1 HORSES`S LIFE
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1 HORSES`S LIFE
HORSES’S LIFE 1 2 HORSES’S LIFE HORSES’S LIFE 3 Conselho Editorial A meta da nossa revista Horse’s Life é tornar-se preferência (e referência) para todas as pessoas que gostem de cavalos, independente de modalidade, raça ou região do país. Nosso objetivo é falar do mundo do cavalo e daquilo que o cerca, já que a vida das pessoas do cavalo costuma estar entrelaçada com todas as coisas que tenham alguma relação com cavalos. Por exemplo, buscando inovar estamos trazendo uma matéria sobre pick-ups; esperamos que gostem! Quando circulo pelos eventos, percebo que estamos no caminho certo, pelo comentário das pessoas que recebem a revista em casa, pelo nosso mailing que cresce a cada dia, pela solicitação espontânea de empresas e prestadores que querem anunciar com a gente. Buscamos tudo que dê prazer e conforto ao leitor, pois um dos objetivos da revista Horse´s Life é que ela seja uma revista de colecionador. É uma satisfação para nós saber que a Horse’s está chegando a um número cada vez maior de casas, integrando mais e mais coleções de “revistas de cavalo”. Também por isto, vocês verão que além das coberturas de eventos daremos um espaço crescente a matérias e conteúdos de valor permanente, fazendo com que a revista se torne também uma fonte de referência. Ao mesmo tempo, mantemos a agilidade na cobertura de eventos. Dois Potros do Futuro, ANCA e Corrida, aconteceram no fim-de-semana do fechamento desta edição, e trabalhamos dia e noite (literalmente...) para que estas notícias de última hora chegassem às suas mãos com a máxima rapidez. Diversificando sempre, nesta edição também falaremos sobre os esportes equestres olímpicos, onde o cavalo se torna nosso maior astro, nos enchendo de fascinação. A Horse’s Life ainda é jovem, e tem muito para crescer. Mas isto também significa que ela tem a flexibilidade e a capacidade de adaptação para evoluir a cada dia, tornando-se uma revista de cavalos, feita por gente do cavalo, para quem gosta de cavalos. Boa leitura, e mandem suas sugestões! Endereço: Abraços, Adriane Passos 4 HORSES’S LIFE Rua Treze de Maio, 133 sala 12 - Cep 13270-020 Centro - Valinhos - SP Fone: 19 3929-8808 [email protected] www.horseslife.com.br Palavra do editor CULTURA EQUESTRE De onde se origina a cultura equestre de um país, ou de um povo? Na minha opinião, de um componente bastante objetivo: do grau de dependência que aquele povo tem ou tinha dos cavalos para sobreviverem. Quando perder ou inutilizar um cavalo significa a própria morte , é claro que os cuidados com o bem-estar dos animais têm que ser cultivados em detalhe, nas mais diversas pessoas – assim gerando a tal cultura equestre. Por exemplo: a Europa continental foi marcada por guerras de fronteira durante séculos e até milênios. País que não soubesse se defender seria derrotado, e anexado, rapidinho; por isso estes países tinham haras estatais, com a criação de cavalos em mãos do governo, já que os cavalos eram arma de guerra imprescindível. E quem ficasse sem cavalo já era um derrotado por definição. Outro exemplo vem dos Estados Unidos, e da conquista do oeste americano. Todos já vimos nos faroestes da TV a cena do ladrão de cavalos sendo enforcado – pelo que consta, roubar um cavalo de outra pessoa era crime capital, pois para um ser humano, ficar a pé nas regiões áridas do meio-oeste era sentença de morte segura. E migrantes e colonizadores que não cuidassem de seus cavalos na longa travessia do continente corriam risco de simplesmente não chegarem lá: sobrevivência e bem-estar dos cavalos não podiam ficar em segundo plano. Como teria sido a situação no Brasil, país que em sua maior parte nunca teve guerra de fronteiras, nem falta de espaço, e apenas vegetação e água abundantes ao invés de desertos? É sabido que os cavalos não desempenhavam papel fundamental nas explorações dos bandeirantes – provavelmente até atrapalhariam, num ambiente natural quente e úmido, mais florestal do que de pradaria, e ainda por cima cortado por rios em quantidade, que se ofereciam como vias fluviais naturais. Talvez o cavalo, em boa parte do país, nunca tenha sido imprescindível na sobrevivência de nossa população. A nossa cultura equestre é rica e diversificada, com os Crioulos dos Pampas, as raças marchadoras do Brasil central, as raças regionais de cada bioma único – por exemplo, o cavalo Nordestino e o Pantaneiro. Tudo isso veio se misturar, em tempos mais recentes, com a expansão dos cavalos de esporte e lazer, moldados seja pela herança norte-americana das modalidades western, seja pela tradição europeia dos esportes clássicos. Tudo isto pode e deve se unir numa legítima cultura brasileira do cavalo, que lança mão de todos os elementos de origem externa que lhe pareçam sábios, úteis, adequados. Exatamente como a nossa vocação para o sincretismo sempre tem feito com a maioria das coisas. A cultura equestre brasileira não precisa copiar modelos, e sim criar sua própria, e extraordinária, identidade: a do Brasil a cavalo. Aqui na Horse’s Life queremos ser parte desta trajetória. Abraços, Claudia Leschonski Editora Técnica EXPEDIENTE Arte Comercial Editora Gráfica Conselho Editorial - Adriane Passos MTB 33783 • Diretora Executiva - Carmencita Camargo Simone • Editora Técnica - Claudia Leschonski • Repórter - Vanessa Baialuna, Susi Freitas e Regiane Cavagna • Editor de Arte - Raphael Simone Neto • Designer Gráfico - Felipe Camargo Simone, Ocilas Teixeira • Fotógrafos - Adilson Silva, Álvaro Maya, Beto Negrão, Gerson Verga, Miguel Oliveira, Maciel Scarparo, Paula da Silva e Ringo • Contato de Publicidade Kátia Regina • Financeiro - Camila Camargo Simone Kriegel • Impressão - Type Brasil • Tiragem - 5.000 exemplares • Colaboradores - Aluisio Marins, Gilson Vendrame, Jacira Rodrigues e Nilson Ricartes. Reproduções totais ou parciais das matérias, bem como de fotos aqui publicadas só serão permitidas mediante autorização dos editores. As informações contidas nas páginas de Publicidade são de inteira responsabilidade dos anunciantes. Textos assinados por colaboradores não expressam necessariamente a opinião da revista. 6 HORSES’S LIFE Endereço: Rua Treze de Maio, 133 sala 12 - Cep 13270-020 Centro - Valinhos - SP Fone: 19 3929-8808 [email protected] www.horseslife.com.br CAPA O garanhão Steppin Off Sparks filho de Wimpys Little Step, ficará alojado no Haras Villa San Jose, apenas nesta temporada de monta. Contatos: (11) 9608-9594/7887-8146 Foto: Waltemberry Sumário 22 82 42 38 88 Pg. 22 - Pelo Mundo Pg. 82 - Na Lida Pg. 38 - Rodeio Pg. 88 - Carga Pesada Genética, nutrição e muito capricho para garantir crinas e caudas exuberantes Bulldog, laço em dupla e três tambores na 24ª Festa do Peão de Boiadeiro de Americana O correto cabresteamento dos potros jovens lança as bases para uma carreira bem-sucedida do cavalo adulto. O lançamento inédito de uma pick-up média da Volkswagen agita o segmento Pg. 42 - Esportes Internacionais Volta e meia ouvimos que determinado esporte equestre já está se tornando olímpico. Como funciona esta qualificação? HORSES’S LIFE 7 8 HORSES’S LIFE HORSES’S LIFE 9 Agro News Escritório de negócios para cavalo é novidade em São Paulo Há 22 anos no mercado de cavalos, como competidor e criador, Paulo Luciano Pellim lançou recentemente um escritório de negócios para cavalos. O Good Old Boys Ranch, localizado em São Paulo, funciona como uma assessoria, consultoria e também um Haras, onde é oferecida toda prestação de serviço relacionada a animais de prova, ou seja, principalmente às raças Quarto de Milha e Paint Horse. Entre elas estão a compra e venda de animais, importação e exportação, criação e muitas outras opções. O escritório atende clientes em todo o país. LTANCY BREEDING, CONSU & ADVISEMENT. Pellim afirma que prestou esse tipo de serviço a vida toda, pois, os amigos sempre o procuravam quando o assunto era cavalo. Então ele resolveu formalizar o trabalho. Nos primeiros 60 dias de funcionamento, o escritório comercializou 18 animais, entre potros, animais de prova e embriões. Agora, a expectativa é efetivar a importação de 3 éguas, com ganhos entre 80 e 120 mil dólares em Apartação na NCHA (Estados Unidos). Segundo o empresário, a idéia é atender essa fatia do mercado, que é deficitário desse tipo de serviço. O espaço, decorado à caráter, está aberto a visitas, que podem ser agendadas pelo telefone (11) 3104-8438. O Good Old Boys Ranch fica na Avenida Brigadeiro Luiz Antonio, 300, conjunto 123, bairro Bela Vista-SP. Mais informações também podem ser obtidas no site www.goodoldboysranch.com.br. Transferência de embriões em discussão Transferência de embriões foi tema de Audiência Pública promovida pela ABQM. A reunião promovida pela Diretoria Executiva da ABQM com o propósito de aprovar uma nova regulamentação sobre transferência de embriões foi realizada dia 1º de junho, no salão nobre do Parque da Água Branca (SP), e contou com a presença de criadores, proprietários e profissionais ligados ao Quarto de Milha. Presidida pelo presidente Paulo Farha e pelo superintendente técnico, dr. Jarbas Bertolli, a solenidade foi realizada através de uma Audiência Pública. Além da transferência de embriões, estavam em pauta também os critérios para utilização de éguas receptoras e taxas cobradas para registros dos produtos gerados, a partir da próxima estação de monta. “Foi importante ouvir os interessados, que tiveram a oportunidade de se manifestar e apresentar suas propostas para posterior avaliação pela Diretoria Executiva na reunião do dia 15 de junho. Em seguida, os pareceres serão encaminhados ao Conselho de Administração”, disse o presidente Paulo Farha. fonte: ABQM 10 HORSES’S LIFE Classificado Virtual O portal Mercado Equestre contém classificados de equinos de todas as raças, tornando-se interessante opção para quem quer comprar ou vender cavalos. A pesquisa é fácil e dinâmica, podendo ser detalhada para se chegar ao produto desejado (raça, modalidade, idade, etc.). “Estamos no ar desde o inicio de março de 2010 e recebendo cerca de 400 acessos diários”, informa Marco Aurélio Bandeira, administrador do website. “Não efetuamos a venda, e não cobramos comissões, apenas mostramos as melhores opções de negócio. O contato é direto entre comprador e vendedor”. O website também divulga produtos, empresas e profissionais relacionados ao mercado equestre. “Queremos contribuir para o crescimento do setor, que é um dos que mais cresce no país”, diz Bandeira. O valor do anúncio destacado é de R$ 50,00; já o anúncio simples custa R$ 20,00, ambos válidos por 100 dias. “Se o animal for vendido antes do prazo de vencimento do anúncio, o cliente pode substituí-lo por outro até vencer o contrato”, explica o empresário. “E se quiser anunciar muitos cavalos, temos pacotes promocionais”. O administrador do portal explica que são disparados e-mails com novidades sobre os animais anunciados quinzenalmente para cerca de 70 mil criadores. Ele garante que “atingimos o público-alvo de maneira direta”. Acesse: www.mercadoequestre.com.br Agro News Caballiana Fair fecha parceria com Equitana, a maior feira de cavalos do mundo Em sua primeira edição, a Caballiana Fair que acontece nos dias 14 e 15 de agosto no Sheraton São Paulo WTC Hotel, na Capital paulista, vai contar com parceria da alemã Equitana, a maior e mais tradicional feira de cavalos do mundo. A parceria - numa iniciativa da representante da Equitana no Brasil, Patrícia Opik, e Fabio Wolff, idealizador e organizador da Caballiana Fair - possibilitará a troca de informações e experiência, além da presença de estande da Equitana – que acontece em março de 2011 em Essen, Alemanha - na Caballiana, e vice-versa. Diferente de eventos do gênero realizados no Brasil, a Caballiana Fair se propõe a debater o setor e levar informação e a experiência de renomados profissionais do cavalo para um público formado por criadores, proprietários, profissionais de diferentes segmentos que atuam no mercado de cavalos, além de cavaleiros e amantes destes animais. Setor em crescimento no Brasil – 3º maior plantel mundial com quase 6 milhões de animais – a equinocultura tem exigido cada vez mais profissionalismo em todas as suas ramificações. No I Seminário Caballiana uma variedade de temas serão abordados por especialistas e personalidades não só do setor, mas do mundo empresarial também. A entrada na feira de negócios é gratuita e uma oportunidade de se conhecer as novidades das indústrias veterinária e de ração. Realizado paralelamente, o Congresso de Veterinária Equina da CBH/FEI reúne mais de 600 profissionais, expõe cerca de 100 trabalhos científicos e traz três tops mundiais entre os palestrantes: David Evans, da Austrália, um dos maiores especialistas do mundo no desenvolvimento dos estudos de fisiologia do exercício e treinamento em cavalos; Alberto Liñeiro, da Argentina, referência na América do Sul quando o assunto é fisioterapia e reabilitação de cavalos atletas, e o norte-americano Jack Snyder, chefe da equipe do Hospital Olímpico desde 1988 e Delegado Veterinário no Pan do Rio 2007. A Caballiana Fair e o I Seminário Caballiana são idealizações da Wolff Sports & Marketing que também organiza o VI Congresso de Medicina Veterinária em parceria com a Federação Equestre Internacional (FEI), Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) e Sociedade Paulista de Medicina Veterinária. Os eventos contam com apoio do Jockey Club de São Paulo, Canal Rural, além de mais de trinta patrocinadores. Alterações no GTA para Equídeos Nova regulamentação para a emissão da Guia de Transporte Animal para Equídeos Na última semana de abril, o Departamento de Saúde Animal, órgão vinculado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, aprovou a possibilidade de constarem em uma única Guia de Trânsito Animal (GTA) espécies diferentes, no caso de equinos, asininos e muares, quando estes animais pertencerem a um mesmo proprietário e com a mesma origem e destino. A solicitação foi feita pelo presidente da ABCCMM, Sr. Magdi Shaat, coordenador da Câmara Técnica de Equideocultura da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, com o objetivo de reduzir custos aos proprietários dos animais, já onerados com outras taxas do setor. O diretor do Departamento de Saúde Animal, Jamil Gomes de Souza, informou que as alterações solicitadas pela Câmara, e aprovadas pela Divisão de Sanidade de Equideos, Caprinos, Ovinos e Abelhas, serão incorporadas à próxima versão do Manual GTA Equídeos. Fonte: Equipe CavaloWeb HORSES’S LIFE 11 Vitrine Divulgação O coquetel que custa US$ 55.000 a taça Por quê o absurdo do preço? Por conta de diamantes, claro. O coquetel mais caro do mundo traz, no lugar da popular azeitona, um anel de diamantes. Quem quiser presentear, vai até o bar da Harvey Nichols, em Manchester, na Inglaterra, e solicita ao barman Jay Malik um deles. Um cofre especial atrás do bar tem várias opções de anéis de ouro branco e diamantes, indo de “meros” US$ 27.000,00 até os US$ 55.000,00. O coquetel é acompanhado até a mesa por guardas de segurança… Os sapatos mais caros do mundo: US$ 2 milhões Pisar em dinheiro é fácil, qualquer um pode pegar uma cédula de R$ 1 e colocar sob o pé… Mas, pisar em US$ 2 milhões é para poucos, se é que exista algum doido, ou doida, que arcaria pagar este valor por um pisante. O designer Stuart Weitzman inspirou-se nas pantufas de rubi do Mágico de Oz para criá-los usando fios de platina e 642 rubis. O saquinho de chá que vale US$ 15.200 Para celebrar o aniversário da PG Tips, uma popular marca inglesa de chás, a joalheria Boodles criou este pequeno saco de chá. Foram necessários três meses para fazer a mão a pequena jóia com 280 diamantes. Segundo o porta-voz da PG Tips: “Como é o nosso 75º aniversário, quisemos fazer algo especial para lembrar às pessoas o quanto elas amam uma xícara de chá inglês.” A casa de US$ 142,2 milhões Muito conhecida, esta é a casa conhecida como “Updown Court”, e fica em Windlesham (Surrey, Inglaterra). São 103 ambientes (entre quartos e salas), cinco piscinas, um heliponto. Tudo isto em uma área de 23 hectares. A revista Forbes a aponta como a casa mais cara do mundo. É aconselhável aproveitar e comprar um GPS para guia-se dentro dela… 12 HORSES’S LIFE HORSES’S LIFE 13 De cara com... Foto Miguel Filho Luiz Vicente NOS CAMINHOS DO RODEIO Ideias e atitudes do fundador da Rodeo Way L A partir de um depoimento prestado à equipe HL uiz Vicente é economista formado pela Universidade Mackenzie (São Paulo – SP). Sua principal atividade profissional é a Assessoria Financeira, além do que ele desenvolve a administração de ativos tais como as marcas Rodeo Way e a Rodeo Way Import. O surgimento da Rodeo Way, conhecida marca de vestuário e artigos de moda western e country, se deu a partir de uma conversa entre Luiz, seu filho Marcelo e o amigo Chicão, numa época em que só havia a Tassa. Considerando que o mercado aceitaria mais uma marca, eles fundaram a Rodeo Way, no primeiro ano em parceria com Adriano Moraes. No princípio também a fábrica era de propriedade da família, que depois preferiu ficar apenas com a marca e terceirizar a produção. 14 HORSES’S LIFE Rodeo Way e Rodeo Way Import Porto Feliz e arredores: A Kentucky brasileira Após diversas fases em sua trajetória, a marca Rodeo Way hoje é líder do segmento. Investe bastante em marketing, com ações como: patrocinadora oficial da ABQM, campanhas no Canal Rural, anúncio nas revistas, renovação da equipe de laçadores, entre outros. Luiz Vicente afirma que: “para mim e o Marcelo, a Rodeo Way é motivo de grande satisfação, não só pelo aspecto financeiro, como de posicionamento de mercado. A marca é tão forte que somos mais conhecidos por Luiz da Rodeo Way e Marcelo da Rodeo Way. Nosso sobrenome poucos sabem.” Não é de hoje que é sabido que todo o “eixo Castello – Raposo”, os municípios paulistas em torno de Sorocaba, Itu, Boituva, Porto Feliz, Tatuí, Araçoiaba, Itapetininga, entre tantos outros, tem talvez a maior concentração de cavalos de qualidade do Brasil, reunindo as mais diversas raças e modalidades. A inauguração do Haras Raphaela, somado a endereços famosos tais como Rancho das Américas (também em Porto Feliz) e Haras Fazenda Bela (Capela do Alto) reforçou ainda mais esta tendência. Por esta razão, Itu foi escolhida para sede tanto do Haras quanto para a Rodeo Way Import. Na opinião do empresário, esta realidade será cada vez mais explorada, com provas, criadores e empresas do setor chegando à região. A pergunta que não apenas Luiz Vicente, mas muitos investidores do setor se fazem é porque tudo isto, que em outros países é até gerador de potencial turístico (vide o Kentucky nos EUA ou a região de Samur na França, por exemplo), mas por aqui é solenemente ignorado pela mídia. Talvez, nas palavras de Vicente, “seria necessário um esforço conjunto do setor para mostrar o quanto a indústria do cavalo movimenta, uma ação de certo modo política, para que também as prefeituras se mexam neste sentido”. A novidade do momento é a Rodeo Way Import, projeto que focaliza na importação de equipamentos que ninguém traz para o Brasil, tais como selas da Álamo e selas sem armação da Ilison e outros. Segundo Vicente, esta empresa está se viabilizando muito mais rápido do que era esperado. Presença em eventos Luiz Vicente foi um dos organizadores da prova de laço em dupla que aconteceu recentemente no Haras Raphaela. O sucesso foi tanto que a segunda edição já foi marcada para os dias 19 e 20 de março de 2011, com premiação superior à anterior. O nome mudará para Prova de Laço em Dupla Rodeo Way - Haras Raphaela. Ainda para 2010, há previsão de marcar presença como patrocinadores, ou presença em eventos, através da Rodeo Way Import. Nova vida na ABQM Atualmente, pelo foco no investimento na empresa de importação, a família Vicente optou por reduzir o plantel de animais, retendo apenas os cavalos de Laço em Dupla e alguns de Três Tambores. Dentro do projeto Rodeo Way Import, existe também a negociação de importação de animais voltados para Três Tambores. Os cavalos agora ficam em Itu, onde também há uma pista de laço em dupla. O apoio de Luiz Vicente a Paulo Farha é de conhecimento geral. Em suas palavras: “Acho que estamos apenas no começo desta nova administração, mas já se nota um padrão para melhor nos processos internos da ABQM. Ainda falta muito, e tenho ajudado quando sou solicitado. Acho que é obrigação de todos os quartistas ajudarem até com críticas, pois nosso objetivo é a melhoria e valorização da raça. Espero num futuro próximo ver a ABQM captar patrocínios maiores e melhores, assim podendo aumentar a premiação e os eventos”. Nas pistas, a composição do time da Rodeo Way é a seguinte: Vagner Simionato, André Coelho, Simone Zamora, Keyla Polizelo e Bruna Tedesco, nos Três Tambores; Renata Ricci e Eduardo Salgado, em Rédeas; Aldair José da Silva e Everton Chiozini, no Laço em Dupla; e Serginho Araújo, na Apartação. Marcelo Vicente também continua participando de algumas provas, quando a agenda permite, já que as empresas tomam cada vez mais de seu tempo. Para finalizar, a equipe Horse’s Life agradece a atenção que nos foi dada pelo empresário e quartista apaixonado, Luiz Vicente, encerrando com suas palavras: “Gostaria de agradecer o apoio da minha família, Olivia, Marcelo, Cristina, minhas netas Maria e Clara, que são a razão do meu entusiasmo, e que nos momentos bons e ruins deram-me o suporte necessário. E a Deus, que tem sido extremamente bondoso tocando minha vida de maneira especial.” Atuação no esporte HORSES’S LIFE 15 Coluna O pensamento dos cavalos Foto cedida 16 HORSES’S LIFE S Por Aluisio Marins, MV omos todos acostumados a ver cavalos na rua, nas hípicas, nos sítios e fazendas. Grandes e fortes criam-nos imagens e passam idéias de rusticidade e robusteza. Ao mesmo tempo são belos, formosos com crinas ao vento, fazendo com que uma forma diferente de animal apareça em nossa visão. De diferentes pelagens, geram cores que combinam com a natureza e com os ambientes em que vivem. Se perguntarmos para a maioria das pessoas, talvez esta será a descrição que encontraremos. Mas, existem muito mais coisas em um cavalo do que somente cores, patas, crinas e tamanho. Existe dentro de um cavalo algo diferente, que não estamos acostumados e ver por ai. Um “kit” se é que podemos chamar assim, que vem com todos os cavalos, e que acabam por apaixonar as pessoas que encontram-se à sua volta. Todo o qualquer cavalo já nasce com este kit básico, que é fruto de estudos ao redor do mundo, na tentativa de se entender mais os motivos pelos quais os cavalos são domesticados, são utilizados no esporte e lazer, e principalmente, por que nos apaixonamos tanto pelos cavalos. Cavalos são animais de defesa. São comidas de outros bichos da natureza, e por isso possuem instintos que os tornam especialistas em fuga e medo. Têm medo das coisas que não conhecem e fogem quando em perigo. Sempre pensam assim, a não ser em 2 situações que conhecemos muito: quando são ensinados pela quebra do medo tornado isto em confiança e quando se relacionam com outros seres vivos puros, inocentes e principalmente honestos e limpos de maldade. O citado “kit básico” que os cavalos possuem ainda é formado por mais algumas características que fazem destes animais ainda mais especiais e apaixonantes, como por exemplo, a honestidade nos atos, a cumplicidade com o próximo membro do grupo, a confiança pelo conforto, o respeito pelos indivíduos mais experientes. Os cavalos ainda possuem uma característica interessante: são animais que julgam as coisas por duas formas: o que eles entendem e aceitam e o que eles não entendem e não aceitam. Isto significa que quando um cavalo não entende ou não aceita algo, ele não faz e diz isto ao seu próximo com toda a calma e clareza. Não possuem “meias palavras”, não são de enganar ou de ficar protelando uma informação ou causa. Além disso, ainda tem mais: quando aprendem a confiar em algo ou alguma situação, entregam-se com o coração para sempre fazerem o melhor. HORSES’S LIFE 17 Manejo As necessidades nutricionais dos cavalos Compreender o sistema digestivo do cavalo é essencial para preservar a saúde dos animais Autora: Claudia Leschonski 18 HORSES’S LIFE A s necessidades dos cavalos Todo proprietário de cavalos que cuida de seus animais com carinho e responsabilidade quer dar a eles tudo de que precisam, dentro das diferentes condições de manejo as quais são sujeitos cavalos de diversas raças e utilizados nos mais diversos esportes e finalidades Brasil afora. E nesta busca, surge uma dúvida a qual não acomete apenas cavaleiros e criadores iniciantes, mas também pessoas experientes, e até profissionais da indústria do cavalo: como diferenciar o essencial do opcional e do supérfluo? Algumas necessidades elementares são compartilhadas por todos os cavalos: acesso permanente a água e volumoso de qualidade, instalações seguras, pastagens ou piquetes onde eles possam passar em liberdade uma parte do dia, na companhia de outros cavalos. Cavalos de todos os tipos também precisam de cuidados sanitários, tais como vermifugaçoes e vacinas, e de manejo incluindo acompanhamento veterinário e casqueamento ou ferrageamento periódicos. Cavalos de montaria ou de esporte devem ser treinados pelo profissional de cada modalidade, éguas reprodutoras têm que ser alojadas em haras de qualidade para poderem produzir bons potros, e assim por diante. Dentre as práticas do manejo de cavalos instituídas pelo ser humano, uma bastante controversa é a nutrição, onde às vezes o único consenso entre especialistas parece ser que todos os animais precisam comer, mas comer o quê? Pasto verde, feno ou alfafa? Ração industrializada, misturas caseiras ou aveia? O sal mineral é necessário ou opcional? E da vasta gama de suplementos oferecidos no mercado – vitaminas, minerais, aminoácidos, entre tantos – como saber quais cavalos precisam de qual tipo de produto? Como decidir as condições e freqüência em que estes produtos serão fornecidos? Este é de fato um assunto muito extenso, que será nosso tema em uma série de novos artigos aqui na Horse’s Life. Para começar, acompanhe abaixo algumas dicas sobre os fundamentos da nutrição equina. ALGUMAS NECESSIDADES NUTRICIONAIS DOS CAVALOS Cavalos precisam ter água fresca e 6 Profissionais especializados, tais 9 Sempre se deve obedecer o in1limpa sempre a disposição. como veterinários, zootecnistas e tervalo de uma hora antes e depois de gramínea de quali2dade,Volumoso seja pasto verde ou feno, é o agrônomos, precisam sempre ser consultados para determinar o regime nutricional ideal para cada cavalo. alimento mais importante para todo cavalo. “ideal” de volu7mosoO fornecimento para cavalos é à vontade, ou e éguas reprodutores, po3trosCavalos em crescimento, animais em trabalho intenso, recuperando-se de enfermidades ou geriátricos precisam de energia e proteína em quantidades superiores àquelas encontradas nos volumosos, os quais têm que ser fornecidos por um concentrado de boa qualidade e na quantidade correta. solos brasileiros são de modo 4geralOs deficientes em elementos macro- e microminerais nas quantidades necessárias aos eqüinos, por isso o fornecimento diário de sal mineralizado é aconselhado para todos os cavalos. seja, aquilo que os animais devem ingerir. Uma boa quantidade também pode ser bem calculada considerando 2% do peso vivo do animal em matéria seca, ou seja, 8 kg diários de matéria seca (M.S.) de volumoso para um cavalo de 400 kg. ATENÇÃO: considerando o teor de umidade tanto de pasto verde quanto de feno, isto corresponde a 30 a 40 kg de pasto verde ou capineira (= capim cortado e oferecido fresco), ou 12 kg de feno. Muito mais do que a maioria dos cavalos estabulados recebe – e aí já está uma das principais causas das cólicas que acometem os cavalos: a quantia insuficiente de volumoso que recebem. conceito moderno de nutrição 10de Oequinos preconiza “quanto mais Muitos de nossos cavalos aliam ca- 8 A quantidade padrão de forne5racterísticas próprias com o ambien- cimento de concentrado (rações cote em que vivem de uma maneira tal que a utilização de suplementos nutricionais se torna para eles imprescindível, como diferencial para que se atinja a performance esperada. Algumas destas características são precocidade genética, trabalho intenso, clima tropical e deficiências minerais em grãos e gramíneas, entre outras. do fornecimento de concentrado e as sessões de treinamento, pois cólicas graves podem acontecer quando esta regra não for obedecida. Assim, cavalo que ganha ração ao meio-dia não deve trabalhar depois das onze horas, e só voltar a trabalhar após a uma da tarde. merciais, mistura caseira, grãos em geral...) é de 1% do peso vivo, ou seja, 4 kg diários para um cavalo de 400 kg. Este total deve ser dividido em três refeições diárias, também para minimizar o risco de cólica. volumoso de boa qualidade melhor” e também “as menores quantidades possíveis do melhor concentrado possível”. Ou seja, no fornecimento de concentrado, as misturas baratas – tais como aquelas muito tradicionais, com mistura de rolão de milho, farelo de trigo, etc – devem ser evitadas a todo custo. As mesmas causam sobrecarga gástrica por amidos, induzindo a cólicas fermentativas. As rações modernas de alto teor energético são preferíveis, minimizando o risco digestivo. Vamos enfatizar: quanto menos ração o cavalo comer, para suprir sua demanda energética, melhor. Um quilo de ração cara é melhor que dois quilos de ração barata, pois confere nutrição tão boa ou melhor, sem a sobrecarga inerente aos amidos “vazios”. HORSES’S LIFE 19 Pelo mundo BELAS CRINAS, LONGAS CAUDAS C Genética, nutrição e muito capricho para garantir crinas e caudas exuberantes Autora: Equipe HL, a partir de material gentilmente cedido pela Revista NRHA Reiner (EUA) auda e crina bem cuidadas caracterizam todo belo cavalo. Especialmente quando se trata de cativar o olho do juiz, como na conformação, pois além de tudo são indicativos aos cuidados que o proprietário tem com a saúde os cuidados gerais deferidos aos seus animais. Também na Rédeas, crinas e caudas abundantes valem quase que pontos extras. Círculos rápidos, paradas profundas e spins eletrizantes são acentuados por caudas embandeiradas e longas crinas esvoaçantes. 22 HORSES’S LIFE Princípios gerais da boa toalete Todo programa de “cuidados de beleza para cavalos” tem tanto princípios gerais quanto particularidades locais. Por exemplo, há diferenças no preparo de cavalos no clima quente e seco do sertão nordestino, no calor úmido do litoral, ou ainda nos invernos frios do Sul. Cavalos encocheirados precisam de cuidados diferentes daqueles que ficam expostos ao sol por várias horas diárias. Um ponto de partida pode ser observar os profissionais bem-sucedidos de sua região, perguntando com educação e jeito para ir aprendendo algumas dicas e segredos do sucesso. Mas antes de tudo, vale revisar os princípios gerais da limpeza, manejo e toalete de cavalos. Beleza cavalar Há diversos fatores genéticos influenciando beleza e aparência dos cavalos. Os appaloosas tendem a ter caudas curtas e crinas finas, enquanto Paints e quartos-de-milha os têm mais longos e espessos. Em todo caso, uma bela pelagem começa com um bom programa de nutrição. O volumoso precisa ser complementado com um concentrado bem equilibrado. É interessante ter um bom teor de vitaminas do complexo B, especialmente biotina, ou usar um suplemento comercial para cascos. Manutenção constante Não há como escapar da manutenção constante nos cuidados com crina e cauda. Escovação diária e banho regular com shampoo removem sujeira, suor, detritos cutâneos e outras impurezas que enfraquecem os pêlos. A limpeza também previne dermatites por fungos e bactérias, que causam danos à pelagem e aos pêlos longos de crinas e caudas. Muitos profissionais gostam de banhar os cavalos uma vez por semana, dando atenção especial aos pêlos longos com shampoo e condicionador. Numa rotina menos intensa de trabalho, pode ser possível usar shampoo a cada quinzena, porém enxaguar com água corrente após cada treino, e aplicar desembaraçador à base de silicone conforme a necessidade. Em geral, quanto mais quente o clima, maior a necessidade de cuidados de higiene – também por causa da maior incidência de insetos. Sinal amarelo para pentes e escovas Uso agressivo de escovas duras e especialmente de pentes danifica os pêlos longos da crina e cauda, e deve ser abolido totalmente, pois especialmente a cauda vai perdendo fios, afinando e encurtando com muito mais velocidade do que se dá o cresciHORSES’S LIFE 23 mento natural da “cabeleira equina”. Para a crina, pode ser usada uma escova de cabelo humana, de cerdas médias. Pentes, ainda que úteis para desembaraçar, precisam ser usados com cuidado, sempre com a crina limpa e junto com condicionar ou desembaraçador. Pente e escova jamais devem ser tracionados com força. É interessante usar as Prevenindo danos Muitos fatores ambientais podem prejudicar a pelagem, e a luz solar intensa está entre eles. Confinar os cavalos em cocheiras permanentemente prejudica a sua saúde, mas quando necessário podemos utilizar os piquetes apenas de manhã bem cedo “ USO DE PENTES DANIFICA OS PÊLOS LONGOS DA CRINA E CAUDA mãos antes da escova, desembaraçando os piores nós e emaranhados. Apenas quando é possível correr os dedos da mão, sem forçar, por toda a extensão de crina ou cauda, é indicado prosseguir com a escova. A escovação deve acontecer das pontas para a base, dedicando-se com cuidado a cada emaranhado. Depois desta primeira passada, o processo é repetido, agora da raiz para as pontas. É importante incluir todos os fios, não apenas as camadas superficiais, e começar no ponto onde o fio emerge da pele. Esta escovação estimula os folículos pilosos, remove as células mortas, e ativa a produção de óleos naturais, deixando a pelagem mais brilhante. Mesmo com tudo isso, é importante ser sempre cuidadoso e não exagerar! Repetindo: o uso de pentes na cauda é contra-indicado, pois eles arrancam os fios longos. O mesmo procedimento da crina deve ser usado, começando com as mãos e seguindo com uma escova do tipo humano. Em geral, estes cuidados mais intensivos devem se limitar à preparação para eventos, pois feitos diariamente, sempre acabam quebrando alguns dos fios da cauda. É melhor segurar na outra mão o segmento de cauda com que se está trabalhando, ao invés de deixá-lo pender ao natural, pois o peso da cauda e a ação da gravidade intensificam a pressão da escova e o risco de quebra de fios. 24 HORSES’S LIFE ou no final do dia. Bloqueador solar em spray também pode ser utilizado (prática que não é habitual no Brasil, mas muito comum nos EUA). Quando há cavalos mantidos em grupo, volta e meia um deles gosta de mascar crinas e caudas dos demais. Nestes casos, pode ser necessário aplicar um repelente de gosto amargo – mas não pode ser tóxico, nem causar irritação à pele! Outras opções são malhas de proteção especiais para “treinar” a crina a permanecer na posição desejada, ou ainda o uso de “meiões” para acondicionar as caudas no dia-a-dia, assim mantendo-as limpas e desembaraçadas. No entanto, o uso destes equipamentos, de tecido ou neoprene, também pode agravar a infestação de bactérias, ou seja, eles precisam ser higienizados com frequência, e não podem ser usados no animal sujo. Para serem colocadas nos “meiões”, as caudas devem estar limpas, secas, e trançadas, porém sem apertar demais a trança. Alguns treinadores não gostam dos meiões, considerando que os mesmos promovem quebra dos fios. Outra opção é manter as crinas trançadas, uma vez que elas estejam longas o bastante. E o comprimento da cauda? Em geral, para cavalos de rédeas é considerado correto mantê-la na altura do boleto, logo acima das skid boots. Ela pode ser cortada reta ou ter a extremidade desfiada, de acordo com a preferência pessoal. HORSES’S LIFE 25 MAQUIAGEM E PRODUÇÃO DE CAVALOS por Jacira Rodrigues O embelezamento de cavalos para leilões e outros eventos é um setor em expansão. expositor, vendedor, dependendo do evento. A resposta do público tem sido muito boa. No último leilão Two Brothers, por exemplo, a equipe Jacira Beauty recebeu muitos elogios. Jacira Rodrigues e seu marido José Carlos têm uma carreira conjunta de quase trinta anos na indústria brasileira do cavalo. Hoje eles são proprietários do centro de treinamento JCR RANCH, que treina cavalos para apartação. Faz parte da estrutura o Jacira Beauty Show Horse, que é um prestador de serviços do JCR Ranch, embelezando e produzindo cavalos para eventos. A Horse’s Life pediu a Jacira que compartilhasse um pouco de sua experiência com nossos leitores, falando deste setor que tem tudo para crescer, por ser ainda pouco comum no Brasil, ainda que este tipo de prestação de serviço já seja muito comum em outros países. Confiram abaixo. Horse’s Life (HL): Fale sobre a origem deste serviço que presta atualmente, de maquiagem e produção de cavalos. De onde veio a idéia, como foi implantado, a reação do público, evolução, etc. Jacira Rodrigues (JR): Comecei em 2007 quando o Décio, gerente do Think A Mite Ranch me convidou para ajudar a equipe dele no leilão. Começava aí. Fui amadurecendo a ideia, sendo que é uma prestação de serviços que inclui vários segmentos, todos visando dar mais praticidade, com profissionalismo, ao criador, 26 HORSES’S LIFE (HL): Qual o perfil de seus clientes? Com que tipo de eventos trabalha? (JR): Ainda são poucos, por ser um segmento novo no mercado, mas são de ponta, o que faz toda a diferença e muito me honra. O Think A Mite foi onde tudo começou, depois veio o Two Brothers e o Rancho Coyote. Nossa equipe faz a média de 35 cavalos por leilão. Nosso perfil típico de cliente são pessoas práticas, empreendedoras e que têm visão de mercado. A Jacira Beauty oferece um pacote de serviços bem variados para leilões, sendo o mais requisitado a maquiagem. (HL): Poderia dar algumas dicas para quem deseja “dar um trato” no visual de seu cavalo? (JR): Seja lá o que você faça, faça com amor, que é o principal ingrediente para qualquer trabalho e qualquer profissão. Isto também eu aprendi com os cavalos. (HL): Há algum outro comentário que gostaria de fazer? (JR): Gostaria de agradecer aos clientes de Jacira Beauty Show Horse e à minha equipe maravilhosa, e a todos aqueles que caminham conosco. E em especial, ao dono e Senhor de todas as coisas, que me diz todos os dias “Você pode, você consegue”. Serviço: Jacira Beauty Show Horse (14) 3847-1001 / 9735-9747 / 9656-1658 [email protected] / www.jcrranch.com.br HORSES’S LIFE 27 28 HORSES’S LIFE HORSES’S LIFE 29 Festa de Lançamento Personalidades 1 2 Momentos de descontração no Lançamento do garanhão Steppin Off Sparks, no Haras Villa San Jose, dia 19 de junho na cidade de Porto Feliz/SP Foto 01 José Paulo e Nelsinho Rodrigues Foto 02 Gilson Vendrame e Daniela Foto 03 Loly e Marcos Foto 04 Zeca Pucci e Raphael 3 Foto 05 Karoline e Tânia Rodrigues Foto 06 João Felipe, Bolo e Ricardo Soncini Foto 07 José Paulo, Georgia, Filiphi e Patrick 4 5 6 30 7 HORSES’S LIFE HORSES’S LIFE 31 Evento FESTA DO PEÃO DE BARRETOS A Anuncia novidades da edição 2010 maior Festa do Peão da América Latina chega a sua 55ª edição com várias novidades em sua programação que inclui atrações musicais, culturais, esportivas, gastronômicas, infantis e, claro, muito rodeio. De 19 a 29 de agosto, a Festa acontece no Parque do Peão de Barretos e espera um público de mais de 800 mil pessoas com 11 dias de atividades intensas. A programação musical é anunciada com um tom eclético, que vai do pop rock ao sertanejo universitário com encontros inéditos. Quem abre o evento é a cantora Ana Carolina (dia 19). No mesmo dia também há show de Inimigos da HP, depois vem Victor & Leo, Exaltasamba e Tom & Arnaldo (dia 20), Banda Restart e Alexandre Peixe (dia 21), Fernando & Sorocaba e Zé Henrique & Gabriel (dia 22), Dejavu do Brasil e Bonde do Forró (dia 23), Thales & Thiago (dia 24), Cesar & Paulinho, Sergio Reis e Gian & Giovani (dia 25), Eduardo Costa (dia 26), João Bosco & Vinicius e Hugo Pena & Gabriel (dia 27), Luan Santana, Jorge & Mateus, Matogrosso & Mathias e João Carreiro & Capataz (dia 28)*. O presidente da Festa Marcos Murta enfatiza que este é só o começo: mais nomes devem ser confirmados e a grade geral artística deve chegar a mais de 100 shows musicais em quatro diferentes palcos espalhados pelo Parque do Peão. COMPETIÇÕES NACIONAIS E INTERNACIONAIS ESQUENTAM A DISPUTA NO BARRETÃO Entre as novidades deste ano nas competições esportivas está a realização do Mundialito de Três Tambores. Pela primeira vez o Brasil sediará a competição que contará com representantes de nove países: China, Itália, Holanda, Austrália, Espanha, Estados Unidos, Panamá, Uruguai e Brasil. No ano passado, uma dupla brasileira foi a grande campeã do Mundialito que aconteceu na Itália. As disputas válidas pelo Mundial no Brasil acontecem de 25 a 29 de agosto. Outra novidade será a disputa do Campeonato Top Brasil Interestadual de Montarias em Touros. Treze estados brasileiros disputarão a competição com seus times compostos de cinco atletas de 23 a 25 de agosto. Os estados em disputa serão São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso 32 HORSES’S LIFE do Sul, Goiás, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Rondônia, Amapá e Santa Catarina. As três melhores equipes terão vaga garantida no 18º Barretos International Rodeo, que acontece no segundo final de semana da festa barretense. No ano passado Barretos foi sede da Copa do Mundo de Montarias em Touro e neste ano retoma o formato tradicional do Barretos International Rodeo. Entre os países já confirmados no torneio internacional estão: Estados Unidos, Itália e França. As disputas vão acontecer de 26 a 29 de agosto. CIRCUITO BARRETOS DE RODEIO Além destas disputas, a arena do Estádio de Rodeios de Barretos receberá no primeiro final de semana da Festa – 19 a 22 de agosto – a disputa da final do Circuito Barretos de Rodeio. O campeonato passou por mais de 30 cidades brasileiras e os vencedores de cada etapa disputam a final em Barretos. Mais informações e a programação atualizada da 55ª Festa do Peão de Barretos estão disponíveis no www.independentes.com.br Estância 4M prepara Semana do Cavalo 2010 Entre os dias 04 e 12 de setembro, a Estância 4M estará realizando mais uma Semana do Cavalo com muitas atividades na programação como: palestras, clínicas, cursos, provas uncionais, galeria de garanhões e reprodutoras e ainda o 4º Leilão 4M & Convidados. Devido ao sucesso do evento no ano passado, a Estância 4M resolveu ampliar a programação e já lançar a Semana do Cavalo 2010, que irá acontecer entre os dias 04 e 12 de setembro. Este ano serão mais dias de realização e mais atividades englobadas, como palestras e cursos, além de provas de Laço de Bezerro e Laço em Dupla acrescidas à programação das competições de Apartação e 3 Tambores, já realizadas no ano passado. O evento irá acontecer no Rancho Quarto de Milha, em Presidente Prudente/SP. No dia 04, a programação começa com uma importante prova de Laço: o 5º Potro do Futuro da ANLB – Associação Nacional de Laço de Bezerro. Dando continuidade à modalidade, no dia 05, acontece a 8ª etapa do Campeonato Nacional e também a chegada da Cavalgada Independência no Rancho Quarto de Milha com almoço, tendo no cardápio Boi no Rolete. A partir da segunda-feira, dia 06, começam as clínicas e palestras. A primeira delas é sobre Doma Racional com o juiz Celso Cuba, além de palestra sobre Manejo Reprodutivo de Equinos, com o doutor Valsair Pessoa. No dia 07 tem início a 1ª Copa Independência de Laço em Dupla e também o lançamento da Galeria de Garanhões e Reprodutoras. Dia 08, Clínica de Casqueamento e Correção de Potro, com Celso Cuba e Palestra sobre Sanidade Equina, com a veterinária Pollyana Braga. A modalidade Apartação também será tema de clínica na Semana do Cavalo. Dia 09, o treinador Serginho Araújo ministra o curso para os interessados e Celso Cuba volta a ministrar curso falando sobre Conformação (Aprumos). Ainda no dia 09, Marcos Girotti fará uma clínica de Preparação de Animais para Leilão. No dia 10, acontece a 2ª Etapa do Campeonato Paulista de Apartação da Anca 2010/2011. No mesmo dia, Vagner Simionato ministra Clínica da modalidade 3 Tambores e, à noite, apresentação dos animais do 4º Leilão Estância 4M e Convidados. Dia 11 continua a 2ª etapa do Campeonato Paulista de Apartação e a Clínica de 3 Tambores, sendo que a noite acontece o 4º Leilão Estância 4M & Convidados. Finalizando a programação, no domingo, dia 12, estará acontecendo a 3ª Prova Haras Gasparim de 3 Tambores. Na Galeria de Garanhões e Reprodutoras, os organizadores ressaltam que contarão com a participação dos animais: Jay Proud, Sonora Song 2I, A Latte Blue e Tilly Playboy, já confirmados no evento. Também como novidade este ano acontecerá uma Oficina do Couro, que tem como objetivo aumentar a renda familiar ou apenas montar objetos para uso pessoal. Na oportunidade, os participantes aprenderão a classificar a qualidade do couro, além de produzir chaveiros, chinelos, cintos e bainha para canivete e facas, entre outros. Mais informações e a programação completa poderão ser obtidas no site: www.estancia4m.com.br Cruzeiro Marítimo do Quarto De Milha Não haverá cavalos a bordo, mas este cruzeiro será o agito da temporada do QM. Todos já participaram de leilões de elite, sofisticados, luxuosos e até temáticos, mas com certeza um leilão de cavalos realizado a bordo de um navio de cruzeiro de luxo é um conceito bem diferente, e uma experiência nova e inesquecível para os participantes. E o convite de estar presente se estende a todos que tenham tempo e vontade de participarem do II VIRTUAL OCEAN VELOCITY SALE, dia 10/12/10, SEXTA-FEIRA - 20:00, promovido pelo Haras Fazenda Regina (Beto Abdalla) e Haras Canarim (Cezar Machado), durante o Cruzeiro Marítimo do Quarto de Milha no Navio Grand Mistral, no período de 09 a 12/12/2010. Certamente, a repercussão positiva será ainda maior que aquela registrada por ocasião da primeira edição deste tipo de leilão. A transmissão do leilão ocorrerá ao vivo pelo Agrocanal no dia 10/12/2010 direto do Restaurante Pátio Havana em Búzios, com realização da MBA Leilões. Refeições e bebidas estarão incluídas no pacote. Maiores informações e reservas podem ser obtidas através dos contatos abaixo: Danielle Antunes International House Cel: (14) 9776-6012 Nextel: (14) 7834-4313 ID 119*108044 [email protected] HORSES’S LIFE 33 Evento 33º Campeonato Nacional do Quarto de Milha Cerca de 5 mil inscritos, do Brasil e do Exterior, rumam a Avaré na disputa por R$ 600 mil em premiações O 33º Campeonato Nacional da Raça Quarto de Milha, realizado pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha (ABQM), entre os dias 10 a 17 de julho, no Parque de Exposições Dr. Fernando Cruz Pimentel (Emapa), atraiu muitos competidores até a cidade de Avaré (SP). Cerca de 5 mil inscritos, do Brasil e do Exterior, entraram na disputa pelos R$ 600 mil em premiações. Avaliado pela ABQM como o maior evento do ano, o Campeonato Nacional reúne cerca de 1.900 animais em competições, entre os melhores do país. Isso sem contar os maiores cavaleiros, amazonas, treinadores, proprietários e criadores. Além da premiação, que foi de encher os olhos, o Campeonato Nacional preparou 680 troféus para marcar as provas de Maneabilidade e Velocidade, Cinco Tambores, Working Cow Horse, Seis Balizas, Laço de Bezerro, Laço em Dupla (Pé e Cabeça), Rédeas, Três Tambores, Western Pleasure, Team Penning, Apartação, Ranch Sorting, Conformação e agora o oficializado Bulldog. Leilões Com o apoio da entidade quartista, o Campeonato Nacional sediou ainda oito leilões, entre eles o da própria ABQM, que foi remodelado e apresentou uma nova dinâmica. Entre as novidades do novo formato destaca-se o sistema de vendas. Os animais licitados têm um tempo máximo de três minutos para serem arrematados. Um painel de tempo, com contagem regressiva, dispara no momento em que o animal entra no palco. Quando faltam 15 segundos para terminar, é disparado um aviso sonoro, avisando que o tempo está acabando. Ao se esgotarem os três minutos, o aviso sonoro é acionado novamente e o leiloeiro bate o martelo, finalizando a venda. Vale esclarecer que o tempo de licitação é de no máximo três minutos, porém, não é necessário todos os animais usarem esse tempo para serem arrematados. Quando ocorrer de os lances se esgotarem antes dos três minutos, o leiloeiro pode bater o martelo e finalizar a venda. A outra grande novidade é que todos os animais vendidos e liberados pela leiloeira são imediatamente transferidos para o nome do comprador com Alienação Fiduciária. A alienação fica registrada no certificado de registro do animal e a transferência de propriedade definitiva só ocorrerá após a liquidação da dívida. Assim o comprador impedido de negociar o animal antes da quitação da dívida, mas podendo usufruir dele, conforme artigo 55 do regulamento do registro genealógico da Raça Quarto de Milha. A volta do Leilão Oficial tem como objetivo principal oferecer ao associado uma opção mais acessível para a venda de seus animais, com toda a transparência e segurança dos leilões oficiais da ABQM. Confira a programação completa no site: www.abqm.com.br 34 HORSES’S LIFE HORSES’S LIFE 35 36 HORSES’S LIFE HORSES’S LIFE 37 Rodeio Leandro César com GENERAL garatiu a laçada certa para levarem o título de Campeões 38 HORSES’S LIFE Show de velocidade em Americana Bulldog, laço em dupla e três tambores na 24ª Festa do Peão de Boiadeiro de Americana E Fotos Adilson Silva ntre os dias 10 e 13 de junho, as provas de Bulldog, Três Tambores e Laço em Dupla deram um verdadeiro show de velocidade durante a 24ª Festa do Peão de Boiadeiro de Americana. Foram momentos de muita expectativa, tanto para os participantes quanto para o público. Esta festa de Americana, vem se consagrando como uma das mais importantes e tradicionais do país, tendo nesta edição um público de mais de 300 mil pessoas, num clima aliando descontração com emoção. Ao todo, 29 bulldogueiros disputaram a 3ª etapa da ANB (Associação Nacional de Bulldog). Renato Finazzi Júnior, de Barretos, conquistou o primeiro lugar. O segundo ficou com Cesar Brosco, de Avaré, em terceiro José Ricardo Macedo, de Presidente Prudente, em quarto lugar Cláudio Mota Cardoso, de Bauru e, por último, Bruno Cerigatto, também de Presidente Prudente. Na oportunidade, também foi realizada a 8ª etapa da Copa Barretos de Bulldog. Já nos Três Tambores, 40 meninas disputaram o título de 2010. A grande vitoriosa da modalidade foi Thaissa David, de São Paulo. Em segundo lugar ficou Gabriela Zampiere Ferro, de São Pedro, em terceiro Rafaela Cristina Laturragh, de Indaiatuba, em quarto lugar ficou Isabela Roslolen, de Sumaré e, em quinto, Rafaela Fenley Fortunato, de Americana. FESTA DE AMERICANA SE CONSAGRA COMO UMA DAS MAIS IMPORTANTES DO PAÍS HORSES’S LIFE 39 O Laço em Dupla somou 70 inscrições e também gerou expectativa dentre os participantes. No entanto, a dupla vencedora foi Carlos André de Castro e Leandro Cesar Silva, ambos de General Salgado. O segundo lugar ficou com José Aparecido Mendonça e Germano Cavalheiro, de Pindamonhangaba e Itu, o terceiro com Guilherme Rocha e Everton Chiozzini, de São José do Rio Preto e Mirassol, o quarto lugar ficou com Cleber Zanovello e Leandro César Silva, de Floreal e General Salgado e, em último, a dupla Diego Hespanhol e Leandro Hespanhol, de Sumaré. Time da Rodeo Way em boas colocações Buscando aliar a imagem do atleta com a da marca, a Rodeo Way patrocina alguns nomes de maior expressão no cenário nacional, iniciativa que proporciona uma boa visibilidade para os atletas e tem ajudado a formar ídolos em nosso país. E nas provas cronometradas de Americana não foi diferente. Cesar Brosco e Everton Chiozzini garantiram uma das 10 vagas na final do Bulldog e Laço em Dupla, respectivamente. O Laço em Dupla foi a primeira prova da fria noite de domingo. Laçando com Guilherme Rocha, de São José do Rio Preto, Everton Chiozzini, de Mirassol, tinha a menor somatória, e entrou para a final em primeiro lugar. Já no brete, sabiam que precisavam de um tempo inferior a 4s60 para serem os campeões. Mas não deu, e com a soma final de 14s92 terminaram o rodeio em terceiro lugar. Já César Brosco, que liderava o ranking nacional até a etapa de Americana, marcou 4s69 na final, o menor tempo do domingo no Bulldog, e esperou Renato Finazzi se apresentar. Se seu companheiro fizesse um tempo maior que 5s85 o título ficaria com ele. Entretanto, Finazzi marcou 5s25 e César terminou a competição como vice-campeão de Americana em 2010. Tanto César como Everton somam títulos importantes na carreira, consagrando-se como ídolos do esporte country. 40 HORSES’S LIFE Bulldog foi destaque nas cronometradas de Americana Por mais um ano a Associação Nacional de Bulldog esteve presente no rodeio de Americana, realizando a 3ª etapa do campeonato. Outra vez, sucesso! Presença de 29 buldogueiros, muitos nomes novos na modalidade e um verdadeiro show de raça, precisão, técnica e velocidade. A modalidade mais radical do rodeio levantou as arquibancadas. Renato Finazzi Junior foi o grande campeão da etapa, somando pontos importantes no ranking. Como em todos os rodeios, a etapa da ANB contou com três eliminatórias nas manhãs de quinta, sexta e sábado e três classificatórias nas noites de quinta, sexta e sábado. A final aconteceu no domingo, entre dez classificados. Os finalistas foram determinados pela somatória dos tempos da manhã e noite. E, para a classificação final, contava ainda o tempo de domingo. Tendo garantido sua presença na final já no primeiro dia, com a soma 9s81, Renato esperou o desenrolar da prova. Muito bem classificado, ele entrou para a final em primeiro. Ele sabia que precisava marcar um tempo inferior a 5s85. César Brosco, outro super campeão do Bulldog, tinha acabado de fazer 4s69 e apertou a decisão. E quando o locutor Alessandro Mendes anunciou o tempo de Renato, bastou comemorar, emocionado. Com o 5s25 da final, a somatória de Renato foi 15s06. Agora ele tem 8100 pontos no ranking e assumiu a liderança. César, que era o líder, agora passou para segundo lugar, com 5910 pontos. De acordo com Renato Finazzi, a maior dificuldade desta prova foi a posição do brete, já que os animais não saiam em direção reta. Neste caso, ele destacou o trabalho do esteira Nildevar Vieira, que ajudou no direcionamento dos bois. Quanto à definição da competição, Finazzi garantiu estar bem preparado. “Além disso, eu estava bem montado, o que facilitou que eu ganhasse”, disse. Esta foi a 2ª vez que Finazzi vence um campeonato em Americana. Ele levou para casa uma moto e uma sela. Renato Finazzi Jr com POCO DUN IT (na esteira Nildevar) Americana sedia Copa Barretos de Bulldog Os organizadores da Copa Barretos de Bulldog aproveitaram a Festa do Peão de Americana para realizar a 8ª etapa da temporada. Inicialmente programada para acontecer somente em Barretos e São José do Rio Preto, a Copa ganhou força e já faz etapas em alguns rodeios, o que tem ajudado a firmar a modalidade no Brasil. E esta foi a primeira vez que Americana fez parte do circuito. Para definir a classificação final da etapa, levou-se em conta três tempos, dos três dias de eliminatórias. Quem já tinha se classificado para a final do rodeio (e por isso não correria a eliminatória no dia seguinte), corria um boi após a prova da manhã. A etapa foi marcada pelo clima do rodeio, que é diferente de outros eventos. O campeão de Americana pela Copa Barretos foi Francisco Tapparo Ito, de São José do Rio Preto, SP, com soma de 16s31. Ele vem liderando o ranking e agora tem 2850 pontos. Renato Finazzi ficou em segundo, com 17s35, seguido por Rodrigo Peres, em terceiro, com 21s33, Gabriel Pranuvi, em quarto, com 22s13, e Cesar Brosco, em quinto, com 132s31. A próxima etapa da Copa acontece de 23 a 25 de julho, no rodeio de Vargem Grande do Sul. Tanto a Copa como o Campeonato Nacional ANB terminam no grande rodeio de Barretos, em Agosto. Mais informações, como ranking e calendário completos: www.renatofinazzi.com.br HORSES’S LIFE 41 Esportes Internacionais QUERO SER OLÍMPICO!! Volta e meia ouvimos que determinado esporte equestre já está se tornando olímpico. Como funciona esta qualificação? N Autora: Claudia Leschonski o mundo do cavalo há uma grande diversidade de esportes equestres – alguns federados, outros não. Algumas modalidades são olímpicas, outras fazem parte do elenco de disciplinas dos Jogos Equestres Mundiais. E no Brasil, como é a situação? O que é regido pela Confederação Brasileira de Hipismo? E as federações estaduais? Como uma disciplina equestre se torna olimpica? Vamos tentar elucidar um pouco todo este panorama, começando de cima para baixo: pela Federação Equestre Internacional (FEI). Antes, vamos à definição de alguns termos da maneira como serão usados neste texto: • equitação: é toda montaria executada com técnica, independente da modalidade, e mesmo que não seja competição. Existe a equitação western, a equitação campeira, a equitação clássica, sempre seguindo os preceitos de treinamento, o uso de equipamentos e indumentária, a funcionalidade, de cada tipo de cultura equestre. • hipismo: é o esporte equestre de competição, ou seja, o exercício da equitação em provas e concursos. No Brasil, há uma tendência geral de considerar “hipismo” sinônimo de salto, o que não é bem verdade – o salto é uma modalidade de hipismo. É perfeitamente correto, apesar de pouco usual, considerar a prova de rédeas uma modalidade hípica – portanto, hipismo. • Esporte federado: é uma modalidade que seja chancelada por uma Federação Estadual ou Confederação Nacional, ou seja, por uma entidade oficial de esporte. Muitos esportes ainda não reconhecidos por uma Federação têm Associações próprias, tais como a ANCA, por exemplo (Associação Nacional do Cavalo de Apartação). • FEI – órgão máximo do esporte equestre internacional, que regulamenta, coordena e executa a realização de provas hípicas em todos os continentes. Atualmente, SETE modalidades equestres são chanceladas pela FEI: • Nos esportes clássicos: salto, adestramento e CCE (concurso completo de equitação) • No western: rédeas • Outros: volteio, enduro e atrelagem • Além disso, a realização de atividades para-equestres de competição (adestramento e atrelagem), voltadas para pessoas com necessidades especiais, também é atribuição da FEI. 42 HORSES’S LIFE Há mais de um século, as Olimpíadas são o evento máximo de quase todos os esportes favoritos nos mais diversos países. Os Jogos Olímpicos têm um carisma, um brilho todo próprio, que os torna o evento máximo e mais aguardado, talvez de todo o mundo, uma vez que são maiores até do que a Copa do Mundo de futebol, e que acontecem apenas de quatro em quatro anos. Consoante à origem européia das Olimpíadas, os esportes equestres olímpicos são apenas três: adestramento, salto e CCE. Mas... de algumas décadas para cá, tem havido muita controvérsia sobre se a Olimpíadas devem ou não ter disciplinas hípicas: seja por causa do custo envolvido, seja por conta do crescente deslocamento das sedes olímpicas para além do eixo Europa – América do Norte (ou seja, países sem tradição equestre nem interesse maior por esportes equestres passam a sediar Olimpíadas), ou ainda devido à crescente preocupação internacional com o bem-estar animal, que faz com que em determinados círculos o próprio uso do cavalo em esportes, visando tão-somente o prazer e a satisfação humanos, chega a ser questionado, e às vezes de maneira bastante veemente. Seja como for, é sabido que determinadas esferas do COI (Comitê Olímpico Internacional) gostariam de afastar os cavalos de vez das Olimpíadas. Encontram oposição não apenas do poder da FEI, desde sempre vinculada às casas reais europeias (e portanto ao poder político do velho continente), mas também de fatores financeiros puros e simples, à medida que a procura por cobertura televisiva (e portanto de público e de patrocinadores) dos eventos equestres continua sendo muito forte. Fazendo o balanço de prós e contras, quem é do ramo costuma afirmar que para que um novo esporte equestre seja admitido nas Olimpíadas, outro tem que sair. Quem seriam os postulantes – o enduro financiado pelos sheiks dos emirados, a modalidade Rédeas encampada pelos milionários texanos? Nesta hipótese, sua oposição seria o CCE, que tem ferrenhos defensores entre a nobreza europeia (e portanto na FEI), mas que também é o mais cotado para ser defenestrado, em que pesem os custos elevados para realização de uma prova, o número reduzido de países praticantes, os riscos para cavalo e cavaleiro... enfim, a última palavra de tudo isto está longe de ter sido escrita. Neste cenário é que foram criados, há mais de vinte anos, os Jogos Equestres Mundiais (JEM, ou WEG), também realizados a cada quatro anos, e que agora em 2010 acontecerão em Lexington (Kentucky, EUA). Eles englobam todas as modalidades chanceladas pela FEI, e há quem diga que foram, desde o início, criados para se tornarem a “alternativa equestre” às Olimpíadas,que passariam a não mais ter cavalos. Mas, se é que havia esta intenção, ao menos por enquanto esta mudança não aconteceu, e os WEGs e Olimpíadas continuam existindo lado a lado, ambos atraindo a elite dos esportes equestres internacionais. Para todos os esportes que ambicionam o selo “olímpico”, tais como rédeas e enduro, e mais recentemente o tambor, é necessária tanto paciência quanto um trabalho de base e de marketing muito bem organizados, bem como compreender os elementos envolvidos: o equilíbrio entre praticantes, dirigentes, organizado- res, público, mídia e patrocinadores. O patrocinador quer exposição da marca = a divulgação na mídia. Esta exige interesse do público, que por sua vez quer ser informado a respeito dos eventos. Nos países de grande cultura equestre, a pressão popular pelo bem estar animal também é muito forte. Questões como doping, métodos extremos de treinamento, e até o manejo dos cavalos de esporte (ex.: confinamento permanente, afastando-os de suas condições naturais de vida) contribuem para que as pessoas tenham uma imagem negativa do esporte equestre, o que passa a diminuir o interesse da mídia e dos patrocinadores. Outro aspecto é a chamada “televisibilidade” de um esporte. Um argumento a favor de salto e CCE é que eles são muito plásticos, bonitos e emocionantes de assistir mesmo para quem não conhece as regras. Já o adestramento é considerado “chato” de assistir, por longos períodos, até por quem é do ramo, quanto mais por quem não conheça a modalidade. É questionável até que ponto o enduro, por exemplo, seria “emocionante” para o público – e portanto gerador de receita, de venda tanto de ingressos quanto de direitos de transmissão. A questão olímpica não é fácil. Dirigentes e atletas de modalidades que queiram assegurar uma vaga têm que estar bem assessorados, e preparados para entenderem que, além de seu cavaleiro, o dorso de um cavalo olímpico carrega a tradição da cultura equestre de seu país, e também considerações políticoeconômicas de ramificações muito mais profundas do que possa parecer à primeira vista. Numa visão pragmática, a primeira coisa a fazer é buscar o reconhecimento nacional e internacional de cada modalidade, e depois a chancela da FEI. A inclusão nos Jogos Equestres Mundiais é etapa imprescindível para qualquer esporte hípico que sonhe em ser olímpico. A autora integrou o grupo de apoio da equipe brasileira de CCE em duas Olimpíadas – Atlanta 1996 e Hong Kong 2008. Adestramento - Jefferson Sgnaolin com Escudeiro nos Jogos Olímpicos de 2008, Hong Kong (Equipe Brasileira de CCE) HORSES’S LIFE 43 44 HORSES’S LIFE HORSES’S LIFE 45 Apartação Fotos Ringo Aroldo Marcelino é penta-campeão do Futurity de Apartação O 22º Potro do Futuro de Apartação contou com 114 conjuntos inscritos. Realizado pela Associação Nacional do Cavalo de Apartação (ANCA) entre os dias primeiro e quatro de julho, o evento reuniu os apaixonados pela modalidade na Fazenda Barrinha, em Espírito Santo do Pinhal/SP U m evento grandioso que, além do grande número de inscrições, contou com público prestigiando a festa que se transformou a 22ª edição do Potro do Futuro da Anca, na Fazenda Barrinha, na paulista Espírito Santo do Pinhal. A final, realizada no sábado, foi festiva o cavaleiro Aroldo José Marcelino venceu a competição na categoria Aberta apresentando Miss Sweet Money (Spooky And Smart x Shorty Be Sweet). É o quinto título do competidor, que nesta edição tirou a nota 75 do americano Todd Williamson. 46 HORSES’S LIFE A prova teve R$ 150 mil em prêmios e foi muito disputada. As competições deram início a mais um ano hípico na modalidade. Aroldo e Miss Sweet Money fizeram a maior nota já na primeira bateria da final, entre os 21 finalistas da prova, levando o delírio o público que estava na torcida. Eles conquistaram prêmio de R$ 20 mil pelo campeonato. Na categoria Aberta Limitada, Adriano Almir Batista foi o campeão com Missys Pretty Cat (Pretty Boy Cat x Missy Bravo Safari), de propriedade de Leonardo Chaves Zapala Pimental, o can- tor Léo, da dupla Victor e Léo. Ele tirou 73 pontos e conquistou o inédito título. Lineu Ferraz Neto levou mais um título na categoria Non Pro com Miss Gay Lena (Play At Second x Miss Gay Hickory), obtendo 72 pontos. Na comemoração, o competidor lembrou que já venceu o Super Stakes e que agora falta pouco para a conquista do Derby e assim vencer a tríplice coroa. Na categoria Amador, o competidor Antônio Carlos Prata Garcia Lopes, o Toni de Londrina, levou o troféu apresentando Miss Ofa Jay (Son Ofa Jay x Haidas Sugar Tari),com a marca de 72 pontos. Segundo os diretores da Anca, o Potro do Futuro foi mais um grande show de emoção, atendendo todas as expectativas de uma grande prova. A locução ficou por conta de Edson Antônio. A partir de agora, os apartadores voltam-se para o Campeonato Nacional da raça Quarto de Milha, que acontece de 10 a 17 deste mês. A primeira etapa do ano hípico de Apartação acontecerá na cidade paranaense de Sertanópolis, válida pelo Campeonato Paranaense de Apartação. Em agosto, dias 06 e 08, acontece o I Potro do Futuro da Associação Brasileira dos Treinadores do Cavalo de Apartação – ABTCA, que será realizado no recinto Melo Moraes, na cidade paulista de Bauru, durante a Expo Bauru 2010. No final de semana seguinte, dias 13 e 14 é a vez da 1ª etapa do Campeonato Paulista da modalidade e, de 02 a 04 de setembro acontece a 2ª edição do Potro do Futuro Mineiro e Good Old Boys Ranch. Mais informações no site: www.anca.com.br HORSES’S LIFE 47 Conheça aqui como ficaram as colocações do 22º Potro do Futuro de Apartação: Categoria Aberta 1º Miss Sweet Money (Spooky And Smart x Shorty Be Sweet), Aroldo José Marcelino (Armando Costa Filho, Espírito Santo do Pinhal/SP), 75 pontos - R$ 20 mil 2º Royalty River (Pepto Red Boy x Riverside), Gildo Antônio Vendrame (Angela Muniz Barreto Otsuka, Descalvado/ SP), 72 pontos – R$ 15 mil 3º GF Fire Star (Play Like A Star x Instantly Peppy), Antônio Sérgio de Araújo (Flávio Rogério Sala, Umuarama/ PR), 71 pontos – R$ 10 mil 4º Miss Spooky Cat (Spooky And Smart x QHR Miss Comanchecat), ARoldo José Marcelino (Armando Costa Filho, Espírito Santo do Pinhal/SP), 70 pontos – R$ 8 mil 5º Miss Spooky Reybecca (Spooky And Smart x Hey Reybecca), Aroldo José Marcelino (Armando Costa Filho, Espírito Santo do Pinhal/SP), 69 pontos – R$ 6.500,00 5º Chakira Roosters (Roosters Tru Luck x Miss Dark Moon), Gildo Antônio Vendrame (José Divino Neves, Franca/SP), 69 pontos – R$ 6.500,00 7º GF Freckles Dual Cat (Catability x Freckles Dual), Gildo Antônio Vendrame (Angela Muniz Barreto Otsuka, Descalvado/SP), 68 pontos – R$ 3.500,00 7º GF Speedy Cat (Catability x Elans Miss HIckory), Fábio Berestino (Luiz Manoel Tranquilini, Tapiratiba/SP), 68 pontos – R$ 3.500,00 7º GF B Malu Cat (Catability x Peps Gypsy Jay), Antônio Sérgio de Araújo Júnior (Vicente Moreno Pereira da Silva, Valinhos/SP), 68 pontos – R$ 3.500,00 7º Beth Dual (Smokin Duehickey x Beth Garnet), Luis Fernando Taboga (Roberto Carlos Botelho Júnior, São Carlos/ SP), 68 pontos – R$ 3.500,00 Aberta Limitada 1º Missys Pretty Cat (Pretty Boy Cat x Missy Bravo Safari), Adriano Almir Batista (Leonardo Chaves Zapalá Pimentel, Uberlândia/MG), 73 pontos – R$ 5 mil 2º Heavens Wish RE (Cat Ichi x CDs From Heaven), Samuel Pereira Silva (Álvaro Luis Afonso Simões, Tatuí/SP), 72 pontos – R$ 3 mil 3º Play Boy Guns (Powder Playboy x Playguns And Roses), Advanilson José do Nascimento (Fábio Romeiro Guaraná, Campo Limpo Paulista/SP), 71,5 pontos – R$ 2 mil 4º Star Chick Girl TMR (Freckles Nevada x Smart Cat Olena), José Carlos Rodrigues Filho (Ana Cristina Pereira da Silva, Campo Grande/MS), 71 pontos – R$ 1.500,00 4º TT Uniquepistol Dan (Highbrowlittlepistol x Tiny Tilly), Samuel Pereira Silva (Suzana da Veiga Cheuiche, Porto Alegre/RS), 71 pontos – R$ 1.500,00 48 HORSES’S LIFE Non Pro 1º Miss Gay Lena (Play At Second x Miss Gay Hickory), Lineu K. Ferraz Neto (o mesmo, Piracicaba/SP), 72 pontos – R$ 9 mil 2º Lili Star Jay FFB (Son Ofa Jay x Topstar Jay), Thais Dalasta Camillo (José Amaury Camillo, Brotas/SP), 67 pontos – R$ 5.400,00 3º TT Smartunolena Dan (Smart Stylish Lena x Tiny Tilly), Henrique Dias Pessoa (Ana Cristina Pereira da Silva/Haroldo de Araújo Pessoa Sobrinho, Campo Grande/MS e Bauru/SP), 62 pontos – R$ 3.600,00 4º Play Boy Guns (Powder Playboy x Playguns And Roses), Fábio Romeiro Guaraná (o mesmo, Campo Limpo Paulista/SP), 60 pontos – R$ 2 mil 4º Royalty River (Pepto Red Boy x Riverside), Angela Muniz Barreto Otsuka (a mesma, Descalvado/SP), 60 pontos – R$ 2 mil Amador 1º Miss Ofa Jay (Son Ofa Jay x Haidas Sugar Tari), Antônio Carlos Prata Garcia Lopes (o mesmo, Londrina/PR), 72 pontos – R$ 4 mil 2º GF Speedy Cat (Catability x Elans Miss HIckory), Luiz Augusto Ribeiro Tranquilini (Luiz Manoel Tranquilini, Tapiratiba/SP), 67 pontos – R$ 2.400,00 3º Haidas Doc’s Oak (Haidas Little Doc x Doc’s Bonita), Norberto Soares Leite (o mesmo, Campo Grande/MS), 66 pontos – R$ 1.600,00 4º He Is A Cat (Smooth As A Cat x Smart Peppy Oak), Fernando Teixeira Lemos (o mesmo, Araçatuba/SP), 62 pontos – R$ 1.250,00 5º Pep’s Brow Cat (Hobby Cat Olena x Pep’s Jazzabel), Ruy Alberto Salvado da Costa (o mesmo, São Paulo/SP), 60 pontos – R$ 416,66 5º Smart Lil Pep (Haidas Little Doc x Smart Lena DP), Norberto Soares Leite (o mesmo, Campo Grande/MS), 60 pontos – R$ 416,66 5º GF B Malu Cat (Catability x Peps Gypsy Jay), Vicente Moreno Pereira da Silva (o mesmo, Valinhos/SP), 60 pontos – R$ 416,66 Corrida Mr Holland Blue é o campeão do GP ABQM Potro do Futuro O Jockey Club de Sorocaba sediou três grandes disputas no dia 04 de julho: os Grandes Prêmios ABQM Potro do Futuro, Rainha e Rei da Velocidade. O Após a classificação de seis animais para a disputa da final do Grande Prêmio ABQM Potro do Futuro, o cavalo Mr Holland Blue (Jess Louisiana Blue x Bela Empress Ease), de propriedade do cearense Cláudio Machado Rocha, venceu a competição. De criação do Haras Fazenda Bela, o animal conquistou a marca de 21s54, nos 402 metros do páreo. Conduzido pelo jóquei G. Costa, a vitória do cavalo proporcionou grande comemoração no Jockey Club de Sorocaba. A dotação foi de R$ 155 mil. Na segunda colocação ficou Saigon Only (Nordick Only VM x Dashing And Daring), de propriedade do Stud DNA Racing e criação do Haras Rancho das Américas, com o tempo de 21s74. E, em terceiro lugar, Garoto For 50 HORSES’S LIFE Fotos Eduardo Custódio Me (Corona For Me x Hello Cash II), de Érico de Oliveira Braga e criação de Gianni Franco Samaja, com a marca de 21s81. Favor verificar se realmente os primeiro e segundo lugares tiveram o mesmo tempo?! Ao todo, o Potro do Futuro de Corrida teve 30 animais inscritos nas classificatórias, considerada uma das mais fortes competições dos últimos anos, pois contou com a participação de animais recordistas e os favoritos se confirmaram para a grande final, que foi um sucesso. Rainha da Velocidade Outra importante disputa no dia foi o GP ABQM Rainha da Velocidade, na disputa dos 301 metros, com prêmio de R$ 25 mil. Cinco éguas participaram do Fanfarra For Me vencedora do GP ABQM Rainha da Velocidade Vencedor do Grande Prêmio ABQM Potro do Futuro - Mr Holland Blue páreo que foi vencido por Fanfarra For Me (Corona For Me x Atacama Bryan SA), com o tempo de 16s70. Treinada por Rivail Rosa, a égua foi conduzida pelo jockey M. Pereira. Ela é de propriedade do Stud DNA Racing e criação de Gianni Franco Samaja. Na segunda colocação do páreo ficou For Tears Win (Apollo VM x Heavenly Win), de propriedade do Stud Los Muchachos e criação do Haras Fazenda Bela, com o tempo de 16s76. Ainda na casa dos 16 segundos, a importada Beleevn (Chicks Beduino x Imjumpn), de propriedade do Haras São Matheus ficou na terceira colocação com 16s89. Rei da Velocidade A coroa de Rei da Velocidade ficou com Fast Pass Jess (Feature Mr Jess x The Sweetest Ever). Com dotação de R$ 25 mil, três cavalos disputaram o páreo de 301 metros. De propriedade do Haras Sans Souci e criação do Haras Flor do Campo, o novo Rei da Velocidade O novo Rei da Velocidade - Fast Pass Jess foi treinado por S. R. Souza e conduzido pelo jóquei C. Jesus, que fez a marca de 16s67. Na segunda colocação ficou Full Metal Jacked (Jess Louisiana Blue x My Favorite Toll), do Stud Santa Cruz de La Sierra e criação do Haras Flor do Campo, com o tempo de 16s78. Fechando o páreo, Corona Dandy PK (Corona For Me x Xa Xa Xa SA), animal de propriedade de Júlio Climaco e da criação de Plínio de Rezende Kiehl, ficou com a terceira colocação, alcançando a marca de 16s99. HORSES’S LIFE 51 Freio de Ouro Freio sem Freios na EXPOINTER 2010 O Em sua 29ª edição, a final do Freio de Ouro deverá reunir 15 mil espectadores Freio de Ouro é, no Brasil, a maior e mais popular prova equestre de uma única raça – do cavalo Crioulo, patrimônio cultural e histórico do Rio Grande do Sul. Neste ano, a emocionante disputa abrirá a programação da Expointer – a famosa e tradicional Exposição Internacional de Animais, Máquinas, Implementos e Produtos Agropecuários, realizada como sempre no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio – RS. De 26 de agosto a 05 de setembro, 48 fêmeas e 48 machos participarão da final da disputa dos Freio de Ouro, Freio de Prata e Freio de Bronze 2010. Na competição serão definidos também o Ginete do Ano e o Domador do Ano. Esta será a 29º edição da modalidade, que deverá reunir cerca de 15 mil pessoas em torno das pistas de prova. Os concorrentes que chegam à grande final se qualificaram ao longo de 42 etapas credenciadoras realizadas em Brasil, Uruguai e Argentina, com a participação de 900 animais, além de outras 11 Credenciadoras de Inéditos, no Brasil, com 366 animais presentes. Após passarem pelas Credenciadoras, foram selecionados em 12 classificatórias (Brasil, Uruguai e Argentina) com 457 concorrentes presentes. Neste estágio, os concorrentes representavam 245 expositores. E já por passarem por todos estes “filtros”, já é considerado um grande trunfo a própria chegada à final em Esteio. 52 HORSES’S LIFE O Freio de Ouro é uma modalidade que alia a avaliação de qualidades morfológicas e funcionais, comprovando as habilidades de cavalo e ginete através da reprodução, nas pistas de provas, dos trabalhos cotidianos do campo. Nas suas diversas etapas, são testadas a doma, a resistência, a docilidade, a aptidão e a coragem, que formam o perfil funcional do cavalo Crioulo. UM POUCO DA HISTÓRIA O primeiro esboço do que hoje é o Freio de Ouro ocorreu no ano de 1977 na 1ª Exposição Funcional de Jaguarão, RS, uma mostra modesta, mais ou menos improvisada, com um número reduzido de participantes, mas um grande sucesso. Naquele momento, os criadores de cavalos Crioulos perceberam que o desenvolvimento da raça precisava passar pela promoção de provas funcionais. Até então, demonstrações desse tipo não faziam parte do calendário oficial da raça, existindo apenas julgamentos morfológicos. Em 1980, a 3ª Funcional conseguiu atrair a atenção do país inteiro, sendo visitada pelo então presidente da República, João Batista Figueiredo, um aficionado por cavalos. No ano do cinqüentenário da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos - ABCCC, 1982, o então presidente da entidade, Gilberto Azambuja Centeno, oficializou a prova campeira que seria realizada durante a Expointer. O Freio de Ouro foi inspirado nas exposições funcionais de Jaguarão, que passou a ser uma etapa classificatória, tal como Pelotas e Bagé. No ano seguinte, Uruguaiana também integrou essa lista. No primeiro ano com três classificatórias participaram 12 animais, competindo sem distinção de gênero. O primeiro campeão foi Itaí Tupambaé, filho de La Invernada Hornero (consagrado reprodutor da raça) e Preciosa dos Cinco Salsos, do criador Oswaldo Pons, um dos grandes crioulistas em todos os tempos. A partir daí, firmava-se o Freio de Ouro, considerado o grande acontecimento da maior raça de eqüinos do Rio Grande do Sul. A partir de 1983, a prova do Freio de Ouro foi batizada com o nome de Roberto Bastos Tellechea, como homenagem póstuma àquele incentivador da raça Crioula. Em 1990, houve outra grande perda com o falecimento do veterinário Flávio Bastos Tellechea, e a partir daí, a prova Freio de Ouro passou a levar o nome dos dois irmãos, “Flavio e Roberto Bastos Tellechea”. Desde então, houve várias mudanças relacionadas ao crescimento da prova e dos adeptos da raça. Hoje são mais de 50 etapas Credenciadoras, bem como 11 Classificatórias em Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo, além de duas Internacionais, antes da grande final em Esteio. Outra mudança foi a divisão em categorias de machos e fêmeas a partir de 1994. A RAÇA CRIOULA O Crioulo, conhecido como o “Pequeno Grande Cavalo das Américas”, descende dos cavalos Andaluzes e Lusitanos trazidos para a América pelos colonizadores no século XVI. Estes tinham sangue dos cavalos berberes, vindos do norte da África com os muçulmanos (mouros) que dominaram a Península Ibérica por oito séculos. O criador e historiador da raça, Floriano Aguilar Chagas, revela que descendentes desses cavalos integram tanto os atuais Mustangs dos Estados Unidos, quanto o Mesteño do México, o Paso Fino do Peru, o Morochuca boliviano, além claro do Crioulo, criado em Paraguai, Uruguai, Argentina, Chile e Brasil. Desde a primeira metade do Século XVI, cavalos ibéricos se espalharam pela Costa Atlântica da América do Sul. Segundo Floriano, eram fundamentais como único meio de transporte terrestre, para as guerras e para os serviços nas estâncias. Espalharam-se cavalos mansos por todos os quadrantes do Continente e, passados os anos, as tropilhas de cavalos domesticados aumentaram. Alguns foram abandonados e muitos fugiram e se dispersaram e, em liberdade, se multiplicaram. Conforme estudo do historiador, tiveram maior proliferação nas férteis planícies do Cone Sul do Continente Americano, formando imensos rebanhos selvagens. Muitos desses cavalos selvagens foram cair nas mãos dos indígenas, que se tornaram exímios cavaleiros e nas suas andanças espalharam e mesclaram essas cavalhadas. E assim formou-se a raça Crioula que, em consequência das condições de sua própria formação, pela seleção natural, com o aperfeiçoamento fisiológico e sobrevivência dos mais aptos, tem características muito especiais. O superintendente do Serviço de Registro Genealógico da ABCCC, veterinário Gilberto Loureiro de Souza, explica que esta seleção natural fixou no cavalo Crioulo a condição de suportar tanto as altas como as baixas temperaturas, viver, procriar e ter longevidade, alicerçado somente nas condições ambientais. Segundo ele, estes aspectos de enorme importância tornam o cavalo Crioulo inigualável. Já no início do Século XX, grupos de criadores, selecionadores do cavalo Crioulo, organizaram os parâmetros para a formação de uma “base” de animais, o que se tornaria o início do padrão racial. Logo mais, formaram-se comissões para eleger os cavalos que deveriam integrar o grupo base, para isto deslocando-se por diversas regiões gaúchas onde houvesse populações expressivas de cavalos. Estes 22 agropecuaristas gaúchos fundaram, em 28 de fevereiro de 1932, a Associação de Criadores de Cavalos Crioulos, em Bagé, RS. Posteriormente, a entidade passou a se denominar Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos - ABCCC, e ganhou sede definitiva em Pelotas, RS. “ O Freio de Ouro comprova as habilidades de cavalo e ginete ABCCC CONGREGA CRIADORES A entidade que congrega os criadores da raça Crioula e tem a responsabilidade pelo seu rumo é a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos - ABCCC, com sede em Pelotas, RS. Atualmente (até 30/07/2009), ela atende 2500 sócios, em um rebanho de mais de duzentos mil equinos vivos em 26 estados brasileiros, além de Uruguai, Argentina, Chile, Paraguai, França, Itália, México, Portugal e Estados Unidos. Existem ainda 72 núcleos regionais de criadores e quatro Associações estaduais (São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Brasília). O quadro de técnicos da ABCCC é formado por 17 profissionais que atendem todo o Brasil. HORSES’S LIFE 53 Laço Comprido É FESTA DE LAÇO! mas tudo conforme as regras Conheça o regulamento das provas de laço comprido C omo todo esporte, o Laço Comprido também tem normas e regras a serem seguidas. Todo laçador que deseja participar de competições deve obedecer aos regulamentos descritos no Clube de Laço, conforme o estatuto da Federação. Cada Clube de Laço possui uma diretoria, eleita a cada ano pelos sócios. Esta diretoria cumpre o mandato de um ano, sendo composta pelos seguintes membros: Patrão de Honra, Patrão, Capataz, Tesoureiro, Primeiro Secretário, Segunda Secretário, Peão Orador, Peões Efetivos, Delegado e Conselheiro. Pode haver variações destes membros de acordo com o estatuto de cada clube. Na data do evento, os integrantes de cada clube vão chegando aos poucos, acomodando-se, organizando seus animais e tralhas, instalando as cozinhas e fazendo as inscrições para as provas. Antes do inicio das competições é necessária a aferição dos laços, ou seja, medir, marcar e verificar os laços. Todos os laços são assinalados com tinta colorida na marca dos oito metros, que é o tamanho obrigatório da armada. Logo ao amanhecer, iniciam-se as competições. Os laçadores se posicionam com o laço de armada de oito metros. Na entrada do brete, o fiscal mede as rodilhas, que são as voltas menores feitas no laço, junto da armada. Elas devem ser quatro e possuir no mínimo 25 cm. Quando o laçador está pronto, ele pede a solta do boi, e com o animal em movimento, o laçador começa a bolear o laço na tentativa de realizar a laçada antes da linha dos cem metros. Até este ponto, a armada já deve ter sido jogada e o laçador deve fechar a laçada, tentando cerrar nos dois chifres ou nas orelhas do animal antes que ele entre no brete que se encontra no final da pista. Se a armada der certo é positiva, conferindo pontos ao laçador; do contrário é negativa. Assim que o boi entra no brete, outro peão retira o laço. Para auxiliar os juízes na certificação da armada, 54 HORSES’S LIFE Autor: Nilson Ricardis há no final da pista um peão montado a cavalo, que através de duas bandeiras, vermelha e branca, indica o resultado da armada aos juízes. Este peão é chamado de bandeirinha. Os pontos adquiridos pelo laçador somam-se na tentativa de disputar os seguintes troféus: “Taça de Ouro”, “Taça de Prata” e “Taça de Bronze”. Estas são entregues após o término da competição, na solenidade de encerramento da festa. Há também troféus para categorias especiais de laçadores, tais como: Peão Letrado, Amazona mirim, Amazona adulta, Veterano, Patrão, Pai e Filho, entre outras. Existe também uma modalidade tipicamente Sul-Mato-Grossense, a “Bagualhada”, disputada entre duplas. Algumas informações importantes: Uniforme: É obrigatório o uso, que consiste em camisa com gola e com emblema que identifique o Clube de Laço ao qual pertence o laçador. Num mesmo dia, todos os laçadores de um clube têm que usar uniforme idêntico. O laçador deverá laçar com a camisa abotoada e por dentro das calças, sob pena de ter anulada sua armada pela Comissão Julgadora. Equipe: Cada Clube de Laço poderá apresentar tantas Equipes de cinco laçadores quantas puder. Cada equipe terá cinco laçadores, sendo um Capitão, duas Duplas e um Presilha. O número mínimo de laçadores por Equipe é de quatro. Abaixo deste número, os competidores serão inscritos na Categoria Individual. Pista de laço: As pistas devem ter medidas mínimas de 135 (cento e trinta e cinco) metros de comprimento por 40 (quarenta) metros de largura, ter os bretes de solta e o “abre bois” iguais, tanto para os laçadores canhotos, como para os destros. Devem incluir também medidores de rodilhas e de armadas, para todas as categorias de laçadores. Além de literalmente girarem em torno das laçadas, as festa de laço são também grandes eventos familiares, especialmente nas finais. Formam-se grandes torcidas constituídas por familiares e amigos dos laçadores, com muita música, especialmente sertaneja e regional. Outro ponto alto são as comidas típicas, tais como churrasco e arroz carreteiro, além do chimarrão e do tererê. Assim, a interação das festas é tanto de competição como de festa, sempre prevalecendo o entretenimento e a brincadeira com os amigos, nas dezenas de clubes de laço existentes Brasil afora. HORSES’S LIFE 55 Laço de Bezerro Laçadores invadem Mandaguari – Paraná! 68 competidores participaram da 3ª Etapa do Campeonato Nacional da ANLB, em Mandaguari-PR. A Fazenda Alegria (Mandaguari-PR) sediou no dia 5 de junho a 3ª Etapa do Campeonato Nacional da Associação Nacional do Laço de Bezerro. Ao todo, 68 competidores participaram da disputa, vindos de muitos municípios do estado de São Paulo, tais como Presidente Prudente, Araras, Campinas, São Paulo, São João da Boa Vista e São José do Rio Preto, além de concorrentes do Rio de Janeiro e do Paraná. E a disputa dos bezerreiros está cada vez mais acirrada. Esta etapa já é tradição, realizada anualmente na Fazenda Alegria. Como de hábito, contou com excelente estrutura organizacional, além da alta qualidade dos bezerros, que foram gentilmente fornecidos pela Fazenda Bartira. De acordo com o vice-presidente da ANLB, Antonio Carlos Nahime, a etapa de Mandaguari proporcionou aos competidores todas as condições ideais desejadas por aqueles que participam de uma prova de laço de bezerro. “Essas condições de pista, bezerro, manejo e organização de extrema qualidade, assegura56 HORSES’S LIFE Fotos Miguel Oliveira ram a todos os competidores um nivelamento de condições, de forma a prevalecer nos resultados apenas a condição técnica de cada conjunto laçador-cavalo”, disse. Esta Etapa do Campeonato distribuiu uma premiação total de R$ 28 mil. Como é de tradição, após a prova foi oferecido um delicioso churrasco de costela, confraternização que coroou o trabalho executado. As expectativas agora se voltam para a 4ª etapa do Campeonato, que será realizada no dia 21 de Agosto, no Rancho Bonanza, em Guararema-SP. Desta vez, Nahime espera um número ainda maior de competidores, em razão do local da prova ser mais acessível à maioria dos participantes. Além disso, o acesso ao Rancho é muito bom e a pista, onde serão realizadas as provas, é coberta. Este ano, o Campeonato da ANLB está privilegiando os campeões, vice-campeões e terceiros lugares de cada etapa com uma premiação diferenciada, cujo valor é bastante significativo. CONFIRA OS RESULTADOS: Categoria Master 1º Fábio Malanconi (Bonie Olena) Média dos três rounds . .15,85 2º José Astor Baggio Júnior (Funny Pepto) Média .............................22,45 3º José Maria Ramos Amorim (Makening Cactus) Média .............................49,95 Categoria Amador 1º João Otávio Pereira (Very Special Key TMR) 2º Alexandre Peres (Barcool) 3º Bruno Renna (Miss Get) 4º Maurício José Ferreira (No Pine) Média dos três rounds . .10,95 Média ..............................11,36 Media ..............................12,61 Média ..............................12,69 Categoria Profissional 1º Luis Carlos Pereira (Extrema) 2º Paulo Saraiva (Miss Jet) 3º Márcio Peres (Half Poco) 4º Mário Francisco (Redlena) Média dos três rounds . ... 9,20 Média ..............................10,06 Média ..............................10,47 Média ..............................10,56 Categoria Iniciante 1º José Astor Baggio Neto (Doctor Pepper TMR) Média dos três rounds . .12,08 2º Nicholas Collard (Hurican) Média ..............................13,42 3º José Maria Ramos Amorim (Makening Cactus) Média ..............................13,50 4ºAdriano Tamiazzi (Phanter Jet) Média ..............................14,25 58 HORSES’S LIFE HORSES’S LIFE 59 Laço de Bezerro Copa União se destaca com premiação fixa A 4ª Etapa distribuiu R$14.500 entre os vencedores das provas de laço de bezerro Copa União de Laço de Bezerro se destaca por sua premiação fixa. Assim como as outras, a 4ª Etapa, realizada no dia 19 de junho, no Haras Guerreiro, distribuiu R$ 14.500 entre os vencedores das categorias Master, Iniciante, Amador e Aberto. A prova, que contou com 74 inscritos, foi dedicada ao proprietário do Haras, Fernando Quartucci, que completou idade nova. No final da competição, um belo churrasco marcou a comemoração. De acordo com um dos organizadores da Copa, José Ricardo Diacov da Cunha, este campeonato ganhou uma nova regra, onde o laçador pode laçar em até dois cavalos até o final, pontuando em conjunto. “Introduzimos essa idéia no Laço de Bezerro para que, quem sabe, no futuro, ela seja incorporada na ABQM, semelhante a outras modalidades”. Para o vencedor da categoria amador, Moacir Ferreira Neto, a prova proporcionou igualdade entre todos os competidores, por causa do gado, que foi padrão. “Era uma bezerrada nova, boa, que exigiu bastante dos cavalos”, disse. Moacir contou que deu sorte, pois montou sua própria égua, à qual já está acostumado. “Ela estava bem preparada, o que me ajudou a ganhar”. Em segundo lugar no Amador, Gustavo Diacov elogiou a Copa. “Agora o Campeonato está mais forte. Antes, a premiação era pequena e o competidor não sabia o quanto ia ganhar”, ressaltou, salientando ainda o fato da competição abranger dois cavalos por laçador. “Nesta prova tivemos um nível bom de bezerrada, no mesmo padrão, e deu para sentir quem laça bem de verdade”. Ao todo, o campeonato conta com 5 etapas, sendo que a última acontecerá no dia 28 de agosto, no Rancho Bonanza, em Guararema - SP. Para esta grande final, os organizadores estão programando uma grande festa. O local conta com uma pista coberta e ótima infraestrutura. Confira os resultados da etapa: Categoria Iniciante 1º lugar - Valdemir Costa, com o cavalo Golden média dos 3 rounds 17,07 2º lugar - Nicholas Colard, com o cavalo Borboleta média dos 3 rounds 20,94 3º lugar - Valdemir Costa, com o cavalo Bar’s Wizz média dos 3 rounds 22,15 60 HORSES’S LIFE Foto Miguel Oliveira Profissional 1º Paulo Saraiva, com o cavalo Billy Gray média dos 3 rounds 9,02 2º Paulo Saraiva, com o cavalo Sovage média dos 3 rounds 9,08 3º Marcos Alan, com o cavalo Racker Doc média dos 3 rounds 9,20 Amador 1º Moacir Ferreira Neto, com o cavalo Melody média dos 3 rounds 12,91 2º Gustavo Diacov, com o cavalo Letica média dos 3 rounds 13,21 3º Jair Lima, com o cavalo Mr Roan Pine média dos 3 rounds 24,00 Master 1º Fábio Malancoli, com o cavalo Cat Action Cody média dos 3 rounds 18,22 2º Francisco Pimentel, com o cavalo Boy média dos 3 rounds 49,19 3ºFernando Pires, com o cavalo Apolo média dos 3 rounds 58,21 Mirim 1º Gabriel Parizzi, com o cavalo No Pinne média dos 3 rounds 56,58 HORSES’S LIFE 61 Laço em Dupla Torneio Açúcar Alto Alegre comemora 10 anos com recorde de premiação e inscrições Realizado entre os dias 25 e 27 de junho, o 10º Torneio Açúcar Alto Alegre de Laço movimentou o Rancho Quarto de Milha, em Presidente Prudente. Foram mais de 1600 inscrições e uma premiação recorde de R$ 230 mil. Fotos Miguel Oliveira “U m verdadeiro sucesso!”, assim os organizadores do Torneio Açúcar Alto Alegre de Laço de Bezerro e Dupla definem a comemoração dos 10 anos da competição. Credibilidade e organização, além da ótima premiação, marcam o evento que acontece todos os anos no último final de semana do mês de junho. Issao Kusahara Júnior e Lincoln Figueiredo, organizadores da prova, ressaltam que o Torneio este ano bateu recorde de público com mais de 1600 inscrições, e de premiação com a distribuição de R$ 230 mil aos campeões e melhores colocados. Segundo Issao, o evento foi excelente. “Foi o maior Torneio que fizemos nestes 10 anos de realização. Tudo transcorreu da melhor forma 62 HORSES’S LIFE Confira aqui os resultados finais e a premiação oferecida a cada categoria: Laço em Dupla Somatórias 4 e 5 1º Cristiano JS, Margo Jay WS e Danilo Parrodi, Bannel da DM, soma de 20,79 e média de 6,93 (R$ 15 mil) 2º Rodrigo Maia e Tiago Xampu, soma de 14,22 e média de 7,11 (R$ 15 mil) 3º Hugo Rangel e Juninho Andrade, soma de 14,57 e média de 7,29 (R$ 8 mil) 4º Babalu e André Mori, soma de 22,17 e média de 7,39 (R$ 5 mil) 5º Sílvio Zotarelli e Stenio, soma de 15,03 e média de 7,52 (R$ 4 mil) 6º Luiz Cuba e André Mori, soma de 22,85 e média de 7,62 (R$ 3 mil) 7º Cristiano JS e Marrom Goiânia, soma de 15,31 e média de 7,66 (sela) Aberta possível, em termos de organização, estrutura e, para comemorar, contamos com mais de 1600 inscrições, um recorde, pois superamos em muito o ano passado quando tivemos 1250 laçadas. Acreditamos que este aumento se deu porque temos credibilidade na realização da prova e também pela alta premiação que oferecemos. No ano passado o Torneio deu R$ 150 mil em prêmios e este ano passamos para R$ 230 mil. São R$ 80 mil a mais”. O Rancho Quarto de Milha esteve lotado nos três dias de prova, com laçadores provenientes das mais diversas regiões do país, inclusive de estados longínquos como o Acre, distante mais 3500 km. Como o Torneio completou 10 anos, sempre realizado no mesmo período, os laçadores já reservam a data para participar da prova, pois sabem da organização do evento e também da alta premiação que é superada a cada ano. “Acreditamos que estes são fatores que fazem o sucesso da nossa competição. As pessoas já aguardam nossa prova e sempre esperam por novidades na premiação. Por ser uma edição especial, onde completamos 10 anos, tínhamos que oferecer algo maior e tivemos a repercussão na grande participação dos competidores. Agora já começamos a pensar na prova do ano que vem”, disse Issao. Para 2011, os organizadores contam que criarão um espaço dedicado às crianças que sempre marcam presença na prova, com brincadeiras e opções de entretenimento para a garotada, com o patrocínio da Classic. 1º Rodrigo Teodoro, Lad Zorro Skippy e Juninho Testa, Docs One Badger, soma de 24,19 e média de 6,05 (R$ 10 2º Mané Procópio e Juninho Testa, soma de 25,29 e média de 6,32 (R$ 6 3º Cleber Zanovelo e Nikinho, soma de 26,2 e média de 6,55 (R$ 4 4º Juninho Positel e Bruno Luz, soma de 26,24 e média de 6,56 (R$ 3 5º Athos e Nikinho, soma de 26,38 e média de 6,60 (R$ 2 mil) mil) mil) mil) mil) Somatória 8 1º João Henrique, La Kazuca e Renatinho Calderan, Page Stars, soma de 27,26 e média de 6,82 (R$ 15 mil) 2º Alfredo Ferri e Marcelo Silva, soma de 27,60 e média de 6,90 (R$ 10 mil) 3º Neguinho Prudente e Fernando Padovan, s oma de 29,11 e média de 7,28 (R$6 mil) 4º Guto e Marcelo Silva, soma de 29,71 e média de 7,43 (R$ 5 mil) Somatória 6 1º Cristiano JS, Margo Jay WS e Danilo Parrodi, Bannel da DM, soma de 22,05 e média de 7,35 (R$ 15 mil) 2º Luiz Cuba e Tufão, soma de 23,59 e média de 7,86 (R$ 10 mil) 3º Alan Bressanin e João Vinícius, soma de 24,18 e média de 8,06 (R$ 6 mil) 4º Renan Rodrigues e Jr Lopes, soma de 24,57 e média de 8,19 (R$ 5 mil) 5º Danilo Nunes e Rodrigo Viero, soma de 24,61 e média de 8,20 (sela) Somatória 11 1º Henrique Santana, Onix Chick AUF e Fernando Gandolfo, Miss Paloma, soma de 26,62 e média de 6,66 (R$ 15 2º Jorge Cury e Everton Chiozzini, soma de 26,77 e média de 6,69 (R$ 10 3º Mané Procópio e Diego Toledo, soma de 27,25 e média de 6,81 (R$ 6 4º Helião de Lima e Daniel Alfaro, soma de 27,97 e média de 6,99 (R$ 5 Laço de Bezerro Categoria A 1º 2º 3º 4º 5º Flávio de Oliveira, Handle Paint, Alexandre Peres, Barco, Matheus Bovo, Little Fantastic HDN, Mário Francisco, Redlena, João Paulo Corral, King, Categoria B 1º 2º 3º 4º 5º Júnior Testa, Phillip Moon, Bruno Rena, Chick, Alexandre Peres, Barco, Diego Araújo, Guerreiro, Thiago Baylein, Aruã, Categoria C 1º 2º 3º 4º 5º Thiago Bayerlein, Aruã, José Maria Ramos Amorim, Makena Cactus, Adriano Tamiazi, Panther Jet, Sílvio Verruma, Norbert Jay, Miguel Molo, Beth Jhoni AK, mil) mil) mil) mil) 8,506 (R$ 3 mil) 9,133 (R$ 2 mil) 9,540 (R$ 1.500,00) 9,543 (R$ 1200,00) 9,563 (R$ 800,00) 9,58 (R$ 3 mil) 9,74 (R$ 2 mil) 10,53 (R$ 1.500,00) 10,57 (R$ 1.200,00) 10,77 (R$ 800,00) 10,890 (R$ 2100,00) 11,390 (R$ 1800,00) 11,795 (R$ 1.500,00) 12,430 (R$ 1 mil) 13,300 (R$ 700,00) HORSES’S LIFE 63 Laço em Dupla 2ª etapa CPLD 2010 distribuirá R$ 90 mil em prêmios Muita emoção à vista na etapa de Maringá do CPLD J á está tudo pronto para a 2ª Etapa do Circuito Paranaense de Laço em Dupla 2010. As provas acontecerão nos dias 14 e 15 de agosto, no Parque de Exposições Francisco Feio Ribeiro, em Maringá-PR e prometem muita emoção. Serão distribuídos R$ 90 mil em prêmios. Nesta etapa, haverá mudança no horário da somatória 11, que ocorre no sábado, às 9 horas. O parque de exposições estará aberto na sexta-feira para receber os animais da competição e as inscrições também vão começar a ser feitas neste dia, das 18 às 22 horas. No sábado, elas serão realizadas das 7 às 8:30. Para agilizar as inscrições, um novo software também foi implantado, o que deixará o trabalho mais simples. Com essa mudança, as provas somatórias 4 e 5 terão início mais cedo e os competidores correrão durante o dia. Haverá prova de cavalete, com premiação, para as crianças, bem como vários cursos durante o dia, ministrado por laçadores famosos. A primeira Etapa da CPLD, realizada nos dias 20 e 21 de março, reuniu 1.038 competidores e distribuiu R$ 90 mil em prêmios, entre eles 6 motos, 1 trailer e 1 carro 0 km. O evento contou com a presença de Gary Poythress, um dos fundadores da United States Team Roping Championships (USTRC) e também um dos responsáveis pela organização do handicap nos EUA, que elogiou a habilidade dos laçadores. Segundo ele, os amadores brasileiros podem competir em igualdade com os milhares de amadores dos Estados Unidos. O norte-americano veio acompanhado de sua esposa Jean Poythress, proprietária do Ready 2 Rope Ranch, onde cria gado da raça Corriente - gado vindo do México, especial para Team Roping, e que é fornecido para as provas da USTRC pelo rancho. Jean também compete em laço em dupla. Competidores de vários Estados estão participando da disputa, cuja 3ª etapa e grande final já está marcada para os dias 19, 20 e 21 de novembro. As provas também serão realizadas no Parque de Exposições, em Maringá-PR e prometem muita adrenalina. 64 HORSES’S LIFE HORSES’S LIFE 65 Rédeas REDEEIROS LIGANDO AS TURBINAS! ANCR se prepara para Potro do Futuro e Campeonato Nacional Por Equipe HL, a partir de dados cedidos pela ANCR e pelo Sr. Peter Christians A modalidade rédeas continua em pleno crescimento no Brasil. Este ano a ANCR estará pagando a maior premição desde a sua fundação ha 21 anos: R$ 150.000,00 para o Campeonato Nacional e Potro do Futuro. Os eventos acontecerão na Fazenda Barrinha, em Espírito Santo do Pinhal (SP), entre 28 de julho e 1º de agosto. Estamos com 10 núcleos e com a possibilidade de criar mais um núcleo em Uberaba/MG. Este ano acontece a primeira competição nacional entre Núcleos e com certeza para o ano que vem teremos grandes novidades para o fomento, sempre através dos núcleos. Futurity da ANCR Junto à primeira classificatória do Potro do Futuro acontecerá a prova 6º FUTURITY HARAS DAN - GP REMINIC N DUNIT, que foi cancelada quando deveria acontecer em Bauru no dia 5 de junho, em função da chuva da noite anterior. Durante o evento, se dará também a eleição da nova diretoria, com o mandato da antiga se encerrando no final de julho de 2.010. Muita expectativa também por conta do aguardado programa de “nominação de potros”, cujo funcionamento será detalhado na ocasião da assembléia. Para mais informações, acesse www.ancr.org.br Preparativos para Kentucky Também já está formada a equipe brasileira que irá disputar os Jogos Equestres Mundiais em na região de Lexington (Kentucky, EUA), que acontecerão de 25 de setembro a 10 de outubro neste ano. Nosso país será representado pelos cavaleiros Paulo Koury Neto, João Antônio Salgado, João Felipe Lacerda e Wellington Teixeira. Potro do Futuro ANCR 2010 As expectativas da Associação para este ano são excelentes, esperando-se recorde de inscrições devido à excelente premiação oferecida. Em consequência, também o público presente deverá ser bastante grande. São prometidas grandes novidades no atendimento e facilidades para o público presente. Além da primeira Copa Inter-Núcleos, haverá muitos principiantes competindo pela primeira vez, o que é muito importante para a qualquer modalidade. A prova será julgado por 5 juízes, sendo que a maior e menor nota será descartada, valendo para o competidor a soma das 3 notas que sobram. 66 HORSES’S LIFE Foto Adilson Silva Peter Christians - Presidente da ANCR HORSES’S LIFE 67 Team Penning 4ª Etapa da Liga Leste Paulista 352 inscritos disputam R$ 14 mil em prêmios F oi no Rancho Brisighello, em Mococa/SP, que 352 competidores participaram da 4ª Etapa do Campeonato 2010 da Liga Leste Paulista de Team Penning. As provas aconteceram no dia 12 de junho, em seis categorias. Ao todo foram distribuídos R$ 14.200,00 em prêmios, além de R$ 4 mil para o destaque da raça Árabe. Uma das inovações da Liga neste Campeonato foi a criação do handicap por cavaleiro, de acordo com seu nível técnico no Team Penning e por performance obtida em provas da ABQM. Johnny Noronha, tesoureiro da Liga, explicou o funcionamento do sistema. Por exemplo, na categoria Amador só podem se inscrever cavaleiros com handicap 1 e 3. Já na categoria Intermediária, a somatória dos handicaps de todos os cavaleiros do time não pode ultrapassar 11. Na categoria Aberta correm todos os handicaps, ou seja, 1, 3, 5 e 7. Nas demais categorias não se aplica o handicap, sendo levada em consideração a idade dos cavaleiros. Com esta inovação, a Liga registrou um aumento de 20% no número de inscrições, em relação ao Campeonato de 2009. “Antes, somente os profissionais acabavam ganhando as provas e percebemos uma evasão dos novatos. Agora, com a criação das categorias, eles trocam experiências”, disse Noronha. Fotos cedidas Confira as próximas etapas da Liga: • 5ª Etapa - Cajuru: 24 de Julho • 6ª Etapa Jaguariúna: 11 de setembro • 7ª Etapa: Espírito Santo do Pinhal: 16 de outubro • 8ª Etapa e Final: Poços de Caldas: 30 de outubro 68 HORSES’S LIFE RESULTADOS DA 4ª ETAPA Categoria Mini-mirim Categoria Aberta Categoria Mirim Categoria Amador Categoria Master Categoria Intermediaria Categoria Cavalo Árabe Categoria Jovem 1º lugar Tomaz Ruiz, Pedro Ruiz e João Vitor Campinas/Cosmopolis 2º lugar Guilherme Quilice, Arthur Maziero e Pedro Maziero Mococa 3º lugar João Vitor , Gabrielle Hammam, Roberto Joia Carvalho Filho Limeira 1º lugar Pedro Ruiz, Gustavo Hammam, Eduardo Leite Oliveira Limeira 2º lugar Fábio Prátola, Bárbara Brisighello, Lucio Queiroz Mococa e Passos-MG 3º lugar Neto Biasoto, Bárbara Brisighello e Vinicius Maldonado Mococa /Pinhal e Rio Pardo 1º lugar Neneo Tranquiline, Mauricio Carvalho Dias, Silvio Pratola Tapairatiba, Mococa e Poços de Caldas 2º lugar Sandra Sanches, Isidoro Soares ,Mauricio Carvalho Dias Jaguariúna /Pontal /Jaguariúna 3º lugar Luis Claudio Mollo, Homero Mollo, Miguel Mollo São João da Boa Vista 1º lugar Pedro Cossulin, Gabriel Nicolas e Paula Vergueiro Jaguariúna /Rio Pardo 2º lugar Amim Jabur Filho, Tito Vergueiro , Isa Vergueiro Espírito Santo do Pinhal 3º lugar Adelson Gonçalvez, Guilherme Gonçalvez e Paulo Sapience Cajuru /Ribeirão 1º Lugar Bryan Eysink, Felipe Ribeiro e Fernando Ribeiro Holambra /Espírito Santo do Pinhal 2º Lugar Adelson Gonçalvez , Guilherme Gonçalvez e Paulo Sapience Cajuru / Ribeirão 3º Lugar Neneo Tranquiline, Lucas Hisbek e Guto Tranquiline Tapiratiba / Cajuru 1º lugar Cassiano Eduardo, Luciano Queiroz e Leandro Queiroz Passos -MG 2º lugar Francisco Ferreira , Thais Ferreira e Fernanda Ferreira Cajuru 3º lugar Lucio Queiroz, Luciano Queiroz e Leandro Queiroz Passos 1º lugar Lucas Hisbek, Arhur Hisbek, Carolina Lopes Cajuru 2º Lugar Ariel Sacilotto, José Faccione Neto, Roney Van Leewen Arthur Nogueira/ Jaguariúna/Holambra 3º lugar Pedro Cossulin,Gabriel Nicolas e Paula Vergueiro Rio Pardo/ Jaguariúna 1º lugar Leonardo Batistela, Ariel Sacilotto, Natan Arnez Holambra /Engeneiro Coelho/ Arthur Nogueira 2º lugar Neto Biasoto, Pedro Balducci e Ernesto de Almeida Pinhal /Poços 3º lugar Paulo C. Ferreira Jr, Matheus Vicente, Paula Eysink Holambra/Campinas HORSES’S LIFE 69 Vaquejada Fábio Filmagem e o Portal Vaquejada No Nordeste, depois do futebol a vaquejada é o maior esporte, envolvendo público, show, e também muito dinheiro O Equipe HL, a partir de depoimento prestado por Fábio Leal Guerra Foto cedida nde quer que haja vaquejada Brasil afora (e, claro, no Nordeste em particular), Fábio Leal Guerra é conhecido como Fábio Filmagem. Ele é idealizador e proprietário do Portal Vaquejada, o maior e mais respeitado site dedicado à vaquejada. Conheça mais sobre este empresário inovador e criativo, e sobre seus projetos para o futuro. Residente em Campina Grande – PB, Fábio é formado em administração de empresas. Antes, trabalhou em almoxarifado e indústria, e nos finais de semana fazia filmagens de casamentos, aniversários, e outros eventos sociais. Começou a fazer filmagem em vaquejadas em 1996, e também uma espécie de “tira-teima”, pois em alguns casos o olho nu não é o bastante para decidir se “valeu o boi”, sendo necessário recorrer ao vídeo. Começou a ficar conhecido como Fábio Filmagem. Após dois anos, fez um estúdio móvel num ônibus, com um sistema de link pelo qual era possível assistir as derrubadas dos bois nos caminhões dos competidores. Depois,comprou um sistema de som de pista que levava som ambiente por todo o parque de estacionamento dos caminhões. O Portal Vaquejada (www.portalvaquejada.com.br ) foi ao ar a partir de 2004, pois até aí não existia um site especializado, com constante atualização de informações, que estivesse realmente “na veia” do esporte. Fábio atribui ao incansável trabalho de sua equipe o sucesso do portal; o mesmo é atualizado diariamente com noticias, resultados das competições, ranking nacional dos vaqueiros, equipes, esteiras e cavalos, bem como fotos dos eventos com que temos parceria. O portal tem uma média de 3500 a 4000 visitas por dia, numa média mensal de 80 mil acessos. Em março de 2010, Fábio lançou a primeira edição do Anuário de Vaquejada, com 3.500 exemplares. Foi um sucesso tão grande que se tornou a origem da Revista Vaqueirama, também dedicada exclusivamente ao universo dos vaqueiros, detentora do slogan “Para Quem Ama Vaquejada”, e com uma tiragem de 4.000 exemplares. Fábio também é muito conhecido por conta do “Melhores do Ano”, evento que é considerado o Oscar da Vaquejada, e que neste ano já está em sua sexta edição. Será transmitido ao vivo, com duração de uma hora e meia, pelo Canal Terra Viva no próximo mês de dezembro, em parceria com a Leilão Aliança / Portal. São premiados os melhores profissionais do ano do esporte, tais como locu70 HORSES’S LIFE tor, juiz, secretária, entre outros; e também os melhores parques, melhores circuitos profissionais e amadores. O título é conferido através de pesquisa de opinião. O ponto alto é o ranking nacional, onde por pontuação são premiadas melhores equipes, vaqueiros, esteiras, nas categorias tanto amador quanto profissional. “ Creio que seja importante a união dos grandes promotores de eventos, buscando antes de mais nada a unificação do regulamento. Até o momento, o ranking profissional é liderado pelos vaqueiros Celso Vitorio e Neco Menezes. As melhores equipes são Pq. Divina Luz (Arapiraca, AL) e Grupo Clovis Paiva/Pq. Millane(Caruaru, PE). Dentro do prêmio, neste ano será promovido o Campeonato Portal Vaquejada de cavalos de vaquejada, com 25 etapas em todo o Brasil e uma premiação de três milhões de reais. Neste campeonato, iremos conhecer os melhores cavalos de vaquejada do Brasil. Outra novidade capitaneada por Fábio é que em breve será lançado o site www.tvvaquejda.com.br, exclusivamente para vídeos transmitidos ao vivo das vaquejadas, com direito a entrevistas, videocassetadas, final das disputas, e muito mais. A estreia está prevista para o final do mês de julho. Perguntado sobre alguns dos nomes da vaquejada que mais admira, Fábio cita os vaqueiros Celso Vitorio (Alagoas), Alex Araújo (Rio Grande do Norte) e Neco Menezes (Bahia). Como grandes cavalos do momento, cita a égua American Winner (Haras Show – SP), o cavalo Rick Toro ( Grupo Canário Veículos – PE), e Atração Streaking (Clóvis Paiva – PE). Segundo Fábio, “no Nordeste, depois do futebol a vaquejada é o maior esporte, envolvendo público, show, e também muito dinheiro. Por exemplo, a agenda do Portal registrou em 2009 435 vaquejadas por todo o Brasil, com premiação de 10 a 200 mil reais por vaquejada. Nossa equipe trabalha em uns 50 eventos por ano. No entanto, quanto mais crescer, mais o esporte precisará de organização e regulamentação. Também os patrocínios são importantes. Nas grandes vaquejadas, é preciso rever o tempo total de duração do evento, e seguir buscando público. Este é um esporte genuinamente brasileiro, com suas raízes no Nordeste. Creio que seja importante a união dos grandes promotores de eventos, buscando antes de mais nada a unificação do regulamento. Só com isto, teremos um grande futuro para o esporte, e poderemos fazer uns 30 grandes eventos por ano, incluindo um “Brasileirão de Vaquejada”. Mais informações: www.portalvaquejada.com.br HORSES’S LIFE 71 Western Pleasure Empenho dos admiradores pode garantir o retorno da modalidade As especulações sobre o desaparecimento definivo da modalidade de Western Pleasure nos principais campeonatos brasileiros não desmotivam seus admiradores que aos poucos vêem garantido seu ressurgimento. Q uando já parecia fadada ao esquecimento no Brasil, a modalidade Western Pleasure retoma pouco a pouco seu espaço, graças à dedicação de seus admiradores. Neste ano, volta a fazer parte do Campeonato Nacional da ABQM e AQHA - Trabalho e Conformação, um dos maiores eventos da raça Quarto de Milha do país, que acontecerá de 10 a 17 de julho, no Parque de Exposições Dr. Fernando Cruz Pimentel (Emapa), na cidade de Avaré (SP). Western Pleasure é uma das modalidades com maior número de participantes em eventos internacionais realizados pela AQHA, mas nos últimos anos teve baixas significativas no Brasil. No Nacional 2009, realizado em abril, não obteve nenhuma inscrição, mas retornou ao calendário na Copa dos Campeões em outubro do mesmo ano, inclusive com a volta do treinador Gilson Vendrame às competições da modalidade. O treinador e competidor Gilson Vendrame, consagrado nas modalidades de Rédeas e Conformação, e que hoje é um dos grandes admiradores e incentivadores à volta do Western Pleasure, acredita que o retorno é gradativo. Gilson afirma, com organização e incentivo, a modalidade aos poucos retomará seu espaço como era há 15 anos, quando as competições tinham um grande número de inscritos. Neste Nacional, Gilson competirá mais uma vez com o potro de sua propriedade OKLEY JAC DUNIT, mesmo animal com o qual disputou a Copa dos Campeões do ano passado. Gilson confirma também a participação de seu cliente Marcos Tancini Mimbrone. Gilson conta que sua credibilidade nas provas de Western retomou força em 2008, quando foi campeão pela AQHA com o potro americano PLAY TO SHINE no Campeonato Internacional realizado na Argentina. 72 HORSES’S LIFE “Neste Internacional competi em Rédeas e decidi participar também da modalidade de Western Pleasure, com um potro que havia montado apenas por 15 dias, e ganhei as duas provas. A prova de Western teve cerca de 20 competidores e fui campeão, então me empolguei”. Segundo Gilson, o Western Pleasure é uma prova completa e de grande importância no preparo para as competições em geral, permitindo introduzir os animais nas pistas de competição numa mais leve e menos exigente. Em especial para o treinamento de Rédeas, o Western Pleasure oferece parâmetros de como flexionar um cavalo para que ele ande com a cabeça baixa e as rédeas soltas, mantendo trote e galope de maneira harmônica. Para o treinador, o ressurgimento do Western Pleasure está no caminho certo, e tanto as Associações quanto os competidores estão querendo que a modalidade cresça. “Estou preparando mais animais para competir. O importante é mantermos o interesse e a divulgação da modalidade, e o próximo passo é fazer uma reunião, criando uma associação que organize e incentive novos competidores” concluiu. Neste Nacional, as provas de Western Pleasure serão realizadas no dia 13/07 às 15 horas na Pista de Boi, com premiações pala ABQM e AQHA nas categorias Aberta, Amador e Jovem. Working Cow Horse Working Cow Horse no Rancho Santo Lázaro O Núcleo QM de Ribeirão Preto realiza segunda etapa de WCH C Fotos cedidas om o apoio do Rancho São Lázaro de propriedade de Waldemar Balbo e do Centro de Treinamento Fernando Godoy, o NQM-RP realizou no dia 30 de Maio a segunda etapa do 18° Circuito Regional de Working Cow Horse. Sempre com o intuito de trazer novos adeptos, o Núcleo inclui também as categorias principiantes, para que os competidores que estão começando possam disputar a prova em condição de igualdade. “Ficamos muito felizes, pois tivemos sete inscrições nas categorias principiantes, vindas de competidores novos e que estão encantados com a modalidade”, afirma diz Leonel Waldrighi Neto, diretor do núcleo. E para incentivar ainda mais, o Núcleo contou mais uma vez com a parceria da TIM, que presenteou aos campeões das categorias Aberta Principiante, Amador Principiante e Amador com aparelhos celulares, que se somaram aos belíssimos troféus, tudo marcando este dia tão especial. Vale lembrar que o NQM-RP foi o primeiro núcleo do Brasil, além da ABQM, a realizar provas de Working Cow Horse oficiais. Este já é este o quinto campeonato, e a atividade deste grupo com certeza muito colaborou para o crescimento desta modalidade, que é ao mesmo tempo técnica e bonita. Na terceira etapa, ainda a ser marcada, a somatória dos resultados conferirá aos campeões e reservados campeões a classificação para a Copa dos Campões ABQM 2010. RESULTADOS Aberta Junior Campeão: Ken Freckles HSC/ Fernando Godoy Reservado Campeão: Smart Doc Lena/ Pedro Ribaldo Aberta Senior Campeão: Smart Mega/ Fernando Godoy Reservado Campeão: Sidekick Wimp/ Fernando Godoy 3° Lugar: Doc’s Paradise HDN/ Fernando Godoy 74 HORSES’S LIFE Amador Campeão: Doc’s Paradise HDN/ Raphael Waldrighi Reservado Campeão: Sidekick Wimp/ Raphael Waldrighi 3° Lugar: Jay Circle Doc/ Raphael Waldrighi Aberta Principiante Campeão: Jay Circle Doc/ Ricardo Larossa Reservado Campeão: Uncle Mega/ Antonio Silva 3° Lugar: Ken Freckles HSC/ Ricardo Larossa Amador Principiante Campeão: Sandstone Doc 2F/ Jordana Marangueti Reservado Campeão: Leader Smarvel YM/ Fernando M Pereira 3° Lugar: Cannon Doc/ Fernando M Pereira HORSES’S LIFE 75 76 HORSES’S LIFE SPECIAL RANCH F Rancho Oásis Por: Equipe HL Os sonhos de um apaixonado por cavalos se tornaram realidade num oásis dedicado ao quarto-de-milha oi a admiração pela beleza dos cavalos que fez com que Carlos Eduardo Guida Gaspar, proprietário do Rancho Haras Oásis, em Jaguariúna, fizesse deste mundo um de seus negócios preferidos. Há pouco mais de 12 anos, mesmo sem conhecer o assunto, o empresário começou a comprar cavalos, no começo de diversas raças. O primeiro animal que adquiriu foi um pônei, para a filha Bruna. Dali para montar seu próprio haras foi uma questão de tempo. Hoje, além de criatório, o local também promove o turismo rural, e pelo terceiro ano consecutivo sedia o Oásis Horse Show, que além de realizar provas de Rédeas, Apartação e Três Tambores, reúne criadores de outras localidades, durante um Leilão que é considerado o ponto alto do evento. Nesta ocasião, cerca de 5 mil pessoas por dia prestigiam o evento e aproveitam para conhecer o local, que alia beleza, conforto e infra-estrutura, em uma ótima opção de lazer para toda a família. HORSES’S LIFE 77 Como tudo começou... Gaspar, de 50 anos, nasceu em Lucélia-SP e reside em Jaguariúna. Formado em Direito, trabalha na Câmara Municipal de Campinas, além de administrar sua empresa de Transportes de Turismo e o Haras. O empresário sempre teve uma verdadeira adoração por cavalos. Nas visitas ao sítio da família, ele gostava de lembrar as histórias de quando era adolescente, e as aventuras no meio rural. A partir daí, a esposa Tânia o incentivou a comprar um cavalo. “Ele gostava e falava tanto sobre o assunto que percebi que tínhamos que comprar um cavalo”, diz ela. Depois daquele primeiro pônei, há uns doze anos, foi comprado o sítio que se tornaria o Rancho Oásis. DEDICAÇÃO E COMPETÊNCIA SÃO REQUISITOS QUE NÃO FALTAM QUANDO SE FALA DA EQUIPE DE PROFISSIONAIS DO RANCHO. Conhecimento Como não entendesse nada de cavalos, no começo Gaspar começou a comprar animais indiscriminadamente, utilizando a beleza das pelagens e do porte como requisito principal. Mas foi aprendendo entre a compra de um cavalo e outro, ouvindo histórias do meio, aproveitando os leilões, sempre em busca de algo mais. E foi em uma dessas ocasiões que o empresário conheceu a família Diniz, que acabou lhe dando uma grande assessoria sobre o assunto. “Eles me ofereceram o Absolute Melodys” conta o empresário, “um Quarto de Milha alazão, me aconselhando a focar o trabalho em uma única raça. No início, não gostei muito do cavalo, pois sempre preferi pelagens diferentes, como o tordilho, ou o baio amarilho.” Mas o alazão surpreendeu e durante três anos ganhou muitas provas de Rédeas. Isto despertou o interesse da jovem Bruna, que hoje é competidora da modalidade. A família foi fazendo amizades e criando vínculos, o que foi essencial para que eles seguissem em frente. Dificuldades e o início da criação A maior dificuldade encontrada pela família, ao longo desta trajetória, foi comprar bem os animais. “E isto persiste até hoje. A gente nunca vê tudo do cavalo”, afirma Gaspar, acrescentando que comprar um animal de prova é um risco muito grande, por serem animais caros. “No caso dos Três Tambores, por exemplo, tem animal que custa R$ 100 mil. É um esporte caro”, completando que além da boa genética ele sempre procura a beleza. 78 HORSES’S LIFE Há seis anos, o Rancho deixou de ser um mero local para abrigar os animais e passou a funcionar também como um criatório. O principal garanhão é o Jump Shot(Fishers Dash x Scoops Of Luck), além dos garanhões de trabalho Absolute Melodys VSJ ( Melodys Dun It x Lady Doc GDF) e Topsail Dun It DAR (Country Dun It x Taffy Whiz It). Os filhos dos garanhões estão em treinamento, sendo preparados para a venda. Hoje, o mercado tem grande procura por animais prontos, sempre difíceis de serem encontrados. O garanhão recém-importado Ima Bad Beau( Dash For Cash x Easy Jet) também já está no Haras e será lançado no Leilão, durante o Oásis Horse Show, em setembro. Estrutura O Rancho Oásis possui uma área total de 4 alqueires, divididas em: • 30 baias de alvenaria • 20 piquetes • 1 pista para treinamento e prova Rédeas • 1 pista para treinamento e provas de Tambor • 1 Redondel Outras 50 baias de alvenaria estão em fase de construção, para abrigar animais durante os leilões realizados no local. Equipe Dedicação e competência são requisitos que não faltam quando se fala da equipe de profissionais do Rancho. Nos Três Tambores, Bruno Ribeiro atua como treinador, sendo também o principal assessor e colaborador de Gaspar. Nas provas de Rédeas, a responsabilidade é de Henrique Ribeiro, junto com o auxiliar Fernando (Fefê). Lucas Botega é quem cuida da parte de reprodução de animais e Dr. Serafim dos cavalos atletas, além de vários veterinários, que também dão suporte no cuidado com os animais. O administrador é Natalício Costa. Roger Barral é o assessor internacional, tanto para exportação quanto importação de animais. Turismo Rural Um dos destaques do Rancho é o Turismo Rural, que recebe alunos de escolas de toda a região para passar um dia diferente e conhecer de perto a vida no campo. É um trabalho que acontece há oito anos, coordenado por Tânia, que conta que a idéia de promover ações voltadas para as crianças surgiu de conversas com amigas professoras. “Elas visitavam o rancho e me perguntavam por que eu não utilizava o espaço para fazer algo voltado à educação, a fim de mostrar a vida no meio rural”, disse. A partir daí, ela começou a estudar o assunto e fez um teste, com alunos da escola da filha. “Eu não sabia bem como ia funcionar”, ressaltou. Após a experiência, ela fez curso de turismo e de preparação com crianças. Levou dois anos até que o racho ficasse adequado ao projeto pedagógico que tinha elaborado, se adequando às necessidades do público infantil. Além de ponto alto de convidar a garotada para montar a cavalo, Tânia conta que o projeto destaca todas as características da vida no campo. “Os alunos comem pão caseiro e tiram a verdu- ra da horta, num trabalho de alimentação saudável”, salienta. Mas o mais importante, segundo ela, é mostrar para as crianças a importância do respeito com o homem do campo, pois sem este, a vida nas cidades seria impossível. O projeto trabalha também a questão da preservação do meio ambiente e das espécies animais. “Explicamos às crianças, por exemplo, que não podemos pegar qualquer animal e levá-lo para casa, já que os bichos também têm o direito a seu modo de vida próprio.” O projeto, que faz parte da rotina do Rancho, atende alunos de escolas de várias localidades. Para participar, os interessados podem entrar em contato pelos telefones (19)3388-1878 ou (19) 7813-3243. HORSES’S LIFE 79 Garanhões IMA BAD BEAU - USA Oásis Horse Show Gilson Diniz foi o grande incentivador da primeira edição do Oásis Horse Show, em setembro de 2008. Na época, foram realizadas provas de Rédeas, Team Penning e Três Tambores. Devido ao sucesso, o evento ganhou sua segunda edição, com provas de Rédeas, Três Tambores e Apartação. Este ano, a terceira edição chega para consolidar o sucesso do evento, que recebe cada vez mais participantes. Para Gaspar, estrutura e logística são as maiores preocupações. “A grande falha no mundo dos cavalos é a falta de infra-estrutu- TOPSAIL DUN IT DAR ra, tais como banheiros adequados, restaurantes, áreas de descanso, já que se trata de um ambiente que recebe a família”, analisa. Por isso, todos os detalhes estão sendo estudados e pre- JUMP SHOT parados para receber um público de mais de 5 mil pessoas por ABSOLUTE MELODYS VSJ 80 HORSES’S LIFE dia, durante a 3ª edição do Oásis Horse Show, que acontece de 17 a 19 de setembro. O restaurante, que vai funcionar para o Momentos 2009 almoço e jantar, e monitores para as crianças já estão confirmados. Além disso, haverá stands, com expositores em geral. Este ano, o evento sediará provas de Rédeas, Três Tambores e Apartação, com mais de R$280 mil em premiações nas diversas categorias e divisões de tempo, com mais de 250 conjuntos premiados só na prova de tambor. A prova de Três Tambores será realizada pela Associação Brasileira dos Treinadores de Baliza e Tambor, a de Rédeas pela ANCR e a de Apartação ficará por conta de Rafael Simone. A novidade é que este ano haverá tira-teima de Rédeas, com 10 premiações, além da inserção da categoria Feminina. Na quinta-feira, um jantar dançante, com a banda Clip, dará início ao evento. Na sexta-feira, começam as provas de Três Tambores, Rédeas e Apartação. No sábado, acontece o leilão de cavalos, uma fusão do racho Oásis com Beto Duwell, momento bastante esperado. Na oportunidade, serão oferecidos animais importados e haverá também o lançamento de garanhões do rancho. No domingo, acontecerá a prova de Ranch Sorting. Para mais detalhes, visite o site www.ranchooasis.com.br . HORSES’S LIFE 81 Na Lida O primeiro CABRESTEAMENTO O correto cabresteamento dos potros jovens lança as bases para uma carreira bem-sucedida do cavalo adulto. E m muitas circunstâncias, é preferível cabrestear um potro novo bem antes da idade de doma montada – não apenas os potrinhos destinados à conformação, mas também todos aqueles sujeitos a um sistema de manejo intensivo ou semi-confinado, especialmente em pequenas propriedades, onde haja poucos potros. Muitos treinadores gostam de colocar as “bases” do cabresteamento, e da dessensibilização, no potrinho ao longo das primeiras semanas de vida. Assim já começa a ser possível o trabalho do ferrador, o eventual tratamento com vermífugo e vacinas, e um trato mais “personalizado” do potro no dia-a-dia. Segundo esta linha de raciocínio, é interessante que o potro esteja cabresteando bem já antes da desmama, pois do con82 HORSES’S LIFE Por: Aluísio Marins e Claudia Leschonski trário se torna muito difícil ou até perigoso manejá-lo depois que tiver sido afastado da mãe. Querer ensinar na mesma época da desmama pode intensificar o stress, e resultar em risco maior de lesões ou doenças. Vale ressaltar que há outros treinadores ou criadores que preferem lidar com os potrinhos o mínimo possível antes da idade da doma montada, afirmando ser melhor que a interação social entre os potros e cavalos, a qual constitui as bases do futuro trabalho com o ser humano, não seja acrescida da pressão de treinamento. Não importa qual sua filosofia de trabalho ou o sistema que você preferir, importante mesmo é agir com conhecimento de causa, bom senso e simpatia pelo potrinho, que se encontra apenas no começo de uma longa jornada de aprendizado. Neste artigo, o veterinário e treinador de cavalos Aluísio Marins, da Universidade do Cavalo, nos mostra a técnica por ele utilizada para o primeiro cabresteamento de potros já um pouco mais velhos, na faixa dos três a sete meses. As sessões de trabalho devem ser curtas, de quinze minutos no máximo, mas sempre revestidas de calma e tranquilidade. É melhor não fazer o trabalho do que fazê-lo com pressa. Tampouco é necessário que seja diário – os potrinhos têm uma memória muito boa, e as lições iniciais ficam gravadas por toda a vida, mesmo que tenha se passado um intervalo considerável. O mais indicado é trabalhar o potrinho alguns minutos por dia na primeira fase, e depois seguir por algum tempo em dias alternados, ou duas a três vezes por semana, até que o animal chegue ao nível desejado de treinamento para aquela fase. É preciso ter cuidado com a possibilidade do “excesso de dessensibilização”, quando os cavalos começam a ignorar os comandos dados pelo ser humano, e podem até tentar inverter a ordem de dominância. Na dúvida, peça a opinião de um treinador mais experiente, e também observe o trabalho de vários bons profissionais do cavalo, para assim ir definindo suas próprias opiniões e a linha de trabalho mais alinhada com as mesmas. Nesta série de fotos, Aluísio nos mostra o trabalho com um potrinho entre três e quatro meses, que nunca antes havia sido cabresteado. É importante usar um cabresto de corda macia, de tamanho adequado, porém com um cabo grosso o bastante para não lesionar as mãos do treinador. Os cabrestos do tipo usado no horsemanship natural são preferíveis, e em todo caso é melhor que o cabo esteja preso diretamente ao cabresto, ao invés de através de mosquetões ou outras partes de metal, pois estas apresentam potencial adicional de lesão para o potrinho. Sequência de fotos do primeiro Cabresteamento FOTO 1 - Num primeiro momento, procuramos nos aproximar do potro e ganhar sua confiança. Caso se trate, como aqui, de um potrinho ainda ao pé da mãe, a mesma deve ficar nas proximidades, acalmando mãe e filho e permitindo que este último se concentre melhor na lição. FOTO 3 - Em resistências do potro, é preciso trabalhar oferecendo-lhe o alívio de pressão toda vez que ele se virar com a cabeça de frente para o treinador. Esta é a base não apenas do cabresteamento, mas também do futuro trabalho montado, evitando os animais “duros de pescoço” e aqueles que caem de paleta. FOTO 2 - O primeiro contato com a corda deve ser no pescoço, não na cabeça. Ambas as extremidades do cabo são mantidas nas mãos, sem atar, sempre pronto a soltar se houver risco de acidente. Acidentes até fatais podem acontecer se o potro bater a nuca no chão, por isso todo cuidado é pouco. FOTO 4 - Uma vez que o nível de tensão do potro tenha diminuído, podemos colocar o cabresto na cabeça, cuidando para amarrá-lo na altura certa, e não longo demais. A posição correta é quando a corda do focinho fica bem no limite entre a cartilagem nasal e o osso, um dedo abaixo da extremidade da ganacha. HORSES’S LIFE 83 FOTO 5 - o mesmo trabalho de flexão lateral que já havia iniciado com a corda no pescoço agora deve seguir com o cabresto. Jamais podemos entrar num cabo de guerra com o potrinho, porém suas resistências, que certamente virão, devem ser suavemente anuladas desequilibrando o animal lateralmente, ou seja, flexionando o pescoço para as laterais. Ceder a pressão à menor tentativa de acerto por parte do potrinho logo fará com que ele compreenda, e passe a buscar alívio cada vez mais rápido. Em nenhuma hipótese o treinador deve dar trancos ou puxões fortes na corda, porém apenas procurando trazer a cabeça para o lado, e aliviando a tração assim que o potro tentar fazer a transferência de peso na direção desejada. FOTO 6 - Eventualmente, desta flexão lateral se desenvolverão os primeiros passos do potro andando para a frente – não puxando sua cabeça em linha reta, e sim o trazendo alternadamente da esquerda para a direita, bem lentamente, um passo de cada vez, e com intervalos para relaxar, agradando o potro repetidas vezes. O desequilíbrio lateral faz com que ele leve o anterior interno à frente, e assim acabará caminhando, como que cambaleando da esquerda para a direita. Com o tempo, o treinador vai fazer com que esta “linha sinuosa” fique cada vez mais reta. Isto pode ser feito em alguns dias, uma semana ou vários meses – não há regra fixa, e a única diretriz é manter o potrinho em níveis mínimos de stress, em sessões curtas de trabalho, e repetindo sem perder a paciência, até ele entender o que se pede. Não pode existir um cavalo refinado sem um treinador refinado. “ Não pode existir um cavalo refinado sem um treinador refinado FOTO 7 – 431 - Sempre que necessário, o conforto da proximidade da mãe pode ser usado como reforço positivo. Uma égua que se relaciona bem com pessoas também é importante para ter um potro confiante e disposto a interagir com o ser humano. Para maiores informações, acesse www.universidadedocavalo.com.br 84 HORSES’S LIFE HORSES’S LIFE 85 Shopping Rural BONÉS RADADE Nutracêuticos Vetnil: A marca Radade atua no segmento country desde Pulmonil Gel e Pulmonil Pó Oral são indicados para eqüinos que apresentem patologias respiratórias. Devido à capacidade broncodilatadora e espasmolítica, são destinados ao tratamento das enfermidades respiratórias caracterizadas por espasmos bronquiais. Coadjuvante no tratamento de pneumonias, bronquites, profilaxia de reações alérgicas causadas por agentes ambientais (poeira do feno ou serragem). Ensaios clínicos demonstraram notável melhora em casos de hemorragias pulmonares. Pulmonil Gel e Pó Oral facilitam a expectoração e conseqüentemente a eliminação do catarro. A marca do cowboy na cabeça da galera 1994. Foi a pioneira no Brasil a confeccionar bonés neste estilo, caracterizado por bordado encorpado,combinações de cores fortes, e motivos country, ou de rodeio. Para ver a coleção e saber mais detalhes, acesse www.radade.com.br . Divulgação linha respiratória Divulgação Artesãs fazem colares com crina de cavalo no RS Crinas de cavalos são usadas para fazer colares no Rio Grande do Sul. Na região amazônica, existe o artesanato com cipós. Escamas de tilápia se transformam em bolsas e pulseiras em Mato Grosso do Sul. Roupas, acessórios e itens de decoração têm toques regionais bastante característicos. Mas imagine poder comprar produtos feitos de matérias-primas originalmente brasileiras, de diferentes regiões, em um único lugar. O Projeto Talentos do Brasil reúne 2 mil artesãs e artesãos de 12 estados e 15 grupos na Cooperativa Nacional Marca Única. “Os produtos que são expostos e vendidos em eventos, e podem também ser encomendados pelo site da cooperativa, são feitos com as mais diversas matérias-primas e técnicas, já que a ideia é reunir talentos característicos de cada estado”, diz Patrícia Guimarães, coordenadora do Talentos do Brasil e consultora do Minis- tério Colar feito com crina de cavalo, a R$ 94 Bolsa e pulseiras feitas com escamas de tilápia, a R$ 120 e do Desenvolvimento Agrário. R$ 20, respectivamente Até este domingo (30), o Talentos do Brasil expõe e comercializa produtos no 5º Salão do Turismo no Centro de Convenções do Anhembi, em São Paulo. “Esse projeto existe desde 2005 e o nosso desafio é gerar emprego e renda para os agricultores.” Para turistas brasileiros e estrangeiros, segundo Patrícia, o produto de moda artesanal brasileira tem forte apelo. “Esses produtos têm destaque porque caracterizam as regiões”, diz. As peças expostas vão desde vestuário a acessórios como bolsas, chapéus, echarpes, vestidos e bijuterias. Atualmente, o Talentos do Brasil une artesãs e artesãos do meio rural do Amazonas, Bahia, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Tocantins. O projeto conta ainda com a participação de estilistas e designers reconhecidos nacional e internacionalmente, que compartilham sua experiência junto aos artistas adequando os produtos às exigências do mercado. (Foto: Sérgio Amaral) Foto Sérgio Amaral Matérias-primas de todo o Brasil viram artesanato nas mãos de agricultoras. Cooperativa reúne 2 mil artistas de 12 estados brasileiros. Fonte: globo.com 86 HORSES’S LIFE HORSES’S LIFE 87 Carga Pesada Novidades no segmento de pick-ups médias O lançamento inédito de uma pick-up média da Volkswagen agita o segmento 88 HORSES’S LIFE Fotos cedidas VW Amarok. Um novo conceito de tecnologia, conforto e economia Com tecnologia inovadora, elevados padrões de segurança e desempenho excelente em consumo e ergonomia, a Volkswagen passa a atuar no segmento de pick-up médias, com a nova Amarok. Sendo a primeira a ser desenvolvida na Alemanha, conta com motores TDI econômicos e os mais altos níveis de segurança ativa e passiva, despontando um novo conceito de tecnologia, conforto e economia. A nova pick-up possui 5,23 m de comprimento e motor turbodiesel de alta tecnologia, confiável, econômico e com baixo índice de emissões. O TDI 2.0 com 120 kW / 163 cv e injeção common-rail conta com dois turbocompressores sequenciais, que disponibilizam um torque de 400 Nm a apenas 1.500 rpm. Câmbio manual de 6 velocidades, tração 4x4 e um tanque de combustível de 80 litros, possibilitando viagens de mais de 1.000 km sem necessidade de reabastecimento, também são algumas das características. No Brasil, inicialmente será disponibilizada ao mercado a Amarok Highline, com mais conforto. O modelo conta com retrovisores externos parcialmente cromados, detalhes cromados no exterior e interior e molduras das caixas das rodas alargadas, pintadas na cor da carroçaria, alojando rodas de alumínio de 18 polegadas. A versão topo de linha é caracterizada, também, pelo painel de instrumentos com cor de fundo exclusiva, ar-condicionado digital (Climatronic), revestimento dos bancos e detalhes de acabamento em couro e sistema de som mais sofisticado. Além dos equipamentos de série, a Amarok conta também com uma variada lista de acessórios, como estribos laterais, capota marítima, “santantonio”, protetor de caçamba, ganchos de reboque, e rodas de liga leve de 19 polegadas. Ficha técnica do Amarok Motor frontal, longitudinal, 4 cilindros, diesel, common-rail Cilindrada 1 968 cm3 Diâmetro x curso 81 x 95,5 mm Potência 163 cv a 4 200 rpm Torque 40,8 mkgf a 1 750 rpm Câmbio manual de 6 marchas, tração integral Dimensões comprimento, 525 cm; largura, n/d; altura, n/d; entre-eixos, n/d Porta-malas/caçamba 1047 litros Tanque de combustível 100 litros Pneus 245/65 R17 HORSES’S LIFE 89 S 10, favorita tradicional Ranger, com design renovado Para quem prefere as nacionais, na linha Chevrolet, a S 10 une desempenho e conforto. Líder de vendas há 14 anos, é o único modelo do segmento disponível também com motorização Flexpower. Sua suspensão traseira tem amortecedores de alta performance e também conta com o Trac-Lock, o sistema de controle anti-deslizante das rodas traseiras. Isso e muito mais na linha mais completa da categoria. Seja qual for o modelo: S 10 Colina, S 10 Tornado Cabine Dupla, S 10 Executive Cabine Dupla ou Advantage, a regra é agradar. Já a linha Ford apresenta a Ranger 2011, cujo modelo é apontado como o mais forte, robusto e completo do mercado. Com diversas configurações, a pick-up vem pronta para atender às mais variadas necessidades. Contando com um design renovado, a Ranger Cabine Simples tem uma nova versão Sport, que dispões de uma lista de série ainda mais completa, aliada a um visual mais moderno e jovial. A Nova Ford Ranger 2010 Cabine Simples está disponível nas seguintes configurações: motores Duratec 2.3L Gasolina ou Powerstroke 3.0L Diesel com tração 4x2 ou 4x4. Motor Diesel Power Stroke 3.0L Electronic e Sistema Common Rail. Potência de 163 cv e torque de 38,7 kgfm garantem força em qualquer situação. 90 Ficha técnica da S 10 Ficha técnica da Ranger Motor Motor Dianteiro longitudinal, Turbo Diesel Electronic, 4 cilindros em linha Dianteiro, longitudinal, 4 cilindros em linha, 24 V, turbo variável, injeção direta eletrônica, diesel Cilindrada Cilindrada 2405 cm3 2968 cm3 Diâmetro x curso Diâmetro x curso 87,5 x 100 mm 87,5 x 94 mm Potência Potência 141 cv a 5200 rpm 163 cv a 3800 rpm Torque Torque 34,7 kgfm a 1800-2400 rpm 38,7 mkgf a 1600 rpm Câmbio Câmbio Manual de 5 velocidades “overdrive” manual de cinco marchas, tração 4x2 e 4x4, com reduzida Dimensões Dimensões comprimento, 526 cm, largura, 173,4 cm, altura 170,4 cm comprimento, 514 cm, largura, 180 cm, altura, 177 cm Porta-malas/caçamba Porta-malas/caçamba 860 litros 844 litros Tanque de combustível Tanque de combustível 80 litros 75 litros Pneus Pneus Radiais 225/75 R15 ou 235/70 R16 245/70 R16 HORSES’S LIFE HORSES’S LIFE 91 Minha História Foto cedida Tammy Repolho Como é ser profissional do cavalo em Manaus, capital do Amazonas Por: Equipe HL, a partir de depoimento prestado por Tammy Repolho A MAZONA NA AMAZÔNIA Horse’s Life (HL): Tammy, conte para nós de como chegou a esta atividade no mundo dos cavalos? Tammy Repolho (TR): A primeira vez que montei em um cavalo foi aos 20 anos de idade, em um trabalho de campo da faculdade de geologia. Hoje estou com 43 anos e nunca mais deixei de montar, foi uma paixão a segunda vista, pois na primeira vez foi tão vergonhoso que nem vale a pena contar. No ano seguinte minha mãe e eu já tínhamos cavalos estabulados em cocheiras em Manaus. Meu primeiro cavalo veio para minha mão como potro de três anos e ficou comigo até os 12 anos, e até hoje foi meu principal cavalo. Formei-me geóloga, casei, tive filho. Em 93 minha mãe e eu montamos uma loja de produtos veterinários e equestres, e daí para patrocinar aulas e eventos hípicos foi um passo, já que eu também participava de cavalgadas e competições de salto. Minha relação profissional com a equitação começou através da organização de eventos, em especial competições de salto. Como meu atual marido também é uma pessoa muito apaixonada por cavalos, logo tínhamos uma chácara e mais cavalos, e logo meu filho também começou a montar. Por volta de 2001 arrendamos uma hípica, onde até então eu era cliente enxerida, daquelas que dão palpite em tudo. Fui percebendo a diferença no desenvolvimento das crianças e adolescentes que frequentavam a escolinha, e também o bem que o convívio com o cavalo fazia para o meu filho. Percebi que eram crianças mais autoconfiantes, desencanadas, de bem com a vida e auto-estima elevada, que junto a seus cavalos aprendiam lições únicas, muito difíceis de serem ensinadas pelos pais no dia-a-dia. Até comecei a dar algumas aulas de equitação, mas tudo isso era ainda uma atividade secundária. Eu ainda não vivia de cavalos. No início de 2005 fiz um curso para instrutores em São Paulo e no final daquele ano decidi que era isso que eu queria fazer. Larguei todas minhas outras atividades, e meu foco de trabalho passou a ser uma escola de equitação que oferecesse equitação, equoterapia e equitação lúdica. Montado o projeto, consegui uma estrutura pequena e compacta em um bairro nobre e central de Manaus, graças ao apoio do Sr. Nissim Pazuello. Associei-me ao CEMA, Centro de Equoterapia Manaus, que estava desativado. Entrei com os cavalos e equipamentos, reativamos a equipe de trabalho e em 2007 começamos a operar no novo endereço. Em 2009 fiz o curso de equitador para equoterapia na ANDE - Brasil, e a cada dia que passa acredito mais que “Cavalos Educam e Multiplicam Aptidões”. 92 HORSES’S LIFE “ TORNAR-SE EQUITADOR É MUITO MAIS DO QUE SABER MONTAR HL: Em sua formação, quem foram pessoas de destaque? TR: Minha mãe, Simey Peixoto, que incentivou e participou do início dessa paixão; meu segundo marido, João Ricardo, companheiro sempre e em todos os momentos a cavalo; minha amiga Claudia Leschonski, que me ajudou na busca por uma educação equestre; e todos os meus mestres na equitação e na equoterapia. HL: Fale dos pontos altos de sua carreira. TR: Nenhum em especial, mas muitos a cada dia: todos os sorrisos, abraços, beijos e carinhosos “tias” que recebo de meus alunos, e a amizade e confiança incondicional deles. HL: Fale sobre seus cavalos mais importantes, ou aqueles que mais a marcaram. TR: Apache foi meu primeiro cavalo, companheiro de muitas vitórias (cada salto um obstáculo transposto) de coração enorme. A Nikita foi o animal de maior porte que já tive, e o mais gostoso de montar. Era delicada, de temperamento difícil, mas ao mesmo tempo deliciosa. A Aembé Apuá foi o melhor cavalo que pude proporcionar para meu filho, companheira de muitos anos dele, até que ele parou de montar e competir por uma escolha pessoal, devido ao vestibular. Sempre foram grandes amigos. HL: Quais são seus planos para o futuro? TR: Continuar com o desenvolvimento do Centro de Equoterapia Manaus e transformá-lo em uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), criando uma equipe multiprofissional capaz de dar o maior desenvolvimento possível à equitação, equoterapia e cultura equestre em nossa região. HL: Que conselho ou palavra de aviso daria a quem está começando nesta área? TR: Instrutor de equitação é uma profissão não formalizada no Brasil, o que não quer dizer que um profissional não deva investir continuamente em sua formação seja pessoal, seja profissional. Lembrar sempre que instruir quer dizer ter paciência, e entender a dificuldade enfrentada pelos outros. Tornar-se equitador é muito mais do que saber montar. Um instrutor precisa gostar de pessoas e entendê-las; gostar de cavalos e entendê-los; e saber unir ambas as coisas com o melhor resultado global. HL: Há alguma outra observação que gostaria de fazer? TR: Cavalo é o melhor investimento que se pode fazer no desenvolvimento pessoal de um filho. É mais que aula de idiomas, é mais que terapia, ajuda no desenvolvimento global do indivíduo. Ter um cavalo é caro, mas as aulas em uma escola de equitação se tornam uma pechincha na relação custo-benefício, vale 100% a pena. Você não precisa investir em um equino atleta de alta performance, basta promover a equitação em seu conceito mais básico e já vai ser capaz de perceber muita diferença naqueles que estão no caminho de se tornar “pessoas do cavalo”. TAMMY REPOLHO • Nome pelo qual é conhecida no meio: Tammy Repolho • Estabelecimento equestre onde atua: Centro de Equoterapia Manaus Escola de Equitação Nissim Pazuello • Função / profissão: Equitadora e Diretora Administrativa • Tempo de atividade: 07 anos Para contatos e informações: [email protected] http://escoladeequitacao.blogspot.com HORSES’S LIFE 93 Minha História Didi de Almeida Conheça mais sobre a vida do “seu” Didi de Almeida, verdadeiro homem do cavalo Por: Equipe HL, a partir de entrevista do Sr. Aparecido Manoel de Almeida H orse’s Life (HL): Seu Didi, conte um pouco de sua história pra gente. Didi de Almeida (DA): Desde criança convivi com cavalos porque meu pai foi tropeiro Brasil afora a vida inteira. Em 2005 chegou no Rancho um amigo, Carlos Eduardo de Almeida, que queria treinar laço de bezerro porque ia competir na Nacional da ABQM. Foram nove dias começando a treinar às cinco da manhã. Valeu a pena, pois o Carlos foi para a prova e ficou campeão na sua categoria. Aí me animei e comecei a girar umas cordas, mas só fui começar a laçar em 2008. HL: Em sua formação, quem foram pessoas de destaque? DA: Quando decidi que ia laçar, muitas pessoas me ajudaram, e muitos criticaram, mas como sou 100% deficiente auditivo, só presto atenção no que me interessa. Meu professor foi o Du VT que teve muita paciência comigo, corrigindo meus erros e o principal, aguentando com bom humor os meus ataques de raiva quando não dava certo... Meus filhos Jonas e Andréa colaboraram bastante, desde a época em que eu fazia Hipismo e Team Penning, agora eles estão se empenhado para que me reconheçam como o Cavaleiro de Laço MAIS VELHO DO BRASIL – se bem que eu gostaria de ser o mais novo... HL: Como foi seu trajeto até se tornar um competidor em laço de bezerro? DA: No começo foi muito difícil porque eu não tinha cavalo de laço, mas tive muita sorte, porque o Jonas comprou um cavalo QM para ele, mas eu tomei posse do animal e comecei a treinar laço com ele. Ainda demorou bastante tempo pra criar coragem e ir para a minha primeira prova, e estou até hoje aprendendo com os mais experientes. HL: Fale sobre o seu cavalo. O que ele representa para você? DA: Meu cavalo é um quarto de milha baio que se chama GOLD AMERICAN AD (America Chick AD x Italian AD, Gouty JA). A chegada do baio no rancho mudou a minha vida, porque eu estava sem motivação pra continuar o que eu fazia, estava pensando em parar com tudo. Hoje acho que os dias de treino e as datas das provas demoram muito a chegar, fico ansioso esperando a hora de entrar na pista. HL: E você está preparando algum outro animal? DA: Estou preparando um potro de três anos, o COLORADO FAILAS (Garth Dockie x Luana Dancer, Effort’s Dancer KRB), mas ainda não decidi o que ele vai fazer. 94 HORSES’S LIFE Foto cedidas HL: Quais foram os pontos altos da sua trajetória com cavalos até agora? DA: Para mim sempre foi muito prazeroso trabalhar com cavalos. Mesmo quando não dava muito certo, eu achava que o dia seguinte seria melhor. Montei Mangalarga muito tempo, preparando-os para fazer o Registro Definitivo, e ficava muito feliz, porque o Juiz sempre dizia que meus cavalos eram bem equitados. Tive também uma fase muito boa na Hípica de Limeira, da qual sou um dos fundadores; fiquei lá por 20 anos e lá fiz muitos amigos. HL: Fale sobre seus cavalos mais importantes, ou aqueles que mais o marcaram? DA: Quando eu era garoto tive um cavalo PUNGA, era um pequeno amarilho muito esperto e manso, andava nele sem rédeas, convivi com ele muitos anos e tenho muita saudade dele. Também tive uma égua pampa mestiça com Inglês que comprei para fazer hipismo rural, a qual depois passei para meu filho mais novo, Artemus, que até aí nunca tinha montado. Depois ele nunca mais parou, se revelou um ótimo cavaleiro fazendo parte da equipe olímpica de CCE, e também obteve classificações no Panamericano. Hoje ele é dono do seu próprio manège, em Itu, é professor de equitação, prepara cavalos e cavaleiros, acumulou na sua vitoriosa carreira muito títulos, mas eu acho que se não fosse a aquela égua mestiça inglesa, ele não teria se tornado o profissional que é... e se eu viver 100 anos não vou esquecêla jamais... HL: O que lhe dá maior prazer na prática do Laço de Bezerro? DA: Quando vai chegando o dia da prova eu vou ficando muito ansioso, quero que chegue logo a hora de laçar. Tudo é muito emocionante, desde a chegada ao recinto, as provas, o encontro com os amigos, muita corda girando, muito cavalo esbarrando, eu agradeço demais quando eu faço uma boa laçada e o pessoal aplaude, é uma adrenalina só, e quando um e outro me cumprimenta eu me sinto realizado! HL: Quais são seus planos para o futuro? DA: Eu estava muito ansioso para laçar no Congresso Brasileiro do QM, o que devido à chuva acabou não sendo possível. Agora estou aguardando o Campeonato Nacional, onde quero ver se realizo o meu sonhos de ser o Laçador mais Velho da ABQM. Não tenho grandes pretensões porque sei das minhas limitações, mas estou me esforçando muito preparando um cavalo, quero ver se consigo laçar na categoria Técnica da AQHA. Se eu conseguir, é mais um sonho realizado... HL: Que conselho daria a quem está começando nesta área? DA: Para os novatos meu conselho é que, se você tiver certeza de que é isso mesmo que quer, procure alguém competente para orientá-lo, nunca ache que a gente aprende sozinho... Procurar ajuda é ter humildade pra aprender com quem sabe mais do que a gente, e treinar muito, ver muitos vídeos de laço e também treinar muito o cavalo. HL: Há alguma outra observação que gostaria de fazer? DA: Tenho observado que os melhores laçadores têm sempre um tempinho para ajudar os outros, orientando no giro da corda, no arremesso, e no preparo dos cavalos. Pude perceber que é um grupo muito unido, parece uma família. Fiquei muito Feliz em entrar para essa nova família, e se Deus me ajudar vou ficar bastante tempo com eles, aprendendo SEMPRE!!! HORSE’S DIDI FERRADOR • Nome completo: Aparecido Manoel de Almeida • Idade: 71 anos • Nome pelo qual é conhecido no meio: Didi “Véio do Rancho Goiano” • Estabelecimento equestre onde atua: Rancho Goiano, Limeira – SP • Profissão: ferrador e preparador de cavalos • Tempo de atividade: 38 anos CONTATOS: Aparecido Manoel de Almeida - DIDÍ Rancho Goiano - R. Laurentina Sampaio Saar, 290 Chácara Antonieta - Limeira - SP Fone: (19) 3441-5167 Andréa de Almeida Fone: (19) 3451-7312 - Cel: (19) 9219-1826 “ HOJE ACHO QUE OS DIAS DE TREINO E AS DATAS DAS PROVAS DEMORAM MUITO A CHEGAR... Life ASSINATURA PERFORMANCE & VELOCIDADE Nome: Endereço: Cidade: E-mail: Tel.: ( UF: CPF: ) Cel.: ( Boleto bancário ) Pagamento à vista Data: / / Recebi o valor de R$ 198,00 (cento e noventa e oito reais) referente a um ano de assinatura da revista HORSE`S LIFE a partir desta data. Assinatura: Data: / / Fale conosco! Pelo Tel.: ( 19 ) 3929 8808 com Camila ou e-mail: [email protected] HORSES’S LIFE 95 Star Horse Matriz FICHA TÉCNICA Nome: HONOR EASE Filiação: Holland Ease x Honor A Princess (Requested Hono) Nascimento: 18/02/1995 Pelagem: Castanho Criador: Iversen R. Craig Proprietário: Edson Favreto Linhagem: Corrida 96 HORSES’S LIFE A chegada de Honor Ease Considerada a mais importante filha de Holland Ease do mundo, a reprodutora Honor Ease chega ao Brasil para incrementar o plantel da modalidade 3 Tambores e da linhagem de velocidade. F Foto Beto Orsi ilha de Holland Ease e Honor A Princess, a reprodutora Honor Ease foi importada pelo criador Edson Favreto e chega ao Brasil no segundo semestre do mês de julho, com grandes expectativas, já que é a fêmea número um em ganhos nos Estados Unidos. Segundo Luciano Beretta, da Lub Breeding, onde o animal ficará alojado, a campanha da reprodutora é incrível, além de ser a melhor filha de Holland Ease, é a terceira melhor dos filhos do garanhão. O criador Edson Favreto comprou a égua por indicação de Bangal, brasileiro radicado nos EUA, com o objetivo de servir especificamente os grandes cavalos que estão chegando ao país. “Ela é diferente, além de ser uma castanha que chama a atenção, tem grandes vitórias em seu currículo e dos produtos que teve nos EUA, já conquistou mais de U$ 200 mil em prêmios. O objetivo aqui é produzir embriões que serão destinados para a corrida e para os 3 Tambores”, disse Beretta. Durante sua campanha nas pistas, Honor Ease correu 33 vezes, tendo grandes marcas como 16 vezes a primeira colocação; seis vezes, segundo lugar; e quatro vezes a terceira colocação. No total, ganhou U$ 368 mil em prêmios, durante mais de três anos que esteve em campanha. “O interessante deste animal é que ela correu praticamente durante quatro anos consecutivos, o que mostra uma vida útil muito longa, fato difícil de termos nos cavalos de corrida. Para isto ela precisa ser boa de índole e boa de aprumo, sem qualquer defeito de comportamento. O que é melhor ainda é que ela transmite estas características a seus filhos”, explicou Luciano. A primeira corrida de Honor Ease aconteceu em 10 de setembro de 1998 e a última em primeiro de janeiro de 2001. É uma égua que comprova ter muita regularidade em sua vida esportiva e o que chama a atenção dos interessados na modalidade 3 Tambores, que precisam de animais com estas características. Nascida em 18 de fevereiro de 95, Honor Ease tem índice de velocidade de 109. Dentre as principais vitórias ganhou: West Texas Country Futurity (grupo 1); West Texas Derby; American Quarter Horses Fundation; American Directors Quarter Horses e ainda a quinta colocação no Campeonato Mundial; o 3º lugar no All American Derby, e o 4º lugar no All American Futurity, a prova mais importantes dos Estados Unidos. Assim que terminou a campanha nas pistas, Honor Ease foi destinada para a reprodução, Apesar da idade, ela começou a produzir apenas em 2005, já que correu até 2001. Mesmo assim, seus produtos alcançaram mais de U$ 200 mil em premiação nos EUA. Honor Ease será apresentada no Brasil no próximo dia 13 de setembro, o Leilão Lub Racing, organizado pela MBA Leilões. A ocasião será comercializado o ventre para livre acasalamento, além da formação de embriões para a corrida e os 3 tambores. Mais informações: Luciano Bereta -(15) 9700-5871 / 9700-5869 HORSES’S LIFE 97 Star Horse Garanhão O importado Somebody Smart Filho do número um da Apartação, Smart Little Lena, o garanhão Somebody Smart é de criação da Russ And Jill Miller (Saint Anthony/USA) e foi importado pelos criadores Antônio Carbonari Netto, Jayme Toledo de Resende e Erik Carbonari para investimento na modalidade. A Nascido em 01 de março de 91, o alazão Somebody Smart é ganhador de U$ 95,539.00 em provas da NCHA – National Cutting Horse Association. No Brasil há dois anos, o garanhão foi localizado nos EUA e oferecido aos atuais proprietários por All Dunning, um dos maiores horsemanship da América. Atualmente ele está alojado no Rancho das Américas, e será cotizado, já que no primeiro ano de comercialização vendeu 75 coberturas no Leilão Minas Horse Show, em 2008. “Eu passei duas temporadas nos EUA com All Dunning e quando 98 HORSES’S LIFE falei sobre o animal com os amigos que me iniciaram na apartação, Erik e Antônio Carbonari, nos interessamos em sua compra. Principalmente porque o Somebody tem todos os itens necessários para ser um garanhão completo”, ressaltou Jayme. Com morfologia exemplar e genética excelente, Somebody Smart é um cruzamento do consagrado Smart Little Lena em égua Son O Sugar, o mesmo cruzamento de Smart Lil Ricochet e Smart Lil Scoot. Ganhador nas pistas americanas e finalista dos grandes eventos da Apartação, o garanhão também é um grande produ- FICHA TÉCNICA Nome: SOMEBODY SMART Filiação: Smart Little Lena x A Busy Body (Son O Sugar) Nascimento: 08/3/1991 Pelagem: Alazão Criador: Russ And Jill Miller - Saint Anthony - USA Proprietários: Antonio Carbonari Netto,Jayme Toledo de Resende e Erik Carbonari Linhagem: Apartação tor. Seus filhos, além do sucesso nas pistas, apresentam morfologia exemplar. São fortes, dóceis e de uma beleza ímpar, características que já vem sendo comprovadas por todos que já tem seus filhos nascendo no Brasil. “O Somebody Smart teve sua vida reprodutiva, assim como a campanha dos seus filhos, na costa oeste, não tendo a oportunidade de cobrir éguas de renome no Texas. E, com raras exceções, seus produtos não foram treinados pelos grandes nomes americanos da Apartação, o que torna os números de seus filhos ainda mais expressivos. E aqui, muita gente acreditou neste sonho meu e dos Carbonari, pois tivemos recorde nacional de vendas de coberturas num dia de leilão. Recorde este que até hoje é nosso”, explicou Jayme. Já como destaque no Brasil, a sua primeira filha a competir no Brasil, Star Over Somebody, de propriedade do Antonio Carbonari, com apenas um ano de treinamento, acabou de marcar a maior somatória da classificatória do Potro do Futuro da ANCA: 145,5 pontos, o que dá uma mostra do que está por vir em breve. Dentre os ganhos de seus descendentes estão: Somebodys Gold (nascido em 99) ganhador de U$ 91,537.52; Somebodys Mojo Fotos Álvaro Maya (nascido em 2000), ganhador de U$ 68,264.68; Hickory Somebodysmart (nascido em 2001), ganhador de U$ 104,256.90; Somebodys Busy Playin (nascido em 2001), ganhador de U$ 80,615.39; Lite Somebodys Star (nascido em 2004), ganhador de U$ 64,391.43. “ O Somebody Smart se destaca pela quantidade de filhos com campanhas de destaque Agora o objetivo é cotizá-lo no Brasil, pois a procura por coberturas é grande e seus proprietários acreditam neste tipo de comercialização, já que mais pessoas podem se beneficiar deste importante garanhão da modalidade Apartação. Mais informações (11) 4538-5311 ou no site www.ranchocoyote.com.br HORSES’S LIFE 99 Veterinária Imagem ilustrativa GASTRITES E ÚLCERAS: seu cavalo corre risco? Doença relacionada a stress pode desencadear cólicas fatais A s úlceras gástricas e do intestino delgado acontecem em equinos de uma maneira muito semelhante àquela observada nos seres humanos. Em ambos, as maiores causas são vida estressante e uma alimentação incorreta – e também em ambos, estes fatores costumam existir em associação. A mais freqüente causa de gastrite e úlcera gástrica nos equinos é a falta de volumoso, e a segunda causa mais comum é o stress emocional. A maioria dos cavalos mantidos confinados é sujeita a uma combinação destes dois fatores, e por isso o índice de gastrites e úlceras chega a 90% dos cavalos de jockey clubes e 75% dos animais de hípicas. Diferentes de outras espécies, os equinos não se desenvolveram para terem uma ou mais “refeições” ao dia, porém para se alimentarem de maneira contínua, tendo sempre algum conteúdo gástrico e intestinal. Por isso mesmo, a secreção dos sucos digestivos é ininterrupta. Quando o manejo humano interfere nesta maneira natural de alimentação, os elementos ácidos destas secreções entrarão em contato com as paredes “vazias” de estômago e intestino, assim causando irritação química, que pode evoluir para gastrite (inflamação crônica) e depois para ulcerações. Estas lesões são pequenos ferimentos na mucosa, que se não tratados podem aprofundar-se, afinando a parede gástrica e/ 100 HORSES’S LIFE Autora: Claudia Leschonski ou intestinal até perfurá-la. Este tipo de úlcera profunda, associada à dor e aos distúrbios digestivos por ela causados, pode resultar em ruptura estomacal, condição sempre fatal nos equinos. O uso indiscriminado e sem orientação médico veterinária de alguns medicamentos, especialmente das NSAIDs (drogas antiinflamatórias não-esteroidais, tais como fenilbutazona e flunixin meglumine) também causa úlceras e agravam aquelas já existentes. Também os potros jovens são sujeitos às úlceras; nesta categoria animal, o surgimento do problema costuma estar relacionado a uma desmama abrupta de animais anda pouco adaptados à ingestão de grande quantidade de volumoso, de novo evidenciando o problema da associação de stress emocional com a pouca ingestão de volumoso. No Brasil, o diagnóstico das úlceras muitas vezes é sintomático; apenas o exame com endoscópio por fibra ótica dá certeza sobre a presença da doença, mas este equipamento, adaptado para uso em equinos, é muito raro em nosso país. O tratamento se baseia em adequações do manejo dos animais, associado à administração de drogas que inibem a acidez das secreções digestivas, das quais o omeprazol e a ranitidina estão entre os mais utilizados. Um clínico veterinário especializado em equinos deverá ser chamado para examinar o seu cavalo e, se for o caso, prescrever o regime de tratamento mais indicado. 1 2 3 4 5 ALGUNS FATOS SOBRE ÚLCERAS E GASTRITES As úlceras podem surgir muito rapidamente: estudos comprovam alterações patológicas da mucosa gástrica sadia em três a cinco dias de manejo crítico – tal como pouco volumoso na dieta ou uso repetido de NSAIDs. Algumas drogas antiinflamatórias e analgésicas são menos irritantes à mucosa gástrica do que outras. Por exemplo, a monofenilbutazona é bem menos irritante do que a fenilbutazona. O veterinário deve considerar a possibilidade de existência de úlcera na presença dos seguintes sinais clínicos: perda de peso, pelagem feia, ligeira anemia; cólicas recorrentes sem causa clara, que podem desaparecer e voltar a surgir com intervalo de dias; fezes pastosas. Ainda, ranger de dentes, apetite seletivo, e outros sinais de desconforto abdominal leve, sem chegar a ser detectada “cólica” propriamente dita. A existência de manejo deficiente nos quesitos “stress emocional e volumoso” reforça a hipótese diagnóstica. A pesquisa de sangue oculto nas fezes, feita por laboratório veterinário, também ajuda a diagnosticar uma possível úlcera, ainda que possa haver outras causas para este problema. Uma possibilidade sem contra-indicações é fazer o diagnóstico terapêutico, instituindo-se tratamento específico para úlcera gástrica (por exemplo, através do uso de omeprazol em dosagem terapêutica) durante 30 a 60 dias, e observando a resposta clínica e sintomática do paciente. 6 Para cavalos em regime intenso de treinamento, viagens e competições, bem como aqueles que por alguma razão precisem receber tratamento com NSAIDs com duração superior a cinco dias (manqueiras, lesões musculares, etc), recomenda-se o fornecimento de omeprazol em dosagem preventiva, ao longo do período de risco, e até duas semanas após o término do mesmo. 7 A úlcera gástrica pode acometer potrinhos na época do desmame, sendo um dos grandes responsáveis pelo mau desenvolvimento dos equinos nesta faixa etária. Devemos desconfiar de potrinhos cujo desenvolvimento esteja inferior àquele de seus companheiros, e também daqueles que passam muito tempo deitados (após os seis meses de idade), apáticos, e lentos ao comer a ração. 8 As cólicas recorrentes típicas de cavalos portadores de úlcera costumam se agravar ao longo do tempo, podendo se tornar fatais se a úlcera não for tratada. Muitas cólicas gástricas evoluindo para ruptura e óbito são causadas por úlceras que passaram desapercebidas, enquanto o cavalo, na fase mais branda da enfermidade, era classificado como “predisposto a cólicas leves” pelos seus responsáveis. 9 Nenhum tratamento de úlcera será bem-sucedido em longo prazo se não fizer parte de um esquema de adaptações de manejo que respeite a natureza intrínseca dos equinos, com suas necessidades emocionais e fisiológicas. HORSES’S LIFE 101 102 HORSES’S LIFE HORSES’S LIFE 103 Produtos e Serviços Imagem ilustrativa UM SEGURO para o seu CAVALO! Conheça os benefícios que a contratação de um seguro pode proporcionar a você e seu cavalo S Autor: Faina Duarte, MV eguro de vida de animais – o que é e para que serve O seguro de animais garante a indenização ao proprietário quando da morte de um animal segurado, desde que esta morte seja em decorrência dos riscos cobertos, durante a vigência da apólice e conforme as condições gerais e especiais da apólice. Além da cobertura básica de vida, que, no caso de equinos cobre também o transporte, existem coberturas adicionais passíveis de contratação, tais como: reembolso clínico, reembolso cirúrgico, reembolso de necrópsia, incapacidade reprodutiva por doença ou acidente, seguro de prenhez e produto ao pé, seguro contra incapacidade funcional, etc. O grande benefício de se contratar um seguro de vida de animais é a indenização do valor segurado quando do sinistro ocorrido com seu animal, permitindo a reposição do mesmo. Isto permite a recomposição financeira deste proprietário sem lhe aumentar o ônus, já que a perda de um animal querido com certeza implica um grande sofrimento sentimental. O custo do seguro dependerá de algumas variáveis, tais como espécie animal, idade, raça, utilização, localização geográfica no país, coberturas adicionais, etc. O prêmio final do seguro incluirá ainda o custo de emissão da apólice e o IOF, podendo ser parcelado em até cinco vezes sem juros. 104 HORSES’S LIFE Como contratar? Inicialmente procedemos a uma cotação no sistema de cálculo da seguradora, necessitando de dados básicos do animal, tais como nome, raça, data de nascimento, utilização, local de alojamento, além do valor pretendido para o seguro. Poderão também ser contratadas coberturas adicionais dependendo do interesse e necessidade do proprietário. Ao transformar esta cotação em proposta, serão necessários os dados completos do segurado, além de informações adicionais sobre o animal. Enviamos, para a seguradora a documentação exigida: • proposta assinada pelo segurado ou pelo corretor de seguros habilitado junto à seguradora; • cópia do registro do animal; • atestado veterinário (em formulário próprio da seguradora) emitido pelo veterinário assistente do animal ou do local de alojamento; • cópia de hemograma completo realizado em amostra coletada no mesmo dia do exame veterinário; • cópia do exame de AIE, em caso de animais sem registro, necessário para a identificação completa do animal; • histórico reprodutivo e/ou de desmpenho em provas ou exposições, contendo o máximo de informações possível; • nota, recibo de compra ou outro comprovante de compra. Em geral, dentro de até uma semana há uma resposta. Pode ser que a seguradora não aceite o valor pretendido para o animal, o que exigirá uma concordância formal do proprietário com o valor aceito. O animal estará efetivamente segurado a partir das 24 horas do dia da aceitação formal da proposta, com o seguro tendo vigência é de um ano. Existe também uma opção de contratação de seguro para prazos curtos. O animal estará efetivamente segurado a partir das 24 horas do dia da aceitação formal da proposta pela seguradora, sendo que a vigência usual é de um ano. Existe também um seguro para prazos curto. O que fazer em caso de sinistro? Comunicar à seguradora, assim que possível, o sinistro ocorrido, via ligação telefônica, disponível para atendimento 24 horas ao dia, 365 dias ao ano. Logicamente, nos casos de emergência, providenciar o atendimento veterinário de qualidade ao animal é a prioridade, buscando a manutenção da integridade física e a vida do mesmo. Nos casos de morte do animal, a primeira providência, o mais rápido possível, é providenciar um veterinário, à escolha do segurado, para realizar a necrópsia do animal, a qual deverá ser acompanhada de fotografias. Durante esta necrópsia, o veterinário deverá proceder à coleta de fragmentos de órgãos para realização de exame histopatológico, a fim de auxiliar/comprovar a ‘causa mortis’. Este veterinário deverá emitir um ‘Laudo de Necrópsia’ o mais completo possível e se houve atendimento ao animal em vida deverá haver um ‘Laudo de Atendimento Clínico’, relacionando o atendimento, diagnóstico e tratamento efetuados. Os custos destes procedimentos são por conta do segurado, porém podem ser co- bertos pela contratação da cobertura adicional de reembolso de necrópsia, a um custo hoje de R$ 25,00 (independente do valor do animal) com reembolso de até R$ 500,00. Além disso, o proprietário deverá efetuar a baixa por morte no registro do animal junto à associação de registro respectiva, anexando esta baixa junto à documentação do sinistro. Após a entrega da documentação completa à seguradora, o prazo regulamentar para liquidação é de até 30 dias corridos. Nos casos de sinistro por cirurgia, perda de função reprodutiva ou por incapacidade funcional, a documentação é específica, sendo, em linhas gerais, constituída por laudos veterinários e/ou hospitalares, exames laboratoriais, radiológicos ou de ultra-som, conforme a solicitação de cada caso. Vale a pena contratar? Nossa experiência de quinze anos no ramo de seguros, após a contratação de seguro para enorme quantidade de animais e com vários sinistros ocorridos e liquidados pelas companhias, nos permite afirmar, com convicção, que o seguro de vida de animais é uma ferramenta de proteção financeira de grande valia ao proprietário de animais de elite ou de elevado valor econômico. Particularmente àqueles de elevada performance e, naturalmente, de alta estima, já que o aspecto financeiro da perda dos mesmos será bastante aliviado com a indenização proporcionada pelo seguro. É de suma importância a contratação de uma apólice de forma competente, com coberturas adequadas ao interesse e à necessidade do proprietário, executadas por um profissional experiente em veterinária e conhecedor do produto ‘seguro de animais’, para garantir que a cobertura contratada seja a mais adequada a cada caso. O custo-benefício é bastante positivo para a operação envolvida, tornando o produto bastante acessível. E a liquidação dos sinistros é tranquila de se conduzir, bastando seguir a orientação de seu consultor de seguros de animais. Faina Duarte é veterinário formado pela UFU (Uberlândia). Clínico de campo de bovinos e equinos durante 15 anos, inspetor oficial da ABQM desde 1984 e da ABCPaint desde 1992, Juiz oficial da ABQM de 1991 a 2000, Jurado efetivo da ABCZ desde 2005. No seguro de animais desde 1996, havendo trabalhado com todas as seguradoras do ramo (COSESP, INTERATLÂNTICO, PORTO SEGURO E BRASILEIRA RURAL e UBF SEGUROS), desde a formatação da proposta de seguro até a emissão da apólice, bem como no assessoramento da documentação nos casos de sinistro. [email protected] Fone: (34) 9118-6020. HORSES’S LIFE 105 PERSONALIDADES Personalidades 1 2 3 4 5 6 7 8 106 HORSES’S LIFE 9 Foto 01 Issao Kusahara Jr. Foto 02 Jorge Luis, Rosana Arsentales, Alexis, Emilia e Gabriela da Agência Idéias e Desenhos Foto 03 Cleber Zanovelo 10 11 Foto 04 Philipe, Leandro, Marcel e Leandro Foto 05 Alessandro Mendes e Juliana Balbo Foto 06 Família Duprat Foto 07 Marcio Bueno, André Coelho, Joyce Loomis e Aluisio Marins 14 12 13 Foto 08 Marcelo Delchiaro e Alexandre Fontenelles Foto 09 Anderson, Jamil Buchala, Durval, Virgilio, Daniel e Mateus Foto 10 Cidão, Dailton Marin, Guto e Fernando Botteon Foto 11 Rodrigo e Zé Miguel Hadad Foto 12 Luciano e Guto 15 Foto 13 Sergio Cassius e Gilmar Garcia Foto 14 Loly e Simone Foto 15 Ignez e Marcelo da MBA Leilões Foto 16 Meninas do tambor 18 Foto 17 Renata Ricci 16 17 Foto 18 Rogerio mendes e Nubia HORSES’S LIFE 107 Classificados 108 HORSES’S LIFE Classificados ANUNCIE AQUI ! telefones: (11) 7864-3559 (11) 7854-0185 HORSES’S LIFE 109 110 HORSES’S LIFE CALENDÁRIO DE EVENTOS Data Evento Local Cidade 17/07/10 GP Super Stakes /GP Pre. do Jockey Club -III Derby -Class. Jockey Club de Sorocaba Sorocaba/SP 22 a 25 de julho de 2010 Team Roping Expomutum Parque de Exposições Mutum/MG Carlos Loss (27) 9813-3812 24/07/10 25º Vaquejada de Assaré Parque Vicente Liberalino Assaré/CE Pablo Pinheiro (88) 9917-4264 24/07/10 Campeonato Paranaense de Apartação 2010 / 2011 - 1º Etapa Local a Definir ANCA (19) 3661-4615 25/07/10 III Prova de Laço em Dupla cidade Canção Sociedade Rural de Maringá Maringá/PR Thiago Menezes (43) 9116-2050 28/07 a 01/08/2010 Potro do Futuro ANCR - 2010 Campeonato Nacional ANCR - 2010 Fazenda Barrinha Espírito Santo do Pinhal /SP ANCR (19) 9199-9279 31/07/10 GP Taça de Ouro Bronze -Class./GP São Paulo -I Tríplice -Class. /GP Pres. Jockey Club de Sorocaba do Jockey Club - III Derby Contato Telefone (15) 3293-1177 Sorocaba/SP (15) 3293-1177 06 a 08 de agosto de 2010 I Potro do Futuro da ABTCA Edição Futurity 2010 Recinto de Exposição Mello de Moraes Bauru/SP ANCA (19) 3661-4615 07/08/10 8º Campeonato Nacional de Laço de Bezerro - 4º Etapa Rancho Bonanza Guararema/SP ANLB (12) 3652-4117 07 e 08 de agosto de 2010 I Etapa XXIX Campeonato Paranaense -APQM Parque de Exposições de Maringá Maringá/PR Karina (44) 3228-8099 07/08/10 III Etapa Circuito Central Paulista de Team Penning Rancho Angela Cordeiropolis/SP Everton (19) 9684-2696 13 a 15 de agosto de 2010 I Etapa do IV Campeonato NBHAParaná Rancho Faria Apucarana/SP Helen Haraczuk (43) 3033-6336 13 e 14 de agosto de 2010 I Etapa Campeonato Paulista ANCA 2010 /2011 Local a Definir ANCA (19) 3661-4615 14/08/10 GP Taça de Bronze -Final / GP São Paulo -Tríplice - Final Jockey Club de Sorocaba Sorocaba/SP 21 e 22 de agosto de 2010 NSBQM - Núcleo Sul Brasileiro QM Campina Grande do Sul Curitiba/PR 28/08/10 GP Taça de Prata - Class. / GP Brasil -II Tríplice -Class. Jockey Club de Sorocaba Sorocaba/SP 30/08 a 01/09/2010 I Etapa do XV Campeonato Núcleo Bauruense do Cavalo QM Recinto Mello Moraes Bauru/SP Núcleo Baurense do Cavalo Quarto de Milha (14) 3236-2883 02 a 04 de setembro de 2010 II Potro do Futuro Mineiro Good Old Boys Ranch de Apartação 2010/2011 Recinto de Exposições Iturama/MG ANCA (19) 3661-4615 02 a 06 de setembro de 2010 IV Copa H3P Parque de Exposições Independência São Luis/MA Talib Naufel (98) 8401-0804 02 a 05 de setembro de 2010 Vaquejada Maria do Carmo Parque Maria do Carmo Serrinha/BA Carlinhos Serra (71) 3341-0023 (15) 3293-1177 Otávio Ferreira (41) 9147-2552 (15) 3293-1177 HORSES’S LIFE 111 112 HORSES’S LIFE