Newsletter 97
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Agroindústria Alimentos Varejo Cosméticos Materiais de Construção Papel e Celulose Energia Petróleo Mineração e Siderurgia Bens de Capital Veículos e Peças Telecomunicações Transportes e Logística Imobiliário Outros Setores Ambiente Macroeconômico e de Investimentos Em que pese a confiabilidade adquirida pela economia brasileira nos mercados internacionais, uma crise de proporções globais, como a atual, não tem como ser neutra em seus efeitos. O pivô dos movimentos é externo e, quanto a isso, só o que a política econômica pode fazer é se adequar ao aumento de riscos. Mas há dois aspectos da própria economia brasileira que precisam ser monitorados: o déficit em transações correntes, que há tempos sugere um câmbio valorizado; e a liquidez bancária, pois sempre há a possibilidade de alguma instituição importante ter se excedido em seus riscos. Para a economia real, naturalmente que os reflexos da inversão de cenário são mais demorados. Mas já há restrições de crédito, aumento dos juros, prejuízos cambiais, diminuições de riqueza e perda de confiança. A expectativa, porém, é de que os impactos desta crise sejam menos pronunciados do que nos casos anteriores. Isso, claro, supondo que o BC não tenha se distraído em sua atividade fiscalizatória do sistema bancário e assumindo que o cenário externo não sofra uma ruptura sem precedentes. Do lado das empresas, nas últimas semanas houve redução do ritmo de negócios, porém sem catastrofismos, sendo que as dificuldades de uns tornam-se oportunidades para outros. De um modo geral, o agronegócio ainda exibe investimentos de vulto; há intensa movimentação entre as empresas de consumo; importantes ações vêm sendo perseguidas nos setores de celulose, mineração e siderurgia; persiste a confiança do setor automotivo; e muitas decisões, em diversos setores, vem sendo tomadas com base no bom momento da exploração petrolífera. Enfim, apesar do menor ritmo, ainda não se pode dizer que o ambiente de negócios esteja negativo. CENÁRIO ECONÔMICO 2005 2006 2007 2008* 2009* PIB (PM) - Var % 2.9 3.8 5.4 5.2 3.6 Inflação IPCA - Var % 5.7 3.1 4.4 6.1 4.9 2.341 2.138 1.771 1.70 1.77 Tx de Juros Nominal - % Acum. Ano 19.0 15.1 11.9 12.8 14.2 Dívida Pública - % PIB 46.5 44.9 43.2 40.5 39.2 Saldo Comercial - US$ Bilhões 44.7 46.1 40.2 23.7 12.5 Trans. Corrente - US$ Bilhões 14.0 13.3 4.9 -28.1 -36.0 Investimentos Diretos - US$ Bilhões 15.1 18.8 35.0 35.0 30.0 Tx de Câmbio - R$/US$ Fim Ano * Fonte: Relatório de Mercado - Banco Central do Brasil - 26/09/2008 Topo Agroindústria | Por US$ 68 m, o UBS Pactual assumiu uma fatia de 10% no capital da Vanguarda Participações, empresa do setor agropecuário. Com o aporte, a Vanguarda pretende ampliar seus investimentos em cultivo, criação de suínos, confinamento de bovinos, comercialização de insumos, esmagamento de soja e algodão e na originação de grãos. A Vanguarda é um dos maiores grupos econômicos do Mato Grosso e conta com 12 fazendas em diversos municípios. Neste ano ela está se expandindo para a Bahia. | A Copersucar, maior cooperativa de açúcar e álcool do mundo, formalizou sua transformação em sociedade anônima. A nova empresa nasce como maior companhia sucroalcooleira do País, à frente da Cosan. Suas 33 usinas associadas agora serão acionistas da holding controladora Produpar. Os investimentos da Copersucar são avaliados em US$ 1 bilhão ao longo dos próximos três anos, devendo concentrar-se na área de logística. | A Bioclean Energy prepara-se para investir cerca de R$ 500 m na instalação de duas unidades de beneficiamento de soja e caroço de algodão no MT e na BA. A empresa é uma divisão da Endurance Capital Partners (ECP). A unidade baiana absorverá R$ 200 m e ficará no município de Luís Eduardo Magalhães. Suas obras estão programadas para iniciar em novembro e a previsão é de que ela esteja operacional na safra 2009/10. Já a unidade mato-grossense ficará em Rondonópolis e receberá quase R$ 300 m de investimentos. Ela contará com uma planta de biodiesel e suas obras estão previstas para 2009. | A norte-americana Cargill vai ampliar sua atuação no setor de açúcar e álcool do Brasil, associando-se ao grupo Moema na usina Bom Jardim, a ser construída em Itapagipe (MG). No País, atualmente a Cargill atua no setor sucroalcooleiro por meio de uma participação de 63% na Cevasa (de Patrocínio Paulista-SP) e de outros 43,75% na usina de Itapagipe (em sociedade com o próprio grupo Moema). A nova unidade ficará próxima desta última planta e receberá investimentos de R$ 370 m em sua área industrial, montante que supera R$ 500 m se considerados os aportes na área agrícola. Cada sócia terá 50% de participação no empreendimento. | A Bunge anunciou a aquisição de 60% da usina de cana-deaçúcar Monte Verde Agroenergética, de Ponta Porã (MS). O valor da transação não foi divulgado. A usina está prevista para começar suas operações em maio de 2009, devendo ter sua capacidade produtiva triplicada num prazo de quatro anos. E em conjunto com a japonesa Itochu,o Grupo Bunge irá desenvolver outros dois projetos sucroalcooleiros no País. Os investimentos deverão somar US$ 800 m ao longo dos próximos quatro anos. A Bunge ficará responsável por uma fatia de US$ 640 m e os US$ 160 m restantes serão por conta da trading Itochu. A primeira parceria envolve a ampliação produtiva da Usina Santa Juliana, no município mineiro de mesmo nome. Esta unidade foi comprada pela Bunge em 2007 e já encontra-se operacional. A segunda parceria prevê a construção de uma nova usina, mas as sócias não divulgaram os detalhes do empreendimento. | E numa operação de R$ 33 m, a Bunge Alimentos assumiu a moagem de trigo e a comercialização de farinha de trigo da Cargill no Brasil. A operação inclui um moinho em Tatuí (SP) e três centros de distribuição (BA, GO e DF). A Bunge é líder no mercado de farinha de trigo no Brasil, com sete unidades produtivas e 20% de participação no mercado. As operações da Cargill representam mais 3% deste mercado. Topo Alimentos | A norte-americana Sara Lee, anunciou acordo para a incorporação da brasileira Café Moka, de Osasco (SP). Os termos e valores da transação não foram divulgados. A Café Moka é proprietária das marcas Jaraguá e Moka e, com suas atividades, a Sara Lee reforça a liderança no mercado brasileiro de café, principalmente em São Paulo. A transação inclui uma fábrica processadora de café verde em MG. Atualmente a Sara Lee comercializa cinco marcas no mercado brasileiro: Pilão, Caboclo, Café do Ponto, União e Seleto. | A PepsiCo anunciou um plano de investimentos de US$ 300 m no Brasil, o que inclui três novas unidades produtivas. A PepsiCo é a quarta maior empresa do mundo na área de bebidas e alimentos e controla marcas com Pepsi, Quaker, Elma Chips, Coqueiro, Toddy e Gatorade. A primeira fábrica a ser construída ficará em Feira de Santana (BA) e deverá estar operacional em 2009. Esta unidade, assim como as demais, irá produzir toda a linha de salgados da empresa. A segunda fábrica ficará em Brasília (DF) e está programada para ser inaugurada em 2010. A terceira será erguida na Região Norte, em Estado ainda não definido pela empresa. Seu funcionamento deverá ocorrer entre 2011 e 2012. | Após várias tentativas frustradas, a norte-americana Tyson Foods está finalmente entrando no mercado brasileiro com a compra da Macedo Agroindustrial, da Avícola Itaiópolis (Avita) e de 70% da Frangobras. Ao longo dos próximos 18 meses estão previstos aportes de US$ 200 m pela empresa, valor que já abrange a compra destas unidades e a duplicação de suas atividades. A Tyson é a maior processadora de carnes de frango, bovina e suína do mundo. As três empresas adquiridas no Brasil são especializadas no segmento de frango, embora metade das operações globais da Tyson concentre-se na área de bovinos. A Avita possui planta industrial em Itaiópolis (SC); a Frangobras tem sede em Campo Mourão e participação da Globoaves, mas sua unidade ainda não foi inaugurada; a Macedo possui abatedouro em São José (SC). | O Frigorífico Bertin confirmou acordo para a aquisição do frigorífico da Cooperocarne (Cooperativa Rondoniense de Carne), de Pimenta Bueno (RO). O valor do negócio foi de R$ 55 m. Para o Bertin, a nova unidade possui localização estratégica, pois a empresa ainda não detém planta de abate no RO e o Estado conta com grande rebanho bovino livre de febre aftosa. A fábrica de Pimenta Bueno, a décima-terceira do Bertin no País, está habilitada a exportar carne bovina para regiões com o Oriente Médio. | A Arantes Alimentos firmou contrato de arrendamento da fábrica da International Food Company (IFC) em Itupeva (SP). O contrato tem duração de dez anos e possui opção de compra. A unidade da IFC produz beef jerky (snack de carne bovina defumada), destinado principalmente ao mercado americano. A empresa atua com as marcas Mister Z e Mio Modo, que também foram arrendadas. No ano passado a Arantes já havia comprado o Frigo Eder e neste ano incorporou a Hans e a Frango Sertanejo. O valor do contrato com a IFC não foi divulgado. | E a Arantes Alimentos também arrendou outras duas unidades pertencentes ao Frigorífico Margen, empresa que desde agosto vem suspendendo operações e negociando ativos. Tratam-se do centro de distribuição de Alphaville (SP) e da fábrica de charque na capital paulista. Em setembro o Margen anunciou a suspensão de suas atividades em 16 unidades de abate de bovinos espalhadas pelo País. | Depois de dez anos fora do processamento de laticínios, a Cooperativa Central Gaúcha de Leite (CCGL) decidiu retornar ao setor, explorando nichos do mercado. Para tanto, está investindo R$ 200 m e deve passar a produzir butter oil (óleo de manteiga atualmente importado) e leite longa-vida microfiltrado (que não é UHT), devendo, ainda, no futuro, também produzir alimentos funcionais. Metade dos investimentos será na construção de uma planta industrial em Cruz Alta (RS) e a outra metade no aumento de produtividade dos pecuaristas. | A Parmalat Brasil, empresa controlada pela Laep Investments, vendeu os ativos relacionados à marca Poços de Caldas e a licença por 15 anos da marca Paulista para o Laticínios Morrinhos, empresa controlada pela GP Investimentos. A operação ocorre quatro meses após a aquisição destes ativos da francesa Danone, operação que custou R$ 50 m à Parmalat. A venda foi realizada pelo mesmo valor de aquisição e revela as dificuldades por que passa a empresa de lácteos. Em seu programa de reestruturação, recentemente a Parmalat já havia anunciado a suspensão das operações da unidade de Ouro Preto D´Oeste (RO). Topo Varejo | A Alliance Boots, rede européia de distribuição e varejo de medicamentos, adquiriu 25% da Athos Farma, quarta maior distribuidora brasileira de remédios. Este setor atualmente encontra-se em fase de concentração no Brasil e cerca de 55% da distribuição é controlada pela Santa Cruz, Panarello, Profarma e Athos. Recentemente a Athos Farma incorporou a ANB Farma, de Curitiba (PR), e passou a atender todas as regiões do País com 18 centros de distribuição. | A Droga Raia anunciou a venda de 30% de seu capital para os fundos Gávea Investimentos e Pragma Patrimônio. A Droga Raia é uma das maiores redes de farmácias do País e deverá chegar ao final de 2008 com 259 lojas espalhadas no Estado de SP e nas cidades do Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS). O valor da transação não foi divulgado e cada sócio comprador ficará com uma fatia de 15% da empresa. | O fundo norte-americano Advent International adquiriu o controle da rede gaúcha Quero-Quero, do setor de materiais de construção e eletrodomésticos. O valor da operação não foi divulgado, mas esta é a maior transação já feita pelo fundo no Brasil. Ela abrange 95% do capital da rede varejista, que conta com 170 lojas, sendo 167 no RS e 3 em SC. Com o novo acionista controlador, os planos da Quero-Quero são de chegar a 400 pontos de venda na Região Sul até 2012. Além da rede de lojas, a empresa ainda possui uma administradora de cartões de crédito (VerdeCard) e uma financeira, que serão igualmente assumidas pelo Advent. | E a International Meal Company (IMC), holding de empresas de alimentação na América Latina pertencente ao Advent, assumiu 100% do capital da Frango Assado, segunda maior rede de restaurantes de rodovias no Brasil. A Frango Assado possui 12 estabelecimentos nas principais rodovias de São Paulo e prevê a abertura de mais três unidades em 2009, também em SP. O valor da transação não foi divulgado. No Brasil a IMC já controla o Grupo RA (refeições em aeroportos) e a Rede Viena. Esta última, aliás, deve iniciar atividades em 2009 nos mercados do México e Porto Rico, onde a IMC também possui atividades. | A Guararapes Confeções, controladora da Lojas Riachuelo, pretende investir R$ 250 m em 2009 para abrir 20 novos pontos de venda. Além da Riachuelo, a Guararapes também controla seis fábricas têxteis (todas na Região Nordeste), o Shopping Midway Mall (em Natal-RN) e a Transportadora Casa Verde. Metade dos investimentos previstos na Riachuelo deverá ser no Rio de Janeiro, sendo que atualmente a rede está presente em 22 Estados. | A Lojas Colombo, uma das maiores redes varejistas de móveis, eletroeletrônicos e móveis do País, está reforçando sua presença em São Paulo com a incorporação da rede Bernasconi, de São Carlos. O valor da operação não foi divulgado, mas, com ela, a Colombo amplia de 66 para 97 o número de lojas no interior paulista. Atualmente a Lojas Colombo, que tem sede em Farroupilha (RS), opera nos Estados do RS, SC, PR, SP e MG com um total de 371 pontos de venda. | O Magazine Luiza, empresa de Franca (SP) e uma das principais redes de varejo do País, está entrando no mercado paulistano neste ano com a inauguração de 50 lojas. Atualmente o Magazine Luiza atua nos Estados de SP, MG, PR, MS, GO, RS e SC. Com as inaugurações na Região Metropolitana de São Paulo, a empresa passa a contar com 447 pontos de vendas. Entre reformas de pontos, pessoal e marketing, o investimento da rede soma R$ 150 m, sendo que nos próximos três anos ainda está prevista a abertura de mais 70 lojas. | A norte-americana Wal-Mart, maior rede varejista do mundo, pretende investir entre R$ 1,6 bilhão e R$ 1,8 bilhão no Brasil ao longo de 2009. O montante servirá para a abertura de 80 a 90 lojas em 17 Estados, além do DF. Boa parte dos investimentos será nas redes Todo Dia e Maxxi, voltadas para o consumidor de menor poder aquisitivo. Na internet, a Wal-Mart está investindo R$ 25 m para implantar seu site brasileiro. Com isso, os clientes online das redes Bompreço (no Nordeste) e Big (no Sul), ambas controladas pelo Wal-Mart, serão redirecionados para o portal da empresa. Atualmente, o Wal-Mart conta no País com 322 lojas, distribuídas em 17 Estados. Topo Cosméticos | A Avon escolheu o município de Cabreúva (SP) para abrigar seu novo centro de distribuição, que deverá ser inaugurado em 2010. A unidade contará com tecnologia de ponta no processamento de pedidos e receberá investimentos superiores a US$ 150 m. As obras do novo CD começarão no início de 2009 e, quando operacional, ele irá atender cerca de 70% do volume de pedidos da empresa no País. Com a inauguração, a empresa planeja encerrar as atividades do atual centro de distribuição de Osasco em 2011. As demais unidades de distribuição da Avon ficam em Salvador (BA) e em Fortaleza (CE). | A Hypermarcas anunciou a incorporação da Niasi, empresa proprietária das marcas de cosméticos Risqué e Biocolor. A transação teve valor de R$ 366 m, sendo R$ 240 m pagos em caixa e R$ 126 m em dívidas assumidas. Com ela, a Hypermarcas chega à liderança no setor de cosméticos, beleza e higiene pessoal do Brasil, se consideradas as vendas em supermercados. A Niasi é uma das empresas líderes em tratamento para cabelos, esmaltes e perfumaria e a Hypermercas é uma das maiores empresas bens de consumo do País, detendo mais de 160 marcas. Topo Materiais de Construção | A norte-americana Efficient Lighting Products (ELP), controlada pela Saratoga Lighting Holdings, concluiu a compra da fábrica de lâmpadas da General Electric (GE), no Rio de Janeiro, fechada em 2007 com a reestruturação internacional da GE. O valor da operação não foi divulgado, mas a ELP já anunciou aportes de US$ 10 m para modernizar a unidade. Pelo acordo firmado, a ELP manterá a produção da marca GE na fábrica, onde hoje são produzidas linhas de lâmpadas fluorescentes e incandescentes. | A paranaense Providência, empresa controlada pelos fundos de investimentos AIG Capital, Asas, Governança & Gestão e pelo Banco Espírito Santo, vendeu sua subsidiária Provinil para o grupo belga Aliaxis por R$ 82 m. A Provinil fabrica tubos e conexões de PVC e tem sede em São José dos Pinhais. A operação marca a entrada do grupo Aliaxis no Brasil. Do lado da Providência, a intenção é focar sua atuação na fabricação de não-tecidos, produto utilizado em fraldas, absorventes femininos e outros. | A Telhanorte, empresa do grupo francês Saint Gobain, anunciou a compra de oito das dez lojas da varejista de materiais de construção Center Líder. Com isso, a Telhanorte passa a C&C e assume a liderança no ranking do setor, somando um total de 36 lojas. O valor da transação não foi divulgado. A Center Líder agrega à Telhanorte uma atuação mais voltada para o consumidor de menor poder aquisitivo, motivo pelo qual algumas das lojas incorporada deverão manter sua bandeira original. A Center Líder atua apenas no Estado de São Paulo. | Com investimentos de R$ 60 m, a cerâmica Elizabeth, de João Pessoa (PB), vai instalar uma linha de revestimentos em Criciúma, SC. A decisão vai na direção inversa à de outras fabricantes do setor, que têm sede em SC e estão se instalando na Região Nordeste, como é o caso da Eliane e da Itagres. A nova unidade da Elizabeth deverá ser inaugurada no início de 2009, no local onde funcionava a De Lucca Revestimentos Cerâmicos. Ela será a quinta fábrica da empresa, que hoje conta com três unidades de revestimentos cerâmicos e uma de louças sanitárias na PB. Topo Papel e Celulose | O Grupo Votorantim fez uma oferta de R$ 2,71 bilhões pelos 28% de ações ordinárias da Aracruz Celulose pertencentes à Arapar. A Arapar reúne investidores liderados pelo grupo Lorentzen. A Votorantim hoje conta com outros 28% da maior fabricante mundial de eucalipto que, fundida à Votorantim Celulose e Papel (VCP), dará origem a uma empresa responsável por 10% da oferta mundial de celulose e 34% da oferta de eucalipto. O Grupo Safra, que também participa do capital da Aracruz com 28%, não exercerá seu direito de preferência na compra das ações da Arapar, fechando com a Votorantim na formação da nova holding. Nesta empresa, cada sócia terá 50% do controle e está previsto um pagamento de R$ 530 m do Grupo Safra ao Grupo Votorantim. | Já na área de papéis especiais, a Votorantim Celulose e Papel vendeu por R$ 67 m sua fatia remanescente de 40% na fábrica de Jacareí (SP) para a finlandesa Ahlstrom. A Ahlstrom havia adquirido 60% desta unidade no ano passado, quando a VCP permaneceu como sócia da empresa com os 40% agora alienados. A transação como um todo é avaliada em € 110 m. Os papéis produzidos em Jacareí são utilizados em rótulos e embalagens, segmento em que a Ahlstrom é líder mundial. Com esta venda, a VCP segue em sua estratégia de focar a produção de commodities para exportação, sendo que na produção de papel, a empresa ainda conta com mais dois ativos: a Conpacel (em sociedade com a Suzano) e uma planta de papéis químicos em Piracicaba (SP). Topo Energia | A Electra Power, braço de geração de energia do Grupo Electra, tem planos de construir 32 pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) ao longo dos próximos três anos. As unidades ficarão nas áreas de concessão da empresa, ou seja, RS, SC e MT. Os investimentos são estimados em R$ 600 m, sendo que uma parte dos recursos deverá ser levantada pela recém-criada gestora Eco Energy. Atualmente, a Electra Power possui participação em seis PCHs em funcionamento e em uma PCH ainda não inaugurada. | A francesa GDF Suez, vencedora do leilão da Usina Hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira, está inaugurando seu parque de geração eólica em Beberibe, CE. Nele foram investidos R$ 150 m, sendo que a usina conta com 32 torres. A Suez pretende ampliar seus negócios com energia alternativa, principalmente no Brasil, e encontra-se em fase de compra da Econergy, que possui seis projetos de energia eólica e de PCHs em desenvolvimento na América Latina. Também conta com diversos outros empreendimentos em andamento e em funcionamento no País, como a PCH de Areia Branca (MG), o parque eólico de Pedra do Sal (PI), duas PCHs no MT (por meio da controlada Tractebel) e a usina de biomassa de Lages (SC). Conta ainda com grandes projetos hidrelétricos, como as usinas de São Salvador (TO) e de Estreito (TO). Topo Petróleo | A Petrobras confirmou acordo com a norte-americana ExxonMobil para incorporar seus ativos de distribuição no Chile. A estatal brasileira irá pagar US$ 400 m ao longo de nove meses, sendo que no final será feita a transferência de controle dos 230 postos. Com a operação, a bandeira da Petrobras irá substituir a marca ExxonMobil no Chile num prazo de dois a três anos. A entrada da Petrobras no mercado de distribuição de combustíveis chileno abre perspectivas para um futuro acordo de desenvolvimento exploratório com a Enap, petrolífera local. | O Grupo Ultra, que em 2007 assumiu o controle dos ativos da Ipiranga na área de distribuição de combustíveis, fechou a compra da rede de postos Texaco no Brasil. A Texaco pertencia à petrolífera norte-americana Chevron e a transação vai custar R$ 1,168 bilhão ao Ultra. Com a rede incorporada (quase dois mil postos), nas Regiões Sul e Sudeste o Ultra encosta na líder do setor, a BR Distribuidora. A operação também abre as portas para sua atuação nos mercados de gasolina, álcool e diesel no NO, NE e CO, regiões onde ainda estava ausente. A participação total do Grupo Ultra no mercado de combustíveis líquidos no País irá ampliar-se de 14% para 23%, sendo que a BR Distribuidora hoje detém 41%. A Chevron continua no Brasil com atividades nas áreas de exploração petrolífera e de lubrificantes. | A mineira AleSat Combustíveis anunciou a compra da catarinense Polipetro, rede de postos revendedores de combustíveis com bandeira própria e sede em Itajaí. O valor da transação não foi divulgado. A Polipetro pertencia ao grupo paulista Vibrapar. Sua rede abrange 130 postos em SC e no PR. Atualmente, a AleSat conta com 1,2 mil postos em 21 Estados do País, sendo que seu plano de crescimento orgânico envolve aportes totais de R$ 250 m até 2012 para a abertura de mais 1,02 mil unidades. Somente em 2008 serão 240 novos postos, com investimentos de R$ 73,5 m. | A canadense EnCana Corporation vendeu sua subsidiária no Brasil, a EnCana Brasil Petróleo, para as empresas indianas Bharat Petroresources (da estatal BPCL) e Videcon Industries. A operação rendeu US$ 168 m à EnCana, que irá concentrar-se em suas atividades com gás natural na América do Norte. As atuais operações da EnCana Brasil envolvem participação em dez blocos exploratórios no alto mar, dos quais nove operados pela Petrobras e um pela Anadarko Petróleo. Topo Mineração e Siderurgia | A Anglo American concluiu a aquisição do controle da MMX Minas-Rio e da MMX Amapá, mineradoras que pertenciam à MMX Mineração e Metálicos e que foram reunidas na empresa IronX. O valor da transação, que envolveu 63,3% dos dois projetos, foi confirmado em R$ 5,4 bilhões. No controle da IronX, a Anglo American pretende fechar seu capital e realizar uma oferta pública de aquisição aos demais acionistas. Com isso, o valor total da transação deve aumentar para até R$ 8,6 bilhões, se forem incorporados 100% do capital. A transação com a Anglo American foi anunciada em janeiro e, para viabilizá-la, o Grupo MMX precisou sofrer uma cisão de ativos, a qual resultou na independência da LLX Logística e na formação da IronX. Assumindo empresa, a Anglo American já mudou seu nome para Anglo Ferrous Brazil. | A peruana Minsur, terceira maior produtora de estanho do mundo, assumiu o controle da Mamoré Taboca, empresa do Grupo Paranapanema no setor de estanho. A transação foi realizada pelo valor de US$ 470 m (R$ 850 m), mas ainda depende de autorizações oficiais. A Mamoré Taboca possui jazidas no Estado do Amazonas e, além de direitos minerários em estanho, também prospecta diversos outros minérios como tório, zirconita, índio, nióbio, tântalo e urânio. A empresa também conta com metalurgia e processamento de cassiterita em estanho. Do antigo conglomerado mineral da Paranapanema, hoje restam a Caraíba Metais, a Eluma e a Cibrafértil. A Paranapanema tem como maior acionista o fundo Previ, com 20% de participação. | O Grupo Gerdau anunciou a construção de duas novas usinas de aços longos (vergalhões) para a construção civil. Uma ficará em PE, onde o grupo opera por meio da Açonorte; e a outra na Espanha, onde a Gerdau possui 40% da Sidenor, fabricante de aços especiais. A primeira está orçada em US$ 400 m e tem inauguração prevista para até 2011. Seu foco será o atendimento da demanda na Região Nordeste. Já os planos para a unidade espanhola ainda não estão totalmente definidos. A Gerdau também pretende investir US$ 277 m para ampliar a capacidade produtiva da Açominas, que recentemente concluiu um programa de investimentos de US$ US$ 1,5 bilhão. | E no Peru, o Grupo Gerdau decidiu investir cerca de US$ 1,4 bilhão para ampliar a produção de sua subsidiária local, a Siderperu. O empreendimento prevê duas fases, a primeira até 2011 e a segunda até 2013. Com isso, o objetivo da empresa gaúcha é abastecer de aços longos e planos o mercado peruano e os países andinos vizinhos. Quando concluída, a nova unidade da Siderperu deverá ser a segunda maior do grupo siderúrgico. Já na Argentina, o Grupo Gerdau irá realizar um aporte de US$ 524 m para também ampliar a produção de sua subsidiária Sipar. A decisão acirra a disputa com a Votorantim Siderurgia, controladora da Aceros de Bragado (AcerBrag), pelo segundo lugar no mercado local de aços longos. Os aportes na Sipar ocorrerão em duas etapas até 2016, abrangendo a produção de aço bruto e de aços longos (perfis, fios-máquina, vergalhões, arames, pregos e telas). Na primeira fase está prevista a instalação de uma nova usina, a ser inaugurada em 2011 com investimentos totais de US$ 310 m. | A Votorantim Siderurgia (VS), segunda maior fabricante de aços longos da Colômbia por meio da Acerías Paz del Río, anunciou acordo com a Aceros de Colômbia (Acesco) para montar a maior usina siderúrgica daquele País. O empreendimento será voltado para a fabricação de aços planos e está orçado em US$ 1,5 bilhão. A expectativa é de que a fábrica inicie suas atividades em 2012, suprindo o mercado local e exportando o excedente para o próprio continente americano. Além dos empreendimentos na Colômbia, as atividades com aço do Grupo Votorantim hoje abrangem uma usina em Barra Mansa (RJ), um projeto em construção em Resende (RJ) e a argentina AcerBrag. | E o grupo europeu ArcelorMittal, maior produtor de aço do mundo, pretende investir US$ 1,8 bilhão no Brasil para reforçar a sua mineração de ferro. Deste montante, US$ 850 m destinam-se à aquisição das jazidas da London Mining, em Itatiaiuçu (MG), e à compra de uma área portuária em Mangaratiba (RJ). O restante dos investimentos será empregado na futura expansão da mina (US$ 700 m) e na instalação de um terminal de exportação (US$ 250 m). A incorporação da London Mining foi realizada por US$ 810 m, dos quais US$ 46 m em dívidas assumidas. Já a área portuária custou US$ 40,5 m à siderúrgica e pertencia à canadense Adriana Resources. | Já no próprio setor siderúrgico, a ArcelorMittal anunciou investimentos de US$ 1,6 bilhão na área de aços longos, a fim de atender a demanda da construção civil. Neste segmento, a empresa havia comunicado, no início do ano, aplicações de US$ 1,2 bilhão em sua fábrica de João Monlevade (MG). A nova investida contemplará a expansão da unidade de Juiz de Fora (MG) e a construção de uma nova planta na Região Nordeste. A implantação dos dois projetos levará 30 meses. Atualmente, além das duas usinas mineiras, a ArcelorMittal também possui unidades de aços longos em Piracicaba (SP) e em Vitória (ES). | A Companhia Vale do Rio Doce oficializou o plano de investimentos de sua nova refinaria de alumina e da expansão na sua mina de bauxita em Paragominas, PA. Com isso, nasce a Companhia de Alumina do Pará (CAP), cujos aportes somarão US$ 2,2 bilhões. Na mineração, o investimento da Vale será de US$ 487 m. Esta é a terceira fase de expansão da Mina de Paragominas e será toda dedicada a suprir a refinaria da CAP. A previsão é de que a expansão esteja concluída no primeiro semestre de 2011, quando se iniciam as operações da CAP. A refinaria da CAP ficará no município de Barcarena (PA), próxima da Alunorte, outra subsidiária da Vale. A CAP terá 80% de seu controle detido pela mineradora brasileira, ficando os 20% restantes com a norueguesa Hydro Aluminium. | A Vale do Rio Doce também confirmou sua intenção de construir uma usina siderúrgica em Marabá (PA) e antecipou a programação de inauguração da unidade de 2013 para 2012. O início das obras está previsto para o final de 2009. Ao contrário de outros projetos siderúrgicos da Vale, em Marabá a produção não ficará restrita a placas, devendo também abranger bobinas a quente, chapas grossas e chapas de aço, produtos utilizados na fabricação de vagões, tubos de aço, equipamentos mecânicos e até grandes estaleiros. Os investimentos da Vale em Marabá devem chegar a US$ 5 bilhões, dos quais US$ 3,3 bilhões na usina de aço e o restante em logística, energia, reflorestamento, laboratórios minerais e outros. Topo Bens de Capital | Para amparar sua carteira R$ 1,9 bilhão em pedidos, boa parte decorrente de projetos da Petrobras, a Confab Industrial está ampliando de R$ 80 m para R$ 120 m seu plano de investimento dos próximos dois anos. O foco serão as atualizações tecnológicas e as aquisições de equipamentos. A Confab produz tubos de aço, utilizados principalmente em gasodutos e minerodutos. | E a Tubos Ipiranga, também fabricante de tubos de aço, está transferindo suas operações de São Bernardo do Campo para Ribeirão Pires, ambas cidades do ABC paulista. Os investimentos da empresa, que ainda abrangem aumento de capacidade, são da ordem de R$ 30 m, sendo que outros R$ 15 m serão aportados até maio de 2009 para concluir a adequação de equipamentos. A decisão da empresa visa atender a demanda dos setores de petróleo e gás, mineração e açúcar e álcool. | A GP investimentos adquiriu uma participação adicional de 17,7% no capital da San Antonio Internacional, prestadora de serviços na exploração de petróleo e gás. O fundo já detinha 55,3% do capital da San Antonio e, com a participação extra, adquirida da Amber Latin America Investment, passará a 73% de seu capital. O valor do negócio foi de US$ 134,7 m, mas pode chegar a US$ 148,1 m com a aquisição complementar de mais 1,8% da empresa. A San Antonio possui uma frota de 71 sondas de perfuração e 176 de intervenção para operações em terra, além de duas sondas de perfuração e quatro de intervenção para operações em águas rasas. | A francesa Areva, fabricante de equipamentos para o setor de energia, anunciou a aquisição da Waltec Equipamentos Elétricos, empresa com sede em Blumenau (SC). Com a transação, a Areva passa a contar com produção no Brasil de novos modelos de transformador e de painéis de controle de baixa e média tensão, utilizados por empresas dos setores de mineração, petróleo, gás e geradoras de energia. O valor da transação não foi divulgado. Atualmente a Areva conta com unidades produtivas em São Paulo (SP), Itajubá (MG) e Canoas (RS). Topo Veículos e Peças | A Mercedes-Benz, empresa do grupo alemão Daimler, anunciou planos de investir R$ 1,5 bilhão em sua unidade de caminhões e ônibus de São Bernardo do Campo (SP). Este é o maior aporte de um fabricante do setor no País, superando o volume de R$ 1 bilhão anunciado pela Volkswagen Caminhões. Além do aumento na fabricação de veículos e peças, o investimento também abrange a implantação de um novo sistema logístico. As obras de ampliação serão iniciadas em janeiro de 2009. | A Hyundai Motors, maior montadora de veículos da Coréia do Sul, vai construir uma unidade de carros pequenos em Piracicaba, SP. O investimento inicial está orçado em US$ 600 m. Mas um grupo de 20 fornecedores de peças também deve se instalar na região, aportando outros US$ 250 m a US$ 300 m. O início das operações da montadora está previsto para o final de 2010. Atualmente a Hyundai possui acordo com o Grupo Caoa para a produção, em Anápolis (GO), do mini-caminhão HR e do utilitário Tucson (a partir de 2009). | Poucas semanas após anunciar um plano de investimentos de U$ 80 m até 2011 no Mercosul, visando amparar seu novo contrato com a General Motors, a MWM International reforçou suas apostas e anunciou mais US$ 153 m até 2013. O contrato com a GM é da ordem de R$ 3 bilhões e prevê o fornecimento de motores diesel até 2018. A MWM é controlada pela norteamericana Navistar e conta com duas unidades produtivas no Brasil: São Paulo (SP) e Canoas (RS). | A fabricante alemã de autopeças ZF, que na América do Sul possui quatro fábricas no Brasil e uma na Argentina, também está alterando seu plano de investimentos de R$ 540 m até 2011 para R$ 753 m até 2013. O conjunto de investimentos contempla a construção de uma nova fábrica no Brasil, cujo local ainda não foi definido. De certo, estão previstos o aumento na produção de embreagens, sistemas de transmissão e sistemas de direção. Metade dos investimentos será na área de transmissões, sendo que as unidades brasileiras deverão ficar com 95% do aporte total anunciado. | A gaúcha Marcopolo anunciou a venda de 54% de sua controlada MVC, fabricante de componentes plásticos para veículos e com sede em São José dos Pinhais (PR), para a também gaúcha Artecola. A Artecola atua na área de adesivos e laminados especiais. Já o foco da Marcopolo é a fabricação de carrocerias para ônibus. O valor da transação dependerá de resultados da MVC entre 2008 e 2010, mas está definida uma valorização base de R$ 55 m. Esta foi a sexta aquisição da Artecola nos últimos 17 meses, sendo que recentemente ela incorporou a divisão de adesivos industriais da mexicana Probst. | A Suspensys, segunda maior empresa do grupo Randon, vai investir R$ 60 m em 2008 para atender o aumento da demanda de montadoras de caminhões, ônibus e implementos rodoviários. A Suspensys fabrica suspensões, cubos e tambores de rodas e é uma joint venture entre a Randon e a norte-americana ArvinMeritor. Os aportes servirão para ampliação de instalações e aquisição de equipamentos. | A Ciser, fabricante de porcas e parafusos de Joinville (SC), inaugurou uma linha produtiva em Sarzedo (MG). A nova fábrica vai focar exclusivamente o abastecimento do setor automotivo e recebeu investimentos de R$ 40 m. A unidade substituirá a fábrica da Ciser no município mineiro de Nova Lima, onde eram produzidas linhas para eletrificação e construção civil. Estas linhas serão absorvidas por Joinville, de onde a empresa já atende os setores de construção civil, elétrico, telefônico, metal-mecânico e eletroeletrônicos. Em Joinville a empresa investirá R$ 100 m para construir uma nova planta. Topo Telecomunicações | Dias após receber um aporte de US$ 63 m, com a entrada de dois novos acionistas (Goldman Sachs e New Enterprise Associates), a Spring Wireless foi às compras e anunciou a aquisição da Okto, especializada em serviços de mensagens via celular (SMS). O valor da transação não foi divulgado, mas envolve pagamento em dinheiro e em opções de compra da controladora da Spring, nos EUA. A Okto provê sistemas de SMS para grandes empresas, agências de publicidade e emissoras de TV. Sua compra amplia o foco de atuação da Spring, hoje baseado em acessos a e-mail corporativo, automação de vendas e sistemas de pagamentos via celular, dentre outros. | A NET Serviços anunciou a incorporação da ESC 90 Telecomunicações, operadora de TV por assinatura e banda larga com atuação na Grande Vitória, ES. A transação custará R$ 94,6 m à NET, que passa a cobrir todas as capitais do Sul e Sudeste do País. A ESC 90 é filiada à NET Brasil e já opera com a marca NET. A empresa era controlada pela Energias do Brasil (do grupo português EDP). Atualmente, a NET possui 47% do mercado brasileiro de TV por assinatura e 20% do mercado de banda larga. Esta foi sua terceira aquisição em três anos, seguindo-se à compra da BigTV e da Vivax. Topo Transportes e Logística | O grupo Jurong Shipyard, uma das maiores empresas navais do mundo e com sede em Cingapura, pretende investir R$ 500 m na construção de um estaleiro no ES. O empreendimento será no município de Aracruz. O Jurong tem buscado uma oportunidade de investimento no Brasil desde o fim de sua parceria no Estaleiro Mauá, de Niterói (RJ). Para a empresa, a escolha do ES se deve ao crescimento da exploração petrolífera e à atuação da Petrobras no Estado. O início da construção do estaleiro deve ser em 2010 e sua inauguração está prevista para 2011. | O Noble Group, de Hong Kong, anunciou a intenção de construir seu primeiro terminal graneleiro e de açúcar no Brasil. A unidade ficará no Porto de Santos (SP) e o valor dos investimentos não foi divulgado. No empreendimento, o Noble Group terá participação de 75% e o Grupo Itamaraty os 25% restantes. A previsão é de que o terminal seja inaugurado no final de 2009. Atualmente, o Noble Group possui uma usina de açúcar e álcool em SP, além de outras atividades no agronegócio brasileiro. | A MRS Logística pretende investir US$ 1,8 bilhão até 2009 para ampliar sua capacidade de transporte de minério de ferro. A empresa é a concessionária da malha Sudeste da antiga RFFSA e, com os aportes, deve atender a expansão de mineradoras e siderúrgicas como a CSN e a ThyssenKruppCSA. Os investimentos abrangem compras de vagões, locomotivas, duplicação de trechos, sinalização e telecomunicação. Atualmente a MRS possui 15 mil vagões e prevê o recebimento de mais 1,5 mil até meados de 2009. Sua frota de locomotivas está em torno de 450 unidades, devendo chegar a 550 até o fim de 2009. | A norte-americana SkyWest fará um aporte de US$ 30 m no capital da Trip Linhas Aéreas, empresa com sede em Campinas (SP). A operação será em etapas, sendo que num primeiro momento serão investidos US$ 5 m numa fatia de 6,7% da Trip. Ao final da operação, a SkyWest deverá chegar a 20% da aérea brasileira, percentual limite permitido pela legislação. A SkyWest é a maior empresa aérea regional do mundo, com 442 aeronaves em operação. O controle da Trip é dividido entre o Grupo Águia Branca e o Grupo Caprioli. | Com investimento de R$ 170 m, o fundo Equity International assumiu uma participação minoritária na AGV Logística. A AGV possui um centro de distribuição Vinhedo (SP) e projeto para a construção de mais uma unidade, junto à atual. Paralelamente à venda da participação ao fundo, a AGV anunciou a aquisição de duas operadoras logísticas, a Delta Records e a E-Service, que prestam serviços logísticos para bancos, empresas de tecnologia e varejo, setores nos quais ela ainda não atuava. Topo Imobiliário | Com investimentos previstos de R$ 640 m até 2009, a Aliansce prepara uma captação de R$ 400 m para amparar seus planos. A empresa tem 49% de seu capital detido pela General Growth Properties (GGP), segunda maior proprietária de shopping centers dos Estados Unidos. Atualmente ela administra 18 shopping centers em seis Estados. Dos investimentos já programados, R$ 400 m serão aportados ainda neste ano na abertura de quatro novos centros, localizados em Duque de Caxias (RJ), Belém (PA), Brasília (DF) e Belo Horizonte (MG). Em 2009 a Aliansce prevê aplicar os R$ 240 m restantes na construção de um shopping em Maceió (AL), na renovação de um em Ribeirão Preto (SP) e em outros investimentos pontuais. A nova captação da empresa deve ser realizada em duas fases, sendo uma de R$ 220 m e a outra de R$ 180 m. | A Ancar concluiu a aquisição da São Marcos Empreendimentos Imobiliários, numa transação com valor estimado de R$ 600 m. A Ancar é a sócia no Brasil do fundo canadense Ivanhoe Cambridge. A São Marcos possui participação em quatro shopping centers, sendo dois no Rio de Janeiro (o Botafogo Praia Shopping e o Downtown) e dois no Estado de São Paulo (o Shopping Interlagos na capital e o CenterVale Shopping em São José dos Campos). Com a aquisição, a Ancar passa a deter 15 empreendimentos em seu portfólio. E depois de absorverem a São Marcos, a Ancar e a Ivanhoe Cambridge redefiniram a estrutura acionária de sua sociedade. Com isso, o fundo canadense elevou de 20% para 50% sua participação no capital da empresa brasileira. O valor da operação não foi divulgado, mas a empresa imobiliária vai passar a se chamar Ancar Ivanhoe. | O grupo português Sonae Sierra pretende investir R$ 300 m para construir seu décimo-terceiro shopping center no Brasil. O empreendimento será erguido em Goiânia (GO) e é o terceiro shopping anunciado pelo grupo português nos últimos três meses. A empresa também prevê aportes R$ 110 m em uma unidade em Uberlândia (MG) e de R$ 105 m em um shopping em Londrina (PR). No Brasil, a Sonae Sierre atua em sociedade com a norteamericana Developers Diversified Realty (DDR). | A BR Brokers, holding de empresas do setor imobiliário, fechou a compra de 51% do controle da Abyara Intermediação Imobiliária, divisão da Abyara Planejamento Imobiliário que reúne as áreas de corretagem e consultoria na compra e venda de imóveis. O valor da transação foi de R$ 250 m e, com ela, surge a nova Abyara Brokers. A Abyara é a segunda maior empresa de corretagem imobiliária na cidade de São Paulo, atrás apenas da Lopes. A transação será efetivada em duas etapas: na primeira, a BR Brokers irá subscrever R$ 176 m em ações da Abyara Brokers; e na segunda, comprará ações da nova empresa diretamente da Abyara Planejamento Imobiliário. | A Gafisa firmou acordo com a Construtora Tenda, de MG, e vai assumir 60% de seu capital. A contra-partida será a incorporação, pela Tenda, das atividades da Fit Residencial Empreendimentos Imobiliários, subsidiária da Gafisa voltada para o segmento de baixa renda, mesmo foco da Tenda. Para viabilizar a operação, na data da incorporação a Fit deverá ter capital social de R$ 420 m e caixa líquido de R$ 300 m. Haverá emissão de ações pela Tenda, incorporadas pela Gafisa e, ao final da transação, os atuais controladores da Tenda, hoje com 51% da empresa, passarão a deter 20,3% de seu capital. O free float da companhia será reduzido de 49% para 19,7%. | O grupo hoteleiro francês Accor, que em abril anunciou a construção de 20 hotéis até 2011 em parceria com a construtora WTorre, pretende abrir outros 40 novos empreendimento ao longo dos próximos três anos no Brasil. O investimento será da ordem de R$ 600 m, o que abrange as 40 novas unidades e sete dos 20 hotéis em parceria com a WTorre. A maior parte das inaugurações será com as bandeiras Formule 1 e Ibis, de menor padrão. Atualmente a Accor possui 146 hotéis no Brasil, sendo 4 de sua propriedade, 47 alugados e 14 em sistema de franquia. Os outros 81 hotéis são apenas administrados pelo grupo francês. Topo Outros Setores | O grupo Gafor, do Mato Grosso do Sul, uniu-se à Arconvert, da italiana Fedrigoni, e vai instalar uma fábrica de auto-adesivos em Jundiaí (SP). Os investimentos serão de R$ 40 m, sendo 40% pelo Gafor e 60% pela Arconvert. A previsão é de que a unidade inicie suas atividades no segundo semestre de 2009, abastecendo as indústrias de cosméticos, alimentos, medicamentos e bebidas. Esta é a primeira investida da Gafor no setor industrial, sendo que a empresa tem origem nos setores de transporte e agronegócios. | A maior empresa de materiais refratários do País, a Magnesita, comprou a alemã LWB por € 657 m. Com isso, a Magnesita salta da décima posição no ranking mundial do setor para a terceira colocação, ficando abaixo apenas da Vesuvius e da RHI. A Magnesita e a LWB possuem modelos de negócio integrados, sendo donas de suas fontes de matérias-primas. A LWB será uma subsidiária da empresa brasileira. Ao final da operação, na nova estrutura acionária da Magnesita o fundo GP Investimentos terá 40,2% de participação, o fundo Gávea 10,3%, a Rhône Capital (antiga controladora da LWB) 11% e os 38,5% restantes estarão em poder do mercado. Os materiais refratários são insumos utilizados na produção siderúrgica, cimenteira e de vidros. | Depois da mal-sucedida venda para a Identidade Moda (I´M), da holding HLDC, as grifes Herchcovitch, Alexandre (jeanswear) e Alexandre Herchcovitch (prêt-à-porter) tiveram 70% de suas ações adquiridas pela Inbrands, holding de moda do fundo Pactual Capital Partners (PCP). A transação envolve direitos e investimentos na reforma de lojas das duas grifes. O valor da transação não foi divulgado, mas faz parte dos US$ 200 m que a Inbrands pretende investir no setor. Atualmente o fundo possui participações nas grifes Ellus, 2nd Floor e Isabela Capeto. | A GP Investments assumiu o controle da Imbra, rede de clínicas odontológicas com 21 unidades no País. A operação custará R$ 185 m à gestora de fundos e constitui mais um passo na consolidação do mercado de saúde e odontologia no Brasil. Operacionalmente, a GP irá adquirir debêntures conversíveis da Baladare Participações, controladora da Almeria Participações, que por sua vez possui 51% das ações ordinárias da Imbra e 45% de seu capital total. No setor de saúde, a GP já é acionista do laboratório Farmasa e da operadora de planos Tempo. | O Banco do Brasil pagou R$ 670 m para ficar com o controle da Companhia de Seguros Aliança do Brasil, que pertencia à Companhia de Participações Aliança da Bahia. A transação foi efetivada por meio do BB Banco de Investimento. Mas como o BB é proibido pela legislação de controlar seguradoras, a instituição terá um ano para encontrar um sócio estratégico. A Aliança do Brasil atua nos segmentos de seguro de vida e seguros elementares e é uma das cinco seguradoras nas quais o BB possui participação. A Aliança da Bahia detinha 60% de seu capital votante e 30% de seu capital total, enquanto o BB Investimentos possuía 40% do capital votante e 70% do capital total. Topo A BRASILPAR possui mais de 25 anos de experiência em assessoria a fusões e aquisições, avaliação de projetos e negócios e gestão de capital de risco. Já acumulou transações que somam mais de US$ 3 bilhões. Seus atuais serviços englobam: assessoria em compra, venda e associações entre empresas; atração de sócios e levantamento de capital para projetos e empresas; desenvolvimento de planos de negócios e assessoria estratégica; assessoria em investimentos em novos negócios; aconselhamento financeiro e estratégico em geral. Alberto Ortenblad Filho [email protected] Daniel Chama Baldin [email protected] Jorge Troyko [email protected] Luis Fernando Amatti Salem [email protected] Luiz Eduardo do Amaral Costa [email protected] Luiz Roberto Carvalho Pereira [email protected] Marco Antonio dos Reis Serra [email protected] Marcos Levy [email protected] Paulo Vasquez Varela [email protected] Tom Waslander [email protected] Av. Presidente Juscelino Kubitschek, 28 - 8o andar 04543-000 - São Paulo - SP Tel.: (011) 3709-4270 | Fax : (011) 3709-4288 www.brasilpar.com.br O boletim NEGÓCIOS E INVESTIMENTOS é editado bimestralmente pela Brasilpar Serviços Financeiros. Diretores Responsáveis: Marco Antonio Serra e Alberto Ortenblad Filho. O cenário econômico contido neste boletim refere-se a consulta de opiniões do Banco Central do Brasil e pode ser modificado sem prévia comunicação. A Brasilpar não se responsabiliza pela utilização comercial ou financeira dessas previsões. Os projetos e valores de investimentos das empresas citadas neste boletim referem-se aos divulgados nos principais meios jornalísticos. A Brasilpar não se responsabiliza pela veracidade das informações. Não é permitida a reprodução sem autorização da Brasilpar. A Brasilpar respeita a sua privacidade e é contra o SPAM. Topo
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