Folha Maçônica 428
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Folha Maçônica 428
FOLHA MAÇÔNICA Edição 428 23 de novembro de Desde 11 de setembro de 2005 2013 Revista semanal distribuída por e-mail aos cadastrados e dedicada aos assuntos de interesse dos iniciados na Arte Real. Loge maçonnique du Palazzo Roffia Grandes Iniciados Símbolos Polêmica na Folha Medite Conversa ao Pé do Olvido Coluna do Direito Dica Documentos e Fotos Antigos Eureka (Tureka, Nósreka) Com a Palavra o Leitor Enquete Inútil Colaboradores: Editor: Aquilino R. Leal, Robson Granado Francisco Maciel, Gilberto Ferreira Pereira, Heitor Freire GRANDES INICIADOS Andrew Jackson (15 de março de 1767 – 8 de junho de 1845) foi o sétimo presidente dos Estados Unidos (1829–1837). Baseado na fronteira do Tennessee, Jackson foi político e o general do exército que derrotou os índios Creek na batalha Horseshoe Bend (1814), derrotando também os britânicos na batalha de Nova Orleans (1815). Uma figura polarizadora que dominou o Segundo Sistema Partidário nos anos 1820 e 1830, como presidente acabou com o Second Bank of the United States e iniciou o reposicionamento forçado e reassentamento das tribos nativas da América desde o sudeste até o oeste do rio. Seus entusiasmados seguidores criaram o moderno partido Democrático. O período de 1830–1850 depois ficou conhecido como a era da democracia jacksoniana. In January 1835, Jackson paid off the entire national debt, the only time in U.S. history that has been accomplished. However, this accomplishment was short lived. A severe depression from 1837 to 1844 caused the national debt to increase to over $3.3 million by January 1, 1838 and it has not been paid in full since. Foi membro da Harmony Lodge No. 1 Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Andrew_Jackson SÍMBOLOS A Luz Astral As forças da natureza estão à disposição daqueles que lhes sabem resistir. Se quiserdes embebedar os outros, dailhes de beber à vontade, mas não bebais. Se quereis possuir, não vos deis. Dispõe do amor dos outros quem é senhor do seu. Uma vontade lúcida pode agir sobre a massa da luz astral e, com o concurso de outras vontades que absorve e arrasta, pode determinar grandes e irresistíveis correntes. A luz astral se condensa ou se rareia conforme as correntes a acumulam em certos centros. Todo esforço inteligente da vontade é uma projeção de fluido, ou luz humana. A luz astral, subordinada a um mecanismo cego e procedendo de centros dados é uma luz morta e opera matematicamente, conforme os impulsos dados ou conforme leis fatais. A luz humana é subordinada à inteligência, submetida à imaginação e dependente da vontade. É esta luz que, projetada sem cessar pela nossa vontade, forma as atmosferas pessoais. O corpo absorve o que o rodeia e irradia sem cessar. É perigoso achar-se no círculo de atração de outros. A luz astral é o sedutor universal, figurado pela serpente do gênese; é a força cega por si mesma e subordinada a todas as vontades, quer para o bem, quer para o mal. De algum modo indiferente por si mesma, ela serve para o bem, como para o mal; ela leva a luz e propaga as trevas; pode-se chamála igualmente de Lúcifer e de Lucífugo: é uma serpente, mas pode pertencer aos tormentos do inferno como às oferendas de incenso prometidas ao céu. Para apoderar-se dela é preciso pôr o pé sobre sua cabeça. Para dominar a serpente, isto é, para dominar o círculo da luz astral, é preciso chegar a pôr-se fora das suas correntes, isto é, isolar-se. Esta corrente de vida universal é também figurada nos dogmas religiosos, pelo fogo expiatório do inferno. É o instrumento da iniciação, o monstro a dominar, o inimigo a vencer. Folha Maçônica Nº 428, 23 de novembro de 2013 Página 2 A luz astral é a ação fatal e necessária que os espíritos elementares e as almas sofredoras dirigem e tornam mais funestas ainda, com suas vontades inquietas, que procuram simpatias nas nossas fraquezas e nos tentam, menos para nos perder do que para adquirir amigos. Por meio dos reflexos da luz astral, os espíritos impuros podem agir sobre as pessoas, fazer delas instrumentos dóceis e mesmo habituar-se a atormentar o seu organismo, no qual vêm residir por obsessão ou embrionato. Para isolar-se da luz astral é preciso ter imposto uma quietação absoluta ao seu espírito e ao seu coração, ter saído do domínio das paixões e estar seguro na perseverança dos atos espontâneos de uma vontade inflexível. Para dispor da luz astral é preciso também compreender a sua dupla vibração e conhecer a balança das forças, que se chama o equilíbrio mágico, e que em cabala se exprime pelo senário. Compilado de Dogma e Ritual da Alta Magia, Eliphas Levi, Editora Pensamento. São Paulo, 1997. pp.116 a 123. A POLÊMICA NA FOLHA Obesidade mental maçônica (II/II) Os cozinheiros desta magna ‗fastfood‘ intelectual serão os maçons adoradores do passado? Ritualistas Extremados? Os Adeptos da Hipocrisia? Os Falsos Filósofos? O pessoal da rádio Corredor? O Cabotismo? Façamos uma reflexão! O que foi feito? Transformamos o ritual, a prática do pensar em hambúrger do espírito? Pensar é um ato de cumprir o carnê nas sessões? Tivemos conforme relato, por problemas burocráticos, adiamento por três vezes de uma sessão magna de iniciação, sempre postergando ao neófito e a todos os membros da oficina a data anteriormente marcada, na última quando houve a desistência do candidato pelo péssimo exemplo dado, alegaram que ele não servia para a Ordem. Não compreendeu o momento. É possível? A gestão está obtusa e burocrática e culpam a quem deveriam atender. Ou seja, hoje o cliente é o culpado pelo mau atendimento. Ou intromissão crassa, contra a autonomia das Lojas. Proibindo, ações por exemplo que não iniciasse candidato que trabalha no oriente, mas mora em outro. Por peso da gordura, perdemos o candidato, e o proponente, perdendo-se mais um talento. É a obesidade mental em ação. a burocracia antes de qualquer coisa. não há bom senso. O problema central da obesidade maçônica pode estar na sindicância. Não se vê o que deveria ver, nem auxilia a sociedade com orientação necessária. A família não está com problema? A Sociedade não está com problemas? E nós? É de lá que recrutamos os talentos, tão raros hoje. E os que estão e são bons, há uma grande corrente para que saiam. Afinal, a obesidade mental maçônica, não gosta de carne magra e livre. pensou de forma independente, clara e transparente, não serve. Qualquer pai responsável sabe que os seus filhos ficarão doentes se abusarem dos doces e chocolates. Não se entende, então, como aceitam que a dieta mental seja composta por informações preconceituosos, exemplos de éticas duvidosas, depoimentos mentirosos, violência gratuita para se manter no poder, conquistado com dúvida legal e ética. Temos assuntos desmesuradamente eróticos, baixos e levianos nas conversas nos ágapes. Permitindo a permissividade e promiscuidade, que leva a irrelevância da instituição e sua passividade social. E a formação de panelinhas gordurosas? Ficamos comuns, na média. E temos os "abutres", jargão este usado no meio corporativo, que ficam obesos só com a fofoca, com a maledicência, com o servilismo, a submissão interesseira. Permitem deixar de informar para seduzir, agredir e manipular, e quando isso é feito pelo pseudo líder em seu cargo? Fica lamentável, não é mesmo? Quais as consequências? Talvez, tenha aumentado o conhecimento do obeso maçônico, mas só de banalidades. Saiamos do livrinho para ver a confusão intelectual e briga para que o status quo seja mantido. Sempre foi assim - errado, mas foi! Folha Maçônica Nº 428, 23 de novembro de 2013 Página 3 Todos sabem que Kennedy foi assassinado, mas não sabem quem foi Kennedy. Todos dizem que a capela sistina tem teto, mas ninguém suspeita para que ele serve. Alguns dizem que nós fomos iniciados para cumprir o ritual. Não sabem o verdadeiro significado de iniciado. Iniciado é para isso? O homem novo é para ficar no templo? O maior deles, não emagreceu saindo do templo? Compartilhando? E nós? Não admira que no meio da obesidade mental existam ilhas de prosperidade, fazem muito, vão além de encontros temáticos, edição de livros com ações de responsabilidade social, sintonizados com seu tempo. Mas, a grande obesidade está em não ver o novo, puxar para baixo igual caranguejo em cesto, não permitindo que os talentos realizem. Talvez, por medo, inveja e ciúmes, mas mesmo assim alguns fazem. Isso, não se trata nem de uma era em decadência, nem de uma idade das trevas e nem do fim do mundo, mas tratase da percepção da realidade. Ela nos diz que estamos obesos intelectuais. Induzida sutilmente por agregar valores impostos na mente e espírito do maçom. O maçom precisa de raciocínio nos gostos e sentimentos e principalmente de exemplos dos líderes. Só assim, poderemos ficar intelectualmente magros, em vez de obesos mentais. Livres para um bom pensar e agir. Uma dieta com bons livros, com liberdade de expressão, com vez e voz nas assembleias, nos tirará da obediência cega que estamos hoje, para uma disciplina crítica e ética. Afinal, é você quem paga tudo, será que está satisfeito com o que estão fazendo com as suas contribuições? O alimento que estamos ingerindo está de acordo com nossas expectativas? Se desejamos construir famílias mais felizes, empresas mais saudáveis e instituições e comunidades mais solidárias precisamos mudar a forma de pensar da liderança. Afinal, o Maçom é ou não é líder? Líder não pode ser obeso. Pensemos nisso! Pensar, falar, e agir. A ideia que não se transforma em palavra é uma ideia inútil, e a palavra que não se transforma em ação é uma palavra inútil. (Nilson Luiz May - Presidente Instituto Unimed) Meus Gentis Irmãos Todos. Não só pensar por aí, mas principalmente agir a partir daí. Pare de observar, comece a fazer. É sempre melhor fazer para ensinar depois, do que ensinar sempre sem nunca fazer. IrCarlos Augusto G. Pereira da Silva – Ex. V M da Loja obreiros de São João nº 42 - Porto Alegre - RS 6º Fórum Político UNIMED-RS - PENSAR UMA TO POLÍTICO - maio/2010 A OBESIDADE MENTAL - João César das Neves Blog Teoria da Conspiração - O que eles não gostariam que você soubesse... MENTAL OBESITY - Prof.AndrewOitke - Catedrático de Antropologia em HARVAD O que um Líder 5 Estrelas Deve Saber - César Souza - Presidente da Empreenda Conclusão: Não seríamos nós, então, responsáveis pela Maçonaria de hoje? Em vez de reclamar não cabe a reflexão? Será que estamos contribuindo positivamente para a Maçonaria em geral? Somos verdadeiramente imbuídos de comprometimento para com a Ordem? Cumprimos nossos JJur? Este é o VITRIOL semanal que tentamos fazer. Contestar, como já pudemos presenciar várias ocasiões, imaginamos que de nada adiantará e só prejudicará ainda mais nossa Ordem. Senão contestarmos, não reclamarmos, será pior, muito pior, por sermos coniventes e omissos, razão pela qual não desistiremos tão facilmente assim. "Os maçons, as pessoas, se viciaram em estereótipos, em juízos apressados, em ensinamentos tacanhos e em condenações precipitadas. todos têm opiniões sobre tudo, mas não conhecem nada." (Andrew Oitke) Coluna assinada pelo M.·. I.·. Aquilino R. Leal, Fundador Honorário da Aug.·. e Resp.·. Loj.·. Maç.·. Stanislas de Guaita 165 Folha Maçônica Nº 428, 23 de novembro de 2013 Página 4 MEDITE Do nosso capital O que é capital? Temos muitas definições. Por exemplo: É aquilo que é essencial, fundamental, primário, principal. Pode ser o local onde se abriga a alta administração de um país, de um estado, de uma província, de um departamento. Temos ainda as definições econômicas: Capital circulante é o consumido na produção da indústria, na distribuição de bens e serviços; trata-se do capital de giro, que é o excesso do ativo corrente sobre o passivo corrente, constituindo o patrimônio da empresa que está em movimento. Capital de risco, investimento em operação que poderá trazer algum resultado duvidoso. Capital efetivo é o realmente integrado na atividade social e utilizado para o desenvolvimento dos negócios sociais. Capital disponível é o valor pecuniário, que uma sociedade dispõe para satisfazer suas obrigações ou atender seus negócios. Pois bem. Há uma outra questão, e que é uma conclusão a que chegamos: todos nós, humanos, animais, plantas, enfim tudo o que existe em nosso planeta, temos um capital comum que é inerente a todos; que é renovável diariamente, permanentemente, que não se desgasta, que é depositado constantemente na conta disponível de cada um e cuja utilização será o diferencial em função do comportamento de cada um e que Deus, na sua infinita sabedoria, distribuiu igualmente a todos, sem que ninguém possa reclamar que tem demais ou de menos: o tempo. E que é uma questão de administração e de preferência. E o que é interessante de se observar é que a grande maioria das pessoas não se dá conta disso. São 24 horas que se renovam todos os dias, 1440 minutos, 86400 segundos, que são creditados em nossa conta. As pessoas passam toda uma encarnação e, muitas vezes, não aproveitam a oportunidade que ele representa, e não utilizam esse capital. É muito comum ouvir-se: eu não vi o dia passar. Puxa, já estamos em novembro, o fim do ano está aí, como o tempo passa rapidamente. E por que acontece isso? Exatamente pela falta de noção do que representa esse capital imenso, porque a maior parte do tempo não estamos presentes, agindo no automático, e como tal, deixamos de utilizá-lo e muitas vezes ficamos reclamando. A distribuição igualitária do tempo - a todos – confirma a infinita justiça e sabedoria de Deus, porque para Ele não há diferenças entre os seus filhos. Para Deus não existe pobre. Nem rico. Essas classificações são feitas pela sociedade humana que dividiu os seres em função do seu patrimônio, é uma questão social. Para Deus também não existe a questão racial, que é outra distinção feita pela sociedade. Essa questão da igualdade com que Deus trata os seus filhos tem um exemplo na história: por ocasião da grande caminhada dos judeus, ao saírem do Egito em direção à Terra Prometida, que durou quarenta anos, diariamente descia do céu o alimento para todo o povo - o maná - e a cada um cabia uma porção que servia para o seu alimento por 24 horas. Alguns desavisados ou aproveitadores teimavam em guardar mais do que o devido e quando chegavam para alimentar-se verificavam que o excesso recolhido esvaía-se e não podia ser aproveitado. Assim, na realidade, Deus aquinhoou a cada um, igualmente, com a mesma porção de fé (que é um atributo inerente ao espírito. Não é crença). inteligência, capacidade, discernimento, sabedoria, amor. Cabe a cada um descobri-la. O entendimento dessa realidade leva o ser humano a atingir a sua salvação, porque o liberta da prisão, do apego, da dependência a que o submete a religião, qualquer que seja a sua pregação e origem. E também ao conhecimento de que cada um é o seu próprio salvador: nenhum de nós depende de um salvador externo, por mais que seja enfeitada a sua imagem. Para se assumir essa posição é preciso coragem. Folha Maçônica Nº 428, 23 de novembro de 2013 Página 5 A propósito, Deus fala a Moisés, quase no fim do livro Deuteronômio, que Ele não colocou o seu mandamento no céu, para que o homem não dissesse que não poderia alcançá-lo; que não o colocou no além-mar, para que o homem não dissesse que não tinha como transpor o oceano para encontrá-lo; Ele o colocou no coração do homem, para que não houvesse desculpa, exatamente significando que não há necessidade de nenhum intermediário para falar como Ele. O caminho fica, dessa maneira, claramente determinado. Basta consultar o coração. Na medida em que cada um entender o significado e a finalidade do tempo, poderá aplicá-lo conscientemente na sua própria libertação. Para finalizar, um princípio de ordem hermética, que eu tenho repetido sempre: ―se compreendes, as coisas são como são; se não compreendes, as coisas são como são‖. Heitor Freire, M.´. M.´. CONVERSA AO PÉ DO OLVIDO - Isso é só um trecho do meu livro ―Brasil, o futuro chegou‖. - Lê. - Está faltando muita coisa ainda. - Lê logo, não enrola. - Então lá vai. ―A decretação da prisão dos mensaleiros no dia 15 de novembro de 2013 reproclamou a República. Mais do que isso: reinventou o Brasil. O futuro tinha chegado, mas ninguém sabia ainda. Na época, os especialistas afirmaram que as detenções mostravam que político também pode ir para a cadeia e serviam de alerta para governantes, legisladores e administradores públicos. Poucos imaginavam (inclusive os principais atores) que a novela ―O Mensalão‖ terminaria com políticos do alto escalão condenados e presos. ―Para os especialistas, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) teria um efeito educativo muito grande por inibir a corrupção e abrir um precedente histórico. Ou em palavras nobres: criou-se ‗um novo momento paradigmático, que explicita que a prática ilícita de desvio de verbas e a má utilização de recursos públicos, bem como o tráfico de influência, são passíveis de punição, mesmo quando os acusados pertencem aos altos escalões da República. Dessa forma, é possível afirmar que o processo de julgamento do mensalão contribuiu positivamente para elevar a preocupação dos demais atores políticos com relação à sua atuação no poder público‘. Em outras palavras: aqueles que exercem ‗podres poderes‘ agora vão direto para a prisão para não contaminar mais o cesto de maçãs da Pátria. - Bonito. - Você acha? - Eu trocaria o cesto de maçãs pelas tetas da Pátria. Para não mamarem mais nas tetas da Pátria. - Gostei. Vou pensar. Continuando: ―Dias depois daquele inesquecível 15.11.13, ministros do STF não pouparam críticas ao sistema carcerário do país. Dizia um deles: ―Temos 70 mil presos em delegacia, provisórios e definitivos. É um quadro de vergonha‖, e reclamava da falta de estabelecimentos próprios para o cumprimento de penas. Um outro defendeu uma discussão ampla Folha Maçônica Nº 428, 23 de novembro de 2013 Página 6 sobre a viabilidade da prisão de criminosos de alta periculosidade com aqueles que cometem crimes de colarinho branco. Quer dizer: para os ministros, os nobres corruptos não podiam se misturar com a ralé dos ratungas, ladrões de galinhas, assaltantes a mão armada de tostões, e até braços direitos homicidas a serviço de cidadãos de luvas de pelica. Um ministro chegou a argumentar que era preciso ―compreender a angústia de quem está condenado‖ e que era lícito um desses condenados ter escapado, ―principalmente conhecendo as condições desumanas das nossas penitenciárias‖. Já teve aquele ministro que meteu o dedo na ferida e disse tudo em poucas palavras felizes: ‗Para ir preso no Brasil, é preciso ser muito pobre e muito mal defendido. O sistema é seletivo, é um sistema de classe. Quase um sistema de castas‘.‖ - Perfeito. ―Pois bem. Segundo o relatório ‗A Visão do Ministério Público sobre o Sistema Prisional Brasileiro‘, elaborado pela Comissão de Sistema Prisional, Controle Externo da Atividade Policial e Segurança Pública do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público), naquela época os 1.598 estabelecimentos prisionais inspecionados pelos membros do Ministério Público em todo o Brasil tinham capacidade para 302.422 pessoas, mas abrigavam 448.969 presos. O déficit era de 146.547 vagas (48%). A maioria dos estabelecimentos não separava presos provisórios de definitivos (79%), presos primários dos reincidentes (78%) e os conforme a natureza do crime ou por periculosidade (68%). Foram registradas 121 rebeliões e 769 mortes. Houve apreensão de droga em 40% dos locais inspecionados e foram registradas mais de 20 mil fugas, evasões ou ausência de retorno após concessão de benefício. Ao mesmo tempo, houve recaptura de 3.734 foragidos. ―Com a entrada dos nobres corruptos o sistema prisional foi reformado e as prisões ganharam estrelas como os hotéis, além de novas modalidades tipo prisão-spa, prisão-veraneio, prisão-cassino (as ―Las Vegas‖), prisão-boate (as prisões mistas), entre tantas outras. ―Tudo ia bem até que povo entendeu de vez o que é regime semiaberto e aberto‖. - No regime semiaberto, o cumprimento da pena deve ocorrer em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar. O condenado poderá ser alojado em locais coletivos e sua pena estará atrelada ao seu trabalho. Um exemplo comum nesse tipo de prisão é reduzir um dia de pena a cada três dias trabalhados. No regime aberto, o preso cumpre a pena em casa de albergado, que é um presídio de segurança mínima, ou estabelecimento adequado — as limitações, neste caso, são menores. Os presos permanecem no local apenas para dormir e nos finais de semana, e exige-se que ele trabalhe ou prove que tem condição de ir para o mercado de trabalho imediatamente após a progressão. - Você leu o Código Penal? - Eu e todos os advogados. Presos leem outras coisas ou não leem nada e por isso estão presos. Acho. - Por isso existem poucos advogados presos. - Não sei. Políticos não leem a Constituição e agora são presos por isso. - Tudo bem. Em frente. ―A arraia-miúda começou a cometer pequenos delitos para dormir de noite na cadeia e trabalhar de dia, uma forma criativa de fugir da escravidão do aluguel e do inferno do transporte público. Quando as autoridades do sistema prisional se deram conta da manobra, começaram a transferir a população carcerária Folha Maçônica Nº 428, 23 de novembro de 2013 Página 7 corrupta para condomínios fechados em regime de prisão domiciliar. O povo contraatacou invadindo as prisões e transformando as celas em moradias permanentes. Armou-se uma confusão legal.‖ - Confusão legal? - Você acha melhor confusão jurídica? Confusão jurisprudente? - Continua. - ―Ninguém mais sabia separar um deputado preso por peculato de um cidadão prisioneiro por livre e espontânea vontade. As autoridades decidiram desocupar as prisões, mas as forças policiais estavam ocupadas defendendo os quartéis onde viviam com certo conforto. Por outro lado, milhões de manifestantes ameaçavam invadir os condomínios fechados porque o povo evoluiu e descobriu que era mais vantajoso sair do regime semiaberto e aberto para a prisão domiciliar. Os historiadores chamaram aqueles tempos de Os Anos da Bolha Imobiliária ou a Revolução Imóvel.‖ - E o JB? - O quê? - O Joaquim Barbosa. Você não falou nele até agora. - Ele vai ter um capítulo especial. - Só um capítulo? Foi ele quem começou isso tudo, e já está indo para o quarto mandato presidencial. - Ele não vai aceitar o quarto mandato. - Ele disse que não ia aceitar o terceiro quando o povo invadiu o Planalto com aquela cantoria idiota: ―Fica fica fica fica/Daqui não sai, não sai não/Não tira da parede/O retrato do negão‖. E ficou. - Ele anda dizendo que a dor na coluna voltou. A sacroileíte é uma inflamação na base da coluna, entre os ossos sacro e ilíaco. - Sei, sei. Quer apostar quanto que ele vai ficar? O poder cura qualquer sacroileíte. Coluna assinada pelo Ir.·. Francisco Maciel, membro da Aug.·. e Resp.·. Loj.·. Maç.·. D’Artagnan Dias Filho 148 – GLMERJ Folha Maçônica Nº 428, 23 de novembro de 2013 Página 8 COLUNA DO DIREITO CARTÃO DE CRÉDITO Compras com cartão de crédito são consideradas pagamento à vista? Sim. O entendimento dos Procons é que as compras feitas com cartão de crédito são consideradas à vista e somente o fornecedor deve arcar com as taxas cobradas pelas administradoras do serviço. Qualquer benefício oferecido pelos lojistas ao pagamento à vista deve também ser aplicado às compras com cartão. Coluna assinada pelo Ir.·. Gilberto F. Pereira, Fundador da Aug.·. e Resp.·. Loj.·. Maç.·. Stanislas de Guaita 165 DICA Dica literária Índice Introdução 1. A Morte de uma Nação Uma Nova Luz sobre Velhas Crenças. Os Anos Perdidos. Folha Maçônica Nº 428, 23 de novembro de 2013 Conclusão 2. Os Segredos de Rosslyn Os Nove Cavaleiros. Um Santuário Templário. Uma Linha de Conhecimento. Os Cavaleiros da Cruz Vermelha da Passagem da Babilônia. Página 9 Os Segredos das Pedras. Conclusão 3. A História Perdida da Maçonaria Os Segredos da Maçonaria. O Poder e a Glória. Os Anos Primordiais. O Primeiro Grão-Mestre da Escócia. Os Graus Ocultos. Conclusão 4. O Retorno dos Reis de Deus Mil Anos de Escuridão. O Motivo Revelado. A Hipótese dos Rex Deus. O Tarô e os Templários. Conclusão 5. O Santo Graal dos Templários As Origens do Rei Arthur. O Significado Oculto. O Surgimento do Santo Graal. Conclusão 6. O Nascimento do Segundo Messias As Últimas Cruzadas. Os Problemas de Filipe IV. A Batalha pelas Finanças da Igreja. Um Papa Francês. O Último Grão-Mestre dos Templários. Conclusão 7. O Enigma Feito em Linho A Fé é Cega. A História do Sudário. O que é o Sudário? Algumas Teorias de Origem. Uma Imagem fora do Comum. Reproduzindo a Face A Evidência em Sangue. Conclusão 8. O Sangue e as Chamas A Santa Inquisição. O Interrogatório no Templo A Confissão de Jacques de Molay. A Negação Final. Conclusão 9. O Culto ao Segundo Messias Um Tempo para Profecias. O Mundo Cristão em Necessidade A Batalha pela Imagem Sagrada Os Templários Sobrevivem. Conclusão 10. O Grande Segredo da Maçonaria Uma Religião para os Rex Deus Os Rituais Perdidos O Grande Segredo Reconstruído Nossas Questões Respondidos O Fim do Enigma do Sudário A Topologia do Passado Apêndice I: A Linha de Tempo. Apêndice II: A Carta de Direitos de Transmissão de J. M. Larmenius. Apêndice III: O Processo Químico que Criou a Imagem do Sudário de Turim DOCUMENTOS E FOTOS ANTIGAS O Templo no Centro Maçônico Cloisters, em Letchworth Garden City, Reino Unido Folha Maçônica Nº 428, 23 de novembro de 2013 Página 10 EUREKA (TUREKA E NÓSREKA) Contestações, lances, bobagens, respostas, estudos, crendices, fatos, curiosidades, sofismas, perguntas, humor, nostalgia, outros e... nós! variados, ‘nóstícias’ Três com padres (não compadres!) O vigário de um vilarejo tinha um pinto como mascote, o Valente. Certo dia, o pinto Valente desapareceu, e ele achou que alguém o havia roubado. No dia seguinte, na missa, o vigário perguntou à congregação: Algum de vocês aqui tem um pinto? Todos os homens se levantaram. Não, não, disse o vigário, não foi isso que eu quis dizer. O que eu quero saber é se algum de vocês viu um pinto? Todas as mulheres se levantaram. Não, não, repetiu o vigário... O que eu quero dizer é se algum de vocês viu um pinto que não lhes pertence. Metade das mulheres se levantou. Não, não, disse o vigário novamente muito atrapalhado. Talvez eu possa formular melhor a pergunta:O que eu quero saber é se algum de vocês viu o meu pinto? Todas as freiras se levantaram. Deixa pra lá! Manhã tranquila numa cidadezinha do sul das Minas Gerais... Vamos lá, que seja Lima Duarte. O padre estava em frente à igreja quando viu passar uma garotinha de unsnove ou dez anos, pés descalços, franzina, meio subnutrida, arangelical, conduzindo umas seis ou sete cabras. Era com esforço que a garotinha conseguia manter reunidas as cabras e fazê-lascaminhar. O padre observava a cena. Começou a imaginar se aquilo não era um casode exploração de trabalho infantil e foi conversar com a menina. Olá, minha jovem. Como é o seu nome? Rosineide, seu padre. O que é que você está fazendo com essas cabras, Rosineide? É pro bode cobrir elas, seu padre. Tô levando elas lá pro sítio deseu João. Me diga uma coisa, Rosineide, seu pai ou seu irmão não podiam fazer isso? Pode não, seu padre! Já fizeram... Mas num dá cria... Tem que ser um bode mesmo! Uma solteirona descobre que uma amiga ficou grávida com apenas uma oração que fez na igreja de uma aldeia próxima. Dias depois, a solteirona foi a essa igreja e diz ao padre: Bom dia, padre. Bom dia, minha filha. Em que posso ajudá-la? Sabe, padre, eu soube que uma amiga minha veio aqui há várias semanas e ficou grávida só com uma Ave-Maria. É verdade, padre? Não, minha filha, não foi com uma Ave-Maria. Foi com um padre nosso... Mas ele já foi transferido! Colaboração do MI Aquilino R. Leal, Fundador Honorário da Aug e Resp Loj Maç Stanislas de Guaita 165 Com a palavra o leitor: Ordens paramaçônicas Na década de 1990, nosso inesquecível Irmão Alberto Mansur presenteou a Maçonaria Brasileira com os De Molays para nossos Sobrinhos, as Filhas de Jó para nossas Sobrinhas e seguindo-se com a Estrela do Oriente para nossas Cunhadas. Os anos evoluíram e a vaidade Maçônica, a intolerância, fez com que perdêssemos muito da caminhada. Felizmente, hoje estamos ressurgindo com a prudência, recolocando os Princípios antes do pessoal ou político. Folha Maçônica Nº 428, 23 de novembro de 2013 Página 11 Parabéns à A.R.G.B.F.L.M. Vigilância N°1 (GLMRJ-REAA) ao reviver, ao retornar a atividade nossas Filhas de Jó, no seu Bethel 03 Cidade de Niterói, onde minha filha, hoje casada, médica, Tatiana Soares da Rocha fez parte de sua primeira Administração em 1993. Past Grão-Mestre Adjunto Fernando Paiva da Rocha Filho - GLMERJ Enquete inútil: Pergunta: Como é de costume, adiante se encontra o áudio de duas conhecidas séries televisivas no século passado; tua tarefa é simples: identificar o nome da série aqui envolvida. Nota: Enquete não recomendada para menores de 40 anos! Em verdade o segundo tema é bem conhecido... ÁUDIO ENQUETE 7-FOLHA MAÇÔNICA-AQUILINO R. LEAL.wav ÁUDIO ENQUETE 8-FOLHA MAÇÔNICA-AQUILINO R. LEAL.wav Para ouvir o áudio basta um duplo click com o botão esquerdo do mouse no respectivo ícone – não esquecer de ligar o sistema de som do computador! NOTA DA REDAÇÃO: As edições do FOLHA MAÇÔNICA, extensão docx, são enviadas aos seus leitores no formato pdf enquanto arquivos não documento acompanham como anexo no mesmo e-mail tornando-o ‘pesado’. Como alguns leitores não têm interesse no conteúdo de tais anexos resolveu-se postar os mesmos no PONTO CULTURAL DO FOLHA MAÇÔNICA (link http://sdrv.ms/QobWqH) onde os interessados os poderão ‘baixar’; nesta edição disponíveis na pasta FOLHAS MAÇÔNICAS, POLÊMICAS E EUREKAS\EDIÇÕES 401 A 500\Folha Maçônica 428 e 429-ANEXOS-ENQUETE. Pergunta da edição anterior: Usando dois palitos de uma caixa de fósforos, qual o maior número que pode ser formado com eles? O maior número possível é 69! Veja a imagem abaixo. Visite nossas páginas online: Novo Site para download das edições da Folha Maçônica: http://sdrv.ms/QobWqH Novo link do ponto cultural da FM onde estão disponibilizados 15,7 mil títulos sobre a Ordem e afins; como está em fase de conclusão existirão falhas que pedimos serem apontadas para o seu melhoramento, assim como aguardamos comentários no sentido da apresentação e conteúdo. Blog com desenhos e pinturas do Irmão Robson Granado: http://robsongranado.blogspot.com/ Folha Maçônica Nº 428, 23 de novembro de 2013 Página 12 Mural Pagamento de dívidas Ailton Elisiário No Direito das Obrigações há, entre outras, dois tipos de obrigação: a ―portable‖ ou portável e a ―querable‖ ou quesível. Tais obrigações estão ligadas ao local de pagamento da dívida. Na primeira, o devedor para se desobrigar da obrigação deve se dirigir ao domicílio do credor. Na segunda, cabe ao credor procurar o devedor para haver o seu pagamento. Exemplo de uma dívida ―portable‖ é o de taxas de condomínio. Aqui, o devedor deve efetuar o pagamento no próprio condomínio ou onde este determinar. Exemplo de uma dívida ―querable‖ é a conta de energia, água e telefone, em que a empresa prestadora do serviço deve efetivar a cobrança enviando ao consumidor a conta para pagamento em prazo razoável e anterior ao vencimento. Na grande maioria das vezes a dívida é sempre ―querable‖, conforme artigo 327 do Código Civil, assim redigido: ―Efetuar-se-á o pagamento no domicílio do devedor, salvo se as partes convencionarem diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da obrigação ou das circunstâncias‖. Assim, se não existir contrato escrito ou se o contrato não estipular qual a natureza da obrigação, a regra é que o pagamento deve ser feito no domicílio do devedor. Tenho observado, porém, que credores de dívidas quesíveis não têm respeitado esta regra. Notadamente nos casos das empresas de água, luz e telefone, de administradoras de cartões de crédito e de lojas comerciais, que têm considerado o consumidor inadimplente, mesmo nos casos de greve dos funcionários dos correios que culminam na não entrega das correspondências. Além disso, forçam o consumidor a receber ―on line‖ sua conta. Multas e juros têm sido cobrados indevidamente nestes casos, sob a alegação de que o devedor deve telefonar para pedir o código de barras ou acessar o ―site‖ do credor para fazer o ―download‖ de sua conta ou fatura, pouco importando se houve atraso na entrega da conta ou do título de crédito por obra de terceiros. É como que toda e qualquer dívida seja portável, obrigando o devedor procurar o credor para realizar o pagamento de sua dívida. O Código do Consumidor protege o devedor nestas situações, devendo ser acionado os programas de orientação e proteção ao consumidor (procons) ou o juizado especial para solver a questão. O patrono da Loja Maçônica Stanislas de Guaita nº 165 - GLMERJ Folha Maçônica Nº 428, 23 de novembro de 2013 Página 13
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