do Arquivo - Desafio Ensino Médio “Vai lá e faz!”

Conceito de MVP
Não é incomum empresas gastarem tempo e dinheiro na criação e lançamento de novos produtos,
apostando que estes irão lhe render bons lucros de forma rápida. Na prática, entretanto, não e isso que ocorre.
O resultando são inúmeros casos de falência em que deparamos comumente.
Para contextualizar temos a historia de uma grande empresa, a Dunkin’Donuts, que vende milhões de
rosquinhas nos Estados Unidos e que no Brasil não obteve o mesmo sucesso. Aqui a rede fechou as portas
no ano de 2005, porém após oito anos eles voltaram, depois de terem estudado e se preparado melhor para o
mercado brasileiro.
O exemplo acima mostrou o insucesso de uma multinacional que tem milhares de franquias
espalhadas pelo mundo e todo um suporte empresarial. Agora imagina um novo empreendimento, com um
baixo orçamento para investir na sua ideia e sem o suporte e acompanhamento adequados. Será que teria uma
segunda chance?
Uma opção para combater esse cenário de incertezas é o MVP, sigla em inglês, mas quando traduzida
para o português significa Mínimo Produto Viável. Uma ferramenta para testar a viabilidade do seu produto
no mercado. O proposito é gastar o menos possível em algo que comprove que sua proposta de valor tem
potencial, basicamente um protótipo que não te leve a falência.
Através do MVP será possível a apresentação de indicativos mais concretos da relação entre o seu
produto e o consumidor. Porém a maneira como você vai utiliza-lo varia, pois ele é dependente do modelo de
negócio. Por isso para escolher como você testará sua viabilidade, é indispensável analisar o seu público e
posteriormente identificar a forma mais atraente de apresentação do seu serviço a esse consumidor . Vale
ressaltar que nem sempre ele será uma versão exata do produto, o importante é ele passar a ideia central da
proposta. Assim fica mais fácil avaliar a reação do público alvo, sendo o retorno positivo ou negativo.
Métricas para a validação da ideia
Um dos maiores riscos para os empreendedores é analisar os fatos de maneira distorcidas, levando-os
ao erro. Por exemplo: Digamos que você lançou um website para vender um produto pela internet e que
10.000 pessoas acessem o seu website no primeiro mês e que todos os meses seguintes, esse número tenha
crescido em 10%. Talvez você olhe para esses dados e pense: “Estou sendo bem-sucedido!”. Porém, ao olhar
para o número de vendas, você verá que realizou mensalmente apenas 100 vendas, e que esse número está
estagnado, sem crescimento. Isso significa que o seu negócio, na verdade, não está tão bom.
Para validar a ideia, é necessário se atentar ao que você está analisando. Normalmente, o fator
principal é se o produto está sendo vendido ou não. Por exemplo: Você pode sair na rua perguntando para as
pessoas se elas comprariam um pedaço de bolo por R$2,00. Talvez você descubra que 80% delas
comprariam.
Logo em seguida então você abre a sua mochila e tenta vender um pedaço de bolo por R$2,00 e
acaba descobrindo que apenas 5% delas compram um pedaço de bolo pelo preço indicado. Na sua opinião,
qual é o número que realmente importa: Os 80% que disseram que comprariam, ou os 5% que realmente
compraram?
Perceba a importância dessa resposta, porque você se baseará nela para saber quantos bolos irá
cozinhar e, se você cozinhar para 80% e apenas 5% comprarem, a sua empresa irá quebrar.
CRIANDO SEU MVP
Suponhamos que você pensou em uma solução para um problema cotidiano. Agora quer saber se ele
será um bom empreendimento. Como já vimos, não é uma boa estratégia apostar no escuro, testar sua ideia
pode te livrar de uma roubada. O primeiro passo é captar se sua proposta será entendida pelas pessoas.
Para apresentar o problema para o consumidor, reúna todas as informações sobre o produto, os
clientes, os preços, o tipo de mercado, a demanda e a concorrência. Estes parâmetros irão te ajudar a construir
seu MVP.
Uma ferramenta bastante utilizada é a entrevistar os seus potenciais consumidores, seja ela online ou
pessoalmente. Exponha a ele o problema identificado e como pretende resolvê-lo. Tente entender a visão do
consumidor a respeito da sua proposta acerca do produto. Analise as resposta e utilize-as para moldar o seu
teste de viabilidade.
Para exemplificar melhor, temos um MVP de sucesso, o Facebook. A rede social foi testada
primeiramente dentro da Universidade de Harvard. Este período foi muito importante, pois através dos
retornos que os alunos entregavam, foram feitas alterações fundamentais para satisfazer os usuários, além de
validar a ideia, ou seja, comprovar que há pessoas interessadas em se conectar por meio de redes sociais. E
hoje o site é usado por todo o mundo.
Por isso, comece pequeno, pense pequeno. O que importa, é validar o conceito. Antes de pensar no
produto atingir o Brasil, pense no seu bairro, ou na sua escola, ou na sua classe, ou nos seus amigos.
Vá Além
A seção “Vá Além” contém conteúdo mais aprofundado para o aluno ou professor interessado em conhecer mais
sobre o assunto.
Tipos de MVP
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MVP Fumaça: um simples anúncio ou landing page do produto/serviço. Tem o objetivo de
fazer uma rápida divulgação da ideia e ver quantas pessoas clicam nela.
MVP Concierge: MVP focado em conseguir os primeiros clientes para sua startup. Esses
clientes receberão um tratamento “concierge”, com total atenção da equipe. Esse tipo de
MVP não permite grande escala, mas traz profundo conhecimento das necessidades dos
clientes, permitindo ajustar a ideia ao modelo mais adequado antes de escalar. Por exemplo:
Você quer criar um aplicativo que te dá dicas de receita. Ao invés de criar o aplicativo, vá
pessoalmente e de dicas de receita as pessoas, estudando as principais demandas e
dificuldades das pessoas que querem descobrir novas receitas.
MVP Mágico de Oz: antes de programar as automatizações do produto/serviço, se colocam
pessoas executando “atrás das cortinas” grande parte das tarefas, até definir o que é essencial
para o produto atender às necessidades dos clientes dispostos a pagar. Por exemplo: Ao
invés de criar uma loja virtual que venda sapatos, você pode tirar as fotos dos sapatos,
coloca-las em seu website e, se alguém clicar para comprar, você vai à loja, compra o sapato
e o envie para a pessoa manualmente, comprovando que há pessoas que comprar sapato pela
internet.
MVPs duplos: duas versões diferentes de MVP são lançadas ao mesmo tempo, a fim de
testar se são provocados diferentes comportamentos nos clientes. Ou seja, será que é melhor
o modelo A ou o modelo B? Bom, lance os dois ao mesmo tempo e veja qual dá mais
resultado.
MVP Protótipo: se constrói um protótipo funcional para realizar os testes necessários com
clientes;
Foto que demonstra o processo de desenvolvimento de projetos: 1) Você tem uma ideia; 2) Você constrói um
protótipo; 3) Você o testa e mede como os seus clientes se comportam; 4) Aprende com esses
comportamentos, te levando à novas idéias.
Vídeos Complementares sugeridos:
https://www.youtube.com/watch?v=00R_gJbKe9g