Tai – Otoshi - Clube Judo Total

Transcrição

Tai – Otoshi - Clube Judo Total
“Tai – Otoshi”
Breve reflexão teórica enquadrada nos conteúdos de exame de graduação para 4º dan
Jerónimo Ferreira
(3º dan, L.F.: 65590)
FICHA TÉCNICA
© 2013 Jerónimo Maria Borralho Ferreira
Edição única: Março de 2013
Tiragem: 10 Exemplares
Composição e paginação: Jerónimo Ferreira
Revisão: Euclides Ferreira
Fotografia: Jerónimo Ferreira
Grafismo: Jorge Ferreira
Tai-Otoshi
INDICE
I – Introdução
3
II – Descrição da Técnica
5
Kusushi (desequilíbrio) ..................................................................................................... 5
Tsukuri (colocação do corpo/contacto) ............................................................................ 5
Kake (projeção/conclusão da técnica) ............................................................................. 5
III – Outras Formas de Execução
7
Pega unilateral, manga e gola dtª .................................................................................... 7
Pega unilateral, só na manga dtª ..................................................................................... 7
Pega unilateral, manga e gola esqª, mas execução à dtª ................................................ 7
Pega clássica, projeta para a dtª ...................................................................................... 8
Controlo de ambos os braços .......................................................................................... 8
Pega à dtª, executa em pivot............................................................................................ 8
IV – Deslocamentos e Oportunidades
9
Uke avança a perna dtª .................................................................................................... 9
Uke avança a perna esqª ................................................................................................. 9
Uke recua a perna dtª ....................................................................................................... 9
Tori e Uke deslocam-se lateralmente e em simultâneo para a dtª de Uke ...................... 9
Tori e Uke deslocam-se lateralmente e em simultâneo para a esqª de Uke ................... 9
V – Ligações para o Solo
11
1ª situação: Kata-gatame (Osaikomi-waza, grupo gesa-gatame).................................. 11
2ª situação: Kuzure-kami-shio-gatame (Osaikomi-waza, grupo shio-gatame) .................. 12
3ª situação: Kata-te-jime (Shime-waza) ......................................................................... 12
4ª situação: Ude-hishigi-juji-gatame (Kanzetsu-waza) ................................................... 13
VI – Renraku-Waza
15
A – Combinações no mesmo sentido, para a frente, dtª/esqª
I.
Tai-otoshi combina com … xxx
15
15
1ª situação (te-waza): Tai-otoshi … Tai-otoshi ...................................... 15
2ª situação (koshi-waza): Tai-otoshi ... Koshi-guruma .......................... 15
3ª situação (ashi-waza): Tai-otoshi ... Uchi-mata ................................... 16
4ª situação (sutemi-waza): Tai-otoshi ... Yoko-tomoe-nage .................. 16
5ª situação (extra gokio “te-waza”): Tai-otoshi … Yama-arashi ............. 16
II. xxx … combina com Tai-otoshi
17
1ª situação (te-waza): Eri-seoi-nage ... Tai-otoshi ................................. 17
2ª situação (koshi-waza): Harai-goshi ... Tai-otoshi ............................... 17
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Tai-Otoshi
3ª situação (ashi-waza): Ashi-guruma ... Tai-otoshi .............................. 17
B – Combinações em sentido contrário, para traz, dtª/esqª
I.
Tai-otoshi combina com … xxx
17
17
1ª situação (te-waza): Tai-otoshi ... Sukui-nage ..................................... 17
2ª situação (ashi-waza): Tai-otoshi … O-uchi-gari................................. 18
3ª situação (sutemi-waza): Tai-otoshi … Tani-otoshi (esqª) .................. 18
II. xxx … combina com Tai-otoshi
19
1ª situação (te-waza): Sumi-otoshi … Tai-otoshi ................................... 19
2ª situação (ashi-waza): Ko-uchi-gari … Tai-otoshi............................... 19
VII – Kaeshi-Waza
21
A – Contra ataques
I.
21
Ataque em Tai-otoshi contra ataque com ... xxx
21
1ª situação (extra gokio ”te-waza”): Tai-otoshi ... Kuchiki-taoshi .......... 21
2ª situação (koshi-waza): Tai-otoshi ... Uchiro-goshi ............................ 21
3ª situação (ashi-waza): Tai-otoshi ... Hiza-guruma (esqª) .................... 22
4ª situação (sutemi-waza): Tai-otoshi ... Yoko-guruma ......................... 22
II. Ataque em xxx ... contra ataque com Tai-otoshi
22
1ª situação (te-waza): Uki-otoshi … Tai-otoshi ...................................... 22
2ª situação (extra gokio “koshi-waza”): Sode-tsurikomi-goshi … Tai-otoshi ..... 23
3ª situação (ashi-waza): De-ashi-barai … Tai-otoshi ............................. 23
VIII – Conclusão
25
Agradecimentos
27
Bibliografia
29
Anexo 1
31
Anexo 2
33
Anexo 3
35
-o-o-o-
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Tai-Otoshi
I – INTRODUÇÃO
Tai-otoshi, numa simples e direta tradução da língua japonesa para a língua portuguesa, significa tai = corpo, otoshi = queda abrupta, ficando “queda do corpo”.
O Tai-otoshi é uma técnica de projeção (nage-waza) em que Tori mantém sempre
o seu equilíbrio durante a execução dos movimentos; logo está inserida no grupo
(tachi-waza) que, pela sua natureza e forma de execução, mais especificamente está
classificada no grupo de técnicas de braços (te-waza), conforme a seguinte tabela.
Tachi-waza
Nage-waza
Tai-otoshi,
Koshi-waza
Seoi-nage, Kata-guruma,
Sukui-nage, Uki-otoshi, Sumi-otoshi, Obiotoshi, Seoi-otoshi, Yama-arashi, Morotegari, Kuchiki-taoshi, Kibisu-gaeshi, Uchimata-sukashi, Ko-uchi-gaeshi ,(…)
(…)
Ashi-waza
(…)
Ma-sutemi-waza
(…)
Yoko-sutemi-waza
(…)
Osaikomi-waza
(…)
Kansetzu-waza
(…)
Shime-waza
(…)
Te-waza
Sutemi-waza
Judo
Katame-waza
Atemi-waza
Judo não desportivo (…)
Enquadrada no Gokio (cinco grupos de técnicas), do Kodokan, o Tai-otoshi apresenta-se como sendo a sexta técnica do 2º grupo (dai-nikyo).
Em competição, (shiai), tanto a nível internacional como a nível nacional, esta técnica é utilizada bastantes vezes e em diferentes situações, de tal forma que é considerada como sendo um dos quatro movimentos mais utilizados, tendo mesmo alcançado
várias medalhas em finais internacionais. Destaco uma final dos Jogos Olímpicos de
“Los Angeles (1984)” em que Peter Seisenbacher ganhou a medalha de ouro frente a
Robert Berland mercê de uma excelente projeção “metida” no tempo certo. Mais
recentemente, nos Jogos Olímpicos de “Londres 2012”, nas eliminatórias dos -90 kg,
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Kirill Denisov (Russo), que se classificou em 5º, obtém um excelente Ippon, como a
foto abaixo demonstra. Também nos Paralímpicos “Londres 2012”, tivemos oportunidade de ver o Chinês Xu Zhao, que terminou em 3º nos -66 kg, executar com sucesso
um Tai-otoshi que lhe deu a 1ª vitória nas eliminatórias. Podemos pois concluir que a
taxa de sucesso (Ippon) em termos gerais é da ordem dos 10% a 15%.
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II – DESCRIÇÃO DA TÉCNICA
Partindo do pressuposto de que os dois judocas fazem a pega à direita
(migi-kumi-kata) e que existe um importante trabalho de braços:
- a mão esqª de Tori (judoca que executa a técnica) agarra na manga dtª junto do
cotovelo do judogi de Uke (judoca que “recebe” a técnica); e
- a mão dtª de Tori agarra a banda esqª do judogi de Uke perto do seu peitoral.
Kusushi (desequilíbrio)
Tori deve provocar o desequilíbrio de Uke, puxando-o para a frente/direita com ambas as mãos. Para tanto, o Tori deve recuar a sua
perna esqª conseguindo assim manter-se numa posição de equilíbrio,
e deixando simultaneamente Uke desequilibrado.
Tsukuri (colocação do corpo/contacto)
Tori coloca então o seu pé dtº junto do pé dtº de Uke (por fora) e
roda virando-lhe as costas mas ficando perfeitamente desenquadrado
e sobre o lado esqº de Uke. As pernas de Tori ficam afastadas de forma que a perna dtª fique semi-fletida, (com o joelho a apontar para o
chão), apoiando a planta ou os dedos do pé, ficando o calcanhar
levemente afastado do tapete, de forma a bloquear a perna dtª de Uke (mantendo um
contacto mínimo somente entre os tornozelos de ambos), e a perna esqª um pouco
mais afastada também semi-fletida mas com o joelho para cima, onde coloca cerca de
80% do seu peso. Tronco perfeitamente direito (vertical ao solo). Por sua vez, aquando do movimento de rotação, o braço esqº de Tori continua com a pega na manga dtª
de Uke, mantendo-o em permanente tração e desequilíbrio. A mão dtª de Tori continua
com a pega forte na banda esqª de Uke, o braço dtº fletido, com o cotovelo a encaixar
debaixo da axila esqª de Uke.
Kake (projeção/conclusão da técnica)
Tori, mantendo SEMPRE Uke bem desequilibrado, inicia então
o movimento dos braços, movimento rápido e enérgico de cima
para baixo, em simultâneo a perna dtª que estava semi-fletida alonga, impedindo Uke de se equilibrar, fazendo-o passar por cima da
perna provocando a queda de costas, e à sua frente, mantendo
sempre Uke controlado pela manga do braço dtº agora com ambas as mãos.
Nota muito importante: A cabeça acompanha sempre o movimento de rotação do
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corpo, tendo uma influência preponderante na execução não só desta como na generalidade das técnicas de Judo.
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III – OUTRAS FORMAS DE EXECUÇÃO
A situação descrita no capítulo anterior corresponde à forma clássica para a execução desta técnica podendo, no entanto, o Tai-otoshi ser executado de muitas outras
formas, dependendo exclusivamente da disponibilidade física, destreza e oportunidade
que o executante encontra mediante a movimentação de Uke. A título exemplificativo
passo a descrever algumas dessas formas.
Pega unilateral, manga e gola dtª
Tori, no momento antes de iniciar o kake, muda a pega da sua mão
dtª da gola esqª para a gola dtª de Uke, fixa o cotovelo perto do peitoral,
e termina conforme descrito no capítulo anterior (forma clássica).
Pega unilateral, só na manga dtª
Tal como na descrição anterior, Tori, um momento antes
de iniciar o kake, muda a pega da sua mão dtª da gola esqª
para a manga dtª de Uke, ficando as duas mãos de Tori juntas
perto da bainha da manga, e o cotovelo dtº a fazer pressão
junto do antebraço dtº de Uke, agora com um movimento um
pouco mais amplo e circular (dos braços); aproveitando ao
máximo a potência muscular de ambos os braços finaliza o kake com toda a sua energia. Esta forma de execução, é muito utilizada em competição (shiai).
(nota: na foto ilustrativa, Tori executa à esqª)
Pega unilateral, manga e gola esqª, mas execução à dtª
Também é possível executar Tai-otoshi à perna interior (mais
próxima). Numa discussão de pegas, Tori com a sua mão dtª controla a pega na gola esqª de Uke na zona da axila mas passando
por baixo do braço ao mesmo tempo que faz a pega da sua mão
esqª na zona da bainha da manga esqª de Tori, posiciona-se na
diagonal esqª, provoca o desequilíbrio para a frente esqª, faz o contato entre tornozelos (Tori dtº, Uke esqº) com um movimento rápido e enérgico dos
braços para baixo, juntamente com a perna a bloquear, provoca a queda de Uke que
fica de lado, ou de gatas, mas Tori dá sempre continuidade ao ataque evoluindo no
solo (ne-waza).
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Pega clássica, projeta para a dtª
Tori obriga Uke a deslocar-se para trás; em determinada altura fixa
Uke ao tatami, mas mantendo-o sempre em desequilíbrio, este reage
para a frente; é nessa altura que Tori executa o tsukuri como na forma
clássica, mas sobre o lado dtº de Uke, e o kake concretiza-o orientando-o ostensivamente para o lado dtº de Uke.
Controlo de ambos os braços
Após uma situação de discussão de pegas, Tori controla com
ambas as mãos perto da bainha, as duas mangas de Uke obrigando-o
a dobrar o tronco para a frente; Uke reage levantando o tronco para
cima; nessa altura Tori faz uma rápida rotação para concretizar o tsukuri; não larga nenhuma das pegas sendo que o braço dtº de Tori faz
um gesto mais amplo e continua para o kake que conclui sempre com
o controle de ambas as mangas.
Pega à dtª, executa em pivot
Tori com a pega clássica obriga Uke a deslocar-se para traz esqª,
para que este reaja em sentido contrário (avançando a perna esqª)
quando se sentir desequilibrado. No momento em que Tori pressente
esta situação, fixa o seu pé esqº no tatami em frente mas um pouco
por fora do pé esqº de Uke e faz pivot sobre ele com uma rotação de
grande amplitude no sentido oposto aos ponteiros do relógio em que,
simultaneamente, pé dtº, perna dtª, anca, tronco, braços e cabeça a rodar na potência
máxima provocam o kake, após fixar o pé dtº no chão.
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IV – DESLOCAMENTOS E OPORTUNIDADES
É possível executar Tai-otoshi deslocando-nos em todas as direções e aproveitando os mais variados movimentos de Uke. Vou apenas descrever cinco situações:
Uke avança a perna dtª
Quando Uke avança a perna dtª, Tori desloca-se um pouco para a esqª, e simplesmente trava/bloqueia este movimento com a sua perna dtª e projeta conforme forma clássica.
Uke avança a perna esqª
Quando Uke avança a perna esqª, Tori acentua o movimento puxando um pouco
criando uma excelente oportunidade para entrar e projetar em pivot.
Uke recua a perna dtª
Quando Uke recua a perna dtª cria um espaço que pode ser aproveitado para Tori
avançar e projetar não para a frente mas para o lado dtº.
Tori e Uke deslocam-se lateralmente e em simultâneo para a dtª de Uke
Quando Tori e Uke se deslocam lateralmente e em simultâneo para a dtª de Uke,
Tori aproveita esse impulso adiantando-se um pouco ao Uke, passando a perna dtª
para o lado dtº de Uke e projetando de imediato.
Tori e Uke deslocam-se lateralmente e em simultâneo para a esqª de Uke
Quando Tori e Uke se deslocam lateralmente e em simultâneo para a esqª de Uke,
Tori bruscamente opõe-se a este movimento fazendo Uke reagir para a dtª, Tori,
então, imprime maior desequilíbrio e aproveita essa contra reação colocando o corpo
lateralmente e projetando para dtª.
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V – LIGAÇÕES PARA O SOLO
No Judo desportivo, acontece amiúde que após a execução de uma técnica de
projeção seja necessário continuar a trabalhar no solo em virtude de o resultado da
mesma não se traduzir de imediato, em vitória, conquistando assim a vantagem máxima (IPPON – um ponto), dando por terminado esse combate. Portanto é possível e
desejável continuar o combate no solo (ne-waza) aproveitando o facto de Uke estar
mais vulnerável.
A forma como se encadeia uma técnica de projeção com a execução de técnicas
no solo (ne-waza) depende muito da situação em concreto e da posição dos judocas
no momento em que se faz a ligação para o solo. Descrevo apenas quatro situações
de ligações para o solo em que Tori, após a projeção em Tai-otoshi, a técnica base
deste trabalho, executa: duas técnicas de imobilização (osaikomi-waza), uma do grupo
gesa-gatame e outra do grupo shio-gatame, uma técnica de estrangulamento (shime-waza) e finalmente uma técnica de luxação (kansetzu-waza), passando assim por
todos os grupos de técnicas de controlo (katame-waza) existentes no Judo desportivo.
1ª situação: Kata-gatame (Osaikomi-waza, grupo gesa-gatame)
Após o kake, Uke fica sobre o seu lado dtº então Tori pode ligar com kata-gatame
mantendo o controlo do braço dtº de Uke com o seu braço esqº, a cabeça e o pescoço, ao mesmo tempo que com o braço dtº abraça o pescoço de Uke controlando o
braço dtº e a cabeça, pressionando na face dtª para fechar o círculo, dando as mãos
em supinação. O joelho dtº de Tori bem em contato e o pé com os dedos em quina
viva controlam a zona lateral dtª junto do cinto, em simultâneo com a perna esqª alongada e o pé afastado, no enfiamento dos ombros de Uke, para assim impedir que este
rode de barriga para baixo, mantendo a imobilização controlada.
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2ª situação: Kuzure-kami-shio-gatame (Osaikomi-waza, grupo shio-gatame)
Tori, com pega unilateral sobre o lado esqº de Uke, executa Tai-otoshi à perna
interior esqª (mais próxima), e obriga-o a ficar de gatas, também mercê de uma forte
ação dos braços. Perante esta situação, Tori, sempre com um controlo efetivo do braço esqº de Uke (a agarrar a banda esqª por baixo da axila), coloca-se na diagonal (no
enfiamento do braço esqº) para iniciar então o movimento de rotação, tendo em atenção que a pega da mão dtª de Tori nunca larga a banda esqª de Uke. Com um movimento amplo, Tori passa a cabeça e o braço esqº por baixo (pela dtª), bem junto do
peitoral de Uke, de forma que o braço esqº de Tori controle o braço dtº de Uke pelo
interior da axila e as costas da mão na zona do pescoço/nuca de Uke (fazendo pressão), para em seguida executar a viragem (o ponto mais crítico deste movimento);
para tanto terá de ser um gesto muito rápido de forma que Tori não fique por baixo;
para isso, Tori ajuda com um movimento enérgico das pernas em forma de tesoura, e
assim ficar de barriga para baixo e a controlar Uke com o queixo no peitoral e o braço
esqº com a palma da mão junto do tatami a alongar para a dtª, ou então a agarrar a
sua manga dtª junto do cotovelo e a fechar os braços deixando Uke perfeitamente controlado e numa posição bastante desconfortável.
3ª situação: Kata-te-jime (Shime-waza)
Tori, com a pega unilateral do lado dtº de Uke, mão esqª na manga e mão dtª na
gola junto do pescoço, com o polegar dentro e o restantes dedos fora, executa Tai-otoshi em pivot sem nunca largar a pega; quando Uke cai de lado e tenta rodar, Tori
passa por cima de Uke pela zona abdominal de forma a não ser apanhado pelas pernas de Uke, ajusta a sua posição fortalecendo o contato entre os joelhos e o tronco;
com o antebraço dtº pressiona o pescoço na zona da carótida e com o braço esqº
puxa Uke para si de forma a eliminar qualquer folga; e assim continua até Uke desistir
por ação do estrangulamento sanguíneo.
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4ª situação: Ude-hishigi-juji-gatame (Kanzetsu-waza)
Tori executa Tai-otoshi com a pega clássica, após o kake acompanha com ambas
as mãos o controle da manga dtª do judogi de Uke, que cai sobre o seu lado esqº e
tenta continuar com a rotação do tronco para ficar de barriga para baixo; Tori para contrariar avança um pouco a perna esqª para se equilibrar; agarra o pulso dtº com ambas
as mãos e com um controle efetivo em que os polegares ficam opostos aos outros
dedos da mão, circundando o pulso, puxa o braço dtº para cima de forma que Uke
fique com o lado dtº do tronco levemente levantado, e onde vai alojar o seu pé dtº. O
pé e calcanhar esqº controlam a cabeça junto do queixo, sem dar folga; junta os joelhos,
senta-se o mais perto possível com o rabo bem junto do tronco, com o pé dtº sob a
omoplata de Uke, ficando este com o braço dtº em extensão e a mão junto do peito com
o polegar a apontar para cima; então Tori insiste na híper extensão do braço elevando a
anca, juntando os joelhos e fixando o queixo junto do seu peito, até Uke desistir.
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VI – RENRAKU-WAZA
Renraku-waza significa combinação de técnicas.
Hoje em dia, a expressão Renraku-waza, num sentido amplo, engloba quer as
combinações de técnicas (sentidos opostos), quer os encadeamentos de técnicas (no
mesmo sentido). Pelo que, neste trabalho e nas descrições seguintes, não farei distinção entre estes dois termos, já que “combinação” engloba as duas situações.
São inúmeras e bastante variadas as combinações possíveis de técnicas a partir
de Tai-otoshi de tal forma que o limite é mesmo a nossa imaginação ou até a situação
que em concreto, se colocar perante o judoca em treino livre com resistência (randori)
ou em competição (shiai).
Vou pois considerar apenas algumas situações, consoante o tipo de reação de Uke,
tentando no entanto passar pelos mais variados ângulos possíveis e/ou formas de projetar.
A – Combinações no mesmo sentido, para a frente, dtª/esqª
I.
Tai-otoshi combina com … xxx
1ª situação (te-waza): Tai-otoshi ... Tai-otoshi
Tori, com a pega clássica, executa Tai-otoshi; Uke defende passando a perna dtª
por cima da perna dtª de Tori. Tori tenta novamente executar Tai-otoshi; Uke insiste no
mesmo movimento de defesa; Tori também insiste no mesmo movimento de ataque
até consumar a projeção.
2ª situação (koshi-waza): Tai-otoshi ... Koshi-guruma
Tori, com pega clássica, mas com a mão dtª um pouco mais acima, junto do pescoço/orelha de Uke. Quando Tori tenta a projeção, Uke reage/defende para o seu lado
esqº; então Tori coloca a sua anca ainda mais para fora, enrola o seu braço dtº à volta
do pescoço de Uke e executa Koshi-guruma.
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3ª situação (ashi-waza): Tai-otoshi ... Uchi-mata
Tori entra em Tai-otoshi; Uke defende passando e dando um passo largo com a
sua perna dtª por cima da perna dtª de Tori; então Tori aproveita este espaço criado, e
com um movimento de rotação sobre si próprio (perna esqª), lança a perna dtª contra o
interior da coxa esqª de Uke e executa Uchi-mata.
4ª situação (sutemi-waza): Tai-otoshi ... Yoko-tomoe-nage
Tori entra em Tai-otoshi; Uke defende-se passando novamente a sua perna dtª por
cima da perna dtª de Tori, mas agora fica com o tronco ligeiramente inclinado para a
frente; então Tori entra com o seu centro de gravidade um pouco mais baixo, avança a
perna dtª para o meio das pernas de Uke e coloca o seu pé esqº na zona abdominal
(junto/um pouco abaixo do nó do cinto de Uke); com a mão e o braço esqº puxa Uke
que roda sobre o pé esqº de Tori; este sacrifica o seu equilíbrio caindo de costas, obrigando Uke a ser projetado em Yoko-tomoe-nage.
5ª situação (extra gokio “te-waza”): Tai-otoshi ... Yama-arashi
Tori, com pega unilateral do lado dtº de Uke, mas com a mão na gola bem junto do
pescoço, mesmo a tocar no maxilar/face dtª de Uke, entra em Tai-otoshi; quando inicia
o movimento descendente dos braços, Uke resiste contrariando esse mesmo movimento elevando o tronco energicamente fazendo com que Tori fique encostado/junto
de Uke (o lado dtº de Tori com o lado esqº de Uke ficam em contato); então Tori aproveita todo este movimento e contra movimento simultâneo, e ainda com mais energia
e determinação aproveitando ao máximo a força de Uke, com a mão dtª na gola bem
junto e em contato com a face, faz um amplo movimento circular com os braços (de baixo para cima e de cima para baixo sem nunca parar) e ao mesmo tempo eleva um pouco a perna dtª para dar mais impulso; e assim concretiza a projeção em Yama-arashi.
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II.
xxx … combina com Tai-otoshi
1ª situação (te-waza): Eri-seoi-nage ... Tai-otoshi
Quando Tori entra em Eri-seio-nage com a pega clássica, Uke recua sobre o seu
lado dtº; como Uke cria esse espaço, Tori aproveita para se colocar em posição de
executar Tai-otoshi com pega unilateral dtª que acaba por concretizar.
2ª situação (koshi-waza): Harai-goshi ... Tai-otoshi
Tori entra em Harai-goshi com a pega clássica, Uke reage fletindo um pouco as
pernas (baixando o centro de gravidade), afastando-se um pouco para a dtª, então
Tori desce o seu pé dtº para o chão, que fixa, e assim pode executar Tai-otoshi.
3ª situação (ashi-waza): Ashi-guruma ... Tai-otoshi
Tori entra em Ashi-guruma com pega clássica; Uke defende passando a perna dtª
por cima da perna dtª de Tori; então rapidamente Tori passa para a frente de Uke e
executa Tai-otoshi clássico.
B – Combinações em sentido contrário, para traz, dtª/esqª
I.
Tai-otoshi combina com … xxx
1ª situação (te-waza): Tai-otoshi ... Sukui-nage
Tori com a pega clássica inicia o movimento para executar Tai-otoshi; Uke esquiva
passando completamente por cima da perna dtª de Tori ficando ambos frente a frente;
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então Tori desloca-se para a esqª de forma que a perna esqª passe por traz das pernas de Uke; adota a posição Jigo-tai para em seguida passar o braço esqº pela frente
junto da zona abdominal e vai “agarrar” na parte posterior do joelho com a mão em
forma de colher; ao mesmo tempo que a mão dtª vai “agarrar” na zona posterior do
joelho dtº, com a mão também em forma de colher, faz um movimento de rotação para
traz esqº, ao mesmo tempo que “descarrega/projeta” Uke para traz.
2ª situação (ashi-waza): Tai-otoshi ... O-uchi-gari
Tori entra em Tai-otoshi clássico; Uke reage passando o pé dtº por cima da perna dtª
de Tori, mas este fica com o peso sobre a sua perna esqª; então Tori aproxima o pé
esqº do pé dtº, mas ao mesmo tempo lança o pé dtº para ceifar pelo interior o pé esqº
de Uke que, como está numa situação fragilizada, é projetado.
3ª situação (sutemi-waza): Tai-otoshi … Tani-otoshi (esqª)
Tori entra em Tai-otoshi com pega clássica, mas um pouco baixo; Uke reage inclinando-se para traz; então Tori passa a sua perna dtª para traz das duas pernas de Uke,
fá-la deslizar pelo tapete na largura do corpo de Uke, o que vai provocar a projeção; a
mão dtª pode continuar com a pega que estava na banda esqª, ou larga a banda e alonga o braço que vai fazer pressão na zona abdominal empurrando Uke para o chão.
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II. xxx … combina com Tai-otoshi
1ª situação (te-waza): Sumi-otoshi … Tai-otoshi
Tori entra em Sumi-otoshi; Uke tenta defender recuando a perna dtª e inclinando o
tronco para a frente; perante esta nova situação, Tori avança um pouco mais a perna
dtª de forma que fiquem em contato os dois tornozelos dtos, aproveita a inclinação do
tronco de Uke, inverte a direção do desequilíbrio e executa Tai-otoshi.
2ª situação (ashi-waza): Ko-uchi-gari … Tai-otoshi
Tori entra em Ko-uchi-gari, Uke defende esquivando o seu pé dtº para trás; então
Tori aproveita o espaço criado e, quando assenta o pé dtº no chão, aproxima o pé esqº
do dtº e lança a perna dtª para executar Tai-otoshi.
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VII – KAESHI-WAZA
Kaeshi-waza pode ser traduzido por “técnicas de contra-ataque”.
A finalidade deste capítulo é o de apresentar algumas situações de contra-ataque à
técnica Tai-otoshi assim como utilizar a técnica Tai-otoshi como contra ataque de
outras técnicas, tentando sempre, como no capítulo anterior, passar pelas mais variadas direções e formas de projeção.
A – Contra ataques
I.
Ataque em Tai-otoshi contra ataque com … xxx
1ª situação (extra gokio ”te-waza”): Tai-otoshi ... Kuchiki-taoshi
Uke entra em Tai-otoshi; Tori reage contra atacando imediatamente, passando a
perna dtª por cima da perna dtª de Uke, ficando na sua perpendicular e numa posição
semelhante a Jigo-tai, para de seguida largar a pega da banda esqª e controlar a perna agarrando na dobra do joelho dtº de Uke para de imediato, sem nunca largar a
pega da mão esqª, puxar a manga dtª para baixo em direção ao chão ao mesmo tempo que levanta a perna dtª de Uke fazendo um movimento de alavanca e assim provocar a sua queda.
2ª situação (koshi-waza): Tai-otoshi … Uchiro-goshi
Uke entra em Tai-otoshi (mas um pouco alto); então Tori resiste, fletindo ligeiramente as pernas, para baixar o centro de gravidade e abraça a cintura com o braço
esqº o mais longe possível; assim que se sente confortável nesta posição, inicia um
movimento contrário, alonga as pernas e, utilizando um movimento de anca, empurra
Uke para cima com a barriga ao mesmo tempo que se afasta e cria um espaço para
Uke cair.
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3ª situação (ashi-waza): Tai-otoshi … Hiza-guruma (esqª)
Uke entra em Tai-otoshi; Tori esquiva, passando as duas pernas por cima da perna dtª e fica de frente para Uke; Tori imediatamente e num só movimento alonga a
perna dtª de forma a fixar a zona do joelho esqº de Uke com a planta do seu pé dtº;
assim projeta em Hiza-guruma à esqª, com a particularidade de ter a pega à dtª.
4ª situação (sutemi-waza): Tai-otoshi …Yoko-guruma
Uke entra em Tai-otoshi com pega clássica; Tori contraria este ataque envolvendo
Uke com o braço esqº na zona da cintura o mais abrangente possível até quase conseguir tocar o nó do cinto de Uke, passando o pé dtº para a frente no mesmo movimento, ficando bem dentro e entre as perna de Uke. Fixa o pé dtº com a perna semi
fletida, alonga a perna esqª para dar balanço e projeta sobre o seu lado esqº; todo
este movimenta atrás descrito é feito com a pega da mão dtª forte na gola esqª que só
desfaz após o Kake.
II. Ataque em xxx ... contra ataque com Tai-otoshi
1ª situação (te-waza): Uki-otoshi … Tai-otoshi
Uke entra em Uki-otoshi; Tori absorve o movimento de desequilíbrio que Uke provoca, aproveita-o em seu favor dando-lhe continuidade e acrescentando uma rotação
completa sobre si próprio de forma a ficar numa posição favorável a executar um contra ataque em Tai-otoshi com sucesso.
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2ª situação (extra gokio “koshi-waza”): Sode-tsurikomi-goshi … Tai-otoshi
Uke, com a pega nas duas mangas, entra em Sode-tsurikomi-goshi a esqª; Tori
esquiva para a sua esqª e controla o braço dtº de Uke com as duas mãos ao mesmo
tempo que passa a perna dtª pela frente de Uke, de forma a que os tornozelos fiquem
em contato, acentua o desequilíbrio para a frente e está em condições de efetuar um
excelente contra taque em Tai-otoshi.
3ª situação (ashi-waza): De-ashi-barai … Tai-otoshi
Uke tenta fazer De-ashi-barai mas entra um pouco tarde; como Tori já tem o pé dtº
assente no chão, roda para a esqª ficando assim numa situação privilegiada para executar com êxito Tai-otoshi em contra ataque.
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VIII – CONCLUSÃO
Termino assim este trabalho com a convicção de que ainda tudo está por fazer.
Quando iniciei a investigação, e ao dar consistência ao texto apresentado, a cada passo que avançava, nas possíveis combinações, contra-ataques, ligações para o solo,
outras ideias, pistas e situações me surgiam, mas como alguma coisa tinha que passar para o papel, por agora são estas as minhas escolhas, nada impedindo que mais
tarde possa dar outro rumo à investigação, na procura de melhores, ou mais práticas
situações.
Considerado o Judo uma escola de vida, podemos com toda a legitimidade transferir estes conceitos para o nosso quotidiano.
Lisboa, 26 de Março de 2013
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AGRADECIMENTOS
Após a conclusão desta breve reflexão, quero referenciar especialmente:
- O Mestre Bastos Nunes, o nosso Mestre, o meu Mestre de sempre.
- Fernando Seabra, velho companheiro de “armas” que tanto me tem ajudado ao
longo da minha vida de judoca (e não só), nos bons e menos bons momentos, particularmente nas minhas preparações para exame e nos exames de graduação, como um
Uke fora de série, “aquele Uke”.
Todos os Judocas que diariamente treinam comigo, sem no entanto (e que me
perdoem), deixar de destacar 4 nomes: Ana, Nuno e Diogo, que me ajudam a manter
a “chama viva”, e o amigo Manel C.O. que me dá o alento necessário (com o seu discurso sempre pronto) para seguir o Caminho no sentido certo.
Por último, e não menos importante, uma palavra para a Isabel que, com a sua
incomensurável paciência, me tem acompanhado ao longo destes últimos anos.
Para todos o meu MUITO OBRIGADO!
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BIBLIOGRAFIA

Bonfranchi R. e Klocke U., “VAMOS APRENDER JUDO”, Editora Ulisseia

Adams, Neil, “JUDO MASTERCLASS TECHNIQUES - TAI-OTOSHI”, Ippon
Books, 1996

Inogai, Tadao, “JUDO PRATIQUE”, @mphora, 2002

Kano, Jigoro “KODOKAN JUDO”, Kodansha International, 1986

Kiyoshi Kobayashi, “KYU & DAN”, Obun Intereurope, 1975

Robert, Louis, “O JUDO”, Editorial Notícias, 1968

Veloso, Rui e outros, “UMA ABORDAGEM DIDÁCTICA DO JUDO, UTAD, 2010

“NAGE-WAZA– VARIOUS TECHNIQUES AND THEIR NAMES”, Kodokan DVD
Series

“KATAME-WAZA – VARIOUS TECHNIQUES AND THEIR NAMES”, Kodokan DVD
Series

http://www.fpj.pt/

http://judoinfo.com

http://www.kodokan.org/

http://thebestjudo.com/significado-das-tecnicas-do-judo/
(sem prejuízo de vários outros sites consultados de forma pontual de que julgo não se
justificar a enumeração)
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ANEXO 1
Um “BOM” Tai-otoshi, é caraterizado por: Velocidade, Tempo, Habilidade, Estilo e
Elegância, apresento então uma sequencia de um Tai-otoshi perfeito, cujo desfecho só
poderia terminar em IPPON. O inglês Neil Adams frente ao português Pedro Cristóvão, nos jogos Olímpicos de Seoul 1988.
Outro exemplo de Tai-otoshi com sucesso, desta vez durante uma competição
feminina.
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ANEXO 2
Como conclusão, apresento um diagrama, que de forma simples expõe as várias
possibilidades de êxito, tendo o Tai-otoshi como técnica base, e fim do combate com
uma projeção perfeita, fazendo IPPON, ou continuando nos diversos sentidos e usando as mais variadas formas para lhe dar continuidade.
IPPON
(Fim de Combate)
COMBINAÇÃO
(mesmo sentido)
Tai-Otoshi
Tori insiste no mesmo movimento até
conseguir a projeção.
CONTRA ATAQUE
COMBINAÇÃO
(sentido contrário)
Projeção executada com
força, velocidade, controle
e em que o Uke cai claramente de costas.
O-Uchi-Gari
ESQUIVA
BLOQUEIO
Uke esquiva-se do
ataque, passando a
sua perna dtª por
cima da perna dtª
de Tori.
Uke baixa a anca
fletindo as pernas,
tronco para traz,
(evitando assim a
projeção).
TAI-OTOSHI
Ko-Soto-Gake
Tori muda de direção, aproveita o
desequilíbrio de Uke,
e ceifa por dentro a
perna esqª de Uke.
CONTRA-ATAQUE
Tani-Otoshi
Projeção em que só
obtêm êxito parcial, marca apenas
uma
vantagem
(wasari/yuko) ou
nada, mas continua
a luta no chão.
Uke tira proveito da
esquiva, fixa o pé
dtº para executar
de imediato a projeção com o seu pé
esqº.
LIGAÇÃO PÉ-SOLO
Uke estica bem fundo perna esqª por
fora e por traz de
Tori, e projeta em
Sutemi.
LIGAÇÃO PÉ-SOLO
CONTRA-ATAQUE
Yoko-Shio-Gatame
Uke liberta-se, agarrando com a mão esqª o
cinto de Tori, empurra com o antebraço dtº
a barriga junta a este movimento vigoroso
a ponte e passa para imobilização.
Uke cai de barriga no chão,
Tori rapidamente prende
braço dtº com ajuda do
corpo vira Uke e imobiliza.
(este diagrama, pode servir de padrão para outras técnicas a estudar).
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ANEXO 3
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ESTA DISSERTAÇÃO ACABOU DE
SE IMPRIMIR AOS VINTE E SEIS
DE MARÇO DE DOIS MIL E TREZE
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