Dermatoses mais comuns na infância final
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Dermatoses mais comuns na infância final
Dermatoses mais comuns na infância Drª Fabiana Fagundes Dermatologista Membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia Professora de Dermatologia da UFT Dermatite Atópica Eczema constitucional Associado à asma, rinite alérgica ou urticária Dermatose inflamatória crônica Períodos de recorrência Relação com crises de asma e rinite 80% dos casos tem antecedentes familiares e/ou pessoais de atopia Limiar de reatividade anômalo à inúmeros antígenos Fatores genéticos, imunológicos, não imunológicos e ambientais 80% têm níveis elevados de IGE Maior suscetibilidade a infecções virais, fúngicas e bacterianas Superantígeno por enterotoxinas Critérios diagnóstico de Hanifin e Rajka modificados: Critérios Maiores(3 ou mais): Prurido Morfologia e distribuição típica das lesões Dermatite crônica e recidivante História familiar ou pessoal de atopia Palidez centro facial com escurecimento orbitário Pregas infraorbitais de Dennie-Morgan Sinal de Hertogue Tendência a dermatoses crônicas e recidivantes das mãos Infecção cutânea de repetição Alterações oculares(catarata) São critérios menores (3 ou mais): Positividade aos testes cutâneos Dermografismo branco Xerose/asteatose Ictiose vulgar associada Pitiríase Alba Ceratose pilar Forma Infantil Lesões eritemato-vesico-secretantes: eczema agudo Pode atingir a face e regiões extensoras dos membros Comum: infecções secundárias Casos severos: generalização das lesões Erupção variceliforme de Kaposi: quadro toxêmico febril causado pelo herpes virus simples com presença de lesões vesicopustulosas Evolução da DA: Surtos nos 2 primeiros anos de doença e tende a melhorar com a idade Pitiríase Alba: forma mínima de dermatite atópica Eczema Infantil Lesão de eczema agudo e infecção secundária na face Forma pré pré--puberal Continuação da forma infantil ou surgir alguns anos após o desaparecimento da mesma Acomete dos 2 aos 12 anos de idade Região de dobras flexurais (poplítea,cubital) Lesões mais secas: descamação Evolução em surtos Fases de agudização Pré-Puberal Área de eritema, liquenificação acentuada e escamas Diagnóstico Clínico: anamnese, morfotopografia, prurido, cronicidade e história familiar e pessoal de atopia Cultura de lesões infectadas Tratamento Cuidados Gerais Orientações Fatores ambientais, alimentares, psicológicos Predisposição familiar Banhos rápidos e água morna Uso de sabonetes Banhos de imersão Pele seca – hidratação Substância emolientes e lubrificantes Vaselina liquida ou óleo de amêndoas Uréia: hidratante clássico Lembrar: acima de 5% Roupas de algodão e folgadas Suor: PRURIDO Evitar: lã e fibras sintéticas Lavagem de roupas Ambientes limpos e livres de poeira Papel dos alimentos: controverso anamnese adequada: comprova a suspeita exclusão – eliminação do alimento suspeito como amendoim,ovos, trigo, leite e derivados Aleitamento materno até 6-12 meses Medicamentos Tópicos Corticóides orientação: evitar automedicação crianças menores de 2 anos -> baixa potência crianças acima de 2 anos -> baixa e média potência corticóides de alta potência -> adultos e adolescentes Imunomoduladores tópicos pimecrolimus 1% creme tacrolimus 0,03 – 1% pomada Indicação: casos menos intensos ou regiões com maior risco de efeitos colaterais dos corticóides e ainda em casos de manutenção Antibióticos tópicos: Mupirocina a 2% Ácido fusídico a 2% Gentamicina 0,1% Anti-sépticos: Triclosan Permanganato de potássio Medicamentos Sistêmicos Corticóides Risco de rebote casos que não responsivos prurido intenso eritrodermia sem infecção Prednisona 1-2 mg/kg/dia Corticoterapia prolongada Antibióticos exacerbação da afecção resistência ao tratamento Cefalosporina Anti-histamínicos Eletivo para prurido Imunomoduladores sistêmicos Talidomida: mais eficiente Imunossupressores Ciclosporina Metotrexato Azatioprina Hospitalização casos graves e resistentes Dermatite Seborréica Definição Afecção crônica Frequente Recorrente Não contagiosa Regiões ricas em glândulas sebáceas Patogenia Causa não conhecida Predisposição familiar Fatores favorecedores: calor, umidade Fator desencadeante ou agravante: Malassezia Furfur Lactentes: presença de Candida Albicans Tensão emocional: agravante Nenhum alimento relacionado Deficiência de zinco: quadro similar Manifestações Clínicas Lactente Primeiros meses de vida Escamas gordurosas e aderentes sobre base eritematosa no couro cabeludo: crosta láctea Manchas eritemato-escamosas: face, tronco, dobras Eritema ruborizado Prurido discreto Evolução crônica com melhora gradual Tratamento Couro Cabeludo Troncos e áreas de dobras Remover escamas com óleo mineral Loção de corticóides de baixa ou média potência Associação com antifúngico Sabonetes ou xampú anti-seborréicos Creme de corticóide com antibacteriano e antimicótico Cremes ou pastas protetoras Terapia sistêmica Quadros graves: Prednisona Escabiose “Sarna”/ “Curuba” Agente etiológico: Sarcoptes Scabiei var Hominis Contato físico prolongado Homem x Animais Período de Incubação 3 a 4 semanas – erupção pruriginosa Prurido: elemento fundamental Causas do prurido: alérgica ou mecânica Lesão típica: lesões pápulo-eritematosas ou eritemato-crostosas Sulcos subcórneos Eminência acarina Distribuição Topográfica Crianças Espaços interdigitais dobras couro cabeludo palmas e plantas Complicações sinal de escoriações urticas eczematização impetiginização secundária Lesões eritêmato-papulosas e eczematizadas Lesões eritêmato-papulosas disseminadas Escabiose nodular no pênis Diagnóstico Prurido noturno intenso História de prurido familiar Distribuição Prova terapêutica Tratamento Tópico Benzoato de Benzila (acarsan) Lindano ( Nedax®) Deltametrina a 10% (deltacid®) Permetrina a 5 % (Nedax plus®): eletivo Enxofre precipitado a 5% pasta d`água Modo de usar Importante: sabonetes escabicidas Oral Ivermectina Tiabendazol Importante: corticóide tópico, antihistamínico oral, antibióticos tópicos ou orais Profilaxia Tratamento dos contatos Molusco Contagioso Parapoxvírus Exclusiva na pele Lesão: pápula semi-esférica, séssil, umbilicada, depressão central Atópicos: eczema nas lesões Tratamento: Curetagem + tintura de iodo Hidróxido de potássio a 5% Cura espontânea Tinha do couro cabeludo ou capitis Comum em crianças Cura espontânea na puberdade Contato: indivíduos infectados cães e gatos própria terra Placas de tonsuras: cotos pilosos e descamação Única ou múltipla no couro cabeludo Evolução crônica Diagnóstico: Exame micológico direto Cultura Tratamento Tópicos Cetoconazol: xampú Sistêmicos Griseofulvina: 15 a 20 mg/kg/dia Terbinafina: 250 mg/kg/dia Fluconazol Itraconazol
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