A Sala Cofre do BDEP
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A Sala Cofre do BDEP
Online Ano 5 - Nº 18 Ano 5 - Nº 20 Informativo do Banco de Dados de Exploração e Produção da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis - www.bdep.gov.br A Sala Cofre do BDEP Conheça o mais recente avanço tecnológico do banco Pacote de Dados da 11ª Rodada Online Pela primeira vez na história pacote de dados foi disponibilizado online Página 5 Procedimento para consulta de dados de poço Realização de consulta self-service Página 5 Treinamentos Cursos de treinamentos de softwares GeoMedia e Petrel reúnem 18 superintendências Página 6 Novos Doutores Daniel Almeida de Oliveira apresenta sua tese de doutorado e conversa com o BDEP Online Página 7 Editorial Preparado para o futuro C om a Sala-Cofre o BDEP dá um grande salto em termos de tecnologia, infraestrutura, segurança e estabelece uma mudança de patamar em seu DataCenter. A Sala-Cofre do BDEP foi um grande desafio. E como todo desafio, sem empenho e dedicação de muitos não teríamos conseguido. Foi um esforço em conjunto da Diretoria Colegiada da ANP, da SDT/BDEP e do NIN. Considero esse momento um diferencial, um divisor de águas. Quando implantado, no ano 2000, o Data Center do BDEP instalou-se em uma construção histórica, do começo do século XX. A capacidade elétrica já estava esgotada, bem como o sistema de refrigeração. Existiam, então, certas fragilidades devido à antiguidade do conjunto arquitetônico, o risco de incêndios, por exemplo, é uma delas. Nos últimos anos construções ao redor da mesma época, como o Museu da CPRM e a capela da UFRJ sofreram incêndios em razão dessa desfasagem estrutural. Além do risco, a mudança também foi motivada pela nova solução tecnológica do BDEP que está em processo licitatório. Receberemos softwares e hardwares mais modernos, com maior capacidade de processamento, o que aumenta diretamente a demanda por energia e refrigeração. Se não fizéssemos toda essa modificação em nossa infraestrutura, não teríamos como agregar essa nova solução tecnológica. Hoje o BDEP se nivela por alto. Empresas internacionais que visitam a Sala-Cofre dizem nunca terem visto tamanha preocupação com dados técnicos de petróleo e gás. Adotamos uma preocupação em termos de segurança, de tecnologia e infraestrutura tão bem montada que podemos, sem dúvida, servir de exemplo para muitos países produtores de petróleo e gás natural e dizer que estamos preparados para o futuro. Cláudio Martins de Souza Espaço Aberto Patrimônio brasileiro guardado a sete chaves U m ambiente protegido contra fogo, fumaça, gases corrosivos, água, roubo, impacto, explosão, magnetismo e armas de fogo. É assim a recém-inaugurada sala cofre construída no Banco de Dados de Exploração e Produção (BDEP) para garantir a segurança de todos os 4,57 petabytes de dados armazenados no Data Center do BDEP - em funcionamento 24 horas por dia, durante os sete dias da semana. É essencial para estruturação do Banco usufruir de um ambiente computacional de alta segurança e manter seus sistemas de armazenamento de dados em funcionamento, mesmo que ocorram tentativas externas de paralisação dos serviços de informática. Ainda mais quando estima-se receber grandes volumes de dados em virtude do aquecimento do setor de exploração nos próximos cinco anos. A coleta geral de dados e mapeamento das bacias do pré-sal, por exemplo, serão priorizados pelo governo até 2018. Além de ser uma inovação pautada nas políticas de Segurança da Informação, a sala cofre coloca o BDEP à frente de muitos Data Centers de petróleo e gás internacionais, garante Claudio. A mudança visa atender as melhores práticas de segurança do mercado onshore e offshore, o que é também uma competência e atribuição legal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. Com a obra da Sala-Cofre nós aumentamos a capacidade elétrica, de refrigeração, de armazenamento, o storage, etc . E nós consideramos isso uma Legenda SDPpreparação para recebermos tanto a nova solução tecnológica quanto grandes volumes de dados que ainda estão sendo levantados pelas empresas. Está tudo conectado. A obra começou em novembro de 2012, mas o projeto caminha desde 2009. Em entrevista ao BDEP Online o servidor e engenheiro Breno Noronha conta que ao chegar ao BDEP, no final de 2008, logo identificou a necessidade de mudar. “Desde que cheguei já foi possível ter uma visão que o Data Center BDEP estava fora dos padrões normativos de segurança e tecnologia” diz Breno, o precursor e coordenador do projeto. Por meio de convênio de cooperação e apoio técnico-científico entre o Serviço Geológico Brasileiro(SGB)/ Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) e a ANP, o BDEP encontra-se instalado, desde sua inauguração em 2000, no histórico prédio da sede do Rio de Janeiro da CPRM, na Urca. E transformar as antigas instalações de uma construção de 1908 no que há de mais moderno da segurança física não foi nada fácil. Cada passo foi medido e calculado, além de previamente autorizado pela proprietária CPRM. Atualmente uma nova solução tecnológica está em concorrência para o BDEP. Com ela serão atualizados hardwares e softwares responsáveis pelo armazenamento, gerenciamento e exibição de grandes volumes de informações e dados de sísmica, poço, magnetométrico, gravimétrico, eletromagnético e geoquímico relativos ao acervo de dados das bacias sedimentares brasileiras e ligados à cadeia de E&P de petróleo e gás natural no país. “Com a obra da sala cofre nós aumentamos a capacidade elétrica, de refrigeração, de armazenamento, o storage, etc. E nós consideramos isso uma preparação para recebermos tanto a nova solução tecnológica quanto grandes volumes de dados que ainda estão sendo levantados pelas empresas. Está tudo conectado” explica o superintendente adjunto e coordenador do BDEP Claudio Jorge Souza. O projeto foi idealizado e, em 2010, a solicitação de construção da Sala Cofre foi aberta. No Brasil a única empresa com certificação internacional da ABNT/ INMETRO, é a Aceco TI, que tem como objetivo regulamentar e exigir a execução de diversos testes, segundo normas específicas que garantem o desempenho e a conformidade do produto. ARQUIVO BDEP UM POUCO DE HISTÓRIA Poucos sabem que o majestoso prédio que sedia a CPRM, na Av. Pasteur, na Urca, é um dos únicos remanescentes da Exposição Nacional de 1908, realizada no bairro em comemoração ao Centenário da Abertura dos Portos. A exposição tinha como objetivo principal divulgar as riquezas brasileiras naquele início de século agricultura, indústria pastoril, indústrias diversas e artes liberais quando o Rio de Janeiro passava por significativas transformações sociais, culturais e urbanísticas. Um ano após o término da Exposição Nacional, o antigo Pavilhão dos Estados passou a sediar o Serviço Geológico e outros órgãos do Ministério da Agricultura. Devido à sua importância histórica e arquitetônica, o Prédio do CPRM foi tombado pela Prefeitura do Rio de Janeiro como Patrimônio Cultural em 11/10/94. Online nº20 2 1 Primeiro Passo O “Moving It” Para dar início ao projeto de instalação da sala cofre foi necessário que, primeiramente, todo conteúdo do Data Center BDEP fosse transferido para um ambiente isolado e tão seguro quanto ao CPD. A ação “Moving IT” foi realizada e coordenada pelos profissionais da Capgnemi, a empresa de tecnologia responsável pela operação das atividades de geociências e infraestrutura & TI do Banco. TIME CAPGEMINI: “MOVING IT” Por aproximadamente 48h horas, um time de doze profissionais, dedicou-se à transferência e ao backup validado de todas as informações armazenadas no Data Center. Os dados do BDEP permaneceram nesse ambiente bolha por cerca de quatro meses, o tempo necessário para que todas as mudanças de infraestrutura para receber a Sala cofre fossem realizadas. Segundo Valmir o grande desafio não se resumiu apenas à transferência da infraestrutura. Foi preciso além de garantir a segurança do Data Center, mantê-lo funcionando sob quaisquer condições. Pois as atividades de análise de padrões dos dados técnicos, tanto do BDEP quanto da indústria, permaneceram ativas independente da obra. “O trabalho foi bastante minucioso, foi necessário utilizarmos equipamentos com força hidráulica para que cada movimento fosse o menos impactante possível. Qualquer cabeamento desconectado já poderia causar danos à ação” explica Valmir Oliveira preposto do contrato da Capgemini e responsável pelo Moving IT. 2 A transformação No processo de construção da sala, além da ANP / NIN / BDEP, estavam envolvidas a CPRM e a empresa Capgemini. Segundo Breno, esse foi justamente o maior desafio do projeto. “Além da prévia autorização da CPRM para cada passo em que pensávamos dar, ainda tínhamos que checar com os envolvidos se havia ou não alguma objeção a tal ação” conta Breno. atrapalhar o cotidiano dos funcionários com ruídos, alarmes e poeira foi um esforço essencial para o resultado do trabalho, enfatiza Claúdio. Agora as novas instalações ocupam um espaço físico de 65 m² e a estrutura é modular, ou seja, pode ser deslocada no caso de futura mudança de endereço, sem qualquer prejuízo das informações nela contidas. Acima de tudo foi preciso mudar. A estrutura física do local não estava pronta para receber uma solução tão moderna e eficaz. E antes de qualquer decisão foi necessário criar essa compatibilidade. Para isso foram trocadas instalações elétricas, todo o cabeamento, sistema de refrigeração e distribuição. Todas as ações para finalizar o projeto duraram cerca de quatro meses. Manter a estrutura do Banco em pleno funcionamento dentro de um ambiente bolha estável de forma eficaz e ainda não Produzido no Brasil, porém com tecnologia da empresa alemã Lampertz, especialista em produtos para segurança física, o local funciona como um ambiente estanque, testado e certificado, que protege o Data Center contra fogo, calor, fumaça, gases corrosivos, água, vazamentos, acesso indevido, roubo, furto, escombros, explosão e até armas de fogo. LINHA DO TEMPO NOVEMBRO 2012 DEZEMBRO 2012 O bay face do projeto “Moving IT”, transferência do Data Center para o ambiente bolha. Mudança radical para construção de nova infraestrutura. Online nº20 3 LINHA DO TEMPO JANEIRO 2013 FEVEREIRO 2013 Cabos e rede elétrica já instalados. Hardwares recém-adquiridos. Concluída a implantação da nova estrutura física. FEVEREIRO 2013 Em funcionamento. Com todos os racks, robôs e storage já protegidos pela sala cofre. ABRIL 2013 No dia 18 de abril, o diretor Helder Queiroz esteve no BDEP na inauguração da Sala cofre. Da esquerda para a direita: Gustavo Tinoco, Sérgio Henrique (Superintendente da SDT), Olavo Colela, Dr. Helder Queiroz, Breno Noronha, Claudio Jorge Souza e Jean Lopes em visita às novas instalações. Online nº20 4 NOTÍCIAS Pacote de dados da 11ª rodada disponível online Pela primeira vez na história das Rodadas de Licitações o pacote de dados foi disponibilizado online para as empresas A 11ª rodada de licitações para concessão de exploração e produção de petróleo e 797 pessoas (Ips diferentes) acessaram esse site gás natural avançou em mais uma etapa. Para continuar o desenvolvimento do setor petrolífero, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) inovou e, pela primeira vez na história, disponibilizou o Pacote de Dados dos blocos em uma plataforma online. O site, apelidado de E-Bid, promoveu o acesso internacional às informações assim como incitou o interesse nas áreas oferecidas pela rodada realizada 14 de maio, já que foi possível fazer a pré-visualização de boa parte dos 23 setores que foram agrupados em 15 Pacotes de Dados e informações. A grande novidade foi o ambiente online. Após declarar manifestação de interesse à ANP, bem como o comprovante de pagamento da taxa de participação, o representante principal de cada empresa recebeu um email informando login e senha de acesso aos pacotes de dados já adquiridos. O sistema idealizado do princípio ao fim na ANP disponibilizou dados técnicos já aprovados com as conformidades dos padrões de entrega, além de terem sido eleitos pela própria Agência como atrativos para indústria onshore e offshore. 61,8% Visitantes Recorrentes Nº de Visitas - 2.075 38,2% Novos Recorrentes 797 Visitas de Ips diferentes Países que acessaram BRASIL 955 ACESSOS EUA 287 ACESSOS CHINA 131 ACESSOS JAPÃO 127 ACESSOS CANADÁ 122 ACESSOS COLÔMBIA 117 ACESSOS REINO UNIDO 97 ACESSOS PORTUGAL 55 ACESSOS ESPANHA 31 ACESSOS NORUEGA 28 ACESSOS FRANÇA 25 ACESSOS MALÁSIA 22 ACESSOS AUSTRÁLIA 19 ACESSOS ITÁLIA 16 ACESSOS ARGENTINA 12 ACESSOS RÚSSIA 7 ACESSOS ALEMANHA 10 ACESSOS TAILÂNDIA 6 ACESSOS DINAMARCA 1 ACESSO CORÉIA DO SUL 1 ACESSO ÍNDIA 1 ACESSO EMIRADOS ÁRABES 1 ACESSO HOLANDA 1 ACESSO PERU 1 ACESSO Novo procedimento para consulta de dados de poço Atualmente o BDEP conta com mais de quarenta empresas associadas que são grandes clientes em termos de volume de pedidos e de dados recuperados. Como forma de buscar maior eficiência no atendimento da demanda de seus associados, a solicitação de dados de poço no BDEP seguirá um novo procedimento, chamado de consulta "selfservice" de dados de poço. Antes de se concretizar e confirmar um pedido oficialmente, é exigida a realização de uma consulta prévia da disponibilidade dos dados, sendo esta comunicação anteriormente realizada por e-mail com a equipe do HelpDesk ([email protected]). A consulta "self-service" de dados de poço é agora oferecida oficialmente no site do BDEP. Mediante acesso de uma planilha atualizada semanalmente a qual resume todos os poços disponíveis no Banco (http://www.bdep.gov.br/?id=261), assim como todos os seus produtos, os interessados poderão consultar online todos os itens: titularidade, pasta de poço, AGP, perfis composto, convencional e especiais além de informações adicionais como testemunho, amostra lateral e tempo x profundidade. Os resultados para consulta poderão ser os seguintes: DISPONÍVEL Disponível no BDEP REPROVADO EXISTE Os dados estão no BDEP, porém não estão em conformidade com os padrões. Enquanto o BDEP aguarda a correção dos dados, as solicitações deverão ser acompanhadas de uma carta de aceite de dados reprovados (o modelo da carta poderá ser solicitado ao HelpDesk) Os dados existem mas não estão no BDEP (por exemplo, amostra de rochas) ENTREGUE Está no BDEP e não foi avaliado Todas as empresas que enviarem e-mail solicitando a abertura de um pedido de dados de poço devem informar ao HelpDesk que a planilha de poços foi consultada e as linhas consultadas devem ser copiadas da planilha e coladas no corpo do e-mail. Desta forma, os pedidos serão abertos imediatamente, sem necessidade de consulta prévia. Quaisquer dúvidas acerca do uso da planilha basta entrar em contato com o HelpDesk através do e-mail [email protected] Online nº20 5 TREINAMENTOS Software GeoMedia Nos meses de janeiro (21 a 15) e fevereiro (01 a 08) mais de quarenta funcionários da ANP integraram as turmas de treinamento em análises básicas e avançadas do software GeoMedia. Estavam presentes membros do up/mid/ e downstream, entre eles as Superintendências SAB, SSM, SFI, SDB, SBQ, SCI, SCM, SDB, SDP, SDT, SEP, SPG, SPL, SRP e SPD. Houve, ainda, participantes do CDC, GAB e NIN. Basicamente, 37 licenças do tipo Nodelocked (monousuário) foram migradas para Concurrent (Concorrente ou multiusuário). Tal mudança mostrou-se necessária devido ao empecilho de acesso à ferramenta, até então restrito ao número insuficiente de licenças. Ou seja, esta nova arquitetura poderá atender à novas demandas por parte dos usuários, uma vez que o software pode ser instalado em um número ilimitado de máquinas com a possibilidade de até 37 usuários conectados simultaneamente. A passagem de conhecimento doi uma ação conjunta da SDT e NIN, esta última representada pelo servidor Sahid Kik, responsável por toda a parte contratual. As aulas aconteceram no centro do Rio de Janeiro e os alunos foram divididos em quatro turmas de 40 horas com níveis oscilantes de uso básico, intermediário e avançado. O GeoMedia é um software utilizado para trabalhar com Sistemas de Informações Geográficas (SIG) que permite ao usuário consultar diversos tipos de dados em seus formatos nativos, sem necessidade de conversão. Mundialmente reconhecido por ser “multi-formatos” e “multi-banco”, o GeoMedia trabalha com os formatos dwg, shp, dgn, dxf, além de outros importantes formatos para o dia a dia do usuário no recebimento de arquivos de empresas, organizações governamentais e instituições de pesquisa. O software GeoMedia oferece recursos de interpretação, análise e representação destes arquivos com base nos mais diferentes critérios de simbologia vetorial. Turmas de treinamento do software GeoMedia Jocely Roza é servidora da Superintendência de Dados Técnicos (SDT) e coordenadora da ação. Com a migração, as licenças deixam de ficar atreladas a determinados computadores, como ocorria. Independentemente do computador utilizado, qualquer usuário poderá acessar o software, desde que não seja ultrapassada a quantidade máxima de licenças simultâneas que a ANP possui” explica Jocely Roza. Software Petrel Foi dado início em fevereiro (05) as atividades de treinamento da primeira turma do software Petrel. Após ganhar a Licitação de aquisição de licença de aplicativos para interpretação sísmica e modelagem geológica, através do Pregão Eletrônico nº 70.2012, a empresa Schlumberger, é a responsável por esta passagem de conhecimento aos profissionais da ANP. As turmas foram divididas por período: a primeira de 04 a 08 de fevereiro, com inscritos da SDP (Superintendência de Desenvolvimento e Produção) e SEP (Sup. de Exploração); já segunda turma, com alunos da SDB (Sup. Definição de Blocos) e SDT (Sup. Dados Técnicos) foi de 01 a 05 de abril. O software Petrel, desenvolvido pela própria Schlumberger, é atualmente um dos maiores softwares para geologia disponíveis no mercado. Além disso, a aplicação possui diversos módulos para as áreas de engenharia de reservatórios de petróleo, geofísica (eg. ferramentas de visualização e interpretação sísmica), entre outras, em um ambiente único e integrado. Visando atender as melhores práticas do mercado, a ANP vem atualizando seu corpo de engenheiros, geólogos e geofísicos, de modo a garantir a todos uma única linguagem. Turma de aprendizagem soft. Petrel na sala de treinamento do BDEP Online nº20 6 NOVOS DOUTORES Análise Institucional como base da escolha interpretativa no direito regulatório: da abstração para o plano operacional Daniel Almeida de Oliveira é Procurador Federal e Subprocurador-Geral da ANP O trabalho identifica as bases necessárias para apontar o método adequado de interpretação das normas do Direito Regulatório. Para atingir esse ponto, perpassa pela discussão a respeito de qual o método adequado de interpretação da Constituição e da lei em geral. O resultado (prático) das teorias constitucionais ou das teorias de interpretação jurídica depende de fatores que muitas vezes são negligenciados, o que repercute, obviamente, na correção dessas teorias, fazendo com que a discussão a respeito do formalismo jurídico seja retomada, com argumentos mais robustos a seu favor. A hipótese levantada é a de que os teóricos constitucionais e os da interpretação jurídica brasileiros geralmente desenvolvem suas teorias como se fossem ser aplicadas por eles próprios ou por grandes especialistas e/ou a partir de critérios abstratos, negligenciando o fato de a regra interpretativa defendida poder acabar resultando num Direito inadequado, no nível operacional, tendo em vista as limitações dos agentes responsáveis por sua aplicação e as contingências do mundo real. interpretativo, seria a institucional. De modo que incitar o jurista e o servidor público em geral ao perfeccionismo na aplicação do Direito pode levar, e leva muitas vezes, a um mal Direito. Pode repercutir negativamente, inclusive, no funcionamento do sistema republicano (o papel e responsabilidade das instituições) e da democracia (legitimidade das instituições que decidem) do Estado. O trabalho conclui que a maioria das questões legais e constitucionais é decidida, no Estado, pelo Legislativo e pela Administração Pública. Não chegam ao Judiciário. Foi constatada a maior capacidade decisória do Legislativo e da Administração Pública, quando comparados aos tribunais, no que toca à escolha das regras e doutrinas interpretativas, bem como na interpretação de textos normativos vagos, ambíguos e principiológicos, notadamente em matérias de extrema complexidade e especificidade técnica, como as normas regulatórias e as normas constitucionais incidentes sobre estas últimas. No caso do Direito Regulatório, obtém-se um melhor direito caso adotado pelos juízes o formalismo deferencial (ou formalismo maximilianista) como postura interpretativa, ao invés de uma postura interpretativa não formalista, como a pós-positivista e a neoconstitucionalista, em que se dá preferência à aplicação de princípios em detrimento das normas jurídicas. Existem fatores externos ao Direito que repercutem decisivamente na capacidade de aplicação da Constituição e da lei que não são perceptíveis à análise moral e/ou conceitual-teórica. Portanto, se não identificados e adequadamente trabalhados, levam à construção de uma teoria da interpretação jurídica sem maior valor prático, gerando disfunções no sistema constitucional e legal, além de um Direito ruim, caso empregada. Propôs-se uma interpretação jurídica sob outra perspectiva que não a moral ou teórico-conceitual-abstrata, demonstrando que existem teorias sólidas contrárias a uma “leitura moral da Constituição” pelo Poder Judiciário. Essa outra perspectiva, importante principalmente para a escolha do método Por outro lado, identificou-se uma maior capacidade decisória dos tribunais no âmbito dos textos normativos claros e específicos (regras jurídicas). Verificou-se que o STF e o STJ têm, em geral, essa visão, adotando uma postura formalista deferencial quanto às normas regulatórias, mesmo estando a doutrina nacional em peso no sentido inverso. Desse modo e, ao constatar o deslocamento do paradoxo da onipotência para o Judiciário, reforçado após a década de 1990 no Brasil, acredita-se no acolhimento do formalismo deferencial como postura interpretativa estratégica pelos juízes. Já a Administração Pública e o Legislativo adotariam uma postura interpretativa não formalista. Como a postura formalista recomenda a deferência às interpretações das instituições com maior capacidade decisória, o resultado da aplicação global do direito seria próximo ao exigido pelas doutrinas não formalistas, com o seu esclarecimento e especificação. PERGUNTAS: Quais os profissionais que devem se interessar por sua tese de doutorado? Interessa tanto a juristas como a não juristas. Posso dizer que a questão mais importante do Direito, tanto para quem é do ramo ou não, é como se realiza a sua aplicação. E isso é possível através da teoria da interpretação jurídica. Nesse sentido, a tese analisa as diversas interpretações jurídicas existentes, auxiliando na escolha da mais apropriada em cada caso, além de elencar métodos de desenvolvimento para a elaboração de uma nova teoria. O que o levou a escrever sobre a base da escolha interpretativa no Direito Regulatório? Procurador Daniel de Oliveira. Procuradoria xxxx Federal junto à ANP Isso é um segundo ponto. Observei que colegas, juízes, doutrinadores em geral, desenvolvem ou escolhem a interpretação jurídica dada em determinado caso concreto de forma abstrata. Não só no Brasil. Existem outros países que isso também se aplica como a Alemanha e os Estados Unidos. Fiz um levantamento das doutrinas que tangem a judicialização da política na dissertação de meu mestrado. Doutrinas que tratavam da aplicação do Direito e como ele deveria ser aplicado. No doutorado foi possível verificar que no Brasil acontece uma série de problemas em interpretação, além da insegurança jurídica, nós temos uma aplicação que não se resulta como esperado, ou seja, um Direito inadequado, considerado ruim. Muitos dos problemas do Direito nacional e decisões judiciais brasileiras se dão em razão da aplicação de teorias sem levar em consideração contingências da vida real e as peculiaridades de cada aplicador. Geralmente desenvolvem suas teorias como se fossem ser aplicadas por eles próprios ou por grandes especialistas e, a partir de critérios abstratos, negligenciam a possibilidade de a regra interpretativa defendida acabar resultando em um Direito inadequado no nível operacional. Online nº20 7 ACONTECEU Visita ao navio de aquisição sísmica Profissionais do BDEP visitaram, dia 26 de março, o navio de aquisição sísmica WG COOK. A embarcação estava atracada apenas para troca de turno da tripulação, feita a cada 30 dias. Esses navios são especializados em levantamentos e coleta de dados sísmicos. Eles possuem grande capacidade de autonomia, alguns chegam a 60 dias ao mar coletando dados. Para a coleta os navios arrastam cabos com equipamentos e sensores acoplados a eles (os streamers) com nomes técnicos apropriados a cada navio. As configurações dos navios de aquisição sísmica são específicas e variam em razão da quantidade de cabos que são arrastados no mar, podem ser 6, 8, 10, 12, 14, 16, e até 22 cabos. Em sua maioria são confortáveis, possuem máquinas mais silenciosas (muitos são diesel-elétricos), camarotes, boa alimentação e um ambiente de trabalho com tripulação reduzida. No caso do WG COOK, 60 pessoas. Navio de aquisição sísmica WG COOK ancorado na Baía de Guanabara Workshop de Métodos Não Sísmicos Aconteceu em abril, dia 25, o Workshop de Métodos Não Sísmicos organizado pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e BDEP/ANP. No dia os participantes puderam assistir a palestras com as principais empresas do setor no país, como Petrobras, CGG, Schlumberger e a Geotech Aerolevantamentos, que apresentaram um panorama sobre a gravimetria gradiométrica e eletromagnéticos aplicados à mineração, petróleo e gás. Ainda na programação discursaram sobre os métodos potenciais instituições como o Observatório Nacional e as próprias CPRM e ANP. O evento foi aberto ao público e realizado no salão nobre da CPRM, no bairro da Urca, Rio de Janeiro. Palestra EMGS Brasil no salão nobre da CPRM Professores do Departamento de Geociências da UFRRJ visitam BDEP Os professores Alan Miranda, Artur Corval e Sérgio Valente Professores do DEGEO (Departamento de Geociências) da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro- UFRRJ visitaram dia 29 de janeiro o Banco de Dados Técnicos da ANP. O encontro proposto pela universidade reuniu os professores com a coordenadoria do Banco para esclarecer as políticas de acesso aos dados técnicos das bacias sedimentares brasileiras. Foram apresentadas políticas exclusivas destinadas às universidades e instituições de ensino. Além de discutirem as novas soluções para a comunidade acadêmica atender à futuras demandas profissionais do setor de petróleo e gás. Estavam presentes os professores Alan Wanderley Miranda, Sérgio Valente e Artur Corval, especialistas em geoquímica, petrologia ígnea e geodinâmica, respectivamente. Online Informativo do Banco de Dados de Exploração e Produção - BDEP Av. Pasteur, 404 - Bloco A4 - Urca Rio de Janeiro - Brasil - CEP: 22290-255 Tel.: (21) 3545-0175 / 3545-0112 / 3545-0109 Fax: (21) 2244-0139 E-mail: [email protected] Ministério de Minas e Energia - MME - Ministro: Edison Lobão Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombistíveis - ANP Magda Maria de Regina Chambriard | Diretora Geral da ANP Helder Queiroz Pinto Junior | Diretor Editor-chefe: Claudio Jorge Martins de Souza Diagramação e projeto gráfico: Saymon César Barbosa Edição e reportagem: Bruna Vaz Mattos Superintendência de Dados Técnicos (SDT) Av. Rio Branco, 65 - 18º andar - Centro - Rio de Janeiro - Brasil Tel.: (21) 2112-8503 Fax: (21) 2112-8509 Colaboraram nessa edição: Breno Noronha, Valmir Oliveira, Jocely Roza, Daniel Almeida de Oliveira, Gustavo Tinoco Online nº 19 Ministério de Minas e Energia
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