Resumos dos pôsters do III Simpósio
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Resumos dos pôsters do III Simpósio
Resumos de pôsteres 1 1) RESUMO THIAGO DE SÁ .......................................8 Indução de apoptose em células de leucemia humana pela LQB 118, um novo composto com estrutura pterocarpanoquinona ....................................................................... 8 Bacelar, T.S1, Netto C.D.2, Costa, P.R.R.2, da Silva A.J.M.2, Rumjanek V.M.1 .................................. 8 2) RESUMO BRENDA BUCCO ....................................9 Análise imunohistoquímica da expressão da proteína p16 em pacientes com lesões intraepiteliais escamosas de alto grau de colo de útero e infecção pelo Papillomavirus Humano.................................................................................................................... 9 Brenda Maiolino, Fernanda Lattario, Yara Furtado, Nathalie Canedo, Gutemberg Almeida, Roberto José Lima e Maria da Glória da Costa Carvalho. ................................................................... 9 3) RESUMO ANDREIA OLIVEIRA .......................... 11 ATIVIDADE ANTITUMORAL DO IXOLARIS, UM INIBITOR DO FATOR TECIDUAL, NO 1 1 2 MODELO DE MELANOMA MURINO. Oliveira, A.S. ; Lima, L.G. , Francischetti, I.M.B. , 1 Monteiro, R.Q. ...................................................................................................................................11 4) RESUMO GLEICE GRAÇA ROCHA..................... 12 Estudo da atividade antiMRP1 de triterpenos pentacíclicos isolados da Cecropia lyratoloba (Embaúba) ......................................................................................................................12 Autores: G. G. Rocha, M. Simões, R. R. Oliveira, M. C. Kaplan, C. R. Gattass; UFRJ, Rio de janeiro, Brasil......................................................................................................................................12 5) RESUMO ANNELISE FORTUNA ........................ 13 Diferenças Biológicas das Subpopulações Celulares CD24+ e CD44+ da Linhagem de Câncer de Mama Humano T47D....................................................................................................13 Ana Paula D. N. de Barros#, Anneliese Fortuna#, Araci Rondon, Gabriel A. C. Veranio‐Silva, Tatiana C. Sampaio, Radovan Borojevic, Maria Isabel D. Rossi .................................................... 13 6) RESUMO KELLY ARAUJO LÚCIO ...................... 14 Efeito do Acido Olenólico no desenvolvimento de metástases pulmonares. ................14 Kelly A. Lúcio (PG)1, Gleice G. Rocha (PG)1, Janaina Fernandes (PQ)1, Leonardo Monção (PG)2, Christina M. Takiya (PQ)2 e Cerli R. Gattass (PQ)1............................................................... 14 7) RESUMO ANGELICA DUTRA OLIVEIRA ......... 15 HUMAN GLIOBLASTOMA CELL LINES A172 AND U87MG EXPRESS FUNCTIONAL PROTEASEACTIVATED RECEPTORS 1 AND 2 (PAR1 AND PAR2)...................................15 Mariano-Oliveira A1, Oliveira AD1, BakkerAbreu I2, Scharfstein J2, Monteiro RQ1, 1Instituto de Bioquímica Médica, & 2Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho; Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.......................................................15 2 8) RESUMO EDUARDO SALUSTIANO JESUS DOS SANTOS ........................................................................ 16 A Pterocarpanoquinona LQB 118: das Plantas a Patente.....................................................16 Salustiano, E.J.1, Netto, C.D.2, Dumas, M.L.1; Bacelar, T.S.1; da Silva, A.J.M.3; Costa, P.R.R.3; Rumjanek, V.M.1 ................................................................................................................................................ 16 9) RESUMO GRAÇA BARUQUE .............................. 17 A subpopulação de células CD56dim está diminuída no sangue periférico de pacientes com Anemia de Fanconi ...................................................................................................................17 G.A. Baruque1; M.A. Bitencourt2; R. Pasquini2; M.T.L. Castelo‐Branco3; Franklin Rumjanek1 & V.M. Rumjanek1 ..................................................................................................................... 17 10) RESUMO LÍVIA GUIMARÃES .......................... 19 AVALIAÇÃO DO PERFIL DE RESISTÊNCIA E DA RESPOSTA AO ÁCIDO POMÓLICO EM UMA NOVA LINHAGEM DE GLIOBLASTOMA MULTIFORME .................................................19 Lívia Paes T. P. Guimarães (G), Janaina Fernandes (PQ), Cerli Rocha Gattass (PQ). Laboratório de Imunologia Celular, IBCCF, UFRJ ............................................................................... 19 11) RESUMO JANAÍNA FERNANDES.................... 20 Relationship between topological polar surface area and substrate transport by multidrug resistance associated protein 1 (MRP1/ABCC1) ................................................20 Janaina Fernandes & Cerli Rocha Gattass ............................................................................................. 20 12) RESUMO CAROLINE ARAUJO RAMOS.......... 20 Resveratrol Alter Viability, Cell Cycle and Phosphorylation Profile of Mammary Cancer Cells..........................................................................................................................................21 Ramos, C.A.1, Casanova, F.2, Costa, D.C.2, Silva‐Neto, M.A.C.2, Silva, J.L.2, Fialho. E.1 ............. 21 13) RESUMO VIVIANE DE SOUZA SILVA ............ 22 Explorando Genomas: EstruturaFunção de Proteínas Humanas Relacionadas ao Câncer. ...................................................................................................................................................22 Viviane S. Silva e Marcius S. Almeida ....................................................................................................... 22 14) RESUMO HÉLIO DOS SANTOS DUTRA ........ 23 SUBPOPULAC¸ ˜OES DE LINF´OCITOS CD4 EM PACIENTES COM MIELOMA M´ULTIPLO INFLUˆENCIA DA MANUTENC¸ ˜AO COM TALIDOMIDA E DEXAMETASONA AP´OS TRANSPLANTE DE CTH.....................................................................................................................23 GAC Verˆanio‐silva1, RJP Magalh˜aes1, I Dines1, MF Melo1, WA Pulcheri1, MID Rossi2, A Maiolino1, R Borojevic2, HS Dutra2......................................................................................................... 23 15) RESUMO BRUNA FORTUNATO NOVIS ........ 25 EFEITOS DA MODULAÇÃO DA ATIVIDADE DA PGP NA VIABILIDADE CELULAR, CICLO CELULAR E EXPRESSÃO DA PROTEÍNA. ......................................................................................25 3 Bruna Fortunato Novis, Nathalia Daflon Yunes, Vivian M. Rumjanek. Laboratório de Imunologia Tumoral, Instituto de Bioquímica Médica, UFRJ. ....................................................... 25 16) RESUMO DYANNA GALAXE DE MATOS E NATHASSYA ACCIOLY LINS VIDAL RODRIGUES ........................................................................................ 26 O Papel do Supressor Tumoral RB em Câncer e Inflamações Crônicas ...........................26 Dyanna Galaxe de Matos*1, Nathassya Accioly Lins Vidal Rodrigues*1, Rossana C. Soletti1, Heitor Siffert Pereira de Souza2, Vivaldo Moura Neto1, Helena L. Borges1 ........ 26 17) RESUMO ROSSANA COLLA SOLETTI ........... 27 Translocação de betacatenina é regulada por retinoblastoma e confere resistência tumoral frente ao TNFalfa. ............................................................................................................27 Rossana C. Soletti1, Helena L. Borges1, Vivaldo Moura Neto1, Jean Y. J. Wang2 ...................... 27 18) RESUMO ROBERTA FACCION ........................ 28 Lack of prognostic impact of Inhibitor of Apoptosis Protein Survivin in Childhood Medulloblastoma ...............................................................................................................................28 FACCION, RS1,2; FERREIRA, RM3; GRABOIS, MF3; FONSECA, T4,5; OLIVEIRA, JA6; MAIA, RC1........................................................................................................................................................................... 28 19) RESUMO ANA PAULA DINIZ ANO BOM....... 30 Tumor Suppressor p53 WT and R248Q Core Domain Aggregation at Low pH .............30 Ano Bom, A.P.D.1,2; Sanches, D.1, Braga C.A.1, Gava, L.M.3, Ramos, C.H.I3, Cepeda, A.O.T. 3, Cordeiro, Y.4 & Silva, J.L.1 ............................................................................................................................... 30 20) RESUMO MATHEUS DUMAS........................... 31 Avaliação da toxicidade da pterocarpanoquinona sintética LQB 118 em camundongos sadios.........................................................................................................................31 Dumas, M.L.1; Salustiano, E.J.1; Netto, C.D.2; Costa, P.R.R.3; da Silva, A.J.M.3; Rumjanek, V.M.1 ....................................................................................................................................................................... 31 21) RESUMO MORGANA GUIMARÃES SOARES 33 EFEITO DO ANTICOAGULANTE IXOLARIS NO CRESCIMENTO TUMORAL DE GLIOMAS HUMANOS IMPLANTADOS EM ENCÉFALO DE ROEDORES ....................................................33 Guimarães-Soares, M1. Carneiro‐Lobo, T2, Konig, S3. Monteiro, RQ.1 ................................ 33 22) RESUMO PAULA SEIXAS COSTA.................... 35 Antitumor Effects of Resveratrol on MCF7 Cells occur through Casein Kinase II Activity Inhibition..............................................................................................................................35 Seixas‐Costa, P¹; Carneiro, A.B²; Silva–Neto, M.A.C²., Silva, J.L².; Fialho, E.¹........................... 35 23) RESUMO DEBORAH BIASOLI ......................... 36 4 ANÁLISE do papel DA PROTEÍNA rb na viabilidade de células de glioblastoma. .........36 Biasoli D, Soletti RC, Fonseca AC , Furtado M, Moura‐Neto V, Borges HL................................ 36 24) RESUMO 1: RACHEL SIQUEIRA DE QUEIROZ SIMÕES MARINS ........................................................ 38 ANÁLISE COMPARATIVA DOS AMPLICONS DETECTADOS EM NOVOS TIPOS DE HPV E ENTRE DIVERSOS HOSPEDEIROS UTILIZANDO OLIGONUCLEOTÍDEOS DEGENERADOS. ..................................................................................................................................................................38 Rachel Siqueira de Queiroz Simões Marins1 ......................................................................................... 38 25) RESUMO 2: RACHEL SIQUEIRA DE QUEIROZ SIMÕES MARINS ........................................................ 40 CARACTERIZAÇÃO DO GENOMA COMPLETO DE NOVOS SUPOSTOS TIPOS DE PAPILOMAVÍRUS DETECTADOS: PERSPECTIVAS ....................................................................40 Rachel Siqueira de Queiroz Simões Marins1 ......................................................................................... 40 26) RESUMO VICTOR FREITAS DE MELO .......... 42 PERFIL DE EXPRESSÃO DE PROTEÍNAS RELACIONADAS À RESISTENCIA À APOPTOSE DE UMA LINHAGEM DE LINFOMA DIFUSO DE GRANDES CELULAS B ................................42 Melo, V.F.1,2 , Faccion, R.S.2,3, Vasconcelos, F.C.2,4 e Maia, R.C.2....................................................... 42 27) RESUMO MARINA DAS NEVES GOMES........ 43 CORRENTE ELÉTRICA CONTÍNUA DE BAIXA INTENSIDADE E SEU POTENCIAL MUTAGÊNICO E GENOTÓXICO........................................................................................................43 Marina das Neves Gomes1*, Janine Simas Cardoso2, Venício Feo da Veiga3, Alvaro Augusto da Costa Leitão2 & Carla Holandino Quaresma1.................................................................................. 43 28) RESUMO RAFAELA MUNIZ DE QUEIROZ.... 45 ESTUDO DA INFLUÊNCIA DO FATOR INDUZIDO POR HIPÓXIA, HIF1α, E DO ESTRESSE OXIDATIVO NA MODULAÇÃO DA GLICOPROTEÍNAP EM CÉLULAS DE LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA...........................................................................................................................45 Rafaela Muniz de Queiroz , Giselle Pinto de Faria, Flavia C. Vasconcelos, Raquel C. Maia, Jolie K. Kwee. ...................................................................................................................................................... 45 29) RESUMO NATHALIA DA G. AMADO ............. 47 O flavonóide isoquercitrina inibe a proliferação de Glioblastoma através da via de Wnt..........................................................................................................................................................47 Nathália da G. Amado; Débora M. Cerqueira; Bárbara Fonseca; Joaquim Silva; Fábio Menezes; Vivaldo Moura‐Neto; José Garcia Abreu. ........................................................................... 47 30) RESUMO RENATA ZARDO............................... 48 NOVOS DERIVADOS DA ISATINA APRESENTAM AÇÃO ANTITUMORAL CONTRA TUMOR ASCÍTICO DE EHRLICH......................................................................................................48 5 ZARDO, RS1; SILVA, BV2; ANDRADE, SYR1; GARDEN, SJ2; VIOLANTE, FA2; PINTO, AC2; FERNANDES, PD1.............................................................................................................................................. 48 31) RESUMO Roris, S.M.,......................................... 50 IMPLANTAÇÃO ESTEREOTÁXICA DE UMA LINHAGEM DE GLIOBLASTOMA HUMANO EM CÉREBROS DE CAMUNDONGOS IMUNOCOMPETENTES: UM MODELO PERTINENTE PARA O ESTUDO IN VIVO DO CRESCIMENTO TUMORAL .......................................................50 Roris, S.M., König, S., Programa de Oncobiologia‐UFRJ/ ICB......................................................... 50 32) RESUMO ROBERTO IRINEU DA SILVA ........ 52 Characterization of impact of polymorphisms in XPA, XPD, XRCC1, XRCC3 and RAD51 DNA repair genes in both, risk for susceptibility and early response to chemotherapy in Childhood patients with Acute lymphoblastic Leukemia................................................52 33) RESUMO RODRIGO SILVA DE SANT’ANNA 54 Análise do secretoma da saliva de indivíduos com leucoplasia.........................................54 SANTANA, R.S. (IC)1; CAMISASCA, D.R.1,3; GONÇALVES, L.R.4; DIAS, F.5; CHAVES, S.Q.L.2; BROWN, G.A.1; PEREIRA, D.A.1 .................................................................................................................... 54 34) RESUMO MARCIA GRACINDO DA SILVA .... 56 ANÁLISE FUNCIONAL DE MODELO DE CARDIOPATIA DILATADA INDUZIDA POR DOXORRUBICINA. ................................................................................................56 35) RESUMO CLARISSA RODRIGUES NASCIMENTO ............................................................. 58 PRODUTOS TUMORAIS MODULAM A PRODUÇÃO DE CITOCINAS DURANTE A DIFERENCIAÇÃO DE CÉLULAS DENDRÍTICAS HUMANAS ......................................................58 Nascimento, C.R., Motta, J.M.G., Rumjanek, V.M................................................................................... 58 36) RESUMO CARLOS GARCIA .............................. 59 Differential Proteome Analyses of Serum from Patients with Hodgkin's Lymphoma According to Epstein-Bar Virus Status..........................................................................................59 Musacchio, J.G.1, Fischer, J.S.G.2, Garcia, C.H.S.2, Carvalho, P.C.3, Scheliga A.4, Vieira, F.M.A.C.1, Morais, J.C.O.5, Domont, G.B.2, Spector, N.1, Carvalho, M.G.C.6 ................................... 59 37) RESUMO DANIELLY CRISTINY FERRAZ DA COSTA........................................................................... 60 Cellular and Structural Modulation of p53 Tumor Suppressor Protein by Resveratrol ..................................................................................................................................................................60 Costa, D. C. F.1, Casanova, F.1, Fialho, E. 2, Silva, J. L.1.......................................................................... 60 38) RESUMO PALOMA S. SOUZA .......................... 61 6 Vincristina induz apoptose em linhagem de leucemia mielóide crônica através da modulação de xiap e abcb1.............................................................................................................61 Souza, P.S.1,2, Vasconcelos, F.C.1,2; Nestal de Moraes, G.1,2; Reis, F.R.S.1,2; Silva, K.L.1,2; Maia, R.C.1......................................................................................................................................................................... 61 39) RESUMO MARCELO SOARES DA MOTA E SILVA ............................................................................ 62 Estudo do polimorfismo dos genes GSTM1 e GSTT1 em DNA circulante de pacientes portadores de Glioblastoma multiforme ...................................................................................62 Marcelo Soares da Mota e Silva (mestrando) e Dra. Maria da Glória da Costa Carvalho .. 62 40) RESUMO MONICA FARAH PEREIRA ............ 64 Pterodon pubescens Induces Cell Cycle Arrest By Reducing NFkB Activation............64 Pereira, M.F.(1); Martins, T.M.(1); Silva, M.C.C.(1); Dalmau S.R.(1); Barja‐Fidalgo, C.(2); Albano, R.M.(1) ; Coelho, G.P.C.(1) and Sabino, K.C.C.(1) ........................................................................................ 64 41) RESUMO MARIANA CHANTRE JUSTINO..... 65 GENES DE REPARO DE DNA HUMANO DIFERENCIALMENTE EXPRESSOS E A SUA CORRELAÇÃO COM O GRAU DE MALIGNIDADE DOS TUMORES DE BEXIGA....................65 Mariana Chantre Justino1,2, Claudia de Alencar Santos Lage2, Constança Britto3, Angélica Cardoso3, Raul Quirino 4, Antônio Augusto Ornellas4, Alvaro Leitão2, Gilda Alves1. ........... 65 42) RESUMO DAVY RAPOZO ................................. 67 EFEITO DA LESÃO TÉRMICA NA GÊNESE DO CARCINOMA EPIDERMÓIDE DE ESÔFAGO ..................................................................................................................................................................67 Luis Felipe Ribeiro Pinto* 1,5, Rapozo DCM1, Blanco T1, Gonzaga IM1, Benjamin C2, Canetti C3, Barja‐Fidalgo TC4 ....................................................................................................................................... 67 7 1) RESUMO THIAGO DE SÁ Indução de apoptose em células de leucemia humana pela LQB 118, um novo composto com estrutura pterocarpanoquinona Bacelar, T.S1, Netto C.D.2, Costa, P.R.R.2, da Silva A.J.M.2, Rumjanek V.M.1 1 Instituto de Bioquímica Médica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil. 2 Núcleo de Pesquisas de Produtos Naturais, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil. As leucemias são caracterizadas pelo acúmulo de células anormais na medula óssea. O tratamento dessa doença consiste principalmente de ciclos de quimioterapia, os quais podem causar a seleção e expansão de células resistentes. O fenômeno de resistência a múltiplas drogas (MDR) é a principal causa de falhas no tratamento do cancer. Ele compreende fatores como superexpressão de proteínas anti-apoptóticas, mutações em P53, extrusão de quimioterápicos pelos transportadores ABC, entre outros. Novos compostos estão sendo sintetizados a fim de superar o fenótipo MDR e o objetivo desse trabalho foi analisar o efeito desse composto em linhagens de leucemia, além de entender seu mecanismo morte. As células de linhagens foram crescidas em meio RPMI com 10% de soro. Células Mononucleares de sangue periférico (PBMC) foram obtidas de doadores saudáveis, separadas por gradiente de ficoll e ativadas com adição de fitohemaglutinina (PHA). Para o ensaio de viabilidade as células foram incubadas em diferentes concentrações do composto e mensuradas pelo método de MTT em 72h. Para os ensaios de apoptose, de mudança no potencial de membrana mitocondrial (MMP) e de ativação de caspase-12 as células foram incubadas com o composto e depois marcadas com anexina-V/Pi (para apoptose) ou Dioc6 (para MMP) e um inibidor de caspase-12 marcado. As células também foram incubadas com anti-ABCB1 para detecção dessa proteína MDR. O composto testado mostrou valores de Ce50 em torno de 3.5mM contra leucemias, provocando apoptose, alterações no MMP e ativação de caspase-12, além de inibir a expressão de ABCB1 em 72h. De acordo com os dados, esse novo composto mostrou efeito citotóxico em linhagens de leucemia humana, causando apoptose nessas células. O composto também apresentou baixa toxicidade contra PBMC ativados, podendo ser um bom candidato para o tratamento de leucemias. 8 2) RESUMO BRENDA BUCCO Análise imunohistoquímica da expressão da proteína p16 em pacientes com lesões intra‐epiteliais escamosas de alto grau de colo de útero e infecção pelo Papillomavirus Humano Brenda Maiolino, Fernanda Lattario, Yara Furtado, Nathalie Canedo, Gutemberg Almeida, Roberto José Lima e Maria da Glória da Costa Carvalho. Introdução: O câncer do colo do útero é a segunda causa de mortalidade dentre os cânceres em mulheres de 20-39 anos e envolve vários estágios de desenvolvimento que progridem de lesões escamosas de alto grau até carcinoma. Há evidências moleculares crescentes que vinculam o Papillomavirus Humano (HPV) como o agente etiológico do câncer cervical, sendo esse vírus encontrado em aproximadamente 95-100% dos cânceres cervicais. Dados experimentais mostram que o produto do oncogene E7 do HPV pode interromper o ciclo celular ao se ligar à proteína retinoblastoma, que é degradada, levando ao aumento da proteína supressora de tumor p16, provavelmente uma resposta compensatória aos distúrbios celulares provocados pelos oncogenes virais. Entre os mecanismos envolvidos na inativação do gene p16 e com provável ação oncogênica tem-se a metilação, quem vem sendo estudada nessas lesões embora os resultados ainda sejam controversos. Objetivo: Investigar a metilação do gene p16 e a expressão da sua proteína em pacientes com lesão intra-epitelial escamosa de alto grau do colo uterino e sua relação com a presença de infecção pelo HPV. Materiais e Métodos: Foram analisadas 17 amostras de pacientes com lesão de alto grau do colo uterino. A avaliação da presença de infecção pelo HPV foi feita por reação da polimerase em cadeia (PCR) e o produto foi analisado por eletroforese em gel de poliacrilamida corado pelo nitrato de prata. Para o estudo da metilação do gene supressor de tumor p16, foi utilizado o DNA extraído das mesmas amostras e tratado pelo método do bissulfito (PCR metilação-específica). A expressão de p16 foi avaliada por imunohistoquímica com utilização de anticorpo monoclonal anti-p16 e sistema de detecção de imunoperoxidase em polímero. Resultados: Foi observada a presença de infecção pelo HPV em 100% das amostras avaliadas. A expressão da proteína p16 foi positiva em 94,11% dos casos (16/17) e foi encontrada metilação no gene p16 em 58,82% dos casos (10/17). Conclusão: A infecção pelo HPV se mostrou um fator etiológico importante nas lesões cervicais, estando intimamente relacionada à expressão compensatória da proteína p16 nessas alterações. O fato da metilação do gene ter sido encontrada em casos que apresentavam expressão da proteína pode ser explicado pela possibilidade de apenas 1 alelo estar metilado mas o outro estar funcionante, resultando em proteína expressa. Outra explicação seria a existência de heterogeidade populacional dentro das neoplasias malignas, resultando de subclones portadores de diferentes alterações genéticas e metabólicas em diferentes áreas do tumor. Esse resultado sugere que a metilação da região promotora do gene p16, associada a inativação do gene, pode estar associada a um pior prognóstico. Além disso, a imunohistoquímica para p16 pode ser sugerida como marcador para screening de displasia e câncer cervical. 9 Agradecimentos:CNPq e Fundação do Câncer /programa oncobiologia. 10 3) RESUMO ANDREIA OLIVEIRA ATIVIDADE ANTITUMORAL DO IXOLARIS, UM INIBITOR DO FATOR TECIDUAL, NO MODELO DE MELANOMA MURINO. Oliveira, A.S.1; Lima, L.G.1, Francischetti, I.M.B.2, Monteiro, R.Q.1 1 Instituto de Bioquímica Médica, UFRJ-RJ; 2 National Institutes of Health, MD-USA Objetivo: Melanoma é um tipo de câncer altamente metastático e existe uma forte evidência que seu comportamento procoagulante contribua para esse padrão agressivo. Neste contexto, é hipotetizado que anticoagulantes possam atenuar a progressão tumoral. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da proteína anticoagulante exógena, Ixolaris, no modelo de melanoma murino, utilizando as células B16F10. Métodos: A expressão de Fator Tecidual (FT) nas células B16F10 foi mostrada por citometria de fluxo. Ativação do Fator X (FX) pelo Fator VIIa (FVIIa) foi visualizada através de ensaio enzimático. O efeito antitumoral do Ixolaris no melanoma foi avaliado por injeção subcutânea das células B16F10 em camundongos C57/BL6 e os pesos tumorais foram determinados após 18 dias. Análises estatísticas (ANOVA) foram utilizadas para estabelecer diferenças entre os grupos (controle e tratados com Ixolaris). Resultados: Análises de citometria de fluxo mostraram que as células B16F10 expressam constitutivamente a proteína iniciadora da cascata de coagulação, FT. Como observado em ensaio funcional (ativação de FX pelo FVIIa na presença de células tumorais), Ixolaris bloqueia atividade de FT, tanto humano quanto murino. Nos ensaios in vivo, o tratamento foi iniciado no 3º dia após inoculação subcutânea, sendo os animais tratados diariamente com Ixolaris (50 ou 250 µg/kg, i.p.), Os tumores foram mensurados depois de 15 dias. Uma significante diminuição no tamanho do tumor foi observada para ambas doses de Ixolaris (58% e 28%, respectivamente), quando comparados com controle. Conclusão: Em conjunto, nossos dados indicam que Ixolaris é um potente agente antitumoral in vivo, atuando nas propriedades procoagulantes de B16F10, resultando dessa forma na redução do crescimento tumoral. Suporte: CNPq, FAPERJ, FUJB. 11 4) RESUMO GLEICE GRAÇA ROCHA Estudo da atividade anti‐MRP1 de triterpenos pentacíclicos isolados da Cecropia lyratoloba (Embaúba) Autores: G. G. Rocha, M. Simões, R. R. Oliveira, M. C. Kaplan, C. R. Gattass; UFRJ, Rio de janeiro, Brasil A expressão do fenótipo de resistência a múltiplas drogas (MDR) continua sendo um dos maiores obstáculos ao sucesso do tratamento do câncer. Um tumor MDR apresenta resistência cruzada a um amplo espectro de quimioterápicos funcionalmente e estruturalmente diferentes. O aumento da expressão de proteínas da família ABC é um dos mecanismos mais observados em neoplasias MDR. Essas proteínas, entre elas, a Pgp/ABCB1 e a MRP1/ABCC1, funcionam como bombas que retiram o quimioterápico de dentro das células tumorais, impedindo, assim, que atinjam a concentração intracelular eficaz. Evidencias mostram que o aumento da expressão de proteínas MRP no tumor é um marcador de prognóstico negativo para os pacientes. A inibição farmacológica da atividade destas proteínas continua sendo uma estratégia possível para a reversão desta resistência. No entanto, são muito poucos os inibidores específicos e efetivos disponíveis para a modulação desta família de proteínas. Neste trabalho foi estudado o efeito inibidor de diversos triterpenos (AE, AT, 2AT, 3AT, AP, ISO) isolados da C. lyratiloba sobre a atividade das proteínas MDR, Pgp/ABCB1 e MRP1/ABCC1. Para isso, células de uma linhagem expressando a proteína Pgp/ABCB1 (Lucena-1) e de uma linhagem expressando a proteína MRP1(B16/F10) foram incubadas com substratos fluorescentes específicos na presença ou ausência de inibidores especificos (verapamil para Pgp e MK571 para MRP1) ou de um dos compostos em estudo. Após 30 minutos de incubação, a intensidade de fluorescência foi analisada por citometria de fluxo. Os resultados mostram que, em comparação com o verapamil, o tratamento de células que expressam Pgp/ABCC1 com os triterpenos causou apenas um pequeno efeito no acúmulo do substrato. No entanto, todos os triterpenos levaram a uma inibição relevante da atividade da MRP1/ABCC1. Além disso, o efeito dos triterpenos acetilados (2AT e 3AT) foi superior ao do MK571, indicando que a adição do grupamento acetila aumenta o potencial inibitório dos triterpenos. Tendo em vista o efeito inibitório do 3AT sobre a MRP1 avaliou-se sua capacidade em sensibilizar um tumor que expressa essa proteína a um quimioterápico. Para isso a linhagem B16F10 foi co-tratada com 3AT e o quimioterápico doxorubicina e o efeito desse tratamento foi avaliado por citometria de fluxo. Os resultados mostraram um efeito citostático, com parada do ciclo celular em G2/M, indicando que o 3AT é capaz de sensibilizar uma linhagem resistente a drogas anti-neoplásicas. Tratamento de A549 com 3AT mostrou que enquanto no tratamento com MK571 o aumento no acúmulo do substrato (CF) permaneceu elevado, o tratamento com 3AT induziu apenas um pequeno aumento no acúmulo do substrato. Assim, como a A549 expressa diferentes proteínas da família MRP/ABCC (MRP1-5) esse resultado indica que o 3AT inibe a MRP1, mas não tem efeito sobre as outras MRPs presentes nesta linhagem. Em resumo, os dados apresentados nesse trabalho mostram que os triterpenos da C.lyratiloba são capazes de inibir a MRP1, que a acetilação aumenta essa atividade e que o 3AT é capaz de sensibilizar um tumor que expressa essa proteina. Portanto, além de seu possível uso como adjuvante na terapia de tumores MRP1, o 3AT também poderá ser uma importante ferramenta para o estudo das propriedades desta proteína. Financiamento: CNPq, FAF/Onco, FAPERJ, FINEP (NQTN). 12 5) RESUMO ANNELISE FORTUNA Diferenças Biológicas das Subpopulações Celulares CD24+ e CD44+ da Linhagem de Câncer de Mama Humano T47D. Ana Paula D. N. de Barros#, Anneliese Fortuna#, Araci Rondon, Gabriel A. C. Veranio‐Silva, Tatiana C. Sampaio, Radovan Borojevic, Maria Isabel D. Rossi Programa de Bioengenharia, Instituto de Ciências Biomédicas e Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, UFRJ. # Estes autores contribuíram igualmente para o trabalho. A expressão de CD24, uma proteína glicosilada também denominada HSA (heat stable antigen) que se liga à membrana celular através de GPI (glycosylphosphatidyl inositol), parece distinguir células epiteliais luminais e não luminais e células mioepiteliais em tecido glandular murino. Além disto, sua expressão tem sido associada a um prognóstico menos favorável por sua função em diversos processos, como adesão e metástase. No entanto, células com propriedades de células-tronco tumoral de câncer de mama humano, capazes de originar micrometástases de medula óssea, apresentam fenótipo CD44+CD24Lo/-. A expressão destes marcadores em linhagens celulares derivadas de tumor de mama humano ainda não está bem caracterizada. A expressão de CD24 e CD44 na linhagem de câncer de mama humano T47D foi investigada por citometria de fluxo. Diferenças funcionais de células selecionadas em citômetro de fluxo equipado com cell sorter (MoFlo, Unidade Multiusuário de Citometria de Fluxo, UFRJ) foram avaliadas em culturas tridimensionais em matrigel e com esferóides de fibroblasto de pele e de estroma de medula óssea humanas. Os esferóides constituem um modelo de invasão tumoral in vitro, previamente estabelecido pelo grupo. Verificou-se que as células T47D são heterogêneas quanto à expressão de CD24 e CD44. Além disto, as células CD24+ formaram estruturas semelhantes a ácinos nas culturas com matrigel e as células CD44+ túbulos com inúmeras ramificações. Nas co-culturas com esferóides observou-se um limite nítido entre as células CD24+ e os esferóides de fibroblasto e medula óssea. No entanto, estes limites não foram observados nas co-culturas com células CD44+, sugerindo que estas foram capazes de invadir os esferóides. Estes resultados indicam que as subpopulações CD24+ e CD44+ da linhagem T47D se distinguem também quanto ao comportamento biológico. Estudos in vivo serão realizados para avaliar o potencial tumorigênico das duas subpopulações. 13 6) RESUMO KELLY ARAUJO LÚCIO Efeito do Acido Olenólico no desenvolvimento de metástases pulmonares. Kelly A. Lúcio (PG)1, Gleice G. Rocha (PG)1, Janaina Fernandes (PQ)1, Leonardo Monção (PG)2, Christina M. Takiya (PQ)2 e Cerli R. Gattass (PQ)1. 1 Laboratório de Imunologia Celular, Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, e 2Laboratório de Patologia Celular, Instituto de Ciências Biomédicas, UFRJ, Rio de Janeiro. Metástases são uma das principais causas de mortalidade em câncer. As metástases tumorais são o resultado final de uma série de etapas complexas envolvendo interações tumor‐hospedeiro. Vários estudos indicam que a resistência a múltiplas drogas (MDR), favorece o desenvolvimento de metástases. De fato, a observação de que cerca de 50% dos pacientes com câncer que inicialmente respondem ao tratamento recidivam e morrem por metástases generalizadas, tem sido atribuída ao desenvolvimento do fenótipo de resistência a multiplas drogas (MDR). Embora a MDR possa ser causada por vários fatores, um dos mecanismos de MDR mais bem conhecidos., é a expressão de proteinas da família ABC (Pgp, MRP1, BCRP) que ativamente transportam o quimioterápico para fora da célula, impedindo desse modo, que ele atinja uma concentração letal. Portanto, a identificação de compostos capazes de reverter o fenótipo MDR e de inibir o desenvolvimento de metástases, é de grande interesse clínico. Em etapas anteriores desse trabalho mostramos que o ácido oleanólico (AO), um triterpeno presente numa grande variedade de plantas, é capaz de matar linhagens tumorais que expressam o fenótipo MDR. O objetivo desse trabalho é avaliar a capacidade do AO em inibir o desenvolvimento de metástases induzidas por células MDR. O melanoma murino B16F10 foi a linhagem utilizada no trabalho. A expressão de proteinas MDR pelo melanoma foi investigada por citometria de fluxo em células marcadas com anticorpos específicos para as proteinas. Para indução de metástases, grupos de animais C57Bl6 foram inoculados iv com 106 células do melanoma e 3 dias mais tarde, tratados com veículo ou A0 (5 ou 10 mg kg‐1 dia‐1) por 2 semanas. No 170 dia os animais foram eutanasiados, o número de metástases contado e os pulmões fixados para processamento histológico. Os resultados obtidos mostram que o melanoma B16F10 possue expressão intrínseca de MRP1. Apesar disso, o tratamento com o AO reduz a viabilidade das células do melanoma. Em modelos experimentais o tratamento com AO inibe o desenvolvimento de metástases pulmonares. O processamento histológico do pulmão dos animais mostra que essa inibição está associada à redução do tamanho e número das metástases. Em conjunto, os resultados mostrando que além de citotóxico para linhagens MDR o AO inibe o desenvolvimento de metástases, sugere que a inclusão desse composto nos esquemas de tratamento de tumores MDR possa ajudar a diminuir a incidência de recidiva e talvez prevenir o desenvolvimento de metástases. Apoio: FAPERJ, CAPES, FAF/Onco and FINEP (NQTN). 14 7) RESUMO ANGELICA DUTRA OLIVEIRA HUMAN GLIOBLASTOMA CELL LINES A172 AND U87‐MG EXPRESS FUNCTIONAL PROTEASE‐ACTIVATED RECEPTORS 1 AND 2 (PAR‐1 AND PAR‐ 2). Mariano-Oliveira A1, Oliveira AD1, Bakker‐Abreu I2, Scharfstein J2, Monteiro RQ1, 1Instituto de Bioquímica Médica, & 2Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho; Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. Malignant gliomas are the most common primary brain tumor in adults. These tumors are characterized by rapid cell proliferation and a marked propensity to invade and damage surrounding tissues, and are among the most vascularized tumors. These processes are intimately related to a class of G protein-coupled receptors, named Protease-Activated Receptors (PARs), that function as cell-surface sensors for coagulant proteases like thrombin, factor VIIa, factor Xa, as well as other proteases associated with the tumor microenviroment. PAR activation may elicit several signal transduction pathways including the production of inositol triphosphate and increase in intracellular Ca+2 levels. In this study, we investigated the expression and function of PAR-1 and PAR-2 in the human glioblastoma cell lines, A172 and U87-MG. Flow cytometric and western blotting analysis demonstrated that A172 and U87-MG cells constitutively express both receptors. Assays employing the Ca+2-sensitive fluorescent dye Fura-2/AM, showed that thrombin increase the intracellular Ca+2 levels (peaked with 40 [Ca+2]i AFU to U87-MG and 50 [Ca+2]i AFU to A172). Also, agonist peptide Trap-1, dramatically increase the intracellular Ca+2 levels on both cells lines (peaked with 54 [Ca+2]i AFU to U87-MG and 100 [Ca+2]i AFU to A172). Furthermore, both PAR-1 and PAR-2 agonist peptides induce an enhanced on Erk-2 phospholarylation in U87-MG and in A172 cells lines. All experiments were carried in triplicate. We conclude that glioblastoma cell lines express functional PAR-1 and PAR-2 receptors. These receptors might be involved in glioblastoma biology. Supported by: CNPq, CAPES, FAPERJ, FAF-Onco. 15 8) RESUMO EDUARDO SALUSTIANO JESUS DOS SANTOS A Pterocarpanoquinona LQB 118: das Plantas a Patente Salustiano, E.J.1, Netto, C.D.2, Dumas, M.L.1; Bacelar, T.S.1; da Silva, A.J.M.3; Costa, P.R.R.3; Rumjanek, V.M.1 Laboratório de Imunologia Tumoral, IBqM, UFRJ1; Instituto de Química, Departamento de Química Orgânica, UFRJ ‐ Macaé2; Laboratório de Química Bioorgânica, NPPN, UFRJ3. Pterocarpanos são substâncias naturais pertencentes ao grupo dos flavonóides, de reconhecida importância devido às suas atividades farmacológicas, como ação anti‐ofídica, anti‐HIV e antitumoral. Quinonas, encontradas em diversos organismos na natureza, possuem função fisiológica atuando na cadeia respiratória ou na fotossíntese como carreadores de elétrons ou como cofatores na coagulação sanguínea. Muitas quinonas apresentam ainda atividade antiproliferativa. Com base nessas substâncias, uma nova classe de moléculas sintéticas, híbridas entre pterocarpanos e quinonas, foi proposta pelo nosso grupo, dando origem a pterocarpanoquinona de código LQB 118. Buscando compreender o mecanismo de ação desse novo composto, uma série de experimentos foi realizada. Para tal, foram utilizadas diferentes linhagens tumorais: leucemias mielóides (K562, Lucena‐1 e FEPS), linfóides (Daudi, Raji e Jurkat) e promielocítica (HL60), além de adenocarcinomas de pulmão não‐ pequenas células (A549 e H460), carcinoma de pequenas células (GLC‐4) e melanoma (B16‐F10). A viabilidade celular foi analisada, e a substância LQB 118 mostrou se mostrou eficaz contra diferentes linhagens tumorais, superando alguns dos mecanismos mais comuns associados ao fenótipo de multirresistência (MDR). As substâncias pareceram ainda levar as células à morte celular apoptótica, com fragmentação de DNA. Não foi observado efeito tóxico em linfócitos ativados com o mitógeno fitohemaglutinina, além de ensaios in vivo não terem mostrado toxicidade contra os principais órgãos linfóides de camundongos, sugerindo menos efeitos colaterais. De acordo com os dados obtidos supôs‐se que os compostos testados apresentem potencial uso clínico, uma vez que a substância LQB 118 se apresentou eficaz e pouco agressiva contra células sadias. Além disso, outros efeitos farmacológicos vêm sendo descritos por outros grupos de pesquisa associados ao Programa de Oncobiologia. Em destaque, um possível efeito antiinflamatório, que poderia ser somatório no tratamento do câncer, e um efeito leishmanicida, expandindo o espectro de ação desse composto. Um total de cinco artigos científicos relacionados com os novos compostos foram publicados, e outros três se encontram em fase final de preparação. Esses resultados deram origem a uma patente, intitulada “Novos Compostos da Família das Pterocarpaquinonas, Processo de Produção, Composição Farmacêutica Contendo os Novos Compostos da família das Pterocarpaquinonas, Usos e Método Terapêutico”, sob o registro INPI 020080139198. Apoio Financeiro: CNPq, FINEP, FAPERJ. 16 9) RESUMO GRAÇA BARUQUE A subpopulação de células CD56dim está diminuída no sangue periférico de pacientes com Anemia de Fanconi G.A. Baruque1; M.A. Bitencourt2; R. Pasquini2; M.T.L. Castelo‐Branco3; Franklin Rumjanek1 & V.M. Rumjanek1 1 Instituto de Bioquímica Médica/ CCS – UFRJ; 2Serviço de Transplante de Medula Óssea / Hospital de Clínicas – UFPR; 3Departamento de Histologia e Embriologia/ICBCCS/UFRJ, Brazil Anemia de Fanconi (AF) é uma doença rara de instabilidade genômica, com alta predisposição ao desenvolvimento de câncer. Muito pouco foi explorado até o momento sobre o comprometimento do sistema imunológico desta doença. Os poucos resultados envolvendo estudos de caso e familiares apontam para alterações do sistema imune, sendo que algumas irregularidades parecem incluir a atividade reduzida das células natural killer (NK). As células NK têm função importante na defesa do organismo contra o aparecimento de células malignas. No sangue periférico, estas células compõem por volta de 15% dos linfócitos, correspondendo à presença de duas subpopulações, caracterizadas pela presença da expressão de CD56 na superfície: CD56dim (~90%) e CD56bright (~10%). As células CD56dim são naturalmente mais citotóxicas, e expressam maiores níveis de receptores Ig-like e do receptor CD16 (FCγ III) do que as células CD56bright. Em contrapartida, as células CD56bright são responsáveis pela produção de citocinas após ativação de monócitos e estão presentes predominantemente nos tecidos e linfonodos. Nosso estudo envolveu a análise destas subpopulações de NK, além das populações de células CD4+ e CD8+, por técnica de citometria de fluxo com marcação de superfície com anticorpos específicos, no sangue periférico de 48 pacientes com anemia de Fanconi e 13 controles sadios. Os resultados mostraram que estes pacientes possuem níveis diminuídos de células NK, especificamente da subpopulação CD56dim (p<0,019). Embora não estatístico, observamos uma média inferior nos casos clínicos onde havia comprometimento na medula óssea (pancitopenia e aplasia), com relação aos casos em que a medula ainda estava sadia. A razão de células CD4+/CD8+ não foi diferente entre o grupo 17 de pacientes com FA analisados e os controles. Como a literatura em FA sugere que as citocinas pró-inflamatórias TNF-α e INF-γ estão aumentadas no plasma/soro de pacientes com FA, investigamos a subpopulação de células Th2 através da análise de TGF-β e IL-10 no plasma destes pacientes. Não observamos alteração dos níveis de TGF-β, mas 25% dos pacientes apresentaram aumento na expressão de IL-10. Nossos resultados sugerem que o sistema imune destes pacientes é disfuncional, e que os níveis diminuídos de células CD56dim podem representar mais um fator de risco para o desenvolvimento de câncer em FA. Acreditamos que o entendimento dos mecanismos e fatores que governam o desenvolvimento das subpopulações de células NK será importante para o entendimento das suas funções in vivo, especialmente no desenvolvimento das neoplasias. Apoio: FAPERJ, CNPq e FINEP 18 10) RESUMO LÍVIA GUIMARÃES AVALIAÇÃO DO PERFIL DE RESISTÊNCIA E DA RESPOSTA AO ÁCIDO POMÓLICO EM UMA NOVA LINHAGEM DE GLIOBLASTOMA MULTIFORME Lívia Paes T. P. Guimarães (G), Janaina Fernandes (PQ), Cerli Rocha Gattass (PQ). Laboratório de Imunologia Celular, IBCCF, UFRJ Gliomas são tumores do Sistema Nervoso Central (SNC) que se originam de astrócitos, oligodendrócitos ou de seus precursores. Os astrocitomas são classificados em quatro graus clínicos, sendo o grau IV ou Glioblastoma Multiforme (GBM) o mais comum e agressivo desses tumores. A pouca eficiência da quimioterapia no tratamento dos tumores do SNC deve‐se em grande parte à baixa penetração dos fármacos no tecido cerebral e à resistência a múltiplas drogas, fenótipo mediado também pelas proteínas da superfamília ABC, como a glicoproteína P (Pgp/ABCB1), a proteína associada à multirresistência (MRP1/ABCC1) e a proteína de resistência em câncer de mama (BCRP/ABCG2). Estas proteínas são capazes de remover ativamente quantidades significativas de uma variedade de drogas das células, impedindo que o fármaco atinja sua concentração letal e, desse modo, prevenindo a morte celular. O ácido pomólico (AP) é um triterpeno obtido a partir de folhas de abajerú (Chrysobalanus icaco) que apresentou atividade tumoricida contra linhagens sensíveis e resistentes a múltiplas drogas (com superexpressão de Pgp, MRP1 e das proteínas antiapoptóticas Bcl‐2 e Bcl‐xL e Survivina), num processo mediado pela via mitocondrial e dependente de caspases. Esse conjunto de dados evidenciou o potencial desse composto para o tratamento de tumores que expressam o fenótipo MDR, como o GBM. Este trabalho visa caracterizar o perfil de resistência de uma linhagem de glioblastoma multiforme (BGV) obtida através de biópsia de paciente e investigar a atividade antitumoral do ácido pomólico (AP) sobre essa linhagem. Para atingir estes objetivos, a expressão e a atividade das proteínas relacionadas ao fenótipo MDR (Pgp, MRP1) foi avaliada por citometria de fluxo usando‐se anticorpos monoclonais específicos e sua atividade foi avaliada medindo‐se o acúmulo dususbstrato específicos na presença ou ausência de inibidores das proteinas. Efeiro do AP na viabilidade celular e indução de apoptose foi medida por MTT e fragmentação de DNA. O resultados já obtidos mostraram que o GBV não expressa Pgp mas expressa MRP1 ativa. O AP é capaz de inibir a viabilidade e induzir apoptose nas células de GBM. Trabalhos em andamento para avaliar a expressão de proteinas anti‐apoptóticas deverão complementar a caracterização do perfil de resistência da linhagem. A resistência a vários quimioterápicos também será avaliada. 19 11) RESUMO JANAÍNA FERNANDES Relationship between topological polar surface area and substrate transport by multidrug resistance associated protein 1 (MRP1/ABCC1) Properties of multidrug resistance associated protein 1 (MRP1/ABCC1) substrates Janaina Fernandes & Cerli Rocha Gattass The multidrug resistance phenomenon (MDR) impairs drug efficiency, leading to chemotherapeutic failure and hence causing a strong impact on disease outcome and patient survival. MDR can be mediated by several mechanisms, including the overexpression of efflux pumps belonging to the superfamily of the ATP‐binding cassette proteins. Multidrug resistance associated protein (MRP1/ABCC1) is one of the transporters thought to be responsible for the resistance of tumor cells to several chemically and functionally unrelated drugs. It has been suggested that MRP1 can transport the drug alone or the drug conjugated to (GSH) or glucuronide or co‐transported with these last two. However, despite all investigations performed to understand MRP1 functionality and specificity, the reason for its substrate promiscuity remains unclear. In an attempt to get some insight into MRP1 transport properties we carried out a careful analysis of the chemical properties of substances reported in the literature as MRP1 substrates. The data obtained support the hypothesis that MRP1 pumps out substrates with high topological polar surface area (TPSA) values, while compounds with low TPSA values are not transported. Furthermore, the data are consistent with the suggestion that the conjugation of antitumor drugs to GSH increases their TPSA values, favoring the transport of the GS conjugates. These observations may have an important impact on drug discovery, especially for the design and selection of anti‐MRP1 compounds, since it will allow the prediction of which compounds have the potential to be transported by MRP1 independently of their biological activity (antibacterial, antiviral, or antitumoral) or chemical class (antracyclines, taxanes, etc). Supported by CNPq/PNPD, FAPERJ, FINEP (NQTN), FAF/Onco. 12) RESUMO CAROLINE ARAUJO RAMOS 20 Resveratrol Alter Viability, Cell Cycle and Phosphorylation Profile of Mammary Cancer Cells Ramos, C.A.1, Casanova, F.2, Costa, D.C.2, Silva‐Neto, M.A.C.2, Silva, J.L.2, Fialho. E.1 1 DNBE, Instituto de Nutrição Josué de Castro,UFRJ; 2 Instituto de Bioquímica Médica, UFRJ. Phosphorylation events in cellular signaling cascades triggered by a variety of cellular stimuli modulate protein function, leading to diverse cellular outcomes including cell division, growth, death, and differentiation. Abnormal regulation of protein phosphorylation due to mutation or overexpression of signaling proteins often results in various disease states, like cancer. trans-Resveratrol is a polyphenolic compound that seems to provide a protective effect against several types of cancer. The aim of this work was to investigate the effects of different concentrations of resveratrol on the viability, cell cycle and determine its effects on the phosphorylation profile of MCF-7 cells. LDH (lactate dehydrogenase) release assay showed that resveratrol decreased the cell viability of MCF-7 cells (IC50 = 100-150 µM). Based on flow cytometry analysis, 100 µM of resveratrol arrested cell cycle in the G1-S phase and, probably, it might contribute to decrease cell proliferation. Protein profile by SDS-PAGE was not modified by resveratrol treatment. Although, western blot analysis showed changes in the expression of phosphorylated proteins in tyrosine residues of high molecular mass and decrease the expression of some phosphorylated proteins in serine residues. These data suggest that resveratrol may have beneficial effects if used as a chemopreventive agent for breast cancer. Supported by CAPES and FAPERJ. Keywords: resveratrol, cell cycle, phosphorylation and breast cancer. 21 13) RESUMO VIVIANE DE SOUZA SILVA Explorando Genomas: Estrutura‐Função de Proteínas Humanas Relacionadas ao Câncer. Viviane S. Silva e Marcius S. Almeida Instituto de Bioquímica Médica, Centro Nacional de Ressonância Magnética Nuclear, UFRJ, Rio de Janeiro, Brasil. E‐mail: [email protected] Este projeto representa uma iniciativa no genoma estrutural do câncer em humanos. O objetivo deste trabalho é a caracterização de proteínas relacionadas com o câncer através da determinação da estrutura 3D destas em solução usando Ressonância Magnética Nuclear (RMN). Usando a ferramenta “SAGE anatomical viewer” onde pode ser indicada a abundância de ESTs (“expressed sequence tags”) em diversos tecidos humanos, foram identificados aproximadamente 100 alvos de um total de 729 genes cujos produtos ainda não foram bem caracterizados, porém que apresentam uma alta variação de expressão gênica em tecidos humanos normais em comparação com neoplasias. Deste grupo inicial, foram selecionamos 15 alvos para estudos estruturais por espectroscopia de RMN em solução, uma vez que não apresentaram similaridade de seqüência de aminoácidos significante com alguma proteína cuja estrutura 3D já tenha sido determinada, tinham menos do que 25 kDa e não possuíam segmentos de seqüência de aminoácidos transmembrana. A sub‐clonagem destes alvos foi realizado por PCR (“polymerase chain reaction”) de forma a se permitir a expressão heteróloga em Escherichia coli. Em seguida, os alvos foram avaliados segundo os seguintes critérios experimentais: 1‐ seleção de clones com a seqüência correta; 2‐ condição de expressão heteróloga que levasse à maior produção de proteína recombinante solúvel; 3‐ o perfil cromatográfico em coluna de filtração em gel, que indicasse que a proteína recombinante estivesse preferencialmente em estado monomérico e, 4‐ a construção que apresentasse o melhor enovelamento, quando avaliado por espectros de 1D 1H‐ RMN. Até o momento, baseado nestes critérios experimentais foram identificadas 5 proteínas com um alto nível de expressão solúvel em E. coli. A estrutura 3D de um destes alvos (NM_032324) já foi determinada. E o segundo alvo, (NM_014380) que esta envolvido em apoptose, foi purificado por afinidade ao níquel e por cromatografia de gel filtração. Análise da estrutura 3D por 1D 1H‐NMR e dicroísmo circular revela que esta proteína possui grande conteúdo de regiões desestruturadas além de algumas estruturas em folha beta e alfa hélice. A ligação desta proteína com o receptor (p75‐NTR) pode ser mapeada por RMN, através da perturbação do deslocamento químico do p75 no complexo. Espectros adicionais de RMN estão sendo coletados para a completa caracterização estrutural do complexo formado em solução. 22 14) RESUMO HÉLIO DOS SANTOS DUTRA SUBPOPULAC¸ ˜OES DE LINF´OCITOS CD4 EM PACIENTES COM MIELOMA M´ULTIPLO‐ INFLUˆENCIA DA MANUTENC¸ ˜AO COM TALIDOMIDA E DEXAMETASONA AP´OS TRANSPLANTE DE CTH GAC Verˆanio‐silva1, RJP Magalh˜aes1, I Dines1, MF Melo1, WA Pulcheri1, MID Rossi2, A Maiolino1, R Borojevic2, HS Dutra2 1Hospital Universit´ario Clementino Fraga Filho ‐ UFRJ 2Instituto de Ciˆencias Biom´edicas‐UFRJ INTRODUC¸ ˜AO: A talidomida e a dexametasona s˜ao medicamentos utilizados isoladamente ou em combina¸c˜ao no tratamento de manuten¸c˜ao em pacientes com mieloma m´ultiplo submetidos ao transplante aut´ologo de c´elulastronco hematopo´eticas (TCTH). A a¸c˜ao destes medicamentos sobre o sistema imune pode influenciar no desfecho do tratamento. Os linf´ocitos CD4+ apresentam fun¸c˜oes cr´ıticas para a resposta antitumoral, e podem ser afetados por agentes imunomoduladores. Nosso objetivo foi quantificar as subpopula¸c˜oes de linf´ocitos CD4+ (CD38+, HLA‐DR+ e CD25+) no sangue de pacientes transplantados que estejam nas fases pr´e e p´os‐tratamento de manuten¸c˜ao. MATERIAL E M´ETODOS: Foram inclu´ıdos 14 indiv´ıduos saud´aveis (GS), 13 pacientes no cent´esimo dia ap´os TCTH (grupo pr´e‐manuten¸c˜ao PREM) e 17 no esquema de manuten¸c˜ao com dexametasona (9) ou dexametasona e talidomida (8) (grupo p´os‐manuten¸c˜ao POSMD e POSMDT, respectivamente). A contagem absoluta e relativa dos linf´ocitos foi feita em contador automatizado. As subpopula¸c˜oes de linf´ocitos CD3+/CD4+ foram analisadas por citometria de fluxo quanto a express˜ao de CD25, CD38 e HLA‐DR. RESULTADOS: Encontramos menor quantidade de linf´ocitos CD3/CD4 nos grupos PREM 168 (77 ‐ 307) /mm3, POSMD 253 (37 ‐ 571)/mm3 e POSMDT 209 (116 ‐ 458)/mm3 quando comparamos com indiv ´ıduos saud´aveis 858 (294 ‐ 1392)/mm3). Os valores absolutos de linf´ocitos CD3+/CD4+/CD25+ e CD3+/CD4+/CD38+ foram reduzidos ap´os o TCTH (PREM) e mesmo no tratamento de manuten¸c˜ao (POSMD e POSMDT). A diferen¸ca destes grupos com o GS foi proporcional `a redu¸c˜ao observada na popula¸c˜ao de linf´ocitos CD3+/CD4+. As subpopula¸c˜oes CD3+/CD4+/CD25Hi e CD3+/CD4+/HLA‐DR+ n˜ao apresentaram valores absolutos alterados, ou seja, os valores eram equivalentes ao GS 31 (4,7 ‐ 60)/mm3 e 50 (31 ‐ 136)/mm3, respectivamente. Entretanto, estas duas subpopula¸c˜oes apresentaram valores percentuais, entre as c´elulas CD3+/CD4+, mais elevados no grupo POSMDT 16 (8,2 ‐ 23) %, 48 (42 ‐ 91)% que no grupo POSMD 7,4 (3,3 ‐ 12)%, 30 (16 ‐ 46)%. CONCLUS˜AO: As subpopula¸c˜oes de linf´ocitos CD4+ apresentam um padr˜ao divergente na reconstitui¸c˜ao p´os TCTH. Nos‐ 23 1 sos resultados sugerem que a reconstitui¸c˜ao das subpopula¸c˜oes de linf´ocitos CD3+/CD4+/CD25+ e CD3+/CD4+/CD38+ ´e significativamente afetada ap´os o TCTH e n˜ao sofre influˆencia pelo tratamento com a Dexametasona ou a Talidomida. Entretanto as subpopula¸c˜oes CD3+/CD4+/CD25Hi e CD3+/CD4+/HLADR+ s˜ao rapidamente reconstitu´ıdas p´os TCTH e a expans˜ao destas subpopula ¸c˜oes pode ser influenciada pelo tratamento com a Talidomida. A rela¸c˜ao deste efeito com a resposta ao tratamento deve ser investigada. 2 24 15) RESUMO BRUNA FORTUNATO NOVIS EFEITOS DA MODULAÇÃO DA ATIVIDADE DA PGP NA VIABILIDADE CELULAR, CICLO CELULAR E EXPRESSÃO DA PROTEÍNA. Bruna Fortunato Novis, Nathalia Daflon Yunes, Vivian M. Rumjanek. Laboratório de Imunologia Tumoral, Instituto de Bioquímica Médica, UFRJ. A resistência a múltiplas drogas (MDR) é considerada uma das maiores causas de fracasso da quimioterapia. Algumas células tumorais expressam proteínas transportadoras capazes de extruir diversas drogas, diminuindo dessa forma a concentração intracelular de quimioterápicos resultando no fenótipo MDR. Esses transportadores pertencem a família dos ABC transportadores no qual a glicoproteína-P (Pgp) é a mais estudada. Alguns estudos sugerem que uma diminuição da expressão da Pgp pode está relacionada ao aumento da proliferação celular, assim como o aumento da expressão está relacionado à parada do ciclo celular, porém ainda não está claro, em células tumorais, se alguma fase específica do ciclo está relacionada ao aumento da expressão da Pgp e se a modulação da própria proteína pode afetar a proliferação celular. Portanto o objetivo do nosso trabalho foi avaliar os efeitos da modulação da atividade da Pgp na viabilidade, no ciclo celular e na expressão da própria proteína. Para isso nós mantivemos células da linhagem Lucena, que possui o fenótipo MDR, em cultura na presença de vincristina (quimioterápico substrato da Pgp, pelo qual essa célula foi selecionada e mantida), na presença de verapamil (inibidor da Pgp) ou na ausência de ambos. Utilizamos células mantidas nessas diferentes condições por diferentes períodos de tempo e comparamos a expressão da Pgp através da marcação da proteína com anticorpo fluorescente e avaliamos a proporção de células nas diferentes fases do ciclo celular através da quantificação de DNA nuclear, ambos foram quantificados por citometria de fluxo, posteriormente, analisamos a viabilidade celular por ensaio de MTT. Os experimentos mostraram que as células mantidas sem vincristina ou verapamil apresentam aumento na viabilidade após dez dias de cultura nessa condição, porém não foi visto nenhuma diferença na expressão da proteína ou no perfil do ciclo celular nas diferentes condições. O aumento da viabilidade visto nos experimentos pode ser devido a aumento na proliferação dessas células ou a ausência de morte das células que possivelmente se tornaram sensíveis a vincristina, por isso nosso próximo objetivo será avaliar o perfil de proliferação dessas células e a atividade da Pgp. Suporte Financeiro: CNPq e FAPERJ. 25 16) RESUMO DYANNA GALAXE DE MATOS E NATHASSYA ACCIOLY LINS VIDAL RODRIGUES O Papel do Supressor Tumoral RB em Câncer e Inflamações Crônicas Dyanna Galaxe de Matos*1, Nathassya Accioly Lins Vidal Rodrigues*1, Rossana C. Soletti1, Heitor Siffert Pereira de Souza2, Vivaldo Moura Neto1, Helena L. Borges1 1Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 21940-590 2 Hospital Universitario Clementino Fraga Filho, Rj, Brasil, 2194-1913 * autores contribuíram igualmente para o trabalho Inflamações do sistema digestivo contribuem para o desenvolvimento de câncer. Retocolite ulcerativa inflamatória (RCUI) e Doença de Crohn (CD) são dois tipos comuns de inflamações intestinais crônicas. No esôfago, o refluxo de ácido clorídrico oriundo do estômago pode ocasionar o Esôfago de Barret, no qual após uma esofagite inicial, ocorre uma substituição gradual do epitélio escamoso por um epitélio colunar, semelhante a morfologia do tecido do estômago. Pacientes portadores de RCUI, CD ou Esôfago de Barret apresentam maior propensão ao desenvolvimento de adenocarcinomas. A proteína de retinoblastoma (RB) é importante reguladora do ciclo celular e da morte celular por apoptose. Durante a apoptose, RB é destruída através da clivagem no sítio C-terminal por caspases, e para que a proliferação ocorra, RB é inativado por fosforilação. O camundongo mutante no alelo do gene Rb-1, chamado de Rb-MI, foi construído de modo a conferir `a proteína RB resistência à clivagem por caspases. O epitélio intestinal de animais Rb-MI é resistente à apoptose induzida por TNF-alfa (agente inflamatório). Nós demonstramos que Rb-MI pode funcionar como promotor tumoral, em conjunto com mutação em outros supressores de tumor. Neste trabalho investigamos se RB participaria do processo de indução de tumor frente ao ambiente inflamado no sistema digestório, analisando: i) uma possível correlação entre o grau de inflamação e o aumento da expressão de RB em amostras de biópsias de pacientes portadores de RCUI, DC, esofagite, esôfago de barrett e adenocarcinoma,; ii) a expressão de RB no tecido intestinal de camundongos selvagens e Rb-MI, após um protocolo de indução de tumores intestinais associados à inflamação. Resultados preliminares obtidos através de imunoperoxidase e imunofluorescência em biópsias de esôfago mostraram um aumento gradual da expressão de RB em esofagite e esôfago de Barret, respectivamente, quando comparados ao tecido esofágico normal. Em relação ao intestino, os resultados obtidos a partir de biópsias mostraram que a expressão da proteína RB em tecidos inflamados na DC é 2,5 vezes maior que no tecido normal. Não se observou diferença na expressão de RB em tecidos acometidos por RCUI em relação a tecidos não inflamados. Estes resultados sugerem que a proteína RB possa ser utilizada como marcador para distinguir a inflamação do tipo DC da RCUI, patologias de difícil diagnóstico. Diferentes modelos de indução de câncer por inflamação em animais selvagens e Rb-MI serão realizados com a perspectiva de confirmar os mesmos resultados obtidos com o uso de biópsias, e de analisar o papel de RB no processo cancerígeno induzido por inflamação. 26 17) RESUMO ROSSANA COLLA SOLETTI Translocação de beta‐catenina é regulada por retinoblastoma e confere resistência tumoral frente ao TNF‐alfa. Rossana C. Soletti1, Helena L. Borges1, Vivaldo Moura Neto1, Jean Y. J. Wang2 1 Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 21940‐590 2 Moores Cancer Center, University of California San Diego, La Jolla, CA, 92093 A proteína supressora de tumor retinoblastoma (RB) bloqueia a progressão do ciclo celular e foi recentemente descrita também como inibidora da morte celular por apotose. Durante a progressão do ciclo celular, a proteína RB é inativada por fosforilação, e durante a morte celular, RB é destruída através da clivagem no sítio C‐terminal por caspases. Geramos um camundongo mutante no alelo do gene Rb‐1 no sítio C‐terminal de Rb (Rb‐MI), tornando‐o resistente à clivagem por caspases. Demonstrou‐se que o epitélio do cólon de camundongos Rb‐MI é resistente à morte celular induzida por inflamação sistêmica gerada por injeção de lipopolissacarídeo. Rb‐MI também promove a formação de adenomas no cólon de camundongos nocautes para o supressor de tumor p53. Sabe‐se que a inflamação crônica da mucosa intestinal é um fator que predispõe ao câncer de cólon. Portanto, investigamos o papel de Rb‐MI em um modelo de câncer de cólon associado à inflamação, utilizando azoximetano (AOM), um carcinógeno específico para o cólon, e dextran sulfato de sódio (DSS), um agente que promove irritação na mucosa intestinal. Camundongos Rb+/+, Rb+/MI e RbMI/MI sofreram uma injeção i.p.de AOM, seguida por 7 dias de tratamento com DSS 3% na água de beber. Vinte semanas depois, os camundongos foram sacrificados e os cólons removidos e processados. O protocolo AOM‐DSS induziu adenomas em aproximadamente 80% dos animais, sendo que a mutação Rb‐MI não alterou a incidência e o tamanho dos tumores. Análises imunohistoquímicas e bioquímicas mostraram que adenomas de animais Rb+/+, Rb+/MI e RbMI/MI possuem níveis similares de atividade proliferativa (PCNA, ki67 e ciclina D1). Dado que o desenvolvimento de câncer de cólon é em grande parte regulado por beta‐catenina, analisamos a expressão dessa proteína nos tumores gerados após o protocolo AOM‐DSS. Em relação aos tumores selvagens, os Rb‐MI tiveram uma redução significativa na expressão de beta‐catenina nuclear. Injeções i.p. de TNF‐alfa induziram morte em células normais do epitélio do cólon (visualizada por ensaio de TUNEL), mas não em células tumorais de animais Rb+/+. TNF i.p. não induziu morte celular em tecidos normais ou tumorais do cólon de camundongos. Esses dados sugerem que a clivagem de RB por caspases é necessária para a morte de células epiteliais do cólon induzida por TNF. Ainda, tumores de cólon de animais selvagens desenvolvem resistência à morte celular induzida por TNF, ao acumularem beta‐catenina nuclear. Células da linhagem de câncer de cólon humano HCT‐116 tratadas com um inibidor específico de GSK‐3β (que induz acúmulo de β‐catenina nuclear) tornaram‐se mais resistentes à morte induzida por TNF/CHX. Esses resultados sugerem que o acúmulo de beta‐ catenina nuclear contribui para a resistência das células tumorais do cólon frente ao TNF. 27 18) RESUMO ROBERTA FACCION Lack of prognostic impact of Inhibitor of Apoptosis Protein Survivin in Childhood Medulloblastoma FACCION, RS1,2; FERREIRA, RM3; GRABOIS, MF3; FONSECA, T4,5; OLIVEIRA, JA6; MAIA, RC1. 1‐ Laboratório de Hematologia Celular e Molecular, Hospital do Câncer, HCI, INCA. 2‐ Programa de Pós‐Graduação em Ciências Biológicas ‐ Fisiologia, Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, UFRJ. 3‐ Serviço de Pediatria, Hospital do Câncer I, HCI, INCA. 4‐ Divisão de Anatomia Patológica, INCA. 5‐ Programa de Pós‐Graduação em Patologia, UFF. 6‐ Serviço de Neurocirurgia, Hospital do Câncer I, HCI, INCA. Introduction: Medulloblastoma (MDB) is the most common central nervous system neoplasia in childhood, accounting for about 20% of all intracranial tumors in children. It is a highly aggressive disease and five‐year survival rate is around 60%. Due to the high rate of mortality and treatment‐related morbidity, the identification of clinical and biological factors that can help predict treatment response could lead to a more accurate selection of patients who can benefit from a more aggressive therapy as well as improve risk stratification. Recently, Inhibitor Apoptosis Proteins (IAPs) have emerged as a promising prognostic factor in several tumor types due to its rare expression in differentiated adult tissues. Survivin is an antiapoptotic IAP family member and its subcellular localization appears to contribute to tumor progression where cytoplasmic Survivin has an antiapoptotic effect while nuclear Survivin favors cell proliferation. However, Survivin subcellular localization prognostic value is likely to depend on tumor type biological features. And so, childhood medulloblastoma‐specific Survivin subcellular localization pattern and prognostic value must be elucidated. Objectives: To analyze Survivin expression and subcellular localization in a series of 41 pediatric MDB tumor samples. The whole set of patients received standard treatment. Methods: Immunohistochemical detection of Survivin was performed with an anti‐ Survivin specific primary antibody (Sigma). The detection system used was the labeled straptavidin biotin with a coupled HRP‐peroxidase method (LSAB2 – Dako). Results were visualized and registered in an Eclipse E200 Nikon microscope connected to a digital sight system. Tumor sections were evaluated for both intensity (none to 4+) and percentage of nuclear and/or cytoplasmic staining. Statistical analysis was performed in SPSS software. Results: Clinical data showed our series is representative of the disease. Survivin expression ranged from completely absent to fully present in a notably higher pattern of nuclear localization than cytoplasmic (19/41 28 versus 4/41, respectively). Survivin expression and subcellular localization did not predict ten‐year overall survival, metastasis status at diagnosis or relapse (p>0,05). Conclusions: We observed that Survivin can localize to either the nucleus or the cytoplasm in MDB cells. Moreover, we showed, in a homogeneously treated set of patients, that Survivin may not be used as an overall survival predictor factor for childhood MDB. Therefore, biological prognostic factors for this disease remain to be elucidated. Financial Suport: Programa de Oncobiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. 29 19) RESUMO ANA PAULA DINIZ ANO BOM Tumor Suppressor p53 WT and R248Q Core Domain Aggregation at Low pH Ano Bom, A.P.D.1,2; Sanches, D.1, Braga C.A.1, Gava, L.M.3, Ramos, C.H.I3, Cepeda, A.O.T. 3, Cordeiro, Y.4 & Silva, J.L.1 1 Instituto de Bioquímica Médica, UFRJ, RJ; 2 Instituto de Imunobiológicos, Biomanguinhos, FIOCRUZ, RJ; 3 Instituto de Química, Departamento de Química Orgância, UNICAMP, SP, 4 Departamento de Fármacos, Faculdade de Farmácia, UFRJ, RJ p53 is a nuclear tumor suppressor phosphoprotein. The major role of p53 in normal cells is to induce cell cycle arrest or apoptosis in response to cellular stress. p53 function is lost in over 50% of human cancers evidencing the role of p53 in tumorigenesis. Actually, accumulation of wild type p53 has been described in various cancers. Our group has demonstrated that the core domain of p53 (p53C) can form aggregates after mild perturbation at pH 7.2. Recent studies have also shown that the p53 C‐terminal and N‐terminal domains can undergo amyloid aggregation in vitro. We describe here that fibrillar and less structured aggregates occur after pressure or heat denaturation of wt p53C and mutant R248Q at pH 7.2 or 5.0. We observed that p53C forms thioflavine‐T positive aggregates and we note by circular dichroism an increase of β‐sheet secondary structure. The aggregates were characterized by electron microscopy and presented a characteristic X‐ray diffraction pattern of amyloid fibers. In addition, p53 aggregates at pH 7.2 can interact with oligomer‐specific antibody as shown by dot blot assay. Moreover, we observed that fibrillar and less structured aggregates were toxic to cells by live dead assay. Taken together, our data suggest that cancer may involve the aggregation of the inactive p53 into fibrils. 30 20) RESUMO MATHEUS DUMAS Avaliação da toxicidade da pterocarpanoquinona sintética LQB 118 em camundongos sadios Dumas, M.L.1; Salustiano, E.J.1; Netto, C.D.2; Costa, P.R.R.3; da Silva, A.J.M.3; Rumjanek, V.M.1 1 Laboratório de Imunologia Tumoral, Instituto de Bioquímica Médica, UFRJ; 2Laboratório de Química Orgânica, Instituto de Química, UFRJ; 3 Laboratório de Química Bioorgânica, Núcleo de Pesquisas de Produtos Naturais, UFRJ. O câncer é uma malignidade de difícil tratamento e ainda há uma grande busca por novos candidatos a quimioterápicos. Muitos compostos naturais tem dado origem a quimioterápicos por apresentarem conhecido efeito antitumoral. Dentre estes destacase a família dos pterocarpanos, isoflavonóides com capacidade de provocar cisão na fita de DNA, e das quinonas, conhecida pela capacidade de induzir estresse oxidativo. Baseado nestes compostos foi proposto uma molécula sintética híbrida formada por grupos químicos das duas substâncias, sendo denominada LQB 118. Este composto sintético pertence ao novo grupo das pterocarpanoquinonas e foi selecionado a partir de ensaios in vitro em diferentes linhagens celulares. Baseado na sua estrutura química sugere-se que ele atue por estresse oxidativo e alquilação. Além disso, apresentou baixa toxicidade in vitro contra células sadias, o que possibilita estudá-lo como um possível quimioterápico de uso clínico. Este trabalho visa avaliar a toxicidade do composto LQB 118 in vivo através de injeções intraperitoniais em camundongos suíços. Foram feitas injeções intraperitoniais de duas concentrações da LQB 118 (5 µM e 100 µM) em camundongos suíços adultos de dois meses, e foi acompanhado o ganho de peso e o comportamento destes animais. Em paralelo, outro grupo de animais recebeu uma dose aguda de LQB 118 (100 µM) e a hematopoese e linfopoese desses animais foram avaliadas extraindo-se o timo, baço e medula óssea para contagem de células, com o objetivo de avaliar a toxicidade do composto contra esses órgãos, normalmente afetados por agentes quimioterápicos. De acordo com os resultados obtidos, pode-se observar que a substância LQB 118 não demonstrou uma toxicidade alta para o organismo dos camundongos adultos, visto que a sua administração por via intraperitonial não pareceu alterar o ganho de peso dos animais quando comparados ao grupo controle. Mais experimentos são necessários para comprovar este dado. Ainda neste contexto, observou-se que uma dose aguda de LQB 118 na maior concentração não apresentou toxicidade contra as células dos 31 órgãos dos animais 24 e 72 horas após a injeção. Experimentos no tempo de 14 dias após a injeção foram feitos, porém ainda não foram obtidos resultados conclusivos. Isto sugere que a substância sintética LQB 118 possivelmente não apresenta toxicidade significativa, demonstrando boa perspectiva de uso na clínica. 32 21) RESUMO MORGANA GUIMARÃES SOARES EFEITO DO ANTICOAGULANTE IXOLARIS NO CRESCIMENTO TUMORAL DE GLIOMAS HUMANOS IMPLANTADOS EM ENCÉFALO DE ROEDORES Guimarães-Soares, M 1 . Carneiro‐Lobo, T2, Konig, S3. Monteiro, RQ.1 1 Instituto de Bioquímica Médica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil, 2Instituto de CiênciasBiomédica, Universidade federal do Rio de Janeiro. Diversos estudos sugerem o envolvimento de proteínas da coagulação sanguínea na biologia tumoral. Estes achados têm servido como base para propor a utilização de moléculas anti-hemostáticas, em particular os anticoagulantes, como possíveis agentes terapêuticos para auxiliar o tratamento do câncer. O glioblastoma multiforme (GBM), a forma mais agressiva dos gliomas (OMS grau IV), é comumente associado a estados de hipercoagulação, sugerindo que os mecanismos vaso-oclusivos e pró-trombóticos sejam fortemente relacionados ao seu crescimento acelerado. De fato, os níveis de expressão do Fator Tecidual (TF), proteína responsável por iniciar as reações da coagulação sanguínea, estão fortemente correlacionados com o grau histológico de malignidade dos gliomas, sendo frequente a presença de trombos vaso-oclusivos no GBM. Dados previamente obtidos por nosso grupo mostraram que a linhagem celular de GBM humano U87-MG, que apresenta uma potente atividade pró-coagulante, resulta na formação de tumores quando inoculada subcutaneamente em camundongos nude. O crescimento tumoral in vivo foi inibido em resposta ao tratamento com Ixolaris (250 µg/kg/dia), um potente inibidor exógeno da coagulação sanguínea. Neste contexto, o presente estudo teve como linha principal de investigação avaliar se o efeito do Ixolaris se estenderia ao modelo ortotópico de GBM, isto é, após a implantação intracerebral de células tumorais. Nossos objetivos nesse trabalho foram: 1- Estabelecer um modelo in vivo de implantação estereotáxica de células da linhagem U87-MG no encéfalo de ratos e camundongos que reproduzissem as características histológicas do GBM humano; 2- Avaliar o efeito do Ixolaris na sobrevida desses animais. A implantação de células U87-MG no encéfalo de ratos ou camundongos resultou na formação de tumores com características histopatológicas típicas do GBM, destacando a presença de áreas de necrose e de células com arranjo em pseudopaliçada. Observou-se a evolução fatal de cerca de 60% dos camundongos inoculados com células tumorais, com sobrevida média de 39,5 dias 33 pós-cirurgia. Um aumento relevante da sua sobrevida foi observado em resposta ao tratamento dos animais com Ixolaris na dose de 250 µg/kg/dia, com mais de 88% dos animais vivos até o final do experimento (16/18). Assim concluímos que o Ixolaris pode ser um agente promissor no tratamento do GBM humano. 34 22) RESUMO PAULA SEIXAS COSTA Antitumor Effects of Resveratrol on MCF‐7 Cells occur through Casein Kinase II Activity Inhibition Seixas‐Costa, P¹; Carneiro, A.B²; Silva–Neto, M.A.C²., Silva, J.L².; Fialho, E.¹ ¹ Departamento de Nutrição Básica e Experimental, INJC, UFRJ; ² Instituto de Bioquímica Médica, UFRJ. Resveratrol is a phytoalexin found in grapes and other foods that has been shown to have anticancer and anti-inflammatory effects. Protein kinase II (CKII) is a serine/threonine protein kinase found in all eukaryotes cells that plays a critical role in cell proliferation and oncogenesis In the present study, we investigated that effect of resveratrol, at least in part, may occur through an inhibition on CKII activity on breast cancer MCF-7 cells. The cells were treated with different concentrations of resveratrol (0 – 400 µM) during 24h and 48h of growth. The MCF-7 viability was decreased in a time and dose dependent manner with an IC50 of 238µM and 151 µM for 24 and 48 hours respectively. The toxicity observed with 100µM to 300 µM was partially reverted when the resveratrol was removed to the cell culture. Considering that CKII has emerged as a key protein involved in cell growth and proliferation we examined the effect of resveratrol on the phosphorylation of substrates by endogenous CKII in MCF-7 cell treated with 50 and 200 µM of resveratrol. These results show that concentrations of resveratrol that induce decreased of cellular viability is associated with inhibition of CKII activity. On the other hand, western blotting does not demonstrated the difference on CKII expression in the cells treated with resveratrol. Taken together, these results suggest that resveratrol decrease the breast cancer MCF-7 cellular viability, at least in part, through the inhibition of CKII activity but not your expression. Keywords: MCF-7cells, resveratrol, casein kinase II Supported by FAPERJ, CAPES and CNPq 35 23) RESUMO DEBORAH BIASOLI ANÁLISE do papel DA PROTEÍNA rb na viabilidade de células de glioblastoma. Biasoli D, Soletti RC, Fonseca AC , Furtado M, Moura‐Neto V, Borges HL. Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Cerca de 90% dos glioblastomas apresentam mutações em proteínas da via de sinalização de RB (retinoblastoma), levando à inativação de RB por hiperfosforilação, com o conseqüente aumento na proliferação celular. Além de inibir a progressão do ciclo celular, recentemente foi demonstrado um papel de RB como importante bloqueador da morte celular por apoptose. Perguntamos se este papel de RB anti-apoptótico poderia ocorrer em glioblastomas e se tal função aconteceria com RB mesmo no seu estado hiperfosforilado, supostamente inativado. Esta hipótese, se comprovada, atestaria uma importância de RB no desenvolvimento tumoral de glioblastomas, justificando porque nesses tumores a hiperfosforilação da proteína RB é mais freqüente do que a inativação gênica do gene Rb-1. Para tal, silenciamos a expressão de RB em células de linhagem de glioblastoma que o apresenta hiperfosforilado, e comparamos a resposta em termos de viabilidade entre as células silenciadas e as parietais. Neste contexto, as linhagens de glioma humano U87 (ATCC) e GBM95 e astrócitos corticais de camundongos neonatos foram cultivadas em meio DMEM/F12 com 10% de SFB. Foi feita detecção de RB e RB hiperfosforilado através de western blot (proteína total) ou imunocitoquímica. U87 foi transfectada com siRNA anti-RB usando o reagente RNAiFect (Qiagen) e amostras de proteína foram coletadas 24, 48 e 72 horas após a transfecção. O knock-down de RB foi mais eficiente no tempo de 24 hs (59%). Assim, U87 foi submetida ao mesmo processo, e, 24 horas após a transfecção, foi feito tratamento com 0,1 µM do quimioterápico VP-16 (Etoposídeo). Depois de 24 horas de tratamento, então, procedeu-se a análise da viabilidade pelo método do MTT, comparando as células com RB silenciado e as parietais. As linhagens tumorais testadas apresentaram expressão nuclear e citoplasmática de RB, enquanto os astrócitos mostraram marcação mais nuclear. As médias do percentual de marcação de RB nas linhagens tumorais (82 ± 4%) e em astrócitos (76 ± 3%) foram similares, enquanto o nível de fosforilação de RB foi maior nas linhagens tumorais (72 ± 2%) se comparado com células glias normais (20 ± 3%). Esses resultados foram refletidos no ensaio de western blot, onde observou-se níveis maiores de RB em seu estado hiperfosforilado nas linhagens tumorais (57%), comparado com os astrócitos (40%). Células U87 submetidas ao silenciamento de RB apresentaram menor viabilidade (44,9%) que as parietais (64,1%), quando tratadas com VP-16 (Etoposídeo). Portanto, as linhagens analisadas, tanto a comercial (U87) quanto a produzida no laboratório a partir de tumor brasileiro (GBM95), apresentam o padrão de modificação na via de sinalização de RB característico de glioblastomas, ou seja RB, inativado por hiperfosforilação.Esses dados preliminares indicam que a presença de RB é importante na resistência de glioblastomas a etoposídeo. Pretendemos comprovar este resultado e 36 testar esse papel de RB frente a outros agentes indutores de morte celular usando a mesma metodologia. 37 24) RESUMO 1: RACHEL SIQUEIRA DE QUEIROZ SIMÕES MARINS ANÁLISE COMPARATIVA DOS AMPLICONS DETECTADOS EM NOVOS TIPOS DE HPV E ENTRE DIVERSOS HOSPEDEIROS UTILIZANDO OLIGONUCLEOTÍDEOS DEGENERADOS. Rachel Siqueira de Queiroz Simões Marins1 1 Doutora em Ciência Animal, Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, Campos dos Goytacazes, RJ, Brasil. O papilomavírus (PV) é um vírus oncogênico com genoma DNA de fita dupla que acomete uma vasta gama de hospedeiros. Pela diversidade de espécies estudadas, e pela padronização da técnica para a pesquisa do HPV, tomaram-se como base os parâmetros moleculares do gene L1, por ser a região mais conservada e estável do genoma viral. A pesquisa do PV tem sido, geralmente, realizada a partir da detecção de sequências de DNA viral em amostras de papilomas bovinos [1], isolados de lesões orais de animais silvestres [2], swabs epiteliais íntegros de animais australianos [3] e swabs da mucosa genital de primatas não-humanos [4]. O presente trabalho detectou prováveis novos tipos de PV em isolados de espécies animais da fauna brasileira com e sem manifestação clínica da infecção viral. O produto amplificado, utilizando oligonucleotídeos degenerados revelou fragmentos de diferentes tamanhos nas amostras de sangue de acordo com a espécie investigada. Essas variações também foram encontradas no estudo sueco, ao detectarem 12 novos prováveis tipos de HPVs com variações dos tamanhos de 434, 437, 440 e 446 bp dos amplicons gerados [5]. Os mesmos autores associam o HPV-40 com o fragmento de 740 bp, e o HPV-58 com 264 bp, sendo que a maioria dos HPVs analisados amplifica um fragmento de 478 bp, utilizando o par de iniciadores degenerados FAP59/FAP64. Em recente pesquisa do Ursus maritimus papillomavirus 1 (UmPV-1), foram encontradas múltiplas bandas com tamanhos variáveis de 500, 700, 1.500, 2.300 e 2.600 bp [2]. Outros pesquisadores, também utilizaram o mesmo protocolo de PCR para amplificação do gene L1 e detectaram 11 novos tipos de BPVs, apresentando variação de fragmentos de 405 a 416 bp [1]. Conforme a pesquisa americana, nova infecção pelo PV foi detectada na espécie Trichechus manatus latirostris, amplificando fragmento com 478 bp utilizando o par de oligonucleotídeos MY09/MY11 [6]. Em amostra de Koala, identificada como KoPV, foi detectado banda de 440 bp, utilizando os mesmos oligos utilizados no presente estudo [3]. Nesse contexto, os oligonucleotídeos degenerados FAP59/FAP64, empregados no presente trabalho, desenhados a partir de amostras tumorais humanas, foram extensíveis para a pesquisa em outras espécies, identificando 38 supostos novos tipos de PV, o que reflete na diversidade molecular do vírus em espécies diversas tanto em pesquisas com humanos quanto com animais. Referências [1] OGAWA, T., TOMITA, Y., OKADA, M., et al. Journal of General Virology, 85:21912197, 2004. [2] STEVENS, H., RECTOR, A., BERTELSEN, M.F., et al. Veterinary Microbiology, 129:108-116, 2008. [3] ANTONSSON A., McMILLAN, N.A.J. Journal of General Virology, 87:3195-3200, 2006. [4] MELLO, W. A. Universidade Federal do Pará, Belém, 115p, 2005. [5] FORSLUND, O., ANTONSSON, A., NORDIN, P., et al. Journal of General Virology, 80: 2437-2443, 1999. [6] WOODRUFF, R.A., BONDE, R.K., BONILLA, J.A., et al. Journal of Wildlife Disease, 41:437-441, 2005. 39 25) RESUMO 2: RACHEL SIQUEIRA DE QUEIROZ SIMÕES MARINS CARACTERIZAÇÃO DO GENOMA COMPLETO DE NOVOS SUPOSTOS TIPOS DE PAPILOMAVÍRUS DETECTADOS: PERSPECTIVAS Rachel Siqueira de Queiroz Simões Marins1 1 Doutora em Ciência Animal, Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, Campos dos Goytacazes, RJ. Email: [email protected] Estudos epidemiológicos da biologia do câncer e da virologia molecular demonstram a grande diversidade da família viral nas infecções do papilomavírus humano (Human papillomavirus - HPV) e em novos tipos diagnosticados no campo da Medicina Humana e Veterinária. O vírus do papiloma alcançou grande importância durante as últimas décadas, devido à alta prevalência mundial e ao reconhecimento do HPV na gênese do câncer de colo de útero, como também associado a outros tumores humanos. A presença de diferentes tipos virais carcinogênicos do HPV tem sido detectada em amostras de animais por meio de estratégias moleculares no screening teste em diferentes espécimes biológicos. A proposta deste trabalho baseia-se em estratégia molecular de amplificação do gene L1 empregando múltiplos iniciadores degenerados capazes de identificar não apenas os tipos virais já descritos, como também, detectar novos prováveis tipos virais. Com esta proposta espera-se a caracterização do genoma completo (aproximadamente 8 kbp) de novos tipos de papilomavírus a partir do emprego de enzimas de restrição, clonagem e sequenciamento do DNA viral em isolados de amostras nativas brasileiras. Pelos ramos filogenéticos dos 16 gêneros do PV, pretende-se avaliar uma possível infecção cruzada pela transmissão interespécies e o consequente surgimento de novos tipos virais carcinogênicos. Após a coleta de material e identificação das amostras biológicas de pacientes humanos e mamíferos não-humanos, será realizada a extração de DNA utilizando o QIAamp DNA blood mini kit seguindo protocolo do fabricante. Após a etapa de extração, será realizada a reação de PCR com emprego de múltiplos iniciadores (multiply primed rolling-circle amplification - RCA) utilizando o TempliPhi 100 amplificação kit (Amersham Biosciences), seguindo o protocolo RCA. Em seguida, para investigar a amplificação de DNA de PV, 2µL do produto de RCA será digerida utilizando um painel de enzimas de digestão (10 unidades de BamHI, EcoRI, HindIII, SalI e XbaI). Para confirmar que a banda amplificada é realmente de DNA do PV, será realizada PCR com oligonucleotídeos degenerados específicos: ARE1F2/AR-E1R3 (371bp); AR-L1F1/AR-L1R3 (600bp); AR-L1F1/AR-L1R5 (974bp); FAP59/FAP64 (478bp). Após a amplificação, os fragmentos serão purificados 40 através da extração das bandas específicas de PV usando o QIAquick gel extraction kit (QIAGEN), para serem clonados e posteriormente sequenciados. Seguem-se as etapas de transformação ransformação do DNA e clonagem. Cada fragmento será clonado com 10µL do produto de RCA digerido com as respectivas enzimas e os fragmentos de DNA do PV serão inseridos no vetor plasmidial pUC18. Um clone contendo o fragmento de 8kbp será selecionado para cada genoma do PV de interesse. O novo genoma completo será determinado pelo sequenciamento de cada clone de DNA utilizando os mesmos oligonucleotídeos da reação de PCR. As sequências serão alinhadas com o auxílio das ferramentas de bioinformática e a árvore filogenética construída a partir dos alinhamentos de nucleotídeos usando o método Neigborning-joining que agrupa PVs de diferentes gêneros. 41 26) RESUMO VICTOR FREITAS DE MELO PERFIL DE EXPRESSÃO DE PROTEÍNAS RELACIONADAS À RESISTENCIA À APOPTOSE DE UMA LINHAGEM DE LINFOMA DIFUSO DE GRANDES CELULAS B Melo, V.F.1,2 , Faccion, R.S.2,3, Vasconcelos, F.C.2,4 e Maia, R.C.2 1 Faculdade de Ciências Biológicas – UNIRIO, Rio de Janeiro/RJ. 2Laboratório de Hematologia Celular e Molecular – HCI – INCA, Rio de Janeiro/RJ. 3Programa de PósGraduação em Ciências Biológicas - Fisiologia – IBCCF – UFRJ, Rio de Janeiro/RJ. 4 Programa de Pós-Graduação em Oncologia – INCA, Rio de Janeiro/RJ Introdução: A linhagem celular Toledo é oriunda de um linfoma difuso de grandes células B (LDGCB). Porem, pouco se sabe quanto ao se perfil de expressão de proteínas relacionadas à resistência à apoptose, principal causa da falha do tratamento. Objetivos: Caracterizar a linhagem com relação à expressão e à localização subcelular das proteínas relacionadas à resistência à apoptose c-IAP1, XIAP, survivina, ABCB1, ABCC1, p53 e Bcl-2. Metodologia: A expressão e a localização das IAPs foram visualizadas por imunocitoquímica. A expressão de ABCB1, ABCC1, p53, Bcl-2 e a atividade das ATPases, foram analisadas por citometria de fluxo. A atividade de ABCB1 e ABCC1 foi detectada pelo ensaio de efluxo de Rhodamina-123 (Rho-123) com e sem tratamento com os moduladores Ciclosporina A (CSA) e Verapamil (VRP). Os pontos de corte previamente estabelecidos foram: >1,1 para ABCB1, ABCC1 e Rho-123, >1,5 para p53 (avaliados pela media de intensidade de fluorescência – MIF) e >20% de células positivas para Bcl-2. Resultados: A análise imunocitoquímica revelou expressão de todas as IAPs analisadas na linhagem. Em relação à localização subcelular, apenas c-IAP1 se localizou no núcleo das células tumorais enquanto XIAP e survivina foram detectadas no citoplasma. Pela análise por citometria de fluxo foi detectada a expressão de ABCB1 (MIF=1,71 DP=0,29), ABCC1 (MIF=2,34 DP=0,24), p53 (MIF=1,61 DP=0,15) e Bcl-2 (92,94% DP=4,7%). Além disso, a pré-incubação com ambos os moduladores CSA (MIF=2,52 DP=0,16) e VRP (MIF=2,38 DP=0,06) foi capaz de reter a Rho-123 nas células tumorais, evidenciando a atividade das bombas de efluxo. Conclusão: O conjunto de resultados mostrou que a linhagem celular Toledo é um excelente modelo para o estudo da resistência multifatorial em LDGCB. Apoio Financeiro: FAPERJ, FAPERJ-APQ1, SWISSBRIDGE Foundation, FINEP e CNPq. 42 27) RESUMO MARINA DAS NEVES GOMES CORRENTE ELÉTRICA CONTÍNUA DE BAIXA INTENSIDADE E SEU POTENCIAL MUTAGÊNICO E GENOTÓXICO Marina das Neves Gomes1*, Janine Simas Cardoso2, Venício Feo da Veiga3, Alvaro Augusto da Costa Leitão2 & Carla Holandino Quaresma1 1 Laboratório Multidisciplinar de Ciências Farmacêuticas, Faculdade de Farmácia- Universidade Federal do Rio de Janeiro Av. Professor Rodolfo Rocco , s/n – Centro de Ciências da Saúde - Bloco B, sub-solo, sala 011. Ilha do Fundão CEP: 21941-590 - Rio de Janeiro (RJ) 2 Laboratório de Radiobiologia Molecular do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Av. Carlos Chagas Filho, s/n – Centro de Ciências da Saúde - Bloco G, sub-solo, sala G0031. Ilha do Fundão CEP: 21941-902 - Rio de Janeiro (RJ) [email protected] Palavras chave: eletroterapia, corrente elétrica contínua, mutagenicidade, genotoxidade. Correntes elétricas contínuas de baixa intensidade veem sendo estudadas por seu efeito bactericida, fungicida, antiinflamatório, cicatrizante e antitumoral. O uso de correntes elétricas contínuas de baixa intensidade (CE) para a destruição de tumores constitui a chamada eletroterapia tumoral (ETT). Vários são os mecanismos descritos para a atividade antitumoral de CE, dentre os quais destaca-se: a geração de produtos de eletrólise, com variação do pH; a formação de microtromboses, que inviabiliza a nutrição dos tumores; a ativação do sistema imunológico; a eletroosmose; a apoptose e a necrose celular. A ETT possui muitas vantagens atraentes, como: ausência de efeitos colaterais, baixa ou nenhuma toxidez ao tecido são, baixo custo e alta eficácia contra tumores sólidos, especialmente. Entretanto, não existe, até o presente momento, nenhum estudo que comprove ou descarte o potencial mutagênico e genotóxico desta terapia. No presente trabalho, avaliamos o potencial mutagênico e genotóxico da CE. Os métodos utilizados para verificação do potencial mutagênico realizados até o presente S R momento foram: o ensaio com rifampicina (Rif Rif ) e a comparação de curvas de sobrevivência entre cepas bacterianas selvagens e deficientes em mecanismo de reparo. Para a medida do potencial genotóxico foi realizado o teste de indução lisogênica e a sobrevivência de fagos, com restauração pela célula hospedeira. Em todos os ensaios, as suspensões bacterianas e de bacteriófago foram estimuladas com uma corrente elétrica contínua de 2 mA em tempos de 3, 6 e 9 minutos de estimulação. Os testes foram realizados em um sistema experimental composto de uma placa de 24 poços adaptada com eletrodos de platina dispostos simetricamente, onde os poços foram interligados em série por pontes de papel de filtro, permitindo que a suspensão celular mantenha contato com três situações experimentais distintas: fluxo anódico (FA), fluxo eletro-iônico (FEI) e fluxo catódico (FC). Este sistema foi alimentado com uma fonte de corrente elétrica contínua acoplada a um multímetro. 43 Os resultados deste estudo indicam que a corrente elétrica contínua de baixa intensidade não apresenta efeito genotóxico ou mutagênico nas condições experimentais testadas. Novos experimentos estão sendo realizados para a confirmação destes resultados que fornecerão dados inéditos a compreensão dos mecanismos de ação envolvidos com a eletroestimulação. Apoio Financeiro: Faperj, FUJB, CNPq. 44 28) RESUMO RAFAELA MUNIZ DE QUEIROZ ESTUDO DA INFLUÊNCIA DO FATOR INDUZIDO POR HIPÓXIA, HIF‐1α , E DO ESTRESSE OXIDATIVO NA MODULAÇÃO DA GLICOPROTEÍNA‐P EM CÉLULAS DE LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA. Rafaela Muniz de Queiroz , Giselle Pinto de Faria, Flavia C. Vasconcelos, Raquel C. Maia, Jolie K. Kwee. Introdução: A Leucemia Mielóide Crônica (LMC) é caracterizada pela expansão clonal de células da linhagem granulocítica sem a perda da capacidade de diferenciação. Quando não se é possível , ou aconselhado, o transplante de medula óssea o tratamento é realizado através de quimioterapia, porém no curso do tratamento, muitos pacientes acabam desenvolvendo o fenômeno MDR (Multidrug Resistance) passando a não responder mais ao medicamentos. Dentre os vários fatores envolvidos nessa resistência, estão as proteínas transportadoras de membrana da família ABC tais como glicoproteína P (Pgp). Essas proteínas atuam como bombas de efluxo e extruem o medicamento do ambiente intracelular evitando seu acúmulo e consequentemente seu efeito na célula tumoral. Estresse oxidativo, através das espécies reativas de oxigênio (ROS) e hipóxia, através do fator induzido por hipóxia (HIF-1α), tem sido relatados como fatores de resistência em diversos tumores malignos, mas os estudos se focam principalmente em tumores sólidos. Objetivo: Neste trabalho, estudamos os possíveis mecanismos de modulação da Pgp por hipóxia e estresse oxidativo na LMC. Métodos: Foram utilizadas duas linhagens celulares de LMC, K562 e a sua variante que superexpressa a Pgp, K562Lucena1 (Lucena) sob incubação ou não com inibidores de antioxidantes (butionina sulfoxamina (BSO) e aminotriazol (AT)) ou com o mimetizador de hipóxia, Cloreto de Cobalto, CoCl2. Ensaios de viabilidade celular foram realizados pelo método colorimétrico MTT (570nm). A detecção das proteínas HIF-1α, e Pgp, foi realizada por citometria de fluxo, assim como a funcionalidade da Pgp e a detecção de ROS. Resultados: A expressão da Pgp na Lucena foi seis vezes maior que a encontrada na K562 conferindo uma resistência superior a 70% em até 72 horas de cultivo com a vincristina (quimioterápico 45 substrato da Pgp). O aumento dos níveis intracelulares de ROS por inibição simultânea dos antioxidantes GSH e catalase aumentou a morte celular na Lucena independente da presença da vincristina nas concentrações de 12 – 60 nM.. A expressão do HIF-1α nas células K562-Lucena 1 mostrou-se maior que nas células K562, entretanto, não houve alteração quanto a expressão do HIF-1α na presença de CoCl2 nas duas linhagens. Quando comparada a expressão de HIF-1α nas células K562-Lucena 1 cultivadas com CoCl2 (10 e 100 µM) e com os inibidores dos antioxidantes verificamos que a expressão de HIF-1α aumentou em todas as condições e foi até 150% maior nas células cultivadas com BSO sugerindo não só a participação do ROS mas também da glutationa na modulação da expressão do HIF-1α. Nas mesmas condições foi vista a atividade da Pgp que diminuiu em todos os tratamentos, principalmente quando incubadas com 100 µM de CoCl2 e com AT e BSO onde o efluxo de Rodamina reduziu em 60%. A formação intracelular de ROS nas células K562-Lucena1 foi detectada nas condições de hipóxia e em presença dos inibidores de antioxidantes sendo observado, em todas as condições, aumento de ROS intracelular em mais de 400%. E, os maiores níveis de ROS foram observados nas células cultivadas em 10 µM de CoCl2 e nas duas condições onde a catalase foi inibida (AT e AT+BSO). Conclusão: A partir dos dados obtidos foi visto a presença da proteína HIF-1α independente do ambiente hipóxico, inclusive sendo possível uma participação da glutationa nessa modulação. Além de que a modulação da atividade de Pgp por ROS parece levar à uma diminuição da viabilidade celular. Finalmente, os resultados alcançados com a K562-Lucena1 sugerem uma possível correlação inversa entre estresse oxidativo e condição de hipóxia e a atividade da glicoproteína-P. 46 29) RESUMO NATHALIA DA G. AMADO O flavonóide isoquercitrina inibe a proliferação de Glioblastoma através da via de Wnt. Nathália da G. Amado; Débora M. Cerqueira; Bárbara Fonseca; Joaquim Silva; Fábio Menezes; Vivaldo Moura‐Neto; José Garcia Abreu. Flavonóides são compostos polifenólicos abundantes em frutas e vegetais capazes de influenciar tumorigênese. O Glioblastoma Multiforme Humano (Gbm) é o mais malígno tumor de linhagem astrocitária, sendo bastante agressivo, com alta capacidade proliferativa e invasiva. Embora flavonóides como a quercetina tenham sido apontados como candidatos promissores no tratamento anti-cancer, pouco se sabe sobre os efeitos e mecanismos de ação da isoquercitrina. Este trabalho investigou ação do flavonóide isoquercitrina em células de Glioblastoma Multiforme Humano (Gbm) e seu envolvimento com a via de sinalização Wnt. Para analisar a ação desse flavonóide as células foram tratadas por 24, 48 e 72h nas concentrações de 25, 50 e 100µM com o flavonóide isoquercitrina isolado das partes aéreas de Hyptis fasciculata e com os flavonóides comerciais quercetina, rutina e isoquercitrina. Com o objetivo de analisar os possíveis efeitos nas células de Gbm realizou-se ensaio de proliferação com [3H]-timidina e ensaio de viabilidade celular. Os flavonóides quercetina e rutina somente afetaram a proliferação das células de Gbm após tratamentos superiores a 24h. Entretanto, concentrações crescentes de isoquercitrina isolada em nosso estudo e comercial inibiram 50% da proliferação de células Gbm em 24h e aproximadamente 90% em 72h sem afetar a morfologia e a viabilidade celular. Análise por western blotting de proteínas envolvidas no ciclo celular e apoptose em Gbm tratados com isoquercitrina revelou que os níveis de ciclina D1 diminuíram enquanto os níveis de p27 aumentaram, sugerindo que a ação da isoquercitrina ocorre no ciclo celular. Além disso, o tratamento com a isoquercitrina não foi capaz de induzir a expressão de caspase 3 clivada, indicando que a isoquercitrina não induz a morte celular das células Gbm. Observamos ainda que a distribuição da proteína β-catenina foi modificada do núcleo para o citoplasma após tratamento com isoquercitrina. Além disso, através de western blot foi possível observar que o tratamento reduziu os níveis da proteína βcatenina nuclear sem alterar os níveis totais desta proteína. O tratamento com a isoquercitrina também reduziu os níveis da proteína GSK-3β, sugerindo que a isoquercitrina regula negativamente a via canônica de Wnt. Esses resultados mostram que o flavonóide isoquercitrina é capaz de promover diminuição significativa da proliferação de células de Gbm, sem induzir apoptose e atuando em mecanismos envolvidos diretamente no ciclo celular e possivelmente envolvendo a via Wnt/β-catenina. 47 30) RESUMO RENATA ZARDO NOVOS DERIVADOS DA ISATINA APRESENTAM AÇÃO ANTITUMORAL CONTRA TUMOR ASCÍTICO DE EHRLICH ZARDO, RS1; SILVA, BV2; ANDRADE, SYR1; GARDEN, SJ2; VIOLANTE, FA2; PINTO, AC2; FERNANDES, PD1. 1Laboratório de Farmacologia da Inflamação e do Óxido Nítrico, ICB; 2Instituto de Química. Universidade Federal do Rio de Janeiro. Introdução: A isatina (1H-indol-2,3-diona) é uma molécula versátil que apresenta várias atividades biológicas, incluindo ação anti-proliferativa e pró-apoptótica. Esta flexibilidade sintética permite a síntese de uma grande variedade de derivados. O Tumor ascítico de Ehrlich (TAE) é um tumor derivado de adenocarcinoma murino, de crescimento rápido e agressivo. O objetivo deste trabalho foi avaliar uma possível atividade antitumoral de novos derivados da isatina no modelo de TAE in vivo e in vitro. Métodos: In vitro: Células do TAE foram coletadas a partir de camundongos Swiss (2528g), contadas, plaqueadas na concentração de 106 células/mL em RPMI/ 10% soro fetal bovino e incubadas a 370C/5%CO2. As células foram incubadas com veículo (DMSO/RPMI), derivados da isatina (ISA003, ISA085, ISA147, ISA160 e ISA162), à 10, 30 e 100 µM. Após 6 ou 12 h, as células foram contadas pelo método de exclusão com azul de tripan (n=4, cada um em triplicata). In vivo: 0.5 x 106células de TAE foram injetadas intraperitonealmente em camundongos Swiss (20-25g, n=5-8). Após 24h e durante 9 dias consecutivos, os camundongos receberam tratamento oral do veículo (DMSO/TWEEN80), derivados da isatina (ISA003, ISA085, ISA147, ISA160 e ISA162), à 10, 30 e 100 mg/kg e vincristina (0,5 mg/kg, i.p). No 10°dia os animais foram sacrificados, o líquido ascítico coletado e contado o número total de células do líquido ascítico (LA). O número de total de leucócitos do sangue (S) e do lavado de medula (LM) também foram determinados. Os resultados foram expressos como média±desvio padrão. Análise estatística foi realizada por ANOVA seguida de Bonferroni (*p<0.001). Resultados: Após 6 and 12h as células do TAE cresceram 121% e 93.5% (2.4±0.1x10 6 cel/mL e 1.9±0.05 x106 cel/mL, respectivamente). A Incubação com ISA003 reduziu a proliferação celular em 8.3% (2.2±0.08 x106 cel/mL) e 2.1% (1.83±0.05 x106 cell/mL), para 6 e 12 horas, respectivamente. ISA147 reduziu a proliferação celular em 40.4% (1.43±0.05*x106 cel/mL) e 41.2% (1.1±0.08* x106 cel/mL). ISA160 reduziu a proliferação em 1.2% (2.4±0.16 x106 cel/mL) e 25.1% (1.4±0.08*x106 cel/mL) e a ISA162 reduziu a proliferação em 31.3% (1.67±0.05* x106 cel/mL) e 15.2% (1.47±0.21x106 cel/mL). A administração oral do veículo resultou em 9.5±0.2X107; 5.1±0.24 e 2.3±0.3 cel/mL no LA, S e LM, respectivamente. A Vincristina reduziu a contagem aos valores de: 0.6±0.09*; 48 0.8±0.6*; e 0.6±0.2* cel/mL, respectivamente. ISA003 inibiu o número de células totais no AL em 36.8% (6.8±0.5*x107cel/mL); no S em 44.4% (2.5±0.1*x107cel/mL cell/mL) e no ML em 36.2% (1.3±0.3*x107cel/mL). ISA147 inibiu o número de células totais no AL em 47.8% (5.0±0.2*x107cel/mL); no S em 65.3% (1.6±0.3*x107cel/mL cell/mL) e no LM em 38.1% (1.3±0.3*x107cel/mL). ISA160 inibiu o número de células totais no AL em 43.2% (5.4±0.3*x107cel/mL); no S em 82.2% (0.8±0.1*x107cel/mL) e no LM em 81.9% (0.4±0.01* x107cel/mL). ISA162 inibiu o número de células totais no AL em 40.4% (6.6±0.3*x107cel/mL); no S em 82% (0.76±0.05* x107cell/mL) e no LM em 80.9% (0.4±0.04* cel/mL). Discussão: Os novos derivados da isatina demonstraram capacidade de reduzir a proliferação celular in vitro, exceto a ISA003. In vivo, os derivados da isatina reduziram o crescimento do tumor ascítico de Ehrlich, apresentando uma significativa redução do número de leucócitos totais no sangue e na medula óssea. A ISA147 foi o derivado que apresentou os melhores resultados tanto in vitro como in vivo. Suporte financeiro: CAPES, CNPq e FAPERJ. 49 31) RESUMO Roris, S.M., IMPLANTAÇÃO ESTEREOTÁXICA DE UMA LINHAGEM DE GLIOBLASTOMA HUMANO EM CÉREBROS DE CAMUNDONGOS IMUNOCOMPETENTES: UM MODELO PERTINENTE PARA O ESTUDO IN VIVO DO CRESCIMENTO TUMORAL Roris, S.M., König, S., Programa de Oncobiologia‐UFRJ/ ICB A alta agressividade dos tumores cerebrais primários de origem glial (gliomas), bem como as limitações dos recursos para o seu tratamento (complexidade funcional do órgão, limitação do crescimento pela caixa craniana e contexto imunológico específico), tornam fundamental o desenvolvimento de modelos de estudo intracerebrais. Frente às dificuldades e ao alto custo de manutenção de camundongos imunodeficientes nos nossos biotérios, objetivamos estabelecer um modelo de crescimento tumoral intracerebral em camundongos imunocompetentes. Três diferentes concentrações de células da linhagem de glioblastoma humano U87 (0,25.106, 0,5.106 e 1,0.106 células em 3 µl de meio de cultura sem soro, na velocidade de 0,15 µl por minuto) foram injetadas no caudado-putâmen de camundongos suiços machos e adultos. No periodo de 100 dias após a cirurgia, >56% dos animais tiveram uma evolução fatal (n=55), correlacionada com a presença de uma massa tumoral observável macroscópicamente no exame pos-mortem. Nossos resultados mostram que a injeção de 0,5.106 células U87 é a mais pertinente para o estabelecimento do modelo: (i) esses animais apresentaram uma média de sobrevida pós-cirurgia de 39 dias (com 42% de sobrevida até o 100° dia)(n=26), contra, respectivamente, 49 e 55 dias para as injeções de 0,25.106 (n=11) e 1,0.106 células U87 (n=18); (ii) a análise por coloração hematoxilina-eosina do tecido cerebral desses animais mostrou características histológicas similares às do tumor primário humano, tais o fenótipo invasivo e a organização em pseudopaliçadas das células tumorais, àreas de hemorragia e de necrose. Concluimos que a injeção estereotáxica de células tumorais humanas da linhagem U87 em cérebro de camundongos suiços imunocompetentes consiste num modelo in vivo 50 de baixo custo e pertinente para o estudo da biologia tumoral dos gliomas. Apoio financeiro FAPERJ-APQ1. 51 32) RESUMO ROBERTO IRINEU DA SILVA Characterization of impact of polymorphisms in XPA, XPD, XRCC1, XRCC3 and RAD51 DNA repair genes in both, risk for susceptibility and early response to chemotherapy in Childhood patients with Acute lymphoblastic Leukemia Irineu R‐S1,2,3; Lage C1; Ornellas MH3; Dobbin J2; Britto C4; Cardoso A4; Apolinário TF2,3; Hatagima A5; Leitão A1 and Alves G2 1 – Laboratório de Radiobiologia Molecular – IBCCF; 2 – Laboratório de Genética Aplicada ‐ Serviço de Hematologia do INCa; 3 – Departamento de Patologia e Laboratório – Uerj; 4 – Laboratório de Biologia Molecular e Doenças Endêmicas ‐ Instituto Oswaldo Cruz; 5 – Laboratório de Genética – Instituto Oswaldo Cruz [email protected] [email protected] DNA repair mechanisms constitute in a cellular response to DNA damage and they are implicating in the restoration of normal sequence and structure of this macromolecule. Thus, these mechanisms play a central role in maintaining the integrity of the genome preventing mutation and cancer by identifying and removing damaged DNA that was produced by environmental carcinogens or products generated by cellular metabolism oxidative. Because of this, genetic polymorphisms in these genes that affect repair capacity of their correspondent enzymes have been considerated as important factors not only for individual variation related to childhood acute lymphoblastic leukemia (LLA) risk but also for individual response of childhood patients treated with chemotherapy. Association between cancer susceptibility and common polymorphisms in several DNA repair genes, including XPA and XPD from the Nucleotide Excision Repair mechanism (NER), in XRCC1 from the Base Excision Repair mechanism (BER), as well as in RAD51 and XRCC3 from the Recombination Repair mechanism (HRR), suggested some allelic variant might be responsible for lower repair capacity leading to lesions in DNA. This, by its turn, would generate cancer cells by occurring of mutations in genes involved in proliferation, survival and apoptosis. Regarding studies about outcome of individuals submitted to chemotherapy against various types of cancer, it is indicated that allelic polymorphism associated with optimal DNA repair capacity increases the survival of tumor cells by decreasing of chemotherapy‐induced DNA damage in its genome. On the contrary, carriers of the variant allelic with sub‐optimal DNA repair capacity showed more chemotherapy‐induced DNA damages, with subsequently more tumor cell death with a putative better clinical outcome. Facing these informations, we decided to analyze, by PCR‐RFLP analysis, the association between polymorphisms of five DNA repair genes (XPA G23A, XPD Lys751Gln, XRCC1 Arg399Gln, XRCC3 Thr241Met and RAD51 G135C) and LLA risk performing a case‐control study (n = 50 and n = 59, respectively). Additionally, the influence of 52 these same polymorphisms in modulation of early outcome developmented in patients (n= 35) with LLA submitted to chemotherapy were observed. Results from this work suggest that variant polymorphisms associated with low capacity repair in XRCC3 (241Met, RR=1,7 e OR=1,9), RAD51 (RAD51C, RR= 2,6 e OR=3,4) and XPD (751Gln, RR=1,7 e OR=2,2) were significative occurrence in case group being this in according with previous studies in opposite to XPA (5´UTR G, RR= 0,55 e OR= 0,78) and XRCC1 (399Gln, RR= 0,84 e OR=0,72) genes, that were not significantly associated with LLA risk in this group. Regarding the impact of polymorphisms in these genes in modulation of early response to chemotherapy, it was demonstrated that allelic polymorphisms associated with optimal DNA repair capacity for XPA, XRCC3 and RAD51 genes were significantly associated with resistance to this therapy phase (OR values were respectively equal to 3,60; 2,63 and 2,80 ). In conclusion, it was demosntrated in this work that polymorphisms associated with reduced DNA repair capacity in XPD, XRCC3 and RAD51 genes constitute a significant risk factor for LLA. Additionaly, it was showed that optimal DNA repair capacity in XPA, XRCC3 and RAD51 are implicated in resistance to chemotherapy. 53 33) RESUMO RODRIGO SILVA DE SANT’ANNA Análise do secretoma da saliva de indivíduos com leucoplasia SANTANA, R.S. (IC)1; CAMISASCA, D.R.1,3; GONÇALVES, L.R.4; DIAS, F.5; CHAVES, S.Q.L.2; BROWN, G.A.1; PEREIRA, D.A.1 1 ‐ Laboratório de Genética Aplicada, Serviço de Hematologia, Instituto Nacional do Câncer, HC I, RJ, Brasil. 2 ‐ Programa de Pós‐Graduação em Patologia, Universidade Federal Fluminense (UFF), RJ, Brasil. 3 ‐ Patologia (Bucodental), Universidade Federal Fluminense (UFF), RJ, Brasil. 4 ‐Laboratório de Química de Proteínas, Departamento de Bioquímica, Instituo de Química, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), RJ, Brasil. 5 ‐ Serviço de Cabeça e Pescoço, HC I, Instituto Nacional do Câncer, HC I, RJ, Brasil. Introdução: O diagnóstico de leucoplasia oral ainda é definido por exclusão de qualquer outra lesão branca conhecida e é conhecida como o precursor mais usual de lesões epiteliais na cavidade oral. Objetivo: Esse estudo tem como objetivo comparar um pool de saliva de pacientes com leucoplasia oral e de um grupo controle através da eletroforese de géis 2D para procurar possíveis proteínas específicas da doença Metodologia: O grupo leucoplasia foi composto por 10 pacientes (4 do sexo masculino e 6 do feminino, ± 73,7 anos) com diagnóstico confirmado por teste histopatológico. Os pacientes foram selecionados do Serviço de Estomatologia da Odontoclínica Central do Exército (OCEx, RJ – Brasil) e no INCA. Todos os pacientes tiveram a saliva coletada por 5 minutos, no mínimo uma hora depois da última refeição. A saliva dos indivíduos controles, dez adultos não fumantes, foi coletada neste mesmo procedimento. Inibidor de protease e EDTA foram adicionados às amostras, que posteriormente foram submetidas à centrifugação e foram estocadas a ‐80º C. A concentração de proteínas foi determinada através do kit Bio‐Rad DC‐Protein Assay. As proteínas foram precipitadas com acetona gelada e 1 mg do total de proteínas salivares foram separadas através da eletroforese com gel 2D com a abrangência do pH entre 3 e 10 (fita de 18 cm). A demarcação dos spots e o matching foram efetuados através do software ImageMaster 5.0. A identificação das proteínas foi feita pelo espectrômetro de massa MALDI‐TOF‐TOF e os dados foram analisados utilizando o banco de dados não‐redundantes de proteínas do software Mascot. 54 Resultados e perspectivas: Uma média de 226 spots foram identificados nos 3 géis do grupo leucoplasia e uma média de 262,3 spots no grupo controle. Cinco spots foram analisados como diferencialmente expressos, estando em quantidade aumentada na leucoplasia. Apolipoproteína‐ A1 e Cistatina‐1 são as proteínas mais significativas entre elas. Diferenças entre o perfil protéico dos géis 2D na comparação entre o grupo leucoplasia e o grupo controle podem ser observadas. A validação por Western‐Blot dos dados obtidos com amostras de novos indivíduos pode revelar a importância destas proteínas nas leucoplasias orais. 55 34) RESUMO MARCIA GRACINDO DA SILVA ANÁLISE FUNCIONAL DE MODELO DE CARDIOPATIA DILATADA INDUZIDA POR DOXORRUBICINA. Silva, M.G.1,3, Tavares, D.F. 1, Galina Filho, A.2, Mattos, E.C.3, Carvalho, D.P.1, Pereira, J.C.2, dos Santos, R.S.2, Costa, M.E.W.F1, Kurtenbach, E.1 1 Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, UFRJ 2 Instituto de Bioquímica Médica, UFRJ 3 Ecodata Exames Médicos, ECODATA Palavras‐chave: cardiopatia, doxorrubicina, ecocardiografia, hipotireodismo, mitocôndria OBJETIVOS: A doxorrubicina tem seu uso limitado pela possibilidade de indução de cardiomiopatia dilatada cujos mecanismos ainda não são totalmente esclarecidos (Eur. J. Cardiothoracic. Surg. 30: 611, 2006). Este trabalho teve como objetivo reproduzir e analisar aspectos funcionais em modelo animal de toxicidade cardíaca relacionada com a doxorrubicina. MÉTODO: Ratos Wistar com 4 meses de idade receberam doxorrubicina por via intraperitoneal em dose cumulativa de 7,5 ou 20 mg/Kg, ou solução salina. RESULTADOS: A função mitocondrial foi avaliada em fragmento de tecido cardíaco, por oximetria de alta resolução, tendo sido observada uma redução da variação do consumo de oxigênio após a administração de inibidor do complexo I mitocondrial (rotenona), indicando comprometimento deste complexo, em ambos os grupos que receberam doxorrubicina, em relação ao grupo controle (31,24 ± 7,45 e 38,22 ± 29,64 vs 146,18 ± 39 mg.min; p<0,01). O comprometimento ventricular esquerdo foi avaliado por ecocardiograma. Nos animais que receberam 20 mg/Kg (n=9) foram detectados aumento do diâmetro sistólico final do ventrículo esquerdo (0,47 ± 0,089 vs 0,41 ± 0,057 cm, p<0,05); redução da relação entre os diâmetros da aorta e do átrio esquerdo (0,766 ± 0,17 vs 1 ± 0; p<0,05) e redução da fração de ejeção do ventrículo esquerdo (63 ± 4 vs 76 ± 5%, p<0,05). Em animais que desenvolveram falência cardíaca foi notado padrão de hipotireodismo de origem periférica, com elevação do nível sérico de hormônio tireoestimulante (25,4 ± 5,5 vs 0,54 ± 0,21 ng/dL, p<0,001) e redução de tiroxina (0,59 ± 0,07 vs 3,48 ± 1,29 μg/dL, p<0,001, n=4 em cada grupo). O perfil de expressão gênica de enzimas participantes do sistema de degradação proteica da ubiquitina‐ proteassoma foi avaliado no tecido cardíaco, por PCR em tempo real. Foi observada indução dos genes de MuRF 1 e atrogina 1 em ambos os grupos experimentais, dose‐relacionada, além de perfil bimodal da expressão de MuRF 2, com repressão na presença da menor dose e indução no grupo que recebeu 20 56 mg/Kg de doxorrubicina (p<0,05). CONCLUSÃO: Foi reproduzido modelo de toxicidade cardíaca por doxorrubicina em ratos, observando‐se alteração funcional mitocondrial em baixa dose, antes do desenvolvimento de falência cardíaca, e que persistiu após ser estabelecida uma dilatação e disfunção sistólica do ventrículo esquerdo acompanhada de alteração funcional tireoideana. Em ambas as doses de doxorrubicina também foi notada alteração do perfil de expressão gênica de enzimas do sistema da ubiquitina‐proteassoma no tecido cardíaco. Apoio Financeiro: CNPq e FAPERJ 57 35) RESUMO CLARISSA RODRIGUES NASCIMENTO PRODUTOS TUMORAIS MODULAM A PRODUÇÃO DE CITOCINAS DURANTE A DIFERENCIAÇÃO DE CÉLULAS DENDRÍTICAS HUMANAS Nascimento, C.R., Motta, J.M.G., Rumjanek, V.M. Instituto de Bioquímica Médica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil. Tumores sólidos criam em torno de si um microambiente com características immunossupressoras. Entre os mecanismos de escape tumoral, estão as alterações em células dendríticas (DCs), impedindo, assim, uma resposta imune eficaz contra o tumor. O objetivo desse estudo é avaliar a diferenciação de DCs sob a influência de produtos de células leucêmicas. Para isso, monócitos obtidos de doadores saudáveis foram cultivados na presença de IL-4 e GM-CSF, estímulos para a sua diferenciação em DCs imaturas. Durante esse processo, os monócitos perdem a expressão de CD14 e passam a expressar CD1a. Sobrenadantes de K562, uma linhagem derivada de leucemia mielóide crônica, foram adicionados à cultura de monócitos em diferenciação e a expressão de CD14 e CD1a analisada por citometria de fluxo após 5 dias em cultura. Na presença dos produtos tumorais, a expressão de CD14 se manteve alta enquanto a expressão de CD1a se manteve baixa. Além disso, os monócitos que foram estimulados a se diferenciar em DCs na presença do sobrenadante tumoral, secretaram mais IL-1β e TNFα. A adição de IL-1β exógena à cultura de monócitos em diferenciação mimetizou o efeito do sobrenadante tumoral. Esses resultados sugerem que produtos de células leucêmicas interferem na diferenciação de monócitos em células dendríticas, estimulando a secreção de citocinas inflamatórias por essas células. 58 36) RESUMO CARLOS GARCIA Differential Proteome Analyses of Serum from Patients with Hodgkin's Lymphoma According to Epstein-Bar Virus Status Musacchio, J.G.1, Fischer, J.S.G.2, Garcia, C.H.S.2, Carvalho, P.C.3, Scheliga A.4, Vieira, F.M.A.C.1, Morais, J.C.O.5, Domont, G.B.2, Spector, N.1, Carvalho, M.G.C.6 1 Hematology Service, Federal University of Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro (RJ), Brazil; 2Department of Biochemistry, Chemistry Institute, UFRJ, RJ, Brazil; 3 Systems Engineering and Computer Science Program, UFRJ, RJ, Brazil; 4Oncology Service, National Institute of Cancer, RJ, Brazil; 5Pathology Department, UFRJ, RJ, Brazil; 6Institute of Biophysics Carlos Chagas Filho, UFRJ, RJ, Brazil. Hodgkin’s Lymphoma (HL) is a malignant lymphoid tumor with cure rates close to 90%. Such neoplasy has been extensively investigated regarding a causal infection character. The Epstein-Barr Virus (EBV), a lymphotropic herpesvirus, came out as likely etiologic agent. EBV is widespread in about 90% of human population and it is associated with 50% of HL cases. Scientific investigations attempt to clarify the influence of EBV and bystanders through the pathophysiology of HL, notwithstanding, which mechanisms might be involved in pathogenesis of EBV-negative HL remains to be elucidated. With this aim, the present study was carried out to identify the differences in the serum protein from patients with HL and from health individuals according to EBV status using twodimensional gel electrophoresis analysis and mass spectrometric identification. Proteins with different amount among groups of study were excised for identification. Those proteins were CFB, ITIH4, HP, HPX, A1BG, SERPINA3, plasminogen, alpha-1B glycoprotein, alpha-1 antichymotrypsin, serum fibrinogen beta and gamma chains. Most of them are related to inflammatory response and its pattern among the groups shows remarkable qualitative differences. As far as we know, no proteomic approach yet published has correlated the EBV-positive and EBV-negative forms of HL with respect to their protein pattern. Such comparative results may be disease elucidative and, furthermore, contributive to better understanding of the association of EBV to the HL pathogenesis. Key Words: Epstein-Barr virus, Hodgkin’s Lymphoma, Mass Spectrometry, Proteome, Serum. Supported by: CAPES, CNPq, FAPERJ and Genesis Molecular Biology Laboratory. 59 37) RESUMO DANIELLY CRISTINY FERRAZ DA COSTA Cellular and Structural Modulation of p53 Tumor Suppressor Protein by Resveratrol Costa, D. C. F.1, Casanova, F.1, Fialho, E. 2, Silva, J. L.1 1 2 Instituto de Bioquímica Médica, IBqM, UFRJ. Instituto de Nutrição Josué de Castro, INJC, UFRJ. Resveratrol, a dietary constituent found in grapes, berries and peanuts, is one of the most promising agents for cancer prevention. The anti-tumoral activity of this compound is based on its capacity to inhibit diverse cellular events during all three stages of carcinogenesis (initiation, promotion and progression). The p53 tumor suppressor protein plays an essential role in preventing cancer development, by inducing cell cycle arrest or apoptosis in response to cellular stress. Resveratrol has been shown to induce p53 accumulation in different tumor cell lines. However, the mechanisms by which this compound modulates p53 activity are not completely understood. Firstly, we tested the effects of resveratrol on MCF-7 human breast cancer cells, which expresses constitutively wild type p53. MTT reduction cell viability assay showed that resveratrol promoted a cytotoxic effect on MCF-7 cells in a dose and time dependent manner. Resveratrol in a concentration of 150µM was able to impair 60% and 75% of cell growth after 24 and 48 hours of treatment, respectively. In addition, resveratrol (50-200µM) increased p53 protein levels in MCF-7 cells after 24 hours of treatment, without altering p53 transcript levels. In order to investigate a possible interaction between resveratrol and p53, we performed structural analysis using fluorescence spectroscopy. Resveratrol promoted a decrease in fluorescence intensity of both purified p53 core domain and full length p53. Taken together, our results provide evidence that resveratrol possibly induces the stimulation of p53 protein levels in MCF-7 cells by regulating post-transcriptional cellular processes. Moreover, structural data suggest that resveratrol might directly modulate p53 function by interacting with this protein. Keywords: resveratrol, MCF-7, p53. Supported by IMBEBB, FAPERJ and CNPq. 60 38) RESUMO PALOMA S. SOUZA Vincristina induz apoptose em linhagem de leucemia mielóide crônica através da modulação de xiap e abcb1 Souza, P.S.1,2, Vasconcelos, F.C.1,2; Nestal de Moraes, G.1,2; Reis, F.R.S.1,2; Silva, K.L.1,2; Maia, R.C.1 1 Laboratório de Hematologia Celular e Molecular – Hospital do Câncer I, INCA, Rio de Janeiro, Brasil; 2 Programa de Pós‐Graduação em Oncologia – INCA, Rio de Janeiro, Brasil; Introdução: A superexpressão da glicoproteína P (Pgp) e das proteínas inibidoras da apoptose (IAPs) – survivina e XIAP – podem conferir, em células tumorais, o fenótipo de resistência a múltiplas drogas (MDR). Pgp é uma proteína transmembrana de efluxo, codificada pelo gene ABCB1. Entretanto, alguns estudos têm demonstrado que além da sua localização na membrana plasmática, a Pgp pode estar localizada em organelas citoplasmáticas. O objetivo deste estudo foi determinar a relação entre Pgp/ABCB1 e as IAPs (XIAP e survivina) mediante um estímulo farmacológico. Além disso, nós objetivamos esclarecer a relação entre a localização subcelular da Pgp com a apoptose. Materiais e Métodos: A linhagem K562 (leucemia mielóide crônica humana) foi incubada com 600nM de vincristina (VCR) nos tempos de 0h, 2h, 6h, 8h, 18h e 24h. A morte celular foi avaliada através do ensaio de anexina V/ Iodeto de propídeo (PI), ativação caspase 3 e fragmentação do DNA, por citometria de fluxo. O ciclo celular foi avaliado pela marcação de PI, por citometria de fluxo. As expressões de RNAm de ABCB1, XIAP e survivina foram avaliadas por PCR em tempo real e as expressões protéicas por imunofluorescência e Western blot. Resultados: O tratamento com VCR foi capaz de induzir um perfil apoptótico, na linhagem K562, a partir de 8h de incubação e direcionou a uma parada no ciclo celular na fase G2/M (8h ‐ 35%, 18h ‐ 60% e 24h ‐ 62%). Foi possível verificar um aumento na expressão do RNAm da XIAP entre 2h e 6h (18x) de incubação com VCR, seguido de uma redução progressiva até 24h (5x). Essas alterações também foram observadas nos níveis protéicos da XIAP. A expressão do RNAm da survivina aumentou nos tempos de 2h (1,5x) e 6h (2x), diminuiu nos tempos de 8h e 18h, e voltou a aumentar em 24h (2,5x). Os níveis protéicos de survivina variaram a partir de 18h mantendo‐se com maior expressão protéica até 24h. Em adição, o cultivo da K562 na presença de VCR induziu um aumento progressivo na expressão do RNAm de ABCB1, a partir de 8h de incubação, sendo possível detectar um aumento de 119x em 24h. O ensaio de imunofluorêscencia demonstrou a expressão da Pgp no núcleo e no citoplasma das células K562. 61 Conclusões: A linhagem K562 apresentou um perfil de resistência a apoptose associada à expressão gênica e protéica da XIAP. Entretanto, a diminuição de XIAP favoreceu a ativação de caspase‐3 e consequentemente a apoptose. O aumento da expressão de survivina nos tempos mais tardios não preveniu a apoptose, sugerindo sua associação com a parada do ciclo celular. Além disso, a superexpressão do RNAm de ABCB1 seguido da localização nuclear e citoplasmática não conferiu resistência as células K562. A correlação inversa entre as expressões gênicas de XIAP e ABCB1 diante de estímulo farmacológico indica que a interação entre as IAPs e a Pgp necessita ser mais explorada no contexto da quimiosensibilidade e quimioresistência. Apoio Financeiro: FINEP, FAPERJ‐APQ1, FAPERJ‐PENSARIO, Fundação Swissbridge. 39) RESUMO MARCELO SOARES DA MOTA E SILVA Estudo do polimorfismo dos genes GSTM1 e GSTT1 em DNA circulante de pacientes portadores de Glioblastoma multiforme Marcelo Soares da Mota e Silva (mestrando) e Dra. Maria da Glória da Costa Carvalho Laboratório de Controle da Expressão Gênica – IBCCF Contatos: [email protected] RESUMO Polimorfismos são variações na seqüência de nucleotídeos do DNA genômico, tais como deleções, inserções, duplicações e outras. Os polimorfismos podem ou não provocar alteração na função protéica e no fenótipo. Eventualmente pode ocorrer a deleção de ambos os alelos de um determinado gene. Neste caso, a proteína que seria codificada, caso o gene estivesse presente, não será expressa. Esta situação (deleção homozigótica) é bastante freqüente para alguns genes, dentre os quais o GSTT1 e o GSTM1 que são genes que codificam enzimas de detoxicação (glutationa S-transferase teta 1, e glutationa S-transferase mu 1, respectivamente). Considerando que as enzimas de detoxicação têm um papel fundamental na biotransformação de xenobióticos (muitos deles cancerígenos), a falta da expressão destas pode 62 acarretar uma menor proteção e conseqüentemente uma maior susceptibilidade ao desenvolvimento de doenças de perfil citotóxico, em especial, o câncer. Este trabalho se propôs a traçar o perfil genotípico de uma determinada população de pacientes portadores de tumores cerebrais do tipo glioblastoma multiforme (GBM) para os genes GSTT1 e GSTM1. Esta análise foi realizada a partir de DNA circulante, que é o DNA que circula livre no plasma sanguíneo, ou seja, é encontrado fora das células. Sabe-se que tanto nos indivíduos saudáveis quanto naqueles portadores de neoplasias malignas, pode ser encontrado DNA na forma livre em seu plasma sanguíneo (DNA circulante); porém muitos trabalhos têm demonstrado que no caso dos portadores de câncer, os níveis de DNA circulante são em geral bem mais altos, e representam as alterações genéticas que ocorrem no tumor. A partir deste contexto, este trabalho se propõe a analisar o polimorfismo dos genes citados fazendo uso de fragmentos de DNA circulante no plasma sanguíneo, os quais podem refletir eventos oncológicos que ocorram no tumor 63 40) RESUMO MONICA FARAH PEREIRA Pterodon pubescens Induces Cell Cycle Arrest By Reducing NF‐kB Activation Pereira, M.F.(1); Martins, T.M.(1); Silva, M.C.C.(1); Dalmau S.R.(1); Barja‐Fidalgo, C.(2); Albano, R.M.(1) ; Coelho, G.P.C.(1) and Sabino, K.C.C.(1) (1) Departamento de Bioquímica; (2) Departamento de Farmacologia e Psicobiologia, IBRAG, UERJ The use of plant as a source of substances with anti-tumor effects has been demonstrated as potential alternative for treating cancer. Pterodon pubescens (Sucupira branca), a native plant from Brasil, is popularly known by the anti-arthritic properties of the ethanolic extract of its seeds (OPp). Anti-proliferative effects on leukemic cell have been demonstrated. In this work the OPp was sub-fractioned pursuing a sample with higher biological action and the effects on cell cycle of leukemic cells and on expression of NFkB and cyclins were demonstrated. OPp was obtained by treating seeds with ethanol (15 days). OPp was fractionated (partition) with hexan and the hexan fraction (Hex) was subfractionated (silica column) with different eluents resulting in eight sub-fractions (SF1-8). SF5 showed a major peak in chromatographic profile (GC) and higher cytotoxic effects (MTT method) on K562 cells. SF5 (30 µg/mL) reduced cell viability by 83 ± 1% (p<0,001) in 48h and induced cell cycle arrest (flow cytometry) in G1 phase, increasing the cell number in this phase (68 ± 13%, p < 0.05). SF5 increased cyclin D1 and reduced cyclin E2 mRNA levels (RT-PCR) in 12h. NF-κB protein level (Western blotting) was also decreased in nucleus after 4h of treatment. This bio-guided fractioning of OPp resulted in a less complex sub-fraction and with more potent effect than the original one. Inhibition of NF-κB activation and deregulation of the cyclins D1 and E2 mRNA metabolism, both cell cycle regulatory proteins, seems to be some molecular mechanisms involved in SF5 induced cell cycle arrest. Financial Support: FAPERJ, CAPES, CNPq, UERJ. 64 41) RESUMO MARIANA CHANTRE JUSTINO GENES DE REPARO DE DNA HUMANO DIFERENCIALMENTE EXPRESSOS E A SUA CORRELAÇÃO COM O GRAU DE MALIGNIDADE DOS TUMORES DE BEXIGA Mariana Chantre Justino1,2, Claudia de Alencar Santos Lage2, Constança Britto3, Angélica Cardoso3, Raul Quirino 4, Antônio Augusto Ornellas4, Alvaro Leitão2, Gilda Alves1. 1 Laboratório de Genética Aplicada, INCA; 2Laboratório de Radiobiologia Molecular, IBCCFº, UFRJ; 3 Laboratório de Biologia Molecular e Doenças Endêmicas, FIOCRUZ / RJ; 4Serviço de Urologia do INCA. INTRODUÇÃO: O câncer de bexiga é a quarta neoplasia sólida mais diagnosticada, sendo o segundo tumor urológico mais frequente em homens, perdendo apenas para o câncer de próstata. Em mulheres, representa o 8º tumor maligno mais prevalente. Suas causas são multifatoriais, sendo o tabagismo e a exposição às aminas aromáticas consideradas as mais importantes. A exposição prolongada das células da mucosa urotelial às substâncias mutagênicas e carcinogênicas presentes na urina pode resultar em acúmulo de lesões no material genético e desencadear transformação maligna. Os mecanismos de reparo de DNA humano são considerados críticos para a manutenção da estabilidade genética das células do indivíduo, podendo levar à morte celular ou à transformação maligna quando ausentes ou deficientes. Nesse contexto, alterações no perfil de expressão dos transcritos dos genes de reparo de DNA podem contribuir tanto para a estabilidade quanto para progressão dos tumores de bexiga. OBJETIVO: Determinar a quantidade relativa dos transcritos dos genes de reparo de DNA humano APE1, XRCC1, POLB e POLK através de Real-Time PCR e estabelecer se há relação com os diferentes graus de malignidade dos tumores de bexiga. METODOLOGIA: As amostras foram divididas em baixo grau (BG) de malignidade e alto grau de malignidade (AG). Foram observados 20 casos de reincidência e 6 casos de óbito. Os procedimentos moleculares incluíram a extração de RNA total (Trizol® Invitrogen), seguida de síntese de cDNA e reações de Real Time PCR (metodologia SyBr Green). A calibração do controle endógeno (gene de expressão constitutiva) foi feita em função da expressão do gene GAPDH. Com os dados obtidos, foi comparado o perfil de expressão dos tumores de baixo grau (BG) versus os tumores de alto grau (AG) de malignidade. RESULTADOS: Foram analisadas 17 amostras de tumores BG e 16 de tumores AG, total 33. A proporção de sexo observada foi aproximadamente 3: 1, sendo 26 homens e 7 mulheres. Observamos que os tumores AG exibem maior expressão dos transcritos APE1 (p=0,0055), XRCC1 (p=0,0033), POLB (p=0,0009) em relação aos tumores BG. No entanto, a expressão dos transcritos de POLK foi menor em tumores de AG (p=0,0185). Nossos resultados sugerem correlação significativa entre os níveis de expressão de mRNA 65 e o grau de malignidade dos tumores de bexiga. A expressão diferencial entre os tumores de baixo e de alto grau de malignidade pode interferindo no comportamento clínico dos tumores. CONCLUSÃO: Embora deficiências nos processos de reparo de DNA aumentem o risco de transformação maligna, a eficiência na capacidade de reparo de DNA das células tumorais pode estar envolvida no risco de progressão e metástase. A elevada expressão dos genes de reparo de DNA pode estar associada à resistência aos tratamentos de quimioterapia e de radioterapia pela correção mais eficaz dos danos advindos desses processos terapêuticos. 66 42) RESUMO DAVY RAPOZO EFEITO DA LESÃO TÉRMICA NA GÊNESE DO CARCINOMA EPIDERMÓIDE DE ESÔFAGO Luis Felipe Ribeiro Pinto* 1,5, Rapozo DCM1, Blanco T1, Gonzaga IM1, Benjamin C2, Canetti C3, Barja‐Fidalgo TC4 1- Universidade do Estado do Rio de Janeiro, IBRAG-Bioquímica. 2- Universidade Federal do Rio de Janeiro, ICB, Farmacologia. 3- Universidade Federal do Rio de Janeiro, IBCCF, Biofísica. 4- Universidade do Estado do Rio de Janeiro, IBRAG, Farmacologia. 5- Instituto Nacional de Câncer / Coordenação de Pesquisa. Rua André Cavalcante 37, Centro, Rio de Janeiro. * [email protected] O carcinoma epidermóide de esôfago é um dos tipos de câncer mais letais e comuns no mundo. Algumas áreas do sul da América do Sul, do cinturão Asiático e da Europa apresentam uma alta incidência deste tipo de tumor. Vários agentes etiológicos estão envolvidos com o desenvolvimento desta doença no Brasil, como o álcool, o tabaco e o consumo de chimarrão. Estudos epidemiológicos indicam que a contribuição do chimarrão está associada à lesão térmica decorrente da temperatura e volume no qual é consumido. Entretanto, existem poucos estudos experimentais sobre o efeito do chimarrão ou da lesão térmica no câncer de esôfago. Para isto, desenvolvemos um modelo de carcinogênese esofágica para avaliar a contribuição de injúria térmica esofágica na indução tumoral. Esta injúria é induzida pela administração intra-esofágica de água a 70ºC, três vezes por semana, em camundongos com dois meses de idade. Os animais também foram tratados com N-nitrosodietilamina (NDEA), um carcinógeno esofágico, com a administração ad libitum em diferentes doses. Os animais foram tratados por até 32 semanas. A avaliação histológica foi feita pela coloração com hematoxilina-eosina. A associação da contribuição da expressão de NF-κB e TNF-α para a indução de tumores foi realizada por imunohistoquímica com anticorpos contra a subunidade p65 do NF-κB e TNF-α. Os animais tratados com água a 70ºC não desenvolveram tumores esofágicos. Porém, os animais tratados com administração intraesofágica de água a 70ºC concomitante com administração de NDEA desenvolveram tumores esofágicos em maior número e/ou em tempo mais curto do que somente com a administração da NDEA. O grupo tratado com água a 70ºC apresentou uma necrose inicial que evoluiu para uma inflamação aguda que foi resolvida em 8 semanas. Entretanto, no grupo que foi tratado com água a 70ºC e NDEA, o processo inflamatório se 67 tornou recorrente e houve um retardo na regeneração epitelial. Os grupos tratados com NDEA a 10 ou 40 ppm, apresentaram imunomarcação para a subunidade p65 do NF-κB e para o TNF-α. Esta marcação foi intensificada nos grupos tratados com água a 70ºC concomitante com NDEA a 10 ou 40 ppm. Assim, nossos dados indicam que o tratamento de camundongos com a infusão intra-esofágica de água a 70ºC, três vezes por semana, por até 32 semanas, não induz tumores esofágicos, mas provoca inflamação recorrente com alterações pré-neoplásicas e epiteliais que contribuem para a carcinogênese induzida pela NDEA, potencializando a mesma. 68