13 de Julho de 2010 - Terça-Feira - N# 397

Transcrição

13 de Julho de 2010 - Terça-Feira - N# 397
energia eólica
Expansão
Impsa em alta voltagem
Rosenildo Gomes Ferreira – IstoÉ Dinheiro – 12/07/2010
Conhecida por seus parques eólicos, a portenha Impsa anuncia investimentos
de R$ 1,8 bilhão e a produção de turbinas hidráulicas no Brasil
A portenha Impsa Wind, fabricante de equipamentos para geração de energia
eólica, desembarcou no Brasil em 2008, atraída pela força dos ventos nas
regiões Sul e Nordeste. Em menos de três anos, a companhia fechou contratos
de US$ 1,2 bilhão para a instalação de fazendas eólicas no Ceará e em Santa
Catarina.
Foi o suficiente para fazer do País a sua maior base de operações, superando a
Argentina e a Malásia, onde a Impsa Corporation também mantém unidades
produtivas. O País deverá responder por uma receita de R$ 1,1 bilhão em 2010,
mais da metade dos R$ 2,1 bilhões previstos para todo o grupo no período. Os
portenhos, no entanto, querem mais.
De olho na construção de dezenas de usinas hidrelétricas nas regiões Norte e
Centro-Oeste, negócios que deverão consumir R$ 214 bilhões até 2019, os
executivos da Impsa pretendem abocanhar uma fatia desses investimentos.
Para isso, a empresa vai aplicar R$ 250 milhões na instalação de uma linha para
produção de turbinas para hidrelétricas, além de um laboratório hidráulico na
sua planta de Suape (PE). No total, os investimentos da Impsa para o período
2010-2011 deverão somar R$ 1,8 bilhão. A fatia restante será usada para
cumprir os contratos em andamento.
US$ 1,2 bilhão é o valor da carteira de pedidos da Impsa para o fornecimento de
turbinas para parques de energia eólica no Ceará e em Santa Catarina. “O Brasil
se transformou em um terreno fértil para quem atua no setor energético”,
destaca Jose Luis Menghini, vice-presidente da Impsa Wind do Brasil. Com
exceção da China, nenhum outro país do mundo está investindo tanto em
energia.
E a produção local é um imperativo para quem pretende ser um jogador de
destaque nesse campo. Primeiro porque facilita a obtenção de financiamento
junto aos órgãos de fomento, como o BNDES. Além disso, atende à exigência
de conteúdo mínimo de insumos nacionais, normalmente incluídos em contratos
dessa natureza.
Não foi por outro motivo que as rivais Siemens, General Electric, Alstom, ABB
e Voith desembarcaram por aqui nos últimos 50 anos. Hoje, a Impsa já possui
contratos com a Odebrecht para fornecer equipamentos para as usinas de
Simplício, na divisa entre Rio de Janeiro e Minas Gerais, e Dardanelos, em
Mato Grosso, que somam R$ 655 milhões.
Com a ampliação da planta de Suape, que quase triplicará para 51 mil metros
quadrados de área construída, será possível operar em um novo patamar. No
novo galpão poderão ser montadas turbinas hidráulicas com peso de até 800
toneladas e 38 metros de altura, equivalente ao tamanho da estátua do Cristo
Redentor, no Rio de Janeiro.
Página - 1 / 4
“Os investimentos em energia estão repetindo patamares somente vistos na década de 1970, durante o
chamado milagre econômico”, opina o economista Fernando Camargo, sócio-diretor da LCA Consultores. É
que para continuar crescendo no ritmo de 5% ao ano, o Brasil precisará adicionar seis mil Mega-Watts (MW)
por ano à sua capacidade de geração – montante suficiente para abastecer uma cidade com 18 milhões de
habitantes.
“O grande potencial do Brasil ainda é a hidroeletricidade”, reforça Rosângela Ribeiro, analista de
investimentos da SLW Corretora. Para Menghini, a polêmica ao redor da Usina Hidrelétrica de Belo Monte,
situada no Pará e duramente criticada por ambientalistas, não deverá inviabilizar os megaprojetos. “O
governo terá de optar entre atender às reclamações dos ecologistas ou deixar milhões de pessoas no escuro”,
completa o executivo.
Leilão
EPE admite problemas para leiloar eólicas no certame de renováveis e A-3
Jornal da Energia – 12/07/2010
O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, afirmou nesta quinta-feira
(08/07) que algumas pendências podem atrapalhar a realização do leilão de renováveis e A-3, previsto para
18 e 19 de agosto. O certame vai contratar energia de usinas eólicas, a biomassa e pequenas centrais
hidrelétricas (PCHs).
De acordo com o executivo e representantes da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), dentre
as pendências está a contabilização da energia eólica na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica
(CCEE), responsável pela administração do mercado.
Além disso, também existem problemas em relação à cobrança de uma potência assegurada por parte do
gerador, já que as usinas estarão sujeitas à imprevisibilidade dos ventos. As penalidades que poderão ser
impostas aos investidores caso eles não entreguem o volume contratado também seguem em discussão.
Ainda assim, Tolmasquim ressaltou que todas as dificuldades são contornáveis.
"Não há nada que não seja ultrapassável. Estamos dentro do prazo, já que o edital está sob audiência pública.
Mas, em alguns casos, só a publicação de uma nota técnica soluciona o problema e não exige alterações",
afirmou Tolmasquim, em entrevista durante evento do setor, no Rio.
Para o presidente da Abeeólica, Ricardo Simões, o interesse dos investidores no leilão depende diretamente
da solução destas pendências. Segundo ele, usinas que somam 5.000MW devem se habilitar junto à EPE para
a licitação. E, para o executivo, caso o certame não termine com a contratação de ao menos 2.000MW, o
leilão “pode ser considerado um fracasso”.
Uma reunião marcada com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a Abeeólica na próxima quartafeira (14/07) vai discutir as pendências e também possíveis alterações no edital.
Termelétricas
Apesar de entidades como o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) já ter defendido a construção de
usinas termelétricas na região Sul do País, Tolmasquim afirmou que esses empreendimentos só seriam
construídos sob uma “necessidade enorme”.
Para o ONS, as termelétricas iriam compor a energia da região Sul, aumentando a segurança energética nessa
área. Já para o presidente da EPE, ao fazer isso, eles estariam indo contra a competição. Assim, Tolmasquim
afirma que essas usinas só seriam construídas se houvesse uma necessidade "muito forte".
Leilão
Lei sobre outorga de autorização para explorar eólicas ainda traz dúvidas a
agentes
Dayanne Jadjiski – Agência CanalEnergia – 12/07/2010
A lei que estabelece os requisitos necessários à outorga de autorização para explorar e alterar a capacidade
instalada de usinas eólicas ainda causa dúvidas a alguns agentes do setor. Um dos pontos que precisa ser
esclarecido é o sombreamento entre parques. Entre os documentos necessários para o requerimento de
outorga na resolução normativa 391, aprovada no dia 15 de dezembro do ano passado, um dia após a
realização do leilão de eólicas, está o estudo comprovando a não interferência da usina eólica em outros
Página - 2 / 4
parques já autorizados, caso estes estejam dentro da região de turbulência provocada pelos aerogeradores da
nova usina.
Essa região, segundo a legislação, dista de 20 vezes a altura máxima da pá, considerando-se a "direção
predominante do vento". Para o gerente de Operações da Braselco, Ivo Albuquerque, várias interpretações
podem ser feitas sobre o termo. "Na lei não está definido o que é direção predominante do vento. Podemos
falar sobre o vento ou a quantidade de energia. Em algumas regiões, o setor leste tem vento durante 60% do
ano, mas o setor nordeste tem 90% da região. Um é a frequência do vento. Pode-se ter 90% do vento em uma
direção, mas ser vento fraco, e o restante pode estar em outro setor com um vento bem mais forte, que
representa muito mais energia. Então isso não está claro", disse.
Para o consultor da Camargo Schubert, Odilon Camargo, apesar de contribuir para diminuir a quantidade de
projetos acumulados na mesma área, esse afastamento dificulta o aproveitamento otimizado de recurso
natural do país. "Tem muito campo para evoluir, esta decisão é acertada, porque elimina os conflitos no curto
prazo, mas existe muito a evoluir na questão regulatória. A questão da não interferência da usina eólica em
outros parques já autorizados também não está esclarecida, segundo Albuquerque, da Braselco. "O que é não
interferência? Quanto se pode interferir na produção do outro parque? 0,5%, 1%?. Estas questões específicas
precisam ser melhor analisadas", avalia.
Camargo alertou também para o impacto da medição na competitividade das eólicas nos leilões. Para
diminuir os riscos, não se deve, por exemplo, economizar na quantidade e na altura de torres. "No caso de
um projeto que tenha apenas uma torre e ocorra uma perda de dados, as incertezas aumentam. É preciso, pelo
menos, de duas em cada por projeto, para que haja continuidade de fornecimento de dados. Para diminuir as
incertezas e consequentemente os riscos de projetos eólicos, o executivo citou também a telemetria e a
colocação de torres em locais representativos. Ambos os executivos participaram do Fórum Estruturação de
Projetos Eólicos para os Leilões de Reserva e A-3, realizado pelo Grupo CanalEnergia, no Rio de Janeiro.
Parceria
Alstom assina contrato de 100 milhões de euros com empresa brasileira
Monitor Mercantil – 12/07/2010
A Alstom assinou um contrato no valor de 100 milhões de euros com a empresa brasileira de geração de
energia renovável Desenvix, subsidiária do grupo econômico Engevix. Os recursos serão utilizados para a
construção de um complexo eólico de 90 MW no Estado da Bahia. O parque de Brotas consistirá em três
usinas eólicas denominadas Macaúbas, Novo Horizonte e Seabra, e representa o primeiro contrato da Alstom
no mercado eólico brasileiro.
A geração de energia no Brasil baseia-se principalmente nas usinas hidrelétricas, que representam 77% da
capacidade de geração instalada no País e geram 90% da energia produzida. O Brasil conta também com um
grande potencial para a produção de eletricidade a partir de outras fontes de energia renovável.
O Complexo de Brotas destaca o compromisso do governo com o desenvolvimento do mercado interno de
energia eólica e mostra o envolvimento da Alstom com a geração de energia por fontes renováveis. De
acordo com os termos e condições do contrato, a Alstom fornecerá 57 turbinas eólicas ECO 86 de 1,67MW
cada, cujos principais componentes serão fabricados na Espanha e no Brasil. As três usinas eólicas deverão
entrar em operação em julho de 2011.
Em dezembro de 2009, a empresa assinou um memorando de intenção com o Governo do Estado da Bahia
para instalar sua primeira unidade industrial de turbinas eólicas no país, localizada em Camaçari, com
previsão de estar em pleno funcionamento até meados de 2011. Isso representou um importante passo para a
presença da Alstom no mercado regional de energia eólica, consolidado agora com o recente contrato.
Alstom e Engevix são parceiras, trabalhando em conjunto há mais de 30 anos. Ambas as empresas
participaram de importantes projetos hidrelétricos no Brasil, tais como Tucuruí (8370 MW), Ita (1450 MW),
Barra Grande (690MW) e Itapebi (450 MW), além de projetos para usinas hidrelétricas de médio porte
(Caçu, Barra dos Coqueiros, etc) e usinas de pequeno porte, como Bonfante e Mont Serrat.
- O complexo de usinas eólicas de Brotas representa o primeiro projeto conjunto entre a Alstom e a Engevix
no mercado de energia eólica no Brasil - disse Alfonso Faubel, vice-presidente da Alstom Wind,
acrescentando que o contrato fortalece as relações entre as duas empresas no setor de energia renovável e
consolida a posição da Alstom no mercado de energia eólica no país.
Página - 3 / 4
Demanda
Suzlon handed 19.8 MW Indian order
James Quilter – WindPower Monthly – 12/07/2010
Suzlon has won a 19.8MW order from the Malpani Group for two wind farms to be located in the Indian
states of in Karnataka and Maharashtra.
Suzlon's s82 1.5MW turbine will be used in the projects
This is the fifth order Suzlon has taken from Malpani, which has interests in a variety of sectors in addition
to wind energy including leisure, real estate, transport. The company owns 46.85MW of projects in India
The order comprises of eight S88 2.1MW and two S82 1.5MW wind turbines to be commissioned in the
states of Karnataka and Maharashtra respectively.
The contract follows last week's announcement of and order from Hindustam Petroleum (HCPL) for Suzlon
to build a 25.5MW wind farm in the Indian state of Rajasthan.
Página - 4 / 4

Documentos relacionados

Espaço reservado para publicidade de sua empresa Espaço

Espaço reservado para publicidade de sua empresa Espaço Engenharia por Mauricio Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia, já indicava que a capacidade instalada eólica do Brasil deve cheg...

Leia mais