Corredor Atlântico

Transcrição

Corredor Atlântico
REDE TRANSEUROPEIA DE TRANSPORTES
E
CORREDOR ATLÂNTICO
2015-06-18
José Cruz
Técnico Superior
Enquadramento
Regulamento (UE) Nº 1315/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho de 11 de
dezembro de 2013, relativo às orientações da União para o desenvolvimento da
Rede Transeuropeia de Transportes (RTE-T)
Desenvolvimento da RTE-T em 2 níveis:
 Rede Global (Comprehensive) – Todas as infraestruturas de transporte (ferroviário, vias
navegáveis interiores, rodoviário, transporte marítimo e autoestradas do mar, transporte
aéreo e transporte multimodal) existentes e planeadas da RTE-T, bem como medidas
destinadas a promover uma utilização eficiente e sustentável, dos pontos de vista social
e ambiental, dessa mesma infraestrutura (conclusão até 2050.12.31)
 Rede Principal (Core) – Partes da Rede Global estrategicamente mais importantes para
atingir os objetivos de desenvolvimento da RTE-T (conclusão até 2030.12.31)
A Rede Principal será implementada de forma coordenada por meio de 9
corredores multimodais, abrangendo os fluxos de longa distância mais
importantes dessa rede e visando, em especial, melhorar as ligações
transfronteiriças no interior da UE, atravessando cada corredor, pelo menos, 2
fronteiras e envolvendo, se possível, pelo menos 3 modos de transporte,
incluindo, se adequado, as Autoestradas do Mar
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Rede Transeuropeia de Transportes (RTE-T)
Rede Principal (Core Network) – 9 Corredores
Multimodais
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Rede Transeuropeia de Transportes - Portugal
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Rede Transeuropeia de Transportes – Nós em Portugal
XXXXx
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Enquadramento
Regulamento (UE) Nº 1316/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho de 11 de dezembro
de 2013, que cria o Mecanismo Interligar a Europa (CEF – Connecting Europe Facility)
Orçamento (Período 2014-2020): 30,4 mil milhões de euros (valores ajustados previsionais
depois da transferência para o EFSI - Fundo Europeu de Investimentos Estratégicos)
 Transportes – 24,1 mil milhões de euros, dos quais 11,3 mil milhões de euros
provenientes do Fundo de Coesão
 Telecomunicações – Mil milhões de euros
 Energia – 5,4 mil milhões de euros
As verbas do Fundo de Coesão deverão respeitar as dotações previstas para os países pelo
Fundo de Coesão, em convites a lançar até 2016.12.31. A partir de 2017, os recursos do
Fundo de Coesão transferidos para o CEF que não tiverem sido afetados serão
disponibilizados em todos os Estados Membros elegíveis para financiamento pelo Fundo de
Coesão
Anexo I – Parte 1 – Alínea 2) – Corredores da Rede Principal:
Corredor Báltico – Adriático
Corredor Reno - Alpes
Corredor Mar do Norte - Báltico
Corredor Atlântico (único que atravessa Portugal)
Corredor Mediterrâneo
Corredor Mar do Norte – Mediterrâneo
Corredor Europa Oriental / Med. Oriental
Corredor – Reno – Danúbio
Corredor Escandinávia – Mediterrâneo
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Enquadramento
Comunicação da Comissão COM(2013) 940 final, Bruxelas, 2014.01.07 – Construir a
rede principal de transportes: os corredores da rede principal e o Mecanismo
Interligar a Europa (CEF) / Implementação
Funcionamento dos Corredores da Rede Principal
 Coordenadores – Direção dos trabalhos relativos aos Corredores
 Fórum dos Corredores – Órgãos Consultivos, presididos pelos Coordenadores
Europeus / Cooperação estreita entre os Estados Membros envolvidos e os
Coordenadores (e Grupos de Trabalho para questões técnicas específicas)
Calendarização geral dos trabalhos
 1º Trimestre / 2014 – Nomeação dos Coordenadores Europeus √
 Abril, junho, outubro e novembro de 2014 – Reuniões dos Fóruns dos Corredores /
Elaboração dos Estudos dos Corredores (Abril a dezembro de 2014) √
 Apresentação de proposta de Planos
Coordenadores Europeus – 2014.12.22 √
de
Trabalhos
dos
Corredores
pelos
 Primeiros meses de 2015– Aprovação dos Planos de Trabalhos pelos Estados
Membros envolvidos √
 Maio de 2015 – Versão final dos Planos de Trabalhos dos Corredores √
 Próximos passos – Trabalhos de implementação dos Corredores / Reuniões regulares
dos Fóruns dos Corredores (e dos Grupos de Trabalho) - Kick Off – 2015.06.22 –
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TEN-T Days, Riga
Corredor Atlântico
Estados Membros Envolvidos:
Portugal
Espanha
França
Alemanha
Alinhamento:
 Algeciras – Bobadilla – Madrid
 Sines / Lisboa – Madrid – Valladolid
 Lisboa – Aveiro – Leixões/Porto
 Aveiro – Valladolid – Vitoria – Bilbao/Bordeaux – Paris –
Le Havre/Metz – Mannheim/Strasbourg
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Corredor Atlântico
OBJETIVOS ESTRATÉGICOS
Reforçar a multimodalidade e reequilibrar a repartição modal
 Interligação dos diferentes modos de transporte
 Transferência de tráfego dos modos de transporte rodoviário e aéreo para a
ferrovia e aumentar a dimensão marítima nos fluxos internos e externos
Desenvolvimento da interoperabilidade, no seu sentido alargado
 Ligar redes nacionais diferentes (fechar missing links, como por exemplo a ligação
ferroviária em falta entre Évora e Caia/Badajoz)
 Providenciar a interoperabilidade ferroviária, em especial:
 Bitola ferroviária (UIC)
 Sistema Europeu de Gestão do Tráfego Ferroviário (ERTMS)
 Compatibilização dos sistemas de portagem rodoviária eletrónica;
Exploração da dimensão externa
 Principalmente através de impulsionar o potencial marítimo
 Modo de transporte (marítimo) altamente eficiente
 Inovação
 Simplificação de procedimentos e combustíveis mais limpos
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Corredor Atlântico
ASPETOS CRÍTICOS
Ferrovia:
 Ligação ferroviária em falta entre Évora e Caia (fronteira PT/ES), forçando
atualmente a maioria dos fluxos de tráfego ferroviário para a fronteira de Vilar
Formoso/Fuentes de Oñoro
 Falta de eletrificação nas seções ferroviárias transfronteiriças (PT/ES), do lado de
Espanha (Medina del Campo-Salamanca-Fuentes de Oñoro e Madrid-Badajoz)
 Diferentes bitolas entre a Península Ibérica (bitola ibérica – 1.668 mm) e o resto da
Europa (bitola europeia/UIC – 1.435 mm) – Necessidade de um plano de
implementação da bitola UIC harmonizado na Península Ibérica, partilhado por
Portugal e Espanha
 Restrições de operação de comboios de grande dimensão na Península Ibérica,
designadamente no acesso aos portos e aos terminais rodoferroviários
 Diferentes tipos de eletrificação, obrigando à utilização de material circulante que
possa operar com voltagem múltipla
 Ausência de implementação do ERTMS em Portugal e bastante limitada nos outros
Estados Membros
 Presença de gradientes elevados em algumas seções ferroviárias
 Gabarito não harmonizado ao longo do corredor, limitando a interoperabilidade dos
comboios carregando unidades intermodais (folga vertical distinta em diferentes
rotas)
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Corredor Atlântico
ASPETOS CRÍTICOS
Portos:
 Necessidade de melhoria dos acessos terrestres próximos, em especial constrangimentos
das ligações ferroviárias que permitam o acesso de comboios de carga de 750 m
 Necessidade de melhoria dos acessos flúvio marítimos aos terminais portuários;
 Para além de fatores limitativos estruturais e de infraestruturas, o estado de
implementação das Janelas Únicas Marítimas nacionais e da integração com a cadeia
logística terrestre ainda limitam o papel da maioria dos portos do corredor
 A falta de infraestruturas de abastecimento de gás natural liquefeito (LNG) nos portos
poderá limitar o papel de alguns portos do Corredor Atlântico num futuro próximo, pelo que
deverá ser desenvolvido um plano apropriado
Rodovia:
 Necessidade de melhoria da ligação transfronteiriça entre Portugal e Espanha, na fronteira
de Vilar Formoso / Fuentes de Oñoro (conclusão do último troço do IP5)
 Interoperabilidade entre sistemas de portagens rodoviárias apenas parcial
Aeroportos:
 Os aeroportos de Lisboa e Porto estão ligados às linhas de Metro, devendo o aeroporto de
Lisboa ser ligado à Rede Ferroviária Transeuropeia até 2050
Terminais Rodoferroviários:
 Terminais rodoferroviários da Península Ibérica em processo de revisão sistémica do
planeamento e operação para evolução para modernos centros logísticos multimodais, em
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linha com o parâmetros da RTE-T
Corredor Atlântico
RECOMENDAÇÕES DO PLANO DE TRABALHOS DO COORDENADOR EUROPEU
Implementação da interoperabilidade:
 Construção da ligação ferroviária em falta entre Évora e Caia/Badajoz
 Implementação da bitola ferroviária europeia (UIC) na Península Ibérica,
com base num planeamento harmonizado entre Portugal e Espanha –
Constituição de um grupo de trabalho transfronteiriço
 Definição da implementação do ERTMS nos dois alinhamentos da ligação
entre Portugal e Espanha (Aveiro-Vilar Formoso e Lisboa/Sines-ÉvoraCaia), com início a partir das seções transfronteiriças
 Detalhe a ser descrito no Plano de Trabalhos do Coordenador Europeu
(transversal) do ERTMS, com base em plano inovador a ser elaborado
até ao final de 2016
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Corredor Atlântico
RECOMENDAÇÕES DO PLANO DE TRABALHOS DO COORDENADOR EUROPEU
Reforço da multimodalidade e reequilíbrio da repartição modal:
 Papel mais ativo das plataformas logísticas multimodais, em especial na Península
Ibérica, construindo conhecimento e partilhando as melhores práticas, envolvendo os
stakeholders aos níveis locais, nacionais e entre Estados Membros
 Aumento da conetividade marítima ao longo da costa Atlântica, nomeadamente no
contexto das Autoestradas do Mar (em desenvolvimento mas ainda não exploradas
completamente)
 Investimentos de largo espectro, desde a infraestrutura – acessos marítimos e
terrestres e melhoria da eficiência dos terminais – a sistemas e procedimentos
com vista à evolução do e-maritime para o e-freght, aumentando a eficiência das
cadeias logísticas usando o transporte marítimo
 Componente ambiental, incluindo a implementação de combustíveis inovadores
(verdes)
 Melhorar a ligação entre modos e integração modal reforçada
 Costa Atlântica, respetivos portos principais e da rede global (comprehensive
network) e plataformas logísticas devem ser encaradas como pontos alimentadores
ou servidas pelo Corredor Atlântico
 Integração dos aeroportos principais com as linhas de alta velocidade, em termos de
transporte de passageiros
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Corredor Atlântico
RECOMENDAÇÕES DO PLANO DE TRABALHOS DO COORDENADOR EUROPEU
Exploração da dimensão externa:
 Potencial para melhorar as cadeias logísticas de e para a União Europeia, num
quadro global de valor acrescentado do Corredor Atlântico, atendendo à sua
ligação direta às principais rotas intercontinentais e a Africa (portos principais de
Leixões, Lisboa, Sines, Le Havre, Rouen, Bordéus, Bilbau e Algeciras)
 Dois elementos chave a tomar em consideração
 Desenvolvimento do LNG como combustível marítimo nas zonas do Mar do
Norte/Báltico e Costa Leste da América do Norte, em conformidade com as áreas
de controlo de emissões no contexto da Convenção MARPOL (operacionais em
2015)
 Papel reforçado da área do Atlântico, na sequência do alargamento do Canal do
Panamá e crescimento da rota polar entre o Extremo Oriente e o Mar do Norte
Ligação entre Corredores da Rede Principal da RTE-T:
 Corredor Atlântico ligado a 4 outros corredores principais: Corredor do
Mediterrâneo (com seção partilhada ente Algeciras e Madrid); Corredor do Mar do
Norte-Mediterrâneo; Corredor do Reno-Danúbio e Corredor do Reno – Alpes
 Importância dos Corredores transversais das Autoestradas do Mar e do ERTMS, em
termos de reequilíbrio modal e interoperabilidade
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Mecanismo Interligar a Europa (CEF) – Call de 2014
 Período de apresentação de candidaturas: 11 de setembro de 2014 a 3 de março de
2015
 Investimento nacional candidatado: Cerca de 660 milhões €
 Apreciação das candidaturas (UE): Resultados previstos para julho de 2015
Projetos Ferroviários:
 Ligação Ferroviária Sines/Elvas: Troço Évora-Caia e Estação Técnica ao km 118 da Linha
do Sul (estudos, projetos e obras) – 512 milhões € / 2015-2020
 Corredor Ferroviário Aveiro-Vilar Formoso/Linha da Beira Alta (estudos) –
13 milhões € / 2015-2017
Projetos Rodoviários:
 IP5 (A25) – Sublanço Vilar Formoso / Fronteira (obra) – 15 milhões € / 2015-2017
 Participação em projetos de ITS-Sistemas de Transporte Inteligente (integração em
Consórcios Internacionais):
 SCOOP F @ Part 2 (282,5 mil € nacional / 2015-2018)
 European ITS Platform (EIP ++) (275 mil € nacional / 2015-2018)
 MEDTIS (6,5 milhões € nacional / 2015-2018)
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Mecanismo Interligar a Europa (CEF) – Call de 2014
Projetos Marítimo Portuários:
 Plataforma Logística Multimodal do Porto de Leixões – Fase 2 (obra) – 54 milhões € /
2015-2017
 Participação (APDL) no projeto “Plataforma Intermodal de Salamanca (ZALDESA)”
(15 mil € nacional / 2015-2018)
 Via Navegável do Douro 2020 – Fase 1 (estudos) – 4,7 milhões € / 2015-2017
 Plataforma Multimodal do Porto de Lisboa como Elemento Chave para a Efetiva Integração
no Corredor Multimodal Principal do Atlântico (estudos) – 6,6 milhões € / 2014-2018
 Janela Única Logística – LSW – 6 milhões € / 2014-2017
 e-IMPACT - 1,4 milhões € nacional / 2015-2017
 Participação em projetos de Autoestradas do Mar (integração em
Internacionais):
 ATLANTIS (1,8 milhões € nacional / 2014-2017)
 GAINN4MOS (8,8 milhões € nacional / 2015-2019)
 GAINN4ADM (455 mil € nacional / 2015-2017)
 MED-ATLANTIC ECOBONUS (206,6 mil € nacional / 2015-2017)
Consórcios
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Mecanismo Interligar a Europa (CEF) – Call de 2014
Projeto de Navegação Aérea:
 Projeto Céu Único Europeu (SESAR) – Programa de Desenvolvimento Preliminar /
Implementação – Cluster 3 – 497,5 mil € nacional / Até 2018
Projetos da Iniciativa Privada:
 Logística – 3 projetos / 14,5 milhões €
 Serviços Ferroviários de Mercadorias – 4 projetos / 13,9 milhões €
 Projetos Multimodais - 3 projetos / 1,6 milhões €
 Projetos Marítimo Portuários – 2 projetos / 297,5 mil €
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Muito Obrigado
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