carta de renuncia ao mandato - Associação de Natação de Coimbra

Transcrição

carta de renuncia ao mandato - Associação de Natação de Coimbra
CARTA DE RENUNCIA AO MANDATO
Exmo. Sr. Presidente da Mesa da Assembleia-Geral da Associação de Natação de Coimbra
Considerando:
1. O que se passou durante a Assembleia-geral, entretanto suspensa por V. Exa., que
decorreu no passado dia 28 de Julho do corrente ano de 2010, em que os respectivos
delegados presentes, podendo e estando em condições de o fazer, não quiseram tomar a
posição que, eventualmente, lhes caberia, por não quererem ficar com o ónus das culpas e
como os maus da fita, transferindo para os elementos do CRA a responsabilidade de uma
“saída airosa” e do “abandono” de um cargo para o qual foram democraticamente eleitos e
no qual “nem a cadeira aqueceram” para tentar mudar o estado de coisas;
2. Que o Sr. Presidente da Direcção, durante o decurso da referida Assembleia-Geral, deu
ideia de que, mesmo tendo sido ele a solicitar a convocação da mesma com um propósito
bem definido, ao ser confrontado com a argumentação dos elementos do CRA, expressa
na missiva entregue a V. Exa. e lida durante os trabalhos da dita Assembleia-Geral, e
tendo a informação de que iríamos participar os factos relatados ao Conselho de
Disciplina, quase que esteve a solicitar à Assembleia a não discussão do 2.ª ponto da
ordem de trabalhos constante da convocatória;
3. Que há três elementos pertencentes a este CRA que se sentem envergonhados pela
forma como este assunto foi tratado, visto que os mais afectados pelos acontecimentos
são os elementos António Neves e Filipe Neves, há 11 anos Árbitros do Quadro Regional
da ANC, e neste momento, dois dos seus Árbitros mais graduados (ambos Árbitros
Nacionais de Natação Pura, Águas Abertas e Natação Adaptada), e que tudo têm feito
para que a arbitragem tenha uma imagem digna, contribuindo de forma decisiva para a
angariação, nos últimos 5 anos, de perto de 10.000€ (dez mil euros) em equipamentos
para os árbitros, para que estes possam estar nas provas vestidos de uma forma uniforme
e condizente com as funções que estão a desempenhar;
4. Que estamos a ser obrigados a pedir renúncia dum cargo para o qual fomos
democraticamente eleitos, sem ter feito rigorosamente nada que motivasse o pedido de
destituição, nem tendo a oportunidade de tentar efectuar uma reviravolta nos
acontecimentos e promover um consenso para que as coisas pudessem tomar outros
contornos;
5. Que é totalmente injusta e assume contornos de total repugnância a perseguição que se
está a fazer a dois dos elementos do CRA, que obriga os outros três, por solidariedade e
total sentido de amizade e respeito por estes, a pedirem a renúncia, por factos que lhes
são completamente alheios;
6. Que só o fazem porque não querem criar problemas à natação regional;
7. Que os elementos que compõem a Mesa da Assembleia-Geral, a Direcção ou os
Delegados presentes na referida Assembleia entretanto suspensa por V. Exa., não
apresentaram de forma clara e inequívoca, razões objectivas, fundamentadas e reais para
a destituição, que, voltamos a frisar, não tiveram a coragem de concretizar quando tinham
todas as condições para o fazer apresentando falsos argumentos para uma saída “airosa”
da nossa parte;
8. Que todos os factos apresentados pela direcção como justificação para a convocação da
referida Assembleia-Geral não passam de “faits-divers” fabricados por esta, baseados em
missivas ou instruções que nunca foram comunicadas ao CRA ou em complôs e manobras
de bastidores realizados, tendo como principal objectivo denegrir a imagem dos elementos
do CRA e de provocar a sua destituição ou renúncia;
9. Que qualquer um dos elementos actualmente em funções no CRA não tem, nem quer ter,
qualquer tipo de protagonismo;
10. Que qualquer um dos elementos actualmente em funções no CRA “ama” demasiado o
desporto em geral, e a natação em particular, para querer ser parte da solução e não parte
do problema;
11. Que três dos elementos do CRA ficariam estatutariamente impedidos de fazer o que
gostam (arbitrar) durante dois anos e meio;
12. Que não existe vontade por parte dos elementos que compõem a actual Direcção, em
particular do Exmo. Sr. Presidente da Direcção, em adoptar uma posição de conciliador,
de elemento aglutinador e de, em conjunto com o actual CRA, tentar chegar a uma
solução para um problema latente, tal como seria sua obrigação estatutária;
13. Que não acreditamos, ser esta a forma de colocar “PAZ”, na arbitragem regional, já que
vão continuar a haver elementos do seu quadro regional de Juízes e Árbitros que, apesar
de serem dos mais antigos e, até, dos mais graduados, vão continuar a ser
marginalizados, senão banidos da mesma, por parte de uma minoria, demasiado “ruidosa”
e “conflituosa”, apesar das promessas do Sr. Presidente da Direcção da ANC de que tal
não irá acontecer;
14. Que só o fazemos pelo sentido de responsabilidade, que sempre demonstrámos, e pela
promessa que, três de nós, fizeram em sede de Assembleia-Geral, apesar de depois de
conhecidos os factos a seguir indicados, que nos merecem a mais veemente repugnância,
termos repensado e ponderado se não deveria ser a Assembleia-Geral a definir o futuro do
actual CRA, como estatutariamente lhe cabe. Tais factos dizem respeito a um episódio que
aconteceu ontem cujos protagonistas foram o Sr. Presidente da Direcção da ANC e o
Árbitro Distrital Sr. Rui Oliveira, e que passamos a descrever:
15. O Sr. Rui Oliveira (Árbitro Distrital dos quadros da ANC que, alegadamente, terá
comunicado a intenção de saída desse mesmo quadro, ao Sr. Presidente da Direcção
ANC, dando como justificação o facto de estarem os actuais elementos do CRA em
funções) perguntou, na tarde do dia 29 de Julho de 2010, ao Sr. Presidente da Direcção da
ANC: “Então ontem correu bem?”, ao que respondeu o Sr. Presidente da Direcção da
ANC: “Sim, correu muito bem! Eles vão-se embora! Já fiz a minha parte, agora é a vossa
vez de arranjarem um Conselho de Arbitragem!”, ao que o Sr. Rui Oliveira retorquiu: “Não
se preocupe que agora tratamos disso!”. Posto isto, voltamos a reafirmar, que conferem e
revestem-se todos estes acontecimentos como actos e factos de conspiração e cabala,
pelo que, se o Sr. Presidente da Direcção da ANC, no futuro, quiser continuar a conspirar
desta forma, o aconselhamos a, pelo menos quando o fizer em público, ver quem está por
perto. Deveria ter vergonha do que disse e, no nosso ponto de vista, se ainda tem um
pingo de dignidade, deverá apresentar a sua demissão, porque a natação de Coimbra, não
merece ter pessoas com esta índole a representá-la;
16. Só enviamos esta carta de renúncia, porque somos pessoas de bem e cumprimos com o
que prometemos, mas a nossa vontade era de não fazer rigorosamente nada e ficar a
aguardar a decisão da Assembleia-Geral, na qual, desde já informamos, não estaríamos
presentes;
17. Pedimos a V. Exa., que providencie no sentido desta carta ser colocada na página da
Internet da Associação de Natação de Coimbra. Caso o não seja, desde já informamos
que faremos todos os possíveis para que a mesma seja do conhecimento público.
Assim, tendo em conta tudo o antes exposto, vimos, para gáudio, deleito e regozijo de todos,
nomeadamente dos elementos que compõem a Direcção, de muitos elementos que fazem parte
do Quadro Regional de Juízes e Árbitros e da maioria dos Delegados que compõem a
Assembleia-Geral, contra a nossa vontade, mas com todo o sentido de responsabilidade, com a
consciência tranquila e com a certeza que nada por nós foi feito de errado, mas que, pelo
contrário, forças externas ao CRA mas internas à ANC, nos impediram de desempenhar as
funções que estatutariamente nos estavam confiadas e para as quais fomos democraticamente
eleitos, de acordo com o disposto no n.º 1 do Artigo 28º dos Estatutos da ANC, vimos apresentar
a nossa renuncia, com efeitos imediatos, aos cargos para os quais fomos eleitos no dia 8 de
Junho de 2010 e para os quais tomamos posse no dia 7 de Julho de 2010 e que passamos a
enumerar:
- Presidente do Conselho Arbitragem: António Luis Madeira Neves;
- Vogal do Conselho Arbitragem: Filipe Alexandre Madeira Rodrigues Neves
- Vogal do Conselho Arbitragem: Maria Teresa Ferreira Nunes Palma
- Vogal do Conselho Arbitragem: Rui Jorge Patrício Correia
- Vogal do Conselho Arbitragem: Dina Alexandra Lucas Gaspar
Os elementos do Conselho de Arbitragem da Associação de Natação de Coimbra,

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