Tendências da política europeia de inovação e clima
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Tendências da política europeia de inovação e clima
PT ENTR 2000/039/C1 (associado ao documento 037/C1 Innovation) COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS Bruxelas, 20.9.2000 SEC(2000) 1564 DOCUMENTO DE TRABALHO DA COMISSÃO Tendências da política europeia de inovação e clima para a inovação na União EN . DOCUMENTO DE TRABALHO DA COMISSÃO Tendências da política europeia de inovação e clima para a inovação na União ÍNDICE Introdução ............................................................................................................................ 3 1. Tendências da política europeia de inovação........................................................... 4 Identificação de tendências ......................................................................................... 4 Prioridades ................................................................................................................. 5 Reforço da investigação desenvolvida pelas empresas ................................................ 6 Reforço da capacidade das PME para absorver tecnologia .......................................... 8 Intensificação da cooperação entre institutos de investigação, universidades................. e empresas ............................................................................................................. 9 Financiamento da inovação ...................................................................................... 11 Arranque de empresas de base tecnológica ............................................................... 13 Promoção do agrupamento (clustering) e cooperação para a inovação ...................... 16 Política de inovação.................................................................................................. 17 2. Clima para a inovação na União .............................................................................. 21 Lista de gráficos ....................................................................................................... 21 2 INTRODUÇÃO Este documento apresenta, de forma abrangente, informação que contribui para a análise de: 1) tendências da política europeia de inovação e 2) desempenhos em matéria de inovação na União, apresentados na Comunicação "A inovação numa economia assente no conhecimento"1 (capítulos 2 e 3, respectivamente). A parte 1, sobre as tendências da política europeia de inovação, foi elaborada com base em informações recolhidas através de um projecto comunitário lançado em 1999 e intitulado "Painel da Inovação na Europa". A parte 2, sobre o clima para a inovação na União, apresenta uma série de dados que traçam o desempenho da inovação na União. 1 COM(2000) 567 final. 3 1. TENDÊNCIAS DA POLÍTICA EUROPEIA DE INOVAÇÃO A inovação é uma prioridade da política de todos os Estados-Membros da UE. Nos últimos anos, foram implementadas ou estão em preparação centenas de medidas e programas de apoio em toda a UE. Esta diversidade reflecte a das condições subjacentes, das preferências culturais e das prioridades políticas dos Estados-Membros. A Comissão Europeia está a recolher e a analisar informações sobre as políticas de inovação na UE, através de um projecto lançado em 1999 e intitulado "Painel da Inovação na Europa". Este projecto fornece aos decisores políticos e aos gestores dos programas de apoio à inovação informações e dados estatísticos resumidos sobre as políticas de inovação, os desempenhos e as tendências na UE. Deverá igualmente tornar-se a base do fórum europeu para a avaliação comparativa e o intercâmbio de "boas práticas". Identificação de tendências A inovação é um processo complexo, que engloba dimensões tecnológicas, económicas e sociais. As políticas e medidas de promoção da inovação podem ter como base um espectro vasto, abrangendo muitos aspectos do processo de inovação, ou podem ser especificamente orientadas, por forma a abordar um problema particular que necessite de atenção. É necessário dispor de um enquadramento para a classificação e análise. O projecto de Painel da Inovação utiliza o Plano de Acção para a Inovação da Comissão Europeia, de 1996, com esta finalidade2. O Plano de Acção adopta uma abordagem da inovação de base "sistémica", tal como acontecia com o Livro Verde sobre a Inovação3, de 1995, que o precedeu. Esta abordagem geralmente bem aceite considera que a dinâmica do "sistema de inovação" é muito complexa, com muitos factores que colidem com o processo de inovação. Estes factores incluem o sistema de ensino, o quadro regulamentar, legislativo e fiscal, o enquadramento competitivo, a legislação sobre patentes e sobre a propriedade intelectual, as infra-estruturas de investigação e os serviços de apoio à inovação. No Plano de Acção para a Inovação, as propostas estão classificadas de acordo com três objectivos principais: • promover uma cultura da inovação, • estabelecer um quadro jurídico, regulamentar e financeiro conducente à inovação, • orientar mais rigorosamente a investigação para a inovação, sendo que cada objectivo contém até seis "temas". 2 3 Primeiro Plano de Acção para a Inovação na Europa, COM(96)589 final. COM(95) 688 final. 4 Prioridades Os dados de 1999 apresentam uma panorâmica das políticas actuais e das tendências das políticas dos Estados-Membros (resumidas no Quadro 1). Três dos temas ressaltam como prioridades em curso: reforço da investigação levada a cabo pelas empresas, melhoria do financiamento para a inovação e promoção da absorção de tecnologia e da gestão da inovação pelas PME. Três outros temas estão a emergir como prioridades mais recentes: intensificação da cooperação entre institutos de investigação, universidades e empresas, promoção dos agrupamentos e de outras formas de cooperação entre as organizações envolvidas no processo de inovação e incentivo ao arranque das empresas de base tecnológica. Prioridades em curso • Reforço da investigação desenvolvida pelas empresas • Financiamento da inovação • Absorção de tecnologia e gestão da inovação pelas PME Prioridades mais recentes • Intensificação da cooperação entre institutos de investigação, universidades e empresas • Promoção do agrupamento (clustering) e cooperação para a inovação • Arranque de empresas de base tecnológica Temas de interesse crescente • Simplificação administrativa • Fiscalidade e medidas indirectas • Visão estratégica da inovação e sensibilização do grande público Tendências globais e novos mecanismos de "distribuição" • Abordagem por sistemas relativamente à política de inovação • Aumento da complementaridade das políticas nacionais e regionais • Novas formas de "parcerias público-privado" • Nova função das políticas públicas como coadjuvantes da inovação • Adaptação à globalização Quadro 1 5 Reforço da investigação desenvolvida pelas empresas As actividades de I&D desenvolvidas pelas empresas privadas são um indicador importante da capacidade de inovação de um país, e os Estados-Membros têm várias atitudes para melhorar o seu desempenho. Os países em que as actividades de I&D das empresas são reduzidas tendem a adoptar programas mais genéricos e incentivos fiscais, ao passo que os países em que essas actividades são relativamente fortes recorrem, frequentemente, a medidas selectivas, aplicáveis a certos tipos de empresas (como as empresas em fase de arranque, PME, empresas de rápido crescimento ou que fazem uso intensivo da investigação) ou de sectores ou "tecnologias-chave". O recurso a medidas de controlo da tributação para estimular a I&D das empresas está já largamente instituído em vários Estados-Membros, como, por exemplo, nos Países Baixos. O principal programa de redução de impostos nesse país (ver caixa) permite aos empregadores pagarem menos impostos sobre o rendimento e menos contribuições para a segurança social pelos empregados ligados à I&D. Este programa está a ser extremamente bem sucedido e por ser facilmente gerido, o que o torna atractivo para as PME. Países Baixos: redução de impostos para a I&D Nos Países Baixos, os empregadores, que têm a responsabilidade de deduzir, do salário bruto dos trabalhadores, o imposto sobre o rendimento e as contribuições para a segurança social, podem ver reduzido o montante que pagam às autoridades no caso do pessoal ligado à I&D. O programa é relativamente fácil de gerir pelas empresas, o que o torna atractivo para as PME, que, em 1998, receberam 60 % do orçamento atribuído ao programa, cuja utilização passou de 5.000 empresas no primeiro ano (1994) para 14.600 em 1999. Uma avaliação do programa em 1999 revelou que as empresas que a ele recorrem têm uma despesa com I&D mais elevada do que aquelas que não o utilizam. O número de empregados de I&D, entre os utilizadores do programa, também aumentou. A Irlanda também tem um vasto currículo no que toca aos incentivos fiscais para promover a inovação, oferecendo, por exemplo, isenção total do imposto sobre os rendimentos provenientes de patentes. Existem actualmente propostas para a introdução de créditos fiscais sobre os aumentos das despesas de I&D. Na Bélgica, já está em funcionamento um sistema de créditos fiscais de I&D e de benefícios fiscais para a contratação de pessoal de I&D. O incentivo à I&D através de regimes fiscais foi, durante muito tempo, um anátema para governos sucessivos do Reino Unido. O governo actual afastou-se deste ponto de vista, tendo introduzido medidas fiscais destinadas a estimular o fornecimento de capital de risco pelas empresas e a aligeirar os encargos financeiros com a protecção da propriedade intelectual. Um afastamento ainda mais radical da linha governamental dominante durante muito tempo é a ideia, anunciada no Orçamento de 1999, de introduzir incentivos fiscais às pequenas e médias empresas. Nessa altura, esta medida encontrava-se em fase de consulta, estando a sua introdução prevista para o Orçamento de 2000. 6 Portugal: um novo regime para a inovação Os países da coesão investem montantes consideráveis para ultrapassar as suas fraquezas estruturais em termos de inovação. Os grandes programas plurianuais e abrangentes realizados ao abrigo dos fundos estruturais continuam a ter um papel importante, mas a abordagem dos programas está, cada vez mais, a ser complementada por medidas fiscais de estímulo ao investimento em I&D das empresas. Portugal é um exemplo típico. Três novos programas lançados com o apoio dos fundos estruturais irão alterar o quadro nacional das políticas de ciência, tecnologia e inovação nos próximos anos. Todos os programas colocam grande ênfase na inovação. O Programa Operacional Ciência, Tecnologia e Inovação, nomeadamente, promove a cultura científica e tecnológica e a cooperação entre empresas e organizações de I&D e será desenvolvido com base em três subprogramas: formação e qualificação de recursos humanos em C&T; desenvolvimento dos sistemas científico, tecnológico e de inovação; avaliação, observação, planeamento e continuação das actividades dos vários elementos do sistema. Os países nórdicos partilham da prioridade de fomentar a I&D das empresas, mas sem recorrerem muito às medidas fiscais. A Finlândia, por exemplo, canaliza a maior parte dos 1.500 milhões de markkas finlandesas suplementares decididos em 1998 como subvenções concorrenciais para reforçar e complementar a investigação das empresas através das suas capacidades públicas de investigação. Nos países nórdicos, aplica-se uma abordagem flexível e maioritariamente ascendente com base em "mesas redondas", para definir e rever constantemente as prioridades dos programas, ao passo que a abordagem descendente "orientada para a missão", com grandes programas previamente definidos e centrados nas "tecnologias-chave", continua a ser popular em alguns dos maiores países. O governo francês, por exemplo, realiza concursos regulares para projectos industriais de I&D aplicada, em domínios específicos. Também neste país, deverão ser introduzidos incentivos fiscais ao investimento em empresas inovadoras, no âmbito do "Crédit d'Impôt Recherche" (Dotação do Imposto para Investigação). Esta dotação foi introduzida em 1982 como medida horizontal que não faz discriminação por sector de actividade. A Lei das Finanças de 1999 alterou estas disposições. A dotação do imposto para investigação tornar-se-á uma dotação negociável e será refinanciável para as empresas em fase de arranque, durante os seus primeiros três anos de actividade. Na Alemanha, o reforço das actividades de I&D das empresas privadas é o aspecto central de várias medidas de promoção directa e indirecta. A promoção directa destina-se a constituir novas competências em domínios tecnológicos amplamente definidos, como a investigação climatérica e ambiental, a energia, os lasers, a microelectrónica, as TIC4, os microssistemas e as tecnologias de produção. Os fundos estruturais são utilizados, em grande medida, para a reconstrução das capacidades de I&D dos novos Länder. Na Alemanha, discute-se actualmente a introdução de políticas de inovação com ligação aos aspectos fiscais. 4 TIC: Tecnologias da informação e do conhecimento 7 Reforço da capacidade das PME para absorver tecnologia A melhoria da capacidade das PME para absorver tecnologia é outro pilar tradicional da política de inovação. Uma abordagem orientada para a procura, a transferência de saber-fazer "tácito" em termos de inovação e a proximidade física da fonte de tecnologia são consideradas factores fundamentais de sucesso. Os parques científicos, os centros regionais de tecnologia, os gabinetes de ligação dos organismos académicos e de investigação, outros tipos de intermediação e os projectos de demonstração encontram-se entre as abordagens mais tradicionais. Grande número de programas dos Estados-Membros procura garantir a orientação da procura, apoiando as PME na identificação das novas tecnologias adequadas às suas necessidades particulares. A Finlândia, por exemplo, aplica esta abordagem com êxito, através da Iniciativa das Clínicas Tecnológicas e dos Serviços de Consultoria em Estratégia Tecnológica para PME. Os programas de mobilidade e de visita das empresas, destinados à colocação temporária de investigadores, doutorados e outros "portadores de saber-fazer" nas PME têm em conta a transferência de saber-fazer "tácito" em matéria de inovação. O programa "Portadores de conhecimentos nas PME" dos Países Baixos é considerado um dos mais bem sucedidos deste tipo. A Suécia desenvolveu uma abordagem multifacetada interessante que combina a criação e o financiamento de redes de empresas, o apoio aos novos serviços para empresas (corretores de tecnologia) e o uso de TIC avançadas (ver caixa). No Reino Unido, reconhece-se que as medidas indirectas apresentam soluções mais rentáveis para os problemas das PME. Foram criados diversos serviços de consultoria, representando a Business Link a maior iniciativa deste tipo. A um nível mais geral, o Small Business Service oferece apoio, na forma de acesso facilitado à informação e aos serviços. Suécia: transferência de tecnologia para PME Na Suécia, o governo encarregou a NUTEK (Comissão Nacional Sueca para o Desenvolvimento Industrial e Técnico) de melhorar a promoção da transferência de tecnologia. O resultado é o programa TUFF5 - um mecanismo para facilitar o comércio de serviços tecnológicos entre os fornecedores públicos de tecnologia de I&D e as PME. Lançado em 1999, o programa incentiva as PME a colaborarem entre si, de modo a ficarem suficientemente fortes para se tornarem clientes de um fornecedor de tecnologia. O programa estimula a procura das PME, apoiando estudos de viabilidade, a criação de grupos ou de redes de empresas e projectos de cooperação. Também criou uma rede de corretores de tecnologia oficiais e reconhecidos, com diferentes competências, inicialmente indivíduos que trabalham em institutos de investigação, organizações de pólos tecnológicos, etc., onde cada corretor funciona como um "ponto de entrada único" para os conhecimentos especializados apresentados por toda a rede. Por último, o TUFF fornece um serviço com base nas TIC para apoiar a rede de corretores de tecnologia e prestar assistência geral ao programa. 5 TUFF: Teknikutbyte För Företag. 8 Em França, estão implementadas várias medidas regionais e nacionais. Entre as medidas específicas, contam-se o "Apoio à transferência de tecnologia", o "Apoio a projectos de inovação nas PME", o "Processo de Difusão Tecnológica – ATOUT", o "Apoio a parcerias europeias de tecnologia" e o "Fundo Regional para o Apoio à Transferência de Tecnologia – FRATT". A Alemanha tem em prática várias acções que incidem na consultoria e na partilha de experiências. É o caso da iniciativa modificada "ProInno", dos Centros de Informação Tecnológica, das Agências Privadas de Informação, dos Centros de Comércio Electrónico, do Programa de Visitas e Informações Tecnológicas "TOP", das Agências para a Transferência de Tecnologia e dos Centros de Tecnologia. Os países da coesão, muitas vezes, combinam, num mesmo programa, a I&D das empresas com a absorção de tecnologia e concentram-se nas abordagens comprovadas dos centros regionais de tecnologia e dos programas nacionais de mobilidade. Intensificação da cooperação entre institutos de investigação, universidades e empresas Os decisores políticos dos Estados-Membros, porém, rejeitam cada vez mais a dicotomia "incentivo da I&D" a montante e "absorção de tecnologia" a jusante. Do ponto de vista "sistémico", os problemas subjacentes dependem de problemas de natureza essencialmente cultural ou administrativo entre os executores da investigação, no sector público, e os que utilizam os resultados, no sector privado. A maior importância dada no sector privado ao seu duplo papel de utilizador de tecnologia e "tradutor" das necessidades do mercado em problemas de investigação conduziu ao aparecimento de um novo objectivo político de "melhorar a interface ciência/indústria". Isto não significa, obviamente, a reinvenção total de uma nova política, mas, em grande medida, uma redefinição e uma melhor integração dos instrumentos existentes. No Reino Unido, esta abordagem incluía um aumento substancial da afectação orçamental do Teaching Company Scheme que é um dos programas pioneiros em termos de mobilidade na Europa (ver caixa), além do lançamento de uma série de medidas complementares. Reino Unido: o Teaching Company Scheme O Teaching Company Scheme pretende melhorar o nível de intercâmbio entre o ensino superior e as empresas comerciais e industriais. O programa permite que as empresas aproveitem as capacidades científicas, de engenharia, tecnológicas e de gestão de empresas, assim como os conhecimentos existentes nas universidades. Os recém-licenciados altamente qualificados trabalham numa empresa, durante dois anos, num projecto fundamental para as necessidades da empresa, sob a supervisão conjunta de pessoal académico e da empresa. O programa destina-se às universidades e às empresas cujas capacidades e necessidades de I&D se complementam mutuamente. 90 % das empresas participantes neste mecanismo são PME. 9 O apoio financeiro surge na forma de uma bolsa do Estado para o parceiro universitário. A empresa contribui para os custos directos: uma PME que participa pela primeira vez paga, normalmente, cerca de 30 % dos custos directos, que se elevam a cerca de 1.000 libras por licenciado por ano, enquanto uma empresa maior contribuirá, normalmente, com um mínimo de 60 %. Calcula-se que cada milhão de libras do apoio estatal a este programa gera 47 novos postos de trabalho e 1,3 milhões de libras de investimento em instalações e equipamentos. O Teaching Company Scheme, que era um programa do ministério do Comércio e Indústria (Department of Trade and Industry), é actualmente gerido pela Teaching Company Directorate (TCD) em nome dos onze ministérios e patrocinadores do Conselho de Investigação, incluindo o próprio ministério do Comércio e Indústria. Em vários países, estão a ser reformulados os mecanismos de mobilidade como instrumentos em dois sentidos e os subsídios para I&D, com vista a intensificar a colaboração entre os vários intervenientes: centros de investigação, universidades, grupos de empresas e empresas isoladas. Existem dois tipos de políticas: as "redes de competência" específicas de determinadas tecnologias, com cobertura nacional, e as políticas regionais dos "vales tecnológicos". A política dos "vales tecnológicos", em particular, está a adquirir uma força considerável. Os decisores políticos da Flandres introduziram o conceito de "vale tecnológico", no qual as entidades regionais promovem a cooperação investigação-indústria em torno de um nó composto por institutos de investigação ou de formação. Exemplos semelhantes e recentes noutros países são a "Atlantic Universities Alliance" da Irlanda ou a iniciativa "TechGate Viena" da Áustria. A atomização das medidas de apoio, a falta de coordenação ou a concorrência infrutífera entre as regiões são perigos inerentes ao aumento da ênfase regional, em particular nos países em que a descentralização ainda é um fenómeno recente. A Alemanha, com as suas tradições federais de longa data, é um bom exemplo de país onde as iniciativas regionais e nacionais são relativamente bem coordenadas. Bioregio, Innoregio, Exist e outras iniciativas nacionais recentes tentam reequilibrar as dimensões da estratégia nacional e da implementação regional. Os países da coesão também estão interessados em aumentar a ligação entre a I&D pública e o sector privado. Em Espanha, o CDTI6 procura intensificar a cooperação entre universidades e empresas, através de vários mecanismos e iniciativas. A iniciativa Atyca permite a formação de consórcios entre empresas e universidades em projectos de investigação conjuntos; o programa Petri incentiva a transferência para as empresas (principalmente PME) de tecnologias e de resultados científicos com aplicação industrial, gerados nas universidades, nos centros públicos de investigação e nos centros tecnológicos; os projectos concertados e de cooperação geram consórcios indústria/centros públicos de investigação/universidades; O "Programa de promoção da I&D e da inovação nas regiões dos objectivos n.ºs 1 e 2" promove a cooperação entre empresas e centros públicos de investigação e o "Apoio financeiro ao desenvolvimento de serviços de transferência de tecnologia sem fins lucrativos" desenvolve quadros de relações entre os centros públicos de investigação e os meios industriais. 6 CDTI: Centro para el Desarollo Tecnológico Industrial. 10 Grécia: destaque para a exploração da investigação O recém-criado "Centro de Investigação e Tecnologia Hellas” (CERTH) é uma rede de centros de investigação estatais, sem fins lucrativos, que tem por missão executar investigação de base e aplicada. Os projectos do CERTH darão especial destaque à exploração de resultados da investigação e ao desenvolvimento de novos produtos e serviços com impacto económico e social. A investigação das universidades italianas conheceu uma renovação total com a introdução de novos processos para avaliar e seleccionar projectos de investigação de importância nacional e, portanto, de importância industrial e social. Às várias medidas existentes, foram acrescentadas disposições de cooperação e de transferência de tecnologia. Em Portugal, existem várias iniciativas destinadas a melhorar a cooperação. Exemplo disso é o programa de actividades de I&D por consórcios, bem como os regulamentos sobre o recrutamento de doutorados e mestres. Outras iniciativas nesta área são os incentivos financeiros a projectos industriais de I&D do PEDIP7 II, a promoção da inovação e transferência tecnológica do PEDIP II e o regulamento para apoiar o desenvolvimento das capacidades tecnológicas a nível de empresas, a iniciativa PME. Há ainda diversas iniciativas regionais com este objectivo, e, no contexto do programa Eureka, tem-se realizado cooperação entre a indústria e as universidades. Financiamento da inovação Desde o início dos anos 90, a maior parte dos Estados-Membros tem vindo a complementar cada vez mais o financiamento directo de I&D pela promoção do financiamento privado da inovação, principalmente nas fases iniciais do processo de inovação. O fornecimento de capital de risco está a aumentar na Bélgica, em particular, na Flandres, onde se tem encaminhado menos para determinados sectores da economia que noutros países. Os fundos de lançamento Sogepa e Brustart destinam-se especificamente ao capital de lançamento. Um novo fundo - o FIRD - financia as actividades industriais derivadas da investigação patrocinada por dinheiros públicos, sendo interessante verificar que as universidades tendem a ter um papel activo no fornecimento de capital de risco, especialmente no apoio às empresas resultantes da investigação tecnológica, para a valorização dos resultados da investigação académica. O aumento da disponibilidade de financiamento em capital de risco também é uma característica da economia sueca. Entre as novas acções, contam-se o fundo de Capital de Lançamento, administrado pela Nutek, que se dirige às pequenas empresas de alta tecnologia, e o Fórum de Investimento CapTec Nutek - um fórum de investimento anual para as novas empresas de base tecnológica. Por outro lado, uma iniciativa conjunta ALMI Business Partner/Centro de Inovação Sueco/Nutek (os Comités de Consultoria de Produtos) oferece apoio aos inventores pré-lançamento e na fase de lançamento. 7 PEDIP: Programa co-financiado pelo Estado Português e Comunidade Europeia. 11 A Dinamarca lançou o Programa de Garantia de Capital Próprio e os programas Empresas em Desenvolvimento, para melhorar a disponibilidade de capital de risco. No que respeita à disponibilidade geral do capital de risco, encontra-se em França uma situação semelhante. Alguns exemplos de medidas específicas são a criação do Nouveau Marché, o plano de garantia Sofaris para as empresas de capital de risco, os fundos de "Prémios" para as áreas tecnológicas de prioridade nacional, o fundo mútuo para a inovação (FCPI8) e a criação de um Fundo Público de Capital de Risco. Também na Alemanha, estão implementadas várias medidas, entre as quais se contam o Projecto INSTI9 para o Mercado da Inovação; uma modificação do Programa de Inovação ERP que permite o refinanciamento de investimentos em capital e de mecanismos semelhantes através de empréstimos a dez anos; o DtA10- Programa de Capital de Risco para Tecnologia; o aumento das subvenções para investimentos ao abrigo do programa BTU11 (para as pequenas empresas tecnológicas); e o Programa KfW12 de Capital de Risco. Ademais, os Länder alemães têm diversas medidas que incluem empréstimos e fundos de tecnologia regional para estimular a inovação (através de novas empresas, novos produtos e/ou serviços). Áustria: melhorar o financiamento da inovação O financiamento da inovação é o ponto forte tradicional da política de inovação austríaca. Existem três programas relacionados entre si: o Programa de Financiamento do Lançamento, o Technologiemarketing Áustria - TecMa, ambos em estreita colaboração, e o Programa Jovens Empresários do Bürges13. Enquanto o Programa de Financiamento do Lançamento e o Bürges se concentram no financiamento, o TecMa proporciona consultas em ligação com a exploração comercial dos resultados da investigação e das inovações. O financiamento das empresas em fase de arranque também está estreitamente relacionado com outros mecanismos de financiamento da inovação, como o programa geral FFF14 e o Programa ERP15 de Tecnologia para as PME. As garantias em capital próprio do FGG16 e do programa I2 também são interessantes para as empresas em fase de arranque com orientação tecnológica. No Reino Unido, reconheceu-se que, apesar de se ter considerado, de uma maneira geral, que o enquadramento para o fornecimento de capital de risco e de apoio financeiro semelhante aos empresários é adequado, alguns aspectos necessitam de melhoria. Por isso, o Fundo das Empresas representa uma extensão do Mecanismo de Garantia de Empréstimos às Pequenas Empresas existente, mas com alterações para que a prestação seja mais "rentável". Também deverá ser introduzido um desagravamento fiscal para o investimento em capital de risco 8 9 10 11 12 13 14 15 16 FCPI: Fonds communs de placement pour l’innovation. INSTI: Innovationsstimulierung der deutschen Wirtschaft durch Information. DtA: Deutsche Ausgleichsbank. BTU: Beteiligungsprogramm für kleine Technologieunternehmen. KfW: Kreditanstalt für Wiederaufbau. Bürges: Bürges Förderungsbank. FFF: Fonds zur Förderung der wissenschaftlichen Forschung. ERP: European Reconstruction Programme. FGG: Finanzierungsgarantie-Gesellschaft. 12 wissenschaftlich-technische pelas empresas, que deverá constituir um incentivo para este tipo de investimento e o apoio e investimento que daí poderão advir para as PME. Nos Países Baixos, os mecanismos especiais para as novas empresas de base tecnológica foram suspensos, já que não se provou que os fundos de capital de risco, que recebiam as garantias, alterassem a sua atitude para com as empresas de alta tecnologia que assumiam riscos, mantendo uma certa evasão do risco nos contactos com as empresas tecnológicas de alto risco. Para o substituir, têm sido lançados Fundos de Lançamento e de Crescimento mais específicos, ligados aos "Twinning Centres". Outros mecanismos financeiros são os Planos de Garantia de Crédito para as empresas já estabelecidas (TOK17); o BBMKB18 que apoia projectos de desenvolvimento tecnológico; e o Kredo19, destinado à introdução de novos sistemas electrónicos. Algumas das Agências Regionais de Desenvolvimento neerlandesas atribuíram financiamento a fundos especializados em novas empresas de alta tecnologia, utilizando recursos estatais e os recursos regionais da UE. Espanha: um novo programa fiscal que cobre a inovação Em Espanha, há a tendência para alargar à inovação os incentivos fiscais às actividades de I&D. O projecto de lei de Medidas Fiscais, Administrativas e Sociais associado ao projecto de lei do Orçamento Geral do Estado para o ano 2000 prevê melhorias do regime geral de I&D e novos incentivos à inovação tecnológica. Pela primeira vez, a lei inclui as despesas da inovação entre as despesas de I&D dedutíveis (com a nova designação I&D&I). Esta nova perspectiva diz respeito aos projectos de inovação tecnológica em colaboração com as universidades e os Centros de Tecnologia dos organismos públicos de investigação; à aquisição de tecnologia avançada (patentes, licenças, saber-fazer e desenhos) que permitam à empresa obter uma vantagem competitiva específica; e às despesas efectuadas com a certificação dos regulamentos de qualidade. O governo finlandês lançou várias medidas específicas e orientadas, incluindo o financiamento em capital Tekes para as actividades de desenvolvimento de produtos das empresas, o programa de pequenos empréstimos Finnvera e o serviço de emparceiramento Sitra que põe os business angels em contacto com as PME que procuram financiamento. Uma característica interessante da nova indústria finlandesa de capital de risco é que algumas empresas privadas recorrem ao capital de risco financiado por fontes públicas e vice-versa. Arranque de empresas de base tecnológica Na maior parte dos Estados-Membros, a política de financiamento da inovação tem aberto caminho a mais políticas variadas destinadas à criação de novas empresas, particularmente nos sectores de alta tecnologia. Além da mobilização de capital de risco, contam-se entre as medidas típicas o incentivo de um espírito empreendedor, especialmente na investigação pública e no ensino superior, facilitando a transferência e o licenciamento de tecnologia, 17 18 19 TOK: Technologische Ontwikkelings Krediet. BBMKB: Besluit Borgstelling MKB Kredieten. Kredo: Kredieten Elektronische Diensten Ontwikkeling. 13 assim como a criação de "viveiros" que facultam um ambiente favorável e serviços específicos de consultoria. As políticas de lançamento adoptam cada vez mais uma abordagem "sistémica" típica em torno das políticas dos "vales tecnológicos" atrás mencionadas e do quadro político geral, a nível nacional. Quanto a este aspecto, a "Lei da Inovação" francesa, de 1999, é assaz típica (ver caixa). França: a Lei da Inovação Tradicionalmente, a cultura francesa do ensino e da investigação tinha pouca consideração pelo espírito empresarial e considerava os investigadores principalmente como agentes que actuavam no interesse público. O financiamento da inovação incidia nas fases finais do processo, em detrimento de fases cruciais, como os estudos de viabilidade, a incubação e o arranque. A Lei da Inovação de 1999 abordou estes problemas através de todo um conjunto de medidas políticas integradas para incentivar a transferência de tecnologias da investigação pública para a economia, além da fundação de empresas inovadoras. A lei mudou o estatuto dos investigadores e deu grande destaque à criação de novas empresas de base tecnológica, através de viveiros nas universidades e em estruturas de investigação; além disso, também incidiu na criação de fundos nacionais e regionais de criação de empresas. Por outro lado, o governo publicou um convite à apresentação de propostas para a criação de empresas de base tecnológica. As empresas resultantes da investigação tecnológica e as medidas sectoriais constituem o alvo de várias medidas alemãs recentes ou recentemente modificadas. Entre estas medidas, contam-se o "Futour", o Programa de Capital de Rsico para Tecnologia, o "Exist - Novas empresas a partir das universidades" (ver caixa), o novo "Concurso MultiMedia" anual e a BioChance. Em Itália, a agência governamental Sviluppo Italia, recém-criada para promover o investimento em Itália, está a desenvolver um Programa Operacional de Inovação, para favorecer o novo investimento em alta tecnologia, em particular no sul. O governo também tenciona instituir novos incentivos com base em benefícios fiscais para o investimento em investigação e introduzir novos instrumentos a fim de mobilizar capital de risco para as novas empresas de alta tecnologia, as empresas resultantes da investigação tecnológica de jovens investigadores e os programas de investigação e formação. A medida dinamarquesa relativa aos viveiros de tecnologia pretende reunir investigadores, empresários inovadores e instituições financeiras, com vista ao desenvolvimento de um melhor ambiente para as empresas em fase de arranque. Esta área também tem enfoque na Suécia, onde existem medidas como as "Fundações de Ligação em Tecnologia" (Teknikbrostiftelser) que procuram explorar as vantagens comerciais da investigação académica e incentivar a cooperação entre a indústria e as universidades, e as "Holdings Universitárias" (Holdingbolag) cuja missão é explorar a investigação das universidades e desenvolver serviços para essa exploração. Estes dois grupos de intervenientes já colaboraram na formação dos Serviços de Patentes e Exploração (Forskarpatent) que apoiam activamente os esforços dos investigadores para explorarem os seus resultados. 14 Na Finlândia, foram criados programas de incubação, em estreita associação com os parques tecnológicos regionais e com as universidades, desde o final dos anos 80. O programa pioneiro Spinno, na região de Helsínquia, deu origem aos centros de tecnologia ou de empresas em todas as grandes cidades e o programa Tuli, que se destina a transferir resultados com potencial comercial dos projectos de investigação para a comercialização, para as novas empresas e para as empresas em fase de arranque. Todas as iniciativas finlandesas se relacionam estreitamente com a indústria do capital de risco (tendo as organizações públicas Sitra e Finnvera papéis principais). Na Irlanda, a injecção de dinheiro público e do FSE criou um melhor clima para o arranque de novas empresas de base tecnológica. A Enterprise Ireland dirige um programa de "Empresas de Campus" que pretende aliviar os problemas das empresas resultantes da investigação tecnológica existentes ou propostas, no acesso ao financiamento e a outros recursos. Alemanha: Complementaridade das políticas regionais e nacionais de inovação Na Alemanha, existe uma tendência evidente para melhorar a complementaridade das políticas regionais e nacionais de inovação. Um exemplo muito bem sucedido é o programa EXIST do governo federal alemão, que se destina a melhorar o clima para a criação de empresas resultantes da investigação tecnológica a partir de universidades. O programa apoia várias redes regionais de universidades, institutos de investigação, investidores de capital de risco, empresas privadas e consultores, câmaras de comércio, parques científicos e centros de negócios. Para poderem concorrer ao apoio federal, as regiões EXIST foram seleccionadas por meio de uma abordagem fortemente competitiva. Em Março de 1998, foram pré-seleccionadas as 12 propostas mais promissoras das 109 recebidas. Com uma pequena subvenção, estas regiões melhoraram as suas propostas e foram, finalmente, escolhidas 5 regiões para partilharem do financiamento global de cerca de 15 milhões de euros por ano (Karlsruhe, Munique, Dresden, Jena e Estugarda). O número de parceiros oscila entre os 15 e os 60 por região. O programa é acompanhado por um conjunto de medidas abrangentes: uma "academia virtual para novos empresários", estruturas-piloto no domínio dos direitos de propriedade intelectual, um boletim informativo comum, um fundo de capital de lançamento e um programa de investigação de acompanhamento dirigido pelo instituto Fraunhofer ISI. Ainda não se realizou qualquer avaliação, mas os observadores concordam que o programa teve um impacto significativo na esfera alemã da "alta tecnologia", mesmo fora das regiões seleccionadas para apoio directo. À semelhança da Finlândia, a promoção do arranque de novas empresas tem uma história relativamente longa no Reino Unido, principalmente através do movimento dos Parques Científicos, que data do princípio da década de 70. A tendência actual incide na criação de "viveiros", relativamente às quais o interesse do Estado se centra no sector da biotecnologia. Foi lançada uma nova fase do Biotechnology Mentoring and Incubator Challenge, assim como um novo Biotechnology Exploitation Platform Challenge (que assenta num exercício-piloto concluído em 1998). O apoio multi-sectorial à criação de novas empresas de base tecnológica também está disponível através do Fundo de Empresas. 15 Promoção do agrupamento (clustering) e cooperação para a inovação Reflectindo o paradigma dos "sistemas de inovação", a formação de redes e agrupamentos e as interacções e fluxos de conhecimentos dentro deles conhecem cada vez mais prioridade nas políticas da maioria dos Estados-Membros. Em sintonia com as tradições e mentalidades nacionais, alguns países tendem a incentivar a colaboração bilateral e a constituição de consórcios, ao passo que noutros se procura uma colaboração mais ampla e menos formal dentro do mesmo sector e entre diferentes sectores. A passagem do apoio a uma única empresa para o apoio a consórcios é uma tendência geral que se verifica na maior parte dos Estados-Membros. A Finlândia instituiu duas grandes iniciativas de agrupamentos: o Programa "Centro de Especialização" de base regional e os "programas de agrupamentos" que procuram apoiar a I&D que reforça os agrupamentos industriais existentes. Na Suécia, programas como o Programa de Tecnologia Regional, as Novas Funções de Ligação e a Transferência de Tecnologia para PME apoiam o desenvolvimento de agrupamentos e de redes. A "Iniciativa PME para o Desenvolvimento Industrial/Redes de Organizações Interfaces de Apoio à Inovação", em Espanha, também apoia a cooperação entre empresas das diferentes Comunidades Autónomas. Na Grécia, a fraca cooperação entre as empresas é um problema particular, pelo que os elementos do programa EKVAN foram criados para incentivar a cooperação e o Programa Operacional para as PME utiliza os agrupamentos e a cooperação como indicador de valor. As empresas portuguesas apresentam uma propensão igualmente baixa para colaborarem entre si e as medidas introduzidas para fomentar a cooperação têm conhecido um êxito limitado. A Flandres tem uma política de agrupamentos explícita que faz parte da abordagem dos "vales tecnológicos". Uma medida com êxito, o programa PLATO, promove os intercâmbios entre grandes e pequenas empresas (ver caixa). Bélgica: o programa PLATO O PLATO é um programa de orientação para as PME, em que as grandes empresas assistem as pequenas empresas no seu desenvolvimento, tanto em conjunto como individualmente. O objectivo do programa é formar as PME para apoiar a evolução e o crescimento dessas empresas, com base na experiência de grandes empresas. Um objectivo secundário consiste no desenvolvimento de capacidades de gestão e empresariais e numa maior compreensão do mundo das PME pelos empregados das grandes empresas que participam no programa. Verificou-se que o PLATO incentiva efectivamente a reflexão estratégica nas PME, aumentando o intercâmbio de experiências e iniciando a colaboração e a constituição de redes entre PME. Desde o início que se integrou no método a possibilidade de transferência do mecanismo, tendo sido formada uma equipa para vender o conceito fora do país. O PLATO já está implementado em cinco países europeus. Em Itália, a Lei 317, adoptada em 1991, continha um artigo específico relativo à constituição de consórcios industriais e ao apoio a esses consórcios, mas, desde aí, não foram adoptadas novas medidas de apoio à formação de agrupamentos. No Reino Unido, pelo contrário, os agrupamentos constituíram um enfoque relativamente novo para o apoio à política de 16 inovação. Várias iniciativas recentes incidiram em sectores específicos, como a BIOWISE no domínio da biotecnologia, o Biotechnology Incubator Mentoring Challenge, o Biotechnology Platform Exploitation Challenge e a Information Society Initiative. A um nível mais geral, o Fundo de Desenvolvimento para a Competitividade Regional, sob o controlo das Agências de Desenvolvimento Regional, deverá financiar o desenvolvimento de agrupamentos e redes industriais a nível regional. Dinamarca: promoção da inovação organizativa Na Dinamarca, há muitos anos que os agrupamentos de empresas se encontram na agenda política. Em 1999, o governo complementou as iniciativas existentes com uma série de mecanismos que promovem especificamente a inovação organizativa. É o objectivo da denominada iniciativa LOK ("Gestão, Organização e Competência") que pretende aumentar, em poucos anos, de 20 % para 50 % a percentagem de empresas que aplicam modelos de organização inovadores e mais flexíveis. Foram criados onze "contratos de troca" regionais que incluem mais 230 empresas, as quais constituíram diversas redes com organizações de apoio que promovem a transição das empresas para uma organização mais flexível. Na Irlanda, a Rede de Cooperação Inter-Empresas, que conheceu uma experiência-piloto em 1996 e foi avaliada com êxito num relatório do Conselho Consultivo da Ciência, Tecnologia e Inovação (STIAC), tornou-se um alvo importante do Plano de Desenvolvimento Nacional para 2000-2006. Este mecanismo pretende aumentar as ligações ciência-indústria e as relações empresa a empresa. Tem como modelo o Programa de Redes Industriais da Dinamarca e dá um exemplo da capacidade de transferência europeia. Também na Alemanha, elementos do lote de programas de Subsídios Directos à Investigação, com a ajuda da iniciativa InnoRegio, destinam-se à construção de redes regionais inovadoras, especialmente nos novos Länder. Política de inovação Durante muitos anos, a política de inovação foi confirmada como uma nova política horizontal com interfaces em áreas das políticas tradicionais como a política económica, industrial e de investigação. Todos os Estados-Membros investiram grandes esforços no desenvolvimento de novas estruturas e ferramentas para a política de inovação. Constatam-se três grandes prioridades: • renovar e reestruturar as estruturas políticas administrativas; • sensibilizar e promover um diálogo mais intenso entre a ciência, a indústria e o grande público; • construir uma visão estratégia e uma previsão inovadora. Muitos países criaram "conselhos de inovação" ou alargaram o papel dos tradicionais "conselhos de ciência" à inovação. Os países com um registo de inovação bem sucedido 17 consideram que a existência de longa data destas estruturas de coordenação de alto nível é crucial (por exemplo, o Conselho Finlandês da Política Científica e Tecnológica) para ultrapassar a infrutífera batalha entre ministérios e a "mentalidade territorial". Alguns países, como é o caso da Alemanha e da Espanha, deram início a grandes redefinições das competências ministeriais. Para além da harmonização administrativa, a agenda política de todos os Estados-Membros dá grande prioridade à resolução de impasses e à mobilização das forças dinâmicas da economia e da sociedade em geral. O Plano de Acção para a Inovação encapsulou estas questões nos dois títulos "Sensibilização do grande público e participação dos interessados" e "Visão estratégica da ciência e tecnologia". Finlândia: uma tradição de política de inovação activa O Conselho Finlandês para a Política Científica e Tecnológica é nomeado por um período de três anos, sendo presidido pelo primeiro-ministro. Os membros do Conselho são, entre outros, o ministro da Educação, o ministro do Comércio e Indústria, o ministro das Finanças e dez outros elementos que não fazem parte do governo, como sejam representantes da Academia da Finlândia, da indústria e de organizações de empregadores e de empregados. O Conselho dirige a política de ciência, tecnologia e educação e, em cada três anos, publica um relatório da situação observada e um documento político fundamental, sendo o mais recente o "Exame 2000: O desafio do conhecimento e do saber-fazer". Os documentos anteriores foram publicados em 1996 ("Finlândia: uma sociedade assente no conhecimento"), em 1993 ("Rumo a uma sociedade inovadora - uma estratégia de desenvolvimento para a Finlândia") e em 1990 ("Exame 1990 - directrizes para a política científica e tecnológica nos anos 90"). Reflectindo as tendências para a decisão política "sistémica", ambos os temas foram ficando gradualmente interligados. A sensibilização e a mobilização através de "livros brancos", "grandes planos de inovação" e "reuniões de inovação" tornaram-se prática comum. Itália: mobilização nacional para a sociedade da informação Em Itália, a promoção da sociedade da informação foi encetada ao mais alto nível político. O primeiro-ministro criou um "Fórum da Sociedade da Informação" para coordenar a elaboração do Plano de Acção Nacional para a Sociedade da Informação, com uma task force especial sob a autoridade do gabinete do primeiro ministro, para coordenar os contributos dos ministérios e o papel dos órgãos competentes da administração pública. A task force publica um boletim informativo e dispõe de um site na Web, que constitui um ponto de contacto para cidadãos e organizações, sendo o FSI um fórum de trabalho aberto a instituições públicas e territoriais, empresas, sindicatos, universidades, organismos de investigação, associações e particulares. Realizou-se uma Conferência Nacional com o tema "Rumo ao plano de acção italiano para a sociedade da informação", a que se seguiu uma série de "conferências itinerantes" subordinadas a vários temas específicos. 18 Para mobilizar as forças inovadoras de qualquer sociedade, é essencial construir uma visão estratégica da inovação, que seja partilhada o mais possível por todos os grupos interessados. Daí a abertura de exercícios tradicionais de previsão tecnológica e de "observatórios" dos "círculos internos" de cientistas e industriais ao grande público. A maior parte dos parlamentos nacionais tem desempenhado um papel pioneiro nesta matéria, criando gabinetes de avaliação tecnológica para prever e influenciar o impacto das novas tecnologias. As organizações sem fins lucrativos e as "fundações de inovação" são outro tipo de estruturas "politicamente neutras" que recebem apoio público em vários países, como é o caso da Bélgica e da Espanha. A Irlanda não introduziu novas medidas desde que o programa de sensibilização STI foi lançado, em 1996 (ver caixa). Portugal lançou a "Missão para a Sociedade da Informação" com vista a aumentar a sensibilização para os objectivos e oportunidades associados ao vasto conceito de sociedade da informação e criou um "Observatório das Ciências e das Tecnologias" para a recolha e divulgação das estatísticas de ciência e tecnologia. Irlanda: Programa de Sensibilização STI Esta iniciativa, ainda em curso e inicialmente realizada em 1996 em resposta ao relatório do Conselho Consultivo da Ciência, Tecnologia e Inovação e ao posterior Livro Branco, com uma duração inicial prevista de três anos, pretende aumentar a sensibilização, a compreensão e o apoio para a ciência, a tecnologia e a inovação entre as empresas e as comunidades académicas, bem como entre o público em geral. A iniciativa assenta em prémios, concursos e outras actividades promocionais, incluindo uma Semana Nacional da Ciência, com um grande número e variedade de acontecimentos em todo o país. Actualmente, dispõe de um orçamento de 350.000 libras por ano e é administrada pela Forfás em nome do Gabinete da Ciência e Tecnologia do ministério da Empresa, do Comércio e do Emprego. Os prémios de inovação são um instrumento de mobilização importante na maioria dos países. Na Finlândia, os prestigiados prémios anuais INNOSUOMI reconhecem e apoiam capacidades excepcionais de inovação e de empresa. Na Alemanha, foi lançado um exercício do mesmo tipo, sob os auspícios do Chefe de Estado. Os jovens são especialmente importantes como grupo-alvo destes concursos e prémios de inovação. Os prémios tradicionais para os "jovens cientistas" são reorientados para a criação de empresas. Em França, foi lançado, pela primeira vez, um concurso específico "Jovem projecto inovador", em 1999, para chamar a atenção também para as oportunidades comerciais da inovação. A Áustria também tem um Prémio Estatal para a inovação, já antigo, que foi agora complementado por um "Programa Jovem Inovador". No Reino Unido, o recém-criado "Knowledge Pool", um site de informação na Web, faz parte das actividades de sensibilização Foresight. Este site serve dois objectivos, na medida em que também constitui um recurso para o governo. Também na Suécia, um objectivo do programa de Previsão Tecnológica consiste em atrair o público a um diálogo, principalmente através do site do programa. O Projecto DISKO dinamarquês realiza uma análise comparativa do sistema de inovação dinamarquês, destinado a estimular o debate público e a receber sugestões para a sua melhoria geral. 19 De igual modo, em França, a Lei das Finanças constitui um quadro para uma visão estratégica da investigação e do desenvolvimento. Um comité técnico sob a autoridade do primeiro ministro fixará anualmente as prioridades da investigação e da inovação. Os objectivos específicos consistem em tornar o planeamento da investigação de base mais reactivo às necessidades económicas e sociais e em permitir que os agentes industriais desempenhem um papel mais importante na determinação das prioridades da investigação. A Forschungsstrategie 1999plus da Áustria é um novo documento estratégico sobre a política de inovação, publicado pelo ministério federal da Ciência e dos Transportes. A versão final constituirá a base para a política austríaca de ciência, nos próximos 5 anos. Os objectivos do documento consistem em facultar uma orientação estratégica e em melhorar as condições da investigação (financeiras, infra-estruturais, definição de áreas de actuação). Uma das finalidades é também uma maior participação do público e a passagem à prática das avaliações. Também a Suécia tem um projecto nacional de Previsão Tecnológica que se destina a criar uma compreensão e visão do desenvolvimento tecnológico a longo prazo (10-20 anos), a fim de indicar o curso que, tanto o ensino como a investigação e o desenvolvimento, devem seguir para promover o desenvolvimento da sociedade sueca. O Programa de Previsão britânico, ainda em curso, depois de ter identificado as áreas tecnológicas prioritárias, concentra-se na sensibilização para os benefícios das actividades de previsão, em todo o sistema nacional de inovação. O programa de Previsão Tecnológica irlandês, com início em 1998, teve influência em todos os ministérios e agências governamentais. Mais recentemente, foram emitidas recomendações para instituir um Fundo de Previsão Tecnológica destinado a financiar áreas prioritárias específicas. A Finlândia realiza análises regulares (através do Conselho para a Política de C&T), de três em três anos, e o Conselho também desempenha funções de coordenação. Portugal lançou o seu primeiro exercício de previsão em 1999. Na Alemanha, os estudos Delphi foram organizados segundo Previsão do Reino Unido. O primeiro estudo Delphi foi realizado estudo comparativo Alemanha-Japão. O segundo teve lugar em medidas para encetar uma nova actividade Delphi, tendo em público mais vasto, através da Internet. o modelo do exercício de no início dos anos 90, como 1996-98 e estão a tomar-se vista a participação de um Nos Países Baixos, realizou-se, em muitos domínios científicos fundamentais e estratégicos, um grande número de estudos de previsão. A responsabilidade pela realização desses estudos foi atribuída à Comissão Consultiva da Ciência e Tecnologia (AWT), em 1997, para aumentar o impacto das políticas e a interacção entre a indústria e as organizações públicas de investigação. O Conselho Nacional da Investigação é obrigado a ter em conta os resultados dos Estudos de Previsão, quando desenvolve novos programas de investigação. O que é surpreendente é que a abordagem da influência da globalização sobre a inovação é apenas uma das tendências mais recentes da política de inovação. O aumento da atractividade do país não só para o investimento estrangeiro, como também para cientistas estrangeiros de alto nível, o apoio às PME com fontes de tecnologia e parcerias globais, a abertura dos programas nacionais a participantes estrangeiros e o incentivo da internacionalização da estrutura nacional de investigação pública são alguns dos aspectos que têm merecido maior atenção no debate em curso. As tendências para a concorrência infrutífera entre os Estados-Membros, nesta área, podem vir a exigir mecanismos de concertação adequados, no futuro próximo. 20 2. CLIMA PARA A INOVAÇÃO NA UNIÃO Apresentamos, a seguir, uma série de gráficos sobre a inovação, onde se desenha o desempenho inovador das empresas. A maioria destes indicadores da inovação tem por base o Inquérito Comunitário à Inovação 2 (CIS), lançado em 1997/1998 e que é uma iniciativa conjunta da Comissão Europeia e dos Estados-Membros para recolher dados comparáveis ao nível das empresas sobre os processos e resultados da inovação tecnológica em toda a União Europeia. O inquérito baseia-se no chamado "MANUAL OSLO" elaborado em conjunto pelo Eurostat e pela OCDE. De uma maneira geral, são os institutos nacionais de estatísticas ou os ministérios quem se responsabiliza directamente pelo inquérito nacional. Apenas são apresentados os dados mais recentes, relativos a 1996/1997. O desenvolvimento de indicadores da inovação não está, de modo algum, completo. Ainda há muitas questões importantes a tratar, em particular o desenvolvimento de estatísticas sobre a economia assente no conhecimento. Por fim, incluímos também um conjunto de gráficos oriundos de outras fontes (OCDE, Instituto Europeu de Patentes, Associação Europeia de Capital de Risco, etc.), para delinear uma imagem abrangente do desempenho em aspectos respeitantes à inovação. Lista de gráficos Figura 1: Número de empresas inovadoras do sector transformador e dos serviços, por país Figura 2: Distribuição relativa do volume de negócios de produtos novos/melhorados, na indústria transformadora, por classe de dimensão Figura 3: Composição dos custos da inovação por indústria, conjunto das empresas, média Figura 4: Composição dos custos da inovação por classe de dimensão, conjunto das empresas, média Figura 5: Número de inovadores de acordo com a intensidade das exportações, em percentagem do total de empresas Figura 6: Balança de pagamentos tecnológica, em milhões de dólares Figura 7: Número de inovadores que apresentaram pedidos de patente (%) 1994-96 na UE Figura 8: Registo total de patentes, em 1995 e 1998, nos três institutos de patentes Figura 9: Evolução da percentagem de pedidos de patentes em áreas de alta tecnologia apresentados aos três institutos de patentes no período de 1995-1998 21 Figura 10: Indicadores de desempenho tecnológico: Despesa bruta de I&D (DIID) em % do PIB, 1998 Figura 11: Indicadores de desempenho tecnológico: % de DIID financiada pela indústria, 1997 Figura 12: Despesas de I&D do Ensino Superior (DIDES) em % do PIB (1998) Figura 13: Cooperação entre empresas e universidades e institutos de investigação Figura 14: Fluxos de licenciados em ciências e engenharia, em percentagem do emprego total, em 1996 ou no ano mais recente disponível Figura 15: Custo do acesso à Internet (40 horas) em horas de ponta, no ano 2000 Figura 16: Despesas de TIC em percentagem do PIB Figura 17: Número de investigadores em empresas, na UE, EUA e Japão Figura 18: Repartição do investimento em capital de risco por país e por fase, em 1999 (milhares de euros) Figura 19: Volume de capital de risco investido em tecnologia, 1997/98 22 Figura 1: Número de empresas inovadoras do sector transformador e dos serviços, por país 80 70 60 50 % 40 30 20 10 0 Total Irl D A NL UK S S. transformador NOR FR L FIN E B Serviços Fonte: Segundo Inquérito Comunitário à Inovação 1997/1998. EUROSTAT Figura 2: Distribuição relativa do volume de negócios de produtos novos/melhorados, na indústria transformadora, por classe de dimensão 100% 80% 60% 40% 20% 0% Total Pequenas Produtos novos no mercado Médias Grandes Produtos novos/melhorados da empresa Produtos inalterados k t Fonte: Segundo Inquérito Comunitário à Inovação 1997/1998. EUROSTAT. 23 Figura 3: Composição dos custos da inovação por indústria, conjunto das empresas, média 0,7 0,6 0,5 0,4 Parte do investimento 0,3 Parte não I&D Parte de I&D 0,2 0,1 0 Outros Aparelhos eléctricos, electrónica, etc. Equipamento de transporte Máquinas Produtos de metal Metais básicos Produtos minerais Produtos químicos Pasta de papel e papel Produtos em madeira Têxteis, vestuário Alimentação, bebidas, tabaco Fonte: Innovation Policy in a Knowledge-based Economy. Estudo da DG EMPRESA. Com base em dados do Inquérito Comunitário à Inovação 1997/1998 Figura 4: Composição dos custos da inovação por classe de dimensão, conjunto das empresas, média 0.6 0.5 0.4 IParte do investimento Parte não I&D 0.3 Parte de I&D 0.2 0.1 0 30 ou menos 30-50 50-100 100-300 300-1.000 mais de 1.000 Classe de dimensão: número de empregados Fonte: Innovation Policy in a Knowledge-based Economy. Estudo da DG EMPRESA. Com base em dados do Inquérito Comunitário à Inovação 1997/1998 24 Figura 5: Número de inovadores de acordo com a intensidade das exportações, em percentagem do total de empresas 70 60 50 40 Sector transformador 30 Sector dos serviços 20 10 0 Sem exportações Baixa Média Elevada Fonte: Segundo Inquérito Comunitário à Inovação, 1997-1998 Figura 6: Balança de pagamentos tecnológica, em milhões de dólares 25.000 20.000 15.000 10.000 5.000 1985 0 1997 -5.000 -10.000 -15.000 EUA Japão UE Dados da União Europeia relativos a 1996 e não a 1997 e incluindo fluxos entre zonas. Dados parcialmente obtidos por estimativa Fonte: Painel da Ciência, Tecnologia e Indústria da OCDE relativo a 1999 25 Figura 7: Número de inovadores que apresentaram pedidos de patente (%) 1994-96 na UE 60 Sector transformador Serviços 50 40 30 20 10 0 Total Pequenas Médias Grandes Fonte: Segundo Inquérito Comunitário à Inovação, 1997-1998 Figura 8: Registo total de patentes, em 1995 e 1998, nos três institutos de patentes 450.000 400.000 350.000 300.000 1995 1998 250.000 200.000 150.000 100.000 50.000 0 IEP JPO USPTO Fonte: Instituto Europeu de Patentes (IEP), Instituto Japonês de Patentes (JPO), Instituto Americano de Patentes (USPTO): "Trilateral Statistical Report" 26 Figura 9: Evolução da percentagem de pedidos de patentes em áreas de alta tecnologia apresentados aos três institutos de patentes no período de 1995-1998 30 15 % 0 EPO JP O U S P TO -15 Fonte: Instituto Europeu de Patentes (IEP), Instituto Japonês de Patentes (JPO), Instituto Americano de Patentes (USPTO): "Trilateral Statistical Report" Figura 10: Indicadores de desempenho tecnológico: Despesa bruta de I&D (DIID) em % do PIB, 1998 8 7 6 5 4 3 2 EU15 EEE JP EUA UK S P NL IRL I GR F FIN E DK D B 0 A 1 Fonte: Eurostat, OCDE (STI 1/2000) Dados de 1997 relativos à Bélgica, Grécia, Irlanda, Países Baixos e Portugal Os valores referentes à Dinamarca, Espanha, Itália, Áustria, EEE e EU15 baseiam-se em estimativas 27 Figura 11: Indicadores de desempenho tecnológico: % de DIID financiada pela indústria, 1997 80 70 60 50 40 30 20 OCDE JP EUA UK S P NL IRL I FIN F GR E DK D B 0 A 10 Fonte: OCDE Dados de 1995 relativos à Bélgica Dados de 1996 relativos a França, Países Baixos, Finlândia e Japão Dados de 1993 relativos à Grécia Figura 12: Despesas de I&D do Ensino Superior (DIDES) em % do PIB (1998) 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 DIDES em % do PIB EU15 EEE JP EUA UK S P NL IRL I GR FIN F E DK D 0 B 0,1 Fonte: Eurostat, OCDE (STI 1/2000) Dados de 1997 relativos à Bélgica, Grécia, Países Baixos e Portugal Os valores referentes à Dinamarca, Espanha, Itália, EEE e EU15 baseiam-se em estimativas 28 Figura 13: Cooperação entre empresas e universidades e institutos de investigação Percentagem de empresas inovadoras que têm acordos de cooperação com universidades (1994-96) Percentagem de empresas inovadoras têm acordos de cooperação com institutos de investigação estatais (1994-96) Noruega Noruega Reino Unido Reino Unido Suécia Suécia Finlândia Finlândia Portugal Portugal Áustria Áustria Países Baixos Países Baixos Irlanda Irlanda Itália Itália França França Dinamarca Dinamarca Alemanha Alemanha Bélgica Bélgica UE 0 20 40 UE 60 % 0 10 20 30 % Fonte: Eurostat, DG Empresa, Segundo Inquérito Comunitário à Inovação, 1997-1998 29 40 50 Figura 14: Fluxos de licenciados em ciências e engenharia, em percentagem do emprego total, em 1996 ou no ano mais recente disponível Irlanda Reino Unido (1995) França (1993) Espanha (1995) Estados Unidos (1995) UE OCDE Alemanha (1995) Finlândia (1995) Suécia Grécia (1993) Bélgica (1993) Áustria Dinamarca (1995) Japão Portugal (1995) 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 Fonte: Painel da Ciência, Tecnologia e Indústria da OCDE relativo a 1999 Avaliação Comparativa de Economias Assentes no Conhecimento 30 Custo do acesso à Internet20 (40 horas) em horas de ponta, no ano 2000 Figura 15: 150 100 B P L A UK DK NL E IRL OCDE NO FR SU D IS GR JP IT FIN CAN 0 EUA 50 Fonte: OCDE Figura 16: Despesas de TIC em percentagem do PIB Intensidade de TIC por componente 1997 Suécia Estados Unidos Reino Unido Japão Países Baixos OCDE Dinamarca França Bélgica Finlândia UE Irlanda Alemanha Áustria Portugal Itália Espanha Grécia Equipamentos de TI Serviços e software de TI Telecomunicações Fonte: Painel da Ciência, Tecnologia e Indústria da OCDE relativo a 1999. Avaliação Comparativa de Economias Assentes no Conhecimento 20 Em dólares, ajustado às paridades dos poderes de compra. 31 Figura 17: Número de investigadores em empresas, na UE, EUA e Japão Número de investigadores em empresas por 1.000 empregados 8 7 6 5 4 3 2 1 0 Número de investigadores por 1.000 empregados 6 2,5 UE EUA 9,6 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 6,7 7,4 5 JAP UE EUA JAP Fonte: OCDE (MSTI 1/2000) Dados da UE relativos a 1997 - dados dos EUA relativos a 1993 - dados do Japão relativos a 1998 Figura 18: Repartição do investimento em capital de risco por país e por fase, em 1999 (milhares de euros) 800.000 750.000 700.000 650.000 600.000 550.000 500.000 450.000 400.000 350.000 300.000 250.000 200.000 150.000 Lançamento/arranque/outra fase inicial 100.000 Expansão 50.000 0 A B DIN FIN F D GR IS IRL I NL N P E S SU UK Fonte: Money for Growth: The European Technology Investment Report 1999; Pricewaterhouse Coopers, 2000 32 Figura 19: Volume de capital de risco investido em tecnologia, 1997/98 65,3 Bélgica 60,4 Dinamarca 53 Irlanda 21,3 Finlândia 34,7 Alemanha 25 UK 22,8 Países Baixos 53,6 Suécia % França 27,3 Áustria 26,7 Espanha 26,4 0 Grécia 10,7 Itália 9,2 Portugal 85,1 (97) EUA 26,8 Europa 14 0 10 20 30 40 50 60 70 80 (Investimentos em alta tecnologia, em percentagem dos investimentos globais) Fonte: Anuário EVCA 1999, DG XIII "Venture capital facts" 1999 33 90