Leia - Associação Brasileira de Angus

Transcrição

Leia - Associação Brasileira de Angus
MAIO/JUNHO DE 2013
ANO 14 - Nº 62
Angus @ newS
Jornal
Foto: Devanir Parra/Angus
INFORMATIVO OFICIAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ANGUS
Impresso
Especial
9912316261 – DR/RS
Agência Ciranda
CORREIOS
2
Maio/Junho de 2013
Angus@newS
EDITORIAL
Angus,
uma raça para todo o Brasil
A
Paulo de
Castro
Marques
pecuária brasileira é um
gigante que movimenta
mais de R$ 75 bilhões
somente dentro da porteira.
Além disso, gera cerca de
US$ 6 bilhões/ano em divisas
e deve fechar o ano com quase 10 milhões de toneladas de
carne.
Temos o maior rebanho
comercial do mundo, rivalizamos com os Estados Unidos
como os maiores exportadores de carne e somos o segundo maior produtor de proteína vermelha.
São números dignos de um
negócio espetacular. Segundo
dados do IBGE, cerca de 80%
das mais de cinco milhões de
propriedades rurais no Brasil
têm pelo menos um bovino.
Esse Brasil dá certo e esta é a melhor parte - há um
tremendo potencial para evoluir ainda mais.
Produtividade é a palavra
de ordem. E a raça Angus
está dando sua contribuição
para melhorar os indicadores
zootécnicos da pecuária brasileira. Os números divulgados pela Asbia recentemente
representam apenas um, mas
significativo exemplo. Afinal,
o Angus é a opção genética
Nina x Touro
Foto do criador Renato Segura Ramires Junior
que mais cresce na preferência do produtor e já é a segunda em número de doses
comercializadas.
E isso acontece porque o
Angus é uma raça nacional,
desenvolvida para atender as
necessidades da pecuária do
Brasil Central. O gado cruza
Angus está ganhando o Centro-Oeste, assim como o Sudeste e já começa a aparecer
no Norte e Nordeste.
Bom para o Brasil, para
os selecionadores de Angus
e a pecuária brasileira como
um todo. Usar genética Angus é ter a certeza de agregar
precocidade, fertilidade, conformação e lucro.
Quem ainda tem dúvidas
é convidado a procurar o
nosso departamento técnico,
conhecer um pouco melhor o
Angus e experimentar. Não é
sem motivo que nove em cada
dez bezerros de cruzamento
industrial são Angus.
Grande abraço e boa leitura a todos.
Paulo de Castro Marques
Presidente da Associação Brasileira
de Angus
NESTA
EDIÇÃO
Terneiro de qualidade
Abate Programado VPJ
Edio Sander torna o difícil mais fácil
Os resultados de Denver
Exposições Ranqueadas
Angus e Brangus agora mais próximos
Leilões Chancelados
Perfil: Ricardo Macedo Gregory
FOTO PREMIADA - Angus@newS publica fotos de profissionais, criadores e
leitores que apresentarem a raça Angus e o seu meio de uma forma inusitada.
Envie sua foto para: [email protected]
EXPEDIENTE
Opinião: Eficiência e Gestão
Associação Brasileira de Angus
Diretoria Biênio 2013/2014
Diretoria Executiva - Diretor Presidente: Paulo de Castro Marques - Diretor 1º Vice Presidente: José Roberto Pires Weber - Diretor Vice Presidente: Marco Gomes Costa - Diretor Vice Presidente: Wilson
Brochman - Diretor Vice Presidente: Rogério Stein - Diretor de Marketing: Gustavo Goulart - Diretor Administrativo: Sérgio Colaço - Diretor do Programa Carne Angus: Reynaldo Titoff Salvador - Diretor
Financeiro: Maurício Weiand Lampert - Diretor de Núcleos: Leo Warszawski – Conselho de Administração - Membros Eleitos: Antônio Maciel Neto, Renato Zancanaro, Valdomiro Poliselli Júnior, Nelson
Serpa, Fabio Gomes - Membros Natos (ex-Presidentes da ABA): Angelo Bastos Tellechea, Fernando Bonotto, Reynaldo Titoff Salvador, José Roberto Pires Weber, Antônio Martins Bastos, José Paulo Dornelles
Cairoli, Joaquim Francisco Bordagorry de Assumpção Mello - Conselho Fiscal - Membros Efetivos: Mariana Tellechea, Roberto Soares Beck, Cláudia Indarte Silva - Membros Suplentes: Frederico Fittipaldi
Pons, Fernando Osório, Fernando Pons - Conselho Técnico - Ricardo Macedo Gregory – Presidente, Rogério Rotta, Roberto Vilhena, Felipe Cassol, Angela Linhares, Fernando Gonçalves, Amilton Cardoso Elias Representante ANC.
Angus@newS
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* Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.
Capa: Foto Devanir Parra/Angus
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Angus@newS
REPORTAGEM
Maio/Junho de 2013
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Terneiro de qualidade
é retorno garantido
Fotos: Angus / Divulgação
Produzir com apurada seleção genética, com campos nativos melhorados
ou com pastagens, aliado a correto manejo e sanidade, só pode ter como
resultado o aumento da velocidade do giro da propriedade e, óbvio, maior
lucratividade, permitindo receita e novos investimentos.
cado da carne, Lund faz uma
indagação aos criadores. “Por
que não produzir terneiros de
anhar mais peso, mais qualidade, quando as vantaqualidade, maior valor gens são tantas e os resultaagregado, no mesmo dos compensam plenamente os
campo, no mesmo tempo e com custos de investimento?”.
o mesmo número de vacas.
À medida que se barateiam
Estas são as vantagens bási- os custos da inseminação, a
cas ou benefícios da produção produção de um bom terneiro
de terneiros de qualidade, de libera a vaca mais cedo para
genética superior, comparati- se recuperar e estar pronta
vamente a terneiros comuns. para outra gestação, lembra
A opinião é do médico veteri- o analista. “Também se reduz
nário e analista de mercados, o tempo de ocupação da área
Eduardo Lund. Proprietário de campo com bons terneiros.
da Lund Negócios, em Pelotas, Eles ganham peso mais rapiRS, com amplo conhecimen- damente e se aprontam antes,
to no campo de análises da obtendo maior valor agregado
produção pecuária e no merPor Alexandre Gruszynski
G
Quem produz tem sobrepreço
na venda. Quem compra, tem
lucro certo!
por que saem da propriedade
mais cedo e tem mercado garantido no segmento do novilho jovem, aumentando o giro
do negócio”, aponta.
Menos qualidade:
mais tempo, menor lucro
Comparativamente,
observa Lund, o terneiro sem
qualidade demora mais para
chegar num peso ideal ou será
vendido com um peso mais
baixo em relação ao de boa
qualidade. “Tanto o terneiro
de qualidade quanto o comum
usam a mesma vaca e o mesmo campo, mas os resultados
são diferentes” afirma. Ele
faz a análise considerando os
nove meses de gestação e mais
seis a oito meses para a venda.
“O terneiro de qualidade terá
entre 160 a 200 kg, e será
vendido possivelmente acima
dos R$ 4,00 o quilo. Já o sem
qualidade terá um máximo de
150 kg e na venda poderá até
obter cotação similar, mas valerá menos por ser mais leve.
Esta é a principal diferença. O
produtor de terneiros tem que
fazer esta avaliação, porque
a agropecuária é um negócio
que tem que gerar lucro, e o
terneiro de qualidade é um investimento com lucro certo”,
afirma o analista.
Um terneiro Angus bem
selecionado tem um preço de
venda variando entre 3% a
10% superior ao terneiro comum. E este diferencial no
preço de venda o produtor
consegue através da genética,
que é no conjunto da produção
pecuária o investimento mais
barato entre todos os itens
que compõem a cadeia produtiva da carne. A opinião é do
zootecnista, especialista em
gestão no agronegócio, Mário
Macedo, titular do escritório
Mário Macedo Negócios, em
Rosário do Sul, RS. Macedo
também destaca que a comida
que o terneiro selecionado vai
ingerir é a mesma que o outro
vai comer, as vacinas e medicamentos são os mesmos para
os dois, assim como o manejo,
mas o retorno financeiro que
o terneiro selecionado vai trazer ao produtor será indiscutivelmente maior que o custo
da sua produção, que afinal é
o mesmo da produção de um
terneiro comum.
Conversão alimentar
“O animal de qualidade
converte o alimento mais rapidamente, ganhando mais peso
em menor espaço de tempo. Se
considerarmos um diferencial
de R$ 0,10 a mais pelo quilo
vivo, um animal sem qualidade
poderá ser vendido com peso
de 200 quilos, mas no mesmo
tempo o de qualidade poderá
chegar aos 240 quilos. Serão
40 quilos a mais que o produtor converterá em remuneração”, exemplifica.
Citando praças de comercialização no Sul do Brasil,
na região entre Bagé e Lavras
do Sul, no Rio Grande do Sul,
Macedo conta que lotes de fêmeas Angus são comercializadas a R$ 4,31 o kg vivo. E os
machos conseguem em média
10% a mais, chegando a R$
4,80 e até a R$ 5,00 pelo quilo vivo, sendo que alguns lotes
mais destacados até superam
os R$ 5,00 pelo quilo vivo.
“Já nos terneiros azebuados ou sem qualidade e acabamento, os preços são bem
mais baixos, o que mostra que
os investimentos em bons animais tem mercado garantido e
preços sempre e cada vez mais
atraentes”, afirma Macedo,
lembrando que com os programas de carne de qualidade,
como o da Angus, por exemplo, os ganhos com animais de
qualidade superior tendem a
crescer ainda mais.
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Angus@newS
REPORTAGEM
Maio/Junho de 2013
Investimentos voltam como lucros
Foto: Angus / Divulgação
“À
medida que se investe na qualidade dos
animais com inseminação (IATF), se tem benefícios em todas as ramificações
do processo, seja na obtenção
de um novilho precoce, com
marmoreio na carne, maior
peso em menor tempo, seja em
reprodutores de performance
garantida. O custo é plenamente compensado pelo retorno que estes produtos rendem
na hora da venda”.
O comentário é do criador
Jorge Torelly, da AML Agropecuária, de Livramento RS.
Com muita propriedade, Torelly realça que cada produtor
tem seu sistema de criação e
os custos são variáveis, dependendo de cada sistema,
por isso fica difícil quantificar,
generalizar. “Mas o retorno
que se tem criando e cruzando
com Angus é plenamente compensado pelas qualidades intrínsecas da raça. O que a raça
proporciona cobre plenamente
os custos”, garante o experiente Torelly.
Eficiência reprodutiva
Aumentar a eficiência reprodutiva dos rodeios de vacas
adultas e fazer com que 1,3
milhão de novilhas concebam,
aos dois anos de idade, ao invés dos três anos, como ocorre
com a maioria delas, deve ser
o objetivo de todos ligados ao
setor pecuário. Estes são dois
pontos cruciais para aumentar
a produção: a produtividade
por vaca exposta à reprodução e a qualidade dos terneiros, permitindo boas respostas
zootécnicas e econômicas ao
TÉCNICOS CREDENCIADOS
setor. A opinião, embasada
em estudos, pesquisas e larga experiência, inclusive como
produtor, é do professor das
Faculdades de Agronomia e
Veterinária da UFRGS, Ph. D
José Fernando Piva Lobato.
Pesquisador da área de
Sistemas de Produção, Manejo e Seleção Animal, Lobato destaca que conforme
os dados de estoque bovino
da Secretaria da Agricultura
gaúcha, de cada 100 vacas
existentes no Estado, 44 não
desmamam, não cumprem o
seu papel de produzir um terneiro por ano. Com os pés no
chão, são de fato 24 vacas que
não desmamam terneiros, no
raciocínio de que deveríamos
ter 80% de desmame.
“O produtor tem que se dar
conta que o custo maior que
ele tem é a ineficiência reprodutiva do seu rebanho, sejam
vacas adultas, sejam novilhas,
que não concebem por falta
de desenvolvimento e de boa
genética. Quanto custa ter no
campo uma vaca ou novilha
que não produz terneiro?”,
questiona o professor.
Lobato mostra que na
média, de cada 100 vacas,
desmama-se 56 terneiros, sendo 28 machos e 28 fêmeas. E
com 28 fêmeas não há pressão para seleção e descarte de
novilhas. “Se temos só 28 fêmeas, não tem o que descartar,
precisamos de todas para a
reposição de vacas de descarte e, assim, não tem como eliminar as piores”, afirma ele. A
responsabilidade da produção
de bons novilhos fica somente
com touros oriundos de fato
de programas de melhoramento genético. Matematicamente
estes dados mostram que a
ineficiência reprodutiva atrasa
todo o processo de produção
pecuária.
ristas podem estar assustados
com o avanço das lavouras de
soja sobre os campos até então de pecuária de cria, mas
que, “se depois da colheita da
soja for plantado forrageiras
de inverno/primavera e usado
com rodeios de cria e para a
recria de novilhas, teremos
mais de 80 terneiros desmamados para cada 100 vacas,
ao invés de apenas 56 como
temos agora”. Debaixo do martelo
Dizendo que os resultados
de comercialização falam por
si só, o experiente leiloeiro Fábio Crespo atribui aos investimentos feitos principalmente
no melhoramento de touros,
os terneiros de qualidade que
temos hoje. “O terneiro de
genética Angus, por exemplo,
tem valorização de 25% e até
mais na sua comercialização,
em relação a outros”, compara Crespo, que acompanha de
fato o processo de comercialização debaixo do seu martelo.
De onde virão
As exigências cada vez maioos terneiros?
Lobato, que participou ati- res do mercado em relação à
vamente como palestrante e qualidade e precocidade dos
debatedor no 41º e 44º Fórum animais, motivam os criadores
Permanente do Agronegócio, a investir na produção diferenrealizados em Santa Maria e ciada porque os resultados fidurante a Fenasul, em maio, nanceiros, comprovadamente,
em Esteio, RS, onde foi abor- serão compensadores, avisa
dado o tema “De onde virão os Fábio.
terneiros?” , diz que os pecua-
O plantio de forrageiras após
a colheita da soja pode ampliar
a oferta de terneiros
Utilize os serviços do Corpo Técnico da Associação
UF
PR
SC
SC
RS
RS
RS
RS
RS
RS
CIDADE
Arapongas
Lages
Lages
Porto Alegre
Bagé
Porto Alegre
Alegrete
Vacaria
Cachoeira do Sul
NOME
Antônio Francisco Chaves Neto
Aristorides Tadeu Ribeiro de Melo
Adevolmir Silva
Dimas Correa Rocha
Fábio Azeredo
Fernando Furtado Velloso
Flávio Montenegro Alves
Ivan Pedro Verdi Guazzelli
Joel Rocha Scroferneker
TELEFONES
43 3275.1811 / 43 9972.0309
49 9146 5455
49 8839 7790
51 9904.3356
53 9946.6031
51 3392.6502 / 51 9835.8100
55 3422.7595 / 55 9974.3024
54 9117.0773
51 3724.2495 / 51 9975.1985
UF
RS
RS
PR
RS
RS
RS
SP
RS
SP
CIDADE
Cachoeira do Sul
São Borja
Cascavel
Pelotas
S. do Livramento
Sto. Antônio Patrulha
S. J. do Rio Preto
Uruguaiana
Promissão
NOME
José Carlos Guasso
Josemin de Lima Guerreiro
Luis Augusto Copetti
Luiz Sérgio Santos de Faria
Luiz Walter Leal Ribeiro
Pedro Adair F. dos Santos
Rednilson Morelli Goes
Renato Pinto Paiva
Tito Mondadori
TELEFONES
51 9602.0365 / 51 9995.8189
55 3431.6497 / 55 9977.6644
45 9972.3425
53 3225.3805 / 53 9983.0813
55 9112.3916 / 55 3242.1312
51 9837.6501 / 55 9969.1464
17 9201.9181
55 3412.5339 / 55 9977.7281
14 8147.7797
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Angus@newS
INFORME
Maio/Junho de 2013
Catanduva vence prova da Embrapa Feicorte, a Nacional de Angus
O touro “Catanduva 01750
Verídico 1531 - 1112”, de propriedade da Cabanha Catanduva, de Glorinha, RS, agora sob o
comando de Fabiana Defferrari
Gomes, integrante da categoria
Elite, foi o vencedor da 3ª Prova
de Avaliação a Campo de Re-
touro “SW 483 Proteção Brigadier Bartolomé”, da Agropecuária Proteção.
Com duração total de 10
meses (agosto de 2012 a maio
2013) os tourinhos provenientes de 11 propriedades de seis
municípios gaúchos, foram avaliados com base nos seguintes
padrões: 40% do valor da prova
para o ganho médio de peso diário; 10% para peso final ajustado com 18 meses; 10% em
média diária de olho de lombo;
15% média de gordura na picanha e na costela e 25% na morfologia do animal, avaliado por
três inspetores técnicos.
Para Joal Brazzale Leal, pesprodutores Angus, realizada pela quisador da Embrapa Pecuária
Embrapa Pecuária Sul, de Bagé, Sul e coordenador da prova, os
RS, com o apoio da Angus Brasil. primeiros colocados são animais
A segunda colocação, Elite, ficou de ponta. “Estes três exemplares
para “Maya Haragano Hornero podem ser levados para qualquer
Pity”, da Cabanha da Maya, de julgamento de argola no próxiBagé, RS, de Zuleika Torrealba, mo ano, com ótimas chances de
e a terceira colocação foi para o sucesso”, diz o técnico.
Fomento ao Carne Angus em Canoinhas
A raça Angus foi tema de
palestra proferida no último
dia 24 de maio, no Parque de
Exposições Ouro Verde, em Canoinhas, SC. Para um público
de 80 pecuaristas da região, o
secretário de estado da Casa
Civil de Santa Catarina e presidente do Núcleo de Criadores
da Raça Angus, Nelson Serpa, e
a médica veterinária Fernanda
Nogueira Kuhl, técnica do Programa Carne Angus Certificada, apresentaram dados sobre
a raça (pelagens, características produtivas, entre outros) e
os benefícios aos produtores do
Programa Carne Angus Certificada, da Angus Brasil. Presentes personalidades como o
secretário regional, Ricardo Pereira Martin; o deputado estadual Antônio Aguiar; o prefeito
de Canoinhas, Beto Faria; além
de pecuaristas como Sadi Evers,
da Agropecuária Mafra, e Nivaldo Dzyekanski, da Brasil Florestal Ltda, de Itaiópolis, SC.
Projeto para fomento à produção da carne Angus de qualidade, o Programa Carne Angus Certificada conta hoje com
frigoríficos parceiros em seis
estados (RS, PR, SP, GO, MS e
MT) e Santa Catarina está no
foco da Associação para futuras parcerias. De acordo com
Fernanda Kuhl, a disseminação
de informações sobre a raça e
sobre o programa especificamente contribui com a expansão da produção de gado Angus
em terras catarinenses. “Santa
Catarina está situada em uma
região estratégica e a intenção é
levar maior conhecimento sobre
a raça aos criadores daquela região", ressaltou a técnica.
Cadeia da carne foi tema em Mafra
Para divulgar aos produtores de Santa Catarina o principal projeto em andamento da Associação Brasileira de Angus e fomentar o uso
da genética Angus nos rebanhos locais, o inspetor técnico da Angus Brasil, Adevolmir Lima da
Silva palestrou para cerca de 60 produtores no
Sindicato Rural de Mafra, SC, em 10 de maio.
Ele objetivou sua fala sobre as diretrizes e os
anseios do Programa Carne Angus Certificada,
e o alvo principal foram os produtores de terneiros, a base do processo de produção.
“O programa de certificação da raça Angus
vem ganhando cada vez mais espaço no cenário
nacional. Muitas parcerias já foram feitas com
grandes frigoríficos, atualmente são 17 plantas
frigoríficas pagando bem pela carcaça inserida no Programa. Expandimos a parceria para
seis Estados atualmente e esse número tende a
crescer”, informou o técnico da Angus Brasil,
no evento organizado pelo Núcleo Catarinense
de Angus, juntamente com o Sindicato Rural de
Mafra. Ele disse também que o objetivo é atingir da melhor forma possível o consumidor final,
que é quem faz de fato a avaliação do produto
Carne Angus Certificada. “E só vamos conseguir
ainda mais sucesso aumentando o número de
abate de animais com sangue Angus para atender a essa alta demanda do novo consumidor de
carnes no Brasil”.
Adevolmir lembrou aos presentes a liderança da raça Angus entre as taurinas no cenário nacional. “A Angus comercializou quase
três milhões de doses de sêmen em 2012, com
crescimento de 29% sobre o ano anterior, e há
expectativa de superar esta marca em 2013”,
destacou o Inspetor Técnico da Angus Brasil.
Mais uma vez São Paulo, a
Big Apple brasileira, se transforma na grande vitrine da raça
Angus para o Brasil, entre 17
e 20 de junho. No período realiza-se a 19ª Feicorte, palco
da XIII Exposição Nacional
da Raça Aberdeen Angus, na
pista indoor do Centro de Exposições Imigrantes, na capital
paulista. É presença garantida
de selecionadores, técnicos e
investidores, além dos tradicionais contatos entre os dirigentes
da Angus Brasil e do Programa
Carne Angus Certificada com o
mercado.
O certame marca mais uma
importante etapa do Ranking
Nacional de Angus – após cumpridas as fases de Avaré, Londrina, Uruguaiana e Esteio (Outono Angus Show). A mostra de
Angus de São Paulo – a Feicorte - é organizada e coordenada
pela Associação Brasileira de
Angus (Angus Brasil), com o
apoio do Núcleo de Criadores
de Angus de São Paulo (Angus
São Paulo).
Na escolha dos campeões
atua o técnico uruguaianense
Renato Pinto Paiva. Os julgamentos de classificação de machos ocorrem dia 19, a partir
das 9h. No mesmo dia, às 18h,
no estande Angus, é momento
para o coquetel de lançamento do Anuário Angus, e às 20h
acontece o Leilão Prime Angus,
mais um evento chancelado pela
Angus Brasil. No dia 20, às 9h,
inicia o julgamento de fêmeas
e às 18h o coquetel de entrega
de prêmios aos prorietários dos
animais vencedores deste ano.
CP CRV Lagoa inicia
mais uma prova
Consagrada pelos resultados
obtidos nas edições anteriores,
a sétima edição da Prova para
Toruos Angus do Centro de Performance (CP) da central CRV
Lagoa já está em curso, com a
participação de machos Angus
nascidos entre 01/08 e 30/11
de 2012. A prova é a avaliação
genética de raças taurinas e zebuínas mais completa do Mercado. O período de adaptação
será de até 42 dias e a duração
completa da prova será de 180
dias. Ao final, será promovido
o leilão dos classificados como
Top 30%.
Um dos diferenciais do trabalho realizado pelo CP é a
mensuração da eficiência alimentar por meio do Grow Safe
System, que fornece informações complementares aos índices de seleção, como o consumo
individual de alimentos, proporcionando uma medida precisa
sobre o custo e a eficiência de
crescimento dos animais. A adesão aos testes realizados pelo
sistema é voluntária.
O controle da dieta é rigoroso para que o potencial produtivo seja evidenciado, considerando-se a integridade fisiológica e
funcional dos animais avaliados,
uma vez que eles representam a
elite de cada um dos rebanhos
participantes. A assessoria nutricional é realizada pela Coan
Consultoria.
O técnico responsável pela
prova, zootecnista Cristiano
Leal, argumenta que o even-
to está consolidado junto aos
criadores de Angus como uma
eficiente ferramenta para a seleção de reprodutores nacionais
para uso em produção, seja para
confinamentos ou para o regime
de campo. Segundo ele, na última edição o leilão foi total sucesso e foram contratados três
jovens reprodutores Angus com
perfil para atender a demanda
na pecuária nacional. “Eles já
estão em coleta e com sêmen
disponível ao mercado, fomentando a raça e a genética geniunamente nacional”, argumenta
o técnico.
O presidente da Angus Brasil, Paulo de Castro Marques,
observa que a entidade apoia
o CP CRV Lagoa, por entender
ser uma importante vitrine para
os criadores demonstrarem a
capacidade da raça para produção em sistemas intensivos,
comprovando sua genética e aptidão para a produção de carne
de qualidade.
Os tourinhos integrantes do
CP CRV Lagoa ficam confinados em sistema uniforme, sendo
rigidamente avaliados em várias
características produtivas e reprodutivas como Peso, Perímetro Escrotal, Qualidade de Carcaça, AOL, EGS e Marmoreio.
E ao final da prova serão selecionados os TOP 30% para venda em novo concorrido leilão.
Mais informações na Angus
Brasil, 51.3328.9122 ou diretamente na CRV Lagoa, pelo telefone 16.2105.2234.
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Maio/Junho de 2013
CARNE
Angus@newS
Abate programado,
o sistema nacional da VPJ
Fotos: Divulgação VPJ
poder dividir o programa com 10% de diferença de peso a
menos”, explica Adriano Oliseus produtores integrados.
Para ingressar no sistema, veira.
Segundo Adriano, os anitodos os animais devem possuir, no mínimo, 50% de san- mais desmamados com peso
gue Angus e as características abaixo de 240 kg vão para o
que os identifiquem como um programa de recria/engorda
produto certificado na hora do a pasto, onde no dia seguinabate. Por isso, é importante te à desmama ou chegada na
que o produtor tenha conheci- fazenda (no caso de animais
mento do sistema de certifica- comprados) já começam a reção de animais vivos da Angus ceber o fornecimento de proBrasil, para garantir que esteja teinado na proporção de 500
criando e engordando um ani- g/dia até o final da seca com
mal que no futuro será aceito modestos ganhos de peso. “A
pela programação de melhores partir da brotação dos pastos,
preços e premiações. Não são aceleramos o ganho de peso
todas as Cruzas Angus que se com fornecimento de uma misencaixam no requisitos da cer- tura múltipla em 1 kg/cab/dia
tificação. O produtor deve es- até as novilhas atingirem peso
tar atento às regras: animais de 390 kg, o que normalmencom chifres, de característi- te ocorre até o mês de março/
cas leiteiras e, principalmente, abril, com ganho de peso diácom idade superior a 24 meses rio de aproximados 1,2 kg. A
no abate, não passam na cer- partir daí, oferecemos uma raUtilizando sua experiência acumulada ao longo de 10 anos em suas
tificação e, construtivamente, ção concentrada na proporção
fazendas no Centro-Oeste, o Grupo VPJ busca a expansão de seu sistema de não recebem sobrepreços nem de 5 kg dia, com ganho médio
premiações. Daí a importância de 1,6 kg/dia no período de
fornecimento de carne de alta qualidade a mercados diferenciados
do uso de touros e/ou sêmen 40 dias até atingirem os 440
kg. Os machos continuam reAngus na produção.
cebendo 5 kg de ração balanO
sistema
de
engorda
para
Para entender o sistema, são da produção das fazendas
Por Horst Knak
basta dizer que os produtos do Grupo. Entretanto, assi- produção de um animal que se ceada por dia até alcançarem
do Grupo VPJ, pertencente ao nala Adriano, o crescimento enquadre no sistema de certi- 480 kg, quando serão abacriador Valdomiro Poliselli Jr, da indústria está baseado na ficação se divide em dois ca- tidos”, detalha o gerente da
odo produtor rural que direciona seus produtos a lojas expansão de parcerias com minhos, utilizados pela VPJ VPJ.
A terminação, com fornecompreender o que o próprias, empórios, butiques produtores de bezerros (as), Pecuária em suas fazendas
consumidor deseja será de carne, restaurantes de alta invernistas e confinadores, que próprias com muito sucesso. cimento de alta energia na reum vitorioso. Se o público gastronomia, hotéis e as me- produzem de forma integrada “Bezerros e bezerras são des- cria/engorda e na finalização,
busca uma carne diferencia- lhores churrascarias em todo ao programa estabelecido pela mamados aos 7 meses e já se incrementa grande concentrada, cabe ao sistema produtivo o Brasil. Desta forma, explica empresa, o Abate Programado iniciam na recria/engorda. No ção de gordura de cobertura
caso da VPJ Pecuária, todos entremeada, características
identificar as características o gerente da VPJ Alimentos, VPJ.
deste produto e fornecê-lo ao Antônio Augusto Miranda,
Nele, o produtor pré-esta- os animais desmamados com da raça Angus que se intensimercado. De olho nestas pre- o que se quer é aproximar o belece seu calendário de abate peso acima de 240 kg seguem ficam com a ingestão complemissas, o Grupo VPJ desen- produtor rural do consumidor da fazenda durante o ano jun- diretamente para o confina- mentar de energia e proteína
volve uma filosofia de produ- final, mostrando ao primeiro o to ao Frigorífico VPJ. Além mento, ficando por um período contínua ao pasto - que neste
ção testada em suas fazendas que o cliente final deseja.
dos benefícios que a cruza An- aproximado de 150 dias com caso é o principal alimento.
no Centro-Oeste e que busca
Segundo o gerente da VPJ gus traz, a empresa ainda pre- ganho diário de 1,6 kg. A en- É importante observar, explica
a adesão de novos produto- Pecuária, Adriano Oliveira, mia o fazendeiro pela exatidão gorda termina aos 12 meses Adriano Oliveira, que o Angus
res. Os resultados vêm dando basicamente, os animais usa- da entrega dos animais para com 480 kg de peso vivo para difere das raças zebuínas, que
muito certo e a empresa tem dos no sistema de produção o abate. Segundo Adriano, a os machos e as fêmeas com só concentram gordura depois
de gordos.
interesse em divulgá-los e di- são aqueles direcionados pelo VPJ também estimula a cria>>>
vidir suas experiências com programa de certificação da ção fornecendo touros, sêmen
empresários e produtores que Associação Brasileira de An- e orientação técnica eficiente
queiram incrementar suas gus (Angus Brasil). São, no para facilitar a vida do produproduções, principalmente nos mínimo, 50% de sangue An- tor. Em mais de 20 anos atuO produtor pré-estabelece
Estados do centro-oeste, norte gus em base de vacas zebuí- ando com seriedade no mercaseu calendário de abates
e nordeste, onde está a grande nas ou de outros cruzamen- do pecuário, a VPJ acumulou
concentração da produção de tos. Hoje, parte dos animais experiência suficiente para lhe
junto ao frigorífico VPJ
animais Cruza Angus do País. abatidos pela VPJ Alimentos garantir a credibilidade para
T
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Angus@newS
CARNE
Maio/Junho de 2013
Fotos: Divulgação VPJ
O Angus ganha peso e deposita gordura ao mesmo tempo e este é um dos fatores de
diferenciação da raça e de sua
carne, tão valorizada no mercado. “No programa tiramos
os melhores resultado das características dos animais. Ou
seja, aqueles com bom ganho
de peso, que já desmamam pesados, são acelerados. Damos
de tudo a ele para que esteja terminado o mais rápido
possível, conseqüentemente,
trazendo receita mais rápida
para a fazenda”, explica. Já
os animais um pouco mais
tardios vão para um programa
mais econômico em regime de
pasto suplementado e entram
para abate em outra época,
tornando o sistema de oferta
de matéria-prima para o frigorífico mais equalizada. “No
final, se o produtor juntar os
dois métodos, verá sua lucratividade em alta, pois estará
tirando o melhor resultado de
cada grupo de animais e garantindo fornecimento da indústria parceira”, contabiliza
o gerente da VPJ.
Em nível de frigorífico, os
resultados são controlados e
conhecidos. Segundo o gerente
da VPJ Alimentos, Antônio Au-
gusto Miranda, os rendimentos
mensurados em animais do programa de certificação da VPJ
Alimentos variam sempre entre
53 e 55% de rendimento de carcaça quente. Por isso, a empresa
não teme em concentrar esforços para ampliar o sistema.
Os planos de expansão deste programa a outras regiões
e outros produtores estão de
vento em popa. “Estamos divulgando nossos métodos e
sistema de produção para
que novos produtores de todo
o País possam desfrutar dos
ganhos que o sistema de produção integrado oferece”, ex-
plica Antônio Augusto. Segundo ele, os produtores só têm a
ganhar apostando na tecnologia genética e nas ferramentas
Angus, que incluem um pacote
de genética, certificação, sis-
tema de produção, engorda e
compra garantida através da
parceria com a VPJ Alimentos, que conhece e atua no melhor mercado consumidor para
carnes de alta qualidade.
VPJ Pecuária importa do Uruguai
Uma das pioneiras na criação e seleção da raça Aberdeen Angus fora do Rio Grande do
Sul, a VPJ Pecuária acaba de realizar a importação de 30 fêmeas vivas e 200 embriões congelados da renomada Cabanha Cambá-Pytá, um dos mais reconhecidos e premiados criatórios de Angus do Uruguai. Foram escolhidas genéticas dos principais touros Angus do mundo,
especialmente americana, que agregarão muitas características positivas ao rebanho Angus nacional.
“Esta genética trará um reforço ao já seleto rebanho da VPJ. São fêmeas de origem dos melhores touros
americanos, genética muito rara no Brasil. Touros como Bar Emulation EXT, um dos touros mais influentes no rebanho mundial, OCC Emblazon, Samfer Perform (Facon) e Nichols Performan. E as vacas
são principalmente de base Traveler 6807 e Bar Emulation EXT”, destaca Adriano Oliveira, gerente de
pecuária da VPJ. Segundo ele, a seleção dos animais foi totalmente focada para a qualidade de carcaça peso, volume, precocidade e marmoreio -, fatores que resultam numa carne macia, saborosa e suculenta.
Valdomiro Poliselli Júnior com Adriano Oliveira
Fazenda Barbanegra
1º restaurante 100% Angus no Brasil
Fotos: Eduardo Rocha/Angus
Neste 2013 o Programa
Carne Angus Certificada, da
Angus Brasil, comemora uma
década de uma existência, sempre marcada pelo crescimento,
e acaba de integrar o elo que
faltava à sua atividade na cadeia da carne de alta qualidade: o restaurante. Isso mesmo,
a partir de maio deste ano, o
Fazenda Barbanegra, de Porto
Alegre, RS, passa a ser o pri-
meiro restaurante 100% Angus do Brasil, licenciado como
fornecedor à sua seleta clientela da legítima Carne Angus
Certificada.
“Isso significa que toda a
carne oferecida pelo Fazenda
Barbanegra provém de animais
certificados pelo nosso programa e beneficiada apenas por
nossos frigoríficos parceiros”,
certifica Reynaldo Titoff Sal-
vador, fundador e atual diretor do Programa Carne Angus
Certificada.
“Nosso trabalho objetiva
ampliar a oferta de carne Angus certificada em todos os elos
do mercado, colocando o produto totalmente à disposição
do consumidor final. Além dos
frigoríficos parceiros, a carne Angus certificada também
já chegou ao varejo ainda em
2011, através dos sanduíches
Mc Donald’s. Faltava o restaurante nesse processo”, observou, orgulhoso, o presidente da
Angus Brasil, Paulo de Castro
Marques, também presente ao
almoço comemorativo à novidade, oferecido em parceria
pela Angus Brasil e Restaurante Fazenda Barbanegra.
Os irmãos Roberto Majo e
Heloísa Ramos, sócios do Fazenda Barbanegra, comemoram a parceria e têm grande
expectativa a partir do creden-
ciamento do restaurante. “A
carne Angus é cada vez mais
valorizada pelos consumidores
devido às suas qualidades indiscutíveis. Com a integração
no Programa Carne Angus
Certificada, o Barbanegra quer
contribuir para fortalecer essa
aliança positiva para a carne
brasileira de alto padrão”, ressaltou Roberto Majo. O Restaurante Fazenda Barbanegra
fica na Rua Ten. Cel. Fabrício
Pilar, 791, em Porto Alegre,
RS – Fone: 51.3333.0492
O Programa Carne Angus
Certificada foi responsável
pelo abate de 231.600 animais
em 2012, com crescimento
superior a 29% sobre o ano
anterior. A expectativa da Associação Brasileira de Angus
é manter o ritmo de evolução,
atraindo mais pecuaristas e
parceiros tanto em abate quanto em comercialização. Mais
informações:
www.angus.org.br
Foto: Horst Knak/Agência Ciranda
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Maio/Junho de 2013
Angus@newS
CARNE
Tornando o difícil
mais fácil
A chave da produtividade é otimizar
a genética e ter eficiência
Por Eduardo Fehn Teixeira
C
ontabilista por formação e produtor rural que
trabalha com Angus de
olho na eficiência máxima,
Edio Sander, também atual
presidente da Cooperaliança,
em Guarapuava, PR (parceira do Programa Carne Angus
Certificada), mostra por que,
em sua propriedade, o projeto
para 2013 prevê o abate dos
novilhos com peso de 520 kg
e as novilhas com 420 kg. O
rendimento de carcaça gira
em torno de 55% e 52,5%,
respectivamente. Ele entrega
seus animais para abate na
Cooperaliança, dentro do Programa Carne Angus Certificada, e a cooperativa atualiza
mensalmente o percentual de
classificação. “Até o dia 30
de abril havíamos alcançado
100%. Mas é difícil fechar
o ano nesse percentual”, revela o produtor. Ao informar
que trabalha numa área útil
de apenas 75 hectares, onde
pratica a integração lavoura/
pecuária (ou ILP), avisa que
o projeto de produção para
2013 é de 720 novilhos/as.
Para ele, toda e qualquer
atividade econômica tem como
objetivo a geração de lucros.
No entanto, as propriedades
rurais têm características próprias. Assim, além da busca da
rentabilidade, o produtor rural
precisa se preocupar com as
questões sociais, ambientais e
de sustentabilidade. “Em propriedades rurais de pequeno
porte, a diversificação, e especificamente em nosso caso, a integração lavoura/pecuária, são
atividades que garantem a sobrevivência e a lucratividade do
nosso negócio”, aponta Sander.
quiridos de produtores de bezerros, em parceria, o procedimento é idêntico nas suas
fases.
Edio Sander conta que o
lucro da propriedade é apurado por atividade. Assim, embora haja total integração no
planejamento e execução das
ações, agricultura e pecuária
tem seus relatórios distintos.
“A somatória dos dois é que
nos informa a rentabilidade
por hectare”, diz.
A opção pelo sistema de
confinamento e pela produção
de animais hiperprecoces, conforme o criador, faz parte de um
sistema de produção. “Tudo é
muito estudado e muito técnico.
Com a adoção de uma tecnologia definida em todas as fases, a
produção do hiperprecoce é automática. Na pior das hipóteses
teremos um animal superprecoce”, explica ele.
Confinamento e
hiperprecoces
Na produção de novilhos,
ele utiliza dois sistemas. Na
atividade de ciclo completo,
cria, recria e engorda, adota o
sistema 200/100/100. Ou seja,
Foco deve
desmama com 200 dias, recria
ser nas vacas
100 dias e terminação 100
Mostrando que os probledias. E na atividade de recria/
engorda, quando os animais mas precisam ser pensados e
resolvidos em sua origem, ou
são adseja, antes de se tornar problema, Edio Sander revela
que a Cooperaliança deParticipação no resultado dá lucro.
senvolveu um projeto
de fomento à produção
E participação no lucro dá resultado.
de bezerros, que prevê
Esse é o segredo do sucesso!
a adoção de tecnolo-
Como bom contador, Sander
aministra tudo de olho na
planilha de custos
gias de produção com o objetivo melhorar a rentabilidade do
produtor, independentemente
do preço de venda, a partir do
aumento da taxa de natalidade e do peso na desmama. E,
segundo ele, os produtores que
adotam essas técnicas, mesmo
que em parte, estão obtendo
bons resultados.
Neste ponto, Sander surpreende, apontando o real
problema gerador das queixas
de alguns produtores sobre a
baixa produtividade/rentabilidade nos bezerros. “Essas
queixas não deveriam partir
dos produtores de bezerros,
mas sim das matrizes (vacas)
junto aos seus donos. “Se ele
der às suas fêmeas a comida
necessária, elas lhe darão os
bezerros em quantidade e peso
suficientes para garantir rentabilidade”, justifica Sander.
Ele revela que em seu projeto de trabalho, que é o mesmo
da Cooperaliança, que usa genética Angus e visa à produção
de novilhos para abate dentro
do Programa Carne Angus
Certificada, prevê a geração de
um bezerro que em torno dos
seis meses esteja pesando em
média 240 kg.
Produtor e
terminador unidos
Essa modalidade de união
de interesses entre o produtor
de bezerros e o terminador já
é bem difundida na região de
Guarapuava. “E a conhecida
parceria entre diferentes elos da
cadeia da carne, visando à otimização de cada etapa, resultando na produção do animal
de abate ideal”, argumenta o
produtor. Segundo diz, tanto um
como o outro estão buscando
essas parcerias, visando garantias de venda, fornecimento, escala, liquidez e, acima de tudo,
participar de um processo de
transparência, sustentabilidade
e rentabilidade.
Alguns segredos
do sucesso
Sander conta que todo o
processo teve início junto com
as atividades da Aliança Mercadológica, lá nos anos 90.
“Com a evolução e a adoção
de novas tecnologias, trabalhamos hoje com uma lotação em
torno de 20 bezerros/ha nas
pastagens de verão, e 10/12
no inverno nas pastagens de
aveia/azevém. A suplementação, em ambos os períodos, é
na base de 1,5% do peso vivo.
Nessa fase, a relação custo/
beneficio é altamente positiva,
principalmente no verão em
áreas de pastagem de tifton”,
revela ele, ressaltando, entretanto, que o tifton é altamente
exigente em fertilidade.
>>>
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Angus@newS
CARNE
Maio/Junho de 2013
Parceria entre os elos da cadeia
Confinamento:
uma necessidade
“Essa é uma fase que não
tem opção. O confinamento
é um custo/benefício pouco
atrativo, porém necessário. A
alimentação é à base de silagem de milho e ração balanceada, com expectativa de um
GPD em torno de 1,5 kg”, argumenta o produtor. Para ele,
a rentabilidade é diretamente
proporcional à quantidade de
conhecimento e tecnologia
aplicada no processo de produção.
“Temos os custos externos,
os que o mercado nos impõe,
e os internos, que nós produzimos, e é aí que concentramos nosso esforço. Aplicar as
melhores tecnologias, usar os
melhores produtos, pagar os
melhores salários e contratar
sempre melhores profissionais. Tudo isso para produzir
a um custo mais baixo”, raciocina.
Investir dá lucro certo
Edio Sander observa que
seus funcionários são os seus
parceiros prestadores de ser-
Grupo vai à
Tres Marias
Seguindo a tradição, a central Solução Genética preparase para levar à Cabanha Tres
Marias, em julho, mais um grupo de criadores e técnicos para
um dia de campo especialmente
preparado para o grupo de brasileiros. Na ocasião, segundo
informa Felipe Cassol, um dos
diretores da Seleção Genética,
serão repassadas todas as doadoras, ou seja, o grupo das mais
qualificadas vacas da consagrada cabanha argentina (representada no Brasil pela Solução
Genética), e serão avaliados
também mais de 250 touros comerciais, filhos dos touros pais
da Tres Marias.
“Após é feito um desfile de
todos os animais de elite, e avaliação de um grande grupo de
terneiras e novilhas. No total,
passam na vista dos brasileiros
durante a visita, mais de 600
animais selecionados, atestando
e confirmando toda a qualidade
que a Solução Genética tanto
prega”, afirma Cassol.
viço. Além de receberem um
valor fixo, mensalmente, eles
também participam do resultado. “Participação no resultado dá lucro, e participação
no lucro dá resultado. Adotamos essa regra”, surpreende
ele.
E deixando escapar uma
ponta de orgulho, Sander conta que as visitas à sua propriedade são constantes. “O
que causa mais curiosidade é
a maneira simples como trabalhamos. Tudo o que nós “sabemos” fazer se torna fácil. O
vestibular só é difícil se você
não sabe ou não estudou a matéria”, conclui.
tivismo é, sem dúvida, a forma
Atitude:
mais democrática e sustentável
a melhor solução
para o desenvolvimento da proComparando seu trabalho dução agropecuária, não só no
com o de outras propriedades Sul do Brasil, mas em qualquer
similares à sua em outros lo- região. Atitude de ter coragem,
cais, como no Rio Grande do de se preparar e de ter senso
Sul ou Santa Catarina, Sander coletivo sempre será a melhor
comenta que cada região tem saída rumo ao sucesso”, prega
as suas características de solo, o dirigente da Cooperaliança.
clima, geografia, seu ambiente.
Edio Sander encerra a enMas ele garante que o que real- trevista fazendo questão de
mente faz a diferença é a atitu- afirmar que a demanda por
de dos produtores. “O coopera- carne de qualidade é uma rea-
lidade. “Organizar a produção
e a comercialização é o desafio. E produto de qualidade
com regularidade é a regra. E
a organização dos produtores
em cooperativa é o caminho”,
sentencia.
Para o gerente do Programa Carne Angus Certificada,
Fábio Medeiros, o trabalho de
Sander é uma exemplo a ser
seguido. “O pecuarista Edio
Sander possui uma visão diferenciada de pecuária. Tenho
aprendido com ele muitas lições. A chave é explorar ao máximo o potencial dos animais,
maximizando seu desempenho
no tempo. Um terneiro ganhando menos que seu potencial genético tem um custo de oportunidade muito alto... Na visão
de Edio, um contador de mãos
cheias, devemos potencializar
ao máximo a rentabilidade de
nosso capital imobilizado, a terra. Produzir, com eficiência!”,
enfatiza Medeiros.
Cooperaliança em visita técnica à Cotripal
O presidente da Cooperaliança, de Guarapuava, PR,
Edio Sander, e o médico veterinário João Paulo Boese,
acompanhados do diretor e do
gerente do Programa Carne
Angus Certificada, respectivamente Reynaldo Titoff Salvador e Fabio Schuler Medeiros,
foram recepcionados no início
de março (dia 8) nas instalações industriais da Cotripal,
em Panambi, RS, pelo gerente
industrial do frigorífico daquela cooperative, Roque Andreola, e pelo supervisor da indústria, Cleber Lunardi.
Com caráter técnico, a visita teve como objetivo principal
a integração e a troca de experiências entre as cooperativas,
que têm como atividade a produção de Carne de Qualidade,
atuando como parceiras do
Programa Carne Angus Certificada, da Angus Brasil.
“A unidade frigorífica da
Cotripal, habilitada pelo SISBI para comercialização de
carne bovina e suína em todo
território nacional, é uma unidade moderna, construída de
acordo com princípios de higiene, segurança alimentar e
bem estar animal” explica Fábio Medeiros. Com capacidade
para abate de mais de 200
novilhos por dia, a cooperativa
conta ainda com abate de suínos e fábrica de embutidos de
alta qualidade.
Além da unidade industrial, os visitantes conheceram
os supermercados da cooperativa, referência regional em
qualidade, e estreitaram o relacionamento com a diretoria
da Cotripal, em almoço de
integração realizado na Associação de Funcionários da
Cooperativa. Após o almoço,
o grupo foi recepcionado na
cabanha Soldera, dedicada à
produção de reprodutores rústicos Angus naquela região.
“Integração e troca de experiências são conceitos que
preconizamos dentro do Programa Carne Angus Certificada. Acreditamos que a troca
de experiências entre as duas
cooperativas é extremamente
interessante. A Cooperaliança
mostrou seu sistema de organização da cadeia de produção, único no Brasil, e a Cotripal apresentou a excelência
de sua unidade industrial e seu
“know-how” com a produção
de alimentos cárneos com valor agregado”, sustenta Reynaldo Salvador.
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Maio/Junho de 2013
Angus@newS
INTERNACIONAL
Quase mil exemplares Angus em Denver 2013
Fotos: Shelia Stannard/Divulgação
A
raça Angus voltou a impressionar na 107ª National Western Stock
Show, em Denver (Colorado,
Estados Unidos), tanto pela
qualidade quanto pela quantidade dos animais e ainda pelos
negócios. A agenda da raça
Angus, organizada pela American Angus Association (AAA)
e pela Red Angus Association
of America (RAAA), se extende todos os anos por 16 dias
do mês de Janeiro. Além dos
julgamentos, palestras técnicas
e eventos sociais, há 6 leilões
promovidos pelas associações
de criadores em que os animais
da exposição podem ser comercializados. Em Denver 2013, a
raça Angus esteve representada por 991 produtos (613 de
pelagem preta e 298 de pelagem vermelha), todos PO. Já
os negócios ultrapassaram a
marca dos US$ 3,5 milhões.
Paralelamente à programação no parque de exposiçoes,
o luxuoso Renaissance Denver
Hotel foi sede neste ano do In-
ternational Livestock Congress
– USA. O tema central do congresso foi “O maior desafio da
carne: alimentar o mundo II
– correspondendo ao desafio”.
Diversos painéis trataram de
temas como produção de carne e impactos ambientais, sustentabilidade, a preferência de
mercados estrangeiros e as deficiências de países exportadores concorrentes aos Estados
Unidos, além de outros temas
relacionados aos mercados nacional e internacional.
Conforme a AAA, os 613
Aberdeen Angus estiveram divididos em 401 fêmeas e 242
machos. Destes, 328 produtos
eram de argola, 155 participaram no julgamento de argola
dos juniors, 120 eram rústicos
(40 trios) e mais 40 constituíram 4 carloads. Além disso,
houve um julgamento de carcaças que envolveu mais 80 touros PO pretos com idade entre
12 e 14 meses.
O Jurado de Aberdeen Angus de argola foi Doug Parrett,
premiado professor de zootec- nal Angus Junior Association
nia na Universidade do Estado (NJAA).
A RAAA, por sua vez, indo Illinois e já atuou como juiz
de 8 raças de corte em 34 Es- forma que participaram 200
tados mais Canadá, Austrália e animais de argola, 27 produtos
rústicos e mais 71 exemplares
Nova Zelândia.
O Grande Campeão foi no julgamento de argola dos
Sankey’s Justified 101, de juniors. Os julgamentos dos
Janeiro de 2011, filho de bovinos Red Angus estiveram
Sankey’s Lazer 609 of 6N sob a responsabilidade de Paul
e pertence a Chris e Sharee Maulsby, administrador do TeSankey, Louisiana. Reservado xas A&M Beef Center no Estade Grande Campeão: Dameron do do Texas, e Willie Altenburg,
First Impression. Grande Cam- que é Associate Vice President
peão de Denver 2012, tentou o of Beef Marketing na empresa
de inseminação artificial Gebi-Grande Campeonato.
A Grande Campeã foi nex/CRI no Estado do ColoraEXAR Envious Blackbird do.
O Grande Campeão foi Ben1760, de Março de 2011, filha
de Dameron First Class e per- chmark Better Beef, de Fevetence a Ashley Cox, do Oregon. reiro de 2010, filho de Basin
Reservada de Grande Campeã: EXT 45T5 e pertence à Six
WB PVF Lucy 1052, Cameron Mile Red Angus Ltd. e BenWard, do Estado do Missouri, chmark Red Angus, ambas do
filha de PVF Windfall SCC Canadá. Reservado de Grande
9005 e nasceu em Fevereiro Campeão: MRLA New Era
de 2011. Jack Ward, que foi o 87Y. Filho de MRLA 53W, ele
juiz da raça Angus na Expoin- é de Janeiro de 2011 e a Six
ter 2012, é o pai de Cameron, Mile Red Angus Ltd., do Canao qual foi junior da Natio- dá, é a proprietária.
Grande Campeã: Keifers
LuLu Y55. Nascida em Maio
de 2011, ela é filha de Majestic Lightning 717 SGMR e é de
propriedade de Jeffrey Keifer,
do Estado da Pennsylvania.
Reservada de Grande Campeã:
Six Mile Lakota 112Y. Filha
de VGW Game Plan 816, ela
nasceu em Maio de 2011, é da
seleção da canadense Six Mile
Red Angus Ltd., mas pertence
a Christy Collins, do Estado de
Oklahoma.
Em termos de comercialização, foram realizados 6 leilões oficiais. Enquanto cinco
ofertaram produtos Aberdeen
Angus e foram organizados
pela AAA e Colorado State
Angus Association, um ofertou
produtos Red Angus e foi capitaneado pela RAAA. Esses remates acumularam US$ 3,53
milhões, com vendas somente
à vista.
(Por Stefan S. Schneider –
com American Angus Association e
Red Angus Association of America)
Gira Angus do Uruguai
Entre os dias 3 e 4 de Maio,
a Sociedade de Criadores de
Aberdeen Angus do Uruguai
realizou sua Gira Angus, visitando diversos estabelecimentos em Durazno e Rio Negro,
região central do país, além de
promover diversas palestras
técnicas. Com um excelente
público, o prestigiado evento
dedicou-se a mostrar as vantagens da criação da raça,
sempre em busca da produção
de carne de qualidade. O presidente da associação, Lucas
Greminger, afirmou que estes
encontros são fundamentais
para que todos os criadores
se integrem no programa de
carne, podendo conhecer os
sistemas de criação e os produtores que lideram a corrida
tecnológica em seu país.
Para dar uma idéia, o estabelecimento El Caballero,
um dos primeiros a serem visitados, possui um plantel de
5 mil animais e seu trabalho
foi apresentado pela equipe
técnica, muito elogiado pelos
presentes. Além desta, foram
visitadas as propriedades de
Rincón de las Mulas, La Pituca, Ganadera Cumber e La
Martineta.
Para o diretor do Instituto Nacional de Carnes (Inac),
Pablo Caputi, para seguir me-
lhorando sua posição no mercado internacional de carnes,
aproveitando as múltiplas vantagens a partir da união de esforços públicos e privados, “o
principal esforço do Uruguai
é comportar-se como um líder.
Falando sobre as bases do negócio pecuário atual e as conseqüências na estratégia das
empresas, Caputi assinalou que
ser líder não é ser melhor nem
pior, mas sim ser distinto, implicando em mais direitos e mais
obrigações e o Uruguai está
em condições de assumir uma
liderança, que vai potencializar
suas vantagens competitivas.
O diretor do Inac destacou
que o sistema de rastreabili-
dade deve ser uma aposta de
todos, uma forma de dar uma
cara à produção, possibilitando que o consumidor consiga
identificar quem produziu a
carne que ele vai consumir, pois
é em que ele mais confia. Mal
comparando, afirmou, a carne
uruguaia deve ter reputação
igual aos carros alemães, os
relógios suíços... Segundo ele,
o fato de todo o rebanho bovino uruguaio ser rastreado,
ter uma genética reconhecida
e possuir boas suas garantias
sanitárias possibilitaram o
acesso a 120 mercados pelo
mundo. “Este fato nos dá segurança contra adversidades
pontuais”, observou.
18
Maio/Junho de 2013
Angus@newS
EXPOSIÇÕES
Expo Londrina 2013
Reconquista, Terra Costa e Corticeira brilham
SP, que faturou o prêmio de
Terceiro Melhor Macho.
O título de Reservada
Grande Campeã ficou com a
fêmea “Maya 217 Henriqueta
Hornero Florida”, de Zuleika Torrealba, da Cabanha da
Maya, de Bagé, RS, enquanto o Terceiro Prêmio foi para
“Cia. Azul Katrina TE 1401”,
de Paulo de Castro Marques.
Fotos: Devanir Parra/Angus
A
Reconquista Agropecuária, de José Paulo Cairoli, do Alegrete, RS, e a
Cabanha Terra Costa, de Marco Antonio Costa, de Santo
Antonio da Patrulha, RS, assim como a Cabanha da Corticeira, de Luiz Anselmo Cassol,
de São Borja, RS, foram as
grandes vencedoras da segunda etapa do Ranking Nacional da Angus Brasil, realizada
durante a 53ª Expo Londrina,
em Londrina, PR, no período
de 10 a 14 de abril.
A mostra de Angus este ano
reuniu 104 animais machos e
fêmeas da raça, apresentados
por 22 criadores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São
Paulo, Minas Gerais e Paraná.
A escolha dos campeões de
Londrina foi realizada nos dias
12 e 13 de abril, a cargo do
experiente criador argentino
Ariel Macagno, que já reúne
atuações como juiz em mostras de Angus do quilate de
Avaré, em São Paulo, e Uruguaiana, no Estado gaúcho.
Os destaques
O touro “Reconquista 1957
Sufoco Traveler”, apresentado
pela parceria Reconquista/
Terra Costa, conquistou em
12 de abril o título de Grande Campeão da raça Angus na
Expo Londrina 2013. Com 22
meses de idade, o reprodutor
fixou para a propriedade uma
dobradinha em exposições
ranqueadas pela Angus Brasil
nas duas primeiras etapas deste ano, já que a Reconquista
havia faturado o grande campeonato, porém de fêmeas,
em março, em Avaré, SP, com
“Reconquista 1725TE Regalada Z.G.C.”.
Já no dia 13, a fêmea “LC
Tifani T1192 Candombe”, da
Cabanha da Corticeira, depois
de acirrada disputa em pista,
foi escolhida pelo jurado como
a Grande Campeã da raça Angus na Expo Londrina.
Os vencedores
“Receber este reconhecimento em uma grande feira
como a de Londrina, agrega
grande valor para nossa produção, ao nosso trabalho de
seleção. Participamos desta
exposição há 15 anos e este
prêmio foi mais uma consagração para toda a nossa equipe
e para nosso parceiro Marco
Costa”, comemorou Cairoli.
Já Luiz Felipe Cassol, filho
de Luiz Anselmo e diretor da
Cabanha da Corticeira, ressaltou a relevância da conquista
de um grande campeonato, especialmente numa exposição
nacional com a de Londrina.
Ele observou que com a conquista deste título, a fêmea
de produção da Corticeira já
trazia retorno imediato em resultados para o criador Marco
Antônio Vargas, da Cabanha
GMAV, de Caxias do Sul, RS,
que adquiriu 50% do exemplar em 2012.
“A Expo Londrina é uma
das mais importantes exposições de Angus do Brasil. E estamos mais do que satisfeitos,
porque atingimos o objetivo
de cada criador, que é conquistar o reconhecimento de
toda a sua linhagem dentro de
um grande evento”, revelou.
O grande campeonato de
machos ainda destacou outros
dois reprodutores: “PWM Nolan”, da Casa Branca Agropastoril, de Paulo de Castro
Marques, em Fama, MG, que
foi Reservado de Grande Campeão, e “FSL 1068 Fenômeno”, da FSL Angus Itu, de
Antônio Maciel Neto, de Itu,
Palavra do presidente
“Londrina se firma cada
vez mais como um dos palcos do melhor do Angus no
Brasil”, avalia o presidente da Angus Brasil, Paulo de
Castro Marques. Segundo ele,
a proximidade com São Paulo e o bom relacionamento
de criadores com tradicionais
selecionadores de Angus especialmente gaúchos, dá o tom
empresarial dos criadores de
Angus paranaenses.
Marques aponta ainda que
paralelamente a isso, a certificação da carne Angus, através
da parceria firmada no ano
passado entre o Programa
Carne Angus Certificada e a
Cooperativa Aliança (a CooperAliança), de Guarapuava,
PR, está alavancando cada vez
mais a expansão da genética
Angus em importantes regiões
de pecuária do Paraná.
Reforçando essa avaliação,
o experimentado técnico da
Angus Brasil no Paraná, Antônio Francisco Chaves Neto, o
Toninho, informa que um dos
indicativos dessa preferência
por Angus resulta que 47% do
sêmen vendido no Paraná em
2012 foi de Angus.
A opinião do jurado
Tradicional selecionador
argentino de Angus, em sua
cabanha Coni Antú, na região
de Palermo, e também experiente jurado internacional da
raça, Nelso Ariel Macagno,
que já atuou em importantes
mostras brasileiras da raça,
se mostrou satisfeito com o
número e a qualidade dos animais nas filas de pista de Londrina. “Com alguns poréns,
que consideramos até naturais por se tratar nesses casos
de novos criadores, a grande
maioria dos animais que examinamos se mostravam corretos em tipo, e apresentando
muita funcionalidade”, observou o jurado.
Etapas do Ranking Angus
O Ranking Nacional Angus
foi aberto este ano na exposição de Avaré, SP, no início de
março. A segunda etapa ocorreu na Expo Londrina, depois
em Uruguaiana, RS em abril e
em Esteio, RS, durante o Outono Angus Show, em maio.
Agora as disputas do ranking
nacional seguem na Feicorte,
em São Paulo, em junho, com
a última etapa programada
para a Expointer, no final de
agosto e início de setembro, no
parque Assis Brasil, em Esteio,
RS.
>>>
Jurado argentino Ariel Macagno voltou a atuar em pistas brasileiras
22
Maio/Junho de 2013
Angus@newS
EXPOSIÇÕES
Angus e Brangus,
agora mais próximos
Fotos: Devanir Parra/Angus
Paulo Marques e Raul Torrent sacramentaram parceria
Aconteceu durante a Expo
Londrina. O presidente da Angus
Brasil, Paulo de Castro Marques, e o presidente da Associação Brasileira de Brangus, Raul
Victor Torrent, aproveitaram o
encontro durante a destacada
exposição para anunciar a parceria entre as duas entidades. O
objetivo principal: fomentar institucionalmente a genética das
raças co-irmãs.
“As duas associações estão iniciando os trabalhos de
fomento em conjunto com o
objetivo de levar ao mercado
o melhor das duas genéticas.
Chegou a hora de fazermos
um trabalho voltado para o
desenvolvimento das duas raças”, afirmou Paulo de Castro
Marques. Para Raul Torrent, “é
uma aproximação para caminharmos juntos. Não podemos
deixar de reconhecer nossa
raça mãe e essa deverá ser uma
parceria muito grande e intensa”, prometeu.
Em encontro, em 12 de abril,
na casa do Brangus, instalada
no interior do parque da Expo
Londrina, Castro Marques enalteceu as semelhanças das duas
raças, motivo para que naturalmente haja tal proximidade.
“Ambas têm a possibilidade de
produzir animais com alta qualidade em ciclo curto, dispõem
de animais prontos para o abate num período de até 22 meses, o que facilita a divulgação
conjunta das duas genéticas”,
reforçou.
E Torrent completou lembrando que “o mundo está precisando de mais carne. Porém,
de carne com qualidade. E ambas as raças buscam a melhor
taxa de conversão alimentar
para que isso seja possível”,
sentenciou.
Paulo Marques assinalou
que o princípio do trabalho será
o fortalecimento conjunto da
genética Angus, que está presente na base das duas raças,
sendo que em una se apresenta
pura (Angus) e na outra de forma sintética (Angus + Nelore).
“Visualizamos que uma raça
não é concorrente da outra. É
justamente o contrário: juntas,
tornam-se muito mais fortes”,
disse.
“As duas raças já caminham
há muito tempo sozinhas, no
Brasil e no mundo, e na essência de nossas associações não
haverá grandes modificações.
Apenas, a partir de agora, vamos trabalhar juntos para produzir a genética e a carne que
o mundo precisa”, observa Raul
Torrent.
Ao término das conversas, ambos fizeram questão
de afirmar que os trabalhos
da parceria não envolvem os
programas de fomento à produção de carne ou as áreas de
seleção genética das associações. A aproximação está em
seu início, tendo prováveis desdobramentos em médio prazo.
Mercado paranaense em alta
Fábio Medeiros abriu o ciclo de palestras
O Angus cresce a olhos vistos no Paraná. É o que se verifica visitando e falando com os
criadores na Expo Londrina. A
proximidade com os Estados
da região Sudeste do País, o
clima favorável, uma pecuária
de ciclo curto que busca sempre melhoramento de padrão
e especialmente as alianças
mercadológicas, junto com a
importância das exposições
na região, colocam a genética
Angus em primeiro lugar na
pauta de interesses e negócios.
E foram justamente esses temas que ditaram as palestras
e debates do evento realizado
no dia 12 de abril, na casa da
Angus Brasil, durante a Expo
Londrina 2013.
Apoio total
O presidente da Angus Brasil, Paulo de Castro Marques,
mostrou-se bastante satisfeito ao verificar o vivo interesse dos criadores paranaenses,
eficiente produção. “Existem dois tipos de seleção de
gado: por apreciação visual,
na qual o produtor pode analisar características externas
como frame, pelo e estrutura/
musculatura, entre outros, e
por dados objetivos, na qual
são avaliadas as DEP’s (Diferença Esperada na Progênie), importantes para delinear as próximas gerações de
touros”, explicou o técnico.
Cassol disse também que as
exposições são muito importantes como ferramenta de
seleção comparativa, pois ali
estão os melhores produtos de
cada criador. “Isso ajuda a fazer a seleção que o produtor
está precisando na fazenda,
Um elo com o Brasil
além de ser um importante
O gerente do Programa
palco comercial para a raça”,
Carne Angus Certificada, Fásintetizou. Os criadores prebio Medeiros, abriu o ciclo de
sentes apontaram que, além
palestras falando sobre a imde Londrina, que já tem larga
portância do Estado para o
tradição, cidades paranaenses
Seleção genética
Programa Carne Angus Certicomo Ponta Grossa, Campo
Membro
do
Conselho
Técficada, da Angus Brasil, e citou
alguns fatores para justificar nico da Angus Brasil, Luis Mourão e Maringá, entre oua liderança da raça no merca- Felipe Cassol enfatizou a im- tras, são locais com estrutura
do de sêmen naquela região. portância da seleção genética, para lançarem futuras exposi“O Paraná é fundamental segundo ele, a base para uma ções.
>>>
e acrescentou ser de extrema
importância o fomento a futuras exposições de animais
Angus no Paraná. “São boas
oportunidades para os pecuaristas locais agregarem valor
genético ao seus plantéis, e a
Associação dará todo o apoio
necessário para que ainda este
ano tenhamos eventos com
julgamento e áreas comerciais no Estado”, garantiu.
Na ocasião, pecuaristas paranaenses e técnicos da entidade
fizeram uma análise do mercado da raça Angus na região
e traçaram metas para incrementar ainda mais a expansão
da genética no Paraná.
para o elo com os Estados
do Sudeste do Brasil, assim
como com o Centro Oeste. O
paranaense tem como produzir animais adaptados para os
Estados de São Paulo e Mato
Grosso do Sul, por exemplo,
além de ter a possibilidade
de suprir genética a produtores de terneiros das alianças
mercadológicas, que buscam
animais certificados para
atender à demanda por carne
de qualidade”, apontou. Ele
também observou que o perfil
da região está alinhado com a
maneira de produção da raça
Angus. “O pecuarista paranaense necessita ter uma pecuária de ciclo curto, com animais precoces e com eficiência
produtiva. Além disso, o clima
também favorece, tendo em
vista a fácil adaptação para
outras regiões”, disse o técnico.
24
Maio/Junho de 2013
Angus@newS
EXPOSIÇÕES
Leilão Royal Angus consagrado
O Leilão Royal Angus foi o destaque da Expo Londrina na área de
negócios. Realizado na noite de 12
de março no recinto Horácio Sabino
Coimbra, durante a feira, sob a chancela da Angus Brasil, a quinta edição
do Royal Angus alcançou faturamento
total de R$ 376,24 mil, fixando média
de R$ 9,97 mil nas fêmeas de elite, e
R$ 5,73 mil para as fêmeas rústicas.
Promovido pela Reconquista Agropecuária, de José Paulo Cairoli, do Alegrete, e Cabanhas da Corticeira, de Luiz
Anselmo Cassol, de São Borja, e Terra
Costa, de Marco Antônio Gomes Costa,
de Santo Antônio da Patrulha, todas do
RS, o pregão teve seu ponto alto com
a venda de cinco pacotes de sêmen do
touro “Reconquista 1957 Sufoco Traveler”, que havia sido eleito o Grande
Campeão da Expo Londrina 2013 horas antes.
Os pacotes com a genética do touro
de propriedade de José Cairoli e Mar-
co Costa, contendo 10 doses de sêmen
cada, arrecadaram um total de R$ 10
mil. Os touros especiais colocados à
venda no leilão foram arrematados à
média de R$ 9 mil. Os lotes de prenhezes alcançaram o valor de R$ 12,16 mil.
O leiloeiro Elton Baccarin, da Rural Business Leilões, enfatizou a boa participação de novos investidores em Angus,
principalmente do Paraná. Foi o caso
de Ivo Arnt Filho, da Fazenda Itagy, de
Tibagi, PR, um estreante na compra de
Angus Puro de Origem em Londrina.
Ele adquiriu sete fêmeas prenhas,
com a meta de montar uma cabanha
para produção de animais selecionados.
“Estou situado em uma região de clima
ameno, com uma ótima topografia, ideal
para produção de animais Angus, e pretendo aproveitar esta vantagem para intensificar meus trabalhos com a raça”,
sintetizou.
Conexão Angus
O 6º Leilão Conexão Angus fechou
com total liquidez, comercializando
706 animais. Organizado pelo técnico
da Angus Brasil, Antônio Chaves (Toninho), o remate puxou boas médias para
os bezerros, negociados em R$ 908,49
para as fêmeas e R$ 1.178,66 para os
machos.
DADOS DOS ANIMAIS CAMPEÕES DE LONDRINA
Fotos: Devanir Parra/Angus
Grande Campeão
Reservado de Grande Campeão
Terceiro Melhor Macho
Grande Campeã
Reservada de Grande Campeã
Terceira Melhor Fêmea
GRANDE CAMPEÃO
Nome: RECONQUISTA 1957 SUFOCO TRAVELER
Tat: TE1957 Registro: O148870 DENTE: DL
Nasc: 07/06/2011 Idade: 673 Dias - 22 meses
AOL: 121,50 EGS: 5,80 P8: 5,90
Peso: 793 Ponderal: 1130 ALT: 1,36
Perímetro Escrotal : 43,2
Pai: SAV 8180 TRAVELER 004
Mãe: RECONQUISTA 925 CARAPUÇA JULIETA QUEBRACHO
Criador: JOSÉ PAULO DORNELLES CAIROLI
Expositor: MARCO COSTA E JOSÉ PAULO D. CAIROLI
Estabelecimento: FAZENDA RECONQUISTA
Cidade: ALEGRETE /RS
RESERVADO GRANDE CAMPEÃO
Nome: PWM NOLAN
Tat: TECB930 Registro: O145367 DENTE: 2
Nasc: 07/04/2011 Idade: 734 Dias - 24 meses
AOL: 136,90 EGS: 12,50 P8: 10,40
Peso: 895 Ponderal: 1170 ALT: 1,37 Perímetro
Escrotal : 37,5
Pai: Sav net worth 4200
Mãe: Reconquista 609 Gruta Discutido Canyon
Criador: PAULO DE CASTRO MARQUES
Expositor: PAULO DE CASTRO MARQUES
Estabelecimento: CASA BRANCA AGROPASTORIL
Cidade: FAMA /MG
3º MELHOR MACHO
Nome: FSL 1068 FENÔMENO
Tat: TE1068 Registro: O144233 DENTE: 2
Nasc: 18/12/2010 Idade: 844 Dias - 28 meses
Peso: 981 Ponderal: 1120 ALT: 1,43
Perímetro Escrotal : 45,5
Pai: Sav Heavy Hitter 6347
Mãe: Tres Marias 7216 Hornero 6140 TE
Criador: FSL ANGUS ITU LTDA.
Expositor: ANTÔNIO MACIEL NETO
Estabelecimento: FSL ANGUS ITU Cidade: ITU /SP
GRANDE CAMPEÃ
Nome: LC TIFANI T1192 CANDOMBE
Tat: T1192 Registro: O141994 DENTE: 4
Nasc: 04/05/2010 Idade: 1072 Dias - 35 meses
Peso: 711 Ponderal: 630 ALT: 1,32
Est. Gest.: Prenha
Pai: Tres Marias 7033 Candombe 6164 TE
Mãe: Quitela 539 da Corticeira
Criador: LUIZ ANSELMO CASSOL
Expositor: LUIZ ANSELMO CASSOL
Estabelecimento: CABANHA DA CORTICEIRA
Cidade: SÃO BORJA /RS
RESERVADA GRANDE CAMPEÃ
Nome: MAYA 217 HENRIQUETA HORNERO FLORIDA
Tat: 217 Registro: O150399 DENTE: 2
Nasc: 06/07/2011 Idade: 644 Dias - 21 meses
AOL: 94,10 EGS: 15,20 P8: 11,80
Peso: 619 Ponderal: 910 ALT: 1,30
Est. Gest.: Prenha
Pai: Tres Marias 5887 Hornero TE
Mãe: Maya te131 Florida Traveler Impala
Criador: ZULEIKA BORGES TORREALBA
Expositor: ZULEIKA BORGES TORREALBA
Estabelecimento: CABANHA DA MAYA
Cidade: BAGÉ /RS
3ª MELHOR FÊMEA
Nome: CIA.AZUL KATRINA TE 1401
Tat: TE1401 Registro: O143001 DENTE: 4
Nasc: 24/08/2010 Idade: 960 Dias - 32 meses
Peso: 720 Ponderal: 720 ALT: 1,33
Est. Gest.: Prenha Pai: Tres Marias 6301 Zorzal TE
Mãe: Cia.Azul 041 7trouxas Gabo 567
Criador: SUSANA MACEDO SALVADOR
Expositor: PAULO DE CASTRO MARQUES
Estabelecimento: CASA BRANCA AGROPASTORIL
Cidade: FAMA /MG
26
Maio/Junho de 2013
Angus@newS
EXPOSIÇÕES
Expo Outono de Uruguaiana
Animais superiores no berço da raça no Brasil
Fotos: Elder Filho/Angus
Mais uma vez Uruguaiana, na Fronteira Oeste rio-grandense, região
considerada o berço da raça Angus no Brasil, mostrou durante a 11ª Expo
Outono de Angus, a elevada qualificação dos animais selecionados por suas
tradicionais cabanhas, este ano com especial destaque aos exemplares rústicos.
A
mostra, a primeira integrante do Ranking Nacional da raça realizada
no Rio Grande do Sul, teve iní-
cio no dia 26 de abril, quando
o jurado e criador paranaense Christopher Filippon abriu
a escolha dos campeões. Ele
examinou em pista os 17 trios
de rústicos, entre machos e
fêmeas tatuados Puros de Origem (PO) e Puros por Cruza-
mento (PC). À tarde e no dia
seguinte foram apontados os
campeões de argola.
Este ano, entre outras cabanhas, o destaque nos rústicos ficou para a Cabanha
Umbu, de Ângelo Bastos Tellechea, de Uruguaiana, RS,
e nos animais de argola para
a Cabanha da Corticeira, de
Luiz Anselmo Cassol, de São
Borja, RS.
A Expoutono de Uruguaiana foi uma realização do Núcleo Angus Três Fronteiras,
sediado em Uruguaiana, RS,
com apoio da Angus Brasil. O
presidente do Núcleo, Ignácio
Tellechea, apontou ser esta
uma exposição de relevância
para os criadores do Rio Grande do Sul. “Este ano tivemos
maior número de animais. Foram 77 fêmeas e 32 machos
de argola e 17 trios de rústicos em pista, todos exemplares
apresentando um nível excepcional. E os proprietários fica-
ram bastante satisfeitos com o
trabalho do jurado Filippon”,
enfatizou o dirigente.
Para o jurado Christopher
Filippon, os animais tanto rústicos como os de argola foram
bastante consistentes, bastante homogêneos, volumosos,
com tipo e características raciais destacadas e com qualidade, aspectos que saltam aos
olhos de técnicos e de selecionadores, numa região bastante
tradicional do Rio Grande do
Sul como Uruguaiana.
Já o presidente da Angus
Brasil, Paulo de Castro Marques, enfatizou a maior importância da exposição, por
ser a primeira etapa do circuito nacional no ano a ser
realizada no Rio Grande do
Sul, local de origem da raça
no País. “A Expoutono nos
traz uma boa idéia da evolução dos animais para as próximas exposições nacionais,
sendo que duas delas tam-
ANIMAIS CAMPEÕES DE URUGUAIANA
Grande Campeão
Reservado de Grande Campeão
Terceiro Melhor Macho
Grande Campeã
Reservada de Grande Campeã
Terceira Melhor Fêmea
>>>
Angus@newS
EXPOSIÇÕES
Entre os machos PC, o
trio Grande Campeão pertence à Gap Genética, com os
animais de tatuagens D169,
D179 e D061 e o trio Reservado de Grande Campeão foi
para a Cabanha Umbu com os
animais de tatuagens 6160,
6054 e 6048.
Aqui os campeões
de argola
Entre os animais de argola, o título de Grande Campeão foi para o animal “LC
Tonel TE T196”, levado à
pista pelo selecionador de
Nas fêmeas PC, o prêmio Angus Luiz Anselmo Cassol,
bém são realizadas no Rio
Grande do Sul – a Outono de lote Grande Campeão foi da Cabanha da Corticeira,
Angus Show e a Expointer”, para a Cabanha Umbu, com o de São Borja, RS. Como Retrio de tatuagens 6691, 6679 servado de Grande Campeão
observou o presidente.
e 6671. Já o título de trio Re- ficou “Reconquista 1957
servado de Grande Campeão Sufoco Traveler”, da parceOs campeões rústicos
No setor de fêmeas rústi- foi para os animais de tatua- ria entre José Paulo Dornelcas tatuadas PO, o trio Grande gens D166, D050, D042, da les Cairoli (da Reconquista
Campeão é de propriedade da Gap Genética, propriedade de Agropecuária, de Alegrete,
Cabanha Rincon Del Sarandy, Eduardo Macedo Linhares, RS) e Marco Antônio Gomes
de Cláudia Silva, de Uruguaia- em Uruguaiana, RS.
Costa (da Cabanha Terra
Nos machos PO o lote Costa, de Santo Antonio da
na, RS, com os animais de tatuagens TE 2101, TE 2064 e Grande Campeão foi apre- Patrulha, RS). E o terceiro
TE 2026. O prêmio ao lote Re- sentado pela Cabanha Umbu, melhor macho foi “Cia Azul
servado de Grande Campeão com os animais de tatuagens Magnata FIV TE1694”, da
ficou para a Cabanha Umbu, 1852, 1738 e 1728. O trio Cia Azul Agropecuária, de
de Ângelo Bastos Tellechea, de Reservado de Grande Cam- Susana Macedo Salvador, em
Uruguaiana, RS, com os ani- peão ficou para a Gap Gené- Uruguaiana, RS.
mais de tatuagens 2005, 1993 tica com o trio de tatuagens
Entre as fêmeas de argoe 1943. E o terceiro melhor 4065, TE4039 e TE4041, e o la, o título de Grande Campeã
trio foi apresentado pela Caba- Terceiro Melhor Trio foi para foi também para o animal
nha Basca, de Mariana Franco os animais da Cabanha do da Cabanha da Corticeira
Tellechea, de Uruguaiana, RS, Posto, de Sérgio Bastos Tel- “LC Tifani T1192 Candomcom os animais de tatuagens lechea, de Uruguaiana, RS, be”. A Cabanha do Posto, de
com os animais de tatuagens Sérgio Bastos Tellechea, de
491TE, 486TE e 479.
TE2044, TE2040 e TE2038.
Maio/Junho de 2013
27
Consistentes, homogêneos e
volumosos, os animais chamaram
a atenção do jurado
Maya Genética, Cort Genética, CRV Lagoa, e as cabanhas
Rincon Del Sarandy, Umbu e
São Bibiano, doaram um total
de 300 doses de sêmen para
serem leiloadas em prol do
Núcleo Angus Três Fronteiras.
A arrecadação do evento,
chancelado pela Angus Brasil, segundo o técnico Renato
Pinto Paiva, um dos organizadores do remate que teve
Remate
Ao final da exposição as a chancela da Angus Brasil, o
centrais de genética Semex, pregão superou os R$ 10 mil,
ABS Pecplan, Solução Ge- com venda dos pacotes de sênética, Alta Genetics/Progen, men doados pelas centrais.
Uruguaiana, RS ficou com o
título de Reservada de Grande Campeã, com “Red Emperor TE1440 Tellechea”, e a
terceira melhor colocada foi
para a Cabanha Rincon Del
Sarandy, de Claudia Silva, de
Uruguaiana, RS, com o animal “Rincon Bendita TE1746
Del Sarandy”.
DADOS DOS ANIMAIS CAMPEÕES DE URUGUAIANA GRANDE CAMPEÃO
Nome: LC TONEL TE T196
Tat: TET196 Registro: O142079 DENTE: 6
Nasc: 28/05/2010 Idade: 1062 Dias - 35 meses
Peso: 972 ALT: 1,40 Ponderal: 880
Perímetro Escrotal : 43 Pai: Sav 8180 Traveler 004
Mãe: Negrita 370 da corticeira
Criador: LUIZ ANSELMO CASSOL
Expositor: LUIZ ANSELMO CASSOL
Estabelecimento: CABANHA DA CORTICEIRA
Cidade: SÃO BORJA /RS
RESERVADO GRANDE CAMPEÃO
Nome: RECONQUISTA 1957 SUFOCO TRAVELER
Tat: TE1957 Registro: O148870 DENTE: DL
Nasc: 07/06/2011 Idade: 687 Dias - 22 meses
AOL: 82,40 EGS: 4,70 P8: 6,20
Peso: 798 ALT: 1,31 Ponderal: 1110
Perímetro Escrotal : 42
Pai: SAV 8180 TRAVELER 004
Mãe: RECONQUISTA 925 CARAPUÇA JULIETA QUEBRACHO
Criador: JOSÉ PAULO DORNELLES CAIROLI
Expositor: MARCO ANTÔNIO COSTA E JOSÉ PAULO
CAIROLI
Estabelecimento: FAZENDA RECONQUISTA
Cidade: ALEGRETE /RS
3º MELHOR MACHO
Nome: CIA.AZUL MAGNATA FIV TE1694
Tat: TE1694 Registro: O160181 DENTE: DL
Nasc: 03/07/2012 Idade: 295 Dias - 9 meses
AOL: 61,40 EGS: 4,90 P8: 7,00
Peso: 479 ALT: 1,24 Ponderal: 1510
Perímetro Escrotal : 35
Pai: TRES MARIAS 8311 ADVANCE 5854 TE
Mãe: CIA.AZUL KIMBA 1351
Criador: SUSANA MACEDO SALVADOR
Expositor: SUSANA MACEDO SALVADOR
Estabelecimento: CIA AZUL AGROPECUÁRIA
Cidade: URUGUAIANA /RS
GRANDE CAMPEÃ
Nome: LC TIFANI T1192 CANDOMBE
Tat: T1192 Registro: O141994 DENTE: 6
Nasc: 04/05/2010 Idade: 1086 Dias - 36 meses
AOL: 86,40 EGS: 11,00 P8: 18,00
Peso: 732 ALT: 1,32 Ponderal: 640 Est. Gest.:
Prenha
Pai: Tres Marias 7033 Candombe 6164 TE
Mãe: Quitela 539 da Corticeira
Criador: LUIZ ANSELMO CASSOL
Expositor: LUIZ ANSELMO CASSOL
Estabelecimento: CABANHA DA CORTICEIRA Cidade:
SÃO BORJA /RS
RESERVADA GRANDE CAMPEÃ
Nome: RED EMPEROR TE1440 TELLECHEA
Tat: TE1440 Registro: O150513 DENTE: DL
Nasc: 02/09/2011 Idade: 600 Dias - 20 meses
AOL: 72,40 EGS: 6,60 P8: 13,00
Peso: 640 ALT: 1,28 Ponderal: 1010
Est. Gest.: Prenha
Pai: RUBETA 4444 QUEBRANTADOR
Mãe: EMPEROR DO CARUMBÉ 1311
Criador: SÉRGIO BASTOS TELLECHEA
Expositor: SÉRGIO BASTOS TELLECHEA
Estabelecimento: CABANHA DO POSTO
Cidade: URUGUAIANA /RS
3ª MELHOR FÊMEA
Prêmio Nome: RINCON BENDITA TE1746 DEL SARANDY
Tat: TE1746 Registro: O143072 DENTE: 4
Nasc: 12/11/2010 Idade: 894 Dias - 29 meses
AOL: 93,40 EGS: 5,90 P8: 11,00 Peso: 724
ALT: 1,36 Ponderal: 770 Est. Gest.: C/Cria
Pai: Tres Marias 6241 Payador TE
Mãe: Três Marias 7166 Araña
Criador: CABANHA RINCON DEL SARANDY
Expositor: CABANHA RINCON DEL SARANDY
Estabelecimento: CABANHA RINCON DEL SARANDY
Cidade: URUGUAIANA /RS
28
Maio/Junho de 2013
Angus@newS
EXPOSIÇÕES
Qualidade no Outono Angus Show
Fotos: Robispierre Giuliani/Angus
Jurado Antônio Martins Bastos Filho
e Leo Warszawsky
E
ntre os dias 16 a 20 de
maio foi realizada no
parque Assis Brasil, em
Esteio, RS, o 9ª Outono Angus
Show, que a partir deste ano
passou à categoria de exposição nacional, pontuando ao
Ranking Angus. A mostra, integrante da programação da
Fenasul, foi organizada pelo
Núcleo Centro Litorâneo de
Criadores de Angus, numa promoção conjunta com a Angus
Brasil.
Os julgamentos de classificação, com os campeões sendo
conhecidos nos dias 17 e 18,
esteve novamente a cargo do
tradicional criador e jurado
internacional de Angus, titu-
lar da Cabanha São Bibiano,
de Uruguaiana, RS, Antonio
Martins Bastos Filho. Antoninho, como é conhecido entre
os criadores, trabalhou examinando cerca de 120 animais,
entre machos e fêmeas, nas
categorias de exemplares de
argola e rústicos.
Animais em evolução
“De modo geral, nos deparamos em pista com uma
incrível padronização dos animais, que apresentavam as
principais características raciais desejadas na raça Angus.
E isso é altamente positivo,
numa demonstração de que
estamos vivendo um grande
momento para a raça”, avaliou o experiente jurado.
Conhecedor de outras edições da feira, ele se disse impressionado com a visível evolução da raça, seja em animais
de argola ou nos rústicos. “O
que foi visto nestes dois dias
de exposição em Esteio nos
traz a certeza de que o Angus
brasileiro evolui geneticamente de maneira impressionante.
Os animais produzidos no País
não devem nada aos originários de países como o Uruguai
e a Argentina”, comparou Antoninho Bastos.
O presidente da Angus Brasil, Paulo de Castro Marques,
presente ao evento, frisou a
importância do ingresso da
feira no seletivo circuito do
ranking de exposições nacio-
nais de Angus. “Com certeza
esta é mais uma exposição
de bastante relevância para a
raça Angus. A Fenasul entra
definitivamente para o calendário de exposições nacionais
por conta da sua estrutura e
importância na região”, afirmou o dirigente.
Já Leo Warszawsky, presidente do núcleo Centro Litorâneo de Criadores de Angus,
considerou excelente o nível
dos animais e o efetivo comparecimento das principais
cabanhas selecionadoras da
raça, especialmente da região
Sul do Brasil. “Este ingresso
de nossa mostra no ranking
nacional da raça já representou um avanço para nossa exposição neste ano, e acredito
que daqui para frente o crescimento será algo natural, com
a presença de cada vez mais
criadores de várias partes do
País que disputam o ranking
da raça”, observou.
Aqui os campeões
de argola
O touro “Biguá 5711 Bismarck 5682 TEI” foi selecionado como o Grande Campeão
entre os machos de argola.
Propriedade da Parceria Santa Amélia Bayucuá (Estância
Santa Amélia – Santa Vitória
do Palmar, RS), o animal, de
992 kg e 25 meses de idade,
superou mais de 30 concorrentes.
O título de Reservado
Grande Campeão ficou com o
touro “Reconquista 1957 Sufoco Traveler”, de José Paulo
Dornelles Cairoli, da Fazenda
Reconquista, no Alegrete, RS,
e Marco Antonio Gomes Costa, da Cabanha Terra Costa,
de Santo Antônio da Patrulha,
RS. E o 3º Melhor Macho de
argola foi “Maufer 014 TE
Kila Zorzal Coronel”, de Maurício e Fernando L. Weiand, da
Cabanha Maufer, de Cruzeiro
do Sul, RS.
Nas fêmeas de argola, a
Grande Campeã foi “Terra
Costa TE22 Baroneza Naco
1501”, de Marco Antônio Gomes Costa, da Cabanha Terra
Costa, de Santo Antônio da Patrulha, RS. “Espinilho 9025”,
de Roberto Soares Beck, da
Estância do Espinilho, de Cruz
Alta, RS, ficou com o título de
Reservada Grande Campeã,
enquanto “Catanduva TE 418
Unique Gramático 1315”,
de Zuleika Borges Torrealba,
Gonçalo Torrealba e Fabio
Gomes, apresentada pela Cabanha da Maya, de Bagé, RS,
ficou com a premiação de Terceira Melhor Fêmea.
Na Feira de Terneiros, show de genética
Especialmente os terneiros, certificados pelo programa Terneiro Angus, e já précredenciados racialmente ao
Programa Carne Angus Certificada, fizeram um verdadeiro
espetáculo de padronização
e elevados preços durante a
tradicional feira da Fenasul, a
11ª Feira de Terneiros, Terneiras e Vaquilhonas, realizada
no dia 16 de maio, durante a
exposição.
Sob o martelo irriquieto
do leiloeiro Alexandre Crespo,
trabalhando para a Santa Úrsula Remates, que promoveu o
evento juntamente com a Angus Brasil e a Federação da
Agricultura do RS/Farsul, foram comercializados 750 animais jovens, todos com sangue
Angus. O leilão, no dia 16 de
maio, foi realizado na Pista ‘J’
do Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, RS.
A qualidade genética dos
animais ofertados resultou na
receita de R$ 700 mil, fixando
a elevada média geral de R$
4,26 pelo kg vivo: 40% mais
que em 2012.
Os dois lotes mais valorizados do leilão foram apresentados pela Fazenda Ranchinho, de Edgardo Marques da
Rocha Velho. As oito novilhas
prenhas puxaram média por
kg vivo de R$ 5,49, bem acima dos valores praticados no
mercado.
“Os valores diferenciados
e acima do mercado obtidos
nesta venda são um sinal de
que a raça vem mostrando
constante evolução, tanto em
qualidade genética como em
demanda, resultando em terneiros cada vez mais valorizados, disse a gerente da Angus
Brasil, Juliana Brunelli.
Julgamento de
classificação
Separados por categoria,
os terneiros, terneiras e novilhas passaram por um julgamento prévio ao remate, a cargo do experiente professor da
Ufrgs, Dr. José Fernando Piva
Lobato. E os criadores foram
premiados de acordo com o
desempenho de seus animais
na avaliação. Confira, a seguir,
os vencedores por categoria:
Categoria Terneiros Cas-
trados: 13 animais de Paulo
Jardim, com média de 206 kg;
Categoria Terneiros Inteiros: 23 animais de José Felicetti, com média de 197 kg;
Categoria Terneiras: 16
animais de Edgardo Maciel,
com média de 198 kg;
Categoria Novilhas prenhas:
8 animais de Edgardo Marques
da Rocha Velho, com média de
350 kg; Categoria Novilhas:
15 animais de Ronaldo Santos,
com média de 277 kg. >>>
30
Maio/Junho de 2013
Angus@newS
EXPOSIÇÕES
Os campeões rústicos do Outono Show
Fotos: Robispierre Giuliani/Angus
Trio Grande Campeão PC
As premiações aos expositores foram entregues em evento
de confraternização realizado
ao meio-dia do dia 18, juntamente com a entrega da premiação do Ranking de Rústicos
de 2012. A próxima e quinta
etapa do calendário nacional de
exposições da raça Angus será
realizada durante a 19ª Feicorte, de 17 a 21 de junho, em São
Trio Grande Campeã Fêmeas PO
Trio Grande Campeão PO
Paulo, SP.
Boas disputas marcaram
os julgamentos dos animais
rústicos. Os principais entreveros juntaram a parceria Santa
Amélia Bayucuá, Walter Szortika Tessmann (Cabanha HT
Angus) e Marcos Agenor Begrow (da Agropecuária Rancho
Begrow), que aprsentaram, respectivamente, os trios vencedo-
res entre as Fêmeas PO, Machos
PO e Machos PC.
O trio Grande Campeão nas
fêmeas PO foi composto por
“Biguá 5867 Mana TE”, “Biguá 5862 Zorzal TE” e “Biguá
5855 Traveler TEI”, exemplares da Estância Santa Amélia
Bayucuá.
Nos machos, o título de trio
Grande Campeão PO ficou com
os touros “WP Butiá 100 Net
Worth X 4533”, “WP Butiá
082 TEI Net Worth X Camb
214” e “WP Butiá 073 TEI
Final Answer X Camb 85”, da
Cabanha HT Angus, de Camaquã, RS. O trio Reservado de
Grande Campeão foi formado
por “Biguá 5868 Mana TEI”,
“Biguá 5860 Zorzal TE” e
“Biguá 5852 Maná, da Estân-
cia Santa Amélia Bayucuá,
enquanto o trio “Terra Costa
TE74 Chalita Naco 685”, “Terra Costa 64 Camargo Naco
993” e “Terra Costa 61 Chitão
Candombe 1401”, da Cabanha
Terra Costa, de Marco Antônio
Gomes Costa, de Santo Antônio
da Patrulha, RS, ficou com o
prêmio de 3º Melhor conjunto.
Entre os PC, os Grandes
Campeões foram “B148”,
“B146” e “Rancho Begrow
B140”, da Agropecuária Rancho Begrow, de Carazinho,
RS, com o trio composto por
“WT Butiá WC027”, “WT
Butiá WC026” e “WT Butiá
WC023”, da Cabanha HT Angus, no posto de Reservado de
Grande Campeão.
DADOS CAMPEÕES OUTONO ANGUS SHOW
Grande Campeão
Reservado de Grande Campeão
Terceiro Melhor Macho
Grande Campeã
Reservada de Grande Campeã
Terceira Melhor Fêmea
GRANDE CAMPEÃO
Nome: BIGUÁ 5711 BISMARCK 5682 TEI Tat: TEI5711
Registro: O149475 DENTE: 2 Nasc: 11/04/2011
Idade: 765 Dias - 25 meses Peso: 992 ALT: 1,52
Ponderal: 1250 Perímetro Escrotal : 44
Pai: SAV BISMARK 5682
Mãe: BAYUCUA TE
Criador: PARCERIA SANTA AMÉLIA BAYUCUÁ
Expositor: PARCERIA SANTA AMÉLIA BAYUCUÁ
Estabelecimento: ESTÂNCIA SANTA AMÉLIA Cidade:
SANTA VITÓRIA DO PALMAR /RS
RESERVADO GRANDE CAMPEÃO
Nome: RECONQUISTA 1957 SUFOCO TRAVELER
Tat: TE1957 Registro: O148870 DENTE: DL
Nasc: 07/06/2011 Idade: 708 Dias - 23 meses
AOL: 127,70 EGS: 8,40 P8: 10,20 Peso: 826
ALT: 1,41 Ponderal: 1120 Perímetro Escrotal : 41
Pai: SAV 8180 TRAVELER 004
Mãe: RECONQUISTA 925 CARAPUÇA JULIETA QUEBRACHO
Criador: JOSÉ PAULO DORNELLES CAIROLI
Expositor: MARCO ANTÔNIO COSTA E JOSÉ P. CAIROLI
Estabelecimento: FAZENDA RECONQUISTA
Cidade: ALEGRETE /RS
3º MELHOR MACHO
Nome: MAUFER 014 TE KILA ZORZAL CORONEL
Tat: 014TE Registro: O141964 DENTE: 6
Nasc: 21/06/2010 Idade: 1059 Dias - 35 meses
Peso: 1020 ALT: 1,45 Ponderal: 930
Perímetro Escrotal : 40
Pai: TRES MARIAS 6301 ZORZAL TE
Mãe: ASD 618 MAJOR GEMADA KILA
Criador: MAURÍCIO E FERNANDO L. WEIAND
Expositor: MAURÍCIO E FERNANDO L. WEIAND
Estabelecimento: CABANHA MAUFER
Cidade: CRUZEIRO DO SUL /RS
GRANDE CAMPEÃ
Nome: TERRA COSTA TE22 BARONEZA NACO 1501
Tat: TE22 Registro: O149547
DENTE: DL Nasc: 30/08/2011
Idade: 624 Dias - 20 meses
AOL: 111,50 EGS: 18,10 P8: 24,70 Peso: 622
ALT: 1,35 Ponderal: 940 Est. Gest.: Prenha
Pai: RECONQUISTA 1301 NACO CACHAFAZ FENOMENA
Mãe: RECONQUISTA 1501 ORQUÍDEA CANDOMBE GLACIER
Criador: MARCO ANTÔNIO GOMES COSTA
Expositor: MARCO ANTÔNIO GOMES COSTA
Estabelecimento: CABANHA TERRA COSTA
Cidade: SANTO ANTÔNIO PATRULHA /RS
RESERVADA GRANDE CAMPEÃ
Nome: ESPINILHO 9025
Tat: 9025 Registro: O142175 DENTE: 6
Nasc: 15/02/2010 Idade: 1185 Dias - 39 meses
Peso: 816 ALT: 1,42 Ponderal: 660
Est. Gest.: Prenha Pai: SAV 8180 TRAVELER 004
Mãe: ESPINILHO 7030 Criador: ROBERTO SOARES BECK
Expositor: ROBERTO SOARES BECK
Estabelecimento: ESTÂNCIA DO ESPINILHO
Cidade: CRUZ ALTA /RS
3ª MELHOR FÊMEA
Nome: CATANDUVA TE418 UNIQUE GRAMÁTICO 1315
Tat: TE418 Registro: O143743 DENTE: 4
Nasc: 05/07/2010 Idade: 1045 Dias - 34 meses
Peso: 704 ALT: 1,38 Ponderal: 640 Est. Gest.: C/Cria
Pai: CATANDUVA GRAMÁTICO STRYKER 4128-TE15
Mãe: CATANDUVA 1315 RIHANA 1102-76
Criador: FÁBIO LUIZ GOMES E FABIANA DEFFERRARI
GOMES
Expositor: ZULEIKA TORREALBA, GONÇALO TORREALBA E
FÁBIO LUIZ GOMES
Estabelecimento: CABANHA DA MAYA
Cidade: BAGÉ /RS
32
Maio/Junho de 2013
LEILÕES CHANCELADOS
Angus@newS
Red Concert fatura R$ 601,44
mil com genética e arte
Fotos: Divulgação
Fabiana e Fábio Gomes
Show dos tenores do Teatro Colón,
Esteban Hildebrand e Nazareth Aufe,
abrilhantou o leilão
M
ais uma vez o tradicional leilão Red Concert
surpreendeu a todos
com uma espetacular demonstração de arte e de genética
Angus de alto nível. O leilão,
chancelado pela Angus Brasil,
fechou com faturamento de R$
601,44 mil, fixando média de
R$ 21,48 mil.
Realizada na noite de 24
de maio, no Centro de Eventos Casa do Gaúcho, no parque Harmonia, em Porto Alegre, RS, a sexta edição do Red
Concert começou brindando
os criadores gaúchos e de vá-
rias partes do Brasil e via Canal Rural, com um memorável
show dos tenores do Teatro
Cólon, de Buenos Aires, que de
forma impactante, emocionaram os presentes. Ora um, ora
outro ou atuando juntos, eles
cantaram clássicos italianos
como “O Sole Mio” e “Nessun
Dorma”, entre outros sucessos,
literalmente emocionando a
platéia, que na seqüencia, atenta, acompanhava ao remate durante jantar à francesa.
Mas as novidades se multiplicavam durante o requintado evento. O espetáculo foi
assistido de perto pela prin-
cesa franco-austríaca Laetitia D’Aremberg Habsburg,
proprietária da Cabanha Las
Rosas, do Uruguai, e parceira no remate com a venda de
um exemplar, e de longe, via
Canal Rural, pela criadora Zuleika Torrealba, da Cabanha da
Maya, de Bagé, que não pode
comparecer por motivos de
saúde. Tudo isso enquanto num
fino ambiente montado pela
decoradora Gina Eichemberg,
eram expostas obras de arte da
grife La Victória, de Ariel Capielo.
Ao mesmo tempo, o selecionador Fábio Gomes, proprietário da Cabanha Catanduva,
promotora do evento, tomava
a palavra para informar que,
dali para diante, o comando da
Cabanha estaria a cargo de sua
filha, a advogada e veterinária
Fabiana Gomes, e que sua sede
não mais seria Cachoeira do
Sul, mas o município de
Glorinha, distante apenas 40 minutos de Porto
Alegre.
Dias antes, na coletiva de lançamento do
leilão, em Porto Alegre,
Fábio Gomes disse aos
jornalistas que, com
Fabiana à frente da cabanha, ele agora terá
tempo para se dedicar
ao estudo de textos jurídicos (ele é advogado), ler, escrever e reescrever livros seus
e, especialmente, passar mais
tempo em Paris, cidade em
que mais gosta de estar, mas
que pelos compromissos, nunca
conseguiu permanecer por mais
de meros alguns dias.
E nesta mesma ocasião,
Fabiana também surpreendeu
a todos, deixando escapar que,
além da lavoura de soja e pastagens em Cachoeira do Sul,
agora, na nova sede em Glorinha, também vai se dedicar à
produção de hortigranjeiros orgânicos, com as estufas já em
fase de implantação. “Gosto,
lógico, de lidar com os animais,
de selecionar, e minha paixão é
lidar com embriões”, observou
Fabiana.
E o resultado esteve à altura. Um total de 28 exemplares
foi comercializado à média de
R$ 21,48 mil. O exemplar de
mais alto valor foi a vaca “Catanduva TE 446”, adquirida
pelo selecionador e ex-presidente da Angus Brasil, Joaquim
Francisco de Assumpção Mello,
da Cabanha Santa Eulália, de
Pelotas, RS, por R$ 60 mil.
O exemplar trazido pela Cabanha Las Rosas, da princesa
Laetitia, foi arrematado por
Zuleika Torrealba, da Cabanha
da Maya, de Bagé, RS, por R$
57,6 mil. Um outro destaque
foi venda da “Catanduva TE
1825” por R$ 57,6 mil para
a Cabanha Pantano, de Rio
Pardo, de propriedade de José
Machry. Antes de iniciar o leilão deste animal, Fábio Gomes
anunciou que o valor arrecadado seria totalmente doado para
a Fundação Semear, que cuida
de crianças e adolescentes em
Porto Alegre.
“A afluência do público, somada à satisfação e à alegria
demonstradas pelos presentes,
junto com a valorização dos
nossos animais, recompensou
o esforço que fizemos”, reafirmou Fábio Gomes. O próximo
evento da cabanha já está programado para o dia 27 de outubro: o Rústicos Catanduva, às
20 horas, na pista J do parque
de exposições Assis Brasil, em
Esteio, RS. A oferta será de 40
touros PO e 20 lotes especiais
de fêmeas.
Paipasso Red liquida e fatura R$ 3,8 milhões
A Cabanha Paipasso encerrou suas atividades liquidando
seu plantel de animais Angus
e Brangus em leilão realizado
no parque da Associação Rural de Santana de Livramento,
RS, nos dias 8 e 9 de maio. O
mega evento, que teve a chancela da Angus Brasil, alcançou
faturamento total de R$ 3,8
milhões.
Uma das maiores selecionadoras de animais Angus no
Brasil, a Cabanha Paipasso
comercializou 538 animais
Angus no remate. Foram vendidos 106 machos, sendo 61
terneiros, pela média de R$
2,7 mil, e 45 touros de sobreano, pelo valor médio de R$
5,5 mil.
O leilão ainda ofertou 432
fêmeas Angus, registrando
média de R$ 3,4 mil. Apenas
com a oferta dos animais Angus, o evento comercial atingiu a receita de R$ 1,9 milhão.
Também foram comercializados animais com genética
Brangus. Foram vendidas 498
fêmeas e 97 machos, com mé- de São Paulo. Um terço dos prova o grande interesse de
animais foi para fora do Rio outros estados pela genética
dia de R$ 3,2 mil.
Fernando Osório, sócio Grande do Sul. Isso com- Angus”, constatou Osório.
proprietário da Cabanha
Paipasso, comemorou o valor obtido com o remate e a
procura de fazendas de outras regiões pela genética
Angus. “Conseguimos liquidar o plantel nos dois dias de
leilão”, observou, destacando as boas médias obtidas
pelos animais Angus. “30%
dos compradores foram de
fazendas do Paraná e 5%
34
Maio/Junho de 2013
Campos Neutrais vende
tudo em apenas 90 minutos
Agilidade, bom público comprador, liquidez, alegria e alta
qualidade em Red Angus em
pista foram os principais diferenciais que marcaram o 1º Leilão Campos Neutrais, que em
apenas 90 minutos comercializou a totalidade da oferta. Promovido pela Cabanha Albardão,
de propriedade do selecionador
Carlos Inácio Talavera Campos,
em Santa Vitória do Palmar, RS,
o pregão foi realizado dia 27 de
abril, na pista do parque rural
de Pelotas, região Sul do Estado gaúcho, durante a Expoutono de Pelotas.
Chancelado pela Angus Brasil e transmitido via C2 Rural, o
remate negociou para diversos
Angus@newS
LEILÕES CHANCELADOS
Leilão Calafate
Produção fez pista
limpa em Pelotas
Carlos Campos, que ficou satisfeito com a boa presença de
produtores no seu evento. Para
as próximas vendas da cabanha,
ele pretende se dedicar ainda
mais para trazer compradores
de outros estados, seguindo a
atual expansão que a raça vem
conquistado Brasil afora. De
acordo com Carlos Campos, os
lotes ofertados no remate são
fruto de um trabalho de mais
Ana Carolina Ferreira Kessler
de 20 anos de investimentos em
Qualidade em pista, liquidez
sêmen e reprodutores de ponta,
orientados sempre pelo Sumário e muito boa participação de produtores de diversas regiões do
compradores do Rio Grande do de Touros do Promebo.
Estado gaúcho marcaram a reSul e também para o Paraná
alização, no dia 25 de abril, na
Destaques
todas as 150 fêmeas Red Angus
O lote mais valorizado foi rural de Pelotas, RS, do Leilão
PC, alcançando faturamento de
R$ 312 mil. Lotes de vacas com o de número 21, composto por Calafate Produção Angus e Red
cria ao pé e de novilhas foram seis vacas com cria ao pé, ven- Angus. Em pouco mais de hora e
arrematados para a cidade de dido para a Fazenda Bela Vista, meia toda a oferta apresentada
Londrina, PR, para o criador de Rio Grande, RS, pelo valor pela Fazenda Calafate já havia
Rubens Kowalski. E o maior médio de R$ 4.080,00 por ani- sido comercializada, em pista
comprador do leilão foi o cria- mal. Outros destaques ficaram ágil que registrou lances dispudor Cláudio Cury, da cidade de com as vacas com cria ao pé, tados em vários dos lotes, comSanta Vitória do Palmar, RS, que puxaram média de R$ 3,82 provando o elevado interesse pela
que adquiriu os principais lotes mil; novilhas à média de R$ 2,3 oferta.
Propriedade do médico vetemil, terneiras a R$ 1,45 mil, node vacas.
“Nossos clientes levaram vilhas vendidas á média de R$ rinário Genuino Farias Ferreira,
para suas propriedades uma ge- 2,32 mil e as vacas de primeira com 57 anos de seleção Angus
nética vencedora, com garantia cria (com dois anos de idade), no município Rio Grande, RS,
ímpar de sucesso na descen- ao preço médio de R$ 3,36 mil. a Fazenda Calafate apresentou
dência, e isto não tem preço”, O remate foi conduzido pela Ca- em pista liberalmente à venda
orgulhava-se o selecionador sarão Remates, de Pelotas, RS. 233 terneiros Angus certifica-
dos pela Angus Brasil,
através do Programa
Carne Angus Certificada, com peso médio
de 183 kg. Mais 243
vacas, sendo 216 com
prenhez confirmada
por ultrassonografia
e 27 com serviço sem
prenhez detectável, ao
peso médio geral de
477 kg.
Os terneiros Angus certificados alcançaram o valor liquido
R$ 824,00, com média de R$
4,50 pelo kg vivo. As vacas penhas o valor médio líquido R$
1,6 mil. “Sem dúvida, a qualidade, padrão racial e uniformidade dos animais foram essenciais
para o êxito alcançado”, afirma
Rodrigo Crespo, que juntamente com o irmão, leiloeiro André
Crespo, conduziram o leilão a
cargo da Casarão Remates.
“Estamos muito felizes com
o sucesso do Leilão Calafate, no
entusiasmo de estarmos no caminho certo, com o reconhecimento
ao produto que ofertamos”, observou a médica e administradora da Fazenda Calafate, Ana
Carolina Ferreira Kessler.
Angus Produção atendeu às expectativas
O 5º Leilão Virtual Angus
Produção, realizado dia 22 de
abril via Canal Rural e com a
chancela da Angus Brasil, limpou
a pista alcançando faturamento
total de R$ 434 mil. Fixou média
de R$ 9,1 mil para os machos e
de R$ 5,3 mil para as fêmeas.
E comprovou a continuidade da
crescente demanda por Angus no
Brasil.
Promovido pela Casa Branca Agropastoril, propriedade de
Paulo de Castro Marques, de
Fama, MG, este ano contou com
a parceria da 3E Agropecuária,
de Renato Ramirez, de José Bonifácio, SP; da VPJ Pecuária,
de Valdomiro Poliselli Júnior, de
Mococa, SP, e da Estância Pon-
che Verde, de Cristopher Filippon, de Cascavel, PR. No comando do martelo atuou a leiloeira
Remate.
O lote de maior cotação,
vendido como destaque do evento, foi o de número 23, da Casa
Branca Agropastoril. Neste lote
foram vendidas três fêmeas pelo
valor de R$ 18 mil para o Ran-
Fazenda e Haras Ipê
Em remate chancelado pela
Angus Brasil e realizado dia
23 de maio, na Rural de Alegrete, RS, a Fazenda e Haras
Ipê, do Alegrete, propriedade
do criador Heitor Etchepare
Neto, alcançou média geral de
R$ 1,7 mil, faturando um total
de 272,55 mil som,ente com a
raça Angus, entre pretos e red –
o remate também ofertou gado
geral.
Nos Aberdeen (pretos), as
vacas com cria se venderam à
média de R$ 3,25 mil e as novilhas prenhas se valorizaram
à média de R$ 1,4 mil. Já na
pelagem vermelha, as vacas Angus fixaram média de R$ 1,84
mil e as novilhas prenhas foram
arrematadas à média de R$
1,57 mil.
Entre os negócios de destaque, a Cabanha Catanduva, de
Fabiana Defferrari Gomes, de
Glorinha, RS, arrematou uma
receptora prenha por R$ 5,5
mil. A prenhez é do touro “SAV
Bismark 5682” com a fêmea
“Catanduva TE 422 Universal”. O titular da Ipê, Heitor
Etchepare Neto, ficou satisfeito
com os resultados do leilão.
cho Vargas, de Caxias do Sul, RS,
de propriedade do criador Marco
Antonio Vargas.
“Ficamos satisfeitos com
os resultados obtidos no remate
deste ano. Todos os promotores do evento comercializaram
exemplares com possibilidade
de desenvolver um ótimo trabalho nas propriedades de seus
compradores. E temos a certeza de que os investidores nesses
animais ficarão satisfeitos com
os resultados positivos que vão
obter a partir da genética adquirida”, avaliou Paulo de Castro
Marques, da Casa Branca Agropastoril, o pregão ocorreu de
acordo com as expectativas dos
promotores, ressaltou.
Remate Santa Clara
Com a comercialização de
600 fêmeas e 20 touros Angus
e também de outras raças, o
34º Remate de Elite Cabanha
Santa Clara, de Edmundo Barbará Ferreira, realizado dia 26
de abril, no parque de exposições General Serafim Dornelles Vargas, em São Borja, RS,
alcançou faturamento total de
R$ 682 mil.
A média ficou em R$ 5 mil
por touro ofertado e em R$ 1,5
mil por fêmea. “Após este j34º
pregão, a cada ano nosso foco
na pressão de seleção dos animais aumenta”, informou Edmundo Ferreira, comemorando
mais uma edição com pista
limpa. Ele também observou
que boa parte dos pecuaristas
presentes e compradores representavam cabanhas com grande
tradição.
Angus@newS
PARCEIROS
Maio/Junho de 2013
35
Para onde vão os carrapatos no inverno?
Por Octaviano
Pereira Neto
“A
s pessoas têm memória curta” e isso acontece quando queremos
esquecer o que nos incomoda,
fato que ocorre com a infestação
de carrapatos, quando sofremos
com problemas no verão/ outono
e acreditamos que o problema
“sumiu” após o inverno.
As condições climáticas do
inverno, tais como temperaturas
mais baixas e menor umidade
do ar, reduzem a infestação do
carrapato, mas não significa que
o problema desaparece. Se nada
for feito, explodirá novamente na
próxima primavera
O ciclo do vida do carrapato
divide-se em duas fases distintas.
A de vida parasitária, no bovino,
onde a larva muda para as formas de ninfa e depois adulta, há
o acasalamento e os prejuízos
à produção animal. Este período dura em média 22 dias, sem
grandes variações, pois o parasito tem alimento e temperatura
constantes para seu desenvolvimento no hospedeiro.
A outra é a fase de vida livre,
iniciada com a queda da teleógina (fêmea repleta de sangue)
no solo, a produção dos ovos e
a liberação das larvas que irão
infestar novamente os bovinos.
Já sua duração, diferente da anterior, tem influência de fatores
ambientais, podendo durar semanas ou meses, conforme o clima e o ano. São artimanhas que
os carrapatos desenvolveram
ao longo de sua existência para
sobreviver ao ambiente desfavorável e manter sua espécie viável
através do tempo.
Segundo Pereira (1982)
dentre as estratégias de sobrevivência dos parasitos estão: a dilatação no período pré-postura;
o retardo na postura efetiva, na
incubação e na eclosão dos ovos;
uma menor atividade das larvas
(economia energética); dentre
outras ações que visam garantir
a sobrevivência do parasito até
que as condições ambientais sejam mais favoráveis.
Qual o significado prático
destas informações? Somando
as diferentes etapas durante a
fase de vida livre podemos ver
que o carrapato poderá sobreviver por mais de 150 dias no
ambiente, atravessando o inverno sem grandes dificuldades,
mesmo em condições climáticas
hostis. Teleóginas que caem no
outono irão produzir as larvas
que facilmente comporão a infestação da próxima primavera.
Mesmo durante o inverno, se
as larvas subirem no hospedeiro
se iniciará a fase parasitária, independente do clima, e de cada
larva que chega à adulta surgirão 3.000 larvas novas para
infestar seu rebanho. Um crescimento exponencial e assustador.
Estes conhecimentos são importantes para o estabelecimento de Programas de Controle do
Carrapato que visam reduzir a in-
festação no animal e no ambiente, impactando as novas gerações
de larvas infestantes. Acatak® se
encaixa bem nessa estratégia.
A morte de inúmeras larvas
no inverno, se bem que reduz a
infestação parasitária na primavera, leva o produtor à falsa sensação que o problema reduziu
e ele acaba adotando medidas
de controle mais brandas e, em
geral, de eficácia questionável.
Estas medidas favorecem a volta
do problema aos patamares anteriores.
Aja no controle do carrapato
no outono/ inverno, reduzindo a
disponibilidade de ovos e larvas
para a primavera, quando as
condições são ótimas ao desenvolvimento parasitário. Use o clima como aliado neste processo!
Não esqueça disso!
Méd. Vet., Mestre em Zootecnia
Gerente Técnico – Bovinos
® - Marca registrada de Novartis
AG, Basiléia, Suíça.
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36
Maio/Junho de 2013
OPINIÃO
Angus@newS
Carnes com contraste
Fotos: Divulgação
Por Paulo Real
Alves da Silva
A
ssistindo ao programa
Fantástico da Globo, no
dia 10 de março, que
apresentou reportagem sobre
abatedouros e frigoríficos, me
deparei com verdadeiros absurdos denunciados: alguns
abatedouros não apresentavam
a menor condição, no aspecto
higiênico sanitário; carcaças
eram manipuladas na presença
de cães e gatos, e vísceras eram
jogadas para alimentar suínos.
Os bovinos eram abatidos de
forma cruel, sem qualquer preocupação quanto à observação
às práticas do Bem Estar Animal e boas práticas de fabricação, sem falar em questões
ambientais, de sustentabilidade
e sonegação fiscal.
E o assunto, com críticas
severas, também foi alvo de
publicações em outros veículos de Comunicação no Brasil,
que por certo se pautaram pelo
programa da Globo.
Médico veterinário, com
atuação de mais de 20 anos em
indústrias exportadoras, fiquei
bastante preocupado e ao mesmo tempo indignado com tais
abordagens. Como podemos
ainda ter no nosso País estabelecimentos operando nessas
condições?
Felizmente as autoridades
agiram de forma rápida, apurando os fatos, autuando e lacrando esses abatedouros. Num
País como o Brasil, detentor
do maior rebanho bovino comercial do mundo, com quase
200 milhões de cabeças, sendo
o maior exportador de carne
in natura, dotado de indústrias com capacitação pessoal
e tecnológica de ponta, fatos
dessa natureza são inadmissíveis. Dispomos hoje de matéria
prima de qualidade, processo
e fiscalizações que asseguram
a remessa de produto superior
a qualquer mercado do mundo.
Baseados nos programas de
Garantia da qualidade, planos
de controle, partindo das BPF
apregoadas no bem-estar animal. Além de tratarmos os animais com dignidade, também
sendo uma exigência de mercado, essas técnicas são premissas para produção de carne
com qualidade, diminuindo os
níveis de adrenalina e cortisol
(hormônio do stress).
O primeiro atributo que
define a qualidade da carne
Paulo Silva: experiência em pecuária e frigoríficos
na hora da compra é a cor,
caracterizada como vermelho
(boas práticas de fabricação) que ao Aberdeen Angus – e já brilhante vivo – cereja, que
rastreabilidade, BEA (bem- temos produtos com qualidade fica comprometida sem o uso
estar animal) APPCC (análise equivalentes aos de Uruguai e das técnicas de bem-estar. A
de perigos e pontos críticos de Argentina.
fidelização do retorno a comIsto é fruto de produtores pra, cujo principal atributo é a
controle), análise de resíduos,
sustentabilidade, e indústrias que se profissionalizam, enga- maciez, vem reforçando a imlegalizadas dotadas de servi- jados e comprometidos com portância quanto a manejos na
ço de inspeção que garantem novas tecnologias e atentos às fazenda, embarque, transporte,
o processo. Para cumprimen- necessidades do mercado. Além até o abate. Só assim a indústo dos programas é necessário de melhorar genética, que vem tria terá condições na contivigilância e monitoramento sendo fomentada por grandes nuidade do processo, produzir
constante estando sempre em grupos industriais, investem carne com a qualidade exigida
alerta durante todo processo em pastagens, irrigação, diferi- no mercado.
nas unidades industriais, o que mento de campos, e alguma suTécnicas de bem-estar, estorna a rotina diária dos cola- plementação. Com isso, ainda pecialmente no transporte e
boradores da Garantia da qua- que com alguns problemas de fase pré-abate, evitam contulidade uma verdadeira cruzada. acabamento, produzimos um sões e hematomas que produCom
exigênzem mutilações
cias constantes os
na carcaça e,
auditores fiscais,
portanto, perdas
(tanto internos – Devemos ter orgulho e bater
importantes para
MAPA, quanto extoda a cadeia. No
ternos das missões no peito, porque aqui se
campo sanitário,
in t ern a cio n a i s ) produz uma das melhores
é importante saacabaram por nos
lientar o controle
preparar e capaci- carnes do mundo
de cisticercose,
tar, tornando nosfasciolose, tubersas unidades processadoras boi jovem, de excelente padrão culose, além da prenhez nas
com segurança alimentar das racial, quase na sua totalidade fêmeas, que causam enormes
melhores do mundo, se não a a campo, com qualidade dife- perdas. Para que tenhamos
melhor. As missões da União renciada e custos compatíveis. matéria-prima de qualidade,
Também evoluímos da tra- não só sob ponto de vista saEuropéia reconheceram nossa
capacidade de produção com dição do ‘’a laço, espora, man- nitário, mas também com carqualidade, volume e preços go e cachorro’’, substituídas caças na qualidade requerida
competitivos, porém eles es- gradualmente pelas técnicas pela indústria, precisamos de
queceram-se de fazer ‘’o tema
de casa’’. Vejam-se as recentes
fraudes das misturas de carnes
bovina com eqüina.
Conhecedor de algumas
unidades processadoras de
carne mundo afora, constato a
qualidade dos estabelecimentos fiscalizados no Brasil. Houve melhoria significativa da
matéria-prima, em especial no
Rio Grande do Sul, onde predominam animais das chamadas
raças britânicas - com desta-
animais jovens, com carcaças
com peso por volta de 220
kg, conformação, acabamento,
marmoreio e alta AOL (área
de olho de lombo).
Os consumidores brasileiros e pelo mundo estão cada
vez mais atentos, percebem
o valor e se dispõem a pagar
pela diferenciação e qualidade
do produto. A demanda interna per capita, que em 2011
foi de 39,67 kg, aumentando
para 42,33 kg em 2012, segue
crescente (Fonte: Scot Consultoria).
Quem poderá encarar o desafio? Quem poderá produzir
para atender essa demanda?
Com certeza o Brasil, e
o Rio Grande em particular,
especializando-se nos nichos
de mercado de diferenciação,
agregando qualidade, produzindo cortes especiais, a partir das
carcaças originadas de rebanhos de raças britânicas, com
maciez, marmoreio, suculência
e sabor. Nosso rebanho está
cada vez mais apurado, com
carcaças bem terminadas, manejadas e processadas de forma
correta; as indústrias são idôneas, possuem totais condições
higiênicas e sanitárias de receber os animais, processar as
carcaças e embalar cortes da
mais alta qualidade. Por isso,
devemos ter orgulho e bater no
peito, para dizer com segurança e firmeza:
‘’Consumidores, se tranqüilizem! Aqui se produz uma das
melhores carnes do mundo’’.
Médico Veterinário
Produtor rural e profissional da
indústria frigorífica
Angus@newS
PERFIL
Maio/Junho de 2013
37
Angus no DNA
Por Marina Corrêa
Q
uando Ricardo Macedo
Gregory olha hoje seus
exemplares Angus reluzentes em cima das pastagens da
Estância da Barragem, em Quaraí, RS, sabe que o resultado da
qualidade obtida ali está ligado
ao pioneirismo de seus antepassados. O exemplo da inovação
sempre acompanhou o trabalho
do veterinário, que divide hoje
seu tempo entre a fazenda, a
presidência do Conselho Técnico
da Associação Brasileira de Angus e sua atividade docente junto
à Ufrgs, onde atua desde 1978.
A habilidade na criação do gado
foi passada de geração em geração e Gregory fez sua parte: hoje
quem administra a estância a
seu lado é a filha Joana Gregory
Luz. Mas até a filha assumir a
administração da estância, há
um histórico interessante a ser
exposto.
A relação da família com a
criação de Angus começa com
o bisavô de Gregory, Cel. Antônio Oliveira de Macedo, um dos
primeiros criadores de Angus
no Brasil. Juntamente com o Dr.
Riet, da Estância Camoati, em
Uruguaiana, RS, trouxe para sua
propriedade, São José do Capivari, em Alegrete, RS, no ano de
1917, três exemplares Angus da
Escócia, registrados no então
Serviço de Registro Genealógico
Rio-Grandense, sob os HBB 30,
31 e 32. Eram um touro e duas
vaquilhonas. Gregory conta que o
bisavô era um homem inquieto e
empreendedor. Para se ter idéia,
a estância em questão abrigou o
primeiro banheiro carrapaticida
da região. Outro detalhe interessante é que a sede ficava em um
ponto geograficamente central
do campo com a mangueira toda
de pedra, como uma pizza, com
portões para todas as invernadas, com a finalidade de facilitar a recolhida e a largada dos
animais manejados diretamente
para seus potreiros.
“Com este espírito, ele resolveu participar com animais da
raça Angus da exposição comemorativa aos cem anos da Independência, em 1922. Partiram
então, dois animais, Alegrete
1 e Alegrete 2, rumo ao Rio de
Janeiro, em uma viagem inicial-
Ricardo Macedo
Gregory e a filha Joana
conduzem o trabalho da
Estância da Barragem
mente de trem até o Porto de em 1981, a utilizar a técnica
Rio Grande e, depois, de navio de Transferência de Embriões
até o Rio de Janeiro, em uma (TE).
jornada que durou aproximadaCom todo esse histórico,
mente doze dias”, relata.
quando chegou a vez de Gregory
O ineditismo não parou por assumir seu próprio negócio, já
aí na família. O avô de Gregory, havia todo um histórico familiar
Dr. Amarílio Vieira de Macedo, de envolvimento com a raça Anmanteve um plantel de vacas gus. Os anos de experiência fiAngus apenas com a intenção zeram com que Gregory, acima
de servir para produção de tou- de ser criador, fosse um exímio
ros a serem usados nas vacas selecionador. Qualificação não
gerais para produção de bons lhe faltava. Formou-se veterinánovilhos. Mais tarde, na déca- rio em 1974 e em 1977 obteve
da de 1960, um
de seus filhos,
tio de Gregory,
Claudio Herculano Macedo, A Estância da Barragem
então administrador das es- investe em tecnologia sem
tâncias do seu esquecer a história da sua
avô, reiniciou
a seleção do formação
plantel Angus,
inicialmente
com animais PC e depois com o título de Doutor em Medicina
PO. Deste trabalho, entre as Veterinária, em Hannover, na
décadas de 1970 e 1980, sua Alemanha. Chegou a ser profescabanha, a Santa Helena, con- sor assistente junto à Univerquistou dois Grandes Campe- sidade de Hannover de 1977 a
onatos de fêmeas Angus na 1978, quando voltou ao Brasil
Expointer: o primeiro com uma e iniciou a dar aulas na Ufrgs.
vaca preta, “Blondetta HD de A atividade como selecionador
Santa Helena”. Já o segundo, iniciou em 1995. Junto com o
fato inédito: pela primeira vez irmão, Rafael Macedo Gregory,
uma vaca Red Angus, “Colo- formaram uma parceria com
rada HD de Santa Helena”, a Cabanha Paineiras, de Uruconquistava o cobiçado prêmio. guaiana, RS, e montaram um
No programa de seleção da programa de coleta de embriCabanha Santa Helena foi in- ões. Mais adiante, consolidou
cluído, já desde os primórdios outra parceria, desta vez com
do trabalho, o Promebo, como a Cabanha Azul, de Quaraí, RS,
ferramenta de avaliação e se- com um volume já maior de valeção. A Santa Helena também cas em regime de coleta de emfoi uma das pioneiras no Brasil, briões.
O trabalho próprio
na Barragem
A Estância da Barragem,
hoje administrada por Gregory e
a filha Joana, que é veterinária,
Mestre e Doutoranda em Reprodução Animal junto ao Programa de Pós-Graduação em Medicina Animal da Ufrgs, participou
pela primeira vez em 2001 de
sua primeira mostra de rústicos,
na Expointer. Conquistaram o
grande campeonato com machos e o melhor touro rústico.
Até então, a cabanha participou
de todas as edições conquistando quatro grandes campeonatos
e dois reservados de grandes
campeonatos com machos e dois
grandes campeonatos e dois
reservados de
grandes campeonatos com fêmeas. Também
levaram animais
para as Exposições de Uruguaiana, Alegrete e Santana
do Livramento,
resultando, em 2011 e 2012, na
obtenção do vice-campeonato
do ranking de expositores de
rústicos da região Oeste do Rio
Grande do Sul e, em 2012, culminando com o campeonato deste mesmo ranking. “Iniciamos no
último ano nossa participação
com animais de argola e este
ano pretendemos participar com
nove animais”, diz o criador.
As idas à cabanha, hoje, são
na frequência da intensidade
das atividades que Gregory faz
questão de acompanhar, como a
escolha dos acasalamentos, seleção e registro dos terneiros, escolha de trios e de animais para
as exposições, manejo alimentar,
etc. Quando está na estância, a
rotina inicia ainda de madrugada, regada por chimarrão que
divide com o capataz João Leguizamo, pessoa com a qual, troca idéias sobre as lides a serem
executadas.
Uma das últimas aquisições
em prol da produção da Estância
da Barragem foi um pivô central
para auxiliar no cultivo das pastagens. Gregory conta que este
sempre foi um sonho, a exemplo
do que é feito em outros países
de pecuária evoluída, a produção
de uma reserva para períodos de
escassez forrageira. “Estamos
com o pivô parado, ainda há muita burocracia para colocá-lo em
funcionamento. Com isto ainda
não pude ver o meu sonho girando e fazendo crescer rapidamente
as pastagens. Espero que a até a
próxima primavera isto finalmente ocorra”, avalia Gregory.
Gregory na Angus Brasil
Tanta experiência lhe rendeu
atuação na Associação Brasileira de Angus. Participou em três
mandatos da Dra. Susana Macedo Salvador como conselheiro e,
de 2007 a 2009, foi presidente
do Conselho Técnico da associação. Conforme Gregory, durante este período, implementou
o Programa do Terneiro Angus
Certificado, que tem se mostrado
um sucesso, inclusive bem afinado com o belo programa Carne
Angus Certificada, que já começa a mostrar resultados diretos
para o produtor de reprodutores
Angus e nos números expressivos
de comercialização de sêmen.
“Estou novamente à frente
do Conselho Técnico da Angus,
a convite do presidente Paulo de
Castro Marques, com um ótimo
time de colegas conselheiros,
com objetivo de dar sequência ao
trabalho da Dra. Susana, além
de fomentar algumas ações, especialmente na área de seleção,
como valorização das avaliações
por Ultrassonografia, dar continuidade à unificação dos programas conjuntos de seleção com o
Uruguai e Argentina, fomentar
as provas de avaliação a campo e a cocho de animais jovens
e também reativar o programa
de provas de progênie. Para atingir estes objetivos, contamos em
muito com a participação proativa de nosso corpo de técnicos”,
descreve.
38
Maio/Junho de 2013
Angus@newS
PARCEIROS
Obrigado Schaff Angus Valley!
Por Marcelo
Maronna Dias
No agronegócio, mais especificamente no gado de corte, existe uma grande maioria de pessoas que gostam e até exercitam de
alguma forma, o prazer de sentirse zootecnistas. Digo isto, porque
como veterinário, atuando há 25
anos na área de bovinos de corte,
e há quase 20 no setor de inseminação artificial junto à CRI,
acredito que contribuímos com
os criadores indicando animais
que por suas performances, progênies, provas, fenótipo, famílias
e tantas outras características
podem influenciar positivamente
nos programas de seleção de bovinos de todo o Brasil.
Conheci vários rebanhos, especialmente gaúchos, onde muito aprendi na convivência e troca
de experiências com criadores,
técnicos, colegas e funcionários
que considero os meus professores nesta trajetória profissional.
Mas foi, há nove anos, em um
Integrantes do Beef Tour 2012 em visita a Schaff Angus Valley recebidos pela
família Kelsie, Kelly, Martie Jo and Kourtney Schaff
“Beef Tour” organizado pela
CRI (Cooperative Resources International), que tive o prazer de
conhecer uma propriedade que
colocou diante de meus olhos
um conceito diferente de Angus:
a “Schaff Angus Valley”.
Inicialmente fiquei impressionado pelas vacas que Kelly
Schaff nos mostrou como mães
de seus produtos. Posteriormente pelo conceito de Angus que
nos passou, com um profundo
conhecimento em relação aos
seus animais e pelo envolvimento
de sua família e seus colaboradores no negócio. Finalmente
consegui ver onde é possível o
Angus chegar através dos touros
produzidos na SAV.
Durante nove anos consecutivos visitando a SAV, pude constatar que o nível dos animais
parece crescer ano a ano, evidenciando um programa genético consolidado que coloca vários
touros no mercado, contribuindo
decisivamente para o desenvolvimento da raça. Essa opinião
sempre foi consenso entre os
participantes brasileiros, uruguaios e argentinos dos “Beef
Tours” .
Na América do Sul, mais especialmente no Brasil, Argentina
e Uruguai é indiscutível a influência dos touros SAV. Como gaúchos, pela proximidade de nossos
países coirmãos, em 2012 vimos
em Palermo, Durazno, Bolívar e
Prado resultados de touros SAV
campeões de pista, como Traveler 004, Net Worth, Density,
Bismarck entre outros, mostrando que além de performance, os
touros SAV imprimem fenótipos
impecáveis nos rebanhos puros.
Evidentemente que como supervisor da CRI no Sul do Brasil
me refiro aos rebanhos puros
porque estes são o foco regional.
No entanto, como CRI Brasil
que vendeu quase 500 mil doses
de Angus provado importado no
ano de 2012 no Brasil, temos
motivos para festejar a qualidade dos terneiros que nascerão
nos cruzamentos com vacas Nelore pelo país afora, influenciando decisivamente nos programas
dos clientes que produzem carne
de qualidade.
Por ser da CRI, cito touros
da SAV que a empresa comercializa, que fizeram, fazem e
ainda farão muito pelo Angus.
Apenas de 2013, destaco três
importantes feiras brasileiras:
Londrina, Uruguaiana e Fenasul,
onde Traveler 004, Bismarck e
Density alternaram-se entre os
campeões de argola e rústicos
da raça Angus.
Enfim, o que podemos dizer
de um banco genético que nos
apresentou: um touro fora de série como Traveler 004 ou Final
Answer (um dos recordistas em
vendas de doses na raça e sendo detentor do maior número de
produtos registrados nos Estados Unidos em 2012) e pai de
Priority, Right Answer e Pioneer
que já nos brindou com o excepcional Potential. Ainda: Heritage, Providence ou mesmo Density e Net Worth que vendeu mais
de 80.000 doses no Brasil sendo
campeão em pistas e recordista
de vendas para o cruzamento industrial sendo pai de Free Spirit
tão usado nos rebanhos brasileiros e argentinos. O que falar de
Bismarck, que além de excepcional, é pai de SAV Brand Name
disputado por todos os rebanhos
puros da America do Sul. Neste momento, nos resta aguardar
quais alegrias nos trarão SAV
Cinch, SAV Angus Valley e SAV
Resource que darão continuidade a este trabalho e foram incorporados na bateria 2013 de
touros CRI.
Aproveito a oportunidade
para dizer de forma sincera a
família Schaff: obrigado, mas
muito obrigado por abrirem suas
portas, nos receberem, mostrarem seu trabalho e nos oferecerem a oportunidade de trabalhar
com sua genética em forma de
sêmen e embriões no Brasil. Tenho certeza de que vários colegas técnicos e criadores concordam que hoje SAV é o que de
melhor existe no Aberdeen Angus no mundo.
Médico veterinário, supervisor da
CRI Genética Brasil no RS/SC
As novas tecnologias de melhoramento
Por Leonardo
Campos
E
xpectativas das Associações
de Criadores de Bovinos de
Corte, diante das novas tecnologias genéticas aplicadas ao
Melhoramento Animal, em especial a Seleção Genômica
A biotecnologia oferece algumas ferramentas promissoras
para a seleção, podendo revolucionar o melhoramento animal.
Entre estas ferramentas, a Seleção Genômica (SG) é a tecnologia mais promissora, desde o
surgimento da utilização da Inseminação Artificial. Em adição,
vai facilitar o melhoramento de
caracteres que são difíceis ou de
custo elevado para melhorar por
meios convencionais. Em 2020 o
uso da informação de sequenciamento genômico será rotina.
Antes de aplicar a tecnologia de
DNA é necessário (Gould, 2003),
algo sempre importante em qualquer programa de melhoramento
genético: (1) Determinar nossas
metas e objetivos de seleção; (2)
Definir a quantidade de informação
necessária para se tomar decisões
adequadas (risco a ser assumido); e
(3) Calcular o valor da informação,
quanto ao Retorno do Investimento.
A técnica de SG apresenta um alto
custo ainda, apesar de rapidamente
decrescente.
No modelo de SG preconizado
por pesquisadores que trabalham
com as diversas Associações de
Gado de Corte, como Dorian Garrick, por exemplo, toda amostra
de DNA e recurso financeiro deve
contribuir para o desenvolvimento
do sistema de predição. O ciclo recomendado seria:
O criador coleta a amostra de
DNA e envia para a Associação;
A Associação organiza e armazena as amostras e as envia
para a Genotipagem;
Os resultados da Genotipagem
são incorporados no processo formador e melhorador da equação
de predição;
Realização da avaliação genética combinando a informação
molecular e convencional;
A ferramenta genômica (DEP
genômica ou DEPG) é repassada
ao criador para seleção.
Os recursos financeiros são investidos em “retreinamento” para
melhorar a equação de predição,
em uma contínua atualização dos
efeitos dos marcadores existentes.
Dorian Garrick, em 2011, no
trabalho - “The nature, scope and
impact of genomic prediction in
beef cattle in the US”, em conclusão, afirma que:
- Combinar as informações,
como a incorporação de Valores
Genéticos Moleculares nas Avaliações Genéticas Centralizadas,
está ainda no início. Mas, esta
última ação, provocará mudanças nas pequenas Associações de
Raça que falharem em mobilizar
recursos e conhecimentos, na geração de mudanças em seus sistemas de Avaliação Genética.
- Esperava-se que a predição
genômica tornasse mais fácil a
seleção nas pequenas Associações
de Raça, com poucos animais registrados. Entretanto, a necessidade atual de treinamento dentro de
cada raça, somente servirá para
aumentar a distância tecnológica
entre as raças e vai acelerar as
mudanças naquelas que tem um
mercado maior.
Segundo Van Tassel, outro
pesquisador de destaque nesta
área, referindo-se aos impactos
futuros da nova tecnologia, o aumento do uso da SG pode diminuir o valor do pedigree, obtendose informações mais precisas dos
genes de cada animal e, também,
qual o conjunto de genes que é
responsável por cada característica econômica. Portanto, a tecnologia vai implicar em uma menor
importância de se saber quem
são os pais do reprodutor ou da
doadora e a performance de seus
irmãos e ancestrais. Em longo
prazo a situação deve afetar:
(1) As Associações de Raça
que têm o controle dos registros
genealógicos; e
(2) Os Programas de Avalia-
ção Genética e Teste de Progênie
tradicional, que também devem
ter sua importância reduzida conforme a SG se desenvolva e seja
aplicada em volume maior.
Dorian Garrick (2012) no paper - “A case-study of the American Hereford Association & Iowa
State University collaboration in
genomics”, informa que a genômica aumentará a acurácia da
Avaliação Genética, sendo que:
1. É uma tecnologia atualmente em maturação e que funciona melhor em algumas características e raças do que em
outras; e
2. Funciona melhor com mais
dados históricos, a serem usados
no Grupo de Treinamento, ou seja,
o conjunto de animais usados para
estimar a equação de predição.
As Associações de Raça trabalhando com as instituições de
pesquisa devem mobilizar os recursos financeiros necessários
para desenvolvimento da tecnologia em conjunto.
Coordenador Técnico PROMEBO®
[email protected]
Angus@newS
OPINIÃO
Maio/Junho de 2013
39
Custos de produção mais altos na pecuária
exigem maior eficiência e gestão
Por Renato
Fagundes
Bittencourt
P
ara esta análise, consideramos o Índice Scot de Custo
de Produção da Pecuária
de Corte.
Tomamos como base 100
agosto de 1994, para identi-
ficar o comportamento dos
custos de produção da pecuária de corte de alta tecnologia (AT) e pecuária de corte
de baixa tecnologia (BT), até
maio de 2013.
As evoluções da inflação e
da cotação da arroba do boi
gordo em Barretos-SP também foram levadas em conta.
Veja a figura 1.
Os custos de produção subiram mais que a inflação em
praticamente todo o período
analisado. O oposto vale para
a cotação da arroba do boi
gordo.
Os custos da pecuária de
corte (BT) e pecuária de cor-
te (AT) subiram 114,9% e
111,2%,
respectivamente,
desde maio de 2003, enquanto a arroba do boi gordo subiu
90,9%.
Na figura 2, pode-se observar a variação dos custos com
os alimentos concentrados
energéticos e do preço da arroba do boi gordo, desde agosto de 1994.
Os custos com alimentação
energética subiram 2.221,3%
no período, enquanto a arroba
do boi gordo subiu 324,7%.
Considerações finais
O ganho em escala é um
caminho para aumentar o lucro do empreendimento e diluir os custos fixos, já que o
cenário é de custo por unidade
produzida cada vez maior, se
mantida a produtividade.
Para 2013, o cenário com
relação aos custos com os
alimentos concentrados deve
ser mais tranquilo para o pecuarista, com a previsão de
safra recorde de milho e soja
no Brasil, e a previsão de safra
boa nos Estados Unidos.
Estes fatores colaboraram,
por exemplo, para a queda nos
preços do milho e da soja, que
em São Paulo, ficaram 24,3%
e 19,2% mais baratos, res-
pectivamente, desde o início
do ano.
Mas ainda é cedo para dizer que este será o cenário até
final do ano, há a questão do
atraso no plantio do milho nos
Estados Unidos, porém, ainda
não se sabe qual o real impacto deste atraso na safra norteamericana.
Para o mercado do boi gordo, a expectativa é de que seja
mais um ano de oferta capaz
de pressionar os preços.
zootecnista
Scot Consultoria
www.scotconsultoria.com.br
Evolução dos custos de produção da pecuária de corte de alta (AT) e
baixa (BT) tecnologias, inflação e preços da arroba do boi gordo em São
Paulo, de agosto de 1994 a maio de 2013.
Evolução dos preços de concentrados energéticos e dos preços do boi
gordo, desde agosto de 1994. Agosto/94=100.
Figura1
Figura2
Fonte: Scot Consultoria – www.scotconsultoria.com.br
Fonte: Scot Consultoria – www.scotconsultoria.com.br

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