11 tendências de consumo essenciais para 2011

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11 tendências de consumo essenciais para 2011
trendwatching.com é uma empresa de tendências independente e com opinião própria, que
examina o mundo todo em busca das tendências de consumo mais promissoras, com insights
e ideias práticas para a sua empresa. Para obter tudo que há de mais novo e de melhor, confiamos na nossa rede de centenas de caça-tendências em mais de 120 países do mundo.
11 TENDÊNCIAS DE
CONSUMO ESSENCIAIS
PARA 2011
Introdução | Mais um ano, mais uma montanha-russa de ameaças e oportunidades. Nossa tendência é nos concentrar na segunda alternativa, entre guerras de câmbio e nações indo à
falência, há mais oportunidades do que nunca para marcas e
empreendedores criativos aproveitarem as necessidades de consumo em transformação. Do Brasil à Bélgica, ninguém pode ficar
parado!
Antes de começar...
Como aqui só vamos falar de tendências, e “tendências” ainda
pode significar qualquer coisa, de “Populações que envelhecem
na Europa Central” a “Comprimento das saias para a Primavera
2012”, precisamos esclarecer que:
•
•
Nós acompanhamos tendências de consumo. Não
macrotendências. Bom, para falar a verdade nós as
acompanhamos, sim, mas não as publicamos. Então,
para conhecer o cenário geopolítico-ambiental para
2011, consulte fontes como McKinsey’s Global Institute e Global Trends.
Obviamente, tendências não “surgem” simplesmente no
dia 1º de janeiro e acabam em 31 de dezembro. Nós
ficamos bem contentes de poder oferecer aos profissionais ansiosos listas com os 11 melhores trends, mas
todas as tendências evoluem constantemente e todo o
conteúdo abaixo já está acontecendo – de um jeito ou
de outro. As grandes tendências de consumo são mais
parecidas com correntes do que com uma onda gigante
que se abate de uma vez só.
•
Também não estamos dizendo que só existem 11
tendências de consumo para serem acompanhadas em
2011; existem dúzias de tendências de consumo importantes que vale a pena conhecer e aplicar a qualquer
momento do ano. Nós só apresentamos uma seleção
para começar. Se você quiser mais, confira as listas de
outras empresas de tendências ou compre o nosso
Premium service, que inclui o 2011 Trend Report exclusivo, com mais de cem páginas/slides que destacam
mais de 60 tendências.
•
Tudo isto significa que muitas das tendências que nós
destacamos ao longo dos últimos anos vão continuar
sendo tão importantes no ano que vem quanto as que
apresentamos neste briefing. De MATURIALISM a
BRAND BUTLERS (MORDOMOS DAS MARCAS).
•
Ah, e nenhuma destas tendências de aplica a todos os
consumidores.
•
E para acabar, mas não para encerrar, trend watching
(observação de tendências) tem a ver com aplicação.
Com inovação. Com colocar a mão na massa. E com
ganhar dinheiro. Então esqueça pensamentos como
“que bom saber” e “isto é um sonho”. Consulte a última
seção deste Trend Briefing para saber como aplicar
estas tendências logo de cara.
Breve resumo das 11
tendências de consumo:
1. RANDOM ACTS OF KINDNESS
Em 2011, espere que as empresas monitorem o humor público
dos consumidores e reajam a ele com atos aleatórios de bondade... talvez o marketing nunca mais seja o mesmo ;-) Leia
mais »
2. URBANOMICS
Você está pronto para centenas de milhões ou um número ainda
maior de consumidores ousados e mais experientes? Ah, e este é
apenas um efeito colateral da urbanização global acelerada...
Leia mais »
3. PRICING PANDEMONIUM
Vendas-relâmpago, compras em grupo, ofertas guiadas pelo
GPS: neste ano, os preços nunca mais serão os mesmos... Leia
mais »
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4. MADE FOR CHINA (IF NOT BRIC)
Pode esperar um número crescente de marcas “ocidentais” que
vão lançar novos produtos ou até mesmo novas marcas voltadas
aos consumidores de mercados emergentes...(ou ao menos vão
prestar o devido respeito a eles)... Leia mais »
5. ONLINE STATUS SYMBOLS
Neste ano, você não vai errar se fornecer aos seus clientes (que
adoram a internet) qualquer tipo de símbolo, virtual ou do
“mundo real”, que os ajude a mostrar aos amigos e colegas suas
contribuições, criações ou popularidade na rede... Leia mais »
"ATOS ALEATORIOS DE BONDADE"
6. WELLTHY
Como a boa saúde hoje é tão importante quanto possuir os
maiores, mais novos ou mais reluzentes símbolos de status para
alguns consumidores, um número cada vez maior deles vai esperar produtos e serviços ligados à saudabilidade nos próximos 12
meses (e além disso) para impedir a infelicidade (se não para
melhorar sua qualidade de vida), em vez de meramente tratar
doenças e distúrbios... Leia mais »
7. SOCIAL-LITES E TWINSUMERS
Espere ainda mais consumidores se tornarem curadores: divulgando, compilando, comentando, compartilhando e recomendando conteúdo, produtos, compras e experiências, tanto para
os amigos quanto para um público mais amplo... Leia mais »
8. EMERGING GENEROSITY
Espera-se cada vez mais que marcas e indivíduos com dinheiro
nos mercados emergentes (sim, principalmente a China) deem,
doem, cuidem e se solidarizem em vez de apenas vender e
tomar. E não só em seus países de residência, mas em escala
global... Leia mais »
9. PLANNED SPONTANEITY
Como os estilos de vida se tornaram fragmentados, com ambientes urbanos densos oferecendo aos consumidores uma enorme
quantidade de opções disponíveis instantaneamente, e com os
celulares/smartphones tendo criado uma geração que tem pouca
experiência em fazer planos rígidos (ou seguir em frente com
eles), este novo ano vai presenciar a PLANNED SPONTANEITY
com força total...Leia mais »
10. ECO SUPERIOR
Quando o assunto é “consumo verde”, espere o aumento de
produtos do tipo ECO-SUPERIOR: produtos que, além de serem
sustentáveis, também são superiores a seus similares poluentes
em todos os aspectos possíveis... Leia mais »
11. OWNER-LESS
Este pode ser o ano em que compartilhar e alugar realmente entram na consciência mainstream do consumo, na medida em que
grandes marcas e governos colocam seu peso por trás desta
mudança cultural... Leia mais »
Quando se trata da megatendência GENERATION G (GERAÇÃO
G – a geração da generosidade), não há maneira melhor de uma
marca colocar dinheiro naquilo que prega (ou que ama) do que
praticando Random Acts of Kindness (R.A.K.). O desejo que os
consumidores têm por aquilo que é real, pelo toque humano,
garante que todas as ações desde uma empresa pagar uma
conta aleatória até enviar um presente-surpresa serão maneiras
eficientes de se conectar com clientes (em potencial) em 2011 –
principalmente os consumidores tão assediados na América do
Norte, na Europa e no Japão.
Para as marcas, uma estratégia de R.A.K. que seja séria (e sincera) pode significar deixar de ser vista como inflexível e de mávontade, e sim mais compassiva e carismática em vez disso. E
isso é uma coisa que, é claro, não tem preço e na verdade é divertida.
O que alimenta a tendência R.A.K. é a capacidade da marca
de realmente saber o que está acontecendo na vida dos consumidores (bom ou ruim!), já que as pessoas revelam cada vez
mais coisas a respeito de seu dia-a-dia, seu humor e os lugares
aonde vão de modo público e consciente (do Facebook ao Twitter).
Redes sociais também permitem que os atos de bondade se
disseminem muito além das pessoas que os recebem, já que
essas pessoas falam com prazer aos amigos e seguidores a respeito da boa notícia inesperada (consulte SOCIAL-LITES). Dois
exemplos divertidos a serem copiados ou aprimorados ao longo
dos próximos 12 meses:
•
O serviço de entrega de flores Interflora lançou uma
campanha de mídia social no Reino Unido para animar a
vida de usuários do Twitter ao enviar-lhes flores. Como
parte da campanha, a Interflora monitora o Twitter em
busca de usuários que acredite estarem precisando de
um pouco de animação. Quando são encontrados, os
usuários são contatados por tweet e recebem um buquê
de flores de surpresa.
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•
A campanha da empresa aérea holandesa KLM “How
Happiness Spreads” (Como a Felicidade se Espalha),
com base no Foursquare, usou uma “Surprise Team”
(Equipe Surpresa) para dar aos passageiros presentes
customizados e inesperados no aeroporto. Em novembro de 2010, assim que alguém fazia o check-in em uma
locação da KLM no Foursquare, dentro de sua rede de
aeroportos, a Surprise Team entrava na internet para
obter mais informações sobre a pessoa, escolhia um
presente adequado e dava para a pessoa antes do voo.
Por exemplo, um viajante twitou que iria perder um jogo
de futebol do PSV Eindhoven enquanto estivesse em
Nova York. Assim, o Surprise Team lhe deu um guia
Lonely Planet de NYC com todos os bares que exibiam
jogos de futebol marcados em azul.
A urbanização continua sendo uma das megatendências absolutas para a próxima década. Eis aqui apenas uma estatística reveladora: “Hoje, metade da população do mundo – 3 bilhões de
pessoas – vivem em áreas urbanas. Perto de 180.000 pessoas se
mudam para cidades todos os dias, adicionando cerca de 60
milhões de novos moradores urbanos a cada ano”. (Fonte: Intuit,
outubro de 2010)
Como isto vai mudar a arena do consumo? Em primeiro lugar, os
consumidores urbanos costumam ser mais ousados, mais
liberais mais tolerantes, mais experientes, mais propensos a
experimentar novos produtos e serviços. Em mercados emergentes, esses efeitos costumam ser ainda mais pronunciados,
sendo que os recém-chegados se veem distanciados das estruturas sociais e familiares tradicionais, ao mesmo tempo em que
são expostos constantemente a uma gama maior de alternativas.
Em segundo lugar, fique de olho nas “ILHAS URBANAS”: apenas
cem cidades hoje respondem por 30% da economia mundial, e
por quase toda inovação que existe. A maior parte delas é de
capitais mundiais que evoluíram e se adaptaram ao longo de
séculos de dominação: Londres, Nova York, Paris, etc. Só a
economia da cidade de New York é maior do que 46 das economias da África subsaariana combinadas. Hong Kong recebe mais
turistas por ano do que toda a Índia (Fonte: Foreign Policy,
agosto de 2010). No entanto metrópoles como Xangai, São Paulo
e Istambul também estão propensas a subirem no ranking.
Servir aos cidadãos de cidades nessas entidades urbanas tão
amplas requer abordagem local e específica no que diz respeito a
produtos, serviços e campanhas que espelhem, ou ultrapassem,
a abordagem comum do country-specific.
Para resumir uma história comprida: em 2011, opte por produtos, serviços, experiências ou campanhas que sejam feitas
sob medida para as necessidades (com frequência mais refinadas, com mais experiência) dos urbanitas no mundo todo,
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se não de cidade em cidade. E não se esqueça de infundi-los
com uma dose pesada de "URBAN PRIDE" (“ORGULHO URBANO”). De Absolut Cities da Smirnoff ao Megacity vehicle da
BMW, o urbano é a escolha certa.
Observação: Como URBANOMICS é talvez uma das maiores
tendências de consumo do nosso tempo, ainda que subestimada, nós vamos nos expandir sobre esta tendência no nosso
Trend Briefing de fevereiro de 2011, então, se você ainda não fez
isto, por favor, assine os nossos Trend Briefings gratuitos >>>
"PANDEMÔNIO DOS PREÇOS"
Apesar de os consumidores sempre terem procurado ofertas e
descontos especiais, novas tecnologias e serviços indicam que
2011 vai testemunhar um PRICE PANDEMONIUM total:
•
Mais consumidores estão constantemente conectados,
e quando ficam sabendo de novas promoções online,
podem disseminá-las com rapidez e facilidade em suas
redes sociais.
•
Cada vez mais, os consumidores farão parte de redes
ou grupos exclusivos para receber ofertas especiais ou
para exigi-las.
•
Aparelhos móveis cada vez mais permitem aos consumidores encontrar e receber ofertas dinâmicas bem no
ponto de venda, ou comparar preços online. Exemplo
específico: a Amazon.com acaba de lançar um aplicativo para iPhone que permite a usuários comparar
preços escaneando o código de barras do produto,
fotografando-o ou dizendo seu nome.
A conectividade sempre online está mudando os hábitos de
compra dos consumidores em uma infinidade de maneiras. Por
exemplo, recortar cupons exigia planejamento e dedicação, de
modo que não fazia muito sucesso entre os consumidores mais
interessados no aqui e agora (consulte NOWISM,) mas agora é
uma atividade online que não exige quase nenhum esforço. Além
do mais, sacar o smartphone no caixa, receber a última oferta
pelo GPS ou escanear códigos de barra é uma atividade esperta.
E, portanto, fonte de status, não de vergonha.
As marcas vão continuar a reagir com uma ampla gama de novos
modelos de negócios e estratégias de preço nos próximos 12
meses, apoiando-se sobre:
•
Compras em grupo. Os dois bilhões de consumidores
que hoje estão online podem exercer seu poder de
compra coletivo, auxiliados pela ampla gama de serviços e redes sociais que facilitam mais do que nunca a
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organização e a atuação. Fique de olho na grande
história de sucesso do Groupon em 2010, ou de seu
concorrente Living Social. De fato, os sites de compras
em grupo estão pululando em todo lugar, do GoNabit
(que cobre mercados árabes como Kuweit e Dubai), ao
Big Lion (Rússia), passando pelo Daily Deal (Alemanha).
Ou então considere estes dois exemplos como confirmação de que as compras em grupo vieram para ficar:
em setembro de 2010, o site chinês de compras coletivas Taobao vendeu 200 carros Smart em 3 1/2 horas,
ao mesmo tempo em que, em outubro de 2010, o Walmart usou o Facebook para realizar suas próprias ofertas de compras coletivas e conseguiu os 5.000 “curtir”
necessários para fazer com que o negócio se concretizasse em 24 horas.
•
Vendas para membros. O antigo formato de “clube”
(pense no Costco) recebeu novo fôlego online, onde as
comunidades de nicho se proliferam. Fazer com que
algumas inscrições sejam limitadas ou apenas por meio
de convite só faz com que a percepção de exclusividade
cresça; consumidores SOCIAL-LITE apreciam os aspectos sociais de fazer compras, ao passo que, para as
marcas, a oferta de preços reduzidos para pequenos
grupos, se traduz em TRANSPARENCY TRIUMPH
(TRIUNFO DA TRANSPARÊNCIA). Marcas refinadas de
roupas foram as primeiras a oferecer linhas com
descontos pesados para grupos selecionados, por meio
de site como vente-privee.com, Gilt Groupe e iDeeli,
mas vendas para membros agora estão se expandindo
para áreas como viagens (Jetsetter) e acessórios para
casa (One Kings Lane).
•
Vendas-relâmpago. Tanto grupos quanto comunidades
de membros com frequência usam ofertas por tempo
limitado que incentivam compras de impulso. Ao limitar
o tempo disponível, e com frequência fazendo com que
a venda esteja disponível apenas a membros, as marcas
são capazes de movimentar estoque em excesso com
rapidez. DellOutlet e Threadless obtiveram muito
sucesso com vendas-relâmpago pelo Twitter e, em novembro de 2010, o site de vendas-relâmpago Hautelook integrou suas ofertas à página da empresa no
Facebook, de modo que os consumidores podiam aproveitar a oferta do dia sem sair do site. De fato, com
tantas ofertas diárias, agora existem sites como Yipit e
MyNines que agregam todas as ofertas. Menos vendarelâmpago e mais liquidação de fim de semana, é assim
a loja de fábrica online da varejista J. Crew. Aberta todo
fim de semana do meio-dia da sexta até a meia-noite do
domingo (horário da Costa Leste dos EUA), o site
oferece uma seleção de algumas das peças de mais
sucesso da J. Crew, produzidas com exclusividade para
a fábrica, a preços reduzidos.
•
Descontos locais. Com cada vez mais consumidores
capazes de divulgar sua localização, publicamente pelo
Facebook, Twitter ou por outro serviço dedicado a ser-
viços, as marcas podem oferecer ofertas diretamente a
consumidores que estão praticamente no ponto de
venda. Elas podem vir por meio de recompensas por
desempenhar certas ações (Shopkick e Checkpoints),
promoções geolocalizadas (PlaceCast), ou aplicativos
que simplesmente têm capacidade de localização como
o Vouchercloud, do Reino Unido. De fato, apesar do
hype relativo a serviços de jogos de check-in como o
Foursquare, marcas que atingem o consumidor final
estão descobrindo que a melhor maneira de incentivar
clientes é oferecer-lhes ofertas (dê uma olhada na promoção da Gap para lançar Facebook Deals – Ofertas
do Facebok).
•
Preços dinâmicos. Uma prática tradicional do setor
aéreo, melhorias em informações em tempo real hoje
permitem que outros setores experimentem com modelos inovadores de preços dinâmicos, tais como o Off
and Away, dos Estados Unidos, que leiloa quartos de
hotel, e o Swoopo, um site alemão de “entertainment
shopping” (compras por diversão) em que cada lance
feito estende o período do leilão.
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tempo em que apenas 37% disseram preferir as locais.
(Fonte: McKinsey, setembro de 2010)
Então, quem já entrou na onda do MADE FOR CHINA? Dê uma
olhada nos seguintes exemplos:
"FEITO PARA A CHINA (SE NÃO PARA OS BRICs)"
Pode esperar um número crescente de marcas “ocidentais”
que vão lançar novos produtos ou até mesmo novas marcas
voltadas a consumidores dos mercados emergentes (ou ao
menos vão demonstrar o devido respeito a eles). Afinal de
contas, é onde o dinheiro está neste momento, e marcas ocidentais ainda são favorecidas frente às locais, de modo que a combinação de qualidade percebida com um pouco de customização, amor ou exclusividade local faz total sentido*.
* Assim como todos os consumidores, estes consumidores chineses, indianos ou brasileiros vão apreciar produtos que sejam
feitos sob medida para suas necessidades, vontades e desejos,
ou por motivos práticos (forma, tamanho, características) ou devido ao desejo profundamente enraizado por reconhecimento
(orgulho cultural, legado, estilo de vida).
Este fenômeno MADE FOR CHINA (IF NOT BRIC) é apenas uma
das diversas subtendências derivadas da macrotendência da
transferência de poder econômico e de consumo na direção dos
mercados emergentes. Só para lembrar:
•
As vendas no varejo da China, o maior termômetro dos
gastos dos consumidores, cresceu 18,7% nos 12 meses
anteriores até maio de 2010, para US$ 183 bilhões, seguindo crescimento de 15,2% no ano anterior. (Fonte:
Departamento Nacional de Estatísticas da China, junho
de 2010)
•
As vendas no varejo da China podem ultrapassar as dos
EUA ao alcançar US$ 5 trilhões em 2016. (Fonte: Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, setembro
de 2010)
•
Consumidores chineses abastados preferem marcas
estrangeiras: 52% dos consumidores cuja renda anual
ultrapassa RMB 250.000 (US$ 36.765) confiam em marcas estrangeiras mais do que nas chinesas, ao mesmo
•
A marca de jeans dENIZEN da Levi's, com foco em
consumidores asiáticos/chineses têm silhueta mais estreita.
•
O telefone celular Shanghai Blue da Dior, um modelo
caríssimo, só é vendido nas lojas de Xangai.
•
A nova marca chinesa da Hermès, a Shang Xia; suas
lojas luxuosas vendem prêt-à-porter e artes decorativas
inspiradas pela cultura chinesa.
•
A edição limitada da bolsa Marcie, da Chloé, para
comemorar o quinto aniversário da marca na China.
•
A edição limitada da BMW, em cor de laranja metálico,
do M3 Tiger, para comemorar o 25º aniversário do
modelo M3 na China, que coincidiu com o calendário
lunar chinês (o ano do tigre).
•
Para terminar, mas não para concluir, e a inspiração por
trás do título desta tendência: os funcionários da loja da
Apple em Xangai começaram a usar camisetas vermelhas com o slogan “Designed in California, Made for
China” (projetado na Califórnia, feito para a China), escrito em mandarim. A mensagem é um jogo de palavras
com a mensagem que pode ser encontrada na parte de
trás de todos os iPhones: “Designed by Apple in California, assembled in China” (projetado pela Apple na
Califórnia, montado na China).
P.S. Marcas como Honda (Li Nian), Nissan (Venucia) e GM (Baojun) andam ocupadas para introduzir marcas “mais baratas” na
China, também, já que muitos consumidores em mercados
emergentes ainda têm menos dinheiro para gastar do que seus
pares em mercados de consumo maduros. E, sim, esta é mais
uma subtendência “Emerging Markets” (mercados emergentes).
Se você realmente ainda não se satisfez com este tópico, volte a
ler os nossos Trend Briefings sobre FUNCTIONALL e EXCEPTIONALL
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mesmo tempo), a insígnia Entourage (conferida quando
se faz o check-in com dez amigos), a insígnia de Gym
Rat (rato de academia; conferida quando alguém faz o
check-in na academia dez vezes em 30 dias), e até a
insígnia de Last Degree (último grau; conferido quando
se faz o check-in no Pólo Norte ;-).
"SÍMBOLOS DE STATUS ONLINE"
•
Nerd Merit Badges (Insígnias de Mérito de Nerd) são
representações na vida real das conquistas online de um
usuário no Foursquare. As insígnias bordadas e com
velcro custam aproximadamente US$ 6. E a própria loja
online do Foursquare agora oferece broches similares
para o mundo real.
A cultura online continua sendo a cultura, e assim veremos uma
elevação nos símbolos de status online nos próximos 12 meses
(afinal de contas, símbolos de status refletem o espírito do
tempo como nenhuma outra coisa). Aquilo que começou como
gabar-se do número de visitantes a uma página do Flickr ou a um
blog hoje engloba o número de amigos no Facebook (ou em
qualquer outra rede social), de seguidores no Twitter, de checkins no Foursquare e todo um amplo leque de outras métricas que
indicam o grau de “conexão” de uma pessoa.
Nos próximos 12 meses, não tem como errar se você fornecer aos seus clientes (que adoram a internet) qualquer tipo
de símbolo, virtual ou do “mundo real” que os ajude a
mostrar a seus pares as suas contribuições online, o quanto
são interessantes, as suas criações ou sua popularidade.
De fato, um elemento extra em que se deve prestar atenção são
os novos símbolos de status que pertencem tanto ao mundo
“real” quanto o “online”. De manifestações físicas de status
digital (pense em suvenires personalizados do Facebook e do
Twitter), ao reconhecimento de atividades físicas (atualização de
status ou insígnias baseadas em visitas no mundo real), os consumidores vão querer mostrar seus símbolos de status online em
todas as arenas. Alguns exemplos divertidos (porém reveladores):
•
O Twournal permite os usuários do Twitter transformar
seus tweets e fotos em um jornal publicado na vida real.
Além de criar seus próprios “livros”, os usuários podem
também comprar e vender publicações de outros
usuários.
•
A CrowdedInk, dos EUA, oferece um aplicativo que
permite aos usuários criar canecas cheias de fotos de
seus amigos do Facebook ou seguidores do Twitter.
Basta colocar seu nome de usuário que um modelo da
caneca é gerado automaticamente em minutos.
•
O jogo social Foursquare, que se vale da localização
dos usuários, premia os membros com insígnias
(badges) por desempenhar tarefas, incluindo a insígnia
de Supermayor (superprefeito; conferida quando alguém
é “mayor” – prefeito – de dez lugares diferentes ao
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com benefícios à saúde embutidos que realmente sejam bonitos, desejáveis, acessíveis, divertidos, gostosos, interessantes ou com uma história. Alguns exemplos:
•
O Strollometer (algo como “carrinho de bebê-nômetro”)
é um aparelho que registra todos os aspectos da rotina
de uma mãe com bebê pequeno de passear com o
carrinho. Na tela do aparelho, as mães podem conferir a
velocidade, a distância percorrida, o tempo passado
com o exercício, a velocidade média e máxima e a temperatura do lado de fora. Quando o passeio de carrinho
termina, a mãe pode entrar com seus dados no site
Fit4Mum.com e ver seus resultados em termos de calorias queimadas.
•
Sleep On It (algo como “durma com isto”) é um aplicativo móvel que permite aos usuários acompanharem
seus padrões de sono à noite. A ferramenta gratuita é
capaz de determinar que fatores podem estar afetando
o sono e quanto tempo os usuários precisam dormir a
cada noite para se sentirem descansados e energizados.
O Sleep On It permite acompanhar a duração e a qualidade do sono, além do tempo de soneca e o humor
para ver qual é o impacto do sono sobre a saúde e a
qualidade de vida de maneira geral.
•
Philips DirectLife é um pequeno monitor leve para
vestir que acumula um registro detalhado das atividades
diárias do usuário. Os dados são colocados no site pessoal DirectLife de cada um e mostram quantas calorias
foram queimadas ao longo do dia. O usuário compara
seu progresso em relação a seu objetivo pessoal e tem
acesso a um treinador pessoal online. Os usuários
também podem se comparar com outras pessoas e se
conectar à comunidade online para incentivá-los a compartilhar dicas e manter a motivação.
•
Tanto a Microsoft quanto a Sony lançaram recentemente
controladores de games com sensores de movimento: o
Kinect para X-Box e o Move para Playstation. Os
sistemas usam câmeras (e um controlador para o Move)
para detectar os movimentos dos usuários durante o
jogo. Os controles foram projetados não apenas para
aprimorar a experiência com games mas também, da
mesma forma que o Nintendo Wii, para adicionar uma
dimensão saudável e física à atividade, com títulos
como EA Sports Active 2 e Get Fit with Mel B.
Como a boa saúde hoje é tão importante quanto possuir os símbolos de status maiores, mais novos ou mais reluzentes para
alguns consumidores, cada vez mais deles vão querer produtos e
serviços ligados à saúde para impedir a infelicidade, se não para
melhorar sua qualidade de vida, em vez de simplesmente tratar
doenças e distúrbios. Alguns sinais dos tempos:
•
73% dos consumidores dos EUA consideram que estar
em boa forma física é importante para estar “bem”,
sendo que 74% incluem “sentir-se bem a respeito de si
mesmos”. (Fonte: The Hartman Group, agosto de 2010)
•
Estima-se que 500 milhões de pessoas no mundo todo
usem aplicativos móveis de cuidados com a saúde até
2015. (Fonte: Research2Guidance, novembro de 2010)
•
Existiam quase 17.000 aplicativos de saúde disponíveis
nas principais lojas de aplicativos em novembro de
2010, sendo que 57% delas eram voltadas ao consumidor, e não a profissionais de saúde. (Fonte: Research2Guidance, novembro de 2010)
•
Jovens adultos são os que mais usam aplicativos de
saúde ou médicos: cerca de 15% das pessoas com
idade entre 18 e 29 anos os têm, na comparação com
8% dos usuários com idade entre 30 e 49 anos. (Fonte:
The Pew Internet Project, outubro de 2010)
Nos próximos 12 meses, conte com ainda mais tecnologias de
monitoramento que vão se tornar portáteis ou até vestíveis, assim como mais baratas (os smartphones que muitos consumidores possuem hoje são mais avançados do que a maior parte
dos aparelhos médicos específicos).
Além disso, redes sociais comuns e especificamente médicas
oferecem ao público uma plataforma para compartilhar, comparar
e discutir suas questões de saúde pessoais com outros consumidores.
Para terminar, mas não para concluir, a “consumerização” da
saúde significa que mais consumidores vão escolher produtos
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Então, os consumidores vão falar mais do que nunca sobre marcas neste ano, e oportunidades para marcas que criam conteúdo
envolvente, ou para marcas que tem personalidades que envolvem consumidores, também serão maiores do que nunca.
Facilitar com que os SOCIAL-LITES retuítem ou “curtam” este
conteúdo é, obviamente, a exigência número um. Exemplos:
Em 2011, o boca a boca e as recomendações vão depender
ainda mais da dinâmica do P2P (“peer-to-peer”). Se TWINSUMERS* (consumidores com padrões de consumo semelhantes e
que por isso são fontes valiosas para recomendações a respeito
do que comprar e experimentar) têm tudo a ver com o aprimoramento da “curadoria de busca”, os SOCIAL-LITES têm tudo a
ver com descoberta, já que os consumidores se tornam curadores que divulgam, remixam, compilam, comentam, compartilham e recomendam conteúdo, produtos, compras e
experiências de maneira ativa, tanto pata seus amigos
quanto para um público mais amplo.
•
O STRP Art and Technology Festival (Festival de tecnologia e arte) que ocorreu de 18 a 28 de novembro de
2010 em Eindhoven, Holanda, empregou o uso de RFID
(Radio-Frequency Identification – identificação por frequência de rádio) em museus e galerias, permitindo aos
convidados avaliarem os trabalhos artísticos por meio
de pulseiras com RFID. Os visitantes usaram pulseiras
RFID e “dashes” (batidinhas – que representam o
quanto gostaram de algo) para marcar obras de arte,
sendo que os resultados foram juntados para formar
uma “tag cloud” (nuvem de marcação) visível,
mostrando as exposições de mais sucesso e onde se
localizavam.
•
Gogobot é uma comunidade online de viagens com
lente social. Os usuários fazem perguntas a respeito de
destinos (pense em algo como: “Onde tem um restaurante divertido em Paris?”), não apenas para a comunidade do Gogobot, mas também para suas redes no
Facebook e no Twitter. O Gogobot reúne as respostas e
inclui fotos e links para todos os lugares mencionados.
•
A Levi's integrou sua loja online com o Facebook, permitindo aos clientes que interajam socialmente com
amigos e criem uma experiência de “compra com mentalidade parecida”. Da loja da Levi's, os usuários podem
compartilhar produtos com amigos por meio da Friend
Store, “curtir” os itens ou buscar aqueles que foram
“Top Liked” (Mais Curtidos) dentro do Facebook.
•
A Amazon agora permite que os usuários integrem a
conta do Facebook com a da Amazon. O recurso permite que a Amazon se conecte por meio da rede social
de um usuário e então faça recomendações (pense em
livros, DVDs e músicos) com base nas informações encontradas no perfil do Facebook.
•
O Mombo, dos Estados Unidos, analisa feeds de Twitter
de usuários do mundo todo e atribui notas a filmes com
base na opinião coletiva dos usuários do Twitter, sendo
que cada tweet é examinado pelo programa de “análise
de sentimento” do site. Usuários que se inscrevem com
o Twitter recebem recomendações de filmes com base
no que os amigos deles tuitaram.
•
Storify ajuda os usuários a selecionar conteúdo que
encontram em sites de redes sociais. Os usuários recortam e colam trechos de conteúdo (incluindo foto e
vídeo) de diversas fontes na internet e colocam tudo
junto para transmitir sua mensagem desejada.
* Uma atualização sobre a tendência TWINSUMER vai chegar até
você em breve. Quer dizer, se você estiver inscrito para receber
os nossos Trend Briefings mensais.
Por que os consumidores iriam querer se tornar curadores?
Porque muitos deles investem tempo e esforço para construir o
“BRAND ME” (AS SUA PRÓPRIAS MARCAS PESSOAIS) por
meio de perfis online que registram suas opiniões e recomendações. E, como o público das economias de conhecimento valorizam tudo que seja interessante, relevante e útil, essas pessoas
conferem status a esses curadores ou SOCIAL-LITES que compartilham.
Além do mais, nunca foi tão fácil se tornar um SOCIAL-LITE. Em
vez de precisar ligar, mandar mensagem de texto ou mesmo
mandar um e-mail para alguém pessoalmente, os streams das
redes sociais permitem aos usuários que divulguem informação
com facilidade para uma ampla gama de pessoas sem interromper nem ser intrusivo.
Atenção: costumes e comportamentos sociais continuam evoluindo. Mas as conexões que os consumidores estabelecem entre
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si são pessoais e, portanto, valiosas (e elas não são todas a
respeito de marcas!). E os SOCIAL-LITES ainda operam em uma
esfera social com importância intrínseca aos participantes. Assim, as marcas precisam pisar com cuidado, tratar os consumidores com respeito e serem totalmente transparentes. Se você
der um passo em falso, vai ver como os SOCIAL-LITES de 2011
sabem ser maldosos como o diabo ;-)
"GENEROSIDADE EMERGENTE"
Em 2011, a GENERATION G(ENEROSITY) vai continuar a render.
Leve em conta a EMERGING GENEROSITY, em que se espera
cada vez mais que marcas e indivíduos com dinheiro nos mercados emergentes (sim, principalmente a China) deem,
doem, cuidem e se solidarizem em vez de apenas vender e
tomar. E não só em seus países de residência, mas em escala
global. Trata-se de uma mudança cultural profunda e uma demanda de consumo que seus pares em mercados maduros já
vivem há alguns anos – e por isso já se acostumaram a elas. Algumas estatísticas divertidas:
•
86% dos consumidores globais acreditam que as empresas precisam dar ao menos um peso equivalente aos
interesses da sociedade e os interesses comerciais.
78% dos consumidores indianos, 77% dos chineses e
80% dos brasileiros preferem marcas que dão apoio a
boas causas, na comparação com 62% dos consumidores globais.
8 em cada 10 consumidores na Índia, na China, no
México e no Brasil esperam que as marcas doem uma
porção de seus lucros em apoio a uma boa causa.
(Fonte: Edelman, novembro de 2010.)
•
O número de milionários na Índia em 2009 cresceu 51%,
para 126.700. (Fonte: Merrill Lynch, junho de 2010.)
•
Yu Pengnian, de 88 anos, tornou-se o primeiro filantropo
de um bilhão de dólares da China em abril de 2010. A
Fundação Yu Pengnian tem hoje US$ 260 milhões em
depósitos bancários e portfólio de imóveis em Hong
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Kong e Shenzhen avaliado em pouco menos de US$ 1
bilhão, que deve contribuir com US$ 50 milhões em
dinheiro a cada ano para a fundação. (Fonte: Hurun Rich
List, outubro de 2010.)
•
Em setembro de 2010, Bill Gates e Warren Buffett ofereceram um jantar para os ultra-ricos da China para promover a filantropia. O evento foi semelhante a sua iniciativa de fazer com que os bilionários se comprometessem a doar pelo menos metade de sua riqueza, embora
os dois terem negado que estavam recriando o compromisso ou fazendo pressão sobre as pessoas para
doar, mas simplesmente usando o evento para responder a perguntas e discutir questões relativas ao
desenvolvimento de uma cultura de filantropia. (Fonte:
jornal Washington Post, outubro de 2010.)
"ESPONTANEIDADE PLANEJADA"
Neste ano, qualquer marca ou indivíduo que se dê muito bem vai
ter a expectativa de se unir à GENERATION G. Graças a transferência de poder e ao incansável TRANSPARENCY TRIUMPH,
as pessoas que não sabem como doar não vão ter mais
desculpa, e não vão ter como se esconder ;-)
Há dois anos, nós destacamos o NOWISM: o desejo ávido dos
consumidores pela gratificação instantânea alimentada por produtos e serviços em tempo real ainda mais rápidos e mais
acessíveis.
Também observamos que o NOWISM era parte de uma tendência cultural, social e tecnológica maior na direção de maior
espontaneidade. Como os estilos de vida se tornaram fragmentados, com ambientes urbanos densos (URBANOMICS) oferecendo aos consumidores uma enorme quantidade de opções
disponíveis instantaneamente, e com os celulares/smartphones
tendo criado uma geração que tem pouca experiência em fazer
planos rígidos (ou seguir em frente com eles), 2011 vai presenciar
a PLANNED SPONTANEITY com força total.
Pode esperar que os consumidores vão se apressar para assinar
serviços (a parte PLANNED) que permite MASS MINGLING (INTERAÇÃO EM MASSA) infinita e quase sem esforço com amigos,
familiares, colegas ou desconhecidos que podem vir a ser amigos ou companheiros (daí a parte da SPONTANEITY ;-)
O que vem a seguir? Vá além do Twitter, e espere que consumidores (mais jovens) optem por decisão própria compartilhar sua
localização* passivamente e contínuamente, em troca de
sugestões verdadeiramente espertas a respeito do que podem
fazer ou de quem podem encontrar. Será que os consumidores
vão aceitar que seus dados móveis sejam coletados, agregados,
analisados e compartilhados? Se os benefícios forem interessantes, divertidos ou capazes de melhor a vida o suficiente, então a
resposta mais provável é sim.
* De acordo com Jeff Jonas, da IBM, aparelhos moveis nos Estados Unidos estão criando cerca de 600 bilhões de “transações”
com identificação espacial por dia (isso inclui todas as ligações e
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mensagens de texto, não apenas os smartphones conectados à
internet!).
Para os consumidores, saber onde estão e o que / quem está por
perto é a chave para a PLANNED SPONTANEITY. Isto está prestes a ficar muito mais fácil, na medida em que a geolocalização
se torna característica básica de redes sociais e aplicativos da
internet (de provedores existentes que adicionam informações
sobre locais, como o Places do Facebook, o localizador do
Twitter e o Hotpot do Google, até serviços dedicados como
Foursquare, Gowalla e Brightkite). Exemplos:
•
Geomium pega dados de sites de avaliações locais
como o Yelp e o Qype e os combina com informações
sociais para não apenas permitir ao usuários de ambas
ferramentas vejam os amigos por perto, mas também
encontrem eventos, informações sobre locais a que podem ir e ofertas nas proximidades.
•
LikeOurselves permite a indivíduos com interesses
compartilhados que se encontrem por meio de grupos
móveis. O serviço também permite aos usuários que
criem um grupo com rapidez e localizem integrantes em
um raio de 32 quilômetros de sua localização, assim
propiciando encontros marcados de última hora.
•
Fast Society é uma nova empresa com sede em Nova
York que retornou às raízes do Twitter com a intenção de
simplificar a comunicação entre amigos em movimento.
O serviço tem como base as mensagens de texto de
celular e os grupos duram entre 3 horas e 3 dias, aumentando a natureza espontânea da oferta.
•
Unsocial tem o objetivo de auxiliar as pessoas a encontrar outras pessoas que compartilhem a mesma profissão ou setor. O Unsocial funciona usando um algoritmo com base na localização – quando um usuário
abre o aplicativo e faz o login, pode clicar no botão
“People” (Pessoas) e, depois disso, o aplicativo vai
mostrar combinações relevantes próximas.
"SUPERIORIDADE ECOLÓGICA"
O desafio número um para governos, consumidores e empresas
(com ou sem recessão) continua sendo a busca por sociedades e
economias mais sustentáveis do ponto de vista ambiental.
Quando o assunto é “consumo verde”, espere o aumento de
produtos do tipo ECO-SUPERIOR: produtos que, além de
serem sustentáveis, também são superiores a seus similares
poluentes em todos os aspectos possíveis. Pense em uma
combinação de características ecológicas com funcionalidade
superior, design superior e/ou economia superior.
Por que a necessidade do ECO-SUPERIOR? O número de consumidores que buscam por produtos ecológicos de maneira ativa
está chegando a um patamar, na medida em que os consumidores médios começam a questionar o valor e a eficiência de se
tornarem “verdes”:
•
Ao passo que 40% dos consumidores se dizem dispostos a comprar produtos ecológicos, apenas 4% deles de
fato o fazem quando têm essa escolha. (Fonte: Journal
of Marketing, setembro de 2010)
•
58% dos consumidores globais consideram os produtos
que não prejudicam o ambiente caros demais, ao passo
que 33% dos consumidores globais acham que esses
produtos não funcionam tão bem. (Fonte: GfK Roper,
setembro de 2010)
•
Apesar de o volume de produtos ecológicos disponíveis
para os consumidores dos EUA ter aumentado 73%
entre 2009 e 2010, apenas 5% dos produtos não incluíam algum tipo de alegação “esverdeada”. (Fonte:
Terrachoice, outubro de 2010)
Espere ver um número de marcas líderes passarem da simples
divulgação das qualidades sustentáveis e ecológicas de seus
produtos (com seu alcance de nicho) e começarem a tomar como
alvo o coração das alternativas tradicionais: dar ênfase à qualidade superior e ao design, à durabilidade maior e/ou aos custos
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menores em longo prazo de produtos de maneiras que vão
agradar até aos consumidores mais ecocéticos, autocentrados ou prejudicados do ponto de vista financeiro.
Exemplos de ECO-SUPERIOR? Que tal o Ovopur, um aparelho
de purificação de água bonito, natural e sustentável, ou o Stealth
Toilet, que contém um sistema de descarga que só usa três litros
de água por descarga – fazendo com que uma família média
economize quase 76.000 litros de água por ano, ou o Renault
DeZir; um supercarro-conceito “verde” que vai de 0 a 100
quilômetros por hora em cinco segundos, ou o a lâmpada de 12
watts EnduraLED da Philips...
"SEM DONO"
Enquanto isso, a nossa tendência ECO-EASY (ECOFÁCIL), que
destacamos nas nossas 10 tendências para 2010, continua forte.
Eis o que dissemos há um ano:
“Ao passo que as atuais boas intenções de corporações e dos
consumidores ajudam, ecorresultados sérios vão depender de
tornar os produtos e os processos mais sustentáveis, sem que os
consumidores jamais reparem, e, se necessário, sem deixar
muito espaço para os consumidores e as empresas optarem por
alternativas menos sustentáveis. E isso com frequência significa
intervenção governamental forçada, se não dolorosa, ou
então uma dose de coragem corporativa muito séria, ou design e
ideia brilhante e esperta, se não todas as alternativas combinadas. Pense em qualquer coisa desde prédios completamente
ecológicos até a proibição total de sacolas e garrafas plásticas,
passando pela restrição super-rigorosa para o atum de barbatana
azul – qualquer coisa que já de cara não deixe espaço para escolha ou complacência, e que, portanto, faz com que seja “fácil”
para os consumidores (e para as corporações) fazer aquilo que é
certo e necessário.”
Eis aqui apenas um exemplo ECO-EASY que chamou a nossa
atenção recentemente:
•
Em setembro de 2010, o famoso parque nacional
Cinque Terre da Itália anunciou que o uso de garrafas
de água de plástico por turistas e visitantes estava proibido, em uma tentativa de preservar o litoral da poluição
e do lixo. Em vez disso, os visitantes vão poder comprar
recipientes de metal reutilizáveis, que poderão encher
com água com ou sem gás de bebedouros públicos.
Nós cobrimos o ressurgimento da propriedade e estilo de vida
fracionados dos modelos de negócios de leasing (chega de timeshares ardilosos!) no nosso briefing TRANSUMERS, lá em 2006.
Marcas como Rent the Runway (moda) e Avelle (bolsas – anteriormente Bag, Borrow or Steal) e P1(carros de luxo) mostraram
que, para muitos consumidores, o acesso é melhor do que propriedade. De fato, ao longo dos últimos anos, houve poucos setores que não sofreram o “tratamento Netflix”, de livros didáticos a joias, passando por videogames educacionais e calculadoras.
Para os consumidores, o apelo é óbvio:
•
A propriedade tradicional implica um certo nível de responsabilidade, custo e comprometimento. Os consumidores que buscam conveniência e coletar o máximo
de experiências possíveis não querem saber de nada
disto.
•
Empresas propriedade fracionada e de “leasing lifestyle”
oferecem a possibilidade de atualizações perpétuas
para o mais novo e para o melhor, a capacidade de
maximizar o número e a variedade de experiências. E
permitir aos consumidores que acessem luxos que de
outra maneira estariam fora de seu alcance.
•
Possuir bens volumosos que não são muito usados é ao
mesmo tempo caro e insustentável, principalmente em
ambientes urbanos densos em que o espaço é dispu-
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tado. Com mais consumidores que têm acesso a sistemas online, fica mais fácil reservar itens quando e onde
eles são necessários (consulte PLANNED SPONTANEITY).
PRECISA DE MAIS ALGUMA COISA?
Então, este pode se o ano em que compartilhar e alugar
realmente entra para a consciência do consumidor médio.
Dois avanços fundamentais:
•
•
Espere ver mais marcas grandes entrando em ação.
Tome como exemplo o compartilhamento de carros, um
dos grandes sucessos da tendência OWNER-LESS,
com clubes de carros surgindo por todo o mundo: o
Zipcar é o líder de mercado, mas serviços semelhantes
podem ser encontrados em todos os lugares, da Austrália (GoGet) ao Brasil (Zazcar).Grandes marcas, ao ver
o sucesso dessas iniciativas menores, estão cada vez
mais entrando em ação: a Hertz lançou seu serviço de
compartilhamento de carros, o Connect, em dezembro
de 2008, e agora a Daimler adicionou Hamburgo e
Austin, no Texas, depois do sucesso do piloto do
car2go em Ulm (Alemanha). Em julho de 2010, a Peugeot lançou seu serviço de “mobilidade” Mu no Reino
Unido depois de lançamento de sucesso na França, na
Alemanha, na Itália e na Espanha. Os consumidores
podem alugar carros, scooters, vans ou até bicicletas.
Autoridades locais estão descobrindo que soluções
compartilhadas lhes permitem expandir seus serviços
com custo mais baixo, e de maneira sustentável. Programas de bicicletas públicas foram o maior sucesso
global de 2010, com esquemas lançados em Minnesota, Londres, Cidade do México, e pela região do
Ruhr na Alemanha. Agora, os governos estão explorando novas formas de transporte, com o lançamento
em Paris (que foi pioneira no compartilhamento de bicicletas) do Autolib, um esquema de compartilhamento
de carro elétrico com previsão para setembro de 2011, e
o anúncio feito em outubro de 2010 pelo Departamento de Transporte de Nova York de sua parceria com
a Zipcar.
Outro grande incentivo para a economia OWNER-LESS é que
com tantas iniciativas de transporte de alta visibilidade, todos os
consumidores estão se acostumando a ver esquemas em ação, e
eles se sentem cada vez mais confortáveis com a ideia de compartilhar e alugar objetos caros e que muitas vezes ficam sem ser
usados.
Para muitos de vocês, nosso conteúdo grátis basta para que
você siga em frente. E, no entanto, o que você viu acima é apenas um aperitivo de tudo que acompanhamos.
Então, se você precisa de acesso a todas as tendências que vamos acompanhar em 2011, incluindo exemplos de tendências do
mundo todo, totalmente indexados e formatados para busca,
então por favor dê uma olhada no nosso serviço Premium
Membership.
Ele inclui acesso protegido por senha ao 2011 Trend Report
completo, com mais de 100 slide / páginas e também ao nosso
arquivo Trend Database, que não para de crescer e hoje contém
mais de 4.000 exemplos. Os clientes Premium também recebem
atualizações mensais e conteúdo bônus até maio de 2012.
Você vai estar em boa companhia (ainda que altamente competitiva): as principais marcas e agências B2C (veja a amostra
acima), do Google à Virgin, passando pela Saatchi & Saatchi, já
estão trabalhando com o nosso conteúdo Premium. Muitas pequenas empresas ambiciosas também compraram o serviço, já
que nossas ofertas são bem razoáveis. Mais informação aqui »
P.S.: A breve introdução acima só examina ofertas de marca /
governo. Há ainda toda uma gama de sites de compartilhamento
P2P que estão surgindo para facilitar o aluguel e o compartilhamento entre consumidores, disponibilizando tudo que vai de
casas a moda, passando por carros (e espaços para o estacionamento de carros). Observe este espaço para um Trend
Briefing completo sobre o crescimento do OWNER-LESS.
Você está lendo a versão do PDF em português de um dos Trend Briefings da trendwatching.com. (Veja www.trendwatching.com/pt/trends)
Aplique!
Para leitores fieis, isto aqui já é uma notícia antiga: quatro maneiras de aplicar estas tendências de consumo e ganhar algum dinheiro com as inovações que elas criam. Apenas pergunte
a si mesmo se elas têm o potencial de (e se elas tiverem, pense
em como):
1.
Influenciar ou delinear a visão da sua empresa.
2.
Inspirá-lo a criar um novo conceito de negócios, uma
empreitada completamente nova, uma nova marca.
3.
Adicionar um novo produto, serviço ou experiência a
um certo segmento de consumo.
4.
Falar a língua dos consumidores que já “vivem” uma
tendência.
Para obter mais dicas a respeito de como identificar e aplicar
tendências, consulte a nossa seção TIPS (DICAS). Facinho, facinho, não é mesmo?
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