Jornalzinho 2013 - Lar Espírita Caminheiros da Luz
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Jornalzinho 2013 - Lar Espírita Caminheiros da Luz
LAR ESPÍRITA “CAMINHEIROS DA LUZ” FUNDADO EM 28/06/2002 EXPEDIENTE WWW.larespiritacaminheirosdaluz.com. PARTICIPE DE NOSSAS ATIVIDADES Segunda: 19:30 às 20:30 – Palestra pública, atendimento fraterno, passe Segunda: 20:30 às 21:30 – ESDE – Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita EADE – Estudos Avançados da Doutrina Espírita Terça-feira – 19:30 às 21:30 – Trabalhos de curas espirituais (Assistência Espiritual) Domingo: 19:30 às 21:00 - Sessão Mediúnica (Restrita aos médiuns da casa) Quarta 19:30 às 21:00 hs – Sessão Mediúnica (Restrita aos médiuns da casa) Sábado: 16:00 às 17:30 Evangelização Infantil I –(2 a 9 anos) Ministrado por Ivone e Danielle Evangelização Infantil II – (10 e 12 anos) Ministrado por Cristina Evangelização Infanto-juvenil - III (13 a 18 anos) Ministrado por Wanderson Evangelização de Adultos (19 acima) Ministrado por Henrique Evangelização Infantil V (Noturno) – Equipe de evangelização 17:30 às 18:00 – Lanche, Sopa ou torta CURSOS PROFISSIONALIZANTES GRÁTIS: Informática básica Terças e Quintas – das 8 às 18 horas Sábado das 14 às 16 horas Informática Prática Mesmo Horário Anterior Informática avançada Quarta Feira das 14 às 17 horas Praticando Informática Mesmo horário da básica PUBLICAÇÃO MENSAL DO LAR ESPÍRITA “CAMINHEIROS DA LUZ” FONE - 65: 3661-4437 DIRETORIA GERAL ATÉ 28/06/2014 Presidente: Henrique Pompílio de Araújo Vice Presidente: Ivone Aparecida de Souza Araújo 1o.Secretário: Ricardo Rodrigues Marcolino 2o.Secretário: Wanderson de Almeida Lima 1o.Tesoureiro:Maria Cristina da Silva Esp.Santo 2o.Tesoureiro: Lourdes Maria de Andrade Silva 1º.Conselheiro:Carmem Lúcia da Silva 2o.Conselheiro:Marizete L.E.Borges 3o.Conselheiro:Domingas C.de A Gouveia 1o.Suplente: Rosenil Benedita de Moraes 2o.Suplente: Alimentação: Todos os voluntários do Lar Artes: Henrique, Ivone e outros Limpeza: Henrique – Ivone Biblioteca: Henrique, Ivone Clube do Livro: Henrique Pompilio Coordenação de atendimento fraterno: Henrique, Marizete,Benedita,Ricardo Coordenação do ESDE,ESME,EADE: Henrique Voluntários do Lar: Henrique, Ivone, Wanderson, Aguinaldo, Cristina, Rosenil, Francelina, Lourdes Maria, Ricardo, Domingas, Carmem, Benedita, Marizete, Marenice, Danielle, Rafael, Glauber, Fernanda. Leiam os artigos do Lar Espírita Caminheiros da Luz e do prof. Henrique na Internet. Basta digitar no Google: Henrique Pompilio de Araújo. Os artigos estão no Webartigos e Artigonal EDITORIAL -03Mais um novo ano se inicia. Esperamos que neste ano tenhamos mais paz, mais amor e as pessoas possam ver no outro, um verdadeiro irmão, irmão por parte do mestre Jesus. Que todos nós possamos seguir com nossos princípios evangélicos, ajudando uns aos outros, procurando nos melhorar a cada momento de nossas vidas. Estamos entrando no mundo de regeneração. Não vai ser fácil para ninguém, cada um vai ter que ceder um pouco para que tenhamos a paz total neste torrão. Todos terão que ter mais paciência, vontade de lutar, de vencer, trabalhando estudando, mostrando as boas habilidades que todos nós temos. Se cada um fizer a sua parte, teremos um mundo melhor brevemente. Dizem que o mundo não vai melhorar e não tem melhorado muito. Mentem os que falam assim. Basta fazermos uma breve comparação dos anos 60 até hoje. Quantas modificações! Quanto as novas leis dos homens melhoraram o mundo. Onde estão as grandes guerras entre os países? Todos temiam a famigerada bomba atômica, hoje quase ninguém vê falar neste objeto pernicioso. Os próprios países inventores deste artefato, são os mesmos que lutam para que não haja a proliferação desta arma morfífera. Uma arma que mata os outros, mas mata a gente também, como ninguém quer saber de passar para o outro lado, então procura-se retirar tudo aquilo que possa nos aniquilar. A humanidade vai progredindo aos poucos. Devagar chegaremos lá. As próprias dificuldades fazem com que nós avancemos para melhor. Vamos todos lutar para o bem da humanidade. Número de monjas enclausuradas no país é o maior desde o século 18 FOLHA DE SÃO PAULO 23/12/2012 JULIANA COISSI DE RIBEIRÃO PRETO Os olhos verdes de Laura, 27, brilham, e o rosto se abre em um largo sorriso ao relembrar seus 12 anos, quando viu pela primeira vez aquelas mulheres através de grades. "O primeiro impacto foi sentir a alegria delas atrás de uma grade", diz. "Decidi que queria viver também aquela mesma alegria." Aos 15, chegou a pedir ao bispo autorização para se juntar a elas antes do tempo, mas só aos 18 entrou em um mosteiro em Franca. Em pleno século 21, Laura e outras mulheres monjas enclausuradas são parte de uma realidade cada vez mais crescente no país. Elas vivem em uma cela, atrás das grades, longe de parentes e amigos, sem acesso a TV e jornal. Desde o século 18 --quando a Igreja Católica tinha enorme projeção social no mundo--, nunca a Ordem das Carmelitas Descalças, à qual pertence Laura, teve tantas mulheres "atrás das grades" como agora. Uma das maiores do país, a ordem, que se instalou no Brasil naqueles anos 1700, tem hoje cerca de mil monjas. Dez anos atrás, eram 700. Entre as religiosas clarissas, outra ordem no país, são hoje cerca de 300 mulheres, em 30 mosteiros. Em 1955, eram 59 monjas e três casas. Também as passionistas, concepcionistas, visitandinas, trapistas e adoradoras estão entre as poucas nas quais mulheres vivem a forma mais radical de isolamento: a chamada clausura papal ou de vida contemplativa. -04preenche o vazio", disse Maria Lúcia de Jesus, das irmãs visitandinas. Ao contrário de freiras que atuam em hospitais e orfanatos, essas religiosas vivem reservadas. "As grades não são para elas não saírem, mas sim para ninguém entrar", diz frei Geraldo Afonso de Santa Teresinha, 52, das carmelitas. Laura Teresa do Menino Jesus, 27, enclausurada O pouco contato com o mundo ocorre nas missas. As monjas as assistem em um canto, isoladas por grade. Há ainda o locutório, sala onde as pessoas, por uma tela, podem pedir orações às monjas. Sair do mosteiro só em caso extremo, para ir ao médico ou ver os pais, quando estão muito doentes. Ainda hoje novos mosteiros femininos são criados, como o das adoradoras perpétuas, em 2009, e o das trapistas, em 2010. HOMENS Entre os homens, a clausura radical é menor -no Brasil, só com os monges trapistas e cartuxos. A casa dos trapistas no Paraná foi criada em 1977, com quatro monges americanos. Hoje são 20. Representantes das ordens são unânimes ao explicar a razão de, no século 21, tantos jovens adotarem esse modo de vida. "O mundo oferece muito, mas coisas passageiras. A clausura oferece algo duradouro, que há 9 anos, e Maria Eunice do Coração de Jesus, 84, no mosteiro em Franca (SP) REENCARNAÇÃO DE FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER COMO A MÉDIUM RUTH CÉLINE JAPHET (Paris – França 1837-1885) PARA AJUDAR KARDEC NA COMPILAÇÃO DA CODIFICAÇÃO Sua infância lembra os infortúnios de Chico Xavier, tal a luta que empreendeu pela saúde combalida. Era médium desde pequena, mas só por volta dos 12 anos começou a distinguir a realidade entre este mundo e o espiritual. Na infância, confundia os dois. Acamada por mais de dois anos, foi um magnetizador chamado Ricard quem constatou que ela era médium (sonâmbula, na designação da época), colocando-a em transe pela primeira vez. Filha de judeu, Ruth Céline Japhet contribuiu com Allan Kardec para trabalhar na revisão de “O Livro dos Espíritos” e do “Evangelho Segundo o Espiritismo”, durante as reuniões nas casas dos Srs. Roustan e Japhet. Isso pode explicar por que Chico sabia, desde pequeno, todo o Evangelho. Em palestra proferida em Niterói no dia 23 de abril, o médium Geraldo Lemos Neto citou este fato: “Desde quando ele tinha cinco anos de idade, Chico guardava integralmente na memória as páginas de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. A história de Chico Xavier todos nós sabemos. Ele somente veio ter contato com a Doutrina Espírita aos 17 anos de idade”, finalizou. Para contrariar o pressuposto de que Chico Xavier foi Allan Kardec, o próprio médium mineiro relatou a admiração pelo codificador em carta publicada no livro “Para Sempre Chico Xavier”, de Nena Galves: “Allan Kardec vive. Esta é uma afirmativa que eu quisera pronunciar com uma voz que no momento não tenho, mas com todo o meu coração repito: Deus engrandeça o nosso codificador, o codificador da nossa Doutrina. Que ele se sinta cada vez mais feliz em observar que as suas idéias e as suas lições permanecem acima do tempo, auxiliandonos a viver. É o que eu pobremente posso dizer na saudação que Allan Kardec merece de todos nós. Sei que cada um de nós, na intimidade doméstica, torná-lo á lembrado e cada vez mais honrado não só pelos espíritas do Brasil, mas de todo o mundo. Kardec vive”. PUBLICADO NO JORNAL CORREIO ESPÍRITA EM JUNHO DE 2010 PROVAVELMENTE O PRIMEIRO CENTRO ESPÍRITA DO MUNDO A casa do Caminho – uma síntese da sua história A casa do Caminho foi indubitavelmente a primeira comunidade Cristã na história da humanidade. Simão Pedro, o seu fundador, presidiu-lhe os destinos, coadjuvado pelos apóstolos Natanael (Bartolomeu), Thiago (Filho de Zebedeu), Filipe e João. Os demais apóstolos demoraram pouco tempo, pois saíram para difundir o evangelho de Jesus entre os povos gentios, sendo na sua maioria martirizados. Conta-se que o casarão principal era um pavilhão singelo, não mais que um grande telheiro revestido de paredes frágeis, carentes de todo e qualquer conforto. Chegou mais tarde João Marcos, um auxiliar direto de Pedro. O colegiado apostolar compreendendo a extensão das tarefas que lhe cabiam, -05Buscou mais cooperadores. Não consideravam justo deixar a palavra de Jesus para servirem ás mesas. Vieram os diáconos representados por Estevão, Prócoro, Nicanor, Parmenas, Nicolau, Timon e Barnabé. Foi construída uma casa em anexo para as atividades de oração e evangelho. “E era um só o coração e a alma da multidão dos que criam e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comum. Não havia, pois, entre eles necessitado algum: por que todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as traziam o preço do que fora vendido e o depositavam aos pés dos apóstolos. E repartia-se por cada um, segundo a necessidade que tinha”. A Casa do Caminho era uma plantinha tenra, oriunda de uma semente divina, a enfrentar titânicos embates, num ambiente hostil e adverso. De um lado eram mais de cem pessoas recebendo alimentação diária, além dos serviços de assistência aos enfermos, aos órfãos e aos desamparados de uma forma igual e entre eles, prostitutas, criaturas de má conduta, loucos incuráveis e viciados de variados matizes. De outro lado, a perseguição atroz do judaísmo o que obrigou a uma relação de permanentes concessões. Existiu assim a dependência monetária da sociedade judia para manutenção da obra. O apóstolo Paulo, quando em visita a Jerusalém, consternado com a situação da casa do Caminho, em diálogo com Pedro, obtemperou: “precisamos encontrar um meio de libertar as verdades evangélicas do convencionalismo humano. Precisamos instalar aqui, elementos de serviço que habilitem a casa a viver de recursos próprios. Os órfãos, os velhos e os homens aproveitáveis poderão encontrar atividades além dos trabalhos agrícolas e produzir alguma coisa para a renda indispensável. Cada qual trabalharia de conformidade com as próprias forças, sob a direção de irmãos mais experimentados. Como sabemos, onde há trabalho, há riqueza, e onde há cooperação, há paz. É o único recurso para emancipar a igreja de Jerusalém das imposições do faraisaismo, cujas artimanhas conheço desde o princípio de minha vida”. Ademais, aduziu Paulo: “Barnabé e eu poderemos retornar aos lugares visitados (igrejas recémfundadas), além de buscar outros, na expectativa de ajuntarmos recursos para parte das necessidades da igreja de Jerusalém”. Paulo entendeu como insuficientes os esforços narrados por Pedro: “organizei serviços de plantação para os restabelecidos e impossibilidades de se ausentarem logo de Jersualém. Com isto a Casa não tem necessidade de comprar hortaliças e frutas. Quanto aos melhorados, vão tomando os encargos de enfermeiros dos menos favorecidos da saúde. “Como vês, estes detalhes não foram esquecidos e mesmo assim a igreja está onerada de despesas e dívidas que só a cooperação do judaísmo pode atenuar ou desfazer.” Noutra passagem pela Casa do Caminho, Paulo admoestou: “poderemos atender a muitos doentes, ofertar um leito de repouso aos mais infelizes; mas sempre houve e haverá corpos enfermos e cansados na Terra. Na tarefa cristã, semelhante esforço não pode ser esquecido, mas a iluminação do espírito deve estar em primeiro lugar. Se o homem trouxesse o Cristo no íntimo, o -06quando das necessidades completamente modificado. seria Sabemos que as igrejas se multiplicaram, porém a casa do Caminho em face as injunções humanas e, pela ausência do Conselho dos apóstolos e presbíteros, sem dizer das perseguições malévolas do sacerdócio organizado do Judaísmo, fizeramna ruir no tempo, frustrando o exemplo lídimo para a humanidade de um novo sistema de viver em comunidade. A Casa do Caminho foi um marco na história do Cristianismo e um exemplo inesquecível do espírito da abnegação e da fraternidade. -x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x- A VIDA DOS APÓSTOLOS Neste ano vamos divulgar informações mais detalhadas sobre todos os apóstolos do Senhor Jesus. Todo este trabalho encontra-se na Enciclopédia Urânia, que qualquer pessoa pode baixar pela Internet. É uma fonte mais detalhada sobre a vida cristã dos primitivos. Veremos que a Bíblia falha em muitos pontos referente aos apóstolos e aqui temos um trabalho bem completo. Os apóstolos aprenderam de Jesus sobre o Reino do céu, e Jesus aprendeu muito com eles sobre o reino dos homens e a natureza humana. Esses doze homens representavam muitos tipos diferentes de temperamentos humanos, e a instrução não os havia transformado ainda em semelhantes. Muitos desses pescadores galileus traziam uma forte ascendência de sangue gentio, em resultado da conversão forçada, há cem anos atrás, da população gentia da Galiléia. Não cometais o erro de tomar os apóstolos como sendo de todo ignorantes e pouco instruídos. Todos eles, exceto os gêmeos Alfeus, haviam sido graduados pelas escolas das sinagogas, tendo sido educados profundamente sobre as escrituras dos hebreus e sobre muitos dos conhecimentos correntes daqueles dias. Sete deles eram graduados da escola da sinagoga de Cafarnaum, e não havia escolas judaicas melhores em toda a Galiléia. Quando os vossos registros se referem a esses mensageiros do Reino como sendo “ignorantes e iletrados”, a intenção é mais a de transmitir a idéia de que eles eram leigos, ou seja, não instruídos segundo o saber dos rabinos, nem educados segundo os métodos da interpretação rabínica das escrituras. Eles tinham lacunas, no que se concebe como sendo uma educação superior. Nos tempos modernos, eles certamente seriam considerados sem instrução e, em alguns círculos da sociedade, até sem cultura. Uma coisa é certa: eles não haviam passado, todos, por um programa rígido convencional e estereotipado de instrução. Desde a adolescência, cada um deles possuíra experiências diferentes de aprendizado de vida. 1. André, o Primeiro Escolhido André, líder do corpo apostólico do Reino, nasceu em Cafarnaum. Era o mais velho, em uma família de cinco filhos — ele próprio, o seu irmão Simão, e três irmãs. O seu pai, agora falecido, havia sido sócio de Zebedeu no negócio de secagem de peixes em Betsaida, o porto -07de pesca de Cafarnaum. Quando se tornou um apóstolo, André estava solteiro, mas vivia com o seu irmão casado, Simão Pedro. Ambos eram pescadores e sócios de Tiago e de João, os filhos de Zebedeu. No ano 26 d.C., quando foi escolhido como apóstolo, André tinha 33 anos, um ano completo a mais do que Jesus, e era o mais velho dos apóstolos. Ele vinha de uma linhagem excelente de ancestrais e era o mais capaz dos doze homens. Excetuando a oratória, era um igual aos seus companheiros em quase todas as aptidões imagináveis. Jesus nunca deu a André um apelido, uma designação fraternal. Contudo, tão logo os apóstolos começaram a chamar a Jesus de Mestre, eles também designaram André com um termo equivalente a chefe. André era um bom organizador e um administrador ainda melhor. Era um dos quatro apóstolos que formavam o círculo interno; mas, ao ser designado por Jesus como dirigente do grupo apostólico, André teria de se manter junto aos seus irmãos, ao passo que os outros três usufruíam de uma comunhão mais estreita com o Mestre. Até o fim, André permaneceu como o deão do corpo de apóstolos. Mesmo nunca tendo sido um pregador eficiente, André fazia um trabalho pessoal eficaz, sendo o missionário pioneiro do Reino, visto que, como o primeiro apóstolo escolhido, imediatamente trouxe até Jesus o seu irmão, Simão, que depois se tornou um dos maiores pregadores do Reino. André era o principal apoio da política adotada por Jesus, de utilizar o programa de trabalho pessoal como um meio de treinar os doze como mensageiros do Reino. Estivesse Jesus ensinando aos apóstolos em particular ou pregando à multidão, André, em geral, sabia o que estava acontecendo; era um executivo compreensivo e um administrador eficiente. Ele adotava uma decisão imediata sobre todas as questões trazidas ao seu conhecimento; a menos que considerasse o problema como estando além do domínio da sua autoridade e, quando isso acontecia, ele o levaria diretamente a Jesus. André e Pedro tinham o caráter e o temperamento bem diferentes, mas lhes deve ser dado, para sempre, o crédito de se darem esplendidamente bem um com o outro. André nunca teve inveja da capacidade oratória de Pedro. E raro é ver um homem mais velho do tipo de André exercendo uma influência tão profunda sobre um irmão mais jovem e talentoso. André e Pedro pareciam nunca ter a menor inveja das habilidades, nem das realizações um do outro. Tarde da noite, no Dia de Pentecostes, quando duas mil almas foram acrescentadas ao Reino, graças principalmente à pregação energética e inspirada de Pedro, André disse ao seu irmão: “Eu não poderia ter feito isso, mas estou contente de ter um irmão que o fez”. Ao que Pedro respondeu: “E se não fosse tu, que me trouxeste ao Mestre e, não fosse a tua perseverança em me manter junto a ele, eu não estaria aqui para fazer isso”. André e Pedro eram exceções à regra, provando que mesmo os irmãos podem conviver em paz e trabalhar juntos de um modo eficiente. Depois de Pentecostes, Pedro estava famoso; mas nunca se tornou algo irritante, para o irmão mais velho, passar o resto da sua vida sendo apresentado como o “irmão de Simão Pedro”. De todos os apóstolos, André era o melhor conhecedor dos homens. Ele sabia que os conflitos estavam germinando no coração de Judas Iscariotes, mesmo quando nenhum dos outros sequer suspeitava de que algo estava errado com o tesoureiro deles; -08mas ele nada disse a ninguém sobre os seus temores. O grande serviço de André para o Reino foi o de aconselhar a Pedro, a Tiago e a João a respeito da escolha dos primeiros missionários que foram expedidos para proclamar o evangelho do Reino, e também o de aconselhar a esses primeiros líderes sobre a organização dos assuntos administrativos do Reino. André tinha o grande dom de descobrir os recursos ocultos e os talentos latentes dos mais jovens. Logo depois da ascensão celeste de Jesus, André começou a escrever um registro pessoal de muitos dos feitos e dos ditos do seu Mestre que partira. Depois da morte de André foram feitas cópias desse registro particular, e elas circularam livremente entre os primeiros instrutores da igreja cristã. Essas notas informais de André, subseqüentemente, foram editadas, corrigidas, alteradas e tiveram acréscimos até que formassem uma narrativa suficientemente contínua da vida do Mestre na Terra. A última dessas poucas cópias alteradas e corrigidas foi destruída pelo fogo em Alexandria, cerca de cem anos depois que o original havia sido escrito pelo apóstolo, o primeiro a ser escolhido entre os doze. André era um homem de um discernimento interno claro, de pensamento lógico e de decisão firme, cuja grande força de caráter consistia na sua estupenda estabilidade. A sua desvantagem de temperamento era a sua falta de entusiasmo; muitas vezes ele preferiu fazer elogios ponderados, aos seus companheiros, a encorajá-los. E essa reticência em louvar as realizações de mérito dos seus amigos nasceu da sua aversão pela adulação e pela insinceridade. André era um desses homens categóricos, de temperamento regulado, feito por si próprio, e de sucesso nos seus modestos negócios. Todos os apóstolos amavam Jesus; mas ainda assim é verdade que cada um dos doze sentia-se atraído por algum aspecto, na personalidade do Mestre, que tivesse exercido um encanto especial sobre aquele apóstolo individualmente. André admirava Jesus por causa da consistência da sua sinceridade e da sua dignidade sem afetação. Quando os homens conheciam Jesus, logo ficavam possuídos por um impulso de compartilhá-lo com os amigos; eles realmente queriam que todo mundo viesse a conhecê-lo. Quando as perseguições posteriores finalmente dispersaram os apóstolos de Jerusalém, André viajou pela Armênia, Ásia Menor e Macedônia, tendo sido preso, ao final, e crucificado em Patras, na Acáia, após trazer vários milhares de pessoas para o Reino. Dois dias inteiros foi o tempo que levou para que esse homem robusto expirasse na cruz e, mesmo durante essas horas trágicas, continuou ele efetivamente a proclamar as boas-novas da salvação do Reino do céu. PARA ONDE IAM OS ESPÍRITOS ANTES DE JESUS? Por Henrique P. de Araújo Muitos me perguntam: para onde iam os espíritos antes de Jesus Cristo, já que não existiam colônias espirituais. É - 09preciso analisar bem esta questão para não chegar a um conceito errado. O próprio Jesus disse: “não casa de meu Pai há muitas moradas”. Interpretamos isto como outros mundos onde abrigam espíritos. Não acreditamos que os espíritos que iriam estagiar na Terra, fossem logo para outros mundos, sendo mais evoluídos ou menos. Na época da Terra primitiva a vida era extremamente curta. Vivia-se entre 20 a 30 anos apenas. A maioria morria bem antes disto. Imperava a lei do mais forte. Muitos dos mais fracos morriam praticamente de fome ou comidos por feras enormes. Não havia nenhum tipo de ferramenta ainda. Enfrentar um leão a unha seca, somente uma pessoa muito forte e com algum pedaço de pau ou algo semelhante, mesmo assim era muito arriscado. Geralmente se caçava em grupo. Morto o animal, os homens mais fortes se fartavam e o que sobrava, era dado às mulheres, crianças e alguns velhos, muitos pegavam apenas os ossos. Havia muitas brigas entre os membros da própria família ou da própria tribo. Daí muitos eram mortos. Brigava-se por qualquer motivo. Eram todas pessoas brutas, com quase nada de instrução e cultura praticamente zero, religião nem pensar. E os que faleciam iam para onde? Praticamente ficavam dentro de suas próprias casas. Não saiam dali. Continuavam fazendo as mesmas coisas, sentiam algumas diferenças, mas não havia ninguém que pudesse explicar nada. As primeiras diferenças é que iam falar alguma coisa com seus parentes e ninguém lhes atendia, não conseguiam pegar a comida, o dia e a noite era sempre a mesma coisa. Estes espíritos ficavam então pelos cantos de onde residiam, alguns sentavam-se no chão, outros faziam pequenas caminhadas, mas sempre por perto. Quase todos renasciam dentro da própria família, por séculos e séculos. Às vezes renasciam como filhos, pais, irmãos, esposos e assim sucessivamente. Foram-se formando daí as famílias espirituais, criando fortes laços de amor, estes laços eram tão fortes que os próprios espíritos não se afastavam muito desta família. É por isto que muitos se relembram de membros de suas famílias. Alguns chegam a falar: eu fui seu pai na existência anterior, fui sua mãe, você era meu irmão, minha irmã, meu esposo. Com o tempo estes laços foram se alargando e os espíritos foramse dispersando, pois a população cresce a cada dia, Deus nunca parou de criar novos espíritos, mas de vez em quando muitos renascem ainda na própria família. Foi Cristo que nos disse que somos toros irmãos. A gravidez das mulheres era imediata. Desencarnava um e praticamente o outro já estava apontando. Aqueles espíritos precisavam reencarnar para continuarem sua dura aprendizagem e o mundo precisava ser habitado. Enquanto hoje esperamos um mínimo de 50 anos para reencarnar, ali ficava um ou dois anos e já estava de volta. Havia algum preparativo na espiritualidade para estes reencarnes? Não, não havia. Quem é que iria preparálos? A Terra é um planeta habitável com espíritos encarnados e desencarnados. Hoje há uma longa preparação para o reencarne, visto termos muitos espíritos evoluídos para esta tarefa. Mas naquele tempo não havia ninguém, já que todos estavam na mesma situação. Os espíritos que estão do outro lado, são os mesmos que estiveram aqui na terra, já que ambos pertencem a mesma psicosfera Terrestre. Para haver espíritos evoluídos - 10do outro lado, eles precisam começar por aqui, trabalhando, estudando, aprendendo e lá, dar continuidade aos seus projetos até que se torne espírito superior e possa vir ajudar os encarnados e desencarnados menos evoluídos. Se só havia espíritos embrutecidos encarnados, como poderia haveria espíritos evoluídos na Terra? Impossível. Existiam sim, os espíritos protetores, aqueles que foram designados por Deus para ajudar na evolução humana, entretanto estes não reencarnariam, pois precisaram estar sempre ajudando a todos lá do mundo espiritual. Foi assim que interpretaram o Espírito Jeová como Deus, quando na verdade era um espírito evoluído que veio ajudar os povos daquela época. Como ele, existiam outros, mas sem o objetivo de reencarnarem. Jesus, o Espírito por excelência, o criador e governador do nosso mundo, se preparou para a vinda a este planeta para dar um impulso maior aos humanos que aqui residiam. Com a vinda de Jesus, já temos notícia que havia uma grande colônia espiritual sobre Jerusalém e que abrigava a todos os espíritos daquela região para a preparação para novos reencarnes. Pode ter começado por aí a criação das colônias espirituais, mas não podemos afirmar com certeza, pois não temos nenhuma informação adequada sobre isto. Mas com a vinda do mestre, as colônias foram sendo criadas em todos os países do mundo. Estas colônias são criadas por espíritos evoluídos e abrigam os nossos irmãos que se preparam para novos reencarnes neste torrão. Estas colônias vão acabar um dia? Claro, assim que todos os espíritos da Terra se tornarem evoluídos, não haverá mais necessidades destas colônias sobre a Terra. Também os umbrais deixarão de existir. Mas quando será isto? Depende do ser humano, mas como este tem um coração muito duro, é preguiçoso por natureza, gosta de coisas fáceis, vai demorar um tempinho. Acreditamos que uns milhares de anos, que não é nada para Deus, mas para nós... Daí para cá as colônias espirituais aumentaram muito em todas as partes do mundo. Também os umbrais se espalharam por todos os lugares. Estes não deixam de ser colônias espirituais, mas de espíritos inferiores. Muitos espíritas radicais não acreditam em colônias espirituais, umbral, bônus-hora. Dizem que são criações de André Luiz. Segundo eles nas obras de Kardec não falam nada sobre isto – só que eles esqueceram que Kardec falava em mundos transitórios, zonas inferiores e Merecimento. É o mesmo que trocar 6 por meia dúzia. Kardec tinha uma missão muito maior, não iria se preocupar com palavreado, com mínimos detalhes. É questão de ter bom senso, razão e não ser taxado de radical. ////////////////////////////////////////// O LADO RUIM PLANETÁRIA DA TRANSIÇÃO - 11Um caso de estupro coletivo, no dia 16 de dezembro de 2012, dentro de um ônibus na capital indiana, Nova Délhi, vem provocando comoção no país. A vítima foi uma estudante de 23 anos, que morreu após ficar internada. Cinco passageiros, incluindo o motorista do ônibus no qual ocorreu o ataque, foram presos. Manifestantes e políticos opositores pressionam governo, que anuncia medidas para aumentar segurança de mulheres. Uma mulher que sobreviveu a um estupro e, anos depois do ataque, continua lutando por justiça. Ela se juntou aos protestos nas ruas de Nova Délhi – onde houve vários relatos de homens aproveitando a oportunidade para apalpar mulheres. Mas ela disse que ficou surpresa também com o número de jovens homens que intervieram nessas tentativas, ajudando a protegê-la e a suas amigas, formando um círculo ao redor delas caso alguém se aproximasse. Na Índia, todos os anos, milhares de fetos do sexo feminino são abortados por causa da tradicional preferência por filhos homens. Médicos e enfermeiras são subornados para revelar o sexo das crianças durante a gravidez. Essa prática vem levando a uma crescente distorção no número de mulheres em relação ao número de homens. E uma das piores distorções é vista na rica zona sul de Nova Déli. Assim como em um pequeno vilarejo, muitas famílias de classe média também preferem ter um filho homem, que possa herdar seus bens. Uma das muitas consequências de se ter menos mulheres é o aumento no tráfico para casamentos forçados e prostituição – e o ciclo de abusos continua. E apesar de o governo da Índia, liderado pelo Partido do Congresso, ter condenado o estupro coletivo da estudante e prometido agilidade no processo judicial, nenhum político até agora abordou as questões culturais mais amplas envolvidas neste caso. Músicos e diretores de Bollywood se viram repentinamente sob pressão para justificar canções e filmes que retratam as mulheres como objetos sexuais. Detalhes chocantes do crime e da ação das autoridades relatados em uma entrevista pelo amigo que acompanhava a vítima no dia do estupro deverão encorajar um exame de consciência ainda maior. E uma imagem não sai da memória nessas últimas semanas – a de um homem indiano em um dos protestos, sentado e com uma vela diante de seus pés, tranquilamente demonstrando solidariedade à jovem brutalmente assassinada. Ele segurava um cartaz que dizia: "Vamos primeiro olhar para nós mesmos". Observação de Rudymara: Os sinais da Nova Era não são apenas nascimentos de Espíritos missionários. Como disse Divaldo: “(...)infelizmente, do outro lado o caos. Nunca a crueldade apresentou-se fria e perversa como nos últimos tempos. Onde matar já não basta. Eles querem matar de maneira que choque e aterrorize a sociedade. Então, estes são os sinais.” Espíritos rebeldes estão tendo oportunidade de escolher viver o bem ou o mal. Os que escolherem o mal, não reencarnarão mais aqui. Neste meio tempo, onde uns chegam e outros saem, onde haverá a separação do joio e do trigo, ou seja, nesta peneira simbólica que o Cristo previu que aconteceria no final dos tempos, nos depararemos com "a violência, a sensualidade, a abjeção, os escândalos, a corrupção atingirão níveis dantes jamais pensados, alcançando o fundo do poço, enquanto as enfermidades degenerativas, os transtornos bipolares de conduta, as cardiopatias, os cânceres, os vícios e os desvarios sexuais clamarão por paz, -12pelo retorno à ética, à moral, ao equilíbrio(...)“ “Como em toda batalha, momentos difíceis surgirão exigindo equilíbrio e oração fortalecedores, os lutadores estarão expostos no mundo, incompreendidos, desafiados por serem originais na conduta, por incomodarem os insensatos que, ante a impossibilidade de os igualarem, irão combatê-los, e padecendo diversas ocasiões de profunda e aparente solidão... Nunca, porém, estarão solitários, porque a solidariedade espiritual do Amor estará com eles, vitalizando-os e encorajando-os ao prosseguimento (...)” (trecho do livro Transição Planetária). Postado por GRUPO DE ESTUDO ALLAN KARDEC VISÃO NO LAR ESPÍRITA CAMINHEIROS DA LUZ Durante a sessão mediúnica do dia 13 de janeiro de 2013, domingo, tivemos uma visão um pouco inusitada. Enquanto os mentores, os médicos e os enfermeiros espirituais trabalhavam na mesa mediúnica junto aos médiuns atendendo os espíritos doentes, sofredores, desesperançados, loucos, perdidos, feridos, esvaindo sangue, com membros arrebentados, queimados, outra mesa apareceu ao fundo. Ali foi vista a parte administrativa do Lar, do lado espiritual. Haviam vários mentores trabalhando. Os cadernos que nós temos na mesa com o nome das pessoas doentes encarnadas e desencarnadas, também existiam na parte espiritual. Eles conferiam nomes por nomes, faziam anotações. Havia outro caderno para anotação dos médiuns. Estes espíritos trabalhadores olhavam a mesa mediúnica e iam falando os nossos nomes: Falano de tal – está presente e então anotavam: MAIS UM DIA DE TRABALHO. Olhavam novamente e falavam o nome de outro médium trabalhador: fulano de tal – Faltou hoje e eles escreviam: MENOS UM DIA DE TRABALHO. Ficamos impressionados com estas anotações, sabemos que há anotações, mas não tínhamos certeza de que eram tão esmiuçadas assim. Isto me fez lembrar o que um espírito me disse há um tempo atrás. Fui levado a uma colônia onde os espíritos estudam cada espírito que lá chega. Tive a oportunidade de ver então, que cada um que renasce e volta ao plano espiritual tem três relatórios. Todo espírito que lá chega, é preparado para junto aos mentores estudar os relatórios: em primeiro lugar o mentor pega um livro de anotações e diz ao chegante: este aqui é o programa que você fez na espiritualidade antes de renascer no mundo terreo. Ali eles passam horas explicando toda a programação feita pelo espírito. Vem em seguida o segundo relatório: Isto aqui é o que você cumpriu na terra durante a sua estadia lá na escola terrena. Este relatório é complicado, mas depois de um certo tempo vem o terceiro relatório: Isto aqui é o que você deixou de fazer, juntamente com tudo o que você fez de errado. Nesta visão vi muitos espíritos chorarem ali como verdadeiras crianças. Tentava de todos os meios se justificarem, mas o mentor sabia que era tudo negligência, pois todas as oportunidades foram dadas a estes espíritos e eles jogaram tudo fora. Após tudo acertado, era dado o lugar para o espírito permanecer na espiritualidade, para purgar um pouco os seus débitos, sem nenhuma desculpa. Depois de um certo tempo, quando estes irmãos abriam um pouco os olhos, pedido novamente para voltar – eram novamente convocados e faziam novas programações. Os rebeldes e os negligentes com uma carga um pouquinho maior, muitos como médiuns em situações difíceis como: dificuldades -13finacneiras, doenças diversas, familiares difíceis, vida complicada e assim por diante. -z-z-z-z-z-z-z-z-z-z-z-z-z-z-z-z-z-z-z-z-z-z-z-z Edir Macedo lidera lista da 'Forbes' dos pastores mais ricos do Brasil 18/01/2013 - Folha.com DE SÃO PAULO Famosa por seus rankings de milionários pelo mundo, a revista norte-americana "Forbes" publicou em seu site reportagem na qual lista os pastores evangélicos mais ricos do Brasil. A lista é encabeçada de longe pelo líder da Igreja Universal do Reino de Deus, bispo Edir Macedo, com riqueza estimada em US$ 950 milhões (cerca de R$ 1,9 bilhão) e dono de empresas que inclui, entre outras, a Rede Record, o jornal "Folha Universal" e uma gravadora de música gospel. A assessoria da Universal diz que o valor é incorreto e que o patrimônio de Macedo não é público. "O patrimônio pessoal do bispo Macedo, como de qualquer cidadão que não exerce atividade como servidor ou agente público, não é questão que mereça publicidade", afirmou, em nota, a assessoria da igreja. Os valores citados no site da revista não são oficiais. As estimativas foram baseadas em informações publicadas na imprensa brasileira com dados do Ministério Público e da Polícia Federal. "A religião sempre foi um negócio lucrativo. E se você for um pregador evangélico brasileiro, as chances de você encontrar uma mina de ouro é bem grande", diz trecho da reportagem. Em segundo na lista de pastores abonados, a 'Forbes' cita o apóstolo Valdemiro Santiago, líder da Igreja Mundial do Poder de Deus e dissidente da Universal, de onde saiu para fundar a sua própria vertente. Segundo a revista, sua fortuna soma US$ 220 milhões (R$ 450 milhões). Logo atrás aparece Silas Malafaia (US$ 150 milhões, ou R$ 305 milhões), da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, R.R. Soares (US$ 125 milhões, ou R$ 255 milhões), da Igreja Internacional da Graça de Deus, e o casal Estevam e Sônia Hernandes (US$ 65 milhões, ou R$ 130 milhões), da Renascer em Cristo. A revista destaca ainda o crescimento do número de evangélicos no Brasil de 15,4% para 22,2% da população em uma década - e a popularização da Teologia da Prosperidade -movimento que prega o bem-estar material do homem--, adotada pela maior parte das religiões neopetencostais. Segundo a reportagem, muitos jovens no Brasil sonham em se tornar um pregador evangélico de olho não só no dinheiro que a atividade pode proporcionar, mas também no prestígio. Como exemplo, a 'Forbes' lembra que recentemente o governo concedeu passaportes diplomáticos a líderes evangélicos e que muitos são cortejados por candidatos durante o período eleitoral. "Como a Bíblia diz, fé move montanhas. E dinheiro também", conclui a reportagem. Procurada, a Universal critica o tom considerado preconceituoso que o texto adota contra as igrejas -14evangélicas. A assessoria do pastor Malafaia afirmou que ele não vai se pronunciar sobre a reportagem. Os demais citados na reportagem não retornaram ou não foram encontrados. DE NADA ADIANTA Da nada adianta pedir se não quer receber. De nada adianta receber se souber agradecer. De nada adianta agradecer se não for de coração puro. De nada adianta ter um coração puro Se não souber ajudar De nada adianta ajudar, se só quer mostrar aos outros Pois tudo é de Deus e Jesus Por isso saibam apenas dar o que é emprestado com muito amor e carinho Pois mais tarde são vocês mesmos que estarão recebendo tudo de volta Mas para isto é preciso Fazer algo de bom, pois o mal também retorna Meus irmãos, faça o máximo de bem possível Com o coração puro e verdadeiro Para que um dia possam receber Todo o bem plantado em forma de paz e saúde espiritual, Já que o material aqui fica, mas o espiritual é por toda a eternidade. Um irmão DESPESAS DE JANEIRO Compra Armário de aço -399,00 Compra impressora/Som/Hd - 456,00 Energia - 96,00 Encadernação Jornais - 60,00 Toner - 65,00 Tinta/prego/água raz - 69,00 Ripões para o forro - 54,00 Massa Corrida/Esmalte - 23,00 Mensalidade do Site/Internet - 60,00 -1 282,00 Entrada Clube do livro 299,00 Doação 30,00 329,00 Saldo do ano passado: 833,00 Saldo do mês–1282+ 329 = -953,00 Saldo do ano + 833,00-953,00 = - 120,00 EDITORIAL É muito triste a gente ver certos confrades que trabalharam com a gente em algumas lides se enfileirarem pelos caminhos do mal. Nós lutamos muito para dar o nosso exemplo, o nosso testemunho. Temos o maior prazer em mostrar o verdadeiro caminho da paz, do amor, da libertação a todos que nos procuram. Nós nos alegramos muito quando alguns irmãos seguem os caminhos conosco: estudando, trabalhando, ajudando a si mesmo e ao próximo, procurando crescer e evoluir moralmente nas sendas do Senhor Jesus. Infelizmente muitos destes irmãos abandonam tudo e voltam a seus caminhos tortuosos em que andavam antes: a ganância para adquirir alguns trocados, a volta aos barzinhos, aos amigos do copo, da fofoca, da farra. A sensação que a gente tem é de que estes amigos não aprenderam nada, mentiram o tempo todo. O maior problema que alguns alegam é que precisam do tempo para trabalhar para ganhar dinheiro para sustentar a família. Esta é uma mentira muito deslavada, pois nós trabalhamos no período da noite, aos sábados a tarde, aos domingos a noite. Mentem descaradamente. Os domingos eles precisam é para irem em festas e mais festas. Para isto sobra tempo. Algumas mulheres dizem que os maridos proibiram de vir ao lar Espírita, alguns maridos culpam as mulheres. Parece que eles se tornaram escravos. Alguns a gente já conhece, são os chamados pula pula, hoje aqui no nosso centro, amanhã no outro, no outro no outro e assim sucessivamente. O problema é que saem falando mal de todos os centros. Estas pessoas tem -02certeza absoluta de que elas estão sempre certas. Lamentamos muito, mas temos a “certeza absoluta” de que elas abrirão os olhos do outro lado. A TERRA ACABA DE ENTRAR NA ESTRATOSFERA DE ALCÍONE GUARACI LIMA SILVEIRA Revista Espírita O Consolador Juiz de Fora, Minas Gerais (Brasil) Divaldo Franco em seu livro disse que nosso sistema solar, que pertence à constelação do Touro, gira em torno de uma grande estrela chamada Alcíone e que pertencemos ao sistema das Plêiades da qual Alcíone é a estrela central. Assim, nosso sol gira em torno daquele grande astro completando sua órbita em aproximadamente 26.000 anos terráqueos. Alcíone emite uma irradiação de fótons, que é uma forte luz que não queima. Desta forma nosso sistema passa 10.800 anos fora dessa luz e 2.200 aproximadamente recebendo as irradiações da tal emanação luminosa daquela estrela e completa a órbita repetindo mais 10.800 anos fora do raio de ação daquela luz e mais 2.200 anos na luz. Presentemente o sistema solar, onde residimos, está entrando na faixa de luz daquela estrela e entrou totalmente em dezembro de 2012. A Terra penetrará totalmente na luz e ficará por aproximados 2.200 anos. Assim, com certeza o planeta sofrerá mudanças, pois, como nos diz Emmanuel, os astros são solidários entre si e permutam energias constantemente. A luz de fótons de Alcíone provavelmente alinhará nosso planeta para outras conquistas. Estamos inseridos num sistema denominado cosmos onde tudo é movimento e impermanência. Ora, se os astros se movimentam em torno de sistemas de estrelas e essas em torno de constelações que giram em torno do eixo da galáxia, esses eventos são naturais e obedecem a uma ordem pré-estabelecida pelos Espíritos superiores que governam os mundos siderais. Segundo alguns, o nosso sistema solar corre por fora da faixa de luz e estaria penetrando a parte de cima do sistema de Alcíone pelo lado esquerdo. Com certeza várias alterações ocorrerão se tal evento de fato acontecer. Os continentes, os mares e oceanos serão afetados e deverá haver a verticalização do eixo planetário que atualmente encontrase inclinado. Segundo informam, uma nova civilização, muito mais evoluída surgirá e as enfermidades desaparecerão por completo deste mundo. Tudo isto parece ser muito complicado, mas no fundo é bem simples e a mente humana tem totais -03condições de absorver tais informações. Se pegarmos o Evangelho de Lucas no capítulo 21, veremos que o Mestre já nos alertava para as grandes mudanças em nossa casa planetária. Vejamos o que diz o texto do V. 8 ao 11: “... cuidado para que vocês não sejam enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo: Sou eu!. E ainda: O tempo já chegou. Não sigam essa gente. Quando vocês ouvirem falar de guerras e revoluções, não fiquem apavorados. Primeiro essas coisas devem acontecer, mas não será o fim. Uma nação lutará contra a outra, um reino contra outro reino. Haverá grandes terremotos, pestes e fome em vários lugares. Vão acontecer coisas pavorosas e grandes sinais vindos do céu...”. E no versículo 28 Jesus nos dá o grande alento: “Quando essas coisas começarem a acontecer, levantem-se e ergam a cabeça, porque a libertação de vocês está próxima...”. Nestes textos bíblicos fica bem claro que O Grande Diretor do Planeta tem o controle das leis da natureza e das ações do homem sobre a Terra. Não nos iludamos, a passagem do ciclo de provas e expiações para o ciclo da regeneração está em curso. Tudo o que foi predito por Jesus está acontecendo, contudo Ele nos diz que devemos levantar nossas cabeças porque nossa libertação está próxima. Sim, nossa libertação das provas e das expiações que engendraram no mundo e em nós séculos de sofrimentos. A dor está próxima de ser extinta na Terra e, em sua substituição, surgirão a responsabilidade e o nosso compromisso perante Deus e Suas Leis. Esta deve ser nossa única preocupação. Durante conferência realizada no Centro Espírita Caminho da Redenção, na cidade de Salvador, Bahia, o médium Divaldo Pereira Franco informou que, no ano de 1970, o sistema solar penetrou nessa faixa, mas foi somente em 1982 que a Terra envolveu-se nela por completo. Segundo o médium, a partir desse ano iniciou-se “uma migração de Espíritos de alta estirpe” em direção à Terra. Esse processo de renovação da população do planeta seguirá seu curso – de acordo com Joanna de Ângelis, mentora espiritual de Divaldo – até o ano de 2052, quando “o planeta alcançará seu momento de grande renovação”, transformação descrita no capítulo 18, itens 27 e 28, da obra “A Gênese” de Allan Kardec, o qual explica a transição do planeta, de mundo de expiação e provas, para mundo de regeneração. No decorrer de sua conferência, Divaldo destacou a importância dos novos Espíritos que renascerão na Terra, os quais dividiu em quatro grupos: humanistas, artistas, conceituais e interdimensionais. Ao destacar a importância da educação como ponto de apoio para o desenvolvimento dessa nova geração, referiu-se ao trabalho pioneiro de Pestalozzi – do qual Allan Kardec foi dileto discípulo – às experiências de Fröebel, a Rudolf Steiner – que desenvolveu a pedagogia Waldorf – e a Maria Montessori. Valorizou a importância do papel dos pais, aos quais recomendou não transferir essa responsabilidade aos professores, aos familiares ou mesmo a profissionais contratados. Essas novas crianças -04necessitarão muito da participação dos pais em sua educação. Ela é fundamental, motivando-as e auxiliando-as a desenvolver suas potencialidades. E assim surgirão verdadeiras crianças prodígios, com uma mentalidade fora de série, agitadas, com habilidades para entender logo o contexto em que vive, buscando por conta própria aprender coisas diferentes. Daí a necessidade de todos nós de darmos uma boa educação a estas crianças, principalmente no campo de religiosidade, da moral para que elas não desvirtua o caminho traçado. Quanto a nós, sabemos que a morte não existe. Se num ajuste do planeta viermos a desencarnar por qualquer ação da natureza, sabemos que não vamos morrer, apenas deixar o corpo físico. Vencer a morte já é um grande feito no campo das libertações. Ouvimos sempre a rotineira pergunta: para onde vou? Vou continuar aqui? Será que irei para um mundo primitivo? Estas questões estão respondidas há mais de 2.000 anos. Basta ler o Evangelho de Mateus no capítulo 5, V. 4: “Bem- aventurados os possuirão a mansos, Terra”. pois eles Todo o desenvolvimento deste assunto está contido no capítulo IX de O Evangelho segundo do Espiritismo. Não estamos órfãos de informações. Jesus nos preparou para este momento. Estudando a realidade cósmica observamos que sempre os astros sofrem os efeitos dos seus movimentos, dentro da naturalidade das Leis que regem o cosmos. Estamos inseridos nessas Leis. Somos habitantes do Universo, criaturas cósmicas criadas para a imortalidade. Resta-nos absorver as lições de Jesus e seguirmos confiantes e nos incluirmos dentre aqueles que estão próximos da libertação final dos processos primários da evolução. Sejamos mansos e pacíficos. Sejamos herdeiros da Terra do futuro. Estar dentro da faixa de Alcíone, é preciso que nós façamos uma limpeza geral em nós, pois trata-se de um ambiente de muita paz, muita luz, uma grande força energética positiva. Todos aqueles que tiverem pensamentos negativos, muito ódio no coração, sede de vingança, vícios de todos os tipos, enganadores da credulidade humana, mentirosos contumazes, velhacos de todas as laias, não agüentarão as vibrações desta estratosfera e então vão sofrer muito. Quando mais a via Láctea se encaminhe para o centro, mais estas pessoas sofrerão. Muitos desencarnarão e não mais renascerão neste orbe. Foi assim que aconteceu com os habitantes de capela. O mundo não acabou, nem vai acabar, mas aquelas pessoas citadas acima não mais residirão aqui, não haverá mais ambiente para elas. Ainda dá tempo para todos nós nos melhorarmos um pouco e voltarmos para a luz. Igreja Universal é condenada a devolver R$ 74 mil a fiel arrependida 04 de Fevereiro de 2013 • 17h52 • atualizado às 17h58 – Do Site Terra.com A Igreja Universal do Reino de Deus foi condenada a devolver R$ 74,3 mil doados -05por uma fiel entre 2003 e 2004, que seis anos depois se arrependeu e pediu a nulidade da doação. Segundo o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJ-DFT), a mulher alegou ter sido pressionada por um pastor a aumentar suas contribuições ao dízimo, o que a levou a entrar em depressão, perder o emprego e ficar na miséria. A decisão da 5ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJ-DFT) confirma sentença proferida em primeira instância pela 9ª Vara Cível de Brasília. Segundo os autos do processo, a fiel frequentava a Igreja Universal do Reino de Deus, pagando seus dízimos em dia. Ao enfrentar um processo de separação judicial, a mulher alega ter sido induzida pelo pastor Jorge a aumentar suas contribuições. Ao receber uma alta quantia por um serviço realizado, a fiel teria sido pressionada pelo pastor para doar toda a quantia que havia recebido. A fiel acabou cedendo às pressões e doou dois cheques em dezembro de 2003 e janeiro de 2004, totalizando o valor de R$ 74.341,40. Pouco tempo depois, ao perceber que o pastor havia sumido da igreja, a fiel entrou em depressão, perdendo o emprego e ficando impossibilitada de pagar suas contas. Por isso, segundo o TJ-DFT, a mulher pediu em 2010 a nulidade da doação e a restituição de todo o valor. A igreja, por sua vez, afirma que a fiel sempre foi empresária, que não ficou sem rendimentos em razão da doação e que ela tinha capacidade de reflexão e discernimento para avaliar as vantagens de frequentar a igreja e de fazer doações. Afirmou, ainda, que "a liturgia da igreja baseia-se na tradição bíblica, ou seja, que é a Bíblia que prevê a oferenda a Deus em inúmeras passagens, destacando, na passagem da viúva pobre, que doar tirando do próprio sustento é um gesto de fé muito mais significativo". Ao condenar a Igreja Universal do Reino de Deus a restituir os valores doados, a juíza de primeira instância considerou que a fiel teve o seu sustento comprometido em razão da doação realizada, citando no processo relatos de que houve carência de recursos até mesmo para alimentação. Segundo ela, a sobrevivência e a dignidade do doador é que são os bens jurídicos protegidos pelo artigo nº 548 do Código Civil, que determina ser "nula a doação de todos os bens sem reserva de parte, ou renda suficiente para a subsistência do doador". A Igreja Universal recorreu, mas a sentença foi confirmada por unanimidade pela Segunda Instância, não cabendo mais recurso de mérito no TJ-DFT. Grupo de Testemunhas de Jeová condena Paula Fernandes por declaração sobre espiritismo Do BOL, em São Paulo A cantora Paula Fernandes causou revolta em um grupo de pessoas da religião Testemunhas de Jeová após dizer, em entrevista ao apresentador João Doria Jr., que segue o -06espiritismo, acredita em reencarnação e que suas composições têm relação direta com o plano espiritual. “A doutrina espírita justifica muitas coisas que eu sinto, meu dom. Deus é um só! Mas eu não componho sozinha. E acho que não estamos aqui sozinhos. No momento em que leio [o que escrevo], vêm palavras que eu não conheço. Então, de onde vem isso?”, comentou Paula. Por conta da declaração, um grupo que se diz Testemunha de Jeová começou a espalhar um “alerta” a respeito da cantora no Facebook, condenando o espiritismo. A mensagem contra Paula já teve milhares compartilhamentos e muitas pessoas reagiram negativamente ao saber que a cantora é espírita. O QUE ACONTECE COM QUE MORREU? Católico: Se foi bonzinho vai para o céu, se foi ruim vai para o inferno. Evangélico: Vai ficar dormindo o tempo todo até que o Cristo vem para resgatá-lo ao céu. Cientista: Os órgãos param e após três dias começa a entrar em estado de decomposição. Ateu: Acabou, vira nada. Ingênuo: Foi lá pra cima, que Deus o tenha. Inculto: Coitadinho, era uma pessoa muito boa. Pessimista: Já foi tarde, está lá com os demos. Ignorante: Era uma peste, virou comida de urubus. Pobretão: Menos um pra dar de comer. Materialista: Vai ser enterrado no cemitério, será comida de vermes, começa a apodrecer e fica com um fedor insuportável, nem urubu agüenta. Mulher para o marido: Vou ficar te esperando, benzinho, vê se não demora muito. Marido para a mulher: Ué, mas o padre disse: “Até que a morte nos separe”. Espírita: Fica em estado errante por algum tempo, ou seja, faz uma adaptação para ficar no mundo espiritual. Depois será levado para colônias espirituais para estudar, aprender e se preparar para novo retorno carnal. Os muitos ruins vão para o umbral, mas não é eterno. \\\\\\\\\\\\\\//////////////////\\\\\\\\\\\ VIDA DOS APÓSTOLOS 2. SIMÃO PEDRO Quando Simão juntou-se aos apóstolos, ele tinha trinta anos. Era casado, possuía três filhos, e vivia em Betsaida, perto de Cafarnaum. O seu irmão, André, e a mãe da sua mulher viviam com ele. Ambos, Pedro e André, eram sócios de pescaria dos filhos de Zebedeu. O Mestre havia conhecido Simão há algum tempo, quando André o apresentou como o segundo dos apóstolos. Naquele momento Jesus deu a Simão o nome de Pedro, e o fez com um sorriso, para ser uma espécie de apelido. Simão era muito conhecido por todos os seus amigos como sendo um companheiro impulsivo e errático. É bem verdade que, mais tarde, Jesus deu importância nova e de maior significado a esse apelido conferido de uma maneira tão imediata. Simão Pedro era um homem impulsivo, um otimista. Ele havia crescido dando a si próprio a indulgência de ter sentimentos fortes; estava constantemente em dificuldades, porque persistia em falar sem pensar. Essa espécie de descuido também trazia complicações, umas após outras, para todos os seus amigos e condiscípulos, tendo sido o motivo para o Mestre haver, muitas vezes, chamado suavemente a sua atenção. A única razão pela qual Pedro não entrava em maiores complicações, por falar sem pensar, era que, desde muito cedo, ele aprendera a conversar sobre muitos dos seus planos e esquemas com o seu irmão, André, antes de aventurar-se a fazer propostas em público. -07Pedro era um orador fluente, eloqüente e dramático. Era também um líder de homens, por natureza e por inspiração, um pensador rápido, mas sem um raciocínio mais profundo. Fazia, mais do que todos os apóstolos juntos,muitas perguntas e, embora a maioria delas fosse de boa qualidade e pertinente, muitas eram impensadas e tolas. Pedro não tinha uma mente profunda, mas conhecia muito bem a própria mente. Era, por conseguinte, um homem de decisão súbita e de ação rápida. Enquanto os outros, atônitos, faziam comentários de espanto ao verem Jesus na praia, Pedro pulava na água e nadava até a praia para encontrar o Mestre. O traço que Pedro mais admirava em Jesus era a sua ternura elevada. Pedro nunca se cansava de contemplar a paciência de Jesus. E nunca se esqueceu da lição sobre perdoar a quem erra, não apenas sete, mas setenta vezes e mais sete. Ele pensou muito sobre essas impressões, sobre o caráter do Mestre, de sempre perdoar, durante aqueles dias escuros e tristes que se seguiram imediatamente depois que ele, irrefletida e involuntariamente, negou a Jesus no pátio do sumo sacerdote. Simão Pedro era aflitivamente vacilante; ele ia subitamente de um extremo a outro. Primeiro ele recusou-se a deixar Jesus lavar os seus pés e então, ao ouvir a resposta do Mestre, ele implorou para que ele o lavasse por inteiro. Mas, afinal, Jesus sabia que as falhas de Pedro vinham da sua cabeça e não do coração. Ele era uma das combinações mais inexplicáveis de coragem e de covardia, como jamais houve na Terra. A sua grande força de caráter era a lealdade, a amizade. Pedro amava Jesus, real e verdadeiramente. E, ainda a despeito de ter uma força altaneira de devoção, ele era instável e inconstante a ponto de permitir que uma garota serviçal o provocasse e o levasse a negar o seu Senhor e Mestre. Pedro podia resistir à perseguição e a qualquer outra forma de ataque direto, mas ele se desamparava e afundava diante do ridículo. Era um soldado valente, quando enfrentava um ataque frontal, mas era um covarde curvado de medo, quando surpreendido por trás. Pedro foi o primeiro dos apóstolos de Jesus a adiantar-se para defender o trabalho de Filipe com os samaritanos e o de Paulo com os gentios. Entretanto, na Antióquia, mais tarde, ele inverteu a sua posição quando afrontado pelos judaizadores que o ridicularizavam, retirando-se temporariamente de entre os gentios, sem outro resultado a não ser trazer sobre a sua cabeça a denúncia destemida de Paulo. -08- Ele foi o primeiro entre os apóstolos a confessar, de todo o coração, reconhecer a combinação da humanidade e da divindade em Jesus, e o primeiro – depois de Judas – a negá-lo. Pedro não era tanto um sonhador, mas ele não gostava de descer das nuvens do êxtase e do entusiasmo dos seus deleites teatrais, para o mundo da realidade simples do dia-adia. almas na escuridão. Depois de deixar Jerusalém, e antes de Paulo tornar-se um espírito de liderança para as igrejas cristãs dos gentios, Pedro viajou extensivamente, visitando todas as igrejas da Babilônia até Corinto. Ele visitou e ministrou até mesmo nas muitas igrejas que haviam sido erigidas por Paulo. Embora Pedro e Paulo tivessem temperamento e educação muito diferentes, até mesmo em teologia, eles trabalharam juntos e harmoniosamente, nos seus últimos anos, para a edificação das igrejas. Um pouco do estilo e dos ensinamentos de Pedro é mostrado nos sermões parcialmente transcritos por Lucas e no evangelho de Marcos. O seu estilo vigoroso foi mais bem representado na sua carta conhecida como a Primeira Epístola de Pedro; ao menos isso é verdadeiro antes de haver sido ela alterada, posteriormente, por um discípulo de Paulo. Ao seguir Jesus, literal e figurativamente, ele estava à frente da procissão ou então rastejando na última fileira – “seguindo de longe e por detrás”. Entretanto, ele era o pregador mais notável dos doze; ele fez mais do que qualquer homem, a não ser Paulo, para estabelecer o Reino e enviar os seus mensageiros aos quatro cantos da Terra, em uma só geração. Todavia, Pedro persistiu no erro de tentar convencer os judeus de que Jesus era, afinal, real e verdadeiramente o Messias deles. Até o dia da sua morte, Simão Pedro continuou a padecer mentalmente da confusão entre os conceitos de Jesus, enquanto Messias judeu, de Cristo como o redentor do mundo e do Filho do Homem, enquanto uma revelação de Deus, o Pai cheio de amor por toda a humanidade. Depois de negar intempestivamente ao Mestre, ele caiu em si e, com o apoio compassivo e sensível de André, ele tomou de volta o caminho das redes de pescaria, enquanto os apóstolos permaneciam estáticos à espera de saber o que viria depois da crucificação. Quando ficou totalmente seguro de que Jesus o havia perdoado e de que tinha sido recebido de volta ao aprisco do Mestre, o fogo do Reino queimou de um modo tão brilhante dentro da sua alma, que ele se tornou uma luz grande e salvadora para milhares de A esposa de Pedro era uma mulher muito capacitada. Durante anos ela trabalhou satisfatoriamente como membro do corpo feminino e, quando Pedro foi expulso de Jerusalém, ela o acompanhou em todas as suas jornadas às igrejas, bem como em todas as suas excursões missionárias. E, no dia em que o seu ilustre marido teve a vida ceifada, ela foi atirada às bestas selvagens na arena de Roma. E assim este homem, Pedro, um íntimo de Jesus, um dos que fizeram parte do círculo interno do Mestre, partiu de Jerusalém, proclamando com poder e glória as boasnovas do Reino, até que a plenitude da sua ministração tivesse sido alcançada; e ele se considerou como um digno recebedor de altas honrarias quando os seus captores informaram-lhe que ele deveria morrer como o seu Mestre tinha morrido – na cruz. Dessa forma Simão Pedro foi crucificado em Roma. (Retirado da Enciclopédia Urântia) CANTINHO DAS PSICOGRAFIAS Deus que abençoe a todos os trabalhadores desta casa Espírita e de todos os que distribuem o pão da vida através do sentimento puro para os que precisam. Tudo o que é feito com simplicidade e amor, revela a vontade de amar o próximo. Fiquem atentos nas oportunidades que a todo momento lhes são oferecidos. A paz espero para todos. Paulo ********************************** É-me permitido revelar-lhe alguns fatos do passado. Estes fatos não devem ser divulgados, eles são apenas para ajudarem em sua evolução. Eu deixei muita coisa escrita, mas infelizmente pouco chegou até este século. Sou um romano do seu tempo e tenho estado nesta casa algumas vezes. Alguns já me conhecem. Quase todos os nossos patrícios estão reencarnados atualmente e muitos estão ajudando a estes irmãos. Que Deus nos abençoe sempre! Flavius Josefus Eu sou o Jacinto Nunes da Rocha. Você meu conheceu. Estou aqui de passagem. Não tenho muita coisa pra falar. Eu não entendo nada disto mesmo. Eu via lá na cidade, o Zé trabalhando nestas coisas, mas eu nunca me interessei. Eu continuo -09lá no mesmo lugar. Não tenho pra onde ir. Todo mundo desapareceu lá de casa, só a Alice continua lá na cidade, mas não vai nem me visitar. Já me acostumei. Vou continuar lá assim mesmo. Eu já vou. Até outro dia. Jacinto ************************************* Irmãos em cristo, oremos com sentimentos elevados. Cada irmão fazendo sua parte, transmitindo a todos do planeta Terra. Amemos uns aos outros. Trabalhemos na sementeira do Senhor, sempre com o coração cheio de luz e amor. Irmã Edwirges Fui um fracasso nesta minha vida, o melhor era mesmo sumir, foi o que eu fiz, mas, meus amigos, hoje vejo como estava errada, estou arrependida, por todos os meus atos impensados que cometi. Peço perdão aos meus pais, a Deus e agradeço a esta casa que me acolheu. Zulmira Velasques Aquele caminho parecia que vos conduzia a um mar de felicidade. Iam todos alegres, cantarolando, contando piadas. A estrada parecia bela, o verdejante das matas, o ar fresco, a areia pelos caminhos. Tudo parecia belo. E ali iam todos vós, pelo menos uma vez por semana. Todos reunidos começavam os trabalhos infelizes, procurando atrapalhar a vida de muita gente. Quase de manhã retornavam, cansados, eufóricos por terem cumprido mais um trabalho do mal, mas já achavam alguma diferença na estrada. Era um alerta, mas nenhum de vós ouviu o alerta da espiritualidade. Pagaram alguns séculos em sofrimento por estes caminhos errados. Hoje encontro quase todos aqui novamente. Confesso a vocês que todos já estiveram aqui, mas alguns desistiram do novo caminho traçado. Vocês sofrem hoje o reflexo daquele tempo. Não desistam, pois vocês se propuseram a resgatar os males daquela época. Estão bem assegurados, desenvolvem um bom trabalho, mas podem melhorar muito mais. É necessário que cada um mude também a sua postura, precisam se melhorar muito, muito. Vós sois os mais necessitados. Enquanto vocês procuram ajudar os outros, vocês estão sendo ajudados. Sigam em frente, trabalhem firmes em seus propósitos. Muito obrigado a todos! Marcus \\\\\\\\\\\/\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\//////////\ A revolta dentro de mim ainda é bastante grande. Foi um baque muito forte ser retirado da vida quando estava no apogeu. Eu trabalhava com afinco, pois aspirava a cargos mais altos. Agradeço a gentileza desta casa por terme aberto os olhos e me mostrado um caminho que eu recusava a segui-lo, mesmo desencarnado. Hoje estou um pouco mais conformado, mas ainda reluto muito em trilhar este novo caminho. Fui retirado da vida por aqueles que queriam subir muito e eu sabia demais. Não quero imputar culpa a ninguém pelo que me fizeram. Talvez eu tenha contraído um débito semelhante em águas passadas. Nada me foi mostrado ainda por causa da minha revolta, mas estou aprendendo a ser paciente. Agradeço mais uma vez a esta casa. Se me consideravam grande aí deste lado, sou, sinceramente muito pequeno deste e tenho começado a minha caminhada com muita dificuldade. Peço que continuem orando por mim. Não tenho como retribuí-los. Oxalá um dia...quem sabe. Adeus e até uma outra oportunidade. Um irmão ////////////////////\\\\\\\\\\\\\\\\/////// Física Quântica em Busca da Partícula Divina -10Luís de Almeida (Este artigo de Luís de Almeida foi originalmente publicado na Revista Internacional de Espiritismo de Janeiro de 2002) "Confesso que, após cuidadosa e atenta leitura deste trabalho, conclui que foi um dos melhores artigos que já tive o prazer de ler. Ele se me afigura o mais erudito e informativo trabalho acerca da relação entre a Física e o Espiritismo, até agora escrito em idioma português. Se traduzido para o inglês será, sem dúvida, apreciadíssimo, inclusive pelos físicos mais modernos que, atualmente, divulgam obras acerca do relacionamentoentre a Consciência e o Universo, vislumbrado sob a óptica das Físicas Quântica e Relativística. Menciono, como exemplos, os livros de Michio Kaku (Hiperespaço, ed. Rocco, Rio de Janeiro, RJ) e de Amit Goswami (O Universo Autoconsciente, edit. Rosa dos Tempos, Rio de Janeiro)." Dr. Hernani Guimarães Andrade A Física continua a dar ao Espiritismo, ainda que os físicos de tal não se apercebam, ou melhor, não queiram por enquanto se aperceber, uma contribuição gigantesca na confirmação dos postulados espíritas, que de maneira nenhuma nós, os espíritas, poderemos subestimar. Existe uma ciência espírita, com uma metodologia de ciência, assentada nas questões espirituais, mais do que possamos imaginar, e a prova disso é O Livro dos Espíritos - uma obra atual - um manancial para a Física Moderna. Trazendo-nos um novo conceito básico sobre a visão macro e microcósmica de Deus (ao defini-Lo como "a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas") do Espírito e da Matéria propriamente dita. A Física Moderna leva-nos ao encontro do Espírito e de Deus A física quântica pode constituir uma ponte entre a ciência e o mundo espiritual, pois segundo ela, pode-se "reduzir" a matéria, de forma subjetiva e no domínio do abstrato, até à consciência - causa da "intelectualidade" da matéria. A consciência transforma as possibilidades da matéria em realidade, transformando as possibilidades quânticas em fatos reais. Essa consciência deve apresentar uma unidade e transcender o tempo, espaço e matéria. Não é algo material, na realidade, é a base de todos os seres. Recordemos o professor de Lyon In O Livro dos Espíritos (9): 23. Que é o Espírito? - "O princípio inteligente do Universo". a) - Qual a natureza íntima do Espírito? - "Não é fácil analisar o Espírito com a vossa linguagem. Para vós, ele nada é, por não ser palpável. Para nós, entretanto, é alguma coisa." Tanto é assim, que os físicos teóricos postulam a existência de uma "partícula", que seria a partícula "fundamental", que ainda não foi encontrada, mas a qual o Prêmio Nobel da física, Leon Lederman, denomina a "partícula divina". Partícula essa decisiva pois é ela que determina a massa das restantes, bem como a coesão dada pela gravidade dos 90% do universo ainda desconhecido. -11de atuar sobre a energia do Universo, modulando-a e dando-lhe formas de partícula atômica, ou seja por outras palavras - o espírito, chamado também "Agente Estruturador"por vários físicos teóricos. Retomemos novamente o mestre lionês In O Livro dos Espíritos (9): 76. Que definição se pode dar dos Espíritos? - "Pode dizer-se que os Espíritos são os seres inteligentes da criação. Povoam o Universo, fora do mundo material." 536. São devidos a causas fortuitas, ou, ao contrário, têm todos um fim providencial, os grandes fenômenos da Natureza, os que se consideram como perturbação dos elementos? - '"Tudo tem uma razão de ser e nada acontece sem a permissão de Deus." b) - Concebemos perfeitamente que a vontade de Deus seja a causa primária, nisto como em tudo; porém, sabendo que os Espíritos exercem ação sobre a matéria e que são os agentes da vontade de Deus, perguntamos se alguns dentre eles não exercerão certa influência sobre os elementos para os agitar, acalmar ou dirigir? - "Mas evidentemente. Nem poderia ser de outro modo. Deus não exerce ação direta sobre a matéria. Ele encontra agentes dedicados em todos os graus da escala dos mundos." Leiamos Kardec In O Livro dos Espíritos 25. O Espírito independe da matéria, ou é apenas uma propriedade desta, como as cores o são da luz e o som o é do ar? - "São distintos uma do outro; mas, a união do Espírito e da matéria é necessária para intelectualizar a matéria." 26. Poder-se-á conceber o Espírito sem a matéria e a matéria sem o Espírito? - "Pode-se, é fora de dúvida, pelo pensamento." Cabe lembrar que os físicos, a partir das pesquisas do norte-americno Murray Gel Mann nos aceleradores de partícula, já admitem a existência de um domínio externo ao mundo cósmico dito material onde provavelmente existam agentes ativos também chamados frameworkers, capazes DESPESAS DE FEVEREIRO Corte da Jaqueira - 200,00 Alimentação - 30,00 Energia - 56,00 Esmalte/Rodijo - 29,00 Cano para rede de esgoto - 18,00 Mensalidade do Site -30,00 Internet -30,00 393,00 Entrada Clube do livro 224,00 Doação 30,00 254,00 Saldo do mês–393 +254 = - 139,00 Saldo do ano – 120 - 139 = - 259,00 EDITORIAL Estamos já no mês de março e paramos de ouvir falar no fim do mundo. Muitos acham a vida difícil, o tempo complicado, mas deram graças a Deus pelo mundo não ter acabado. Até quando vamos ficar ovindo este silêncio sobre o fim do mundo? Alguns movimentos dizem que com a renúncia do papa e as professias do senhor Nostradamos, o fim do mundo está bem próximo novamente. O próximo papa seria o último. Ainda mais que os cientistas afirmaram que na terra está caindo muitos e muitos meteoros últimamente. No ano 2012 cairam 30 mil meteoros e a previsão é ainda maior para este ano. Mas só agora foi possível ver uma pedrinha daquela caindo na Terra. Este ano as coisas estão ainda mais complicadas pois passará pela Terra três cometas, um no mês de março, outro no meio do ano e o maior de todos em dezembro de 2013. Alguns dizem que as previsões vão para 2019. Para nós espíritas a Terra, como planeta, vai entrar para o mundo de regeneração. Para isto o fim do mundo vai haver para aquele que não mais se coadunar com a vibração da Nova Terra. Aqueles que não aceitam Deus, o Evangelho do Senhor Jesus, cometem terríveis absurdos, para este o mundo começou a acabar por volta de 1950. Assim que eles desencarnarem, serão levados para planetas primitivos. A tolerância espiritual acabou. Não haverá mais lugar para os que vivem matando e roubando, atrapalhando a evolução da humanidade. Aqueles que roubam das cresches, dos asilos, das escolas, dos hospitais, das pessoas ingênuas, aqueles que não gostam de trabalhar, que vivem a vida fofocando, mentindo, falsificando e num nível acentuado de erotismo. -03CANTINHO DA PSICOGRAFIA Não temais Sigam em frente A luz do Senhor brilha sempre No mais profundo do coração De todos os seres pensantes. Um espírito amigo “Não julgueis para não serdes julgados”. Esta é a máxima de Jesus. Qual de nós não errou ainda? Qual de nós não pecou? Qual de nós não fez o mal? Qual de nós não roubou, não matou?E qual de nós não recebeu o perdão, mas que não perdoamos as faltas a nós cometidas? Devemos sempre julgar nossas atitudes antes de julgar o próximo. Devemos perdoar sempre as faltas, pois o Cristo que tanto sofreu, perdoou a todos nós, nos ajudando e perdoando a cada oportunidade que recebemos. Deus sempre ajuda a todos sem pedir nada deste irmão, se é bom ou ruim. Devemos apenas ajudar como nossos irmãos em busca de socorro para o atenuar as dores e os sofrimentos. Ajudem a todos que precisarem principalmente se ajudem a se instruir para que possam instruir tenham paciência para com o irmão rebelde, pois todos já fomos muito rebeldes. Naquele tempo encontramos almas pacientes para nos ajudar. Pratiquem a caridade do mestre Jesus para com os outros e para com vocês mesmos. Que a paz e a misericórdia do Pai esteja sempre com todos vós. Um irmão A revolta dentro de mim ainda é bastante grande. Foi um baque muito forte ser retirado da vida quando estava no apogeu. Eu trabalhava com afinco, pois aspirava a cargos mais altos. Agradeço a gentileza desta casa por ter-me aberto os olhos e me mostrado um caminho que eu recusava a segui-lo, mesmo desencarnado. Hoje estou um pouco mais conformado, mas ainda reluto muito em trilhar este novo caminho. Fui retirado da vida por aqueles que queriam subir muito e eu sabia demais. Não quero imputar culpa a ninguém pelo que me fizeram. Talvez eu tenha contraído um débito semelhante em águas passadas. Nada me foi mostrado ainda por causa da minha revolta, mas estou aprendendo a ser paciente. Agradeço mais uma vez a esta casa. Se me consideravam grande aí deste lado, sou, sinceramente muito pequeno deste e tenho começado a minha caminhada com muita dificuldade. Peço que continuem orando por mim. Não tenho como retribuílos. Oxalá um dia...quem sabe. Adeus e até uma outra oportunidade. Um irmão sofrido Para uma boa psicografia: Desliguem –se dos pensamentos materiais, deixem a mente vazia; Reflitam apenas no mestre Jesus; Deixem as preocupações de lado; Fiquem atentos aos pensamentos espirituais; Acompanhem a intuição que for sugerida; Não deixem tudo para o espírito ao lado; Desenvolvam os pensamentos recebidos; Procurem sintonizar os bons sentimentos: Amor, paz, serenidade, alegria, felicidade, união; Deixem de lado todo tipo de pensamento negativo; Procurem ouvir com o coração, com bons sentimentos; Colaborem com os espíritos para que sejam ajudados. Irmão George -04Obsessão no Centro Espírita Enganam-se quantos imaginam que os espíritos obsessores não tenham acesso à casa espírita, influenciando os medianeiros que nela trabalham. Os espíritos têm acesso a qualquer lugar para o qual se sintam atraídos, seja pelas atitudes de invigilância ou pelos pensamentos infelizes de quem lhes ofereça sintonia. Um centro espírita pode, perfeitamente, estar sob a direção espiritual de entidades não evangelizadas, de espíritos que não tenham comprometimento com o Evangelho. Díriramos mesmo que, determinados núcleos espíritas, ou que se rotulem com tais, são verdadeiros quartéis-generais de espíritos inimigos da Doutrina, entidades pseudo-sábias e sofistas cuja única preocupação é a de estabelecer a cizânia. Na casa espírita onde predominem os bons sentimentos de seus freqüentadores, o desejo do bem e o estudo da Doutrina, os espíritos obsessores não têm acesso podem até, como na maioria das vezes acontece, mover-lhe uma perseguição externa, na tentativa de atingi-la indiretamente, mas não conseguem varar o bloqueio natural que a preserva do assédio direto das trevas. Existem pontos no centro espírita sobre os quais os seus dirigentes carecem de exercer uma maior vigilância. Já tivemos oportunidade de nos referir aos perigos de uma reunião de desobsessão desorganizada, levada a efeito sem os devidos cuidados doutrinários. Uma outra atividade, todavia, que pode dar margem a muita perturbação para o grupo é justamente a relacionada ao passe. Como percebemos sempre uma tarefa ligada ao exercício da mediunidade. Dentro da cabina de passe, os médiuns carecem estar sempre atentos, cooperando na vigilância uns dos outros. Costuma ser ali que os espíritos obsessores, valendo-se da proximidade física das pessoas, encontram facilidade para se insinuarem com os seus pensamentos maledicentes. Nada, por exemplo, de um médium atender sozinho no passe uma pessoa do sexo oposto ou de sentir necessidade de tocar o corpo de quem está se beneficiando dos recursos terapêuticos dispensados no momento do passe. Nada, ainda, de dar passividade pela incorporação às entidades espirituais que possivelmente estejam acompanhando o assistido... A mediunidade legítima é sempre exercida com discrição. Costumam ser no instante no passe, devido ao grande afluxo de encarnados na instituição, que os médiuns se fragilizam a obsessão, não raro, pode começar a se instalar por um simples olhar invigilante! O médium ainda algo personalista, querendo se prevalecer sobre os demais, não se contenta com a transmissão do passe transmite, a todo momento, supostos recados do Mais Além a quem sai, fornece diagnósticos a respeito de enfermidades inexistente, fazem previsões absurdas, descrevem quadros de sua imaginação... Este comportamento necessita ser combatido, para que, por exemplo, um médium de faculdades promissoras não extrapole. É na cabina de passes que muitos medianeiros começam a acalentar a idéia de um trabalho de cura só para si! Quando o médium perde a simplicidade sentimento de auto defesa que lhe garante imunidade -05contra a obsessão -, ele se transfigura em intérprete da perturbação, passando a ser na casa espírita um problema de difícil solução. ESPÍRTO: Odilon Fernandes MÉDIUM: Carlos A Baccelli Livro: Conversando com os médiuns. /\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\ NAUFRÁGIO DO NAVIO PRINCIPE ASTÚRIAS (O Titanic Esquecido pela humanidade) Quando se fala eu grandes naufrágios, o Titanic é sempre lembrado, mas existiram outros grandes naufrágios também com centenas de pessoas a bordo. Foi o que aconteceu com o navio Espanhol que fazia a rota Barcelona Buenos Aires e naufragou em águas brasileiras, mais precisamente em São Paulo. O Príncipe de Asturias foi um navio transatlântico operado pela companhia espanhola Pinillos Izquierdo y Cia., encomendado para fazer a linha regular de passageiros e cargas entre Barcelona e Buenos Aires, passando por Cádis, Las Palmas de Gran Canaria, Ilhas Canárias, Rio de Janeiro, Santos e Montevidéu. Após ser construído, em 1914, era considerado o transatlântico mais luxuoso da Espanha, junto a seu irmão gêmeo, o paquete Infanta Isabel História No início do século XX, a Pinillos y Isquierdo era uma das maiores companhias de navegação da Espanha. Em 1912, a companhia lança o navio Infanta Isabel e 2 anos depois, seu irmão gêmeo, o Príncipe de Asturias, que era uma versão melhorada. Ambos foram construídos nos estaleiros Kingston, pela Russel & Co., sob supervisão da Pinillos. O Príncipe de Asturias tinha casco duplo em toda a sua extensão, com compartimentos estanques e compartimentos de lastro que podiam ser enchidos ou esvaziados facilmente, proporcionando uma estabilidade maior em qualquer situação.[4] Além de ser um navio potente e moderno, o Príncipe de Asturias era luxuoso. Havia uma biblioteca para uso exclusivo dos passageiros, em estilo Luís XVI com estantes de mogno e assentos de couro. A cobertura superior servia como espaço de lazer, com bancos e cadeiras, e nela existiam vidraças coloridas que protegiam to vento. O restaurante era decorado com painéis de carvalho japonês e quadros com molduras de nogueira. Havia também com uma cúpula coberta com vitrais coloridos, pela qual se podia desfrutar da luz natural durante o dia. O navio contava com um salão de música que podia ser acessado pelo salão de entrada, onde havia uma grande escadaria com laterais e corrimãos trabalhados em madeira. O chão do salão de entrada era decorado com tapetes persas, que eram usados como pista de dança. Um piano havia sido construído especialmente para ser tocado a bordo.[4][5] Naufrágio Em 6 de março de 1916, o navio se dirigia ao porto de Santos, fazendo sua -06sexta viagem à América do Sul. Levava oficialmente 588 pessoas entre passageiros e tripulantes, embora houvesse a informação de que cerca de 800 imigrantes viajavam clandestinamente nos porões, fugindo da I Guerra Mundial. Entre as cargas importantes, o navio levava 12 estátuas de bronze (que fariam parte do monumento La Carta Magna y las Cuatro Regiones Argentinas, em Buenos Aires) e uma suposta quantia de 40 000 libras em ouro. Chovia forte e a visibilidade era baixíssima, quando, por volta das 4h20 da madrugada, o comandante, José Lotina, viu um raio, que indicou o quão próximo o navio estava da terra. Ele ordenou toda a foça a ré e que o leme fosse desviado completamente para boreste (direita), mas era tarde demais. O navio bate violentamente nos rochedos na Ponta do Boi na Ilha de São Sebastião, no litoral de São Paulo e afunda em cerca de 10 minutos. Em um dos piores naufrágios da história do Brasil, oficialmente 445 pessoas morrem e apenas 143 sobrevivem. /\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\ Física quântica: caminhos entre ciência e espiritualidade Existe ligação entre ciência e espiritualidade? É possível falar de Deus em termos científicos? Conversamos nesta manhã com o físico indiano Amit Goswami, doutor em física nuclear pela Universidade de Calcutá, professor emérito pela Universidade de Oregon, nos Estados Unidos. Amit vem sendo considerado um dos cientistas mais respeitados do mundo porque tenta em seu trabalho destrinchar alguns dos questionamentos mais delicados no campo científico, questões que até hoje a ciência encontra dificuldades em responder: O que é Deus? Existe alma? O que é Espírito? Para o físico, a ciência materialista não consegue responder a essas perguntas pois considera apenas o universo exterior como objeto de estudo e analisa apenas o mundo material, não levando em consideração o universo interior de cada indivíduo. Para Goswami, há que se levar em consideração esses dois universos para que se tenha respostas mais exatas e plausíveis a respeito de quem somos nós e o que é esse universo que nos abriga. Amit explica que a Consciência é a origem do nosso estado físico, a origem da existência, vindo antes da questão material. Assim, somos manifestações de uma supra consciência, que pode ser chamada “deus” ou “consciência quântica”. Para o físico, essa tese ajuda a quebrar uma série de paradigmas insolúveis e os dualismos que a ciência materialista nos impôs. O cientista fala muito sobre a ciência materialista, ataca, coloca em xeque. Explica que ele mesmo foi um materialista durante toda a vida, inclusive durante seus 32 anos -07lecionando na universidade de Oregon. A propósito, alguns dos livros dele são usados por conceituadas universidades como base ao estudo da Física Quântica. Foi quando passou por uma profunda crise de sentido, que Goswami resolveu estudar questõs mais profundas, responder às questõs tão vitais a ele quanto para quem busca mais do que a ciência nos oferece hoje. O campo de estudo é vasto e para você que deseja entender mais a relação da física quântica com os novos caminhos da ciência, aqui vai uma lista da obra do Amit Goswami: O Ativista Quântico - Amit Goswami expõe sua convicção do potencial ilimitado da consciência e propõe uma nova forma de atuação e transformação social. A idéia central do ativismo quântico é a de que somos capazes de mudar o mundo e a nós mesmos partindo de outros fundamentos que não o materialismo: a física quântica, o desenvolvimento espiritual e o nosso poder criativo. Sem abandonar a ciência, Goswami explica os princípios da mecânica quântica. A Física da alma – A explicação científica para a reencarnação,a imortalidade e a experiência de quase-morte. Aqui, Amit Goswami emprega os fundamentos da física quântica para explicar e provar cientificamente conceitos místicos como imortalidade, reencarnação e pós-vida. Por meio de um trabalho cientificamente fundamentado e, ao mesmo tempo, de leitura fácil e compreensível, o pesquisador indiano tem intenção de revolucionar os principais conceitos da medicina, da física e da filosofia. O Universo autoconsciente – Como a consciência cria o mundo material. O físico indiano Amit Goswami contesta radicalmente o realismo materialista e desconstrói a convicção de que a matéria é o principal elemento formador da criação. Em vez disso, afirma que o verdadeiro fundamento de tudo aquilo que conhecemos e percebemos é a consciência, aqui entendida como algo transcendental — fora do espaço-tempo, não local e onipresente. Propõe, assim, uma teoria desafiadora, erguendo uma ponte entre ciência e espiritualidade e construindo um novo paradigma científico. Também são livros de Goswami: a Criatividade quântica, Deus não está morto, Evolução criativa das espécies, O Médico Quântico, A Janela Visionária. Filmes: O ativista quântico. Um filme que não é de tão fácil compreensão, mas que aborda os princípios do movimento de Goswami. Difícil compreensão por estarmos ainda condicionados ao pensamento materialista. Mas vale a dica: Trailer – DVD O Ativista Quântico, de Amit Goswami from Editora Aleph on Vimeo. COM QUEM VAMOS REENCARNAR Antes de encarnar, todos nós obrigatoriamente escolhemos nossos pais e irmãos? Ou podemos nascer em uma família com integrantes com os quais nunca convivemos, em vida alguma?” Eunice Esteves, Rio de Janeiro, RJ A reencarnação é um processo complexo. Suas variáveis decorrem do nível espiritual de cada um, levando em conta as necessidades de aprendizagem não só do espírito que volta, mas também das pessoas com as quais ele irá conviver nesse período. Quando o espírito possui mais conhecimento, pode ajudar a programar sua próxima encarnação – mas -08sempre com a superiores. supervisão dos espíritos Algumas vezes, ele pretende desenvolver algum lado seu que esteja dificultando seu progresso. Então, lhe é facultado reencarnar no meio de pessoas com as quais nunca tenha se relacionado antes, a fim de trocar conhecimento. Ao reencarnar, o espírito sabe que esquecerá do passado e sente-se inseguro com isso. Natural que queira ter, como pais, pessoas amigas de outras vidas, figuras nas quais confia. Mas é bom saber que isso só será possível se elas aceitarem a responsabilidade e se essa união favorecer o processo. Reencarnar com pessoas com as quais o espírito tem afinidade é sempre muito bom, pois permite que, juntos, eles possam apoiar-se mutuamente e progredir. Tal oportunidade não é concedida a espírito que tenha prejudicado pessoas ou criado inimizades em outras vidas. Em casos assim, a reencarnação é compulsória e quase sempre ele terá de conviver na mesma família, exatamente em meio às pessoas com as quais se desentendeu. É uma chance que a vida oferece para que ele conheça um pouco melhor seus desafetos e modifique sua maneira de se relacionar com eles. Então, os laços de parentesco servem, a princípio, para suavizar o confronto. A mesma oportunidade é dada aos espíritos que, apesar de terem feito muitos inimigos no passado, se arrependem. Sentem remorso e necessidade de reparar seus erros. Aí, recebem a chance de programar, com o auxílio dos mentores, a reencarnação junto dos seus inimigos. Portanto, há, ainda no astral, um trabalho de aproximação entre eles, feito pelos por espíritos superiores, para que se entendam e concordem em se relacionar de novo na Terra. Às vezes, leva muito tempo para que eles aceitem e estejam prontos para essa nova encarnação. E, ainda assim, quando tudo está bem entre eles, podem surgir dificuldades práticas na concretização do projeto. Em certos casos, a rejeição energética da futura mãe é tão grande que acaba se tornando uma gravidez de risco, que não chega a bom termo, sendo necessárias várias tentativas. /\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\ A explosão da cultura espírita A religião assume uma face moderna e cresce entre os jovens MARTHA MENDONÇA EM NOVA YORK A top model Raica Oliveira freqüenta um centro espírita dirigido por brasileiros nos meses do ano em que mora nos Estados Unidos. "Do que mais gosto em minha religião é que sempre temos uma segunda chance", diz ela A top model Raica Oliveira, de 22 anos, foi criada na religião espírita. Nascida em Niterói, a namorada do craque Ronaldo mora hoje a maior parte do ano em Nova York por conta de compromissos profissionais. Quando está nos Estados Unidos, Raica vai ao centro Casa São José, na cidade vizinha de New Jersey, freqüentado por brasileiros como Divaldo Pereira Franco e Raul Teixeira considerados médiuns pelos adeptos da -09doutrina. "Do que mais gosto na minha religião é a idéia de que podemos sempre voltar à Terra de novo e aperfeiçoar nosso espírito", diz Raica, o rosto do espiritismo jovem. "Sempre temos uma segunda chance." Raica, Raul e Divaldo são, segundo uma reportagem publicada recentemente no jornal americano The New York Times, as faces visíveis de um novo fenômeno: a abertura de centros espíritas nos Estados Unidos dirigidos por brasileiros, freqüentados pela comunidade latina e também por americanos. O Brasil não é apenas o maior país católico do mundo. É também a nação com maior número de espíritas, cerca de 20 milhões de pessoas, segundo os números oficiais. E, agora, tornouse também o principal pólo difusor da religião fundada e sistematizada pelo francês Allan Kardec. Quais as características desse espiritismo que o Brasil professa e exporta? Pode-se dizer que o rosto de Raica, uma das mulheres mais bonitas do país, é a face-símbolo de uma nova fase na religião. Esqueça os copos que se movimentam sozinhos sobre a mesa branca, as operações com canivete e sem anestesia do médium Zé Arigó e as sessões de exorcismo coletivo transmitidas pelo rádio. Isso tudo ainda existe, mas o crescimento e a exportação da doutrina se devem principalmente a seu lado menos místico e mais racional. Esse "novo espiritismo" preserva os pilares básicos da religião: a imortalidade do espírito, sua reencarnação e evolução, além da possibilidade de comunicação entre vivos e mortos. Mas se baseia muito mais em leituras e na introspecção que em rituais ou sessões que invocam supostas forças do além. São incentivadas também as duas práticas mais fortes da doutrina: a caridade e a tolerância religiosa. O espiritismo vem crescendo no Brasil, principalmente entre jovens de classe média. No site de relacionamentos Orkut, já existem 366 comunidades sobre "espiritismo" e outras 808 quando se busca a palavra-chave "espírita". A maior delas se chama simplesmente Espiritismo. Tem 183.546 membros. Lá, as discussões variam desde assuntos simples, como o lançamento de um livro, até questões teóricas mais elaboradas, como a relação entre espíritos e Física Quântica. Curiosamente, a palavra "catolicismo" registra apenas 34 comunidades, e "católico" 421. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística calcula que a doutrina espírita tem 20 milhões de adeptos no Brasil, afora os que professam o espiritismo como segunda religião. A doutrina cresceu cerca de 40% entre os últimos dois censos. Os dados do IBGE mostram que esse crescimento se deu principalmente nos estratos mais ricos e escolarizados da população. A renda dos espíritas é 150% superior à média nacional, e 52% deles ganham acima de cinco salários mínimos. Entre os espíritas, 77% têm entre oito e 15 anos de escolaridade, dez anos em média a mais que os católicos. Além de Raica Oliveira, outras celebridades vêm aderindo ao espiritismo, embora poucas alardeiem professar a crença. Boa parte prefere tratar o assunto como algo privado. É o caso da atriz Cleo Pires, que herdou a fé de seu pai, o cantor Fábio Júnior, e dos avós maternos. O tenista Gustavo Kuerten recentemente se submeteu a um tratamento espírita, levado por seu fisioterapeuta, Nilton Petrone - o mesmo de Xuxa e Romário. Sofrendo de dores nos quadris que o derrubaram do primeiro para o 452o lugar no ranking do esporte, Guga, aos 29 anos, recorreu a um tratamento espiritual no Lar do Frei Luiz, centro espírita da zona oeste -10do Rio. "Foi minha primeira experiência com o espiritismo. Estou mais calmo e equilibrado", disse Guga a ÉPOCA. Tecnicamente, o tratamento, ocorrido no dia 10 de junho, não foi uma cirurgia, pois não houve cortes. Guga seguiu o procedimento-padrão do centro. Primeiro, ficou por mais de uma hora na sala de orações, com mais de 50 pessoas. Depois, foi com um pequeno grupo para uma sala escura. "O tratamento espiritual não substitui a fisioterapia, apenas a complementa", diz Nilton Petrone. História das Irmãs Fox vai virar filme Livro Falando com os Mortos, que aborda a historia das irmãs Fox virará filme. A Cinetica Filmes, do roteirista Wagner Assis, e a Migdal Filmes, da cineasta Iafa Britz compraram os direitos de Barbara Weisberg. O projeto já está em desenvolvimento. A obra retrata a história real das irmãs Kate e Maggie Fox que provocaram grandes repercussões ao revelar que conseguiam se comunicar com espíritos. O livro, bem recebido pela crítica, conta com pesquisa por parte da autora das análises psicológicas e culturais sobre as jovens e a família Fox, além de estudar o local e a época em que viveram. /\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\ DEVE-SE ABORTAR ANENCÉAFÇO? UM Inicialmente, lembramos que anencéfalo, embora seja considerado sem cérebro, na realidade é portador de um segmento cerebral, estando faltando regiões do cérebro que impossibilitarão sua sobrevivência pós-parto. A fim de colocarmos a visão espírita sobre este importante problema, exemplificaremos com um caso real. Usaremos nomes fictícios. João e Maria eram casados há dois anos. A felicidade havia batido á sua porta. Maria estava grávida. Exultantes, procuraram o médico obstetra para as orientações iniciais. Mil planos ambos estabeleceram. Ao longo dos meses, no entanto, foram surpreendidos, através do estudo ultrassonográfico, da triste notícia de que seu bebê era anencéfalo. Ao serem inoformados, caíramem pratos ao ouvirem a proposta do obstetra lhes eferecendo o abortamento. Posisiconaram-se contrários, expliando sua visão espírita. - Trata-se de um ser humano que renasce precisando de muito amor e amparo. Nós estaremos com nosso filho até quando nos for permitido. - Mas, esta criatura não vai viver além de alguns dias ou semanas na incubadora disse o obstetra. - Estamos cientes, mas até lá seremos seus pais. Guardavam, também, secretamente, a esperança de que houvesse algum equívoco de diagnóstico que lhes proporcionasse uma filha saudável. Durante nove meses dialogaram com seu bebê, intra-uterno. Disseram o quanto o amavam. Realizaram, semanalmente, a reunião do Evangelho no Lar, solicitando aos mentores a proteção e amparo ao ser que reencarnava. Chegara o grande momento: em trabalho de parto, Maria adentra a maternidade com um misto de esperança e angústia. A criança nasce, o pai, ao ver a filha, sofre profundo impacto emocional, tendo uma crise de lipotimia. O bebê anencéfalo sobevive - 11 na incubadoa com oxigênio, 84 horas. Há um triste retorno ao lar. Passam-se aproximadamente dois anos do pranteado evento. João e Maria, trabalhadores do instituto de cultura espírita de sua cidade, frequentavam, na mencionada instituíção, a reunião mediúnica quando uma médium em desdobramento consciente informa ao coordenador do grupo: - Há um espírito de uma criança que deseja se comunicar. - Que os médiuns facilitem o transe psicofônico para atendermos, responde o dirigente. Após alguns segundos, uma experiente médium dá a comunicação: - Boa noite, meu nome é Shirley. Venho abraçar papai e mamãe. - Quem é seu papai e sua mamãe? - São aqueles dois – disse apontando João e Maria. - Seja bem vinda, Shirley, muita paz!Que tens a Dizer? - Quero agradecer a papai e mamãe todo o amor que me dedicaram durante a gravidez. Sim, eu era aquele anencéfalo. - Mas você está linda agora. - Graças às energias de amor recebidas, graças ao Evangelho no Lar, que banharam meu corapo espiritual durante todo aquele tempo. - Como se operou esta mudança? - Tive permissão para esta mensagem pelo alcance que a mesma poderá ter a outras pessoas. Eu possuía meu corpo espiritual muito doente, deformado pelo meu passado cheio de equívocos. Fui durante nove meses envolvida em luz. Uma verdadeira cromoterapia mental que gradativamente passou a modificar meu corpo astral (perispirítico). Os diálogos que meus pais tiveram comigo foram uma intensa educação pré-natal que muito contribuíram para meu tratamento. Eu expiei, no verdadeiro sentido da palavra. Expiar é como expirar, colocar para fora o que não é bom. Eu drenei as minhas deformidades perispirituais para meu corpo físico e fui me libertando das minhas deformidades. Como meus pais foram geneross. Meu amor por eles será eterno. - Por que estás na forma de uma criança, já que te expressas tão inteligentemente? - Porque estou em preparo para o retorno. Dizem meus instrutores que tenho permissão para informar. Meus pais tem o merecimento de saber. Devo renascer como filha deles, normal, talvez no próximo ano. Após dois anos, renasceu Shirley, que hoje é uma linda menina de olhos verdes e cabelos castanhos, espírito suave e encantador. Consideramos respondia a questão: deve-se abortar um anencéfalo? - 12 – estar sempre preparados, pois podemos ser importantes a qualquer hora do dia ou da noite. Somos humanos e temos que ajudar e ser ajudado. Agradeço de coração aos trabalhadores que cuidaram das palestras, da Evangelização, dos Estudos, do Curso de Informática e demais atividades. A partir deste domingo estarei novamente nas lutas diárias dos nossos trabalhos junto aos nossos trabalhadoes. Como sempre nos dizem: “somos funcionários de Deus” e temos que dar conta do nosso recado ao bom Patrão. Que o Senhor Jesus continue nos abençoando e nos ajudando para que todos nós tenhamos força e coragem para também ajudar aos nossos irmãos mais necessitados. Obrigado a Todos! DESPESAS DE MARÇO Dr. Ricardo Di Berrnardi – Instituto de Cultura Espírita de Florianópolis - SC INTERNAÇÃO DO PROF. HENRIQUE Agradeço de coração a todos que colaboraram comigo nestes 10 dias que fiquei internado: 4 dias na UTI e 6 no quarto. Foram dias muito sofridos para mim, muita dor no peito e os médicos me dizendo que era um Infarto. Confiei muito na espiritualidade que me diziam que tivesse fé em Deus e confiança que não era o que eles estavam pensando. Todos os exames foram feitos, remédios e mais remédios até que consegui superar e sair no dia 27 de março. Confiei todos os trabalhos do Lar a nossa equipe de trabalhadores voluntários e graças a Deus tudo teve continuidade e não houve interrupção em nenhuma atividade. É por isto que eu sempre digo, que todos nós devemos Montagem 2 computadores -1 231,00 Cartuchos/Tonner -100,00 10 Cadeiras -225,00 Energia - 76,00 Brindes para Evangelizandos - 34,00 Mensalidade do Site -30,00 Um telha Eternit -10,00 Domínio do Site - 60,00 Internet -30,00 1 796,00 Entradas Clube do livro Doação 120,00 120,00 240,00 Saldo do mês–1 796 +240 = - 1 556,00 Saldo do ano – 120 – 1 556 = - 1 676,00 - EDITORIAL O Brasil é um país em que o povo mantém um senso bem religioso. Quase todo o povo europeu está se tornando cada vez mais ateu. A França, o berço do Espíritismo, está cada vez mais distante da doutrina codificada lá mesmo pelo nosso Kardec. Aí se pergunta: o mundo está melhorando ou piorando? Acreditamos que o mundo está se melhorando cada vez mais. A própria evolução humana faz com que o ser humano evolua. Os deslizes serão cobrados e mais cedo ou mais tarde todos se voltarão a Deus. O orgulho e o egoísmo europeu e americano está sendo cobrado severamente. A crise econômica está cada vez mais assolando os Estados Unidos e toda a Europa, ao passo que os países considerados emergentes, estão se saindo bem. Entretanto devemos considerar que as leis estão mudando: as grandes falcatruas dos políticos estão desaparecendo, as guerras entre as nações, o respeito à dignidade social, a retirada do povo da miséria, a educação, a saúde, tudo isto está melhorando. Há pouco mais de 100 ainda existiam escravos em vários países, hoje, se existe é muito encoberto. Não precisamos ter uma religião declarada para dizermos que somos melhores. Podem todas as religiões se acabarem, pois elas são criações humanas. Deus e Jesus nunca criaram uma religião, entretanto devemos seguir os princípios da Lei Divina, seguimos com o Cristo Jesus que veio nos mostrar o verdadeiro caminho da paz, do amor e da fraternidade. Para que melhor religião que esta? O ser humano precisa mudar de dentro para fora, transformar-se numa pessoa de bem e assim estaremos seguindo o mestre Jesus. -02- Escravidão: Castigos pelos escravos sofridos Muitos médiuns de nosso tempo, foram senhores donos de Escravos no Brasil do passado. Foram mais de 300 anos de escravidão no Brasil e os senhores daquela época abusaram muito e hoje estão pagando a duras penas todo aquele sofrimento. Muitos acham que o sofrimento é muito e desistem de ajudar os nossos irmãos que nós mesmos jogamos na lama. A conta deverá ser paga mais tarde. Aqui teremos um texto que fala sobre o castigo dos escravos no Brasil. A escravidão negra no Brasil foi iniciada, segundo alguns autores, em 1532 e estendeu-se até 1888. Foram mais de três séculos de diáspora negro-africana em que homens e mulheres eram obrigados a fazerem parte do processo de formação socioeconômico e cultural brasileiro. Os africanos entravam no Brasil principalmente através dos portos do Rio de Janeiro, de Salvador, do Recife e de São Luís do Maranhão, de onde eram vendidos para outras regiões brasileiras. Muitas vezes, revoltados com sua condição, fugiam de seus senhores, chegando a organizar-se em quilombos, cujo principal, o de Palmares no nordeste brasileiro, conseguiu tornar-se um verdadeiro estado negro dentro da colônia portuguesa. Durante o longo período escravista ocorrido no Brasil, a violência foi uma das características marcantes desse sistema socioeconômico. Na violência implícita à escravidão tem-se uma parte importante e imprescindível da dominação dos senhores sobre seus escravos no interior das unidades produtivas, ou seja, a violência foi imposta pela sociedade escravista objetivando submeter e controlar as ações de negação dos cativos contra as empresas de base escravista. O castigo enquanto ritual das práticas senhoriais O castigo do escravo infrator apresentava-se como parte do "governo econômico dos senhores", aliados ao trabalho excessivo e ao alimento insuficiente. Mas o poder do senhor sobre o escravo não visava destruí-lo, mas, sim, otimizar sua produção econômica e diminuir sua força política. É justamente o perigo da perda de funcionalidade do sistema de dominação do senhor sobre o escravo que fez com que a punição senhorial fosse agente político, manifestando-se e se reativando na punição do escravo faltoso (LARA, 1988, p.116). O reconhecimento social da prática dos castigos de escravos, no entanto, esbarrava na questão da justiça e da moderação, pois somente aplicado nessas condições corresponderia ao que dele se esperava: a disciplina e a educação. A punição injusta e excessiva provocava, por seu turno, descontentamento e revolta. Punir o escravo que houvesse cometido uma falta, não só era um direito, mas uma obrigação do senhor. Isso era reconhecido pelos próprios escravos, mas não quer dizer que os castigos eram aceitos, ou seja, por intermédio dos castigos, caberia a tarefa de educar seus cativos para o trabalho e para a sociedade (LARA, 1988, p. 60-61). Para a repreensão dos escravos considerados criminosos, havia duas justiças paralelas: a oficial, representada pela máquina judiciária, baseada no livro das Ordenações Filipinas[1], que previa duras -03penas como morte e degredo e a privada, praticada pelos senhores (APOLINÁRIO, 2000, p. 103). Um departamento da Casa de Correção era apropriado ao castigo dos escravos, que para lá eram mandados a fim de serem punidos por desobediência ou por faltas pequenas. Os escravos eram recebidos a qualquer hora do dia ou da noite e retidos em livros[2] de despesas o tempo que os senhores desejassem (KIDDER e FLETCHER, 1941, p. 173). Segundo a autora Emilia Viotti da Costa, (1998), nas fazendas o progresso era muito mais lento do que nas cidades. Os conselhos reiterados aos fazendeiros para que fossem benevolentes e moderados nas penas aplicadas aos escravos sugerem os excessos cometidos na solidão das fazendas e que a crônica do tempo confirma. Nas cidades a lei intervinha, regulava e fiscalizava já nas fazendas, porém, a vontade do senhor decidia e os feitores executavam. Não que a maioria dos feitores fosse necessariamente recrutada entre os que gostavam de "dar pancadas". Os critérios de avaliação das penas e de aplicação dos castigos ficavam quase sempre ao arbítrio do senhor, mas sua execução dependia da índole dos feitores e estes, não raro, se excediam ao aplicá-los. Como espetáculo, o castigo fazia parte de um ritual e era um elemento de liturgia punitiva que deixava a vítima infame de si e ostentava a todos o triunfo do poder senhorial visando simbolizar, no momento de sua execução, a lembrança da natureza do crime estabelecendo entre o suplício e o crime relações decifráveis, na certeza de anular o crime junto com o culpado (FOUCALT, 1987, p. 31). Instrumentos utilizados para a tortura Artur Ramos, num artigo pioneiro publicado em 1938 e posteriormente analisado e publicado por Silvia Hunold Lara (1988), empreendeu uma classificação dos instrumentos de castigo e suplício dos escravos, dividindo-os em instrumentos de captura e contenção, instrumentos de suplício e instrumentos de aviltamento para prender o escravo. Vários foram as formas e os instrumentos utilizados para castigar os escravos faltosos e mantê-los obediente e temerosos. Como instrumentos destinados à captura e contenção de cativos havia as correntes, (dentre as correntes estão a gonilha[3] ou golilha, a gargalheira), o tronco e o viramundo, as algemas, machos, cepo e a peia[4]. Apesar de serem classificados como instrumentos de captura e contenção podiam tais utensílios transformar facilmente em instrumentos de grandes tormentos, pois ao provocarem a imobilidade forçada tornava-se um verdadeiro suplício. Além dos instrumentos já citados, existiam também as máscaras de flandes, os anjinhos, o bacalhau, a palmatória e o ferro para marcar com inscrições o corpo do escravo faltoso (APOLINARIO, 2000, p. 102). Os cativos aprendiam a conhecer cada um desses objetos, destinados a suplicá-los, desde a mais tenra idade como também saber que qualquer falta cometida, seriam castigados por tais instrumentos (NEVES, 1996, p 91). A série de instrumentos de tortura utilizados nas práticas inquisitoriais desafiava a imaginação da consciência mais dura. O tronco[5] era um velho instrumento usado em muitos países, para os condenados de todas as raças, e na própria África os negros o empregavam com fins penais. Depois da abolição da escravatura no Brasil, o tronco ainda foi empregado em muitas fazendas, para a prisão e castigo de ladrões de cavalo e de outros delinqüentes. Seu objetivo era imobilizar o escravo obrigando-o a posições mais ou menos forçadas, torturava-se pelo cansaço, pela impossibilidade de se defender dos insetos que o atacavam, pelo desgaste físico e moral (LARA, 1988, p. 75). O cepo consistia num grosso tronco de madeira que o escravo carregava à cabeça preso por uma longa corrente a uma argola que trazia no tornozelo (LARA, 1988, p. 7374). Nesta série de correntes e argolas, está o libambo. Extensivamente é toda espécie de corrente que prendia o escravo e, neste sentido, está descrito por vários historiadores. No Brasil, porém, o libambo teve uma significação restrita: serviu para -04designar aquele instrumento que prendia o pescoço do escravo numa argola de ferro, de onde saía uma haste longa, também de ferro, que se dirigia para cima ultrapassando o nível da cabeça do escravo. Esta haste ora terminava por um chocalho, ora por trifurcação de pontas retorcidas. Os anjinhos[6] eram instrumentos de suplício que prendiam os dedos polegares da vítima em dois anéis que comprimiam gradualmente por intermédio de uma pequena chave ou parafuso (NEVES, 1996, p. 91). Arthur Ramos (1938) em seu artigo afirma que nas cidades, os castigos de açoites eram feitos publicamente, nos pelourinhos[7]. O espetáculo era anunciado publicamente pelos rufos do tambor. Era grande a multidão que se reunia na praça do pelourinho para assistir ao látego do carrasco abater-se sobre o corpo do próprio escravo condenado, que ali ficava exposto á execração pública. A multidão excitava e aplaudia, enquanto o chicote abria estrias de sangue no dorso nu do negro escravo para servir de exemplo aos demais. No período da escravidão no Brasil, costumava dizer que para o escravo são necessários três P, a saber, pau, pão e pano. E posto que comecem mal, principiando pelo castigo que é o pau, contudo, provera a Deus que tão abundante fosse o comer e o vestir como muitas vezes é o castigo, dado a qualquer causa pouco provada ou levantada e com instrumentos de muito rigor, ainda quando os crimes são certos de que se não usa nem com os brutos animais, fazendo algum senhor mais caso de um cavalo que meia dúzia de escravos (NEVES, 1996, p. 92). Considerações finais O castigo físico enquanto dominação sobre o corpo do "outro" não foi um mecanismo de poder exclusivo do escravismo moderno. Em outras épocas a cultura ocidental foi criando práticas de violência adequada aos interesses das elites. Todavia é na sociedade escravista moderna que ela vai tomar nuances mais elaboradas e fincadas na racionalidade do Estado Moderno e dos interesses dos senhores escravistas. Isto não significa, porém, que o castigo dos escravos tenha sido paralelo, reflexo ou simplesmente repetição do que se passava em nível mais geral. Perpassado pelas conexões mais amplas, os castigos físicos, medidos, justos, corretivos, educativo, moderado e exemplar dos escravos e escravas negras mantinham sua especificidade: exercício do poder senhorial e na reafirmação da dominação. Sendo que eles estavam ligados à reprodução de uma relação de exploração direta do trabalho. A exemplaridade não só tentava marcar no corpo dos cativos a sua submissão, a sua condição de escravos, como também reafirmava o poder e a lei dos senhores reativando e dando condições de continuidade ao poder senhorial, disciplinando e produzindo um trabalhador particular, num local de produção também particular. Sua ação era disciplinadora, não só porque se constituía em meio para ordenar o trabalho, dividi-lo e regulá-lo, mas também tentava marcar, nos escravos e escravas negros, as regras de sua submissão, de sua condição de seres submetidos a uma dominação e exploração. Neste sentido, estas marcas constituíam-se, no suporte concreto da violência servindo de instrumento para a continuidade da exploração escravista. Do escravo, a sociedade branca esperava fidelidade, obediência e humildade. No entanto, os historiadores que pesquisaram o cotidiano das relações escravistas revelaram as lutas e resistências vivenciadas pelos homens e mulheres negras que negavam o sistema que tentava a todo custo torná-los "coisas", ou seja, mercadorias subjugadas. Mesmo em meio ao horror que os cativos sofriam, eles precisavam tentar sobreviver em uma sociedade que lhes privavam da liberdade social, mas não conseguia lhes tirar a liberdade subjetiva. Os que não se adaptavam a essas exigências e não conseguiam estruturar-se internamente à condição escrava, tinham seus corpos supliciados pelas técnicas e instrumentos de tortura enquanto mecanismos que vigiavam e puniam, muito parecidos com as práticas inquisitoriais da Igreja Católica ao longo da Idade Média e no período da Contra-Reforma católica (FOUCAULT, 1997). Pode-se imaginar o tamanho do desespero, da depressão e da insegurança que acometiam muitos homens e mulheres -05escravizados? Os que sobreviviam precisavam se adaptar às duras condições de trabalho, às longas jornadas, à alimentação precária, aos maus tratos e, principalmente, aos terríveis castigos que freqüentemente sofriam. Eram essas as condições em que viviam os cativos, seguindo regras básicas de sobrevivência que implicavam em trabalhar e obedecer, não necessariamente sem resistência. Enquanto dispositivo para reprodução da exploração do trabalho, os castigos impostos pelos senhores não foram apenas punitivos, mas estiveram voltados para o futuro, prevenindo rebeliões, atemorizando possíveis faltosos, ensinando o que era ser escravo e tentando manter e conservar os cativos, enquanto seres que deveriam aceitar seu estatus quo sem nenhuma negação. Todavia os homens e mulheres negras não se deixavam coisificar diante da violência senhorial e enquanto existiu a escravidão moderna, existiram diferentes estratégias de resistência escrava. Referências Bibliográficas 01.APOLINÁRIO, Juciene Ricarte. A escravidão negra no Tocantins colonial: vivencias escravistas em Arraias (1739-1800). Ed. Kelps, 2000. 02.COSTA, Emilia Viotti da. Da senzala à colônia, 4ª ed. –São Paulo: Fundação Editora da UMESP, 1998. 03.FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder, 3ª ed. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1982. ______. Vigiar e Punir: histórias da violência nas prisões. 12ª ed. Petrópolis: Vozes, 1987. 04.GORENDER, Jacob. O Escravismo Colonial, -6ª ed. São Paulo: Editora Ática, 1992. 05.KIDDER, Daniel P. e FLETCHER, J.C. O Brasil e os brasileiros. São Paulo: Cia. Nacional,1941. 06.LARA, Silvia Hunold. "O Castigo Exemplar" em Campos da Violência. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988. 07.MACHADO, Maria Helena Pereira Toledo. Crime e escravidão: trabalho, luta e resistência nas lavouras paulistas (1830-1888). São Paulo: Brasiliense, 1987. 08.MATTOSO, Kátia de Queirós. Ser escravo no Brasil. 3ª ed., São Paulo: Brasiliense, 1990. 09.MOTT, Luiz. "Terror na Casa da Torre: Tortura de escravos na Bahia Colonial", In: J.J. Reis (org.). Escravidão e Invenção da Liberdade. São Paulo: Brasiliense, 1998. 10.NEVES, Maria de Fátima Rodrigues das. Documentos sobre a escravidão no Brasil. São Paulo: Contexto, 1996. –(Textos e documentos; 6). 11.RUGENDAS, Johann-Moritz. Viagens pitorescas através do Brasil. São Paulo: Martins-EDUSP, 1972. Autor: Vilson Pereira dos Santos 3.TIAGO ZEBEDEU -06de fato movidas por sentimentos fortes. Em especial, tornava-se veemente, quando a sua indignação chegava inteiramente ao auge. Tinha uma disposição feroz, quando adequadamente provocado e, quando a tempestade chegava ao fim, ele estava sempre habituado a justificar-se e a desculpar-se da sua raiva sob o pretexto de que era uma manifestação de justa indignação. Excetuandose por essas perturbações periódicas de ira, a personalidade de Tiago era muito semelhante à de André. Ele não tinha a circunspecção de André, nem o discernimento dele, sobre a natureza humana, mas era um orador público muito melhor. Depois de Pedro, e talvez de Mateus, Tiago era o melhor orador público entre os doze. Embora Tiago não fosse melancólico, ele podia estar quieto e taciturno em um dia e muito falante e contador de histórias no outro. Em geral, ele falava livremente com Jesus, mas, entre os doze, durante muitos dias seguidos, ele permanecia silencioso. A sua grande fraqueza estava nesses intervalos de um silêncio inexplicável. Tiago, o mais velho dos dois apóstolos filhos de Zebedeu, aos quais Jesus deu o nome de “filhos do trovão”, estava com trinta anos quando se tornou apóstolo. Era casado, tinha quatro filhos e vivia próximo dos seus pais, nos arredores de Cafarnaum, em Betsaida. Era um pescador e exercia a sua profissão em companhia de João, o seu irmão mais jovem, e associado a André e Simão. Tiago e o seu irmão João desfrutavam da vantagem de haver conhecido Jesus antes de qualquer dos outros apóstolos. Esse competente apóstolo possuía um temperamento contraditório; ele parecia realmente possuir duas naturezas, ambas O traço notável da personalidade de Tiago era a sua capacidade de ver todos os lados de uma questão. De todos os doze, era ele quem chegava o mais próximo de captar a importância e o significado real do ensinamento de Jesus. Também ele havia sido lento a princípio, para compreender o que o Mestre queria dizer, mas, logo que eles terminaram os aperfeiçoamentos, Tiago estava de posse de um conceito superior da mensagem de Jesus. Era capaz de entender uma gama bastante ampla de naturezas humanas; ele se dava bem com o versátil André, com o impetuoso Pedro e com o seu contido irmão João. Embora Tiago e João tivessem os seus problemas tentando trabalhar juntos, era inspirador observar como os dois se davam bem. Não tinham tanto êxito quanto André e Pedro, mas se saíam muito melhor do que era de se esperar, em geral, de dois irmãos, especialmente de dois irmãos tão teimosos e determinados. E, por estranho que possa parecer, esses dois filhos de Zebedeu eram muito mais tolerantes, um com o outro, do que com estranhos. Eles nutriam uma grande afeição entre si; e sempre haviam sido bons companheiros na recreação. Foram esses “filhos do trovão” os que quiseram pedir o fogo do céu que descesse no intuito de destruir os samaritanos que ousaram demonstrar falta de respeito pelo seu Mestre. Contudo, a morte prematura de Tiago modificou muito o temperamento veemente de João, o seu irmão mais novo. A característica de Jesus mais admirada por Tiago era a afeição compassiva do Mestre. O interesse compreensivo, manifestado por Jesus, para com o pequeno e o grande, o rico e o pobre, exercia uma grande atração sobre ele. Tiago Zebedeu era um pensador e um planejador bem equilibrado. Junto com André, ele era um dos mais ponderados do grupo dos apóstolos. Era um indivíduo vigoroso, mas nunca tinha pressa para nada. Tiago foi um excelente contrapeso para Pedro. Sendo modesto e pouco dramático, era um servidor do cotidiano, um trabalhador despretensioso; quando compreendeu algo do real significado do Reino, ele não buscou nenhuma recompensa especial. E deve mesmo ficar claro, que foi a mãe de Tiago e João, por si própria, quem fez o pedido para serem concedidos, aos seus filhos, os lugares à mão direita e à mão -07esquerda de Jesus. E, quando eles declararam que estavam prontos para assumir tais responsabilidades, deve ser reconhecido que estavam conscientes dos perigos inerentes à suposta revolta do Mestre contra o poder romano e, também, que estavam dispostos a pagar o preço disso. Quando Jesus perguntou se eles estavam prontos para beber do cálice, eles responderam afirmativamente. E, quanto a Tiago, isso acabou sendo a verdade ao pé da letra – ele bebeu do cálice com o Mestre, visto ter sido ele o primeiro dos apóstolos a sofrer o martírio, sendo muito cedo colocado à morte pela espada de Herodes Agripa. Tiago, assim, foi o primeiro dos doze a sacrificar a própria vida, na nova frente de batalha do Reino. Herodes Agripa temia a Tiago acima de todos os outros apóstolos. De fato muitas vezes ele permanecia quieto e silencioso, mas, quando as suas convicções eram estimuladas e desafiadas, ele tornava-se corajoso e determinado. Tiago viveu a vida na sua plenitude e, quando o fim chegou, comportou-se com tanta dignidade e fortaleza que até mesmo o seu acusador e denunciador, que testemunhou o seu julgamento e execução, ficou tão tocado que se afastou às pressas da cena da morte de Tiago para juntar-se aos discípulos de Jesus. 4. JOÃO ZEBEDEU Quando se tornou apóstolo, João estava com vinte e quatro anos e era o mais jovem dos doze. Sendo solteiro, vivia com os seus pais em Betsaida; era pescador e trabalhava com o seu irmão Tiago, em sociedade com André e Pedro. Tanto antes, quanto depois de tornar-se apóstolo, João funcionou como o agente pessoal de Jesus para cuidar da família do Mestre, e continuou com essa responsabilidade enquanto Maria, a mãe de Jesus, viveu. Sendo o mais jovem dos doze e mantendo um contato tão íntimo com Jesus e com os assuntos da família dele, João era muito querido pelo Mestre, mas não pode ser verdadeiramente dito que fosse “o discípulo a quem Jesus amava”. Dificilmente vós suspeitaríeis de que a uma personalidade tão magnânima como a de Jesus pudesse ser atribuído o desacerto de demonstrar favoritismo, de amar a um dos seus apóstolos mais do que aos outros. O fato de que João fosse um dos três auxiliares pessoais de Jesus emprestou mais ênfase a tal idéia errônea, para não mencionar que João, junto com o seu irmão Tiago, conhecia Jesus há mais tempo do que os outros. Pedro, Tiago, e João foram apontados como auxiliares pessoais de Jesus, logo depois de se tornarem apóstolos. Pouco depois da seleção dos doze, e na época em que indicou André para atuar como dirigente do grupo, Jesus disse a André: “E agora eu desejo que tu designes dois ou três dos seus companheiros para estarem comigo e para permanecer ao meu lado, para me confortar e para ministrar às minhas necessidades diárias”. E André achou melhor selecionar, para esse dever especial, os outros três primeiros apóstolos escolhidos depois dele. Ele gostaria de se fazer voluntário, ele próprio, para esse serviço abençoado, -08mas o Mestre já lhe tinha dado a sua missão; e assim, imediatamente, ele apontou Pedro, Tiago e João para permanecerem mais próximos de Jesus. João Zebedeu possuía muitos traços encantadores no seu caráter, mas um daqueles não tão adoráveis, era a sua presunção imoderada e, em geral, bem dissimulada. O seu longo convívio com Jesus trouxe muitas grandes mudanças para o seu caráter. Essa vaidade ficou bastante diminuída, mas, depois de envelhecer e de tornar-se algo como que infantil, aquela auto-estima reapareceu com uma certa intensidade, de modo que, quando se empenhou em conduzir Natam na redação do evangelho que agora leva o seu nome, o apóstolo idoso não hesitou em referir-se repetidamente a si próprio como o “discípulo a quem Jesus amava”. Em vista do fato de que João chegou a ser o mais próximo de Jesus, mais do que qualquer outro mortal da Terra, e de que ele havia sido o representante pessoal escolhido para tantas questões, não é de se estranhar que ele deva ter chegado a considerar a si próprio como o “discípulo a quem Jesus amava”, pois, muito certamente, ele sabia que era o discípulo em quem, com tanta freqüência, Jesus confiava. O traço mais forte do caráter dele era a sua confiabilidade; João estava sempre disposto e era corajoso, fiel e devotado. A sua maior fraqueza era a vaidade característica. Ele era o mais jovem membro da família do seu pai e o mais jovem do grupo dos apóstolos. Talvez ele tenha sido apenas um pouco mimado; talvez a ele tivesse sido condescendido um pouco demais. Todavia, o João de alguns anos depois era um tipo de pessoa muito diferente daquele jovem arbitrário, que se auto-admirava e que se juntou às fileiras dos apóstolos de Jesus com apenas vinte e quatro anos. As características que João mais apreciava em Jesus eram o amor e a falta de egoísmo do Mestre; esses traços causavam tamanho impacto sobre João que, posteriormente, toda a sua vida tornou-se dominada pelo sentimento de amor e de devoção fraterna. Ele falou e escreveu sobre o amor. Esse “filho do trovão” tornou-se o “apóstolo do amor”; e, em Éfeso, quando bispo e já idoso, não sendo mais capaz de permanecer de pé no púlpito e de pregar, tendo de ser carregado até a igreja numa cadeira e, ao final do serviço, diante do pedido de que dissesse algumas palavras aos crentes, durante anos, a única expressão de João era “Meus filhinhos, amai-vos uns aos outros”. João era um homem de poucas palavras, exceto quando estava com os seus ânimos exaltados. Ele pensava muito, mas falava pouco. Ao envelhecer, o seu temperamento ficou mais controlado, e João dominava-se melhor; mas nunca venceu a sua pouca inclinação para falar; e nunca, de fato, conseguiu superar tal reticência. Mas ele era dotado de uma imaginação notavelmente criativa. Havia um outro lado em João que não era de se esperar fosse encontrável no seu tipo quieto e introspectivo. De algum modo, ele era um tanto sectário e extremamente intolerante. Sob esse ponto de vista, ele e Tiago eram muito semelhantes – ambos quiseram trazer o fogo dos céus sobre as cabeças dos samaritanos desrespeitosos. Quando João deparou-se com alguns estranhos ensinando em nome de Jesus, ele os proibiu imediatamente de continuar. Contudo, não era ele o único, entre os doze, que estava maculado por essa espécie de consciência exagerada de autoestima e de superioridade. -09A vida de João foi tremendamente influenciada quando ele compenetrou-se de que Jesus ia enfrentar o seu caminho sem um lar e, igualmente, sabia quão fielmente ele tinha provido para que a sua mãe e a sua família tivessem de tudo. João também era profundamente movido pela compaixão por Jesus, pelo fato de a família dele não o compreender, pois João sabia que eles estavam gradativamente distanciando-se de Jesus. Toda essa situação, mais o fato de Jesus submeter sempre o seu menor desejo à vontade do Pai dos céus e, ainda, o fato de Jesus manter o cotidiano da sua vida dentro dessa confiança implícita na vontade do Pai; tudo isso causava uma impressão tão profunda em João, de tal forma a gerar mudanças permanentes e marcantes no seu caráter; mudanças estas que se manifestariam durante toda a sua vida posterior. João tinha uma coragem fria e ousada, coisa que poucos dos outros apóstolos possuíam. Ele foi o apóstolo que seguiu junto com Jesus, na noite em que o aprisionaram, e que ousou acompanhar o seu Mestre até às próprias mandíbulas da morte. João esteve presente, e ao alcance da mão, até a última hora terrena de Jesus e desempenhou fielmente a sua missão em relação à mãe de Jesus e manteve-se pronto para receber outras instruções mais, que pudessem ser dadas naqueles últimos momentos da existência mortal do Mestre. Uma coisa é certa: João era profundamente confiável. Em geral, João assentava-se à direita de Jesus, quando os doze estavam tomando refeições. Ele foi o primeiro dos doze a acreditar, real e plenamente, na ressurreição, e foi o primeiro a reconhecer o Mestre quando ele veio, até junto deles, na praia, depois da sua ressurreição. Esse filho de Zebedeu esteve muito de perto ligado a Pedro nas atividades iniciais do movimento cristão, tornando-se um dos principais sustentáculos da igreja de Jerusalém. Foi o principal apoio de Pedro, no Dia de Pentecostes. Vários anos depois do martírio de Tiago, João casou-se com a viúva do seu irmão. Uma das suas netas, que muito o amava, tomou conta dele nos últimos vinte anos da sua vida. João esteve na prisão por várias vezes e foi banido para a ilha de Patmos, por um período de quatro anos, até que um outro imperador chegasse ao poder em Roma. Se não tivesse sido sagaz e de muito tato, sem dúvida, João teria sido morto como o seu irmão Tiago, que se exprimia mais abertamente. Com o passar dos anos, João, junto com Tiago, irmão do Senhor, aprendeu a praticar uma sábia conciliação, quando eles se viam diante de magistrados civis. Eles concluíram que uma “resposta suave aplaca a ira”. E aprenderam também a representar a igreja como “uma fraternidade espiritual devotada ao serviço social da humanidade” mais do que como o “Reino do céu”. Eles ensinaram o serviço do amor mais do que o do poder que governa – de reinado e rei. Quando, no exílio temporário em Patmos, João escreveu o Livro da Revelação, que vós tendes agora em uma forma abreviada e distorcida. Esse Livro da Revelação contém os fragmentos que sobreviveram de uma grande revelação, da qual grandes partes se perderam e outras partes foram retiradas, depois que João o escrevera. Apenas uma parte fragmentada e adulterada ficou preservada. João viajou muito, trabalhou incessantemente e, depois de tornar-se bispo das igrejas da Ásia, estabeleceu-se em Éfeso. Ele orientou o seu colaborador, Natam, na -10redação do chamado “evangelho segundo João”, em Éfeso, quando tinha noventa e nove anos de idade. De todos os doze apóstolos, João Zebedeu finalmente tornou-se o mais destacado teólogo. Ele morreu de morte natural, em Éfeso, no ano 103 d.C., quando tinha cento e um anos. \/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/ CANTINHO DAS PSICOGRAFIAS Há quanto tempo aqui chegamos? Há quantos séculos? Há quantos milênios e há quanto tempo mantivemos os olhos fechados para os ensinamentos de Deus e de nosso irmão maior Jesus Cristo? Quanta maldade ainda impera nos corações humanos? Quanta falta de fé se encontra nos lares? Quantas oportunidades deixaram de lado pelo orgulho, vaidade e inveja? Quantas oportunidades de ajudar e principalmente serem ajudados, quanto tempo perdido quando deveria ser feito e não se faz. Quantos famintos de amor que estão abandonados, quantos doentes da alma que estão morrendo por não achar socorro para os auxiliar, quantos estão trabalhando não para Deus, mas para si próprio, quantos deveriam estar ajudando ao invés de estarem sendo ajudados? Quanto tempo estes irmãos precisam para olharem para dentro de si e ver que a hora é chegada e que o trem já está de partida? Quanto tempo há de se esperar na estação da vida, o tempo está curto, meus irmãos em Cristo, o que se faz hoje já era para ter sido feito ontem, pois o amanhã já está bem aí e as oportunidades já foram dadas a cada de vocês. Cabe a cada um ver suas oportunidades oferecidas e praticá-las, pois as ferramentas já foram dadas e no trem da vida já estão todas as bagagens dos irmãos. Corram, corram, meus irmãos e não deixem que o trem parta sozinho e vazio, pois a cada trem perdido há novos caminhos a serem traçados, mas com novas oportunidades, tanto de trabalho, de amor e de sofrimentos. Não fiquei só olhando na estação os outros irem e virem, mas fazeis a parte que caba a cada um, pois o Cristo não abandona jamais a ninguém, muito pelo contrário, ele envia companheiros de viagem para auxiliar cada um de vós para não virem a sucumbir em vossas jornadas. Olhem vossas bagagens e vejam o longo caminho que cada um caminha. Olhem o trem da vida e vejam tudo o que se passou e vejam se já não está na hora de ajudar, de trabalhar, com sinceridade e humildade para com todos, pois a cada um é chegada a sua hora, uns mais cedo e outros mais tarde, mas sempre é chegada para todos. Que a paz, a força e a coragem esteja sempre com todos vocês. Irmão de Todos Anos de sofrimento passei nesta lama fétida, sofrendo horrores. Hoje fui libertada e trazida aqui. Sofro, sofro muito, rogo a misericórdia de Deus. Agradeço a todos que me ajudaram e me trouxeram aqui. Existem muitos irmãos na mesma situação que a minha. Muitos na lama com dores horríveis. São tantos gemidos, tatos gritos de socorro. Poucos conseguem ver a luz como consegui ver hoje. Obrigado a todos e me ajudem, me ajudem. Quanta dor, meu Deus, me tirem deste vale de lágrimas. Já não suporto mais tanto sofrimento. Uma irmã em sofrimento Muitos espíritos assim que desencarnam são levados a pequenos umbrais. São pessoas extremamente ingênuas, sem conhecimento. Não são más, mas também não ajudam o próximo. Estas pessoas ficam em casas nos umbrais. Não são atormentadas, continuam vivendo como se houvesse apenas uma pequena mudança em suas vidas. Alguns são resgatados, outros continuam ali e só saem quando estão pertos a reencarnarem, pois precisam adquirir conhecimentos para evoluírem. Este foi o objetivo de você ter sido levado duas vezes a este pequeno umbral. Nestor -11Cada pessoa deve olhar para dentro de si. É preciso ver o que está fazendo para si e para o próximo. A auto-análise é importante para todos nós em todos os momentos da nossa vida. Todas as decisões devem ser tomadas depois de muita reflexão. Somos herdeiros de nós mesmos. Estamos construindo o nosso castelo. Cada um terá aquilo que plantou, que construiu. Não culpemos a ninguém pelos nossos erros. Devemos olhar o outro como a nós mesmos. Ele está seguindo um bom caminho? Sigamos o seu exemplo. Ele está seguindo um mau caminho? Ajudemo-lo a se melhorar. Que nós estejamos sempre aprendendo uns com os outros e com isto também seremos ajudados. Plantem amor e colham amor. Que a paz esteja sempre convosco. Irmão Marcos Universal é condenada a indenizar funcionário agredido e chamado de 'demônio' Do UOL, em São Paulo O TST (Tribunal Superior do Trabalho) condenou a Igreja Universal do Reino de Deus em Belo Horizonte a pagar uma indenização por danos morais a um operador de som agredido durante um culto. Segundo o processo, um pastor empurrou o microfone no rosto do funcionário por não obter o efeito que ele considerava necessário para impressionar os fiéis. A igreja terá que pagar R$ 25 mil ao operador de som. À Justiça, o trabalhador disse que as paredes da igreja atrapalhavam o efeito acústico desejado. Os pastores começaram então a se irritar e a humilhar o funcionário, que foi chamado de incompetente em público. "Ali está o demônio, ele que estraga tudo, é aquele rapaz ali em cima. Queima este demônio aí em cima, queima, queima ele, mande ele embora, pois ele é o demônio que está estragando a nossa reunião", teria dito um dos pastores durante o culto. O funcionário da igreja afirma que um pastor reclamou em uma ocasião que o microfone estaria sujo e sem cromagem. Quando o operador explicou que o globo estava descascando por excesso de lavagem, foi pedido que ele cheirasse o microfone. Quando se aproximou do microfone, o pastor o empurrou com toda a sua força em seu rosto, machucando o nariz.da vítima. Após a agressão, todos os pastores passaram a fazer piadas com o trabalhador. Decisão O juiz da 3ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte entendeu que houve dano moral e condenou a igreja ao pagamento de indenização no valor de R$ 50 mil. A instituição recorreu ao TRT alegando que o dano moral não foi configurado e que não havia prova de qualquer dano psíquico-emocional ao trabalhador ou incapacidade para o trabalho que tenha sido desencadeado por atitude contumaz da empresa. O TRT-MG manteve a condenação considerando que, segundo as provas testemunhais, o tratamento vexatório dispensado ao empregado no curso do contrato, sob o impacto de expressões degenerativas e rebaixamento da autoestima e com agressão física, configura ilícito passível de reparação moral. O Regional entendeu, no entanto, que o valor atribuído à indenização estava acima do razoável, e o reduziu para R$ 25 mil. A Universal recorreu ao TST, sustentando na inexistência do dano moral. Pediu, também, caso fosse mantida a condenação, nova redução na -12indenização, por entender que o valor arbitrado pelo TRT fugiu aos critérios de razoabilidade e proporcionalidade. O relator do processo no TST, o ministro Alberto Bresciani, destacou que deve haver tratamento respeitoso é dever legal e contratual das partes em uma relação trabalhista. Em voto acompanhado por unanimidade pelos ministros da Terceira Turma, o ministro Alberto Bresciani assinalou que, ao contrário do que sustentava a Universal, o Regional, por meio de prova testemunhal, constatou o sofrimento do empregado e o tratamento vexatório dispensado a ele no curso do contrato. (Com informações do TST) TRABALHO ENQUANTO DORMIMOS Quando dormimos, nossa alma acorda. Não somos o nosso corpo, em essência, somos a consciência que habita nosso corpo. Quando adormecemos o corpo, diminuímos o metabolismo físico, relaxamos a mente e com isso permitimos que nossa consciência - que está sediada na alma - se desligue temporariamente e viage pelos mais diferentes locais nas dimensões extrafísicas. DIFERENTES ASSÉDIOS Podemos viajar na presença de nossos amigos espirituais e seres de Luz, se estivermos sintonizados em vibrações positivas. Nessa condição, normalmente quando acordamos nos sentimos bem, realizados e felizes com a vida. Podemos também ser assediados por espíritos sombrios, por bagunceiros do plano espiritual, por desafetos de outras vidas e até por outros seres encarnados também em projeção astral. Isso tudo depende da condição na qual vamos dormir. E, no caso desses tipos de assédios – infelizmente muito comum – costumamos acordar com diversas sensações ruins, como dores de cabeça, mal estar, desânimo pela vida, entre outros. Podemos ficar presos aos nossos corpos por conta da aceleração do metabolismo provocada por erros na alimentação e dessa forma, nem sairmos em projeção. Isso também acontece quando estamos hiperativos mentalmente. Nestes casos, o que ocorre é que o corpo físico relaxa parcialmente e com isso a nossa consciência não se liberta por completo. Normalmente nessas situações, após o período do sono, a pessoa relata que não conseguiu descansar direito e mesmo depois de ter dormido por várias horas, não encontra uma sensação de plenitude física e mental. A PROJEÇÃO ASTRAL É a faculdade que a alma tem de se projetar para fora do físico durante o sono. Mantêmse ligada ao corpo denso por meio do cordão de prata. Existem dois tipos de projeção basicamente, a consciente, em que o projetor tem discernimento sobre seus atos e pensamentos e a não consciente, em que não há lembrança da saída do corpo. Portanto, todos estamos habilitados a realizar essa prática. Acontece comigo, acontece contigo, acontece com todo mundo, pois essa é uma natureza da alma humana. Todavia, muitas pessoas costumam achar que isso é loucura e que não é possível. E QUANTO AOS SONHOS? Quando dormimos, nossa consciência experimenta basicamente três principais padrões. São eles: -131- Sonhos construídos com base nos elementos vivenciados durante o dia. Nesse caso, a pessoa costuma sonhar com situações misturadas, que reúnem elementos confusos, como entrar por uma porta, depois se ver em uma cadeira, depois surgir um cachorro, conversar com o chefe, brigar com o visinho, depois entrar num circo em que o palhaço vai embora, e mais tarde tomar um copo de suco, dentro de um elevador, que tem asas e voa até uma a uma cozinha, que tem o Tiririca como cozinheiro, e assim por diante. Resumo, nada se liga a nada. Esse tipo de sonho manifesta o padrão mental desorganizado, agitado, tenso, cansado. É a reunião de burburinhos mentais que só revelam que a pessoa está precisando desacelerar a mente. 2- Recordações de vidas passadas..Quando os sonhos tem mensagens sempre muito parecidas e afetam o emocional da pessoa com grande intensidade, ele dá indícios de ter relação com situações de vidas passadas que afloram durante o sono como uma recordação perturbante. Aqueles sonhos que carregam sempre os mesmos elementos, como uma guerra, uma perseguição, um abandono ou uma situação específica, e que a pessoa já sonhou por repetidas vezes, manifestam provavelmente recordações de vidas passadas. 3- Encontros espirituais nas projeções astrais. Quando estamos libertos do corpo físico, apenas ligados pelo cordão de prata, podemos, como já citado, ter diversos contatos com várias situações e outras consciências extrafísicas de amor ou não, de luz ou não. Também podemos encontrar parentes e amigos desencarnados. Nesses casos, muitas vezes a pessoa ao acordar não se lembra de nada, mas nas situações em que a memória “funcionar bem”, qualquer um pode perceber a nitidez e a riqueza de detalhes na qual a experiência acontece. O MAIOR APRENDIZADO Adquirir o hábito de nos prepararmos consciencialmente para o sono, equalizando nossos pensamentos em elevadas vibrações, purificando nosso espírito, acalmando a nossa mente, procurando manifestar uma intenção positiva, de ter uma projeção astral proveitosa e harmoniosa. É importante a realização da prece, magnetizada pela vontade de servir os planos de Luz naquilo que os seres de amor entendam que seja a tarefa adequada para nós. Também podemos e devemos pedir treinamentos e instruções nas escolas do plano espiritual, com o objetivo seguirmos evoluindo na experiência física. Prepare-se para o sono, cuide da sua energia antes de embarcar na viagem da alma, e jamais, de maneira alguma, adormeça nutrindo sentimentos de raiva, revolta, vingança e mágoa, porque eles podem ser o elo de ligação entre a sua alma e os planos mais densos e os seus representantes. RAUL ROMANO -14todo. Tenho este vínculo e pelas coisas do destino, o meu avô paterno era italiano e por isso esses olhos verdes, sou neto de italiano. CONVITE Convidamos a todos para participarem da nossa 8ª. Festinha da arte em nosso Lar. A festa ocorrerá no dia 11 de maio de 2013 a partir das 19:30 nas dependências do Lar. Haverá comes e bebes e o nosso bingo cultural. Participem e tragam toda a sua família. Todo dinheiro arrecadado será para pagamento das despesas do Lar. TEIXEIRA–GLADIADOR Quando da viagem a Itália, foi perguntado a Raul Teixeira sobre uma reencarnação naquele país. Eis a pergunta e a resposta: - Senhor Raul, parece que o senhor teve uma reencarnação aqui na Itália. R: Mais de uma. Desde criança me recordava de haver vivido em Roma e em Firenze. Em Roma me recordava de tempos antes do Cristo porque eu me via como gladiador, vestido com as roupas da época; em Firenze ao longo da idade média, pelos trajes da época, pela paisagem eu identifico claramente que eram situações da idade média. Pessoalmente tenho um carinho muito grande com a Itália, porque estas lembranças italianas sempre me trazem muita alegria interior, e isto me diz que estas experiências vividas aqui me acrescentaram muito, foram muito úteis na minha vida como um DESPESAS DE ABRIL Compra de um computador Alimentação Energia 5 resmas de papel CDs, DVDs. Graváveis Brindes para Evangelizandos Tinta para a festa Durex simples e dupla face Toner Brinquedos/Pescaria Durex/papel Internet Entradas Clube do livro Informática Doação 825,00 - 50,00 - 85,00 - 54,00 - 75,00 - 26,00 - 32,00 - 10,00 - 65,00 - 50,00 -10,00 -30,00 - 1 312,00 421,00 30,00 70,00 521,00 Saldo do mês–1 312,00 + 521,00 = + 791,00 Saldo do ano – 1815,00 - 791,00 = - 2 606,00 LAR ESPÍRITA “CAMINHEIROS DA LUZ” FUNDADO EM 28/06/2002 EXPEDIENTE Rua 0-15 – Quadra 32 n.381 N.S.Aparecida – Coxipó - Cuiabá Maio 2013 – Ano X n . 125 E-mail: [email protected] Fone: 65 3661-4437 WWW.larespiritacaminheirosdaluz.com. EDITORIAL Mês de maio, mes das mães, mês de Maria. Qual o significado de data tão importante assim? Maria é considerada a mãe por excelência. Apesar de ser um espírito superior, acreditamos que nenhuma mãe no mundo sofreu tanto como Maria. Imaginem o sofrimento de uma mãe ver seu filho querido ser ultrajado, maltratado, acusado injustamente, recebendo bofetadas, acusações indevidas, cusparada, sem ter em si nenhum crime. Em ver o seu filho todo ensanguentado carregando uma pesada cruz para que nela fosse pregado, sem poder revidar, sem poder falar nada? Somente um espírito muito superior aguentaria tal sofrimento. Por outro lado vemos nela toda a bondade em ajudar José o seu marido. José, como marceneiro, saia de casa para trabalhar e às vezes ficava até dois anos, pois naquele tempo os móveis teriam que ser feitos nas próprias casas, ja que não havia meio de transportes para coisas pesadas. Então maria teria que dar conta de toda a casa, carregar água, lenha, fazer e cuidar das roupas, da alimentação e dos filhos, pois ela tinha sim, outros filhos. Maria morava numa entrada de montanha e lá embaixo ficava o corregozinho de onde apanhava a água, onde lavava a roupa e cuidava de uma pequena horta para alimentação da família. Cuidava também dos poucos animais(cabras) que também ajudava na alimentação. Era pura de corpo e alma e foi por isto que inspirou o mês das mães. Todas as mães tem uma tarefa parecida com as de Maria. Ai daquelas que não cumprem o seu dever. Aqui devemos elogiar perenemente todas as mães por esta grandiosa missão que vieram cumprir: SEREM MÃES. -03CANTINHO DAS PSICOGRAFIAS Eu estava lá e não me deste atenção. Nunca saí de lá. Lá nasci e me criei. Sofri muito naquele lugar, mas foi onde aprendi a viver. Não vou dizer que sofri muito em suas mãos, mas vi muito sofrimento entre os meus amigos. Eu não era seu inimigo e trabalhava muito de sol a sol. Nasci no trabalho e morri no trabalho. Eu não tinha muitas pretensões na vida, era uma pessoa simples e isto fez com que não adquirisse muitos inimigos. Como eu era muito trabalhador, você quase não me chamava a atenção. Aquela vida foi uma grande lição para mim, pois aprontei muitas em encarnações passadas. Não foi em vão que nasci como escravo. Você cometeu alguns atos violentos para comigo, mas em relação a outros escravos foram bem brandos. Não tenho ódio nem de você, nem de ninguém. Estou numa posição razoável. Geraldo A evolução do mundo foi predestinada pelo Pai. Tudo terá que evoluir com o tempo. Não há como fugir desta regra. Aquele que não quiser evoluir, será retirado do caminho. Podemos ver isto com um simples exemplo: numa rua em que todas as casas são novinhas, a casa velha terá que sair, pois os próprios moradores na rua vão exigir isto. A evolução de que falamos é a evolução moral, pois a intelectual já está bem avançada. Não podemos dizer que no mundo há algo errado. Tudo é previsto por Deus. Nós é que não entendemos os desígnios do Pai, ainda. Temos que dar a nossa contribuição para que tudo cresça conforme as ordens do Senhor. Avancemos, irmãos. Irmão de todos Se tiveres vontade de chorar, chores, pois as lágrimas limpam a alma. Se tiveres vontade de sorrir, sorria, pois o sorriso alegra o coração de quem dá e de quem recebe este sorriso. Se tiveres vontade de ajudar, ajude, pois já fostes ajudados um dia. Se tiveres vontade de correr, corram e lutem para que todos os órgãos que Deus lhes deu estejam sempre funcionando. Se tiveres cansado e com vontade de sentar, sentem, pois ali pode estar alguém esperando uma palavra amiga. Ali pode estar alguém muito querido te esperando, que você possa ajudar, mas lembre-se que ali também pode estar aquele que tanto quer o seu mal. Ele pode estar ali também te esperando, pronto para atacá-lo, mas com a lei de Deus e a lei do amor, sempre terá ao seu lado aquele que vela por ti e tanto te disse: vamos, corra, corra e ajude a todos os que puder até findar suas forças. Leve a luta por um irmão que não tem forças para lutar e quando não tiveres mais forças, sente e descansa. Ajude onde estiveres, pois assim é que se faz aquele que anda em sintonia com Deus e com Jesus. Ajude até findar suas forças e quando achares que não tem mais forças para lutar, aí sim, acharás aquele que te é mais preciso socorrer, pois foi você quem o colocou ali, sentado a tua espera para ser socorrido e este socorro só a ti cabe, socorra. Fortaleçam, instruam, ajudem. Corram e lutem até findar suas forças, pois só assim podem ter o louvor, reflexo do amor para ajudar aqueles que vocês mesmos deixaram estacionados no mundo do ódio e da vingança. Que a paz esteja com todos. Um irmão amigo -04Jornada. Que o Pai esteja com todos vós. Que assim seja. Irmã Edwirgem Irmãos em Cristo. Boa noite. Aqui é a irmã Edwirgem. Coragem, meus irmãos, fé no trabalho e em Jesus. Somos soldados do amor. Esse amor que consola, conforta os corações aflitos. Busquem cada dia a mudança de comportamento, refletindo sobres os atos de cada dia e com os seus irmãos de Lá pela meia noite começavam as danças As bailarinas mirabolantes se apresentavam Os olhos dos glutões não despregavam Das partes mais íntimas das donzelas do salão. Deus ampara sempre aquele que trabalha no caminho do bem. Tudo o que pedires a Deus, dar-se-vos-á, mas é preciso pedir com o coração, com amor, com sinceridade. Além do mais, é necessário ter merecimento para receber as dádivas divinas. Filhos amados, não se esqueçam nunca de vossos trabalhos, dos trabalhos do mestre Jesus. Jesus confiou esta tarefa a vocês, não podeis decepcioná-los desta vez, já que falharam em muitas outras. Todos vocês estão recebendo o necessário de acordo com vosso merecimento. Trabalhem, lutem, confiem e esperam. Vossas respostas podem vir tarde, mas virão. Que a luz do Senhor Jesus brilhe sempre em vossos corações. Irmã Lourdes --------------------------------------------------------------------------------------------------------------A DANÇA NO SALÃO Quanto turbilhão na passarela O salão todo festivo e enfeitado Com fitas multicores por toda parte Gente que entrava e que saía A banda tocava... Fazendeiros e ricaços por todo lado Era a elite da cidade Gentis moças e mulatas por todo ângulo A atender um e outro No vai e vem da bebida que rolava. A banda tocava... Ofegantes e oprimidos no salão A dança se alastrava O calor humano aumentava O suor escorria pelo corpo. Lá pelas tantas da madrugada O movimento ia parando Começava então a parte mais degradante Entre os dançarinos daquela noite Pois tudo acabava no campo sexual. Trezentos anos se passaram Aqui estamos nós de novo Reunidos novamente em um salão Mas o baile agora é diferente Pois dançamos os acordes do Senhor. Quanto tempo perdido pelo mundo Em busca de prazeres passageiros Quando devíamos seguir a bandeira do Cristo E levar o Evangelho a nós mesmos E a todos aqueles que precisavam. Mas o Senhor nos deu a oportunidade novamente De estarmos todos reunidos neste salão Com paz, oração e muito amor no coração Refazendo juntos a nossa caminhada Rumo a Deus – Senhor do Universo Georgina Anos de sofrimento passei nesta lama fétida, sofrendo horrores. Hoje fui libertada e trazida aqui. Sofro, sofro muito, rogo a misericórdia de Deus. Agradeço a todos que me ajudaram e me trouxeram aqui. Existem muitos irmãos na mesma situação que a minha. Muitos na lama com dores horríveis. São tantos gemidos, tatos gritos de socorro. Poucos conseguem ver a luz como consegui ver hoje. Obrigado a todos e me ajudem, me ajudem. Quanta dor, meu Deus, me tirem deste vale de lágrimas. Já não suporto mais tanto sofrimento. Uma irmã Agradecida -05Há quanto tempo aqui chegamos? Há quantos séculos? Há quantos milênios e há quanto tempo mantivemos os olhos fechados para os ensinamentos de Deus e de nosso irmão maior Jesus Cristo? Quanta maldade ainda impera nos corações humanos? Quanta falta de fé se encontra nos lares? Quantas oportunidades deixaram de lado pelo orgulho, vaidade e inveja? Quantas oportunidades de ajudar e principalmente serem ajudados, quanto tempo perdido quando deveria ser feito e não se faz. Quantos famintos de amor que estão abandonados, quantos doentes da alma que estão morrendo por não achar socorro para os auxiliar, quantos estão trabalhando não para Deus, mas para si próprio, quantos deveriam estar ajudando ao invés de estarem sendo ajudados? Quanto tempo estes irmãos precisam para olharem para dentro de si e ver que a hora é chegada e que o trem já está de partida? Quanto tempo há de se esperar na estação da vida, o tempo está curto, meus irmãos em Cristo, o que se faz hoje já era para ter sido feito ontem, pois o amanhã já está bem aí e as oportunidades já foram dadas a cada de vocês. Cabe a cada um ver suas oportunidades oferecidas e praticá-las, pois as ferramentas já foram dadas e no trem da vida já estão todas as bagagens dos irmãos. Corram, corram, meus irmãos e não deixem que o trem parta sozinho e vazio, pois a cada trem perdido há novos caminhos a serem traçados, mas com novas oportunidades, tanto de trabalho, de amor e de sofrimentos. Não fiquei só olhando na estação os outros irem e virem, mas fazeis a parte que caba a cada um, pois o Cristo não abandona jamais a ninguém, muito pelo contrário, ele envia companheiros de viagem para auxiliar cada um de vós para não virem a sucumbir em vossas jornadas. Olhem vossas bagagens e vejam o longo caminho que cada um caminha. Olhem o trem da vida e vejam tudo o que se passou e vejam se já não está na hora de ajudar, de trabalhar, com sinceridade e humildade para com todos, pois a cada um é chegada a sua hora, uns mais cedo e outros mais tarde, mas sempre é chegada para todos. Que a paz, a força e a coragem esteja sempre com todos vocês. Irmão de Todos NOTÍCIAS DE NOSSOS ENTES QUERIDOS “Caros irmãos! Estou aqui para tentar esclarecer alguns pontos. Muitos andam em busca de notícias dos entes amados que já não se encontram mais entre vós e sim entre nós. Muitos colocam toda a sua fé numa linha que seja e que os façam reconhecer o ser amado. Mas, nem sempre ela vem. Nem sempre temos notícias de quem se foi. E isso depende muito de vários fatores. Depende de merecimento, de condições psíquicas, de condições de saber como lidar com esta notícia. Muitos procuram sem jamais encontrá-la. Pois, por algum motivo que não nos é revelado, não nos é permitido acesso a tais revelações. Será que todos estaríamos em condições de saber a verdade ? Notícias que fazem bem a uns, não seriam bem interpretadas por outros. Deus em sua grande misericórdia e bondade, sabe a quem e porque deveria uma mensagem chegar. Já nos bastaria crer que há vida após a morte. Que a morte não existe, que tudo continua e que é chegada a hora da colheita de tudo o que foi semeado. Muitos só acreditam quando algo concreto lhes é apresentado. Feliz daquele que crê sem ter visto, sem ter provas disto. Oremos e levemos o pensamento até o ser que sentimos saudades. Troquemos com este ente -06amor, carinho e afeto e isso já faz a ligação entre os dois mundos, entre as duas almas. Nossas ligações durante o sono ou não deixam uma sensação de bem estar. Muitas vezes não temos notícias simplesmente porque nosso afeto já retornou (já reencarnou) e às vezes está mais próximo do que imaginamos. Os laços afetivos, as afinidades e o amor conquistados com o espírito nunca se rompem. São eternos. Todos os espíritos são irmãos antes de serem genitores, tios, avós ou a pessoa amada. Não é errado querer saber de quem já não está entre nós, mas isso não pode ser levado como uma simples curiosidade. Se a notícia não trouxer nada que acrescente além de matar a curiosidade, de que ela servirá ?! Tudo na vida só tem um fundamento se acrescenta, se faz bem; caso contrário, melhor que continue no esquecimento. Nem sempre somos merecedores, nem sempre o ente tem condições de dar notícias, nem sempre essa comunicação traz paz e conforto. Portanto, amigos, confiemos na bondade do Pai Maior e deixemos que seja feita a vontade Dele, pois esta não corre o risco jamais de estar errada... Nossas vontades, muitas vezes, se realizadas, nada de bom trariam ao coração. Oremos, acreditemos e esperemos com resignação notícias de nossos irmãos amados, sem, contudo, atrapalhar-lhes a evolução e o trabalho a que se prestam deste outro lado. Deus Nosso Pai sabe da necessidade de cada um de nós e nos dá de acordo com nosso merecimento e para o nosso bem. Se nos é permitido mandar notícias, mandamos; se sois merecedores, recebereis. Mas tudo na vida tem um porque. Nada se faz sem propósito. E peçamos a Deus entendimento necessário para a falta de notícias ou pela não realização de todas as nossas vontades, que, por certo, são para o nosso bem. Fiquem em paz e que o Mestre Querido conforte vossos corações e abrande a saudade. Uma noite de muitas paz e um sono tranqüilo a todos que, durante o sono, as saudades possam ser amenizadas.” Assinado : Irmão Otávio POR QUE MEU ENTE QUERIDO DESENCARNADO NÃO SE COMUNICA? Poderei, a título de exemplo, citar o seguinte fato: meu pai, falecido havia quinze anos, nunca se tinha podido comunicar no seio do grupo cujos trabalhos muito tempo dirigi, por nenhum dos médiuns que aí se haviam sucedido. Apenas um deles o tinha podido entrever como vaga e indistinta sombra. Perdera eu toda a esperança de conversar com ele, quando uma noite, em Marselha, por ocasião de uma visita de despedida feita a uma família amiga, chega uma senhora, que não aparecia há mais de um ano, e, trocados os cumprimentos habituais, toma lugar ao nosso lado. Em meio de nossa conversação ela cai num sono espontâneo, e, com grande surpresa minha, o Espírito de meu pai, que ela jamais havia conhecido, se manifesta por seu intermédio, dáme as mais irrecusáveis provas de identidade e, numa enternecida efusão, descreve as sensações, as emoções que experimentara desde o momento da separação. Leon Dennis – No Invisível *********************************** ********************************** -07CONSEQUÊNCIAS DO PASSADO 01.Como podemos compreender os resultados de nossas experiências anteriores? Para compreender os resultados de nossas experiências anteriores, basta que o homem observe as próprias tendências atuais, oportunidades, lutas e provas. 02.Como entender, na essência, as dívidas ou vantagens que trazemos das existências passadas? Estudos que efetuamos corretamente, ainda que terminados há longo tempo, asseguram-nos títulos profissionais respeitáveis. Faltas praticadas deixam azeda sucata de dores na consciência, pedindo reparação. Se plantamos preciosa árvore, desde muito, é natural venhamos a surpreendê-la, carregada de utilidades e frutos para os outros e para nós. Se nos empenhamos num débito, é justo suportemos a preocupação de pagar. 03.Qual a lição que as horas nos ensinam? Meditemos a simples lição das horas. Comumente, durante a noite, o homem repousa e dorme; em sobrevindo a manhã, desperta e levanta-se com os bens ou com os males que haja procurado para si mesmo, no transcurso da véspera. Assim, a vida e a morte, na lei da reencarnação que rege o destino. 04.Qual a situação moral da alma no túmulo e no berço? No túmulo, a alma, ainda vinculada ao crescimento evolutivo, entra na posse das alegrias e das dores que amontoou sobre a própria cabeça; no berço, acorda e retoma o arado da experiência, nos créditos que lhe cabe desenvolver e nos débitos que está compelida a resgatar. 05.Em síntese, onde permanece, espiritualmente, a criatura reencarnada? Cada criatura reencarnada permanece nas derivantes de tudo o que fez consigo e com o próximo. 06.Qual a explicação lógica das enfermidades congênitas? Os grandes delitos operam na alma estados indefiníveis de angústia e choque, daí nascendo a explicação lógica das enfermidades congênitas, às vezes inabordáveis a qualquer tratamento. 07.O que ocorre aos suicidas nas vidas ulteriores? Suicidas que estouraram o crânio ou que se entregaram a enforcamento, depois de prolongados suplícios, nas regiões purgatoriais, frequentemente após diversos tentames frustrados de renascimento, readquirem o corpo de carne, mas transportam nele as deficiências do corpo espiritual, cuja harmonia desajustaram. Nessa fase, exibem cérebros retardados ou moléstias nervosas obscuras. 08.E os protagonistas de tragédias passionais? Protagonistas de tragédias passionais, violentas e obscuras, criminosos de guerra, aproveitadores de lutas civis, que manejam a desordem para acobertar interesses escusos, exploradores do sofrimento humano, caluniadores, empreiteiros de abordo e devassidão e malfeitores outros, que a justiça do mundo não conseguiu cadastrar, voltam á reencarnação em tribulações compatíveis com os débitos que assumiram e, muitas vezes, junto das próprias vítimas, sob o mesmo teto, marcados por idênticos laços consangüíneos, tolerando-se mutuamente até a solução dos enigmas que criaram contra si mesmos, atentos ao reequilíbrio de que se vêem necessitados; ou sofrem a pena do resgate preciso em desastres dolorosos, integrando os quadros -08inquietantes dos acidentes em que se desdobra o resgate do espírito reencarnado, seja nos transes individuais ou nas provações coletivas. 09.E aos cúmplices de erros e enganos? As grandes dificuldades não caem exclusivamente sobre os suicidas e homicidas comuns. Quantos se fizeram instrumentos diretos ou indiretos das resoluções infelizes que se adotaram são impelidos a recebê-los nos próprios braços, ofertando-lhes o recinto doméstico por oficina de regeneração. 10.O que ocorre àqueles que provocaram o suicídio de alguém? Se levianamente provocamos o suicídio de alguém, é possível que tenhamos esse mesmo alguém, muito breve, na condição de um filhoproblema ou de um familiar padecentes, requisitando-nos auxílio, na medida das responsabilidades que assumimos, na falência a que se arrojou. 11 – Que acontece àqueles que impelem o próximo à falência moral? Se instilamos viciação e criminalidade em companheiros do caminho, asfixiando-lhes as melhores esperanças na desencarnação prematura, é certo que se corporificarão, de novo, na Terra, ao nosso lado, a fim de que lhes prestemos concurso imprescindível à reeducação, na pauta dos compromissos a que enredamos, ao precipitá-los aos enganos terríveis de que buscam desvencilhar-se, abatidos e desditosos. Nas mesmas circunstâncias, carreamos em nós, enraizados nas forças profundas da mente, os bens ou os males que cultivamos. 12 – E o que ocorre aos desencarnados que malbarataram os tesouros da emoção e da idéia? Quando desencarnados, não fugimos as leis de causa e efeito. Se malbaratamos os tesouros da Terra, deambulamos nas esferas espirituais por doentes da alma, que a perturbação ensandece, fadados a reaparecer no plano carnal com as enfermidades conseqüentes, a se entranharem, nos tecidos orgânicos, que nos compõem a vestimenta física. 13 – E aqueles que se entregam aos desequilíbrios do sexo? Se abraçamos desequilíbrios de sexo, agravados com padecimentos alheios por nossa conta, agüentamos inibições genésicas, muitas vezes, com o cansaço precoce e a distrofia muscular, a epilepsia ou o câncer, de permeio. 14 - E àqueles que perpetram crimes? Se perpetramos crimes na pessoa dos semelhantes, ei-nos a frente de mutilações dolorosas. 15 – E àqueles que se entregam às extravagâncias da mesa? Se nos entregamos às extravagâncias da mesa, arcamos com ulcerações e gastralgias que persistem tanto tempo quanto se nos perdurem as alterações do veículo espiritual. 16 – E àqueles que se afeiçoam ao alcoolismo? Se nos afeiçoamos ao alcoolismo ou ao abuso de entorpecente, somos induzidos à loucura ou à idiotia seja onde for. 17 – E àqueles que se empenham em delitos de maledicência e calúnia? Se nos empenhamos em delitos de maledicência e calúnia, atravessamos vastos períodos de surdez ou mudez, precedidas ou seguidas por distonias correlatas. 18 – As conseqüências de nossos erros se verificam apenas na forma de doenças comuns? -09Não. Além disso, é preciso contar com as probabilidades da obsessão, porquanto, cada vez que ofendemos aos que partilham a marcha, atraímos, em prejuízo próprio, as vibrações de revolta ou desespero daqueles que se categorizam por vítimas de nossas ações impensadas. 19 – Qual deve ser nossa atitude perante as provas da vida? Diante das provas inquietantes que se demoram conosco, aprendamos a refletir, para auxiliar, melhorar, amparar e servir aqueles que nos cercam. 20 – Quais as relações entre o presente, o passado e o futuro? Todos estamos no presente, com o ensejo de construir o futuro, mas envolvidos nas conseqüências do passado que nos é próprio. Isso porque tudo aquilo que a criatura semeie, isso mesmo colherá. EMMANUEL Extraído do livro "Leis de Amor", ítem VI Francisco C. Xavier e Waldo Vieira - pelo espírito de Emmanuel - 3º ed. FEESP GFEIC - Perguntas e Respostas à Emmanuel Americano que não sente dor conta como passou infância de gesso Steve Pete, portador de analgesia congênita, relata problemas causados pela ausência de dor e seu medo de sofrer uma lesão séria sem perceber BBC | 17/07/2012 10:49:42 -10Eu e meu irmão crescemos em uma fazenda. Meus pais tentaram ser protetores sem nos sufocar. Mas, quando você vive no campo, e especialmente se você é um menino, você quer ficar fora de casa, explorar e aprontar um pouco. Ar quivo pessoal Steve Pete passou a vida sem sentir dor Steven Pete e seu irmão nasceram com um raro mal genético chamado analgesia congênita. Os dois americanos (do Estado de Washington) cresceram com o sentido do toque, mas sem jamais terem sentido dor, como Steve explica no depoimento a seguir: "A primeira vez que ficou claro para os meus pais que algo estava errado foi quando eu tinha apenas cinco meses de vida. Eu comecei a mastigar minha língua à medida que meus dentes nasciam. Meus pais me levaram a um pediatra, onde passei por uma bateria de exames. Primeiro, acenderam um isqueiro na sola do meu pé e esperaram que se formasse uma bolha na pele. Logo que perceberam que eu não reagia, começaram a espetar agulhas nas minhas costas. Como eu novamente não respondi, chegaram à conclusão que eu sofria de analgesia congênita. A essa altura, eu já havia mastigado cerca de um quarto da minha língua. Por isso, no início da minha infância, eu faltei muito à escola por causa de lesões e doenças. Certa vez, acho que num rinque de patinação, quebrei a minha perna, mas não lembro dos detalhes. As pessoas apontavam para mim porque as minhas calças estavam cobertas de sangue da área em que o osso saiu. Depois disso, fui proibido de patinar até que fosse bem mais velho. Com cinco ou seis anos, funcionários do serviço de proteção ao menor me levaram da minha casa, porque alguém denunciou meus pais por agressão. Fiquei sob os cuidados do Estado por cerca de dois meses. E, quando voltei a quebrar a perna, eles finalmente perceberam que meus pais e meu pediatra estavam falando a verdade sobre a minha condição de saúde. 'Vai sentir dor quando eu acabar com você' Na escola, muitas crianças me perguntavam sobre o que eu tinha. "Por que você está usando gesso?", eles questionavam. A maior parte do tempo eu estava engessado, até completar 11 ou 12 anos. -11Então disse aos médicos que eu podia me cuidar. Voltei para casa, peguei fita isolante, prendi meus dedos, vesti uma bota e fui trabalhar. Arquivo pessoal Steve, hoje adulto, tem medo de apendicite E frequentemente me envolvia em brigas. Sempre que um menino novo entrava na escola, as crianças tentavam convencê-lo a brigar comigo, como uma espécie de introdução à escola. E me diziam: "Se você não sente dor, vai sentir quando eu acabar com você". Hoje, não me considero uma pessoa particularmente imprudente. Acho até que sou mais atento do que a maioria, porque sei que, se eu me machucar, não saberei a gravidade do machucado. Lesões internas são as que mais me amedrontam, especialmente apendicite. Em geral, se tenho qualquer problema estomacal ou febre, vou direto para o hospital só por precaução. A última vez que quebrei um osso, a minha mulher percebeu antes que eu. Meu pé estava inchado, com coloração preta e azul. Fui ao médico, passei pelo raio-x e descobri que tinha quebrado dois dedos e que precisaria usar gesso. Eu precisava trabalhar no dia seguinte. E, se estivesse engessado, teria que ficar afastado do trabalho por um bom tempo. Uma das coisas que terei que enfrentar em breve é o fato de que não terei mais a minha perna esquerda. Já passei por tantas cirurgias no meu joelho esquerdo que chegou num ponto em que os médicos disseram que só me resta esperar que a perna pare de funcionar. Quando isso acontecer, ela terá de ser amputada. Eu tento não pensar a respeito. Tento não deixar que isso me afete. Mas não posso evitar o pensamento de que a analgesia congênita foi uma das razões pelas quais meu irmão decidiu se suicidar. Suas costas estavam ficando cada vez pior. Ele estava quase se formando em uma universidade local, e os médicos disseram que, em um ano ou um ano e meio, ele ficaria preso a uma cadeira de rodas. Ele era uma pessoa que gostava do ar livre gostava de sair, de pescar e caçar. Mas quando ele tentou receber algum tipo de ajuda financeira por sua debilidade quando ela chegasse, a resposta do juiz foi: "Se você não sente dor, não tem motivo para receber nenhuma assistência". O negócio é que, no caso do nosso problema, muitas pessoas que nos veem deduzem que somos saudáveis. Mas elas não têm ideia de que o meu corpo pode parar de funcionar a qualquer momento, que ele está todo machucado. Eu tenho artrite severa nas minhas juntas. Não é dolorido - eu não sinto nenhuma dor -, é apenas um incômodo. Mas às vezes é difícil andar. -12BBC | 29/11/2011 10:38:10 A sensação é de pressão, como se minhas juntas estivessem latejando. Alguns dias isso me deixa mau humorado. Isso limita a minha mobilidade. Quanto aos médicos, acho que eles entendem o meu problema. Eles só não entendem o componente humano disso - a psicologia do que pode acontecer quando você cresce sem conseguir experimentar a dor." Saiba mais sobre a analgesia congênita: Portadores não sentem dor, e excessos de calor ou frio não são sentidos como perigosos Esse distúrbio genético afeta menos de uma pessoa em 1 milhão Enquanto bebês, portadores podem morder sua lingua e seus dedos, ou se queimar sem perceber Alguns pais colocam óculos protetores, capacetes e meias nas mãos das crianças portadoras, para protegê-las Mal pode causar artrite e problemas de crescimento Causa é desconhecida, e o mal não tem tratamento ou cura 'Googles humanos', pessoas que nunca esquecem Síndrome rara não deixa pacientes esquecerem de nada do que aconteceu durante toda a vida BBC Brasil Brad Williams não esquece de nada O americano Robert Petrella tem uma memória fora do comum: ele é capaz de memorizar todos os números de telefone armazenados em telefones celulares e, ao olhar uma única fotografia de um lance de um jogo do seu time de coração, o Pittsburgh Steelers, é capaz de dizer a data da partida e o escore final. Petrella tem uma síndrome raríssima, chamada Memória Autobiográfica Altamente Superior (HSAM, na sigla em inglês), na qual o paciente não se esquece de quase nada do que aconteceu com ele na vida. Quem tem essa condição é capaz de se lembrar o que comeu no almoço hoje ou três anos atrás, ou de recordar com detalhes as notícias que leu no jornal há décadas. Mesmo se quiserem, essas pessoas não podem apagar memórias como o fim de um namoro ou as lembranças de um acidente. "Eu notei isso durante o ensino secundário, me dava conta que nem todos recordavam o que eu conseguia lembrar, e pensava que era algo incomum, como ser canhoto ou algo assim. Mais tarde, notei que isso tinha outra dimensão. Sempre tive facilidade nos exames, pois lembrava de tudo sem ter feito revisão dos tópicos", disse Petrella à BBC. Para o americano, a síndrome acaba sendo bastante útil em sua profissão, já que ele é produtor de documentários para o History Channel e o Discovery Channel. "Às vezes, me recordo de algo que alguém disse há 30 anos, coisas que as outras pessoas não lembrariam, porque foram ditas no momento, e isso pode tornar as relações raras", diz Petrella. "Mas não tenho problemas em viver no passado. As recordações estão na minha cabeça e são parte de mim, mas não me impedem de viver o hoje e olhar para o futuro." Programa de TV A HSAM é tão difícil de ser identificada que até então apenas 20 pessoas no mundo todas nos Estados Unidos - haviam sido diagnosticadas com ela. -13"Provavelmente há pessoas com essa síndrome há séculos, mas suas bases nunca haviam sido investigadas cientificamente. É um quadro muito raro", afirmou McGaugh à BBC. Para reconhecer a HSAM, os cientistas fazem testes médicos e avaliam os potenciais candidatos com um questionário de acontecimentos públicos ocorridos nos últimos 20 anos. Fatos que vão desde eleições a competições, passando pela a entrega de prêmios e até acidentes aéreos. Uma pessoa com a Memória Autobiográfica Altamente Superior seria capaz de dizer a data precisa e o dia da semana em que os eventos ocorreram, além de outros detalhes. Os que obtêm mais de 55% no teste são então interrogados sobre experiências mais pessoais. 'Google humano' Mas um programa sobre a síndrome exibido pela rede de TV americana CBS, e visto por pelo menos 24 milhões de pessoas, ampliou o conhecimento sobre a HSAM. Desses telespectadores, 500 entraram em contato com os pesquisadores por acreditarem que tinham HSAM. Mas apenas 10 foram confirmadas com a síndrome. Há apenas cinco anos essa condição começou a ser chamada de Memória Autobiográfica Altamente Superior, quando o especialista em memória James McGaugh publicou um artigo sobre seu estudo de seis anos de uma paciente com os sintomas. O quadro já foi retratado na ficção, como no conto Funes, o Memorioso, do argentino Jorge Luis Borges, e na série de TV Unforgettable ("Inesquecível", em inglês), que acaba de estrear nos Estados Unidos. "A família nos dá fotos ou diários para que a gente tenha dados precisos e assim provar as informações das quais eles dizem se lembrar. É muito, muito difícil que um indivíduo que registre (dados como esse) além de um certo tempo, como um nível de detalhes tão específico", afirmou McGaugh. Por isso, eles foram apelidados de "Googles humanos". É o caso de Brad Williams, de 55 anos, que vive em Wisconsin. "Me dei conta (da síndrome) participando de concursos de perguntas em bares. Sou fanático por esses concursos e sempre fui melhor e mais rápido do que o restante das pessoas", disse Williams. "Isso também acontece em episódios familiares: eu sempre consigo lembrar de datas específicas e detalhes de tudo." Williams diz que ser ter HSAM lhe traz algumas vantagens específicas em seu trabalho como jornalista. "O que eu de fato preciso armazenar ou buscar na internet é um volume bem menor de informações do que o que já está na minha cabeça." No entanto, nem todos os que possuem esse tipo de memória festejam sua condição. É o caso de Jill Price, a paciente que procurou especialistas por não poder mais suportar seu constante exercício de se lembrar de tudo. Foi o caso dela que serviu de gatilho para os estudos. "É incessante, incontrolável e imensamente cansativo. As lembranças vêm, simplesmente chegam na minha mente. Não posso controlá-las", escreveu Price em sua autobiografia The Woman Who Can't Forget (A Mulher que Não Consegue Esquecer, em tradução livre do inglês). Em seu caso, a HSAM acabou complicando suas relações com as pessoas. Entre os pacientes de McGaugh não há nenhum casado ou com relações estáveis. No entanto, o especialista afirma que casos de insatisfação como os de Price são a minoria. "A maioria acredita que é um dom. Se questionados se prefeririam não ter a síndrome, eles dizem que não mudariam isso por nada." Busca no cérebro Entre esses pacientes, está a atriz Marilu Henner, conhecida pela série de TV Táxi, do fim dos anos 1970. Para ela, visualizar a vida em forma de um calendário tornou mais fácil a tarefa de atuar. A atriz agora dá palestras motivacionais e escreveu um livro para ajudar outras pessoas a ativar sua memória autobiográfica. "Não tenho problemas em viver com o passado: as lembranças estão na minha cabeça e são parte de mim. Não me impedem de viver o -14hoje ou olhar para o futuro". O neurobiólogo McGaugh considera, no entanto, que a HSAM é uma condição pré-existente, que se mantém ao longo do tempo e que ainda carece de explicações neurológicas. Por ora, a recomendação aos portadores da síndrome é que não encarem sua condição como um grande peso e que não se exponham a circunstâncias traumáticas. Não são bons candidatos, por exemplo, para se alistarem no Exército ou seguir para a guerra. OBS: Esta pessoa, em outra reencarnação vai ter facilidade em relembrar de sua existência passada. Assim é que muitas pessoas se lembram de existências anteriores. Não tenho uma inteligência fantástica, mas me lembro de várias vidas anteriores. Eu me lembro de duas existências em que fui índio no continente africano, me lembro de várias pessoas, muitas que estão comigo atualmente, muitas que nunca mais os vi. É bom ter estas lembranças de vidas anteriores? Respondo sinceramente que não é bom, pode até ser muito ruim. Já pensou você se lembrar de que foi morto pelo seu pai, seu irmão, seu tio e está morando atualmente com eles? Ou se lembrar que os seus parentes que você têm agora, você acabou com eles em vidas passadas? O pior de tudo é você se lembrar de 4 mulheres com as quais você se casou em vidas passadas, não ao mesmo tempo, mas as 4 aparecerem agora em sua vida e você já estiver casado com outra que a ama muito? Já pensou a confusão que dá? (Prof. Henrique) AQUI SE FAZ, AQUI SE PAGA REGIÃO DO LAR ESPÍRITA CAMINHEIROS DA LUZ EM 1860 Por Henrique P. de Araújo Eu nasci em março de 1953 em Campo Mourão, no Paraná. Em dezembro de 1954 nasceu minha irmã Maria de Laura. Nós nascemos em uma fazenda chamada Marajó, de propriedade do senhor Sebastião Camargo. Meu pai, ficou encarregado de construir 9 casas de madeira nesta fazenda, mas depois de dois anos tivemos que mudar dali. Fomos para Paranavaí, Maringá, Fênix, Querência do Norte e por último Loanda. Meu pai parecia um andarilho e não parava em lugar algum. Por um problema financeiro, meu pai teve que vender seu pequeno comércio, por preço de banana, ficando praticamente sem receber nada. Saímos fugidos e viemos direto para Cuiabá. Chegamos em Cuiabá em 1960. O dia já estava escurecendo, deveria ser mais ou menos 6 horas da tarde. A rodoviária antiga era onde mais tarde colocaram a Drogaria Regina e mais tarde a loja Avenida. Ficava bem próxima ao correio. Ainda me lembro da igreja catedral antiga, muito belíssima, a praça da república. Pegamos tudo e colocamos num táxi, que era um fusca branco. Neste fusca coube: o motorista, meu pai, minha mãe, eu, minha irmã Laura, minha irmã Lourdes, meu irmão Cláudio. A rua era a 13 de junho. Toda esta rua era em paralelepípedos. A sensação que tive da cidade foi maravilhosa. Parecia que eu já conhecia esta cidade, que eu estava voltando para a minha casa. Andamos no fusca apenas um quilômetro e nos hospedamos no hotel Petrópolis onde até um certo tempo era uma agência do banco do Brasil. Eu estava muito feliz de regressar ao meu antigo lar, não sabia explicar por que. Do hotel dava para ver muitas palmeiras imperiais. Como eu e minha irmã Laura estávamos felizes neste dia, mas a felicidade dura pouco! Meu pai -15comprou um quilo de carne e deu para minha mãe fazer. Ela emprestou o fogão do hotel e fritou a carne que comemos com farinha. Fomos dormir e no outro dia bem cedo pegamos o ônibus Ti-Baleia e saímos por aí. Eu não tinha a mínima idéia para onde iríamos. Chegamos a Rosário Oeste. A cidade não me agradou muito. Ainda sem casa, com as malas nas costas, o velho comprou um quilo do peixe pintado. Ele nos deixou no ponto de ônibus do senhor Abel e foi procurar uma casa para alugar. Logo, logo ele chegou e disse que tinha alugado uma casa. Lá fomos nós para a nova casa. Ficava bem próxima ao ponto de ônibus e a proprietária era a dona Astrogilda. Moramos alguns dias lá, o filho desta senhora roubou todos os meus míseros brinquedos, o que me deixou muito nervoso. Não deu certo esta estadia aí e mudamos para a casa do senhor Samuel, onde passamos muita fome. Meu pai foi trabalhar com este homem num garimpo em Rosário Oeste, chamado de Pau-de-ponta. Nós ficamos na cidade sem ter o que comer. Minha mãe olhava a sorte e começou a fazer alguns partos, mas era tudo muito difícil. Um dia meu irmão Cláudio desmaiou e até hoje não sei se foi de fome ou se de algum problema de saúde. Assim que ele melhorou um pouco, minha mãe pegou um relógio de ouro quadradinho, único presente que ela tinha de seu pai. Disse para que eu a acompanhasse. Ela foi vender o relógio, mas ninguém queria a jóia. Saímos andando pela rua e encontramos um senhor de uns 40 anos. Minha mãe tentou vender o relógio a ele, mas ele disse que não tinha dinheiro. Então minha mãe chorou muito, disse dos problemas que estávamos passando. O homem deu a ela uma nota de 10 cruzeiros antigos e nos mostrou a prefeitura onde havia auxílio para as pessoas carentes. Ela pegou este dinheiro e fomos a um bar onde ela comprou 2 pãezinhos: uma para ela e um para mim. Ficamos morrendo de dó das outras crianças que estavam em casa sem comer nada. Fomos em seguida à prefeitura. Foi-nos indicado um setor onde distribuía alimentos de um órgão chamado: ALIANÇA PARA O PROGRESSO do governo americano. Ali foi feito um cadastro para todas as crianças: eu, Maria de Laura, Maria de Lourdes e meu irmão Cláudio. Recebemos leite, centeio e outros alimentos para um mês. Graças a Deus melhorou um pouco, mas meu pai retornou do garimpo doente, todo torto, pois pegou uma doença estranha chamada estupor. Conseguimos a tal pílula contra estupor e ele sarou. O senhor Samuel despediu-o do serviço e nos expulsou de seu barraco velho. Conseguimos alugar uma casinha do senhor Moreno em Rosário Oeste e fomos morar na rua da Barra. Passamos muita fome aí, mas melhorou um pouco, pois era na beira do rio Cuiabá e conseguíamos pegar muitos peixes. Meu pai arrumou uma vaga de ajudante da fazenda Campinas e logo fomos morar naquele mato, a 9 quilômetros da cidade. Melhorou muito, pois havia muitas roças velhas naquela fazenda e o fazendeiro disse para aproveitarmos o que pudesse. Assim tínhamos muita melancia, melão, abóboras, maxixi, pepino, café, palmito e mais tarde o leite das vacas que o fazendeiro nos deu e mais tarde carne de frango e porco. O problema é que tínhamos que ir à escola na cidade, andando a pé 9 quilômetros para ir e o mesmo para voltar. Cansávamos, mas íamos felizes, pois gostávamos desta caminhada. Para nós era um passeio. Era eu e minha irmã Laura que íamos todos os dias. Estávamos muito bem naquela fazenda e depois de dois anos, meu pai vendeu tudo e fomos morar na cidade. Desta vez ele fez um barraco na rua da mandioca, um lugar cheio de mangueiras e ficamos ali desfrutando o que ganhamos naqueles dois anos. Logo, logo estávamos na miséria novamente e ele sumiu. Voltamos a passar fome e só depois de dois meses ele retornou. Eu estava na porta da rua quando eu o avistei muito bem vestido. Ele então me disse: “Estamos ricos, meu filho. Peguei um grande diamante e comprei uma fazenda”. Isto foi no ano de 1964. No mesmo dia ele alugou um caminhão, pusemos os nossos bagulhos em cima dele e fomos para Nortelândia. -16Ele comprou muitos sacos de laranja para vender em Nortelândia. Chegando lá ele deixou as laranjas e pegou uma máquina de costura. Lá fomos nós para a nossa fazenda, um sítio de 20 hectares, com um pouco de mata e o resto todo de capoeira. Fomos morar numa casa velha de palha, quase caindo. Havia dois bananais e mais nada. Ali moramos o resto do ano de 1964 e todo o ano de 1965 quando o proprietário quis receber o resto do pagamento do sítio. Não sabíamos que o velho tinha comprado aquilo por R$ 1000,00, dado 700,00 e ficou devendo R$ 300,00. O dono vendeu a promissória de pagamento a um tal de Aladim que virou uma fera para receber. Como não havia outro recuso vendemos o sítio ao senhor Paulinho, por R$ 700,00. Pagamos os trezentos do homem e tivemos que receber C$ 400,00 por uma casa que estava caindo na cidade. Fomos morar neste barraco, quase caindo, cheia de pulgas. Começamos a trabalhar no garimpo. Já estávamos no ano de 1966. Fizemos um barraquinho no fundo e ele desmanchou toda aquela casa velha e começou a construir outra. Sem saber fazer nada, começou a fazer a coisa. Fiz muitos e muitos tijolos para terminar a obra. Ele pegou um bom diamante e deu para construir o resto com mais rapidez. Faltou um pouco de telha. Eu também peguei um diamante e dei o dinheiro para ele cobrir o resto da casa. Mudamos para a casa de adobe, sem reboque, sem piso, sem nada. Nesta casa a febre amarela nos ataca. Ela atacou a mim, meu irmão Cláudio, meu irmão José e minhas duas irmãs. As duas não resistiram e vieram a falecer no dia 27 de novembro de 1966. Esta foi a minha maior dor e sofrimento nesta vida. Naquela casa houve muitas desavenças familiares por causa do grande ciúme do velho. Mas ali eu concluí o primeiro e o segundo grau, fiz o curso de digitação, comecei o trabalho no serviço público em 1972. Em dezembro de 1974 eu vim para Cuiabá para fazer o curso de Letras. Por incrível que pareça fui hospedar no mesmo quarto do mesmo hotel que tivemos hospedados em 1960. Fiquei pensando na grande coincidência. Fiz o vestibular, fui aprovado, mas não encontrava emprego. Andei todo o mês de janeiro de 1975 procurando emprego, mas não consegui. Peguei minha mala e voltei para Nortelândia, mas o diretor Pe. José Mathias Orth me deu muitos conselhos de modo que consegui uma licença médica em Alto Paraguai e voltei para Cuiabá. Voltei a procurar um emprego e fui empregado na Escola Polivalente Santos Dumont. As dificuldades eram grandes, mas eu cheguei até ao 4 semestre do curso quando meu irmão Cláudio chega de mala nas costas dizendo que vinha morar comigo aqui em Cuiabá. Fiquei desesperado, pois eu não estava agüentando nem mesmo comigo. Mas ele ficou comigo, morando na república da dona Juvenilha. Um dia ela me convidou para uma festa de São Sebastião bem próximo onde moro. Eu vi então uma grande placa de loteamento. Era o loteamento do Bairro Nossa Senhora Aparecida. Não havia nenhuma casa aqui, era só mato. Eu disse ao corretor que queria dois lotes juntos e numa esquina, pois eu iria colocar um pequeno comércio mais tarde. Ele então disse que era difícil arrumar dois lotes juntos, mas que ele tinha um lote bem grande que ficava à rua X-23 à beira do córrego São Gonçalo. Fomos lá ver. Uma coisa estranha se apoderou de mim quando vi um poço no rio, como se formasse uma piscina. Não gostei deste lote e ele então me mostrou dois lotes juntos mais acima na rua O-15 quadra 32. Fiquei com os dois. Comecei a pagar, mas eu ganhava muito pouco e a dificuldade era muito grande. Não tive outro recurso e construí uma casinha de madeira, um só quarto e ali eu morava junto com meu irmão Cláudio. Neste quarto morava eu e meu irmão e era a cozinha e o dormitório da casa. Tivemos que cobrir com tábuas mesmo, pois não tinha dinheiro para comprar telhas. Quando chovia era uma calamidade, pois molhava mais dentro que fora. Fizemos um fogão no chão pelo lado de fora. Um dia o arroz e o feijão estavam cozinhando neste -17fogão, quando deu uma ventania enorme. Como havia muita areia na região, cobriu as panelas de areia e ficamos sem comida, pois eram os últimos alimentos que tínhamos. Meu irmão emprestou um pouco de arroz da vizinha Ana Lúcia e refizemos nosso almoço e jantar. Passamos muita fome aqui. Houve uma época em que passei duas semanas comendo só maxixi, que eu mesmo plantara no lote. Não havia outra coisa e o governo demorava a pagar. Tive muitas visões nesta casa, principalmente com fazendas, com parentes antigos, mas nunca dava atenção a estes sonhos. Eu sonhava muito com uma casinha que eu fiz e tinha posto dentro dela todas as minhas ferramentas de trabalho: enxadas, picaretas, peneiras, enxadões, foice, machado e muitas outras. No sonho eu via esta casa sempre fechada. Não entendia por que isto. Tive muitos sonhos com esta região aqui e comecei a me relembrar de certas passagens de minha vida anterior. Tinha dentro de mim uma enorme sensação de que tinha enterrado alguma coisa em algum lugar. Sei o que enterrei, mas nunca disse isto a ninguém. Não sabia que era aqui mesmo que tinha enterrado o objeto. Há alguns anos atrás para construir alguma coisa, deparei com a marca que eu mesmo havia deixado. Em 1860 eu enterrei este objeto e deixei uma marca para que alguém o encontrasse no futuro. A marca está lá e ainda neste ano vou arrancar o objeto e provar a todos que eu estive aqui. É uma caixa de bronze com 2 medalhas dedicadas as minhas duas esposas da época ( 1860) e uma placa de bronze indicando os bens que eu possuía. Há também algumas moedas de ouro, mas não muitas e um objeto que só mais tarde poderei falar o que é. Eu sempre desejei trabalhar em um centro espírita, ajudar o próximo, coisa que sempre fiz, desde que me entendo por gente. Em 2002 eu estava muito doente e acabei tendo uma dissecção de aorta. Sofri muito e me apeguei com Bezerra de Menezes e Eurípedes Barsanulfo. Eu já estava instalando o Lar Espírita Caminheiros da Luz. Fundamos o Lar e trabalhei mais do que podia. As lembranças de vidas anteriores foram enormes. Eu me lembrava dos lugares e das pessoas com quem convivi. Comecei a sentir a presença de muitos escravos ao meu lado. Um deles de nome Negro, sempre me aparecia. Está sempre sem camisa é bem forte e só o vejo de braços cruzados e com uma cara muito ruim. Junto com eles vem vários outros escravos. Em 2004 reconheci a casa onde morava uma esposa da vida anterior. Acabei relembrando todo o nosso relacionamento. As lembranças foram continuando cada vez mais forte, agora também sendo mostradas na mesa mediúnica. E em 2013 todo o meu acervo da vida anterior estava totalmente nítido, inclusive das pessoas daquela época. É uma coisa extremamente estranha. Eu construí o Lar Espírita Caminheiros da Luz em cima da minha casa Grande que tive na existência anterior. Nunca soube que um fato deste tenha acontecido antes. O lugar onde fazíamos nossos saraus e festas naquele tempo, é o mesmo lugar onde fazemos nossas festinhas hoje. Assim eu estou convivendo com as mesmas pessoas com quem convivi neste mesmo casarão por volta de 1860. Fizemos muitas maldades naquele tempo e agora estamos pagando os nossos débitos no mesmo lugar onde os cometemos. Agora entendo o que quer dizer: “Aqui se faz, aqui se paga”. Por incrível que pareça, os trabalhadores-voluntários do Lar espírita Caminheiros da Luz, são os mesmos que conviveram neste mesmo local em que está o Lar hoje, mas no século 19, ou seja, por volta de 1860. Quase todos residiam nesta fazenda que tinha por base as três casas abaixo, embora existissem outras de pequeno tamanho. Na casa grande residia o proprietário, que era eu mesmo, mulheres, crianças, criados, trabalhadores, alguns escravos para o trabalho. O senhor, dono desta fazenda, era uma pessoa muito má e tratava os escravos a base de chicote e muitos perderam a vida aqui. O desenho abaixo está dentro da minha cabeça, ninguém me disse nada, eu me lembrei de todo aquele tempo e de muitas pessoas que -18estavam comigo. Alguns trabalhadores já viram também esta mesma imagem e convivendo ora na casa grande, ora na senzala, ora naquela outra casainha lá em cima. Naquela casinha residia uma trabalhadora voluntária e toda a sua família atual. Todo o desenho acima também foi confirmado na mesa mediúnica pelos escravos que sofreram muito em nossas mãos. Quando eu cheguei aqui em 1977, não existiam mais as casas. No lugar onde havia a Senzala, ainda encontrei restos da construção. Ainda encontrei o fogão de barro, litros, garrafas de vidro, alguns pratos esmaltados, material de cerâmica, pedaços de ferro, alguns caminhos. Na casa pequena ainda encontrei também um fogão velho de barro, muitos e muitos litros e garrafas de bebidas (todos secos, é claro). Pedaços de panelas, alguns poucos instrumentos agrícolas. Todo este material foi reciclado por nós mesmos e vendido. Na verdade deu quase um caminhão de material. Da casa grande não encontrei mais nada. Como o material era de melhor qualidade, provavelmente foi todo furtado. Encontrei no canto esquerdo do terreiro alguns pés de lixeiras muito grandes, mais embaixo alguns pés de coqueiro do cerrado alguns pés de timbós, muito altos. Ainda do lado esquerdo, encontrei várias moradias de formiga carregadeira, eram formigas demais e nos deu muito trabalho. Esta fazenda era enorme e eu a adquiri de herança. Não sei como ela foi adquirida, mas eu me tornei dono deste pedaço de terra e aqui me considerava um verdadeiro rei tirânico. A fonte principal era a agricultura e pecuária, mas cuidávamos de quase tudo um pouco. Criávamos porcos, galinhas, cabritos. Plantávamos muito milho e arroz. Também tinham alguns garimpos que nos rendia algum ouro, mas já não era a fonte principal de renda. O comércio em Cuiabá também era muito bom e eu punha os criados e os escravos para venderem na rua ou feira os produtos produzidos. Massacramos muitos escravos aqui neste local, mas estamos aqui resgatando a todos eles. Como são muitos, vai demorar um pouco. Por outro lado eles ainda possuem muito ódio de nós, muita revolta, mas Deus vai nos ajudar a recuperá-los. Que Deus ajude a todos nós a superar esta fase difícil de nossa vida. 5. OS APÓSTOLOS DE JESUS FILIPE, O CURIOSO Filipe foi o quinto apóstolo escolhido, tendo sido chamado quando Jesus e os seus quatro primeiros apóstolos estavam no caminho de volta, vindos do local em que João batizava no Jordão, até Caná da Galiléia. Já que vivia em Betsaida, Filipe conhecia Jesus há algum tempo, mas não lhe tinha ocorrido que Jesus fosse -19realmente um grande homem, até aquele dia no vale do Jordão em que ele disse: “Siga-me”. Filipe foi também, de um certo modo, influenciado pelo fato de André, Pedro, Tiago e João haverem aceitado Jesus como o Libertador. Filipe estava com vinte e sete anos quando se juntou aos apóstolos; ele havia se casado recentemente, mas não tivera filhos até então. O apelido que os apóstolos deram a ele significava “curiosidade”. Filipe estava sempre querendo que tudo se lhe fosse mostrado. Ele nunca parecia ver longe, diante de qualquer questão. Ele não era necessariamente obtuso, mas faltava-lhe imaginação. Essa falta de imaginação era a grande fraqueza do seu caráter. Ele era um indivíduo comum e terra a terra. Quando os apóstolos estavam organizados para o serviço, Filipe foi feito intendente; o seu dever era zelar para que nunca lhes faltassem suprimentos. E ele cuidou bem do almoxarifado. A sua característica mais forte era a minuciosidade metódica; era tanto matemático quanto sistemático. Filipe vinha de uma família de sete filhos, três meninos e quatro meninas. Ele era o segundo; depois da ressurreição ele batizou a sua família inteira no Reino. Toda a família de Filipe era de pescadores. O seu pai era um homem muito capaz, um pensador profundo, mas a sua mãe era de uma família bastante medíocre. Filipe não era um homem de quem se podia esperar que fizesse grandes coisas, mas ele era um homem que podia fazer coisas pequenas de um modo grande, fazia-as bem e aceitavelmente. Apenas umas poucas vezes, em quatro anos, ele deixou de ter comida à mão para satisfazer as necessidades de todos. Mesmo as muitas demandas de emergência que resultavam da vida que viviam, raramente o pegaram desprevenido. O serviço de intendência da família dos apóstolos foi administrado inteligente e eficientemente. O ponto forte de Filipe era a confiabilidade metódica; o seu ponto fraco era a total falta de imaginação, a ausência de capacidade de colocar dois ao lado de dois para obter quatro. Ele era matemático, abstratamente, mas não possuía imaginação construtiva. Era quase que inteiramente carente de alguns tipos de imaginação. Ele era o homem comum típico, de todos os dias. Havia muitos desses homens e mulheres em meio às multidões que vinham ouvir Jesus ensinar e pregar, e para eles era um grande conforto observar alguém, como eles próprios, elevado a uma posição de honra, nos conselhos do Mestre; eles ficavam encorajados com o fato de que alguém, como eles próprios, tinha já encontrado um lugar de importância nos assuntos do Reino. E Jesus aprendeu muito sobre o modo como algumas mentes humanas funcionam, quando ele escutava tão pacientemente às perguntas tolas de Filipe e quando aquiescia aos inúmeros pedidos do seu intendente para que se “lhe fosse mostrado o como”. A qualidade de Jesus que Filipe tão continuadamente admirava era a generosidade infalível do Mestre. Filipe nunca encontrava nada em Jesus que fosse pequeno, avaro, miserável, e ele adorava essa liberalidade sempre presente e infalível. Pouco havia da personalidade de Filipe que fosse digno de destaque. A ele sempre se referiam como o “Filipe da Betsaida, a cidade em que vivem André e Pedro”. Ele quase não tinha nenhuma visão de discernimento; era incapaz de captar as possibilidades dramáticas de uma determinada situação. Não era -20pessimista; era simplesmente prosaico. Faltavalhe também muito do discernimento espiritual interno. Ele não hesitaria em interromper Jesus, no meio de um dos ensinamentos mais profundos do Mestre, para fazer alguma pergunta aparentemente tola. Jesus, entretanto, nunca lhe fazia nenhuma reprimenda por tais descuidos; era paciente com ele e levava em consideração a sua incapacidade de compreender os significados mais profundos dos ensinamentos. Jesus bem sabia que, caso reprovasse Filipe, ao fazer tais perguntas aborrecidas, não apenas iria ferir à alma honesta dele, mas uma tal reprimenda iria magoá-lo de um tal modo que ele não mais se sentiria livre para fazer perguntas. Jesus sabia que, nos seus mundos do espaço, havia bilhões incontáveis de mortais semelhantes, de pensamento lerdo, e queria encorajar esses mortais a olhá-lo, permanecendo sempre livres para trazer-lhe as suas perguntas e problemas. Afinal, Jesus estava muito mais interessado nas perguntas tolas de Filipe do que no sermão que ele pudesse estar fazendo. Jesus estava supremamente interessado nos homens, em todas as espécies de homens. O intendente apostólico não era um bom orador público, mas era um trabalhador pessoal bastante persuasivo e de muito êxito. Ele não ficava desencorajado facilmente; era um labutador muito tenaz em qualquer coisa da qual se incumbisse. Tinha aquele dom grande e raro de dizer: “Vem”. Quando Natanael, o seu primeiro convertido, quis discutir sobre os méritos e deméritos de Jesus de Nazaré, a resposta efetiva de Filipe foi: “Vem e vê”. Ele não era um pregador dogmático que exortava os seus ouvintes a “irem” – façam isso e façam aquilo. Ele encarava todas as situações como elas surgiam, no seu trabalho, com um: “Vem” – “vem comigo; eu te mostrarei o caminho”. E essa é sempre a técnica eficaz, em todas as formas e fases de ensinamento. Até mesmo os pais podem aprender de Filipe o melhor modo de dizer aos seus filhos para não “irem fazer isso, nem irem fazer aquilo”, mas antes: “Vinde conosco para que vos mostremos; e para que compartilhemos convosco do melhor caminho”. A sua incapacidade de adaptar-se a uma situação nova ficou bem ilustrada quando os gregos vieram até ele em Jerusalém, dizendo: “Senhor, nós desejamos ver Jesus”. Ora, Filipe teria dito: “vem”, a qualquer judeu que fizesse tal pedido. Aqueles homens, no entanto, eram estrangeiros e Filipe não conseguiu se lembrar de nenhuma instrução dos seus superiores a respeito de uma tal situação; e, pois, a única coisa que ele conseguiu pensar em fazer foi consultar o dirigente, André, e então os dois acompanharam os gregos interessados até Jesus. Do mesmo modo, quando Filipe foi a Samaria, pregando e batizando os crentes, como lhe tinha sido ensinado pelo seu Mestre, ele absteve-se de impor as mãos aos seus convertidos, em sinal de terem recebido o Espírito da Verdade. Isso foi feito por Pedro e João, que vieram logo de Jerusalém para observar o seu trabalho em nome da mãe Igreja. Filipe continuou o seu trabalho durante as horas de provações, da morte do Mestre, participou da reorganização dos doze, e foi o primeiro a ir em frente no intuito de conquistar almas para o Reino, fora das fileiras imediatas dos judeus, tendo tido muito êxito no seu trabalho com os samaritanos e em todos os seus trabalhos posteriores em nome do evangelho. A esposa de Filipe, que era um membro eficiente do corpo feminino, tornou-se ativamente ligada ao marido no seu trabalho de evangelização, depois da sua partida para fugir das perseguições de Jerusalém. Sua esposa era uma mulher destemida. Ela ficou ao pé da cruz de -21Filipe, encorajando-o a proclamar as boasnovas, até mesmo para os seus assassinos e, quando lhe faltaram forças, ela começou a contar a história da salvação pela fé em Jesus e foi silenciada apenas quando os judeus irados correram até ela apedrejando-a até a morte. Sua filha mais velha, Lea, continuou o trabalho deles e tornou-se, mais tarde, uma renomada profetisa de Hierápolis. Filipe, o antigo intendente dos doze, foi um homem de poder no Reino, conquistando almas onde quer que fosse; e foi finalmente crucificado, pela sua fé, e enterrado em Hierápolis. DESPESAS DE MAIO 2 encadernações - 100,00 Material para encadernação - 100,00 Tinta para piso - 90,00 Cartuchos - 75,00 Plástico para a mesa - 82,00 Alimentação - 50,00 Energia - 85,00 Site do Lar - 30,00 Internet -30,00 - 642,00 Entradas Festa da arte Clube do livro Informática Doação 1 450,00 350,00 80,00 140,00 2 020,00 Saldo do mês– 642 + 2 020 = + 1378,00 Saldo do ano - 2 606 + 1378 = - 1228,00 CAMINHEIROS DA LUZ” FUNDADO EM 28/06/2002 EXPEDIENTE Rua 0-15 – Quadra 32 n.381 N.S.Aparecida – Coxipó - Cuiabá Junho 2013 – Ano X n . 126 E-mail: [email protected] Fone: 65 3661-4437 WWW.larespiritacaminheirosdaluz.com. EDITORIAL Parece que foi ontem. Quando a pessoa está inserida em um projeto, não vê o tempo passar. Ontem foi 2002, hoje já esamos em 2013. Estamos completando neste mês de maio, 11 anos de atividades ininterruptas em prol de nossos irmãos necessitados. O incrível é que não vemos o tempo passar, parece que ainda ontem estávamos planejando o que e como iríamos fazer, mas lá se foram 11 anos. Muita gente já passou aqui pelo nosso Lar. Tivemos muitos alunos, médiuns, oradores, voluntários de diversas áreas. Livramos muitos encarnados de lugares difíceis e perigosos. Ministramos muitos e muitos cursos durante este período. Temos a honra de falar que há mais de 2000 pessoas empregadas, graças aos cursos do nosso Lar. Tivemos poucas desavenças, embora tenha havido algumas, mas nem contamos isto, pois foram muito pequeninas. Não tivemos nenhum problema com nenhuma criança. Hoje, grande parte das crianças, já são jovens e adultos. Muitos desistiram de nosso Lar, mas alguns permaneceram conosco e se tornaram trabalhadores. Isto é muito bom. Em todo caso lançamos a semente e temos a certeza de que ela germinará no futuro. Continuamos o nosso trabalho, agora com muito mais força e vigor. -03CANTINHO DA PSICOGRAFIA As glórias do Senhor se revelam pelas pequenas coisas. Vede o favo de mel, nenhum engenheiro pode ainda fabricá-lo, e a casca do amendoim, os cientistas ainda não conseguiram criá-lo e a casa do João de Barro e a seda e o veneno das cobras? A natureza é o maior laboratório de Deus. Os nossos inventores são ainda muito pequenos diante da imensidão do Senhor. Somos ainda um grão de areia, mas com o tempo e o trabalho constante, um dia chegaremos a um patamar melhor. Precisamos estar livres do orgulho, do egoísmo e da vaidade para aquisição de coisas celestes. Precisamos fazer brilhar a nossa estrela, enquanto isto vamos carregando um luz emprestada. Um amigo A verdade está em vós Pelos seus atos Pelo seu trabalho Pelo seu estudo Pela ajuda que se faz ao próximo. Seja coerente consigo mesmo Nunca fale aquilo que não deve Nunca aumente uma verdade Nunca entre no campo da mentira Fuja das fofocas do dia a dia Seja honesto ao que vai falar Não fale além dos limites. A vossa fala É a prova do vosso caráter Pode-se conhecer a pessoa Pelo que ele fala Mas é necessário ter cuidado Naqueles que ludibriam as pessoas Por um falar pseudo-verdade. A verdade aparece sempre Através da fala Pois ela indica a cultura da pessoa Se é falsa ou se é verdadeira. Um irmão Aqui hoje se encontram: irmãos que foram surrados até a morte, irmãos que foram queimados e retirados os seus bens, irmãos que foram enganados e estuprados porque diziam que as amavam; irmãos doentes que transmitem doenças a todos aqueles que lhes fizeram atrocidades. Irmãos que foram retirados dos umbrais para praticar o mal e desavenças a cada lar aqui representado. Aqui há irmãos que nada tem a ver com vocês, mas ainda permanecem na ignorância e se comprazem com o mal. Irmãos que foram enforcados, que se jogaram de despenhadeiros que fizeram isso por não agüentar mais tantas maldades, aqui há irmãos dançarinos, padres, feiticeiros. Mas aqui tem acima de tudo mensageiros enviados por Deus para colaborarem com o socorro de hoje e de sempre, os mentores de cada um estão com todos vocês, ajudando, dando forças, coragem e a proteção que todos precisam. Que Deus os ilumine sempre! Irmão George Eu estava lá e não me deste atenção. Nunca saí de lá. Lá nasci e me criei. Sofri muito naquele lugar, mas foi onde aprendi a viver. Não vou dizer que sofri muito em suas mãos, mas vi muito sofrimento entre os meus amigos. Eu não era seu inimigo e trabalhava muito de sol a sol. Nasci no trabalho e morri no trabalho. Eu não tinha muitas pretensões na vida, era uma pessoa simples e isto fez com que não adquirisse muitos inimigos. Como eu era muito trabalhador, você quase não me chamava a atenção. Aquela vida foi uma grande lição para mim, pois aprontei muitas em encarnações passadas. Não foi em vão que nasci como escravo. Você cometeu -04alguns atos violentos para comigo, mas em relação a outros escravos foram bem brandos. Não tenho ódio nem de você, nem de ninguém. Estou numa posição razoável. Geraldo Irmãos em Cristo. Boa noite. Aqui é a irmã Edwirgem. Coragem, meus irmãos, fé no trabalho e em Jesus. Somos soldados do amor. Esse amor que consola, conforta os corações aflitos. Busquem cada dia a mudança de comportamento, refletindo sobres os atos de cada dia e com os seus irmãos de Jornada. Que o Pai esteja com todos vós. Que assim seja. Irmã Edwirgem Deus ampara sempre aquele que trabalha no caminho do bem. Tudo o que pedires a Deus, dar-se-vos-á, mas é preciso pedir com o coração, com amor, com sinceridade. Além do mais, é necessário ter merecimento para receber as dádivas divinas. Filhos amados, não se esqueçam nunca de vossos trabalhos, dos trabalhos do mestre Jesus. Jesus confiou esta tarefa a vocês, não podeis decepcioná-los desta vez, já que falharam em muitas outras. Todos vocês estão recebendo o necessário de acordo com vosso merecimento. Trabalhem, lutem, confiem e esperam. Vossas respostas podem vir tarde, mas virão. Que a luz do Senhor Jesus brilhe sempre em vossos corações. Irmã Lourdes CHICO XAVIER PEDE ESMOLA PARA ENTERRAR O EX-PATRÃO Chico levantara-se cedo e, ao sair, de charrete para a fazenda, encontra-se no caminho com o Flaviano que lhe diz: - Sabe quem morreu? - Não!... - O Juca, seu ex-patrão. Morreu na miséria, Chico, sem ter o que comer... - Coitado! E chico tira do bolso um lenço e enxuga os olhos. - A que horas é o enterro? Crio que vão enterrá-lo a qualquer hora, como indigente, no Caixão da prefeitura, isto é, no rabecão... Chico medita emocionado e pede: - Flaviano, faça-me o favor: vá à casa onde ele desencarnou e peça para esperarem um pouco. Vou ver se lhe arranjo lum caixão, mesmo barato. - Flaviano se despede e parte. Chico desce da charrete. Manda um recado para o seu chefe. Recorda seu ex-patrão, figura humilde de bom servidor, que tanto bem lhe fizera. E ali mesmo, no caminho, envia uma prece a Jesus: “Senhor, trata-se de meu expatrão, a quem tanto devo; que me socorreu nos momentos mais angustiosos; que me deu emprego com o qual socorri toda a família; que tanto sofreu por minha causa. Que eu lhe pague, em parte, a gratidão que lhe devo. Ajude-me, Senhor!. E tirando o chapéu da cabeça e virando-se de copa para baixo, à guiza de sacola, foi bater de porta em porta, pedindo uma esmola para comprar um caixão para enterrar o extinto amigo. Daí a pouco toda Pedro Leopoldo sabia do sucedido e estava perplexa se nã coovida com o ato de Chico. Seu pai soube e veio ao seu encontro, tantando demovê-lo daquele peditório... - Não, meu pai, não posso deixar de pagar tão grande dívida a quem tanto colaborou conosco. Um pobre cego, muito conhecido em Pedro Leopoldo, é inteirado da nobre ação do Chico, a quem estima. Esbarra-se com ele: - Por que tant pressa, Chico? -05- Meu nego, estou pedindo esmolas para enterrar meu ex-patrão. - Seu Juca? Já soube. Coitado, tão bom! Espere aí, chico. Tenho aqui algum dinheiro que me deram da esmola de ontem e de hoje. E despejou no chapéu do Chico tudo o que havia arrecadado até ali... Chico olhou-lher os olhos mortos e sem luz. Viu-os cheios de lágrimas, comoveu-se ainda mais. - Obrigado, meu Nego! Que Jesus lhe pague o sacrifício. Chico comprou com o dinheiro esmolado o caixão. Providenciou o enterro. Acompanhou-o até o cemitério. E já tarde, regressou à casa. Tinha vivido um grande dia. Sentou-se à entrada da porta. Lá dentro, os irmãos e o pai, observaram-no comovidos. Em prece muda, agradece a jesus. Emmanuel lhe aparece e sorrí. O sorriso de seu bondoso Guia lhe diz tudo. Chico o entende. Ganhara o dia, pagara a dívida e dera de si um testemunho de humildade, de gratidão e de amor ao divino Mestre. Obras: lindos casos de Chico Xavbier” – Ramiro gama – Ed. Lake /////////////////////////////////////////// LIGOU PARA A ESPOSA DIZENDO QUE ESTAVA MORTO Era o ano de 2003. Eu e meu marido Gustavo, morávamos em São Paulo, sendo que ele trabalhava com sistemas de informática, e eu com recursos humanos em uma grande empresa multinacional. Nós havíamos nos casado fazia 5 anos, e não tínhamos filhos por opção nossa. Sempre viajávamos nos feriados e nas férias, e tínhamos uma vida gostosa e confortável. Nossa renda nos permitia fazer certas extravagâncias, como sempre trocar de carro, ter uma boa casa e fazer ótimas viagens. Meu marido gostava muito de aventuras radicais, e de motociclismo, por isso ele tinha seu carro e uma moto Honda 900 cilindradas, que ele adorava. As vezes nós viajávamos de moto para algum lugar no interior só para, como dizia ele, curtir a estrada. Devido à exigências da minha empresa, em alguns fins de semana eu tinha que trabalhar para resolver alguns problemas pendentes que sobraram da semana. Quando isso acontecia, o Gustavo para não ficar em casa sem fazer nada, pegava a moto e ia para alguma cidadezinha no interior, voltando só a noite. Eu ficava preocupada, mas já havia me acostumado com o seu gosto. Podia fazer o que, a não ser aceitar o seu passa tempo. Eu e Gustavo tínhamos um costume e uma tradição um como o outro. Sempre durante o dia nós nos falávamos muito pelo celular, um perguntando ao outro como estavam as coisas e comentando e perguntado onde estávamos naquele momento. Quando eu chegava ao trabalho, ligava para Gustavo para dizer que havia acabado de chegar, e ele a mesma coisa quando ia em algum lugar diferente ou em alguma de suas viagens. Não ficávamos sem nos falar. Tudo corria normalmente, até que um certo dia fui convocada para trabalhar no final de semana próximo. Sabendo disso, Gustavo já programou -06que iria de moto para Serra Negra, porque a estrada para lá era muito bonita e gostosa para viajar de moto. Chegando o sábado, Gustavo acordou antes de mim, preparou o café e a mesa, aliás bem caprichado, se despediu e saiu com sua moto para a viagem. Em seguida eu peguei meu carro e fui para o trabalho, começando um expediente que seria diferente de todos que eu já tive. Eu não sabia o que me esperava no decorrer daquele dia, e que os acontecimentos mudariam toda a minha vida e a forma como pensar, tanto sobre nossa existência, como também sobre os mistérios do nosso mundo. O tempo passou e estava estranhando que o Gustavo não havia me ligado dizendo onde estava, pois ele sempre fazia isso. Mas pensei que talvez onde ele estivesse não houvesse sinal de celular ou algo assim. Continuei à fazer minhas atividades na empresa, quando às 11:30' da manhã tocou meu celular. Olhei e apareceu o nome "Gustavo" no celular. Pensei "Até que enfim". Atendi o celular, e ouvi uma voz com um som meio abafado e com um pequeno chiado dizer: "Marly, meu amor, Eu Morri!" Então eu disse: - É você Gustavo? Que brincadeira idiota. E então a voz respondeu: - Desculpe Marly, não foi minha culpa, foi o caminhão. Um dia nos veremos. Sempre te amarei. E a ligação caiu. Eu não sabia como reagir. Gelei, tremia, comecei a chorar e quase desmaiei. Minha amiga Sabrina que estava comigo perguntou o que aconteceu, e eu contei meio gaguejando. Ela então disse que deveria ser uma brincadeira de mal gosto de alguém. Então eu disse que era o número do celular do Gustavo. Depois daquilo eu só pensava em saber onde estava Gustavo, o que teria sido aquilo e como ele estava, se estava tudo bem com ele. Então liguei de volta no seu celular, e nada. Caixa postal. O pânico aumentava cada vez mais em mim. Mas onde procurá-lo? O único número que eu tinha de contato era o dele, mas não funcionava. O que fazer? Liguei para meus pais que moravam no interior, e minha mãe me disse para ficar calma e se não tivesse noticias de Gustavo logo mais, que ela e meu pai viriam para São Paulo para ficar comigo. O tempo passava e nada. Quando chegou às 13:45', meu celular tocou novamente, com um número com DDD. Pensei que poderia ser o Gustavo. -07Eu desabei naquele momento. Não sabia o que fazer. Não tinha condições de nada. Nessa hora como é ótimo ter amigos. Vendo a situação, Sabrina minha amiga conseguiu um carro da empresa, e juntamente com mais um amigo, o Raul, fomos para Campinas. Estava louca para saber sobre Gustavo. Será que o acidente foi grave? Como estaria ele? Chegando em Campinas foi fácil encontrar o hospital. Adentrando no hospital, fomos recepcionados por um Capitão da Polícia Rodoviária e por um Médico muito atencioso. Então perguntei sobre o meu marido. "Como está Gustavo", perguntei eu! Então para minha completa tristeza, desconsolo e espanto, o médico me disse que Gustavo, meu amado marido havia chegado em óbito no hospital, e que não puderam fazer nada. Nesse momento desmaiei. Apaguei. Acordei algum tempo depois em uma maca com Sabrina e Raul ao meu lado. Após me recuperar um pouco, quis saber o que houve. Para minha surpresa, do outro lado da linha quem falava se dizia ser da Polícia Rodoviária Estadual de São Paulo. O policial se identificou perguntando se eu era parente de uma pessoa chamada Gustavo Nogueira de Mello. Eu tremendo como uma vara verde, gelada como um freezer, disse que era a esposa dele. Então ele disse: Então o policial me contou que o meu marido Gustavo estava com sua moto na rodovia SP 360, quando em uma curva colidiu violentamente com um caminhão que estava ultrapassando um outro na pista contrária. Perguntei a que horas foi que aconteceu o acidente, e o Policial disse: "Mais ou menos às 11:30' da manhã." - Desculpe senhora em lhe informar que o seu marido sofreu um acidente na rodovia SP 360 e está no Hospital de Campinas. Solicitamos que a senhora venha para cá o mais rápido possível. Então pensei: "Mas como? Então quem me ligou? Quem estava com o celular do Gustavo?" Eram tantas perguntas e dúvidas. Mas eu estava completamente fora de mim. Parecia um filme tudo aquilo. Passado algum tempo meus pais chegaram e foram fazer os preparativos para translado do corpo e o que mais seria necessário. Dois dias depois foi o sepultamento do meu querido Gustavo. Passados alguns dias, Sabrina minha amiga foi à minha casa fazer uma visita e entregar algo. Ela me disse que era algo desagradável, mas que era para mim. Em uma caixa estavam os últimos pertences de Gustavo quando chegou no Hospital. Havia seu relógio, sua carteira, umas correntes que ele usava sempre, e o seu celular. Me lembrei da ligação que havia recebido, e fui conferir no celular do Gustavo para ver se foi dali que havia sido feita. Só que para meu espanto, o seu celular estava todo quebrado. Completamente danificado. Inclusive o chip estava quebrado. Então seria impossível alguém ter usado aquele celular para ter feito a ligação para mim. Então o que foi aquilo? Fiquei perplexa com aquilo. Aquela voz do Gustavo, um tanto abafada, e o chiado. O tempo passou. Eu nunca mais fui a mesma. Me mudei e hoje eu moro em Los Angeles (EUA), onde trabalho em uma empresa de Telecomunicações. Tenho comigo aquela voz na ligação dizendo: "Marly, meu amor, Eu Morri!" e "Desculpe Marly, não foi minha culpa, foi o caminhão. Um dia nos veremos. Sempre te amarei." Era a voz do meu querido Gustavo, eu tenho certeza. Para mim, ele como sempre fazia, me -08ligou avisando o que havia acontecido com ele, e ao mesmo tempo fazendo uma promessa e um juramento: "Um dia nos veremos. Sempre te amarei." Sei que minha vida mudou, mas tenho Gustavo no meu coração, e nunca me esquecerei desse acontecimento que transformou minha vida, e fico apenas esperando o dia em nos encontraremos novamente. Gustavo: Te amo e sempre te amarei //////////////////////////////////////////////////////////////////// //////////////////////////////////////////////////////////////////// SANTA EDWIGIS Nascida na Bavária (Alemanha) em 1174, morreu na Silésia em 1243. Era uma das oito filhas de Bertoldo IV, conde de Andechs que governou o Tirol e a Istria(Croácia). Dois de seus irmãos se tornaram bispos e duas de suas irmãos se toraram rainhas. Uma delas Gertrudes se casou com o rei André II da Hungria e é a mãe de Santa Elizabete da Hungria. Ainda jovem, Edwigis foi eduada no convento-monastério beneditido de Kitzingen na Francônia. Em 1186 quando tinha 12 anos, Edwigis se casou com o príncipe da Polônia Henry, o Barbudo e futuro Duque da Silésia, que tinha na ocasião apenas 18 anos. Alguns anos mais tarde ela deu a ele 6 filhos e ambos tiveram uma educação muito rígida e assim em 1209 ela e seu marido, resolveram viver em perpétua continência sexual. Edwigis tinha 35 e o Duque Henry pouco mais de 40, mas ele submeteu-se a uma austera disciplina sem nenhuma resistência e reclamações. Após suceder ao seu pai no ducado em 1202 e sob a influência de Edwigis, Henry fundou o monastério de irmãs Cisterciano em Trebnitz (perto de Wroclau), o primeiro monastério feminino da Silésia. O convento foi construído com o trabalho dos criminosos condenados. Foi o primeiro de um grande número de estabelecimentos que foram fundados pelo casal inclusive casa de frades Augstinianos, monges Cistercianos, Dominicasnos e Franciscanos, através dos quais a cultura germânica e a religião cristã se espalhou pelo território. Henry e Edwigis fundaram o Hospital do Sagrado Espírito Santo em Breslau, dedicado a mulheres leprosas. Seguindo o exemplo de sua esposa, Henry sustentou um grande número de obras piedosas. Ele deixou a barba crescer a maneira de monges Cistercianos (Daí o apelido de O Barbudo) e reduziu drasticamente as despesas de sua casa, usando o dinheiro para propósitos caridosos. Após a separação dos dois, Henry e Edwigis nunca mais usaram qualquer objeto de ouro, prata ou púrpura. Há poquissimas duquesas como ela. Era humilde, servia os pobres, perdoava as ofensas, ajudava os inimigos, trazendo ajuda aos mais insolentes e duros pecadores. Ela ficava com um centésio de sua renda e dava o restante de mão aberta. Debaixo de seu capote esfarrapado ela usava o cabelo como uma blusa e andava descalça mesmo no inverno, e quando em obediência ao seu confessor, comprou um novo par de sapatos, ela os carregava nos braços. Ela submetia sua alma e seu corpo a sacrifício e jejuns austeros. Durante sua vida, várias curas foram relatadas como sendo feita por ela. Vários milagres são relatados com ela e por ela. Contam que certa vez lendo a bíblia sob a luz de vela, caiu de sono e o livro pegou fogo e queimou, mas logo depois estava intacto novamente; e que um homem cego teve sua vista restaurada apenas com a sua bênção. Com a morte de Henry em 1238, Edwiges não chorou no velório de seu marido, em vez disso consolava as freirras dizendo que Deus não trataria mal aqueles a quem amava e que Henry estaria melhor ao lado do Senhor. Todos os seus filhos morreram antes dela executando-se um a um. Gertrudes se tornou a abadesa do Convento de Trebnitz. -09Era uma mulher decidida e assim Edwigis tomou o hábito de freira, mas não fez os votos, para ter a liberdade de administrar as suas propriedades como bem desejasse e o fez sempre a favor dos necessitados. As vezes chegava a pagar as suas dívidas e por isso é considerada por muitos a padroeira dos endividados. Ela previu a sua própria morte e realmente veio a falecer em 1243 conforme havia dito. Ela é também a padroeira da Silésia e muito venerada na Francônia. Na liturgia da igreja é mostrada a estátua da Virgem nas mãos, ou lavando os pés dos pobres, ou descalça com os sapatos nas mãos, ou com o hábito de freira com a coroa de uma princesa ao lado, ou com Cristo benzendoa-a da cruz. ///////////////////////////////////////////////////// /////////////////////////////////////////////////// EVOLUÇÃO ESPIRITUAL NO MUNDO ESPIRITUAL É LENTA Por Henrique P. de Araújo A evolução Do espírito desencarnado é bem mais lenta que quando encarnado. Em primeiro lugar assim que ele desencarna, fica num estado de perturbação por algum tempo. Dependendo da pessoa, esta perturbação pode ser mais ou menos lenta. A pessoa evoluída moralmente na terra, terá um tempo um pouco mais breve para começar a trabalhar. Neste primeiro estágio a pessoa vai rever os seus que já estão naquele plano. Depois visita os que ficaram neste plano. Faz uma longa reflexão e quase sempre se integra no trabalho. Se já trabalhava quando encarnado com uma e’’’’quipe espiritual, provavelmente vai continuar este trabalho, embora exercendo outras atividades. Em todo caso, ele vai ter uma tomada de consciência da realidade em que se encontra e daí então ver as oportunidades disponíveis a ele: tratamento espiritual, novos estudos, trabalho assistencial com espíritos encarnados ou desencarnados e assim sucessivamente. Se a pessoa encarnada estava trabalhando seriamente num trabalho espiritual e tem bons propósitos, ele vai progredir no mundo espiritual, embora possa sofrer um pouco, assim que passar para lá. Mas a espiritualidade maior sabe que esta pessoa fez um bom trabalho e deseja continuar este trabalho com muito amor. Esta chance será dada a esta pessoa. Para isto haverá uma boa preparação para ele. Como exemplo podemos citar André Luiz, que chegou muito ruim no mundo espiritual, mas tinha boa vontade de servir ao próximo e depois de um certo tempo já estava trabalhando. Se na terra a pessoa andou em passos errados, não chegará bem na espiritualidade. Alguns terão muitos inimigos desencarnados da última reencarnação e das anteriores. Terá que ficar fugindo de um e de outro. Às vezes o sofrimento é tão grande que a pessoa se esquece até mesmo quem foi, seu nome, seus parentes. Não se lembrará de nada. O único pensamento deles é fugir. Aqui entram os criminosos, os ladrões, os corruptos, os prostitutos, os trambiqueiros, os viciados de todos os tipos, os falsos religiosos, e muitos outros. Estes, praticamente não vão evoluir nada na espiritualidade. Assim que pagarem um pouco de suas penas, terão que reencarnar para assumir compromissos sérios e aí dele se falir de novo. Os que se encontram um pouquinho melhores, voltarão a estudar e recomeçar uma tarefa na espiritualidade. É-lhe oferecida uma pequena tarefa, a possível de ser executada. Esta pessoa trabalhará muito neste setor e depois haverá uma espécie de promoção e ele ocupará uma outra função e assim sucessivamente até o momento de ser chamado para a preparação para um novo reencarne. Por este e outros motivos a evolução no mundo espiritual é lenta, pois -10primeiro o espírito precisa se preparar e só mais tarde começar o trabalho. Os trabalhos pesados e que fazem a evolução do espírito, estão aqui na terra. É aqui que a pessoa sente dor, fome, humilhação, assassinatos, doenças e sofrimentos de todos os tipos. Podemos estar trabalhando até 24 horas por dia que não vai faltar serviço. Um simples sorriso, um abraço, um aperto de mão, uma oração para um enfermo, são pequenos serviços que podemos estar executando a todo momento. Na espiritualidade os espíritos são reunidos por faixas vibracionais. Ficam juntos aqueles que estão na mesma faixa. Daí um não ter como ajudar o outro, pois o que um tem o outro tem, não há necessidades diferentes como na Terra. Aqui podemos ajudar a qualquer um, pois todos nós temos necessidades de alguma coisa. O espírito também não tem um corpo material para sentir dor, quebrar um braço, uma perna, perder um dedo etc. Ele tem a sensação da dor. Também não precisa trabalho para receber dinheiro para comprar seus gêneros, lá ele vai receber de acordo com seu merecimento. Não precisa pagar passagem de ônibus, avião, navio, etc. Não precisa trabalhar para pagar o hospital, nem a escola. Não tem filhos, irmãos, netos, sobrinhos, esposos, esposas para cuidar. Todos são irmãos. A evolução verdadeira acontece aqui mesmo na terra. É por isto que temos que trabalhar honestamente, ter uma profissão, cuidar de nossos parentes, amigos, vizinhos, conhecidos, desconhecidos. Sofremos todas as intempéries do tempo: seca, sol, chuva, calor, tempestade, tsunami, pobreza, miséria, riqueza, fome. Podemos ser assassinados, roubados, enganados. Na espiritualidade nada disso acontece. É na terra que temos o dever de nos preparar para a vida espiritual. Por isto devemos ter uma boa religiosidade, ter fé, levar os princípios divinos a sério, praticar a caridade, ajudar a nós mesmos e ao próximo, lutar para a melhora do mundo, socorrer a todos os irmãos necessitados. Na espiritualidade vamos colher os frutos que plantamos aqui na terra. Cada um colherá conforme plantou. Ai daquele que não plantou nada. A reencarnação vai acontecer para ambos os espíritos, mas para aquele que não plantou nada, terá que voltar mais rapidamente. Por isto seu reencarne acontecerá logo e ele não permanecerá muito do outro lado. Calcula-se hoje em dia que este reencarne aconteça por volta de 30 anos na espiritualidade no mínimo, embora este tempo é relativo, podendo ser mais ou menos, conforme a nova programação recebida e de alguém aqui na terra para recebê-los novamente. Para o espírito um pouco mais evoluído este tempo será maior na espiritualidade. Em torno de 100 ou 200 anos no mínimo, conforme também o desejo do espírito. Cada um nascerá com o que conseguiu e aqui desenvolverá as suas aptidões. Um dia, quando não tivermos mais dívidas, evoluiremos para planetas mais avançados. Até lá devemos lutar muito. //////////////////////////////////////////////////////////// //////////////////////////////////////////////////////////// MENSAGEM DE EURÍPEDES AOS ESPÍRITAS DO BRASIL Irmãos queridos: Diante dessa crise que se abate sobre o nosso povo, face a essa onda de pessimismo que toma conta dos brasileiros, frente aos embates que o país atravessa, nós, os seus companheiros, trazemos na noite de hoje a nossa mensagem de fé, de coragem e de estímulo. Estamos irradiando-a para todas as reuniões mediúnicas que estão sendo realizadas neste instante, de norte a sul do Brasil. Durante vários dias estaremos repetindo a nossa palavra, a fim de que maior número de médiuns possa captála. Cada um destes que sintonizar nesta faixa -11vibratória dará a sua interpretação, de acordo com o entendimento e a gradação que lhe forem peculiares. Estamos convidando todos os espíritas para se engajarem nesta campanha. Há urgente necessidade de que a fé, a esperança e o otimismo renasçam nos corações. A onda de pessimismo, de descrédito e de desalento é tão grande que, mesmo aqueles que estão bem intencionados e aspirando realizar algo de construtivo e útil para o país, em qualquer nível, veem-se tolhidos em seus propósitos, sufocados nos seus anseios, esbarrando em barreiras quase intransponíveis. É preciso modificar esse clima espiritual. É imperioso que o sopro renovador de confiança, de fé nos altos destinos de nossa nação, varra para longe os miasmas do desalento e do desânimo. É necessário abrir clareiras e espaços para que brilhe a luz da esperança. Somente através de esperança conseguiremos, de novo, arregimentar as forças de nosso povo sofrido e cansado. Os espíritas não devem engrossar as fileiras do desalento. Temos o dever inadiável de transmitir coragem, infundir ânimo, reaquecer esperanças e despertar a fé! Ah! a fé no nosso futuro! A certeza de que estamos destinados a uma nobre missão no concerto dos povos, mas que a nossa vacilação, a nossa incúria podem retardar. Responsabilidade nossa. Tarefa nossa. Estamos cientes de tudo isto e nos deixamos levar pelo desânimo, este vírus de perigo inimaginável. O desânimo e seus companheiros, o desalento, a descrença, a incerteza, o pessimismo, andam juntos e contagiam muito sutilmente, enfraquecendo o indivíduo, os grupos, a própria comunidade. São como o cupim a corroer, no silêncio, as estruturas. Não raras vezes, insuflado por mentes em desalinho, por inimigos do progresso, por agentes do caos, esse vírus se expande e se alastra, por contágio, derrotando o ser humano antes da luta. Diante desse quadro de forças negativas, tornam-se muito difíceis quaisquer reações. Portanto, cabe aos espíritas o dever de lutar pela transformação deste estado geral. Que cada Centro, cada grupo, cada reunião promova nossa campanha. Que haja uma renovação dessa psicosfera sombria e que as pessoas realmente sofredoras e abatidas pelas provações, encontrem em nossas Casas um clima de paz, de otimismo e de esperança! Que vocês levem a nossa palavra a toda parte. Aqueles que possam fazê-lo, transmitam-na através dos meios de comunicação. Precisamos contagiar o nosso Movimento com estas forças positivas, a fim de ajudarmos efetivamente o nosso país a crescer e a caminhar no rumo do progresso. São essas forças que impelem o indivíduo ao trabalho, a acreditar em si mesmo, no seu próprio valor e capacidade. São essas forças que o levam a crer e lutar por um futuro melhor. Meus irmãos, o mundo não é uma nau à matroca. Nós sabemos que “Jesus está no leme!” e que não iremos soçobrar. Basta de dúvidas e incertezas que somente retardam o avanço e prejudicam o trabalho.Sejamos solidários, sim, com a dor de nosso próximo. Façamos por ele o que estiver ao nosso alcance. Temos o dever indeclinável de fazêlo, sobretudo transmitindo o esclarecimento que a Doutrina Espírita proporciona. Mas também, que a solidariedade exista em nossas fileiras, para que prossigamos no trabalho abençoado, unidos e confiantes na preparação do futuro de paz por todos almejado. E não esqueçamos de que, se o Brasil “é o coração do mundo”, somente será a “pátria do Evangelho” se este Evangelho estiver sendo sentido e vivido por cada um de nós”. “Jesus Medium Mensagem recebida no Centro Espirita no Lar” 10/05/2013 Suely Caldas Schuber Mensagem (10/05/2 de Eurípedes Barsanulfo //////////////////////////////////////////////////////////// /////////////////////////////////////////////////////////// OS APÓSTOLOS 6. O HONESTO NATANAEL Natanael, o sexto e último dos apóstolos escolhido pelo próprio Mestre, foi trazido a Jesus pelo seu amigo Filipe. Ele havia sido associado de Filipe, em vários empreendimentos de negócios, e estava indo ver João Batista com Filipe, quando se encontraram com Jesus. Quando Natanael juntou-se aos apóstolos, ele tinha vinte e cinco anos e era o segundo mais jovem do grupo. Era o mais jovem de uma família de sete irmãos, e, sendo solteiro, era o único esteio de pais idosos e enfermos, vivendo com eles em -12Caná; os seus irmãos e a irmã eram pessoas casadas ou falecidas, e nenhum deles vivia lá. Natanael e Judas Iscariotes eram os dois homens mais bem instruídos entre os doze. Natanael havia chegado a pensar em estabelecer-se como mercador. Jesus não deu, ele próprio, nenhum apelido a Natanael, mas os doze logo começaram a referir-se a ele em termos que significavam honestidade e sinceridade. Ele era “sem artifícios”. E essa era a sua grande virtude; ele era tanto honesto, quanto sincero. A fraqueza do seu caráter era o seu orgulho; ele era muito orgulhoso, da família, da cidade, da própria reputação e da nação; e tudo isso seria louvável, não fosse levado tão adiante. Natanael, contudo, era inclinado a ir aos extremos nos seus preconceitos pessoais. Estava disposto a prejulgar os indivíduos em função das opiniões pessoais deles. E não demorou a fazer a pergunta, mesmo pouco antes de conhecer Jesus: “Pode alguma coisa boa vir de Nazaré?” Entretanto, Natanael não era obstinado, mesmo no seu orgulho. Ele era rápido em reverter os próprios pensamentos, uma vez que olhasse no rosto de Jesus. Sob muitos pontos de vista, Natanael era o gênio ímpar dos doze. Ele era o filósofo apostólico e o sonhador, mas era o tipo do sonhador prático. Alternava estações de profunda filosofia com períodos de um raro humor bufão; quando estava com o humor certo, Natanael era provavelmente o melhor contador de histórias entre os doze. Jesus gostava muito de ouvir Natanael discorrendo sobre as coisas, tanto as sérias quanto as frívolas. Natanael, aos poucos, foi levando Jesus e o Reino mais a sério, mas nunca encarou a si próprio com seriedade excessiva. Os apóstolos todos amavam e respeitavam Natanael, e este se dava esplendidamente com todos, exceto com Judas Iscariotes. Judas não achava que Natanael levasse o seu apostolado suficientemente a sério, e certa vez cometeu a temeridade de ir secretamente a Jesus para lançar uma queixa contra ele. Jesus disse: “Judas, toma cuidado com o que fazes; não superestimes o teu encargo. Quem entre nós é competente para julgar o nosso irmão? A vontade do Pai não é que os seus filhos devam compartilhar apenas as coisas sérias da vida. Deixa-me repetir: Eu vim para que os meus irmãos na carne possam ter júbilo, alegria e uma vida de maior abundância. Vai então, Judas, e faze bem aquilo que te tenha sido confiado e deixa Natanael, o teu irmão, dar conta de si próprio a Deus”. E a memória dessa fala de Jesus, junto com a de muitas experiências semelhantes, viveu por muito tempo no coração iludido e decepcionado de Judas Iscariotes. Muitas vezes, quando Jesus encontrava-se nas montanhas com Pedro, Tiago e João, e as coisas estavam ficando tensas e confusas entre os apóstolos, quando até mesmo André estava em dúvida sobre o que dizer aos seus irmãos inconsoláveis, Natanael aliviaria a tensão com um pouco de filosofia ou com um lance de humor; e um humor certamente de boa qualidade. O dever de Natanael era o de cuidar das famílias dos doze. Ele estava freqüentemente ausente do conselho apostólico, pois, quando sabia que alguma doença ou outra coisa fora do ordinário havia acontecido a alguém sob o seu encargo, ele não perdia tempo e corria logo até a casa da vítima. Os doze ficavam sossegados ao saber que o bemestar das suas famílias estava assegurado nas mãos de Natanael. -13O que Natanael mais reverenciava em Jesus era a sua tolerância. Ele nunca se cansou de contemplar a abertura da mente de Jesus e a generosa compaixão de Filho do Homem. O pai de Natanael (Bartolomeu) morreu pouco depois de Pentecostes; e, depois disso, esse apóstolo foi para a Mesopotâmia e para a Índia proclamar as boas-novas do Reino e batizar os crentes. Os seus irmãos jamais souberam o que aconteceu com o seu ex-filósofo, poeta, e humorista. E ele foi também um grande homem para o Reino e realizou muito para a disseminação dos ensinamentos do seu Mestre, embora não tenha participado da organização da igreja cristã posterior. Natanael morreu na Índia. //////////////////////////////////////////////////////////////////// ////////////////////////////////////////////////////////////// DESPESAS DE JUNHO Cartuchos/Mat.Escolar Alimentação Mat. Encadernação Sifões cozinha/T eletrícos Energia Limpeza da impressora Água Site do Lar Internet Entrada Clube do livro Venda peças compt Informática Doação - 171,00 - 50,00 - 64,00 - 22,00 - 83,00 - 90,00 -20,00 - 30,00 -30,00 - 560,00 381,00 20,00 60,00 300,00 761,00 Saldo do mês– 560 + 761 = + 201,00 Saldo do ano –1 228 + 201 = - 1 027,00 CAMINHEIROS DA LUZ” FUNDADO EM 28/06/2002 EXPEDIENTE Rua 0-15 – Quadra 32 n.381 N.S.Aparecida – Coxipó - Cuiabá Julho 2013 – Ano XI n . 127 E-mail: [email protected] Fone: 65 3661-4437 WWW.larespiritacaminheirosdaluz.com. -03muita força de vontade, muito trabalho e muita dedicacação. Queremos até o ano de 2015 deixar todo o Lar pronto para os futuros dirigentes não terem dor de cabeça mais com construção. Ficaremos tranquilos do outro lado se os novos líderes derem continuidade ao nosso trabalho do Senhor Jesus. EDITORIAL CANTINHO DAS PSICOGRAFIAS Dizem que é muito difícil dirigir uma casa espírita. Não é tanto assim. O mais difícil mesmo é pegar uma casa espírita que não tem nada, nada e precisa partir do ponto zero. Foi o que aconteceu conosco. Quando fundamos o Lar, não tínhamos nada de bens material. O nosso vice-presidente da época disse apenas uma frase: “temos o evangelho do Senhor Jesus e isto é tudo.” Eu não tinha pensado neste detalhe, mas é realmente isto. Com o Evangelho do mestre a gente consegue tudo, vai longe. É o que está acontecendo conosco. Já temos grande parte de nossa casa instalada: temos duas salas de definitivas de evangelização, temos uma biblioteca, temos uma secretaria, um parquinho juvenil, um parquinho infantil. Agora começamos mais uma etapa do nosso Lar: Teremos definitivamente uma cozinha, uma sala grande para informática e montagem de computador, e uma nova sala de Evangelização. Já temos também todos os computadores da escolinha e também do curso de montagem. Temos 3 mil livros espíritas e não espíritas, temos uma grande série de DVDs e CDs, projetores, todas as cadeiras, mesas, Televõres, aparelhos de som e outros. Graças a Deus estamos conseguindo tudo com muita garra, No fundo, no fundo sei que o senhor tem uma vaga lembrança de mim. Eu sou a Clô. Clo de Clotilde. Eu era uma escrava bonita, muito alegre e animada. Trabalhei para o senhor por muitos anos. O senhor não era uma boa peça. Nunca me fez mal, mas judiou de muita gente. Havia muitos escravos na sua fazenda, mas a maioria tinha o seu próprio barraco. A senzala era mais para os escravos que estavam chegando. Eu gostaria de falar muitas coisas, mas não posso. O senhor sabe que de vez em quando reativamos a sua memória daquele tempo. Há coisas que não é permitido relembrar ainda. Seus guardiães não permitem. Por nós falávamos tudo, mas não podemos. Não tenho raiva do senhor e de ninguém daqui., mas muitos de nós não conseguem esquecer os sofrimentos. Eu estou sempre por aqui. ClO //////////////////////////////////////////////// Olá, queridos irmãos. Quero agradecer a ajuda que recebi de vós todos. Sou pequena, muito brincalhona, adora estar aqui. Sinto feliz junto de outras crianças. Agora sou feliz nesta casa de amor. Obrigada! Que Jesus esteja com todos vós. Que assim seja. Emília ////////////////////////////////////////// A lei de Deus nunca prescreve. Ela tem que ser cumprida e isto independe de religiões. O que não se aprende numa vida, pode-se aprender em outra, porém todos deverão se esforçar para entenderem a verdade no mais curto espaço de tempo. Urge trabalhar mais no campo do bem. Quem segue sempre o caminho do bem, não tem tempo de ouvir o mal. A verdade está escrita na consciência de cada um, mas muitos fogem da verdade. As derrocadas do mundo acontecem por não entenderem ou não aceitarem a verdade do Pai. Quantas reencarnações perdidas, quantos corações pereceram. Deus espera sempre por nós, mas precisamos fazer a nossa parte. Trabalhemos, amigos e tenhamos a certeza de um futuro melhor para nós e para os que nos seguem de longe. Que Jesus nos abençoe. JONAS ////////////////////////////////////////////////////////// O conselho de Jesus divulgado em todos os instantes de vida de cada um, também faz presente nos corações sinceros que desejam permanecer na caminhada do bem. Sejam prudentes em pensamentos para que as ações constituam tudo aquilo que foi programado para cada um. Tenham compaixão de si mesmos, sejam caridosos, estendendo para os que mais necessitam. Existem muitas fontes, pensem e recorram ao mestre divino que a orientação seja para a melhoria e condições de ajuste moral no transcurso do pouco tempo que a ainda vos é concedido. Que a paz de Jesus é o desejo a todos. Luz e amor. UM AMIGO /////////////////////////////////////////////////////////// Nas correntezas da vida que flutuam todos os tipos de dor, alegria, justiça. Basta contrapor entre os desígnios de Deus. Acreditar que existe o que é de melhor para cada um. Tirando do pouco que pensar, receber e saber empregar para se tornar melhor diante de tudo o que recebe, aumentar na consciência o alimento de libertação. Na glória do Senhor, acreditar que existirá na fé que -04dará forças para todos. Que a paz vos desejo para todos. PAULO ////////////////////////////////////////////////////////////////// Boa noite, meus irmãos em Cristo! É com amor, força e coragem que estou deixando essa mensagem de encorajamento a todos vocês. Irmãos, que continuem a vencer barreiras para o crescimento espiritual. Tenham fé em Deus e Jesus que estão sempre perto de todos. Que a paz esteja com vocês! IRMÃ GERTRUDES /////////////////////////////////////////////////////////////////// CONSTRUÇÃO DO LAR Neste mês de julho de 2013 recomeçamos a construção definitiva do nosso Lar. Construíremos agora a sala de informática, contendo 7 por 5 metros quadrado. Ela está sendo construída no segundo piso e junto também a nossa Biblioteca. As dificuldades são muito grandes, pois além destas duas salas, temos alguns consertos a fazer na construção anterior: Levar um cano de água da caixa até a nova cozinha que vai ser na antiga sala de informática, arrumar o registro geral de água, arrumar o chuveiro do banheiro masculino, arrumar a válvula do banheiro feminino, reconstruir a cobertura em cima da caixa d’água, colocar as calhas, fazer a escadaria. Em tudo isto vai dinheiro. E este dinheiro como conseguir? Em primeiro lugar, eu Henrique P. de Araújo – fiz um empréstimo no banco Itaú de R$ 15 000,00 para o início da obra. Este montante será pago em 24 parecelas de R$ 1021,00. Eu tinha dois mil reais a receber de uma determinada pessoa e recebi através de material de construção, tínhamos grande parte do material como Tijolos, Janelas, Pizo e um pouco de madeira. Para completar temos algumas outras ajudas como o clube do livro, que rende muito pouco, algumas doações e lancei a campanha “DOE UMA BOLSA DE CIMENTO AO LAR” e graças a Deus nos ajudou muito. Se nos for possível assim que terminar aquela parte, vamos construir a sala de passe e a sala medíúnica logo a seguir. Esperemos que Deus nos dê força para a sua própria obra. DESENCARNA HERMÍNIO MIRANDA -05dos Santos, Suely C. Hermínio C. Miranda. Schubert e Hermínio estava incomodado com o púlpito. Não era expositor, dizia, apenas escritor. Assentado, com um maço de páginas nas mãos, começou a ler seu discurso. E que discurso! Superado o impacto inicial de ouvir uma leitura, as palavras dele criavam vida após sair do papel. Eram tantas informações e com tanta elegância, que eu me dividia entre as anotações furiosas que fazia e a atenção necessária para acompanhar cada nuance, cada expressão, cada frase. Se ele temia o público, arrisco minha opinião póstuma: ele fez bonito! Hermínio era reservado, tinha uma personalidade anglo-saxônica. A esposa completava-lhe o que lhe faltava. Recordo-me dela expansiva, simpática, calorosa. Os dois formavam um belo casal, cada um admirado por suas qualidades díspares. Hermínio (05/01/1920 08/07/2013) "O pássaro agora voa liberto. Nós, que não mais podemos vê-lo, já sentimos saudades do seu canto." Jáder Sampaio Na década de 80 a União Espírita Mineira, em associação com a Aliança Municipal Espírita de Belo Horizonte, trouxe três estudiosos do espiritismo para um seminário sobre mediunidade. Jorge Andréa Hermínio já era nonagenário, com extensa contribuição ao espiritismo e ao movimento espírita. Durante anos manteve uma coluna no Reformador, chamada "Lendo e Comentando". Ela trouxe aos trópicos de forma sistemática o que se pesquisava sobre comunicação dos espíritos e reencarnação nas terras anglófonas. Creio que das páginas do Reformador saiu o material para a composição dos livros "Sobrevivência e Comunicabilidade dos Espíritos" e "Reencarnação e Imortalidade". Um de seus trabalhos sistemáticos foi com o atendimento aos espíritos. Apesar da personalidade reservada, ele mostrava um senso de percepção incomum e uma capacidade de diálogo transformadora. Como gravasse seus atendimentos, pode nos oferecer uma quadrilogia de livros intitulada "Histórias que os espíritos contaram", hoje publicada pela editora Correio Fraterno. A teoria do seu trabalho diferenciado, no qual incluiu técnicas dos magnetizadores do século XIX, encontra-se em dois livros: Diálogo com as sombras (FEB) e Diversidade dos Carismas (Lachâtre). As incursões pelo magnetismo não se restringiram ao mundo das sombras, e ele fez sessões de regressão de memória com algumas pessoas. Luciano dos Anjos foi um sujet pleno de recordações da França revolucionária, que ele registrou no livro "Eu sou Camille Desmoulins", publicado em 1989, no bicentenário da revolução francesa, com uma explicação do autor que assegurava não ter podido publicar antes, e não estar se aproveitando das comemorações. Para quem agora escreve, seria uma simetria histórica. Simetria histórica é um dos conceitos que ele desenvolveu e que foi empregado em muitos dos seus livros. As Marcas do Cristo (FEB), é um exemplo deste tipo de trabalho, no qual Hermínio compara a personalidade e história de Paulo de Tarso com a de Martinho Lutero. Este conceito -06seria empregado pela Dra. Nadia Luz, em sua tese de doutoramento em história, publicada na coleção Espiritismo na Universidade. As biografias foram também uma de suas paixões. Ele publicou diversas, recuperando para o movimento espírita personalidades que passariam despercebidas nos dias de hoje, apesar de sua relevância. Guerrilheiros da Intolerância (Lachâtre), Hahnnemann, apóstolo da medicina espiritual (CELD), O pequeno laboratório de Deus (Lachâtre) e Swedenborg, uma análise crítica, são alguns dos exemplos. Um de seus interesses era com a psicologia, na sua interseção com os fenômenos espirituais. Um de seus livros neste campo tornou-se best seller: Nossos filhos são espíritos (Lachâtre). Autismo, uma leitura espiritual (Lachâtre) e Condomínio Espiritual (Lachâtre) são alguns dos trabalhos com este perfil. Creio que um dos temas que mais o intrigava era a transformação do cristianismo. Ele contribuiu com Os cátaros e a heresia católica (Lachâtre), Cristianismo, a mensagem esquecida (Lachâtre), Candeias da noite escura (FEB) e O evangelho gnóstico de Tomé (Lachâtre). Das traduções, sua obra prima, é A história triste, de Patience Worth, que desenterrou do esquecimento juntamente com Memória Cósmica, cuja tradução está perdida em seu hard-disk. Os livros do egito, que povoa suas recordações de além cérebro, o Edwin Drood, o livro de Dickens completado pela mediunidade e igualmente desenterrado por Hermínio, O processo dos espíritas, que reconta a injusta perseguição da sociedade francesa a um dos continuadores de Kardec, Leymarie, e muitos e muitos livros que não vou ficar citando, trazem seu nome e são frutos das suas horas de trabalho sério. Voa, meu amigo, voa. Vai conhecer novos mundos, recordar mais vivências, reviver os tempos do Cristo. Voa bem alto, para que um dia possa retornar falando das luzes e do futuro. VIVÊNCIAS EVOLUTIVAS DE ALLAN KARDEC – Síntese. Neste artigo apresentamos sinteticamente algumas reencarnações de Allan Kardec, e a sua contribuição filosófica, cientifica e religiosa para a humanidade. 1. SACERDOTE AMENOPHIS - No período de Ramsés II, no antigo Egito. Ilustre sábio da casa do Faraó Seti I, em aproximadamente, 3386 anos, passados, na época da 19ª. Dinastia. Neste mesmo período viveu Moisés. Citado no Livro Faraó Mernephtah de J. W. Rochester. 2. SACERDOTE DRUÍDA - Allan Kardec, revelação dada pelo Espírito Zéfiro em 1856. Espírito protetor, dizendo a Denizard Rivail: Conhecemo-nos quando -07ambos vivemos nas Gálias entre os Druídas. Chamava-se Allan Kardec. Neste período de 58 a.C., imperador Julius César invadiu as Gálias. 3. CENTURIÃO ROMANO - Quirílius Cornélius que viveu na Palestina como Centurião Romano, na época do Imperador Tibérius César, sendo Pôncio Pilatos o Procurador da Judéia. Esteve diversas vezes com Jesus. Instalou-se em Jerusalém. Entre vários fatos marcantes em sua vida, foi a cura de um servo por Jesus (Mateus, 8: 5-13). Quando Jesus foi preso quis deixá-lo fugir e ofereceu-se a ele para morrer em seu lugar. Citado no Livro Herculanum de J. W. Rochester. 4. JAN HUSS - Sacerdote, mártir e reformador Tcheco. Nasceu em Husinec em 1369 e morreu em 1415, com 46 anos de idade. Foi o período da pré - reforma da Igreja católica. John Wyclif, muito influenciou Jerônimo de Praga e este a Jan Huss. No final da vida Huss e Jerônimo, atacaram, publicamente, os dogmas romanos. Huss era detentor de um caráter sábio. A Igreja levou-o ao Concílio de Constança para que ele se retratasse, mas, este, manteve a sua doutrina que o Cristo era o chefe da Igreja e não Pedro. Aos 6 dias de Julho de 1415, foi condenado, amarrado em um poste, executado e queimado vivo. 5. HIPPOLYTE LÉON DENIZARD RIVAIL FRANÇA - 1804 a 1869 - SÉCULO XIX Codificador do Espiritismo. Por uma longa evolução reencarnatória, Kardec foi colhendo o Conhecimento, o Amor e a Coragem que demonstrou na sua última vivência com A Missão. RESUMO DA BRILHANTE TRAJETÓRIA DESSE ESPÍRITO AMENOPHIS (Sacerdote) - A Iniciação ALLAN KARDEC (Druída) - A Sabedoria QUIRÍLIUS CORNÉLIUS (Centurião) - O Amor JAN HUSS (Mártir) - O Testemunho ALLAN KARDEC (Codificador) - A Missão O HONESTO NATANAEL -08seria louvável, não fosse levado tão adiante. Natanael, contudo, era inclinado a ir aos extremos nos seus preconceitos pessoais. Estava disposto a prejulgar os indivíduos em função das opiniões pessoais deles. E não demorou a fazer a pergunta, mesmo pouco antes de conhecer Jesus: “Pode alguma coisa boa vir de Nazaré?” Entretanto, Natanael não era obstinado, mesmo no seu orgulho. Ele era rápido em reverter os próprios pensamentos, uma vez que olhasse no rosto de Jesus. Natanael, o sexto e último dos apóstolos escolhido pelo próprio Mestre, foi trazido a Jesus pelo seu amigo Filipe. Ele havia sido associado de Filipe, em vários empreendimentos de negócios, e estava indo ver João Batista com Filipe, quando se encontraram com Jesus. Quando Natanael juntou-se aos apóstolos, ele tinha vinte e cinco anos e era o segundo mais jovem do grupo. Era o mais jovem de uma família de sete irmãos, e, sendo solteiro, era o único esteio de pais idosos e enfermos, vivendo com eles em Caná; os seus irmãos e a irmã eram pessoas casadas ou falecidas, e nenhum deles vivia lá. Natanael e Judas Iscariotes eram os dois homens mais bem instruídos entre os doze. Natanael havia chegado a pensar em estabelecer-se como mercador. Jesus não deu, ele próprio, nenhum apelido a Natanael, mas os doze logo começaram a referir-se a ele em termos que significavam honestidade e sinceridade. Ele era “sem artifícios”. E essa era a sua grande virtude; ele era tanto honesto, quanto sincero. A fraqueza do seu caráter era o seu orgulho; ele era muito orgulhoso, da família, da cidade, da própria reputação e da nação; e tudo isso Sob muitos pontos de vista, Natanael era o gênio ímpar dos doze. Ele era o filósofo apostólico e o sonhador, mas era o tipo do sonhador prático. Alternava estações de profunda filosofia com períodos de um raro humor bufão; quando estava com o humor certo, Natanael era provavelmente o melhor contador de histórias entre os doze. Jesus gostava muito de ouvir Natanael discorrendo sobre as coisas, tanto as sérias quanto as frívolas. Natanael, aos poucos, foi levando Jesus e o Reino mais a sério, mas nunca encarou a si próprio com seriedade excessiva. Os apóstolos todos amavam e respeitavam Natanael, e este se dava esplendidamente com todos, exceto com Judas Iscariotes. Judas não achava que Natanael levasse o seu apostolado suficientemente a sério, e certa vez cometeu a temeridade de ir secretamente a Jesus para lançar uma queixa contra ele. Jesus disse: “Judas, toma cuidado com o que fazes; não superestimes o teu encargo. Quem entre nós é competente para julgar o nosso irmão? A vontade do Pai não é que os seus filhos devam compartilhar apenas as coisas sérias da vida. Deixa-me repetir: Eu vim para que os meus irmãos na carne possam ter júbilo, alegria e uma vida de maior abundância. Vai então, Judas, e faze bem aquilo que te tenha sido confiado e deixa Natanael, o teu irmão, dar conta de si próprio a Deus”. E a memória dessa fala de Jesus, junto com a de muitas experiências semelhantes, viveu por muito tempo no coração iludido e decepcionado de Judas Iscariotes.Muitas vezes, quando Jesus encontrava-se nas montanhas com Pedro, Tiago e João, e as coisas estavam ficando tensas e confusas entre os apóstolos, quando até mesmo André estava em dúvida sobre o que dizer aos seus irmãos inconsoláveis, Natanael aliviaria a tensão com um pouco de filosofia ou com um lance de humor; e um humor certamente de boa qualidade. O dever de Natanael era o de cuidar das famílias dos doze. Ele estava freqüentemente ausente do conselho apostólico, pois, quando sabia que alguma doença ou outra coisa fora do ordinário havia acontecido a alguém sob o seu encargo, ele não perdia tempo e corria logo até a casa da vítima. Os doze ficavam sossegados ao saber que o bemestar das suas famílias estava assegurado nas mãos de Natanael. O que Natanael mais reverenciava em Jesus era a sua tolerância. Ele nunca se cansou de contemplar a abertura da mente de Jesus e a generosa compaixão de Filho do Homem. O pai de Natanael (Bartolomeu) morreu pouco depois de Pentecostes; e, depois disso, esse apóstolo foi para a Mesopotâmia e para a Índia proclamar as boas-novas do Reino e batizar os crentes. Os seus irmãos jamais souberam o que aconteceu com o seu ex-filósofo, poeta, e humorista. E ele foi também um grande homem para o Reino e realizou muito para a disseminação dos ensinamentos do seu Mestre, embora não tenha participado da organização da igreja cristã posterior. Natanael morreu na Índia. -09INRI CRISTUS – QUE SE SUPÕE SER A REENCARNÇÃO DE JESUS CRISTO Jesus era todo humildade, todo bondade jamais foi carregado em um andor como este suposto Jesus que está aí. E ainda há gente que acredita que ele é mesmo a reencarnação do humilde Jesus. Este suposto Jesus faz questão de pizar em tapetes vermelhos, de possuir ao seu lado, para lhe servir, belas donzelas e jovens mancebos, quando o outro andava com os pobres, prostitutas, publicanos, pescadores e outros sofredores. Os falsos profetas da Bíblia estão por aí. Temos muitos e em muitas e muitas igrejas, a maioria criada por eles mesmos. É o cúmulo do absurdo o que está acontecendo com as diversas religiões que há pelo mundo afora. Precisamos estar atentos a todos estes movimentos perigosos para não cairmos em tentação. INQUISIÇÃO NA IGREJA CATÓLICA A famosa Inquisição teve seu início no ano de 1184, em Verona, com o Papa Lúcio III. Em 1198, o Papa Inocêncio III já havia liderado uma cruzada contra os albigenses (hereges do sul da França), promovendo execuções em massa. Em 1229, sob a liderança do Papa Gregório IX, no Concílio de Tolouse, foi oficialmente criada a Inquisição ou Tribunal do Santo Ofício. Em 1252, o Papa Inocêncio IV publicou o documento intitulado Ad Exstirpanda, que foi fundamental na execução do plano de exterminar os hereges. O Ad Exstirpanda foi renovado e reforçado por vários papas nos anos seguintes. Em 1320, a Igreja (a pedido do Papa João XXII) declarou oficialmente que a Bruxaria, e a Antiga Religião dos pagãos constituíam um movimento e uma "ameaça hostil" ao cristianismo. Os inquisidores, cidadãos encarregados de investigar e denunciar os hereges, eram doutores em Teologia, Direito Canônico e Civil. Inquisidores e informantes eram muito bem pagos. Todos os que testemunhassem contra uma pessoa supostamente herege, recebiam uma parte de suas propriedades e riquezas, caso a vítima fosse condenada. Os inquisidores deveriam ter no mínimo 40 anos de idade. Sua autoridade era outorgada pelo Papa através de uma bula, que também podia incumbir o poder de nomear os inquisidores a um Cardeal representante, bem como a padres e frades franciscanos e dominicanos. As autoridades civis, sob a ameaça de excomunhão em caso de recusa, eram ordenadas a queimar os hereges. Camponeses eram incentivados -10(ludibriados com a promessa de ascenderem ao reino divino ou através de recompensas financeras) a cooperarem com os inquisidores. A caça às Bruxas tornou-se muito lucrativa. Geralmente as vítimas não conheciam seus acusadores, que podiam ser homens, mulheres e até crianças. O processo de acusação, julgamento e execução era rápido, sem formalidades, sem direito à defesa. Ao réu, a única alternativa era confessar e retratar-se, renunciar sua fé e aceitar o domínio e a autoridade da Igreja Católica. Os direitos de liberdade e de livre escolha não eram respeitados. Os acusados eram feitos prisioneiros e, sob tortura, obrigados a confessarem sua condição herética. As mulheres, que eram a maioria, comumente eram vítimas de estupro. A execução era realizada, geralmente, em praça pública sob os olhos de todos os moradores. Punir publicamente era uma forma de coagir e intimidar a população. A vítima podia ser enforcada, decapitada, ou, na maioria das vezes, queimada. Malleus Maleficarum Em 1486 foi publicado um livro chamado Malleus Maleficarum (Martelo das Bruxas) escrito por dois monges dominicanos, Heinrich Kramer e James Sprenger. O Malleus Maleficarum é uma espécie de manual que ensina os inquisidores a reconhecerem as bruxas e seus disfarces, além de identificar seus supostos malefícios, investigá-las e condená-las legalmente. Além disso, também continha instruções detalhadas de como torturar os acusados de bruxaria para que confessassem seus supostos crimes, e uma série de formalidades para a execução dos condenados. Ainda, o tratado afirmava que as mulheres deveriam ser as mais visadas, pois são naturalmente propensas à feitiçaria. O livro foi amplamente usado por supostos "caçadores de bruxas" como uma forma de legitimar suas práticas. Alguns itens contidos no Malleus Maleficarum que tornavam as pessoas vulneráveis à ação da Santa Inquisição: Difamação notória por várias pessoas que afirmassem ser o acusado um Bruxo. • • Se um Bruxo desse testemunho de que o acusado também era Bruxo. • Se o suspeito fosse filho, irmão, servo, amigo, vizinho ou antigo companheiro de um Bruxo. Se fosse encontrada a suposta marca do Diabo no suspeito. • Hecatombe Gradativamente, contando com o apoio e o interesse das monarquias européias, a carnificina se espalhou por todo o continente. Para que se tenha uma idéia, em Lavaur, em 1211, o governador foi enforcado e a esposa lançada num poço e esmagada com pedras; além de quatrocentas pessoas que foram queimadas vivas. No massacre de Merindol, quinhentas mulheres foram trancadas em um celeiro ao qual atearam fogo. Os julgamentos em Toulouse, na França, em 1335, levaram diversas pessoas à fogueira; setecentos feiticeiros foram queimados em Treves, quinhentos em Bamberg. Com exceção da Inglaterra e dos EUA, os acusados eram queimados em estacas. Na Itália e Espanha, as vítimas eram queimadas vivas. Na França, Escócia e Alemanha, usavam madeiras verdes para prolongar o sofrimento dos condenados. Ainda, a noite de 24 de agosto de 1572, que ficou conhecida como "A noite de São Bartolomeu", é considerada "a mais horrível entre as ações inquisidoras de todos os séculos". Com o consentimento do Papa Gregório XIII, foram eliminados cerca de setenta mil pessoas em alguns dias. Além da Europa, a Inquisição também fez vítimas no continente americano. Em Cuba iniciou-se em 1516 sob o comando de dom Juan de Quevedo, bispo de Cuba, que eliminou setenta e cinco hereges. Em 1692, no povoado de Salem, Nova Inglaterra (atual E.U.A.), dezenove pessoas foram enforcadas após uma histeria coletiva de acusações. No Brasil há notícias de que a Inquisição atuou no século XVIII. No período entre 1721 e 1777, cento e trinta e nove pessoas foram queimadas vivas. No século XVIII chega ao fim as perseguições aos pagãos, sendo que a lei da Inquisição permaneceu em vigor até meados do século XX, mesmo que teoricamente. Na Escócia, a lei foi abolida em 1736, na França em 1772, e na Espanha em 1834. O pesquisador Justine Glass afirma que cerca de nove milhões de pessoas foram acusadas e mortas, entre os séculos que durou a perseguição. DESPESAS DE JULHO Pedreiro 10 000,00 Material de Construção 9 693,00 Cosnserto da impressora - 160,00 Alimentação/Limpeza - 50,00 Energia - 83,00 Água -20,00 Site do Lar - 30,00 Internet -30,00 20 066,00 Entrada Devolução da construção do antigo Lar 10 000,00 Festa sábado especial 1 355,00 Clube do livro 146,00 Campanha cimento 810,00 Informática 80,00 CampanhaMarizete 57,00 Doação 75,00 12 523,00 Saldo do mês– 20 066 + 12 523 = - 7 543,00 Saldo do ano –1 027 - 7 543 = - 8 570,00 EDITORIAL Não resta dúvida de que os espíritas verdadeiros possuem um nível cultural bastante elevado. Diferente de outras religiões, o espírita não é fanático, nem possui uma fé cega. Não basta apenas ficar apenas com os manuais religiosos, é preciso buscar todas as fontes de conhecimentos possíveis. As fontes que tem algo de bom para o ser humano. Assim é que precisamos estar a par de tudo o que acontece em nosso mundo, saber os prós e os contras conforme reza a doutrina espírita. Infelizmente vemos muitos bibliófilos com uma fé cega na Bíblia, não importando se aquilo que estão pregando está certo ou errado. Se está na Bíblia é porque Deus falou. Falou coisa nenhuma. Deus não falou nada, muito menos escreveu alguma coisa. Muita coisa da Bíblia são histórias da tradição dos hebreus. A fé precisa ser raciocinada. Tem fundamento aquilo? É possível acontecer na vida humana? Não foge à lei natural? Há religiões que são contrários a doação de órgãos ou de sangue. Preferem deixar a pessoa morrer, quando ela pode ser salva com uma simples doação de um órgão ou de sangue. É por isto que falamos que o espírita verdadeiro possui um grande conhecimento. As obras de Kardec já trazem uma bagagem bem grande de conhecimentos, mas precisamos buscar novas fontes de informação. Precisamos conhecer um pouco da ciência, da filosofia, da história, da sociologia e outras matérias tão necessárias a todo ser humano. Precisamos saber um pouco de tudo, para termos argumentos para conversar, discutir, trocar idéias. -02CANTINHO DA PSICOGRAFIA CAMINHADA DIFÍCIL Nos campos floridos de minha terra Nos vales, nas montanhas, nas grotas Nas serras esbranquiçadas pela neblina Onde os raios do sol cintilavam Formando belíssimos arco-íris, Eu deslizava de mansinho pelas estradas Num gibão de ouro, nas costas de um alazão Armado dos pés à cabeça Para que nenhum mal me abalasse. Por onde passava por aquelas plagas Levava o medo e a desconfiança Todos corriam de mim Com medo que o mal me acontecesse E assim o tempo foi passando A velhice aos poucos foi chegando As andanças aos poucos encerrando Até que um dia acordei do outro lado. Quanto negrume, quanta maldade Eu houvera praticado ao passar dos anos Não tinha um único amigo comigo Em compensação, inúmeros inimigos Eu chorava e implorava o perdão Até que um dia um velho Senhor Pegou-me pelo braço e levou-me a uma casa Uma bela casa, alegre e iluminada. Eu não conhecia nada daquilo Mas ali encontrei muitos amigos Todos me abraçavam, me cumprimentavam Como se eu fosse um velho amigo E me apresentaram a um jovem Senhor Cujo nome era Jesus Cristo Minha vida mudou completamente Que passei a seguir o Mestre Tomei-lhe da grande cruz E passei a minha longa caminhada E aqui me encontro agora Cumprindo suas ordens de trabalho. Um desconhecido //////////////////////////////////////////////////////// MATANDO A FOME -03- Se alguém lhe mendiga o pão Dai-lhe aquilo que lhe satisfaz Todo apoio possível vos apraz Mas fazei-vos de coração. Desabrigados pelos poderosos humanos Eu vos darei a paz e o amor fraterno. O pão é necessário para matar a fome E a fraqueza do corpo apagar E o pobre pedinte recomeça a andar Sem a fraqueza que já não o consome. Mas lembrai-vos caros irmãos Que temos uma mira a cumprir Temos um longo caminho a seguir Suprir os achaques do coração. Nesta hora e neste grande momento Temos que divulgar a nossa missão Ministrar a este nosso irmão O Evangelho de que temos conhecimento. Nestor /////////////////////////////////////////////////////////// VINDE A MIM Vinde a mim os desesperançados Aconcheguem em meu peito E eu vos aliviarei as dores. Vinde a mim todos vos trabalhadores cansados Deitem-se em meus braços e descansem em paz Eu velarei por vós durante o sono. Bem aventurados todos vós abandonados Vinde a mim de coração aberto E eu cuidarei eternamente de vós. Vinde a mim pregadores honestos e sinceros Eu vos levarei ao lugar que conquistastes E viverão comigo para todo o sempre. Vinde a mim todos vós pobres pecadores Eu vos amarei e tomarei vossas dores Pois somente eu tenho a luz Sou o filho de Deus – sou Jesus. Gervásio Figueiredo //////////////////////////////////////////////////////////// A MÁSCARA corações Vinde a mim todos que perderam a esperança Eu sou a luz do novo mundo O abrigo de todos os irmãos sofridos. Vinde a mim os peregrinos das estradas afora Apeguem-se a mim E eu vos levarei a um lugar seguro. Vinde a mim todos vós que passais fome Saciar-se-ão em minha mesa farta No grande salão das moradas do meu Pai. Vinde a mim todos vós desfavorecidos A máscara serve para vocês. Hoje estão todos aqui, como verdadeiros santinhos, mas ontem foram as feras indomáveis, batiam, torturavam, denegriam, matavam. Por que não continuam os seus trabalhos de outrora? São todos pobres, miseráveis, que não podem mais continuar com suas maldades? Garanto que se fossem ricos, fariam as mesmas coisas e até piores. Agora ficam aí, todos quietinhos, ninguém fala nada. Como mudaram! Mudaram mesmo? Ou estão faltando as oportunidades? Querem que confiemos em vocês? Vejamos. Vamos ficar de olho. Eu sou o Haroldo. Sou do grupo. ///////////////////////////////////////////////////////////// O VERDADEIRO ESPÍRITA Olhai bem, meus irmãos, a grande caminhada começa com o primeiro passo. O edifício só é possível com o alicerce. O grande homem começou como um bebê. O médico iniciou com o be-a-bá. O enorme avião é composto de pequenas peças. Tudo tem um início, tudo começa de pequeno. O bom funcionamento do conjunto produz uma máquina exuberante. Todo espírita também tem que ser assim. Tudo começa com a base, “O livro dos Espíritos”, depois vem os outros, mas é preciso o estudo sério, o trabalho abnegado para que tudo ocorra bem e para que seja ajudado pelo alto e de acordo com o trabalho que executado. Com o trabalho de cada um o centro cresce. Ninguém pode fugir do trabalho. Deve-se pensar sempre no próximo, muito mais do que em nós mesmos. Ajudando o próximo, automaticamente estará se ajudando. Um dia verão que por mais que trabalharam, poderiam ter feito muito mais. Um irmão ////////////////////////////////////////////////////////// O LAR CAMINHEIROS DA LUZ ANTES DA CONSTRUÇÃO Como era o Lar Espírita Caminheiros da Luz antes da construção definitiva? Para que não se perca a história, aqui vou narrar tudo antes do começo. -04Em 1977 eu comprei os dois lotes onde resido atualmente. O corretor foi até a república onde eu morava para eu assinar o contrato. Sobrou este lote ao lado de minha casa. A dona da república se interessou e acabou comprando o outro, mas eu sabia que ela não iria assumir o compromisso e não deu outro. Ela não pagou nenhuma prestação e o lote foi retomado. Isto ficou assim por muito tempo. As máquinas patrolando as ruas, acabaram abrindo uma ruma neste lote, de modo que virou uma estrada, mas como o movimento era muito pouco, o mato foi crescendo novamente e acabou virando uma quiçaça. De vez em quando eu roçava para não aumentar o número de cobras que tinha demais. O terreno acabou virando uma encruzilhada onde os batuqueiros faziam os seus despachos com as comidas de santo, velas, pinga, frango assado e tudo que estas entidades gostam – segundo dizem. Um sargento militar que morava na frente de minha casa acabou cercando o local e fez um campo de voley para a molecada da rua. Vi o inferno ao lado de minha casa. Riscaram toda a minha casa, quebraram o muro, saltavam para dentro para pegar a bola. Tivemos muitas brigas por isto e o tal sargento dando uma de macho, que estava ajudando as crianças. Depois de um certo tempo este bondoso sargento vendeu o lote – que não era dele – a um tenente e o tenente colocou um portão de ferro na frente e começou a construir uma república de mulheres. Vi minha vida arruinar ainda mais. O inferno estava apenas começando. Conversei com o tal tenente da polícia militar e ele disse que não era uma república para mulheres, mas para rapazes. Ele apenas trocou 6 por meia dúzia. Nem terminou de construir o segundo quarto quando o dono apareceu. O tal cujo morava em Nobres e vendo ameaçada a sua propriedade, tratou de tomar as providências. As coisas foram parar no juiz e o tenente perdeu a questão. O dono do lote não tinha dinheiro para pagar o advogado e acabou vendendo o terreno para ele. O advogado Mananciel me procurou, pois sabia que eu estava interessado em comprar o lote. Ele então fez a proposta: eu pagaria o terreno em 7 parcelas de 500 reais, totalizando R$ 3,500. Assim foi feito, comprei o terreno, já com intenções de construir uma casa espírita. Aquele montante corresponderia hoje a R$ 35 000,00. Comprei o terreno e fiz uma cerca de arame. Assim ficou por algum tempo, depois murei-o todo, mas não interliguei ao meu. Plantei alguns pés de goiaba que carregavam bem, depois plantei algumas bananeiras. Fiz em seguida uma mini roça. Enchi-o de milho que produziu bem, depois plantei muita mandioca e houve uma boa produção. Eu me lembro bem que colhemos ainda algumas melancias e abóboras verdes deste terreno. Quando o Júnior chegou, eu estava de pé no terreno, muito pensativo. Eu disse a ele que pretendia construir um centro espírita ali, mas não tinha dinheiro e não sabia por onde começar. Ele então me incentivou muito e nesta mesma semana 26 de julho de 2002 começamos a fundação do nosso Lar. Mais tarde, já com o Lar criado, construí ali um campinho de futebol onde as crianças brincavam. Em 2005 construi o parquinho infantil e o juvenil e fiz as três primeiras salas: uma biblioteca, uma sala de evangelização, uma sala para a escolinha de informática. Assim ficou até o ano de 2008 quando criei a Secretaria e mais uma sala de Evangelização. Em 2010 reformulei os dois parquinhos já com estruturas definitivas. Em 2013 fiz o 2º. Piso com a escolinha de Informática e Hardware e a Biblioteca. Fiz a escadaria e reformulamos toda a estrutura. Estamos trabalhando firmemente para no ano vindouro terminarmos todo o nosso Lar. Está faltando o salão para palestra pública, uma sala de passe, uma sala mediúnica e uma cozinha. Tudo está sendo bem estruturado e se não der para construir no ano vindouro, em 2015 é certeza de que terminaremos o nosso Lar. Que o Senhor Jesus nos ajude em nossa missão! -05A FESTA JUNINA EM NOSSO LAR No dia 10 de agosto fizemos a nossa tradicional festa junina. O frio nos atrapalhou um pouco, mas tudo transcorreu bem. O público também não foi lá muito grande, mas os que vieram, se divertiram um pouco. Esta é a nossa festinha mais tradicional e mais antiga, pois aconteceu em todos os anos desde a fundação. É uma festa sadia, sem bebedeira, onde todos se divertem, saboreiam as guloseimas. Queremos melhorar ainda mais nossa festinha para os próximos anos. //////////////////////////////////////////////////////////////////// SOBRE ESPÍRITOS INFERIORES Se os espíritos de pessoas mortas podem se comunicar, podem andar por aí, e podem até ajudar ou prejudicar as pessoas, porque então uma pessoa por exemplo que foi morta por um assaltante não voltaria para atormentar a vida do sujeito que a matou? Uma pessoa morta por um assaltante, se foi muito ligada às coisas materiais pode, sim, vir a atormentar seu algoz. Se for uma pessoa desenvolvida espiritualmente, saberá compreender os desígnios de Deus e, certamente, irá perdoar seu assassino. Mas não pense que alguém é morto criminosamente por acaso. Tudo é relacionado com a lei da "ação e reação". Quem realmente acredita em Deus não pode pensar que Deus permitiria que fôssemos assassinados por A ou B. Todo aquele que morreu ou morrerá assassinado certamente foi um homicida em outra vida. E, muito provavelmente, foi morto por aquele a quem matou. Complicado de entender? Claro que sim. Mas até nisso se manifesta a sabedoria de Deus. É uma maneira de reparar o erro cometido. Por isso o Espírita não acredita em arrependimento sem que exista a necessidade de "pagar" pelo erro cometido. Além do mais, quando um homicida morre, a justiça divina faz com que esse mesmo homicida fique frente a frente com aquele ao qual matou nessa ou em outra vida. Se uma pessoa que morreu num acidente de carro e era uma pessoa boa, que possuía um espírito bom, não poderia então voltar àquele lugar onde aconteceu o acidente e impedir que outras pessoas também sofressem da mesma maneira? E como ela, em espírito, poderia impedir isso? Existem muitos casos em que um carro fica completamente destruído depois de um acidente e os seus ocupantes "milagrosamente" sobrevivem. Em alguns casos (eu diria EM TODOS), existe a intervenção de espíritos para impedir que a morte ocorra. Isso por que acidentes existem, mas não era a hora de ninguém naquele carro morrer. Temos, no dia a dia, vários exemplos disso. Por exemplo: quem sobrevive a um desastre aéreo? NINGUÉM!. Mas, recentemente, tivemos o caso do piloto que "aterrissou" o avião nas águas do rio que banha Nova Iorque. Pois é. Ninguém naquele avião deveria morrer naquele dia! A intervenção dos espíritos só ocorre com o consentimento de Deus. Os evangélicos acreditam que seja somente a intervenção de Deus, o -06que respeito, mas sei que os espíritos são auxiliares diretos de Deus EM TUDO, até nas tempestades, mas isso é outro assunto. Se existem espíritos bons e ruins andando por aí, eles não deveriam travar uma batalha entre eles mesmos, e se esta batalha fosse travada o bem não prevaleceria? Existe um fenômeno criado por Deus - e eu chamaria isso de LEI NATURAL - em que espíritos maus não convivem com bons espíritos. Eles até os temem, pois o bem sempre vencerá o mal. Por isso não há necessidade dessa batalha acontecer. Ou você acha que Deus permitiria que o mal vencesse? Se a reencarnação realmente existisse, faltariam espíritos para reencarnar, pois nasce gente todos os dias em todo o mundo.E a população da Terra seria sempre a mesma. Alguns católicos e evangélicos dizem que se existisse reencarnação faltariam espíritos para reencarnar. Isso é um erro, pois existem muito mais espíritos do que pessoas, somente na crosta terrestre. Essa visão é comum em quem acredita que só a Terra é habitada. Esquecem que o universo é imensurável e acreditar que só nós, desse pequenino planeta, fomos agraciados com condições de abrigar a vida humana é um grande engano. Deus, em sua infinita sabedoria criou-nos espíritos simples, que vamos aprendendo à medida que evoluímos moralmente. Por isso estamos nesse mundo cruel, incompreensível para quem o coração puro, mas até nisso reside a sabedoria divina. ELE quer que aprendamos a amar-nos uns aos outros. Se o homem ainda não compreendeu isso, que só o amor salva, muito ainda trilharemos para alcançar a perfeição. Perfeição essa que está explícita nessas palavras: "Façamos o homem à nossa imagem e semelhança". A COMUNICAÇÃO DO FALECIDO PRESIDENTE DO CENTRO O presidente do Centro Vinha de Luz, era uma pessoa dedicada e passou mais de 30 anos na vida corriqueira do centro espírita e do hospital psiquiatrico, mas infelizmente o bom senhor veio também a falecer, pois este é o caminho de todo mundo. Depois de 30 dias, os médiuns quiseram saber como estava o antigo presidente e o chamaram a uma sessão mediúnica. Nos trabalhos rotineiros da mediunidade do centro, ele veio e disse que estava muito bem, apenas com bastante saudade de todos. Cumprimentou a todos e incentivou-o para que ninguém desistisse dos trabalhos de sempre. Isto posto, ele se afastou e após 5 anos de ausência, voltou ao centro, saudou a todos, disse estar com muita saudade, somente agora ele teve a oportunidade de vir conversar com todos dali. Os médiuns ficaram surpresos, pois ele tinha dado uma comunicação a todos, com 30 dias do seu falecimento e interrogaram ao espírito: - Mas o senhor nos deu uma comunicação, com 30 dias do seu desencarne e agora diz que só agora teve a oportunidade de vir conversar com todos daqui? - Eu dei uma comunicação aqui? Mas eu estive internado durante todo este tempo em um hospital da espiritualidade. -07Não aguentava nem andar. O problema do meu coração era mais sério do que eu pensava. Como pode eu ter vindo aqui? E o que é que eu falei? - Mais ou menos o que o senhor disse a pouco: que estava tubo bem, que tinha muita saudade e incentivou a todos. - Meus caros amigos, não acrediteis em tudo o que dizem os espíritos. Alguém se passou por mim sem eu mesmo saber. Eu não estava tão bem assim não. Fiz um rigoroso tratamento e só agora me encontro reestabelecido. Muito cuidado, meus amigos, muito cuidado. O espírito se afastou e disse que dali por diante ele sempre viria ali, pois estava preocupado com o hospital psiquiatrico. Temos que ter muito cuidado com as comunicações espírituais. Trinta dias era realmente muito pouco para um espírito se comunicar, mas não é impossível. Não devemos insistir em comunicações de espíritos que faleceram recentemente. Todos precisamos de algum tempo na espiritualidade para nos refazer. Alguns podem vir bem rapidamente, mas alguns demoram muitos e muitos anos para poder estar pronto para se comunicar conosco. Não devemos apressar as coisas e deixar isto por conta da espiritualidade. Obs: Este texto é uma adaptação de um outro texto da Internet, mas não divulgaremos a fonte, nem o nome do médium, por ser uma pessoa muito conhecida nos meios espíritas. APÓSTOLO MATEUS LEVI Mateus, o sétimo apóstolo, foi escolhido por André. Mateus pertencia a uma família de coletores de impostos, ou publicanos, e era, ele próprio, um coletor alfandegário em Cafarnaum, onde vivia. Estava com trinta e um anos e era casado, possuía quatro filhos. Era um homem de alguma posse, o único que tinha um certo recurso entre os do corpo apostólico. Era um bom homem de negócios, adaptando-se bem a qualquer meio social; e havia sido dotado com a capacidade de fazer amigos e de se dar muito bem com uma grande variedade de pessoas. André apontou-o como o representante financeiro dos apóstolos. De um certo modo Mateus era o agente fiscal e o porta-voz de publicidade da organização apostólica. Era um bom julgador da natureza humana e um eficaz homem de propaganda. É difícil visualizar a sua personalidade, mas foi um discípulo sincero e cada vez mais crente na missão de Jesus e na certeza do Reino. Jesus nunca deu a Levi um apelido, mas os seus companheiros apóstolos comumente referiam-se a ele como o “angariador de dinheiro”. O ponto forte de Levi era a sua devoção, de pleno coração, à causa. Que ele, um publicano, tivesse sido adotado por Jesus e pelos seus apóstolos era motivo de uma gratidão imensa da parte do antigo coletor de impostos. Contudo, levou algum tempo para que os apóstolos, especialmente Simão zelote e Judas Iscariotes, se reconciliassem de um modo despreocupado com a presença do publicano no meio deles. A fraqueza de Mateus era o seu ponto de vista estreito e materialista da vida. Em todos esses pontos, contudo, ele fez muitos progressos, com o passar dos meses. Está claro que ele havia de estar ausente em muitas das mais preciosas sessões de instrução, pois o seu dever era manter o tesouro suprido. O que Mateus mais apreciava era a disposição que o Mestre tinha de perdoar. Ele nunca cessaria de repetir que o necessário era apenas a fé, na questão de -08encontrar Deus. E sempre gostava de falar do Reino como “esse negócio de encontrar Deus”.Embora Mateus fosse um homem com um passado de publicano, ele saiu-se admiravelmente bem na sua tarefa e, com o passar do tempo, os seus companheiros tornaram-se orgulhosos com a atuação do publicano. Ele era um dos apóstolos que tomaram longas notas das falas de Jesus, e essas notas foram usadas como base da narrativa posterior de Isador sobre os feitos e os ditos de Jesus, que se tornou conhecida como o evangelho segundo Mateus. A longa e útil vida de Mateus, o homem de negócios e coletor alfandegário de Cafarnaum, foi o meio de conduzir milhares e milhares de outros homens de negócios, de funcionários e de políticos, nas idades subseqüentes, a também escutarem aquela voz empenhada do Mestre dizendo: “Siga-me”. Mateus realmente foi um político astuto, e, de um modo intenso, leal a Jesus, tendo sido supremamente devotado à tarefa de cuidar para que os mensageiros do Reino vindouro fossem adequadamente financiados. A presença de Mateus entre os doze foi o meio de manter as portas do Reino bem abertas para as hostes de almas desencorajadas e desterradas, que haviam já, há muito tempo, considerado a si próprias como estando fora dos limites do consolo religioso. Homens e mulheres, deserdados e em desespero, e amontoados, para ouvirem a Jesus; e ele nunca rejeitou a nenhum deles. Mateus recebia as oferendas voluntariamente feitas pelos discípulos crentes e ouvintes imediatos dos ensinamentos do Mestre, mas ele nunca solicitou fundos abertamente às multidões. Ele fazia todo o seu trabalho financeiro de um modo silencioso e pessoal e levantava a maior parte do dinheiro entre os da classe mais provida de crentes interessados. Ele praticamente deu a sua modesta fortuna ao trabalho do Mestre e aos seus apóstolos, mas eles nunca souberam dessa generosidade, salvo Jesus, que por si sabia tudo sobre isso. Mateus hesitava em contribuir abertamente para os fundos apostólicos por medo de que Jesus e os seus companheiros pudessem considerar o seu dinheiro como sendo sujo; e assim ele doou muito, mas em nome de outros crentes. Durante os meses iniciais, quando Mateus percebia que a presença dele era como que uma provação para os apóstolos, ele ficou fortemente tentado a fazer com que todos viessem a saber que os seus fundos muitas vezes supriam-nos do pão diário, mas não cedeu a essa tentação. Quando a evidência do desdém pelo publicano tornou-se evidente, Levi fervia de vontade de revelar a eles a sua generosidade, mas sempre conseguia manter-se em silêncio. -09o que sabiam os seus antigos companheiros do apostolado, ele já estaria perdido, no entanto ele continuou pregando e batizando, na Síria, na Capadócia, na Galátia, na Bitínia e na Trácia. E foi na Trácia, na Lisimáquia, que alguns judeus, não crentes, conspiraram com os soldados romanos para consumar a sua morte. E esse publicano regenerado morreu, triunfante, na fé de uma salvação que com tanta certeza ele havia aprendido com os ensinamentos do Mestre, durante a sua recente permanência na Terra. DESPESAS DE AGOSTO Quando os fundos para a semana eram menores do que o estimado, Levi sempre lançava mão, e pesadamente, dos próprios recursos pessoais. E também, algumas vezes quando estava muito interessado nos ensinamentos de Jesus, ele preferia permanecer para ouvir essas instruções, mesmo sabendo que teria de cobrir ele mesmo, por ter deixado de ir angariar os fundos necessários. E Levi gostaria que Jesus pudesse saber que grande parte do dinheiro vinha do seu bolso! E ele mal imaginava que Jesus sabia de tudo. Os apóstolos todos morreram sem saber que Mateus era o seu benfeitor e em um tal grau que, quando ele viajou para proclamar o evangelho do Reino, depois do começo das perseguições, estava praticamente sem nenhum dinheiro. Compra 2 cadeiras informática -284,00 Restante pagamento ferreiro - 405,00 Material de Construção – 285,00 Fios e material elétrico - 172,00 Brinde para as crianças 30,00 Toner - 75,00 Alimentação/Limpeza - 50,00 Energia - 107,00 Site do Lar - 30,00 Internet -30,00 - 1 468,00 Entrada Festa Junina 1 387,00 Clube do livro 100,00 Campanha do cimento 240,00 Trabalhos de inform. 65,00 Informática 80,00 Doação 120,00 1 992,00 Quando essas perseguições levaram os crentes a abandonar Jerusalém, Mateus viajou para o norte, pregando o evangelho do Reino e batizando os crentes. Segundo Saldo do mês– 1 468 + 1 992 = 524,00 Saldo do ano –8 570+524 = - 8046,00 CAMINHEIROS DA LUZ” FUNDADO EM 28/06/2002 EXPEDIENTE Rua 0-15 – Quadra 32 n.381 N.S.Aparecida – Coxipó - Cuiabá setembro 2013 – Ano XI n . 129 E-mail: [email protected] Fone: 65 3661-4437 WWW.larespiritacaminheirosdaluz.com. EDITORIAL CANTINHO DAS PSICOGRAFIAS Boa noite, meus irmãos. Aqui estou para relatar meus sofrimentos. Já sofri muito. Sinto-me acolhida por esta casa de amor. Eu era uma dependente química. Abandonei meus filhos e marido, mãe e pai. Estava no fundo do poço quando um irmão me estendeu a mão para que eu pudesse ser ajudada. Eu queria dizer a verdade e beber. Hoje vejo que perdi minha vida, minha família, mas encontrei um irmão que me socorreu. Obrigada, irmão pelos atos de amor. Muito obrigada e a paz esteja com vocês. Virgínia da Silva /////////////////////////////////////////////////////////// Boa noite, meus irmãos. Aqui estou para relatar meus sofrimentos. Já sofri muito. Sinto-me acolhida por esta casa de amor. Eu era uma dependente química. Abandonei meus filhos e marido, mãe e pai. Estava no fundo do poço quando um irmão me estendeu a mão para que eu pudesse ser ajudada. Eu queria dizer a verdade e beber. Hoje vejo que perdi minha vida, minha família, mas encontrei um irmão que me socorreu. Obrigada, irmão pelos atos de amor. Muito obrigada e a paz esteja com vocês. Um irmão /////////////////////////////////////////////////////////// O maior tesouro da vida é aquele guardado no fundo do coração. Quem o tem se torna grande perante os homens e -03chega-se próximo a Deus. Todos devem procurar este tesouro e aumentá-lo ainda mais, mas quem o adquire, precisa distribuí-lo a todos que encontrar. Entretanto quanto mais se distribui deste tesouro, mais ele aumenta para a pessoa que o tem. É o único que se pode levar para a eternidade. Procurem sempre este tesouro, mas não fiquem com ele só para vós. Distribua-o a todos, pois sua fonte jamais esgotará. Este tesouro foi-nos dado por Deus e seu nome é amor. Vivam sempre no amor fraterno, verdadeiro, universal. Pastor Nelson ////////////////////////////////////////////////////////////////// Oi, aqui é o preto véio. Tá trabalhando muito aqui, moço. Não sei o seu nome. Enquanto eu era vivo eu tinha o nome de Tonho, sou de 1800. Tou aqui. Faz tempo. Não consegui voltar. Tenho muito trabalho aqui. Mando saudação a todos que tão nessa mesa. Bem, eu quero me apresentá bem pra você. Deixa eu falar: eu conheço você há muito tempo. Você não foi boa coisa há algum tempo atrás. Vê se fica em pé, senão vai cair de novo. Bem, vou falar, as coisas estão apertando. Não faz besteira de novo. To indo Preto Velho //////////////////////////////////////////////////////////////////// Que a luz ilumine os vossos corações, meus irmãos. Com grande carinho e satisfação que nós nos encontramos nesta noite, de muita luta e trabalho. Meus irmãos, findam os últimos dias do tratamento oferecido a todos vós, mas este tratamento não será ainda o último, pois ele é a primeira parte do tratamento. Agora que os irmãos estão mais fortes e revitalizadas as suas energias, está na hora de dar continuidade ao trabalho e passar para a segunda parte do tratamento. Assim como o primeiro teve o efeito do sono pesado em todos vós, pois foi a entrega das devidas doses de amor e carinho que foi oferecido a cada um. Os que sentiram estes fluidos logo de começo, assim também sentirão os efeitos da segunda parte do trabalho, por isso, meus irmãos, confiem em Deus, nos mentores e em si mesmos, pois só assim o tratamento terá resultado para vocês. Que a luz esteja com todos vós. Um Seareiro //////////////////////////////////////////////////////////// Olhai bem, meus irmãos, a grande caminhada começa com o primeiro passo. O edifício só é possível com o alicerce. O grande homem começou como um bebê. O médico iniciou com o be-a-bá. O enorme avião é composto de pequenas peças. Tudo tem um início, tudo começa de pequeno. O bom funcionamento do conjunto produz uma máquina exuberante. Todo espírita também tem que ser assim. Tudo começa com a base, “O livro dos Espíritos”, depois vem os outros, mas é preciso o estudo sério, o trabalho abnegado para que tudo ocorra bem e para que seja ajudado pelo alto e de acordo com o trabalho que é executado. Com o trabalho de cada um o centro cresce. Ninguém pode fugir do trabalho. Deve-se pensar sempre no próximo, muito mais do que em nós mesmos. Ajudando o próximo, automaticamente estará se ajudando. Um dia verão que por mais que trabalharam, poderiam ter feito muito mais. Um irmão /////////////////////////////////////////////////////////// Aquele que corre do trabalho, sofre as conseqüências no presente e no futuro. O mesmo acontece com o trabalho espírita. Quem fez compromissos, há de cumprilos, caso contrário sofrerão as conseqüências. As cobranças serão constantes. Não adianta reclamar. Os compromissos feitos em espírito, deverão ser cumpridos. O espírito encarnado cumpre a sua parte, o desencarnado também. Se o encarnado fugir, não há como os desencarnados cumprirem a sua parte. Estes irmãos procuram outros meios de trabalharem para evoluir ao passo que o encarnado receberá o rol de -04zombeteiros e desocupados que só querem prejudicá-los. O trabalho constante atrai os espíritos benfazejos e a preguiça atrai os obsessores. Cada um faz a sua escolha. Um irmão ///////////////////////////////////////////////////////////////// A COMUNICAÇÃO DE UMA RAINHA A revista espírita que Allan Kardec publicou de 1858 a 1868, traz muitos e muitos conhecimentos espíritas fora das obras codificadas. Os espíritas têm a obrigação de conhecer estas obras para ter um acervo cultural ainda maior. A partir deste número, publicaremos algumas comunicações espirituais importantes. A primeira delas é a da rainha de Aúde: 01.Que sensação experimentastes ao deixar a vida terrena? Não poderei dizer: experimento ainda uma perturbação. 02.Sois feliz? Não. 03.Por que não sois feliz? Tenho saudades da vida. Não sei, experimento uma dor pungente. A vida ter-me-ia livrado disso. Gostaria que meu corpo se levantasse do túmulo. 04.Lamentais não terdes sido enterrada em vosso país, e sim entre os cristãos? Sim: a terra Indiana pesaria menos sobre o meu corpo. 05.Que pensais das honras fúnebres tributadas aos vossos despojos? Foram muito mesquinhas: eu era rainha e nem todos dobraram os joelhos perante mim. Deixai-me. Obrigam-me a falar. Não quero que saibais o que agora sou. Fui rainha, notai bem. 06.Respeitamos vossa hierarquia e vos pedimos que respondais para nos instruirmos. Pensais que um dia vosso filho recuperará os dominós paternos? Por certo, meu sangue reinará, pois é digno disso. -0514.Que diferença notais entre a religião que professáveis e a religião cristã, quanto á felicidade futura do homem? A religião cristã é absurda, pois considera a todos como irmãos. 07. Ligais à restauração de vosso filho no trono de Aúde a mesma importância de quando vivíeis? Meu sangue não pode ser conf8ndido com a multidão. 15.Qual a vossa opinião sobre Maomé? Não era filho do rei. 08.Qual a vossa opinião atual sobre a verdadeira causa da revolta das Índias? O indiano foi feito para ser senhor em sua casa. 17.Qual a vossa opinião sobre o Cristo? O filho d carpinteiro não é digno de ocupar meu pensamento. 09.Que pensais do futuro reservado àquele país? A Índia será grande entre as nações. 10.Não foi possível escrever no atestado de óbito o lugar de vosso nascimento. Poderíeis dizer-nos agora? Nasci do mais nobre sangue da Índia. Creio que nasci em Nova Delhi. 11.Vós, que vivestes nos esplendores do luxo e cercada de honras, que pensais agora? Elas me eram devidas. 12.A classe que ocupastes na Terra vos confere uma posição mais elevada no mundo onde hoje estás? Sou sempre rainha. Que me mande escravas para me servirem. Não sei, parece que não se preocupam comigo aqui. Entretanto eu sou sempre eu. 13.Pertencíeis a religião muçulmana ou a uma religião indiana? Muçulmana, mas eu era grande demais para me ocupar de Deus. 16.Teria ele missão divina? Que me importa isso? 18.Que pensais do costume muçulmano de subtrair as mulheres aos olhares dos homens? Penso que as mulheres foram feitas para dominar, eu era uma mulher. 19.Alguma vez invejastes a liberdade que desfrutam as mulheres da Europa? Não, que me importava a liberdade? Elas são servias de joelhos? 20.qual a vossa opinião sobre a condição da mulher em geral, na espécie humana? Que me importam as mulheres? Se me falasses de rainhas. 21.Recordai-vos de ter tido outras existências na Terra, antes desta que acabais de deixar? Devo ter sido sempre rainha. 22.Por que viestes prontamente ao nosso apelo? Eu não o queria, fui forçada. Pensais que me dignaria a responder? Quem sois vós junto de mim? 23.Quem vos obrigou a vir? Não sei. Entretanto, aqui não deve haver ninguém maior que eu. 24.Em que lugar aqui vos encontrais? Perto de Ermance. 25.Sobre que forma aqui estais? Sou sempre rainha. Pensais que eu haja deixado de o ser? Sois pouco respeitoso. Sabei que às rainhas se fala de outra maneira. 26.Por que não vos podemos ver? Eu não o quero. 27.Se pudéssemos ver, seria como os vossos vestidos, ornatos e jóias? Certamente. 28.Como é que tendo deixado tudo isso, vosso Espírito conservou a aparência sobre tudo de vossas vestes e jóias? Elas não me deixaram. Sou sempre tão bela quanto era. Não sei que idéia fazeis de mim. É verdade que nunca me vistes. 29. Que impressão vos causa estares em nosso meio? Se eu pudesse não estaria aqui. Trataisme com tão pouco respeito! Não quero que me tratem assim. Chamai-me majestade, do contrário não responderei mais. 30.Vossa Majestade compreende a língua francesa? Por que não? Eu sabia tudo. 31 Gostaria vossa majestade de responder em inglês? Não. Não me deixareis tranquil’a? Quero ir embora, deixai-me. Pensais que eu esteja submetida aos vossos caprichos? Sou rainha e não sou escrava. 32.Pedimos apenas a bondade de responder ainda a duas ou três perguntas. (Resposta de São Luis) Deixai-a, pobre transviada. Tende piedade de sua cegueira. Que ela vos sirva de exemplo. Não sabeis quanto sofre o seu orgulho. -06- OS ESPÍRITOS PUROS Os Espíritos puros são aqueles que, chegados ao mais alto grau da perfeição, são julgados dignos de ser admitidos aos pés de Deus. O esplendor infinito que os envolve não os dispensa de ser úteis nas obras da Criação: as funções que devem preencher correspondem à extensão de suas faculdades. Esses Espíritos são os ministros de Deus; sob suas ordens, regem os mundos inumeráveis; dirigem do alto os Espíritos e os humanos; estão ligados entre si por um amor sem limites, e esse ardor se estende sobre todos os seres que procuram atrair para se tornarem dignos da suprema felicidade. Deus se irradia sobre eles e lhes transmite suas ordens; eles o vêem ser cegados por sua luz. Sua forma etérea nada tem de palpável; falam aos Espíritos superiores e lhes comunicam sua ciência; tornaram-nos infalíveis. Em suas fileiras é que são escolhidos os anjos de guarda, que bondosamente baixam o olhar sobre os mortais, e os recomendam aos Espíritos superiores, que os amaram. Estes escolhem os agentes de sua direção nos Espíritos da segunda ordem. Os Espíritos puros são iguais, nem poderia ser de outro modo, pois só são chamados a essa faixa depois de terem atingido o mais alto grau de perfeição. Há igualdade, mas não uniformidade, porque Deus não quis que nenhuma de suas obras fosse idêntica. Os Espíritos puros conservam sua personalidade, que apenas adquiriu a perfeição mais completa, no sentido de seu ponto de partida. Não é permitido dar mais detalhes sobre esse mundo supremo. (Revista Espírita de Allan Kardec - Espírito de Georges) //////////////////////////////// UMA TELHA Um homem passa pela rua. Uma telha lhe cai aos pés. Ele diz: “Que sorte! um passo mais e eu estaria morto.” Em geral é o único agradecimento que envia a Deus. Entretanto esse mesmo homem, pouco tempo depois, adoece e morre na cama. Por que foi preservado da telha, para morrer alguns dias após, como a maioria das pessoas? Foi o acaso, dirá o incrédulo, como ele próprio disse: Que sorte! Para que, então lhe serviu escapar ao primeiro acidente, se sucumbiu ao segundo? em todo o caso, se a sorte o favoreceu, o favor não durou muito. A essa pergunta o Espírita responde: A cada instante escapamos de acidentes que, como se costuma dizer, nos deixam a dois dedos da morte. Não vedes nisso um aviso do céu, para vos provar que a vida está por um fio, que jamais temos certeza de viver amanhã e que, assim, devemos sempre estar preparados para partir? Mas, que fazeis quando ides empreender uma longa viagem? Tomais disposições, arranjais os negócios, muni-vos de provisões e de coisas necessárias para o caminho; desembaraçai-vos de tudo quanto pudesse atrapalhar e retardar a marcha. Se conheceis a terra para onde ides, se lá tendes amigos e conhecidos, partis sem receio, certos de serdes bem recebidos. Caso contrário, estudais o mapa da região, e arranjais cartas de recomendação. Suponde que sejais obrigados a empreender essa viagem no dia seguinte, que não tendes tempo de fazer preparativos, ao passo que se -07estivésseis prevenidos com bastante antecedência, teríeis disposto todas as coisas para vossa utilidade e vossa conveniência. Então! todos os dias estais expostos a empreender a maior, a mais importante das viagens, a que deveis fazer inevitavelmente; e, contudo, não pensais nisto mais do que se tivésseis de viver perpetuamente na Terra! Em sua bondade, Deus cuida de vós, advertindo-vos por numerosos acidentes, aos quais escapais, e só lhe tendes esta expressão: Que sorte! Espíritas! sabeis quais os preparativos a fazer para essa grande viagem, que tem para vós conseqüências muito mais importantes que todas as que empreendeis aqui na Terra, porque da maneira por que ela se realizar depende a vossa felicidade futura. O mapa que vos dará a conhecer o país onde ides entrar é a iniciação nos mistérios da vida futura. Por ela o país não será desconhecido para vós; vossas provisões são as boas ações que tiverdes realizado e que vos servirão de passaporte e de cartas de recomendação. Quanto aos amigos que lá encontrareis, vós os conheceis. É dos maus sentimentos que vos devereis desembaraçar, pois infeliz é aquele a quem a morte surpreende com ódio no coração como alguém que caísse na água com uma pedra atada ao pescoço, e que o arrastaria para o fundo. Os negócios que deveis pôr em ordem é o perdão àqueles que vos ofenderam; são os erros cometidos para com o próximo e que urge reparar, a fim de conquistardes o perdão, pois os erros são dívidas, de que o perdão é a quitação. Apressai-vos, pois, que a hora da partida pode soar de um momento para outro e não vos dar tempo para reflexão. Em verdade vos digo, a telha que cai aos vossos pés é o sinal a vos advertir para estardes sempre prontos a partir ao primeiro sinal, a fim de não serdes tomados de surpresa. (O Espírito de Verdade - R. E. 1862) ////////////////////////////////// Emmanuel: suas varias vidas e onde, atualmente, esta' reencarnado. Antes de analisar o objetivo da atual encarnação de Emmanuel, vamos relembrar algumas das encarnações pretéritas do mentor de Chico Xavier, informações estas que constam nos próprios livros ditados ao Chico pelo Emmanuel: Emmanuel foi Publius Cornelius Lentulus, apelidado de Sura, morreu em 63 aC. Foi uma das figuras capitais na conjura de Catilina. Foi pretor em 75, governador da Sicília em 74, cônsul em 71 após a morte de Espartaco. Em 70, foi expulso do senado, com outras pessoas, por imoralidade. Juntou-se neste momento a Lucio Catilina, político romano que -08procurava devolver aos aristocratas as prerrogativas do patriciado (Roma tinha passado por uma reviravolta popular rumo da democracia, redesenhando os poderes em prol das classes populares, as plebes - que ganhou direitos inusitados, tudo isso após a sublevação de Espártaco que arregimentou 200 mil homens contra o exercito romano e o derrotando 6 vezes). Os conspiradores foram presos e obrigados a confessar (mediante tortura). Públio Lentulus foi obrigado a abdicar de seu cargo de pretor (chefe de policia) e, temendo que pudesse influenciar alguém, o imperador romano o condenou a morte. Sura, era em suma um verdadeiro crápula. Emmanuel então reencarna, como neto de Sura, com o mesmo nome (Públio Lentulus Cornélio), agora um senador incorruptível e austero, justamente com a missão de consertar as besteiras que fez no passado, SE consertando. Mas, como a natureza não dá saltos (e ninguém vira santo depois que morre) ele continua com um péssimo caráter espiritual. Foi nesta encarnação que ele encontrou Jesus, mas mesmo as palavras do Nazareno não conseguiram demovê-lo de seu orgulho e cegueira. Com o passar do tempo (e das bordoadas que leva nesta e em outras encarnações) é que ele vai depurando seu espírito, sempre com base na Lei do retorno. Emmanuel e Moisés se encontraram um século antes da vida de Jesus, quando Moisés (João Batista) na personalidade do escravo romano Espartáco iniciou o fim da Republica Romana, da qual Emmanuel fazia parte conforme relatado no livro Há dois mil anos (pretor e depois consul Sura). Emmanuel veio depois como o senador Públio Lentulus e na encarnação seguinte como um escravo (Nestório) abraçando definitivamente os ideais de Moisés (João Batista/Espartáco). O mesmo perfil austero que Emmanuel apresentava quando se comunicava com Chico Xavier pode ser igualmente observado em João Batista, mais um indício que denota a profunda ligação e admiração entre esses dois espíritos. A partir dessa encarnação, Emmanuel começa sua ascensão espiritual e já na época do Brasil colônia encarna como o padre Manoel da Nóbrega, lutando por uma vida mais decente para os índios que eram explorados no Brasil pelos portugueses. Nessa encarnação, Emmanuel convive com o padre José de Anchieta (uma das encarnações de Frei Fabiano de Cristo) e realizam importante trabalho com os jesuítas para catequizar os índios e de certa forma diminuir as hostilidades entre eles e os colonizadores portugueses. Vale ressaltar que antes de encarnar como Manuel da Nóbrega, Emmanuel reencarna como São Remígio , nascido em 439 , bispo francês de família nobre. Considerado como o apóstolo dos pagãos, nas Gálias, era conhecido pela sua pureza de espírito, e profundo amor a Deus e ao próximo. Desencarnou em janeiro de 535, aos 96 anos. Foi nessa encarnação que Emmanuel inicia um ciclo de encarnações onde trabalharia diretamente junto a Igreja Católica. Depois de encarnar como Manuel da Nóbrega, Emmanuel reencarna nessa seqüência: Padre Damiano (1613 – até próximo de 1700), nasceu na Espanha e exerceu o oficio de padre também na França, onde desencarnou. Jean Jaques Tourville, prelado católico no período anterior a -09revolução francesa, era educador da nobreza, viveu na França e antes de estourar a revolução refugiou-se na Espanha, onde desencarnou no final do século 18. Padre Amaro, humildade sacerdote católico que viveu no Pará e posteriormente no RJ, viveu entre os séculos 19 e 20 e teve contato com Bezerra de Menezes. Em suas cinco ultimas encarnações podemos perceber que Emmanuel viveu sempre como religioso católico. E a atual encarnação de Emmanuel, quais informações temos disponíveis? Sônia Barsante, freqüentadora do Grupo Espírita da Prece de Chico Xavier, testemunhou que em determinado dia no ano 2000 Chico Xavier ausentou-se por alguns momentos em transe mediúnico. Ao retornar, disse-lhe com alegria que fora em desdobramento espiritual até uma cidade do Estado de São Paulo para visitar um bebê que seria o espírito de Emmanuel já reencarnado. Terminou dizendo-lhe e aos demais que lá estavam presentes: “vocês ainda vão reconhecêlo.” Emmanuel conta hoje portanto com idade entre 11 e 12 anos, vivendo em São Paulo. Numa pergunta feita por Gugu Liberato, se Emmanuel reencarnaria, Chico assim afirmou: “Ele diz que virá novamente para trabalhar como professor”. O que podemos entender sobre professor? Um palestrante, se valendo da excelente oratória adquirida na época do senado romano, um professor das multidões, ensinando milhares e milhares de jovens os conceitos espíritas através da união entre espíritas e católicos, aproveitando o amplo conhecimento que Emmanuel adquiriu da estrutura católica e dos evangelhos bíblicos. Um verdadeiro educador, buscando assim como Gabriel primeiramente a união entre espíritas e católicos como pilar de sustentação do Universalismo Crístico. Um educador. Emmanuel não viveu nenhuma encarnação com esse nome, então porque se apresentaria com esse nome para Chico Xavier? Emmanuel significa “Deus conosco”. Em toda sua trajetória vemos sua cura, tornando-se um verdadeiro emissário dos planos superiores. Um nome semelhante ao que ficou conhecido como mentor de Chico Xavier, é o nome que significa “curado por Deus”, do hebraico Repha’el ou simplesmente Rafael. Esse perfil de educador, buscando uma metodologia para ensinar os preceitos universalistas as multidões pode ser visto no capitulo 6 do livro "Universalismo Crístico, o Futuro das Religiões" também do Roger Paranhos, editora do conhecimento, quando Rafael se encontra em desdobramento astral com Gabriel. Esses três espíritos, João Batista, Gabriel e Emmanuel, estão encarnados hoje no Brasil, com a missão de preparar o Brasil para que nos próximos 20 anos já tenha se tornado o farol do mundo, a pátria do Evangelho, a nação que ajudará o mundo a passar pelas duras provações que se avizinham ate o ápice do exílio planetário daqui a pouco mais de 25 anos, em 2036. por Marco Antonio H. de Menezes ///////////////////////////////////////////////////////// REENCARNAÇÕES NA HISTÓRIA O JOVEM RICO DA BÍBLIA -10E eis que alguém, aproximando-se, lhe perguntou: Mestre, que farei de bom para alcançar a vida eterna? Respondeu-lhe Jesus: por que me perguntas acerca do que é bom? Bom, só existe um. Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos. E ele lhe perguntou: quais? Respondeu Jesus: Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não dirás falso testemunho, honra a teu pai e a tua mãe e amarás o teu próximo como a ti mesmo. Respondeu-lhe o jovem: tudo isso tenho observado; que me falta ainda? Disse-lhe: se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá aos pobres e terás um tesouro no céu; depois vem, e segue-me. Tendo, porém, o jovem ouvido esta palavra, retirou-se triste, por ser dono de muitas propriedades. (Mateus 19:16-23). Todos os religiosos sabem desta passagem da Bíblia. Este texto, porém, não é uma parábola, nem um conto qualquer. O fato ocorreu mesmo e o jovem retirou-se dali muito triste porque era muito rico. O mestre Jesus nos chama a cada minuto para seguir com ele em sua jornada de felicidade, mas quase todas às vezes nós recusamos o convite. Este jovem teve muitas reencarnações a seguir, sempre seguindo as pegadas do mestre, inclusive algumas vezes como sacerdote. Com um renascimento na Espanha, a sua verdadeira hora chegou. Desta vez recebeu o nome de Fernando Miramez de Oliviedo. Foi filho de um nobre casal da Espanha e ainda bem jovem se interessou pela história dos povos e nações da Terra. Com a descoberta das Américas, ficou encantado e como era íntimo de Felipe IV, rei da Espanha, foi designado por este para vir a América para cuidar das terras da Espanha e verificar se o tratado de Tordesilhas estava sendo cumprido. Ele representava o rei da Espanha com amplos poderes. E foi assim que em 1649 Miramez desce no norte do litoral Brasileiro. Integrou-se aos índios e aos africanos e em pouco tempo já estava falando o dialeto deles, catequizando e aliviando as dores dos nossos irmãos humildes. Em seu humilde trabalho nas terras americanas, ouvia a voz na consciência: “vá, vende tudo o que tem, distribui aos pobres e humildes, vem e segue-me.” Era como se alguém estivesse ditando esta frase em seus ouvidos. E era mesmo. Era o chamado do Cristo novamente. A sensação foi tão forte que ele tomou uma decisão: Enviou uma procuração aos amigos de sua confiança, autorizando-os a vender todos os seus bens e distribuir tudo entre os carentes e sofredores a Península Ibérica. Estava aceita a proposta do mestre Jesus, 1600 anos mais tarde. Ele passou a viver com os pobres e humildes do Brasil, mas com a consciência tranqüila. Sua morte ocorreu com muita suavidade, com os negros e os índios catequizados, todos querendo vê-lo para prestar-lhe as últimas homenagens. Hoje, Miramez é um espírito elevado e era mentor do Médium João Nunes Maia. -11O FUTURO DA MEDIUNIDADE Grupo Espírita Renascer Iguatama - MG A mediunidade sempre existiu, porém as relações com o mundo espiritual têm mudado, no decorrer dos milênios. No passado, a crença cega e a ignorância sobre a natureza do mundo espiritual gerou um relacionamento baseado em medo e obediência, em que o motivo principal eram as barganhas. Buscavam-se favores, soluções e sorte, agradando os Espíritos, e as relações com os Espíritos eram pessoais, centradas num sacerdote ou pitonisa, que detinha esta prerrogativa. Em 1859, a publicidade de O Livro dos Médiuns deu à Humanidade terrestre o primeiro tratado sobre mediunidade, versando sobre seu conceito, tipos, desenvolvimento, etc. Fato importantíssimo, que tirou a mediunidade do terreno do obscurantismo e a colocou nas mãos de quantos se dispusessem a estudá-la e entendê-la melhor. Contudo, no presente, é ainda esta obra pouco conhecida, inclusive entre os espíritas. A mediunidade ainda é confundida com rituais do mediunismo; persistem a ignorância, o medo e as barganhas. As relações com o mundo dos Espíritos ainda são pessoais, ou seja, a crença geral é de que só determinadas pessoas poderiam ser intermediárias entre os planos material e espiritual. Conforme a Humanidade se esclarece, contudo percebe que a mediunidade faz parte de nossas vidas. Os casos que chegam ao conhecimento das massas, de curas e de intervenções do plano espiritual em nossa vida são mais comuns. A mediunidade vai sendo encarada com mais naturalidade e menos preconceito, o que prenuncia um futuro em que a convivência entre homens e Espíritos seja considerada tão normal quanto a convivência entre os encarnados. A troca de favores entre encarnados e desencarnados evoluirá para a troca de conhecimentos, com o objetivo de aprendizado espiritual e progresso, e não de solucionar problemas imediatos. Nos centros espíritas, isto já é uma realidade: os Espíritos mais adiantados instruindo os encarnados, e os encarnados orientando os Espíritos mais atrasados. E os médiuns não são pessoas dotadas de misteriosos poderes especiais, mas trabalhadores comuns, pais de família, donas de casa com seus afazeres, que dedicam um pouco de seu tempo ao bonito serviço de esclarecimento ao semelhante. O medo dá lugar ao respeito humano ditado pela fraternidade e a obediência cega desaparece, com o estudo que permite a análise das comunicações e a identificação dos Espíritos e de suas -12intenções, com acatamento ou não do conteúdo de suas mensagens. Podemos, então, ser otimistas quanto ao futuro, em que a mediunidade seja reconhecida como um canal legítimo de comunicação, estreitando os laços que unem a grande família humana. COMO SE DESCOBRIU A KIRLIANGRAFIA Em 1939, um jovem pesquisador russo foi chamado para consertar certo equipamento de um instituto de pesquisas na região do Kuban, no Sul da Rússia. Aproveitou a oportunidade para assistir a uma demonstração com um novo aparelho de alta freqüência para uso em eletroterapia. Semyon Davidovich Kirlian (este era o seu nome) observou que, quando o paciente recebeu o choque, apareceu um lampejo luminoso entre o eletrodo e a pele. Nesse mesmo momento, pensou que poderia conseguir fotografar aquela luz, colocando uma chapa fotográfica entre o eletrodo e a pele. De volta ao seu laboratório, procurou executar seu intento. Providenciou as modificações necessárias, substituindo o tipo de eletrodo. Preparado o experimento, colocada a chapa no local planejado, ligou o aparelho por três segundos e, emocionado e esperançoso, apressou-se em revelar o filme. Constatou então que a chapa revelava estranha marca, uma espécie de luminescência. Acabava de surpreender importante fenômeno que, com certeza, abriria "uma janela para o desconhecido". Juntamente com Valentine, sua mulher, aperfeiçoou um novo método de fotografia e construiu um aparelho óptico, a fim de observar diretamente o fenômeno em movimento. O exame da própria mão mostrava milhares de focos luminescentes, como estrelas em noite sem lua; clarões multicolores cintilavam, num verdadeiro espetáculo pirotécnico de cor e luz. Algumas manchas escuras apareciam em algumas regiões. Essa luminescência não é de natureza elétrica ou eletromagnética: é de natureza desconhecida, na opinião dos cientistas russos. Certo dia, Kirlian aguardava a visita de dois cientistas de Moscou (visitas de pesquisadores eram constantes, dado o alto interesse despertado pela descoberta) preparava e testava seu equipamento, -13mas, curiosamente, não conseguia obter fotos de sua mão com a luminescência costumeira. Desmontou e montou o aparelho; repetiu o experimento várias vezes, sem resultado. Só conseguia revelar pontos e manchas escuras. Ainda procurava solucionar o problema, quando se sentiu mal e perdeu os sentidos; sofria distúrbios vasculares que lhe causavam esse mal de tempos em tempos. Repouso era o remédio. Valentine pôs o marido na cama e providenciou o preparo do equipamento. Mal terminara essas providências, chegaram os visitantes. Valentine realizou as demonstrações com pleno sucesso. As chapas ficaram excelentes. Kirlian ficou intrigado. Assim que pôde,levantou-se cambaleante e foi verificar o que havia acontecido com os aparelhos. repetiu a experiência e novamente as fotos ficaram escuras, com pouca luminescência. A seguir, procedeu ao exame em Valentine e o resultado foi ótimo. Revezaramse e os resultados se repetiram: as mãos da mulher apresentavam nitidamente os clarões característicos e as suas continuavam confusas, borradas, enegrecidas. Concluíram que não havia defeito: a doença de Kirlian influenciara os resultados. O aparelho havia detectado o mal, antes de haver qualquer sintoma. Posteriormente, o casal de cientistas verificou modificações evidentes no campo luminescente quando sob o estímulo do álcool, nas emoções, no cansaço e até com a variação do próprio pensamento. Cientistas da Rússia que se dedicaram ao estudo da kirliangrafia ficaram convencidos que essa técnica revelara o lendário corpo energético, o nosso segundo corpo, isto é, o perispírito, segundo Allan Kardec. Em 1968, comissão especial, composta por renomados cientistas da URSS, concluiu que realmente existe um corpo energético, a que chamaram corpo bioplasmático ou corpo bioplástico. Os cépticos, fazendo coro com os materialistas, dirão que Kirlian fotografou o corpo bioenergético dos homens, animais e plantas, não havendo qualquer relação com o perispírito. Não reconhecerão que sua existência havia sido apontada há milênios por religiosos e -14comprovada pelos estudiosos dos fenômenos espíritas há mais de 14 anos. Mais uma vez testemunhamos a veracidade do pensamento do cientista da NASA, Robert Jastrow: "O cientista escala a montanha da ignorância e, quando chega próximo à rocha mais alta, prestes a conquistar o cume, é saudado por teólogos que lá estavam sentados ha séculos". Em concordância com o avanço da Ciência, a matéria a cada vez se torna mais sutil, se desmaterializa. Basta lembrar que há algumas décadas se definia matéria como tudo aquilo que ocupa lugar no espaço. Sabemos hoje que matéria é energia concentrada e que, no conceito atual dos estudiosos do microcosmo, procurar o lugar que um elétron ocupa no espaço é o mesmo que procurar o espaço que ocuparia a tristeza, a angústia ou a alegria. Kardec dizia que, se algum dia a Ciência negasse, comprovadamente, suas afirmativas, os espíritas deveriam ficar com a Ciência. Já se passaram quase um século e meio e tal ainda não ocorreu; pelo contrário, com o progresso da Ciência e da Tecnologia, a cada dias as afirmativas dos Espíritos, apontadas nas obras da Codificação, se tornam mais evidentes e comprovadas. MÉDIUNS OBSIDIADOS DEVEM SENTAR-SE À MESA MEDIÚNICA? "A obsessão, como dissemos, é um dos maiores escolhos da mediunidade. É também um dos mais frequentes. Assim, nunca serão demais as providências para combatê-la. Mesmo porque, além dos prejuízos pessoais que dela resultam, constitui um obstáculo absoluto à pureza e veracidade das comunicações." O Livro dos Médiuns - Allan Kardec (Cap. XXIII, questão 242). Genericamente falando, nós, habitantes de um mundo onde o egoísmo e o orgulho constam da longa lista de vícios humanos, não podemos dizer-nos vacinados ou imunizados quanto as obsessôes. Longe está o dia em que Jesus ditou regras de boa convivência entre os homens, concitando-os ao perdão das ofensas, ao esquecimento dos males, à humildade de coração, fatores que, por si só, seriam capazes de calar a maledicência, enferrujar a espada e cerrar as portas das regiões inferiores, que hoje têm livre acesso à grande maioria dos domicílios terrenos. Todavia, caminhamos a passo milimétrico, surdos ao chamamento do amor, ouvindo apenas o comando de acelerar, imposto pelo incômodo da dor. Herdeiros de religiões dogmáticas, amantes de cultos exteriores e afeitos ao imediatismo, tornam-se os homens vítimas de sua própria incúria, do seu comodismo e da sua incredulidade. Se não acreditam na interferência dos Espíritos em suas vidas, com maior -15razão são manipulados por mentes hábeis, quando não se escudam na dignidade de ações e pensamentos. Se acreditam mas não se modificam a fim de estabelecer intercâmbio com os obreiros do bem, igualmente são teleguiados para os pântanos da vida, onde a lama, ao sujar-lhes os pés, lembra a regra áurea da limpeza de caráter para ascender aos planos luminosos. Esquecidos do passado, mesmo aqueles que não buscam o mal sentem dificuldade em se acharem comandados ou perseguidos, creditando aos azares do caminho os tropeços de que são vítimas. Quando fatigados pela busca de paz através de paliativos, adentram o centro espírita, admiram-se ao ouvir o conselho da reforma íntima, do vigiar e do orar, uma vez que não se julgam criminosos. Ademais, nâo entendem a relação que possa existir entre a conduta moral e as afliçôes da vida, preferindo que os que os atendem nesses templos usem de fórmulas mágicas, livrando-os de seus obstáculos, enquanto cuidam da rotina material da existência, parecendo ignorar que são Espíritos imortais ainda ensaiando os primeiros passos para as grandes e duras batalhas a serem empreendidas na aquisição da paz interior. Alguns desistem, atendendo ao comando ou conselho dos obsessores. Outros persistem. Aceitam o desafio com nobreza e enfrentam as lanças da vingança e do ódio, ocasião em que se revestem da armadura da prece e se escudam no trabalho persistente, libertando a si e ao seu antagonista das correntes da ignorância. Nesse período de tratamento, onde a paz é conquista do esforço, o companheiro obsidiado não deve participar de trabalhos mediúnicos. É preferível que assista a palestras públicas, receba passes, trabalhe em atividade fraterna do centro espírita. Na reunião mediúnica, o seu obsessor poderá tomá-lo de assalto e, incorporando-o, provocar distúrbios imprevisíveis no recinto. Poderá, igualmente, ouvir do seu perseguidor, por via psicofônica, através de outro intermediário, ameaças e impropérios, que poderão realizar-se ou não, mas que, a depender do seu grau de vulnerabilidade, irão provocar dura impressão, levando-o à paranóia. Poderá, inclusive, haver açulamento no ódio do vingador ou dele próprio, ante o clima formado, quando palavras ofensivas se juntam a fluidos fustigantes, favorecendo o revide da vítima ou o ataque corporal do algoz, caso o médium não seja educado convenientemente. Apressamo-nos a dizer que existem casos onde a presença dos envolvidos, vítima e algoz, é salutar, pois, propiciando a reconciliação pelo uso do perdão, através do desfazer das dúvidas, e do confessar-se uns aos outros, desfaz-se o clima belicoso pelo antídoto da humildade e do arrependimento. Nesse caso, o doutrinador é quem deve; decidir como se deve proceder na reunião, seja por conta própria, seja a pedido dos mentores, o que constitui raridade. Atentos estejamos todos nós que batalhamos nas hostes espíritas, uma vez que muitos trabalhadores nos são enviados pela porta da obsessão, para que, refeitos e despertos do tropeço, possam trabalhar em paz. Luiz G. Pinheiro -16FORMATURA DO NOSSO LAR No dia 14 de setembro houve a primeira formatura do nosso Lar. Foram 17 alunos que receberam o certificado dos cursos de Digitação e Informática Básica, Informática Prática, Informática Avançada e Praticando Informática. Com isto completamos um total de 676 certificados distribuídos nestes 13 anos de atividades, mas já preparamos mais de 2000 alunos para os diversos campos profissionais. Temos inúmeras pessoas inseridas no mercado de trabalho, graças aos cursos ministrados em nosso Lar. Que o Senhor nos ajude e dê forças para continuarmos dando uma pequena contribuição a todos que nos procurarem. DESPESAS DE SETEMBRO Compra de um computador - 1260,00 Cortinas/Tapetes/Trilhos 154,00 Tintas - 100,00 Corino para mesas computad.. - 118,00 12 tomadas para computador - 80,00 Fechadura para as janelas - 63,00 Resmas - 40,00 Brinde para as crianças - 40,00 Alimentação/Limpeza - 50,00 Energia -106,00 Site do Lar - 30,00 Internet -30,00 -2071,00 Entrada Clube do livro 314,00 Reciclagem 115,00 Informática 110,00 Doação 150,00 689,00 Saldo do mês– 2 071 + 689 = -1 382,00 Saldo do ano –8 046-1382 = - 9 428,00