energia e crise financeira

Transcrição

energia e crise financeira
ENERGIA E CRISE FINANCEIRA
Economia começa o ano em ritmo forte (Folha de SP) 12/03/2010 ................................................................................. 3
Mercado Aberto (Folha de SP) 12/03/2010 ......................................................................................................................... 3
Cabral chora e diz que mudar royalties é irresponsabilidade (Folha de SP) 12/03/2010 .............................................. 4
BP vai explorar petróleo no Brasil após acordo de US$ 7 bi (Folha de SP) 12/03/2010 ............................................... 5
Energia (Folha de SP – Painel do Leitor) 12/03/2010 ........................................................................................................ 5
Economia se recupera no final de 2009 (Folha de SP) 12/03/2010 ................................................................................. 6
A economia brasileira em 2009 (Folha de SP) 12/03/2010 ............................................................................................... 7
Sob Lula, país cresceu mais que nos anos FHC (Folha de SP) 12/03/2010.................................................................... 7
PIB caiu 0,2% em 2009, mas já cresce como antes da crise global (O Estado de SP) 12/03/2010............................... 8
O Brasil pós-crise (O Estado de SP) 12/03/2010 ................................................................................................................ 9
Cabral chora pelos royalties perdidos (O Estado de SP) 12/03/2010 ............................................................................ 10
Rio pode negociar royalties de novas áreas (O Estado de SP) 12/03/2010 .................................................................. 10
Odebrecht cria companhia para energia (Valor Econômico) 12/03/2010 ...................................................................... 11
Cenário XXI - Do bagaço se faz energia limpa (Correio Popilar) 12/03/2010 ................................................................ 12
AES Eletropaulo lucra R$ 1,063 bilhão em 2009 (Estadão Online 21:40h) 11/03/2010 ................................................ 14
CPFL investe em biomassa para geração de energia (Estadão Online 20:09h) 11/03/2010 ....................................... 15
Light investiga falta de luz no Rio após terceiro dia de apagão (Estadão Online 18:03h) 11/03/2010 ...................... 16
Usinas da Eletronorte totalizam R$ 64,3 milhões de royalties da água em 2009 (CanalEnergia) 11/03/2010 ........... 16
Eletrobrás unifica planejamento para lançar-se no mercado global (CanalEnergia) 11/03/2010 ............................... 16
Comerc apura crescimento de 9,9% no consumo livre em fevereiro (CanalEnergia) 11/03/2010 .............................. 17
EDP Energias do Brasil ON encerra em baixa de 1,73% CanalEnergia) 11/03/2010 .................................................... 17
Comissão da Câmara convoca projetista de usina em Rondônia CanalEnergia) 11/03/2010 .................................... 18
Lucro da Energisa Nova Friburgo sobe 39,9% CanalEnergia) 11/03/2010.................................................................... 18
Eleições: Lula ratifica que substituirá ministros candidatos por técnicos das respectivas pastas (CanalEnergia)
11/03/2010 ............................................................................................................................................................................ 18
Érico Sommer, da Abrace: Custo da energia no Brasil investment grade (CanalEnergia) 11/03/2010 ..................... 19
Energisa Minas Gerais apura queda de 32,5% no lucro de 2009 (CanalEnergia) 11/03/2010 ..................................... 20
Empreendimentos sem outorga poderão pedir enquadramento no Reidi (CanalEnergia) 11/03/2010...................... 20
Energisa Sergipe lucra R$ 109,806 milhões em 2009 (CanalEnergia) 11/03/2010 ....................................................... 20
Abraget elege membros do conselho diretor (CanalEnergia) 11/03/2010 .................................................................... 20
Reservatórios do Norte atingem 98,4% do volume armazenado (CanalEnergia) 11/03/2010 ..................................... 21
Lucro da Energisa Borborema cai para R$ 12,569 milhões (CanalEnergia) 11/03/2010 ............................................. 21
Nordeste bate novo recorde de carga (CanalEnergia) 11/03/2010 ................................................................................ 21
EDP Energias do Brasil ON opera em baixa de 1,28% (CanalEnergia) 11/03/2010 ...................................................... 22
Lucro da Energisa Paraíba sobe 24% em 2009 (CanalEnergia) 11/03/2010 .................................................................. 22
Sabesp assina contratos para construção de duas PCHs (CanalEnergia) 11/03/2010 ............................................... 22
Imagem lança solução integrada para smart grid (CanalEnergia) 11/03/2010 ............................................................. 23
P&D: aprovados ciclos 2007/2008 das empresas responsáveis pela UHE Lajeado (CanalEnergia) 11/03/2010 ..... 23
PCH e eólica iniciam operação comercial e teste de turbinas (CanalEnergia) 11/03/2010 ......................................... 24
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SINDICAL
Nota da CUT (CUT Nacional) 11/03/2010 ...................................................................................................................... 24
Covenção 151 (CUT Nacional) 11/03/2010 .................................................................................................................... 25
O governo de São Paulo e o crime contra a saúde pública (CUT Nacional) 11/03/2010 ......................................... 25
Resultado da mobilização (CUT Nacional) 11/03/2010 ................................................................................................ 26
Taubaté (CUT Nacional) 11/03/2010 .............................................................................................................................. 27
Conferência de Segurança Química (CUT Nacional) 11/03/2010 ............................................................................... 27
Lucro nas nuvens, responsabilidade no chão (CUT Nacional) 11/03/2010 .............................................................. 28
São Paulo (CUT Nacional) 11/03/2010 ............................................................................................................................. 29
Sindieletro-MG: acordo do Prosaúde não sai por causa da Cemig (CUT Nacional) 11/03/2010 ............................ 29
Frente de Erradicação do Trabalho Escravo é instalada no Congresso Nacional (CUT Nacional) 11/03/2010 ...... 29
Sindipetro Caxias amplia projeto ambiental em reserva de Mata Atlântica (CUT Nacional) 11/03/2010 ............... 30
Brasil é o 2º país mais otimista do mundo em relação a emprego (CUT Nacional) 11/03/2010 .............................. 30
Agricultura Familiar integra Fórum de combate a fome (CUT Nacional) 11/03/2010 ................................................. 31
Metalúrgicos de Sorocaba realizam assembleia para discutir critérios do PPR (CUT Nacional) 11/03/2010 ......... 31
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Economia começa o ano em ritmo forte (Folha de SP) 12/03/2010
Produção industrial cresceu 16% em janeiro; em fevereiro, consumo de energia e produção de carros tiveram também
forte alta
Dinamismo da economia é sentido no uso da capacidade instalada das fábricas, que está agora no nível mais alto desde
outubro de 2008
Fábrica de papel e celulose em Luiz Antônio, na região de Ribeirão Preto (SP); produção industrial deve crescer até 7%
neste ano
FÁTIMA FERNANDES
CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Alguns setores da economia começam 2010 em "ritmo chinês". Em janeiro, a produção industrial cresceu 16% ante igual
período do ano passado. E, em fevereiro, o consumo de energia subiu 12,1%; a produção de carros, 23,9%, e o fluxo de
caminhões nas estradas, 11,9% ante igual mês de 2009.
É fato que a comparação é com um período em que o país estava sob forte influência da crise mundial. Mas essas taxas
de crescimento são tão altas que permitem aos economistas prever forte expansão da economia para este ano.
O dinamismo da economia é verificado ainda nas pesquisas de confiança de empresários e de consumidores, nas
vendas do comércio e no uso da capacidade instalada das fábricas, que chegou a 84% em fevereiro deste ano, o nível
mais alto desde outubro de 2008.
É resultado, segundo economistas, da queda dos juros, da expansão da oferta de crédito e de prazos de financiamento
para pessoas físicas e jurídicas.
Somam-se a isso a redução de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para eletrodomésticos, carros, móveis e
material de construção. Este é também ano de Copa do Mundo, quando cresce a demanda por televisores, DVDs e
aparelhos de som, e de eleições, quando o governo gasta mais e, com isso, aumenta a demanda de setores da
economia.
"O conjunto de medidas adotadas no ano passado permitiu que a economia retomasse o ritmo de atividade no segundo
semestre e entrasse em 2010 com velocidade forte de crescimento. A indústria cresce em ritmo chinês, e a economia,
em boa medida, depende do dinamismo da indústria", afirma Fábio Silveira, sócio-diretor da RC Consultores.
O crescimento do PIB no quarto trimestre de 2009 (de 2% ante o terceiro trimestre de 2009 e de 4,3% ante o quarto
trimestre de 2008) mostra, segundo Silveira, a recuperação da economia, puxada pela indústria e pelo setor de serviços.
"Essa inércia vai ser transferida para este primeiro trimestre."
Se não houver agravamento da crise externa, o país reúne hoje todas as condições para ter bom desempenho
econômico neste ano, segundo economistas ouvidos pela Folha.
A produção industrial, segundo estimativa de economistas, deve crescer entre 6,5% e 7% neste ano, depois de cair 7,4%
no ano passado. As vendas no comércio devem subir 8,5% neste ano (no ano passado cresceram 5,9%), e o PIB, 5%,
após cair 0,2% em 2009.
O que deve puxar o crescimento da economia neste primeiro trimestre são, principalmente, a indústria, o setor de
serviços e o da construção civil.
"A construção civil terá crescimento expressivo não só neste ano mas nesta década. O que justifica essa expansão são
os investimentos feitos na construção residencial e nas obras de infraestrutura que estão sendo e que serão
executadas", afirma Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados.
Outro setor que deve manter resultado positivo neste primeiro trimestre é o comércio. "O consumidor está mais
confiante: o desemprego [está] em queda, e a renda, em crescimento. A combinação desses fatores deve estimular o
comércio a crescer ainda mais neste ano", afirma Altamiro Carvalho, economista da Fecomercio SP.
Só em janeiro as vendas do comércio varejista cresceram 10,4% ante igual mês do ano passado, segundo dados
divulgados ontem pelo IBGE.
O maior destaque foi para a venda de móveis e eletrodomésticos -cresceu 7,9% em janeiro, depois de ter recuado entre
novembro e dezembro.
Mercado Aberto (Folha de SP) 12/03/2010
MARIA CRISTINA FRIAS - [email protected]
PIB da construção está errado, diz setor
Uma pequena rebelião sacudiu a construção civil ontem. O setor não aceita a queda de 6,3% no PIB da construção civil,
anunciada pelo IBGE.
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"A metodologia do instituto está errada. Nunca isso ficou tão claro como agora", reagiu Paulo Simões, presidente da
CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção).
A preocupação do setor é que indicadores equivocados gerem efeitos negativos em decisões de investimento.
Ontem mesmo o conjunto da construção civil brasileira anunciou que pedirá a abertura de uma discussão entre técnicos
do IBGE, do governo e do setor para a revisão da metodologia. "Queremos uma discussão com o IBGE. Se o equívoco
for nosso, assumimos. Mas tenho absoluta certeza de que estamos certos e queremos a revisão", disse Simões.
O problema, segundo o setor, está nos indicadores usados para o cálculo. Na primeira versão do índice, o IBGE
considera a evolução da produção de material de construção, que, de fato, caiu em 2009. "A questão está aí. O IBGE
não considera o valor agregado gerado pela cadeia da construção, que, no limite, não é formada só pela produção do
material de construção."
Segundo Cláudio Conz, presidente da Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção),
houve crédito e geração de emprego recorde. "Já sabíamos da falha na metodologia, mas esse dado anunciado ontem é
um equívoco enorme. A situação agora ficou gritante", disse Conz. A expectativa era de crescimento de 6% e não de
queda.
O IBGE refutou a afirmação de que utilize metodologia equivocada. Segundo Cláudia Dionísio, economista de contas
nacionais do instituto, o cálculo considerou os dados de produção dos insumos utilizados na construção e esse indicador
demonstrou queda em 2009.
Os dados poderão, segundo Dionísio, ser revisados no fim de 2011 com a incorporação de indicadores mais completos,
mas "não irão transformar números negativos em positivos".
EXPORTAÇÃO
A Aon Affinity, braço de seguros massificados da corretora Aon Corp, deve desenvolver em breve um novo modelo de
atuação. A ideia é que a companhia deixe de agir como uma corretora de seguros massificados e se torne uma
consultoria estratégica para empresas que queiram vender produtos para grandes públicos. O projeto, que tem a
liderança de José Carlos Macedo, presidente da Aon Affinity para a América Latina, começa pelo Brasil e depois será
espalhado pela região. Em seguida, o trabalho poderá ser exportado para Europa e Ásia, segundo Macedo.
INVESTIGAÇÃO 1
O Procon-SP investiga quatro casos de supostos defeitos em veículos que poderiam justificar convocação de recall
compulsório, como ocorreu com o Fiat Stilo. Algumas das apurações são conduzidas com o Grupo de Estudos
Permanentes de Acidentes de Consumo.
INVESTIGAÇÃO 2
Segundo o Procon-SP, os órgãos de defesa do consumidor têm investigado tanto as convocações feitas pelas
montadoras no exterior de veículos também comercializados no Brasil como casos em que diversos consumidores
relataram o mesmo problema num modelo.
TIJOLO COM TIJOLO
O varejo do setor de material de construção cresceu 4,9% em fevereiro ante janeiro, segundo levantamento da Anamaco
(Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção), entidade que representa as 138 mil lojas de
material de construção no país.
RESULTADO
A CTEEP (Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista) divulga hoje o fechamento do ano fiscal de 2009
com estabilidade nas operações. O lucro líquido foi de R$ 828 milhões. A receita operacional bruta, de R$ 1,9 bilhão alta de 5,7% ante 2008.
ENERGIA 1
Cabral chora e diz que mudar royalties é irresponsabilidade (Folha de SP)
12/03/2010
RAPHAEL GOMIDE
DA SUCURSAL DO RIO
O governador do Rio, Sérgio Cabral, chorou ontem, em aula magna na PUC-RJ, ao falar sobre a chamada emenda
Ibsen, aprovada anteontem na Câmara e que revê a atual distribuição da receita com exploração do petróleo nas áreas
já em produção. A ex-governadora e prefeita de Campos (RJ), Rosinha Garotinho, liderou protesto que fechou a BR-101
e causou engarrafamento.
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Entre outras críticas em tom indignado, Cabral afirmou que a aprovação da emenda é "um linchamento contra o Rio",
"uma irresponsabilidade".
"O Estado do Rio recebe de royalties e participações especiais mais de R$ 5 bilhões; passa a ganhar R$ 100 milhões.
Acaba todo o dinheiro da previdência pública. Como a Câmara me aprova uma loucura dessas?"
Segundo ele, o prejuízo terá grave impacto na economia do Estado, cujo Orçamento de 2010 é de R$ 46,3 bilhões -o
montante de R$ 5 bilhões equivaleria a 10,8%.
"Esquece Olimpíada, esquece Copa, esquece tudo! Acabou o Estado! Acabou! Não estou de brincadeira, não! Isso é a
maior leviandade que a Câmara fez na história, desde a República! (...) Nunca vi tanto desrespeito ao princípio
federativo (...) É brincadeira de mau gosto!"
Em seguida, com o rosto vermelho, começou a chorar.
Para o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais), o Senado vai dar conta de resolver o conflito federativo.
Se não conseguir alterar o projeto que muda a distribuição de royalties no Senado, Lula vai vetá-lo.
Após reunião com o presidente, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), reiterou que os quatro
projetos do pré-sal serão votados em regime de urgência na Casa. Com isso, a votação deve ocorrer em no máximo 45
dias.
O líder do PSDB na Casa, Arthur Virgílio (AM), chamou a urgência de "cutelo" e sinalizou obstrução. "Não vai andar se
for desse jeito."
-------------------------------------------------------------------------------Colaborou a Sucursal de Brasília
ENERGIA 2
BP vai explorar petróleo no Brasil após acordo de US$ 7 bi (Folha de SP)
12/03/2010
DO "FINANCIAL TIMES"
A British Petroleum (BP) confirmou ontem que começará a prospectar as águas profundas ao largo da costa brasileira,
uma das áreas de exploração petroleira mais promissoras do mundo, por meio de um acordo de US$ 7 bilhões para a
aquisição dos ativos internacionais de petróleo e gás da Devon.
Estimativas indicam que os campos profundos ao largo da costa brasileira podem abrigar até 80 bilhões de barris de
petróleo. Diversas empresas ocidentais formaram parcerias com a Petrobras a fim de prospectar e desenvolver campos
na região.
O acordo com a americana Devon, que detém licenças para prospectar seis blocos em parceria com a Petrobras, na
"mais promissora das áreas "offshore" brasileiras", provê à BP uma rota mais rápida e direta para o país.
Embora o Brasil represente uma oportunidade muito promissora, executivos e analistas do setor afirmam que existe
preocupação generalizada quanto à possibilidade de que a ambição do governo de maximizar a receita auferida pelo
país com seu patrimônio petroleiro crie problemas com os investidores estrangeiros.
Com o acordo com a Devon, a BP também vai ampliar suas operações no golfo do México e no Azerbaijão.
-------------------------------------------------------------------------------Tradução de PAULO MIGLIACCI
Energia (Folha de SP – Painel do Leitor) 12/03/2010
"A Ampla não foi procurada para a reportagem "Investimento menor explica cortes de luz" (Dinheiro, 7/ 3).
Diferentemente da ilação incorreta feita pela repórter, a distribuidora fluminense tem mantido seus níveis de investimento
em qualidade, não tendo registrado, como diz a repórter, constantes interrupções no fornecimento de energia.
A queda de investimentos apontada pela reportagem no período de 2007 a 2008 foi impactada pela redução da
demanda de mercado (Luz para Todos e extensões de rede para novos clientes) e por aportes menores em tecnologias
de combate às perdas, reflexo da espera da aprovação da implantação da medição eletrônica pelos órgãos
competentes.
Em nenhum momento houve redução de investimento em qualidade de serviço. Pelo contrário, em 2009, a Ampla
investiu R$ 384 milhões, montante 9% superior ao verificado em 2008, voltando a patamares similares aos de 2007,
mantendo os investimentos em qualidade."
ANDRÉ MORAGAS , diretor de Relações Institucionais e Comunicação da Ampla (Niterói, RJ)
Resposta da jornalista Leila Coimbra - Os números que mostram redução dos recursos aplicados pela Ampla foram
extraídos do balanço da empresa, disponível no site da companhia. Relatório do Operador Nacional do Sistema Elétrico
5
(ONS) aponta queda do fornecimento em vários municípios atendidos pela Ampla, com pelo menos uma hora de
duração, nos dias 7, 11 e 25 de janeiro e no dia 16 de fevereiro.
Economia se recupera no final de 2009 (Folha de SP) 12/03/2010
PIB ficou estagnado no ano passado, com queda de 0,2%, mas avançou 2% no quarto trimestre na comparação
com o 3º
Consumo, estimulado por desonerações e crédito, atenuou a crise; queda no investimento e na indústria segurou a
economia
PEDRO SOARES
SAMANTHA LIMA
DA SUCURSAL DO RIO
A crise global restringiu investimentos, reduziu exportações, abalou a indústria e desacelerou o consumo em 2009.
A turbulência empurrou a economia brasileira para perto da estagnação: o Produto Interno Bruto (a medida da produção
e da renda nacional) registrou variação negativa de 0,2% no ano passado, a primeira contração desde 1992.
Naquele ano, o país vivia ainda sob a hiperinflação de mais de 20% ao mês e se via às voltas com o impeachment do
então presidente Fernando Collor de Mello -evitado pela renúncia do mandatário.
Embora tenha vindo com sinal negativo, o resultado de 2009 é encarado mais como de interrupção do crescimento do
que de encolhimento, pelo IBGE. "Variações entre mais meio ponto e menos meio ponto são equivalentes a zero",
afirmou Rebeca Palis, gerente de Contas Nacionais do IBGE, ao anunciar o PIB.
A avaliação é compartilhada por analistas. "O fato econômico relevante é que houve estagnação. Essencialmente, a
economia em 2009 foi igual à de 2008, ou seja, um ano perdido", disse o economista Armando Castelar, analista da
Gávea Investimentos.
Desde o fim do ano passado, o cenário mudou: a economia está aquecida e cresce atualmente num ritmo entre 5% e 6%
anuais, segundo especialistas. "Esse crescimento para 2010 está dado até por conta da fraca base de comparação",
avaliou Sérgio Vale, economista da MB Associados.
Já no quarto trimestre, o PIB avançou 2% na comparação livre de influências sazonais com o terceiro trimestre. Ante o
mesmo período de 2009, o crescimento foi de 4,3%.
Para este ano, está prevista uma forte recuperação da indústria -que teve queda recorde de 5,5% em 2009, a maior da
nova série do PIB, iniciada em 1996- e dos investimentos -com retração de 9,9%, também a mais expressiva da nova
série.
Olhando para o retrovisor, a economia padeceu em 2009 com a redução extrema do crédito, a fraca demanda mundial e
o menor otimismo de empresários -e de consumidores, em menor escala.
Consumo
Medidas como a desoneração de tributos em artigos como carros, geladeiras, fogões e móveis e a expansão do crédito
em bancos públicos conseguiram atenuar esses efeitos e impulsionar o consumo das famílias -que cresceu 4,1%, o
menor nível desde 2004 (3,8%).
Foi esse consumo, mesmo abaixo da média recente, que impediu uma freada mais forte da economia. O governo
também ampliou gastos como forma de fazer política anticíclica: seu consumo aumentou 3,7% em 2009.
Sob a ótica da produção, o setor de serviços, menos sujeito às crises e embalado pelo consumo interno, avançou 2,6%
em 2009 e atenuou a queda do PIB.
A crise travou também o comércio exterior do país: as exportações recuaram 10,3%. As importações cederam com mais
intensidade: 11,4%. Desse modo, o país teve a primeira contribuição positiva do setor externo para a economia desde
2005, com acréscimo de 0,1 ponto percentual.
Indústria e investimentos
Já a queda da indústria foi tão forte que o setor perdeu peso no PIB: de 27,3% em 2008 para 25,4% em 2009. O mesmo
ocorreu com os investimentos -cuja taxa como proporção do PIB cedeu de 18,7% em 2008 para 16,7% em 2009.
No sentido inverso, serviços e consumo das famílias ganharam participação na economia do país.
Para 2010, a indústria e os investimentos devem liderar o crescimento, em boa medida graças à enfraquecida base de
comparação.
Nem mesmo a prevista alta da taxa básica de juros, dizem especialistas, vai abortar o crescimento deste ano -seus
efeitos, preveem, serão mais notados em 2011.
"O consumo ainda deve permanecer forte, mas não vai sustentar o nível do último trimestre, quando tivemos
antecipação de consumo por conta da expectativa do fim dos incentivos fiscais. Permanece elevado, porém, porque vem
sustentado por uma classe média emergente, que quer consumir e que não teve a renda abalada pela crise", avalia
Bernardo Wjuniski, economista da Tendências Consultoria.
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A economia brasileira em 2009 (Folha de SP) 12/03/2010
LUIZ CARLOS MENDONÇA DE BARROS
-------------------------------------------------------------------------------Se houve uma queda no vazio durante 6 meses, a retomada a partir do 2º trimestre de 2009 foi ainda mais rápida
--------------------------------------------------------------------------------
A DIVULGAÇÃO do PIB de 2009 pelo IBGE nos permite avaliar de forma mais completa o comportamento da economia
durante a cise mundial. Além disso, fornece boas pistas para projetarmos os resultados do último ano do mandato do
presidente Lula.
Vamos começar lembrando o passado. O ano se iniciou sob o impacto de uma contração brutal do PIB no último
trimestre do ano anterior.
Entre outubro e dezembro de 2008, tivemos uma redução de 14% anuais -ou 3,5% ante o trimestre anterior- na geração
de riquezas no Brasil. Não por outra razão vivíamos -sociedade e governo- um pesadelo para o qual não estávamos
preparados. Eu mesmo -calejado que sou por mais de 40 anos de atividade profissional- fiquei muito assustado e
pessimista com o futuro. Recuperei um pouco de meu sangue-frio ao me lembrar de uma frase dita por um grande e
sábio amigo meu: "Não aposte contra o capitalismo, pois você vai quebrar a cara".
Nos primeiros três meses de 2009, o pânico continuou e o PIB se contraiu a uma taxa anualizada de 3,6%. Embora bem
menor, continuava a retração da economia. Nos seis meses decorridos desde a quebra do banco Lehman Brothers, a
queda do PIB brasileiro havia chegado a uma taxa anualizada de mais de 11%. Se usarmos o consumidor como
referência sobre o comportamento do brasileiro naqueles terríveis dias, vamos encontrar -embora mitigado- o mesmo
cenário de crise. As vendas do varejo, que vinham crescendo a uma taxa anual de 10%, passaram a se contrair a uma
taxa anual de quase 5% ao ano.
No caso dos empresários, o susto foi ainda maior. A redução dos gastos com máquinas e equipamentos foi de mais de
40% anualizados entre o terceiro trimestre de 2008 e os primeiros três meses de 2009. O aumento rápido dos estoques
e a redução do crédito bancário levaram a uma quase paralisação da produção em muitos setores e à demissão de
funcionários.
Mas os números do IBGE deixam claro que, se houve uma queda no vazio durante o período de seis meses, a
recuperação a partir do segundo trimestre foi ainda mais rápida.
As vendas ao varejo voltaram a crescer a taxas da ordem de 12% ao ano a partir de setembro e hoje já são em valor
mais de 5% superiores ao que prevalecia antes da crise.
Também está nas estatísticas do PIB a prova de que os empresários retomaram de maneira bem mais lenta seus
investimentos. A partir do segundo semestre do ano passado, os gastos com investimentos cresceram rapidamente, mas
ainda estão bem abaixo do nível que prevalecia antes da crise. Se considerarmos a demanda privada total, que inclui os
gastos com consumo e exportações, os números do IBGE mostram que estávamos no fim de 2009 exatamente no nível
anterior à crise.
Por fim, o papel das importações continua a crescer na matriz de oferta de bens no Brasil, o que contribui para ancorar a
inflação no segmento de bens industriais e intermediários em um momento de demanda acelerada, ainda que apenas
temporariamente.
Para 2010, a equipe de economistas da Quest prevê crescimento de 6%, com inflação crescente e superior ao centro da
meta. Nos próximos meses, o Banco Central terá a difícil tarefa de controlá-la sem destruir o otimismo de nossos
empresários.
-------------------------------------------------------------------------------LUIZ CARLOS MENDONÇA DE BARROS , 67, engenheiro e economista, é economista-chefe da Quest Investimentos.
Foi presidente do BNDES e ministro das Comunicações (governo Fernando Henrique Cardoso).
[email protected]
Sob Lula, país cresceu mais que nos anos FHC (Folha de SP) 12/03/2010
DA SUCURSAL DO RIO
No embate numérico dos PIBs, o crescimento médio da economia durante o período do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) supera o exibido nos anos sob governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) -mesmo com a estagnação
econômica de 2009.
No primeiro mandato de FHC (1995-1998), o crescimento médio da economia foi de 2,5% ao ano. O último ano do
período teve expansão nula, quase equivalente ao índice registrado em 2009 (-0,2%), segundo dados do IBGE.
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Naquele período, a média de crescimento da economia mundial por ano estava em 3,4%, segundo dados do Fundo
Monetário Internacional.
Nos quatro anos seguintes, 1999 a 2002, a expansão média anual foi de 2,2% -os maiores impactos foram o
racionamento, em 2001 (com PIB de 1,3%), e a crise cambial de 2002 (PIB de 2,7%).
Nesse intervalo, o mundo crescia a 3,4%, segundo o FMI.
Nos primeiros quatro anos de Lula, de 2003 a 2006, a economia cresceu, em média, 3,5% -com destaque para a
expansão de 5,7% em 2004. Enquanto isso, o mundo cresceu 4,5% por ano, em média, de acordo com o FMI.
Na média dos três anos decorridos no segundo mandato de Lula, o PIB brasileiro teve expansão de 3,7%. Foi o primeiro
mandato em que a economia brasileira superou a expansão mundial, abatida pela crise -que emitiu os primeiros sinais
em 2007 e avançou em 2008 (com a quebra do banco Lehman Brothers nos EUA) e 2009. Nesse triênio, a economia
mundial deverá ter crescimento de 2,3%, segundo dados do FMI com base em projeções para 2009.
Para o economista Bernardo Wjuniski, da Tendências Consultoria, a comparação não pode desconsiderar as
conjunturas brasileira e mundial.
"Fernando Henrique teve que fazer reformas estruturais que deram a Lula condições para que tivesse boa média e
avançasse em programas sociais. Não é historicamente justo creditar apenas a Lula o crescimento recente. Ele se
beneficiou também da conjuntura externa, antes da crise. Mas seus méritos são inegáveis, porque ele manteve a
estabilidade e criou uma nova classe média", afirma Wjuniski.
(SAMANTHA LIMA E PEDRO SOARES)
PIB caiu 0,2% em 2009, mas já cresce como antes da crise global (O Estado de
SP) 12/03/2010
Economia teve o pior resultado desde 1992, puxado por queda recorde da indústria e dos investimentos
Fernando Dantas, RIO
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro caiu 0,2% em 2009, no pior resultado desde 1992 (governo Collor), quando
houve recuo de 0,5%. O PIB do último trimestre do ano passado, no entanto, cresceu 2% em relação ao trimestre
anterior (8,2% anualizado), descontadas as influências sazonais.
A economia, na verdade, já retomou um ritmo que é, no mínimo, equivalente ao dos três primeiros trimestres de 2008,
quando o crescimento em 12 meses estava em torno de 6,5%. O nível absoluto do PIB já quase encostou no do terceiro
trimestre de 2008, que corresponde ao ponto mais alto jamais alcançado. Os dados do PIB foram divulgados ontem pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O mau desempenho em 2009 foi puxado por dramáticas quedas na indústria e nos investimentos, de respectivamente
5,5% e 9,9%. Diretamente ligados à grande crise global deflagrada em setembro de 2008, esses resultados são os
piores desde o início da atual série do PIB, em 1996. Na indústria, o pior desempenho em 2009 foi justamente o do
coração do setor, a indústria de transformação, que recuou 7%.
"Os números de 2009 devem-se a uma pancada muito forte, mas que já está superada, com essa recuperação muito
rápida", comentou o economista Samuel Pessôa, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas
(FGV) no Rio.
O resultado brasileiro do ano passado, na realidade, representa mais uma estagnação do que uma queda, já que está
muito próximo a zero. Numa comparação global de países de economia relevante, o Brasil figura entre os de
performance menos ruim. Em valores, o PIB do Brasil em 2009 registrou R$ 3,143 trilhões.
Apesar do PIB decepcionante de 2009, o consumo das famílias continuou a crescer, registrando expansão de 4,1%. Isso
significa uma quebra na aceleração entre 2004 e 2008, período no qual o indicador subiu em ritmo crescente de 3,8%
até 7%. Ainda assim, como nota Pessôa, o crescimento do consumo das famílias de 4,1% fez com que a população
sentisse os efeitos da crise de forma muito atenuada: "É o que explica a manutenção em alta da popularidade do
governo".
Também ligado ao bom ritmo do consumo das famílias, o setor de serviços sobressaiu-se em 2009, sendo o único que
apresentou variação positiva, com crescimento de 2,6%. O maior destaque nos serviços foi o segmento de
intermediação financeira, que inclui crédito bancário, seguros, planos de saúde e previdência complementar, que
cresceu 6,5% .
A agropecuária teve recuo de 5,2% no ano passado, prejudicada pela queda na produção de lavouras importantes.
Houve quedas ainda na pecuária e na exploração florestal. Rebeca Palis, gerente de Contas Trimestrais do IBGE, nota
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que a agropecuária caiu em todos os trimestres de 2009, comparados a iguais períodos de 2008. "Todas as lavouras
sofreram bastante no ano passado, não só pela crise mas também por causa das chuvas", comentou Rebeca.
O IBGE também anunciou ontem revisões em quatro dos três trimestres anteriores ao último de 2009 - exatamente o
período que compreende a crise global, desde a quebra do Lehman Brothers, em setembro de 2008. A revisão mostra
um PIB que cai mais no primeiro momento, mas também se recupera mais velozmente.
Assim, o resultado (sempre na comparação com o trimestre anterior, em base dessazonalizada)do último trimestre de
2008 passou de queda de 2,9% para 3,5%; o do primeiro trimestre de 2009 manteve-se em queda de 0,9%; o
crescimento no segundo trimestre do ano passado aumentou de 1,1% para 1,4%; e o do terceiro trimestre subiu de 1,3%
para 1,7%.
Rebeca explicou que não houve nenhuma revisão dos dados em si, mas que essas mudanças decorrem do método de
dessazonalização, que sempre acarreta mudanças quando novo resultado trimestral é divulgado.
Na realidade, o mercado já esperava que houvesse revisões, e acertou em cheio o resultado do PIB de 2009, com a
mediana das projeções colhidas pela Agência Estado batendo exatamente em recuo de 0,2%.
O Brasil pós-crise (O Estado de SP) 12/03/2010
O pior efeito da crise econômica, para o Brasil, foi a queda de quase 10% no valor dos investimentos em máquinas,
equipamentos e construções, como confirmam as contas nacionais divulgadas nessa quinta-feira pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE). Por isso, 2009 não foi um ano perdido apenas em termos de crescimento econômico.
A contração de 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) está longe de ser desastrosa. A perda mais importante foi outra: o
País aplicou muito menos que o necessário para modernizar e ampliar sua capacidade produtiva e garantir, dessa
maneira, condições mais sólidas para a expansão nos anos seguintes. A queda do investimento de 18,7% para 16,7%
do PIB entre 2008 e 2009 é o dado mais negativo, em termos estratégicos, no cenário do ano passado.
Mas também há aspectos positivos no quadro apresentado pelo IBGE. Os números confirmam uma recessão curta, com
apenas dois trimestres de duração, o último de 2008 e o primeiro do ano passado. A tendência mudou a partir do
segundo trimestre, o crescimento acelerou-se. Nos três meses finais de 2009 o PIB aumentou 2%, em ritmo equivalente,
portanto, a 8,2% anuais. Ninguém espera a manutenção desse impulso.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, reafirmou a previsão de crescimento de 5,7% em 2010. Será um resultado
satisfatório, especialmente se o setor privado voltar a investir com vigor e o governo conseguir desemperrar suas obras.
Os últimos dados, tanto oficiais quanto privados, mostram o fortalecimento progressivo da economia. No trimestre final
de 2009 o investimento foi 6,6% maior que no anterior. Em janeiro, segundo o IBGE, o setor de bens de capital, isto é,
de máquinas e equipamentos, produziu 0,1% menos que em dezembro, mas 12,8% mais que um ano antes. O
desempenho do setor ainda foi insatisfatório, mas confirmou a disposição dos industriais de voltar a investir com vigor.
Os números do comércio varejista em janeiro, recém-distribuídos pelo IBGE, também confirmam a boa disposição dos
consumidores e justificam amplamente o otimismo demonstrado pelos empresários. A criação de 23 mil empregos pela
indústria paulista em fevereiro é outro sinal animador e mais um estímulo para a expansão da capacidade produtiva.
Todos esses dados constituem bons argumentos a favor do otimismo exibido pelo ministro da Fazenda e pelo presidente
da República. A economia brasileira tem condições para crescer mais que 5% neste ano, sem restrições muito
importantes a curto prazo.
Apesar das pressões inflacionárias notadas nos últimos meses, não há, por enquanto, razões para se temer um grande
surto de aumento de preços até o fim do ano. Mas o Banco Central (BC) continuará atento aos sinais de alerta e, se for o
caso, deverá estar pronto para uma ação preventiva.
O Comitê de Política Monetária (Copom), responsável pela política de juros, provavelmente levará em conta, em sua
avaliação do risco inflacionário, a administração das contas públicas. O Executivo reduzirá o perigo de uma nova alta de
juros se adotar, de forma clara e confiável, uma política mais austera de contenção de gastos. Mas essa hipótese é
altamente improvável em ano de eleições.
Um crescimento econômico seguro e duradouro dependerá não só do volume e da qualidade do investimento, mas
também da solidez das contas externas. Quanto ao investimento, o setor privado tem geralmente feito sua parte. Mas o
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governo tem sido ineficiente na realização das obras dependentes do Tesouro e na orientação dos gastos educacionais.
A dificuldade de preencher vagas em vários setores mostra o descompasso entre a política educacional e as
necessidades do País.
Quanto ao setor externo, a evolução do déficit em conta corrente começa a ficar preocupante. Já há previsões de um
buraco de US$ 60 bilhões no próximo ano. Não será, ainda, uma situação de grande perigo iminente, mas o País estará,
com certeza, mais vulnerável do que hoje a uma piora do quadro internacional. O governo não deveria menosprezar os
efeitos de um aumento dos juros nos principais mercados.
A melhora das contas externas dependerá fundamentalmente do aumento da exportação. Também nessa área o setor
empresarial tem feito a sua parte. Mas o País não pode dispensar por mais tempo uma séria política de competitividade.
Cabral chora pelos royalties perdidos (O Estado de SP) 12/03/2010
Governador do Rio disse que aprovação de emenda foi a maior leviandade da Câmara em sua história
Alexandre Rodrigues, Rio
A aprovação na Câmara dos Deputados da Emenda Ibsen, que redistribui os royalties do petróleo, levou ontem o
governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), às lágrimas. No final de uma palestra a estudantes da Pontifícia Universidade
Católica (PUC-Rio), que o convidara para uma aula inaugural, Cabral disse que os deputados que aprovaram a emenda
promoveram "um linchamento do Rio". Se for validada pelo Senado, a emenda vai tirar do governo estadual e de 90
municípios fluminenses R$ 7,2 bilhões por ano."É a maior leviandade que a Câmara dos Deputados fez na sua história
desde a Proclamação da República. Não há nada mais irresponsável que tenha visto na minha vida", disse Cabral.
Emocionado, ele criticou os deputados e comparou a emenda a outras decisões históricas que prejudicaram o Rio, como
a perda da capital federal. O governador disse que a aprovação da emenda banaliza a democracia, e que faltou
discussão qualificada. "É uma irresponsabilidade. A gente luta pela democracia e tem de se orgulhar do Congresso com
todos os seus defeitos", lamentou, interrompendo a fala. Chorando, enxugou os olhos com um lenço, mas não conseguiu
concluir.
"A repercussão dessa emenda é fechar o Estado. Esquece Olimpíada, esquece Copa do Mundo, esquece tudo. Acabou
o Estado", disse Cabral. "É uma brincadeira de mau gosto." Na saída, o governador disse que suas lágrimas não foram
de raiva, mas de tristeza. "Segurei ontem, mas acabei liberando a emoção hoje. Ontem à noite, com minha mulher e
meus filhos, literalmente deitado na cama, fiquei vendo aquela votação. Vi exatamente o processo final, faltando 20
minutos. E as declarações de votos que ouvi? 380 deputados votando favoráveis. O que é isso?"
SÃO JOÃO
Para o secretário da Fazenda do Rio, Joaquim Levy, a medida será ineficaz para melhorar as condições financeiras dos
demais Estados ao utilizar os critérios de distribuição dos Fundos de Participação dos Estados (FPE) e dos Municípios
(FPM). "Hoje, os recursos do FPE e FPM somam R$ 100 bilhões. Se, mesmo ganhando isso, os outros Estados
continuam com índice de pobreza elevado, qual a diferença se passarem a ganhar mais R$ 5 bilhões ou R$ 7 bilhões?
Talvez façam mais festas. Talvez o São João seja mais animado." Levy também criticou a medida por ser
"extremamente eleitoreira".
"O eleitor está sendo levado pela miragem do petróleo."Cabral repetiu que confia no veto do presidente Lula e numa
solução final do Supremo Tribunal Federal (STF), caso o veto seja derrubado pelo Congresso. Para o governador, a
emenda é inconstitucional. Ele se queixou de "falta de solidariedade" dos parlamentares dos outros Estados com o Rio,
que, frisou, "é frequentado por todos". COLABOROU KELLY LIMA
Rio pode negociar royalties de novas áreas (O Estado de SP) 12/03/2010
Bancada do Estado no Senado tentará mudar regra aprovada na Câmara,
Renato Andrade, BRASÍLIA
A bancada do Rio de Janeiro no Senado está disposta a negociar uma nova divisão das receitas de royalties de petróleo.
Mas quer discutir só as compensações que serão pagas pela exploração nas áreas do pré-sal que ainda serão licitadas.
"Temos que fazer um grande esforço e mostrar que concordamos em estabelecer novas regras de distribuição. Agora,
naquilo que já foi licitado, as regras não podem mudar", disse Francisco Dornelles (PP-RJ).
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A aprovação, na Câmara, da proposta de divisão igualitária dos recursos oriundos do pagamento da compensação
financeira pela exploração de petróleo (royalties) entre todos os Estados e municípios foi duramente criticada pelos
senadores fluminenses. "O projeto aprovado ontem é inconstitucional, ilegal e imoral", disse Dornelles. "É uma agressão
e um desrespeito ao Rio e ao Espírito Santo."
Os dois Estados, os maiores produtores de petróleo no País, serão os principais afetados se a nova regra for mantida.
Para Marcelo Crivella (PRB-RJ), a medida aprovada na noite de quarta-feira pelos deputados foi "apenas a expressão de
uma ambição eleitoral". O senador classificou como "usurpação" o fato de a mudança também afetar as áreas já
licitadas, que representam 28% do total da camada do pré-sal.
Na próxima semana, a bancada fluminense terá uma reunião com os senadores capixabas e paulistas para avaliar com
maior cuidado os quatro projetos que foram encaminhados ao Senado e definir uma estratégia de ação para tentar
reverter o quadro relativo aos royalties. "Como aqui é a Casa da Federação, prevalece o equilíbrio e o bom senso. O
Senado é sempre o lugar para esfriar essas coisas", disse Crivella.
LULA PREOCUPADO
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrou "preocupação" com a aprovação da nova forma de divisão de
royalties, segundo relato do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), após audiência com Lula. Segundo
o senador, o presidente pediu para que seja encontrada uma solução harmônica para o problema, mas não deu
sugestões de como fazer isso. "Ele só pediu o milagre", disse Jucá.
Para tentar esfriar os ânimos e ganhar tempo para sensibilizar os parlamentares, o deputado Otavio Leite (PSDB-RJ),
líder da minoria, sugeriu ao governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), que peça ao presidente Lula a retirada do pedido
de urgência na tramitação do marco regulatório do pré-sal no Senado. "Temos que trazer essa discussão para um nível
de equilíbrio", disse o deputado.
Como o Palácio do Planalto quer sancionar as novas leis até o fim do primeiro semestre, os projetos do pré-sal estão
entrando no Senado com o pedido de urgência. Isso significa que cada proposta precisa ser analisada e votada em 45
dias.
Mantida a urgência, Jucá acredita que poderá concluir a votação das medidas até o fim de maio, dando tempo para que
os deputados analisem as mudanças feitas pelos senadores no início de junho, antes da sanção presidencial.
COLABOROU CAROL PIRES
Elétrica: Grupo corre atrás das concorrentes Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez, que já avançaram no setor
Odebrecht cria companhia para energia (Valor Econômico) 12/03/2010
Josette Goulart, de São Paulo
Depois de ter assistido as concorrentes Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa ampliarem suas participações no setor
elétrico no ano passado, a Odebrecht finalmente decidiu nesse início de ano criar uma empresa para abrigar seus
investimentos em energia. Está nascendo dentro do grupo a Odebrecht Energia, que será presidida por Henrique
Valadares e que tem a meta, estabelecida por Marcelo Odebrecht -principal executivo do grupo - de se tornar a maior
empresa geradora de energia do país dentro de dez anos.
A empresa se limitou a dizer que a nova empresa ainda não foi efetivada. Mas o Valor apurou que todo o quadro
executivo já está formado. Além de Valadares, que ocupava na Odebrecht S.A. o posto de vice-presidente da área de
energia, a nova empresa terá como diretor de regulação Marcus Vinícius Gusmão, vindo da Braskem, onde era diretor
nessa área. A parte financeira ficou com Rogério Ibrahim, que fez toda a estruturação financeira da usina de Santo
Antônio. O diretor jurídico será Adriano Maia, integrante da equipe da construtora no projeto de Santo Antônio.
A parte que lhe cabe na Santo Antônio Energia, cerca de 18% que estão hoje debaixo da Odebrecht Investimentos em
Infraestrutura, será uma das primeiras incorporações da nova empresa, segundo fonte próxima ao grupo. Apesar de ter
um percentual pequeno da usina, o grupo controla o investimento por conta de acordo de acionistas firmado com
Andrade Gutierrez e o Fundo de Investimento em Participações Amazônia Energia (FI FGTS e Banif).
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A Odebrecht Energia será também a empresa do grupo que irá formar o consórcio investidor da hidrelétrica de Belo
Monte. A empreiteira se uniu à Camargo Corrêa para ir ao leilão e ambas acertaram que a Camargo seria a líder do
consórcio construtor, pois tem um projeto de engenharia melhor, cabendo à Odebrecht a liderança do grupo investidor.
Dentro da estratégia do grupo de ser a maior geradora do país em capacidade instalada nos próximos dez anos, ganhar
o leilão de Belo Monte é quase uma condição para se atingir a meta. A usina terá capacidade de gerar 11.233 MW de
energia, e mesmo uma fatia de 20%, como a que tem em Santo Antônio, já lhe renderiam mais de 2.000 MW a seu
portfólio. Com a própria Santo Antônio, já em construção no Rio Madeira, somaria 2.600 MW. Já seria maior que a AES
Tietê ou do que a Duke Energy, as duas americanas que tentou comprar no ano passado sem sucesso.
No caso da AES, Odebrecht e Camargo Corrêa se uniram para fazer uma oferta à americana para comprar os ativos. A
ideia era de que Camargo ficasse com os ativos de distribuição e a Odebrecht com a geração. Mas a ideia não
prosperou porque os americanos não quiseram vender sua parte e ainda sustentam que vão exercer seu direito de
preferência caso o BNDES venda a sua parte na Brasiliana, que abriga os ativos da AES.
A Odebrecht não fez comentário sobre a criação da Odebrecht Energia. Algumas fontes informa, entretanto, que é
possível também que a cogeração da ETH Bioenergia, que com a fusão com a Brenco terá capacidade de gerar 2.700
MW até 2012, deverá fazer parte do portfólio. Em função da ida de Gusmão, ex-Braskem, para a nova empresa,
acredita-se também que a nova companhia passará a gerir a compra de energia para o grupo.
Cenário XXI - Do bagaço se faz energia limpa (Correio Popilar) 12/03/2010
Palha de vegetais como o milho é tratada com enzimas para se transformar em etanol
Patrícia Azevedo
DA AGÊNCIA ANHANGUERA
[email protected]
Palha de trigo, milho e restos de madeira, resíduos descartados por produtores podem parecer lixo inútil. Mas eles têm
sua utilidade, sobretudo na produção de energia. Eles podem, por exemplo, ser transformados em etanol de segunda
geração com o uso da biotecnologia. Para tanto, eles são tratados com enzimas que liberam açúcares contidos no
material. O açúcar passa por um processo de fermentação alcoólica para se transformar em etanol. “Essas enzimas
abrem caminho e mostram que é possível produzir etanol de biomassa. O produto final é o mesmo, o que muda é a rota
tecnológica”, conta o presidente da Novozymes Latin America, Pedro Luiz Fernandes.
A indústria dinamarquesa Novozymes desenvolveu duas enzimas que viabilizam a produção de etanol a partir de
resíduos agrícolas em escala comercial. Batizadas de Cellic CTec2 (celulase) e a Cellic Htec2 (hemicelulase), essas
enzimas liberam os açúcares contidos na palha de milho, restos de madeira e bagaço de cana-de-açúcar. Esses
resíduos são formados basicamente por hemicelulose, lignina e lignocelulose, que são quebrados para serem
submetidos ao processo de fermentação. “No Brasil o foco será o bagaço da cana”, afirma Fernandes. Hoje o bagaço da
cana é aproveitado para projetos de geração de energia, mas há mercado para o uso na produção do etanol de segunda
geração.
Essas proteínas, explica o executivo, são especializadas em catálise biológica e convertem a celulose em açúcar e,
posteriormente, em etanol. O etanol de segunda geração é produzido por meio de três fases. Na primeira é feito um prétratamento para que a matéria prima disponibilize uma quantidade maior de celulose. Essa etapa é feita em parceria com
o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), que funciona em Piracicaba.
Na segunda fase é feita a hidrólise enzimática, quandos são inseridas as enzimas que têm a função de quebrar as
moléculas de celulose, formando açúcares. Na terceira etapa esses açúcares são fermentados, daí se origina o etanol.
As pesquisas que resultaram no desenvolvimento das enzimas duraram 10 anos e foram conduzidas por cientistas de
vários países ligados à empresa. Pelo menos US$ 13 milhões foram investidos nas pesquisas. “São 110 cientistas
envolvidos no projeto em vários laboratórios da empresa espalhados pelo mundo”, conta Fernandes.
O executivo conta que o etanol de segunda geração, no Brasil, não terá objetivo de substituir o álcool produzido com a
cana de açúcar. “Com as novas enzimas Cellic, poderemos aumentar o potencial de produção de etanol celulósico no
Brasil a partir do bagaço da cana-de-açúcar, visando o mercado de exportação”, afirma. Segundo ele, a produção de
etanol celulósico poderia ser vista como uma fonte de renda complementar a outras já existentes na indústria
sucroalcooleira.
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Laboratório
Campinas ganhou este ano o Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE). A implantação do
centro tem a função de aprimorar a tecnologia de produção do etanol e manter o Brasil competitivo no mercado
internacional.
A principal frente de pesquisa será o etanol de segunda geração extraído da palha e do bagaço da cana. O laboratório
fará parte do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) do Ministério da Ciência e Tecnologia,
formado pelo CTBE, Laboratório Nacional de Luz Sincrotron (LNLS) e Laboratório Nacional de Biociências (LNBio).
Todos os três em Campinas.
Os centros trabalharão em conjunto nas pesquisas na área de biomassa da cana-de-açúcar. Os estudos vão abarcar
todo o ciclo de produção do etanol. O trabalho contará com parceria e acordos de cooperação com instituições como a
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Imperial College London e a Lund University (Suécia).
Com método, produção de álcool vai crescer 40%
Em tempos de aquecimento global, quando a ordem é reduzir a emissão de gases do efeito estufa, o etanol se converteu
na principal alternativa renovável aos combustíveis derivados do petróleo. Com o surgimento dessas enzimas, estima-se
que a produção de etanol deva crescer mais de 40%. Previsões mais otimistas apontam para um crescimento de 100%
da produção do etanol. Uma produção maior de etanol traria o benefício ambiental de reduzir a emissão de gases que
provocam o efeito estufa. Mas para que isso ocorra, a processo produtivo também deve ser ecologicamente correto.
Segundo cálculos da empresa Novozymes, o processo de produção de um quilo das enzimas Cellic gera 10 quilos de
gás carbônico. “Em 2008 o volume de todo etanol produzido com as enzimas no mundo possibilitou a redução da
emissão de mais de 28 milhões de toneladas de CO2. É como se tirasse de circulação até seis milhões de carros”, conta
presidente da empresa, Pedro Luiz Fernandes. (PA/AAN)
Centro em Piracicaba ativará usina em 2012
O Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) em Piracicaba deve colocar em funcionamento em 2012 uma usina de
produção de etanol de segunda geração. Segundo o gerente de Desenvolvimento Estratégico Industrial do CTC, Jaime
Finguerut, esse etanol tem o mesmo valor para a cana-de-açúcar, que o pré-sal para o petróleo no Brasil.
Finguerut conta que hoje a indústria tem uma sobra de 5 a 10% de bagaço da cana. Parte do bagaço é queimada e outra
é usada na produção de energia. “Com o fim das queimadas, a sobra de bagaço vai aumentar em cerca de 30% e isso
pode ser usado para produzir etanol de segunda geração”, comenta o gerente.
O uso de enzimas no setor sucroalcooleiro já é antigo segundo Finguerut. “Alguns açúcares especiais e para exportação
são tratados com enzimas chamadas Amilases que quebram o amido para a eliminação de polisacarídeos”, comenta.
Segundo pesquisadores, o custo do etanol de biomassa é competitivo no mercado norte-americano. Estudos apontam
que as primeiras plantas comerciais a serem instaladas nos EUA em 2011 podem produzir etanol com preço de custo
abaixo dos US$ 0,50 por litro do combustível, valor similar ao do etanol de primeira geração e da gasolina
comercializada naquele país. Não há o cálculo do quanto o etanol de biomassa possa custar no Brasil, mas Fernandes
diz que num primeiro momento ele será mais caro que o etanol feito com a cana de açúcar. “Com o tempo, esse valor
tende a cair e a tendência é de que fique equiparado com o preço do etanol feito a partir da cana”, avalia. De acordo com
a empresa, a enzima Cellic, estará à venda no Brasil apenas em 2012. (PA/AAN)
Brasil é líder mundial em fontes renováveis
Hoje, 46% da energia consumida no país vêm de meios alternativos
O Brasil é líder mundial no uso de fontes de energia renováveis. Hoje, 46% da energia consumida vêm de fontes
alternativas. A média em outros países é de apenas 13%. Os dados estão no Boletim de Economia e Política
Internacional do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). O país só alcançou este estágio graças à produção de
eletricidade por hidrelétricas, que corresponde a 15% do total de energia renovável, uso de lenha e carvão vegetal
(comum nas termelétricas), com 12%, e, sobretudo, pela utilização de produtos da cana-de-açúcar, com 16%. Outras
formas de energia renovável respondem por 3%.
Já o etanol representa, hoje, mais de 90% do fornecimento mundial de biocombustíveis líquidos e é produzido,
fundamentalmente, a partir da cana-de-açúcar. Temas como este serão amplamente debatidos no 5º Congresso
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Internacional de Bioenergia, que acontece de 10 a 13 de agosto de 2010, em Curitiba. Neste período palestrantes e
painelistas do Brasil e de diversos países do mundo estarão transmitindo informações importantes sobre o atual estágio
e perspectivas de energias renováveis em nosso planeta. O 5º Congresso Internacional de Bioenergia é o principal fórum
brasileiro de tecnologia e uso de energias renováveis. Reúne empresários, técnicos e profissionais da área de biomassa,
biocombustíveis, geradoras de energia e energias alternativas.
Juntamente com o Congresso acontece a 3º BioTech Fair — Feira Internacional de Tecnologia em Bioenergia e
Biocombustível. O programa completo do evento e detalhes da feira estão disponíveis no site www.bioenergia.net.br.
A promoção é da Remade, com coordenação técnica da Renabio (Rede Nacional de Bioenergia), e organização da
Porthus Eventos. Informações pelo telefone (41) 3329-0860 ou e-mail [email protected] . (AAN)
Unicamp abre inscrições para o Grande Desafio
Já estão abertas as inscrições para o Grande Desafio, promovido pelo Museu Exploratório de Ciências da Unicamp. Este
ano universitários e aficionados por ciência de todo o país são convidados a planejar, construir e operar um equipamento
capaz de extrair petróleo das camadas do pré-sal. As inscrições podem ser feitas até o dia 13 de junho no site
www.mc.unicamp.br.
Até o dia 16 de maio, a inscrição custa R$ 10, 00 para equipes de escolas públicas; R$ 30,00 para equipes de escolas
particulares e R$ 15,00 para equipes livres. De 17 de maio até 13 de junho, os preços serão R$ 30, R$ 60 e R$ 45,
respectivamente. As equipes devem ter entre dois e seis participantes. Mais informações podem ser obtidas por meio do
e-mail [email protected].
No último desafio a equipe vencedora teve como prêmio a chance de batizar o asteroide XD96 nº 15453, descoberto
pelo astrofísico venezuelano Orlando Naranjo. Brasileirinhos foi o nome escolhido pelos aspirantes a cientista. A
apresentação das engenhocas acontece no dia 27 de junho, no Ginásio Multidisciplinar da Unicamp.
Cérebro do Cro-Magnon foi reconstruído em 3D
A forma do cérebro de um homem de Cro-Magnon pôde ser reconstituída em três dimensões, a partir de um crânio
conservado no Museu do Homem em Paris, com a ajuda de tomografia computadorizada, o que permitiu realizar uma
espécie de moldagem em plástico, anunciou o paleontologista Antoine Balzeau. Em 1868, cinco esqueletos (os de três
homens, de uma mulher e de uma criança) datando de cerca de 28 mil anos haviam sido descobertos em Dordonha,
Sudoeste da França. O primeiro espécime, chamado Cro-Magnon 1, pertencendo a um homem muito idoso,
compreendia um crânio quase completo. Este crânio foi escaneado, permitindo a descoberta de estruturas anatômicas
internas até então inacessíveis às observações, para preservar a integridade do fóssil original, segundo os cientistas. O
cérebro do Cro-Magnon 1 pôde, assim, ser reconstituído em três dimensões com a ajuda do computador. O arquivo do
modelo virtual em 3D foi, em seguida, enviado a uma sociedade especializada, a Initial, que conseguiu produzir um
protótipo em plástico do endocrânio. (AFP)
Chá de folha de papaia é arma contra o câncer
O chá do extrato de folha de papaia contém propriedades que combatem com grande poder os vários tipos de câncer e
não deixa sequelas de nenhuma toxidade, como ocorre com outras terapias, segundo uma pesquisa da Universidade da
Flórida (UF). O pesquisador Nam Dang da UF e um grupo de cientistas japoneses documentaram os poderosos efeitos
anticancerígenos da papaia sobre o câncer de útero, de mama, fígado, pulmão e pâncreas, através de testes em
laboratório com uma ampla variedade de tumores. Os pesquisadores utilizaram um extrato de folhas secas de papaia e
os efeitos anticancerígenos eram mais fortes quando as células recebiam maiores doses de chá, disse a UF. Pela
primeira vez, um estudo comprovou que o extrato de folha de papaia estimula a produção de moléculas essenciais do
tipo citoquinas Th1. Esta regulação do sistema imunológico, junto ao combate direto do tumor em vários tipos de câncer,
sugerem possíveis estratégias terapêuticas utilizadas pelo sistema imunológico para combater o câncer, acrescentou a
Universidade. (AFP)
AES Eletropaulo lucra R$ 1,063 bilhão em 2009 (Estadão Online 21:40h)
11/03/2010
WELLINGTON BAHNEMANN E TERESA NAVARRO Agencia Estado
SÃO PAULO - A AES Eletropaulo registrou lucro líquido de R$ 525,6 milhões no quarto trimestre de 2009, queda de
1,1% em relação aos R$ 531,3 milhões de igual período do ano anterior, refletindo os impactos negativos de maior
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despesa com a Fundação Cesp. No acumulado do ano de 2009, o lucro foi de R$ 1,063 bilhão, alta de 3,5% sobre 2008.
Contribuiu para o resultado anual, o reajuste tarifário médio de 14,88%; o acordo com a Prefeitura de São Paulo para
pagamento de uma dívida antiga, cuja primeira parcela de R$ 118 milhões entrou para o caixa da empresa no ano
passado; e o efeito positivo da adesão ao Refis no valor de R$ 298 milhões.
"Alcançamos um resultado estável em 2009 ante 2008, apesar dos efeitos negativos da crise", comentou o presidente do
grupo AES Brasil, Britaldo Soares. No quarto trimestre de 2009, a distribuidora de energia reportou uma receita líquida
de R$ 2,195 bilhões, expansão de 10,3% na comparação com igual intervalo de 2008. "O crescimento decorre do
reajuste tarifário de 14,88% e do aumento do consumo de energia no mercado cativo", disse. No acumulado de 2009, a
receita líquida foi de R$ 8,050 bilhões, alta de 6,9% sobre 2008.
A geração de caixa medida pelo Ebitda registrou uma retração de 22,5% no quarto trimestre de 2009 frente a igual
intervalo de 2008, de R$ 556,4 milhões para R$ 431 milhões. De acordo com Soares, essa queda está relacionada,
principalmente, a dois fatores: uma despesa adicional de R$ 26 milhões na Fundação Cesp e um evento não recorrente
que ampliou o Ebitda do quarto trimestre de 2008, que foi o reconhecimento dos créditos tributários referente ao
Finsocial.
No acumulado de 2009, o Ebitda da AES Eletropaulo totalizou R$ 1,573 bilhão, uma queda de 7,2% ante os R$ 1,696
bilhão apurados em 2008. Segundo Soares, o recuo está relacionado ao reconhecimento de uma receita de R$ 92
milhões da Fundação Cesp em 2008 e uma despesa adicional de R$ 63 milhões também na Fundação Cesp em 2009,
além do impacto positivo na geração de caixa dos créditos tributários do Finsocial no ano retrasado.
Na linha financeira, a companhia alcançou uma receita financeira líquida de R$ 158,1 milhões em 2009, alta de 22,4%
sobre o ganho de R$ 129,4 milhões apurado em 2008. A variação elevada é explicada pelo impacto positivo da adesão
da companhia no Programa de Recuperação Fiscal (Refis) no quarto trimestre de 2009, que gerou um ganho
extraordinário de R$ 298 milhões.
CPFL investe em biomassa para geração de energia (Estadão Online 20:09h)
11/03/2010
Novo projeto do grupo vai envolver três usinas de açúcar e álcool
Eduardo Magossi, de O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - A CPFL vai anunciar, na próxima terça-feira, um novo projeto de geração de energia elétrica de biomassa
de cana-de-açúcar. A informação é do vice-presidente de geração de energia da companhia, Paulo Cezar Tavares.
Segundo ele, esse será o maior projeto de biomassa da CPFL e vai englobar três usinas de açúcar e etanol de um
mesmo grupo de capital nacional. "A energia a ser produzida nesse projeto será superior à soma de nossos dois projetos
em andamento, na Usina Baldin, em São Paulo, e na Usina Baia Formosa, no Rio Grande do Norte."
Desde meados da década passada, a CPFL vem se associando a usinas do setor em compra e investimentos de
produção de energia produzida da cana. "Começamos nosso relacionamento comprando excedente de usinas do interior
paulista. Depois passamos a investir na construção de linhas de conexão e subestações para essas usinas.
Recentemente passamos a investir na modernização de usinas para alavancar a produção de energia produzida da
queima do bagaço." Nesse processo, o acordo é feito com a CPFL investindo na troca das caldeiras, construção de casa
de força, conexão e subestações e sua remuneração é feita por meio do excedente de energia.
Na segunda quinzena de abril entra em operação a primeira usina em que a CPFL investiu nesse retrofit. Localizada em
Pirassununga (SP), a Usina Baldin consumiu investimentos de R$ 105 milhões e terá uma capacidade instalada de 45
MW, das quais a CPFL poderá comercializar o excedente de 20 MW. "A usina entrará em operação em abril com um
excedente de cerca de 14,3 MW, mas a expectativa é atingir 23,6 MW em 2017", disse. Segundo ele, a expansão da
produção de energia está vinculada à da produção de cana, já que a matéria-prima é o bagaço da planta.
Praticamente toda energia gerada pela Baldin já foi vendida. Segundo Tavares, a comercialização foi feita quase toda
no mercado livre. "Temos uma clientela grande e que demanda por essa energia. Isso fez com que não precisemos
utilizar, até o momento, os leilões de energia de forma significativa."
O segundo projeto teve início em novembro de 2009, na Usina Baia Formosa (RN). Com investimentos de R$ 130
milhões, a usina terá uma capacidade instalada de 40 MW, com excedentes de 16 MW. A operação deverá ser iniciada
em julho de 2011. "Com esses dois projetos e mais o que será anunciado na terça-feira já teremos mais de 100 MW de
capacidade instalada. Queremos atingir os 500 MW até 2015."
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Light investiga falta de luz no Rio após terceiro dia de apagão (Estadão Online
18:03h) 11/03/2010
Nesta terça, blecaute voltou a ser registrado no centro durante manhã e energia só foi restabelecida às 16h58
Solange Spigliatti e Maíra Teixeira, da Central de Notícias
SÃO PAULO - A energia elétrica no centro do Rio de Janeiro foi restabelecida às 16h58 desta quinta-feira, 11, após a
região ficar sem luz desde a manhã. Hoje é o terceiro dia consecutivo que ocorre esse problema no centro da capital
fluminense.
Segundo a Light, empresa responsável pelo fornecimento de energia elétrica na cidade, está ocorrendo uma interrupção
no fornecimento de energia no mesmo sistema afetado desde a tarde de terça-feira, 9. As causas desta interrupção
estão sendo investigadas, segundo a Light, para se verificar se há relação entre o evento de ontem ou se trata de uma
nova ocorrência. Um gerador foi instalado no prédio do Detran para não interromper os serviços mais essenciais ao
público.
A região central enfrentou a falta de energia por mais de 22 horas nesta quarta-feira. O fornecimento de energia foi
interrompido por volta das 18h de terça-feira, voltando a ter luz às 16h40 dessa quarta-feira, 10, devido a falhas na rede
subterrânea, segundo informou a Light.
Segundo nota divulgada ontem pela Light, os serviços de reparos exigiram um tempo longo de execução por sua alta
complexidade e pela dificuldade para substituição de 600 metros de cabo, sob a Avenida Presidente Vargas, devido ao
espaço confinado das galerias subterrâneas.
No local ocorreu um curto-circuito e a queima de sete dos oito cabos da rede subterrânea de alta tensão, afetando 3.200
clientes, nos trechos das Avenidas Presidente Vargas e Rio Branco e das Ruas Alfândega, Buenos Aires, Andradas e
Uruguaiana, no Centro do Rio.
Usinas da Eletronorte totalizam R$ 64,3 milhões de royalties da água em 2009
(CanalEnergia) 11/03/2010
Valor é R$ 8,7 milhões acima do repassado em 2008, e equivale ao montante já pago neste ano até agora
Da Agência CanalEnergia, Negócios e Empresas
As quatro hidrelétricas da Eletronorte pagaram, no ano passado, o total de R$ 64,3 milhões relativos à compensação
financeira pela utilização de recursos hídricos ou royalties. Segundo a companhia, o valor é R$ 8,7 milhões acima do
repassado em 2008, e equivale praticamente ao montante já pago neste ano até agora. A usina de Tucuruí beneficiou
sete municípios, totalizando R$ 61,5 milhões. Quatro municípios foram beneficiados pela hidrelétrica Samuel, com o
valor total de R$ 1,4 milhão. As usinas Coaracy Nunes e Curuá-Uma pagaram, respectivamente, R$ 952,2 mil e R$
420,4 mil aos municípios, segundo a estatal.
Eletrobrás unifica planejamento para lançar-se no mercado global
(CanalEnergia) 11/03/2010
Subsidiárias vão incorporar nome da holding, que perderá acento gráfico. Marca e estratégia serão apresentados dia 22
de março
Da Agência CanalEnergia, Negócios e Empresas
A Eletrobrás lançará no próximo dia 22 de março, no Rio de Janeiro, sua nova marca e sua estratégia para se tornar
uma empresa global. Além da mudança do logotipo, a holding terá seu nome incorporado ao de suas subsidiárias. De
acordo com a estatal, o objetivo é unificar o planejamento estratégico para as empresas do grupo. O novo conceito
apresenta a Eletrobrás como "uma empresa global, que produz energia limpa e renovável e é focada em resultados".
A mudança inclui a perda do acento gráfico no nome (Eletrobras), a exemplo do que aconteceu com a Petrobras. Com o
novo posicionamento, as subsidiárias passarão a se chamar: Eletrobras CGTEE, Eletrobras Chesf, Eletrobras
Eletronorte, Eletrobras Furnas, Eletrobras-Eletronuclear, Eletrobras Eletrosul, Eletrobras Amazonas Energia.
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No caso das distribuidoras, a Ceron (RO) passará a se chamar Eletrobras Distribuição Rondônia. O mesmo acontece
com a Boa Vista Energia (RR) - Eletrobras Distribuição Roraima, Ceal (AL) - Eletrobras Distribuição Alagoas, Cepisa (PI)
- Eletrobras Distribuição Piauí e Eletroacre (AC) - Eletrobras Distribuição Acre. O Cepel também ganhará o acréscimo e
será chamada de Eletrobras Cepel. Veja abaixo como será o novo logotipo da Eletrobras.
Comerc apura crescimento de 9,9% no consumo livre em fevereiro
(CanalEnergia) 11/03/2010
Retomada da atividade industrial fez índice se eleva na comparação com o mesmo mês anterior
Alexandre Canazio, da Agência CanalEnergia, Mercado Livre
A Comerc apurou um crescimento de 9,91% na demanda de energia dos consumidores livres em fevereiro, em relação
ao mesmo mês anterior. Quando comparado a janeiro, a demanda avança 4,74%. Segundo Christopher Vlaviano,
presidente da Comerc, o índice reflete a recuperação da indústria após a crise financeira internacional, que marcou boa
parte do ano passado. "Algumas empresas, que nunca deram férias coletivas, concederam no ano passado", contou o
executivo.
Um exemplo é o setor de eletrodomésticos, que registrou aumento de 41,5% no consumo em janeiro sobre o mesmo
mês do ano anterior. O Índice Comerc acompanha o consumo de 139 clientes da comercializadora, que atuam em
diversos setores da economia. Vlaviano disse que a recuperação é generalizada tanto em indústrias voltadas para o
mercado interno como para exportadores e de commodities.
Para o executivo, a retomada da atividade industrial é consistente e deve se manter ao longo do ano. Ele acredita que a
estimativa da Empresa de Pesquisa Energética de um crescimento da demanda geral de 6,9% deve ser superado este
ano. A tendência de alta começou a se mostrar em novembro do ano passado, se intensificando nos meses seguintes.
EDP Energias do Brasil ON encerra em baixa de 1,73% CanalEnergia) 11/03/2010
Celesc PNB fecha com alta de 1,05%. Aos 24.938 pontos, IEE registra -0,11%
Da Agência CanalEnergia, Noticiário
A EDP Energias do Brasil ON encerrou em baixa de 1,73% no pregão da Bolsa de Valores de São Paulo desta quintafeira, 11 de março. Assim como a EDP Energias do Brasil ON, outras ações registraram resultados negativos no Índice
de Energia Elétrica, entre elas a Eletrobrás PNB (-1,41%) e Transmissão Paulista PN (-1,24%). A Celesc PNB encerrou
com 1,05%, seguida pela AES Eletropaulo PNB (0,85%). A Equatorial ON fechou em estabilidade. O IEE chegou aos
24.938 pontos com baixa de 0,11%. O Ibovespa também registrou baixa ao fim do pregão, com -0,14% aos 69.884
pontos.
Confira abaixo o desempenho das ações que compõem o IEE no pregão de hoje:
AES Eletropaulo PNB: 0,85%
AES Tietê PN: 0,52%
Celesc PNB: 1,05%
Cemig PN: -0,79%
Cesp PNB: 0,16%
Coelce PNA: -0,26%
Copel PNB: 0,47%
CPFL Energia ON: -0,17%
EDP Energias do Brasil ON: -1,73%
Eletrobrás PNB: -1,41%
Equatorial ON: estável
Light ON: 0,11%
MPX Energia ON: -0,04%
Tractebel ON: 0,44%
Terna Participações UNT: 0,03%
Transmissão Paulista PN: -1,24%
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Comissão da Câmara convoca projetista de usina em Rondônia CanalEnergia)
11/03/2010
Deputados querem averiguar causas do rompimento da barragem em 2008
Da Agência CanalEnergia, Regulação e Política
A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados vai ouvir o projetista da barragem de
Apertadinho (RO), Rubens Rocha, sobre as causas do rompimento da obra em 2008. O acidente causou danos
ambientais e a retirada preventiva de mais de 200 famílias de suas casas. A usina pertence ao grupo Centrais Elétricas
Belém (Cebel) e sua construção é de responsabilidade do consórcio Vilhena, formado pela Schain Engenharia e
Empresa Industrial Técnica.
O pedido de fiscalização foi feito à comissão pelo deputado Dr. Pinotti, falecido em 2009. No entanto, a proposta foi
aprovada na última quarta-feira, 10 de março. O relator da proposta, deputado Moreira Mendes (PPS-RO), recomendou
a continuidade das investigações pela comissão.
Em novembro do ano passado, a comissão realizou audiência pública sobre o assunto na Câmara e o projetista, apesar
de convidado, não compareceu. "É fundamental que ele seja ouvido para que a comissão se convença da
responsabilidade de cada um dos envolvidos no acidente. Depois disso, a relatoria apresentará seu parecer final", afirma
Mendes. Durante a audiência foram ouvidos os representantes da Schahin, da Cebel, do Ministério Público de Rondônia
e da Agência Nacional de Energia Elétrica, além de técnicos. O perito do Juízo de Rondônia, Francisco José Silveira
Pereira, disse, na reunião, que houve falhas na concepção do projeto da barragem e afirmou que o projetista não
acompanhou o empreendimento. A audiência com o projetista ainda não tem data marcada.
As informações são da Agência Câmara.
Lucro da Energisa Nova Friburgo sobe 39,9% CanalEnergia) 11/03/2010
Companhia apurou um resultado de R$ 9,419 milhões, ante os R$ 5,669 milhões apresentados em 2008
Carolina Medeiros, da Agência CanalEnergia, Investimentos e Finanças
A Energisa Nova Friburgo (RJ) obteve em 2009 um lucro de R$ 9,419 milhões, o que representa um incremento de
39,9% quando comparado com os R$ 5,669 milhões registrados no ano anterior. A receita bruta da empresa registrou
R$ 129,601 milhões, ante os R$ 118,758 milhões alcançados em 2008.
A empresa apurou uma receita líquida de R$ 79,288 milhões no ano passado, contra os R$ 72,089 milhões do ano
anterior. Já o resultado operacional passou de R$ 7,444 milhões em 2008 para R$ 13,005 milhões no ano passado.
Eleições: Lula ratifica que substituirá ministros candidatos por técnicos das
respectivas pastas (CanalEnergia) 11/03/2010
No MME, Márcio Zimmermann é o nome que deve suceder Edison Lobão
Da Agência CanalEnergia, Recursos Humanos
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou nesta quinta-feira, 11 de março, que o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva confirmou a substituição de ministros que concorrerão às eleições por pessoas que atuam nos
respectivos ministérios. Lula reuniu-se com os presidentes da Câmara dos Deputados, Michel Temer, e do Senado, José
Sarney - ambos do PMDB. Padilha também participou do encontro. No Ministério de Minas e Energia, Edison Lobão
deve licenciar-se do cargo para disputar a reeleição no Senado pelo Maranhão.
Nesse caso, o nome seria o do secretário-executivo, Márcio Zimmermann. A primeira substituição já ocorreu, no
Ministério da Justiça, com a saída de Tarso Genro e a entrada do secretário-executivo, Luiz Paulo Barreto. O prazo para
que os ministros candidatos desliguem-se das pastas termina no início de abril.
Com informações da Agência Brasil
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Érico Sommer, da Abrace: Custo da energia no Brasil investment grade
(CanalEnergia) 11/03/2010
Nas últimas décadas do século XX, o país atraiu uma série de indústrias graças principalmente à disponibilidade de
energia a custo competitivo. Infelizmente, essa situação mudou muito nos últimos anos
Érico Sommer, da Abrace, Artigos e Entrevistas
A energia tem sido um insumo fundamental para o crescimento e desenvolvimento industrial do Brasil. Nas últimas
décadas do século XX, o país atraiu uma série de indústrias graças principalmente à disponibilidade de energia a custo
competitivo. Isso favoreceu o crescimento econômico do país como um todo, inclusive no que se refere à criação de
empregos e renda.
Infelizmente, essa situação mudou muito nos últimos anos, com a configuração de um quadro extremamente perverso
para a indústria. Hoje as condições de suprimento energético deixaram de ser competitivas porque a energia disponível
para as indústrias brasileiras passou a figurar entre as mais caras do mundo. Essa situação coloca em risco a realização
de novos investimentos nas plantas industriais bem como a sobrevivência das atuais operações. Ou seja, o país passa a
enfrentar um risco de desindustrialização, cuja consequência é a inversão do quadro apresentado acima: a espiral
negativa inclui a redução de empregos, renda e arrecadação de tributos, entre outros problemas.
Mais grave ainda é verificar que essa situação contrasta com todo o otimismo da economia brasileira, que, nos últimos
anos, passou por melhorias inquestionáveis em muitas frentes. Hoje vivemos num país de riscos menores e economia
muito mais estável e saudável do que no passado recente. A descoberta do pré-sal mudou a perspectiva energética
futura, alternando Brasil de importador para potencial exportador de porte signficativo. A classificação de risco
investment grade por várias agências internacionais é um retrato dessa melhora e trouxe consigo uma redução drástica
das taxas de desconto de fluxos futuros – o spread de risco Brasil.
Em 2004, ao avaliar um projeto para decidir sobre investimento, era prática comum utilizar taxa de desconto que refletia
o risco país, agregando um componente de 400-500 bps devido a essa expectativa. Aplicada ao setor elétrico, tal
expectativa de risco resultava na necessidade de cobrança de tarifas elevadas para “pagar a conta” dos
empreendimentos. Isso se traduzia em preços de energia elevados. Portanto, os leilões públicos da área de energia
sofriam impactos importantes do componente de expectativa de risco.
Hoje, com o risco Brasil no patamar de 200 bps, o razoável seria ver preços menores. Isso inclusive se forem
considerados isoladamente outros indicadores, como a Selic, que passou de 16,25% ao ano em 2004 para 8,75% hoje
(uma redução de 46%) e do IGPM, que caiu de 11,53% para 4,5% ao ano na mesma base de comparação.
A própria Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mostra-se ciente dessas mudanças. Nas revisões tarifárias, tem
considerado um WACC (Custo Médio Ponderado de Capital, na sigla em inglês) para as distribuidoras significativamente
inferior ao usado há cinco anos. Falta, no entanto, fazer com que os custos da energia para os consumidores livres
também reflitam o Brasil investment grade.
Uma boa forma de garantir isso seria aproveitando o vencimento das concessões de geração que se dará nos próximos
anos. É importante lembrar que, no passado, tanto consumidores cativos como os que hoje são livres pagaram por
esses ativos via tarifas de energia. As indústrias merecem, portanto, ter acesso proporcional à energia a um custo que
reflita não só a depreciação dos ativos como o risco país mais baixo.
Utilizando uma taxa de desconto que reflete a melhora nas condições macroeconômicas do país e mantendo o mesmo
valor presente esperado dos contratos, os cálculos indicam que seria viável uma redução de 20% a 25% sobre os preços
anteriormente praticados.
Uma redução desse nível no custo da energia poderia trazer de volta parte relevante da competividade perdida. Seria
uma forma simples de aproveitar o vencimento das concessões para garantir energia em condições mais competitivas
para a indústria, revertendo o quadro de risco de desindustrialização que hoje ameaça nosso país.
Érico Sommer é presidente do Conselho Diretor da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de
Energia e de Consumidores Livres
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Energisa Minas Gerais apura queda de 32,5% no lucro de 2009 (CanalEnergia)
11/03/2010
Lucro da companhia fechou em R$ 29,680 milhões, contra os R$ 43,928 milhões apurados em 2008
Carolina Medeiros, da Agência CanalEnergia, Investimentos e Finanças
O lucro da Energisa Minas Gerais fechou em queda de 32,5% em 2009, ficando em R$ 29,680 milhões, contra os R$
43,928 milhões apurados em 2008. A receita bruta da companhia, no entanto, passou de R$ 484,591 milhões em 2008
para R$ 508,204 milhões no ano passado.
A Energisa Minas Gerais também apresentou uma receita líquida de R$ 337,764 milhões em 2009, ante os R$ 321,592
milhões verificados no ano anterior. Já o resultado operacional apresentou queda ao fechar em R$ 44,470 milhões, ante
os R$ 65,608 milhões divulgados em 2008.
Empreendimentos sem outorga poderão pedir enquadramento no Reidi
(CanalEnergia) 11/03/2010
Investidor terá que contar com a homologação e adjudicação do objeto do leilão, segundo MME
Da Agência CanalEnergia, Negócios e Empresas
O Ministério de Minas e Energia publicou nesta quinta-feira, 11 de março, alterações nas regras de enquadramento de
empreendimentos do setor elétrico ao Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura. A
principal mudança é a possibilidade de projetos sem outorga solicitarem a aprovação ao Reidi antes da concessão do
documento. Contudo, o investidor terá que contar com a homologação e adjudicação do objeto do leilão.
A nova regra salienta que o enquadramento ao Reidi não significa que o projeto terá a outorga garantida. O MME
esclarece que, se a outorga não for concedida, o empreendimento perde a concessão dos incentivos. Houve mudança
também no anexo II da resolução 319/2008, que define as fórmulas de definição do impacto dos incentivos nas
empresas com regime de lucro real nas empresas com contratos de venda de energia por quantidade. Os pedidos de
enquadramento ao Reidi deve ser requisitado à Agência Nacional de Energia Elétrica.
Energisa Sergipe lucra R$ 109,806 milhões em 2009 (CanalEnergia) 11/03/2010
Empresa reverte prejuízo de R$ 20,490 milhões registrados no ano anterior
Carolina Medeiros, da Agência CanalEnergia, Investimentos e Finanças
A Energisa Sergipe reverteu o prejuízo de R$ 20,490 milhões apresentados em 2008, registrando um lucro de R$
109,806 milhões no ano passado. A receita bruta da companhia também aumentou, passando de R$ 628,706 milhões
em 2008 para R$ 686,065 milhões em 2009, segundo balanço divulado pela companhia.
A receita líquida da empresa alcançou R$ 462,959 milhões em 2009, ante os R$ 422,179 milhões apurados no ano
anterior. O resultado operacional fechou em R$ 162,073 milhões no ano passado, contra um prejuízo de R$ 28,232
milhões apresentados em 2008.
Abraget elege membros do conselho diretor (CanalEnergia) 11/03/2010
Assembleia aprovou 8 titulares e 8 suplentes por um ano. Diretoria executiva e conselho fiscal têm mandato vigente até
2011
Danilo Oliveira, da Agência CanalEnergia, Recursos Humanos
A Associação Brasileira de Geradoras Termelétricas elegeu em assembleia ordinária na última quarta-feira, 10 de março,
os membros de seu conselho diretor pelo mandato de um ano. Os titulares eleitos são: Eduardo Lanari Prado
(Diferencial Comercializadora), Carlos Alberto de Carvalho Afonso (Usina Termelétrica Paracambi), Paulo Monteiro
(MPX), Renato Costa (Petrobras), José Carlos Lemos Carvalinho Filho (Sociedade Fluminense de Energia), João dos
Reis Pimentel (Termopernambuco), Manuel Herrera (Central Geradora Termelétrica de Fortaleza) e Roberto César de
Andrade (Termorio).
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Os respectivos suplentes são: Patrick Simon (Usina Termelétrica Norte Fluminense), Adalberto Pedroso (Termo Norte
Energia),Marco Antônio Oliveira de Siqueira (CPFL Geração), Roberto Machado Silva (Ibiritermo), Marcelo Cruz Lopes
(Termoceará), Arthur José Fernandes Braz (Cemig),Michel N. Itkes (Energest) e Jair Franco Limas Gomes (Termobahia).
A diretoria executiva, cujo mandato tem vigência até 10 maio de 2011, continua com Xisto Vieira Filho, como diretor
presidente, e Guido Iberê Pereira Rennó, como diretor executivo. O conselho fiscal, cuja vigência vai até 17 de maio,
possui como titulares João Valeriano Camargos (Eletronorte), Angelo Gustavo Correia Lima (Eletronuclear) e Luiz Celso
Oliveira Andrade (Ibiritermo). Os suplentes são César Weinschenck de Faria (Copelmi Mineração), Luiz Roberto Alves
Correia (Furnas) e Alcides Wanderley Diniz Junior (Termoceará).
Reservatórios do Norte atingem 98,4% do volume armazenado (CanalEnergia)
11/03/2010
Hidrelétrica de Tucuruí opera com 98,08% da capacidade, segundo dados do ONS
Da Agência CanalEnergia, Noticiário
A hidrelétrica de Tucuruí opera com 98,08% da capacidade, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico
referentes à última quarta-feira, 10 de março. O nível dos reservatórios do Norte está em 98,4% do volume. Confira
abaixo a situação de cada submercado:
Submercado Sudeste/Centro-Oeste - Os reservatórios atingem 80,9% da capacidade, apresentando queda de 0,1%. O
índice está 60,6% acima da curva de aversão ao risco. As usinas Furnas e Marimbonso operam com 97,79% e 87,15%,
respectivamente.
Submercado Nordeste - Os reservatórios atingem 69,7% do volume, com baixa de 0,1%. O índice está 56,5% acima da
curva de aversão ao risco. A hidrelétrica de Sobradinho trabalha com 71,05% da capacidade.
Submercado Sul - O nível dos reservatórios está em 92,8%, com baixa de 0,6%. O índice está 65,5% acima da curva de
aversão ao risco. A UHE Ernestina registra 54,61% da capacidade de armazenamento.
Submercado Norte - Os reservatórios registram 98,4% do volume acumulado, com baixa de 0,1%. A hidrelétrica de
Tucuruí opera com 98,08% da capacidade.
Lucro da Energisa Borborema cai para R$ 12,569 milhões (CanalEnergia)
11/03/2010
Empresa registrou queda no resultado de 31,2%. Receita bruta fechou em R$ 171,504 milhões
Carolina Medeiros, da Agência CanalEnergia, Investimentos e Finanças
O lucro da Energisa Borborema fechou em R$ 12,569 milhões no ano passado, o que representa uma queda de 31,2%
quando comparado com os R$ 18,262 milhões alcançados em 2008. A receita bruta, entretanto, apresentou
crescimento, passando de R$ 169,099 milhões em 2008 para R$ 171,504 milhões em 2009.
A receita líquida da empresa ficou em R$ 114,935 milhões em 2009, resultado superior aos R$ 110,977 milhões
registrados no ano anterior. O resultado operacional caiu, fechando em R$ 15,114 milhões no ano passado, ante os R$
24,818 milhões verificados em 2008.
Nordeste bate novo recorde de carga (CanalEnergia) 11/03/2010
Às 15:45 horas da última quarta-feira, 10 de março, ONS registrou consumo de 10.179 MW na região
Da Agência CanalEnergia, Operação e Manutenção
O Nordeste bateu na última quarta-feira, 10 de março, novo recorde de carga. Às 15:45 horas, o Operador Nacional do
Sistema Elétrico registrou o consumo de 10.179 MW na região. O recorde anterior, que foi alcançado no último dia 3 de
março, havia sido de 10.120 MW.
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EDP Energias do Brasil ON opera em baixa de 1,28% (CanalEnergia) 11/03/2010
CPFL Energia ON registra alta de 0,89%. IEE atinge os 24.934 pontos com -0,13%
Da Agência CanalEnergia, Noticiário
A EDP Energias do Brasil ON está operando em baixa de 1,28% no pregão da Bolsa de Valores de São Paulo desta
quinta-feira, 11 de março. Além da Energias do Brasil ON, operam em baixa a Cesp PNB (-0,74%) e a Eletrobrás PNB (0,63%), entre outras. Enquanto isso, a CPFL Energia ON registra alta de 0,89%, seguida pela Copel PNB (0,63%). A
Coelce PNA opera em estabilidade. O IEE chega aos 24.934 pontos em queda de 0,13%. O Ibovespa também registra
baixa, com -0,22%, aos 69.824 pontos.
Confira abaixo o desempenho das ações que compõem o IEE no pregão de hoje:
AES Eletropaulo PNB: 0,05%
AES Tietê PN: 0,52%
Celesc PNB: -0,26%
Cemig PN: -0,46%
Cesp PNB: -0,74%
Coelce PNA: estável
Copel PNB: 0,63%
CPFL Energia ON: 0,89%
Eletrobrás PNB: -0,63%
EDP Energias do Brasil ON: -1,28%
Equatorial ON: -0,12%
Light ON: -0,26%
MPX Energia ON: -0,22%
Tractebel ON: -0,15%
Terna Participações UNT: 0,03%
Transmissão Paulista PN: -0,35%
Lucro da Energisa Paraíba sobe 24% em 2009 (CanalEnergia) 11/03/2010
Companhia apresentou lucro de R$ 133,936 milhões em 2009, ante os R$ 101,605 milhões alcançados no ano anterior
Carolina Medeiros, da Agência CanalEnergia, Investimentos e Finanças
O lucro da Energisa Paraíba aumentou 24% em 2009, atingindo R$ 133,936 milhões, ante os R$ 101,605 milhões
alcançados no ano anterior. A receita bruta da empresa também subiu, fechando em R$ 1,094 bilhão no ano passado,
montante superior aos R$ 1,019 bilhão registrados em 2008.
A receita líquida da empresa passou de R$ 683,582 milhões em 2008 para R$ 724,227 milhões no ano passado. Já o
resultado operacional ficou em R$ 169,562 milhões em 2009, contra os R$ 137,902 milhões verificados no ano anterior.
Sabesp assina contratos para construção de duas PCHs (CanalEnergia)
11/03/2010
Tecniplan e a Servitec serão responsáveis pela construção e operação das usinas. Negócio é avaliado em R$ 27,6
milhões
Da Agência CanalEnergia, Negócios e Empresas
A Sabesp, empresa de saneamento de São Paulo, assinou um contrato de R$ 27,6 milhões com a Tecniplan Engenharia
e Comércio e a Servtec Investimentos e Participações para a construção de duas PCHs. As usinas vão gerar 7 MW e a
empresa de saneamento ficará com 23,1% da receita bruta da venda da energia produzida. A previsão é que as PCHs
entrem em funcionamento em até três anos.
Segundo a Sabesp, uma das centrais será construída na Estação de Tratamento de Água (ETA) Guarau, que tem queda
d'água de 14 metros e capacidade para gerar 4 MW. A outra central fica na represa Cascata, que integra o Sistema de
Abastecimento da Cantareira.
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A construção das usinas é um dos projetos que integram o Programa de Eficiência Energética da Sabesp, que visa
reduzir o consumo e gastos com energia. A Tecniplan e a Servtec foram as empresas vencedoras do processo licitatório
aberto em setembro do ano passado e serão responsáveis pela construção e operação das PCHs.
Imagem lança solução integrada para smart grid (CanalEnergia) 11/03/2010
Sistemas de gestão de rede oferecem diversas formas de controle e monitoramento à distância
Dayanne Jadjiski, da Agência CanalEnergia, PeD e Tecnologia
As redes inteligentes, comumente chamadas smart grid, vêm ganhando cada vez mais espaço no Brasil. Pensando
nisso, a Imagem, cujo foco é a geotecnologia para a otimização de gestão, está lançando um conjunto de soluções para
a gestão de rede de energia com este conceito de rede que disponibiliza a energia de acordo com a demanda do
consumidor. A tecnologia envolve integração de funcionalidades de gestão da rede com diversas formas de controle e
monitoramento à distância.
Entre os módulos da solução estão os sistemas de gestão de distribuição, que identifica automaticamente a melhor
forma para restabelecer o fornecimento, módulos de supervisão e controle de chaves telecomandadas, além de leitura
remota dos medidores. De acordo com o diretor comercial da Imagem, Gustavo Dias, esta série de soluções foi
desenvolvida pela Imagem, em parceria com a companhia espanhola, Telvent. "Nós somos representantes no Brasil
dessa empresa, que conseguiu montar sobre o nosso sistema de informação geográfica uma ferramenta completa de
produtos para smart grid", explica.
Estes sistemas identificam e avisam sobre as quedas de energia que ocorrem e, após a definição de um caminho
alternativo, o redirecionamento do fluxo de energia é feito à distância pelo módulo de controle das chaves. Para o
executivo, o Brasil vive um momento de mudanças na distribuição de energia. "Hoje temos medidores eletrônicos, e
temos os sistemas de informação das utilities, que efetivamente fazem com que uma rede possa operar com toda essa
inteligência. São ferramentas cada vez mais poderosas de cálculo e análise de rede para que se mantenha o equilíbrio
na rede de distribuição, e antes não tínhamos isso", avalia.
No desenvolvimento desta solução, a Imagem trabalha com os sistemas que envolvem mapas. Quando um sistema de
controle geográfico é montado é necessário ter, segundo Dias, uma base de dados, na qual se tem todo o contexto de
uma cidade, como ruas, viadutos e casas, além da rede com postes, cabos, transformadores, entre outros. "Estas
informações, em forma de mapa, são utilizadas pelas utilities para tomar as decisões sobre a regulagem das cidades e a
montagem destes sistemas de informações geográficas é a área em que atua a Imagem", explica.
De acordo com o executivo, com a tecnologia smart grid é possível ter maior domínio sobre a rede e racionalizar o uso
da energia que está sendo distribuída. "Esse é o caminho para que consigamos ter uma melhor distribuição de energia",
afirma o executivo. Os produtos da Imagem são exportados para países da União Europeia e Oriente Médio. Entre os
clientes brasileiros da Imagem relacionados ao setor elétrico estão AES Eletropaulo, AES Sul, empresas do grupo
Neoenergia e Copel.
No mercado de tecnologia desde 1986 e há três anos direcionando o seu foco também para o setor de utilities, a
Imagem obteve faturamento no ano passado de aproximadamente R$ 55 milhões. A meta de crescimento da empresa
para o biênio 2010/2011 é entre 15% e 20%. "Esperamos que este ano seja bastante positivo. As empresas perceberam
que são necessários investimentos na rede, e a tecnologia é o caminho para que elas consigam atender cada vez mais e
melhor as exigências do agente regulador e as demandas do próprio mercado". finaliza.
P&D: aprovados ciclos 2007/2008 das empresas responsáveis pela UHE Lajeado
(CanalEnergia) 11/03/2010
Companhias deverão iniciar programas até 1º de maio e concluído até 30 de abril de 2011
Da Agência CanalEnergia, PeD e Tecnologia
A Agência Nacional de Energia Elétrica aprovou o ciclo 2007/2008 do programa de Pesquisa e Desenvolvimento das
empresas responsáveis pela hidrelétrica de Lajeado. De acordo com despacho 561 publicado no Diário Oficial da União
da última quarta-feira, 11 de março, os programas deverão ser iniciados até 1º de maio e concluído até 30 de abril de
2011.
A Lajeado Energia investirá R$ 1,287 milhão, correspondente a 0,59% da ROL da empresa, que é de R$ 198,533
milhões. Já a CEB Lajeado vai investir R$ 360.519,00, equivalente a 0,5% da ROL, de R$ 71,052 milhões. A Paulista
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Lajeado Energia aplicará R$ 146.394,00, que corresponde a 0,51% da ROL, no valor de R$ 28,405 milhões. A Investco
deverá aplicar R$ 20.095,00, que representa cerca de 0,5% da receita operacional líquida da companhia, no valor de R$
3,962 milhões.
PCH e eólica iniciam operação comercial e teste de turbinas (CanalEnergia)
11/03/2010
Pequena hidrelétrica recebeu autorização para operar turbinas de 9 MW, enquanto que EOL Vista Alegre testará
unidades que totalizam 4,95 MW
Da Agência CanalEnergia, Operação e Manutenção
A Agência Nacional de Energia Elétrica autorizou a operação comercial das unidades geradoras UG1 e UG2 da pequena
central hidrelétrica Areia Branca. Cada turbina tem 9,9 MW, totalizando 19,8 MW de capacidade instalada. Localizado
nos municípios de Caratinga e Ipanema, em Minas Gerais, o empreendimento pertence à Hidrelétrica Areia Branca.
A Aneel autorizou ainda a operação em teste das unidades geradoras UG1 a UG3 da eólica Mandacaru. As turbinas
totalizam 4,95 MW de potência. Localizado no município de Gravatá, em Pernambuco, o empreendimento pertence à
Eólica Gravatá Geradora de Energia, que terá 60 dias após os testes para enviar relatório à Aneel confirmando ou
corrigindo a potência estimada da turbina. As informações foram publicadas no Diário Oficial da União da última quartafeira, 11 de março.
SINDICAL
Nota da CUT
(CUT Nacional) 11/03/2010
Escrito por CUT Nacional
Reconhecer as centrais é reconhecer a legitimidade de representação
Desde 1983, quando foi fundada, graças ao poder de mobilização e a posição de vanguarda no movimento sindical,
sempre em defesa da classe trabalhadora, a CUT se tornou a maior central do Brasil e da América Latina e 5ª do mundo.
Ao lado de outras centrais, promoveu mobilizações pela valorização do salário mínimo, redução da jornada, e com
outros atores dos movimentos sociais, discutiu questões para além do mundo do trabalho, como o acesso à creche, a
descriminalização do aborto e o combate ao racismo.
O reconhecimento, em 2007, promoveu avanços importantes permitindo que deixassem a condição jurídica de
Organizações Não Governamentais (ONG) para poder representar os trabalhadores nas justiças comum e federal.
Seria um contrassenso as centrais deixarem de ser reconhecidas e, ao mesmo tempo, fazerem parte das instâncias que
decidem o destino dos recursos dos Fundos de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e de Amparo ao Trabalhador
(FAT).
A Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) 4.067 proposta pelo DEM no Supremo Tribunal Federal (STF) é um
retrocesso para a organização da sociedade. O reconhecimento foi resultado de uma discussão democrática que passou
pelo parlamento brasileiro e qualquer mudança dessa decisão deve ocorrer da mesma forma.
Ressaltamos mais uma vez que somos contrários ao imposto sindical, como sempre expusemos desde a nossa
fundação, e contra a contribuição compulsória, inclusive para as entidades representativas da classe patronal. Somos
sim favoráveis à contribuição negocial, discutida e decida pelos próprios trabalhadores em assembléias amplamente
divulgadas.
Dessa forma, somente sobreviveria quem tem capacidade de mobilizar e inverteríamos o atual cenário, que permite a
criação de sindicatos com o único objetivo de receber os recursos do imposto sindical. Nós, da CUT, defendemos um
sindicalismo livre, democrático, soberano, sem as amarras do Estado.
ARTUR HENRIQUE
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Presidente Nacional da CUT
Covenção 151
(CUT Nacional) 11/03/2010
Escrito por Condsef
Condsef participa de reunião que discute negociação coletiva no setor público
A Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal) participou nesta terça-feira, 9, do grupo de
trabalho (GT) que vem discutindo a regulamentação da negociação coletiva no setor público. Na semana passada a
Convenção 151 da OIT que trata do tema foi aprovada na Comissão de Relações Exteriores do Senado. A convenção
falta passar apenas pela apreciação e votação no plenário do Senado. A bancada sindical, que conta com a participação
de outras entidades, entre elas a CUT (Central Única dos Trabalhadores), apresentou contrapropostas aos itens
apresentados pelo governo em documento (veja aqui). Os debates giram em torno não só da negociação coletiva como
de direitos sindicais e resolução de conflitos.
Alguns temas, como o veto a greve de setores que atuam em funções onde é atribuída a utilização de armas de foto, o
governo considera inegociáveis. O governo também segue mantendo o mérito da separação da forma de exercício de
greve pelos servidores que exercem atividades típicas de Estado. Foi informado que existe a decisão política por parte
do governo de encaminhar ao Congresso Nacional, ainda este ano, uma proposta de regulamentação do direito de
greve. A Condsef segue defendendo que este direito faz parte da livre organização sindical e não deve ser restringido
pelo Estado.
Como instrumento para mediar conflitos, o governo segue defendendo a proposta que cria um observatório social. A
bancada sindical sugere que um conselho de relações de trabalho seja criado para isso. Quanto a liberação de mandato
classista, o governo se comprometeu a aprofundar o debate em torno da proposta apresentada pela bancada sindical
(veja aqui). Essa discussão será retomada na próxima reunião do GT, agendada para o dia 6 de abril.
Debate interno e consulta pública – Até lá, o governo informou que irá debater internamente também as propostas de
emendas apresentadas pela bancada sindical. No dia 6 de abril um retorno deve ser dado aos representantes dos
trabalhadores públicos. O Ministério do Planejamento deve colocar em consulta pública a proposta para
institucionalização da negociação coletiva, direitos sindicais e regulamentação do direito de greve.
Bancada sindical – No próximo dia 30, terça-feira, as entidades que compõem a bancada sindical se reúnem na sede da
CUT em Brasília. Uma avaliação do processo de negociação com o governo será feita. As entidades discutem ainda o
papel e os riscos do Projeto de Lei Complementar (PLP) 549/09 que está em tramitação na Câmara dos Deputados e
propõe limites nos investimentos públicos pela próxima década. No dia 6 de abril, antes de seguirem para a reunião com
o governo, as entidades se reúnem novamente.
Os servidores públicos devem permanecer atentos a esse processo de negociação que envolve temas importantes para
a vida funcional da categoria. A defesa do direito à negociação coletiva deve ser incorporada pelos trabalhadores
públicos e segue como uma das principais bandeiras de luta da Condsef e suas filiadas. Continue acompanhando aqui
em nosso site as informações desse processo.
O governo de São Paulo e o crime contra a saúde pública
11/03/2010
(CUT Nacional)
Escrito por Benedito Augusto de Oliveira, Presidente do SindSaude-SP
Enquanto os trabalhadores e usuários da saúde no estado de São Paulo adoecem e morrem por falta de condições
dignas de trabalho e atendimento, mais de R$ 2.000.000.000,00 (dois bilhões de reais) da verba SUS destinados à
saúde paulista foram desviados para outras áreas do governo. Foram parar no mercado financeiro mais de R$
77.800.000,00.
A falcatrua, descoberta pelo Denasus (Departamento Nacional de Auditoria do SUS / Ministério da Saúde) e noticiada
pela revista Carta Capital (veja anexo), foi cometida também pelos governos de Minas e Rio Grande do Sul. Mas foi no
Distrito Federal que os auditores descobriram o esquema e passaram a investigar outros estados. Não por mera
coincidência, mas por convicções ideológicas, todos da mesma coligação partidária PSDB/DEM.
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Enquanto nossos governadores gerenciam verba pública como se fosse dinheiro privado, os trabalhadores estaduais da
saúde tomam o tal choque de gestão moderna, se alimentando desde o ano 2000 com R$ 4,00 (quatro reais) - valor do
vale-refeição pago pelo Governo Serra no estado mais rico do país.
A duras penas, o SindSaúde-SP vem buscando negociação para repor as perdas salariais dos trabalhadores da saúde.
Em 2009, após uma longa rodada de negociação iniciada em 2007, primeiro ano do Governo Serra, chegou-se a um
acordo de reestruturação da carreira da saúde e o compromisso de aprovação antes do encerramento do ano legislativo.
Não cumpriu a palavra e agora em 2010 alega falta de verba. Será que a verba reservada estava aplicada e minguou na
crise financeira internacional?
O Governo do Estado também bate na tecla da meritocracia. Como medir a produtividade numa saúde sucateada? O
que é produtivo? Número de consultas, usuários atendidos, transplantes realizados, medicamentos entregues? A
remuneração por meio bônus, além de critérios obscuros em condições precárias, só tem levado a disputas desleais
entre os trabalhadores em detrimento de uma atividade eminentemente de equipe.
Em São Paulo também corre solta a terceirização dos serviços públicos de saúde para entidades privadas, cadastradas
como organizações sociais de saúde sem fins lucrativos. Na prática é dinheiro público transferido para entes privados
que têm autonomia para fazer o que bem entende da verba, inclusive aplicações no mercado financeiro.
O SindSaúde-SP vem denunciando a terceirização desde o início do processo na saúde estadual na década de 90. Em
2007, lançou o Dossiê da Terceirização dos Laboratórios expondo o esquema que foi montado na área. Um dos casos
foi a terceirização dos serviços laboratoriais do Instituto de Infectologia Emílio Ribas. A mobilização dos trabalhadores
junto com o sindicato conseguiu reverter em parte o processo para bem dos paulistas que pouco tempo depois se viu em
meio a uma pandemia de gripe suína que a saúde privada não estava preparada para dar solução e todo o serviço foi
centralizado nas mãos dos especializados e experientes profissionais do IIER que poderiam ter sido transferidos ou
“encostados” em outros setores em função da terceirização. Esse esquema como de outros serviços e unidades inteiras
terceirizadas sofre questionamento nos Ministérios Públicos Estadual e Federal.
Os Conselhos Nacional e Estadual de Saúde bem como as Conferências de Saúde já se posicionaram contra a
terceirização da saúde. O Governo de São Paulo não acatou tal decisão. Não respeita o controle social. Agora no caso
denunciado pelo Denasus, a Secretaria da Saúde de São Paulo diz que o Conselho Estadual fiscaliza e acompanha a
execução orçamentária e financeira da saúde no estado. O SindSaúde-SP afirma que isso não é verdade e vai pautar a
questão no Conselho Estadual de Saúde.
Enquanto nosso governador distrai a população com um seu trololó de melhor ministro da saúde que o país já teve, a
rede estadual de saúde desmorona junto com as obras do metrô, do rodoanel e das enchentes, parando somente nos
infindáveis pedágios e nos funerais dos mortos pela dengue, gripe suína e violência generalizada que tomou conta do
estado por falta de gestão dos serviços públicos essenciais à população.
Resultado da mobilização
(CUT Nacional) 11/03/2010
Escrito por João Caetano – CNQ-CUT
CMPC (antiga Melhoramentos) de Mogi das Cruzes cancela demissões e greve termina
Terminou no final da noite desta quarta-feira (10) a greve dos cerca de 350 trabalhadores da antiga empresa de papel
Melhoramentos, atual CMPC (Compañía Manufacturera de Papeles y Cartones), na cidade de Mogi das Cruzes (SP) que
havia começado às 6 horas.
A paralisação foi ocasionada pela proposta da empresa, apresentada aos funcionários na última sexta-feira (5), de
redução de pessoal e de salários. "A intenção da CMPC era de demitir 38 trabalhadores e contratar outros 38, mas com
salários menores, pagando apenas o piso salarial e realizar uma reestruturação interna que representaria uma redução
de salários de cerca de 20%", explica Mário Roberto Ventura, presidente do Sindicato dos Papeleiros de Mogi das
Cruzes, Suzano e Região.
A paralisação foi praticamente total e durou todo o dia de ontem. A fábrica ficou praticamente sitiada por viatura da
Polícia Militar. Mais de 30 PMs ficaram plantados na portaria da CMPC durante todo o dia, com oito viaturas, sendo seis
da Força Tática.
O excessivo número de policiais e a corriqueira truculência com que a Polícia Militar da Região trata os trabalhadores
serviram para acirrar os ânimos. Mário Ventura chegou a ser empurrado por um soldado.
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Antes da deflagração da greve a CMPC já havia recuado na proposta de demissões. As 38 dispensas iniciais foram
reduzidas para 18, mas isso não impediu a paralisação. Por volta das 18 horas, dirigentes do Sindicato foram chamados
para uma nova reunião com a empresa. A reunião estendeu-se por mais de duas horas. Ao final, surgiu uma nova
proposta. A empresa cancelou as demissões e a reestruturação salarial e comprometeu-se a não descontar o dia
parado, que será reposto num esquema de compensação acompanhado diretamente pela entidade sindical. Foi
cancelada também a retirada de um ônibus fretado que transportava os funcionários. Ele será readequado ao número de
trabalhadores transportados, mas continuará em atividade.
Taubaté
(CUT Nacional) 11/03/2010
Escrito por Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté
Produção na Usiminas continua parada: empresa não apresentou proposta
A paralisação na empresa Usiminas de Taubaté continua nesta quinta-feira, 11, com os trabalhadores do 1º turno. A
decisão pela continuidade do movimento de greve foi tomada em assembléia.
O movimento de greve, que foi iniciado na tarde desta quarta-feira, 10, acontece em razão do impasse nas negociações
do pagamento da 2ª parcela da PLR 2009.
Depois de 5 horas de reunião nesta quarta-feira, dia 10, a empresa não apresentou ao Sindicato dos Metalúrgicos de
Taubaté e Região uma proposta que contemplasse as reivindicações dos trabalhadores.
Por conta da falta de uma proposta, os trabalhadores do 3º turno aderiram ao movimento de greve na noite de quartafeira, dia 10, decisão que também foi aprovada pelos trabalhadores do 1º turno na manhã desta quinta-feira.
O impasse na questão da PLR na Usiminas teve início na sexta-feira, dia 05, quando a Usiminas não efetuou o
pagamento total do valor da 2ª parcela da PLR, que já havia sido negociada com o Sindicato e Comissão de PLR em
agosto de 2009.
Alegando queda no faturamento da empresa, a Usiminas fez o pagamento de um valor menor que o negociado e
desrespeitou uma cláusula do acordo de PLR que garante a renegociação do valor caso alguma das metas afetasse
muito o valor negociado para a 2ª parcela.
A fábrica da Usiminas de Taubaté está com toda a sua produção paralisada até que uma proposta que contemple a
reivindicação dos trabalhadores seja apresentada.
A Usiminas de Taubaté tem cerca de 400 trabalhadores e fornece laminas de aço para as montadoras da região.
Conferência de Segurança Química
(CUT Nacional) 11/03/2010
Escrito por Sindicato dos Químicos do ABC
Mais recursos para garantir o uso adequado dos produtos químicos
Qualificar a sociedade para o enfrentamento de problemas como uso excessivo de agrotóxicos e de lixo eletrônico, por
exemplo, é um dos desafios apontados no primeiro dia da Conferência Latino-Americana sobre Segurança Química
Em seu primeiro dia de trabalho, a Conferência Latino-Americana sobre Segurança Química, que ocorre de 7 a 13 de
março, na Jamaica, tomou algumas decisões destinadas a manter e ampliar o financiamento internacional de programas
que visam, sobretudo, conscientizar e preparar as autoridades públicas e a sociedade para o enfrentamento dos graves
problemas ambientais e de saúde que advém do uso inadequado das substâncias químicas.
No caso do Brasil, os problemas estão relacionados ao uso excessivo de agrotóxicos e pesticidas na agricultura, que
acabam contaminando os alimentos, o solo, o lençol freático, a água dos rios, os peixes, os animais, os pássaros e as
pessoas. Também preocupa o crescimento acelerado do lixo eletrônico que traz em si uma elevada carga de metais
pesados perigosos para a saúde humana, como chumbo, mercúrio e cádmio.
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Essas substâncias, isoladamente, também preocupam, como é o caso do mercúrio ainda utilizado em produtos de uso
hospitalar, lâmpadas, pilhas e instrumentos, que podem contaminar os trabalhadores na produção, no uso e na
destinação final.
Para o chumbo encontrado em alguns tipos de tintas também está se estudando restrições ainda mais severas, já que
essa forma de uso coloca em risco a saúde dos trabalhadores que produzem e aplicam as tintas ou daqueles que vão
lixá-las na época da repintura, e das pessoas que vivem nas habitações, obviamente. Segundo pesquisadores e
autoridades, não é o caso do Brasil, onde esse tipo de tinta contendo chumbo já estaria restrito a um tipo de aplicação
muito restrito, do qual se exclui a tinta mobiliária.
Para dar conta da enorme magnitude do problema os países da Região dependem muito do financiamento internacional
destinado a diagnosticar os problemas e a qualificar servidores e sociedade para o seu enfrentamento.
Projeto da ICEM é citado como prova de eficiência da gestão sindical
O Projeto coordenado pela Federação Internacional dos Sindicatos da Química, Energia e Mineração (ICEM) com a
participação da Confederação Nacional do Ramo Químico – CNQ/CUT - é um exemplo de aplicação dessa ajuda
financeira. Com duração de dois anos e extensível a sindicatos do Brasil, Chile e Uruguai, o projeto visa qualificar
sindicalistas e membros de CIPA e Comissão de Fábrica para enfrentar o risco químico desde o local de trabalho. A
experiência de luta dos trabalhadores/as químicos do ABC contra a contaminação pelo mercúrio, o benzeno, o chumbo e
o cádmio entre outros produtos perigosos, é usada como referência para estimular ações semelhantes de sindicatos de
outros ramos e de outros países.
Por todas essas razões, a Conferência em andamento na Jamaica, resolveu recomendar às agencias das Nações
Unidas envolvidas com o tema, a manutenção e a ampliação dos programas de financiamento para além de 2013 e com
mais recursos para projetos da sociedade civil. O sucesso do projeto coordenado pela ICEM – que superou todas as
metas previstas – foi mencionado como prova de eficiência da gestão de ações por entidades da sociedade civil e dos
sindicatos, em particular.
A Conferência
A Conferência Latino-Americana sobre Segurança Química é promovida pelo Grupo da América Latina e Caribe do
SAICM - Enfoque Estratégico para o Gerenciamento Internacional de Substâncias Químicas –, que reúne organismos
internacionais, governos, sindicatos, empresas, comunidades, ONGs, profissionais e especialistas de diversas áreas do
conhecimento no sentido de alcançar a gestão segura e saudável dos produtos químicos desde o local de trabalho até o
nível global.
Com informações do engenheiro de segurança Nilton Freitas, assessor do Sindicato dos Químicos do ABC e
coordenador do projeto “Facilitar a implementação de SAICM pelos trabalhadores/as no local de trabalho” no Brasil.
Lucro nas nuvens, responsabilidade no chão
(CUT Nacional) 11/03/2010
Escrito por Contraf/CUT
Itaú Unibanco desvaloriza bancários e se nega a pagar PLR cheia para todos
O Itaú Unibanco não aceitou a reivindicação da Contraf-CUT e se negou a pagar a PLR cheia para todos os seus
funcionários. A negativa do banco aos trabalhadores foi anunciada na negociação desta quarta-feira (10), ocorrida na
sede do Sindicato dos Bancários de São Paulo.
O movimento sindical manteve a reivindicação de pagamento integral da PLR para todos os bancários, alcançando o
teto de 2,2 salários limitado a R$ 14.696. O banco, no entanto, insiste em sua proposta, que definiu o pagamento da PLR
no teto a apenas 46% dos trabalhadores, que estão na faixa salarial de até R$ 2.836.
"O banco adota uma postura de desrespeito com seus funcionários ao insistir no pagamento de uma PLR menor que a
do ano passado mesmo com o crescimento do lucro", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. Ele lembra
ainda que a empresa vem utilizando o chamado turn-over para fechar postos de trabalho, diminuindo o número de
funcionários.
Os números do Dieese demonstram ainda que o montante destinado pela empresa para o pagamento de bônus para os
altos executivos cresceu 86% entre 2008 e 2009, passando de R$ 121 milhões para R$ 225 milhões. "O banco
demonstra só ter interesse em valorizar seus altos executivos, desrespeitando os funcionários. Não podemos aceitar
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essa distorção", afirma Jair Alves, um dos coordenadores da Comissão de Organização dos Empregados do banco
(COE Itaú Unibanco).
O Dieese também questiona o volume de recursos destinado pela empresa para o pagamento de dividendos para
acionistas. O banco provisionou R$ 3,4 bilhões para essa finalidade, mas, por lei, os acionistas têm direito a receber
25% do lucro líquido, o que corresponde a R$ 1,8 bilhões.
Outros problemas
Os trabalhadores também cobraram do banco solução para problemas ocorridos nos pagamento dos programa próprios
de remuneração da empresa. Diversos funcionários questionaram os valores recebidos em programa como o Agir e o
RR.
Um dos problemas atingiu os gerentes que atuavam no Unibanco que passaram a trabalhar depois da fusão com a
plataforma do Itaú (Programa Agir). Estes empregados foram pagos pelo programa do Unibanco (RR), que deixou de
vigorar.
Com isso, muitos bancários que já trabalhavam com o Agir há vários meses receberam sua remuneração com base no
modelo do RR, resultando em valor inferior. A empresa não deu resposta para a demanda.
São Paulo (CUT Nacional) 11/03/2010
Escrito por Sitraemfa
Trabalhadores da Assistência Social em greve realizam assembleia nesta sexta-feira (12)
Nesta sexta-feira (12), às 10hs, os trabalhadores da Assistência Social de ONG´s conveniados à Prefeitura de São Paulo
(assistentes sociais, educadores, técnico especializado, orientador sócio educativo, profissional auxiliar, agente de
proteção, administrativo, aux. de cozinha, zelador e vigia) realizarão Assembleia Geral na sede do Sindicato dos
Trabalhadores em Entidades de Assistência e Educação a Criança, ao Adolescente e a Família do Estado de São PauloSITRAEMFA, (av. Celso Garcia, 4031 – Tatuapé), para ratificar GREVE GERAL da categoria.
No dia 2 de março em assembléia os trabalhadores já saíram em estado de greve. Esses trabalhadores reivindicam
pagamento de férias e salários atrasados desde dezembro. Sem repasse de verba da Prefeitura de São Paulo as ONG´s
conveniadas não tem como fazer esses pagamentos.
Sindieletro-MG: acordo do Prosaúde não sai por causa da Cemig
Nacional) 11/03/2010
(CUT
Escrito por Sindieletro-MG
Um novo impasse impediu que a Cemig assinasse o acordo que vem sendo negociado para o Prosaúde. Os
participantes realizaram várias reuniões com a empresa nos últimos dias. A companhia tinha concordado em manter os
princípios da proposta que foi aprovada nas assembleias.
No entanto, os trabalhadores foram surpreendidos na reunião para assinatura do acordo sobre o Prosaúde na última
terça-feira, 9 de março. O empecilho foi a redação da cláusula sobre o custeio do plano.
A empresa quer limitar as contribuições das patrocinadoras contrariando todas as negociações feitas até agora. O texto
proposto não reflete os compromissos da Cemig com a categoria. Estudos recomendam alterações nas contribuições
tanto dos participantes quanto das patrocinadoras para garantir as receitas necessárias para manutenção do plano de
saúde. O Sindieletro-MG mantém um canal de negociação com a Cemig na expectativa que ela volte atrás na decisão.
Frente de Erradicação do Trabalho Escravo é instalada no Congresso Nacional
(CUT Nacional) 11/03/2010
Escrito por Informes
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O Congresso Nacional instalou nesta quarta-feira (10) a Frente Parlamentar Mista pela Erradicação do Trabalho
Escravo. O senador José Nery (PSOL-PA) foi aclamado presidente. Os deputados Paulo Rocha (PT-PA) e Domingos
Dutra (PT-MA) foram escolhidos primeiro vice-presidente e secretário geral, respectivamente.
Paulo Rocha, autor da proposta de emenda à Constituição (PEC 438/01), que determina a expropriação das terras onde
se comprove a prática do trabalho escravo, avaliou que a missão da Frente é articular e sensibilizar os congressistas e
os partidos para debaterem medidas que aprimorem a legislação a fim de promover o combate ao trabalho escravo no
país. "É preciso uma legislação mais eficiente. A Frente Parlamentar é mais um instrumento de mobilização que fará
avançar a legislação no sentido de acabar com a mazela que envergonha o nosso país, que é o trabalho escravo".
Na avaliação de Domingos Dutra, o combate ao trabalho escravo é uma tarefa de toda a sociedade mas, segundo o
parlamentar, cabe ao Congresso Nacional aprovar os projetos que coíbam essa prática. "A PEC 438/01 já foi aprovada
no primeiro turno na Câmara e não tem motivo para ficar engavetada. Nós vamos apresentar uma agenda capaz de
sensibilizar a Casa a votar essa emenda, ainda este semestre".
A Frente conta com a participação de 190 deputados e 52 senadores.
Sindipetro Caxias amplia projeto ambiental em reserva de Mata Atlântica
Nacional) 11/03/2010
(CUT
Escrito por Imprensa da FUP
O Sindipetro-Caxias inaugurou no sábado, dia 6, um horto escola na Reserva Ambiental dos Petroleiros, em Tinguá, no
município de Nova Iguaçu, região metropolitana do Rio de Janeiro. Em parceria com o IBAMA e o Instituto Chico Mendes
de Conservação e Biodiversidade, a escola funcionará como um criadouro para produção de variadas mudas nativas da
mata atlântica, que servirão para o reflorestamento de áreas degradadas da região. O projeto também visa promover a
capacitação profissional para o plantio de mudas, criar uma nova consciência ambiental e gerar rendas complementares
para os moradores das comunidades do entorno da reserva.
A Reserva Ambiental dos Petroleiros pertence ao Sindipetro-Caxias e tem uma área de 544 mil metros quadrados de
mata atlântica, com plantas nativas, animais silvestres, trilhas, minas e fontes de água mineral, além de ruínas e
construções centenárias da época do Brasil império. A proposta do sindicato é transformar a área em Reserva Particular
do Patrimônio Natural (RPPN), uma unidade de conservação ambiental privada, que tem o compromisso público de
proteger a diversidade biológica da região.
Brasil é o 2º país mais otimista do mundo em relação a emprego
Nacional) 11/03/2010
(CUT
Escrito por R7
Pelo terceiro trimestre consecutivo, o Brasil é o segundo país mais otimista quanto a contratações de funcionários entre
os 36 pesquisados pela empresa americana de recursos humanos Manpower. Apenas a Índia supera o Brasil em
relação à expectativa de geração de empregos para o período de abril a junho deste ano.
O índice que mede as expectativas dos empresários brasileiros em relação a contratações subiu de 31% para 38% nos
últimos três meses. Considerando apenas os países das Américas, o Brasil é o primeiro do ranking, seguido pelo Peru e
pela Costa Rica, com 23% cada, Argentina (18%), Colômbia (16%) e Panamá (15%). Os Estados Unidos permaneceram
estáveis quanto à expectativa de geração de novos cargos em relação ao último trimestre (5%).
No mundo todo, empregadores de 27 dos 36 países pesquisados esperam contratar no próximo trimestre. Na pesquisa,
a Manpower avaliou a intenção de contratação de mais de 61 mil empresas para o segundo trimestre de 2010. No Brasil,
quase mil empregadores foram ouvidos.
- No Brasil, a pesquisa indica um excelente ano para o emprego, com a geração de novas vagas em todos os setores
pesquisados pela Manpower. Os dados refletem a estimativa para 2010 do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que espera
a criação de mais de 2 milhões de empregos formais - aponta Pedro Guimarães, diretor comercial da Manpower no
Brasil.
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De acordo com o estudo, os empregadores do setor de finanças/seguros e imobiliário são os mais otimistas quanto ao
aumento de postos de trabalho no Brasil no segundo trimestre, com um índice de 49%, contra 43% no primeiro trimestre
do ano. O setor de administração pública/educação também apontou aceleração na previsão de contratações. O índice
de expectativa líquida de emprego neste caso subiu de 19% para 48%.
A área de construção, a mais otimista nos primeiros três meses do ano, permaneceu estável, em 45%. Outros
segmentos também apontaram melhoras na expectativa de abertura de vagas: serviços (de 40% para 44%), seguido da
indústria (de 22% para 36%), comércio (de 31% para 34%), transportes e serviços públicos (de 31% para 33%) e
agricultura, pesca e Mineração (de 13% para 23%).
Entre os Estados pesquisados, os empregadores do Paraná são os mais otimistas, com 44%, seguidos pelos de Minas
Gerais, com 42%. Os empregadores da cidade de São Paulo têm 39% de expectativa, os do Rio de Janeiro têm 31% e
os do Estado de São Paulo têm 36%.
Agricultura Familiar integra Fórum de combate a fome (CUT Nacional)
11/03/2010
Escrito por Fernanda Silva – FAF/CUT-SP
No auditório Franco Motoro, na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP), a FAF/CUT-SP integrou o I
Fórum da Frente Parlamentar Contra a Fome juntamente com representantes de setor que trabalham pela erradicação
da mesma.
Criado em 2007, a Frente discute com a sociedade civil, membros do poder legislativo nacional e internacional e atores
relacionados a segurança alimentar e nutricional dos povos da América Latina e Caribe meios de garantir o direito à
alimentação.
“Esse evento demonstra a união dos povos para combater a forme e neste cenário os agricultores familiares são os
principais atores. Nós produzimos praticamente todo alimento que a população come com diversidade da produção e
ausência de agrotóxicos”, disse Nivaldo de Siqueira Gomes, presidente da FAF/CUT-SP.
Para Guilherme Cassel, Ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA) o fato de a fome ser reincidente na história da
humanidade é uma vergonha, mas o Brasil avançou para reverter esse quadro.
“O presidente Lula elegeu o combate a fome como objetivo de governo. A luta contra a fome e pobreza tem sido
enfrentada como estratégia de política pública, econômica e social e aprendemos isso com os movimentos sociais que
demonstraram a importância de criar estrutura de política pública que sustente a política de segurança alimentar.”,
discursou Cassel, que nessa perspectiva declarou a agricultura familiar como sinônimo de sustentabilidade.
Metalúrgicos de Sorocaba realizam assembleia para discutir critérios do PPR
(CUT Nacional) 11/03/2010
Escrito por Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba
A diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba convida todos os trabalhadores (as) de Sorocaba e região para
uma assembleia geral no dia 12 de março, às 18h, na sede de Sorocaba, que vai tratar da expectativa do Programa de
Participação nos Resultados (PPR) da categoria em 2010.
"A assembleia vai definir critérios de negociação e estratégias para obter os melhores acordos possíveis", afirma o
diretor de organização do Sindicato, Adilson Faustino, o Carpinha.
O objetivo do Sindicato é formular uma campanha pela conquista de bons PPRs em todas as fábricas. O primeiro acordo
de PPR este ano, firmado em fevereiro com a autopeça Dana, prevê o pagamento de R$ 3.540,77 por trabalhador.
Todos os metalúrgicos estão convidados, mas a direção sindical pede que especialmente os membros eleitos de
comissões de negociação não faltem à assembleia no dia 12.
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