Newsletter 97

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Newsletter 97
Agroindústria
Alimentos
Varejo
Cosméticos
Materiais de Construção
Papel e Celulose
Energia
Petróleo
Mineração e Siderurgia
Bens de Capital
Veículos e Peças
Telecomunicações
Transportes e Logística
Imobiliário
Outros Setores
Ambiente Macroeconômico e de Investimentos
Em que pese a confiabilidade adquirida pela economia brasileira nos
mercados internacionais, uma crise de proporções globais, como a
atual, não tem como ser neutra em seus efeitos. O pivô dos
movimentos é externo e, quanto a isso, só o que a política
econômica pode fazer é se adequar ao aumento de riscos. Mas há
dois aspectos da própria economia brasileira que precisam ser
monitorados: o déficit em transações correntes, que há tempos
sugere um câmbio valorizado; e a liquidez bancária, pois sempre há
a possibilidade de alguma instituição importante ter se excedido em
seus riscos.
Para a economia real, naturalmente que os reflexos da inversão
de cenário são mais demorados. Mas já há restrições de crédito,
aumento dos juros, prejuízos cambiais, diminuições de riqueza
e perda de confiança. A expectativa, porém, é de que os impactos
desta crise sejam menos pronunciados do que nos casos anteriores.
Isso, claro, supondo que o BC não tenha se distraído em sua
atividade fiscalizatória do sistema bancário e assumindo que o
cenário externo não sofra uma ruptura sem precedentes.
Do lado das empresas, nas últimas semanas houve redução do ritmo
de negócios, porém sem catastrofismos, sendo que as dificuldades de
uns tornam-se oportunidades para outros. De um modo geral, o
agronegócio ainda exibe investimentos de vulto; há intensa
movimentação entre as empresas de consumo; importantes ações
vêm sendo perseguidas nos setores de celulose, mineração e
siderurgia; persiste a confiança do setor automotivo; e muitas
decisões, em diversos setores, vem sendo tomadas com base no bom
momento da exploração petrolífera. Enfim, apesar do menor ritmo,
ainda não se pode dizer que o ambiente de negócios esteja negativo.
CENÁRIO ECONÔMICO
2005
2006
2007
2008*
2009*
PIB (PM) - Var %
2.9
3.8
5.4
5.2
3.6
Inflação IPCA - Var %
5.7
3.1
4.4
6.1
4.9
2.341
2.138
1.771
1.70
1.77
Tx de Juros Nominal - % Acum. Ano
19.0
15.1
11.9
12.8
14.2
Dívida Pública - % PIB
46.5
44.9
43.2
40.5
39.2
Saldo Comercial - US$ Bilhões
44.7
46.1
40.2
23.7
12.5
Trans. Corrente - US$ Bilhões
14.0
13.3
4.9
-28.1
-36.0
Investimentos Diretos - US$ Bilhões
15.1
18.8
35.0
35.0
30.0
Tx de Câmbio - R$/US$ Fim Ano
* Fonte: Relatório de Mercado - Banco Central do Brasil - 26/09/2008
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Agroindústria
| Por US$ 68 m, o UBS Pactual assumiu uma fatia de 10% no
capital da Vanguarda Participações, empresa do setor
agropecuário. Com o aporte, a Vanguarda pretende ampliar seus
investimentos em cultivo, criação de suínos, confinamento de
bovinos, comercialização de insumos, esmagamento de soja e
algodão e na originação de grãos. A Vanguarda é um dos maiores
grupos econômicos do Mato Grosso e conta com 12 fazendas em
diversos municípios. Neste ano ela está se expandindo para a
Bahia.
| A Copersucar, maior cooperativa de açúcar e álcool do mundo,
formalizou sua transformação em sociedade anônima. A nova
empresa nasce como maior companhia sucroalcooleira do País, à
frente da Cosan. Suas 33 usinas associadas agora serão
acionistas da holding controladora Produpar. Os investimentos da
Copersucar são avaliados em US$ 1 bilhão ao longo dos próximos
três anos, devendo concentrar-se na área de logística.
| A Bioclean Energy prepara-se para investir cerca de R$ 500 m
na instalação de duas unidades de beneficiamento de soja e
caroço de algodão no MT e na BA. A empresa é uma divisão da
Endurance Capital Partners (ECP). A unidade baiana absorverá
R$ 200 m e ficará no município de Luís Eduardo Magalhães. Suas
obras estão programadas para iniciar em novembro e a previsão é
de que ela esteja operacional na safra 2009/10. Já a unidade
mato-grossense ficará em Rondonópolis e receberá quase R$ 300
m de investimentos. Ela contará com uma planta de biodiesel e
suas obras estão previstas para 2009.
| A norte-americana Cargill vai ampliar sua atuação no setor de
açúcar e álcool do Brasil, associando-se ao grupo Moema na usina
Bom Jardim, a ser construída em Itapagipe (MG). No País,
atualmente a Cargill atua no setor sucroalcooleiro por meio de
uma participação de 63% na Cevasa (de Patrocínio Paulista-SP) e
de outros 43,75% na usina de Itapagipe (em sociedade com o
próprio grupo Moema). A nova unidade ficará próxima desta
última planta e receberá investimentos de R$ 370 m em sua área
industrial, montante que supera R$ 500 m se considerados os
aportes na área agrícola. Cada sócia terá 50% de participação no
empreendimento.
| A Bunge anunciou a aquisição de 60% da usina de cana-deaçúcar Monte Verde Agroenergética, de Ponta Porã (MS). O
valor da transação não foi divulgado. A usina está prevista para
começar suas operações em maio de 2009, devendo ter sua
capacidade produtiva triplicada num prazo de quatro anos. E em
conjunto com a japonesa Itochu,o Grupo Bunge irá desenvolver
outros dois projetos sucroalcooleiros no País. Os investimentos
deverão somar US$ 800 m ao longo dos próximos quatro anos. A
Bunge ficará responsável por uma fatia de US$ 640 m e os US$
160 m restantes serão por conta da trading Itochu. A primeira
parceria envolve a ampliação produtiva da Usina Santa Juliana,
no município mineiro de mesmo nome. Esta unidade foi comprada
pela Bunge em 2007 e já encontra-se operacional. A segunda
parceria prevê a construção de uma nova usina, mas as sócias não
divulgaram os detalhes do empreendimento.
| E numa operação de R$ 33 m, a Bunge Alimentos assumiu a
moagem de trigo e a comercialização de farinha de trigo da
Cargill no Brasil. A operação inclui um moinho em Tatuí (SP) e
três centros de distribuição (BA, GO e DF). A Bunge é líder no
mercado de farinha de trigo no Brasil, com sete unidades
produtivas e 20% de participação no mercado. As operações da
Cargill representam mais 3% deste mercado.
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Alimentos
| A norte-americana Sara Lee, anunciou acordo para a
incorporação da brasileira Café Moka, de Osasco (SP). Os termos
e valores da transação não foram divulgados. A Café Moka é
proprietária das marcas Jaraguá e Moka e, com suas atividades,
a Sara Lee reforça a liderança no mercado brasileiro de café,
principalmente em São Paulo. A transação inclui uma fábrica
processadora de café verde em MG. Atualmente a Sara Lee
comercializa cinco marcas no mercado brasileiro: Pilão, Caboclo,
Café do Ponto, União e Seleto.
| A PepsiCo anunciou um plano de investimentos de US$ 300 m
no Brasil, o que inclui três novas unidades produtivas. A PepsiCo
é a quarta maior empresa do mundo na área de bebidas e
alimentos e controla marcas com Pepsi, Quaker, Elma Chips,
Coqueiro, Toddy e Gatorade. A primeira fábrica a ser construída
ficará em Feira de Santana (BA) e deverá estar operacional em
2009. Esta unidade, assim como as demais, irá produzir toda a
linha de salgados da empresa. A segunda fábrica ficará em Brasília
(DF) e está programada para ser inaugurada em 2010. A terceira
será erguida na Região Norte, em Estado ainda não definido pela
empresa. Seu funcionamento deverá ocorrer entre 2011 e 2012.
| Após várias tentativas frustradas, a norte-americana Tyson
Foods está finalmente entrando no mercado brasileiro com a
compra da Macedo Agroindustrial, da Avícola Itaiópolis
(Avita) e de 70% da Frangobras. Ao longo dos próximos 18
meses estão previstos aportes de US$ 200 m pela empresa, valor
que já abrange a compra destas unidades e a duplicação de suas
atividades. A Tyson é a maior processadora de carnes de frango,
bovina e suína do mundo. As três empresas adquiridas no Brasil
são especializadas no segmento de frango, embora metade das
operações globais da Tyson concentre-se na área de bovinos. A
Avita possui planta industrial em Itaiópolis (SC); a Frangobras
tem sede em Campo Mourão e participação da Globoaves, mas
sua unidade ainda não foi inaugurada; a Macedo possui
abatedouro em São José (SC).
| O Frigorífico Bertin confirmou acordo para a aquisição do
frigorífico da Cooperocarne (Cooperativa Rondoniense de
Carne), de Pimenta Bueno (RO). O valor do negócio foi de R$ 55
m. Para o Bertin, a nova unidade possui localização estratégica,
pois a empresa ainda não detém planta de abate no RO e o Estado
conta com grande rebanho bovino livre de febre aftosa. A fábrica
de Pimenta Bueno, a décima-terceira do Bertin no País, está
habilitada a exportar carne bovina para regiões com o Oriente
Médio.
| A Arantes Alimentos firmou contrato de arrendamento da
fábrica da International Food Company (IFC) em Itupeva (SP).
O contrato tem duração de dez anos e possui opção de compra. A
unidade da IFC produz beef jerky (snack de carne bovina
defumada), destinado principalmente ao mercado americano. A
empresa atua com as marcas Mister Z e Mio Modo, que também
foram arrendadas. No ano passado a Arantes já havia comprado o
Frigo Eder e neste ano incorporou a Hans e a Frango
Sertanejo. O valor do contrato com a IFC não foi divulgado.
| E a Arantes Alimentos também arrendou outras duas unidades
pertencentes ao Frigorífico Margen, empresa que desde agosto
vem suspendendo operações e negociando ativos. Tratam-se do
centro de distribuição de Alphaville (SP) e da fábrica de charque
na capital paulista. Em setembro o Margen anunciou a suspensão
de suas atividades em 16 unidades de abate de bovinos
espalhadas pelo País.
| Depois de dez anos fora do processamento de laticínios, a
Cooperativa Central Gaúcha de Leite (CCGL) decidiu retornar
ao setor, explorando nichos do mercado. Para tanto, está
investindo R$ 200 m e deve passar a produzir butter oil (óleo de
manteiga atualmente importado) e leite longa-vida microfiltrado
(que não é UHT), devendo, ainda, no futuro, também produzir
alimentos funcionais. Metade dos investimentos será na
construção de uma planta industrial em Cruz Alta (RS) e a outra
metade no aumento de produtividade dos pecuaristas.
| A Parmalat Brasil, empresa controlada pela Laep
Investments, vendeu os ativos relacionados à marca Poços de
Caldas e a licença por 15 anos da marca Paulista para o
Laticínios Morrinhos, empresa controlada pela GP
Investimentos. A operação ocorre quatro meses após a aquisição
destes ativos da francesa Danone, operação que custou R$ 50 m
à Parmalat. A venda foi realizada pelo mesmo valor de aquisição
e revela as dificuldades por que passa a empresa de lácteos. Em
seu programa de reestruturação, recentemente a Parmalat já
havia anunciado a suspensão das operações da unidade de Ouro
Preto D´Oeste (RO).
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Varejo
| A Alliance Boots, rede européia de distribuição e varejo de
medicamentos, adquiriu 25% da Athos Farma, quarta maior
distribuidora brasileira de remédios. Este setor atualmente
encontra-se em fase de concentração no Brasil e cerca de 55% da
distribuição é controlada pela Santa Cruz, Panarello, Profarma
e Athos. Recentemente a Athos Farma incorporou a ANB
Farma, de Curitiba (PR), e passou a atender todas as regiões do
País com 18 centros de distribuição.
| A Droga Raia anunciou a venda de 30% de seu capital para os
fundos Gávea Investimentos e Pragma Patrimônio. A Droga
Raia é uma das maiores redes de farmácias do País e deverá
chegar ao final de 2008 com 259 lojas espalhadas no Estado de SP
e nas cidades do Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG),
Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS). O valor da transação não foi
divulgado e cada sócio comprador ficará com uma fatia de 15% da
empresa.
| O fundo norte-americano Advent International adquiriu o
controle da rede gaúcha Quero-Quero, do setor de materiais de
construção e eletrodomésticos. O valor da operação não foi
divulgado, mas esta é a maior transação já feita pelo fundo no
Brasil. Ela abrange 95% do capital da rede varejista, que conta
com 170 lojas, sendo 167 no RS e 3 em SC. Com o novo acionista
controlador, os planos da Quero-Quero são de chegar a 400
pontos de venda na Região Sul até 2012. Além da rede de lojas, a
empresa ainda possui uma administradora de cartões de crédito
(VerdeCard) e uma financeira, que serão igualmente assumidas
pelo Advent.
| E a International Meal Company (IMC), holding de empresas
de alimentação na América Latina pertencente ao Advent,
assumiu 100% do capital da Frango Assado, segunda maior rede
de restaurantes de rodovias no Brasil. A Frango Assado possui
12 estabelecimentos nas principais rodovias de São Paulo e prevê
a abertura de mais três unidades em 2009, também em SP. O
valor da transação não foi divulgado. No Brasil a IMC já controla o
Grupo RA (refeições em aeroportos) e a Rede Viena. Esta
última, aliás, deve iniciar atividades em 2009 nos mercados do
México e Porto Rico, onde a IMC também possui atividades.
| A Guararapes Confeções, controladora da Lojas Riachuelo,
pretende investir R$ 250 m em 2009 para abrir 20 novos pontos
de venda. Além da Riachuelo, a Guararapes também controla
seis fábricas têxteis (todas na Região Nordeste), o Shopping
Midway Mall (em Natal-RN) e a Transportadora Casa Verde.
Metade dos investimentos previstos na Riachuelo deverá ser no
Rio de Janeiro, sendo que atualmente a rede está presente em 22
Estados.
| A Lojas Colombo, uma das maiores redes varejistas de móveis,
eletroeletrônicos e móveis do País, está reforçando sua presença
em São Paulo com a incorporação da rede Bernasconi, de São
Carlos. O valor da operação não foi divulgado, mas, com ela, a
Colombo amplia de 66 para 97 o número de lojas no interior
paulista. Atualmente a Lojas Colombo, que tem sede em
Farroupilha (RS), opera nos Estados do RS, SC, PR, SP e MG com
um total de 371 pontos de venda.
| O Magazine Luiza, empresa de Franca (SP) e uma das
principais redes de varejo do País, está entrando no mercado
paulistano neste ano com a inauguração de 50 lojas. Atualmente o
Magazine Luiza atua nos Estados de SP, MG, PR, MS, GO, RS e
SC. Com as inaugurações na Região Metropolitana de São Paulo, a
empresa passa a contar com 447 pontos de vendas. Entre
reformas de pontos, pessoal e marketing, o investimento da rede
soma R$ 150 m, sendo que nos próximos três anos ainda está
prevista a abertura de mais 70 lojas.
| A norte-americana Wal-Mart, maior rede varejista do mundo,
pretende investir entre R$ 1,6 bilhão e R$ 1,8 bilhão no Brasil ao
longo de 2009. O montante servirá para a abertura de 80 a 90
lojas em 17 Estados, além do DF. Boa parte dos investimentos
será nas redes Todo Dia e Maxxi, voltadas para o consumidor de
menor poder aquisitivo. Na internet, a Wal-Mart está investindo
R$ 25 m para implantar seu site brasileiro. Com isso, os clientes
online das redes Bompreço (no Nordeste) e Big (no Sul), ambas
controladas pelo Wal-Mart, serão redirecionados para o portal da
empresa. Atualmente, o Wal-Mart conta no País com 322 lojas,
distribuídas em 17 Estados.
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Cosméticos
| A Avon escolheu o município de Cabreúva (SP) para abrigar seu
novo centro de distribuição, que deverá ser inaugurado em 2010.
A unidade contará com tecnologia de ponta no processamento de
pedidos e receberá investimentos superiores a US$ 150 m. As
obras do novo CD começarão no início de 2009 e, quando
operacional, ele irá atender cerca de 70% do volume de pedidos
da empresa no País. Com a inauguração, a empresa planeja
encerrar as atividades do atual centro de distribuição de Osasco
em 2011. As demais unidades de distribuição da Avon ficam em
Salvador (BA) e em Fortaleza (CE).
| A Hypermarcas anunciou a incorporação da Niasi, empresa
proprietária das marcas de cosméticos Risqué e Biocolor. A
transação teve valor de R$ 366 m, sendo R$ 240 m pagos em
caixa e R$ 126 m em dívidas assumidas. Com ela, a
Hypermarcas chega à liderança no setor de cosméticos, beleza e
higiene pessoal do Brasil, se consideradas as vendas em
supermercados. A Niasi é uma das empresas líderes em
tratamento para cabelos, esmaltes e perfumaria e a
Hypermercas é uma das maiores empresas bens de consumo do
País, detendo mais de 160 marcas.
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Materiais de Construção
| A norte-americana Efficient Lighting Products (ELP),
controlada pela Saratoga Lighting Holdings, concluiu a compra
da fábrica de lâmpadas da General Electric (GE), no Rio de
Janeiro, fechada em 2007 com a reestruturação internacional da
GE. O valor da operação não foi divulgado, mas a ELP já anunciou
aportes de US$ 10 m para modernizar a unidade. Pelo acordo
firmado, a ELP manterá a produção da marca GE na fábrica, onde
hoje são produzidas linhas de lâmpadas fluorescentes e
incandescentes.
| A paranaense Providência, empresa controlada pelos fundos de
investimentos AIG Capital, Asas, Governança & Gestão e pelo
Banco Espírito Santo, vendeu sua subsidiária Provinil para o
grupo belga Aliaxis por R$ 82 m. A Provinil fabrica tubos e
conexões de PVC e tem sede em São José dos Pinhais. A operação
marca a entrada do grupo Aliaxis no Brasil. Do lado da
Providência, a intenção é focar sua atuação na fabricação de
não-tecidos, produto utilizado em fraldas, absorventes femininos e
outros.
| A Telhanorte, empresa do grupo francês Saint Gobain,
anunciou a compra de oito das dez lojas da varejista de materiais
de construção Center Líder. Com isso, a Telhanorte passa a C&C
e assume a liderança no ranking do setor, somando um total de
36 lojas. O valor da transação não foi divulgado. A Center Líder
agrega à Telhanorte uma atuação mais voltada para o
consumidor de menor poder aquisitivo, motivo pelo qual algumas
das lojas incorporada deverão manter sua bandeira original. A
Center Líder atua apenas no Estado de São Paulo.
| Com investimentos de R$ 60 m, a cerâmica Elizabeth, de João
Pessoa (PB), vai instalar uma linha de revestimentos em Criciúma,
SC. A decisão vai na direção inversa à de outras fabricantes do
setor, que têm sede em SC e estão se instalando na Região
Nordeste, como é o caso da Eliane e da Itagres. A nova unidade
da Elizabeth deverá ser inaugurada no início de 2009, no local
onde funcionava a De Lucca Revestimentos Cerâmicos. Ela
será a quinta fábrica da empresa, que hoje conta com três
unidades de revestimentos cerâmicos e uma de louças sanitárias
na PB.
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Papel e Celulose
| O Grupo Votorantim fez uma oferta de R$ 2,71 bilhões pelos
28% de ações ordinárias da Aracruz Celulose pertencentes à
Arapar. A Arapar reúne investidores liderados pelo grupo
Lorentzen. A Votorantim hoje conta com outros 28% da maior
fabricante mundial de eucalipto que, fundida à Votorantim
Celulose e Papel (VCP), dará origem a uma empresa
responsável por 10% da oferta mundial de celulose e 34% da
oferta de eucalipto. O Grupo Safra, que também participa do
capital da Aracruz com 28%, não exercerá seu direito de
preferência na compra das ações da Arapar, fechando com a
Votorantim na formação da nova holding. Nesta empresa, cada
sócia terá 50% do controle e está previsto um pagamento de R$
530 m do Grupo Safra ao Grupo Votorantim.
| Já na área de papéis especiais, a Votorantim Celulose e Papel
vendeu por R$ 67 m sua fatia remanescente de 40% na fábrica de
Jacareí (SP) para a finlandesa Ahlstrom. A Ahlstrom havia
adquirido 60% desta unidade no ano passado, quando a VCP
permaneceu como sócia da empresa com os 40% agora alienados.
A transação como um todo é avaliada em € 110 m. Os papéis
produzidos em Jacareí são utilizados em rótulos e embalagens,
segmento em que a Ahlstrom é líder mundial. Com esta venda, a
VCP segue em sua estratégia de focar a produção de commodities
para exportação, sendo que na produção de papel, a empresa
ainda conta com mais dois ativos: a Conpacel (em sociedade com
a Suzano) e uma planta de papéis químicos em Piracicaba (SP).
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Energia
| A Electra Power, braço de geração de energia do Grupo
Electra, tem planos de construir 32 pequenas centrais
hidrelétricas (PCHs) ao longo dos próximos três anos. As unidades
ficarão nas áreas de concessão da empresa, ou seja, RS, SC e MT.
Os investimentos são estimados em R$ 600 m, sendo que uma
parte dos recursos deverá ser levantada pela recém-criada
gestora Eco Energy. Atualmente, a Electra Power possui
participação em seis PCHs em funcionamento e em uma PCH ainda
não inaugurada.
| A francesa GDF Suez, vencedora do leilão da Usina
Hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira, está inaugurando seu
parque de geração eólica em Beberibe, CE. Nele foram investidos
R$ 150 m, sendo que a usina conta com 32 torres. A Suez
pretende ampliar seus negócios com energia alternativa,
principalmente no Brasil, e encontra-se em fase de compra da
Econergy, que possui seis projetos de energia eólica e de PCHs
em desenvolvimento na América Latina. Também conta com
diversos outros empreendimentos em andamento e em
funcionamento no País, como a PCH de Areia Branca (MG), o
parque eólico de Pedra do Sal (PI), duas PCHs no MT (por meio
da controlada Tractebel) e a usina de biomassa de Lages (SC).
Conta ainda com grandes projetos hidrelétricos, como as usinas de
São Salvador (TO) e de Estreito (TO).
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Petróleo
| A Petrobras confirmou acordo com a norte-americana
ExxonMobil para incorporar seus ativos de distribuição no Chile.
A estatal brasileira irá pagar US$ 400 m ao longo de nove meses,
sendo que no final será feita a transferência de controle dos 230
postos. Com a operação, a bandeira da Petrobras irá substituir a
marca ExxonMobil no Chile num prazo de dois a três anos. A
entrada da Petrobras no mercado de distribuição de combustíveis
chileno abre perspectivas para um futuro acordo de
desenvolvimento exploratório com a Enap, petrolífera local.
| O Grupo Ultra, que em 2007 assumiu o controle dos ativos da
Ipiranga na área de distribuição de combustíveis, fechou a
compra da rede de postos Texaco no Brasil. A Texaco pertencia à
petrolífera norte-americana Chevron e a transação vai custar R$
1,168 bilhão ao Ultra. Com a rede incorporada (quase dois mil
postos), nas Regiões Sul e Sudeste o Ultra encosta na líder do
setor, a BR Distribuidora. A operação também abre as portas
para sua atuação nos mercados de gasolina, álcool e diesel no NO,
NE e CO, regiões onde ainda estava ausente. A participação total
do Grupo Ultra no mercado de combustíveis líquidos no País irá
ampliar-se de 14% para 23%, sendo que a BR Distribuidora
hoje detém 41%. A Chevron continua no Brasil com atividades
nas áreas de exploração petrolífera e de lubrificantes.
| A mineira AleSat Combustíveis anunciou a compra da
catarinense Polipetro, rede de postos revendedores de
combustíveis com bandeira própria e sede em Itajaí. O valor da
transação não foi divulgado. A Polipetro pertencia ao grupo
paulista Vibrapar. Sua rede abrange 130 postos em SC e no PR.
Atualmente, a AleSat conta com 1,2 mil postos em 21 Estados do
País, sendo que seu plano de crescimento orgânico envolve
aportes totais de R$ 250 m até 2012 para a abertura de mais 1,02
mil unidades. Somente em 2008 serão 240 novos postos, com
investimentos de R$ 73,5 m.
| A canadense EnCana Corporation vendeu sua subsidiária no
Brasil, a EnCana Brasil Petróleo, para as empresas indianas
Bharat Petroresources (da estatal BPCL) e Videcon
Industries. A operação rendeu US$ 168 m à EnCana, que irá
concentrar-se em suas atividades com gás natural na América do
Norte. As atuais operações da EnCana Brasil envolvem
participação em dez blocos exploratórios no alto mar, dos quais
nove operados pela Petrobras e um pela Anadarko Petróleo.
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Mineração e Siderurgia
| A Anglo American concluiu a aquisição do controle da MMX
Minas-Rio e da MMX Amapá, mineradoras que pertenciam à
MMX Mineração e Metálicos e que foram reunidas na empresa
IronX. O valor da transação, que envolveu 63,3% dos dois
projetos, foi confirmado em R$ 5,4 bilhões. No controle da IronX,
a Anglo American pretende fechar seu capital e realizar uma
oferta pública de aquisição aos demais acionistas. Com isso, o
valor total da transação deve aumentar para até R$ 8,6 bilhões,
se forem incorporados 100% do capital. A transação com a Anglo
American foi anunciada em janeiro e, para viabilizá-la, o Grupo
MMX precisou sofrer uma cisão de ativos, a qual resultou na
independência da LLX Logística e na formação da IronX.
Assumindo empresa, a Anglo American já mudou seu nome para
Anglo Ferrous Brazil.
| A peruana Minsur, terceira maior produtora de estanho do
mundo, assumiu o controle da Mamoré Taboca, empresa do
Grupo Paranapanema no setor de estanho. A transação foi
realizada pelo valor de US$ 470 m (R$ 850 m), mas ainda
depende de autorizações oficiais. A Mamoré Taboca possui
jazidas no Estado do Amazonas e, além de direitos minerários em
estanho, também prospecta diversos outros minérios como tório,
zirconita, índio, nióbio, tântalo e urânio. A empresa também conta
com metalurgia e processamento de cassiterita em estanho. Do
antigo conglomerado mineral da Paranapanema, hoje restam a
Caraíba Metais, a Eluma e a Cibrafértil. A Paranapanema tem
como maior acionista o fundo Previ, com 20% de participação.
| O Grupo Gerdau anunciou a construção de duas novas usinas
de aços longos (vergalhões) para a construção civil. Uma ficará
em PE, onde o grupo opera por meio da Açonorte; e a outra na
Espanha, onde a Gerdau possui 40% da Sidenor, fabricante de
aços especiais. A primeira está orçada em US$ 400 m e tem
inauguração prevista para até 2011. Seu foco será o atendimento
da demanda na Região Nordeste. Já os planos para a unidade
espanhola ainda não estão totalmente definidos. A Gerdau
também pretende investir US$ 277 m para ampliar a capacidade
produtiva da Açominas, que recentemente concluiu um programa
de investimentos de US$ US$ 1,5 bilhão.
| E no Peru, o Grupo Gerdau decidiu investir cerca de US$ 1,4
bilhão para ampliar a produção de sua subsidiária local, a
Siderperu. O empreendimento prevê duas fases, a primeira até
2011 e a segunda até 2013. Com isso, o objetivo da empresa
gaúcha é abastecer de aços longos e planos o mercado peruano e
os países andinos vizinhos. Quando concluída, a nova unidade da
Siderperu deverá ser a segunda maior do grupo siderúrgico. Já
na Argentina, o Grupo Gerdau irá realizar um aporte de US$ 524
m para também ampliar a produção de sua subsidiária Sipar. A
decisão acirra a disputa com a Votorantim Siderurgia,
controladora da Aceros de Bragado (AcerBrag), pelo segundo
lugar no mercado local de aços longos. Os aportes na Sipar
ocorrerão em duas etapas até 2016, abrangendo a produção de
aço bruto e de aços longos (perfis, fios-máquina, vergalhões,
arames, pregos e telas). Na primeira fase está prevista a
instalação de uma nova usina, a ser inaugurada em 2011 com
investimentos totais de US$ 310 m.
| A Votorantim Siderurgia (VS), segunda maior fabricante de
aços longos da Colômbia por meio da Acerías Paz del Río,
anunciou acordo com a Aceros de Colômbia (Acesco) para
montar a maior usina siderúrgica daquele País. O
empreendimento será voltado para a fabricação de aços planos e
está orçado em US$ 1,5 bilhão. A expectativa é de que a fábrica
inicie suas atividades em 2012, suprindo o mercado local e
exportando o excedente para o próprio continente americano.
Além dos empreendimentos na Colômbia, as atividades com aço
do Grupo Votorantim hoje abrangem uma usina em Barra Mansa
(RJ), um projeto em construção em Resende (RJ) e a argentina
AcerBrag.
| E o grupo europeu ArcelorMittal, maior produtor de aço do
mundo, pretende investir US$ 1,8 bilhão no Brasil para reforçar a
sua mineração de ferro. Deste montante, US$ 850 m destinam-se
à aquisição das jazidas da London Mining, em Itatiaiuçu (MG), e
à compra de uma área portuária em Mangaratiba (RJ). O restante
dos investimentos será empregado na futura expansão da mina
(US$ 700 m) e na instalação de um terminal de exportação (US$
250 m). A incorporação da London Mining foi realizada por US$
810 m, dos quais US$ 46 m em dívidas assumidas. Já a área
portuária custou US$ 40,5 m à siderúrgica e pertencia à
canadense Adriana Resources.
| Já no próprio setor siderúrgico, a ArcelorMittal anunciou
investimentos de US$ 1,6 bilhão na área de aços longos, a fim de
atender a demanda da construção civil. Neste segmento, a
empresa havia comunicado, no início do ano, aplicações de US$
1,2 bilhão em sua fábrica de João Monlevade (MG). A nova
investida contemplará a expansão da unidade de Juiz de Fora
(MG) e a construção de uma nova planta na Região Nordeste. A
implantação dos dois projetos levará 30 meses. Atualmente, além
das duas usinas mineiras, a ArcelorMittal também possui
unidades de aços longos em Piracicaba (SP) e em Vitória (ES).
| A Companhia Vale do Rio Doce oficializou o plano de
investimentos de sua nova refinaria de alumina e da expansão na
sua mina de bauxita em Paragominas, PA. Com isso, nasce a
Companhia de Alumina do Pará (CAP), cujos aportes somarão
US$ 2,2 bilhões. Na mineração, o investimento da Vale será de
US$ 487 m. Esta é a terceira fase de expansão da Mina de
Paragominas e será toda dedicada a suprir a refinaria da CAP. A
previsão é de que a expansão esteja concluída no primeiro
semestre de 2011, quando se iniciam as operações da CAP. A
refinaria da CAP ficará no município de Barcarena (PA), próxima
da Alunorte, outra subsidiária da Vale. A CAP terá 80% de seu
controle detido pela mineradora brasileira, ficando os 20%
restantes com a norueguesa Hydro Aluminium.
| A Vale do Rio Doce também confirmou sua intenção de
construir uma usina siderúrgica em Marabá (PA) e antecipou a
programação de inauguração da unidade de 2013 para 2012. O
início das obras está previsto para o final de 2009. Ao contrário de
outros projetos siderúrgicos da Vale, em Marabá a produção não
ficará restrita a placas, devendo também abranger bobinas a
quente, chapas grossas e chapas de aço, produtos utilizados na
fabricação de vagões, tubos de aço, equipamentos mecânicos e até
grandes estaleiros. Os investimentos da Vale em Marabá devem
chegar a US$ 5 bilhões, dos quais US$ 3,3 bilhões na usina de aço
e o restante em logística, energia, reflorestamento, laboratórios
minerais e outros.
Topo
Bens de Capital
| Para amparar sua carteira R$ 1,9 bilhão em pedidos, boa parte
decorrente de projetos da Petrobras, a Confab Industrial está
ampliando de R$ 80 m para R$ 120 m seu plano de investimento
dos próximos dois anos. O foco serão as atualizações tecnológicas
e as aquisições de equipamentos. A Confab produz tubos de aço,
utilizados principalmente em gasodutos e minerodutos.
| E a Tubos Ipiranga, também fabricante de tubos de aço, está
transferindo suas operações de São Bernardo do Campo para
Ribeirão Pires, ambas cidades do ABC paulista. Os investimentos
da empresa, que ainda abrangem aumento de capacidade, são da
ordem de R$ 30 m, sendo que outros R$ 15 m serão aportados até
maio de 2009 para concluir a adequação de equipamentos. A
decisão da empresa visa atender a demanda dos setores de
petróleo e gás, mineração e açúcar e álcool.
| A GP investimentos adquiriu uma participação adicional de
17,7% no capital da San Antonio Internacional, prestadora de
serviços na exploração de petróleo e gás. O fundo já detinha
55,3% do capital da San Antonio e, com a participação extra,
adquirida da Amber Latin America Investment, passará a 73%
de seu capital. O valor do negócio foi de US$ 134,7 m, mas pode
chegar a US$ 148,1 m com a aquisição complementar de mais
1,8% da empresa. A San Antonio possui uma frota de 71 sondas
de perfuração e 176 de intervenção para operações em terra,
além de duas sondas de perfuração e quatro de intervenção para
operações em águas rasas.
| A francesa Areva, fabricante de equipamentos para o setor de
energia, anunciou a aquisição da Waltec Equipamentos
Elétricos, empresa com sede em Blumenau (SC). Com a
transação, a Areva passa a contar com produção no Brasil de
novos modelos de transformador e de painéis de controle de baixa
e média tensão, utilizados por empresas dos setores de
mineração, petróleo, gás e geradoras de energia. O valor da
transação não foi divulgado. Atualmente a Areva conta com
unidades produtivas em São Paulo (SP), Itajubá (MG) e Canoas
(RS).
Topo
Veículos e Peças
| A Mercedes-Benz, empresa do grupo alemão Daimler,
anunciou planos de investir R$ 1,5 bilhão em sua unidade de
caminhões e ônibus de São Bernardo do Campo (SP). Este é o
maior aporte de um fabricante do setor no País, superando o
volume de R$ 1 bilhão anunciado pela Volkswagen Caminhões.
Além do aumento na fabricação de veículos e peças, o
investimento também abrange a implantação de um novo sistema
logístico. As obras de ampliação serão iniciadas em janeiro de
2009.
| A Hyundai Motors, maior montadora de veículos da Coréia do
Sul, vai construir uma unidade de carros pequenos em Piracicaba,
SP. O investimento inicial está orçado em US$ 600 m. Mas um
grupo de 20 fornecedores de peças também deve se instalar na
região, aportando outros US$ 250 m a US$ 300 m. O início das
operações da montadora está previsto para o final de 2010.
Atualmente a Hyundai possui acordo com o Grupo Caoa para a
produção, em Anápolis (GO), do mini-caminhão HR e do utilitário
Tucson (a partir de 2009).
| Poucas semanas após anunciar um plano de investimentos de U$
80 m até 2011 no Mercosul, visando amparar seu novo contrato
com a General Motors, a MWM International reforçou suas
apostas e anunciou mais US$ 153 m até 2013. O contrato com a
GM é da ordem de R$ 3 bilhões e prevê o fornecimento de
motores diesel até 2018. A MWM é controlada pela norteamericana Navistar e conta com duas unidades produtivas no
Brasil: São Paulo (SP) e Canoas (RS).
| A fabricante alemã de autopeças ZF, que na América do Sul
possui quatro fábricas no Brasil e uma na Argentina, também está
alterando seu plano de investimentos de R$ 540 m até 2011 para
R$ 753 m até 2013. O conjunto de investimentos contempla a
construção de uma nova fábrica no Brasil, cujo local ainda não foi
definido. De certo, estão previstos o aumento na produção de
embreagens, sistemas de transmissão e sistemas de direção.
Metade dos investimentos será na área de transmissões, sendo
que as unidades brasileiras deverão ficar com 95% do aporte total
anunciado.
| A gaúcha Marcopolo anunciou a venda de 54% de sua
controlada MVC, fabricante de componentes plásticos para
veículos e com sede em São José dos Pinhais (PR), para a também
gaúcha Artecola. A Artecola atua na área de adesivos e
laminados especiais. Já o foco da Marcopolo é a fabricação de
carrocerias para ônibus. O valor da transação dependerá de
resultados da MVC entre 2008 e 2010, mas está definida uma
valorização base de R$ 55 m. Esta foi a sexta aquisição da
Artecola nos últimos 17 meses, sendo que recentemente ela
incorporou a divisão de adesivos industriais da mexicana Probst.
| A Suspensys, segunda maior empresa do grupo Randon, vai
investir R$ 60 m em 2008 para atender o aumento da demanda
de montadoras de caminhões, ônibus e implementos rodoviários.
A Suspensys fabrica suspensões, cubos e tambores de rodas e é
uma joint venture entre a Randon e a norte-americana
ArvinMeritor. Os aportes servirão para ampliação de instalações
e aquisição de equipamentos.
| A Ciser, fabricante de porcas e parafusos de Joinville (SC),
inaugurou uma linha produtiva em Sarzedo (MG). A nova fábrica
vai focar exclusivamente o abastecimento do setor automotivo e
recebeu investimentos de R$ 40 m. A unidade substituirá a fábrica
da Ciser no município mineiro de Nova Lima, onde eram
produzidas linhas para eletrificação e construção civil. Estas linhas
serão absorvidas por Joinville, de onde a empresa já atende os
setores de construção civil, elétrico, telefônico, metal-mecânico e
eletroeletrônicos. Em Joinville a empresa investirá R$ 100 m para
construir uma nova planta.
Topo
Telecomunicações
| Dias após receber um aporte de US$ 63 m, com a entrada de
dois novos acionistas (Goldman Sachs e New Enterprise
Associates), a Spring Wireless foi às compras e anunciou a
aquisição da Okto, especializada em serviços de mensagens via
celular (SMS). O valor da transação não foi divulgado, mas
envolve pagamento em dinheiro e em opções de compra da
controladora da Spring, nos EUA. A Okto provê sistemas de SMS
para grandes empresas, agências de publicidade e emissoras de
TV. Sua compra amplia o foco de atuação da Spring, hoje baseado
em acessos a e-mail corporativo, automação de vendas e sistemas
de pagamentos via celular, dentre outros.
| A NET Serviços anunciou a incorporação da ESC 90
Telecomunicações, operadora de TV por assinatura e banda
larga com atuação na Grande Vitória, ES. A transação custará R$
94,6 m à NET, que passa a cobrir todas as capitais do Sul e
Sudeste do País. A ESC 90 é filiada à NET Brasil e já opera com a
marca NET. A empresa era controlada pela Energias do Brasil
(do grupo português EDP). Atualmente, a NET possui 47% do
mercado brasileiro de TV por assinatura e 20% do mercado de
banda larga. Esta foi sua terceira aquisição em três anos,
seguindo-se à compra da BigTV e da Vivax.
Topo
Transportes e Logística
| O grupo Jurong Shipyard, uma das maiores empresas navais
do mundo e com sede em Cingapura, pretende investir R$ 500 m
na construção de um estaleiro no ES. O empreendimento será no
município de Aracruz. O Jurong tem buscado uma oportunidade
de investimento no Brasil desde o fim de sua parceria no
Estaleiro Mauá, de Niterói (RJ). Para a empresa, a escolha do ES
se deve ao crescimento da exploração petrolífera e à atuação da
Petrobras no Estado. O início da construção do estaleiro deve ser
em 2010 e sua inauguração está prevista para 2011.
| O Noble Group, de Hong Kong, anunciou a intenção de
construir seu primeiro terminal graneleiro e de açúcar no Brasil. A
unidade ficará no Porto de Santos (SP) e o valor dos
investimentos não foi divulgado. No empreendimento, o Noble
Group terá participação de 75% e o Grupo Itamaraty os 25%
restantes. A previsão é de que o terminal seja inaugurado no final
de 2009. Atualmente, o Noble Group possui uma usina de açúcar
e álcool em SP, além de outras atividades no agronegócio
brasileiro.
| A MRS Logística pretende investir US$ 1,8 bilhão até 2009
para ampliar sua capacidade de transporte de minério de ferro. A
empresa é a concessionária da malha Sudeste da antiga RFFSA e,
com os aportes, deve atender a expansão de mineradoras e
siderúrgicas como a CSN e a ThyssenKruppCSA. Os
investimentos abrangem compras de vagões, locomotivas,
duplicação de trechos, sinalização e telecomunicação. Atualmente
a MRS possui 15 mil vagões e prevê o recebimento de mais 1,5
mil até meados de 2009. Sua frota de locomotivas está em torno
de 450 unidades, devendo chegar a 550 até o fim de 2009.
| A norte-americana SkyWest fará um aporte de US$ 30 m no
capital da Trip Linhas Aéreas, empresa com sede em Campinas
(SP). A operação será em etapas, sendo que num primeiro
momento serão investidos US$ 5 m numa fatia de 6,7% da Trip.
Ao final da operação, a SkyWest deverá chegar a 20% da aérea
brasileira, percentual limite permitido pela legislação. A SkyWest
é a maior empresa aérea regional do mundo, com 442 aeronaves
em operação. O controle da Trip é dividido entre o Grupo Águia
Branca e o Grupo Caprioli.
| Com investimento de R$ 170 m, o fundo Equity International
assumiu uma participação minoritária na AGV Logística. A AGV
possui um centro de distribuição Vinhedo (SP) e projeto para a
construção de mais uma unidade, junto à atual. Paralelamente à
venda da participação ao fundo, a AGV anunciou a aquisição de
duas operadoras logísticas, a Delta Records e a E-Service, que
prestam serviços logísticos para bancos, empresas de tecnologia e
varejo, setores nos quais ela ainda não atuava.
Topo
Imobiliário
| Com investimentos previstos de R$ 640 m até 2009, a Aliansce
prepara uma captação de R$ 400 m para amparar seus planos. A
empresa tem 49% de seu capital detido pela General Growth
Properties (GGP), segunda maior proprietária de shopping
centers dos Estados Unidos. Atualmente ela administra 18
shopping centers em seis Estados. Dos investimentos já
programados, R$ 400 m serão aportados ainda neste ano na
abertura de quatro novos centros, localizados em Duque de Caxias
(RJ), Belém (PA), Brasília (DF) e Belo Horizonte (MG). Em 2009 a
Aliansce prevê aplicar os R$ 240 m restantes na construção de
um shopping em Maceió (AL), na renovação de um em Ribeirão
Preto (SP) e em outros investimentos pontuais. A nova captação
da empresa deve ser realizada em duas fases, sendo uma de R$
220 m e a outra de R$ 180 m.
| A Ancar concluiu a aquisição da São Marcos
Empreendimentos Imobiliários, numa transação com valor
estimado de R$ 600 m. A Ancar é a sócia no Brasil do fundo
canadense Ivanhoe Cambridge. A São Marcos possui
participação em quatro shopping centers, sendo dois no Rio de
Janeiro (o Botafogo Praia Shopping e o Downtown) e dois no
Estado de São Paulo (o Shopping Interlagos na capital e o
CenterVale Shopping em São José dos Campos). Com a
aquisição, a Ancar passa a deter 15 empreendimentos em seu
portfólio. E depois de absorverem a São Marcos, a Ancar e a
Ivanhoe Cambridge redefiniram a estrutura acionária de sua
sociedade. Com isso, o fundo canadense elevou de 20% para 50%
sua participação no capital da empresa brasileira. O valor da
operação não foi divulgado, mas a empresa imobiliária vai passar
a se chamar Ancar Ivanhoe.
| O grupo português Sonae Sierra pretende investir R$ 300 m
para construir seu décimo-terceiro shopping center no Brasil. O
empreendimento será erguido em Goiânia (GO) e é o terceiro
shopping anunciado pelo grupo português nos últimos três meses.
A empresa também prevê aportes R$ 110 m em uma unidade em
Uberlândia (MG) e de R$ 105 m em um shopping em Londrina
(PR). No Brasil, a Sonae Sierre atua em sociedade com a norteamericana Developers Diversified Realty (DDR).
| A BR Brokers, holding de empresas do setor imobiliário, fechou
a compra de 51% do controle da Abyara Intermediação
Imobiliária, divisão da Abyara Planejamento Imobiliário que
reúne as áreas de corretagem e consultoria na compra e venda de
imóveis. O valor da transação foi de R$ 250 m e, com ela, surge a
nova Abyara Brokers. A Abyara é a segunda maior empresa de
corretagem imobiliária na cidade de São Paulo, atrás apenas da
Lopes. A transação será efetivada em duas etapas: na primeira, a
BR Brokers irá subscrever R$ 176 m em ações da Abyara
Brokers; e na segunda, comprará ações da nova empresa
diretamente da Abyara Planejamento Imobiliário.
| A Gafisa firmou acordo com a Construtora Tenda, de MG, e vai
assumir 60% de seu capital. A contra-partida será a incorporação,
pela Tenda, das atividades da Fit Residencial
Empreendimentos Imobiliários, subsidiária da Gafisa voltada
para o segmento de baixa renda, mesmo foco da Tenda. Para
viabilizar a operação, na data da incorporação a Fit deverá ter
capital social de R$ 420 m e caixa líquido de R$ 300 m. Haverá
emissão de ações pela Tenda, incorporadas pela Gafisa e, ao final
da transação, os atuais controladores da Tenda, hoje com 51% da
empresa, passarão a deter 20,3% de seu capital. O free float da
companhia será reduzido de 49% para 19,7%.
| O grupo hoteleiro francês Accor, que em abril anunciou a
construção de 20 hotéis até 2011 em parceria com a construtora
WTorre, pretende abrir outros 40 novos empreendimento ao
longo dos próximos três anos no Brasil. O investimento será da
ordem de R$ 600 m, o que abrange as 40 novas unidades e sete
dos 20 hotéis em parceria com a WTorre. A maior parte das
inaugurações será com as bandeiras Formule 1 e Ibis, de menor
padrão. Atualmente a Accor possui 146 hotéis no Brasil, sendo 4
de sua propriedade, 47 alugados e 14 em sistema de franquia. Os
outros 81 hotéis são apenas administrados pelo grupo francês.
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Outros Setores
| O grupo Gafor, do Mato Grosso do Sul, uniu-se à Arconvert, da
italiana Fedrigoni, e vai instalar uma fábrica de auto-adesivos em
Jundiaí (SP). Os investimentos serão de R$ 40 m, sendo 40% pelo
Gafor e 60% pela Arconvert. A previsão é de que a unidade
inicie suas atividades no segundo semestre de 2009, abastecendo
as indústrias de cosméticos, alimentos, medicamentos e bebidas.
Esta é a primeira investida da Gafor no setor industrial, sendo
que a empresa tem origem nos setores de transporte e
agronegócios.
| A maior empresa de materiais refratários do País, a Magnesita,
comprou a alemã LWB por € 657 m. Com isso, a Magnesita salta
da décima posição no ranking mundial do setor para a terceira
colocação, ficando abaixo apenas da Vesuvius e da RHI. A
Magnesita e a LWB possuem modelos de negócio integrados,
sendo donas de suas fontes de matérias-primas. A LWB será uma
subsidiária da empresa brasileira. Ao final da operação, na nova
estrutura acionária da Magnesita o fundo GP Investimentos
terá 40,2% de participação, o fundo Gávea 10,3%, a Rhône
Capital (antiga controladora da LWB) 11% e os 38,5% restantes
estarão em poder do mercado. Os materiais refratários são
insumos utilizados na produção siderúrgica, cimenteira e de
vidros.
| Depois da mal-sucedida venda para a Identidade Moda (I´M),
da holding HLDC, as grifes Herchcovitch, Alexandre
(jeanswear) e Alexandre Herchcovitch (prêt-à-porter) tiveram
70% de suas ações adquiridas pela Inbrands, holding de moda do
fundo Pactual Capital Partners (PCP). A transação envolve
direitos e investimentos na reforma de lojas das duas grifes. O
valor da transação não foi divulgado, mas faz parte dos US$ 200
m que a Inbrands pretende investir no setor. Atualmente o fundo
possui participações nas grifes Ellus, 2nd Floor e Isabela
Capeto.
| A GP Investments assumiu o controle da Imbra, rede de
clínicas odontológicas com 21 unidades no País. A operação
custará R$ 185 m à gestora de fundos e constitui mais um passo
na consolidação do mercado de saúde e odontologia no Brasil.
Operacionalmente, a GP irá adquirir debêntures conversíveis da
Baladare Participações, controladora da Almeria
Participações, que por sua vez possui 51% das ações ordinárias
da Imbra e 45% de seu capital total. No setor de saúde, a GP já
é acionista do laboratório Farmasa e da operadora de planos
Tempo.
| O Banco do Brasil pagou R$ 670 m para ficar com o controle
da Companhia de Seguros Aliança do Brasil, que pertencia à
Companhia de Participações Aliança da Bahia. A transação foi
efetivada por meio do BB Banco de Investimento. Mas como o
BB é proibido pela legislação de controlar seguradoras, a
instituição terá um ano para encontrar um sócio estratégico. A
Aliança do Brasil atua nos segmentos de seguro de vida e
seguros elementares e é uma das cinco seguradoras nas quais o
BB possui participação. A Aliança da Bahia detinha 60% de seu
capital votante e 30% de seu capital total, enquanto o BB
Investimentos possuía 40% do capital votante e 70% do capital
total.
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A BRASILPAR possui mais de 25 anos de experiência em
assessoria a fusões e aquisições, avaliação de projetos e negócios
e gestão de capital de risco. Já acumulou transações que somam
mais de US$ 3 bilhões. Seus atuais serviços englobam: assessoria
em compra, venda e associações entre empresas; atração de
sócios e levantamento de capital para projetos e empresas;
desenvolvimento de planos de negócios e assessoria estratégica;
assessoria em investimentos em novos negócios; aconselhamento
financeiro e estratégico em geral.
Alberto Ortenblad Filho
[email protected]
Daniel Chama Baldin
[email protected]
Jorge Troyko
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Luis Fernando Amatti Salem
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Luiz Eduardo do Amaral Costa
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Luiz Roberto Carvalho Pereira
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Marco Antonio dos Reis Serra
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O boletim NEGÓCIOS E INVESTIMENTOS é editado bimestralmente pela Brasilpar
Serviços Financeiros.
Diretores Responsáveis: Marco Antonio Serra e Alberto Ortenblad Filho.
O cenário econômico contido neste boletim refere-se a consulta de opiniões do
Banco Central do Brasil e pode ser modificado sem prévia comunicação. A
Brasilpar não se responsabiliza pela utilização comercial ou financeira dessas
previsões.
Os projetos e valores de investimentos das empresas citadas neste boletim
referem-se aos divulgados nos principais meios jornalísticos. A Brasilpar não se
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