diálogo - Sindipetro Bahia
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JORNAL diálogo Assédio Moral é crime O auditório do Hotel Vila Velha ficou pequeno para as mais de 200 pessoas que participaram do seminário sobre assédio moral, sábado (14/9). A médica e pesquisadora da USP, Margarida Barreto, disse que a prática do assédio no trabalho é uma forma de terrorismo que desencadeia doenças, enquanto a procuradora do MPT, Rosângela Lacerda, classifica-o como uma realidade nefasta, um ato ilícito e anticonstitucional. Leia mais no encarte e acesse www.sindipetroba.org.br Na mesa, o coordenador geral Paulo César lembrou a todos da necessidade de se denunciar a prática do assédio e de cobrar punições Base aprova antecipação pelo IPCA (6,09%) Nas assembleias realizadas na terça e quarta (10 e 11), na Fafen, Temadre, Cofip, FBM, Araçás, Santiago, Taquipe, Buracica, Miranga, Rlam e Conjunto Pituba, a base aprovou a proposta da antecipação da inflação pelo IPCA, índice de 6.09%, por 403 votos a favor, 55 contra e 7 abstenções. Confira os resultados na tabela. Segundo o coordenador geral Paulo César, logo após o resultado, o Sindipetro Bahia assinou o aditivo da Petrobrás, Transpetro e PBIO, no Rio de Janeiro. A mobilização prossegue agora pelo ganho real de 5% e de mais cláusulas da nossa pauta reivindicatória. Confira o programa Diálogo 8 entrevista com o coordenador geral do Sindipetro NF, Zé Maria Rangel. Também representante dos trabalhadores no CA da Petrobrás, ele fala sobre a frente nacional em defesa dos investimentos da estatal na Bahia e no Nordeste; confira ainda a cobertura do seminário assédio moral. Acesse www.sindipetroba.org.br No programa Diálogo 8, na TV SINDIPETRO, tem Os petroleiros da ativa do Sistema Petrobrás recebem já em setembro o reajuste de 6,09%. Pág. 2 16 de Setembro 2013 | nº 102 JORNAL SEMANAL DO SINDICATO DOS PETROLEIROS DA BAHIA ACT 2013 / 2015 SISTEMA PETROBRÁS Enquete: Dê sua opinião sobre o leilão do campo de Libra DIA Terça 10/09 BASE COFIP TEMADRE FAFEN BURACICA A FAVOR 35 58 31 26 UP FBM ARAÇAS TAQUIPE Quarta RLAM 11/09 MIRANGA SANTIAGO CJ. PITUBA Total Aposentados e pensionistas têm essa incorporação automaticamente em setembro 27 32 39 74 27 27 27 403 CONTRA 0 8 6 6 0 3 1 28 2 0 1 55 ABSTENÇÃO 0 0 0 1 0 0 1 3 2 0 0 7 por força do acordo. Leia mais em www.sindipetroba.org.br e confira vídeo. Sindicato mostra força, paralisa Fafen e convoca trabalhadores para a luta contra o PL4330 Pág. 2 #8 Leia o Págs. 3 e 4 diálogo 2 JORNAL 16 de Setembro 2013 | nº 102 FAFEN Na manhã de sexta (13/9), os diretores do Sindipetro Bahia Deyvid Bacelar, Agnaldo dos Anjos, Agnaldo Soares e o coordenador geral Paulo César esteve presente também dirigentes do Sinditicc – paralisaram o turno de entrada da Fafen. Com expressiva participação dos trabalhadores, a direção do sindicato informou sobre a luta que o movimento sindical trava na Bahia e em Brasília para impedir a votação do PL 4330, projeto da terceirização que precariza ainda mais as relações de trabalho no país - no confronto até a Polícia da Câmara dos Deputados foi usada contra os sindicalistas – assim como dos protestos contra os leilões dos campos de petróleo que ocorrem na próxima quarta (18/9), no Rio. Durante o ato na Fafen, a assessoria jurídica do sindicato prestou esclarecimentos aos Trabalhadores atenderam à convocação do sindicato; coordenador geral Paulo César fala da luta contra o PL 4330 e da negociação da pauta reivindicatória trabalhadores das principais ações coletivas e individuais que o Sindipetro patrocina em defesa dos direitos da categoria. Foi mais uma ação do “Jurídico Itinerante”, com participação dos advogados Clériston Bulhões e Lacerda Brito. Enquete Leilão do campo de Libra, você tem opinião sobre isso? Tem uma enquete no site sobre o leilão do campo de Libra, marcado para outubro. A FUP encaminhou à presidente Dilma documento condenando a realização do leilão e pedindo a suspensão imediata. A direção do sindicato quer saber a opinião da categoria sobre esse assunto, de extrema relevância para a soberania e o desenvolvimento do país. Acesse www.sindipetroba.org.br e vote. Ainda sobre o leilão, os movimentos sociais que participam da campanha ‘O Petróleo Tem que Ser Nosso’ realizam ato nesta quarta (18/9), às 17h, contra a espionagem na Petrobrás e pelo cancelamento do leilão de Libra. O protesto ocorre em frente ao Consulado dos EUA, no Rio de Janeiro. Plenário do Sistema Diretivo decide pela suspensão de diretores Na reunião da última segunda (9/9), o Plenário do Sistema Diretivo decidiu suspender os mandatos dos diretores Allan Almeida, Edson Almeida e Antônio Marcos, devido a aprovação dos relatórios do Conselho de Ética que apurou as denúncias de má conduta sindical dos três denunciados. Além disso, os diretores Allan Almeida e Edson Almeida E X P E D I E N T E Boletim Informativo dos Trabalhadores do Sistema Petrobrás foram denunciados também por acusações sem provas contra dirigentes do Sindipetro Bahia e danos à imagem da entidade. Durante os trabalhos do Conselho de Ética todos os acusados tiveram amplo direito de defesa, mas não compareceram nas diversas oportunidades quando convocados para apresentar quaisquer provas, oral ou escrita, o que levou ao CE elaborar os relatórios indicando as penalidades previstas em estatuto. A direção então decidiu pela suspensão do diretor Antônio Marcos por 3 meses, do diretor Allan Almeida pelo prazo de 6 meses e do diretor Edson Almeida pelo prazo de 9 meses. Restou ainda decidido encaminhar os dois relatórios Ladeira da Independência, nº16A, Nazaré, SSA/BA, CEP 40040-340 – Tel.: 71-3034-9313 E-mail: [email protected] Site: www.sindipetroba.org.br do Conselho de Ética deliberados na reunião do Plenário do Sistema Diretivo em relação aos diretores Allan Almeida e Edson Almeida para a assessoria jurídica criminal, para análise e devidas providências jurídicas junto à justiça civil e criminal. Acesse www.sindipetroba.org.br e leia na integra todos os relatórios do CE. Diretor de Imprensa: Leonardo Urpia Textos e Edição: Alberto Sobral e Carol de Athayde Editoração: Márcio Klaudat Tiragem: 5.000 exemplares – Gráfica: Mundo Plano wandaick costa Trabalhadores aderem à paralisação 3 diálogo JORNAL Clique e leia a nova Revista Diálogo ANO 2 | nº2 | 2013 REVISTA REVISTA SEMESTRAL DO SINDICATO DOS PETROLEIROS DA BAHIA NA BASE E NAS RUAS A revista semestral do Sindipetro Bahia - Diálogo º 2 / agosto 2013 - já distribuída aos associados da ativa, aposentados e pensionistas, através dos Correios, está disponível para consulta no site – www.sindipetroba.org.br – clique nas 32 páginas para conhecer o balanço das principais atividades do sindicato neste primeiro semestre. Boa leitura. Sertel Depois de atrasar salários, terceirizada abandona contrato Envolvida em atrasos constantes de salários e obrigações trabalhistas com os cerca de 350 empregados, a Sertel decidiu nesta segunda (16/9/) encerrar as atividades e entregar os contratos à Petrobrás. Na última segunda (9/9), os trabalhadores tinham decretado greve por falta de pagamento dos salários e solicitaram apoio ao Sindipetro Bahia. A direção do sindicato cobrou da gerência da Petrobrás e da Sertel uma solução e o pagamento dos salários ocorreu na quinta (12/9). Segundo informações chegadas ao sindicato, a Sertel apresentou pedido de “reequilíbrio econômico e financeiro” do contrato em abril, mas a Petrobrás não apresentou nenhuma resposta. Ao invés de apresentar uma solução à terceirizada, a Petrobrás fez licitação para um contrato de 6 meses, onde a vencedora foi a terceirizada Ecman. A direção do Sindipetro Bahia continuará defendendo os direitos dos trabalhadores. nº 102 | 16 de Setembro 2013 FUP - Filiada à CUT, CNQ e DIEESE Edição 1105 13 a 19/09/2013 Edição 1105 13 a 19/09/2013 Petroleiros e movimentos sociais constroem calendário unitário de lutas contra o leilão de Libra A FUP participou nesta sexta-feira, 13, da Plenária Nacional convocada em conjunto com o Sindipetro-RJ, MST, MAB e demais entidades da Via Campesina para discutir uma agenda unitária de lutas contra os leilões de petróleo e gás e, particularmente, do pré-sal, cujo campo de Libra será licitado pelo governo no dia 21 de outubro. Trabalhadores do campo e da cidade reforçaram a urgência de uma ampla campanha nacional de mobilizações conjuntas para impedir que a maior reserva de petróleo dos últimos tempos seja apropriada pelas multinacionais. “O Brasil não precisa de leilão de petróleo e sim de refinarias”, ressaltou o coordenador da FUP, João Antônio de Moraes na plenária, que reuniu dezenas de militantes no Instituto Salesiano Pio XI, em São Paulo, onde acontece no final de semana a Plenária Na cional dos Movimentos Sociais, que deverá ratificar a agenda de lutas contra os leilões de petróleo. A CUT e a CGTB também participaram da reunião e apresentaram um documento assinado por todas as centrais sindicais, endossando as deliberações da plenária. A agenda unitária de lutas será amplamente discutida pela FUP com seus sindicatos, no Conselho Deliberativo, convocado para o dia 18 em Brasília (veja matéria abaixo). Todos juntos em defesa da soberania nacional As mobilizações conjuntas dos petroleiros e movimentos sociais contra a entrega do pré-sal começam dia 21 com um acampamento no Rio de Janeiro, prosseguem com marchas, manifestações, gestões políticas, atos culturais e ações jurídicas ao longo de outubro, culminando com uma grande mobilização nacional no dia 21 de outubro, data marcada para o leilão de Libra. 21 de setembro - início de um acampamento no Rio de Janeiro 03 de outubro - no aniversário de 60 anos da Petrobrás, os movimento sociais realizarão atos pelo país afora e iniciam um acampamento também em Brasília 07 de outubro - realização de um mega ato político-cultural no Rio de Janeiro, com participação de artistas e intelectuais 14 a 18 de outubro - a luta contra os leilões de petróleo será inserida na Jo nada Nacional de Lutas do MST e demais organizações da Via Campesina 17 de outubro - marchas nas principais capitais do país contra o leilão de Libra 21 de outubro - grande manifestação nacional contra a entrega de Libra na cidade onde for realizado o leilão De olho no pré-sal, EUA espionam a Petrobrás e o governo brasileiro “Diante da gravidade das denúncias documentadas pela imprensa brasileira sobre a ação ilegal por parte do governo dos Estados Unidos para obter informações estratégicas da Petrobrás através de espionagem feita por sua Agência de Segurança Nacional (NSA), a Federação Única dos Petroleiros manifesta sua preocupação com a soberania nacional e faz um apelo ao governo brasileiro para que suspenda imediatamente o leilão de Libra”. A cobrança foi feita pela FUP em documento encaminhado no último dia 09 à presidenta Dilma Rousseff, ao ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, à presidente da Agência Nacional de Petróleo, Magda Chambriard, ao presidente da Câmara dos Deputados Federais, Henrique Eduardo Alves, ao presidente do Senado, Renan Calheiros, ao presidente do Superior Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, à procuradora Geral da República, Helenita Acioli, e ao presidente do Tribunal de Contas da União, Augusto Nardes. “Não há dúvidas sobre as motivações comerciais na espionagem comandada pelo governo dos Estados Unidos e aliados, como a Inglaterra, cujas petrolíferas já manifestaram interesse nas reservas do pré-sal, e, particularmente, em Libra”, denuncia a FUP, ressaltando que em comparação “com as 50 nações que detêm as maiores reservas de petróleo do mundo, só o campo de Libra representa a 17ª colocação nesse ranking, ficando acima do México, da Noruega, da Argélia e de outros 30 países”. Leia a íntegra do documento na página da FUP: http://fup.org.br/downloads/09_09_2013_ documento_dilma.pdf Conselho Deliberativo da FUP reúne-se dia 18 em Brasília A FUP convocou para a próxima quarta-feira, 18, reunião em Brasília do seu Conselho Deliberativo para discutir os rumos da campanha reivindicatória e uma ampla agenda de lutas contra o leilão de Libra e o PL 4330, que será objeto de uma audiência pública nesse mesmo dia na capital federal (veja matéria no verso). Participam do Conselho Deliberativo a direção executiva da FUP e um representante de cada sindicato filiado, além das oposições reconhecidas. Mais um acidente com a SC-116 A direção do Sindipetro tomou conhecimento nesta segunda (9/9) de que ocorreu um acidente com a SC-116, em Catu; felizmente sem vítimas. Segundo o representante sindical do setor privado Alcimar do Sacramento Santos, na descida do mastro superior, ocorreu falha hidráulica com o mastro inferior - esta é uma das hipóteses do acidente – o que motivou que a queda por completo e rompimento. Como se não bastasse o acidente, mais um assalto ocorreu no local, com os bandidos levando colete e arma do vigilante. diálogo 4 JORNAL 16 de Setembro 2013 | nº 102 FUP - Filiada à CUT, CNQ e DIEESE Semana decisiva de luta contra o PL 4330 A FUP e seus sindicatos tornam a fortalecer esta semana as ações e manifestações da CUT e demais centrais sindicais contra o Projeto de Lei 4330, que sob o pretexto de regulamentar a terceirização, coloca em risco direitos e conquistas da classe trabalhadora. Na terça-feira, 17, os dirigentes sindicais percorrerão os gabinetes do Congresso Nacional, em Brasília, aumentando a pressão sobre os parlamentares para que o projeto seja retirado de pauta. Na quarta-feira, 18, os petroleiros somam-se a outras categoria no plenário da Câmara dos Deputados, onde será realizada pela manhã uma audiência pública para discutir o conteúdo e os rumos do Projeto, que, desde maio, está na pauta de votação da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC). A audiência contará com a participação de trabalhadores, empregadores e instituições de Direito, como o Ministério Público e a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), que já se posicionaram contrárias ao PL 4330. O projeto só não foi votado ainda por pressão da CUT e de outras centrais sindicais, que vêm tentando alterar o texto do projeto e impedir retrocessos, como a terceirização de atividades fim e a inexistência de responsabilidade solidária por parte das empresas contratantes, como querem os empresários e parlamentares que defendem o projeto. Essa, portanto, será uma semana decisiva para todos os trabalhadores brasileiros. O Núcleo de Combate ao Assédio Moral e Sexual (NUCAM) do Sindipetro Bahia realiza sábado, 14, o seminário Assédio Moral no Ambiente de Trabalho - Saúde e Aspectos Legais. Dirigentes sindicais, pesquisadores, procuradores, advogados e especialistas irão discutir as consequências do assédio na vida dos trabalhadores e de suas famílias, bem como os reflexos desse tipo de violência na sociedade. Durante o debate, haverá a avaliação de casos ocorridos no local de trabalho, em diversas unidades da Petrobrás. O evento conta com a participação de Margarida Barreto, doutora em Psicologia PUC/SP, Médica do Trabalho, Professora e Pesquisadora PUC/SP e FCM Santa Casa de Misericórdia/SP; André Aguiar, graduado em Administração (UESB), mestre em Administração Estratégica (UNIFACS), e doutorando em Ciências Sociais (UFBA). E ainda da Procuradora do Ministério Público do Trabalho, Rosangela Lacerda, e do advogado do Sindipetro Bahia, Clériston Bulhões. Em reunião com a FUP no último dia 11, a Petrobrás, mais uma vez, não formalizou a sua proposta de regramento das PLRs futuras. A empresa apresentou os resultados do primeiro semestre deste ano, com base na maioria dos indicadores que foram discutidos com as representações sindicais, mas cujas metas estão sendo tratadas pela companhia com o governo, sem participação da FUP. A Petrobrás também continua insistindo em manter o indicador Volume Total de Pe- tróleo e Derivados Vazado (VAZO), apesar de não ter sido acordado com as representações sindicais. Durante o processo de negociação, a FUP deixou claro que só concordaria com esse indicador se os trabalhadores tivessem intervenção na gestão de SMS da empresa, que, até agora, não apresentou qualquer vontade política nesse sentido. Desde o final de maio, os petroleiros aguardam que a Petrobrás apresente sua proposta de regramento das PLRs futuras. Na reunião do dia 11, a FUP reafirmou as reivindicações da categoria, que cobra regras claras e democráticas para o provisionamento e distribuição da PLR e que o montante seja baseado nos dividendos distribuídos aos acionistas, conforme estabelece a legislação. Há quatro anos, a FUP vem tentando negociar com a Petrobrás uma proposta que avance nesse sentido. No entanto, a empresa até hoje não formalizou sua proposta final. AMS Reclamação é geral contra farmácias credenciadas Sindipetro-BA realiza seminário sobre assédio moral no ambiente de trabalho Petrobrás não formaliza proposta de regramento das PLRs futuras Greve agita campanhas dos trabalhadores dos Correios e bancários Após rejeitar a proposta da ECT de 5,27% de reajuste, os trabalhadores dos Correios entraram em greve no dia 12 em cinco estados do país. Pressionada, a empresa apresentou uma nova proposta na tarde de sexta-feira, 13, elevando para 8% o reajuste e corrige em 6,27% os vales refeição e alimentação, o auxílio-creche/babá e o auxílio para dependentes de cuidados especiais. Até o fechamento dessa edição, a categoria ainda não havia se posicionado sobre a nova proposta da ECT. Já os bancários aprovaram em assembleias entrar em greve por tempo indeterminado a partir do dia 19, em resposta à proposta da Fenaban de reajuste de 6,1%. Assim como os petroleiros, os bancários reivindicam 5% de ganho real, além da correção da inflação. Além de não atender à pauta econômica da categoria, os banqueiros ignoraram todas as demais reivindicações dos trabalhadores, como condições de trabalho, saúde e segurança. Edição 1105 – Boletim da FEDERAÇÃO ÚNICA DOS PETROLEIROS Filiada à CUT www.fup.org.br Av. Rio Branco,133/21º andar, Centro, Rio de Janeiro - (21)3852-5002 [email protected] Edição: Alessandra Murteira - MTb 16763 Texto: Alessandra Murteira - Projeto gráfico e diagramação: Claudio Camillo - MTb 20478 Diretoria responsável por esta edição: Caetano, Chicão, Daniel, Dary, Divanilton, Hoffman, Leopoldino, Chico Zé, Mário, Moraes, Paulo Cesar, Silva, Simão, Ubiraney, Zé Maria, Vigilância troca tiros em campos de Santiago No final de semana, vigilantes na área de petróleo em Santiago, trocaram tiros com bandidos, deixando sobressaltados os trabalhadores. No turno das 8h às 20h, no sábado (7/9), a ronda da empresa Prosegur AP 14 reagiu a tiros à ação de 4 bandidos próximo ao poço AG 374. Após a perseguição, com ajuda de policiais sob o comando do tenente Adilson, os bandidos fugiram pela mata da região; foi registrada queixa na delegacia de Pojuca. Em outro episódio, os vigilantes Luciano e Josiel Moura encontraram o veículo suspeito de realizar constantes furtos de óleo diesel nos campos da Petrobrás, uma Kombi branca placa NZS - 1336, com três ocupantes na área do campo de Sussuarana. Leia+ www.sindipetroba.org.br As subsedes do Sindipetro Bahia em Feira de Santana, Candeias, Alagoinhas e Catú lotaram na terça (10/9) e quinta (12/9),oportunidade em que aposentados e pensionistas ouviram atentamente a assistente social da Petrobrás, Ana Paula Mangabeira, e a supervisora do Posto Avançado do Itaigara, Izabel Velame. Com expressiva participação - mais de 300 pessoas nas subsedes - as duas profissionais informaram sobre o Programa de Atendimento Domiciliar, Avaliação da Saúde e do Benefício Farmácia (PAD e PASA), este último o mais questionado de todos. Aposentados e pensionistas reafirmaram as reclamações quanto ao número de farmácias credenciadas nos municípios, em especial Feira e Alagoinhas, assim como a falta medicamentos, o que obriga a deslocamentos até Salvador. Isso, claro, custa dinheiro, além do fato da maioria ter idade avançada. Outra reclamação diz respeito às carteiras da AMS, muitas sem a foto do beneficiário, o que traz transtornos aos participantes e assistidos; neste caso também as pessoas são obrigadas a virem a Salvador, fazer novo documento de identificação. Para solucionar essa questão e poupar os aposentados e pensionistas de se deslocarem até Salvador, os diretores Francisco Ramos (Chicão) e José Lopes sugeriram que a Petrobrás instale uma Unidade Móvel nas subsedes onde ocorrem esse problema. JORNAL ogoláid diálogo Especial Assédio Moral | 16 de Setembro 2013 LANROJ Cerca de 200 pessoas entre trabalhadores diretos e terceirizados da Petrobrás, estudantes de direito, psicologia, recursos humanos, assistência social e segurança do trabalho, participaram do seminário “Assédio Moral no Ambiente de Trabalho- Saúde e Aspectos Legais”, no sábado, 14, no auditório do Hotel Vila Velha, em Salvador. Promovido pelo NUCAM- Núcleo de Combate ao Assédio Moral e Sexual- do Sindipetro Bahia, o seminário reuniu importantes pesquisadores e personalidades da área jurídica. O evento contou também com o apoio do Núcleo de Prática Jurídica da UNIJORGE. Uma plateia entusiasmada e atenta participou ativamente do seminário que teve uma duração de sete horas. Muitos participantes aproveitaram a oportunidade para relatar casos de assédio moral que aconteceram na Petrobrás e em outras empresas. O coordenador geral do Sindipetro, Paulo César Martin, ressaltou a importância de informar os trabalhadores e sindicalistas para que segundo ele, “ juntos possam definir wandaick costa Seminário sobre assédio moral foi sucesso de público e crítica estratégias e combater o assédio moral dentro das empresas.” Para Deyvid Bacelar, diretor de SMS do Sindipetro, “ o seminário foi também uma grande oportunidade para a formação dos trabalhadores”. A dra Margarida Barreto, pesquisadora da USP e médica do trabalho, em sua palestra, chamou a atenção para o fato de que “sempre por trás do assédio há uma cultura organizacional”. Para ela o assédio moral é uma forma de terrorismo, que desencadeia vários tipos de doenças. A pesquisadora criticou o que chamou de “capitalismo do desastre”, citando a crise no emprego, que afeta principalmente mulheres e jovens. E alertou que todos precisam ter consciência de que “quando um trabalhador é humilhado, todos estão sendo humilhados.” A procuradora do Ministério Público do Trabalho, Rosangela Dias Lacerda, conceituou o assédio moral como uma realidade nefasta. Para ela a desconstrução deste tipo de assédio tem que passar por um caminho coletivo. A procuradora chamou a atenção para a necessidade de o trabalhador assediado coletar provas se pretende entrar com uma ação na justiça. E afirmou ainda que o “assédio moral é sempre um ato ilícito e anticonstitucional.” O palestrante André Aguiar, doutorando em ciências sociais (UFBA) e mestre em Administração Estratégica (UNIFACS), que em seu mestrado estudou casos de empregados em litígio judicial trabalhista, ressaltou algumas ações trabalhistas, envolvendo inclusive a Petrobrás. Ele informou que constatou que a partir de 2006 houve um significativo aumento de ações de assédio na justiça. Para ele isto se deve “à divulgação do tema pelos sindicatos e a pesquisadores, em especial à dra Margarida Barreto.” Clériston Bulhões, advogado trabalhista e assessor do Sindipetro, também relatou diversos casos de assédio moral e como foram abordados na justiça. O advogado alertou para o fato de o empresariado estar sempre tentando banalizar a denúncia do trabalhador, intitulando-a de “indústria do dano moral.” A mesa de abertura do seminário foi bastante representativa, abrilhantando ainda mais o evento. Participaram o coordenador geral do Sindipetro Bahia, Paulo César Martin, o presidente da CUT Bahia, Cedro Silva, o diretor de SMS do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar, o coordenador do Sindipetro NF, diretor da FUP e RE no CA da Petrobrás, José Maria Rangel, o assessor da secretaria de saúde do trabalhador da CUT nacional, Gilberto Salviano da Silva, a secretária de saúde da CTB estadual, Jaíra Santiago e a representante do CESAT, dra Eliane Cardoso Sales. JORNAL ogoláid diálogo 16 de Setembro 2013 | Especial Assédio Mora E N T R E V I S TA A L D A P E P E Assédio é crime Na entrevista que concedeu ao programa Diálogo 7 – acesse www.sindipetroba.org.br e confira na integra - a professora aposentada da UFBA e integrante do Conselho Estadual de Educação, Alda Pepe, afirma que cerca de 40% da população economicamente ativa já sofreu assédio no trabalho. forma diferente do que os normais e com isso ele sofre. É uma jornada de sofrimento para aquele que sofre um assédio moral. Mas como identificar essa situação, o que fazer quando isso acontece? Esse assédio, quando consideramos ele, ele tem que ser repetido para ser. Tem que ter objetivo e objeto. O objeto é o sujeito que está sendo assediado e o objetivo é torná-lo, de fato, um sujeito que deve ser eliminado, o sujeito pode até acreditar que ele deve ser eliminado daquele espaço. Fala a professora Alda Pepe – o assédio moral pode ser definido como uma ação perversa e atinge diretamente a dignidade do sujeito. Uma ação que tem como objetivo desqualificar a pessoa, humilhar, tornar o humilhado um sujeito menor do que o que está praticando. Normalmente a intenção é essa. É criar uma situação em que o sujeito aceite de fato que ele merece aquele tratamento. É um tratamento perverso, que produz dores, inicialmente na alma, e outras psicológicas. Mostra que o sujeito está sofrendo uma injustiça, ele sente isso, está sendo tratado de As consequências são muito graves. Começa pelas dores da alma, você se sente muito ruim. Você sofre também uma dor psicológica, mas depois ele se torna mesmo em dores físicas, você somatiza toda essa situação. O assédio moral é um agravo à saúde bio e psicossocial, portanto, ele começa por esse mal estar social, o mal estar interior do sujeito e depois se torna também um mal estar orgânico. Ele terá gastrite, hipertensão... As formas são muitas de tipos de sofrimentos expressos, mas o objetivo do assediador é que isso realmente aconteça. Relato de caso na Rlam atingido pelo apagão, afetando diretamente as instalações na Refinaria e deixando todos em estado de alerta. O episódio ocorreu na Rlam e durante o apagão que deixou mais de uma dezena de estados sem energia elétrica recentemente. O denunciado, gerente de SMS da refinaria Alberto Sérgio, tratou com desrespeito e truculência dois técnicos de segurança do trabalho, ambos com mais de 50 anos de idade e mais de 25 anos como concursados da Petrobrás. OCORRÊNCIA Na quarta (28/8), por volta de 18h30, a equipe estava envolvida numa situação anormal, quando o Nordeste do país foi PROCEDIMENTO Existe um procedimento de mais de 30 anos - rotina seguido com rigor por todas as turmas de turno da Petrobrás, também por órgãos e empresas internacionais. Chamada de PG - Procedimento Geral PG-3AL00316-K - e POR - Procedimento Operacional de Resposta – e que trata de como se deve proceder em qualquer situação anormal e também em situação normal, como fazer em relação ao efetivo mínimo para um atendimento rápido. Nos grupos, existe uma hierarquia interna, onde ninguém além do Supervisor do turno pode autorizar a saída da última dupla da central. Em alguns casos o sujeito pode até perder a família. O que ele sofre nesse ambiente de trabalho ele leva pra casa e será um sujeito de ações perversas. Ele não assume o que acontece no trabalho por medo de perder o emprego, quando a família precisa do emprego. Além disso, ele não quer assumir que está descontando esse assédio em família. De qualquer sorte, a pessoa se torna difícil, perversa, e acaba perdendo também a saúde familiar. LANROJ Sobre o assédio vertical – é o que vem do chefe para o subordinado. É o mais comum,mas existe também o horizontal, o que significa que outros colegas assediam um colega. E o assédio em ascensão, quando um grupo de subordinados, ou apenas 1, se organiza para boicotar o que recebeu de ordem e solicitação daquele que está hierarquicamente acima... Os prazos não são cumpridos, não flui o trabalho ou ridicularizam o chefe, por ter algo diferente. O colega de trabalho, ao perceber o assédio moral, ele pode e deve denunciar. Quase sempre os que estão assistindo tem medo de serem prejudicados ao denunciar e serem a próxima vítima. O depoimento é essencial e às vezes tem provas concretas, como ordens e contraordens escritas, descabidas... Como um trabalho que estava quase concreto e o chefe manda um comunicado avisando que não precisa mais... já não temos mais tempo, você nunca faz nada correto, você é diferente dos outros...já é suficiente para colecionar essas provas e prestar uma queixa. Assédio moral é crime e ele naturalmente produz lesões psicológicas e físicas, o que deixa o processo dentro de um quadro descabido e criminoso. APLICAÇÃO Aplica-se a todas as gerências da UN-Rlam, com as suas respectivas forças de trabalho. Em caso de emergência, o seu atendimento terá prioridade sobre as demais atividades da Petrobrás/UN-Rlam, enquanto perdurar a situação de gravidade. As ações de combate e neutralização dos efeitos da ocorrência serão centralizadas numa coordenação única. A equipe, que estava totalmente comprometida no processo, não entendeu o questionamento. O gerente não estava interessado em saber se realmente o grupo sabia ou não da situação, mas sim debochar e tentar menosprezar os trabalhadores, na suposição de que ali todos eram preguiçosos e irresponsáveis. Um dos trabalhadores passou mal e não conseguiu terminar de jantar. O FATO Por volta de 18h10, no escuro, a equipe da Segurança Industrial estava envolvida com o apagão, neste momento chegou o gerente de SMS, Alberto Sérgio, que de forma inadequada não cumprimentou o grupo e de forma taxativa, agressiva e arrogante perguntou: vocês sabem o que está acontecendo na Rlam? Como todo o grupo tem responsabilidades e exige ser respeitado, em nenhum ambiente de trabalho isso pode ocorrer – mesmo porque todos são profissionais altamente capacitados e tem ficha limpa dentro e fora da empresa – o caso requer uma resposta da empresa à direção do Sindipetro Bahia e aos trabalhadores debochados. DESRESPEITO/INTOLERÂNCIA
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