadouros reproduziram mais de 130 espécimes de Guaruba guarouba (já com mais de 10 meses, portanto sem o perigo inicial de filhotes), demonstrando o quão profícua esta pode ser em cativeiro e a importância deste para a conservação da espécie. Certamente estes números são ínfimos se considerarmos todos os exemplares criados no país. . . Bicadas: como a maioria dos papagaios é suscetível de descobrirem os seus bicos como um método de "disciplinar" seus manejadores, uma vez que elas estão fora da fase de filhotes. É realmente importante aprender a compreendêlas e, desta forma, orientar o seu comportamento perante um hábito indesejável antes de estabelecido. Matéria da Comissão Técnica da ABRASE Fotos Criadouros Passaredo e Márcia Weinzettl . 25 A BRASE REVISTA ELETRÔNICA OFICIAL NÚMERO IV OUTUBRO 2009 Especialista em Direito Ambiental (fauna) Av. Treze de Maio, 33 Grupos: 1712 a 1714 Centro - Rio de Janeiro - RJ CEP: 20031-930 Tel/Fax: (55 21) 2210-1056 NUTRAL R. Francisco Ceará Barbosa, 709 Campinas SP Tels.: +55 19 . 3246.3756 / +55 19 . 3246.3757 / +55 19 . 3246.3758 / +55 19 . 3246.3759 Website: www.nutral.com.br E-mail: [email protected] www.carreraadvogados.com.br Pássaros nacionais, exóticos e ornamentais Horto e viveiro de plantas decorativas Cães rhodesian ridgeback Poneis e mini horses CRIADOURO Rua dos Fazendeiros, 535 - Guaratiba Rio de Janeiro - RJ - Tel: 21-3317.1716 Registro Ibama - CTF nº 215025 A melhor ração de filhotes no mundo!! Rua Visconde de Itabaiana, 102 Eng. 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INTERNATIONAL FujiPass PARROT CONVENTION 20-22 SEPTEMBER 2010 CRIAR É LEGAL O endereço mais completo sobre criação, informações jurídicas, técnicas, notícias, crônicas, dúvidas . . . Informações sobre concursos, regulamentos, vídeos e publicações. Website parceiro da ABRASE !! http://www.loroparque-fundacion.org/ OBJETIVOS DA ABRASE a) congregar os criadores e comerciantes de animais da fauna silvestre brasileira e exótica; b) estimular e fomentar, por todos os meios ao seu alcance, a criação de animais da fauna silvestre brasileira e exótica; c) organizar periodicamente encontro entre os associados, ou quaisquer outras iniciativas que visem manter sempre forte o elo entre os mesmos; d) promover entendimentos, acordos e convênios com os governos Federal, Estaduais e Municipais, para a execução de atividades relativas ao fomento e defesa da criação de animais da fauna silvestre e exótica; e) estudar, aprofundar, pesquisar e dar assistência sobre todos os assuntos referentes às normas ligadas a criação e comercialização de animais da fauna brasileira e exótica; f) fornecer assistência jurídica aos associados referente às questões inerentes às atividades da associação; g) promover entendimento entre os criadouros objetivando a permuta de animais; h) promover e incentivar atividades culturais e científicas referentes aos objetivos da associação; i) a Associação poderá buscar através de intercâmbios com entidades congêneres de outros Estados e/ou países, o amplo debate, idéias e informações para maior conhecimento sobre as técnicas de criação e reprodução dos animais; j) defender o Meio Ambiente ecologicamente equilibrado, fornecendo as práticas sustentáveis de desenvolvimento e a educação ambiental, estimulando os associados à realização de pesquisas e estudos referentes à conservação da fauna silvestre e exótica; k) combater o comércio ilegal de animais silvestres e exóticos através de palestras, promoção do comércio legal, campanhas educativas e educacionais e colaboração com as entidades de gestão de fauna e repressão ao tráfico. . . . . . . . . . . DIRETORIA PRESIDENTE - LUIZ PAULO MEIRA LOPES DO AMARAL 1º VICE-PRESIDENTE - LÉLIO GABRIEL H. DOS SANTOS 2º VICE-PRESIDENTE - PIERRE JIMENEZ ALONSO 1º SECRETÁRIO - VINICIUS RODRIGUES FERREIRA 2º SECRETÁRIO - CHARLES PEREIRA 1º TESOUREIRO - MARCELO FERNANDES MOURA 2º TESOUREIRO - CLÁUDIA MEIRA LOPES DO AMARAL DIRETOR DE DIVULGAÇÃO - HÉLIO JOSÉ B. LAGALHARD DIRETOR DE RELAÇÕES PÚBLICAS - JEFERSON R. PIRES 1º SUPLENTE DE DIRETORIA - ANTÔNIO C. DOS SANTOS 2º SUPLENTE DE DIRETORIA - FERNANDO P. DO AMARAL . CONSELHO FISCAL: Sra. Frauke Allmenroeder, Sr. Ivaldo Fontes Barbosa e Sr. Salvador de O. Porto Filho . COMISSÃO DE ÉTICA: Sr. André Luiz Paiva Sena, Sra.Frauke Allmenroeder; Sr. Paulo Machado, Sr. Reginaldo V. Leone e Sr. Marius da Silva P. Belucci 27 A BRASE REVISTA ELETRÔNICA OFICIAL NÚMERO IV OUTUBRO 2009 EVENTOS 2º SEM. CALENDÁRIO 2009 GESTÃO ADM. CRIADOUROS, ZOOS E COMÉRCIO CALENDÁRIO 2009 - Relatório do Cadastro Técnico Federal prazo 31 de março (quem não o fez deve fazê-lo mesmo fora do prazo). Entrega pela internet. - Relatório Semestral de Venda de Silvestres prazo 30 de junho. Entrega no Núcleo de Fauna do Estado residência. - Cumprimento da IN 169/08 - Pedido de Autorização de Manejo - AM, prazo esgotado (quem não o fez deve fazê-lo mesmo fora do prazo). Pela internet. - Relatório de Evolução de Plantel - prazo anual - data referência início das atividades do criadouro. Entrega no Núcleo de Fauna do Estado residência. www.abravas.org.br . ABRASE 2º SEM. CALENDÁRIO 2009 - Relatório Semestral de Venda de Silvestres prazo 31 de dezembro - 2º semestre. Entrega no Núcleo de Fauna do Estado residência. - Reunião da Diretoria da ABRASE dia 10 de novembro - Sede da Secretaria A BRA SE ABRASE ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CRIADORES E COMERCIANTES DE ANIMAIS SILVESTRES E EXÓTICOS Secretaria - Rua Visconde de Itabaiana, nº 102 Engenho Novo - Rio de Janeiro - RJ - Brasil Cep: 20780-180 . Telefone: +55 (21) 2501.3612 Fax: +55 (21) 2201.0602 Correio electrônico: [email protected] Na Web: www.abrase.com.br Para apresentar um artigo ou se desejar fazer sugestões à revista, entre em contato com o e-mail aos cuidades de “REVISTA ABRASE - EDIÇÃO. A revista faz todo o necessário para garantir a veracidade dos artigos, as opiniões expressadas nestes são de exclusividade de seus autores. 28