comunicação gerencial
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comunicação gerencial
Centro de Formação Profissional “Aloysio Ribeiro de Almeida” COMUNICAÇÃO GERENCIAL Presidente da FIEMG Robson Braga de Andrade Gestor do SENAI Petrônio Machado Zica Diretor Regional do SENAI e Superintendente de Conhecimento e Tecnologia Alexandre Magno Leão dos Santos Gerente de Educação e Tecnologia Edmar Fernando de Alcântara Elaboração Geovani Teodóro de Carvalho Unidade Operacional Centro de Formação Profissional “Aloysio Ribeiro de Almeida” SUMÁRIO APRESENTAÇÃO................................................................................................................................... 4 1 - COMUNICAÇÃO ............................................................................................................................ 5 2 - LÍNGUA ............................................................................................................................................ 6 3 - LINGUAGEM E LÍNGUA ............................................................................................................. 7 4 - LINGUAGEM ORAL E LINGUAGEM ESCRITA .................................................................... 8 5 - ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO ............................................................................................ 9 6 - LEITURA ....................................................................................................................................... 10 7 - ESCRITA ....................................................................................................................................... 12 8 - O QUE ESCREVER E COMO ESCREVER ............................................................................. 13 9 - TEXTO NARRATIVO, DESCRITIVO E DISSERTATIVO .................................................... 15 10 - CORRESPONDÊNCIAS EMPRESARIAIS .................................................................................... 17 RELATÓRIO ...................................................................................................................................... 20 MEMORANDO .................................................................................................................................. 22 CARTAS COMERCIAIS .................................................................................................................... 23 DECLARAÇÃO ................................................................................................................................. 24 ATA ................................................................................................................................................... 25 ATA DE REUNIÃO DA DIRETORIA .................................................................................................. 25 PROCURAÇÃO ................................................................................................................................ 26 CURRÍCULO ( CURRICULUM VITAE) ............................................................................................. 27 ENTREVISTAS ................................................................................................................................. 29 11 - TEXTOS PARA REFLEXÃO E ANÁLISE ..................................................................................... 35 12 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................. 50 COMUNICAÇÃO GERENCIAL APRESENTAÇÃO “Muda a forma de trabalhar, agir, sentir, pensar na chamada sociedade do conhecimento. “ Peter Drucker O ingresso na sociedade da informação exige mudanças profundas em todos os perfis profissionais, especialmente naqueles diretamente envolvidos na produção, coleta, disseminação e uso da informação. O SENAI, maior rede privada de educação profissional do país,sabe disso , e ,consciente do seu papel formativo , educa o trabalhador sob a égide do conceito da competência:” formar o profissional com responsabilidade no processo produtivo, com iniciativa na resolução de problemas, com conhecimentos técnicos aprofundados, flexibilidade e criatividade, empreendedorismo e consciência da necessidade de educação continuada.” Vivemos numa sociedade da informação. O conhecimento, na sua área tecnológica, amplia-se e se multiplica a cada dia. Uma constante atualização se faz necessária. Para o SENAI, cuidar do seu acervo bibliográfico, da sua infovia, da conexão de suas escolas à rede mundial de informações – internet- é tão importante quanto zelar pela produção de material didático. Isto porque, nos embates diários, instrutores e alunos, nas diversas oficinas e laboratórios do SENAI, fazem com que as informações, contidas nos materiais didáticos, tomem sentido e se concretizem em múltiplos conhecimentos. O SENAI deseja, por meio dos diversos materiais didáticos, aguçarem a sua curiosidade, responder às suas demandas de informações e construir links entre os diversos conhecimentos, tão importantes para sua formação continuada! Gerência de Educação e Tecnologia TÉCNICO EM MECÂNICA E ELETRÔNICA 4 COMUNICAÇÃO GERENCIAL 1 - C OMU N I C A Ç Ã O Os seres humanos dependem uns dos outros. Ninguém consegue viver solitária e isoladamente. Seja nos momentos de lazer, no setor de trabalho, nas reuniões sociais e religiosas, há sempre alguém dependendo de outra pessoa para tornar possível a interação pessoal e, por conseguinte, a convivência humana. No processo de interação pessoal, há a necessidade de as pessoas entenderem umas às outras, a fim de que haja um relacionamento plausível, saudável e satisfatório. E o que torna possível as pessoas se relacionarem, entenderem-se é, sem dúvida, a comunicação. Entendemos comunicação aqui como ação, efeito ou meio de se comunicar. E comunicar é emitir, transmitir e receber mensagens, seja através da linguagem verbal (oral ou escrita), linguagem gestual (mímica), sinal, símbolo ou por meio de algum aparelhamento técnico especializado (sonoro ou visual). Assim, podemos inferir que a comunicação é uma característica do ser humano. É ela que torna possível o entendimento e, por conseguinte, a busca de soluções para todos os problemas, seja de relacionamento profissional, amoroso, ou de outra natureza qualquer. Atividades: 1. Dividir a turma em grupos. 2. Pedir a cada grupo que crie algumas situações comunicativas. 3. Discutir com a turma alguns exemplos de situações comunicativas criados pelos grupos. 4. Pedir alguns grupos que representem algumas situações comunicativas. TÉCNICO EM MECÂNICA E ELETRÔNICA 5 COMUNICAÇÃO GERENCIAL 2 - L ÍN GU A Há vários códigos através dos quais a comunicação se realiza. E o principal código para a comunicação entre os povos é a Língua, por ser o seu uso comunicativo de caráter universal e generalizado. Para entendermos melhor o conceito de Língua, vamos pensar um pouco nas duas faces que constituem o signo Iingüístico. Quando pronunciamos uma determinada palavra, observamos uma realidade sonora; se a olhamos, temos uma percepção visual. Se associarmos uma palavra ao que ela representa, temos, então, o conceito, ou seja, o que ela significa. Exemplo: ao pronunciarmos a palavra árvore e ao vê-Ia escrita, deparamos com o efeito sonoro e o visual. Ao percebermos o objeto que essa palavra representa, temos o conceito. Assim, a face do signo lingüístico que concebe a imagem, acústica ou visual do ser ou do objeto representado, é o significante. E a face que é a representação psíquica do ser ou do objeto que se quer representar é o significado. Vale observar, ainda, que o signo lingüístico é convencional, arbitrário, não havendo nenhuma relação entre a imagem acústica ou visual (significante) e o conceito (significado). Concebido assim, o signo, na linguagem, podemos dizer que a organização e sistematização desses signos verbais para a realização ou funcionamento do processo de comunicação é o que denominamos Língua. Atividades: 1. Pedir aos alunos que escrevam o nome de alguns objetos da sala. 2. Discutir se há alguma relação entre a forma e o som da palavra com o objeto que ela representa. 3. Discutir com os alunos a arbitrariedade do signo, fazendo ressalvas às onomatopéias1, palavras que têm certa motivação. 1 Onomapéia: Palavra que pretende imitar o som da coisa significada. TÉCNICO EM MECÂNICA E ELETRÔNICA 6 COMUNICAÇÃO GERENCIAL 3 - LI N G U A G E M E L Í N G U A Ha vários tipos de linguagem, através dos quais podemos expressar nossas idéias. E toda vez que exprimimos nossos sentimentos e pensamentos por meio de palavras só o fazemos porque empregamos um sistema de sinais específicos para esse fim. E é justamente esse sistema de sinais empregado no processo de emissão, transmissão e recepção de idéias que chamamos linguagem. Língua e linguagem, portanto, não são conceitos similares. A Língua é o idioma comum a um determinado povo ou nação. A linguagem é a realização ou funcionamento de algum aspecto desse idioma. Por exemplo, quando se trata de reuniões acadêmicas, empregamos uma linguagem formal; se se trata de reuniões de profissionais, empregamos uma linguagem culta, mas não-formal, que pode ser denominada aqui de coloquial cuidada; se estamos no ambiente familiar, empregamos uma linguagem coloquial despreocupada. Além desses tipos, podemos conceber, ainda, as linguagens especiais, ou seja, aquelas que pertencem a grupos de indivíduos que compartilham um mesmo conhecimento técnico ou interesses comuns; a linguagem vulgar, empregada por pessoas que vivem à margem de todo o conhecimento cultural institucionalizado; e a linguagem literária, aquela que se realiza com uma finalidade artística, estética. O conhecimento desses níveis de linguagem é fundamental para uma boa comunicação. O grau de entendimento e de compreensão de mensagem está no emprego da linguagem adequada a cada situação específica de comunicação. Não adianta empregarmos uma linguagem formal para falarmos a um público sem nenhum conhecimento do saber institucionalizado. Da mesma forma, se estivermos falando a uma comunidade científica, empregando um nível de linguagem familiar, estaremos fazendo um papel ridículo. É preciso termos consciência desses problemas e também domínio dos níveis de linguagem para empregá-Ios, adequadamente, de acordo com cada situação comunicativa. TÉCNICO EM MECÂNICA E ELETRÔNICA 7 COMUNICAÇÃO GERENCIAL 4 - LINGUAGEM ORAL E LINGUAGEM ESCRITA A comunicação, na linguagem oral, ocorre de forma livre, espontânea, porque os interlocutores têm à sua disposição uma série de recursos não disponíveis na escrita. Assim, há uma maior interação comunicativa e uma facilidade de entendimento, já que recurso extralingüístico como timbre de voz, gestos, expressões faciais, contribuem sobremaneira para desfazer ou reparar qualquer falha no ato comunicativo. A mensagem, portanto, é algo que reflete a ação dos interlocutores que intervêm a todo instante com improvisações, com pedido de esclarecimentos ou ampliando informações. Ela traz consigo as marcas mais significativas, próprias de cada falante que age no processo de produção do sentido. A comunicação, na linguagem escrita, por sua vez, não dispõe desses recursos da oralidade. Não há a proximidade entre o emissor e o receptor, por isso a linguagem tem que ser cuidada para assegurar a inteligibilidade. Um texto escrito deve, pois, obedecer a determinadas regras de correção lingüística, como concordância, regência, pontuação, paralelismo sintático e semântico para evitar ambigüidades e imperfeições. Se o autor de um texto escrito não tiver todos esses cuidados, certamente não garantirá a coerência e a coesão textual e, por conseguinte, não conseguirá comunicar-se. Atividades: 1. Trabalho a ser realizado em grupo: a) Escreva um texto em forma de diálogo, representando a linguagem falada; b) Represente o texto em sala de aula para apreciação da turma; c) Reescreva o texto, passando-o para a linguagem escrita; d) Escreva um texto sobre o "Relacionamento Humano no Setor de Trabalho"; e) Represente o assunto do texto acima como se fosse uma aula normal. TÉCNICO EM MECÂNICA E ELETRÔNICA 8 COMUNICAÇÃO GERENCIAL 5 - ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO Na realização do processo comunicativo, fazem-se presentes alguns elementos que, juntos, são responsáveis pela emissão, transmissão e recepção de informações entre as pessoas. Dois desses elementos são os sujeitos do processo de comunicação. Um é o responsável pela emissão, codificação e envio das informações. O outro é o responsável pelo recebimento e decodificação das informações, segundo as intenções do codificador. Ao primeiro, dá-se o nome de emissor, remetente ou destinador. Ao segundo, chamamos de destinatário ou receptor. O que o autor codifica recebe o nome de mensagem que nada mais é que a(s) informação (ões) transmitida(s). Para codificar a mensagem, o emissor parte de um tema, de um assunto sobre o qual consiste a comunicação. Esse é outro elemento aqui nomeado de contexto ou de referente. Para produzir a mensagem, partindo de um contexto, o emissor precisa de um sinal ou de um conjunto de sinais que seja familiar ao receptor para comunicar-se e ser entendido. Esse conjunto de sinais é o que chamamos de código. Além desses, há também aquele elemento responsável por conduzir a comunicação. Esse elemento recebe o nome de canal ou contato. Exemplificando, poderíamos imaginar dois presidentes de clubes de futebol negociando um jogador pelo telefone: - Bom dia, meu prezado! - Bom dia! - Estou ligando porque estou interessado em adquirir o passe do seu atacante. - Pois bem. Você está disposto a cobrir a oferta da qual você tem conhecimento? - Sim. Só preciso que você parcele uma parte do valor. - Quanto a isso, a gente pode conversar. - Então espero que você e dê a preferência nessa transação. - Está bem. Compareça aqui amanhã que a gente fecha o negócio. - Tudo bem! Pode aguardar! - Até amanhã, então? - Até. Um abraço. Nessa conversa, temos os presidentes dos clubes se alternando nos papéis de emissor e receptor, ora um envia, ora outro recebe a mensagem e vice-versa. O assunto ou o contexto é o futebol, a negociação de um atleta. A mensagem consiste em cumprimento, interesse de um pelo atleta, pedido de preferência na negociação, disposição em cobrir a oferta, a indagação do outro sobre a disposição de cobrir a oferta, o compromisso sobre a preferência na transação, na transação, a convocação para comparecer amanhã, despedida de ambos. O código usado na produção da mensagem é a Língua Portuguesa. E o canal usado na transmissão da mensagem foi o telefone. Outro exemplo que poderíamos citar é o processo de publicação de um livro, fazendo uma abordagem econômica. Aqui, o emissor seria o autor, o receptor seria o leitor, o código seria o idioma comum aos dois, o contexto seria Economia, a mensagem, o conjunto de informações e o canal, o livro. TÉCNICO EM MECÂNICA E ELETRÔNICA 9 COMUNICAÇÃO GERENCIAL 6 - LEITURA A leitura é uma espécie de ligação entre o homem e o conhecimento estruturado, através da História. E o entendimento da leitura que fazemos depende da capacidade que temos em atribuir sentido àquilo que lemos. Antes de ler um texto, precisamos ter claro o(s) objetivo(s) da leitura. Se a leitura tem uma finalidade recreativa, prazerosa, deve ser feita livremente, segundo os desejos e as condições do leitor, de modo que este se relacione com o texto de maneira específica, num momento bem seu e individualizado. Se a leitura visa à busca de informações, aquisição de conhecimentos já adquiridos, precisa ser orientada, organizada e acompanhada de questões relativas às informações que se deseja obter do texto lido. Tendo a leitura a finalidade de estudar e de explorar um texto em seus principais aspectos, é preciso analisá-lo, questioná-lo, criticá-lo e posicionar-se diante dele. Nesse caso, a técnica do resumo é fundamental ao entendimento. Para os dois últimos casos, leitura como busca de informações e leitura como estudo de texto é muito importante ler fazendo uma síntese esquemática das idéias principais do texto. Assim, numa primeira leitura, o leitor toma contato com o texto, tendo dele uma visão geral. Numa segunda leitura, ele deve destacar os pontos ou as idéias mais importantes. Depois, deve escrever títulos e subtítulos, utilizando algarismos, letras ou sinais. Por fim, para cada titulo e subtítulo, deve escrever frases curtas, palavras e/ou expressões que sintetizam o tópico em questão. Seguidos esses passos, o leitor terá condições de perceber as relações que existem entre as idéias principais e secundárias do texto e terá também condições de observar e de compreender as progressões das idéias nele desenvolvidas. Atividades: 1. Leia o texto "Nova ortografia da língua portuguesa entra em vigor em 2009" a seguir. 2. Releia o texto, destacando as idéias principais. 3. Escreva títulos e subtítulos que sintetizem as idéias principais. 01/07/2008 - 18h08 Nova ortografia da língua portuguesa entra em vigor em 2009 DEH OLIVEIRA colaboração para a Folha Online Passados 18 anos de sua elaboração, o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa promete finalmente sair do papel. Ou melhor: entrar de vez no papel. O Brasil será o primeiro país entre os que integram a CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa) a adotar oficialmente a nova grafia, já a partir do ano que vem. As regras ortográficas que constam no acordo serão obrigatórias inicialmente em documentos dos governos. Nas escolas, o prazo será maior, devido ao cronograma de compras de livros didáticos pelo Ministério da Educação. As mudanças mais significativas alteram a acentuação de algumas palavras, extingue o uso do trema e sistematiza a utilização do hífen. No Brasil, as alterações atingem aproximadamente 0,5% das palavras. Nos demais países, que adotam a ortografia de Portugal, o percentual é de 1,6%. Entre os países da CPLP, já ratificaram o acordo Brasil, Portugal, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe. Ainda não definiram quando irão ratificar o documento Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e Timor-Leste. TÉCNICO EM MECÂNICA E ELETRÔNICA 10 COMUNICAÇÃO GERENCIAL A assinatura desses países, porém, não impede a entrada em vigor das novas regras em todos os países, pois todos concordaram que as mudanças poderiam ser adotadas com a assinatura de pelo menos três integrantes da comunidade. No Brasil, o acordo -- firmado em 1990 - foi aprovado pelo Congresso em 1995. Agora, a implementação definitiva depende apenas de um decreto do presidente Lula, ainda sem data para ocorrer. Mesmo assim, o MEC (Ministério da Educação) já iniciou o processo de adoção da nova ortografia. Entre 2010 e 2012 é o período de transição estipulado pela pasta para a nova ortografia passar a ser obrigatória nos livros didáticos para todas as séries. Novas regras O acordo incorpora tanto características da ortografia utilizada por Portugal quanto à brasileira. O trema, que já foi suprimido na escrita dos portugueses, desaparece de vez também no Brasil. Palavras como "lingüiça" e "tranqüilo" passarão a ser grafadas sem o sinal gráfico sobre a letra "u". A exceção são nomes estrangeiros e seus derivados, como "Müller" e "Hübner". Seguindo o exemplo de Portugal, paroxítonas com ditongos abertos "ei" e "oi" --como "idéia", "heróico" e "assembléia"-- deixam de levar o acento agudo. O mesmo ocorre com o "i" e o "u" precedidos de ditongos abertos, como em "feiúra". Também deixa de existir o acento circunflexo em paroxítonas com duplos "e" ou "o", em formas verbais como "vôo", "dêem" e "vêem". Os portugueses não tiveram mudanças na forma como acentuam as palavras, mas na forma escrevem algumas delas. As chamadas consoantes mudas, que não são pronunciadas na fala, serão abolidas da escrita. É o exemplo de palavras como "objecto" e "adopção", nas quais as letras "c" e "p" não são pronunciadas. Com o acordo, o alfabeto passa a ter 26 letras, com a inclusão de "k", "y" e "w". A utilização dessas letras permanece restrita a palavras de origem estrangeira e seus derivados, como "kafka" e "kafkiano". Dupla grafia A unificação na ortografia não será total. Como privilegiou mais critérios fonéticos (pronúncia) em lugar de etimológicos (origem), para algumas palavras será permitida a dupla grafia. Isso ocorre em algumas palavras proparoxítonas e, predominantemente, em paroxítonas cuja entonação entre brasileiros e portugueses é diferente, com inflexão mais aberta ou fechada. Enquanto no Brasil as palavras são acentuadas com o acento circunflexo, em Portugal utiliza-se o acento agudo. Ambas as grafias serão aceitas, como em "fenômeno" ou "fenómeno", "tênis" e "ténis". A regra valerá ainda para algumas oxítonas. Palavras como "caratê" e "crochê" também poderão ser escritas "caraté" e "croché". Hífen As regras de utilização do hífen também ganharam nova sistematização. O objetivo das mudanças é simplificar a utilização do sinal gráfico, cujas regras estão entre as mais complexas da norma ortográfica. O sinal será abolido em palavras compostas em que o prefixo termina em vogal e o segundo elemento também começa com outra vogal, como em aeroespacial (aero + espacial) e extraescolar (extra + escolar). Já quando o primeiro elemento finalizar com uma vogal igual à do segundo elemento, o hífen deverá ser utilizado, como nas palavras "micro-ondas" e "anti-inflamatório". Essa regra acaba modificando a grafia dessas palavras no Brasil, onde essas palavras eram escritas unidas, pois a regra de utilização do hífen era determinada pelo prefixo. A partir da reforma, nos casos em que a primeira palavra terminar em vogal e a segunda começar por "r" ou "s", essas letras deverão ser duplicadas, como na conjunção "anti" + "semita": "antissemita". A exceção é quando o primeiro elemento terminar em "r" e o segundo elemento começar com a mesma letra. Nesse caso, a palavra deverá ser grafada com hífen, como em "hiper-requintado" e "inter-racial". http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u415676.s html - Acessado dia 15/07/2009 - 16:10 h TÉCNICO EM MECÂNICA E ELETRÔNICA 11 COMUNICAÇÃO GERENCIAL 7 - ESCRITA É comum ouvirmos dizer que ler muito é condição indispensável para o desenvolvimento da escrita. Sem dúvida, a leitura ajuda demais, contudo ler só não basta. Há muitos leitores dorminhocos por aí, e esses jamais poderão sentir o reflexo do que lêem em sua produção escrita. A leitura é fundamental, mas, além de ler, o indivíduo deve também pensar. O exercício de pensar é que vai possibilitar ao indivíduo atribuir sentido àquilo que lê. E, atribuir sentido à leitura, significa ir muito além do que se apresenta no texto. É preciso, também, compreender o sentido das frases para, assim, chegar ao que é essencial numa leitura, ou seja, a compreensão das idéias ali desenvolvidas. Os atos de pensar, ler e escrever estão intimamente ligados. Sendo assim, quem não souber ler e pensar bem, naturalmente, não conseguirá um bom desempenho na escrita. Atividade: 1. A partir das idéias, títulos e subtítulos destacados no item 7, desenvolva um texto que retrate o conteúdo das novas regras ortográficas. TÉCNICO EM MECÂNICA E ELETRÔNICA 12 COMUNICAÇÃO GERENCIAL 8 - O QUE ESCREVER E COMO ESCREVER Antes de escrevermos qualquer coisa é preciso ter domínio do assunto, clareza dos objetivos e um razoável bom senso para não sobrecarregarmos os nossos textos com exageros de informações e com preciosismos desnecessários. Uma técnica boa que possibilita verificar os conhecimentos que temos sobre algum assunto é fazer um esquema das idéias principais a serem desenvolvidas no texto. Um esquema bem planejado praticamente já nos mostra toda a estrutura do texto a ser elaborado. É o processo inverso do que fazemos para o estudo de um texto. Nesse caso, tiramos do texto as idéias principais para percebermos o conjunto de relações de sentido ali existentes. No caso do esquema para fins de elaboração escrita, relacionamos as idéias fundamentais para serem desenvolvidas, explicitadas, de modo a produzir o efeito de sentido que queremos. Vamos ver como isso se processa na prática. O texto que vem abaixo (adaptado para este fim), permite-nos fazer esta demonstração. Primeiro você vai lê-Io, depois elaborar um esquema das principais idéias nele desenvolvidas. Por fim, você vai desconsiderar o texto proposto e escrever outro sobre o mesmo assunto, desenvolvendo, única e exclusivamente, as idéias relacionadas no seu esquema. Texto para leitura e reflexão: O QUE É... INGREDIENTE Max Gehringer É o que os bem-sucedidos usam na seqüência e na proporção certas Existe uma receita certa para o sucesso? Sim, existe. E, melhor ainda, cada um de nós possui os ingredientes básicos para cozinhar um sucesso de dar água na boca dos outros. Uns mais, alguns menos, mas não há ninguém que, algum dia, não tenha parado para observar o próximo e se admirar: "Como é que ele conseguiu tanto com tão pouco?" Porque, basta observar, os bem-sucedidos não parecem possuir nenhum ingrediente mágico ou sobrenatural. E a resposta é mais simples do que parece: o segredo do sucesso não está na lista de ingredientes, mas no modo de preparo. É nesse contexto que uma pergunta tão banal e tão repetida -- "Você está preparado?" -- assume sua real importância: "Você sabe mesmo como misturar os ingredientes que tem?" Então, vamos à despensa (com "e"): ali estão, bem arrumadinhos, a ousadia, a perseverança, a liderança, a criatividade, a ética, o espírito de equipe, e mais uma batelada de outros ingredientes que entram na fórmula do sucesso, segundo os especialistas em culinária executiva. Mas quem um dia já preparou um bolo sabe que não adianta jogar tudo isso dentro de uma panela, em doses iguais e ao mesmo tempo. Há sempre uma seqüência e uma proporção, e os quituteiros de mão-cheia são os que aprenderam que existe uma receita apropriada para cada ocasião. Se a dosagem for errada, o resultado fica intragável. Pausa para um aperitivo. Tudo começa por sabermos onde estamos pisando. Por quê? Porque a palavra ingrediente veio daí mesmo, de "passo". Em latim, passo era gradus e dessa palavrinha derivaram várias outras, só que a gente nem percebe mais o passo escondido dentro delas, como "gradual" (passo a passo), "degrau" (um passo acima), "retrógrado" (que anda para trás), "congresso" (marchar junto), e até o "dégradé" (cor que vai mudando a cada passo). Dessa salada surgiria o verbo latino ingredi, "caminhar para dentro" e seu derivado, ingrediente, "o que entra". Mas se trata do que entra no passo certo. Eu trabalhei com muita gente agressiva (termo que, casualmente, quer dizer "um passo contra") e notei que esse ingrediente era absolutamente TÉCNICO EM MECÂNICA E ELETRÔNICA 13 COMUNICAÇÃO GERENCIAL necessário em algumas situações, enquanto em outras era totalmente dispensável. Na hora da avaliação de desempenho, alguns funcionários eram elogiados por sua agressividade, enquanto outros, tão agressivos quanto, eram criticados. E o segundo grupo ficava sem entender bulhufas, achando que estava sendo perseguido pela chefia. Na verdade, o que as empresas avaliam nunca é o ingrediente em si -- no caso, a agressividade --, mas sim o produto final -- o resultado. A mesma coisa acontece quando comemos um bolo: se um ingrediente sobressai, é porque ele foi mal calculado. E aí passa a comprometer o todo. Entender essa simples regrinha talvez seja a coisa mais complicada na auto-administração de uma carreira. O mais comum é o profissional usar sempre o mesmo ingrediente, na mesma proporção, não importa a ocasião. Ou então, quando as coisas estão meio paradas, é sempre mais fácil imaginar que "está me faltando alguma coisa" -- ou seja, mais ingredientes. Não é a quantidade que faz uma receita de sucesso. É o discernimento. Sucesso é, por exemplo, ter um vasto estoque de criatividade e de ambição, mas saber que há momentos em que o mais recomendável é fazer um simples arroz com feijão. http://www.scribd.com/doc/5496606/Artigos-deMax-Gehringer - Acessado dia 15/072009 – 16:25 h Atividade: 1. Após a leitura do texto acima, desenvolva um texto (mínimo uma lauda) dissertando sobre Liderança. TÉCNICO EM MECÂNICA E ELETRÔNICA 14 COMUNICAÇÃO GERENCIAL 9 - TEXTO NARRATIVO, DESCRITIVO E DISSERTATIVO Para produzirmos um bom texto, é importante refletir bem sobre o assunto a ser abordado e fazermos um planejamento antes, relacionando as principais idéias a serem desenvolvidas. Dependendo da finalidade, do objetivo, podemos elaborar um texto narrativo, descritivo ou dissertativo. Se pretendermos enumerar uma seqüência de ações que envolvam um determinado acontecimento, fazemos uma narração. Se quisermos registrar as características de um ser, objeto, aparelho, processo, lugar ou situação, fazemos uma descrição. Por último, se expusermos de maneira desenvolvida nosso pensamento a respeito de um dado tema ou assunto, fazemos uma dissertação. No texto narrativo, há a presença de um narrador relatando um acontecimento; a presença de personagens interagindo; as noções de tempo e de espaço em que o fato ocorre; as razões, os motivos e as conseqüências do fato ocorrido. o narrador de um texto pode estar na primeira ou terceira pessoa. Se ele participa do fato, se relata algo ocorrido com ele, estará na primeira pessoa. Se ele relata algo ocorrido com outrem, estará na terceira pessoa. No primeiro caso, ele é um narrador-personagem; no segundo, narrador-observador. o narrador-personagem pode ser protagonista ou co-participante, pode figurar como personagem principal ou personagem secundário do fato ou história. No primeiro caso, tudo gira em torno do personagem. No segundo, ele relata algo que ocorreu, tendo sua participação, todavia, sem exercer o papel de personagem central do acontecimento. o narrador-observador (terceira pessoa) pode ter um profundo conhecimento do que se passa em relação ao fato ou ser um mero espectador que relata o que ocorre. No primeiro caso, o narrador parece saber de tudo o que se passa, até o pensamento do personagem, conhece suas reações e analisa o comportamento dele. É uma espécie de testemunha invisível do que ocorre objetiva e subjetivamente, em todos os lugares e em todos os momentos. Esse é o narrado r onisciente ou onipresente. Já o mero observador, narrador neutro, está distante de tudo, por isso só percebe os elementos externos, não conseguindo captar nada do que se passa no íntimo dos personagens envolvidos no acontecimento. o texto descritivo, uma espécie de retrato feito por meio de palavras, representa para o leitor algo sensível, transmitindo-lhe a impressão despertada através dos sentidos. A linguagem de um texto, seja ele narrativo, descritivo ou dissertativo, pode ter um grau de objetividade ou subjetividade maior ou menor, dependendo da finalidade a que se presta ou das intenções do emissor (autor). O texto subjetivo caracteriza-se por uma linguagem conotativa, admitindo interpretações que variam, segundo as condições de cada leitor. Nesse tipo de texto, a armação da linguagem interessa mais do que a coisa representada ou discutida. Já o texto objetivo apresenta uma linguagem denotativa, ou seja, aquela que pretende alcançar uma única interpretação junto aos receptores. No caso específico do texto descritivo, a objetividade é de grande valor no meio comercial e industrial. O objetivo do emissor junto ao receptor é que vai determinar a especificidade do texto a ser produzido. Um mesmo objeto, por exemplo, pode ser descrito para despertar interesse de um possível cliente, ou para instruir um usuário, ou, mesmo, para facilitar o trabalho de um técnico de manutenção. Sendo assim, o registro lingüístico empregado tem de ser acessível a cada receptor específico, já que a capacidade de compreensão varia de leitor para leitor. TÉCNICO EM MECÂNICA E ELETRÔNICA 15 COMUNICAÇÃO GERENCIAL O texto dissertativo supõe uma sistematização e ordenação de dados disponíveis que dizem respeito a um assunto. Esses dados são trabalhados pelo autor que, depois de explorálos, segundo suas intenções, chega a uma exposição desenvolvida do tema em discussão. A produção de um texto dissertativo começa com uma exposição geral sobre o assunto, onde o autor apresenta a idéia principal sem, contudo, desenvolvê-Ia. No segundo momento, o autor apresenta os argumentos que esclarecem, justificam, ratificam, negam ou contradizem a idéia apresentada anteriormente. Após apresentar os argumentos e desenvolvê-Ios de forma a convencer o leitor sobre o que pensa a respeito do assunto, o autor retoma alguns pontos mais importantes da discussão, sintetiza seu pensamento sobre o tema, deixando clara sua posição diante dele. Demonstração prática Vamos , agora, na prática, demonstrar um pouco do que falamos sobre o texto narrativo, descritivo e dissertativo. Vejamos o seguinte texto: Fato da hora Às onze horas da noite, Bacurau foi ao boteco, Pimpim o atendeu. Sem dinheiro, Bacurau queria cachaça, Pimpim não deu. Bacurau, nervoso, Pegou uma faca, Matou Pimpim E Pimpim morreu. (José Doniseti Silva) Esse texto, como o próprio título nos mostra, relata um fato ocorrido em lugar e momento bem determinados. É um texto que enumera uma sequência de ações realiadas pelos personagens que ocorrem de acordo com o passar do temo. A idéia de causa, motivo e de conseqüência da ocorrência do fato são salientes no texto. E tomamos conhecimentos desse fato porque há a presença de alguém que nos faz relato dele. Assim, temos: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Fato (ou acontecimento): assassinato ou homicídio. Tempo: às onze horas da noite. Lugar (ou espaço): boteco. Causa (motivo): vício de Bacurau, recusa de Pimpim. Consequência: morte de Pimpim. Narrador: 3ª. Pessoa, observador. Personagens: Bacurau e Pimpim. Atividade: 1. Elabore uma narração de um acontecimento pelo qual tenha presenciado. 2. Elabore uma narração de um acontecimento que tenha participado. 3. Descreva o acontecimento que presenciou. 4. Disserta sobre o evento que participou. TÉCNICO EM MECÂNICA E ELETRÔNICA 16 COMUNICAÇÃO GERENCIAL 10 - CORRESPONDÊNCIAS EMPRESARIAIS As correspondências empresariais são instrumentos de comunicação escrita, tais como relatórios, bilhetes, correio eletrônico (e-mail), circulares, cartas, memorandos, ofícios, requerimentos e telegramas, que se evidenciam pela troca de informações em uma linguagem formal e vocabulário específico. É imprescindível o conhecimento dos pronomes de tratamento, a fim de empregá-los corretamente na redação de correspondências empresariais e oficiais. Os pronomes de tratamento, com exceção do pronome você , são utilizados no tratamento cerimonioso e se escrevem com iniciais maiúsculas. Observe alguns exemplos de pronome de tratamento: Pronome Vossa Alteza Vossa Eminência Abreviaturas V.ª V.Emª Vossa Excelência V. EXª Vossa Magnificência Vossa Reverendíssima Vossa Santidade V. Magª V.Revmª V.S. Vossa Senhoria V. Sª Vossa Majestade V.M. Emprego Príncipes, duques Cardeais Altas autoridades em geral (presidente, gorvernador, prefeito, vereador, etc.) Reitores de universidade Sacerdotes em geral Papa Pessoas de cerimônia, usado principalmente em correspondência empresarial/ comercial Reis, imperadores Importante 1) Essas formas de tratamento serão precedidas de vossa, quando nos dirigimos diretamente à pessoa representada pelo pronome, e de sua, quando fizermos referência a elas. Exemplo: Apresentou-se ao Presidente e disse-lhe: • Vossa Excelência parece preocupado com seus problemas. • Sua Santidade, o Papa, deverá visitar o Brasil. 2) A concordância com esses pronomes deve ser feita com o verbo na terceira pessoa, embora designem a Segunda pessoa do discurso. Exemplo: • Vossa Senhoria não atendeu a meu orçamento ( e não, atendestes). • Vossa Excelência tem recebido diariamente os relatórios de auditoria (e não, tendes). 3) É importante observar, também, o uso do pronome possessivo, que deverá estar sempre na terceira pessoa do discurso. Veja os exemplos: • • Recebemos sua carta nº XX11 ( e não, vossa). Enviamos-lhe as mercadorias referentes a seu pedido nº 1567 ( e não, vosso). TÉCNICO EM MECÂNICA E ELETRÔNICA 17 COMUNICAÇÃO GERENCIAL Recomendações e dicas “Para escrever melhor é preciso concentração para encontrar idéias e organizá-las com habilidade para evitar ambigüidade e prolixidade.” Antes de iniciar a redação de uma correspondência é necessário: Ö Ö Ö Ö Ö Ö Ö Ö Ö Ö Ö Ö Ö Ter um objetivo em mente; Colocar-se no lugar do receptor; Ter informações suficientes sobre o fato; Planejar a estrutura da comunicação a ser feita; Dominar todas as palavras necessárias; Tratar do assunto com propriedade; Selecionar fatos e evitar opiniões; Refletir adequadamente e o suficiente sobre o assunto; Ser natural, conciso; Usar linguagem de fácil compreensão, frases curtas; Prestar informações precisas e exatas – evitar os “achismos”; Responder a todas as perguntas feitas anteriormente pelo destinatário; Distribuir adequadamente o texto na folha – boa formatação, evitar cartas esprimidas – boa estética transfere ao leitor sensações agradáveis; Ö As citações dentro de um texto devem ser destacadas com o uso da seguinte técnica: - Espaçamento menor - Uso de fontes diferentes - Uso de aspas - Recuo da margem As combinações ou preferências dependem de cada redator, mas deve-se evitar a sobreposição de destaque (uso de grifo e aspas, uso de recuo de margem e letras maiúsculas). Ö Usar espaço maior em cartas de texto pequeno; Observe sempre as qualidades da redação como: Ö Exatidão: evite palavras vagas, compridas, difíceis, além da capacidade do receptor. Fuja sobretudo de alguns, quase todos, muitos, poucos, há dias , etc – para evitar dissabores, acostume-se a ler e revisar suas cartas depois de digitadas. Ö Coerência de idéias: os pontos-chaves foram enfatizados convenientemente? Há transição natural entre uma frase e outra? Todas as frases têm sujeito, predicado, complemento? Ö Clareza: você deverá ser tão claro(a) que até um estrangeiro que conheça um pouco a Língua Portuguesa possa entendê-la, evite, portanto, palavras desconhecidas – afinal estamos tratando de negócio e devemos falar a língua do cliente. Ö Concisão: não ser prolixo (a), nem concisa a ponto de ninguém entendê-lo(a). “Se sua carta for cortês e o tom do texto for agradável, a sua mensagem provocará reações positivas no receptor. TÉCNICO EM MECÂNICA E ELETRÔNICA 18 COMUNICAÇÃO GERENCIAL Mais importante numa carta é o receptor. Evite, portando, excesso de pronomes pessoais eu, nós. Evite o suspense indesejável – não é redação criativa! Evite o uso excessivo de conjunções. Faça frases independentes em vez de usar orações subordinadas.” Simplificando a redação empresarial EVITE ACUSAMOS O RECEBIMENTO DE ANEXO À PRESENTE ANEXO SEGUE ANTERIORMENTE ATRAVÉS DESTA COM A PRESENTE COM O PROPÓSITO DE COMO DISSEMOS ACIMA CONFORME ACORDADO CORRENTE MÊS – CORRENTE ANO DE POSSE DE SUA CARTA DE 11-03-02 QUE ORA PASSAMOS A RECEBER EM RELAÇÃO AO PROBLEMA LEVAMOS AO SEU CONHECIMENTO LIMITADOS AO EXPOSTO PASSO A SUAS MÃOS PEDIMOS PELA PRESENTE SEM MAIS, SEM MAIS PARA O MOMENTO, SEM OUTRO PARTICULAR, SENDO O QUE NOS OFERECE... PREFIRA RECEBEMOS SE ESTÁ ANEXO, SÓ PODE SER À PRESENTE USE UM OU OUTRO – ANEXO...OU SEGUE PROCURE DETERMINAR O TEMPO ATRAVÉS DE DATA – CONFORME NOSSOS ENTENDIMENTOS ANTERIORES...- PREFIRA: CONFORME NOSSOS ENTENDIMENTOS DE 10-04-05 VÁ DIRETO AO ASSUNTO VÁ DIRETO AO ASSUNTO PARA – A FIM DE NÃO REPITA O QUE JÁ FOI DITO DE ACORDO COM – SEGUNDO ESCREVA A DATA, QUANDO NÃO ESTIVER SUBENTENDIDA RECEBEMOS SUA CARTA DE ... NÃO É EDUCADO COMEÇAR O TEXTO APRESENTANDO O PROBLEMA COMUNICAMOS ATENCIOSAMENTE OU CORDIALMENTE EXPRESSÃO DESNECESSÁRIA SOLICITAMOS DESNECESSÁRIA ENCERRE SIMPLESMENTE COM UM “ATENCIOSAMENTE” VÁ DIRETO AO ASSUNTO SERVIMO-NOS DA PRESENTE, SERVE A PRESENTE PARA INFORMAR TEMOS EM MÃO SUA CARTA TOMAMOS A LIBERDADE DE VIMOS PELA PRESENTE, VIMOS POR MEIO DESTA, VIMOS POR INTERMÉDIO DESTA, VIMOS ATRAVÉS DESTA, VISA A PRESENTE ROGAR-LHE EXPRESSÃO DESNECESSÁRIA CUIDADO COM TAIS EXPRESSÕES EXPRESSÕES DESNECESSÁRIAS TÉCNICO EM MECÂNICA E ELETRÔNICA 19 COMUNICAÇÃO GERENCIAL RELATÓRIO Os relatórios são comunicações que contêm informações importantes e objetivas, destinadas à diretoria ou presidência de uma empresa pública ou privada, que os solicitou. Normalmente são utilizadas quando se necessita de dados específicos para a tomada de uma grande decisão. Daí, seu conteúdo exigir apurada elaboração e pesquisa meticulosa. Os relatórios devem-se constituir das seguintes etapas: a)Título, em destaque, no alto da página: “Relatório”” b) Vocativo: cargo ou função da autoridade a quem é dirigido. Poderá constar também o nome da empresa que o solicitou. c) Texto: -Introdução: indicação do fato investigado, do ato ou da autoridade que determinou a investigação e de pessoa ou colaborador disso incumbido. Enuncia, portanto, o propósito do relatório. -Desenvolvimento: (Texto, núcleo ou corpo do relatório): relato minucioso dos fatos apurados, indicando: a data; o local; o processo ou método adotado na apuração; discussão: apuração e julgamento dos fatos. Convém lembrar que as informações contidas no texto devem ter, como fundamento, fontes seguras. Documentos e fotos, por exemplo, são materiais que comprovam a eficácia do relatório e que podem estar anexos a este. -Conclusão; nesse tópico, o relator deverá expor os seus pontos de vista sobre o assunto abordado. d) Parecer: aqui deverá propor providências, recomendar investigações, novos estudos à autoridade que o solicitou. e) Fecho: fórmula de cortesia ( atenciosamente, cordialmente, etc). f) Local, data e assinatura ( sem o traço para assinar) TÉCNICO EM MECÂNICA E ELETRÔNICA 20 COMUNICAÇÃO GERENCIAL MODELO PARA EXEMPLO Empresa Brasil S/A Relatório Ao Senhor Diretor da Empresa Brasil S/A Tendo sido designado para apurar as denúncias de irregularidades ocorridas nessa empresa, submeto à apreciação de Vossa Senhoria o relatório das diligências que nesse sentido efetuei. No dia 26 de abril de 2005, dirigi-me ao Senhor Ernesto Furtado, encarregado do setor de suprimentos, para que me fosse permitido interrogar o colaborador Frederico dos Santos, acusado de Ter em seu poder, no período de 20-04-05 a 24-04-05, feriado nacional, o veículo Fiat XXX, quatro portas, placa AT 2222, cor cinza metálico, pertencente a esse estabelecimento, e que deveria estar recolhido nesta unidade. O acusado relatou-nos que realmente permaneceu com o veículo nesse período, pois estava realizando atividades extraordinárias, nos dias 20- 21- 22 – 23 e 24 de abril , conforme CI 050/05, do Departamento Comercial, e cartão de ponto do mesmo devidamente marcado. Frederico dos Santos deveria Ter devolvido o veículo no final do seu horário de trabalho, porém, os colaboradores do estacionamento já haviam encerrado o expediente, às dezoito horas, impossibilitando-o de executar essa norma. No dia 25-04 , o colaborador poderia tê-lo devolvido, mas encontrava-se enfermo, conforme cópia do atestado médico anexa a esse relatório. Dessa forma, o carro só foi recolhido à unidade, sem nenhum problema técnico, no dia 25-04-05. Do exposto, conclui-se que não houve negligência e abuso por parte desse colaborador, pois não agiu de má-fé. Houve, sim, falha na comunicação entre os setores, fato que o impossibilitou de cumprir com suas obrigações na íntegra. Não me convence a necessidade de instauração de processo administrativo. Deve ser analisada a possibilidade de algum colaborador do estacionamento, desde que previamente avisado, permanecer em serviço até que todos os veículos sejam estacionados. É o que me cumpre levar ao conhecimento de Vossa Senhoria. Atenciosamente, Varginha, 28 de abril de 2005. Joaquim José da Silva Xavier Atividade: 1. Elabore um relatório de uma atividade técnica desenvolvida no trabalho. TÉCNICO EM MECÂNICA E ELETRÔNICA 21 COMUNICAÇÃO GERENCIAL MEMORANDO Memorandos são comunicações internas utilizadas pelas empresas. Elementos essenciais utilizados no memorando: De: nome ou cargo do emissor; Para: nome ou cargo do destinatário; Assunto: título que resume o teor da comunicação; Data Mensagem Fecho Assinatura MODELO PARA EXEMPLO Empresa Brasil S/A Memorando DE: Departamento de vendas/ Sr. Ulisses Guimarães PARA: Departamento Financeiro/ Sr. Marcos Frota Assunto: Desconto sobre duplicata Gentileza conceder desconto no valor R$ 2.000,00 sobre duplicata 4565, vencimento 2006-04, de Organizações Colorado Ltda., ref. NF-D 100120, de 20-05-2004, em anexo. Atenciosamente Ulisses Guimarães Atividade: 1. Escreva um memorando informando sua Gerência de um problema causado pelo seu Supervisor direto. TÉCNICO EM MECÂNICA E ELETRÔNICA 22 COMUNICAÇÃO GERENCIAL CARTAS COMERCIAIS As cartas comerciais são instrumentos de comunicação escrita, emitidos pelas empresas comerciais. Os elementos que normalmente constituem uma carta comercial são: Timbre; Índice e número; Local e data; Destinatário/ Vocativo(1); Referência; Vocativo(2); Texto: Introdução; Desenvolvimento; Conclusão Cumprimento final, Assinatura, Anexo; Iniciais do redator (letra maiúscula) e do digitador( letra minúscula) MODELO PARA EXEMPLO EMPRESA BRASIL S/A(timbre) DF/001-04 Varginha, 20 de junho de 2004.(local e data) Celulose Guimarães Ltda. (Destinatário/ Vocativo (1) A/C: Sr. Pinheiro/ Gerência de Vendas Ref.: Representação Comercial (referência) Prezados Senhores(Vocativo 2) Somos uma empresa idônea no mercado de Varginha e constituímos uma vasta rede, com um número de clientes expressivos e bem qualificados. Trabalhamos com uma ampla ....( introdução) Estamos interessados em expandir nosso mercado no Nordeste do Brasil, onde seus produtos são de grande aceitação. É de nosso conhecimento, também, que V.Sªs têm interesse em fazer parcerias com um representante....(desenvolvimento) Enviamos-lhes, em anexo, cópia de Certificado ISO , fotos de nossa filial, cópia dos projetos de nossas instalações .....(desenvolvimento) Para melhores esclarecimentos e, na certeza de que, juntos, podemos realizar bons negócios, estamos ao seu inteiro dispor. (conclusão) Atenciosamente (fecho ou cumprimento final) (assinatura) Eduardo Coutinho Departamento Comercial EC( iniciais redator(a) ) / gn (iniciais do digitador (a)) Atividade: 1. Escreva uma carta comunicando aos seus clientes a alteração do Endereço e números de telefone para contatos, além de convidá-los para uma visita ao novo local. TÉCNICO EM MECÂNICA E ELETRÔNICA 23 COMUNICAÇÃO GERENCIAL DECLARAÇÃO Declaração é um documento escrito em que se manifesta um esclarecimento, conceito, resolução etc. MODELO PARA EXEMPLO DECLARAÇÃO Declaramos, para os devidos fins, que o Sr. Eduardo Coutinho, portador da Carteira de Trabalho nº 4455, série 434, é colaborador desta empresa desde 01-01-05 e exerce a função de Técnico em Contabilidade, nada havendo que desabone sua conduta. Por ser a expressão da verdade, firmamos esta declaração. Varginha, 20 junho de 2004. Assinatura Hélio Navarra Setor de Pessoal Atividade: 1. Emita uma declaração referente a sua presença no Senai em uma data e horário específicos. TÉCNICO EM MECÂNICA E ELETRÔNICA 24 COMUNICAÇÃO GERENCIAL ATA Conceitualmente, define-se ata como um registro em que se relata o que se passou numa reunião, assembléia, reunião, convenção, etc. É, portanto, um relatório pormenorizado de tudo que se passou numa reunião. Características de uma ata: Não há parágrafos; Não há espaços em branco no corpo do texto; Não deve haver rasuras, caso haja erro, usar o termo “digo” e corrigir na seqüência; Tempo verbal pretérito perfeito ( falou, reuniu, informou, etc) Valores e números por extenso. MODELO PARA EXEMPLO EMPRESA BRASIL S/A ATA DE REUNIÃO DA DIRETORIA As vinte e oito do mês de junho de 2004, às oito horas, na sede social, à Av. Rio Branco, 32 – Varginha – Mg, reuniu-se a Diretoria da Empresa Brasil S/A, presentes todos os seus membros abaixo-assinados, sob a presidência do Sr. José Ribeiro, que convidou a mim, Aline Guimarães, para secretária. Assim reunidos, deliberaram os senhores diretores, por unanimidade, pelo cancelamento do contrato de representações com a EGF Representações Ltda, CNPJ xxxxxxxxx, a vencer no dia 31 de outubro de 2004, por essa empresa não estar atendendo as metas desejáveis. Decidiu-se , também, firmar novo contrato, a partir de primeiro de novembro de 2004, com a COMIN – Comércio Internacional Ltda, CNPJ xxxxxx ,empresa que possui maior atuação no mercado, trabalhando inclusivecom o comércio exterior. Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a reunião, lavrando-se a presente ata que, lida e achada conforme, será assinada por todos os presentes. Varginha, 28 de junho de 2004. Assinaturas ( se houver muitos presentes, faz-se uma listagem de presença com as respectivas assinaturas e anexa à ata.) Atividade: 1. Em grupo (máximo 6 pessoas) elabore uma Ata sobre os assuntos discutidos no auditório no primeiro dia de aula no Senai. TÉCNICO EM MECÂNICA E ELETRÔNICA 25 COMUNICAÇÃO GERENCIAL PROCURAÇÃO O código Civil Brasileiro define a procuração como instrumento do mandato. Portanto, definimos procuração por um documento legal em que uma pessoa (mandatário) recebe poderes de outra (mandante) , para, em seu nome, tratar de negócios ou administrar interesses. A procuração poderá apresentar três formatos, dependendo da exigência de quem a solicita. - procuração simplificada, onde não há necessidade de registrá-la em cartório ou reconhecer firma (assinatura). - Procuração onde a exigência é ter reconhecimento de firma. - Procuração onde deverá ser feita em um cartório, registrada por este e com reconhecimento de firma. MODELO PARA EXEMPLO PROCURAÇÃO (identificação do mandante) (identificação do mandatário) (Texto específico) _____________________, _______________, ________ NOME NACIONALIDADE EST.CIVIL ____________________, residente à ________________, profissão endereço ___________________, _________ portador do RG________ cidade estado CPF________________, pelo presente instrumento de Procuração constitui e nomeia seu bastante procurador _______________________________________________ (nome) ________________, _________________, ____________ nacionalidade estado civil profissão residente à _____________________, _________, _______ endereço cidade estado portador do RG_____________________,. CPF_________ para representá-lo junto ao cartório de 2º ofício, com a finalidade específica de formalizar a venda do imóvel sito à Rua Gumercindo, 21, apartamento 232, bairro XXX, Varginha MG, podendo, para tanto, assinar contrato e outras Documentações , realizando todos os atos necessários A esse fim, dando tudo por firme e valioso, a bem deste Mandato. __________________, _________, __________ 2004. Cidade dia mês (fecho fixo de procurações) a) assinatura com firma reconhecida, se necessário. Atividade: 1. Emita uma procuração para uma pessoa efetivar sua inscrição em um curso superior da cidade. TÉCNICO EM MECÂNICA E ELETRÔNICA 26 COMUNICAÇÃO GERENCIAL CURRÍCULO ( CURRICULUM VITAE) Currículo constitui-se de um breve relato de dados, características, formação e habilidades pessoais desenvolvidas por determinado profissional, e busca apresentá-lo na perspectiva de (re)alocação funcional. Seu principal objetivo é gerar entrevistas e, a partir delas, emprego. Para tanto é necessário que tenha uma boa elaboração e apresentação, buscando despertar o interesse e a atenção do entrevistador. Na elaboração do currículo devemos preocupar-se com seu aspecto visual, que deve vislumbrar uma leitura agradável, a qual estimule o leitor a interessar-se em conhecer a pessoa por ele representada, bem como suas habilidades. Devemos atentar para os seguintes itens: Linguagem Clara Objetiva Sucinta Correta Extensão No máximo três páginas – uma ou duas páginas são suficientes Conteúdo Qualificações para o cargo pretendido; Objetivo Formação Contribuição para o desenvolvimento das empresas nas quais trabalhou. Itens a serem distribuídos no currículo Ö Ö Ö Ö Ö Ö Ö Dados iniciais – identificação pessoal Objetivo Formação acadêmica/ escolaridade Cursos de aperfeiçoamento profissional Experiência profissional Empresas Congressos/ seminários/ palestras/ workshops/ oficinas/ visitas técnicas Ö Ö Ö Ö Ö Ö Ö Ö Idiomas Premiações Obras publicadas Atividades docentes Cursos ministrados Viagens técnicas nacionais internacionais Estágios Trabalhos voluntários ou Classificação – você vai escolher aquele que mais adequar a linguagem da empresa para a qual o currículo será encaminhado. Discursivo - Relata as experiências como um todo, evidenciando as mais importantes e colocando-as em primeiro lugar. Evita repetição e cansaço do leitor. Indicado quando a atuação foi semelhante em empresas diferentes. Por empresa - Indicado quando a atuação foi diversificada em cada empresa onde o profissional trabalhou Por área - Utilizado quando a bagagem de conhecimentos e experiências for suficiente para ocupar um cargo específico. - Indicado para profissionais que atuaram em diferentes áreas dentro de uma empresa. TÉCNICO EM MECÂNICA E ELETRÔNICA 27 COMUNICAÇÃO GERENCIAL Dicas Ö Nome, endereço e número telefone – e-mail devem constar no início da primeira página. Ö Ao colocar datas de cargos e títulos, observe: - - Datas de entrada e saída de empresa devem vir do lado esquerdo da página; Datas de títulos e realizações devem vir do lado direito da página. Evite advérbios subjetivos tais como: extremamente, enormemente, etc. Inicie frases com substantivos que traduzam ação, tais como: administração, redução, construção, etc. Evite usar verbos na primeira pessoa, de forma excessiva. Use um bom papel na cor branca (tradicional) ou tons claros. Torne a leitura agradável ( deixe margens largas e espaços em branco – não utilize letras muito pequenas – use diferentes tipos de letras ) Salário anterior e pretensão salarial não devem constar no currículo, a não ser que tenha sido solicitado. Não assine. Só envie fotografias em casos especiais. Referências e razões por Ter deixado empregos anteriores devem ser exploradas na entrevista. A apresentação formal de um currículo não segue um padrão fixo, podendo ser adaptada conforme sua destinação. É importante salientar, no entanto, que os dados acima abordados devem constar nele, pois refletem uma apresentação completa de seu proponente. Lembre-se – Seu currículo é o seu retrato profissional. Atividade: 1. Pesquisar um modelo de currículo atualizado e preencher com seus dados. O currículo deverá ser enviado para o e-mail que será informado em sala. TÉCNICO EM MECÂNICA E ELETRÔNICA 28 COMUNICAÇÃO GERENCIAL ENTREVISTAS Abaixo seguem alguns questionamentos comuns em entrevista que visam à (re) colocação profissional. Alguns questionamentos a serem feitos pelo entrevistador Todo candidato a emprego normalmente passa por um processo de entrevista, podendo esta constar de duas etapas: uma oral e outra escrita. Muitas vezes, por nervosismo ou por não estar preparado, o candidato não consegue dar respostas condizentes com o seu perfil ou com o que se espera dele. A seguir, algumas perguntas consideradas difíceis, apresentadas pelo SEBRAE, em “Busca de Novo emprego”. 1) 2) 3) 4) 5) 6) 7) Fale-me a seu respeito. O que você sabe sobre nossa empresa? Por que deveríamos admiti-lo? Você é um bom gerente/ .........? Dê um exemplo. Quais foram os problemas que você enfrentou na sua atividade? Como você os resolveu? Descreva o que você considera um ambiente de trabalho ideal. Em seu atual (último) cargo, quais são ( foram) as suas cinco realizações mais significativas? 8) Se eu falasse cm seu chefe anterior, o que ele apontaria como seus pontos positivos e negativos? 9) Você consegue trabalhar sob pressão, com prazos limitados? 10) Qual foi o último livro que leu? Filmes a que assistiu? Evento esportivo de que participou? 11) Quais são seus objetivos a longo prazo? 12) Quais são os seus pontos fortes? E os seus pontos fracos? Alguns questionamentos a serem feitos pelo entrevistado Em determinadas situações, o entrevistador pode abrir espaço para que o candidato faça alguns questionamentos sobre a vaga a ser preenchida, abordagens sobre o funcionamento da empresa. Aliás, pode-se até mesmo avaliar o perfil desse profissional, grau de maturidade e interesse do mesmo pela empresa. A seguir, algumas perguntas sugeridas: 1) Quais os objetivos esta empresa gostaria que fossem atingidos pelo pretendente a esse cargo? 2) O que mais agradou à empresa no desempenho do último ocupante do cargo? E o que mais desagradou? 3) Que liberdade eu terei para determinar meus objetivos de trabalho, prazos e métodos de avaliação? 4) Que tipo de apoio esta posição recebe em termos de recursos humanos e de recursos financeiros? 5) Quais as maiores dificuldades que teriam de ser enfrentadas no cargo? Qual a melhor forma de resolvê-las? 6) Como a empresa descreveria o estilo de gerenciamento desta chefia? 7) Qual foi o desempenho da organização nos últimos anos? 8) Que mudanças significativas a empresa visualiza em um futuro próximo? 9) O que a empresa oferece como oportunidades de desenvolvimento e carreira? 10) A empresa tem algum programa relativo à gestão participativa e à Qualidade Total? TÉCNICO EM MECÂNICA E ELETRÔNICA 29 COMUNICAÇÃO GERENCIAL Para reflexão e ação... COMPETÊNCIA E EMPREGABILIDADE Objetivo: Identificar e desenvolver competências para a empregabilidade Nunca o assunto “competências” foi tão discutido. Não é para menos. Em tempos de consciência da relevância humana, chegou-se à conclusão óbvia de que não é apenas o “toque humano” que faz a diferença, mas a “qualidade do toque humano” que faz a diferença. Bem, o fato é que a obviedade começa e termina no consenso de que a qualidade humana é o ponto inicial. A partir daqui, entramos primeiro no terreno pantanoso da confusão semântica (significado) sobre o que é competência. A confusão continua na seqüência: quais são estas competências? Mais: quais são as competências necessárias para se executar determinado tipo de trabalho com resultado satisfatório? Mais: as competências estão acessíveis a todas as pessoas, é possível “conquistar” determinada competência? A questão das competências sempre esteve presente. Quando você escolheu sua profissão, buscou intuitivamente verificar se a profissão, escolhida era compatível com as suas competências. Mais tarde, chegou o momento de selecionar um candidato para determinada tarefa. Ficou bem claro para você qual era esta tarefa? A etapa seguinte foi verificar que tipo de competências o futuro executor precisaria Ter? O que mudou? Antigamente valorizava-se a experiência funcional/ cronológica. O profissional era apresentado assim: “este é o Marcelo, gerente da empresa X há mais de 10 anos” . Esta era a moeda vigente. Hoje a moeda de avaliação dos profissionais é outra, foi substituída pelo seu conjunto de competências. Quando se fala de um profissional, o que se ressalta são suas qualidades/ competências, explica o Professor Luiz Carlos Cabrera da fundação Getúlio Vargas. Por que esta mudança? O cenário atual é outro. O mundo deste início de milênio tem sido pródigo em mudanças. Novas tendências são demarcadas continuamente por fatos, acontecimentos e eventos, que se sucedem e não cessam de surpreender pela velocidade e pelos impactos que determinam. Analisemos o cenário abaixo: FATO Aumento da concorrência Conscientização do consumidor Qualidade em produtos e serviços CONSEQUENCIA Necessidade de melhorar a competitividade Exigência de qualidade em produtos e serviços Necessidade de melhorar a qualificação tecnológica e profissional Complexidade das empresas Necessidade de descentralização e parcerias internas e externas Descentralização Exigência de novos conceitos e comportamentos dos colaboradores em geral Desenvolvimento tecnológico Risco de obsolescência e necessidade de atualização Crises econômicas Necessidade de aumentar a produtividade, reduzir custos e criar novos mecanismos de criação de receitas Avanço da democracia Pessoas exigindo maior participação e autonomia Aumento do nível educacional ( consciência Colaboradores mais cônscios de suas necessidades, de classes) querendo maior auto-realização no trabalho Novos modelos de gestão e programas de Necessidade de administração participativa modernização Administração participativa Mudança da cultura organizacional Diversidade de produtos Necessidade da melhoria da percepção e aumento da criatividade TÉCNICO EM MECÂNICA E ELETRÔNICA 30 COMUNICAÇÃO GERENCIAL O novo cenário macroeconômico mostra que, a cada dia, os consumidores vão ficando mais exigentes. As empresas precisam tornar-se mais competitivas, principalmente pela globalização do mercado, onde se encontram produtos de melhor qualidade, a preço mais acessível, Não basta ser a melhor empresa, em nível local ou nacional, As empresas estão competindo também no nível internacional e precisam buscar ser as melhores no âmbito mundial. Portanto, a partir desta análise, percebemos o quanto é necessário um novo profissional, se formar – desenvolvendo competências que atenderão esta nova empresa. AFINAL, O QUE SÃO AS COMPETÊNCIAS? Comecemos pelas definições: “Competência é uma qualidade que o indivíduo tem e que é percebido pelos outros. Não adianta você Ter determinadas competências , é preciso que as outras pessoas reconheçam que estas competências existam em você.. E elas são dinâmicas: mudam, evoluem, são perdidas, são ganhas. E não podem ser confundida com traço de personalidade. Para alguns especialistas, competência é a integração de habilidades, conhecimento e comportamento, manifestada pelo desempenho das pessoas. “Vai além das características comportamentais” dizem tais especialistas. Um exemplo é a competência “capacidade de estabelecer alianças e parcerias’, exigida para a função de vendedor . Para se conseguir isso, é necessário Ter habilidade de construir relacionamentos , de negociar, de liderar, etc. É uma competência composta de muitos ingredientes. Já o consultor e terapeuta organizacional Gustavo Boog, autor de Faça a Diferença (Editora Gente), acredita em uma abordagem holística. “A competência é o produto da multiplicação de três fatores: saber fazer( conjunto de informações, conhecimento e experiências); querer fazer ( motivação, vontade, comprometimento); poder fazer ( ferramentas, local de trabalho adequado, equipamento). As competências aparecem na media em que estes três fatores são atendidos. Reforço a questão da multiplicação, porque, se um destes fatores for nulo, a competência final também será nula”, destaca. Outro ponto destacado pelo terapeuta organizacional é o fato deste conceito se aplicar tanto a pessoas quanto a empresas. “A somatória das competências dos profissionais compõe as competências da empresa”, completa. AS MÚLTIPLAS FACES DAS COMPETÊNCIAS Cabrera divide as competências em dois tipos: as eternas e as modernas. As eternas estão na categoria da iniciativa, da determinação, do foco. São as características que as pessoas trazem de suas histórias de vida. “São as que você desenvolve a partir do seu conjunto de potenciais ( que podem ser chamados de inteligências) na ação, através da interação com o meio e com as pessoas.” As competências modernas são as mais valorizadas hoje no mercado. Estas, Cabrera divide em três grupos: 1) Lidar com pessoas – a capacidade de se colocar no lugar delas ( empatia), saber ouvir, administrar conflitos, etc. 2) Lidar com informações – habilidade de ouvir , sintetizar e exprimir ( capacidade de ensinar). Aqui cabe um esclarecimento: o profissional precisa Ter a informação, comunicar e TÉCNICO EM MECÂNICA E ELETRÔNICA 31 COMUNICAÇÃO GERENCIAL depois transformar em conhecimento. Muitos hoje são ótimos para transmitir informação, mas não conseguem transformar em conhecimento para o seu interlocutor. Ele informa, mas não transfere conhecimento. A capacidade de lidar com a informação é bastante complexa e, na sociedade do conhecimento, ela é vital”, conclui Cabrera. 3) Lidar com tecnologia – É a capacidade de se adaptar à revolução tecnológica. Quando se fala em tecnologia, há pessoas que o dominam, outras que convivem com ela e outras que a usam. Há várias graduações e você precisa detectar qual o nível que você precisa SINTONIZE-SE COM O SEU TEMPO Muitos especialistas (psicólogos organizacionais, consultores, professores, etc) concordam com Cabrera sobre o caráter dinâmico das competências – determinadas competências podem ser importantes hoje, mas no futuro podem não ser – e detalha este dinamismo: “algumas competências são estáveis/ eternas, outras são de transição (podem ser úteis em determinadas fases). As emergentes/ modernas são as que estão valendo hoje. O que está por trás de todo este dinamismo? A capacidade de aprender. O aprendizado é o fator que permeia todos os tipos de competência. E já que tocamos no assunto de aprendizagem, alguns consultores batem na tecla da cultura geral (cultura holística), atualizada e de qualidade, como a grande competência da aldeia global em que o mundo se transformou. “O profissional hoje, na globalização, precisa ter uma boa bagagem de cultura geral, entender de literatura, história, teatro, cinema, etiqueta, poesia, arte. Muitas vezes, ele precisa comparecer a feiras, jantares, encontros, representando a empresa, e para isso precisa estar preparado para falar não só de negócios. Este tipo de conhecimento mostra preparo, é bem-visto, abre possibilidades amplas de relacionamento e agrega valor para a empresa. É a competência humanística, afirma o consultor Antonio Carlos Cruz. DETECTAR COMPETÊNCIAS: NÃO CAIA NA ARMADILHA DA SIMPLIFICAÇÃO Como as pessoas adoram fórmulas e coisas prontas, há várias delas sobre como adquirir competências ou como detectá-las. Alguns dizem que, se você nasceu em uma família numerosa, as chances de desenvolver a habilidade para lidar com pessoas , óbvio, é muito maior. Porém não significa que um filho único não possa Ter também esta habilidade,. Outro exemplo é o caçula. Alguns afirmam que o mais jovem está fadado ao fracasso como gestor, porque não teve ninguém para treinar a habilidade de liderança. Cabrera explica que a dificuldade em identificar competências é porque ela só é percebida com a ação. Por isso, para detectá-las, utilizam-se os testes, inclusive desenvolvendo-os. A aquisição das competências também pode ser obtida através da simulação de situações. A competência de se trabalhar em equipe, por exemplo, pode ser adquirida com a prática de esportes coletivos, workshops vivenciais, treinamentos práticos, etc. “Quando entrevisto um candidato, avalio muito sua história de vida, que é o que dá a primeira avaliação de competências, depois a escola, a vida profissional. Porque as pessoas vão melhorando, adaptando suas competências de acordo com a oportunidade”, afirma Cabrera. E, atualmente, neste cenário macroeconômico em que vivemos, as competências deverão ser trabalhadas também em função da EMPREGABILIDADE. TÉCNICO EM MECÂNICA E ELETRÔNICA 32 COMUNICAÇÃO GERENCIAL EMPREGABILIDADE O que é a verdadeira segurança? Num mundo em mudanças, quem tem mais segurança é quem mais se adapta. Quanto mais rápido muda o mundo, mais segurança encontramos, adaptando-nos a este mundo mutável. A mudança, em ritmo cada vez mais acelerado, será uma ameaça ou lhe dará segurança? Depende de sua maneira de reagir. Se você tiver medo e ficar resistente, a mudança será constante ameaça; se você a reconhecer como uma oportunidade, a mudança será fonte de aprendizado e crescimento contínuo. O conceito de segurança profissional muda na mesma velocidade com que as empresas se modernizam, redesenhando os processos de produção e o perfil dos profissionais para conduzi-los. Empregabilidade é a condição de ser empregável, isto é, de dar ou conseguir emprego por seus conhecimentos, habilidades e atitudes, intencionalmente desenvolvidos por meio de educação e treinamento sintonizados com as novas necessidades do mercado de trabalho. Para aumentar a própria empregabilidade, os profissionais precisam estar aptos do ponto de vista técnico, intelectual, humano e social; além disso, devem se reciclar preriodicamente para manter seus conhecimentos atualizados e desenvolver outras habilidades, buscando estar aptos a solucionar, com rapidez, problemas cada vez mais sofisticados e específicos. Informação e conhecimento são vitais. Saber manejar um computador, por exemplo, é tão fundamental como ler e escrever. O profissional dos novos tempos precisa tomar a iniciativa de oferecer e vender os seus serviços, ao invés de ficar à espera das demandas. Isto é, precisa empresariar o seu talento. A maioria dos profissionais confiava o seu futuro a empresas empregadoras, dependentes da empresa para a qual trabalhavam. “A empresa não tinha um programa de treinamento. Por isto, há três anos não faço cursos.” A carreira profissional é de responsabilidade de quem a desenvolve,. O mercado atual valoriza e dá preferência a profissional com múltiplas competências e muita iniciativa. Aprenda a empresariar o seu talento. Fique por dentro do que acontece no mundo. Leia jornais, revistas. Busque cada dia mais se aperfeiçoar e transformar seus conhecimentos, com a leitura de livros, participação em cursos, treinamentos específicos. Aprenda uma Segunda língua e não se esqueça de dominar a informática. TÉCNICO EM MECÂNICA E ELETRÔNICA 33 COMUNICAÇÃO GERENCIAL Atividade Prática Objetivo: Identificar e desenvolver competências para a empregabilidade Atividade prática: Dinâmica – grupos pequenos 1º passo - Criar um produto 2º passo – Desenvolver estratégias para tal comercialização 3º passo – Apresentação dos produtos Obs.: Podem e devem ser fora do padrão ( sem se preocupar com viabilidade econômica) Conclusão: Identificação das competências (demonstradas na execução da atividade ) de cada aluno e sugestão de como poderão ser desenvolvidas, como também sugestão de leituras para tal. TÉCNICO EM MECÂNICA E ELETRÔNICA 34 COMUNICAÇÃO GERENCIAL 11 - TEXTOS PARA REFLEXÃO E ANÁLISE NÃO ADIANTA ATRASAR “Quem deixa tudo para a última hora sofre as conseqüências na saúde e na carreira.” Tatiana Schibuola Sete da noite. Prazo de entrega deste texto: na manhã seguinte, até meio-dia, no máximo. Sim, caros leitores, esta jornalista que vos escreve é, certamente, uma procrastinadora. Assumir essa condição em público e, principalmente, diante da editora que me confiou este trabalho é arriscado. Posso Ter minha carreira prejudicada por julgamentos precipitados ou perder o voto de confiança. Talvez seja exatamente por isso que os outros supostos procrastinadores que tentei entrevistar, e que seriam personagens da minha matéria, preferiram manter sua história e seu rosto em sigilo. “imagine só se o meu chefe me vê na revista!”, me disse um temeroso gerente de Marketing. Para quem não está familiarizado com essa palavra difícil e antipática, está no Aurélio que procrastinar é: 1. Transferir para outro dia; adiar, delongar, demorar, espaçar, protrair. 2. Usar de delongas, de adiamentos. Até aí, tudo bem. Afinal, quem nunca deixou alguma coisa para a última hora? Ou, como dizem por aí, quem nunca empurrou com a barriga? O problema está justamente com aqueles que sempre agem assim. “Não se trata de transtorno psíquico, mas pode-se dizer que é um traço de personalidade”, explica José Cássio do Nascimento Pitta, professor assistente do departamento de psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) . Para a carreira, porém, tal traço pode ter conseqüências graves. E inadiáveis. O procrastinador não é, necessariamente, um profissional ruim . “Em geral , é um tipo muito flexível que lida bem com situações menos estruturadas”, diz Marisa da Silva, psicóloga e consultora de carreira do Career Center, em São Paulo. No entanto, os procrastinadores tendem a se atrapalhar em ambientes cheios de regras e burocracia. Segundo Marisa, insegurança e medo de encarar a realidade levam aos mecanismos de procrastinar. Imagine as cenas: uma tarefa é conferida a um procrastinador. Entusiasmado, ele não só assume todas as responsabilidades do projeto como se compromete a cumprir os prazos determinados. No meio do caminho, porém, a coisa começa a se complicar. O trabalho exige uma dose extra de concentração, captação de informações em diversos departamentos da empresa e uma conversa com aquele diretor que tem fama de durão. O procrastinador, então, começa a deixar o trabalho de lado e passa se ocupar com tarefas menos importantes. Chega até a chamar os colegas para um cafezinho. No fundo, ele é dotado de certa onipotência, um sentimento de que, no final, tudo vai dar certo. Um dia antes da data final, uma enorme pressão interna o leva a se concentrar ferrenhamente no trabalho a ponto de passar a noite em claro. Finalmente, ele consegue terminar a tarefa. Com uma culpa danada, porque sabe que, se tivesse feito tudo com mais calma, o resultado teria sido muito, muito melhor. Quando consegue cumprir os prazos, um profissional assim dificilmente tem sua carreira afetada. Aos olhos do chefe ( principalmente se ele for do tipo pragmático, que vive em busca de resultados), é um funcionário perfeitamente capaz. No entanto, o custo pessoal de tal comportamento pode ser muito alto. Além do sentimento de culpa, é preciso conviver com elevada dose de ansiedade e tensão. Baixa auto-estima também costuma freqüentar a mente desses indivíduos, já que eles imaginam que os outros a seu redor fariam o seu trabalho de maneira muito mais organizada. Aí, fica cada vez mais difícil levar novas tarefas adiante. E essa montanha russa de emoções acaba afetando a saúde. Dores de cabeça, dores de estômago e outros sintomas de estresse são comuns em procrastinadores de longa data. Tem de ser confiável A história caminha para um final ruim quando o procrastinador começa a desrespeitar os prazos. O chefe e os colegas deixam de acreditar nele. “Já acompanhei casos de altos executivos que perderam seus cargos porque adiaram decisões importantes para as organizações em que trabalhavam”, afirma Tatiana Wernikoff, sócia-diretora do Instituto de Psicologia Organizacional (IPO), ela mesma, uma procrastinadora confessa. Ex? Isso mesmo. TÉCNICO EM MECÂNICA E ELETRÔNICA 35 COMUNICAÇÃO GERENCIAL “Adiava achando que daria conta do recado na última hora. E dava mesmo, mas à custa de muita pressão interna, de levar trabalho para casa, de acordar no meio da noite” , conta. Com muito esforço pessoal, uma agenda organizada e post-its espalhados por todo lado, ela conseguiu mudar. Mas precisa ficar sempre atenta para não cair em tentação (veja quadro abaixo). Em alguns casos, a falta de motivação e a vontade de deixar tudo para depois podem estar ligadas a desinteresse pelo trabalho. “Se tudo é tão difícil, será que a pessoa não está no emprego errado?”, diz a psicóloga Marisa. Ou, ainda, em casos mais graves , a procrastinação pode ser um sintoma de depressão. O executivo passa a encarar o trabalho que sempre fez como uma missão impossível. “Mas, quando se fala desse transtorno psíquico, ele geralmente vem acompanhado de outros sintomas, como diminuição de energia para qualquer tarefa do dia-a-dia, distúrbios do sono, irritabilidade, intolerância e taquicardia”, explica Wagner Gattaz, professor titular de psiquiatria da Universidade de São Paulo. Para essas pessoas, tratamento médico e acompanhamento psicológico são indispensáveis. Para mim, felizmente, o assunto está resolvido. Onze da noite. Prazo cumprido. Noite de sono garantida. CHEGA DE DEIXAR PARA AMANHÃ Reconhecer-se como adiador de tarefas já é um passo para reverter a situação. O passo seguinte é investir em ações para evitar o problema: ∗ ∗ ∗ ∗ ∗ ∗ Não assuma mais trabalho do que você pode fazer. Avise seu superior quando precisar de ajuda. Em vez de pensar e se “pré-ocupar”, ocupe-se de verdade e comece a trabalhar. Organize-se e defina prioridades. Anote seus compromissos e tire da frente possíveis fontes de distração, como jogos diversos. Divida o trabalho em etapas e estipule prazos para cada uma delas. Assim, você não se perde. Se você toma as decisões no escritório, forme uma equipe de ação para compartilhar dúvidas e inseguranças. Quando sentir que está cansado, faça uma pausa. Mas estipule um horário para voltar ao trabalho. TÉCNICO EM MECÂNICA E ELETRÔNICA 36 COMUNICAÇÃO GERENCIAL CUIDE BEM DE SEUS CLIENTES Paulo Araújo “Isso vale não só para os profissionais da área de vendas, mas para todos os que se preocupam com o sucesso na carreira e na vida.” Você não percebe, mas está cercado de clientes por todos os lados. Mesmo que seu trabalho não tenha nada a ver com a área de vendas, você tem pelo menos quatro tipos de cliente que necessitam de sua atenção. Cuidar bem deles ajuda a melhorar sua carreira e até mesmo sua vida. Duvida? Então, descubra aqui de quem você não pode se esquecer: cliente externo - É aquele que compra os produtos ou serviços de sua empresa. Ou, para ir mais diretamente ao assunto: é quem paga seu salário. Se você parar para pensar, a roupa que está usando, seu carro, sua casa, tudo o que tem, quem lhe deu? Os clientes. Se não fossem eles, não haveria empregos e muito menos salários, como também não haveria motivo para haver “empresas”. Mesmo que você não trabalhe diretamente com vendas, contribui para deixar mais satisfeitos os clientes da empresa. Isso acontece sempre que você faz um trabalho bem-feito. cliente interno – O foco aqui é descobrir a quem seu trabalho se destina. Seu chefe é um de seus principais clientes internos. Seus subordinados também. Afinal, um bom trabalho do chefe melhora o trabalho de toda a equipe. Além disso, seus colegas de departamento, ou até mesmo um setor inteiro, também podem ser seus clientes internos. Analise o que você pode fazer para deixá-los sempre satisfeitos. cliente vida - As pessoas que você ama também merecem ser tratadas como clientes. Pai, mãe, filho, marido, esposa, namorado, namorada, amigos, etc. Aqueles mimos que sua empresa oferece aos clientes podem servir de inspiração para fazer você alcançar momentos de excelência em seus relacionamentos pessoais. Acaba de ser criada a expressão “marketing familiar”, mas sempre com muita ética e seriedade. cliente 2x+ - Sabe quem é esse cliente? Você mesmo! Trate-se como a um cliente especial, duas vezes mais importante, vip (very important people) . Pratique esportes, cuide de sua qualidade de vida, tenha um hobby. A maioria das pessoas esquece de si mesma. Todo mundo sabe que o corpo humano é como uma máquina, que precisa de boa alimentação, descanso e lazer, mas poucos tomam providências nesse sentido. Não se esqueça de que, se seu corpo pifar, todos os seus outros clientes vão ficar na mão. Você, inclusive. (Você S/A – fevereiro 2004) TÉCNICO EM MECÂNICA E ELETRÔNICA 37 COMUNICAÇÃO GERENCIAL SEJA O SEU PATRÃO (MESMO TENDO UM CHEFE) Quebre regras, inove, corra riscos, assuma o controle. Você pode, sim, ser um empreendedor – seja como dono do próprio negócio, seja como funcionário de uma empresa. Não é à toa que a maioria dos executivos deste planeta diz amém a qualquer análise que saia da boca de Peter Drucker, o guru dos gurus. Mais uma vez, Drucker se mostra em completa sintonia com o espírito do nosso tempo. Em um artigo publicado no ano passado na VOCÊ S/A sobre o futuro d trabalho, ele diz que se há um evento realmente importante acontecendo nos dias de hoje não é a revolução tecnológica, nem surgimento da Internet. O fato relevante é que, pela primeira vez na história, um número cada vez maior de profissionais tem a possibilidade de fazer escolhas. Pela primeira vez, as pessoas terão de administrar a si próprias. Terão, portanto, de assumir o controle de sua carreira. Ser empreendedores do seu próprio futuro. Não é preciso ir muito longe para reconhecer a veracidade da avaliação de Peter Drucker. Nunca o mercado brasileiro esteve tão aberto a profissionais com histórias e carreiras diferenciadas. Basta dar uma olhada nas empresas da chamada velha economia. Elas estão contratando ex-funcionários que se deram mal nas ponto-com porque, apesar do fracasso, elas valorizam experiências diversificadas. O velho modelo do profissional de sucesso, aquele que saía dos melhores cursos, universidades, iniciava sua carreira cm trainee numa grande multinacional e ali mesmo subia cada degrau na hierarquia rígida e bem verticalizada da companhia, está em xeque. Em seu lugar, existem novos caminhos para trilhar uma vida profissional brilhante. Veja bem: isso não significa que estar numa multinacional e nela crescer não possa ser interessante. O fato é que essa não é mais a única possibilidade. Agora, o profissional, principalmente talentoso e bem preparado, pode optar. A atitude é que faz a diferença. Mais do que nunca, o mercado valoriza quem sabe empreender. Há uma demanda crescente por profissionais com espírito empreendedor. São profissionais inovadores, inquietos, que quebram paradigmas (regras) correm atrás dos seus sonhos e sabem reconhecer oportunidades. “O empreendedor é a pessoa que é motivado por desafios. O dinheiro vai ser apenas a medida de seu sucesso”, afirma Carlos Alberto Sicupira, sócio do GP Investimentos. Não importa se ele é funcionário de uma empresa ou se está tocando seu próprio negócio. “inovação depende basicamente de como a pessoa encara sua vida, e não do lugar em que está trabalhando”, afirma o consultor americano Giffrd Pinchot. É claro que essa discussão não é exatamente uma novidade. Em 1985, Pinchot já falava sobre o empreendedorismo dentro das empresas, batizado de intrapreneurs (intra-empreendedores), em inglês, para diferenciá-lo dos entrepreneurs ( os empreendedores que têm seu próprio negócio). Hoje em dia, essa demanda está cada vez maior. As empresas precisam inovar o tempo todo se quiserem aumentar sua receita e conquistar novos clientes e novos mercados. Afinal, ficou para trás o tempo em que conseguiam aumentar seu lucro apenas com os downsizings e reengenharias, típicos dos anos 80 e do início dos anos 90. “O executivo pode, muitas vezes, Ter todos os números e análises do mercado nas mãos, mas na hora de tomar uma decisão é preciso mais que isso. É necessário que ele tenha feeling, que acredite em seu taco”, afirma Darcio Crespi, sócio e diretor-geral da empresa de headhunting Heidrick & Struggles, em São Paulo. Não por acaso o salário da maioria dos executivos é formado por uma parte fixa e outra variável, que está ligada diretamente aos resultados do negócio. “Hoje, 90% das empresas que nos contratam para procurar profissionais de gestão no mercado estão em busca de profissionais com perfil empreendedor”, diz Francisco Britto, diretor da empresa de headhunting Spencer Stuart, em São Paulo. “Se um diretor, por exemplo, não assumir a idéia de que o seu departamento é como se fosse seu próprio negócio, ele está frito”. TÉCNICO EM MECÂNICA E ELETRÔNICA 38 COMUNICAÇÃO GERENCIAL Mas a novidade nessa história toda é que o empreendedorismo ultrapassou de vez os muros das grandes corporações. Os empreendedores, aqueles que são donos de seu próprio negócio, nunca estiveram tão em alta. Antes, eram considerados profissionais de segundo time. Muitas vezes, tomavam o caminho do negócio próprio porque não achavam um bom emprego ou porque queriam se livrar do manda-e-desmanda dos chefes. E, caso se dessem mal tocando negócio dificilmente conseguiam se recolocar no mercado. Agora, o cenário é outro. Profissionais optam por Ter seu próprio negócio porque acreditam que essa é a saída para terem efetivamente controle de sua carreira. Acreditam que assim poderá inovar mais, colocar em prática seus sonhos, tornando os riscos necessários. Querem aprender mais em menos tempo. Não dá para esquecer que o nível de empreendedorismo exigido dos funcionários numa grande corporação é sempre mais limitado que aquele do dono do próprio negócio. Na prática, algumas empresas ainda têm sérias dificuldades em lidar com as tensões, conflitos e críticas que esse tipo de profissional gera dentro da corporação. Muitas companhias ainda são burocráticas, têm uma hierarquia rígida. Esse ambiente é hostil para quem tem sangue de empreendedor correndo nas veias. Dos alunos de MBA da Escola de Negócios de Harvard, nos Estados Unidos, 50% acaba ao longo do tempo optando em tocar seu próprio negócio, segundo o professor Howard Stevensson. Nos Estados Unidos, reconhecido país dos empreendedores, as novas empresas foram responsáveis por 90% dos trinta e quatro milhões de novos empregos gerados desde 1980 e representaram 50% de todas as inovações tecnológicas realizadas no país. No Brasil, os números costumavam ser bem mais tímidos. Mas uma pesquisa realizada recentemente pela consultoria Ernst & Young sobre a iniciativa empreendedora é mais que reveladora. Dos vinte e um países avaliados o Brasil foi o primeiro colocado, com maior índice de empreendedorismo: 12,3% de empresas nascentes. Ou seja, de cada oito adultos, um monta um negócio próprio. A média é maior que dos Estados Unidos, o segundo colocado no ranking. Vale a pena abrir um parêntese para observar que a mentalidade do empreendedorismo está sendo adotada até no setor público. A Secretaria de Gestão do Ministério do Planejamento está desenvolvendo o programa de gestão empreendedora para tentar desburocratizar e descentralizar os órgãos públicos. “A sociedade muda com tamanha velocidade, que se não mudarmos a maneira de trabalhar os órgãos públicos a situação só vai piorar”, afirma Céres Prates secretária de gestão do Ministério do Planejamento. “Nós, do governo, tem muito que aprender com as empresas. Temos que focar nosso trabalho em nosso cliente, o cidadão”. Para implantar esse programa, existe várias estratégias em andamento na Secretaria. Uma delas, é a criação do painel do cidadão, em que são realizadas pesquisas nas quais os usuários avaliam os serviços públicos oferecidos. Há também o financiamento de consultoria especializada para criar ferramentas e gerenciamento totalmente informatizada que possam unificar o sistema. Parcerias estão sendo desenvolvidas com entidades da própria sociedade para buscar soluções mais eficientes para os problemas crônicos das cidades. Mas a secretaria ainda não achou uma boa saída na hora das contratações de profissionais com espírito empreendedor. Os concursos públicos, infelizmente, não avalia essa competência entre os candidatos. Mas, afinal, o que está acontecendo no Brasil? Qual o detonador dessa mudança? O fato é que, com o boom da Internet, os fundos de investimento de risco passaram a Ter um especial interesse pelo mercado brasileiro. Hoje são mais de trinta fundos de risco. Juntos, investem 1,6 bilhão de dólares que são voltados só para novos projetos. Até há pouco, esse empreendedor não tinha o que recorrer para levantar dinheiro. Poderia até pensar em buscar recursos na área de financiamento dos bancos, mas, com os juros nas alturas e a economia fragilizada, essa opção se tornava inviável. Ou seja, ou ele juntava toda a sua economia para levantar o negócio, ou teria sérias dificuldades para conseguir levar em frente seu projeto. TÉCNICO EM MECÂNICA E ELETRÔNICA 39 COMUNICAÇÃO GERENCIAL Além disso, a estabilidade da economia nos últimos anos contribuiu para que os investidores encontrassem um terreno menos incerto no país. “De 1986 a 1994, tiveram sete planos econômicos e treze zeros cortados da moeda. Com tudo isso, era preciso ser um pouco maluco para conseguir empreendedor no país”, a firma Rondon Pacheco Pinto, diretor de finanças da incubadora Ideiasnet.com. Sem falar que a economia mais estabilizada faz crescer a demanda de serviços e produtos, o que torna o mercado ainda mais atraente. A essa altura, você deve estar se questionando: Será que esta mudança não está restrita apenas a Internet ou a nova Economia? Pode-se até afirmar que por enquanto boa parte dos investimentos é canalizado para esta área, mesmo assim, o mercado está bem mais cauteloso. Com as quedas da Nasdaq, a bolsa eletrônica americana formada majoritariamente por empresas de tecnologia, acabou o oba-oba. Os investidores estão cada vez mais rigorosos na hora de abrir a carteira. Mas o importante é que agora existe investidores atentos às boas oportunidades, seja elas na área de biotecnologia, tecnologia da informação, serviços ou agricultura. Além disso, há uma mudança de mentalidade. O empreendedor está ganhando não só mais respeito do mercado mas também admiração. Afinal, ele tem um trunfo: sua própria atitude. É a pessoa que dá a cara para bater, que sabe o que quer e corre atrás dos sonhos. E ainda tem chance de virar um milionário em pouco tempo, conquistar que seus pais jamais sonharam em Ter durante uma vida inteira. O engenheiro elétrico Hélio Pedreira, 46 anos, que hoje é presidente da JDTC, uma holding de empresas de tecnologia, e faz parte do conselho do fundo americano Kansas Investments, foi um desses aventureiros que passaram pelos altos e baixos do mercado brasileiro e conseguiram sobreviver. Até 1988, Pedreira era funcionário de uma empresa na área de informática que fornecia produtos para indústria de computadores no país, no período em que o Brasil ainda funcionava sobre o sistema de reserva de mercado. Ao se desligar da companhia, resolveu trocar seu próprio negócio também na área de informática. Tinha US$6,000.00 no bolso e um micro computador quando criou a União Digital, sua primeira empresa. Hoje essa empresa não existe mais. De lá para cá, ele desenvolveu pelo menos mais três outros negócios, derivados desse primeiro. Pedreira conclui: “Há uma mudança significativa no cenário. Antes, tinha uma dificuldade tremenda de obter capital, mas isso mudou”, afirma. “Por outro lado, o novo cenário está exigindo cada vez mais do empreendedor”,. Há necessidade da profissionalização, por exemplo. As oportunidades existem, há novas fontes de recursos. Mas, para Ter acesso à elas e se dar bem, o empreendedor vai Ter de estar melhor preparado. Estudar muito, informar-se, criar sua rede de relacionamento, saber administrar equipe e vender seu peixe para os investidores. Não é à toa que começam a surgir no país vários cursos voltados especialmente para empreendedores. Se é possível formar um empreendedor, é outra questão. Existe diversas teorias sobre o assunto. Muhammad Yunus, presidente do Grameen Bank de Bangladesh, Instituição que oferece micro-crédito para pessoas de baixíssima renda no país, acredita que toda pessoa nasce com o espírito empeendedor. Mas elas só poderá exercê-lo se tiver condições básicas, como investimento para começar. O banco, criado pelo economista, já permitiu que 12 milhões de cidadãos, ou 10% da população de Bangladesh, se livrassem da pobreza. Há, no entanto, quem acredite que é impossível formar um empreendedor. Ou ele nasce com alguns traços de personalidade ( inquietação e atração por desafios), ou terá poucas chances de seguir esse caminho. Os dez pecados capitais O site Bizmove.com reuniu os erros fatais capazes de afundar qualquer negócio. TÉCNICO EM MECÂNICA E ELETRÔNICA 40 COMUNICAÇÃO GERENCIAL Confira abaixo cada um deles e proteja-se: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Ficar preso demais em uma determinada idéia por muito tempo. Reprimir seu espírito inquieto, criativo, dinâmico. Ser excessivamente otimista em relação ao seu projeto. É preciso pensar os prós e os contras. Ignorar o fluxo de caixa do negócio. Não saber escolher seu time. Vislumbrar as diversas possibilidades de negócios sem considerar a realidade do mercado. Preocupar-se somente em vender idéias, produtos ou objetos quando, muitas vezes, a saída está em ouvir seus clientes, entendê-los melhor. Trabalhar com uma infra-estrutura capenga. A maioria dos empreendedores se dá bem quando conta com uma bela equipe de suporte. Delegar demais. Como diz o velho ditado: “O olho do dono engorda o gado”. Desistir na primeira tentativa. Muitos empreendedores falam antes de chegar lá. O erro deve ser considerar parte do processo e não um motivo para o empreendedor tirar o time de campo. As duas faces do empreendedor Algumas das principais diferenças entre o empreendedor que é dono do próprio negócio e o que é empregado (intra-empreendedor) Dono do próprio negócio colaborador ou empregado É mais restrita ao organograma da empresa. É mais limitada, em função da própria Exposição ao risco estrutura da empresa. É garantia. Além disso, a empresa oferece Remuneração benefícios extras, como plano de saúde e seguro de vida. Ambiente de trabalho Tende a ser mais informal, já que a Em geral, há maior formalidade, em estrutura geralmente é menor. conseqüência da hierarquia. Tem que estar disposto a fazer um Contra com todo o suporte que a empresa Infra-estrutura pouco de tudo. possui Inovação Tem mais liberdade e espaço para desenvolver seu projeto. É maior. Afinal, é você quem está dando a cara para bater. É irregular. Está vinculada diretamente ao retorno do projeto. Você se considera um empreendedor? Vamos nos auto-avaliar? 1. Você tem confiança no seu taco? Porque, se você mesmo tem dúvidas sobre a sua capacidade de implementar projetos, então dificilmente alguém terá confiança plena em relação ao seu desempenho. 2. Está a fim de fazer sacrifícios? Afinal, se você realmente quer ter êxito, terá de ir além. Precisará quebrar regras, correr riscos. Do contrário não será inovador. Será mais um na multidão. 3. Sabe lidar com imprevistos? Se você é do tipo que entra em pânico quando surge algum imprevisto no meio do caminho, tenha muito cuidado. Abrir um negócio próprio pode fazer mal até a sua saúde. 4. Você toma decisões com facilidade e rapidez? Certamente, terá uma série de questões que exigirão habilidade e velocidade para ser resolvidas. Portanto, se você é do tipo que procrastina, cuidado. 5. Sabe farejar oportunidades? Uma característica típica do empreendedor é que ele vê oportunidades em tudo e é extremamente questionador. 6. Você tem gás? Esse ingrediente é fundamental. Ningúem sabe ao certo quando uma boa oportunidade surgirá. Dessa forma, é preciso estar sempre pronto. 7. Está disposto a liderar pelo exemplo? Como líder, você terá que conquistar a confiança de sua equipe e dar o suporte que ela precisa. “A pior coisa que pode acontecer à uma empresa é quando os colaboradores perdem a confiança no líder, mas continuam a ir trabalhar”. TÉCNICO EM MECÂNICA E ELETRÔNICA 41 COMUNICAÇÃO GERENCIAL (Você S/A – Janeiro 2001) TEXTOS DE LUIZ ALMEIDA MARINS DO PLANO DO CHORO, AO PLANO DA AÇÃO (Reclamar é apenas a solução mais fácil. Por isso antes de reclamar, avalie se você está fazendo o possível para mudar a realidade que o cerca.) Tenho ficado impressionado ao ver como as pessoas “choram”, reclamam, lamentam, passam tempo se lamuriando das coisas, das pessoas, de tudo, enfim. Basta encontrar um interlocutor para começar a reclamar, a “chorar”, a dizer – “não dá mais...”; “Do jeito que as coisas vão eu vou acabar morrendo...”, etc., etc. Reclamar, “chorar” parece estar virando uma verdadeira praga nos ambientes de trabalho, nas rodas de amigos, nos encontros informais que temos com as pessoas. O salário pequeno; as dores nas costas; a cadeira dura; a dor no estômago; o chefe que não ouve; o cliente que não comprou; o produto que se estragou; a coisa que deu errado; o calor que é de matar; o relatório que é chato de fazer; o café que está frio; a chuva que não vem; está chovendo muito; meu filho que não obedece; minha mulher que fala demais e só briga comigo; meu marido que não me escuta e fica mudo em casa; meu filho que vai mal na escola; é uma ladainha que ninguém mais suporta ouvir. Na verdade, me parece que as pessoas ficaram literalmente “viciadas” em reclamar. É preciso dar um basta nesse vício doloroso e fora de moda e passar do Plano do Choro ao Plano da Ação! Num círculo vicioso da autocomiseração, de dó de si próprias, as pessoas deixam de enxergar as oportunidades, as coisas positivas, e ficam literalmente paralisadas, reativas, enquanto o mundo passa numa velocidade espantosa. Um chefe “chorão” não pode entusiasmar seus subordinados à ação, à decisão rápida, ao desenvolvimento, ao bom atendimento aos clientes. Um subordinado “chorão” não consegue entusiasmar seus chefes para que o promovam, para que o valorizem. O mundo de hoje é dos pró-ativos. É de quem faz. De quem não espera. De quem consegue enxergar oportunidades onde as outras pessoas só vêem crise. O mundo de hoje é de quem transforma a realidade e faz as coisas acontecerem. O mundo de hoje é de quem passa do Plano do Choro ao Plano da Ação. Gostaria de sugerir que você fizesse uma auto-análise e pensasse se também não está nesse círculo vicioso de só reclamar e agir pouco para modificar as coisas sobre as quais você reclama. Pergunte-se: - “O que tenho feito para mudar as coisas com as quais não concordo e das quais vivo reclamando?” TÉCNICO EM MECÂNICA E ELETRÔNICA 42 COMUNICAÇÃO GERENCIAL CUMPRA HORÁRIOS E PRAZOS ( Nada é mais fora de moda do que chegar atrasado aos compromissos marcados e nada é mais impeditivo para o sucesso do que não cumprir os prazos prometidos.) Nada é mais fora de moda do que chegar atrasado aos compromissos marcados e nada é mais impeditivo para o sucesso do que não cumprir os prazos prometidos. Fico bobo ao ver com as pessoas ainda têm cara-de-pau de vir com as mais esfarrapadas desculpas quando chegam atrasadas aos compromissos marcados. As desculpas são sempre as mesmas: “- Nunca o trânsito esteve tão ruim...” “- Voltei para apanhar um papel que achei que seria do seu interesse...” “Meu relógio parou...”etc.etc. Essas desculpas não pegam mais. Todos nós já sabemos que o trânsito é ruim. O pior é que essas pessoas não são as que chegam de vez em quando atrasadas em seus compromissos . São as que sempre chegam atrasadas. E isso vira um perigoso vício dos quais seus portadores não se apercebem. Conheço pessoas que têm por “hábito” (chique) chegar com meia-hora de atraso aos compromissos. É o fim! O pior ainda é que esse hábito perverso só serve para atrapalhar a vida de todo mundo e do próprio habitué que, garanto, nunca fez as contas de quantos dias na vida já perdeu e fez as pessoas perderem, por conta de seus atrasos voluntários. Da mesma forma é o não cumprir prazos. Fico literalmente abismado ao ver como as pessoas não estão nem aí com os prazos que lhes são dados. Parece que não é com elas. Não vejo nenhuma preocupação no cumprimento dos prazos enquanto este está decorrendo. Na véspera vira aquele desespero! Daí querem fazer tudo do dia para a noite e, é claro, não conseguem. E, novamente, vêm as desculpas mais esfarrapadas do mundo “- tive tantos afazeres que não tive mesmo condições de fazer esta tarefa...” “- Você não acredita , mas minha vida está uma loucura!” “- Passei as últimas semanas só pensando nisso e não deu tempo...” Essas pessoas precisam compreender a verdade e a realidade de que esses dois péssimos hábitos as levam a fracasso. Ninguém mais confiará nelas. Serão consideradas como “falsas”, “promessinhas” e até “mentirosas” . É preciso Ter cuidado com isso. Estamos sendo permanentemente avaliados por nossos chefes, companheiros e subordinados. É preciso ter muito cuidado com esses “pequenos vícios” fatais. Gostaria que pensássemos nisso. Como está o nosso comprometimento com horários e prazos? Será que já não estamos “viciados” em dar desculpas e não cumpri-las? Como poderemos mudar, radicalmente, esse nosso “vício” a partir de hoje? TÉCNICO EM MECÂNICA E ELETRÔNICA 43 COMUNICAÇÃO GERENCIAL TENHA A ATITUDE DE APRENDER SEMPRE Tenho ficado preocupado com empresários que conheço – presidentes, vicepresidentes, diretores, chefes – que á muito tempo não fazem um curso, não participam de um seminário, não participam de um seminário, não participam de um seminário, não lêem um livro. Porque são pessoas razoavelmente bem-sucedidas, pensam não precisar mais aprender. Esse é um grande e perigoso engano! Além disso, essas pessoas perderam o costume de ouvir. Ficaram tão cheias de si e da pretensa sabedoria que pensam possuir, que adotam uma atitude arrogante perante os outros e principalmente perante o saber. Essa é uma doença grave que pode atingir qualquer pessoa. A atitude de achar que não se tem tempo para participar de um curso, de um seminário, e que isso é coisa só para os subordinados, é de uma ignorância incrível. Quanto mais alto seu nível hierárquico, mais você precisa aprender, ouvir, ler, participar de palestras, cursos etc. Sua responsabilidade é maior. Garanto que a sua empresa recebe inúmeros convites. Participe. Procure não perder nenhuma oportunidade de crescer, aperfeiçoar-se com a experiência alheia, trocar idéias, enfim, aprender. Tenho participado de seminários importantes onde os participantes sempre dizem: Meu chefe é que precisava ouvir isso... mas ele não participa de nada... parece Ter vergonha de aprender.. e o pior é que não ouve o que a gente quer contar depois de participar de um seminário... Muito cuidado! Veja se você não está nessa situação. Quando foi o último curso de que você participou? Quando foi o último seminário a que você foi? Qual foi o último livro de assuntos ligados à administração que você leu? Você tem a humildade de reconhecer que ainda precisa aprender muito? Essas são perguntas fundamentais para se vencer os desafios da qualidade e da competitividade do século XXI. TÉCNICO EM MECÂNICA E ELETRÔNICA 44 COMUNICAÇÃO GERENCIAL FAÇA AGORA, NÃO DEIXE PARA DEPOIS Quantas vezes já ocorreu de você deixar alguma coisa para depois e a oportunidade passar? Quantas idéias você teve, não implementou e quando desejou implementá-la já não tinham mais a validade de quando as concebeu? Quantos negócios e oportunidades você perdeu por esperar demais? Segundo o Dicionário Aurélio, Procrastinas quer dizer “transferir para outro dia; adiar, delongar, demorar”. Há pessoas que têm o mau hábito de procrastinar as coisas. Deixam tudo para depois . Não fazem nada na hora em que elas devem ser feitas e na hora em que as idéias ocorrem. Essas pessoas não sabem o que perdem. São pobremente avaliadas pelos outros simplesmente pelo seu hábito de procrastinar. Essas sã pessoas que dão como desculpa constante “deixar pra depois...”, “fazer quando tiver mais calma...”, “Não gosto de fazer nada correndo...”etc. É preciso vencer esse pernicioso hábito. Numa enquete que fizemos com gerentes de uma empresa multinacional, o item considerado de maior valor para um subordinado foi o de “fazer as coisas imediatamente após o pedido”. Assim, foram avaliados como os melhores, os subordinados que atendem prontamente uma solicitação, os que “não deixam pra depois”. O conselho que eu daria é o de você fazer uma análise nas suas tarefas, nos seus afazeres e verificar se você não desenvolveu (às vezes inconscientemente), o hábito de procrastinar. Veja quantas coisas você tem atrasado. Veja quantas coisas você tem deixado pra depois”. Veja quantas tarefas você já poderia Ter cumprido e que estão engasgadas, tomando espaço na sua mente, e que de fato, acabam sendo fatores estressantes, porque sempre retorna à lembrança o fato de você ainda não Ter feito isto ou aquilo, e novamente você deixa para depois... Além de analisar se você não adquiriu o hábito da procrastinação, veja se seus subordinados também não o adquiriram. Converse com eles. Faça-os ver que famoso “Do it now” (faça agora) dos americanos é um grande fator de sucesso profissional. Da mesma forma, veja se sua empresa não adquiriu o hábito de procrastinação com relação a seus clientes. O atendimento é rápido? É imediato? Ou tudo é deixado para o dia seguinte, “pra depois”...? TÉCNICO EM MECÂNICA E ELETRÔNICA 45 COMUNICAÇÃO GERENCIAL DÊ RETORNO (FEEDBACK) Numa reunião de avaliação de “performances de sucesso” de funcionários, fiquei impressionado ao ver que notas altas foram dadas àquelas pessoas e subordinados que têm por hábito dar retorno do que lhes é pedido antes mesmo da tarefa estar completada. Esses subordinados (até gerentes e diretores) foram muito bem avaliados à medida em que conseguiram tirar a ansiedade de seus superiores ao deixá-los informados do andamento das coisas que estavam fazendo e em que etapa do trabalho se encontravam. Ficou claro que não estávamos falando de “puxa-sacos” que ficam o tempo todo alardeando o que estão fazendo, mesmo em trabalhos de rotina. Falávamos de pessoas que valorizam a comunicação e que compreendem que a “matéria-prima” mais importante de uma chefia é justamente a informação. Não há nada pior e mais fatal para um chefe do que estar desinformado do andamento de tarefas importantes de seu setor. Verificamos também, nessa avaliação, que uma das coisas mais irritantes para um chefe é estar, a todo momento, perguntando a seus subordinados como está o andamento de tal projeto ou tarefa. Esse hábito de dar retorno é ainda mais fundamental para secretárias, por exemplo. Atitudes como informar: “- Aquele fax para a matriz que o senhor pediu já foi enviado e recebido...”, “- Estou tentando a ligação para o diretor fulano. Ele está em reunião e ligarei daqui a dez minutos novamente...”, são fundamentais. `Da mesma forma, quando se presta um favor ou se indica alguém para outra pessoa, é fundamental que a pessoa que recebeu esse favor retorne os resultados, seja para agradecer ou mesmo para dizer “- Falei com fulano e ele disse...”. “Muito obrigado. Aquela pessoa que você me indicou...” . Dar retorno é um hábito que precisamos incorporar em nosso dia-a-dia. Faça isso e você sentirá uma grande diferença em seu relacionamento com as outras pessoas e principalmente com seus superiores hierárquicos. TÉCNICO EM MECÂNICA E ELETRÔNICA 46 COMUNICAÇÃO GERENCIAL A LIÇÃO DOS GANSOS Chegou-me às mãos, a seguinte história de um autor desconhecido: “Quando um ganso bate as asas, cria um ‘vácuo’ para o pássaro seguinte. Voando numa formação em V , o bando inteiro tem o seu desempenho 71% melhor do que se a ave voasse sozinha.” Lição: Pessoas que compartilham uma direção comum e senso de comunidade, podem atingir seus objetivos mais rápidos e facilmente. “ Sempre que um ganso sai da formação, sente subitamente a resistência por tentar voar sozinho. Rapidamente, volta para a formação, aproveitando a “aspiração” da ave imediatamente à sua frente.” Lição: Se tivermos tanta sensibilidade quanto um ganso, permaneceremos em formação com aqueles que se dirigem para onde pretendemos ir e nos disporemos a aceitar a sua ajuda, assim como prestar a nossa aos outros. “Quando o ganso líder se cansa, muda para trás na formação e, imediatamente, um outro ganso assume o lugar, voando para a posição de ponta”. Lição: É preciso acontecer um revezamento das tarefas pesadas e dividir a liderança. As pessoas, assim como os gansos, são dependentes umas das outras. “Os gansos de trás, na formação, grasnam para incentivar e encorajar os da frente e aumentar a velocidade.” Lição: Precisamos nos assegurar de que nosso “grasno” seja encorajador para que a nossa equipe aumente o seu desempenho. “Quando um ganso fica doente, ferido, ou é abatido, dois gansos saem da formação e seguem-no para ajudá-lo e protegê-lo. Ficam com ele até que esteja apto a voar de novo ou morra. Só assim, eles voltam ao procedimento normal, com outra formação, ou vão atrás de um outro bando.” Lição: Se nós tivermos bom senso tanto quanto os gansos, também estaremos ao lado dos outros nos momentos difíceis. Gostaria que você pensasse bem nestas lições dos gansos. Leia com atenção, reflita sobre cada item, transponha-os para a sua realidade, mostre ao seu pessoal e discuta com ele. Até com os gansos podemos aprender! TÉCNICO EM MECÂNICA E ELETRÔNICA 47 COMUNICAÇÃO GERENCIAL ACREDITE E PISE FUNDO Não é tempo de titubear. Não é tempo de ficar indeciso por muito tempo. Não é tempo de ser reativo. Não é tempo de pensar negativamente. É tempo de acreditar. É tempo de fazer,. Ë tempo de ser pró-ativo. Tenho encontrado pessoas que pensam, pensam, pensam e nunca decidem. . E quando decidem, foi-se a oportunidade. Uma decisão errada, no mais das vezes, pode ser corrigida. Uma indecisão contínua impede o fazer, impede o crescimento, impede a ação e cria uma enorme desmotivação nas pessoas. É preciso acreditar na própria capacidade de acertar e pisar fundo. É preciso acreditar que as outras pessoas estarão ao nosso lado, mesmo que as evidências demonstrem contrário. É preciso acreditar que s obstáculos serão sempre vencidos, um a um, e não todos de uma vez. Pensar nos obstáculos como um bloco único só fará desistirmos da ação. Há pessoas que não compreendem isso e vêem os problemas todos de uma vez só e então desistem, achando –se incapazes de vencê-los. Há outras pessoas que acreditam, fazem, mas não pisam fundo, isto é, não se comprometem totalmente. É preciso, além de acreditar, pisar fundo! Gostaria de sugerir que você parasse e pensasse sobre a sua disposição em acreditar e pisar fundo. Veja se você não é do tipo de desistir frente à gama de problemas que poderão acontecer. Veja se você não é do tipo que desiste fácil de uma empreitada difícil. Acredite na sua capacidade de vencer obstáculos e atingir a cada dia o sucesso que merece. NÃO SE ECONOMIZE “Quanto mais uma pessoa se economiza, mais os outros a economizarão, não contando nada a elas, não perdendo, enfim, tempo com elas. E assim elas vão ficando cada vez mais “por fora” ou alheias a tudo o que acontece e, é lógico, serão logo esquecidas nas promoções, nas oportunidades de crescimento pessoal e profissional.” O tempo atual é dos comprometidos com aquilo que fazem. E não importa muito o que façam. Vejo, com pesar, pessoas que literalmente se economizam o tempo todo. Parece que não querem gastar-se . Parece que não querem doar-se àquilo que fazem. Essas pessoas jamais terão sucesso algum. Jamais experimentarão o prazer de serem avaliadas positivamente. Você conhece funcionários que ficam procurando maneiras de fazer as coisas pelo caminho mais fácil e menos comprometido? Você conhece funcionários que ficam o tempo todo olhando no relógio para ver quando terminará o expediente para irem embora para casa o mais rapidamente possível? Você conhece pessoas que sempre dizem que não têm tempo para nada? Você conhece pessoas que não participam de nada em suas comunidades para não se envolverem em cisas que dão trabalho? Você conhece pessoas que só criticam os que fazem alguma coisa dizendo que “ele ( ou ela) só quer aparecer...”? Eu conheço muita gente assim. Tenho pena dessa gente. Conheço, igualmente, pessoas que “se economizam ”até com relação à família, à esposa, ao marido e aos filhos. Não passeiam, não vão ao cinema, ao teatro, ficam “trancadas” dentro de casa... Quanto mais uma pessoa se economiza, mais os outros a economizarão , não contando nada a elas, não as envolvendo nas decisões, não perdendo, enfim, tempo com elas. E assim elas vão ficando cada vez mais “por fora” ou alheias a tudo o que acontece e, é lógico, serão logo esquecidas nas promoções, nas oportunidades de crescimento pessoal e profissional. Gostaria de sugerir que você fizesse uma auto-análise e visse se você, também, não está incorrendo neste grave erro de querer economizar-se . TÉCNICO EM MECÂNICA E ELETRÔNICA 48 COMUNICAÇÃO GERENCIAL REVIVA UMA BOA IDÉIA DO PASSADO “Existem algumas idéias que já tivemos há alguns anos atrás, que às vezes nem chegaram a ser experimentadas, e que são realmente brilhantes. Reveja alguma idéia passada que possa ser “revitalizada” para o atual momento. Muitas empresas já fizeram esse exercício e obtiveram um grande sucesso.” Existem algumas idéias que já tivemos há alguns anos atrás que ás vezes foram postas em prática, às vezes nem chegaram a ser experimentadas e que sã realmente idéias brilhantes. Na maior parte das vezes, essas idéias chegaram a ser iniciadas em nossas empresas, mas não tiveram continuidade, seja por falta de sensibilidade de que a idéia era realmente boa, seja pela falta de um “follow-up” que gerou simplesmente a descontinuidade da idéia. Numa pesquisa feita pelas 10 maiores agências de publicidade de nova Iorque, chegou-se à conclusão de que “velhos anúncios”, “velhas idéias”, tinham ainda uma força enorme dentro da cabeça do público. Essas idéias haviam sido abandonadas por seus criadores, porque as achavam “velhas”, ‘fora de moda”, mas na verdade, era justamente o que as empresas estavam necessitando no presente momento. Da mesma forma, o conselho que eu daria é que você tentasse buscar na sua memória, ou na memória de sua empresa, alguma idéia passada que possa ser “revitalizada” para o atual momento. Com certeza, a idéia precisará de adaptações aos novos tempos, às novas circunstâncias, mas a sua base poderá ser a mesma. Assim, pare um momento e reveja a montanha de idéias que você já teve, tanto aquelas em que você acreditou, como aquelas nas quais você nem sequer repensou com mais afinco, e analise seriamente se elas não são válidas para hoje. Temos feito esse exercício em muitas empresas com um grande sucesso e temos encontrado coisas incríveis dentro da história de cada empresa. Tente isso. COMPROMETIDO COM O SUCESSO DO CLIENTE “Em que década está a sua empresa em relação a seus clientes? Década de 60: “O cliente é uma maldita amolação.” Década de 70: “Satisfazer os desejos do cliente Década de 80: “Antecipar os desejos do cliente” Década de 90: “Comprometer-se com o sucesso do cliente.” Está havendo uma verdadeira revolução no conceito e na ‘visão” da empresa com relação ao cliente. Basicamente poderemos enunciar essas filosofias nas frases acima. Não basta mais “satisfazer” e nem “antecipar” os desejos do cliente. Isto não provocará nenhuma diferenciação significativa de sua empresa. É uma obrigação de qualquer empresa. Surge o “comprometer-se com o sucesso do cliente.” Mais do que antecipar , é preciso que cada pessoa de sua empresa esteja impregnada dessa nova filosofia. Tem que sentir-se responsável e comprometida com o sucesso do seu cliente, e agir nessa direção. Empresas vencedoras estão fazendo um trabalho universal nesse sentido, mudando toda a orientação de seus departamentos de marketing e de toda a empresa. O objetivo é conseguir esse no comprometimento total com o cliente. Gostaria de sugerir que você se perguntasse: “em que década está minha empresa?” Reúna seu pessoal para essa discussão. Monte projetos específicos para reverter a imagine e a filosofia de sua empresa. Comece já. A hora é agora! TÉCNICO EM MECÂNICA E ELETRÔNICA 49 COMUNICAÇÃO GERENCIAL 12 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BELTRÃO, Odacir. Correspondência –Linguagem e Comunicação. São Paulo: Atlas, 1998. FERREIRA, Mauro. Aprender e Praticar Gramática. São Paulo: FTD, 1998. GRANATIC, Branca. Técnicas Básicas de Redação. São Paulo: Scipione, 1996. INFANTE, Ulisses. Do texto ao Texto: Curso Prático de Leitura e Redação. São Paulo: Scipione, 1994 MARTINS, Dileta silveira, ZILBERKNOP, Lúbia Scliar. Português Instrumental. Porto Alegre: Sagra-DCLuzzato, 1998. MEDEIROS, João Bosco. Português Instrumental. São Paulo; Atlas, 1994. REVISTA VOCÊ S/A – janeiro 2001 – abril 2005 REVISTA SUPER INTERESSANTE – abril 2005 REVISTA EXAME – 2000 - 2004 SENAI. Departamento Regional de Minas Gerais. Comunicação gerencial / SENAI – MG ; elaborado pela equipe SENAI – MG. – Belo Horizonte : O Departamento, 1988. 56 p. : ii TÉCNICO EM MECÂNICA E ELETRÔNICA 50