“Fortalecei os vossos corações” (Tg 5,8)

Transcrição

“Fortalecei os vossos corações” (Tg 5,8)
Informativo da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora
Arquidiocese de Sorocaba
Sorocaba/SP - Ano XV - No. 94 - Março 2015
“Fortalecei os vossos
corações” (Tg 5,8)
Tire suas dúvidas
Página 3
No Colo da Mãe
Página 6
Os Sucessores de Dom Bosco
Página 7
A Mensagem do
Papa Francisco
para a Quaresma
VISITE NOSSO SITE:
www.auxiliadorasorocaba.com.br
Mensagem
do Pároco
Caríssimos Paróquianos: A Paz do Senhor Jesus esteja
com cada um de vocês.
É com alegria que pela primeira vez me dirijo a vocês
neste nosso informativo. Como estamos vivendo, com
toda a Igreja, este tempo forte e importante do nosso
tempo Litúrgico, isto é, a Quaresma, queria poder
lembrar a cada um que este tempo é um tempo mais que
favorável para a nossa conversão e a nossa mudança.
Este é um período para que a Graça de Deus possa
penetrar nas nossas vidas e nos ajudar a sermos um
pouco melhores.
Para que realmente este seja o tempo da graça e da
conversão lembro a cada um de vocês as ações que a
Igreja nos convida a viver e, atraves delas, nos fortalecer:
a oração, a penitência e a caridade.
A oração nos levará a uma experiência pessoal com
Deus, nos levará para o coração de Deus; a penitência
nos ajudará na nossa conversão, para uma liberdade
interior; e a caridade nos ajudará a viver a doação aos
irmãos no serviço fraterno, num gesto de solidariedade
e de partilha.
Assim conseguiremos, também , viver o que nos pede a
Campanha da Frasternidade: servir. Lembre-se sempre
das palavras do próprio Jesus: “Eu vim para servir”.
No serviço amoroso e gratuito vivamos a nossa fé.
Com afeto e no serviço
Padre Marcos Sabino-sdb
Informativo Paróquia em Ação
Publicação Mensal da Paróquia
Nossa Senhora Auxiliadora
Sorocaba/SP
www.auxiliadorasorocaba.com.br
Pároco - Padre Marcos Roberto Sabino-sdb | Jornalista Responsável
- Andrea Freire Diagramação - Cerquetto Comunicação | Fotos Equipe de Comunicação Impressão - Gráfica Paratodos | Tiragem
1.000 exemplares | Realização - Equipe de Comunicação |
Comercial - Contato 9785.4992 | Contato Secretária - 3222.2380
End.: Rua Avelino Argento nº 386 Jd Paulistano - Sorocaba/SP - Cep
18040-670
“Este informativo é uma publicação de periodicidade mensal, distribuída
gratuitamente na paróquia, e bairros adjacências da matriz. É proibida a
reprodução de qualquer conteúdo sem prévia autorização”.
Dízimo: um ato de fé!
Dízimo é um ato de fé, de compromisso, de gratidão
e de reconhecimento a Deus pelo que Ele é e pelo que
fez e faz por nós.
Ao oferecer o Dízimo
o cristão expressa a sua
convicção de pertença a
Deus, tanto de si mesmo
como de tudo o que
possui. Antes, portanto,
de ser partilha o Dízimo
é ação de graças.
“Que o meu dízimo seja agradável a Ti Senhor”
Dizimistas Aniversariantes de Março
03 Vera Ferreira Barberi
04 Diva Xavier - Antônio Harabara Furtado
Nanci Machado Cardoso
05 Paulina Dalva
06 Mário Augusto Marengo - Leandro Carriel
José Carlos Komniski - Neide Bolina T. de Barros
07 João Alfredo Kriguer - Márcia Regina H. de O. Silva
Inês Amélia Dall’ara - Clelia Bonini Ribeiro
José Pedro da Silva
10 Maria Clara Parise Castilho - Marcos Fábio de C. Pinheiro
11 Elmina M. M. Biasissi - Rafael de Aquino Rodrigues
Gian Carlos Fernandes
12 Isabella Gavazza - Carlos Augusto Gonçalves
13 Carmem Lopes
14 Eduardo Thimóteo de Oliveira
15 Américo Garcia Mayoral - Ana Carolina C. Francisco
Michele Rosa G. Carriel
16 Maria Paula Zaccariotto Van Ray
17 José Luiz Unterkircher
18 José Rui de Miranda - Fernanda Dinarowshi Mendes
Maria Aparecida Rodrigues Lacava
Jeani Machado de Almeida
20 Cornélio José Pilon - Benedito Castilho
Brasília G. Sanches
Reynaldo Sidney Oliveira
21 Joneval Borges Lêdo
22 Eloisa dos Santos Colombo - Cleonice Ribeira de Moura
Eraldo Iroche Barbosa
23 Pedro Antonio Escanhoela
25 José Emilio Augusto
27 Maria Irene O. Ferreira Leão
28 Iraci P. de Almeida Garcia
Fernando Henrique O. Ferreira
Maria Alessandra F. Sorans
29 Raquel de Paula Tessilla
31 Luiz Carlos Michelin
Parabéns à todos! Que Deus os Abençoe!
Faça você também a experiência do Dízimo!
Horário de Missas
Segunda a Sexta Feira - 7h00 e 19h30 Sábados - 7h00 e 16h30 Domingos - 7h00, 8h30, 10h00, 18h00 e 19h30
Feriados (segunda a sexta feira) - 8h00
Tire suas
dúvidas
?
Estamos vivendo o Tempo da Quaresma que é um tempo
que nos convida a praticar o espírito de penitência, não
na sua acepção negativa de tristeza e frustração, mas de
elevação do espírito, de libertação do mal, do afastamento
do pecado e de tudo que pode dificultar nosso caminho para
a plenitude da vida.
Em função disso é um momento propício para que possamos
tirar algumas dúvidas sobre o Sacramento da Penitência,
que é um dos sacramentos de cura.
O Sacramento da Penitência tem também outros nomes?
Sim. Chama-se também Sacramento da Reconciliação, porque
através dele Jesus nos reconcilia com o Pai e com a igreja;
Sacramento da Confissão, porque nele acusamos – confessamos –
nossos pecados; Sacramento do Perdão, porque é por ele que o Pai
nos perdoa; Sacramento da Conversão, porque por ele voltamos ao
Pai.
O que é Conversão? O seguidor de Jesus deve procurar ouvir e
praticar Sua Palavra, obedecer Seus Mandamentos, seguir Seus
exemplos. Como porém, nunca é perfeito na prática do evangelho,
ele deve todos os dias arrepender-se, pedir perdão, tomar decisões
de mudança de vida, rezar para obter a força divina de ser fiel e
coerente: tudo isso é conversão.
Que atos fazem da Penitência um Sacramento?
Os atos essenciais do Sacramento da Penitência são: o
arrependimento; a acusação dos pecados; a decisão de conversão
para uma vida mais de acordo com o Evangelho; a absolvição dos
Sacramento
da Penitência
pecados.
O que esse Sacramento exige para ser bem recebido? Exige: 1)
exame de consciência; 2) arrependimento; 3) acusação dos pecados
(confissão); 4) absolvição; 5) satisfação.
O que é exame de consciência? Consiste em comparar a própria
vida com a Palavra de Deus, em particular com os Mandamentos
da Lei de Deus e o Evangelho de Jesus, e observar em que pontos
falhamos: essas falhas são os nossos pecados.
O que é arrependimento? Pelo arrependimento, reconhecemos
que desobedecemos a Deus, O ofendemos, fomos ingratos para com
Ele, não demos atenção à Palavra de Jesus, ao Espírito Santo, à
Igreja e aos nossos irmãos. “Sentimos dor” por termos agido assim
e pedimos a Deus que nos perdoe.
Por que deve ser assim? Porque esta é a vontade de Jesus. Depois
da ressurreição Ele disse aos apóstolos: “A quem perdoardes os
pecados, serão perdoados: a quem os retiverdes, ficarão retidos”
(João 20,23).
Portanto como preparação para a Páscoa é necessário
que façamos o nosso exame de consciência, que nos
arrependamos dos nossos erros, que confessemos os nossos
pecados para alcançarmos a absolvição e a satisfação de
estarmos novamente na graça de Deus.
Fonte: Os Sacramentos: O que são? Para que servem?
Como recebê-los? Dom Hilário Mozer-sdb, Bispo Emérito de Tubarão/SC
19 de Março Dia de São José
Dia 19 de março a Igreja comemora o dia de São José,
patrono da família. Vamos juntos pedir a sua intercessão
para que nossas famílias sejam protegidas de todo o mal.
A vós, São José, recorremos em nossa tribulação e, cheios de
confiança, solicitamos o vosso patrocínio. Pelo laço sagrado de
caridade que vos uniu à Virgem Imaculada, Mãe de Deus, e
pelo amor paternal que tivestes ao Menino Jesus, ardentemente
vos suplicamos que lanceis um olhar benigno sobre nós, que
somos a herança que Jesus Cristo conquistou com seu sangue, e nos socorreis nas nossas
necessidades, com o vosso auxílio e poder.Protegei, ó guarda providente da divina família,
o povo eleito de Jesus Cristo. Afastai para longe de nós, ó pai amantíssimo, a peste do erro e
do vício. Assisti-nos, do alto do céu, ó nosso fortíssimo sustentáculo, na luta contra o poder
das trevas, e assim como outrora salvastes a vida ameaçada do Menino Jesus, defendei
agora a santa Igreja de Deus das ciladas de seus inimigos e de toda a adversidade. Amparai
a cada um de nós com o vosso auxílio, possamos viver virtuosamente, piedosamente
morrer e obter no céu a eterna bem-aventurança. Amém.
São José, Rogai por nós!
Amados irmãos e irmãs!
Tempo de renovação para a Igreja, para as comunidades e para
cada um dos fiéis, a Quaresma é sobretudo um « tempo favorável
» de graça (cf. 2 Cor6,2). Deus nada nos pede, que antes não no-lo
tenha dado: « Nós amamos, porque Ele nos amou primeiro » (1
Jo4,19).
Ele não nos olha com indiferença; pelo contrário, tem a peito cada
um de nós, conhece-nos pelo nome, cuida de nós e vai à nossa
procura, quando O deixamos. Interessa-Se por cada um de nós;
o seu amor impede-Lhe de ficar indiferente perante aquilo que
nos acontece. Coisa diversa se passa connosco! Quando estamos
bem e comodamente instalados, esquecemo-nos certamente dos
outros (isto, Deus Pai nunca o faz!), não nos interessam os seus
problemas, nem as tribulações e injustiças que sofrem; e, assim, o
nosso coração cai na indiferença: encontrando-me relativamente
bem e confortável, esqueço-me dos que não estão bem!
Hoje, esta atitude egoísta de indiferença atingiu uma dimensão
mundial tal que podemos falar de uma globalização da
indiferença. Trata-se de um mal-estar que temos obrigação, como
cristãos, de enfrentar.
Quando o povo de Deus se converte ao seu amor, encontra
resposta para as questões que a história continuamente nos
coloca. E um dos desafios mais urgentes, sobre o qual me quero
deter nesta Mensagem, é o da globalização da indiferença. Dado
que a indiferença para com o próximo e para com Deus é uma
tentação real também para nós, cristãos, temos necessidade de
ouvir, em cada Quaresma, o brado dos profetas que levantam a
voz para nos despertar.
A Deus não Lhe é indiferente o mundo, mas ama-o até ao ponto
de entregar o seu Filho pela salvação de todo o homem. Na
encarnação, na vida terrena, na morte e ressurreição do Filho de
Deus, abre-se definitivamente a porta entre Deus e o homem,
entre o Céu e a terra. E a Igreja é como a mão que mantém aberta
esta porta, por meio da proclamação da Palavra, da celebração
dos Sacramentos, do testemunho da fé que se torna eficaz pelo
amor (cf. Gl 5,6).
O mundo, porém, tende a fechar-se em si mesmo e a fechar a
referida porta através da qual Deus entra no mundo e o mundo
n’Ele. Sendo assim, a mão, que é a Igreja, não deve jamais
surpreender-se, se se vir rejeitada, esmagada e ferida. Por isso,
o povo de Deus tem necessidade de renovação, para não cair
na indiferença nem se fechar em si mesmo. Tendo em vista
esta renovação, gostaria de vos propor três textos para a vossa
meditação.
1. « Se um membro sofre, com ele sofrem todos os membros » (1
Cor12,26)– A Igreja.
Com o seu ensinamento e sobretudo com o seu testemunho, a
Igreja oferece-nos o amor de Deus, que rompe esta reclusão
mortal em nós mesmos que é a indiferença. Mas, só se pode
testemunhar algo que antes experimentamos.
O cristão é aquele que permite a Deus revesti-lo da sua bondade
e misericórdia, revesti-lo de Cristo para se tornar, como Ele, servo
de Deus e dos homens. Bem no-lo recorda a liturgia de Quintafeira Santa com o rito do lava-pés. Pedro não queria que Jesus lhe
lavasse os pés, mas depois compreendeu que Jesus não pretendia
apenas exemplificar como devemos lavar os pés uns aos outros;
este serviço, só o pode fazer quem, primeiro, se deixou lavar os
pés por Cristo. Só essa pessoa « tem parte com Ele » (cf. Jo 13,8),
podendo assim servir o homem.
A Quaresma é um tempo propício para nos deixarmos servir por
Cristo e, deste modo, tornarmo-nos como Ele. Verifica-se isto
quando ouvimos a Palavra de Deus e recebemos os sacramentos,
nomeadamente a Eucaristia. Nesta, tornamo-nos naquilo que
recebemos: o corpo de Cristo. Neste corpo, não encontra lugar a
tal indiferença que, com tanta frequência, parece apoderar-se dos
nossos corações; porque, quem é de Cristo, pertence a um único
corpo e, n’Ele, um não olha com indiferença o outro. « Assim,
se um membro sofre, com ele sofrem todos os membros; se um
membro é honrado, todos os membros participam da sua alegria
» (1 Cor12,26).
A Igreja é communio sanctorum, não só porque, nela, tomam
parte os Santos mas também porque é comunhão de coisas
santas: o amor de Deus, que nos foi revelado em Cristo, e todos
os seus dons; e, entre estes, há que incluir também a resposta de
quantos se deixam alcançar por tal amor. Nesta comunhão dos
Santos e nesta participação nas coisas santas, aquilo que cada um
possui, não o reserva só para si, mas tudo é para todos. E, dado
que estamos interligados em Deus, podemos fazer algo mesmo
pelos que estão longe, por aqueles que não poderíamos jamais,
com as nossas simples forças, alcançar: rezamos com eles e por
eles a Deus, para que todos nos abramos à sua obra de salvação.
2. « Onde está o teu irmão? » (Gn 4,9)– As paróquias e as
comunidades
Tudo o que se disse a propósito da Igreja universal é necessário
agora traduzi-lo na vida das paróquias e comunidades. Nestas
realidades eclesiais, consegue-se porventura experimentar
que fazemos parte de um único corpo? Um corpo que,
simultaneamente, recebe e partilha aquilo que Deus nos quer dar?
Um corpo que conhece e cuida dos seus membros mais frágeis,
pobres e pequeninos? Ou refugiamo-nos num amor universal
pronto a comprometer-se lá longe no mundo, mas que esquece o
Lázaro sentado à sua porta fechada (cf. Lc16,19-31)?
Para receber e fazer frutificar plenamente aquilo que Deus nos
dá, deve-se ultrapassar as fronteiras da Igreja visível em duas
direções. Em primeiro lugar, unindo-nos à Igreja do Céu na
oração. Quando a Igreja terrena reza, instaura–se reciprocamente
uma comunhão de serviços e bens que chega até à presença de
Deus.
Juntamente com os Santos, que encontraram a sua plenitude
em Deus, fazemos parte daquela comunhão onde a indiferença
é vencida pelo amor. A Igreja do Céu não é triunfante, porque
deixou para trás as tribulações do mundo e usufrui sozinha do
gozo eterno; antes pelo contrário, pois aos Santos é concedido
já contemplar e rejubilar com o facto de terem vencido
definitivamente a indiferença, a dureza de coração e o ódio,
graças à morte e ressurreição de Jesus. E, enquanto esta vitória do
amor não impregnar todo o mundo,
os Santos caminham connosco, que
ainda somos peregrinos.
Convicta de que a alegria no Céu pela
vitória do amor crucificado não é
plena enquanto houver, na terra, um
só homem que sofre e geme, escrevia
Santa Teresa de Lisieux, doutora da
Igreja: « Muito espero não ficar inactiva
no Céu; omeu desejo é continuar a
trabalhar pela Igreja e pelas almas »
(Carta254, de 14 de Julho de 1897).
Também nós participamos dos
méritos e da alegria dos Santos e eles
tomam parte na nossa luta e no nosso
desejo de paz e reconciliação. Para nós, a sua alegria pela vitória
de Cristo ressuscitado é origem de força para superar tantas
formas de indiferença e dureza de coração.
Em segundo lugar, cada comunidade cristã é chamada a atravessar
o limiar que a põe em relação com a sociedade circundante, com
os pobres e com os incrédulos. A Igreja é, por sua natureza,
missionária, não fechada em si mesma, mas enviada a todos os
homens. Esta missão é o paciente testemunho d’Aquele que quer
conduzir ao Pai toda a realidade e todo o homem. A missão é
aquilo que o amor não pode calar.
A Igreja segue Jesus Cristo pela estrada que a conduz a cada
homem, até aos confins da terra (cf.Act1,8). Assim podemos ver,
no nosso próximo, o irmão e a irmã pelos quais Cristo morreu
e ressuscitou. Tudo aquilo que recebemos, recebemo-lo também
para eles. E, vice-versa, tudo o que estes irmãos possuem é um
dom para a Igreja e para a humanidade inteira.
Amados irmãos e irmãs, como desejo que os lugares onde a Igreja
se manifesta, particularmente as nossas paróquias e as nossas
comunidades, se tornem ilhas de misericórdia no meio do mar
da indiferença!
3. « Fortalecei os vossos corações » (Tg 5,8)– Cada um dos fiéis
Também como indivíduos temos a tentação da indiferença.
Estamos saturados de notícias e imagens impressionantes que
nos relatam o sofrimento humano, sentindo ao mesmo tempo
toda a nossa incapacidade de intervir. Que fazer para não nos
deixarmos absorver por esta espiral de terror e impotência? Em
primeiro lugar, podemos rezar na comunhão da Igreja terrena
e celeste. Não subestimemos a força da oração de muitos! A
iniciativa 24 horas para o Senhor, que espero se celebre em toda
a Igreja – mesmo a nível diocesano – nos dias 13 e 14 de Março,
pretende dar expressão a esta necessidade da oração.
Em segundo lugar, podemos levar ajuda, com gestos de caridade,
tanto a quem vive próximo de nós como a quem está longe, graças
aos inúmeros organismos caritativos da Igreja. A Quaresma é um
tempo propício para mostrar este interesse pelo outro, através de
um sinal – mesmo pequeno, mas concreto – da nossa participação
na humanidade que temos em comum. E, em terceiro lugar, o
sofrimento do próximo constitui um apelo à conversão, porque a
necessidade do irmão recorda-me a fragilidade da minha vida, a
minha dependência de Deus e dos irmãos.
Se humildemente pedirmos a graça de Deus e aceitarmos
os limites das nossas possibilidades, então confiaremos nas
possibilidades infinitas que tem de reserva o amor de Deus.
E poderemos resistir à tentação
diabólica que nos leva a crer que
podemos salvar-nos e salvar o mundo
sozinhos. Para superar a indiferença e
as nossas pretensões de omnipotência,
gostaria de pedir a todos para viverem
este tempo de Quaresma como um
percurso de formação do coração, a
que nos convidava Bento XVI (Carta
enc. Deus caritas est, 31).
Ter um coração misericordioso não
significa ter um coração débil. Quem
quer ser misericordioso precisa de
um coração forte, firme, fechado
ao tentador mas aberto a Deus;
um coração que se deixe impregnar pelo Espírito e levar pelos
caminhos do amor que conduzem aos irmãos e irmãs; no fundo,
um coração pobre, isto é, que conhece as suas limitações e se gasta
pelo outro. Por isso, amados irmãos e irmãs, nesta Quaresma
desejo rezar convosco a Cristo: « Fac cor nostrum secundum cor
tuum – Fazei o nosso coração semelhante ao vosso » (Súplica das
Ladainhas ao Sagrado Coração de Jesus).
Teremos assim um coração forte e misericordioso, vigilante
e generoso, que não se deixa fechar em si mesmo nem cai na
vertigem da globalização da indiferença.
Com estes votos, asseguro a minha oração por cada crente e
comunidade eclesial para que percorram, frutuosamente, o
itinerário quaresmal, enquanto, por minha vez, vos peço que
rezeis por mim. Que o Senhor vos abençoe e Nossa Senhora vos
guarde!
FRANCISCUS PP
No Colo da Mãe
Maria, Auxiliadora dos Cristãos
História da Invocação
Esta invocação mariana encontra suas raízes
no ano 1571, quando Selim I, imperador
turco, lança seu olhar de cobiça sobre toda
a Europa, após conquistar várias ilhas do
Mediterrâneo. O Papa Pio V, diante da inércia
das nações cristãs, resolveu organizar uma
poderosa esquadra para salvar os cristãos da
escravidão muçulmana. Para tanto, invocou
o auxílio da Virgem Maria para este combate
católico. A vitória aconteceu no dia 7 de
outubro de 1571.
Afastada a perseguição maometana, o Santo
Padre demonstrou sua gratidão à Virgem
acrescentando nas ladainhas loretanas a
invocação: Auxiliadora dos Cristãos. No
entanto, a festa de Nossa Senhora Auxiliadora
só foi instituída em 1816, pelo Papa Pio
VII, a fim de perpetuar mais um fato que
atesta a intercessão da Santa Mãe de Deus:
Napoleão I, empenhado em dominar os estados pontifícios, foi
excomungado pelo Sumo Pontífice. Em resposta, o imperador
francês seqüestrou o Vigário de Cristo, levando-o para a França.
Movido por ardente fé na vitória, o Papa recorreu à intercessão
de Maria Santíssima, prometendo coroar solenemente a
imagem de Nossa Senhora de Savona logo que fosse liberto.
O Santo Padre ficou cativo por cinco anos, sofrendo toda
espécie de humilhações. Uma vez fracassado, Napoleão cedeu
à opinião pública e libertou o Papa, que voltou a Savona
para cumprir sua promessa. No dia 24 de maio de 1814, Pio
VII entrou solenemente em Roma, recuperando seu poder
pastoral. Os bens eclesiásticos foram restituídos. Napoleão viu-
se obrigado a assinar a abdicação no mesmo
palácio onde aprisionara o velho pontífice.
Para marcar seu agradecimento à Santa
Mãe de Deus, o Papa Pio VII criou a festa de
Nossa Senhora Auxiliadora, fixando-a no dia
de sua entrada triunfal em Roma.
Dom Bosco e Nossa Senhora Auxiliadora
O grande apóstolo da juventude, Dom Bosco,
adotou esta invocação para sua Congregação
Salesiana porque ele viveu numa época
de luta entre o poder civil e o eclesiástico.
A fundação de sua família religiosa, que
difunde pelo mundo o amor a Nossa Senhora
Auxiliadora, deu-se sob o ministério do
Conde Cavour, no auge dos ódios políticos e
religiosos que culminaram na queda de Roma
e destruição do poder temporal da Igreja.
Nossa Senhora foi colocada à frente da obra
educacional de Dom Bosco para defendêla em todas as dificuldades. No ano de 1862, as aparições de
Maria Auxiliadora na cidade de Spoleto marcam um despertar
mariano na piedade popular italiana. Nesse mesmo ano, São
João Bosco iniciou a construção, em Turim, de um santuário,
que foi dedicado a Nossa Senhora, Auxílio dos Cristãos.
A partir dessa data, Dom Bosco, que desde pequeno aprendeu
com sua mãe Margarida, a confiar inteiramente em Nossa
Senhora, ao falar da Mãe de Deus, lhe unirá sempre o título
Auxiliadora dos Cristãos. Para perpetuar o seu amor e a sua
gratidão para com Nossa Senhora e para que ficasse conhecido
por todos e para sempre que foi “Ela (Maria) quem tudo
fez”, quis Dom Bosco que as Filhas de Maria Auxiliadora,
congregação por ele fundada juntamente com Santa Maria
Domingas Mazzarello, fossem um monumento vivo dessa sua
gratidão.
Dom Bosco ensinou aos membros da família Salesiana
a amarem Nossa Senhora, invocando-a com o título de
AUXILIADORA. Pode-se afirmar que a invocação de Maria
como esse título teve um impulso enorme com Dom Bosco.
Ficou tão conhecido o seu amor pela Virgem Auxiliadora a
ponto de Ela ser conhecida também como a “Virgem de Dom
Bosco”.Escreveu Dom Bosco: “A festa de Maria Auxiliadora
deve ser o prelúdio da festa eterna que deveremos celebrar
todos juntos um dia no Paraíso”.
Nossa Senhora Auxiliadora, Rogai por nós!
Nos Caminhos de Dom Bosco
Os Sucessores de Dom Bosco
Neste mês vamos conhecer mais dois sucessores de Dom Bosco. O terceiro sucessor, o Bem
aventurado Filipe Rinaldi regeu a Congregação Salesiana entre os anos de 1922 a 1931, sendo
sucedido pelo Padre Pedro Ricaldone, o quarto sucessor, que foi o Reitor Mor dos salesianos
entre os anos de 1932 a 1951. É importante destacar que ambos foram fiéis ao carisma de Dom
Bosco e lutaram para que toda a Família Salesiana também a vivesse, mas não com palavras e
sim com seus exemplos.
Bem Aventurado Filipe Rinaldi
(1922-1931)
Filipe Rinaldi nasceu em 28 de maio de
1856, no Piemonte. Aos 5 anos de idade,
conheceu Dom Bosco, mas somente aos
15 foi para o colégio salesiano de
Mirabello.Aos 20 anos, Rinaldi entrou
para a casa de Sampierdarena, um
seminário para vocações adultas.
Fez a profissão religiosa em 1880 e
tornou-se padre em 1882.Foi nomeado
diretor de várias obras salesianas antes
de ser inspetor em Portugal e na Espanha
e, depois prefeito geral da Congregação. Em 1921, foi eleito terceiro
sucessor de Dom Bosco. Com muito zelo, promoveu a prática dos
valores salesianos, acentuando que a verdadeira fisionomia da obra
salesiana não está nos sucessos exteriores quanto na vida interior.
Incentivador de movimentos leigos, fundou, em 1910, o Instituto
Secular das Voluntárias de Dom Bosco; deu grande organização dos
salesianos cooperadores; fundou a Federação Mundial de Ex-alunos
e Ex-alunas de Dom Bosco. Trabalhador incansável, incrementou,
entre operários de diversas categorias, as formas associativas e as
organizações de poupança, que se desenvolveram com o crescimento
do sindicalismo cristão e das associações de previdência. Padre
Rinaldi cuidava, com entusiasmo, da formação do pessoal, usando os
meios a seu alcance: reuniões, visitas, escritos, tornando-se apreciado
e amado por todos. Suas virtudes e a fama permanente de santidade
após sua morte, ocorrida em 05 de dezembro de 1931, levaram a
promover sua causa de beatificação e canonização. A 29 de abril de
1990, foi declarado bem-aventurado pelo Papa João Paulo II.
Padre Pedro Ricaldone (1932-1951)
Pedro Ricaldone nasceu em 27 de julho
de 1870,em Mirabello Monferrato, Itália.
Estudou em Alassio e, mais tarde, em
Borgo San Marino,onde conheceu Dom
Bosco e optou por ser salesiano. Em
1890, fez a profissão religiosa; ordenouse padre em 1893 e, com apenas 23
anos, foi diretor do Oratório de Sevilha.
A partir de 1908, padre Miguel Rua
nomeou-o visitante em várias casas nas
Américas, Europa e Oriente Médio. Foi
eleito prefeito-geral e, posteriormente,
Superior-geral, em 1932, dirigindo a Congregação até 1951.
Organizou, em 1934, as celebrações da canonização do fundador.
Entre os momentos mais difíceis de seu governo, contam-se a
Guerra Civil na Espanha e a Segunda Guerra Mundial, ocasião em
que ele determinou que, nas inspetorias salesianas, houvesse casas
para órfãos e refugiados, e que se recebessem gratuitamente alunos
carentes.
Não obstante as dificuldades, deu grande impulso à formação
espiritual e profissional dos salesianos em todo o mundo. Criou
os institutos de cultura de nível superior, dentre os quais merece
destaque a Universidade Pontifícia Salesiana. Fiel à tradição,
incentivou a especialização e qualificação das escolas profissionais;
intensificou a expansão missionária, a animação catequética e
pastoral; impulsionou as iniciativas editoriais e de comunicação. Por
duas vezes, deu volta completa no mundo, levando a toda a Família
Salesiana, além de orientações, sua solicitude paterna, bem ao estilo
do Fundador. Em poucos anos, duplicou o número de membros da
Congregação.
Fonte: Livro Salesianidade - Antonio Pacheco de Paula
Brincando e Catequisando
QUARESMA
Quer aprender um pouco mais sobre a Quaresma?
Então leia o texto abaixo com atenção e responda a
cruzadinha corretamente.
A palavra Quaresma vem do latim quadragésima e significa o período de quarenta dias que antecedem a maior festa do cristianismo:
a Ressurreição de Jesus Cristo. A Quaresma começa na quarta feira de cinzas e termina no Domingo de Ramos. Durante esse
período, a Igreja usa a cor roxa que simboliza penitência e conversão. Na quarta feira de cinzas, todos nós cristãos devemos ir à
Igreja para receber as cinzas em nossa testa, reconhecendo que somos pecadores e desejamos mudar de vida, lembrando também
que , viemos do pó e para o pó voltaremos. Quaresma é um período de grande reflexão, onde devemos fazer jejum, penitência,
oração e nos arrepender de nossos pecados.
Cruzadinha
1 -A Quaresma dura quantos dias?
2 -Uma das atitudes que devemos ter durante a Quaresma
é o j.......
3 -A Quaresma começa na quarta feira de ......
4 -Onde Jesus passou 40 dias e 40 noites jejuando?
5 -Durante a Quaresma devemos nos arrepender de nossos ........
6 -A Ressurreição de Jesus é comemorada no Domingo de .......
7 -A Quaresma termina no Domingo de .......
8 -Na quarta feira de cinzas recebemos a cinza em nossa testa
para reconhecer que somos ......
1
2
3
4
5
6
7
8
q
u
a
r
e
s
m
a
Caça Palavra
No quadro abaixo, existem algumas palavras
do texto acima. Encontre e circule cada uma.
E
S
D
T
P
M
Q
Ç
Á
I
U
Ã
S
L
A
R
C
Ç
R
V
O
J
E
J
A
G
S
P
U
E
M
E
O
R
A
Ç
P
I
T
Q
H
A
J
E
S
U
S
I
Ã
O
L
J
S
O
P
A
U
A
C
V
R
R
N
T
I
M
I
F
A
L
Í
J
H
C
O
A
I
F
Ã
O

Documentos relacionados

Janeiro - Auxiliadora Sorocaba

Janeiro - Auxiliadora Sorocaba de Missas           Segunda a Sexta Feira - 07h00 e 19h30 Sábados - 07h00 e 16h30     Domingos - 07h00, 08h15, 10h00, 18h00 e 19h30

Leia mais

"24 horas para o Senhor" Tema: "Deus rico em misericórdia" (Ef 2, 4)

"24 horas para o Senhor" Tema: "Deus rico em misericórdia" (Ef 2, 4) Tempo de renovação para a Igreja, para as comunidades e para cada um dos fiéis, a Quaresma é sobretudo um «tempo favorável» de graça (cf. 2 Cor 6, 2). Deus nada nos pede, que antes não no-lo tenha ...

Leia mais

em ação - Paróquia Santa Teresinha

em ação - Paróquia Santa Teresinha Cristo reunido em seu amor na força do Espírito Santo’, membro do ‘povo sacerdotal’ e do ‘povo celebrante’, parte da ‘assembleia reunida em oração, convocada por Deus’. Já estou pronto para ouvir a...

Leia mais