importância da identificação microbiológica na resistência bacteriana

Transcrição

importância da identificação microbiológica na resistência bacteriana
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Elevado custo financeiro: R$ 10 bilhões/ano
Elevado custo humano: 45 mil óbitos/ano
12 milhões de internações hospitalares
Dados aproximados, referentes apenas a
infecções hospitalares.
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Quando começa a história dos antibióticos?
Egito e China antigos, índios da América
Central: uso de “bolores” para tratar feridas
infectadas.
Ötzi, o homen de gelo (Alpes, 3210 m),
fronteira Áustria-Itália – 3300 AC
Fungos de bétula – triterpenos – efeito
bactericida.
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1871: Joseph Lister (cirurgião), observou que
em urinas contaminadas com fungos
filamentosos não cresciam bactérias.
1928: Alexander Fleming observou que o
crescimento de colônias de Staphylococcus
aureus não ocorria próximo a colônias do
fungo Penicillium notatum.
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1942: Howard Florey e Ernst Chain, em
Oxford: produção da penicilina G procaína
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1943: Estreptomicina
1950: Vancomicina e polimixinas
1955: Tetraciclina
1981: Amoxicilina...
........: outras classes de antimicrobianos
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Epidemiologicamente, segundo o CDC,
Atlanta, EUA, microorganismos resistentes
são aqueles resistentes a uma ou mais
classes de antimicrobianos.
Do ponto de vista do laboratório, entende-se
como o crescimento de uma bactéria in vitro
na presença de concentrações séricas de
antibióticos ou quando se mostram
resistentes a duas ou mais classes de drogas.
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Beta-lactâmicos/glicopeptídeos: Inibição da
síntese da parede celular através da inibição
de enzimas (PBP’s), essenciais para a síntese
do peptidoglicano.
Beta-lactâmicos: Penicilinas, cefalosporinas,
aztreonam, carbapenêmicos.
Glicopeptídeos: Vancomicina, teicoplanina
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Aminoglicosídeos/Tetraciclinas/Macrolídeos/
Cloranfenicol: Inibição da síntese proteíca
através da ligação à sub-unidade ribossomal
30S/50S – efeito bactericida.
Aminoglicosídeos (amica, genta): 3OS, REV
Tetraciclinas (doxiciclina): 30S, IRREV
Macrolídeos (eritromicina): 50S, REV
Cloranfenicol: 30S, REV
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Quinolonas/Rifampicina: Inibição da síntese
de DNA através da inibição dos processos de
replicação ou transcrição.
Quinolonas (Ácido nalidíxico, norfloxacin,
ciprofloxacin, levofloxacin): DNA girase.
Rifampicina: RNA polimerase.
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Sulfonamidas e trimetoprim: Inibição da
síntese de ácido fólico, imprescindível para a
síntese de DNA.
Sulfametoxazol+trimetoprim
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Ação na parede celular;
Inibição de síntese proteica;
Interferência no metabolismo dos ácidos
nucleicos;
Inibição de rotas metabólicas essenciais;
Interferência na estrutura e função da
membrana citoplasmática.
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Produção de enzimas:
Beta-lactamases: enzimas que destroem o
anel beta-lactâmico.
Alteração do sítio de ação dos antibióticos:
Principal mecanismo de ação nos Gram+
(exceção dos resistentes à penicilina).
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Diminuição da permeabilidade:
A membrana externa possui porinas que
dificultam ou impedem a passagem do
antibiótico.
Efluxo:
Bombas que removem antibiótico de dentro
do citoplasma.
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Grupo 1: beta-lactamases cromossômicas
(AmpC) – cefalosporinases: não são inibidas
de maneira eficiente pelos inibidores de betalactamases. Ex.: Enterobacter spp, P.
aeruginosa, Serratia sp.
Grupo 2: Beta-lactamases plasmidiais (TEM,
SHV): penicilinases, cefalosporinases e betalactamases de espectro estendido – são
inibidas pelos inibidores. Ex.: H. influenzae,
M. catarrhalis, S. aureus e E. coli.
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Grupo 3: Metalo-betalactamases – são
fracamente inibidas pelos inibidores, com
exceção do EDTA (carbapenases). Degradam
a maioria dos beta-lactâmicos e carbapenens.
Ex.: S. maltophilia e Bacteroides fragilis.
Grupo 4: Penicilinases que não são inibidas
pelo ácido clavulânico. Ex.: B. cepacia.
(Retirado em 2010?)
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Resistência aos antibióticos beta-lactâmicos
decorrentes de PBPs é mais comum em gram
positivos que em gram negativos.
Maior impacto em isolados de S. pneumoniae
Aumento do MIC em até 2000 vezes.
Outro exemplo: S. aureus resistente à
meticilina (oxacilina), por alteração de PBP
para PBP2a.
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A alteração de permeabilidade confere
resistência, por exemplo, aos carbapenens,
em maior nível ao imipenem.
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Remove beta-lactâmicos, cloranfenicol,
fluoroquinolonas, macrolídeos, novobiocina,
sulfonamidas, tetraciclinas e trimetoprim.
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Aminoglicosídeos:
Intrínseca: absorção prejudicada
Adquirida: produção de aminoglicosidases
Alteração (proteção) do ribossoma
Tetraciclina:
diminuição da permeabilidade da membrana
externa; efluxo ou proteção do ribossoma
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Sulfonamidas e trimetoprim:
Intrínseca: impermeabilidade (P. aeruginosa)
Baixa afinidade enzimática, uso de folato
exógeno.
Adquirida: alteração enzimática.
Quinolonas:
Alteração da DNA girase;
Diminuição da permeabilidade.
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Cloranfenicol:
Adquirida (plasmídeo): inativação por CAT;
Diminuição da permeabilidade.
Glicopeptídeos:
Gram-: resistência intrínseca por
impermeabilidade (moléculas grandes);
Gram+: diminuição da afinidade enzimática
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Pesquisar beta-lactamases de espectro
ampliado