Newsletter 98

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Newsletter 98
Agroindústria
Alimentos
Bebidas
Vestuário e Calçados
Comércio
Materiais de Construção
Química e Petroquímica
Energia
Mineração e Siderurgia
Bens de Capital
Autopeças
Transportes
Tecnologia da Informação
Imobiliário
Serviços
Financeiro
Outros Setores
Ambiente Macroeconômico e de Investimentos
Como esperado, nestas últimas semanas o lado real da economia
tem assimilado de forma mais concreta os riscos e prejuízos
antecipados pelos mercados financeiros. Em média, hoje já se espera
que o crescimento da economia brasileira em 2009 fique abaixo dos
3%, sendo incômoda a velocidade com que os ajustes vêm se
impondo em alguns setores da economia. E ainda tem a questão
inflacionária, que devido a sua dependência com relação à taxa de
câmbio, hoje também se afigura um assunto pouco confortável para
o cenário de médio prazo.
Mas, de um modo geral, a abordagem da política econômica
brasileira aos novos desafios internacionais tem sido apropriada.
Evidentemente que isso não neutraliza os efeitos negativos do
macroambiente. Mas, tanto quanto possível, as sinalizações atuais
devem mesmo ser no sentido de se compensar perdas de mercado
externo com incentivos à demanda interna. Quanto a isso, é
importante termos em mente que a natureza e as soluções relativas
à atual crise diferem (e muito) do que se viu nas crises enfrentadas
pela economia brasileira desde meados da década de 90.
Quanto ao ambiente de negócios e investimentos, naturalmente que
ele também já reflete a perda de dinâmica econômica. Diversos
projetos foram adiados e a restrição financeira hoje inibe muitas
propostas de incorporação. Mas até mesmo crises oferecem
oportunidades. Principalmente para players capitalizados, visto que,
de um modo geral, os preços se tornam convidativos. E não menos
oportunos também se tornam alguns acordos de joint venture e até
mesmo de fusões. Detectamos movimentos como estes nas notícias
destas últimas semanas, embora, claro, a tônica predominante tenha
sido mesmo a de redução na quantidade de projetos e de retração
nas tomadas de decisão.
CENÁRIO ECONÔMICO
2005
2006
2007
2008*
2009*
PIB (PM) - Var %
2.9
3.8
5.4
5.2
2.8
Inflação IPCA - Var %
5.7
3.1
4.4
6.4
5.3
2.341
2.138
1.771
2.20
2.15
Tx de Juros Nominal - % Acum. Ano
19.0
15.1
11.9
12.6
13.8
Dívida Pública - % PIB
46.5
44.9
43.2
38.5
38.0
Saldo Comercial - US$ Bilhões
44.7
46.1
40.2
23.6
13.7
Trans. Corrente - US$ Bilhões
14.0
13.3
4.9
-30.0
-30.0
Investimentos Diretos - US$ Bilhões
15.1
18.8
35.0
35.0
25.0
Tx de Câmbio - R$/US$ Fim Ano
* Fonte: Relatório de Mercado - Banco Central do Brasil - 28/11/2008
Topo
Agroindústria
| A Tortuga, fabricante de suplementos minerais para nutrição
animal, adquiriu os ativos da PCS Fosfatos Brasil, empresa da
canadense Potash. Esta foi a primeira incorporação realizada pela
Tortuga. Com ela, a empresa amplia em 50% sua capacidade
produtiva de fosfato bicálcico. O valor da transação não foi
divulgado, mas é avaliado entre R$ 90 m e R$ 100 m. Os ativos
incorporados abrangem duas fábricas, localizadas em São Vicente
(SP) e em Lavras (MG).
| A anglo-suíça Syngenta, uma das maiores empresas de
defensivos agrícolas e sementes do mundo, anunciou sua estréia
na produção de mini-mudas para cana-de-açúcar no Brasil. O
projeto foi iniciado há dois anos e exigirá investimento total de
US$ 100 m até 2010. Serão instaladas quatro unidades de
produção de mudas, já estando definidas uma para SP e outra
para o Centro-Oeste.
| A Monsanto, líder global em biotecnologia para a agricultura,
também anunciou sua estréia no mercado de cana-de-açúcar, em
mais uma investida do setor de defensivos e sementes no
segmento de biocombustíveis. A empresa norte-americana
adquiriu a CanaVialis e a Alellyx, ambas da Votorantin Novos
Negócios e voltadas para o melhoramento genético e estudos
biotecnológicos da cana. O negócio foi fechado por US$ 290 m
(cerca de R$ 616 m). Com a aquisição, a Monsanto amplia o seu
portfólio em processos convencionais e de transgenia, até então
restritos à soja, milho e algodão.
| A norte-americana Cargill pretende ampliar a capacidade de
moagem de cana-de-açúcar da Usina Cevasa, de Patrocínio
Paulista (SP). A Cargill detém 63% de participação na Cevasa
que, além da produção de álcool, também desenvolverá produção
de açúcar a partir de 2010. O valor dos investimentos não foi
confirmado pela Cargill, mas é estimado em R$ 190 m.
| A norte-americana Archer Daniels Midland (ADM) confirmou
sua intenção de produzir álcool no Brasil. Para tanto, a empresa
anunciou joint venture com o grupo Cabrera e irá construir duas
usinas de etanol, num investimento total de US$ 520 m, sendo
US$ 370 m de sua responsabilidade. A ADM é hoje a maior
produtora de etanol à base de milho dos EUA. Das duas usinas
brasileiras, uma está em construção na cidade de Jataí (GO) e
deverá iniciar produção em 2009. A outra será instalada em
Limeira do Oeste (MG) e começa a operar em 2010. A ADM será
sócia majoritária no projeto de Jataí e minoritária na unidade
mineira.
Topo
Alimentos
| A Laticínio Jussara, de Patrocínio Paulista (SP) alterou seus
planos de construir uma unidade em MG e optou por adquirir uma
planta já pronta. Com isso, em janeiro a empresa deverá
inaugurar uma unidade em Araxá, antes pertencente ao Laticínio
Letícia. O investimento será da ordem de R$ 35 m e,
inicialmente, a unidade irá processar apenas leite longa vida. Mas
em meados de 2009 ela também deverá produzir iogurtes e
queijos e, em 2010, leite condensado. Esta é a primeira unidade
mineira da Jussara e o valor da transação com o Laticínio
Letícia não foi divulgado.
| A Laticínios Bom Gosto e a Líder Alimentos decidiram fundir
suas operações, transação esta que será realizada por troca de
ações entre os acionistas controladores. A Bom Gosto possui sede
em Tapejara (RS) e a Líder Alimentos em Lobato (PR). Juntas,
as duas empresas possuem 17 plantas industriais distribuídas no
RS, PR, SP, MG e MS. Ela supera a Parmalat e passa a ocupar a
quarta posição entre as maiores captadoras de leite no País, atrás
da Nestlé, da Perdigão (Eleva) e da Itambé. O BNDESPar, que
hoje possui 23% da Bom Gosto, fará um aporte de capital na
nova empresa em valor não divulgado.
| O Frigorífico Minerva anunciou o início de suas atividades em
dois novos Estados. Foram inaugurados centros de distribuição no
ES e em SC, visando atingir o pequeno e médio varejo destas
regiões. Atualmente a rede de distribuição do Minerva abrange os
Estados de SP, MG, PR, GO e DF. Os dois novos Estados foram
escolhidos por terem pouca presença dos principais concorrentes e
por disporem de importantes sistemas portuários. Isso deve
facilitar não apenas as exportações da empresa, mas também a
distribuição no País de produtos provenientes do Chile, Argentina
e Uruguai.
| A Bertin Alimentos, por meio da Bertin&Merlo (B&M), pagou
€ 17 m para ficar com 50% da Riggamonti, maior produtora de
bresaola da Itália. A B&M é uma empresa de distribuição focada
no mercado europeu, na qual a Bertin detém 50% de
participação. A decisão de entrar no capital da Riggamonti, que
possui 40% do mercado italiano de bresaola (fabricada com cortes
de coxão mole), visa agregar valor aos produtos da Bertin.
| O BNDESPar vai injetar R$ 450 m no capital do Frigorífico
Independência, passando a deter até 33% de seu capital,
dependendo da performance do frigorífico em 2009. O BNDES já
possui participação no setor de carnes bovinas no País, com um
total de 19,4% do capital do JBS-Friboi, 14,66% do Marfrig e
21,46% do Bertin. A subscrição de ações no Independência será
realizada em duas etapas, sendo uma de R$ 250 m neste ano e
outra de R$ 200 m em 2009. O Frigorífico Independência hoje
conta com 14 unidades de abate e para 2009 prevê a abertura de
mais duas plantas, sendo uma em Pontes e Lacerda (MT) e a outra
em Pires do Rio (GO).
| A Coasul, cooperativa de São João (PR), pretende investir R$ 80
m na construção de um frigorífico de aves e de uma fábrica de
ração. O cronograma da unidade prevê sua inauguração em 2010,
com ampliação em 2012. Já a Cocari, do município paranaense de
Mandaguari, reserva investimentos de R$ 75 m em seu novo
abatedouro de frangos e mais R$ 15 m numa unidade de rações. A
construção irá começar em 2009, com inauguração prevista para
2011.
| A Globoaves, que recentemente entrou na produção de frangos,
suínos e embutidos, está investindo R$ 17 m para também atuar
no abate e processamento de patos. A empresa mantém uma
parceria com a Villa Germânia neste segmento avícola e os
investimentos visam a construção de um frigorífico. A intenção da
Globoaves é vender o produto principalmente no mercado
europeu. A nova unidade ficará em Indaial (SC), sede da Villa
Germânia, e está prevista para iniciar atividades no segundo
semestre de 2009. A parceria da Globoaves e da Villa Germânia
abrange diversos segmentos não tradicionais, como marrecos,
coelhos, codornas, galinhas d'angola e frangos caipira.
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Bebidas
| A francesa Danone entrou no mercado brasileiro de águas
minerais com a aquisição da Icoara Indústria de Águas, de
Jacutinga (MG). No Brasil, as atividades da Danone
concentram-se no segmento de lácteos (principalmente iogurtes).
Mas mundialmente, inclusive na Argentina e no México, a
empresa é líder no setor de águas minerais, com marcas famosas
como Evian e Volvic. O valor da aquisição é estimado em
aproximadamente R$ 8 m e o primeiro lançamento da empresa no
setor será o da marca BonaFont.
| Os acionistas da cervejaria norte-americana Anheuser-Busch
aprovaram a oferta de compra feita pela belgo-brasileira InBev
em julho, o que dá origem à ABInBev, maior grupo cervejeiro do
mundo. O negócio de US$ 52 bilhões foi aprovado por 68,76% dos
controladores da Anheuser-Busch. A nova empresa nasce com
dívidas de US$ 65 bilhões, cuja administração e redução será
tarefa prioritária. Tanto que a ABInBev já prepara a venda de até
US$ 15 bilhões em negócios secundários presentes em sua
estrutura, tais como os parques de diversões SeaWorld e Busch
Gardens, além de fábricas de embalagens, participações e outros
negócios periféricos. A capitalização também deverá contar com
uma emissão primária de ações. A nova cervejaria reúne marcas
como Brahma, Antarctica, Skol, Quilmes, Stella Artois,
Beck's, Budweiser e, possivelmente, as marcas da mexicana
Modelo, que resiste em manter sua sociedade com a
Anheuser-Busch após a incorporação da empresa.
Topo
Vestuário e Calçados
| A grife de jeanswear Ellus passará por uma cisão e dará
independência a sua segunda marca, a 2nd Floor, criada há dois
anos. A 2nd Floor terá unidades próprias e suas primeiras lojas
serão inaugurada em 2009 em Belo Horizonte (MG) e em São
Paulo (SP). O objetivo é chegar a 30 unidades em cinco anos, com
investimentos orçados em R$ 40 m. A nova grife, assim como a
Ellus, pertence ao grupo Inbrands, que tem como sócio o fundo
Pactual Capital Partners (PCP).
| A São Paulo Alpargatas, controlada pelo Grupo Camargo
Corrêa, concluiu a aquisição de 60,1% do capital da Alpargatas
Argentina por US$ 84 m. A Alpargatas Argentina é a maior
empresa de calçados e têxteis do País vizinho e, com seu controle,
a São Paulo Alpargatas torna-se a maior fabricante de calçados
da América do Sul. No final de 2007 a São Paulo Alpargatas
iniciou a incorporação da Alpargatas Argentina adquirindo
34,5% de suas ações. A nova subsidiária acrescenta sete fábricas
de calçados e quatro de artigos têxteis aos seus ativos.
Topo
Comércio
| A Lojas Renner, rede varejista com foco na Região Sul, desistiu
de incorporar a rede Leader, que hoje possui 40 lojas. A
transação havia sido anunciada em março e em setembro seu
preço foi confirmado em R$ 670 m. Com a desistência, a Leader
volta-se agora para seu plano de crescimento orgânico, que prevê
a abertura de quatro novas lojas até o final deste ano e de pelo
menos três unidades em 2009. A Leader possui atuação centrada
na venda de vestuários e a maioria de suas lojas fica no RJ.
| A BFFC, controladora da marca de fast food Bob's, fechou
acordo com o Grupo de Empresas Doggis (GED), líder em
serviços de alimentação no Chile, visando a internacionalização de
suas marcas. A BFFC trará ao Brasil a rede Doggis, maior fast
food especializado em hot dog da América Latina, e cederá a rede
Bob's para ser explorada no Chile. A expectativa da BFFC é
inaugurar cerca de 40 pontos-de-venda Doggis em cinco anos. No
mercado chileno, está prevista a abertura de 29 lojas Bob's até
2013. Cada empresa terá 20% de participação nos negócios com
sua marca no mercado de seu sócio.
| Com investimentos de R$ 30 m, a rede de farmácias Pague
Menos, a maior do País, está inaugurando sua nova central de
logística e armazenagem em Fortaleza, CE. O centro de
distribuição estará apto a abastecer até mil lojas com
medicamentos, produtos de higiene pessoal e cosméticos, sendo
que atualmente o grupo conta com 297 pontos de vendas em 73
cidades de 24 Estados e do DF.
Topo
Materiais de Construção
| A norte-americana Louisiana-Pacific iniciou suas atividades
produtivas em território brasileiro. Em maio a empresa adquiriu
75% da unidade de painéis estruturais tipo OSB da chilena
Masisa em Ponta Grossa (PR), planta esta agora
operacionalizada. O foco da unidade é o segmento de construção a
seco, sem uso de água e cimento, apenas com placas sob medida.
Atualmente a Louisiana-Pacific conta com 21 fábricas,
distribuídas nos EUA, Canadá e Chile.
| Um mês após adquirir as operações da Provinil, de São José dos
Pinhais (PR), a belga Aliaxis anunciou planos para triplicar as
atividades da fabricante brasileira de tubos e conexões. Os
investimentos serão de R$ 40 m em dois anos e abrangem
modernização e desenvolvimento de produtos. A Aliaxis é uma
das maiores fabricantes mundiais de produtos hidráulicos plásticos
e seu foco no Brasil serão as áreas de infra-estrutura, irrigação,
drenagem e principalmente predial. Na América Latina a empresa
atua em 12 países e irá concorrer com a Tigre e a Amanco.
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Química e Petroquímica
| A alemã Evonik (ex-Degussa) tem planos de investir € 45 m
em uma nova fábrica no RS, com operações previstas para o início
de 2011. Nela será produzido peróxido de hidrogênio, produto
branqueador de celulose a ser utilizado principalmente pelo
complexo de papel e celulose daquele Estado. Se confirmada, a
unidade deverá começar a ser erguida em meados de 2009 junto
ao Pólo Petroquímico de Triunfo.
| A Unigel fechou a compra da fábrica de estireno da norteamericana Dow na Bahia, a antiga Estireno do Nordeste (EDN)
em Camaçari. A intenção da Unigel é reativar a unidade até o
final do ano. O valor da transação não foi divulgado, mas é
estimado em aproximadamente R$ 100 m. Com a nova unidade, a
Unigel, que já controla a Companhia Brasileira de Estireno
(CBE), torna-se a maior produtora brasileira de monômero de
estireno, matéria-prima para a fabricação de poliestireno (resina
utilizada em embalagens descartáveis, aparelhos de TV, CDs e
outros).
| O Grupo Vicunha, controlador da Companhia Têxtil do
Nordeste (Citene), vendeu para a Petroquisa (Petrobras) sua
participação nos projetos petroquímicos para produção de insumos
à indústria têxtil em Pernambuco. Com isso, a Petroquisa fica
como única acionista remanescente do empreendimento, que visa
a criação de uma indústria têxtil integrada no Nordeste. Os
investimentos no projeto são estimados em US$ 1 bilhão. Na
transação, a Citene alienou metade do controle da Petroquímica
Suape (produtora de PTA) e 60% da Companhia Integrada
Têxtil de Pernambuco (Citepe), que visa a fabricação de
polímeros e filamentos de poliéster. O valor da venda foi de R$
31,2 m.
| A alemã Lanxess concluiu a reorganização operacional e
integração da Petroflex em sua plataforma global. A Petroflex,
fabricante de borracha sintética, foi incorporada pela Lanxess no
final de 2007. Desde então, foram adquiridas participações de
acionistas minoritários; unificadas atividades fabris nas plantas de
Duque de Caxias (RJ), Triunfo (RS) e Cabo de Santo Agostinho
(PE); interrompidas linhas específicas; e fechadas subsidiárias
internacionais. A marca Petroflex dará lugar a uma nova marca,
que abrangerá toda a linha da Lanxess no Brasil. A empresa
alemã é a maior produtora mundial de borracha sintética, produto
utilizado em pneus, chicletes, calçados e outros.
Topo
Energia
| A Aneel realizou novo leilão de transmissão de energia e licitou
a construção de subestações e linhas de conexão para usinas de
biomassa, PCHs e para as Hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau
no Rio Madeira. De um modo geral, saíram vencedoras empresas
de capital espanhol e nacional, sendo destaque, neste último caso,
as empresas estatais. A Região Centro-Oeste, onde se situam as
plantas de biomassa e as PCHs, receberá investimentos totais da
ordem de R$ 1 bilhão por parte da Cobra, Elecnor e do consórcio
formado por Furnas, Delta Construções e Fuad Rassi
Engenharia. Já a transmissão de energia gerada no Rio Madeira
contará com duas linhas ligando Porto Velho (RO) a Araraquara
(SP) e investimentos totais da ordem de R$ 7 bilhões. Uma das
linhas será executada pelo Consórcio Madeira (Cteep, Furnas e
Chesf) e a outra pelo Consórcio Norte-Brasil (Eletrobrás,
Eletronorte, Abengoa e Andrade Gutierrez).
| O Grupo União está investindo cerca de R$ 15 m para dobrar a
produção de sua planta de biodiesel, a Binatural, em Formosa
(GO). A unidade utiliza como matéria-prima óleo de algodão, de
soja e sebo e suas atividades serão ampliadas a partir de
dezembro. No setor de energia o grupo atua por meio da União
Energia, que também possui participação na Destilaria Alda, de
Goiás, além de pequenas centrais hidrelétricas.
Topo
Mineração e Siderurgia
| A MMX Mineração e Metálicos, empresa controlada pela EBX,
anunciou a aquisição dos direitos minerários de ferro em duas
unidades no Chile. A operação também abrange opção de compra
de outras duas jazidas. As unidades foram assumidas pela
subsidiária Minera MMX de Chile e irão custar US$ 53,5 m
(incluindo o exercício das opções). Deste montante, US$ 26 m já
foram pagos. Outros US$ 17 m estão previstos pela MMX para o
mapeamento geológico e licenciamento ambiental da exploração.
| A Cosipa, subsidiária da Usiminas, anunciou a aquisição de
49% de participação na Dufer, empresa distribuidora e
transformadora de bobinas de aço em São Paulo. A participação
pertencia ao grupo alemão ThysenKrupp e custou R$ 92,4 m à
Cosipa, que agora passa a deter 100% da Dufer. O setor de
serviços e distribuição de aços no Brasil vem passando por um
processo de consolidação. A própria Usiminas hoje detém 64% da
Rio Negro e 50% da Fasal e cogita-se que ela deva incorporar
totalmente estas companhias. Recentemente, a ArcelorMittal
adquiriu participação na Manchester Tubos e na Gonvarri. Hoje,
as quatro maiores fabricantes de aços no Brasil (ArcelorMittal,
Gerdau, Usiminas e CSN) dominam 47% da distribuição.
| O grupo Açotubo está incorporando a Artex, empresa
especializada na distribuição de chapas de aço inoxidável. Com
isso, além de ingressar num segmento em que ainda não atuava,
a Açotubo também amplia sua capacidade de distribuição, a qual
abrange produtos de aço carbono, tubos e aço inoxidável. A
distribuição de chapas de aço inox da Artex atualmente foca os
mercados de bebidas, alimentos e químico, sendo que a Açotubo
pretende investir R$ 25 m na modernização e ampliação de suas
atividades. O valor da aquisição não foi divulgado pelas empresas.
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Bens de Capital
| Com a desvalorização cambial, a coreana Hyundai Heavy
Industries estuda antecipar a instalação de sua linha de
montagem no Brasil para o final de 2009. Antes, a empresa
avaliava a questão com sua distribuidora local, a Brasil Máquinas
(ligada à trading Comexport), para após 2012. O local mais
provável da unidade é o município de Sorocaba (SP). Se
concretizada, a nova linha da empresa de infra-estrutura deverá
abastecer o mercado de toda a América Latina e exigirá
investimentos de US$ 50 m. Atualmente a Hyundai Heavy
Industries vende escavadeiras, pá-carregadeiras, colheitadeiras
e empilhadeiras no Brasil.
| A Ebse Engenharia de Soluções, empresa controlada pelo
Grupo MPE, pretende investir cerca de R$ 44 m até 2011 para
ampliar sua capacidade produtiva de tubos de aço com costura
destinados ao setor de petróleo e gás. Os planos envolvem novas
parcerias com a holandesa Frames para o desenvolvimento de
projetos especiais. A Ebse possui fábrica no Rio de Janeiro (RJ) e
busca acesso à Baía de Guanabara. Dos investimentos previstos,
cerca de R$ 29 m visam a compra imediata de novos
equipamentos, ficando os R$ 15 m restantes para máquinas e
melhorias nos próximos três anos.
| A Adira, fabricante portuguesa de máquinas de corte de chapas
de aço, vai investir € 10 m na construção de uma unidade em
Porto Alegre (RS). O investimento será realizado ao longo dos
próximos cinco anos. As máquinas fabricadas pela empresa são
utilizadas na produção de automóveis, autopeças,
eletrodomésticos e no setor de construção civil.
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Autopeças
| Com investimentos de € 7 m, ainda não concluídos, a fabricante
brasileira de autopeças Sabó já iniciou a produção em sua
primeira fábrica na China. De lá, a empresa deverá fornecer peças
para sistemas de transmissão a serem utilizados pela alemã
Volkswagen em seus projetos regionais. Atualmente a Sabó
possui fábricas na Europa, Estados Unidos e Argentina. No Brasil a
empresa possui duas fábricas.
| A Tuper, fabricante de escapamentos automotivos da marca
Sicap, adquiriu sua concorrente Vanzin Automotive. O objetivo
da Tuper é crescer no segmento de reposição e o valor da
aquisição não foi divulgado. Com a Vanzin, a Tuper passa a deter
cerca de 35% do mercado de escapamentos para reposição no
País. Atualmente a Vanzin conta com quatro centros de
distribuição (SP, SC, PR e RS) e unidades fabris em SC, SP e PR,
os quais se somam aos nove CDs e ao parque industrial em São
Bento do Sul (SC) da Tuper.
| O Grupo Bosch fechou acordo para a incorporação da Hofmann
do Brasil, empresa líder na fabricação de equipamentos para
alinhamento de direção, balanceamento de rodas e montagem e
desmontagem de pneus. Com o negócio, a Bosch pretende
fortalecer suas atividades no setor de equipamentos de teste e
diagnóstico veicular, complementando seu portfólio de produtos
para oficinas mecânicas credenciadas e independentes. A
Hofmann possui sede em São Paulo (SP) e terá sua marca
preservada pela Bosch. O valor do negócio não foi divulgado.
| A Borrachas Vipal, fabricante de produtos para reforma de
pneus e câmaras de ar e com sede em Nova Prata (RS), anunciou
a compra de 49% da Duroline, de Caxias do Sul (RS). A
Duroline fabrica materiais de fricção para freios de veículos
pesados. O valor da transação não foi divulgado, mas ela será
efetivada via capitalização da Duroline. A intenção das duas
empresas com a transação é explorar sinergias no mercado
automotivo de reposição, notadamente em suas operações
internacionais.
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Transportes
| A Companhia Brasileira de Offshore (CBO), empresa
controlada pelo grupo Fischer, pretende investir US$ 896,5 m
nos próximos anos para crescer e se verticalizar. O montante
inclui a modernização do estaleiro Aliança, de Niterói (RJ),
também controlado pelo grupo. Um dos focos do programa será a
expansão da frota da empresa de 13 para 35 navios. A CBO é
especializada no apoio à exploração e produção de petróleo e gás.
Outros focos do investimento serão o setor de construção e reparo
de embarcações, processamento de aço e, futuramente, até
mesmo administração de terminais de apoio offshore em portos do
País.
| A GP Investimentos está saindo do bloco de controle da
América Latina Logística (ALL), onze anos após o leilão de
privatização da Rede Ferroviária Federal. A gestora de fundos
de private equity anunciou a venda de suas ações ordinárias para
o fundo BRZ ALL, da gestora de fundos BRZ, que também é
administrada pela GP. A GP já havia vendido parte de suas ações
na ALL, mas ainda detém 18,6% que integram o bloco de controle
da empresa. O valor da operação está entre R$ 300 m e R$ 330
m. O BRZ ALL é formado basicamente por fundos de pensão,
dentre os quais a Petros (Petrobras), a Funcef (Caixa
Econômica Federal), a Forluz (Cemig), a Postalis (Correios),
a Valia (Vale do Rio Doce) e a Sabesprev (Sabesp).
| A Eurocopter, empresa do consórcio europeu EADS (European
Aeronautics Defence and Space), irá assumir o controle da
Helibras, fabricante brasileira de helicópteros com sede em
Itajubá (MG). A Eurocopter tem sede na França e pretende
transferir parte de suas linhas para fora da Europa. Atualmente
ela detém 45% do capital da Helibras e deverá adquirir cerca de
34% de ações hoje pertencentes ao grupo brasileiro Bueninvest.
A Helibras é a única fabricante de helicópteros da América
Latina.
| A OAS, a Setal e a Piemonte estão se unindo para lançar o
Estaleiro da Bahia, um projeto de US$ 400 m em Maragogipe,
BA. A OAS tem origem na área de construção pesada, a Setal no
setor de óleo e gás e a Piemonte é uma empresa de
investimentos. O novo estaleiro será voltado para a construção de
petroleiros, plataformas, sondas de perfuração e navios de apoio
offshore. Ele deve ser o segundo maior do setor no País, atrás
apenas do Atlântico Sul, em PE. Para a Setal e a OAS o projeto
representa um retorno à área de construção naval, sendo que
cada uma terá 45% do Estaleiro da Bahia. A Piemonte terá os
10% restantes do empreendimento, o qual deverá ser inaugurado
no final de 2010.
| A mineradora canadense Adriana Resources vai investir um
total de US$ 750 m para instalar um porto na Baía de Sepetiba,
RJ. O projeto será executado pela subsidiária Brazore e envolve
duas fases, sendo que a primeira exigirá aporte de US$ 225 m. O
objetivo do empreendimento é a exportação de minério de ferro e
o início de suas operações está previsto para 2011. A segunda
fase, orçada em US$ 525 milhões, deverá ser concluída em 2012
e prevê a construção de um túnel sob o canal e sob a ilha de
Itacuruçá, com a instalação de correias de transporte.
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Tecnologia da Informação
| A Symetrix, fabricante norte-americana de chips, firmou joint
venture com o grupo brasileiro Encalso-Damha para construir
uma fábrica de semicondutores em São Carlos (SP). Os
investimentos iniciais, nos três primeiros anos, serão da ordem de
US$ 150 m. O foco da unidade será o atendimento do mercado
interno de chips de memória utilizados em bilhetes de metrô e
ônibus e na rastreabilidade de animais. O início da construção
deverá ser no segundo semestre de 2009 e a inauguração está
prevista para meados de 2011.
| A Contax, prestadora de serviços de call center ligada ao Grupo
Telemar, anunciou a criação da Todo, empresa voltada à
terceirização de serviços de tecnologia da informação (TI). A Todo
terá sede em São Paulo e filiais no Rio de Janeiro (RJ),
Florianópolis (SC) e Recife (PE). Em um primeiro momento ela
deverá receber investimentos da ordem de R$ 10 m.
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Imobiliário
| A Latin America Hotels (LA Hotels), empresa de hotelaria da
gestora de fundos GP Invetiments, adquiriu 100% da
Bonaparte Hotéis, que administra seis empreendimentos no
Paraná. Com isso, a LA passa a gerir 26 hotéis e torna-se, com
menos de um ano de atividades, a quarta maior empresa do setor,
atrás das redes Accor, Atlantica e Othon. A Bonaparte
pertencia ao grupo LN e sua aquisição abrange a propriedade de
quatro hotéis e o direito de administração em outros dois. O valor
da aquisição não foi divulgado. Além de investidora em ativos do
setor, a LA também é administradora de hotéis, que hoje somam
26 unidades.
| E em leilão de ações realizado pela Invest Tur, no qual foram
disponibilizados 10,8% de seu capital, a LA Hotels também
assumiu uma fatia de 6,07% da empresa. A Invest Tur
desenvolve empreendimentos imobiliários turísticos e é focada na
construção de resorts e condomínios de segunda residência. Ela
atua com diversas bandeiras, dentre as quais Txai, Böná, Golden
Tulip, Tivoli e outras. Além de assumir participação em seu
capital, a LA Hotels ainda negocia um acordo para possivelmente
se fundir com a Invest Tur.
| As incorporadoras Agra e Cyrela desfizeram o acordo fechado
em junho para a união de suas atividades. Com a operação,
avaliada em R$ 1,5 bilhão, a Agra seria 100% incorporada pela
Cyrela. A desistência e a crise econômica também fizeram a Agra
reduzir sua projeção de novos lançamentos imobiliários em 2008,
de R$ 2,1 bilhão para R$ 1,4 bilhão, montante que deverá ser
mantido em 2009. A redução nos lançamentos segue a tendências
de outras empresas do setor, como a Abyara, CR2, Even, Inpar
e Eztec. Os controladores da Agra, decidiram, ainda, realizar um
aumento de capital da ordem de R$ 100 m, decisão esta
semelhante à também já adotada pela Even e pela Rossi.
| A Equity International, maior acionista individual da
incorporadora imobiliária Gafisa, anunciou um aporte de US$ 50
m na empresa. Com isso, sua participação no capital da Gafisa irá
ampliar-se de 13,7% para 18,7%. A Gafisa é especializada no
setor residencial e recentemente incorporou a Tenda, voltada
para imóveis de menor padrão. Atualmente a Equitiy
International possui diversas participações imobiliárias no Brasil,
como na Bracor (imóveis comerciais e industriais), BR Malls
(shopping centers) e AGV Logística.
| A Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário (CCDI),
incorporadora do grupo Camargo Corrêa, desembolsou R$ 12,4
m por mais 19% do capital da HM Engenharia, construtora
focada em imóveis para baixa renda. A CCDI entrou no segmento
em 2007, quando adquiriu 51% da HM. Em abril ampliou sua
participação na empresa para 81% e agora detém a totalidade de
seu capital. A atuação da HM concentra-se em São Paulo e
recentemente vem focando o interior do Estado.
| A Bracor está investindo R$ 500 m em um centro empresarial
nas proximidades do Aeroporto de Viracopos, em Campinas
(SP). Este será o maior aporte da empresa em um projeto desde
sua criação, em 2006. O empreendimento contará com galpões,
centros de distribuição e prédios de escritórios, além de um hotel
cuja bandeira ainda encontra-se em negociação. No geral, a maior
parte dos prédios será construída no sistema build-to-suit (sob
medida para o locador).
Topo
Serviços
| A Anhanguera Educacional anunciou a aquisição da LFG,
empresa líder no segmento de cursos de pós-graduação e
preparatórios a distância no Brasil. A Anhanguera deverá
desembolsar, inicialmente, R$ 80 m na aquisição, dos quais R$
30,7 m em caixa, R$ 40 m em ações e R$ 9,3 m em dívidas
assumidas. Também estão previstos pagamentos semestrais
(estimados em aproximadamente R$ 5,5 m) até 2013 e mais uma
parcela de R$ 100 m ao final do período. Com a transação, a
Anhanguera torna-se líder no ensino superior privado do País.
Desde que realizou seu IPO em 2007, a Anhanguera já
incorporou 18 instituições de ensino.
| A Diagnósticos da América (Dasa) anunciou a aquisição da
Maximagem, rede de exames por imagem com sete unidades em
São Paulo (SP). A transação custou R$ 36,2 m à Dasa.
Atualmente a Dasa tem 40% de seu faturamento decorrente de
diagnósticos por imagem (radiologia, ultrassom e outros) e 60%
de análises clínicas. Sua intenção, que acabou por motivar a
incorporação da Maximagem, é ampliar a divisão de imagens.
| A Medial Saúde pagou R$ 18 m pelo laboratório SAE-Serviços
de Análises Especializadas. A aquisição foi realizada por meio
da UN Diagnósticos, divisão da Medial voltada para a área de
medicina diagnóstica. O SAE possui dez unidades laboratoriais e
foco no segmento de medicina do trabalho e serviços para outros
laboratórios. Com a operação, a Medial passa a somar 56
laboratórios, dos quais 11 em hospitais e 25 em centros médicos
próprios.
| As redes de locadoras de DVD 100% Vídeo e Megamil Vídeo
decidiram fundir suas atividades e formarão uma nova empresa,
gestora de suas 120 lojas no País. A transação não envolveu
dinheiro, apenas troca de ações entre as duas empresas, que
iniciaram seus negócios em Campinas (SP). Atualmente, a
Megamil possui 32 lojas e a 100% Vídeo possui 88 unidades. Os
planos envolvem a abertura de mais 100 novos pontos, sendo 40
lojas com a bandeira da 100% Vídeo e 60 com a marca
Megamil.
Topo
Financeiro
| O Itaú e o Unibanco, respectivamente segundo e quarto
maiores bancos privados do Brasil, anunciaram a fusão de suas
atividades, na maior transação do setor no País. A operação não
prevê desembolsos, apenas troca de ações. Juntas, as duas
instituições possuem valor de mercado de US$ 51,1 bilhões e
formam o maior banco brasileiro e décimo-quarto do mundo. Em
ativos, o novo banco terá R$ 575,1 bilhões, à frente dos R$ 422,7
bilhões do Bradesco e dos R$ 416,5 bilhões do Banco do Brasil
(BB). Em princípio as marcas deverão ser preservadas, sendo
ambas subordinadas à nova Itaú Unibanco Holding. Esta última
será controlada pela IU Holding, na qual a Itaúsa terá 50% das
ações ordinárias, 100% das preferenciais e 66% do capital total,
ficando a Unibanco Holdings com 50% das ordinárias e 33% do
capital total. A IU terá 51% das ações ordinárias e 26% do capital
total da Itaú Unibanco Holding. A fusão também cria a maior
emissora de cartões de crédito do País (34% do mercado), à
frente do BB e do Bradesco. Dentre as instituições varejistas
parceiras do novo gigante financeiro, destacam-se Lojas
Americanas, Pão de Açúcar, Magazine Luiza, Ponto Frio,
Lojas Marisa e Ipiranga. O novo banco também será líder local
na gestão de recursos de terceiros e em private banking, com R$
244,8 bilhões de recursos administrados.
| E o Unibanco também anunciou a compra da participação de
48% da norte-americana American International Group (AIG)
na Unibanco Seguros e Previdência (antiga Unibanco AIG). A
participação foi precificada em US$ 820 m. Mas como a AIG ficará
com a participação do Unibanco na AIG Brasil Companhia de
Seguros (empresa de seguros não-operacional, mas já
autorizada), o montante líquido a ser pago pelo banco brasileiro
será de US$ 805 m. A joint venture entre Unibanco e AIG foi
firmada em 1997 e hoje ela detém 8% do mercado. A AIG foi
uma das instituições financeiras mais atingidas pela crise das
hipotecas no mercado norte-americano.
| O Banco do Brasil (BB) fechou a compra de 71% das ações do
banco estatal paulista Nossa Caixa por R$ 5,386 bilhões. A
investida é estratégica para o BB, após a fusão do Itaú e do
Unibanco, pois fortalece sua posição no mercado paulista, o
maior do País e onde antes ocupava a quarta posição em número
de agências. O BB passa agora a 1324 agências, a maior rede do
Estado. Em termos de ativos totais, contudo, com a Nossa Caixa
o Banco do Brasil passa a somar R$ 512 bilhões em ativos, ainda
abaixo dos R$ 575 bilhões do Itaú Unibanco. A Nossa Caixa
dará ao BB cerca de R$ 16 bilhões em depósitos judiciais (um dos
fundings mais baratos do mercado) e a conta-salário dos
funcionários públicos estaduais. O pagamento ao Governo de SP
será realizado em dinheiro e em 18 parcelas a partir de março de
2009. Outros R$ 2,6 bilhões ainda poderão ser gastos pelo Banco
do Brasil em oferta pública pelas ações de minoritários da Nossa
Caixa.
| A holandesa Aegon e a brasileira Mongeral decidiram formar
joint venture para atuar no seguro de vida e previdência, ramo de
especialização da Mongeral. Na transação, a Aegon irá comprar
50% da Mongeral, que por sua vez fará um aporte de R$ 30 m
no negócio. O início das operações da nova seguradora será a
partir de 2009 e cada sócia terá 50% de participação. A Aegon é
um dos maiores grupos seguradores do mundo.
| A corretora inglesa Icap está assumindo a brasileira Arkhe,
numa transação de US$ 17 m, mais parcela atrelada ao
desempenho da instituição. A Arkhe tem atuação centrada na
BM&F e em 2007 foi a quarta maior corretora em contratos
negociados. Em volume financeiro, ela ocupa a quinta posição. A
intenção da Icap, que é a maior corretora do mundo em negócios
eletrônicos, é desenvolver uma plataforma de negociação de ações
na Bovespa, ampliando a atuação de sua nova subsidiária.
Topo
Outros Setores
| A Procter & Gamble do Brasil confirmou investimentos de R$
45 m para construir uma fábrica de absorventes e fraldas em
Maceió, AL. Atualmente, a empresa de bens de consumo conta
com quatro fábricas no País: Louveira e Anchieta (SP), Salvador
(BA) e Manaus (AM). Também está construindo uma quinta
unidade no Rio de Janeiro, que no ano que vem receberá outros
R$ 50 m para ampliações. A unidade alagoana começará a ser
construída em agosto de 2009 e abastecerá o consumo da Região
Nordeste, hoje atendido pela unidade de Louveira. A P&G atua no
Brasil com 13 marcas de consumo, dentre as quais Gillette,
Oral-B, Duracell, Pampers e Always.
| O fundo Gávea Investimentos fechou acordo para a compra de
uma participação de 12,64% no capital da RBS Comunicações,
holding que controla cerca de 90% dos negócios do grupo RBS. A
RBS atualmente controla 18 emissoras de TV afiliadas à Rede
Globo, 25 estações de rádio e 8 jornais, dentre outras
propriedades, com foco na Região Sul do País. O valor da
transação não foi divulgado, sendo que ela representa a estréia do
Gávea na área de mídia. Os recursos obtidos pela RBS serão
utilizados na expansão de suas atividades.
| A Prolagos, concessionária de serviços de água e esgoto no
litoral Norte do RJ, deve investir R$ 68 m no triênio 2008-2010. O
objetivo é ampliar o fornecimento de água e serviços de
saneamento básico. Com isso, os investimentos da Prolagos
desde o início de sua concessão, em 1998, somará cerca de R$
300 m. Já em 2009 a empresa espera chegar a 100% de esgoto
coletado e tratado em Cabo Frio, principal cidade atendida. A
Prolagos hoje é controlada pela holding Cibe Participações e
Empreendimentos (Bertin e Equipav), que a adquiriu no ano
passado do grupo Águas de Portugal.
| A Vale do Rio Doce anunciou a aquisição da Petroleum
Geoscience Technology (PGT), empresa do RJ especializada em
análise de dados em bacias petrolíferas. O valor pago pela
mineradora será de R$ 15 m, em parcelas até 2013. O objetivo da
Vale é ampliar seus investimentos em petróleo e gás, sendo que a
empresa já vem participando dos últimos leilões da ANP e
inclusive, já possui atividade perfuradora em sociedade com a
Shell no litoral do ES. A Vale também anunciou a aquisição de
25% de participação em um bloco exploratório na Bacia de
Santos. A fatia pertencia à espanhola Repsol, que permanece
com outros 25% da concessão. O restante do bloco pertence à
britânica BG, operadora do projeto.
| Com investimentos da ordem de R$ 180 m, a Vivo está
expandindo sua atuação na Região Nordeste com o início de
atividades em PE e CE. Em ambos Estados, os serviços GSM da
operadora atenderão os municípios próximos das capitais. As
licenças foram adquiridas pela Vivo por R$ 85 m em leilão da
Anatel no final de 2007. Os aportes contemplam implementação
de rede e estabelecimento de estrutura de varejo. Até o final do
ano, a intenção da empresa é também estabelecer operações em
AL, PB, PI e RN.
Topo
A BRASILPAR possui mais de 25 anos de experiência em
assessoria a fusões e aquisições, avaliação de projetos e negócios
e gestão de capital de risco. Já acumulou transações que somam
mais de US$ 3 bilhões. Seus atuais serviços englobam: assessoria
em compra, venda e associações entre empresas; atração de
sócios e levantamento de capital para projetos e empresas;
desenvolvimento de planos de negócios e assessoria estratégica;
assessoria em investimentos em novos negócios; aconselhamento
financeiro e estratégico em geral.
Alberto Ortenblad Filho
[email protected]
Daniel Chama Baldin
[email protected]
Jorge Troyko
[email protected]
Luis Fernando Amatti Salem
[email protected]
Luiz Eduardo do Amaral Costa
[email protected]
Luiz Roberto Carvalho Pereira
[email protected]
Marco Antonio dos Reis Serra
[email protected]
Marcos Levy
[email protected]
Paulo Vasquez Varela
[email protected]
Tom Waslander
[email protected]
Av. Presidente Juscelino Kubitschek, 28 - 8o andar
04543-000 - São Paulo - SP
Tel.: (011) 3709-4270 | Fax : (011) 3709-4288
www.brasilpar.com.br
O boletim NEGÓCIOS E INVESTIMENTOS é editado bimestralmente pela Brasilpar
Serviços Financeiros.
Diretores Responsáveis: Marco Antonio Serra e Alberto Ortenblad Filho.
O cenário econômico contido neste boletim refere-se a consulta de opiniões do
Banco Central do Brasil e pode ser modificado sem prévia comunicação. A
Brasilpar não se responsabiliza pela utilização comercial ou financeira dessas
previsões.
Os projetos e valores de investimentos das empresas citadas neste boletim
referem-se aos divulgados nos principais meios jornalísticos. A Brasilpar não se
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