ind-eco project

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ind-eco project
as emissões
de
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a
e
nç
en
CO
consumo de
e
gia
er
o
zir
u
d
Ali
a
IND-ECO
SOLUÇÕES DE
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
PARA OS SETORES DO
CALÇADO E CURTUMES
IND-ECO Soluções de eficiência energética para os setores do calçado e curtumes
Co-funded by the Intelligent Energy Europe
Programme of the European Union
O conteúdo desta publicação é da exclusiva responsabilidade dos seus autores e não reflete necessariamente a posição da União Europeia.
Nem a EASME nem a Comissão Europeia são responsáveis pela utilização das informações contidas na mesma.
ÍNDICE
Introdução
04
Top 10 soluções de poupança de energia
04
Introdução aos setores industriais: calçado e curtumes
Introdução ao projeto e seus objetivos
Resultados planeados e atingidos
Soluções técnicas
Soluções financeiras
Parceiros do projeto
Conclusão 05
ind-eco
06
07
13
25
28
30
1
IND-ECO Soluções de eficiência energética para os setores do calçado e curtumes
Introdução
Este relatório inclui os principais objetivos, resultados e
conclusões do projeto IND-ECO (Aliança Industrial para reduzir
o consumo de energia e as emissões de CO2), financiado pela
Comissão Europeia. O projeto envolveu os setores industriais
do calçado e curtumes dos seguintes países: Bulgária, Itália,
Portugal, Roménia, Espanha e Reino Unido.
As atividades desenvolvidas nestes 3 anos, no âmbito do projeto,
incluíam auditorias sobre a eficiência energética, aferição e
avaliação de soluções técnicas para estas indústrias, exploração
de potenciais formas de financiar investimentos nesta área,
divulgação da informação recolhida e coordenação dos planos
de investimento, por parte das empresas dos referidos setores.
A avaliação comparativa foi difícil de efetuar, devido à variedade
de processos realizados nas diferentes empresas, no entanto
ficou concluída e originou uma base de comparação do
desempenho das empresas dos 2 setores. As auditorias serviram
de base para o desenvolvimento de planos de investimento. A
aferição de soluções técnicas e a exploração de fontes de
financiamento resultou na criação de duas Bases de Dados que
estão disponíveis no site do projeto em:
O projeto tinha como metas em termos de planos de investimento
e redução da energia utilizada e dióxido de carbono emitido:
realização de 80 planos de investimento e poupança de 16,7
megawatts por hora de energia primária e a redução do
equivalente a 3.834 toneladas de CO2. No final do projeto, essas
metas não só foram atingidas como superadas: os parceiros
conseguiram realizar 116 planos de investimento e uma
poupança de energia e CO2 bem acima das metas estabelecidas.
De acordo com o trabalho de investigação desenvolvido pelos
parceiros, durante o projeto, foi definido o top10 de soluções de
poupança de energia. No entanto importa não esquecer soluções
de baixo custo, incluindo medidas organizacionais, de gestão e
de manutenção.
Top 10 soluções de poupança de energia
1 Cogeração
2 Sistemas Fotovoltaicos
http://www.ind-ecoefficiency.eu/
3 Otimização da voltagem
Algumas das conclusões do projeto prendem-se com a
existência de barreiras ao investimento, enquanto o sistema de
Empresas de Serviços Energéticos (ESE) é relatado como
bem-sucedido em Itália. Um número significativo de empresas,
em particular nos outros países, transmitiu dificuldades no
acesso a financiamento e falta de vontade de submeter-se às
condições existentes. Daí que um dos objetivos do projeto foi
desenvolver recomendações aos decisores políticos da UE de
forma a encontrar maneiras de tornar o acesso ao financiamento
mais fácil, para as PME.
4 Inversores / sistemas de velocidade variável para motores
5 Novas caldeiras/Economizadoras
6 Compressores eficientes
7 Permutadores de calor
8 Iluminação eficiente
9 Otimização dos processos
10 Novos equipamentos
2
ind-eco
Introdução aos setores industriais: calçado E curtumes
Os setores do calçado e curtumes enfrentam uma concorrência internacional intensa,
no entanto, ambos mantêm uma presença significativa na Europa, o que ilustra a
importância de manter uma base industrial tradicional no mercado europeu.
UE 28 - Setores do calçado e curtumes | Data (2012)
Volume de negócios
(milhões de Euros)
Número de
empregados
Número de
empresas
Calçado
25 246
288 500
20 695
Peles
7 150
27 800
1 560
Setor
De acordo com a CEC (Confederação Europeia do Calçado), a Ásia - principalmente
a China - produz 87% do calçado mundial em número de pares, em comparação com
apenas 4% produzido na Europa. No entanto, quando medido em termos do valor
exportado, 9 dos 15 maiores exportadores são países europeus.
Quanto à produção de couro, a Europa produz 8-9% da produção total mundial.
Os valores são um elemento chave para compreendermos os setores. Muitos dos
sapatos e malas que são produzidos na China e no resto da Ásia, não são feitos em
couro, e se compararmos o valor do couro e produtos de couro exportados, os países
europeus têm um bom desempenho, tendo a Itália um lugar de destaque - exporta
18,7 bilhões dólares - um valor maior do que a China.
Estas indústrias na Europa, no geral, mantêm-se competitivas e têm um papel proeminente
a proteger e desenvolver.
ind-eco
3
IND-ECO Soluções de eficiência energética para os setores do calçado e curtumes
Introdução ao projeto e seus objetivos
O projeto IND-ECO: Aliança Industrial para reduzir o consumo
de Energia e as emissões de CO2 foi cofinanciado pela
Comissão Europeia no âmbito do Programa Intelligent Energy
Europe. O projeto teve início em 2012, duração de três anos e
envolveu 16 parceiros (ver páginas 28-9 para obter mais
detalhes) de 6 países da UE - Bulgária, Itália, Portugal, Roménia,
Espanha e Reino Unido. Os setores industriais abrangidos
foram o calçado e o couro. Os parceiros - de ambos os setores
– incluem associações comerciais nacionais e da UE, centros
de investigação e centros tecnológicos, produtores de calçado
e artigos de couro, a associação Italiana e um especialista em
consultoria.
Principais objetivos
• Redução do consumo de energia e custos associados até
ao final do projeto.
• Criação de condições mais favoráveis para investimentos em
eficiência energética até 2020.
Estes objetivos foram conseguidos através da implementação
de um conjunto de medidas, nomeadamente:
• Realização de auditorias energéticas em 70 empresas, com
base para o desenvolvimento de planos de investimento
• Exploração e avaliação de soluções técnicas para criação de
uma Base de Dados do projeto
• Investigação sobre fontes de financiamento para criação de
uma Base de Dados
• Acordos com fornecedores de soluções técnicas e prestadores
de serviços financeiros
• Desenvolvimento de um modelo de um Plano de Investimentos
para avaliar a sua viabilidade
• Coordenação de pelo menos 80 planos de investimento com
metas para a redução anual de 16.700 milhões de kWh de
energia primária, 3.834 toneladas de CO2e e uma redução de
20% em ambos, por unidade de produção, até 2020
• Promoção do projeto, objetivos e resultados através do website,
folhetos informativos, seminários nacionais e internacionais,
vídeos e outras publicações.
• Benchmarking às indústrias em termos de consumo de
energia
Indústria Europeia de Curtumes
O mapa mostra onde é produzido o couro de acordo com os países membros da COTANCE
Estrutura da UE
Indústria de Curtumes
1,567 empresas
23
1,200
257, 010
8,900
2
136
39, 233
600
54
1,980
265,829
6,531
6
6, 149
6, 182
44
1,560
427,500
6,082
111
2560
727,056
22,261
4
189
61,000
1,430
20
1,900
420,000
8,500
1,269
12,958
5,251,904
128,925
28,081 empregados
7,1 mil milhões €
4
6,149
148
UE superávit 1,2 mil milhões €
147,208 m (Bovino)
40,986 m (Ovino/Caprino)
15
539
36,171
1,527
2
3,609
167
Volume de negócios em 100k
*Dados em 000m2
Dados COTANCE (2012 - 2013).
4
ind-eco
*
Resultados planeados e atingidos
Os resultados do projeto incluem não só poupanças de
energia e reduções de emissões de CO2, mas também o
desenvolvimento de uma série de recursos e ferramentas
para apoiar as empresas a implementarem processos de
melhoria da eficiência energética e fazerem planos para
o futuro. Foram realizadas 70 auditorias energéticas em
empresas dos setores em estudo.
Resumidamente, no caso do calçado, foram identificadas duas
principais categorias de produtores:
Website do projeto
http://www.ind-ecoefficiency.eu/
Apresenta-se de seguida o resumo dos resultados de
Benchmarking no setor do calçado
A criação deste wesite foi fundamental, espaço que entre
outras coisas disponibiliza links para as duas Bases de Dados
(http://www.ind-ecoefficiency.eu/tools.html) de soluções
técnicas e potenciais fontes de financiamento. Neste espaço
online encontram-se uma série de informações e ferramentas
que permitem às empresas enfrentarem os desafios da melhoria
da eficiência energética.
Benchmarking
No âmbito do projeto foi realizado um exercício de avaliação de
desempenho global, com base em questionários preenchidos por
165 empresas de calçado e 85 de curtumes. A complexidade das
indústrias, em termos de gama de processos realizados, em
locais diferentes, tornaram esta atividade mais difícil de executar.
Explicações mais detalhadas podem ser encontradas no site do
Ind-Eco para calçado e curtumes, respetivamente em:
http://www.indecoefficiency.eu/files/indeco_final_workshop_
ctcp_footwear_bechmark_final_segF.pdf
http://www.ind-ecoefficiency.eu/files/1503192INTWORKSHOP_
TANNERYBENCH.pdf
• Fábricas que realizam todo o processo;
• Fábricas que subcontratam parte ou todos os processos de
corte e costura.
Benchmarking / Calçado – Todos os países parceiros
Produção total
Corte e costura
Subcontratados
(parcial ou total)
Média (kWh/par)
0,7-3,9
0,8-3,6
Kg CO2e/par
0,3-1,9
0,4-1,7
Mínimo (kWh/par)
0,4
0,2
Kg CO2e/par
0,2
0,1
Máximo (KWh/par)
9,3
6,3
Kg CO2e/par
4,6
3,1
Número de
empresas
108
57
Indicador
Desempenho energético no setor do calçado 1 – 1,2 kg CO2e/par
ind-eco
5
IND-ECO Soluções de eficiência energética para os setores do calçado e curtumes
Esta avaliação de desempenho nas fábricas de curtumes
foi mais complexa, com três categorias principais das seis
subcategorias identificadas, dependendo do material (em pêlo
ou parcialmente processado), saída (couro acabado ou molhado
estabilizado) ou tipo de saída (couro vendido por peso ou por
área). Abaixo demonstra-se exemplos das três subcategorias
principais, sendo os valores dos indicadores de desempenho
energético (EnPIs) apresentados com grau de confiança de 95%.
O maior grupo (32 empresas) - Processamento de material
semiacabado e acabado:
Média
Intervalo
Energia utilizada
CO2e
kWh/m2
kg/m2
7,0
2,9
4,9 – 9,2
2,1 – 3,8
Para a categoria de processamento de pele em material estabilizado na fase WET-Blue - (5 empresas):
Média
Intervalo
Energia utilizada
CO2e
kWh/m2
kg/m2
3,35 kWh/m2
1,2 kg/m2
2,4 – 4,4
0,9 – 1,6
Para a categoria de processamento de pele em material
estabilizado fase WET- vendido a peso (8 empresas) os EnPIs
foram:
Média
Intervalo
6
ind-eco
Energia utilizada
CO2e
kWh/m2
kg/m2
1,86
0,79
1,2 – 2,3
0,6 – 1,0
Base de dados de soluções técnicas
Planos de poupança
http://www.ind-ecoefficiency.eu/solutions.php
No website do projeto está disponível uma Base de Dados de
soluções técnicas com mais de 200 soluções (o objetivo eram
150). Apresenta-se um exemplo de utilização:
Revisão dos Planos de Investimento e Poupança
Apresenta-se na tabela seguinte um resumo das metas e
resultados do projeto, em termos de planos de investimento
e poupança de energia e emissões de CO2e.
Filtrar por:
Tipo de filtro
Filtro Valor
Tipo de dispositivo
Unidade de cogeração
Remover filtro
Selecione os filtros para usar na pesquisa e, em seguida, clique no botão
encontrar o dispositivo para encontrar o dispositivo que procura.
PROCURAR RESULTADOS
Dispositivos
Dispositivo
Fornecedor
Parceiro
Cogeneration and
micro-cogeneration
units
SC SERVELECT Srl
SFERA_FACTOR
CHP unit - Vitobloc
200 Co-generators
RGS OOD - Viessmann
distributor
BU_of_LFFLG
Clique na COLUNA DE RESULTADO DA PESQUISA para obter informações
detalhadas sobre o dispositivo.
Foram assinados 40 acordos com fornecedores de soluções
técnicas e 11 comunicações com entidades financiadoras.
Resumo dos planos de investimento
Pequeno
Médio
Grande
TOTAL
Bulgária
0
0
2
2
Italia
25
0
1
26
Portugal (calçado)
15
5
7
27
Roménia
10
1
23
34
Espanha (curtume)
0
0
2
2
Espanha (calçado)
1
0
13
14
UK
6
1
4
11
TOTAL
57
7
52
116
No âmbito do projeto foram realizados 116 Planos de Investimento (o objetivo eram 80). Os planos foram definidos como
investimentos de curto, médio ou longo prazo:
• Curto prazo: planeado e concluído durante o projeto.
• Médio prazo: planeado e iniciado durante o projeto, mas não
concluído.
• Longo prazo: planeado durante o projeto, mas não iniciado.
ind-eco
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IND-ECO Soluções de eficiência energética para os setores do calçado e curtumes
Foram realizados 57 planos de curto prazo, 7 de médio prazo e
52 de longo prazo.
Resumo dos planos de investimento
Milhões de kWh
primário
Mil ton CO2e
Bulgária
0.077
0.028
Italia
25.312
7.226
Portugal
1.279
0.328
Roménia (calçado)
0.452
0.188
Roménia (curtume)
0.216
0.060
Os principais tipos de investimentos em poupança de energia
relatados foram os listados no “top 10” apresentado no início
deste relatório, juntamente com soluções de baixo custo, tais
como boa gestão interna, isolamento adequado, gestão de
energia e manutenção.
Espanha (calçado)
0.502
0.115
Espanha (curtume)
0.088
0.020
UK
4.511
1.084
Os resultados demonstram que, por um lado as empresas que
têm financiamento para prosseguir, estão ansiosas para fazê-lo;
e por outro as empresas sabem o que querem fazer, mas sentem
constrangidos pela falta de financiamento (ver tabela). Nesse
sentido o projeto teve um papel fundamental, no que se refere
à melhoria das condições de investimento, sendo os resultados
alcançados superiores ao que se previa inicialmente.
Curto prazo
27.176
7.709
Médio/ Longo
prazo
5.261
1.341
TOTAL
32.437
9.050
ALVO
16.700
3.834
Embora uma série de investimentos estejam planeados, mas não
iniciados, ou concluídos, realçamos que 57 dos planos de
investimento foram planeados, iniciados e concluídos durante
o período de vigência do projeto.
Em termos de poupança de energia e redução de emissões de
CO2e, foram já alcançados 27 167 milhões kWh de energia
primária e 7 709 toneladas de CO2e, excedendo assim o que
estava inicialmente previsto que era: 16,7 milhões de kWh de
energia primária e 3.834 toneladas de CO2e. Se os investimentos
previstos, mas ainda não executados, fossem incluídos, as
economias seriam ainda maiores.
8
ind-eco
Foram identificadas um conjunto de barreiras ao investimento,
nomeadamente no que respeita ao acesso por pequenas
empresas. Estas restrições, juntamente com a situação
económica geral explicam a razão por que alguns países não
cumpriram os objetivos individuais, enquanto todo o sector
cumpriu os seus objetivos globais.
• As empresas - especialmente as PME - relatam que é difícil
o acesso ao crédito, e os subsídios / subvenções destinadas
a apoiar a eficiência energética são restritos ou inexistentes
em alguns países
• As empresas preferem investir “internamente”
• As empresas muitas vezes têm outras prioridades para os
seus fundos próprios (vendas, qualidade)
• Financiamento está principalmente disponível numa base
comercial - as empresas precisam de um retorno rápido
• Clima económico continua a ser um problema
As ferramentas desenvolvidas no projeto, assim como a
promoção deste deverão ter um efeito contínuo, após o
término formal do projeto. O objetivo de redução do consumo
de energia em 20% até 2020 continua a ser atingível,
especialmente se a situação económica na maioria dos países
começar a melhorar. Como mencionado anteriormente, a
maioria das empresas sabem o que fazer em termos de
investimentos, só precisam de uma oportunidade em termos
de acesso ao financiamento e um melhor clima nos negócios.
ind-eco
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IND-ECO Soluções de eficiência energética para os setores do calçado e curtumes
Base de Dados sobre potenciais fontes de financiamento
http://www.ind-ecoefficiency.eu/documents.php
Também acessível no website do projeto está a Base de Dados sobre potenciais
fontes de financiamento. A situação varia consoante o país, mas a conclusão geral
é que só em circunstâncias excecionais existem bolsas disponíveis. Existem alguns
exemplos de empréstimos bonificados, mas a maioria está disponível numa base
comercial. A maioria dos países disponibilizam acordos de locação, onde uma
empresa externa financia a compra e aluga o equipamento às empresas, até que,
efetivamente, este fique pago.
Apresenta-se a título de exemplo um estudo dessa Base Dados:
Type of
Provider
Country
Name
Description
Contact Details
All EU
Information
Countries
Access to
EU finance
This site will help you to apply
for finance supported by the
European Union.
Selecting in the link your country, you will find some financial
intermediaries.
Belgica
Triodos
Bank
Triodos Bank helps fund
Tel: 02 548 28 52,
businesses or projects which
lundi au vendredi
bring positive social, cultural or
de 9h à 17h
environmental change.
Belgica
Belgica
Belgica
Belgica
10
Bank
Bank
Bank
Bank
Bank
ind-eco
Other info
www.belfius.be/b
usiness/FR/Empru
nter/BesoinsDeTr
esorerie/CreditDe
Caisse/index.aspx
Web
http://europa.eu/y
oureurope/busine
ss/finance-suppor
t/access-to-financ
e/index_en.htm
www.triodos.be/fr
/social-profit/
www.belfius.be/bu
siness/FR/Emprunt
er/BesoinsDeTres
orerie/index.aspx
Solutions de financement de
trésorerie
Tel: 02 222 12 02
ING Direct
Belgium
Business Loans for Short and
long Terms also ING Lease
Tel: 02 548 28 52,
lundi au vendredi
de 9h à 17h
KBC
Tel: 016 43 25 18
Triodos Bank helps fund
Monday to Friday from
businesses or projects which
8 a.m. to 5p.m.
bring positive social, cultural or
[email protected]
environmental change.
Fax: 016 43 25 28
Credit Renting and
leasing
www.triodos.be/fr
/social-profit/
BNP
Paribas
Fortis
Leasing Info:
http://cpb.bnpparibasfortis.
be/Mid-sized-Companies/
EN/Product-and-Services/
Long-term-Financing/Leasing/
page.aspx/12336
Credit Simulation:
https://www.bnpp
aribasfortis.be/por
tal/start.asp
http://cpb.bnpparib
asfortis.be/Mid-siz
ed-Companies/EN/
Product-and-Servi
ces/page.aspx/160
Belfius
+ 32 (0) 2 433 43 32
http://cpb.bnpparibasf
ortis.be/Mid-sized-Companies/EN/Home/
Contact-us/page.aspx
/8204Credit
www.ing.be/en/bu
siness/lending/Pag
es/index.aspx?WT.
xmenusource=ME
NU_Lending
Soluções técnicas
As empresas têm vindo a pesquisar, avaliar e implementar
uma vasta gama de soluções técnicas. Os exemplos abaixo
servem para ilustrar algumas das principais tecnologias de
poupança de energia que têm sido adotadas, bem como as
poupanças atingidas ou previstas.
Em termos gerais, existem três tipos de ações ou investimentos
que podem ser adotados para melhorar a eficiência energética:
• Baixo custo / boas ações de limpeza - por exemplo, gestão
de energia ativa, uma boa manutenção, isolamento;
• Soluções de energia geral que poderiam ser aplicáveis numa
ampla gama de empresas - por exemplo, em matéria de
motores, caldeiras, compressores, geração de energia no local;
• Soluções específicas para os setores do calçado e couro
- por exemplo, controles de processos, novas / melhoradas
máquinas.
ind-eco
11
IND-ECO Soluções de eficiência energética para os setores do calçado e curtumes
Soluções Low Cost
O ponto de partida para melhorar a eficiência energética é uma
gestão eficiente da energia. Avaliar, monitorizar e definir metas
(Monitoring & Targeting - M & T) é uma técnica de eficiência
energética com base na prática de gestão padrão “não se pode
gerir o que não se pode medir”. As técnicas de M & T fornecem
aos gestores de energia informações sobre as práticas
operacionais, os resultados dos projetos de gestão de energia,
e orientações sobre o nível de consumo de energia que
é esperado num determinado período. Esta técnica também
dá aviso antecipado de consumo excessivo inesperado causado,
por mau funcionamento do equipamento, erro do operador,
comportamento indesejado dos utilizadores, falta de manutenção
eficaz ou similar.
O objetivo é ajudar a:
• Gerir o consumo de energia, em vez de considerar um custo fixo
• Identificar e explicar o uso excessivo de energia
• Detetar situações em que o consumo é inesperadamente
maior ou menor do que o esperado
• Visualizar as tendências de consumo de energia (diário,
semanal, sazonal, operacional...)
• Determinar o uso e os custos de energia no futuro quando se
planeia mudanças no negócio
• Diagnosticar áreas específicas de energia desperdiçada
• Desenvolver metas de desempenho para os programas de
gestão de energia
12
ind-eco
As seguintes soluções “de baixo custo”, também foram
identificadas, embora estas envolvam algum investimento.
• Iluminação LED
• Lâmpadas fluorescentes
• Deteção de fugas de ar no sistema de compressão
• Layout inteligente do sistema de compressão
• Recuperação de calor a partir de compressores
• Controlador de carga
• Motores de alta eficiência
• Uso do computador para gestão de energia
• Gerador de vapor com economizador
Otimização / Correção da potencia contratada
(voltagem)
Otimização da voltagem é uma tecnologia de poupança de
energia que envolve a redução controlada sistemática nas
tensões contratadas por um consumidor de energia, de forma
a reduzir o consumo. Normalmente, a voltagem recebida por
um utilizador é mais elevada que os níveis exigidos pelos
equipamentos, máquinas e aparelhos.
Os benefícios desta otimização variam de acordo com as
necessidades específicas de cada empresa, dependendo dos
equipamentos e máquinas existentes no local. Esta otimização
será benéfica quando o fornecimento de energia elétrica está
num nível de tensão mais alta do que o necessário, resultando
em consumo de energia excessivo e contas altas de eletricidade.
Tensão excessiva também pode causar uma redução da vida
útil do equipamento e aumentos na energia consumida com
nenhuma melhoria no desempenho.
Os sistemas de otimização da voltagem são normalmente
instalados em série com a rede de alimentação dum edifício,
permitindo que todo o seu equipamento elétrico beneficie de
um fornecimento otimizado de forma sistemática.
Os custos vão variar de acordo com a escala da instalação. Um
estudo de caso do sector relata um custo de 90.000€, dando
uma redução do consumo total de energia elétrica de mais de
20% e um retorno do investimento menor que 2 anos.
ind-eco
13
IND-ECO Soluções de eficiência energética para os setores do calçado e curtumes
calor e eletricidade (PCCE) com turbina movida a gás natural
em comparação com sistema de produção separada de calor e
eletricidade.
Sistemas de cogeração - produção combinada de
calor e eletricidade (PCCE)
O sistema de cogeração - produção combinada de calor e
eletricidade (PCCE) permite a produção simultânea de dois
tipos de energia - geralmente eletricidade e calor - a partir de
uma única fonte de combustível. Em centrais alimentadas a
combustíveis tradicionais fósseis, grande parte da energia do
combustível é perdido, ventilada na forma de calor.
A eficiência do sistema de cogeração depende da tecnologia
usada para gerar a energia elétrica e energia térmica, da
conceção do sistema, e da forma como a energia térmica é
utilizada. Portanto, todos os sistemas de produção combinada
de calor e eletricidade (PCCE) terão uma eficiência específica,
dependendo do local onde são instalados.
A cogeração pode ser uma opção econômica em aplicações
onde há uma necessidade simultânea de energia e calor ou
arrefecimento.
Usando a tecnologia de recuperação de calor para capturar
uma parte significativa deste calor desperdiçado, sistemas
de cogeração tipicamente atingem eficiências totais de 60% a
80% para a produção de eletricidade e energia térmica. Porque
o sistema de produção combinada de calor e eletricidade
(PCCE) é mais eficiente, é necessário menos combustível para
produzir uma determinada produção de energia do que um
sistema de produção separada de calor e eletricidade. Maior
eficiência que se traduz em:
• Custos operacionais mais baixos
• Redução das emissões de todos os poluentes
• Aumento da fiabilidade e qualidade da energia
A ilustração abaixo mostra os ganhos de eficiência de 5
megawatts (MW) de um sistema de produção combinada de
Numa fábrica de curtumes que opera um ciclo de produção
completo, as contas de consumo de energia térmica é de
quase metade do consumo total, o que torna o sistema da
produção combinada muito eficiente. O sistema que produz
eletricidade através de um alternador impulsionado pelo motor
a gás. O calor gerado a partir do motor aquece a água que é
usada no processamento.
Embora a quantidade de gás consumido na central aumente
haverá uma redução significativa da quantidade de energia
comprada. A instalação de um sistema de produção combinada
de calor e eletricidade vai resultar numa redução significativa do
consumo total de energia por unidade de produto.
Num exemplo estudado – a instalação de um conjunto de
sistemas de cogeração em Itália contribuiu para uma redução
substancial de energia e produção de CO2. Os custos são bastante elevados (investimentos entre 650 000 € e 1.5 milhões de
euros), mas se houver financiamento - por exemplo, de uma ESE
ou aluguer – consegue-se um retorno do investimento
em 3 a 4 anos.
Produção Combinada de Calor e Eletricidade
5 MW Turbina movida a gás natural
Caldeira de Recuperação de Calor
Cogeneração
Convencional
Central de Combustível
(U.S. Fossil Mix)
91 Un. Combustível
147 UN.
COMBUSTÍVEL
56 Un. Combustível
Caldeira de Combustível
CENTRAL
Eletricidade
30 Un.
Eletricidade
Eletricidade
Produção
Combinada
de Calor e
Eletricidade
EFICIÊNCIA: 33%
45 Un.
Vapor
EFICIÊNCIA: 80%
CALDEIRA
Calor
100 UN.
COMBUSTÍVEL
Calor
51% . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . GANHOS DE EFICIÊNCIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75%
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ind-eco
Sistemas fotovoltaicos
• Sistemas de fácil manutenção.
Os sistemas de energia solar fotovoltaica (PV) são matrizes
de células que convertem a luz solar em eletricidade que pode
ser usada para alimentar aparelhos elétricos e para iluminação. As empresas têm muito a ganhar com os sistemas
solares fotovoltaicos, uma vez que normalmente usam uma
grande quantidade de aparelhos elétricos durante o processo
de fabrico.
• Longa vida e componentes duráveis.
Benefícios dos painéis solares fotovoltaicos
• Contas de serviços de eletricidade mais baixas e rendimento
sobre a energia gerada.
• Geram energia elétrica sempre que houver luz do dia.
• Rapidez na instalação de painéis solares.
• Diminuição da pegada de carbono, uma vez que não há
emissões.
• Proporcionam uma imagem positiva da empresa.
Os custos irão variar de acordo com a escala da operação e do
tamanho das matrizes, mas estudos de caso do setor de couro
indicam que os investimentos podem rondar os 250 000€ a
300 000€ mas esses investimentos a longo prazo originam
poupanças de 30% - 45% ao ano na energia elétrica comprada.
O retorno dos investimentos pode ser por exemplo de 8 anos.
ind-eco
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IND-ECO Soluções de eficiência energética para os setores do calçado e curtumes
Caldeiras economizadoras
Economizadores são dispositivos mecânicos destinados a reduzir o consumo de energia,
para executar funções tais como o pré-aquecimento de um fluido. Economizadores são
eficazmente permutadores de calor que podem ser utilizados no gás para a água, água
para o ar, ar para água ou de ar para aplicações de ar.
A aplicação mais comum para um economizador é que um elemento de gases de escape
de combustão da caldeira pode ser reutilizado para transferir calor para uma bobina ou
elemento montado na caldeira. Esta bobina pode então ser utilizada na alimentação de
caldeira de água ou para aumentar o calor dentro de alguns subprocessos alternativos.
Ao aumentar a temperatura da água que alimenta a caldeira, o nível de temperatura
necessário para alimentação é reduzida. Portanto, a quantidade de entrada de energia
térmica necessária a partir da fonte é menor - daí a poupança em termos de utilização de
combustível.
Períodos de retorno do investimento de menos de 12 meses são comuns, enquanto na
maioria dos projetos o retorno ronda os 24 meses. Instalações deste género permitem
normalmente uma poupança de 6% de combustível.
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ind-eco
Variadores de velocidade / Inversores
Um variador de velocidade (http://www.vfds.com/variable-frequency-drives) é um tipo de
controlador de motor que aciona um motor elétrico através da variação da frequência e
da voltagem fornecida para o motor. Um variador de velocidade pode ainda ser designado
de: variador de frequência, unidade de velocidade ajustável, conversor de frequência,
unidade de AC, a micro movimentação e inversor. A frequência está diretamente
relacionada à velocidade do motor (rotação por minuto - RPMs). Por outras palavras,
quanto mais rápida for a frequência, maior é a velocidade do motor. Se uma aplicação
não necessita de um motor elétrico para rodar a toda a velocidade, o variador de
velocidade pode ser útil, para reduzir a frequência e voltagem, de forma a satisfazer os
requisitos de carga do motor elétrico. Se houver alterações nos requisitos de velocidade
do motor, a unidade pode simplesmente virar para cima ou para baixo a velocidade do
motor para cumprir a exigência necessária.
Um motor soft-starter é um dispositivo mecânico e / ou elétrico utilizado com motor
elétrico, de corrente alternada (http://en.wikipedia.org/wiki/Stress_(mechanics) para
reduzir temporariamente a carga do motor durante o arranque. Isto reduz a tensão
mecânica (http://en.wikipedia.org/wiki/Stress_(mechanics) sobre o motor, bem como as
tensões eletrodinâmicas (http://en.wikipedia.org/wiki/Classical_electromagnetism) na
rede de distribuição elétrica(http://en.wikipedia.org/wiki/Electric_power_distribution) e
prolonga a vida útil do sistema.
Motores, bombas, compressores já existentes podem ser retro equipados com estes
dispositivos e os novos motores ou novas máquinas normalmente já devem incorporar
estas funcionalidades.
Com a instalação desses dispositivos ou novos motores, as empresas relatam
poupanças de energia de cerca de 15% e retorno do investimento entre 1 a 6 anos.
ind-eco
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IND-ECO Soluções de eficiência energética para os setores do calçado e curtumes
Compressores
O ar comprimido é utilizado numa variedade de processos de
fabrico, especialmente nos setores do calçado e do couro. O
processo de compressão de ar pode ser um desperdício - do
total da energia fornecida a um compressor, apenas 8-10 por
cento pode ser convertida em energia útil, necessária para
realização do trabalho. A minimização de desperdícios é vital,
com uma abordagem correta pode economizar-se mais de 30%
da energia utilizada. Recomendam-se as seguintes medidas:
Gerir o sistema corretamente – por exemplo, verificar o ar
comprimido que é realmente necessário e identificar os
processos em que é adequado e definir uma política de uso.
O ar comprimido é caro, que pode ser visto como um recurso
livre e muitas vezes é mal utilizado especialmente quando
existem opções mais baratas para certos processos.
Reduzir a pressão – o ar comprimido é muitas vezes usado
na pressão máxima do compressor - fazer pequenas reduções
e verificar que as operações não são afetadas. Verificar se o
compressor que utiliza tem o tamanho certo para o trabalho
que executa.
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ind-eco
Testar e consertar fugas – até mesmo pequenas fugas podem
ser caras em desperdício de energia, por isso deve realizar-se
um teste “sem carga” para verificar se há fugas.
Desligar os compressores quando não estiverem a ser
utilizados – um compressor em marcha lenta utiliza cerca
de 40% da sua carga total. Se for caso disso, desligue os
compressores quando eles não estão a ser utilizados.
A potencial poupança depende do sistema em vigor, mas as
empresas relatam que uma melhor gestão e / ou investimento
em novos compressores mais eficientes, ou compressores com
uma capacidade mais adequada aos requisitos, poupam cerca
de 20% da energia usada e o retorno pode ser de apenas 1 ano.
Sistemas de Iluminação
Os sistemas de iluminação eficiente evoluíram muito nos últimos anos. Atualmente
alguns sistemas permitem poupanças de energia de pelo menos 50%, em comparação
com os sistemas existentes, através da instalação de iluminação LED, lâmpadas
fluorescentes ou lâmpadas eficientes - como lâmpadas T5.
No entanto, nas fábricas de calçado e couro, a iluminação não é um grande consumidor
de energia, embora valha a pena considerar.
A melhor opção dependerá de cada espaço e aplicativo usado. A iluminação LED é muito
eficiente e as luzes são de longa duração com baixas exigências de manutenção. No
entanto, as LED sozinhas nem sempre são a resposta mais adequada. Os altos custos
das próprias luzes e, em muitos casos, as ferragens e fixação – podem ser superiores
aos benefícios, enquanto em algumas aplicações, soluções de iluminação inovadoras
que utilizam a tecnologia tradicional, com controlos e sensores de movimento e luz do
dia, pode melhorar substancialmente a eficiência e o retorno sobre o investimento.
Um número significativo de empresas nos setores estudados têm seguido uma estratégia
fragmentada, atualizando luzes e sistemas de iluminação numa base de substituição, ou
numa área de cada vez. Os relatos de experiência das empresas na implementação de
planos de investimento nesta área são variados. A poupança de energia com upgrades
para luzes LED - anda entre 45% e 75%, com períodos de retorno também muito variáveis,
dependendo de cada instalação individual (retorno em 1 a 3 anos é o mais comum, mas
algumas empresas relatam 10 a 15 anos).
ind-eco
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IND-ECO Soluções de eficiência energética para os setores do calçado e curtumes
Soluções específicas para as indústrias de calçado e curtumes
As empresas destes setores também podem economizar energia, através da
implementação de melhorias nos seus próprios processos produtivos.
A substituição de equipamentos e máquinas antigas por modelos mais novos permite
uma poupança significativa de energética (30-35%) mas a um custo relativamente
elevado de capital (10 anos de retorno). Na maioria dos casos, a poupança de energia
seria um benefício adicional, em vez de um controlador principal.
São bons exemplos os novos tambores de polipropileno e as novas pistolas – exemplos
descritos abaixo.
Outras melhorias de processos relatados são os programas automáticos para agitação
em processos de curtimenta (8 anos de amortização), tecnologias de secagem
energeticamente eficientes (5 anos de amortização), melhoria dos sistemas de aplicação
de folha no processo de acabamento de couro (retorno de 3 anos).
As potenciais soluções mencionadas como uma boa arrumação; assegurar layout da
fábrica eficiente - especialmente em relação à água quente e sistemas de ar comprimido
- temperaturas de processamento otimizados e horas de trabalho combinadas com os
pedidos de produção, são também boas práticas a considerar.
20
ind-eco
Novos cilindros de polipropileno eficientes
O tambor de polipropileno tem uma série de vantagens: (i) limpeza
muito fácil, evitando mudança de cor nos processos de tingimento;
(ii) ação suave sobre o grão; (iii) não permite corrosão química;
(iv) aumento de 10-15% na capacidade do tambor em comparação
com os tambores de madeira com as mesmas dimensões
externas; (v) excelente isolamento térmico.
Os tambores de propileno, com um peso de 40-50% menor do
que os tradicionais, exigem um consumo de energia muito menor.
Também as suas propriedades de isolamento térmico levam
a economias significativas de energia, devido à minimização da
perda de calor do tambor. Estas propriedades de isolamento
permitem um controlo apertado no aquecimento e arrefecimento
dos tambores, resultando em poupanças de energia.
A eficiência energética dos tambores de polipropileno aumenta
ainda mais quando equipado com conversores (10-30% menor
consumo), motores de alta eficiência (4-6%), rolamentos de rolos
(2-3%) e engrenagens planetárias (3-10%).
55
Os cilindros de polipropileno
conservam melhor o calor do
que os de madeira ou aço
inóxidável.
Madeira
Aço Inoxidável
50
Temperatura °C
Polipropileno
Para o recurtimento de 100 kg de wet blue, com esta nova geração
de tambores, é necessário uma potência contratada de cerca
de 3 kW de energia elétrica, enquanto nos tradicionais de madeira
é necessário mais de 10 kW. As empresas de curtumes ao usar
estes tambores relatam poupanças de energia até 50% e retorno
em menos de 14 meses – varia de acordo com o local.
45
40
35
30
0,00
1,12
2,24
3,36
4,48
6,00
7,12
Tempo (horas)
ind-eco
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IND-ECO Soluções de eficiência energética para os setores do calçado e curtumes
Novo sistema de pulverização
Auditoria realizada no âmbito do INDECO mostrou que
uma proporção significativa da energia consumida
nos curtumes, entre 25 a 70%, deve-se às operações de
acabamento e, em particular, às linhas de pulverização. A
pulverização tradicional utiliza um sistema de pistolas que
funcionam em rotação com ar comprimido a alta pressão.
O inovador equipamento de pulverização permite reduzir a
dissipação de produtos químicos em quantidade entre
20% e 50% em comparação com os sistemas convencionais
e, ao mesmo tempo, reduz o consumo de energia até 55%
durante o processo de pulverização, graças ao inovador
sistema HV-02.
A pistola de pulverização HVLP HV-02 é a única pistola de
pulverização que opera com nenhuma diferença de pressão
entre a entrada e a saída. A pressão do ar de atomização de
saída está numa gama de funcionamento entre 0,15 e 0,6 bar.
Os desempenhos da pistola de pulverização HVLP HV-02 em comparação com um sistema tradicional
Sistema
convencional
Novo
sistema
7%
7%
Consumo
comum
-50%
Limpeza
água
13%
100%
Quantidade
de energia
para a
pulverização
-30%
-54%
Limpeza
ar
40%
40%
-70%
Uma empresa de curtumes que investiu em novas pistolas obteve um período de retorno de menos de um ano.
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ind-eco
Sistema
de ar
SOLUÇÕES FINANCEIRAS
Embora os mesmos princípios gerais sejam aplicáveis a todos os
países da Europa, em relação a possíveis fontes de financiamento
para melhorar a eficiência energética, há alguma variação nos
detalhes do que está disponível, é por isso importante procurar
numa base nacional ou até mesmo regional (ver a base de dados
de projeto sobre potenciais fontes de financiamento).
Excetuando alguns casos especiais, existem poucos casos de
subvenções. A Comissão Europeia tem um site informativo, que
vale a pena investigar. No entanto, o tipo de assistência - salvo
em casos excecionais - é suscetível de ser limitada a garantias
de empréstimos e empréstimos bonificados, com taxas
normalmente 0,5% abaixo das taxas comerciais.
No geral, o financiamento está disponível de várias formas:
bancos, instituições comerciais, financiamento público, etc
(quase sempre numa base comercial). Especialmente no clima
financeiro atual, muitas empresas estão preocupadas em atingir
um retorno sobre os investimentos em dois anos.
Em Itália, em particular, o conceito das ESE é razoavelmente
bem desenvolvido (ver abaixo) - em que o financiamento de um
investimento é fornecido por um agente externo (ESE) e é pago
fora das poupanças alcançadas. As ESE operam em outros
países, mas geralmente aplicam acordos de locação, cujas
condições nem sempre são atraentes para as empresas.
http://europa.eu/youreurope/business/funding-grants/
access-to-finance/index_en.htm
ind-eco
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IND-ECO Soluções de eficiência energética para os setores do calçado e curtumes
Empresas de Serviços de Conservação de Energia
(ESE) em Itália
As ESE são autofinanciadas ou derivam do financiamento de
credores externos.
As empresas de serviços energéticos estão em negócios
comerciais e proporcionam uma ampla gama de soluções de
energia, incluindo implementação de projetos de poupança de
energia, geração de energia e abastecimento de energia, bem
como a gestão de riscos. Além disso, em Itália, graças ao
sistema de certificados brancos, uma ESE pode fornecer todos
os serviços de apoio técnico, comercial e financeiro
necessário para a implementação de investimentos que visem
um maior eficiência energética, assumindo a responsabilidade
do investimento e o risco de não poupar, de acordo com um
contrato com o qual, por sua vez, as ESE estabelecem os seus
lucros.
A abordagem italiana das ESE é uma forma eficaz para
satisfazer as necessidades dos consumidores industriais de
energia quando aqueles que exploram o investimento não
são eles próprios consumidores, mas os agentes externos
envolvidos no negócio de energia. Por esta razão, as ESE
podem dar-se ao luxo de investir a longo prazo. Desta forma,
as empresas industriais podem resolver o seu problema
na mobilização de recursos de investimento livres de riscos
técnicos ou financeiros e podem usar os seus próprios
recursos para outros projetos que se inserem no âmbito das
suas atividades comerciais.
Portanto, uma ESE é capaz de fornecer um serviço global
(serviços de diagnóstico, financiamento, conceção, instalação,
gestão e manutenção de uma tecnologia) cujos benefícios
derivam das poupança de energia , através de dinheiro da ESE,
que visa recuperar o investimento e obter retorno sobre o
capital investido.
Como utilizador do sistema mais eficiente instalado, a empresa
concede à ESE uma taxa igual à diferença das contas de
energia antes e depois do investimento por um número de anos,
previamente acordado. No final do contrato o empresário
desfruta dos benefícios alcançados.
Relação entre ESE e parceiros:
FORNECEDORES
Tecnologias
Pagamentos
Empréstimos
BANCOS E OUTRAS
INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO
ESE
Restituições
Pagamentos em atraso
através da poupança
Instalação
EMPRESA
24
ind-eco
Sistema de certificados brancos
Os certificados brancos são títulos que comprovam a realização
de poupanças de energia, através de projetos destinados a
aumentar a eficiência energética. Um certificado é equivalente à
poupança de uma tonelada de equivalente de petróleo (ToE). O
esquema baseia-se numa obrigação de eficiência energética,
imposta aos distribuidores de eletricidade e gás, e num mercado
de certificados negociáveis, agindo assim como um incentivo
para os médios e grandes utilizadores finais e empresas de
serviços energéticos (voluntários). O principal objetivo é
promover a eficiência energética entre utilizadores finais, mas
outros objetivos importantes do regime incluem o fortalecimento
do mercado ESE juntamente com contabilização de poupanças de
energia realizadas.
Quase todos os projetos, que envolvam uma maior eficiência
no consumo final de energia, são elegíveis no âmbito deste
regime - desde caldeiras para sistemas de iluminação, a energia
solar térmica para a cogeração, a partir de motores elétricos
para os projetos de processos industriais. Cada um dos projetos
elegíveis é emitido o certificado branco por um período de cinco
anos (oito anos para a construção de projetos e dez anos para
a cogeração de elevada eficiência). O regime italiano considera
apenas poupanças adicionais. Se o projeto for aprovado o
proponente recebe na sua conta um número de certificados
correspondentes às poupanças reconhecidas. Os certificados
podem ser negociados.
O valor do incentivo proporcionado pelos certificados permitiu
às ESE desenvolver instrumentos financeiros destinados a apoiar
projetos de eficiência energética, através de financiamento por
terceiros.
ind-eco
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IND-ECO Soluções de eficiência energética para os setores do calçado e curtumes
Parceiros DO PROJETO
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ind-eco
APPBR - Romanian Leather and Fur
Producers Association
A Romanian Leather and Fur Producers Association
representa a indústria de curtumes romena.
BULFFHI - Branch Union of leather, fur,
footwear and haberdashery industry in
Bulgaria
A BULFFHI tem como missão apoiar ativamente
os seus membros, de forma a melhorar a sua
competitividade nos mercados.
CRS - Conciaricerca R&S srl
A CRS é uma empresa de investigação científica que
promove a realização de projetos relacionados com
curtumes, em Itália.
The Confederation of National
Associations of Tanners and
Dressers of the European Community
COTANCE é a Confederação das Associações
Nacionais de curtumes da União Europeia.
Centro Tecnológico do Calçado de
Portugal
O CTCP tem como missão apoiar e promover
o crescimento e desenvolvimento do calçado
português e as suas empresas através do
desenvolvimento de atividades técnico-científicas.
DANI - DANI GROUP SPA
Dani Group é uma empresa de curtumes com sede em
Arzignano (Itália), conta com 500 empregados, e um
volume de negócios de 75 milhões de euros.
IDF - Italian District Federation
The Italian District Federation é uma instituição sem
fins lucrativos – criada em 1994 – que representa os
distritos industriais e produtivos italianos, abrange
45.000 empresas e 395.000 empregados.
ICPI - The national research and development institute for textile and leather
ICPI é um instituto de investigação
romeno, na área do calçado e curtumes.
INESCOP - Footwear and related
industries research center
INESCOP é o Instituto Tecnológico do Calçado e
Indústrias Afins em Espanha.
LEITAT - Technological Center
LEITAT é o Centro Tecnológico especialista no
desenvolvimento de tecnologias, nomeadamente
em I & D nas áreas de materiais, ambiente, produtos
de acabamentos, biotecnologias e das energias
renováveis.
PIELOREX - Pielorex Romania
A PIELOREX é uma empresa que se dedica ao
tratamento de peles de bobino para calçado,
marroquinaria, estofos, itens de proteção e também
peles wet blue e crust. Foi criada em 1961.
PJ Shoes - Romania
PJ Shoe produz calçado para crianças.
SFERA FACTOR - Association of the
Romanian Leather Manufacturers
A SFERA FACTOR é uma organização profissional dos
fabricantes de couro romenos.
SOGESCA - Innovation, Environment,
Energy and work safety
Sogesca foi criada em 1986 para oferecer serviços
de consultoria ambiental para órgãos públicos e
empresas.
UKLF - UK LEATHER FEDERATION
UK Leather Federation (UKLF) é a associação
representante comercial para indústria do curtume
no Reino Unido.
Unione Nazionale Industria Conciaria
A Italian National Tanning Industry Union é a
associação de empresas de curtumes.
ind-eco
27
IND-ECO Soluções de eficiência energética para os setores do calçado e curtumes
Conclusão Enquanto os produtores europeus de calçado e couro
continuam a vender os seus produtos com base na qualidade,
desempenho e design, o mercado global é cada vez mais
competitivo e as indústrias enfrentam um desafio constante
para diminuir os custos dos seus produtos. Há também um
crescente foco no desempenho social e ambiental das
empresas, na perceção do público e dos clientes empresariais
- especialmente marcas de produtos de alto perfil e retalhistas.
Há atualmente uma pressão crescente, por parte dos governos
(e, consequentes taxas), para que cumpram metas internacionais
sobre gases com efeito de estufa. Todas essas razões levam
as empresas a investir na redução do consumo de energia e
emissões de CO2.
Os setores em estudo são maioritariamente compostos por PME.
Os governos referem-se, muitas vezes, à importância das PME
na economia e o papel importante que podem desempenhar na
prossecução das metas de energia e emissão de CO2 futuras, no
entanto estas PME geralmente sentem muito mais dificuldade,
do que as grandes empresas, em investir em tecnologias de
eficiência energética.
28
ind-eco
No geral, o projeto alcançou reduções significativas no uso de
energia e as emissões de CO2, e superou as metas inicialmente
propostas. Foram elaborados 116 planos de investimento quando
a meta eram 80; verificou-se uma redução de 32,4 milhões de
kWh por ano de energia primária – quando o objetivo inicial
proposto era 16,7 milhões de kWh e verificou-se uma redução de
9.050 toneladas de CO2 emitido, quando estava previsto 3.804
toneladas.
Mas igualmente importante é o legado que o projeto deixa para
todas as empresas dos setores, a partir dos exemplos e estudos
de caso efetuados, sobre o que pode ser alcançado, bem como
as ferramentas desenvolvidas durante o projeto - o processo de
benchmarking, as Bases de Dados de soluções técnicas e fontes
de financiamento.
De realçar ainda as lições aprendidas e partilhadas sobre todo o
processo, bem como a mensagem geral deixada às autoridades
europeias e nacionais, para permitir o acesso a processos de
melhoria da eficiência energética, mais fácil para as PME.
as emissões
de
dustrial para
re
a in
ç
n
en
CO
consumo de
e
gia
er
o
zir
u
d
Ali
a
As ferramentas IND-ECO
estão disponíveis para download em:
http://www.ind-ecoefficiency.eu/
Co-funded by the Intelligent Energy Europe
Programme of the European Union
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