Resultados parciais na Bahia aprovam
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nº 77 | 18 de Março 2013 pl 2012 Encerrada a primeira semana de assembleias da PL 2012 - o calendário começou na terça e concluiu a primeira etapa na sexta (15) - são os seguintes os resultados: dos 470 votos apurados, 337 aprovam o indicativo do CD da FUP, de aceitar a proposta da Petrobrás/ Subsidiárias, enquanto 112 votaram contra e 21 se abstiveram. se abstiveram. A base aprovou ainda, nesta primeira semana de assembleias, os demais indicativos do CD da FUP: dos 493 votos apurados, 373 são a favor, 81 contra e 39 se abstiveram. wandaick costa Resultados parciais na Bahia aprovam indicativos do CD da FUP RLAM COFIP Desta forma, o indicativo da direção do Sindipetro Bahia de rejeitar a proposta das empresas do Sistema Petrobrás não está sendo aprovado. Na reunião da Diretoria Executiva da segunda (11/3), aprovou-se a rejeição dos indicativos do CD da FUP; nas assembleias já realizadas a base se manifestou na direção oposta e por mais de 70% dos votos decidiu pela aceitação da proposta da empresa Quanto ao pagamento da PL em parcela única, votaram 403 trabalhadores, sendo 270 pela quitação em parcela única, 118 aprovam o adiantamento e 15 INTERVALO ENTRE JORNADAS/INTERSTÍCIO Justiça libera crédito ao 1º grupo de trabalhadores Mais uma vitória do sindicato na Justiça do Trabalho: a assessoria jurídica do Sindipetro Bahia contabiliza mais uma, sobre o intervalo entre jornadas de onze horas e que beneficia trabalhadores da RLAM. O sindicato já começou a chamar os incluídos no processo para receberem os créditos no setor financeiro. É pelo trabalho que a mulher vem diminuindo a distância que a separava do homem, somente o trabalho poderá garantir-lhe uma independência concreta. Simone de Beauvoir Palestra com Marilane Teixeira, dia 27 de março (sexta), às 15h, no auditório da UP-BA. Participe. Página 2 Leia o FUP - Filiada à CUT, CNQ e DIEESE Páginas 3 e 4 2 nº 77 | 18 de Março 2013 INTERSTÍCIO Vitoria! Justiça libera crédito ao primeiro grupo de trabalhadores A Petrobrás deixou de respeitar o intervalo entre jornadas de onze horas (interstício mínimo), preconizado pelo art. 66, da CLT, aos trabalhadores do regime de turno de revezamento. Este repouso é essencial ao empregado, pois se destina à recuperação do esforço realizado ao longo do período trabalhado, assim como à integração do profissional ao convívio familiar e social. Portanto, em razão do descumprimento da legislação, o Sindipetro Bahia ajuizou diversas ações como substituto processual. Segundo a nossa Assessoria Jurídica, até o momento, estas ações obtiveram sucesso na Vara do Trabalho de Santo Amaro, no TRT Bahia e no TST. faremos um balanço de todas as demais ações, que já foram pagas, quanto trabalhadores já receberam seus créditos e quantos ainda faltam receberem. Informa ainda que cinco ações já transitaram em julgado e a execução das sentenças para pagamento já foram iniciadas. Para os trabalhadores da RLAM foram ajuizados mais de 50 processos, tendo em média 20 substituídos por ação. Também informaremos sobre o andamento das ações que ainda não foram pagas, tanto as que já entraram em fase de execução, como as que ainda estão em grau de recurso. A boa noticia é que o Sindicato já começou a convocar os trabalhadores do primeiro processo (008210078.2005.5.05.0161 RT), para o qual foi levantado crédito incontroversos - os confessados pela Petrobrás quando contesta os cálculos do Sindicato - para receberem seus créditos no Setor Financeiro. Nos próximos informativos, Tudo isso para esclarecer a categoria, mostrar o bom e profissional trabalho que vem sendo feito pela nossa assessoria jurídica. Essa é mais uma vitória dos trabalhadores. LEGALIDADE O Sindipetro Bahia foi acionado na Justiça do Trabalho pelos 22 diretores suspensos com a suspensão temporária do mandato sindical após denuncia formulada pelo Coordenador Geral. O sindicato, através de sua assessoria jurídica, se manifestou nos autos demonstrando o fiel cumprimento de toda a formalidade exigida no Estatuto Social, destacou que a decisão foi proferida pelas instâncias internas da Entidade, que em grau de recurso será definitivamente decidido pela assembléia geral da categoria. Quando da apreciação do pedido de liminar, a Justiça indeferiu o pedido, por falta de provas das suas alegações. Confira o trecho da decisão: “Também assim, o documento de fls. 187/193 E X P E D I E NT E Boletim Informativo dos Trabalhadores do Sistema Petrobrás wandaick costa Diretores suspensos tem pedido de liminar negado A convocação da assembleia que deliberaria sobre o recurso dos diretores punidos lotou o auditório. Suspensa, o coordenador Paulo César explicou os motivos e ressaltou que a AGE só foi convocada porque esses diretores solicitaram, através de recurso à direção do Sindipetro Bahia, que se fizesse a assembleia. Depois - e de maneira contraditória - eles recorreram contra a realização do que pediram. Leia mais na página 3. (reunião do Plenário do Sistema Diretivo, realizada em 12.11.2012) demonstra a presença de 52 membros das Diretorias, inclusive alguns Acionantes, bem como a aprovação, por maioria de Ladeira da Independência, nº16A, Nazaré, SSA/BA, CEP 40040-340 – Tel.: 71-3034-9313 E-mail: [email protected] Site: www.sindipetroba.org.br votos, do relatório do Conselho de Ética contra os denunciados e aplicação das penalidades àqueles que não se retrataram, bem como a aprovação da proposta de encaminhar queixa crime por calúnia e difamação ao Judiciário contra os denunciados que não se retrataram. Neste passo, não há prova da verossimilhança das alegações de que os atos impugnados encontram-se inquinados de irregularidade na sua gênese, uma vez que, no plano da aparência, as decisões que atingiram os Acionantes, não ofenderam as disposições estatutárias da entidade sindical (PROCESSO 000148037.2012.5.05.0031 RTOrd)”. Esta decisão demonstra o respeito do Judiciário em relação à decisão interna do Sindipetro Bahia, respeito à liberdade de organização e demonstração do fiel cumprimento, pela direção do sindicato, a todas as formalidades exigidas pelo Estatuto Social. Diretor de Imprensa: Leonardo Urpia Textos e Edição: Alberto Sobral e Carol de Athayde Editoração: Márcio Klaudat Tiragem: 5.000 exemplares – Gráfica: Mundo Plano 3 AGE suspensa Grupo punido por má conduta sindical teme assembleia Como foram derrotados na ação principal, cuja sentença está no site da entidade (www. sindipetroba.org.br), o grupo dos diretores suspensos ajuizou nova ação, dessa vez na véspera da AGE, com pedido de liminar, onde pediu a suspensão do evento. Na ação principal a juíza realizou o contraditório e, após ouvir as razões do Sindipetro, negou a liminar. Nesta nova ação, como o espaço de tempo para o evento foi curto, a juíza não fez o contraditório e concedeu a liminar, suspendendo a assembleia sem ouvir as razões do sindicato. O Sindipetro Bahia tem confiança de que após apresentar a sua defesa, a juíza sustará a decisão adotada anteriormente, pois temos a consciência de que todos os ritos estatutários foram cumpridos. Assim, a direção do sindicato acatou a decisão e suspendeu a assembleia geral extraordinária que ocorreria no sábado (16), no auditório do Hotel Vila Mar, que deliberaria sobre os recursos dos 22 diretores suspensos por má conduta sindical. O inusitado do pedido de suspensão da AGE, feito pelos diretores suspensos, é que a direção do sindicato fez a convocação da assembleia geral atendendo a um recurso do próprio grupo. A “manobra” dos suspensos ocorreu em razão da derrota que o grupo sofreu na Justiça do Trabalho, quando os 22 questionaram a legalidade da decisão do Plenário do Sistema Diretivo e teve negada a liminar. A juíza Maria Lita Moreira Braidy confirmou não haver irregularidades no processo que culminou na suspensão dos 22 diretores por má conduta sindical. Edição 1080 FUP - Filiada à CUT, CNQ e DIEESE Edição 1080 PLR D 15/03/2013 15/03/2013 Acordo assinado, a luta agora é pelo regramento os 12 sindicatos da FUP que representam trabalhadores do Sistema Petrobrás, dez assinaram o acordo da PLR, após aprovação das assembleias. Somente os trabalhadores do Rio Grande do Norte rejeitaram a proposta. Na Bahia, as assembleias continuam até o dia 22, mas os resultados parciais apontam a aprovação do acordo, com uma média de 74% dos votos apurados. A média nacional de aprovação da proposta foi de 65% nas bases da FUP, chegando a 80% em alguns estados, e tem sido de 62% nas bases dissidentes, cujo indicativo das direções divisionistas é de rejeição. O acordo conquistado garantiu aos tra- balhadores se apropriarem de 5,20% do lucro líquido da Petrobrás, rompendo com a limitação imposta pelo DEST de que a PLR não poderia ultrapassar a barreira dos 4,5% do lucro. A pressão da categoria fez a empresa aumentar em 14,8% o montante da PLR, garantindo, assim, o mesmo tratamento que foi dado aos dividendos dos acionistas. A lógica da Petrobrás era proteger o capital e sacrificar o trabalho. Por isso, reduziu em 26% o provisionamento dos dividendos dos acionistas e em 36% a PLR dos trabalhadores. Seguindo os indicativos da FUP, os petroleiros foram à luta, pararam por 24 horas no dia 28 de janeiro e apro- varam uma greve de cinco dias, que foi primordial para arrancar da empresa uma nova proposta. O acordo conquistado será fundamental na definição das regras para provisionamento e distribuição das próximas PLRs, pois fizemos o governo quebrar o engessamento dos 4,5%. A negociação começa agora em março, com a categoria em estado de greve e mobilizada. Temos pela frente o desafio de arrancar até 10 de maio um acordo que garanta regras claras, democráticas e com indicadores justos. Mais do que nunca, a disposição de luta será essencial durante todo o processo de negociação. FUP na vanguarda da luta pela redução do imposto O coordenador da FUP Antônio de Moraes, representou a CUT no último dia 12 em audiência pública no Senado, realizada pela comissão mista que analisa a Medida Provisória 597/12, que reduz o Imposto de Renda sobre a PLR e isenta da tributação os trabalhadores que recebem até R$ 6 mil. Na próxima terça-feira, 19, haverá uma nova audiência, onde serão ouvidos os representantes do Ministério do Trabalho e do Ministério da Fazenda, que defenderão o texto enviado ao Congresso pelo governo federal. A Medida Provisória foi publicada no Diário Oficial da União no dia 26 de dezembro do ano passado, após diversas mobilizações e negociações que tiveram participação da FUP, bancários, metalúrgicos, químicos e urbanitários. Além de isentar da cobrança de imposto as PLRs de até R$ 6 mil, a medida reduziu as alíquotas para quem recebe acima desse valor: entre R$ 6 mil e R$ 9 mil, passou a ser cobrado 7,5% de imposto; entre R$ 9 mil e R$ 12 mil, a alíquota passou a ser de 15%; entre R$ 12 mil e R$ 15 mil, a cobrança é de 22,5% e cima deste valor, continua a valer a tributação de 27,5%. Antes da Medida Provisória, a isen- ção do Imposto de Renda só valia para as PLRs de até R$ 1.566,61 e os trabalhadores que recebiam acima de R$ 3.911,63 eram tributados pela alíquota máxima, de 27,5%. Na audiência pública realizada no Senado, o coordenador da FUP, João Antônio de Moraes, defendeu que não haja cobrança de imposto sobre a PLR, lembrando que os dividendos pagos aos acionistas são livres do imposto. Perbrás assina acordo Após três rodadas de negociação, mobilizações e assembleias, os trabalhadores da Perbrás aprovaram a última contraproposta da empresa e decidiram assinar o acordo coletivo (ACT). A campanha reivindicatória foi marcada pela união dos trabalhadores, que estavam dispostos até a fazer uma greve, que chegou a ser marcada, caso não houvesse avanço na negociação. Os diretores do Sindipetro Bahia, Antonio Marcos, Andre Nogueira e Ubiraney Porto (também A campanha da PLR sem IR foi lançada em 2011 pelos petroleiros da FUP, metalúrgicos, químicos e urbanitários. Após diversas mobilizações e pressões, as centrais que representam essas categorias iniciaram no ano passado o processo de negociação com o governo, que resultou na Medida Provisória que já está beneficiando esse ano os trabalhadores com a redução da carga tributária sobre a PLR. diretor da FUP), acompanharam todo o processo da campanha reivindicatória, juntamente com os trabalhadores da empresa. Os representantes sindicais Antonio Argolo, Alcimar e Eliu Evangelista, também participaram. O ACT será assinando na Bahia pelo coordenador do Sindipetro, Paulo César Martin. 4 FUP - Filiada à CUT, CNQ e DIEESE PSDB quer ressuscitar a Petrobrax A Petrobrás sempre foi alvo de disputas, seja na esfera política ou no campo mercadológico. A empresa é tratada pela mídia como se estivesse à beira da falência e o lucro líquido de R$ 21 bilhões conquistado em 2012 continua sendo abordado como prejuízo. Os entreguistas de plantão só faltam anunciar que a Petrobrás quebrou. Não precisa ser especialista em economia para perceber o que está por trás de mais essa tentativa de desestabilização. A resposta é óbvia: a campanha eleitoral para sucessão presidencial já começou. O mesmo PSDB que fez de tudo para privatizar a empresa durante os oito anos do governo FHC realizou um seminário em Brasília cujo título não poderia ser mais irônico: “Recuperar a Petrobras é o nosso desafio - A favor do Brasil, a favor da Petrobras”. Além de promover a candidatura de Aécio Neves, o seminário deixou claro, para quem ainda duvidava, que a principal plataforma dos tucanos continua sendo a privatização. Aécio criticou os investimentos feitos na ampliação do parque de refino da Petrobrás, atacou a nova legislação que garante a estatal como operadora única do pré-sal e defendeu o lesivo modelo de concessões, que permitir que as empresas privadas se apropriem de todo o petróleo e gás que extraírem do país. Em entrevista à Rádio Brasil Atual, o coordenador da FUP, João Antônio de Moraes, alertou que os tucanos querem terminar o que começaram no governo FHC, quando desregulamentaram o setor petróleo, quebraram o monopólio da Petrobrás, sucatearam e fragmentaram a empresa, preparando-a para a privatização. “Eles só não privatizaram a Petrobrás, como fizeram com inúmeras outras estatais, porque os trabalhadores e a sociedade brasileira mobilizados impediram que isso acontecesse”, destacou Moraes, lembrando que o governo FHC tentou inclusive mudar o nome da empresa para Petrobrax. Para o coordenador da FUP, os tucanos estão fazendo o jogo dos especuladores, desgastando a Petrobrás para tirarem proveito político da situação. Acesse no link abaixo a íntegra da entrevista: h t t p : / / w w w. f u p . o r g . b r / 2 0 1 2 / p e t r o bras-100-publica/2220738-em-entrevista-a-radio-brasil-atual-coordenador-da-fup-contesta-falacia-dos-lideres-tucanos FUP cobra retomada dos investimentos na Reman A FUP e o Sindipetro Amazonas se reuniram no último dia 08 com a gerência da Reman e o senador Eduardo Braga (PMDB/AM), líder do governo no Senado, para cobrar a retomada dos investimentos da Petrobrás nas obras de modernização da refinaria. A FUP reiterou que continuará mobilizada para garantir a continuidade das obras que são fundamentais para a sobrevivência da Reman. Sem a modernização, a refinaria corre o risco de virar um terminal de distribuição e, com isso, perder os postos de trabalho diretos e indiretos que gera em Manaus. A obra está prevista pela Petrobrás desde 2005, entrou no orçamento da empresa para o período 2009-2013, mas foi retirada do planejamento estratégico de 2010-2014. Desde 2007, o Sindipetro-AM tem cobrado da empresa a garantia dos investimentos necessários para adequar a refinaria às novas exigências ambientais, que prevê a redução do teor de enxofre na produção de derivados de petróleo. A modernização da Reman é uma das principais bandeiras de luta da FUP, que desde 2009 tem pautado essa questão em reuniões com os gestores da Petrobrás, governo e parlamentares. De lá para cá, várias mobilizações foram organizadas pela FUP e Sindipetro-AM alertando a sociedade para os riscos dos desinvestimentos da Petrobrás. Em junho de 2010, mais de duas mil pessoas tomaram as ruas de Manaus, cobrando a modernização da refinaria. Nesse mesmo ano, a FUP e o sindicato entregaram ao presidente Lula e à então ministra Dilma Rousseff um dossiê, relatando os riscos de fechamento da Reman e o impacto que isso causaria para o estado do Amazonas e a Norte do país. A pressão surtiu efeito e a Petrobrás garantiu o compromisso de manter os investimentos de cerca de R$ 800 milhões previstos para a Reman. No entanto, a obra que deveria ser concluída em 2013 teve o prazo estendido para 2016 e agora já há boatos de que dificilmente ocorrerá antes de 2018. A FUP e o Sindipetro-AM estão articulando novas ações e frentes de luta para garantir a modernização da refinaria. P-36, esquecer jamais! O dia 15 de março, apesar de ignorado pelos gestores da Petrobrás, é uma data que a categoria petroleira traz viva na memória e na luta por condições seguras de trabalho. Foi nesse dia, há 12 anos, que 11 petroleiros morreram no acidente que afundou a P-36, na Bacia de Campos, e tornou-se símbolo da gestão neoliberal que o governo FHC impôs à Petrobrás, visando o sucateamento da empresa e a sua privatização. Em ato público realizado no Heliporto do Farol de São Thomé, em Campos, o Sindipetro-NF reuniu familiares dos petroleiros mortos na P-36 e tornou a denunciar as condições inseguras de trabalho no setor petróleo. A manifestação contou com a participação da FUP, que também acompanhou os debates que o sindicato realizou durante o seminário “P-36: Uma história de luta pela vida”, que discutiu saúde e segurança na indústria de petróleo, a legis- lação do setor, condições de trabalho e a luta do movimento sindical para impedir que novos acidentes e mortes continuem ocorrendo. “O sentimento que eu tenho é da necessidade de os novos [trabalhadores] compreenderem a exploração do petróleo além do contracheque no final do mês. De não perder de vista a importância que a vida tem que ter, que tem que vir primeiro, que tem que ser prioridade”, declarou Marilena Souza, viúva do petroleiro Josevaldo Dias de Souza, um dos 11 trabalhadores mortos na P-36. A estudante Lorena Couto, filha do petroleiro Ernesto de Azevedo Couto, outro trabalhador morto no acidente, tinha apenas sete anos de idade quando perdeu o pai. “É um momento triste por lembrar que meu pai não está presente na minha vida. Não está aqui para ficar feliz comigo por uma vitória, ou aqui para me ajudar. E eu fico pensando que há outras vidas lá [embarcadas] e não gostaria que outras famílias chorassem mais perdas. Eu me sinto muito mal por não ter o meu pai do meu lado e não quero que ninguém passe por isso”, afirmou. O diretor da FUP e coordenador geral do Sindipetro-NF, José Maria Rangel, ressaltou que o aumento na produção de petróleo, com a perspectiva da exploração na camada pré-sal, eleva a importância da priorização da segurança do trabalho no setor. “Vamos passar por um momento de incremento muito significativo das atividades do petróleo em nosso País, e se os sindicatos não estiverem preparados para atuar, se o Estado não estiver preparado para fiscalizar, teremos muito mais acidentes do que já temos hoje”, destacou. Desde 1995, os acidentes no Sistema Petrobrás já causaram a morte de pelo menos 325 trabalhadores, dos quais cerca de 80% eram terceirizados. Edição 1080 – Boletim da FEDERAÇÃO ÚNICA DOS PETROLEIROS Filiada à CUT www.fup.org.br Av. Rio Branco,133/21º andar, Centro, Rio de Janeiro - (21)3852-5002 [email protected] Edição: Alessandra Murteira - MTb 16763 Texto: Alessandra Murteira - Projeto gráfico e diagramação: Claudio Camillo - MTb 20478 Diretoria responsável por esta edição: Anselmo, Caetano, Chicão, Daniel, Dary, Divanilton, Hoffman, Leopoldino, Chico Zé, Moraes, Paulo Cesar, Silva, Simão, Ubiraney, Zé Maria, ROYALTIES Quem ganha e quem perde na Bahia A derrubada dos vetos presidenciais ao projeto de lei que estabelece uma nova forma de redistribuição dos royalties de petróleo assegura à Bahia uma receita adicional de R$ 821 milhões, dos quais R$ 458 milhões irão para o Estado e R$ 363 milhões serão divididos entre os municípios. Esse cenário, no entanto, não está garantido, pois somente está começando a batalha judicial e na sexta (15), os governo do Rio e Espírito Santo recorreram ao STF para derrubar o que decidiu o Congresso. Mantido o que foi aprovado no Congresso, a nova forma de redistribuição dos royalties implica na perda de receita para sete dos 417 municípios baianos, que terão o valor do repasse reduzido: Candeias, Itaparica, Madre de Deus, Salinas da Margarida, Santo Amaro, São Francisco do Conde e Saubara. Dos sete municípios que serão prejudicados, Madre de Deus terá a maior perda: R$ 12.143.341, segundo os cálculos da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Em segundo lugar vem São Francisco do Conde, com uma perda calculada em R$ 10.445.710. Isso ocorre porque os municípios produtores de petróleo e aqueles que sediam empresas de beneficiamento do óleo, como refinarias, ou terminais de embarque e desembarque de petróleo ou gás, recebiam uma parte maior dos royalties. Leia mais no site www.sindipetroba.org.br cnq Bahia faz plenárias para o VII Congresso Como parte do processo de preparação do VII Congresso da CNQ/CUT – Confederação Nacional do Ramo Químico, que vai acontecer nos dias 2, 3 e 4 de julho, em Campinas, São Paulo, a direção da Confederação está realizando Plenárias Regionais nas cinco regiões em que tem representação. Durante os encontros estarão em pauta temas como: Raio X do Ramo Químico na região; Levantamento do quadro geral do Ramo Químico na região; Levantamento do quadro da organização sindical na região e Políticas para a juventude. Estas plenárias terão caráter apenas consultivo e indicativo. Na região Nordeste, que engloba Bahia e Pernambuco, a Plenária acontece nos dias 26 e 27 de março, em Salvador. O ramo de petróleo tem como representante na CNQ Gildásio Ribeiro, que é diretor executivo do setor de saúde da entidade.
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