Mapas temáticos e gráficos

Transcrição

Mapas temáticos e gráficos
Mapas temáticos e gráficos
Os mapas temáticos e os
gráficos representam visual
e numericamente os diversos
fenômenos sociais e naturais
e suas relações, auxiliando na
compreensão da organização
espacial. Eles são importantes para facilitar as intervenções planejadas pelo governo
e outros agentes sociais sobre
os serviços públicos, a produção agrícola, a organização de parques
industriais e de sistemas de transportes, e de
muitos outros aspectos que estruturam o espaço
geográfico. Diariamente nos deparamos com variados tipos de mapas temáticos e gráficos nos noticiários televisivos, na internet e em livros, jornais e
revistas. Para entendê-los e extrair deles todas as
informações representadas é importante que nos
familiarizemos com esse tipo de linguagem, aprendendo a decodificar seus símbolos e convenções. É o
que faremos a seguir.
Reprodução/
<http://imoveis.mrv.com.br>.
capítulo
3
p
Croqui (planta sem escala e imprecisa) de localização de
um condomínio de prédios situado no bairro Colina de
Laranjeiras, em Serra (ES). A empresa responsável pelo
projeto começou a construção desse empreendimento
imobiliário em 2012.
Reprodução/Folha de S.Paulo/Folhapress
Valter Campanato/Abr/Radiobrás
p
52
Maria Aparecida Grossi, coordenadora-geral do Programa Nacional do Controle da Hanseníase, fala no
lançamento da campanha “Vamos Juntos Eliminar a
Hanseníase”, em Brasília (DF), 2010. Em sua exposição, ela mostra um mapa temático com a distribuição dos novos casos de hanseníase (doença crônica
causada pelo Mycobacterium leprae).
FUNDAMENTOS DE CARTOGRAFIA
p
Mapa de previsão do tempo (temperatura e pluviosidade) para o território brasileiro, publicado no jornal Folha
de S.Paulo de 15 de outubro de 2012, página C2.
CARTOGRAFIA TEMÁTICA
Todo mapa apresenta algumas informações essenciais e “responde” a certas perguntas sobre os elementos que compõem o espaço geográfico. A primeira pergunta que geralmente fazemos quando observamos um mapa é: onde se localiza determinado fenômeno? Como vimos no início da unidade, para facilitar a localização dos elementos representados, o
mapa apresenta uma rede de coordenadas. A segunda
pergunta é: qual é o tamanho do fenômeno representado? Como também já vimos, em toda representação
cartográfica há uma escala, que nos revela a proporção entre os elementos representados no mapa e seus
correspondentes na realidade.
Os mapas podem, entretanto, mostrar mais do
que a localização dos fenômenos no espaço e sua proporção. Também podem representar, em diferentes
escalas geográficas, sua diversidade:
bana e o tamanho das cidades, a quantidade de
chuva mensal, o total da produção industrial, entre outros, permitindo a comparação entre territórios diferentes;
r de classificação: registra a ordenação e a hierarquização de um fenômeno num determinado território, por exemplo, a ordem das cidades no mapa
que mostra a hierarquia urbana brasileira – metrópole global, metrópole nacional, metrópole regional, centro regional –, ou a ordem das altitudes do
relevo no mapa físico do Brasil;
r dinâmica: mostra a variação de um fenômeno ao
longo do tempo e sua movimentação no espaço
geográfico: o fluxo de população no território brasileiro, o fluxo de mercadorias no comércio internacional, entre outros.
Para representarmos esses fenômenos, podemos
utilizar pontos, linhas ou áreas, dependendo da forma
como se manifestam no espaço geográfico. Eles podem ser cartografados separadamente, em mapas diferentes, e também juntos num mesmo mapa. Leia o
texto e observe as imagens a seguir para saber mais
sobre os métodos de representação cartográfica.
r qualitativa: responde à pergunta “o quê?” e representa os diferentes elementos cartografados – cidades, rios, mineração, indústrias, climas, cultivos,
transportes, etc. – em diversos tipos de mapas;
r quantitativa: elucida a dúvida sobre “quanto?” e
indica, por exemplo, o número da população ur-
OS MÉTODOS DE REPRESENTAÇÃO DA CARTOGRAFIA TEMÁTICA
Representações qualitativas
Forma:
Para facilitar a memorização dos signos [símbolos], principalmente nos mapas para crianças, podemos explorar a analogia entre
sua forma e o que eles representam. São os “símbolos” evocativos ou
icônicos:
Ilustrações: Cassiano Röda/Arquivo da editora
As representações qualitativas em mapas são empregadas
para mostrar a presença, a localização e a extensão das ocorrências
dos fenômenos que se diferenciam pela sua natureza e tipo, podendo
ser classificados por critérios estabelecidos pelas ciências que estudam tais fenômenos.
Conforme os fenômenos se manifestam em pontos, linhas ou
áreas, no mapa utilizamos respectivamente pontos, linhas e áreas,
que terão uma variação visual com propriedade de perspectiva compatível com a diversidade: a seletividade visual.
Na manifestação pontual usamos preferencialmente a variação
de forma ou de orientação.
Algodão
Cana-de-açúcar
Soja
Uva
Amendoim
Laranja
Trigo
Arroz
Café
Milho
Banana
Feijão
Orientação:
MAPAS TEMÁTICOS E GRÁFICOS
53
Ilustrações: Cassiano Röda/Arquivo da editora
Na manifestação linear convém usar basicamente a variação de
forma:
que terão uma variação visual com propriedade perceptiva compatível
com a ordenação: a ordem visual.
[…]
Forma:
Variação de valor em pontos:
Variação de valor em linhas:
Variação de valor em áreas:
a) Texturas de pontos:
Na manifestação zonal, a cor tem maior eficácia. Na impossibilidade de se poder contar com a cor, devemos empregar texturas diferenciadas compostas por elementos pontuais ou lineares, do mesmo
valor visual (uma textura não pode ficar mais escura que a outra).
[...]
b) Texturas de linhas:
Cores:
Amarelo
Laranja
Vermelho
Marrom
Cores:
Representações quantitativas
Violeta
Azul
Verde
Amarelo
Laranja
Vermelho
Texturas com elementos pontuais:
Texturas com elementos lineares:
Representações ordenadas
As representações ordenadas em mapas são indicadas quando
os fenômenos admitem uma classificação segundo uma ordem, com
categorias deduzidas de interpretações qualitativas, quantitativas ou
de datações.
Conforme os fenômenos se manifestam em pontos, linhas ou
áreas no mapa, utilizamos respectivamente pontos, linhas e áreas,
As representações quantitativas em mapas são empregadas
para evidenciar a relação de proporcionalidade entre objetos (B é quatro vezes maior que A). Esta relação deve ser transcrita por uma relação visual de mesma natureza. A única variação visual que transcreve
corretamente esta noção é a de tamanho.
Conforme os fenômenos se manifestem em pontos, linhas ou
áreas, no mapa, utilizamos respectivamente pontos, linhas e áreas
que terão uma variação com propriedade perceptiva compatível com
a proporcionalidade: a proporcionalidade visual.
Na manifestação pontual modulamos o tamanho do local de
ocorrência. Esta solução é ideal para a representação de fenômenos
localizados com efetivos elevados, como é o caso da população urbana. O tamanho de uma forma escolhida – o círculo, por exemplo – é
proporcional à intensidade da ocorrência em valores absolutos. Para
resolver esta representação, aplicamos o Método das Figuras Geométricas Proporcionais. As áreas das figuras serão proporcionais às
quantidades a serem representadas.
Na manifestação linear, variamos a espessura da linha proporcionalmente à intensidade do fenômeno. Dessa maneira, podemos
representar a intensidade de fluxo entre dois pontos.
MARTINELLI, Marcello. Cartografia temática: cadernos de mapas. São Paulo: Edusp, 2003. p. 27, 28, 36, 54, 55.
A Cartografia temática facilita o planejamento de intervenções no espaço geográfico porque
nos auxilia a compreender a organização dos temas
ou fenômenos que o compõem. Por exemplo, o planejamento em uma cidade fica mais fácil a partir
do registro da ocupação de seu solo urbano em cartas temáticas, nas quais podemos visualizar o tamanho e a distribuição de sua população, a melhor
direção para expandir a área urbana, os lugares su54
FUNDAMENTOS DE CARTOGRAFIA
jeitos a alagamentos ou desmoronamentos, entre
outros fenômenos.
É importante lembrarmos que os fenômenos – sociais e naturais – estão interligados no espaço geográfico; logo, a intervenção num aspecto da realidade interfere em outros e isso pode ser registrado cartograficamente. Por exemplo, casas construídas em encostas
íngremes estão sujeitas a desmoronamentos, construções na várzea de rios correm o risco de serem alagadas.
Vejamos alguns exemplos de
mapas temáticos.
Construído sobre uma base
cartográfica que mostra os limites
políticos da América do Sul, o
mapa ao lado evidencia os recursos minerais e energéticos dos
países sul-americanos, indicando
sua diversidade, distribuição e tamanho relativo das reservas. Para
representar fenômenos pontuais
como esses, o mais adequado é
utilizar símbolos com formas, cores e tamanhos diferentes.
América do Sul: mineração e indústria
Caracas
50° O
Paramaribo
Bogotá
Equador
0°
Quito
Belém
Carajás
Recife
Lima
Salvador
La Paz
OCEANO
PACÍFICO
Belo
Horizonte
Carvão
Trópico
de Ca
p
Rio de
Janeiro
São Paulo
Antofagasta
Petróleo
ricó
r
Gás natural
Ferro
Manganês
OCEANO
ATLÂNTICO
Porto Alegre
Rosário
n io
Valparaíso
Cobre
Chumbo e zinco
Montevidéu
Buenos Aires
Santiago
Estanho
Prata
Ouro
Bauxita
Nitrato
Indústria de
alta tecnologia
p
Observe que no mapa também estão
cartografadas as principais regiões
industriais da América do Sul, um fenômeno zonal.
0
620
Principais
regiões
industriais
km
Adaptado de: CHARLIER, Jacques (Dir.). Atlas du 21e siècle édition 2012. Groningen: Wolters-Noordhoff; Paris: Éditions Nathan, 2011. p. 154.
Mapas: Allmaps/Arquivo da editora
Para cartografar fenômenos
lineares como tipos diferentes de
ferrovias, mostradas no mapa da
França ao lado, foram utilizadas linhas diferenciadas por cores. Mas,
como o mapa mostra esse tema de
forma proporcional, essas linhas
têm larguras e tonalidades diferentes, expressando maior ou menor
volume de passageiros e mercadorias transportados por dia. Rodovias, hidrovias, oleodutos, redes de
alta-tensão, etc. são outros exemplos de fenômenos lineares.
Dunkerque
Calais
Canal da Mancha
50º N
Lille
Cherbourg
Le Havre
Brest
Amiens
Rouen
Caen
Quimper
Vannes
PARIS
Chartres
Metz
Le Mans
Troyes
Orléans
Tours
Nantes
OCEANO
ATLÂNTICO
Reims
Rennes
Angers
Nevers
La Rochelle
Nancy
Langres
Vierzon
Poitiers
Dijon
Belfort
Estrasburgo
Mulhouse
Besançon
Angoulême Limoges
Clermont-Ferrand
Bordéus
Lyon
Annecy
St-Étienne
Agen
Tráfego de trens
Número médio de
trens por dia
Dax
Toulouse
Linhas de alta velocidade
200 ou mais
Foix
ich
50 – 100
reenw
25 – 50
25 – 50
Menos de 25
Grenoble
Modane
Briançon
Gap
Avignon
Nice
Narbone
Perpignan
Marselha
Mar Mediterrâneo
Bastia
diano
50 – 100
Meri
p
100 – 200
de G
Menos de 25
Outras linhas
200 ou mais
Valence
Rodez
Montauban
Nîmes
Montpellier
Tarbes
100 – 200
Observe que nesse mapa também estão
cartografados fenômenos pontuais proporcionais: Paris, maior entroncamento
ferroviário do país, Lyon, Bordéus e
outras cidades francesas.
0°
França: rede e tráfego ferroviário – 2010
0
110
Ajaccio
km
Adaptado de: CHARLIER, Jacques (Dir.). Atlas du 21e siècle édition 2012. Groningen: Wolters-Noordhoff; Paris: Éditions Nathan, 2011. p. 24.
MAPAS TEMÁTICOS E GRÁFICOS
55
Allmaps/Arquivo da editora
O mapa ao lado registra a
densidade demográfica da América do Sul, um fenômeno zonal
que foi ordenado pelas diferentes
quantidades de pessoas por km2,
cuja distribuição foi destacada
com o uso de cores – as áreas são
pintadas de modo que se estabeleça uma hierarquia entre as cores
(da mais clara para a mais escura,
à medida que aumenta a densidade; veja outro exemplo de fenômeno zonal ordenado no mapa hipsométrico da página 111).
América do Sul: densidade demográfica e principais aglomerações urbanas
50º O
Barranquilla
Maracaibo
Caracas
OCEANO
ATLÂNTICO
Barquisimeto
Medellín
Bogotá
Cali
Equador
0°
Belém
Quito
Manaus
Fortaleza
Guayaquil
Recife
OCEANO
PACÍFICO
Brasília
Lima
Goiânia
Salvador
Belo Horizonte
Nova Iguaçu
Assunção
e
ico d
Tróp
Rio de Janeiro
São Paulo
io
icórn
Capr
Curitiba
Córdoba
Rosário
Habitantes por km²
Santiago
Porto Alegre
Montevidéu
Menos de 1
1 – 10
Buenos Aires
10 – 50
50 – 100
100 ou mais
Aglomerações com
mais de 5 milhões de habitantes
p
Observe que este mapa também registra um fenômeno pontual proporcional:
as maiores aglomerações urbanas da
América do Sul.
Aglomerações com 1 a 5 milhões
de habitantes
Cidades com 500 mil a
1 milhão de habitantes
FUNDAMENTOS DE CARTOGRAFIA
650
km
Adaptado de: CHARLIER, Jacques (Dir.). Atlas du 21e siècle édition 2012. Groningen: Wolters-Noordhoff; Paris: Éditions Nathan, 2011. p. 155.
Há muitos outros fenômenos zonais que aparecem registrados em mapas por meio de cores
sem que haja hierarquia entre elas. Veja alguns
exemplos onde as cores são diferenciadas somente
para distinguir os tipos de fenômenos: tipos de clima na zona tropical (ver página 140), tipos climáticos do Brasil (página 154), compartimentação do
relevo brasileiro (páginas 115 e 116), formações
vegetais do mundo (página 195).
As cidades ou regiões metropolitanas podem
ser representadas por pontos simples ( fenômeno
qualitativo), se o que se pretende é apenas localizá-las no espaço geográfico. Também podemos destacar o tamanho de suas populações ( fenômeno
quantitativo), como foi feito no mapa acima, ou
enfatizar a relação hierárquica entre elas ( fenômeno ordenado). A relação hierárquica entre as cidades pode se estabelecer com base em diversos critérios: tamanho da população, infraestrutura de
comércio e serviços, influência na rede urbana na56
0
cional ou mundial, etc. Observe o primeiro mapa
da página ao lado.
Também é possível representar cartograficamente fenômenos dinâmicos no espaço e no tempo.
Por exemplo, pode-se mostrar o grau de destruição
da mata Atlântica desde o começo da ocupação do
território brasileiro ou a movimentação da população
desde o início do processo de industrialização do país.
Os mais conhecidos exemplos de mapas que
representam fenômenos dinâmicos são aqueles que
mostram fluxos de pessoas ou mercadorias em diversas escalas geográficas: trocas comerciais internacionais ou regionais, transporte mundial de petróleo e minérios, migrações ou fluxo de turistas no
mundo ou no Brasil, etc. Como vimos anteriormente, além das direções, podem ser registradas as
quantidades proporcionais desses fluxos, utilizando
para isso diferentes larguras de linhas ou setas. Observe, no segundo mapa da página ao lado, as principais rotas aéreas internacionais.
Boa Vista
AP Macapá
RR
Equador
0°
Belém
São Luís
Manaus
Fortaleza
PA
AM
Teresina
CE
MA
RN
Porto Velho
Rio Branco
Palmas
RO
TO
MT
BA
GO
Brasília
MG
Belo
Horizonte
Goiânia
MS
e
Trópico d
Ribeirão
Preto
Campo
Grande
Capricórnio
Salvador
DF
Cuiabá
OCEANO
PACÍFICO
Natal
João Pessoa
PB
PE Recife
AL Maceió
SE
Aracaju
PI
AC
Mapas: Allmaps/Arquivo da editora
55° O
Brasil: hierarquia urbana
OCEANO
ATLÂNTICO
ES
Vitória
RJ
SP Campinas
Rio de Janeiro
São Paulo
São José dos Campos
PR
Curitiba Santos
Londrina
Hierarquia urbana
SC
Metrópole global
Florianópolis
RS
Metrópole nacional
Porto Alegre
0
Metrópole regional
Centro regional
465
km
Sydney
CARIBE
Hong
Kong
RÚSSIA
Madri
20° S
OCEANO
ATLÂNTICO
Amsterdã
Frankfurt
Zurique
SUDESTE
DA ÁSIA
Roma
SUL
DA ÁSIA
0°
NORTE
DA ÁFRICA
ORIENTE
MÉDIO
Maiores aeroportos
Número de passageiros
(internacional e doméstico)
por ano
0°
Cingapura
OCEANO
ÍNDICO
OESTE DA
ÁFRICA
40° S
40° S
Londres
Paris
Bangcoc
CHINA
20° S
60° S
EUROPA
0°
40° O
Pequim
AMÉRICA
DO SUL
0°
LESTE DA
ÁFRICA
Mais de 25 milhões
15 – 25 milhões
10 – 15 milhões
Principais rotas aéreas
Número de voos internacionais
por ano
20° S
SUL DA
ÁFRICA
20° S
Mais de 50 milhões
p
60º L
40º L
0°
5 – 10 milhões
20º L
10 – 50 milhões
0
2480
km
Observe que este mapa registra os maiores aeroportos do mundo em número de passageiros, em 2009, e o número de voos
internacionais por ano. Nele observamos elementos lineares proporcionais.
MAPAS TEMÁTICOS E GRÁFICOS
57
Adaptado de: OXFORD Atlas of the World. 18th ed. New York: Oxford University Press, 2011. p. 107.
40° S
OCEANIA
100° L 120° L
80° O
Los Angeles
Cidade do México
São Francisco
Phoenix
Las Vegas
OCEANO
Houston Denver
Salt
Dallas
Lake Seattle
PACÍFICO
St. Louís City
Atlanta
ALASCA
Minneapolis
Miami
Tóquio
Orlando
Sapporo
Chicago
Osaka
CANADÁ
Washington
Detroit
JAPÃO E
Newark
Fukuoka
Toronto
Nova York Boston
COREIA DO SUL
Seul
20° S
Honolulu
0°
180º
120º O
0°
20° S
40° S
60° S
AMÉRICA
CENTRAL
OCEANO
PACÍFICO
140º O
Principais rotas aéreas internacionais e maiores aeroportos
160º O
Adaptado de: IBGE. Atlas geográfico escolar. 5. ed. Rio de Janeiro, 2009. p. 152.
5_1GGBg15jS
A dinâmica da população mundial: estimativa para 2030
ESTÔNIA
LETÔNIA
LITUÂNIA
BELARUS
SUÉCIA
ESLOVÊNIA
CROÁCIA
MÉXICO
3
ITÁLIA
GUATEMALA HONDURAS
JAMAICA
COSTA RICA
PANAMÁ
COLÔMBIA
TRINIDAD E
TOBAGO
MARROCOS
ARGÉLIA
NÍGER
SÍRIA
IRAQUE
JÔRDANIA
EGITO
OMÃ
IÊMEN
CAMARÕES
NIGÉRIA
GUINÉ-BISSAU
GUINÉ
GABÃO CONGO
BOLÍVIA
SERRA LEOA
LIBÉRIA
PARAGUAI
ARGENTINA
BURKINA
FASSO COSTA
GANA
DO
MARFIM
CATAR
ERITREIA
SUDÃO ***
NAMÍBIA
FILIPINAS
ÍNDIA
CINGAPURA
DJIBUTI
PAPUA-NOVA GUINÉ
ETIÓPIA
INDONÉSIA
1
TOGO
BENIN
CHILE
URUGUAI
PAQUISTÃO
KUWAIT
BAHREIN
CAMBOJA
REPÚBLICA
DEMOCRÁTICA
DO CONGO
SOMÁLIA
ANGOLA
BRASIL
IRÃ
NEPAL
ARÁBIA
SAUDITA EAU *
RCA**
SENEGAL
GÂMBIA
HONG
KONG
QUIRGUÍZIA
USBEQUISTÃO
TAJIQUISTÃO
TURCOMENISTÃO
LAOS
LÍBANO
CHADE
EQUADOR
PERU
TURQUIA
2
LÍBIA
MAURITÂNIA MALI
CASAQUISTÃO
CHIPRE
TUNÍSIA
VENEZUELA
9
11
10
BULGÁRIA
PORTO RICO
EL SALVADOR NICARÁGUA
RÚSSIA
UCRÂNIA
ISRAEL
CUBA
JAPÃO
VIETNÃ
FRANÇA
REP. DOMINICANA
ESPANHA
HAITI
PORTUGAL
8
6
7
5 ROMÊNIA
4
MIANMAR
SUÍÇA
COREIA
DO
SUL
CHINA
TAILÂNDIA
BÉLGICA
MONGÓLIA
MALÁSIA
ESTADOS
UNIDOS
ALEMANHA POLÔNIA
BANGLADESH
PAÍSES
BAIXOS
GRÉCIA
REINO
UNIDO
MACEDÔNIA
SÉRVIA
ALBÂNIA
IRLANDA
COREIA
DO
NORTE
FINLÂNDIA
TAIWAN
NORUEGA
AFEGANISTÃO
DINAMARCA
CANADÁ
QUÊNIA
TIMOR-LESTE
UGANDA
RUANDA
BURUNDI
BOTSUANA
ZÂMBIA
ZIMBÁBUE
NOVA
ZELÂNDIA
MADAGASCAR
MALAUÍ
ÁFRICA
DO SUL
AUSTRÁLIA
SRI LANKA
TANZÂNIA
MAURÍCIO
MOÇAMBIQUE
LESOTO
SUAZILÂNDIA
Estimativa da população em 2030
(em milhões de habitantes)
100
50
10
1
1. Guiné Equatorial
8. Moldávia
2. Cisjordânia e Gaza
9. Geórgia
3. Bósnia-Herzegovina
10. Armênia
Mais de 2
4. Áustria
11. Azerbaijão
1,51 – 2
5. Hungria
* Emirados Árabes Unidos
1 – 1,50
6. República Tcheca
** República Centro-Africana
7. Eslováquia
*** O Sudão do Sul
separou-se do Sudão em 2011.
Taxa de crescimento demográfico
anual no período 2000–2030 (%)
0 – 0,99
Menos de 0
Adaptado de: INSTITUT FRANÇAIS DES RELATIONS INTERNATIONALES. Rapport annuel mondial sur le système économique et les stratégies Ramses 2011. Paris: Ifri/Dunod, 2010. p. 299.
p
Numa anamorfose, os elementos representados não aparecem em escala cartográfica e não há fidelidade nas formas territoriais. Em contrapartida, é mais fácil perceber o peso da participação de cada país no fenômeno representado (a população
mundial em 2030, neste caso), pois essa participação é proporcional ao tamanho mostrado.
Essa anamorfose, que mostra o tamanho dos
países considerando o número de habitantes e as
taxas de crescimento demográfico, é uma das mais
conhecidas. Observe que, nesse caso, a Rússia, que
estamos acostumados a ver como o país mais extenso nos mapas-múndi que mostram o tamanho
dos territórios, não é o maior do mundo, pois há
58
FUNDAMENTOS DE CARTOGRAFIA
outros mais populosos que ela. Há diversas possibilidades de representar fenômenos por meio de
anamorfose: participação dos países na distribuição
da riqueza mundial, na emissão de dióxido de carbono, nos gastos com armas, no consumo de energia, na produção industrial ou no comércio global,
entre outros.
Allmaps/Arquivo da editora
fenômeno representado. Esse tipo de “mapa” – de
fato, um cartograma – é chamado de anamorfose
geográfica. Veja um exemplo abaixo.
Há um tipo particular de mapa temático em
que as áreas dos países são mostradas em tamanhos
proporcionais à importância de sua participação no
GRÁFICOS
Um gráfico estabelece relação entre as informações da realidade que podem ser expressas numericamente. Há diversos tipos de gráficos – de linhas, de
colunas, de barras, de setores, etc. –, e eles são utilizados para expressar dados estatísticos de forma mais
simples, rápida e clara do que tabelas.
Por exemplo, num gráfico que mostra a taxa de
inflação mensal de um país, a cada mês corresponde
um determinado índice de elevação dos preços que
ocorreu ao longo de um ano (observe a tabela ao lado
e em seguida o gráfico abaixo). Podemos também fazer um gráfico da taxa de inflação anual ao longo de
um período maior: de 1990 a 2010, por exemplo.
No sistema de coordenadas cartesianas, desenvolvido pelo filósofo e matemático francês René Descartes (1596-1650), são utilizadas duas variáveis: uma
marcada sobre o eixo X (abscissa) e outra sobre o eixo
Y (ordenada), a partir da origem O. Observe o gráfico
e perceba que cada par dessas variáveis X e Y define
um ponto P.
Observe no gráfico abaixo que indicamos no
eixo X os meses do ano (tempo) e no Y os índices de
inflação (valores), conforme os dados da tabela ao
lado. Cada mês corresponde a um índice, definindo os
diversos pontos P. Qual visualização dos índices mensais de inflação ao longo do ano de 2011 é mais simples e rápida: no gráfico ou na tabela?
BRASIL: INFLAÇÃO EM 2011 # IPCA*
$ÍNDICES MENSAIS E ANUAL&
Mês
Porcentagem
Janeiro
0,83
Fevereiro
0,80
Março
0,79
Abril
0,77
Maio
0,47
Junho
0,15
Julho
0,16
Agosto
0,37
Setembro
0,53
Outubro
0,43
Novembro
0,52
Dezembro
0,50
Ano
6,50
IBGE. Sistema IBGE de Recuperação Automática (Sidra). Banco de Dados
Agregados. IPCA – Brasil – dez. 2011. Disponível em: <www.sidra.ibge.gov.br>.
Acesso em: 13 ago. 2012.
Cassiano Röda/Arquivo da editora
* O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo IBGE e
utilizado pelo Banco Central para a fixação das metas de inflação no Brasil, mede
a variação mensal de preços ao consumidor para as famílias com rendimentos
entre um e quarenta salários mínimos, independentemente da fonte de renda. A
pesquisa de preços abrange nove regiões metropolitanas – Porto Alegre, Curitiba,
São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza e Belém –,
além de Brasília e do município de Goiânia. Com base na média desses índices
regionais, o IBGE obtém o IPCA – Brasil.
Brasil: inflação em 2011 (IPCA – percentual no mês)
Inflação no ano: 6,50%
IPCA (%)
0,90
0,83
0,80
0,80
0,79
0,77
0,70
0,60
0,53
0,50
0,47
0,52
0,50
0,43
∏
0,40
0,37
0,30
0,20
0,16
0,15
0,10
0,00
o
eir
jan
fev
iro
ere
rço
ma
ril
ab
io
ma
ho
jun
ho
jul
os
ag
to
o
br
tem
se
ro
ro
tub
ou
mb
ve
no
mb
ro
ze
de
Gráficos de linhas são indicados para representar séries
estatísticas cronológicas,
como a taxa de inflação ao
longo de um ano ou de décadas, temperatura mensal
durante o ano, crescimento
da população num determinado período, etc. Perceba
que no gráfico a visualização
da variação mensal da inflação é simples e rápida.
IBGE. Sistema IBGE de Recuperação Automática (Sidra). Banco de Dados Agregados. IPCA – Brasil – dez. 2011. Disponível em: <www.sidra.ibge.gov.br>. Acesso em: 13 ago. 2012.
MAPAS TEMÁTICOS E GRÁFICOS
59
Allmaps/Arquivo da editora
Para a elaboração de gráficos cartesianos, além de linhas podemos
utilizar barras ou colunas (este livro contém vários exemplos desses tipos
de gráficos). O climograma, por exemplo, combina essas duas possibilidades ao utilizar colunas para expressar o índice pluviométrico e linhas
para a variação da temperatura ao longo do ano. Observe o climograma
de Cuiabá, em Mato Grosso (nas páginas 143, 152 e 154 você encontrará
mais gráficos desse tipo).
Os índices de inflação no Brasil em 2011 também foram expressos
por meio de gráficos de colunas e de barras (observe-os a seguir).
Brasil: inflação em 2011 (IPCA – percentual no mês)
Inflação no ano: 6,50%
300
30
200
20
100
10
Temperatura (°C)
Precipitação (em mm)
Climograma de Cuiabá (MT)
IPCA (%)
0,90
0
J FMAM J J A SOND
0,83
0,80
0,80
0,79
0,77
0
Adaptado de: SIMIELLI, Maria Elena. Geoatlas. 34. ed.
São Paulo: Ática, 2013. p. 118.
0,70
p
0,60
0,53
0,50
0,52
0,50
0,47
0,43
0,40
0,37
Neste climograma, as colunas expressam a quantidade de chuva de cada
mês, mensurada em milímetros
(valores à esquerda do gráfico). A
linha mostra a variação da temperatura média, mês a mês ao longo do ano
(valores à direita).
0,30
0,20
0,16
0,15
0,10
o
eir
ere
jan
fev
iro
ma
rço
ril
io
ma
ab
ho
ho
jul
jun
os
ag
to
o
o
o
o
br
br
br
br
em
em
utu
tem
z
v
o
e
e
o
s
d
n
∏
IBGE. Sistema IBGE de Recuperação Automática (Sidra). Banco de Dados Agregados. IPCA – Brasil – dez. 2011.
Disponível em: <www.sidra.ibge.gov.br>. Acesso em: 13 ago. 2012.
Gráficos de colunas (ao lado) ou de barras (abaixo) podem ser usados para
representar qualquer série estatística.
∏
0,00
Brasil: inflação em 2011 (IPCA – percentual no mês)
Inflação no ano: 6,50%
janeiro
0,83
fevereiro
0,80
março
0,79
abril
0,77
maio
0,47
junho
0,15
julho
0,16
Gráficos: Cassiano Röda/Arquivo da editora
agosto
0,37
setembro
0,53
outubro
0,43
novembro
0,52
dezembro
0,50
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
IPCA (%)
IBGE. Sistema IBGE de Recuperação Automática (Sidra). Banco de Dados Agregados. IPCA – Brasil – dez. 2011. Disponível em: <www.sidra.ibge.gov.br>. Acesso em: 13 ago. 2012.
60
FUNDAMENTOS DE CARTOGRAFIA
Total
360°
Setor
x°
Esse tipo de gráfico é indicado
para ressaltar as partes em que se divide determinado fenômeno. Veja um
exemplo ao lado, que mostra o percentual de alunos matriculados na Educação Básica brasileira. Vários outros fenômenos podem ser representados por
gráficos de setores: as línguas mais usadas na internet, as fontes de energia
mais consumidas no planeta, os maiores produtores mundiais de automóveis, de petróleo, de açúcar, etc.
Além dos gráficos citados, que são
os mais utilizados, há outros, como o
polar, baseado na representação polar
ou trigonométrica dos pontos num plano. É ideal para mostrar séries que
apresentam determinada periodicidade: pluviosidade ou temperatura ao
longo de um período, o consumo de
energia elétrica no mês ou no ano, etc.
Observe novamente os índices da inflação brasileira em 2011, agora num gráfico polar.
Fique atento: você vai perceber
que os conhecimentos sobre representações gráficas adquiridos neste capítulo poderão ser muito úteis para decodificar diversas informações que aparecem cotidianamente sob a forma de
mapas temáticos e gráficos em noticiários televisivos, jornais, revistas, livros e internet.
JSProduções/Arquivo da editora
Brasil: matrículas na Educação Básica
por etapas e modalidades de ensino – 2011
Total de alunos matriculados: 50 972 619
educação especial*
0,4%
EJA: Ensino Fundamental**
5,3%
educação
profissional
1,9%
EJA: Ensino Médio
2,7%
educação infantil
13,7%
Ensino Médio
16,5%
Ensino Fundamental
59,5%
Adaptado de: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA (INEP).
Sinopse Estatística da Educação Básica 2011. Disponível em:
<http://portal.inep.gov.br/basica-censo-escolar-sinopse-sinopse>. Acesso em: 21 ago. 2012.
* Além dos 193 882 alunos de educação especial matriculados em classes especiais e escolas exclusivas (0,4% do total das matrículas na
Educação Básica), há 558 423 alunos matriculados em classes comuns de Ensino Fundamental e Médio (1,1% do total das matrículas na
Educação Básica) que necessitam de educação especial.
** Educação de jovens e adultos (modalidade de ensino nas etapas de Fundamental e Médio para estudantes que não completaram a Educação
Básica na idade adequada).
Cassiano Röda/Arquivo da editora
No gráfico de setores, popularmente conhecido como “gráfico de
pizza”, os diferentes valores são representados por partes ou “fatias” de um
círculo e são proporcionais ao total do
fenômeno representado. Para traçar
essas “fatias”, adota-se como ponto de
origem o centro do círculo. A soma de
todos os valores representados (100%)
corresponde ao círculo inteiro (360°).
Pode-se descobrir o valor de cada setor
aplicando uma regra de três simples e
depois construir o gráfico usando um
transferidor:
Brasil: inflação em 2011 (IPCA – percentual no mês)
Inflação no ano: 6,50%
janeiro
0,83%
fevereiro
0,80%
dezembro
0,50%
novembro
0,52%
março
0,79%
outubro
0,43%
abril
0,77%
setembro
0,53%
maio
0,47%
agosto
0,37%
junho
0,15%
julho
0,16%
IBGE. Sistema IBGE de Recuperação Automática (Sidra). Banco de Dados Agregados. IPCA – Brasil – dez. 2011.
Disponível em: <www.sidra.ibge.gov.br>. Acesso em: 13 ago. 2012.
p
Neste gráfico polar, os valores de cada mês foram ligados com uma linha, e
a figura formada foi colorida para facilitar a visualização.
MAPAS TEMÁTICOS E GRÁFICOS
61
Disciplina: Geografia - 1º Módulo – 2015/1
Professor: Diego Alves de Oliveira
Estudo Dirigido: Capítulo 3: Mapas temáticos
Em caso de dúvidas, consulte o professor.
Nos mapas temáticos são empregadas diferentes técnicas para a visualização dos
fenômenos geográficos representados. Esses mapas podem ser utilizados de diferentes
maneiras e em momentos variados. Como a linguagem referencial da ciência cartográfica é
a cartografia, esta deve ser explorada tanto para ampliar o entendimento dos assuntos
tratados na forma de textos quanto para auxiliar na espacialização de dados e informações.
A primeira etapa de leitura do mapa deve ser a identificação de seus elementos
fundamentais:
1) Qual é o título do mapa?
1a) Quais informações é possível obter a partir da leitura do título?
1b) O título traz informações sobre o assunto tratado no mapa, bem como sua localização
espacial e temporal?
2) O que é escala?
2a) Sob qual forma a escala deste mapa foi apresentada?
2b) Qual é a escala deste mapa?
2c) Qual é o nível de detalhe apresentado por este mapa? Compare com um mapa na escala
de 1: 42 000 000 e outro na escala de 1: 50 000.
3) Qual é o elemento utilizado para saber qual é a orientação da representação?
3a) Descreva a apresentação do elemento do item 3.
4) Escreva o elemento que indica qual é a localização do fenômeno representado.
4a) Qual é o intervalo utilizado para localizar o fenômeno representado?
5) Para que serve a fonte apresentada no mapa?
6) Qual é a função da legenda em um mapa?
A segunda etapa deve ser a identificação da técnica utilizada para a representação dos
dados, visando a leitura e interpretação corretas da representação. Nos mapas são
utilizados diferentes recursos. Estes são escolhidos considerando-se, sobretudo, o
Rua Karen Lessa Rodrigues (Elba) nº 50 – Arquipélago Verde – Betim/Minas Gerais
CEP 32656-840
TEL: (31) 3597-6376/ 3597-6360
E-mail: [email protected]
dado que se quer representar. Alguns mapas utilizam mais de um recurso,
combinando-os.
7) O mapa apresenta anamorfose?
8) As cores de áreas, podem ir de cores frias a quentes, por exemplo, conforme o fenômeno
apresentado se intensifica, ou podem ser aplicadas sem relação com a escala de cores, para
mostrar dados qualitativos. Como são apresentadas as cores no mapa?
9) São utilizados pontos no mapa? Como eles são apresentados?
10) São utilizadas linhas no mapa? Como elas são apresentadas?
11) As isolinhas delimitam as áreas de um dado de mesmo valor. Elas existem no mapa?
12) As setas indicam fluxo. Quando proporcionais, incluem também informações
quantitativas. Elas são utilizadas no mapa? Em caso positivo, como?
13) Os símbolos indicam a localização dos fenômenos representados por meio de figuras
representativas do conteúdo informado. Eles existem em seu mapa? Em caso positivo,
como?
A terceira etapa da leitura de mapas pode-se fazer uma interpretação mais crítica das
representações cartográficas. Muitas vezes é possível analisar a intenção do autor na
elaboração do mapa. Nesse sentido é interessante observar, por exemplo: quais
informações e dados foram selecionados pelo autor; qual a projeção cartográfica
escolhida e o que ela indica; no caso de mapas-múndi ou planisférios, qual a
disposição dos continentes e países e que informação isso traz no contexto analisado.
14) Qual o assunto tratado no mapa?
15) Quais são as técnicas utilizadas para apresentar os dados?
16) Cite os estados brasileiros que apresentam os maiores e os menores aquíferos, em
potencial.
17) Cite os estados brasileiros que tem os maiores riscos de contaminação dos aquíferos
pelo uso de agrotóxicos. Qual é a relação entre esse dado e as atividades econômicas
desenvolvidas nessas regiões?
18) Com base em seus conhecimentos e na leitura do mapa responda: O que você sabe
sobre a importância dos aquíferos em escala mundial?
19) Se a água é um recurso natural renovável, porque existe tanta preocupação sobre sua
falta no planeta?
20) Em que sentido a poluição dos aquíferos pode prejudicar a sua saúde?
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Disciplina: Geografia
Avaliação Teórica Individual 2
Professor: Diego Alves de Oliveira
1º Módulo/2014
[Digite aqui]
QUESTÃO 10: (Valor: 1,5 pontos). Observe a Tabela a seguir e construa as respostas solicitadas no mapa da
próxima página:
Tabela 1 – Produto Interno Bruto das Grandes Regiões e Unidades da Federação - 2012
Interno
Bruto Principal tipo de indústria
Grandes Regiões e Unidades Produto
(1 000 000 R$)
da Federação
Transformação
Brasil
4.392.094
Norte
231.383
Rondônia
29.362
Construção Civil
Acre
9.629
Construção Civil
Amazonas
64.120
Transformação
Roraima
7.314
Construção Civil
Pará
91.009
Extrativista
Amapá
10.420
Construção Civil
Tocantins
19.530
Produção e distribuição de eletricidade, gás, água,
esgoto e limpeza urbana
Nordeste
595.382
Maranhão
58.820
Construção Civil
Piauí
25.721
Construção Civil
Ceará
90.132
Transformação
Rio Grande do Norte
39.544
Extrativista
Paraíba
38.731
Transformação
Pernambuco
117.340
Transformação
Alagoas
29.545
Transformação
Sergipe
27.823
Extrativista
Bahia
167.727
Transformação
Sudeste
2.424.005
Minas Gerais
403.551
Transformação
Espírito Santo
107.329
Extrativista
Rio de Janeiro
504.221
Extrativista
São Paulo
1.408.904
Transformação
Sul
710.860
Paraná
255.927
Transformação
Santa Catarina
177.276
Transformação
Rio Grande do Sul
277.658
Transformação
Centro-Oeste
430.463
Mato Grosso do Sul
54.471
Transformação
Mato Grosso
80.830
Transformação
Goiás
123.926
Transformação
Distrito Federal
171.236
Construção Civil
Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e
Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA.
Disciplina: Geografia
Avaliação Teórica Individual 2
Professor: Diego Alves de Oliveira
1º Módulo/2014
[Digite aqui]
a) Marque no mapa a Cidade A de coordenadas 10°S e 60°W e a Cidade B, de coordenadas 20°S e 40°W;
(Valor: 1,0 ponto).
b) Considerando que a distância real entre estas duas cidades seja de 2.500 km e a distância no mapa seja de
7 cm, calcule a escala do mapa e após, construa a escala numérica e a escala gráfica no canto inferior direito
do mapa; (Valor: 1,5 pontos).
c) Os dados da Tabela 1 podem ser representados em um mapa temático, instrumento utilizado em estudos
comparativos para representar fenômenos que diferem entre si por várias categorias. Construa a representação
das informações apresentadas na tabela sobre a base do mapa acima (Valor: 2,5 pontos);
Dica: Antes de começar a representação, ordene os valores do PIB para cada estado e defina classes (intervalos
de valores);
d) Insira os demais elementos obrigatórios que estão faltando nesta figura para que ela se torne um mapa
temático a partir da sua representação dos fenômenos representados na tabela (Valor: 1,5 pontos).