Neoplasias

Transcrição

Neoplasias
Patologia geral
Neoplasias - quarta
Alunos 4º semestre
Prof. Jane Maria Ulbrich
Prof. Adjunta do Departamento de Patologia Famed/Ufrgs
Material utilizado em sala de aula com alunos
Neoplasia
Neoplasia: Novo crescimento
Tumor: aumento de volume
Câncer:neoplasia maligna
“Neoplasia é uma massa anormal de tecido, cujo crescimento
excede e não está coordenado ao crescimento dos tecidos
normais e que persiste mesmo cessada a causa que o
provocou”.
Rupert Willis
Evolução da mortalidade por grupos de
causas no RS - 1970 a 2003*
Fonte: SES/DAS
* Estão incluídas as mortes por causas mal definidas
Taxa média de sobrevida
JUK
JUK
Estimativas para o ano 2010 de número de casos novos de
câncer, por região.*
Localização
Primária
Norte
Nordeste
Centro-Oeste
Sul
Inca
Sudeste
Mama
Feminina
1.350
8.270
2.690
9.310
27.620
Traquéia,
Brônquio e
Pulmão
1.080
3.950
1.760
7.230
13.610
Estômago
1.300
4.280
1.270
4.090
10.560
Próstata
1.960
11.570
3.430
9.820
25.570
Colo do Útero
1.820
5.050
1.410
3.110
7.040
Cólon e Reto
620
3.040
1.580
6.150
16.720
Esôfago
260
1.530
580
3.040
5.220
Leucemias
560
2.070
650
1.790
4.510
Cavidade Oral
410
2.810
800
2.510
7.590
Pele Melanoma
180
540
250
2.020
2.940
5.260
14.780
8.090
28.810
80.960
14.800
57.890
22.510
77.880
202.340
4.320
31.460
7.830
24.600
45.640
19.120
89.350
30.340
102.480
247.980
Outras
Localizações
Subtotal
Pele não
Melanoma
TOTAL
Estimativas para o ano 2010 das taxas brutas de incidência por 100.000 e de
número de casos novos por câncer, em mulheres, segundo localização
primária, no Rio Grande do Sul.
Inca
Estimativa dos Casos Novos
Localização Primária
Neoplasia maligna
Estado
Casos
Capital
Taxa
Bruta
Casos
Taxa
Bruta
Mama Feminina
4.750
81,57
1.040
127,71
Colo do Útero
1.250
21,53
210
25,55
Cólon e Reto
1.610
27,69
360
44,45
Traquéia, Brônquio e Pulmão
1.250
21,43
240
29,74
Estômago
560
9,57
90
11,25
Leucemias
350
6,01
60
7,21
Cavidade Oral
250
4,38
60
7,41
Pele Melanoma
450
7,68
70
9,02
Esôfago
420
7,18
40
5,58
8.860
152,17
1.920
236,28
19.750
339,21
4.090
503,32
4.660
80,12
490
60,23
24.410
419,19
4.580
564,13
Outras Localizações
Subtotal
Pele não Melanoma
Todas as Neoplasias
SUL
Estimativas para o ano 2010 das taxas brutas de incidência por
100.000 e de número de casos novos por câncer, em homens,
segundo localização primária.* (Tabela 62)
Inca
Estimativa dos Casos Novos
Estado
Localização Primária
Neoplasia maligna
Casos
Capital
Taxa
Bruta
Casos
Taxa
Bruta
Próstata
9.820
69,41
1.330
75,33
Traquéia, Brônquio e Pulmão
4.890
34,55
630
35,29
Estômago
2.680
18,98
330
18,60
Cólon e Reto
3.010
21,27
600
33,93
Cavidade Oral
1.950
13,79
290
16,39
Esôfago
2.240
15,82
230
12,40
970
6,94
140
8,27
1.020
7,24
160
8,52
13.570
96,01
2.300
129,69
40.150
284,06
6.010
338,89
11.940
84,50
1.120
62,81
52.090
368,49
7.130
402,22
Leucemias
Pele Melanoma
Outras Localizações
Subtotal
Pele não Melanoma
Todas as Neoplasias
Nomenclatura, Graduação e Estadiamento
Objetivos:
1- Entender a nomenclatura das neoplasias
2- Conhecer a importância da graduação e estadiamento das neoplasias.
3-Identificar os elementos que permitem graduar as diferentes neoplasias.
4- Conhecer as formas possíveis de graduar as neoplasias.
5- Compreender o sistema TNM.
6- Saber aplicar as regras básicas do sistema TNM.
Nomenclatura
Célula de origem
Célula totipotencial
+
Sufixo
Zigoto
Células germinativas
Célula pluripotencial
Células primitivas que constituem o broto embrionário dos
diferentes órgãos
Células diferenciadas
Lábeis
Maioria das neoplasias
Estáveis
Permanentes
Raramente produzem neoplasias
Célula totipotencial
Mais de um tipo de células neoplásicas derivadas de mais de uma camada de células germinativas: teratoma
Maduro
Imaturo
Seminoma
Coriocarcinoma
Carcinoma embrionário
Célula pluripotencial :blastema
Dá origem aos blastomas
Nomenclatura das neoplasias benignas
Célula de origem
+
Sufixo
oma
Epiteliais benignas
Papilomas,
Pólipos e
Adenomas
Crescimento em
superfície
anatpat.com
estomatologiaonlinepb.blogspot.com
pathologyoutlines.com
docplayer.com.br
estomatologiaonlinepb.blogspot.com
cram.com
Epiteliais benignas
Adenomas
estruturas sólidas
slideplayer
Mesenquimais benignas
Anatpat.unicamp.br
www.medicine.uiowa.edu
library.med.utah.edu
www.pathologyoutlines
e.nwikipedia.org
Nomenclatura das neoplasias malignas
Célula de origem
+
Sufixo
Epiteliais
Carcinoma
Mesenquimais
Sarcoma
Epiteliais malignas
Ligadepatologiaufc.blogspot
slideplayers
wikipedia.org
Lookfordiagnosis.com
Mesenquimais malignas
commons.wikipedia.org
labpath.blogspot.com
famerp. br
labpath.blogspot.com
Tipo
Epitelial
Mesenquimal
de
tecido
Comportamento
Benigno
Maligno
Benigno
Maligno
biológico
Papiloma
Adenoma
Carcinoma
Adiciona
sufixo oma
Escamoso
Glandular
Adiciona sufixo
sarcoma
Escamoso
Lipoma
Lipossarcoma
Glandular
Glandular
Condroma
Condrosarcoma
Transicional
Transicional
Osteoma
Osteossarcoma
Exceções:
1- Soam como benigno, mas são malignos:
Hepatoma
Hepatocarcinoma
Melanoma
Carcinoma melanocítico
Linfoma
Linfossarcoma
2- Soam como malignos, mas são benignos
Osteoblastomas e condroblastomas derivadas de osteoblastos e condroblastos presentes no
osso adulto
Cuidado:
Hamartoma- malformação de tecidos próprios do local (indígenas)
Coristoma- malformação de tecido não próprio do local, presente por falha na migração
durante embriogênese
Meninge
www.pathologyoutlines.com
nãoidentificada
Mama feminina
conganat.com
Fêmur
TRIANGULO DE CODMAN
labpath.blogspot.com
Cólon
flikr.com
Sinal do
guardanapo
decorfacil.com
Cólon
columbus.fi
Neoplasias císticas
Benignas
Cistoadenomas
Malignas
Cistoadenocarcinomas
Algumas neoplasias não permitem conhecimento
do tecido de origem impedindo classificação
histogenética:
Neoplasia indiferenciada maligna
Deve ser indicado se de células pequenas ou
grandes
Algumas neoplasias permitem estabelecer apenas o tipo do tecido do qual se
originaram, neste caso mesenquimal, podendo então ser chamado de sarcoma.
Mas, se o tecido identificado fosse epitelial, sem poder determinar se escamoso,
glandular ou transicional diríamos apenas carcinoma.
E as neoplasias em que não conseguimos definir o comportamento biológico?
Lembram?
Neoplasias no limite da malignidade ou bordeline, ocorrem no ovário, sendo
chamadas cistoadenomas no limite da malignidade.
Epônimos
Tumor de Ewing
célula mesenquimal primitiva
Tumor de Hodgkin
neoplasia do tecido linfóide
Tumor de Brenner
neoplasia do epitélio celômico que reveste o
ovário
Tumor de Wilms
Sarcoma de Kaposi
Linfoma de Burkitt
nefroblastoma
neoplasia vascular maligna
linfoma B
Tumor de Krukenberg adenocarcinoma metastático no ovário
Tumor de Hürthle
neoplasia folicular da tireóide
Neoplasia maligna
Em que estágio evolutivo se encontram ?
Qual o melhor tratamento?
Qual a previsão de sobrevida?
Comparação de resultados.
Graduação
Estadiamento
Graduação
GRAU DE
DIFERENCIAÇÃO
CÉLULAS TUMORAIS
ÍNDICE MITÓTICO
BEM DIFERENCIADAS
MAIOR ÍNDICE MITÓTICO
COMPORTAMENTO MENOS
AGRESSIVO
VARIA DE I A IV COM ANAPLASIA
CRESCENTE
MAIOR AGRESSIVIDADE
Grau de diferenciação
Bem diferenciada
Tecido de origem
Pouco diferenciada
Graduação
Grau de diferenciação das
células tumorais
Índice mitótico
Bem diferenciadas
Maior índice mitótico
Comportamento menos agressivo
Varia de I a IV com anaplasia crescente
Maior agressividade
Neoplasias prostáticas
Gleason
JUK
1
2
3
4
5
Outros sistemas de graduação:
Mama Nottinghan-
Rim- graduação nuclear Fuhrman
Índíce mitótico
Estadiamento
TNM
UNION INTERNACIONALE
AJC
AMERICAN JOINT COMMITTEE
CONTRE CANCER
T
Tumor
N
Linfonodo
M
Metástases
Estágios de 0 a 4
Estadiamento
TUMOR
T
LINFONODO
METÁSTASES
Tamanho da lesão primária
N
M
Extensão da disseminação para linfonodos
regionais
Presença ou ausência de metástases à distância, hemáticas e
linfáticas.
Pierre Denoix- França entre os anos de 1943 e 1952.
Regras gerais:
Há duas classificações descritas para os locais anatômicos:
Clínica- baseadas nas evidências conseguidas antes do tratamento.
Essencial para selecionar e avaliar a terapêutica.
Histopatológica- baseadas nas evidências conseguidas antes do tratamento,
suplementada ou modificada pela evidência adicional conseguida através de cirurgia ou
exame histopatológico.
Fornece dados mais precisos para estimar o prognóstico e calcular os resultados finais.
Regras gerais:
1- Todos os casos devem ser confirmados microscópicamente;
2- A classificação TNM e o grupamento dos estádios, uma vez
estabelecidos devem permanecer imutáveis;
3- Se houver dúvida no que concerne a adequada categoria em que um
determinado caso deva ser classificado devemos escolher a categoria
inferior.
Tumor primário
TO Não há evidência de tumor primário
Tis Carcinoma in situ
T1, T2, T3, T4 Tamanho crescente e/ou extensão local
do tumor primário
Linfonodos regionais
NO Ausência de metástase em linfonodos regionais
N1, N2, N3 Comprometimento crescente de
linfonodos regionais
Notas:
1- A extensão direta do tumor primário para o linfonodo é classificada
como metástase linfonodal.
2- Metástase em qualquer linfonodo não regional é classificada como
metástase à distância.
S
T
Sentinela é o primeiro linfonodo de uma bacia de drenagem linfática.
Deve ser marcado préviamente
N1
N2
N3
Iº
IIº
IIIº
O aumento volumétrico de linfonodos não estabelece a
presença de metástases.
O aumento pode ser devido a processo inflamatório reacional
entre outras causas.
Metástase à distância
MO Ausência de metástase à distância
M1 Metástase à distância
A categoria M1 pode ser especificada de acordo com as seguintes anotações:
Pulmonar PUL
Óssea OSS
Hepática HEP
Cerebral CER
Linfonodal LIN
Pleural PLE
Peritonial PER
Medula óssea MED Pele CUT
Em cânceres bilaterais simultâneos, de orgãos pares, cada tumor
deve ser classificado independentemente.
CORIOCARCINOMA
No caso de tumores múltiplos, simultâneos em um orgão, o tumor de maior
categoria T deve ser classificado e a multiplicidade ou o número de tumores
deve ser indicado entre parênteses. T2(m) ou T2(35).
Estadiamento de Tumor Primário Pulmonar
T1- Tumor com 3 cm ou menos em sua maior
dimensão, circundado por pulmão ou pleura
visceral, e sem evidência de invasão mais
proximel do que o bronquio lobar.
T2-Tumor com qualquer das características de
tamanho ou extensão:Com mais de 3,0cm.
Compromete bronquio principal,2,0cm ou mais
distalmente à carena, invade pleura visceral
T3 qualquer tamanho, com invasão direta da
parede torácica, diafragma, pleura mediastinal,
pericárdio parietal. Ou tumor do br principal
com menos de 2,0cm da carena, mas sem a
comprometer.
T4 qualquer tamanho que invada quaisquer das
seguintes estruturas:
Mediastino, coração, grandes vasos, traquéia,
esôfago, corpo vertebral, carina ou com derrame
pleural neoplásico.
T2- Tumor com mais de 3,0cm.
JUK
N1- Extensão
direta para
linfonodos
peribrônquicos
JUK
Estadiamento de
Metástase à
Distância
MO Ausência de
metástase à distância
M1 Presença de
metástase à distância
A aula deve ser complementada com a leitura de
livro texto.
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