folha de sala dia 31 de Julho

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folha de sala dia 31 de Julho
Katia Guerreiro, divide a sua vida entre as paixões pela música e pela medicina. É uma das mais internacionais fadistas portu-­
guesas. O seu fado caracteriza-­se por uma grande riqueza lírica, cantando escritores portugueses contemporâneos, com desta-­
que para António Lobo Antunes. Teve um percurso geografica-­
mente atribulado. Nasceu na África do Sul, cresceu nos Açores, onde frequentou um rancho folclórico. Estudou e licenciou-­se em Lisboa, em Medicina. Nos anos 90 do século XX foi vocalis-­
ta com o grupo Os Charruas. Trabalhou no Hospital Distrital de Évora e, mais tarde, regressou à capital. Foi durante o curso que descobriu a sua veia fadista, em convívio com colegas e, de for-­
ma um pouco mais séria, em concertos, após o desafio feito pela parelha de guitarristas formada por Paulo Parreira e João Veiga. Com a mesma parelha e o viola-­baixo Armando Figueiredo, e apadrinhada pelo fadista João Braga, estreou-­se em 2001 com o disco “Fado Maior”. O álbum, editado pela Ocarina, conheceu grande sucesso internacional, tendo sido editado no Japão e na Coreia do Sul. Entre outros temas, inclui fados popularizados por Amália Rodrigues, a sua maior influência, e poemas musica-­
dos de Fernando Pessoa, Sophia de Mello Breyner Andresen e António Lobo Antunes. Em 2003, também pela Ocarina, lançou o álbum Nas “Mãos do Fado”. O título é uma referência à mais ca-­
racterística das suas poses em palco: as mãos agarradas atrás das costas. Volta a cantar António Lobo Antunes e, pela primeira vez, visita outra das suas grandes referências, Dulce Pontes. A presença de Dulce Pontes acentua-­se no álbum seguinte, “Tudo ou Nada”, de 2005, em que esta escreveu propositadamente o tema “Caravela”. Com edição da Som Livre, é o mais ousado dos discos de Katia Guerreiro, contando com uma versão de “Saudades do Brasil em Portugal”, de Homem Cristo e Vinícius de Morais, e de “Menina do Alto da Serra”, versão do tema com que Tonicha venceu o Festival RTP da Canção de 1971. O dis-­
co conta ainda com a participação do pianista de jazz Bernar-­
do Sassetti, no tema “Minha Senhora das Dores” com letra de Jorge Rosa e musica de Paulo Valentim (guitarista). Mais uma vez canta António Lobo Antunes e homenageia a poetisa Sophia de Mello Breyner Andresen. Nesse mesmo ano, foi apresen-­
tada como mandatária da juventude da candidatura de Aníbal Cavaco Silva à Presidência da República para as eleições de 2006. Em 2006 foi editada uma caixa com os seus primeiros dois discos e o álbum “Tudo Ou Nada” foi reeditado, destacando-­se a colaboração do brasileiro Ney Matogrosso. Em 2008 estreia-­
se como autora, ao lado de Rui Veloso, no álbum «Fado», que será editado a 17 de Novembro. Em 2010, faz uma participação especial, no primeiro álbum a solo, Karma Train, do guitarrista António Mão de Ferro. Katia Guerreiro já deu concertos por todo o mundo, em locais tão diversos como Japão, Marrocos, Tur-­
quia, França, Holanda, Nova Caledónia, Suécia, Brasil, Bulgária, Macau, Rússia ou Espanha. A 27 de Janeiro de 2015 foi feita Comendadora da Ordem do Infante D. Henrique.
Esta folha de sala é da exclusiva responsabilidade
do 41º Festival de Estoril Lisboa.
Foi em 1962 que a Fundação Calouste Gulbenkian decidiu estabelecer um agrupamento orquestral permanente, no início constituído apenas por doze elementos (Cordas e Baixo Contínuo), originalmente designada por Orquestra de Câmara Gulbenkian. Esta formação foi sendo progressiva-­
mente alargada, contando hoje a Orquestra Gulbenkian (denominação adoptada desde 1971) com um efectivo de sessenta e seis instrumentis-­
tas, que pode ser pontualmente expandido de acordo com as exigências dos programas executados. Esta constituição, permite à Orquestra Gul-­
benkian a abordagem interpretativa de um amplo repertório que abrange todo o período Clássico, uma parte significativa da literatura orquestral do século XIX e muita da música do século XX. Obras pertencentes ao repertório corrente das grandes formações sinfónicas tradicionais, nome-­
adamente a produção orquestral de Haydn, Mozart, Beethoven, Schu-­
bert, Mendelssohn ou Schumann, podem assim ser dadas pela Orquestra Gulbenkian em versões mais próximas dos efectivos orquestrais para que foram originalmente concebidas, no que respeita ao equilíbrio da respectiva arquitectura sonora interior. Em cada temporada, a Orquestra realiza uma série regular de concertos no Grande Auditório Gulbenkian, em Lisboa, em cujo âmbito tem tido ocasião de colaborar com alguns dos maiores nomes do mundo da música (maestros e solistas), actuan-­
do igualmente em diversas localidades do País, cumprindo desta forma uma significativa função descentralizadora. No plano internacional, por sua vez, a Orquestra tem vindo a ampliar gradualmente a sua atividade, tendo até agora efetuado digressões na Europa, Ásia, África e Américas. Mais recentemente, apresentou-­se no Festival Enescu (13 de Setembro de 2011) e visitou a Arménia pela primeira vez, onde tocou dois concertos em Yerevan (15 e 16 de Setembro de 2011), em ambas as ocasiões sob a direção do maestro Lawrence Foster. Em Julho de 2013, apresentou-­
se no Festival Kissingen Sömmer (Alemanha) com o maestro Lawrence Foster e em Outubro realizou uma digressão à China com concertos em Macau, Cantão e Pequim, sob a direção de Paul McCreesh. No plano discográfico, o nome da Orquestra Gulbenkian encontra-­se associado às editoras Philips, Deutsche Grammophon , Hyperion, Teldec, Erato, Adès, Nimbus, Lyrinx, Naïve e Pentatone, entre outras, tendo esta sua activida-­
de sido distinguida desde muito cedo com diversos prémios internacionais de grande prestígio. Entre os últimos projectos discográficos, refira-­se a primeira gravação mundial do Requiem de Salieri e um registo com obras de Ligeti, Kodály e Bartók, e uma nova colaboração com a pianista Sa Chen editada em 2012, e mais recentemente uma gravação com a violi-­
nista Arabella Steinbacher editada já em 2013, todas elas sob a direção do Maestro Lawrence Foster e para a Pentatone. A Orquestra Gulbenkian lançou um disco dedicado ao público juvenil – Pedro e o Lobo, de Proko-­
fiev, O Carnaval dos Animais, de Saint Saëns e Guia da Orquestra para Jovens, de Britten –, sob a direcção de Joana Carneiro, editado em 2011. Como parte das comemorações do seu 50.º aniversário, a Orquestra Gul-­
benkian gravou três CDs onde atuam como solistas instrumentistas da orquestra, sob a direção de Lawrence Foster, Joana Carneiro e Pedro Neves. As comemorações da data foram celebradas ao longo da tempo-­
rada 2012-­2013 e incluíram muitas outras iniciativas, incluindo concertos especiais e uma exposição. O Maestro Lawrence Foster foi responsável pela direcção artística do agrupamento entre 2002-­2003 e 2012-­2013, acumulando as funções de Maestro Titular. Claudio Scimone, que ocu-­
pou este último cargo entre 1979 e 1986, foi nomeado em 1987 Maestro Honorário. Joana Carneiro detêm o títulos de Maestrina Convidada desde as temporadas de 2006-­2007 e Susanna Mälkki foi nomeada Maestrina Convidada Principal, começando a exercer estas funções em 2013-­2014. Paul McCreesh foi nomeado Maestro Principal da Orquestra Gulbenkian a partir de 2013-­2014.

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