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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
LEONARDO DE ARRUDA DELGADO
AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL
São Luis
2004
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
2
Leonardo de Arruda Delgado
SUMÁRIO
1
2
3
4
5
6
7
INTRODUÇÃO ............................................................................................ 6
APLICAÇÕES DA AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL ............. 9
CONCEITOS RELACIONADOS COM A COMPOSIÇÃO CORPORAL .... 10
3.1
Massa gorda total (MGT) ................................................................... 10
3.2
Gordura essencial .............................................................................. 10
3.3
Gordura não-essencial....................................................................... 10
3.4
Gordura corporal relativa (%GC)........................................................ 11
3.5
Massa do tecido adiposo ................................................................... 11
3.6
Massa livre de gordura (MLG) ........................................................... 12
3.7
Massa corporal magra (MCM) ........................................................... 12
3.8
Densidade corporal total (Dc) ............................................................ 12
3.9
Sobrepeso.......................................................................................... 12
3.10 Obesidade.......................................................................................... 13
3.11 Modelo de dois compartimentos ........................................................ 13
3.12 Modelo de multicomponentes ............................................................ 13
3.13 Equação de predição ......................................................................... 14
MODELOS DE ANALISE DE COMPOSIÇÃO CORPORAL...................... 15
MÉTODOS DE MEDIDAS DA COMPOSIÇÃO CORPORAL .................... 18
5.1
Método direto ..................................................................................... 18
5.2
Métodos indiretos............................................................................... 19
5.3
Métodos duplamente indiretos ........................................................... 20
TÉCNICAS DE MEDIDA DA COMPOSIÇÃO CORPORAL....................... 21
6.1
Técnicas diretas de medidas para analise da composição corporal .. 21
6.2
Técnicas indiretas de medidas para analise da composição corporal 21
6.2.1
Pesagem hidrostática ................................................................. 22
6.2.2
Plestismografia de deslocamento de ar ...................................... 26
6.2.3
Absorção radiológica de dupla energia (DEXA).......................... 29
6.3
Técnicas duplamente indiretas .......................................................... 32
ANTROPOMÉTRIA ................................................................................... 33
7.1
Técnicas que utilizam dobras cutâneas ............................................. 34
7.1.1
Pressupostos da técnica de dobras cutâneas............................. 35
7.1.2
Princípios da técnica de dobras cutâneas .................................. 37
7.1.3
Fontes de erro de medida ........................................................... 38
7.1.3.1
Habilidade do avaliador ....................................................... 38
7.1.3.2
Tipo de adipômetros ............................................................ 40
7.1.3.3
Fatores individuais ............................................................... 42
7.1.3.4
Equações de predição de dobras cutâneas......................... 42
7.1.4
Equações de regressão .............................................................. 46
7.1.4.1
Equações de PARIZKOVA (1961) ....................................... 50
7.1.4.2
Equação de FAULKNER (1968) .......................................... 52
7.1.4.3
Equações de DURNIN & RAHMAN (1967).......................... 55
7.1.4.4
Equações de DURNIN & WOMERSLEY (1974) .................. 55
7.1.4.5
Equações de JACKSON & POLLOCK (1975-1978-1980) ... 57
7.1.4.6
Equações de LOHMAN (1981-1986) ................................... 66
7.1.4.7
Equações de KATCH & McARDLE (1983) .......................... 67
7.1.4.8
Equações de MUKHERJEE & ROCHE (1984) .................... 68
7.1.4.9
Equações de THORLAND (1984)........................................ 69
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Leonardo de Arruda Delgado
7.1.4.10 Equações de BOILEAU (1985) ............................................ 70
7.1.4.11 Equações de GUEDES (1985) ............................................ 71
7.1.4.12 Equações de SLAUGHTER (1988)...................................... 72
7.1.4.13 Equações de PETROSKI (1995) ......................................... 74
7.2
Técnicas que utilizam as medidas de circunferências ....................... 79
7.2.1
Pressupostos .............................................................................. 79
7.2.2
Equações de predição de circunferências .................................. 80
7.2.2.1
Equações de KATCH & McARDLE (1983) .......................... 81
7.2.2.2
Equações WELTMAN et al (1987-1988).............................. 82
7.2.2.3
Equações de DOTSON e DAVIS (1991) ............................. 84
8 FRACIONAMENTO DA MASSA CORPORAL TOTAL.............................. 85
8.1
Fracionamento da composição corporal em dois componentes ........ 89
8.1.1
Massa gorda (MG) ...................................................................... 89
8.1.2
Massa livre de gordura (MLG) .................................................... 89
8.2
Fracionamento da composição corporal em quatro componentes..... 90
8.2.1
Massa óssea (MO)...................................................................... 90
8.2.2
Massa residual (MR)................................................................... 91
8.2.3
Massa muscular (MM) ................................................................ 91
8.3
Massa ideal (MI)................................................................................. 91
8.3.1
Relações entre peso e estatura .................................................. 92
8.3.1.1
Estatura/Peso ...................................................................... 92
8.3.1.2
Estatura e circunferência do punho ..................................... 93
8.3.1.3
Estatura² x IMC Médio ......................................................... 93
8.3.2
Relação entre MLG e %GC desejável ........................................ 94
REFERÊNCIAS................................................................................................ 97
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Classificação dos níveis de obesidade.............................................. 13
Tabela 2 Relação entre temperatura da água e densidade ............................. 25
Tabela 3 Padrões de avaliação de erros de prognóstico (EPE). ...................... 44
Tabela 4 Equações DURNIN & RAHMAN........................................................ 55
Tabela 5 Equações de DURNIN & WOMERSLEY ........................................... 56
Tabela 6 Equações de conversão de Dc para %GC ........................................ 57
Tabela 7 Fórmulas para converter Dc em %GC para população negra........... 59
Tabela 8 Estimativa do percentual de gordura de POLLOCK para homens a
partir da idade e do somatório das dobras cutâneas do tórax, abdome e
coxa........................................................................................................... 64
Tabela 9 Estimativa do percentual de gordura de POLLOCK, para mulheres a
partir da idade e do somatório das dobras cutâneas do tórax, suprailíaca e
coxa........................................................................................................... 65
Tabela 10 Equações de convenção de Dc para percentual de gordura de
acordo com a idade................................................................................... 66
Tabela 11 Constate de ajuste por idade de acordo com o sexo....................... 67
Tabela 12 Tabela de constantes por idade, sexo e raça................................. 67
Tabela 13 Equações de MUKHERJEE & ROCHE ........................................... 69
Tabela 14 Equações de THORLAND............................................................... 69
Tabela 15 Equações de BOILEAU ................................................................... 70
Tabela 16 Equações de Slaughter ................................................................... 73
Tabela 17 Equações de PETROSKI ................................................................ 74
Tabela 18 Fórmulas para conversão de Dc em %GC ...................................... 76
Tabela 19 Estimativa do Percentual de Gordura para Homens de acordo com
PETROSKI, a partir do Somatório das Dobras Subescapular, Triceps,
Suprailíaca, Panturrilha Medial* ................................................................ 77
Tabela 20 Estimativa do Percentual de Gordura para Mulheres a Partir da
Idade e do Somatório das Dobras Cutâneas: axilar medial, Suprailíaca,
Coxa e Panturrilha Medial ......................................................................... 78
Tabela 21 Gordura desejável para adultos sedentários. .................................. 96
Tabela 22 Valores Médios de Percentuais de Gordura para Algumas
Modalidades Desportivas .......................................................................... 96
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LISTA DE FIGURAS
Figura 2 Pesagem hidrostática......................................................................... 23
Figura 3 Pletismografia. ................................................................................... 27
Figura 4 DEXA. ................................................................................................ 30
Figura 5 Modelos de adipômetros mais utilizados............................................ 41
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AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL
1 INTRODUÇÃO
A composição corporal é a proporção entre os diferentes
componentes corporais e a massa corporal total, sendo normalmente expressa
pelas porcentagens de gordura e de massa magra (HEYWARD, 1998a; KISS,
BÖHME & REGAZZINI, 1999; NIEMAN, 1999, apud COSTA, 2001, p.21).
A obtenção dos valores de tais porcentagens constitui informação de
grande importância para os profissionais de Educação Física, visto que as
quantidades dos diferentes componentes corporais, principalmente gordura e
massa muscular, apresentam estreita relação com a aptidão física, tanto
relacionada à saúde quanto ao desempenho esportivo.
De acordo com DE ROSE et alii (1984) apud COSTA (1999 s/p) a
composição corporal constitui um aspecto dinâmico dos componentes
estruturais do corpo humano, sofrendo alterações durante toda a vida dos
indivíduos em decorrência de inúmeros fatores como: crescimento e
desenvolvimento, status nutricional e nível de atividade física.
A avaliação da composição corporal torna-se extremamente
necessária, haja visto que para o desenvolvimento de uma avaliação mais
criteriosa sobre os efeitos da atividade física no organismo humano existe a
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AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
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necessidade de fracionamento corporal em seus diferentes componentes
(GUEDES, 1989, apud GOMES & FILHO, 1995, p.34)
Através da avaliação da composição corporal pode-se, além de
determinar os componentes do corpo humano de forma quantitativa, utilizar-se
os dados dessa análise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento
de crianças e jovens, o status dos componentes corporais de adultos e idosos,
bem como, prescrever exercícios.
Existe um consenso entre autores, no sentido de colocar a
composição corporal como um dos componentes da aptidão física, devido às
relações existentes entre a quantidade e distribuição da gordura com
alterações do nível de aptidão física, e o estado de saúde das pessoas.
Reduzir a quantidade de gordura e/ou aumentar a quantidade de
massa muscular estão entre os anseios de grande parte dos praticantes de
exercícios físicos, esta preocupação deve ser considerada não somente do
ponto de vista da estética, mas também de qualidade de vida dos indivíduos, já
que a obesidade, está associada a um grande número de doenças crônicodegenerativas.
Considerando a relação existente entre a obesidade e doenças
crônico-degenerativas, fica evidentes a importância da realização de estudos
com o objetivo de verificar os níveis de adiposidade da população, bem como a
realização de avaliações de aspectos da composição corporal a fim de oferecer
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AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
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subsídios para a prescrição e o acompanhamento de programas de exercícios
físicos e/ou dietas, que podem ser úteis no combate a estes problemas.
COITINHO et alii apud COSTA (op.cit) realizou um estudo
epidemiológico sobre as condições nutricionais da população brasileira e
idosos, que indicou que cerca de 27 milhões de brasileiros apresentavam
sobrepeso, sendo que destes estimava-se á época do estudo que 6,8 milhões
eram indivíduos obesos. Para os autores, estes resultados indicaram que o
excesso de peso corporal da população constitui um grande problema de
saúde coletiva no Brasil, já que nos 15 anos que antecederam o referido estudo
a população de obesos quase dobrou.
De acordo com GUEDES & GUEDES (1985), tão importante quanto
o excesso de peso corporal à custa de um maior acúmulo de gordura, é o seu
“déficit”.
“A redução excessiva do peso corporal pode induzir o organismo a
uma série de complicações, notadamente no que se refere á
produção e á transformação de energia para a manutenção das
condições vitais e para a realização das tarefas do cotidiano”.
A importância da avaliação da composição corporal deve-se ao fato
de o peso corporal isoladamente não poder ser considerado um bom parâmetro
para a identificação do excesso ou déficit dos componentes corporais (massa
gorda, massa muscular, massa óssea e massa residual) ou as alterações nas
quantidades proporcionais dos mesmos em decorrência de um programa de
exercícios físicos e/ou dieta alimentar.
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2 APLICAÇÕES
CORPORAL
DA
AVALIAÇÃO
DA
COMPOSIÇÃO
Além de avaliar a quantidade total e regional de gordura corporal
para identificar os riscos de saúde, há outras medidas importantes que podem
ser
utilizadas
por
médicos
e
outros
profissionais
da
saúde
e
do
condicionamento físico. HEYWARD (2000, p.6) diz que estas medidas podem
servir para:
-
Identificar riscos á saúde associados aos níveis excessivamente
altos ou baixos de gordura corporal total.
-
Identificar riscos à saúde associada ao acúmulo excessivo de
gordura intra-abdominal.
-
Proporciona entendimento sobre o risco à saúde associado á
falta ou ao excesso de gordura corporal.
-
Monitorar mudanças na composição corporal associada a certas
doenças.
-
Avaliar a eficiência de intervenções nutricionais e de exercícios
físicos na alteração da composição corporal.
-
Estimar o peso corporal de atletas e não atletas.
-
Formular recomendações dietéticas e prescrição de exercícios
físicos.
-
Para monitora mudança na composição corporal associada ao
crescimento, desenvolvimento, maturação e idade.
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3 CONCEITOS
CORPORAL
RELACIONADOS
COM
A
COMPOSIÇÃO
3.1 Massa gorda total (MGT)
A MGT inclui todos os lipídios que podem ser extraídos do tecido
adiposo e outros tecidos. É formada pelas gorduras essencial mais a nãoessencial.
3.2 Gordura essencial
É a gordura acumulada na medula dos ossos e no coração, nos
pulmões, fígado, baço, rins, intestino, músculos e tecidos ricos em lipídeos
espalhados por todo o sistema nervoso central. São compostos de
fosfolipídeos,
necessários
para
formação
da
membrana
celular
e
funcionamento fisiológico normal (~10% MGT). Na mulher, a gordura essencial
também inclui a gordura específica ou característica do sexo.
3.3 Gordura não-essencial
Consiste na gordura acumulada no tecido adiposo. São formadas
por triglicerídeos encontrados principalmente no tecido adiposo (~90% da
MGT). Essa reserva nutricional inclui os tecidos que protegem dos
traumatismos os vários órgãos internos, assim como o volume ainda maior de
gordura subcutânea localizada por debaixo da superfície cutânea.
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As quotas proporcionais de gordura de armazenamento em homens
e mulheres são semelhantes (12% nos homens, 15% nas mulheres), porém a
quantidade total de gordura essencial nas mulheres, que inclui a gordura
específica do sexo, é quatro vezes maior que nos homens. É mais que
provável que a gordura essencial adicional seja biologicamente importante para
a procriação e outras funções relacionadas aos hormônios.
De acordo com o modelo teórico de distribuição da gordura corporal
para mulheres de BEHNKE, observa-se que, como parte dos 5 a 9% de
gordura de armazenamento de reserva específica do sexo, as mamas contribui
com aproximadamente 4,4% da massa total de gordura corporal, ou no máximo
12,5% da quantidade de gordura específica do sexo, e o restante deve
localizar-se nas regiões pélvicas, das nádegas e coxas, que contribuem
quantitativamente para as reservas adiposas das mulheres.
3.4 Gordura corporal relativa (%GC)
É a massa gorda total (MGT) expressa como porcentagem da massa
corporal total.
3.5 Massa do tecido adiposo
É a massa corporal composta de + ou – 83% de gordura mais as
suas estruturas de suporte (~2% de proteínas e ~15% de água).
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3.6 Massa livre de gordura (MLG)
A MLG consiste em todos os tecidos e substâncias residuais livres
de lipídeos, incluindo água, músculos, ossos, tecidos conjuntivos e órgãos
internos.
3.7 Massa corporal magra (MCM)
É a massa livre do gordura (MLG) mais os lipídeos essenciais que
são: 2 a 3% em homens e 5 a 8% em mulheres (LOHMAN, 1992).
3.8 Densidade corporal total (Dc)
Total da massa corporal expressa em relação ao total do volume
corporal.
3.9 Sobrepeso
É o peso corporal que excede o peso normal ou padrão de uma
determinada pessoa, baseando-se na sua altura e constituição física. Os
padrões começaram a serem estabelecidos em 1959 com a proposição de
tabelas de peso e estatura, que ainda hoje são amplamente utilizadas.
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3.10 Obesidade
É a quantidade excessiva de gordura corporal total para um dado
peso corporal, que estão fortemente associados ao aumento de fatores de risco
para a saúde, bem como dos índices de morbidade e mortalidade.
Veja a classificação de obesidade de acordo com NIDDK (1993),
apud COSTA (2001,p.28)
Tabela 1 Classificação dos níveis de obesidade
Classificação
Leve
Moderada
Elevada
Mórbida
Masculino
15-20%
20-25%
25-30%
>30%
Feminino
25-30%
30-35%
35-40%
>40%
3.11 Modelo de dois compartimentos
Refere-se a modelos de avaliação de composição corporal que
dividem o corpo em 2 partes com compartimento de gordura e sem gordura.
3.12 Modelo de multicomponentes
Modelo de composição corporal que leva em conta a variação
interindividual em conteúdo de água, mineral e proteína da massa livre de
gordura.
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3.13 Equação de predição
Fórmulas matemáticas derivadas da análise de regressão múltipla e
utilizadas para estimar medidas da composição corporal (por exemplo, %GC,
Dc, e MLG).
As equações podem ser específicas à populações, quando são
equações de predição utilizadas para estimar a composição corporal de
indivíduos de um grupo homogêneo específico (por exemplo; crianças, atletas,
obesos e etc) e equações generalizadas, quando são equações de predição
utilizadas para estimar a composição corporal de grupos heterogêneos que
variam bastante em idade, sexo, etnia, nível de gordura corporal e nível de
atividade física.
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4 MODELOS DE ANALISE DE COMPOSIÇÃO CORPORAL
Modelos teóricos são usados para obter medidas referenciais de
composição
corporal
para
desenvolvimento
de
métodos
e
equações
antropométricas, de dobras cutâneas, análise de impedância bioelétrica e
interactância de infravermelho. WANG, PIERSON & HEYMSFIELD (1992),
apud
COSTA
(2001,p.21-22)
propuseram
um
modelo
que
divide
o
fracionamento da massa corporal em cinco diferentes níveis:
-
Nível I (atômico) – compreende cerca de 50 elementos, sendo
que mais de 98 % da massa corporal total é determinada pela
combinação de oxigênio, carbono, hidrogênio, nitrogênio, cálcio e
fósforo, com os 44 elementos restantes representando menos de
2 % da massa corporal total.
-
Nível II (molecular) – divide os compostos químicos corporais,
que compreendem mais de 100.000 moléculas diferentes, em
cinco grupos: lipídios, água, proteínas, carboidratos e minerais.
-
Nível III (celular) – divide o corpo em três componentes: massa
celular total, fluídos extracelulares (incluindo plasma intra e
extracelular) e sólidos extracelulares.
-
Nível IV (tecidos, órgãos e sistemas) – são quatro as categorias
de tecidos apresentadas nesse nível: tecido conectivo, tecido
epitelial, tecido muscular e tecido nervoso. É importante ressaltar
que os tecidos adiposo e ósseo são formas de tecido conectivo.
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-
Nível V (corpo todo) – neste nível o corpo é analisado segundo
suas características morfológicas, com medidas relacionadas ao
tamanho, forma e proporções do corpo humano.
Os cinco níveis de organização do corpo fornecem uma estrutura
conceitual dentro da quais as diversas pesquisas em composição corporal
podem ser realizadas. É evidente que deve haver inter-relações dos diferentes
níveis que, se constantes, podem fornecer associações quantitativas facilitando
estimativas de compartimentos previamente desconhecidos. A compreensão
das inter-relações dos diferentes níveis de complexidade evita a interpretação
errônea de dados determinados em níveis diferentes (HAWES, 1996).
Observando a complexidade exigida em cada nível é possível
perceber que a avaliação do corpo como um todo é aquela que está mais
próxima da realidade dos profissionais que atuam na área clínica ou em testes
de campo, pois as características físicas a que se refere podem ser analisadas
a partir de medidas de estatura, massa corporal, perímetros, diâmetros e
espessura de dobras cutâneas, por exemplo, que não exigem equipamentos
sofisticados ou procedimentos laboratoriais.
Neste sentido podemos dizer que, os cientistas utilizam modelos
teóricos de composição corporal, que subdividem a massa corporal total, em
dois ou mais componente, usando-se modelos químicos, anatômicos ou fluidometabólicos. Geralmente, os modelos químicos e corpo total têm sido
amplamente utilizados na pesquisa de composição corporal.
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Gordura
Gordura
Gordura
Água
ECF
Proteínas
ICF
Tecido
Adiposo
Tecidos
moles e
músculo
lisos
MLG
Músculos
esqueléticos
ICS
Modelo de 2C
Minerais
ECS
Minerais
Modelo de 4C
Químico
Modelo de
Fluídos
Metabólicos
Modelo de 4C
Anatômico
Figura 1: Modelos de predição de dobras cutâneas de dois componentes (2C) e multicomponentes.
ECF=fluido extracelular; ICF=fluido intracelular; ICS= sólidos intracelulares; ECS= sólidos
extracelulares.
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5 MÉTODOS DE MEDIDAS DA COMPOSIÇÃO CORPORAL
De acordo com MARTIN & DRINKWATER (1991), existem três
métodos que podem ser utilizados para a determinação da composição
corporal, são eles: métodos direto, indiretos e duplamente indiretos.
5.1 Método direto
É aquele onde ocorre à separação dos diversos componentes
estruturais do corpo humano afim de pesá-los e estabelecer relações entre eles
e o peso corporal total, o que só é possível através de dissecação de
cadáveres. Desta forma podemos perceber a dificuldade de estudos
envolvendo este procedimento, o que justifica a pequena quantidade de
estudos com cadáveres e a utilização de metodologia mais acessível.
Entretanto, cabe citar dois estudos de grande relevância nesta área
que se utilizaram da metodologia direta, o de MATIEGKA (1921) e o de
DRINKWATER et alii (1984).
No estudo de DRINKWATER et alii, 1984, foram estudados 25
cadáveres, com idades variando entre 55 e 94 anos, que foram medidos e
dissecados. Este estudo foi o único onde os dados de medidas de superfície e
composições anatômicas foram coletadas nos mesmos cadáveres; o mesmo
contribuiu para a obtenção de novos dados sobre as quantidades dos tecidos e
órgãos no corpo humano adulto, relatando as quantidades destes tecidos e
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órgãos por medidas corporais externas, produzindo dados que podem ser
usados para a validação de vários métodos de estimativa da composição
corporal humana "in vivo", e para o desenvolvimento de novos métodos
antropométricos (DRINKWATER et alii, 1984). É importante ressaltar que a
utilização das equações propostas por este estudo deve ser cuidadosa no que
se refere a populações jovens, crianças e atletas, pois a amostra era composta
só por indivíduos idosos e isso pode proporcionar um erro significativo nos
resultados.
5.2 Métodos indiretos
São aqueles onde não há a manipulação dos componentes
separadamente, mas a partir de princípios químicos e físicos visam a
extrapolação das quantidades de gordura e de massa magra; estes métodos
são validados a partir do método direto.
Entre os métodos indiretos podemos citar como métodos químicos a
contagem de potássio radioativo (K40 e K42), diluição de óxido de deutério,
excreção de creatinina urinária e etc., com relação aos métodos físicos os mais
conhecidos são o ultra-som, o raio-x, o raio-x de dupla energia, a ressonância
nuclear magnética e a densimetria. Entre estes, a pesagem hidroestática tem
sido considerada como referencia para a validação de métodos duplamente
indiretos. Ela é baseada no princípio de Arquimedes, onde um corpo quando
mergulhado em água desloca um volume de água igual ao seu próprio volume.
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AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
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Devido
à
necessidade
de
técnicos
altamente
treinados
e
equipamentos laboratoriais caros, a determinação da composição corporal por
pesagem hidrostática é raramente utilizada em situações de campo. A
alternativa mais comum é o uso de algumas formas de métodos
antropométricos. Estes incluem proporções peso-estatura, circunferências
corporais e medidas de dobras cutâneas (BAUMGARTNER & JACKSON,
1995).
5.3 Métodos duplamente indiretos
São aqueles validados a partir de um método indireto, mais
comumente
a
densimetria.
Temos
como
mais
utilizados
a
técnica
antropométrica e a impedância bioelétrica.
Medidas antropométricas são aplicáveis para grandes amostras e
podem proporcionar estimativas nacionais e dados para a análise de mudanças
seculares, este método pode incluir medidas de peso, estatura, perímetros
corporais, diâmetros ósseos e espessura de dobras cutâneas, sendo esta
última a mais utilizada quando o objetivo é predizer a quantidade de gordura
corporal.
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6 TÉCNICAS DE MEDIDA DA COMPOSIÇÃO CORPORAL
Para analise da composição corporal podem-se empregar técnicas
com procedimentos de determinação direta, indireta e duplamente indireta. Nos
últimos anos, os recursos indiretos de maior destaque envolvem a técnica da
densiometria, espectrometria e da absortometria radiológica de dupla energia.
Contudo, não se pode ignorar a existência de outros métodos igualmente
importantes, como a ultrasonografia, a tomografia axial computadorizada, a
ressonância magnética ativa.
6.1 Técnicas diretas de medidas para analise da composição
corporal
As técnicas diretas de analise da composição corporal são aquelas
em que o avaliador obtém informações “in loco” dos diferentes tecidos do
corpo, mediante dissecação macroscópica ou extração lipídica. Apesar da
relevância e precisão, esse procedimento implica incisões no corpo, o que
limita sua utilização a laboratórios e cadáveres humanos.
6.2 Técnicas indiretas de
composição corporal
medidas
para
analise
da
As principais técnicas indiretas utilizadas na analise da composição
corporal são a pesagem hidrostática, Plestismografia de Deslocamento de Ar e
a Absorção Radiológica de Dupla Energia (DEXA).
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6.2.1 Pesagem hidrostática
A pesagem hidrostática, também conhecida como densiometria, é
um dos meios mais comuns para estimar a composição corporal em locais de
pesquisa e é freqüentemente utilizada como método de critério para avaliar o
percentual de gordura corporal. Um método de critério fornece o padrão com os
quais outras metodologias são comparadas, baseia-se no princípio de
Arquimedes, onde:
“Todo corpo mergulhado num fluído (liquido ou gás) sofre, por parte do
fluido, uma força vertical para cima, cuja intensidade é igual ao peso do
fluido deslocado pelo corpo”.
Assim, quando um corpo é pesado dentro da água é possível obter
seu volume e através da relação entre massa e volume, calcula-se sua
densidade. Ao realizar esse procedimento, uma pessoa entra em um taque de
água norma, submerge abaixo da superfície da água e então expira
completamente,
enquanto
técnicos
registram
seu
peso.
Como
esse
procedimento envolve adaptação ao meio líquido, são realizadas de 8 a 12
pesagens submersas, sendo que é utilizada na fórmula a média das três
maiores médias.
23
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Figura 2 Pesagem hidrostática.
Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa
A determinação do volume se dá pela diferença entre o peso
corporal do indivíduo fora da água e completamente submerso na água.
Considerando que corpos mais densos que a água tendem a afundar e menos
densos tendem a flutuar, quanto mais pesado for um corpo dentro da água em
relação a um mesmo volume, maior a sua densidade.
A seguir há orientações que ajudarão a garantir uma avaliação mais
precisa da composição corporal utilizando técnica de pesagem hidrostática:
-
Não coma dentro de 4h antes do teste;
-
Urine e defeque antes do teste;
-
Vista menos roupa possível. Remova qualquer bolha de ar
presas na roupa antes da pesagem;
-
Expire completamente enquanto estiver submerso.(isso exigirá
prática da parte da maioria dos indivíduos!);
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24
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-
Permaneça o mais imóvel possível enquanto estiver submerso a
fim de aumentar a precisão;
Como a densidade da água sofre alterações em função da
temperatura ou de impurezas e a densidade corporal é influenciada pelo
volume de ar pulmonar e pelo ar que permanece no aparelho gastrointestinal, o
calculo da densidade corporal deve levar em consideração todas essa
variáveis, sendo realizado através da seguinte relação:
Dc(g/ml)=Pa/((Pa/Ps)/Da)-(VR+VGI)
Onde:
Pa = Peso do indivíduo fora da água (g)
Ps = Peso do indivíduo completamente submerso (g)
Da = Densidade da água na temperatura vigente (g/ml)
VR = Volume Residual (ml)
VGI = Volume Gastrointestinal = 100 (BUSKIRK, 1961)
O VR representa a quantidade de ar presente nos pulmões após a
expiração máxima. O volume residual se mede normalmente pela técnica da
lavagem de nitrogênio em circuito aberto ou pelos métodos do circuito fechado
de oxigênio ou da diluição do hélio. O volume residual também poderia ser
estimado a partir dos valores encontrados na media da população,
considerando sexo, idade e altura ou através de uma percentagem estimada da
capacidade vital (aproximadamente 25 a 30%). Se o VR de uma grande
população tiver sido medido pelos três métodos (média percentual real; valor
baseado na idade, sexo e altura ou capacidade vital), pode-se observar pouca
variação entre os resultados encontrados.
25
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Na determinação da densidade corporal, caso se empregue uma
estimativa do VR, recomenda-se a utilização das seguintes equações:
Homens:
VR = 0,0115(idade em anos) + 0,019(estatura) - 2,24(BOREN et alii, 1966)
Mulheres:
VR = 0,021(idade) + 0,023(estatura) - 2,978
Deve-se também levar em conta a densidade da água na equação
para determinar a densidade corporal. A densidade da água varia com a
temperatura e requer um fator de conversão padronizado. Para o maior
conforto do indivíduo, recomenda-se realizar a pesagem hidrostática a
temperatura entre 32 e 35°C.
Tabela 2 Relação entre temperatura da água e densidade
Temperatura °C
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
Densidade (g/ml)
0,9965
0,9963
0,9960
0,9957
0,9954
0,9951
0,9947
0,9944
0,9941
0,9937
0,9934
0,9930
Apesar de a densidade da água representar um elemento importante
a ser determinada, sua variação muito discreta dentro desta faixa de
temperatura usada para a pesagem hidrostática torna este efeito desprezível,
como erro no cálculo da densidade corporal.
26
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O grau de precisão considerado aceitável, na determinação do VR,
depende do equipamento e da técnica utilizada e do objetivo do teste
(screening ou pesquisa). Uma vez calculada a densidade corporal, podemos
converter este valor em porcentagem de gordura, que, em última análise, é o
resultado que mais nos interessa quando realizamos avaliações da composição
corporal. Esta conversão pode utilizar o modelo de dois componentes, equação
SIRI(1961) ou BROZEK (1963), para estimativa da composição corporal de
jovens e adultos de raça branca, para outras populações devem-se utilizar o
modelo de multicomponentes com equações específicas, para sexo, idade,
quantidade de gordura e etc.
Embora esta técnica apresente valores de densidade corporal muito
precisos, somente indivíduos com razoável adaptação ao meio aquático podem
ser submetido aos seus procedimentos, o que limita enormemente sua
utilização em analises rotineiras da composição corporal.
6.2.2 Plestismografia de deslocamento de ar
Este é um método relativamente recente para avaliação da
composição corporal, com a vantagem de ser simples, seguro e requerer uma
cooperação mínima do sujeito avaliado. Porém, exigindo equipamento
complexo, sofisticado e de alto custo. A principal vantagem desse método em
comparação à pesagem hidroestática é que essa técnica é mais rápida e
produz menos ansiedade para muitos indivíduos. A principal desvantagem é o
custo dos equipamentos técnicos necessários para realizar as medições.
27
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A avaliação através da pletismografia consiste de uma câmara cujo
modelo mais utilizado na atualidade é o BOD POD©-Body Composition System
(LIFE MEASUREMENT INSTRUMENTES, 1997).
Figura 3 Pletismografia.
Fonte: CD-ROM avaliação da composição corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa
Este modelo é constituído em fibra de vidro, contendo janela de
acrílico, com assento em seu interior para o avaliado se acomodar, e porta com
dispositivos eletromagnéticos para o seu fechamento. No interior da câmara o
volume aproximado é de 450 litros, constituindo um ambiente confortável para
o sujeito testado. Através de um software específico, instalado em um
microcomputador conectado à câmara, são determinadas variações de
volumes de ar e de pressão em seu interior, com a câmara desocupada e com
o avaliado, além de variáveis pulmonares necessárias às estimativas do
volume corporal (GUEDES & GUEDES, 1998).
Os procedimentos da plestimografia têm como base a aplicação da
lei de deslocamento de ar de Boyle (GARROW et alii, 1979). Normalmente,
28
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durante uma transformação gasosa, a pressão, o volume e a temperatura
variam. Mas, sob determinadas condições, onde se variando a pressão e o
volume a temperatura do gás permanece constante. Assim, ROBERT BOYLE
(1627-1691), físico e químico irlandês, estabeleceu a seguinte relação:”sob
temperaturas constante, a pressão de um gás [é inversamente proporcional ao
seu volume”. Isto equivale a dizer que um ambiente fechado de temperatura
constante, se dobrarmos o volume do gás sua pressão se reduzirá à metade;
ou se reduzir seu volume a um terço, sua pressão triplicara, o que pode ser
representado pela expressão: P1.V1=P2.V2
Por esse raciocínio, ao introduzir o avaliado em câmara fechada e
isolada do meio exterior em condições isotérmicas, com pressão (P1) e volume
(v1) de ar em seu interior previamente conhecido, a quantidade de ar
comprimida em razão do espaço ocupada por sua massa corporal deverá
diminuir o volume de ar existente na câmara em proporção idêntica ao aumento
da pressão interna. Ao se determinar a nova pressão interna (P2) com o
avaliado dentro da câmara, torna-se possível estimar o volume (V2) do ar em
seu interior mediante utilização da relação P1.V1=P2.V2. Por subtração de
ambos os volumes de ar no interior da câmara (V1 e V2), corrigido pelo ar dos
pulmões computado automaticamente por sistema de análise respiratória
acoplada ao avaliado, determina-se o volume corporal.
Uma vez determinada o volume corporal, é possível obter-se a
densidade corporal através da relação entre a massa corporal e seu volume.
29
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Dc(kg/l)=Massa Corporal(kg)/Volume corporal (l)
6.2.3 Absorção radiológica de dupla energia (DEXA)
A densiometria com emissão de raios-X de dupla energia (DEXA) é
considerada uma técnica avançada para medir a densidade do osso e avaliar a
composição corporal. Utilizada como rotina no diagnóstico da osteoporose,
analisa o conteúdo mineral ósseo de coluna lombar e fêmur proximal, dois
principais sítios de fraturas. Além disso, é um procedimento que vem sendo
utilizado para quantificar massa magra e massa gorda em segmentos isolados
e corpo total (BLAKE, 1997).
O princípio básico do DEXA é a utilização de uma fonte de raio-X
com um filtro que converte um feixe de raio-X em picos fotoelétricos de baixa
energia que atravessam o corpo do paciente. A obtenção da composição
corporal é feita através da medida de atenuação dos picos fotoelétricos no
corpo. Os maiores fabricantes dos equipamentos DEXA são Norland, Lunar e
Hologic (BONNICK, 1998).
O rastreamento para corpo total requer aproximadamente 5 minutos
e a exposição à radiação é de 0,05 a 1,5 mrem, dependendo do instrumento.
Em termos comparativos, a radiação recebida em raio-X de tórax é de
aproximadamente 25 a 270 mrem. A medida é feita com o indivíduo em
decúbito dorsal, através de uma série de varreduras transversais a partir da
30
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cabeça até o pé, para se obter o rastreamento. Não é preciso nenhum preparo
ou requisitos especiais para a execução do exame.
Figura 4 DEXA.
Fonte: CD-rom avaliação da composição corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa
A nomenclatura aplicada à técnica inclui; conteúdo mineral ósseo
(BMCT), densidade mineral óssea total (BMDT), massa magra sem tecido
ósseo (LEAN), massa gorda (FAT), partes moles (LEAN+FAT) e partes moles
sem gordura (LEAN+BMC)(LOHMAN, 1996).
A Padronização da nomenclatura em português ainda é deficitária. O
calculo de massa mineral óssea (g), do conteúdo mineral ósseo (g/cm) e da
densidade óssea (g/cm²) pode ser obtido através do DEXA. Nestes cálculos, as
medidas expressas em relação a cm e cm² são ajustadas para a larguras e
áreas, respectivamente, das partes do esqueleto que são rastreadas.
A estimativa do conteúdo de gordura em massa magra sem tecido
ósseo é derivada a partir de uma constante de atenuação de gordura pura (Rf)
31
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e de massa magra sem osso (RI). A Rf é 1,21 para gorduras puras, usando
raios-X de energia de 40 Kv e 70 Kv. HEYMSFIELD et alli (1994), mediram seis
elementos químicos em 11 homens por ativação de nêutrons.
Eles relataram um valor de 1,18 para Rf, similar ao Rf teórico
calculado a partir dos elementos medidos era 1,399+/- 0,002. Dado a
Constancia próxima destes dois valores de indivíduo para indivíduo, segue que
a razão da atenuação da menor energia relativa para a maior energia em
partes moles (Rst), para raios-X de baixa e alta energia, é uma função de
proporção de gordura (Rf) e massa magra (RI) em cada pixel. A partir de Rst, a
fração de partes moles como massa magra é dada pela equação:
Rst=(Rst-Rf)/(RI-Rf)
A forma, portanto, para calcular massa gorda e massa magra é a
resolução das duas equações, usando valores conhecidos de Rf e RI. Algumas
suposições devem ser adotadas para a obtenção da composição corporal,
sendo uma delas o efeito da variação da água do corpo total e a outra, a
espessura do indivíduo examinado.
A medida de massa gorda por Dexa presume que o compartimento
magro contém uma fração de água (73,2%). Erros sistemáticos podem ser
esperados em relação à composição corporal em determinadas condições
clínicas, já que a água do corpo varia a partir deste valor (HERD et alli, 1993).
Em relação á espessuras do corpo, estudos têm mostrado que quando esta
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
32
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excede 20 a 25 cm, tanto massa gorda quanto massa magra apresentam
valores superestimados, observando-se erro e imprecisão aumentados quando
comparados a indivíduos com espessura corporal menor que 20 cm (LOHMAN,
1996).
Atualmente, a informação sobre composição corporal é de grande
interesse para estudos de consumo de energia, estoque de energia, massa
protéica, posição mineral do esqueleto, definir hidratação relativa, e em estudos
de crescimento e desenvolvimento (FOEMICA et alli, 1993).
Quando comparada a outros métodos para avaliar composição
corporal (medida de dobras cutâneas, impedância bio-elétrica, espectrometria e
pesagem hidrostática), o DEXA é considerado um procedimento um
procedimento não evasivo, não traumático, altamente preciso e reprodutivo
(GUTIN, 1996), que permite a medida compartimental e proporcionam uma
avaliação longitudinal de um indivíduo com maior segurança, rapidez e baixo
custo. Já vem sendo empregada em pesquisas médicas, experimentais e
clinicas, inclusive no Brasil. A sua utilização efetiva na prática clinica virá dos
estudos comparativos de diferentes métodos.
6.3 Técnicas duplamente indiretas
As técnicas duplamente indiretas utilizadas na avaliação da composição
corporal utiliza-se de equações de predição baseadas nas medidas antropométricas,
impedância bioelétrica e a interactância de infravermelho.
33
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
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7 ANTROPOMÉTRIA
A antropometria é o método mais utilizado para avaliação da
composição corporal pela sua aplicabilidade tanto no laboratório como no
campo, na área clínica e em estudos populacionais. Sendo que sua relativa
simplicidade e o baixo custo dos equipamentos contribuem para sua
popularidade.
Através
de
medidas
antropométricas
é
possível
fazer
acompanhamento de crescimento morfológico, bem como de alterações de
medidas corporais decorrentes da prática de exercícios físicos e dietas,
proporcionando dados de grande valia para os profissionais que atuam nestas
áreas.
Este acompanhamento pode ser realizado simplesmente pela
observação da alteração das medidas em valores absolutos ou através da
utilização das mesmas em modelos matemáticos que têm a finalidade de
estimar as quantidades dos diferentes componentes corporais: massa
muscular, óssea, gorda e residual.
No método antropométrico destacam-se várias técnicas (protocolos),
que podem ser dividas em: índices antropométricos, técnicas que utilizam a
espessura
de
dobras
cutâneas,
técnicas
que
utilizam
medidas
de
circunferência e técnicas mistas que combinam dobras, cutâneas com medidas
de circunferência e diâmetros ósseos.
34
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
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7.1 Técnicas que utilizam dobras cutâneas
Ao longo dos anos, o método de medidas de dobras cutâneas (DOC)
tem sido largamente utilizado para estimar a gordura corporal total em
situações de campo e clinicas.
Como forma de definição podemos dizer que dobra ou prega
cutânea, é uma medida que visa avaliar, indiretamente, a quantidade de
gordura contida no tecido celular subcutâneo e, a partir daí, podermos estimar
a proporção de gordura em relação ao peso corporal do indivíduo.
De acordo com FERNANDES (2003, p.48):
“A mensuração das pregas cutâneas, por ser uma técnica simples,
pouco onerosa e de fácil manuseio e, sobretudo, por apresentar alta
fidedignidade, correlaciona-se otimamente com técnicas mais
sofisticadas, tem sido o método
preferido dos pesquisadores na
área do exercício físico e nos esportes”.
A base lógica para as mensurações das pregas cutâneas com a
finalidade de estimar a gordura corporal total reside no fato de existir uma
relação entre a gordura localizada nos depósitos adiposos existentes
diretamente debaixo da pele e essa está diretamente relacionada com a
gordura total.
As medidas das espessuras de dobras cutâneas em determinados
locais do corpo podem ser um bom subsidio para a predição da quantidade de
gordura corporal. McARDLE, KATCH & KATCH (1992, p.48)
35
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
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Essa metodologia é passível de ser utilizada em pesquisas
epidemiológicas de grande escala e na avaliação nutricional. Além disso,
medidas de DOC podem ser usadas para estabelecer perfis antropométricos.
As mensurações das dobras cutâneas poderão proporcionar
informação bastante constante e significativa acerca da gordura corporal e de
sua distribuição. A medida da espessura de dobras cutâneas pode ser utilizada
basicamente de duas maneiras.
A primeira consiste em somar os escores como uma indicação do
grau relativo de adiposidade entre os indivíduos. A segunda maneira é em
combinação com equações matemáticas destinadas a predizer a densidade
corporal ou o percentual de gordura corporal.
7.1.1 Pressupostos da técnica de dobras cutâneas
De acordo com HEYWARD & STOLARCZYK (2000,p.14), os
pressupostos da técnica de dobra cutânea são:
- A DOC é uma boa medida da gordura subcutânea: a DOC é
uma medida da espessura de duas camadas de pele e a gordura
subcutânea adjacente. Pesquisas demonstraram que a gordura
subcutânea, avaliada pelo método de DOC em doze locais, é
similar ao valor obtido nas imagens de ressonância magnética
(MRI). Entretanto, em alguns locais específicos, medidas de DOC
36
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
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acusaram quantidades de gordura significativamente menores
comparadas às medidas obtidas diretamente da MRI.
- A distribuição da gordura subcutânea e interna é similar para
todos os indivíduos do mesmo sexo: a validade deste
pressuposto é questionável. Sujeitos mais velhos de um mesmo
sexo e densidade corporal tem proporcionalmente menos gordura
subcutânea que seus pares mais jovens. Além disso, o nível de
gordura corporal afeta a quantidade relativa de gordura localizada
internamente e sob a pele. Indivíduos magros têm uma proporção
mais alta de gordura interna e a proporção de gordura localizada
internamente diminui à medida que a gordura corporal total
aumenta.
- Devido
à
existência
de
uma
relação
entre
gordura
subcutânea e gordura corporal total, a soma de várias dobras
cutâneas pode ser utilizada para estimar a gordura corporal
total: pesquisas estabelecem que as espessuras das dobras
cutâneas em diversos locais medem um fator comum de gordura
corporal. Estabelece-se que aproximadamente um terço da
gordura da gordura corporal total está localizada sob a pele nos
homens e nas mulheres. Entretanto, existe uma variação
biológica considerável nos depósitos de gordura subcutâneo,
intramuscular e dentro dos órgãos internos, assim como nos
lipídeos essenciais na medula óssea e no sistema nervoso
central. A variação biológica na distribuição da gordura é afetada
por idade, sexo e grau de obesidade. Portanto, esses fatores
37
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
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precisam ser considerados ao se desenvolver equações de
predição para estimar a gordura corporal relativa.
7.1.2 Princípios da técnica de dobras cutâneas
- Há uma relação entre a somatória das DOC e a densidade
corporal (Dc): essa relação é linear em amostras homogêneas
(equações de DOC para grupos populacionais específicos) e nãolinear em uma grande variação de Dc (equações generalizadas
de DOC) tanto para homens como para mulheres. Uma reta de
regressão linear, representando a relação entre o somatório de
DOC e Dc, irá dispor bem os dados apenas dentro de uma
estreita faixa de valores de gordura corporal. Assim, usar uma
equação específica a um grupo populacional para estimar a Dc de
clientes não-representativos dos grupos utilizados originalmente
para desenvolver a equação pode levar a uma estimativa inexata
da Dc desses clientes.
- A idade é uma variável de predição independente da Dc tanto
para homens como para mulheres: usar a idade e a expressão
quadrada da soma das dobras cutâneas resulta em uma maior
variação na Dc de uma população heterogênea em relação ao
uso da somatória de Doc sozinha.
38
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
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7.1.3 Fontes de erro de medida
A validade e fidedignidade das medidas de DOC e do método de
DOC são afetadas por: Habilidade do avaliador, tipo de adipômetro, fatores do
sujeito e equação de predição utilizada para estimar a gordura corporal.
A exatidão teórica das equações de DOC para predizer a DC é
0,0075g/cm³ ou 3,3%GC devido à variabilidade biológica em estimar a gordura
subcutânea através da espessura de DOC e diferenças interindividuais na
relação entre a gordura subcutânea e a gordura corporal total. Portanto, erros
de predição ≤ 3,5% GC ou ≤ 0,008 g/cm³ para as equações através da
espessura de DOC são aceitáveis, porque uma parte desse erro é atribuída ao
método de referência.
Entre os principais fatores de erros temos:
– Habilidade do avaliador;
– Tipo de adipômetro;
– Fatores individuais;
– Equações de predição
7.1.3.1
Habilidade do avaliador
Uma grande fonte de erro em medidas de DOC é a variabilidade
existente entre os avaliadores. Aproximadamente de 3 a 9% da variabilidade
39
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
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em medidas de DOC podem ser atribuídas a erro de medida devido a
diferenças entre avaliadores.
O tamanho do erro entre avaliadores depende do ponto que está
sendo medido, com erros maiores reportados para as dobras cutâneas
abdominal (5,7%) e da coxa (7,1%) comparados aos locais de DOC tríceps
(~3,0%), subescapular (~3,0 a 5,0%) e supra-íliaca (~4,0%).
A objetividade, ou fidedignidade entre avaliadores, é aumentada
quando estes seguem procedimentos de testes padronizados, praticam
tomadas de DOC juntos e marcam o local da DOC.
Para aumentar a habilidade do avaliador de dobras cutâneas
recomendamos os seguintes procedimentos, elaborados por peritos na área
como POLLOCK & LOHMAN:
- Ser meticuloso ao localizar os pontos anatômicos usados para
identificar o local da DOC, ao medir distância e ao marcar o local
com uma caneta marcadora cirúrgica;
- Ler o mostrador do adipômetro em seu 0,1mm mais próximo;
- Tomar um mínimo de duas medidas para cada local. Se os
valores diferirem em mais de 10%, tomar medidas adicionais;
- Tomar medidas de DOC em uma ordem rotativa (circuitos), em
vez de leituras consecutivas em cada local;
40
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- Tomar medidas de DOC, quando a pele do cliente estiver seca e
sem loções;
- Não medir DOC imediatamente após o exercício, porque a
mudança dos fluidos corporais para a pele tende a aumentar o
tamanho da DOC;
- Praticar as medidas de DOC de 50 a 100 clientes;
- Procurar treinamento adicional em workshops realizados em
conferências estaduais, regionais e nacionais.
Como se pode calcular são necessárias muita prática e paciência
para se formar um avaliador de DOC habilidoso. Em certos casos, mesmo
avaliadores altamente habilidosos não estão aptos a medir a espessura da
DOC em indivíduos extremamente obesos ou altamente musculosos. Nesses
casos, métodos alternativos, como o BIA, podem ser utilizados para avaliar a
gordura corporal.
7.1.3.2
Tipo de adipômetros
Tanto os adipômetros de metal de alta qualidade como os plásticos
podem ser utilizados para medir a espessura das DOC. O custo dos
adipômetros varia, dependendo dos materiais utilizados em sua confecção
(mental e plástico) e a precisão e exatidão de sua escala de medida.
Os modelos mais conhecidos são os da “SANNY”, “CESCORF”,
"LANGE" e "HARPENDER". Esses aparelhos possuem características
41
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especiais, sendo a mais importante a que faz com que esses apresentem uma
pressão constante de preensão, independente da abertura do aparelho. Essa
pressão é de aproximadamente 10 g/mm². Sua precisão de medida é de 0,1
mm no caso do Harpender, Cescorf e o Sanny e 0,5 mm no Lange.
Figura 5 Modelos de adipômetros mais utilizados
COSTA, STEFANONI & BÖHME (2001) que realizaram um estudo
comparativo de diferentes compassos de dobras cutâneas utilizando as
equações de PETROSKI (1995) – PE95 , JACKSON, POLLOCK & WARD
(1980) – JPW80 , DURNIN & WOMERSLEY (1974) – DW74 e concluíram que,
não houve diferença estatisticamente significativa entre os compassos para
nenhuma das dobras avaliadas, bem como para nenhuma das equações
utilizadas. Com isso concluíram que os quatro compassos podem ser
utilizados, independentes do protocolo utilizado para avaliação.
Dado que o tipo de adipômetro pode ser uma fonte potencial de erro
de medida, nós recomendamos que:
- Se use o mesmo adipômetro ao monitora mudanças na
espessura das DOC.
- Checagem periódica da exatidão do adipômetro.
42
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7.1.3.3
Fatores individuais
A variabilidade em medidas de DOC entre indivíduos pode ser
atribuída não apenas à diferença na quantidade de gordura subcutânea no
local, mas à diferença na espessura da pele, compressibilidade do tecido
adiposo, manuseio e nível de hidratação.
A variabilidade interindividual na espessura da pele (0,5 a 2mm) é
pequena e não contribui substancialmente para o erro total da medida de
espessura da DOC. Entretanto, variação na compressibilidade da DOC pode
ser um importante fator limitante do método de DOC.
7.1.3.4
Equações de predição de dobras cutâneas
Para evitar erros acentuados é muito importante, quando da escolha
de uma equação, verificar com base em que população ela foi elaborada:
homens, mulheres, crianças, jovens, idosos, indivíduos ativos, atletas, etc. Com
relação a atletas, cabe ressaltar que existem equações para diversas
modalidades esportivas. É necessário levar-se em consideração que estas
equações normalmente vêm de outros países, o que também pode causar
equívocos com relação aos resultados (COSTA, 1996).
Tendo em vista a necessidade de minimizar os erros de predição
das equações existentes, são encontrados numerosos estudos para testar a
43
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validade destas equações propostas para grupos específicos ou grupos
populacionais em diferentes localidades.
Para selecionar a equação mais apropriada é importante avaliar a
validade relativa dos métodos de campo e equações de predição da
composição corporal. As seguintes perguntas devem ser analisadas:
- Qual foi o método de pesquisa utilizado para desenvolver a
equação? A medida de referência estimada por equações de
predição varia dependendo do método de campo utilizado.
- Qual o tamanho da amostra utilizada para desenvolver as
equações de predição? Qual a proporção entre o tamanho da
amostra e o número de variáveis preditivas na equação?
Geralmente, amostras grandes (N = 100 a 400) e aleatórias são
necessárias para assegurar que os dados são representativos
para aquela população para a qual a equação foi desenvolvida.
- Qual foi o valor Rmc e o erro padrão da estimativa (EPE) para
essa equação? Quanto maior o Rmc (até o valor máximo de
1,00), maior a correlação. HEYWARD & STOLARCZYK (2000,
18) apresenta a seguinte tabela dos valores de avaliação de erros
de prognóstico (EPE)
44
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Tabela 3 Padrões de avaliação de erros de prognóstico (EPE).
Fonte: LOHMAN (1992, 3-4)
EPE %GC masc.
e fem
EPE Dc (g/cm³)
masc. e fem.
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
5,0
0,0045
0,0055
0,0070
0,0080
0,0090
0,0100
0,0110
EPE MLG (kg)
Masc.
Fem.
2,0-2,5
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
>4,5
1,5-1,8
1,8
2,3
2,8
2,8
3,6
>4,0
Escala Subjetiva
Ideal
Excelente
Muito bom
Bom
+/- Bom
Razoável
Ruim
- Para quem essa equação de predição é aplicável? Para
responder a essa questão, é necessário prestar atenção às
características físicas da amostra usada para derivar a equação.
Fatores como idade, sexo, raça nível de gordura e nível de
atividade
física
devem
ser
examinados
cuidadosamente.
Equações de predição podem ser generalizadas ou específicas a
grupos populacionais. Equações específicas devem ser usadas
apenas para estimar a variável de indivíduos de um grupo
homogêneo específico.
- Como as variáveis foram medidas pelos pesquisadores que
desenvolveram a equação de predição? Não é apenas
importante saber quais variáveis foram incluídas em uma
equação de predição, mas também como cada uma dessas
variáveis foi medida pelos pesquisadores que desenvolveram a
equação.
- A validade da equação de predição foi investigada em uma
amostra da população (validação cruzada)? A fim de
determinar a validade ou precisão de estimativa de uma equação
45
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
Leonardo de Arruda Delgado
de composição corporal, é necessário que ela seja testada em
outras amostras da população.
- Qual foi o valor da correlação (ry,y’,) entre a medida referência
(y) e a prevista (y’) (coeficiente de validade)? Qual foi o valor
do EPE quando a equação foi aplicada na amostra de
validação cruzada? Em geral, uma equação com boa precisão
deve ter um coeficiente de validade moderadamente alto (ry,y’,>80)
e um EPE aceitável.
- O valor predito médio foi similar ao valor de referência médio
para a amostra de validação cruzada? A equação de predição
deve gerar médias de predição comparáveis ás medidas de
referência. Isso é testado usando-se o teste-t pareado. As duas
médias não devem diferir significativamente. Uma grande
diferença entre as médias de predição e de referência indica que
há diferença sistemática (subestimada ou superestimada) entre
as amostras de validação e de validação cruzada, devido a erro
técnico ou variabilidade biológica (LOHMAN, 1981)
- Qual foi o erro total (E) da equação? “E” representa o desvio
médio dos valores individuais da reta de identificação. Quando
uma equação prevê com boa precisão os valores de identidade
com um pequeno grau de desvio ao longo da reta.
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
46
Leonardo de Arruda Delgado
7.1.4 Equações de regressão
São apresentadas na literatura dezenas de equações de predição de
densidade ou de gordura corporal a partir da medida da espessura de dobras
cutâneas. Para desenvolver equações de predição de composição corporal,
pesquisadores comumente usa uma técnica estatística chamada regressão
múltipla. Esta técnica permite aos pesquisadores identificar uma equação que
usa a melhor combinação de variáveis de medida para predizer as medidas de
referência da composição corporal, como Dc ou MLG.
Boas equações de predição apresentam uma alta correlação
(denominada de coeficiente de correlação múltipla ou Rmc) entre a medida de
referência (que está sendo predita) e a combinação das variáveis medidas
usadas para predizê-la (variáveis de predição).
O valor da medida de referência é estimado com uma pequena
margem de erro (erro padrão da estimativa ou EPE), significando que o valor
predito para o indivíduo está perto do valor para a medida de referência
daquele indivíduo. A linha ajustada através dos pontos dos dados é a linha de
melhor ajuste (linha de regressão).
Quando o erro padrão de estimativa é pequeno, os pontos dos
dados não se desviam muito da linha de melhor ajuste. Na verdade, se uma
equação prediz cada valor de referência perfeitamente, todos os pontos dos
dados vão cair ao longo de curva de melhor ajuste.
47
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
Leonardo de Arruda Delgado
Para utilizar uma equação de predição, os valores individuais para
cada variável preditora devem ser multiplicados pela sua respectiva constante.
Todos os produtos são somados para levar a um valor de predição para aquele
indivíduo. As constantes (pesos de regressão) para as variáveis de predição
são obtidas através da análise de regressões múltiplas.
Uma boa equação tem pesos de regressão estável, significando que
seus valores não mudam muito de grupo para grupo. Para obter pesos de
regressão estáveis o pesquisador deve usar um número grande de sujeitos (a
amostra de validação cruzada) e comparando esses pesos de regressão com
aqueles obtidos da amostra original (amostra de validação). Para estabelecer a
aplicabilidade da equação de predição a outras amostras independentes da
população, devem ser executados procedimentos de validação cruzada
adicionais.
Estas equações são desenvolvidas usando-se tanto modelos de
regressão linear (através de propostas com base em estudos de grupos
homogêneos e populacionais específicos) quanto quadráticos (generalizadas,
quando desenvolvidas a partir de estudos populacionais com grupos
heterogêneos).
As primeiras equações de regressão para a composição corporal
que empregavam as técnicas antropométricas foram publicadas em 1951 por
BROZEK & KEYS, que usuram as dobras corporais e equações específicas,
para avaliar a densidade corporal de homens jovens e de meia idade.
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
48
Leonardo de Arruda Delgado
No início da década de 60, LOAN e col. & YOUNG e col., publicaram
equações semelhantes para mulheres de grupos etários selecionados. Tais
equações foram desenvolvidas a partir de varias combinações de medidas de
dobras cutâneas. De meados da década de 60 até a década de 70, numerosos
pesquisadores publicaram outras equações para homens e mulheres. Os
objetivos destas pesquisas eram produzir equações mais precisas. Além das
medidas de dobras cutâneas e de diversas circunferências corporais, bem
como em algumas situações, os diâmetros ósseos foram usados como
variáveis independentes.
Essas pesquisas levaram ao desenvolvimento de equações
específicas, as quais mostraram que fatores como idade e sexo representam
fontes importantes de variações de densidade corporal. As diferenças na
densidade corporal entre homens e mulheres podem ser amplamente
reputadas à variabilidade no tecido adiposo dito essencial. Além disso, as
equações de populações específicas para o sexo tornaram-se importantes, em
decorrência das diferenças na distribuição do tecido adiposo subcutâneo para
homens e mulheres.
As equações desenvolvidas a partir de indivíduos mais jovens
subestimavam a densidade corporal de indivíduos mais velhos. O emprego de
equações específicas para um dos sexos em indivíduos pertencentes ao outro
sexo produz um erro sistemático na avaliação de cerca de 0,025 g/ml (11% de
gordura). Os achados das pesquisas com equações para populações
49
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
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específicas mostraram que o sexo, a idade, o grau de gordura corporal e em si
tratando de crianças do nível de maturidade sexual, precisam ser considerados
na avaliação antropométrica da densidade corporal.
A tendência mais recente tem sido desenvolver equações mais
gerais, em vez de equações específicas para determinadas populações. Estas
últimas oferecem estimativas valiosas para os indivíduos representativos das
populações por elas definidas.
DURNIN & WORMERSLEY (1974) foram os primeiros a considerar a
abordagem generalizada. Estes autores publicaram equações representadas
por uma única curva comum, mas que podia ser ajustada para levar em conta a
idade.
JACKSON
&
POLLOCK
(1978-1980)
publicaram
equações
generalizadas para homens e mulheres adultos. As pesquisas destes últimos
autores representam uma extensão do trabalho de DURNIN & WORMERLEY,
tendo sido realizadas para superar algumas das limitações associadas às
equações para populações específicas, acrescentando o fator idade à equação
para a estimativa das alterações potenciais na razão entre gordura externa e
interna e densidade óssea.
50
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
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7.1.4.1
Equações de PARIZKOVA (1961)
PARIZKOVA utilizou a tomada das dobras cutâneas triciptal no
braço esquerdo e a subescapular no braço direito, dividindo a determinação do
percentual de gordura em função do sexo e da faixa etária, preconizando os
intervalos de 9 a 12 anos e 13 a 16 anos.1
E desenvolve equações de uma e de duas dobras, para predizer a
densidade corporal deste grupo. Os três grandes problemas com a técnica de
PARIZKOVA são:
-
A medida a dobra cutânea de tríceps no braço esquerdo, que
corresponde uma medida não padronizada;
-
Não levar em conta o nível de maturidade sexual; e a
-
Utilização de um modelo de dois componentes, com a densidade
da MLG igual a 1,10 g/cm³.
No entanto, o terceiro problema pode ser amenizado, utilizando-se
equações, baseadas em modelos de multicomponentes de conversão de
densidade corporal para %GC, encontradas em HEYWARD & STOLARCZYK
(2000,14), já que segundo POLLOCK (1993, 324), as equações possuem um
fator de correlação aceitável entre (0,81 a 0,92) de densidade corporal.
1
CARNAVAL 1997,57
51
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MENINAS DE 9 A 12 ANOS
DC= 1,088 - 0,014 (log10 TR)-0,036 (log10 SE)
Dc=1,079-0,043Log10(SE)
%GC= [(5,35/Dc)-4,95]x1002
Este estudo foi realizado em 56 meninas na faixa etária de 9 a 12
anos, o erro padrão estimado (EPE) da equação foi calculado em 0,012 g/ml e
a correlação múltipla(R) foi de 0,81.
MENINAS DE 13 A 16 ANOS
DC=1,114 - 0,031 (log10 TR) - 0,041 (log10 SE)
DC=1,102-0,058 Log10(SE)
%GC= [(5,10/Dc)-4,66]x1003
Amostragem de 62 meninas na faixa etária de 13 a 16 anos, o erro
padrão estimado (EPE) da equação foi calculado em 0,010 g/ml e a correlação
múltipla(R) foi de 0,82.
MENINOS 9 A 12 ANOS
DC= 1,1088 - 0,027 (log10 TR)-0,0388 (log10 SE)
DC=1,1094-0,054 Log10(SE)
%GC=[(5,30/Dc)-4,89]x1004
Esta equação envolveu 57 meninos de 9 a 12 anos, o erro padrão
estimado (EPE) é de 0,011 g/ml e a correlação múltipla e de 0,92.
MENINOS DE 13 A 16 ANOS
DC=1,130 - 0,055 (log10 TR) - 0,026 (log10 SE)
DC=1,131-0,083 Log10(SE)
%GC=[(5,07/Dc)-4,64]x100
2
HEYWARD & STOLARCZYK, 2000,p.14
Id ibid.
4
Id Ibid.
3
52
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Não encontramos os valores de erro padrão estimado (EPE) e
correlação múltipla para essa equação, em POLLOCK (1993,p.324-325).
7.1.4.2
Equação de FAULKNER (1968)
As investigações sistemáticas sobre composição corporal, no Brasil,
iniciaram-se, praticamente, na década de 70, sendo que a maior parte das
publicações utilizava unicamente a equação de FAULKNER (1968), também
conhecida de YUHASZ (1962), para caracterizar o percentual de gordura
corporal (%GC).
De
acordo
com
CARNAVAL
(1997,
p.49)
YAHASZ,
no
desenvolvimento de sua técnica, preconizava a utilização de 6 dobras (peito,
tríceps, supra-iliaca, subescapular, abdominal – lado esquerdo- e coxa) e
calculava o percentual de gordura usando a seguinte equação:
%GC = 0,095 x Σ(das 6 Dobras)+3,64
Segundo CARNAVAL (op.cit) e FERNANDES (2003, p.64-65),
FAULKNER, desenvolvendo pesquisa em nadadores americanos e observou
que as medidas de peito e coxa constituíam-se em fatores de erro, passando a
usar apenas 4 dobras (tríceps, subescapular, supra-íliaca e abdominal- lado
direito) e calcula o percentual de gordura usando a seguinte fórmula:
53
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%GC = Σ(das 4 dobras)x0,153 + 5,783
Os índices 0,153 e 5,783 referem-se aos valores de amostragem da
população por ele estudada, nadadores, relacionando estatura, tipo de ossos e
outras variáveis étnicas e ambientais. Com os pesos da massa gorda (MG) e
Massa Livre de Gordura sendo calculadas em kg pelas equações:
MG = %GC x Massa Corporal Total (MCT)/100
MLG = MCT - MG
De acordo com o autor chegou a equações para determinação de
peso ideal seria:
Peso Ideal (PI) = MLG x constante
Com as constantes fixadas pelo autor:
Nadadores
Futebolistas
Demais esportes e mulheres
1,09
1,12
1,14
De acordo com PETROSKI (1995, p.90), em seu estudo sobre o
início da pesquisa em composição corporal e sua evolução no Brasil, foi
observado que a equação, mais utilizada no Brasil e nos países vizinhos, era a
de FAULKNER e que a mesma era utilizada indiscriminadamente para ambos
os sexos, em diferentes níveis de aptidão física e sem considerar a
especificidade da equação que foi desenvolvida para o sexo masculino. Assim,
a magnitude dos erros na utilização dessa equação em amostras nacionais é
54
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desconhecida. No entanto, durante esse período, não foi averiguada ou
discutida a origem e a validade de sua utilização na população brasileira.
A primeira preocupação neste sentido surgiu com GUEDES (1986)
que realizou estudo de validação da equação proposta por FAULKNER (1968)
em jovens pertencentes à população brasileira, através de pesagem
hidrostática, e encontrou erros bastante elevados, tanto para homens quanto
para mulheres. Este estudo constatou que a referida equação poderia deturpar
o resultado da quantidade de gordura corporal em torno de 37 % para o grupo
feminino e 23 % para o grupo masculino.
GAGLIARDI (1996) apud COSTA (2001, p.28) testou a validade de
30 equações de predição de componentes corporais, utilizando a pesagem
hidrostática, em uma amostra composta por 45 atletas divididos em nadadores
de provas de velocidade, triatletas e jogadores de pólo aquático; concluindo
que apenas três mostraram consistência em seus resultados para todos os
grupos: BROZEK (1963), BEHNKE & WILMORE (1966) e FAULKNER (1968).
Logo concluímos que a equação FAULKNER, pode ser utilizada
desde que os avaliados sejam nadadores, triatletas e ou jogadores de pólo
aquático e com idade variando entre 18 a 25 anos.
55
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
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7.1.4.3
Equações de DURNIN & RAHMAN (1967)
Este estudo deve como amostra 86 crianças, sendo 48 do sexo
masculino e 38 do sexo feminino com faixas etárias variando entre 12 e 15
anos a equação masculina deve densidade corporal média de 1,068 g/cm³ com
desvio padrão de 0,013 g/cm³ e a feminina de 1,045 g/cm³ e desvio padrão de
0,011 g/cm³.
O erro padrão estimado (EPE) foi de 0,008 g/ml e a correlação
múltipla e de 0,76, para os meninos e 0,008 g/ml de EPE e 0,78 de correlação
múltipla para as meninas.
Tabela 4 Equações DURNIN & RAHMAN
Sexo
Masculino
Feminino
7.1.4.4
%GC
%GC=1,1533 - 0,0643 log10 (BI+ TR+ SE+SI)
%GC=1,1369 - 0,0598 log10 (BI+ TR+ SE+SI)
Equações de DURNIN & WOMERSLEY (1974)
DURNIN & WOMERSLEY, foram os primeiros a considerar a
abordagem generalizada. Estes autores publicaram equações representadas
por uma única curva comum, mas que poderia ser ajustada para levar em
conta a idade. Com base em estudo de 209 homens de 17 a 72 anos de idade
e 272 mulheres de 16 a 68 anos de idade, propõe 10 equações por faixa etária
e 2 generalizadas, para cada gênero.
56
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
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Tabela 5 Equações de DURNIN & WOMERSLEY
Sexo
Homens
Mulheres
Faixa Etária
17-19 anos
20-29 anos
30-39 anos
40-49 anos
50 a 72 anos
17 a 72 anos
16 a 19 anos
20 a 29 anos
30 a 39 anos
40 a 49 anos
50 a 68 anos
16 a 68 anos
Equação
Dc=1,1620-0,0630 Log10(TR+BC+SE+SI)
Dc=1,1631-0,0632 Log10(TR+BC+SE+SI)
Dc=1,1422-0,544 Log10(TR+BC+SE+SI)
Dc=1,1620-0,0700 Log10(TR+BC+SE+SI)
Dc=1,1715-0,0779 Log10(TR+BC+SE+SI)
Dc= 1,1765-0,0744 Log10(TR+BC+SE+SI)
Dc=1,1549-0,0678 Log10(TR+BC+SE+SI)
Dc=1,1599-0,0717 Log10(TR+BC+SE+SI)
Dc=1,1423-0,0612 Log10(TR+BC+SE+SI)
Dc=1,1333-0,0645 Log10(TR+BC+SE+SI)
Dc=1,1339-0,0645 Log10(TR+BC+SE+SI)
D=1,1567-0,0717 Log10(TR+BC+SE+SI)
BARRERA, SALAZAR, GAJARDO, GATTÁS & COWARD (1997)
utilizaram a diluição isotópica de deutério como método referencial para testar
a validade de três técnicas de determinação da composição corporal:
absortometria radiológica de dupla energia, bio-impedanciometria, e espessura
de dobras cutâneas, através da equação proposta por DURNIN &
WOMERSLEY (1974).
A amostra foi constituída de 31 homens saudáveis, na qual todos os
métodos
apresentaram
resultados
similares
aos
valores
referenciais,
conferindo validade aos mesmos para a avaliação da gordura corporal neste
grupo.
KURIYAN, PETRACCHI, FERRO-LUZZI, SHETTY & KURPAD
(1998), utilizaram a pesagem hidrostática para testar a validade da impedância
bioelétrica
e
da
antropometria
através
da
equação
de
DURNIN
&
WOMERSLEY (1974) em uma amostra composta por 99 homens e 89
mulheres do sul da Índia. Para ambos os sexos foram encontrados resultados
57
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
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válidos tanto para a bio-impedância quanto para a equação de espessura de
dobras cutâneas.
Para converter Dc em %GC usa-se as seguintes fórmulas:
Tabela 6 Equações de conversão de Dc para %GC
Idade
Sexo
Masculino
17-19
Feminino
Masculino
20-80
Feminino
7.1.4.5
%GC
(4,99/Dc)-4,55
(5,05/Dc)-4,62
(4,95/Dc)-4,50
(5,01/Dc)-4,57
Equações de JACKSON & POLLOCK (1975-1978-1980)
POLLOCK (1975) realizou um estudo em 83 mulheres jovens com
idade variando entre 18 a 29 anos e criou uma equação de 4 dobras para
estimar a densidade corporal. Está equação têm uma correlação múltipla R =
0,84 e erro padrão estimado EPE de 0,008g/cm³
Dc = 1,096095-0,0006952(X1)+0,0000011(X1)-0,0000714(X2)
Onde:
Dc= Densidade Corporal
X1=∑4DOC (tríceps + supra-ilíaca + abdome +coxa)
X2 = Idade em anos
SINNING & WILSON (1984) relataram que essa equação estimou
com validade a gordura corporal média de mulheres atletas partindo de dez
diferentes esportes universitários (EPE=3,2%GC). Sendo então recomendada
para mulheres atletas jovens e adolescentes. E a equação de para converter
Dc em %GC é:
58
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%GC=[(5,01/Dc)-4,57]x100
Em 1978, JACKSON & POLLOCK, proporão duas equações para a
estimativa da densidade corporal de homens, com base em estudo de 308
indivíduos de 18 a 61 anos de idade, utilizando-se de soma de 7 e 3 dobras
cutâneas, além da idade.
Na equação de 7 dobras cutâneas para homens de 18 a 61 anos, a
correlação múltipla da equação (R) é de 0,9 e o erro padrão de estimativa de
densidade (EPE) é de 0,008.
Dc=1,112-0,00043499(X1)+0,00000055(X1)²-0,00028826(X4)
Onde:
Dc= Densidade Corporal
X1=∑7DOC (peitoral + axilar medial + tríceps + subescapular + supra-ilíaca + abdome +coxa).
X2 = Idade em anos
Segundo HEYWARD & STOLARCZYK (2000, p.164) a equação
generalizada da soma de sete dobras de JACKSON & POLLOCK (1978) tem
se mostrado válida para estimar a gordura corporal média de homens
fisicamente ativos (ISRAEL et al., 1989) e de homens participando de 12
diferentes esportes universitários de 18 a 29 anos (SINNING et.al.,1985).
O erro de predição dessa equação variou de 2,2% a 2,9% de GC.
Sendo então recomendada à utilização da equação de DOC de JACKSON &
59
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POLLOCK de sete dobras, para estimar a composição corporal de homens
atletas e adultos fisicamente ativos.
HEYWARD & STOLARCZYK (op. cit, p.131) recomenda a utilização
das equações de 7 DOC (JACKSON & POLLOCK) para predizer a Dc para
Indivíduos negros. Entretanto, deve-se usar as fórmulas de conversão
específica à raça para estimar a %GC a partir da Dc nessa população.
Tabela 7 Fórmulas para converter Dc em %GC para população negra
Sexo
Raça
Fórmulas para converter Dc em %GC
Branca
%GC = [(4,95/Dc)-4,5]x100
Masculino
Negra
%GC= [(4,37/Dc)-3,93] x100
Branca
%GC=[(5,01/Dc)-4,57] x100
Feminino
Negra
%GC=[(4,85/Dc)-4,39] x100
Equação de 3 dobras cutâneas para homens de 18 a 61 anos. A
correlação múltipla (R) é de 0,91 e o erro padrão estimado de densidade
(EPE.Dc) é de 0,008.
Dc= 1,10938-0,0008267(X1)+0,0000016(X1)²-0,0002574(X2)
Onde:
Dc= Densidade Corporal
X1=∑3DOC (peitoral + abdome + coxa).
X2 = Idade em anos
De acordo HEYWARD & STOLARCZYK (2000, p.142-145) existem
muitas equações de DOC específicas à idade para homens brancos, podendose utilizar tanto a equação de 3DOC quanto à de 7DOC(1978) para estimar a
Dc de homens brancos, no entanto, pesquisas têm demonstrado a
aplicabilidade da equação de 3 DOC. A validação cruzada dessa equação
60
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
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indica erros de predição variando entre 2,6% GC e 3,5% GC (McLean &
Skinner, 1992).
O Percentual de gorduras das duas equações 3 e 7 dobras podem
ser obtidos pela equação:
%GC = [(4,95/Dc)-4,5]x100
Em 1980, JACKSON et al proporão equações para a estimativa da
densidade corporal de mulheres, com base em estudos de 249 individuas de
18 a 55 anos de idade, utilizando-se de soma de 7 e 3 dobras cutâneas.
Equação de 7 dobras para mulheres de 18 a 55 anos. A correlação
múltipla (R) da equação é de 0,85 e o erro padrão estimado de densidade
(EPE.Dc) é de 0,008.
Dc = 1,097-0,00046971(X1)+0,00000056(X1)²-0,00012828(X2)
Onde:
Dc= Densidade Corporal
X1=∑7DOC (peitoral + axilar medial + tríceps + subescapular + supra-ilíaca + abdome +coxa)
X2 = Idade em anos
A conversão de Dc para %GC pode ser feita pela equação:
%GC=[(5,01/Dc)-4,57]x100
61
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As equações de DOC generalizadas de JACKSON, POLLOCK &
WARD (1980) mostraram boa validade de predição (EPE=2,9% GC 3,5% GC)
e pequenas diferenças (0,3% GC a 1,3% GC), quando são utilizadas para
estimar a gordura corporal de mulheres brancas (EATON, ISRAEL, O’BRIEN,
HORTOBAGYI & McCAMMON, 1993).
Do mesmo modo como ocorrem com os homens, essas equações
geralmente funcionam melhor quando aplicadas a mulheres não-obesas.
HEYWARD, COOK et al., (1992) observou em seus estudos que a equação de
JACKSON de 3DOC subestimou significativamente a média da gordura
corporal de mulheres obesas em 3,7% GC. Da mesma forma, PAIJMAS et al.
(1992) relataram que a gordura corporal média de mulheres e homens brancos
obesos era subestimada em 5,5% GC.
Equação de 3 dobras para mulheres de 18 a 55 anos. A correlação
múltipla (R) da equação é de 0,84 e o erro padrão estimado de densidade
(EPE) é de 0,009.
Dc= 1,0994921-0,0009929(X1)+0,0000023(X1)²-0,0001392(X4)
Onde:
X1= Σ(TR+SI+CX)
X2 = Idade Anos
A equação de conversão de densidade corporal em %GC é a
mesma da equação de 7 DOC para mulheres.
62
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
Leonardo de Arruda Delgado
É importante salientar que as equações generalizadas de DOC de
JACKSON & POLLOCK (1978-1980) são baseadas em um modelo quadrático
que usa a somatória de três ou sete dobras e a idade para predizer a Dc. Estas
equações foram desenvolvidas para homens (18 a 61 anos) e mulheres (18 a
55 anos), e, portanto, podem não ser aplicável em indivíduos que excedam tais
limites de idade.
HEYWARD & STOLARCZYK (op. cit, p.151) dizem que até o
momento não há equações antropométricas, de dobras cutâneas (DOC),
impedância bioelétrica (BIA) ou de interactância de infravermelho (NIR)
desenvolvidas especificamente para mulheres anoréxicas, sugerindo então,
que para este público, deve-se usar a equação de 3DOC de JACKSON (1980)
para predizer a Dc e usar a seguinte fórmula para converter Dc em %GC:
%GC = [(5,26/Dc)-4,83]x100
CLASEY,
KANALEY,
WIDEMAN,
HEYMSFIELD,
TEATES,
GUTGESSEL, THORNER, HARTMAN & WELTMAN (1999), apud COSTA
(2001, p.30) examinaram a validade de diferentes métodos de determinação da
composição corporal, sendo que um deles foi o método antropométrico, por
meio das equações de JACKSON & POLLOCK (1978) para homens, e
JACKSON, POLLOCK & WARD (1980) para mulheres, utilizando como método
de referência o modelo de 4 componentes proposto por HEYMSFIELD,
LICHTMAN, BAUMGARTNER, WANG, KAMEN, ALIPRANTIS & PIERSON Jr.
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
63
Leonardo de Arruda Delgado
(1990). A utilização dos métodos de estimativa antropométrica resultou em
grandes diferenças entre as médias e uma considerável variabilidade
interindividual. PEÑA, VÁSQUEZ, BARBA & LUCO (1987) realizaram estudo
para determinar o erro de predição das equações de KATCH & McARDLE
(1973); DURNIN & WOMERSLEY (1974), e JACKSON, POLLOCK & WARD
(1980); em uma amostra de 23 mulheres de 19 a 33 anos, profissionais ou
estudantes de medicina da Universidade do Chile.
Os resultados obtidos pelas equações foram comparados aos
obtidos pela pesagem hidrostática e o erro total foi calculado utilizando o
conceito proposto por LOHMAN (1981). Os autores verificaram que para a
amostra estudada todas as equações superestimavam a quantidade de
gordura corporal, apresentando elevado erro e diferença estatisticamente
significativa em relação à pesagem hidrostática.
Acreditamos que está variabilidade pode ter ocorrido pela não
utilização das equações de conversão de densidade corporal para percentual
de gordura corporal especificas para o sexo e/ou grupo etnico, pois, durante
todo o trabalho de levantamento bibliográfico apenas HEYWARD &
STOLARCZYK (2000, p.14) apresentam as fórmulas populacionais específicas
para conversão de Dc em % GC, e todos os outros autores apresentaram
apenas a equação de SIRI (1961) como a única equação de conversão de Dc
para %CG.
64
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
Leonardo de Arruda Delgado
Tabela 8 Estimativa do percentual de gordura de POLLOCK para homens a partir
do somatório das dobras cutâneas do tórax, abdome e coxa
Idade
Σ(PT+AB+CX)
<22
23-27
28-32
33-37
38-42
43-47
48-52
1,3
1,8
2,3
2,9
3,4
3,9
4,5
8-10
2,2
2,8
3,3
3,8
4,4
4,9
5,5
11-13
3,2
3,8
4,3
4,8
5,4
5,9
6,4
14-16
4,2
4,7
5,3
5,8
6,3
6,9
7,4
17-19
5,1
5,7
6,2
6,8
7,3
7,8
8,4
20-22
6,1
6,6
7,2
7,7
8,3
8,8
9,4
23-25
7,0
7,6
8,1
8,7
9,2
9,8
10,3
26-28
8,0
8,5
9,1
9,6
10,2
10,7
11,3
29-31
8,9
9,4
10,0
10,5
11,1
11,6
12,2
32-34
9,8
10,4
10,9
11,5
12,0
12,6
13,1
35-37
10,7
11,3
11,8
12,4
12,9
13,5
14,0
38-40
11,6
12,2
12,7
13,3
13,8
14,4
15,0
41-43
12,5
13,1
13,6
14,2
14,7
15,3
15,9
44-46
13,4
13,9
14,5
15,1
15,6
16,2
16,8
47-49
14,3
14,8
15,4
15,9
16,5
17,1
17,6
50-52
15,1
15,7
16,2
16,8
17,4
17,9
18,5
53-55
16,0
16,5
17,1
17,7
18,2
18,8
19,4
56-58
16,8
17,4
17,9
18,5
19,1
19,7
20,2
59-61
17,6
18,2
18,8
19,4
19,9
20,5
21,1
62-64
18,5
19,0
19,6
20,2
20,8
21,3
21,9
65-67
19,3
19,9
20,4
21,0
21,6
22,2
22,7
68-70
20,1
20,7
21,2
21,8
22,4
23,0
23,6
71-73
20,9
21,5
22,0
22,6
23,2
23,8
24,4
74-76
21,7
22,2
22,8
23,4
24,0
24,6
25,2
77-79
22,4
23,0
23,6
24,2
24,8
25,4
25,9
80-82
23,2
23,8
24,4
24,9
25,5
26,1
26,7
83-85
23,9
24,5
25,1
25,7
26,3
26,9
27,5
86-88
24,7
25,3
25,9
26,5
27,0
27,6
28,2
89-91
25,4
26,0
26,6
27,2
27,8
28,4
29,0
92-94
26,1
26,7
27,3
27,9
28,5
29,1
29,7
95-97
26,8
27,4
28,0
28,6
29,2
29,8
30,4
98-100
27,5
28,1
28,7
29,3
29,9
30,5
31,1
101-103
28,2
28,8
29,4
30,0
30,6
31,2
31,8
104-106
28,9
29,5
30,1
30,7
31,3
31,9
32,5
107-109
29,6
30,2
30,8
31,4
32,0
32,6
33,2
110-112
30,2
30,8
31,4
32,0
32,6
33,2
33,8
113-115
30,9
31,5
32,1
32,7
33,3
33,9
34,5
116-118
31,5
32,1
32,7
33,3
33,9
34,5
35,1
119-121
32,1
32,7
33,3
33,9
34,5
35,1
35,8
122-124
32,7
33,3
33,9
34,5
35,1
35,8
36,4
125-127
da idade e
53-57
5,0
6,0
7,0
8,0
8,9
9,9
10,9
11,8
12,8
13,7
14,6
15,5
16,4
17,3
18,2
19,1
20,0
20,8
21,7
22,5
23,3
24,1
24,9
25,7
26,5
27,3
28,1
28,8
29,6
30,3
31,0
31,7
32,4
33,1
33,8
34,5
35,1
35,7
36,4
37,0
>58
5,5
6,5
7,5
8,5
9,5
10,5
11,4
12,4
13,3
14,2
15,2
16,1
17,0
17,9
18,8
19,7
20,5
21,4
22,2
23,1
23,9
24,7
25,5
26,3
27,1
27,9
28,7
29,4
30,2
30,9
31,6
32,3
33,0
33,7
34,4
35,1
35,7
36,4
37,0
37,6
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
65
Leonardo de Arruda Delgado
Tabela 9 Estimativa do percentual de gordura de POLLOCK, para mulheres a partir da idade
do somatório das dobras cutâneas do tórax, suprailíaca e coxa
Idade
Σ(TC+SI+CX)
<22
23-27
28-32
33-37
38-42
43-47
48-52
53-57
23-25
9,4
9,7
10,0
10,3
10,6
10,9
11,2
11,5
26-28
10,5
10,8
11,1
11,4
11,8
12,1
12,4
12,7
29-31
11,7
12,0
12,3
12,6
12,9
13,2
13,5
13,8
32-34
12,8
13,1
13,4
13,7
14,0
14,3
14,6
14,9
35-37
13,9
14,2
14,5
14,8
15,1
15,4
15,7
16,1
38-40
15,0
15,3
15,6
15,9
16,2
16,5
16,8
17,2
41-43
16,1
16,4
16,7
17,0
17,3
17,6
17,9
18,2
44-46
17,1
17,4
17,7
18,1
18,4
18,7
19,0
19,3
47-49
18,2
18,5
18,8
19,1
19,4
19,7
20,1
20,4
50-52
19,2
19,5
19,8
20,2
20,5
20,8
21,1
21,4
53-55
20,2
20,6
20,9
21,2
21,5
21,8
22,1
22,5
56-58
21,2
21,6
21,9
22,2
22,5
22,8
23,2
23,5
59-61
22,2
22,6
22,9
23,2
23,5
23,8
24,2
24,5
62-64
23,2
23,5
23,9
24,2
24,5
24,8
25,1
25,5
65-67
24,2
24,5
24,8
25,1
25,5
25,8
26,1
26,4
68-70
25,1
25,4
25,8
26,1
26,4
26,7
27,1
27,4
71-73
26,1
26,4
26,7
27,0
27,4
27,7
28,0
28,3
74-76
27,0
27,3
27,6
28,0
28,3
28,6
28,9
29,3
77-79
27,9
28,2
28,5
28,9
29,2
29,5
29,8
30,2
80-82
28,8
29,1
29,4
29,7
30,1
30,4
30,7
31,1
83-85
29,6
30,0
30,3
30,6
30,9
31,3
31,6
31,9
86-88
30,5
30,8
31,1
31,5
31,8
32,1
32,5
32,8
89-91
31,3
31,6
32,0
32,3
32,6
33,0
33,3
33,6
92-94
32,1
32,5
32,8
33,1
33,5
33,8
34,1
34,5
95-97
32,9
33,3
33,6
33,9
34,3
34,6
34,9
35,3
98-100
33,7
34,1
34,4
34,7
35,1
35,4
35,7
36,1
101-103
34,5
34,8
35,2
35,5
35,8
36,2
36,5
36,8
104-106
35,2
35,6
35,9
36,2
36,6
36,9
37,3
37,6
107-109
36,0
36,3
36,6
37,0
37,3
37,7
38,0
38,3
110-112
36,7
37,0
37,4
37,7
38,0
38,4
38,7
39,1
113-115
37,4
37,7
38,1
38,4
38,7
39,1
39,4
39,8
116-118
38,0
38,4
38,7
39,1
39,4
39,8
40,1
40,4
119-121
38,7
39,0
39,4
39,7
40,1
40,4
40,8
41,1
122-124
39,3
39,7
40,0
40,4
40,7
41,1
41,4
41,8
125-127
40,0
40,3
40,7
41,0
41,3
41,7
42,0
42,4
128-130
40,6
40,9
41,3
41,6
41,9
42,3
42,6
43,0
131-133
41,2
41,5
41,8
42,2
42,5
42,9
43,2
43,6
134-136
41,7
42,1
42,4
42,8
43,1
43,4
43,8
44,1
137-139
42,3
42,6
43,0
43,3
43,6
44,0
44,3
44,7
140-142
42,8
43,1
43,5
43,8
44,2
44,5
44,9
45,2
e
>58
11,8
13,0
14,1
15,2
16,4
17,5
18,6
19,6
20,7
21,7
22,8
23,8
24,8
25,8
26,8
27,7
28,7
29,6
30,5
31,4
32,3
33,1
34,0
34,8
35,6
36,4
37,2
37,9
38,7
39,4
40,1
40,8
41,5
42,1
42,7
43,3
43,9
44,5
45,0
45,6
66
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
Leonardo de Arruda Delgado
7.1.4.6
Equações de LOHMAN (1981-1986)
LOHMAN desenvolveu com base em estudos com homens
universitários e colegiais uma equação de dobras cutâneas para determinar a
densidade corporal que depois foi modificada por THORLAND et ali (1991)
para determinar o peso mínimo para lutadores universitários.
Dc = 1,0973-0,000815 Σ(TR+SE+AB)+0,00000084 Σ(TR+SE+AB)²
Para converter Dc em %GC, use as seguintes equações:
Tabela 10 Equações de convenção de Dc para percentual de gordura de acordo com a idade
Idade
13 a 16 anos
17 a 19 anos
20 anos ou mais
Equação
%GC=[(5,07/Dc)-4,64]x100
%GC=[(4,99/Dc)-4,55]x100
%GC=[(4,95/Dc)-4,55]x100
LOHMAN (1986), analisando trabalhos de autores como FORBES
(1970), HASCHKE et al (1981), FOMON et al (1982) MURHERJEE & ROCHE
(1984), apresentou equações para estimar a gordura corporal em crianças e
jovens de 7 a 16 anos, apoiando-se nos pressupostos de BOILEAU et al (1985)
sobre a imaturidade química de crianças.
A equação de LOHMAN (1986) para crianças e jovens de 6 a 16
anos de idade:
%GC = 1,35(TR + SB) – 0,012(TR+SB)² - C
Onde:
TR e SB, são as dobras triciptal e subescapular
C = Constante de ajuste por sexo, de acordo com a tabela abaixo
67
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
Leonardo de Arruda Delgado
Tabela 11 Constate de ajuste por idade de acordo com o sexo
Sexo/idade
Masculino
Feminino
7
3,4
1,4
10
4,4
2,4
13
5,4
3,4
16
6,4
4,0
PIRES NETO & PETROSKI (1996), apud FERNANDES (op.cit,
p.63), percebendo que entre 7 e 10 anos, entre 10 e 13 anos e entre 13 e 16
anos, existiam diferenças estruturais entre o corpo da criança e o do
adolescente, propuseram valores intermediários às idades e raça, para serem
utilizados na equação de LOHMAN (1986).
Tabela 12 Tabela de constantes por idade, sexo e raça
Sexo
Raça
6
7
8
9
10
11
Branca 3,1 3,4 3,7 4,1 4,4 4,7
Masculino
3,7 4,0 4,3 4,7 5,0 5,3
Negra
Branca 1,2 1,4 1,7 2,0 2,4 2,7
Feminino
1,4 1,7 2,0 2,3 2,6 3,0
Negra
7.1.4.7
12
5,0
5,6
3,0
3,3
13
5,4
6,0
3,4
3,6
14
5,7
6,3
3,6
3,9
15
6,1
6,7
3,8
4,1
16
6,4
7,0
4,0
4,4
17
6,7
7,3
4,4
4,7
Equações de KATCH & McARDLE (1983)
Para estimativa de Densidade Corporal em universitários de ambos
os sexos, sendo que foram estudados 53 homens e 69 mulheres, são
propostas 7 equações, 3 para homens e 4 para mulheres, utilizando-se valores
só de dobras cutâneas, de dobras cutâneas e perímetros, dobras cutâneas e
diâmetros ósseo e só de perímetros.
Homens
Dc=1,10986 - 0,00083(TR) - 0,00087(SE) - 0,00098(C-AB) +0,0021(ANT.B)
Dc=1,09665-0,00103(TR) - 0,00056(C-AB) – 0,00054(AB)
Dc=1,112691-0,00357(C-B)-0,00127(C-AB)+0,00524(ANT.B)
68
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Leonardo de Arruda Delgado
Mulheres
Dc=1,09246-0,00049(SE)-0,00075(SE)0,00075(SI)+0,0071(U)-0,00121(C-CX)
Dc=1,08347+0,0006(TR)-0,00151(SE)-0,00097(CX)
Dc=1,114465-0,0015(C-B)-0,00105(C-AB)+0,00448(ANT.B)-0,00168(C-CX)
DC= 1,14389-0,00114(SE)-0,00149(C-CX)
Onde:
TR= Dobra Triciptal
SE= Dobra Subescapular
SI= Dobra Supraíliaca
CX= Dobra da Coxa
AB= Dobra Abdominal
ANT.B= Circunferência do Antebraço
C-B= Circunferência do Braço Estendido
C-AB= Circunferência Abdominal
C-CX= Circunferência da Coxa
C-P= Circunferência da Perna
C-Q= Circunferência do Quadril
U= Diâmetro Biepicondiliano do Úmero
THORLAND et al (1991) notaram que a DC de lutadores colegiais
era estimada com validade quando se utilizavam as equações antropométricas
desenvolvidas por KATCH & McARDLE, entretanto, o pesquisador notou
também que a equação não estimava adequadamente a DC de atletas
adolescentes masculinos e femininos.
7.1.4.8
Equações de MUKHERJEE & ROCHE (1984)
Estas equações, baseadas em estudos com crianças de 6 a 18
anos, utilizam mensurações no lado esquerdo do corpo e a equação de Siri
(1961) para cálculo do % G, baseadas na pesagem hidrostática como método
indireto de validação.
69
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
Leonardo de Arruda Delgado
Tabela 13 Equações de MUKHERJEE & ROCHE
Masculino
%G=12,66- 0,85 (idade) + 1,10 (TR) +0,53 (PM)
Feminino
%G=17,19 - 0,74 (idade) + 1,02 (TR) +0,32 (AM)
Onde:
TR= dobras triciptal
PM = dobra da panturrilha medial
AM = dobra Axilar Medial
7.1.4.9
Equações de THORLAND (1984)
Estas equações foram desenvolvidas com o objetivo de estimar a
densidade corporal em atletas jovens de ambos os sexos, utilizando-se 3 ou 7
dobras cutâneas, a partir de estudo realizado com 144 homens e 133
mulheres.
Tabela 14 Equações de THORLAND
Sexo
Masculino
Feminino
Equações
Dc=1,1091-0,0052(X1)+0,00000032(X1)²
Dc=1,1136-0,00154(X2)+0,00000516(X2)²
Dc=1,1046-0,00059(X1)+0,00000060(X1)²
Dc= 1,0987-0,00122(X3)+0,00000263(X3)²
Onde:
X1= Σ(TR+SE+AM+SI+AB+CX+PM)
X2= Σ(TR+SE+AM)
X3= Σ(TR+SE+SI)
Obs: usa-se as seguintes fórmulas pra converter DC para %GC: Meninos (7 a 12 anos)
%GC=[(5,30/Dc)-4,89]x100, (13 a 16 anos) %GC=[(5,07/Dc)-4,64]x100, (17 a 19 anos) %GC =
[(4,99/Dc)-4,55]x100, Meninas (7 a 12 anos) %GC=[(5,35/Dc)-4,95]x100, (13 a 16 anos)
%GC=[(5,10/Dc)-4,66]x100, (17 a 19 anos) %GC = [(5,05/Dc)-4,62]x100
STOUT, HOUSH, JOHNSON, HOUSH, EVANS & ECKERSON
(1995) realizaram estudo para testar a validade de 16 equações de predição de
densidade corporal por meio de medidas de dobras cutâneas, utilizando a
pesagem hidrostática como padrão de referência em uma amostra de 48
jovens atletas de luta greco-romana. Os autores encontraram um erro total
70
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
Leonardo de Arruda Delgado
elevado para todas as equações, indicando a necessidade de se derivar
equações específicas para jovens com estas características.
HOUSH, JOHNSON, HOUSH, ECKERSON & STOUT (1996)
examinaram a validade de 11 equações de dobras cutâneas para a predição de
densidade corporal e porcentagem de gordura, utilizando a pesagem
hidrostática, em um grupo de 73 ginastas jovens do sexo feminino. Os
resultados do estudo indicaram que das 11 equações testadas apenas a
equação de THORLAND, JOHNSON, THARP HOUSH & CISAR (1984), de
soma de três dobras cutâneas, atendeu a todos os critérios de validação,
sendo que das demais equações, 6 foram consideradas aceitáveis e as outras
4 inadequadas para o grupo estudado.
7.1.4.10 Equações de BOILEAU (1985)
É um estudo realizando em indivíduos de 8 a 28 anos, que forneceu
as
seguintes
equações.
Acreditamos
que
com
base
nesse
estudo
SLAUGHTER et al (1988) tenha desenvolvido suas equações, que levaram em
conta níveis de maturidade sexual e raça.
Tabela 15 Equações de BOILEAU
Masculino
%G=1,35 (TR+SE) -0,012 (TR+SE)² - 4,4
Feminino
%G=1,35 (TR+SE) - 0,012 (TR+SE)² - 2,4
Onde:
TR= dobra triciptal
SE= dobra subescapular
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
71
Leonardo de Arruda Delgado
7.1.4.11 Equações de GUEDES (1985)
Um grande avanço no estudo da composição corporal, no Brasil,
ocorreu a partir da década de 80, com o estudo de GUEDES (1985), onde o
mesmo divulgou as primeiras equações específicas para a estimativa da
densidade corporal a partir de espessura de dobras cutâneas, de um grupo de
estudantes da Universidade Federal de Santa Maria (RS), sendo 110 homens e
96 mulheres entre 18 e 30 anos de idade.
Assim, a quantidade de gordura corporal pode ser estimada a partir
de universitários, utilizando as equações de conversão de densidade corporal e
percentual de gordura, citadas na tabela 1.6 de HEYWARD & STOLARCZYK
(2000, p.14).
HOMENS
Dc= 1,1714-0,0671Log10(TR+SI+AB)
%GC = (4,95/Dc)-4,5
MULHERES
Dc=1,1665-0,0706Log10(CX+SI+SE)
%GC = (5,01/Dc)-4,57
Acredita-se que os próximos na área deverão validar as equações
de GUEDES (1985) para outros grupos populacionais. Até o presente momento
não encontramos relatos ou artigos científicos que abordassem sobre a
validade e fidedignidade da equação de GUEDES, no entanto, acreditamos que
as equações propostas por GUEDES sejam validas para a população brasileira
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
72
Leonardo de Arruda Delgado
e podem ser utilizadas para pessoas de ambos os sexos, cuja idade estejam
entre 18 e 30 anos.
Considerando-se que nem sempre temos uma calculadora científica
para cálculos logarítmicos, GUEDES formulou duas tabelas para conversão
imediata dos valores da somatória das três dobras cutâneas em valores
percentuais (%) de gordura corporal.
7.1.4.12 Equações de SLAUGHTER (1988)
Baseados em estudos de 310 indivíduos de 7 a 18 anos, estas estão
entre as mais indicadas para a predição de gordura corporal em crianças e
adolescentes, de 7 a 18 anos, principalmente pela preocupação de levar em
consideração o nível maturacional e o aspecto racial.
Estas equações usam a somatória (∑) de duas dobras cutâneas
(DOC do tríceps + subescapular ou tríceps + panturrilha) para predizer a %GC.
O erro de predição para essas equações variou entre 3,6 e 3,9 %GC. Essas
equações podem ser usadas para avaliar as composições corporais de
meninos e meninas, negros e brancos, de oito a dezessete anos de idade.
Equações separadas foram desenvolvidas para crianças cuja ∑ DOC seja
menor ou maior que 35mm.
As equações para a determinação dos percentuais de gordura são
as seguintes:
73
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
Leonardo de Arruda Delgado
•
Se o somatório das duas dobras for menor ou igual a 35
milímetros:
Tabela 16 Equações de Slaughter
Meninos
Nível Maturacional
Pré-púbere
Púbere
Pós-púbere
Raça
Branca
Negra
Branca
Negra
Branca
Negra
Percentual de Gordura
%GC = 1,21 (TR+SE)-0,008(TR+SE)²-1,7
%GC = 1,21 (TR+SE)-0,008(TR+SE)²-3,5
%GC = 1,21 (TR+SE)-0,008(TR+SE)²-3,4
%GC = 1,21 (TR+SE)-0,008(TR+SE)²-5,2
%GC = 1,21 (TR+SE)-0,008(TR+SE)²-5,5
%GC = 1,21 (TR+SE)-0,008(TR+SE)²-6,8
Moças brancas e negras, independentes da raça e do nível
maturacional têm:
%GC = 1,33(TR+SE)-0,0130(TR+SE)²-2,5
•
Se o somatório das duas dobras for maior que 35mm, as
fórmulas passam a ser as seguintes:
Rapazes brancos e negros com somatório das dobras maior que
35mm
%GC = 0,783(TR+SE)+1,6
Moças brancas e negras com somatório das dobras maior que
35mm
%GC = 0,546(TR+SE)+9,7
74
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7.1.4.13 Equações de PETROSKI (1995)
Durante os estudos na UFSM, utilizando uma amostra com 213
homens e 304 mulheres de 18 a 66 anos de idade, da região central do Rio
Grande do Sul e litorânea de Santa Catarina, PETROSKI desenvolveu
equações generalizadas para a estimativa da densidade corporal para homens
e mulheres, sendo, equações de seis, quatro, três e duas dobras para homens
e sete, cinco, quatro e três dobras para mulheres. Veja tabela abaixo
Tabela 17 Equações de PETROSKI
Equações Generalizadas para a Estimativa da Densidade Corporal de
Homens e Mulheres
Homens (idade 18-66 anos)
Dc = 1,09995680-0,00055475.(X6)+0,00000107(x6)²-0,00023367(ID)
Dc = 1,10726863-0,00081201(X4) + 0,00000212(X4)²-0,00041761(ID)
Dc= 1,10404686-0,00111938(X3)+0,00000391(X3)²-0,00027884(ID)
Dc= 1,10098229-0,00145899(X2)+0,00000701(X2)²-0,00032770 (ID)
Mulheres (Idade 18-51 anos)
Dc = 1,03992377-0,00036083(Y7)+0,00000058(Y7)²-0,00027099(ID)-0,00046621(MC)+0,00047136 (H)
Dc = 1,03091919-0,00048584(Y5)+0,00000131(Y5)²-0,00026016(ID)-0,00056484(MC)+0,00053716(H)
Dc = 1,03465850-0,00063129(Y4)+0,00000187(Y4)²-0,00031165(ID)-0,00048890(MC)+0,00051345(H)
Dc = 1,04127059-0,00087756(Y3)+0,00000380(Y3)²-0,00025821(ID)-0,00059076(MC)+0,00051050(H)
Onde:
Dc = densidade corporal em g/ml
X6 = Σ 6 Doc(SE+TR+BI+PT+AM+SI)
X4 = Σ 4 Doc( SE+TR+SI+PM)
X3 = Σ 3 Doc (SE+TR+PT)
X2 = Σ 2 Doc (TR+AM)
ID = idade em anos
Y7 = Σ 7 Doc (SE+TR+AM+SI+AB+CX+PM)
Y5 = Σ 5 Doc (SE+TR+SI+AB+PM)
Y4 = Σ 4 Doc (AM+SI+CX+PM)
Y3 = Σ 3 Doc (SE+SI+CX)
MC = Massa Corporal (kg)
H = Estatura Corporal (cm)
Obs: para a mensuração das medidas de dobras cutâneas foi seguida a padronização de
HARRISON et al (1991). Optou-se pelas modificações da AM para oblíquas e AB vertical, por
serem os procedimentos mais utilizados no Brasil.
75
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
Leonardo de Arruda Delgado
De acordo com PETROSKI (1996, 92) a vantagem das equações
generalizadas sobre as específicas é que elas minimizam os erros de predição
que ocorrem nos extremos da distribuição da densidade. Com isso, uma
equação pode ser aplicada a muitas populações sem perder a acuracidade.
As equações para o sexo masculino apresentam as seguintes
correlações múltiplas: R = 0,881, 0,875, 0,873 e 0,885 e erros padrões de
estimativa EPE= 0,0074, 0,0075, 0,0075 e 0,0072 g/ml, respectivamente com a
ordem apresentada.
Enquanto que as equações generalizadas para o sexo feminino, as
correlações múltiplas (R) e erros padrões de estimativa (EPE) foram: R =
0,863, 0,854, 0,864 e 0,862; e EPE = 0,0064, 0,0066, 0,0064 e 0,0065 g/ml,
respectivamente com a ordem apresentada.
As equações masculinas foram validadas em uma amostra de 87
homens com idade entre 18 e 56 anos. Já as femininas foram validadas em
uma amostra de 68 mulheres com idade entre 18 e 51 anos. Os resultados
encontrados na validação confirmam que essas equações podem ser utilizadas
para predizer a densidade corporal em amostra heterogênea de idade, aptidão
física e composição corporal. COSTA (1999, sp.) apresenta mais uma equação
de 4 DOC de PETROSKI, para mulheres:
Dc = 1,1954713-0,07513507Log10(X3)-0,00041072 (X2)
Onde:
X3 = Axilar Medial + Supaíliaca+ Coxa + Panturrilha Medial
X2 = Idade em anos.
76
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
Leonardo de Arruda Delgado
Para conversão de Dc em %GC podemos utilizar as equações
propostas por HEYWARD & STOLARCZYK (2000, 14) para bancos de 20 a 80
anos.
Tabela 18 Fórmulas para conversão de Dc em %GC
Sexo
%GC
Masculino
%GC = ((4,95/Dc)-4,5)x100
Feminino
%GC = ((5,01/Dc)-4,57)x100
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
77
Leonardo de Arruda Delgado
Tabela 19 Estimativa do Percentual de Gordura para Homens de acordo com PETROSKI, a
partir do Somatório das Dobras Subescapular, Triceps, Suprailíaca, Panturrilha Medial*
Idade
Σ
(SE+TR+SI+PM)
<22
23-27
28-32
33-37
38-42
43-47
48-52
53-57
>58
32-34
10,7
11,6
12,5
13,4
14,3
15,2
16,1
17,1
18,0
35-37
11,6
12,5
13,4
14,3
15,2
16,1
17,0
17,9
18,9
38-40
12,4
13,3
14,2
15,1
16,0
17,0
17,9
18,8
19,7
41-43
13,2
14,2
15,1
16,0
16,9
17,8
18,7
19,7
20,6
44-46
14,1
15,0
15,9
16,8
17,7
18,6
19,6
20,5
21,4
47-49
14,9
15,8
16,7
17,6
18,5
19,5
20,4
21,3
22,3
50-52
15,7
16,6
17,5
18,4
19,3
20,3
21,2
22,1
23,1
53-55
16,4
17,4
18,3
19,2
20,1
21,1
22,0
22,9
23,9
56-58
17,2
18,1
19,0
20,0
20,9
21,8
22,8
23,7
24,7
59-61
17,9
18,9
19,8
20,7
21,7
22,6
23,5
24,5
25,4
62-64
18,7
19,6
20,5
21,5
22,4
23,4
24,3
25,2
26,2
65-67
19,4
20,3
21,3
22,2
23,1
24,1
25,0
26,0
26,9
68-70
20,1
21,0
22,0
22,9
23,9
24,8
25,8
26,7
27,7
71-73
20,8
21,7
22,7
23,6
24,6
25,5
26,5
27,4
28,4
74-76
21,5
22,4
23,3
24,3
25,2
26,2
27,1
28,1
29,1
77-79
22,1
23,1
24,0
25,0
25,9
26,9
27,8
28,8
29,8
80-82
22,8
23,7
24,6
25,6
26,6
27,5
28,5
29,4
30,4
83-85
23,4
24,3
25,3
26,2
27,2
28,2
29,1
30,1
31,1
86-88
24,0
24,9
25,9
26,9
27,8
28,8
29,7
30,7
31,7
89-91
24,6
25,5
26,5
27,5
28,4
29,4
30,4
31,3
32,3
92-94
25,2
26,1
27,1
28,0
29,0
30,0
31,0
31,9
32,9
95-97
25,7
26,7
27,6
28,6
29,6
30,6
31,5
32,5
33,5
98-100
26,3
27,2
28,2
29,2
30,1
31,1
32,1
33,1
34,1
101-103
26,8
27,8
28,7
29,7
30,7
31,7
32,6
33,6
34,6
104-106
27,3
28,3
29,3
30,2
31,2
32,2
33,2
34,1
35,1
107-109
27,8
28,8
29,8
30,7
31,7
32,7
33,7
34,7
35,7
110-112
28,3
29,3
30,2
31,2
32,2
33,2
34,2
35,2
36,2
113-115
28,8
29,7
30,7
31,7
32,7
33,7
34,6
35,6
36,6
116-118
29,2
30,2
31,2
32,1
33,1
34,1
35,1
36,1
37,1
119-121
29,6
30,6
31,6
32,6
33,6
34,6
35,5
36,5
37,5
122-124
30,1
31,0
32,0
33,0
34,0
35,0
36,0
37,0
38,0
125-127
30,5
31,4
32,4
33,4
34,4
35,4
36,4
37,4
38,4
128-130
30,8
31,8
32,8
33,8
34,8
35,8
36,8
37,8
38,8
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
78
Leonardo de Arruda Delgado
Tabela 20 Estimativa do Percentual de Gordura para Mulheres a Partir da Idade e do
Somatório das Dobras Cutâneas: axilar medial, Suprailíaca, Coxa e Panturrilha Medial
Idade
Σ(AM+SI+CX+PM)
<22
23-27
28-32
33-37
38-42
43-47
48-52
53-57
>58
23-25
5,4
6,2
7,1
8,0
8,9
9,8
10,7
11,6
12,5
26-28
7,0
7,9
8,8
9,7
10,6
11,5
12,4
13,3
14,2
29-31
8,5
9,4
10,3
11,2
12,1
13,0
13,9
14,8
15,7
32-34
9,8
10,7
11,6
12,5
13,4
14,4
15,3
16,2
17,1
35-37
11,1
12,0
12,9
13,8
14,7
15,6
16,5
17,5
18,4
38-40
12,2
13,1
14,0
15,0
15,9
16,8
17,7
18,6
19,6
41-43
13,3
14,2
15,1
16,0
16,9
17,9
18,8
19,7
20,7
44-46
14,3
15,2
16,1
17,0
18,0
18,9
19,8
20,7
21,7
47-49
15,2
16,1
17,1
18,0
18,9
19,8
20,8
21,7
22,7
50-52
16,1
17,0
17,9
18,9
19,8
20,7
21,7
22,6
23,6
53-55
16,9
17,9
18,8
19,7
20,7
21,6
22,5
23,5
24,4
56-58
17,7
18,7
19,6
20,5
21,5
22,4
23,3
24,3
25,2
59-61
18,5
19,4
20,3
21,3
22,2
23,2
24,1
25,1
26,0
62-64
19,2
20,1
21,1
22,0
23,0
23,9
24,9
25,8
26,8
65-67
19,9
20,8
21,8
22,7
23,7
24,6
25,6
26,5
27,5
68-70
20,6
21,5
22,4
23,4
24,3
25,3
26,2
27,2
28,2
71-73
21,2
22,1
23,1
24,0
25,0
25,9
26,9
27,8
28,8
74-76
21,8
22,7
23,7
24,6
25,6
26,5
27,5
28,5
29,4
77-79
22,4
23,3
24,3
25,2
26,2
27,1
28,1
29,1
30,0
80-82
22,9
23,9
24,8
25,8
26,8
27,7
28,7
29,6
30,6
83-85
23,5
24,4
25,4
26,4
27,3
28,3
29,2
30,2
31,2
86-88
24,0
25,0
25,9
26,9
27,8
28,8
29,8
30,8
31,7
89-91
24,5
25,5
26,4
27,4
28,4
29,3
30,3
31,3
32,3
92-94
25,0
26,0
26,9
27,9
28,9
29,8
30,8
31,8
32,8
95-97
25,5
26,5
27,4
28,4
29,4
30,3
31,3
32,3
33,3
98-100
26,0
26,9
27,9
28,9
29,8
30,8
31,8
32,8
33,8
101-103
26,4
27,4
28,4
29,3
30,3
31,3
32,2
33,2
34,2
104-106
26,9
27,8
28,8
29,8
30,7
31,7
32,7
33,7
34,7
107-109
27,3
28,3
29,2
30,2
31,2
32,2
33,1
34,1
35,1
110-112
27,7
28,7
29,7
30,6
31,6
32,6
33,6
34,6
35,6
113-115
28,1
29,1
30,1
31,0
32,0
33,0
34,0
35,0
36,0
116-118
28,5
29,5
30,5
31,4
32,4
33,4
34,4
35,4
36,4
119-121
28,9
29,9
30,9
31,8
32,8
33,8
34,8
35,8
36,8
122-124
29,3
30,3
31,2
32,2
33,2
34,2
35,2
36,2
37,2
125-127
29,7
30,6
31,6
32,6
33,6
34,6
35,6
36,6
37,6
128-130
30,0
31,0
32,0
33,0
34,0
34,9
35,9
36,9
37,9
131-133
30,4
31,4
32,3
33,3
34,3
35,3
36,3
37,3
38,3
134-136
30,7
31,7
32,7
33,7
34,7
35,7
36,7
37,7
38,7
137-139
31,1
32,1
33,0
34,0
35,0
36,0
37,0
38,0
39,0
79
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
Leonardo de Arruda Delgado
7.2 Técnicas que utilizam as medidas de circunferências
De acordo com SEIP & WELTMAN, 1991 apud HEYWARD &
STOLARCZYK (2000, 75) as equações antropométricas usando apenas
circunferências como fatores de predição estimam a gordura corporal de
indivíduos obesos com maior exatidão que equações de predição de dobras
cutâneas. E comparando as medidas de circunferências e diâmetros ósseos
são fáceis de serem obtidas, não exigindo treinamento rigoroso dos avaliados,
diminuindo assim a possibilidade de erros. Além disso, apresentam custos
reduzidos, necessitando apenas de fitas métricas para sua realização.
7.2.1 Pressupostos
De acordo HEYWARD & STOLARCZYK (op.cit) o pressuposto
básico da utilização das medidas de circunferência para estimativa da
composição corporal reside no fato que as medidas de circunferência são
afetadas pela massa gorda, massa muscular e tamanho ósseo; portanto, essa
medidas estão relacionadas à massa gorda e massa corporal magra.
JACKSON & POLLOCK (1978) afirmaram que as medidas de
circunferência e diâmetro ósseo são indicadores de massa corporal magra
(massa de músculos e tamanho ósseo); entretanto, algumas circunferências
também são altamente associadas ao componente de gordura. Isso confirma o
fato de que as medidas de circunferência refletem tanto o componente gordura,
quanto massa livre de gordura da composição corporal.
80
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
Leonardo de Arruda Delgado
7.2.2 Equações de predição de circunferências
Apesar de alguns modelos antropométricos de predição incluir
combinações de dobras cutâneas, circunferência e diâmetros ósseos para
estimar
a
composição
corporal,
apenas
aquelas
equações
utilizando
circunferências como fatores de predição serão abordados nessa sessão,
devido as seguintes razões:
-
A
validade
de
predição
de
equações
de
predição
de
circunferência não é muito melhorada com a adição de medidas
de dobras cutâneas, em alguns casos como na equação de
McARDLE, são invalidas.
-
Equações antropométricas usando apenas circunferências como
fator de predição estimam a gordura corporal de indivíduos
obesos com mais exatidão que equações de predição de dobras
cutâneas (SEIP & WELTAMN, 1991)
-
Comparando com as dobras cutâneas, as circunferências podem
ser medidas com menor possibilidade de erro.
-
Alguns avaliadores podem não ter acesso a adipômetros.
Dentre as equações que podem ser utilizadas para determinação do
percentual de gordura que utilizam as medidas de circunferência vamos citar as
equações de KATCH & McARDLE (1983), WELTMAN et al (1987-1988) e
DOTSON & DAVIS (1991).
81
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
Leonardo de Arruda Delgado
7.2.2.1
Equações de KATCH & McARDLE (1983)
KATCH & McARDLE, através de estudo realizado em dois grupos
compostos por indivíduos de ambos os sexos um com idade variando de
dezessete a vinte e seis anos e outro de vinte e sete a cinqüenta anos estes
autores apresentaram uma proposta que pode ser utilizada na predição do
percentual de gordura. A gordura corporal é calculada a partir das equações
abaixo de acordo com as características dos avaliados:
MULHERES de 17 a 26 anos
Destreinadas
%GC=[(0,509+26,73.C-AB)/50,8]+[(0,1594+41,61.C-CX)/50,8]-[(60,35.Ant B-0,1524)/35,554] 19,6
Treinadas
%GC=[(0,509+26,73.C-AB)/50,8]+[(0,1594+41,61.C-CX)/50,8]-[(60,35.Ant B-0,1524)/35,554] 22,6
MULHERES de 27 a 50 anos
Destreinadas
%GC=[(0,127+23,75.C-AB)/50,805]+[(24,73.C-CX-0,0508)/50,8]-[21,69.C-P/38,1]-18,4
Treinadas
%GC=[(0,127+23,75.C-AB)/50,805]+[(24,73.C-CX-0,0508)/50,8]-[21,69.C-P/38,1]-18,4
HOMENS de 17 a 26 anos
Destreinado
%GC=[(0,2032+55,51.C-B)/38,1]+[(27,55.C-AB+0,5334)/53,34]-[( 0,1778+81,44.Ant B)/38,1]10,2
Treinado
%GC=[(0,2032+55,51.C-Br)/38,1]+[(27,55.C-AB+0,5334)/53,34]-[( 0,1778+81,44.Ant B)/38,1]14,2
82
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
Leonardo de Arruda Delgado
HOMENS de 27 a 50 anos
Destreinado
%GC=[(22,005.C-Q)/53,34]+[(0,381+17,46.C-AB)/49,53]-[(33,77.Ant B.-0,17490)/28,57]-15
Treinado
%GC=[(22,005.Q)/53,34]+[(0,381+17,46.AB)/49,53]-[(33,77.Ant B.-0,17490)/28,57]-19
7.2.2.2
Equações WELTMAN et al (1987-1988)
Esses autores desenvolveram em 1987 uma equação para homens
obesos de (30 a 45% de gordura corporal), com idade entre vinte e quatro a
sessenta e oito anos, utilizando circunferências abdominais e peso corporal
como preditores.
Posteriormente (1988) em estudo similar envolvendo mulheres de
vinte a sessenta anos, desenvolveram outra equação antropométrica para
estimar a gordura corporal em obesas. Ainda em 1988 foram desenvolvidas
equações antropométricas generalizadas para estimar a Dc, a partir de
medidas de circunferências em mulheres (15 a 79 anos) e homens (21 a 78
anos).
A avaliação cruzada dessas equações indicou que a validade de
predição da equação para mulheres era boa (erro padrão de estimativa ou EPE
= 0,0082 g/cm³), mas o EPE para a equação dos homens (0,0107g/cm³) era
insatisfatória. Dessa forma, não recomendamos essa equação para estimar a
DC de homens idosos.
83
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
Leonardo de Arruda Delgado
Estas
equações
envolvem
combinações
de
circunferência
abdominais, peso corporal e estatura. As equações utilizam dois sítios de
medidas. O primeiro consiste na circunferência abdominal entre o processo
xifóide e o umbigo e o segundo, na circunferência abdominal ao nível do
umbigo.
Equação para Homens de 24 a 68 anos
%GC = 0,31457 (C-AB)-0,10969 (PC)+10,8336
Equação para Mulheres de 20 a 60 anos
%GC = 0,11077 (C-AB) – 0,17666 (AL)+0,14354 (PC)+51,03301
Equação para Mulheres de 15 a 79 anos
Dc = 1,168297-[0,002824.C-AB] + [0,0000122098.(C-AB)²] -[0,000733128.CQ]
+[0,000510477.AL] - [0,000216161. I)
Para obter a estimativa de %GC de mulheres idosas, use a fórmula
de conversão a seguir:
%GC = [(5,01/Dc)-4,57]x100
Onde:
C-AB = Média aritmética da circunferência da cintura e do abdome (C-AB = Cintura+
Abdome/2)
CQ = Circunferência do Quadril
I = Idade; AL = Altura e PC = Peso corporal
84
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
Leonardo de Arruda Delgado
7.2.2.3
EQUAÇÕES DE DOTSON E DAVIS (1991)
Através da analise da composição corporal, em uma amostra de 440
homens e 200 mulheres, DOTSON e DAVIS criaram, em 1991, um método a
fim do determinar o percentual de gordura corporal. Este método, segundo os
autores, trouxe resultados fidedignos nos EUA, em benefício da prescrição de
programas em academias para indivíduos teoricamente saudáveis. A equação
em que se baseia pode não ser quando aplicada em indivíduos muito magros
ou obesos.
Em 1998, um estudo comparou o percentual de gordura corporal
predito a partir das circunferências com o predito através das dobras cutâneas.
Os resultados obtidos por TORRES acatam o método de circunferências. O
teste de PEARSON indicou umna significância de p< 0.001, no que tange à
análise sobre os dados do grupo masculino, referente a todas as comparações
efetivadas entre os protocolos utilizados, e de pelo menos p< 0.05 para o
feminino. As equações para determinar o percentual de gordura corporal são
as seguintes:
Para Homens:
G% = [85,20969 x Log (AB - Pç) / 2,54] - [69,73016 x Log(estatura(cm) / 2,54)]+ 37,26673
r = 0.90
ES = 3,52%
Para Mulheres:
G%={161,27327 x [Log (AB + GL-Pç)/2,54]}-[100,81032 x Log (estatura{cm}/2,54)]-69,55016
r = 0.85
ES = 3,64%
Onde:
Pç = Circunferência do Pescoço (cm); AB= Circunferência do Abdome (cm); GL=
Circunferência do Quadril (cm).
85
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
Leonardo de Arruda Delgado
8 FRACIONAMENTO DA MASSA CORPORAL TOTAL
Após estabelecer o percentual de gordura, pode facilmente obter os
valores absolutos dos componentes da composição corporal, utilizando-se as
equações de decomposição da composição corporal de dois ou mais
compartimentos.
A primeira tentativa de fracionamento da massa corporal (peso) foi
desenvolvida por MATIEGKA (1921) que desenvolveu uma série de equações
para estimar o peso da pele mais o tecido adiposo subcutâneo, dos músculos
esqueléticos, dos ossos e do tecido residual (órgãos e vísceras), mas que não
teve grande repercussão entre os estudiosos da composição corporal, pois ao
somar os valores obtidos por seu método para cada um dos componentes
encontravam-se, muitas vezes, valores bastante discrepantes em relação ao
peso corporal total do indivíduo. O próprio MATIEGKA em um de seus estudos
reconheceu a necessidade de novos estudos com cadáveres, para validar os
coeficientes que verificou.
Com o propósito de oferecer maior clareza e objetividade á analise e
a interpretação dos diferentes componentes e suas implicações, tornou-se
habitual considerar a composição corporal sob um sistema de dois
componentes.
O modelo clássico de dois componentes divide a massa corporal
total em compartimentos de gordura (MG) e massa livre de gordura (MLG). A
86
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
Leonardo de Arruda Delgado
aplicação
deste
modelo
de
dois
componentes
requer
os
seguintes
pressupostos (BROZEK et al., 1963; SIRI, 1961) apud HEYWARD &
STOLARCZYK (2000, 9):
1. A densidade da gordura é de 0,901 g/cm³;
2. A densidade da MLG é de 1,10 g/cm³
3. As densidades de gordura e dos componentes da MLG (água,
proteínas, minerais) são as mesmas para todos os indivíduos;
4. O indivíduo avaliado difere do corpo referencial apenas na
quantidade
de
gordura.
A
MLG
do
corpo
referencial
é
estabelecida como 73,8% de água, 19,4% de proteínas e 6,8% de
minerais.
Esse modelo de dois componentes tem servido como fundamento
sobre o qual o método de hidrodensiometria (pesagem subaquática) é
baseado. Usando-se as proporções estabelecidas e suas respectivas
densidades, equações podem ser derivadas para converter a densidade
corporal total do indivíduo (Dc) na pesagem hidrostática em proporções
relativas de gordura corporal (%GC). Duas equações comumente utilizadas são
a equação de SIRI (1961) & a equação de BROZEK (1963):
%GC=[(4,95/Dc)-4,5]x100 (SIRI, 1961)
%GC=[(4,57/Dc)-4,142]X100 (BROZEK, 1963)
87
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
Leonardo de Arruda Delgado
Essas duas equações levam a estimativas de %GC similares para
densidade corporais variando entre 1,0300 a 1,0900 g/cm³. Por exemplo, se a
densidade corporal medida é de 1,0500 g/cm³, as estimativas de %GC, obtidas
substituindo-se esse valor nas equações de SIRI & BROZEK et al., são,
respectivamente, de 21,4 e 21,0%.
Geralmente, as equações do modelo de dois componentes fornecem
estimativas mais precisas de %GC à medida que os pressupostos básicos do
modelo são alcançados. Entretanto, não há garantia de que a composição de
MLG de um indivíduo dentro de um subgrupo populacional irá apresentar
exatamente os valores estabelecidos para o corpo referencial. Na realidade,
pesquisadores têm relatado que essas equações produzem erros sistemáticos
de predição, quando são aplicados a subgrupos populacionais cujas
densidades de MLG variam do valor estabelecido (1,10 g/cm³) e usado para
derivar essas equações.
Avanços tecnológicos recentes para medir os compartimentos da
MLG, água (diluição isotópica), minerais (absortometria de raio X de dupla
energia) e proteínas (análise de ativação de nêutrons), permitiram aos
pesquisadores quantificar a composição de MLG in vivo, usando modelos
multicomponentes
que
levaram
em
conta
variações
individuais
nos
compartimentos de água e minerais da MLG.
Esses estudos demonstraram surpreendente concordância entre a
densidade assumida de MLG (1,10 g/cm³) e a estimativa do modelo
88
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
Leonardo de Arruda Delgado
multicomponente (1,102 a 1,103 g/cm³) para homens brancos, de 19 a 55 anos
de idade, indicando que as equações se SIRI & BROZEK et al. Podem ser
usadas para calcular precisamente a %GC em homens brancos.
Outros pesquisadores têm sustentado que a densidade da MLG
varia de acordo com idade, sexo, grupo étnico, nível de gordura e nível de
atividade física, dependendo principalmente da proporção relativa de água e
minerais incluídos na MLG. Por exemplo, as densidades da MLG de mulheres
negras (1,106 g/cm³) e homens negros (1,113 g/cm³) são maiores que 1,10
g/cm³ devido a seus altos conteúdos minerais (~7,3% MLG) e densidade
óssea.
Com essa diferença na densidade da MLG, a gordura corporal de
negros será sistematicamente subestimada, quando as equações do modelo
de dois componentes forem utilizadas para estimar a %GC. Da mesma forma,
a densidade da MLG de crianças é estimada em apenas 1,084 g/cm³ devido à
mais baixa densidade relativa de minerais (5,2% MLG) e a mais alta
quantidade de água (76,6% MLG), quando comparadas ao corpo referencial.
Além disso, a densidade média da MLG de homens e mulheres
idosos é 1,096 g/cm³, devido a um valor menor de minerais corporais (6,2%
MLG) nessa população. Assim, a gordura corporal relativa em crianças e
idosos seria sistematicamente superestimada usando as equações do modelo
de dois componentes.
89
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
Leonardo de Arruda Delgado
8.1 Fracionamento
componentes
da
composição
corporal
em
dois
Considerando-se que, os componentes corporais que sofrem maior
influencia da atividade física e de dietas são as massas musculares e a
gordura, a tendência dos estudos nessa área tem sido de fracionar o peso
corporal em dois compartimentos: massa gorda e massa corporal magra
(GUEDES, 1994, HEYWARD, 1991; LOHMAN, 1992; MALINA, 1882).
O modelo clássico de dois componentes divide a massa corporal em
compartimento de Gordura (MG) e Massa Livre de Gordura (MLG). A gordura
consiste de todos os lipídeos que podem ser extraídos, e a MLG inclui água,
proteínas
e
componentes
minerais
(SIRI,1961)
STOLARCZYK (op.cit, p. 8). Logo temos:
MCT = MG + MLG
Onde:
MCT = Massa Corporal Total
MG = Massa Gorda
MLG = Massa Livre de Gordura
8.1.1 Massa gorda (MG)
MG = %GC x MCT / 100
8.1.2 Massa livre de gordura (MLG)
MLG = MCT – MG
apud
HEYWARD
&
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
90
Leonardo de Arruda Delgado
8.2 Fracionamento da composição corporal em quatro
componentes
DRINKWATER & ROSS (1980) propuseram uma técnica de
fracionamento da Massa Corporal Total (MCT) em quatro compartimentos,
Massa Gorda (MG), Massa Óssea (MO), Massa Muscular (MM) e Massa
Residual (MR), representada pela expressão:
MCT = MG + MO + MM + MR
Onde:
MCT = Massa Corporal Total
MG = Massa Gorda*
MO = Massa Óssea
MR = Massa Residual
MM = Massa Muscular
8.2.1 Massa óssea (MO)
Com o grande desenvolvimento da cineantropometria em nosso país
na década de 70, devido o intercambio Brasil x USA, o laboratório de fisiologia
do exercício da Universidade federal do Rio de Janeiro, através de um grupo
de pesquisadores liderados por ROCHA, criaram uma equação a partir da
fórmula de Von Döblen, relativamente simples para determinação da Massa
Óssea (MO):
MO = 3,02 (H².U.F.400)0,712
Onde:
*
H = Estatura (m)
U = Diâmetro Biepicondiliano do Úmero (m)
F = Diâmetro Biepicondiliano do Fêmur (m)
Idem ao de dois compartimentos MG = %GC x MCT x 100
91
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
Leonardo de Arruda Delgado
8.2.2 Massa residual (MR)
A massa residual é calculada é calculada pela relação proposta por
WÜRCLE (CARNAVAL 1997, p.64 & FARINATTI, 2000, p.298)
PR Homens = MCT. 24,1%
PR Mulheres = MCT 20,9%
8.2.3 Massa muscular (MM)
A massa muscular em função do funcionamento corporal proposto
por MATIEGKA.
MM = MCT – (MG+MO+MR)
Onde:
MM = Massa Muscular
MCT = Massa Corporal Total
MG = Massa Gorda
MO = Massa Óssea
MR = Massa Residual
8.3 Massa ideal (MI)
A massa ideal, ou peso ideal como é conhecida é definida como o
peso que possibilita ao indivíduo obter o máximo rendimento em qualquer
atividade e mostrar os desvios da normalidade.
92
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
Leonardo de Arruda Delgado
Em outras palavras, seria aquele que está associado ao menor risco
de comprometimento da saúde, especialmente por doenças crônicodegenerativas, como por exemplo: Diabetes, Hipertensão, Hiperlipemias,
dentre outras. Diversos métodos podem ser utilizados para o cálculo de massa
ideal.
8.3.1 Relações entre peso e estatura
As relações entre peso e estatura são instrumentos prático, simples
que pode ser utilizado para estimar a, massa corporal desejável. Sua utilização
baseia-se em índices como: Estatura/Peso, Estatura e Circunferência do Punho
e Estatura² x IMC Médio.
8.3.1.1
Estatura/Peso
Essa é a mais popular forma de determinar a massa corporal
desejável, é conhecida como equação de BROCA.
MI = H -100
Onde:
MCD = massa ideal em (kg)
H = estatura em (cm)
A classificação para indivíduos adultos de acordo com o sexo é a
seguinte:
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Sexo
Biotipo
Masculino
(H - 100)
(H -100) - 5%
(H – 100) - 10%
Brevelíneo
Normolíneo
Longelíneo
8.3.1.2
Feminino
(H-100) - 5%
(H-100) – 10%
(H - 100) – 15%
Estatura e circunferência do punho
De acordo com essa relação, podemos calcular a massa ideal
utilizando a equação:
MI = (H – 100 + 4CP)/2 (Fórmula de MONNEROT-DUMAINE)
Onde:
MI = Massa Ideal
H = Estatura em (cm)
CP = Circunferência do Punho.
8.3.1.3
Estatura² x IMC Médio
Está equação é baseada no IMC. Para uma pessoa adulta, a massa
ideal(MI) é igual a:
MI = IMC desejável x estatura²
Logo:
MI = H² x 22 (p/ Homens)
MI = H² x 20,8 (p/ Mulheres)
Onde:
MI = Massa Ideal (kg)
H = Estatura (m)
IMC médio para homens = 22,0
IMC médio para mulheres = 20,8
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8.3.2 Relação entre MLG e %GC desejável
De acordo com HEYWARD & STOLARCZYK (2000, p.4). Os valores
para gordura corporal estimada, como recomendado por LOHMAN (1992), são
em média de 15% para homens e 23% para mulheres. O padrão de obesidade
que coloca o indivíduo em risco de doença é acima de 25% para homens e
32% para mulheres. Os níveis mínimos saudáveis de %GC são estimados em
5% para homens e 8 a 12% para mulheres.
LOHMAN (1992) apud HEYWARD & STOLARCZYK (op.cit, p.160)
sugere valores de gordura entre 12 e 16% GC para a maioria das atletas
femininas, dependendo do esporte. Em níveis menores de 16% GC, algumas
mulheres tornam-se amenorréicas (menos de três menstruações por ano), o
que pode levar a perda de mineral ósseo ao longo de períodos prolongados de
tempo.
Apesar de a atividade física ser positivamente associada ao
conteúdo mineral ósseo, atletas amenorréicas tendem a ter significativamente
menos conteúdo mineral ósseo do que as mulheres atletas e sedentárias
eumenorréicas (dez a treze ciclos menstruais por ano)(DRINKWATER et
al.,1984; SNOW-HARTER, 1993). Assim, o risco de fraturas por estresse e
osteoporose prematura é aumentado em atletas amenorréicas. Entretanto,
mais pesquisas são necessárias para se entender completamente o papel da
gordura corporal e do peso corporal nessas atletas.
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Levando em conta essa relação McARDLE (1992, p.404) diz que a
massa ideal pode ser determinada com base em um nível desejado de gordura
corporal utilizando a seguinte equação:
MI = MLG x 100/100-%GCIdeal
Onde:
MLG = Massa Livre em Gordura
%GCIdeal = Percentual de Gordura Corporal Ideal ou Desejável
McARDLE(op.cit), considerando como valores de percentagem
(%GC) ideal teórica de gordura 15% para homens e 25% para mulheres,
calcula a massa ideal (MI) teórico e também os excessos ou déficit de peso
corporal. Da seguinte forma:
MI p/ Homens=MLG/0,85
MI p/ Mulheres=MLG/0,75
A Massa Corporal em Excesso (ME) ou Déficit (MD) é igual a:
ME = MCT - MI
No entanto, acredito que o mais importante, na analise da
composição corporal é determinar o percentual de gordura corporal ideal, é ter
o conhecimento das faixas onde poderemos classificar o indivíduo, dentro dos
limites de risco superior e inferior e desta forma, encontrar o valor que mais se
adeqüei a ele. Com esse objetivo, apresentaremos uma série de tabelas que
fornecem valores médios de referência do percentual de gordura corporal para
populações específicas.
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Na tabela 21 encontramos os valores de percentuais de gordura
desejável (ideais) para pessoas sedentárias levando em conta a faixa etária, de
acordo com ACSM, apud Physical Test versão 3.1 for Windows, 1998.
Tabela 21 Gordura desejável para adultos sedentários.
Fonte: ACSM
Faixa Etária (em anos)
Masculino
Feminino
20- 29
14%
19%
30-39
16%
21%
40-49
17%
22%
50-59
18%
23%
>60
21%
26%
A tabela 22 apresenta os percentuais de gordura para determinadas
modalidades desportivas de acordo com COSSENZA apud CARNAVAL (op.cit,
p. 62):
Tabela 22 Valores Médios de Percentuais de Gordura para Algumas Modalidades Desportivas
Homens
Mulheres
Corrida velocidade
10%
17%
Corrida meio-fundo
9%
-
Corrida fundo
9%
12%
-
20%
17%
26%
Basquete
9%
22%
Ciclismo
8%
15%
Remo
11 a 14%
9%
Tênis
12 a 16%
15 a 20%
7%
17%
16 a 20%
24 a 28%
Velocidade
6 a 10%
8 a 12%
Fundo
8 a 12%
10 a 14%
Modalidades
Atletismo
Saltos
Lançamentos
Saltadores
Arremessadores
Natação
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