Newsletter 95
Transcrição
Agroindústria Alimentos Bebidas Confecções Farmacêuticos e Saúde Comércio Varejista Bens de Consumo Diversos Materiais de Construção Madeira e Celulose Energia Petróleo e Gás Plásticos e Petroquímica Siderurgia Bens de Capital Materiais de Transporte Eletrônicos Tecnologia da Informação Telecomunicações Imobiliário Transportes e Logística Educação Financeiro Outros Setores Ambiente Macroeconômico e de Investimentos Em que pese a deterioração dos fluxos externos, a economia brasileira vem dando sinais de maturidade e robustez frente às adversidades do cenário internacional. Como resultado, nestas últimas semanas confirmaram-se as expectativas gerais de elevação do rating do País por parte das agências de risco internacional. E claro, isto, por sua vez, contribui para a realimentação de um ciclo virtuoso, fazendo com que as expectativas macroeconômicas de médio prazo permaneçam positivas. Mas no que diz respeito ao curto prazo, contudo, a alta da inflação tem dominado as atenções dos policy makers, de forma que até o final do ano deveremos passar por um gradual aperto monetário. Nada que altere a percepção de risco na economia, muito embora a conseqüência deste processo seja uma redução na taxa de crescimento econômico inicialmente vislumbrada. Quanto à dinâmica dos negócios, os meses de abril e maio caracterizaram-se pela recuperação do macroambiente frente ao início do ano. Houve retomada nas captações em bolsa, nos investimentos de grande porte e nos processos de incorporações e reestruturações das empresas. Individualmente destacamos a movimentação percebida nos setores de laticínios, siderurgia e bens de consumo em geral, muito embora o aspecto mais relevante do período seja justamente a diversidade setorial das notícias. CENÁRIO ECONÔMICO 2005 2006 2007 2008* 2009* PIB (PM) - Var % 2.9 3.8 5.4 4.8 4.0 Inflação IPCA - Var % 5.7 3.1 4.4 5.5 4.6 2.341 2.138 1.771 1.70 1.77 Tx de Juros Nominal - % Acum. Ano 19.0 15.1 11.9 12.5 12.8 Dívida Pública - % PIB 46.5 44.9 43.2 41.2 40.0 Saldo Comercial - US$ Bilhões 44.7 46.1 40.2 24.0 15.0 Trans. Corrente - US$ Bilhões 14.0 13.3 4.9 -22.0 -29.8 Investimentos Diretos - US$ Bilhões 15.1 18.8 35.0 33.0 30.0 Tx de Câmbio - R$/US$ Fim Ano * Fonte: Relatório de Mercado - Banco Central do Brasil - 30/05/2008 Topo Agroindústria | A inglesa British Petroleum (BP) anunciou a aquisição de 50% da Tropical Bioenergia, empresa dos grupos Santelisa Vale e Maeda. A Santelisa é a segunda maior empresa sucroalcooleira do País e a Maeda é um dos maiores produtores de algodão. Com a aquisição, a BP marca sua estréia no mercado brasileiro de etanol. O aporte da companhia britânica é de R$ 100 milhões, sendo que os projetos da Tropical hoje envolvem investimentos no valor de R$ 1,6 bilhão para a construção de duas usinas sucroalcooleiras, uma das quais já definida para Edéia (GO). | O Grupo InVivo, maior central de cooperativas da França, entrou no mercado brasileiro de nutrição animal com a aquisição de 50% da paranaense Vitagri. O valor da transação não foi divulgado. A Vitagri possui duas plantas industriais em Apucarana (PR) e fabrica rações para aves, suínos e vacas leiteiras. Com a injeção de capital sua intenção é entrar no segmento de bovinocultura de corte, além de ampliar sua atuação na avicultura. | A Galvani, empresa de fertilizantes de São João da Boa Vista (SP), programa investimentos de R$ 45 m em 2008 para ampliar sua produção. A empresa atua em toda a cadeia de fertilizantes fosfatados do País, desde as atividades de mineração até a venda de produtos acabados. Atualmente conta com oito unidades produtivas nos Estados de SP, BA, MG, MT, CE e SE. O aporte previsto será dirigido à modernização e ampliação destas unidades. | O Grupo Guabi, um dos maiores do País no segmento de nutrição animal, pretende investir entre R$ 30 m e R$ 50 m para construir quatro novas fábricas. Atualmente a Guabi opera sete unidades distribuídas em SP, MG, GO e PE, sendo que as novas plantas deverão ser erguidas preferencialmente nas Regiões Nordeste e Centro-Oeste. A Guabi atua tanto com rações comerciais (bovinos, eqüinos e piscicultura) quanto com linhas pet (cães e gatos). | A Bunge Fertilizantes tem investimentos previstos da ordem de R$ 3,2 bilhões para expandir sua produção de matérias-primas para adubos no País. São quatro projetos, já anunciados ou em fase de avaliação, sendo que o maior deles é a expansão da Fosfértil, empresa controlada pela holding Fertifos e que tem na Bunge Fertilizantes sua maior acionista. A Fosfértil programa um aporte de R$ 2 bilhões para ampliar a Mina de Salitre, em Patrocínio (MG), até 2011. E também prevê investir R$ 300 m até 2010 em seu complexo de Uberaba (MG) e nas minas de Tapira (MG) e Catalão (GO). Outro empreendimento previsto é a joint venture da Bunge com sua concorrente Yara para explorar fosfatos em Anitápolis (SC), o que vai exigir R$ 565 m até 2011. O último projeto da Bunge refere-se à abertura de uma nova mina de fósforo em Araxá (MG). Nela estão previstos investimentos de R$ 320 m até 2009. Topo Alimentos | Por meio da Só-Nata, a Laep Investments anunciou a compra das marcas de laticínios Poços de Caldas e Paulista, que pertenciam à francesa Danone. A Poços de Caldas tem como carro-chefe a produção de requeijão cremoso e todos os ativos ligados a sua marca foram vendidos. Já a Paulista atua em diversos segmentos, como leite pasteurizado e manteiga, sendo que sua aquisição envolve apenas o direito de uso da marca por 15 anos nos mercados do Brasil, Bolívia e Paraguai. Neste último caso também não estão incluídas as linhas de iogurte e sobremesas. O valor da operação foi de R$ 50 m e, a partir de agora, a Danone pretende focar segmentos de maior valor agregado como o de iogurtes funcionais. A Laep é a controladora da Leite Brasil, que por sua vez controla a Parmalat e outras marcas como Glória, Alimba, Lacesa e Kidlat. | E a Laep Investments também anunciou investimentos de R$ 100 m nas atividades da Parmalat e da Integralat no RS ao longo dos próximos 12 meses. O montante envolve a expansão da unidade de Carazinho, com a construção de uma torre de secagem para produção de leite em pó e a implantação de uma linha de iogurtes e queijos. A fazenda em Alegrete, operada pela Integralat, servirá de base para a integração de criadores de gado leiteiro naquele Estado. Já no Estado de MG, a Parmalat e a Integralat receberão investimentos de R$ 350 m para construir uma nova fábrica de leite em pó e instalar três fazendas integradoras. As três fazendas (em Unaí, Cruzília e Bonito de Minas) ficarão a cargo da Integralat e terão uma fatia de R$ 300 m. Os R$ 50 m restantes serão aplicados pela Parmalat na unidade industrial de Governador Valadares. | A GP Investimentos confirmou a aquisição da Laticínios Morrinhos por R$ 308 m. A Morrinhos atua com a marca Leitbom e possui cinco plantas em GO, uma no PA e outra em TO. Ela produz leite em pó, leite condensado, bebidas lácteas, queijos e leite longa vida, com atuação no Centro-Oeste e no Nordeste. A aquisição da GP envolve 100% do capital da empresa, que ainda receberá um aporte de mais R$ 18 m. | A Kraft Foods e a Sadia anunciaram a formação de uma joint venture para atuar no mercado brasileiro de queijos. O nome da nova empresa ainda não foi definido, mas sua sede ficará em Curitiba (PR). Pelo acordo, a Kraft terá participação de 51% no empreendimento, ficando a Sadia com os 49% restantes. Os investimentos iniciais no negócio serão da ordem de R$ 30 m. O carro-chefe da nova empresa será o queijo processado da marca Philadelphia, da Kraft, mas o portfólio também contará com queijos processados e patês de queijo da Sadia. | A Laticínios Bom Gosto, de Tapejara (RS), anunciou a aquisição de mais um empresa. Desta vez, trata-se das operações industriais da Cooperativa Riograndense de Laticínios e Correlatos (Coorlac), de Erechim (RS). O valor da transação não foi divulgado. Esta foi a quarta incorporação anunciada pela Bom Gosto nos últimos dez meses e antes dela foram as mineiras DaMatta e Santa Rita e a gaúcha Nutrilat. A Bom Gosto é a quinta maior empresa captadora de leite no País. | A mexicana Bimbo, terceira maior produtora mundial de pães, fechou acordo para a aquisição de 75% do capital da gaúcha Nutrella. O valor da transação não foi divulgado, mas é estimado em cerca de R$ 100 m. Com ela, a Bimbo assume a liderança na fabricação de pães industriais no Brasil. A Nutrella conta com duas fábricas, sendo uma em Gravataí (RS) e outra em Mogi das Cruzes (SP). O BNDESPar detém 25% de seu capital e seus principais concorrentes atualmente são a Seven Boys, a Panco, a Wickbold e a Pullman. A Bimbo, maior empresa de alimentos do México, já atua no Brasil desde 2001, quando adquiriu da Bunge as marcas Pullman e Plus Vita. Em novembro passado também assumiu a paulista Panifício Laura e, em fevereiro deste ano, a capixaba Firenze, dona da marca Pão Gostoso. | A cearense M Dias Branco, maior fabricante brasileira de massas e biscoitos, anunciou a compra da Indústria de Alimentos Bomgosto, conhecida como Vitarella. A Vitarella possui sede em PE e custou R$ 595 m à M Dias Branco. Sua atuação baseia-se principalmente nos Estados de PE, PA, AL e RN. A M Dias Branco possui marcas populares de biscoitos, tais como Richester e Fortaleza, e em 2003 incorporou a fabricante de massas e biscoitos Adria. A Vitarella possui parque industrial em Jaboatão dos Guararapes, PE. | A Dulcini, líder brasileira na fabricação de açúcar líquido, pretende investir R$ 40 m para construir uma nova fábrica. O empreendimento será em parceria com a destilaria Baldin e ficará em Pirassununga (SP), junto à sede da destilaria. A nova planta está prevista para iniciar suas operações na safra 2009/10. A Dulcini foi criada pela Dedini Agro, mas hoje ela é 100% controlada pelo fundo Circlet. Topo Bebidas | A Norsa, engarrafadora e distribuidora da Coca-Cola com atuação na BA, CE, RN e PI, vai investir R$ 106 m neste ano para ampliar sua capacidade produtiva e suas ações de marketing. O objetivo é impedir o avanço das chamadas tubaínas em sua região de atuação. Na área industrial, as principais mudanças ocorrerão com o aumento da produção de vasilhames retornáveis no CE e com a transferência de uma das duas linhas de PET do RN para a unidade de Vitória da Conquista, BA. | A Schincariol anunciou a aquisição da cervejaria artesanal Eisenbahn, de Blumenau (SC). A incorporação amplia a participação da Schincariol no segmento de cerveja premium, que representa cerca de 2% do mercado local. A Schincariol vem investindo decisivamente no segmento premium e desde 2007 já assumiu a Baden Baden, a Devassa e a Igarassu (Nobel). São marcas de maior valor agregado e que devem ser distribuídas também no exterior. O valor da compra da Eisenbahn não foi divulgado. A Schincariol também fechou a aquisição das atividades da Cintra, da AmBev, por R$ 39 m. A operação inclui as marcas de cervejas e refrigerantes, rede de distribuição e fórmulas. As duas plantas industriais adquiridas pela AmBev em 2007 não entraram na transação. Com a compra, a Schincariol amplia sua participação no mercado fluminense de 1,5% para 6,5% e, no mercado brasileiro, de 12,1% para 12,9%. Topo Confecções | A grife de roupas femininas Le Lis Blanc captou R$ 150 m com sua oferta inicial de ações. Não houve colocação secundária pela controladora Artesia Gestão de Recursos. A própria Artesia, aliás, subscreveu uma parte da emissão, equivalente a 3,3% de participação na empresa, ficando, após a operação, com 55% de seu capital. Atualmente a Le Lis Blanc possui 11 lojas próprias e 16 unidades licenciadas, sendo que seu plano de investimentos, além de expansão, também visa a recompra de licenças já concedidas. | A catarinense Haco, fabricante de etiquetas, inaugurou uma nova fábrica em Eusébio, CE. Nela foram investidos R$ 30 m, utilizados em obras e compra de novos teares para a unidade que a empresa já alugava no município. Com o investimento, a intenção a Haco é ficar mais próxima do mercado europeu. A Haco é a maior fabricante de etiquetas para vestuário do País. Topo Farmacêuticos e Saúde | A Votorantim Novos Negócios (VNN) e a Texas Pacific Group (TPG), um dos maiores fundos de investimentos do mundo, anunciaram a criação de uma nova empresa farmacêutica global, cuja atuação será focada nos mercados emergentes. O laboratório foi batizado de Moksha8 e iniciará suas operações pelo mercado brasileiro. Nos próximos anos estão previstos investimentos da ordem de US$ 500 m no País, o que envolve a construção de uma linha de produção. A Moksha8 já fechou contratos com a Roche e a Pfizer e irá promover 22 de suas marcas no Brasil, tais como Valium, Lexotan e Bactrim. China, Rússia, Índia, México, Turquia, Coréia, Oriente Médio e África também estão na mira da Moksha8. | A GE Healthcare, divisão de saúde da norte-americana General Eletric, anunciou a construção de uma fábrica de equipamentos radiológicos (raio-X) no Brasil. A unidade será inaugurada em 2009 e receberá investimentos de US$ 50 m em sua primeira fase. Esta será a primeira fábrica da divisão da GE na América do Sul. | Em sua segunda incorporação em menos de um ano, a divisão de saúde da Philips do Brasil anunciou a compra da Dixtal, fabricante de equipamentos para monitoramento de pacientes. O valor da transação não foi divulgado. A Dixtal é líder em seu setor de atuação, com 58% do mercado doméstico. Já a Philips é líder em âmbito global. Em junho de 2007 a empresa holandesa havia adquirido a VMI, do segmento de diagnósticos por imagem. Topo Comércio Varejista | A rede de fast food Bob's pretende investir R$ 40 m para abrir 120 novas lojas no Brasil em 2008. Destas, 43 serão no Estado de SP, que atualmente já conta com 132 pontos de venda. A Bob's tem origem no RJ, mas espera chegar ao final deste ano com mais lojas em SP do que no RJ. A empresa é controlada pela Brazil Fast Food Corporation (BFFC), sediada nos EUA e por sua vez controlada pelo grupos brasileiros Forza e Big Burger. Atualmente ela dispõe de 620 pontos de venda espalhados pelo Brasil, entre lojas próprias e franquias. | O grupo mexicano Casa Saba anunciou a incorporação da rede de farmácias Drogasmil, que conta com mais de 50 lojas distribuídas no RJ, SP e PR. O valor da aquisição foi fechado em aproximadamente R$ 185 m, sendo esta a primeira investida da empresa mexicana fora de seu País. A Casa Saba é o maior distribuidor atacadista de remédios e perfumaria do México, mas ainda não atuava no varejo farmacêutico. | A Amaro Participações (AP) assumiu o controle da Óticas Carol, maior rede varejista do setor no País e com sede em Sorocaba (SP). Atualmente a Carol conta com 220 lojas distribuídas no interior e capital de SP. Segundo os novos planos, a rede pretende chegar a 600 unidades até 2013. A Carol ficará sob o controle da Fábrica de Marcas, holding da AP que também administra a gestora de marcas de luxo World Luxury (WL). O valor pago pela Amaro não foi divulgado. Topo Bens de Consumo Diversos | A Hypermarcas fez sua oferta inicial de ações ordinárias e conseguiu captar R$ 700 m. A empresa atua no setor de bens de consumo e detém mais de 65 marcas, tais como Assolan, Monange, Benegrip, Doril, Engov, Gelol e Zero-Cal, distribuídas em cinco unidades de negócio: alimentos, higiene e limpeza, higiene pessoal, produtos de saúde e produtos químicos. Ela foi a primeira companhia a abrir capital em bolsa neste ano. Do montante obtido com a operação, 60% serão destinados a aquisição de novas empresas, ativos e marcas, e o restante direcionado para novos lançamentos e marketing. E na seqüência de seu IPO, a Hypermarcas anunciou acordo para incorporar o Laboratório Americano de Farmacoterapia S/A (Farmasa). A Farmasa desenvolve, produz e vende medicamentos, com foco em pediatria, ortopedia, gastroenterologia, ginecologia e dermatologia. A transação envolve um aumento de capital da Hypermarcas, que será subscrito pelos acionistas da Farmasa. Esta, por sua vez, irá tornar-se uma subsidiária integral da Hypermercas. | A norte-americana Procter & Gamble (P&G), gigante na área de bens de consumo, vai transferir sua fábrica de xampus e condicionadores de Louveira (SP) para o Rio de Janeiro (RJ). A operação se insere num projeto maior da P&G no Rio de Janeiro, que abrange a aquisição da fábrica da Belfam Cosméticos. Os investimentos iniciais somam R$ 50 m, mas o empreendimento envolve, ainda, a construção de um centro de distribuição de produtos nacionais e importados e de um centro de triagem e customização de produtos. A P&G possui marcas como Gillette, Pampers, Oral-B, Hipoglós e Duracell, além dos produtos Koleston e Wellaton produzidos pela Belfam. | Ainda emergindo de sua reestruturação, a Mundial está assumindo a marca de esmaltes Impala, do laboratório Avamiller Cosméticos. O negócio também inclui a linha de batons e produtos para cabelo e corpo da marca. A produção incorporada é complementar ao mix da Mundial, que já atua em segmentos de beauty care como o de alicates para cutículas e unhas, cortadores e pinças. A produção continuará a cargo da Avamiller, em sua unidade de Guarulhos (SP), e o valor de aquisição da marca não foi divulgado. O grupo Mundial também abrange as marcas Eberle Fashion, Eberle Solution, Eberle Tools e Hércules. Atualmente ela possui fábricas nos municípios gaúchos de Gravataí e Caxias do Sul. Topo Materiais de Construção | A Cerâmica Eliane, fabricante de pisos e revestimentos de SC, pretende investir R$ 50 m para ampliar sua produção no Pólo Petroquímico de Camaçari, BA. A unidade fabricará novos itens, de maior valor agregado, como porcelanatos e azulejos mais elaborados. E também vai absorver parte da produção hoje realizada em Londrina (PR) e Vitória (ES). Além destas, a Eliane ainda conta com plantas industriais em SP e MG. | A Tubos e Conexões Tigre está lançando uma subsidiária para atuar no segmento de acessórios para banheiro, lavanderia e áreas externas. Trata-se da Plena, cujo foco será o segmento de menor poder aquisitivo. Boa parte de sua linha, composta de tampas de vasos sanitários, lixeiras e porta-sabonetes, será herdada da própria marca Tigre. A controlada investiu R$ 25 m no negócio, sendo R$ 10 m na construção da fábrica de Pouso Alegre (MG). A Plena já nasce com planos de internacionalização. | A Amanco Brasil, fabricante de tubos e conexões controlada pelo grupo mexicano Mexichem, pretende investir US$ 56 m no Brasil em 2008. Deste montante, US$ 10 m serão destinados à instalação de duas novas linhas de produção, sendo uma de tubos em Sumaré (SP) e outra de descargas sanitárias em Suape (PE). O restante dos recursos será empregado no desenvolvimento de produtos e em marketing. Os novos tubos receberão a marca Novafort e serão destinados ao segmento de obras de infraestrutura em saneamento básico. Já a linha de descargas será da marca Ecocaixa e visa atingir os segmentos de classes C e D. | Com uma participação ainda inexpressiva no mercado latinoamericano, a Votorantim Cimentos, líder no mercado cimenteiro brasileiro e em franca expansão nos mercados da América do Norte, assumiu 15,2% do capital da chilena Cementos Bío Bío. A Bío Bío é líder local nas vendas de cimento e concreto. O valor da operação não foi detalhado, mas ficou acima de US$ 100 m. A fabricante chilena atua nas áreas de cimento, concreto, cal, agregados (areia e brita) e peças de cerâmica sanitária e conta com mais 30% das vendas em seu País. | A Duratex, fabricante de louças sanitárias e aglomerados de madeira e proprietária da marca Deca, fechou acordo para aquisição das operações da Ideal Standard do Brasil, um negócio com valor estimado em R$ 60 m. A Ideal Standard fabrica louças sanitárias, mas suas marcas não estão incluídas na transação. A transação abrange os ativos industriais em Jundiaí (SP) e Queimados (RJ), além do capital de giro da empresa. Na seqüência, a Duratex ainda anunciou a incorporação da Cerâmica Monte Carlo, de Fortaleza (PE), também por R$ 60 m. Com a Monte Carlo, a empresa paulista controlada pelo Grupo Itaúsa ganha mercado nas Regiões Norte e Nordeste. Topo Madeira e Celulose | O grupo JBS-Friboi e a MCL Empreendimentos firmaram acordo para a constituição da Florestal Investimentos Florestais, empresa cujos investimentos podem chegar a US$ 900 m. Seu foco será o plantio de eucalipto e projetos de reflorestamento na Região Centro-Oeste. O modelo final do empreendimento ainda dependerá de acordo com um parceiro estratégico a ser incorporado, mas a produção será voltada para a fabricação de celulose, carvão vegetal, móveis, produtos florestais ou mesmo combustíveis líquidos (etanol celulósico). A nova empresa prevê uma colocação privada de ações em mercado e hoje ela já conta com propriedades nos Estados do MS, MT, GO e TO. | A Aracruz confirmou a expansão de sua unidade industrial de Guaíba, RS. A nova linha de celulose branqueada de eucalipto começará a ser construída a partir de julho e iniciará suas atividades em meados de 2010. O investimento total em Guaíba será de US$ 2,6 bilhões, dos quais US$ 1,8 bilhão na fábrica e o restante em expansão da base florestal e implementação de um complexo hidroviário para transporte de madeira e celulose. Topo Energia | Com investimentos de R$ 49 m, a australiana Pacific Hydro inaugurou na Paraíba seu primeiro empreendimento brasileiro de energia eólica. A empresa é controlada pelo fundo de pensão australiano IFM e, além de expandir-se no segmento de usinas eólicas, também tem planos de construir Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). Dentre seus novos projetos, o mais avançado é o de dois parques eólicos no RN, os quais exigirão aporte de aproximadamente US$ 500 m. | A franco-belga Suez Energy venceu o leilão de concessão da Usina Jirau, segunda das duas hidrelétricas a serem construídas no Rio Madeira. A Suez, aliada à construtora Camargo Corrêa e às estatais Chesf e Eletrosul, ofereceu um deságio de 22% em relação ao preço inicial. O consórcio vencedor já anunciou alterações no projeto original da hidrelétrica, inclusive quanto à localização das 44 turbinas previstas. Com isso, as obras antes orçadas em R$ 8,7 bilhões agora deverão custar cerca de R$ 1 bilhão a menos. A previsão de conclusão também foi alterada de 2013 para 2012. A Suez Energy detém 50,1% de participação no consórcio vencedor. Topo Petróleo e Gás | A Queiroz Galvão Óleo e Gás, maior empresa privada brasileira na produção de petróleo, tem planos de investir US$ 1,2 bilhão nos próximos dois anos para construir três plataformas de exploração e perfurar dez novos poços. As plataformas deverão ser alugadas à Petrobras. E dentre os poços exploratórios, dois encontram-se na área de pré-sal, a mais promissora da plataforma continental brasileira. Atualmente, o maior ativo da Queiroz Galvão Óleo e Gás é sua participação de 55% no campo de gás de Manati (BA), o maior campo em produção no Brasil. | A San Antonio International, empresa de perfuração de poços de petróleo terrestres controlada pela GP Investimentos, fechou a compra da brasileira Sotep, prestadora de serviços à Petrobras. Pelo acordo, serão pagos R$ 190 m por 100% do capital da empresa. A San Antonio foi formada a partir dos ativos latino-americanos da Pride International, adquiridos pela GP em agosto de 2007. Ela tem sede na Argentina, mas também conta com forte atuação na Colômbia, Venezuela, Bolívia e Equador. A aquisição da Sotep visa ampliar sua penetração no mercado brasileiro. | A Cosan anunciou a compra da Esso Brasileira de Petróleo e suas afiliadas por US$ 826 m. A operação foi fechada com a ExxonMobil International Holdings e inclui dívidas de US$ 163 m, além de US$ 35 m em créditos ao final de 2007. Também abrange direitos de uso da marca Esso no Brasil. Com a operação, a Cosan assume posição de destaque nos crescentes mercados de etanol e de distribuição de combustíveis no Brasil. Ao final de 2007, além das atividades de distribuição de combustível no atacado, a Esso detinha mais de 1500 postos com sua bandeira. Topo Plásticos e Petroquímica | A Fitesa, empresa do grupo gaúcho Petropar, anunciou investimentos de US$ 120 m para implantar uma fábrica nos EUA. O empreendimento chega doze anos após a empresa ter saído do mercado norte-americano. A nova unidade está prevista para ser inaugurada no final de 2009 e irá produzir não-tecidos de polipropileno, insumo para a fabricação de fraldas, absorventes femininos, roupas médicas, colchões e outros. Seu foco será o atendimento de todo a América do Norte (Nafta). Atualmente a produção da Fitesa é concentrada em Gravataí (RS), a qual, neste ano, receberá uma nova linha produtiva ao custo de US$ 45 m. | A Unigel firmou acordo para assumir as instalações da unidade de monômeros de estireno da Dow Brasil em Camaçari, BA. Com investimentos de R$ 100 m, a empresa vai comprar a unidade e modernizar seu parque produtivo, desativado desde o ano passado pela Dow. A Unigel já possui atuação na produção de estireno, com uma fábrica em Cubatão (SP). | A Petrobras e a Braskem deram mais um passo na reestruturação do sistema petroquímico brasileiro. Pouco mais de um ano após as duas empresas participarem da compra do Grupo Ipiranga, elas firmaram acordo pelo qual a Braskem assumirá praticamente todos os ativos petroquímicos da Petrobras. Isso dará à empresa do Grupo Odebrecht 100% do controle da Ipiranga Petroquímica, da Ipiranga Química e da Petroquímica Paulínia, nas quais a Petrobras detinha 40% de participação. A transação também envolve os 36,4% da Petrobras na Copesul, o que deixará a Braskem com 99,17% de participação no capital da central gaúcha. Em troca, a estatal de petróleo ampliará de 7,1% para 23,1% sua participação no capital total da Braskem (de 8% para 30% no capital votante). Com esta nova estrutura, a Braskem pretende obter ganhos de escala e sinergias operacionais. Topo Siderurgia | A ArcelorMittal, maior siderúrgica do mundo, anunciou a compra de 50% da unidade brasileira da espanhola Gonvarri, que presta serviços siderúrgicos para os setores automotivo e eletroeletrônico. O valor da aquisição não foi divulgado, mas com a nova joint venture formada a ArcelorMittal pretende ampliar sua atuação na área de serviços e distribuição de aços planos e longos. Atualmente, os dois grupos já possuem uma unidade comum na Eslováquia. No Brasil a Gonvarri atua com centros de serviços em Curitiba (PR) e Campinas (SP). | E concluindo sua oferta pública de compra, a ArcelorMittal fechou o capital da ArcelorMittal Inox Brasil (antiga Acesita) na Bovespa. Os papéis adquiridos representam 40,33% do capital total da empresa e 94,81% de seu free float. Com isso, a participação da ArcelorMittal na fabricante de aços planos inoxidáveis e siliciosos ampliou-se de 57,34% para 97,67%. No total, a operação custou R$ 2,84 bilhões à ArcelorMittal. | O Grupo Gerdau somou R$ 4,4 bilhões com a oferta primária de ações ordinárias e preferenciais da Gerdau S/A e da Metalúrgica Gerdau. No total, a distribuição da Gerdau S/A atingiu R$ 2,9 bilhões com a colocação de 6,8% de seu capital total. Já a da Metalúrgica Gerdau, controladora da Gerdau S/A, somou outros R$ 1,5 bilhão por 9,5% de seu capital total. Com os próprios recursos obtidos na oferta, a Metalúrgica Gerdau subscreveu ações da Gerdau S/A que, por sua vez, utilizará o montante para financiar projetos de expansão e eventuais aquisições. | No front externo, dando seqüência em seus planos de expansão, a Gerdau vai investir US$ 180 m na holding Corporación Centroamericana del Acero, da Guatemala, e ficará com 30% de seu capital. O aporte na empresa, que controla ativos de produção na Guatemala e em Honduras e de distribuição em El Salvador, Nicarágua e Belize, será direcionado para o aumento de seu parque industrial e distribuição na própria América Central. Já no mercado norte-americano, a Gerdau concluiu a aquisição da Century Steel, efetivada por meio da joint venture Pacific Coast Steel e da subsidiária norte-americana Gerdau Ameristeel. O valor da operação foi de US$ 152 m e envolve todos os ativos da Century. A Century atua no oeste dos EUA e é especializada na produção e instalação de aços estruturais e produtos de aço reforçado. Paralelamente a esta operação, a Gerdau também informou o aumento de sua participação na Pacific Coast para 84%, transação esta que envolverá pagamento de US$ 68 m. | Internamente, a Gerdau ainda adquiriu os 28,88% de participação do BNDES no capital da Aços Villares e, com isso, consolidou sua atuação no segmento de aços especiais. Pela participação a empresa gaúcha pagará R$ 1,3 bilhão à BNDESPar na forma de debêntures da holding, a Metalúrgica Gerdau. Direta e indiretamente, a Gerdau agora detém 52,26% do capital da siderúrgica paulista, que antes era controlada pela espanhola Sidenor em acordo de acionistas com o BNDES, com 58,44% de participação conjunta. A Gerdau possui 40% da Sidenor desde 2006. Além da Aços Villares, a Gerdau também conta com operação própria no segmento de aços especiais do País por meio da antiga Aços Finos Piratini. E externamente ela ainda controla a norte-americana MacSteel, antiga divisão da Quanex Corporation. | Já do ponto de vista de novos investimentos físicos, o Grupo Gerdau também oficializou sua intenção de ingressar no mercado interno de chapas grossas de aço e, para tanto, anunciou investimentos na subsidiária Açominas, de Ouro Branco (MG). Neste segmento a Gerdau Açominas irá concorrer diretamente com a Usiminas. Mas a empresa também pretende ampliar sua produção de perfis médios e de perfis pesados. A previsão é de que as novas linhas sejam inauguradas no segundo semestre de 2010. No geral, os produtos destinam-se a setores como naval, infra-estrutura, equipamentos pesados (máquinas e implementos), construção civil (estruturas metálicas) e de tubos para gasodutos. Somados, os investimentos previstos chegam a US$ 835 m, sendo US$ 400 m para o laminador de chapas grossas, US$ 330 m para o de perfis médios e US$ 105 m para a linha de perfis pesados. Topo Bens de Capital | Visando aproveitar o bom momento do setor automotivo, a Indústrias Romi confirmou investimentos para ampliação em sua capacidade de usinagem e fundição de Santa Bárbara D'Oeste, SP. Estão previstos aportes de R$ 110 m na área de fundição e R$ 120 m na unidade de usinados. A nova planta deverá iniciar operações no início de 2009, mas suas fases de ampliação se estenderão até 2011. Além do setor automotivo, a Romi também busca maior penetração junto às indústrias sucroalcooleira e de equipamentos para geração energética. | A fabricante de tratores John Deere inaugurou sua nova fábrica em Montenegro (RS). No empreendimento foram investidos US$ 220 m desde 2004, sendo US$ 80 m em prédios e equipamentos e mais US$ 140 m em capital de giro. Outros US$ 30 m foram aplicados para adaptar a atual fábrica de Horizontina (RS), que cederá sua linha tratores para a nova planta, mas que concentrará a produção de colheitadeiras e plantadeiras. Atualmente a John Deere detém 12% do mercado local de tratores e 35% do mercado de colheitadeiras. Além das unidades gaúchas de Horizontina e Montenegro, a empresa também possui fábrica em Catalão (GO). Topo Materiais de Transporte | Apesar da crise financeira da matriz, o bom momento do setor de veículos no Brasil levou a subsidiária local da norte-americana Ford a anunciar novos investimentos de R$ 600 m. O objetivo é dobrar sua produção de motores em Taubaté (SP), inclusive com o lançamento de uma nova linha, que equipará os próximos veículos da marca. O investimento é complementar aos R$ 2,5 bilhões já anunciados pela empresa para o período 2007/2011. A fábrica de Taubaté produz, além de motores, transmissões, componentes de chassis e cabeçotes. | A Borrachas Vipal, fabricante de produtos para reformas e reparos de pneus e câmaras de ar, escolheu o México para sediar sua primeira planta industrial no exterior. Lá serão investidos US$ 40 m, sendo que a unidade deverá ser inaugurada em meados de 2009. O objetivo é abastecer os mercados de México, América Central e EUA. Atualmente a Vipal possui três unidades produtivas em Nova Prata (RS) e atua com as marcas Vipal, Tortuga e Ruzi. Em julho irá inaugurar uma nova fábrica em Feira de Santana (BA). | A Marcopolo, fabricante de carrocerias de ônibus, anunciou investimentos de R$ 50 m para ampliar a produção em suas três unidades fabris no Brasil. A decisão decorre do aquecimento das vendas no setor automotivo e dos incentivos oficiais para a aquisição ônibus escolares. Mais da metade dos recursos previstos será utilizada na compra de novos equipamentos. O destaque será a fábrica de Caxias do Sul (RS), que receberá adaptações para atender o aumento da frota de ônibus escolares por parte de Estados e Municípios. | Com investimentos previstos de US$ 50 m, a Embraer pretende instalar sua primeira unidade de montagem de jatos nos EUA. Ela ficará na Flórida e seu foco serão os pedidos de companhias e pessoas físicas norte-americanas, atualmente atendidos pela planta de Gavião Peixoto (SP) com fuselagem fabricada em Botucatu (SP). A Embraer hoje conta com unidades em São José dos Campos (jatos comerciais, militares e executivos), Gavião Peixoto (aviões executivos e manutenção) e Botucatu (aviões agrícolas), além da parceria Harbin-Embraer na China e de uma unidade de negócios em Fort Lauderdale (EUA). Topo Eletrônicos | O grupo japonês Mitsui vai reintroduzir a marca de eletroeletrônicos Sharp no Brasil, que já foi referência no mercado local de televisores. A reestréia deve ocorrer no segundo semestre, com produtos importados e com televisores produzidos por terceiros em Manaus (AM). Aqui, a Mitsui já atua como trading de fertilizantes, café e sucos, além de deter participação no capital da Valepar, controladora da Vale do Rio Doce, e de atuar nas áreas de energia, agricultura e infra-estrutura. A Sharp Corp luta há cerca de dez anos no Brasil pelo direito de uso de sua marca, sendo que a antiga Sharp do Brasil faliu em 2004. | A Pioneer do Brasil inaugurou sua nova fábrica em Manaus (AM), onde foram investidos R$ 26 m na compra de terreno, construção e equipamentos. Atualmente a Pioneer produz DVDs, sintonizadores de TV e som automotivo. No segmento automotivo, a empresa fornece tanto para as montadoras quanto para consumidores finais. Mundialmente a Pioneer é líder do segmento, tendo como principais concorrentes a Sony, a Kenwood, a Visteon e a Panasonic. Topo Tecnologia da Informação | A norte-americana EMC vai iniciar a produção de equipamentos para armazenagem de dados no Brasil e desenvolver um centro local de pesquisas em softwares de código aberto. Sua linha produtiva será operada em regime de terceirização junto com a canadense Celestica, que possui fábrica em Campinas (SP). No Brasil, a Celestica já fornece produtos de informática para empresas como Palm, HTC e Kennex. As empresas não divulgaram o valor dos investimentos. | A japonesa Mitsubishi vai investir US$ 80 m na Politec, empresa de Brasília (DF) especializada na prestação de serviços e consultoria em TI. A Mitsubishi é conhecida no Brasil por sua produção de carros e eletroeletrônicos. Com o aporte, o grupo japonês passará a deter uma participação de até 25% na Politec. A intenção da Mitsubishi é transformar a Politec em um provedor global de serviços de TI. | Depois de realizar duas grandes aquisições (Telefutura e Softway), a Tivit, empresa de tecnologia do Grupo Votorantim, mudou sua estratégia de aquisições e passou a focar empresas de médio porte. Nestes termos, anunciou a compra da Open Concept, fábrica de softwares especializada em sistemas para transações financeiras. A Open Concept tem sede na capital paulista e unidade de desenvolvimento em Ribeirão Pires (SP). O valor do negócio dependerá dos resultados da Open Concept nos próximos quatro anos. Topo Telecomunicações | A Claro programou investimentos de R$ 2 bilhões em 2008 para operacionalizar sua nova rede de telefonia celular de terceira geração (3G). O valor não abrange o pagamento de R$ 1,426 bilhão pelos lotes adquiridos em leilão da Anatel no final de 2007. A tecnologia 3G permite conexão mais rápida à internet e tráfego de áudio e vídeo em tempo real. Atualmente a Claro já atua na 3G em 40 cidades brasileiras, dentre as quais Brasília. | Após meses de negociação, as operadoras de telefonia Oi (ex-Telemar) e Brasil Telecom (BrT) fecharam acordo para unir suas atividades. A transação envolve a reestruturação da Telemar Participações (Oi) e a incorporação da BrT, sendo o valor total desta última operação da ordem de R$ 12,4 bilhões. A transação implicará em pagamento de R$ 5,86 bilhões aos controladores da BrT, dos quais R$ 4,98 bilhões à Solpart (Citigroup, Opportunity e fundos de pensão) e R$ 888 m pelas participações diretas do Citigroup e Opportunity. Outros R$ 6,5 bilhões estão previstos para a aquisição de ações ordinárias e preferenciais em poder de minoritários. A nova empresa formada será a maior de telecomunicações no País e já anunciou a intenção de atuar internacionalmente, inclusive nos mercados de suas principais concorrentes (TIM, América Móvil e Telefónica). Com a nova configuração, a Tele Norte Leste controlará a Telemar (TMarPart), que por sua vez controlará a BrT. Na TMarPart, a Andrade Gutierrez e o grupo La Fonte terão, cada uma, 19,3% de participação. A Fundação Atlântico, dos funcionários da Oi, ficará com 11,5% e o BNDESPar com outros 16,9%. A Previ terá 13% e a Petros e a Funcef 10% cada uma. Citigroup, Opportunity e GP Investimentos saem do controle da Oi e da BrT. | A HiTs Telecom, empresa saudita de investimentos em telecomunicações, está assumindo 49% da Unicel, que detém licença para operar serviços de telefonia móvel em São Paulo, mas que nunca atuou efetivamente. O valor da transação não foi divulgado, mas é estimado em US$ 62 m. A HiTs hoje opera no Oriente Médio e na África com a prestação de serviços de telefonia fixa e móvel e com o varejo de produtos de telecomunicações. Na Unicel, além dos 49% ela ainda terá a opção de compra do controle. Topo Imobiliário | A construtora WTorre e o grupo hoteleiro francês Accor formaram joint venture para construir e operar 20 hotéis das bandeiras Formule 1 (super-econômica) e Ibis (econômica) no Brasil. O negócio envolve investimentos da ordem de R$ 500 m, com horizonte de construção até 2011. Pelo acordo, a WTorre irá investir R$ 400 m e a Accor R$ 100 m. Esta é a primeira parceria deste tipo (semelhante ao modelo bild to suit) fechada pelo grupo francês na América Latina. Também é a primeira investida do grupo WTorre no segmento de construção hoteleira. As novas unidades se distribuirão por 11 capitais. | A Scopel Desenvolvimento Urbano adquiriu as operações e o banco de terrenos da Acisa, cuja marca, todavia, continuará com os antigos acionistas. A Scopel é controlada pelo fundo imobiliário do grupo de private equity Carlyle. O valor de aquisição das atividades da Acisa não foi divulgado, mas a transação também envolve acordo de parceria para futuros lançamentos pelas duas empresas. Tanto a Acisa quanto a Scopel atuam prioritariamente no segmento de lotes urbanizados voltados para as classes C e D. | Com investimentos previstos em R$ 123 m, a Iguatemi Empresa de Shopping Centers deverá construir um novo shopping center com capacidade para 200 lojas em Ribeirão Preto (SP). O empreendimento será junto ao Condomínio Residencial Vila do Golfe, sendo que o Iguatemi terá 88% de participação. O complexo conterá, além do shopping, condomínios residenciais e verticais de alto padrão, além de campo de golfe, área de escritórios e de serviços. A investida representa uma reação à concorrente Multiplan, que além de deter 76% do RibeirãoShopping, o maior da cidade, acaba de assumir uma participação de 37,5% no capital do Shopping Santa Úrsula, o segundo maior. | A Agra Incorporadora assumiu 70% do capital da construtora mineira Asacorp, especializada em imóveis para o público de menor poder aquisitivo. Com a compra, a Asacorp passará a se chamar Asa Incorporadora, mas sua sede continuará em Belo Horizonte (MG). A transação custará à Agra o pagamento de R$ 25 m, mais R$ 5 m anuais ente 2008 e 2010 atrelados à performance de vendas. A Asa atua nos Estados de SP, MG, RS e BA, e ainda receberá um aporte de R$ 31,5 m. Nela serão concentradas as atividades da Agra para o segmento econômico. Topo Transportes e Logística | A mineira MRV está iniciando sua atuação no segmento de imóveis logísticos. A empresa é a segunda maior do setor imobiliário no País e atua primordialmente no segmento de moradias para a classe média baixa. Na área logística ela acabou de criar a MRV Log, uma parceria com o fundo de investimentos Autonomy Capital. Os aportes iniciais serão de R$ 60 m, dos quais R$ 40 m pela MRV e R$ 20 m pelo Autonomy Capital, que atualmente detém 8,5% das ações da construtora e incorporadora. A MRV Log atuará na incorporação de condomínios logísticos em grandes centros urbanos. | Inspirada na norte-americana JetBlue, de aviação regional, está nascendo a Azul Linhas Aéreas Brasileiras, empresa controlada pela Saleb Participações. O capital da Saleb contará com investidores como a Gávea Investimentos, o Grupo Bozano e a norte-americana Pequot Capital, que já detêm participações no capital de outras companhias aéreas. A nova empresa pretende encomendar 76 aeronaves à Embraer que, se efetivadas, representarão investimento de US$ 3 bilhões. Até o final do ano estão previstas três aeronaves, todas fabricadas pela Embraer. | O estaleiro Jurong Shipyard passará a utilizar as instalações do estaleiro Mac Laren em Niterói (RJ) para executar suas atividades no Brasil. O Jurong é uma subsidiária da SembCorp Marine, de Cingapura. O acordo será na forma de joint venture e terá prazo de cinco anos, sendo que o Jurong deterá 51% de participação na sociedade. O Jurong buscava um sócio brasileiro desde o fim de seu acordo com o Estaleiro Mauá, que atuou na construção da plataforma P-54. | Com investimento de R$ 119 m, a Cosan fechou a compra de 49% do Teaçú Armazéns Gerais, terminal portuário de exportação em Santos (SP). A Teaçú pertence à Rezende Barbosa Participações (RB), holding do Grupo Nova América (proprietária da marca de açúcar União), que ainda manterá os 51% restantes do empreendimento. Paralelamente, a Teaçú e a Cosan Portuária fecharam acordo para criar a Rumo Logística, empresa especializada na logística de açúcar e grãos no Porto de Santos, SP. A Cosan terá 71,2% do capital da empresa e a RB os 28,8% restantes. | A EcoRodovias e a Bracor fecharam acordo para construir e operar condomínios logísticos em rodovias geridas pela concessionária. O primeiro projeto envolve a construção de um terminal logístico na Rodovia dos Imigrantes, próximo da região metropolitana de São Paulo e com conclusão prevista para o final de 2010. Cada empresa ficará com 50% de participação nos condomínios a serem construídos. Além da Imigrantes, a EcoRodovias também administra dois importantes trechos rodoviários no PR e um no RS. O primeiro empreendimento conjunto entre as empresas exigirá investimentos de aproximadamente R$ 100 m. | A Trip Linhas Aéreas pretende investir R$ 367 m para ampliar e modernizar sua frota de aeronaves. Deste montante, R$ 214 m serão aplicados na aquisição de sete aeronaves e R$ 153 milhões na encomenda de outras cinco com opção de compra. Com isso, a empresa conseguirá reduzir a idade média de sua frota para 10 anos até o final de 2009. Atualmente a Trip atua na aviação regional com 17 aparelhos. Recentemente ela assumiu a mineira Total Linhas Aéreas e agora está transferindo seu centro de manutenção de aeronaves de Campinas (SP) para Belo Horizonte (MG). | O Grupo Julio Simões está assumindo o controle da Transportadora Grande ABC e de outras quatro empresas do mesmo grupo. O negócio envolve uma frota de mais de 700 caminhões e amplia a presença da Julio Simões na logística do setor automotivo. A Grande ABC tem como principais clientes a Toyota, a Ford, a Mercedes-Benz, além de fabricantes de auto-peças. De início a transação envolve 60% da Grande ABC, mas até o final do ano os 40% restantes ainda poderão ser incluídos. O valor da operação não foi divulgado, mas, com ela, a frota de caminhões da Julio Simões amplia-se para 2,8 mil unidades. Além da transportadora, o Grupo Grande ABC também conta com a Jecap, a Selpa, a SG Logística e a EADI. Topo Educação | A GP Investimentos fechou a compra de 20% da Estácio Participações, empresa do setor de educação superior. A Estácio atua em 12 Estados e o valor da transação é avaliado em R$ 259 m. O grupo controlador da Estácio ainda ficará com 55% de suas atividades, sendo que os 25% restantes estão pulverizados no mercado. | A Anhanguera Educacional realizou mais duas aquisições e, com elas, chegou à liderança em faculdades de ensino na região do ABC paulista e conseguiu entrar no mercado de Belo Horizonte (MG). Em São Caetano do Sul (SP) foi incorporada a Faenac, que custou R$ 34 m incluindo dívidas. Já em Belo Horizonte foi adquirida a Fabrai, que custou R$ 10,4 m dos quais R$ 6,1 m em dívidas. Com estas duas transações, sobe para seis o número de instituições incorporadas pela Anhanguera Educacional neste ano. Topo Financeiro | O Banco do Brasil (BB) e o Governo de São Paulo iniciaram negociações para a transferência do controle acionário da Nossa Caixa. O banco federal já até obteve acesso aos dados do banco paulista com fins de avaliação de seu valor de mercado. Por ora, o Governo de SP descarta a possibilidade de leilão do ativo, mas sofre pressão por parte dos bancos privados que também se interessam pela instituição bancária paulista. A venda da Nossa Caixa depende de aprovação da Assembléia Legislativa de SP. Atualmente ela possui exclusividade nos depósitos judiciais do Estado (cerca de R$ 15 bilhões) e na folha de pagamentos dos servidores públicos. Ela conta com agências em todos os municípios paulistas. | A Cetip, maior instituição de custódia e liquidação financeira da América Latina, aprovou o início de seu processo de desmutualização. A entidade segue os passos da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) e da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e, com isso, deixa de ser uma associação sem fins lucrativos para tornar-se uma empresa. A decisão foi aprovada por 73% de seus sócios e abre espaço para uma futura abertura de capital. A Cetip também é vista como possível alvo de aquisição por parte da nova empresa formada pela fusão entre a BM&F e a Bovespa. | O português Banco Espírito Santo (BES) ampliou sua participação no capital do Bradesco, comprando mais 1,5% de suas ações ordinárias por R$ 685 m. Com isso, o BES passa a controlar 7,97% das ações ordinárias e 3,99% do capital total do Bradesco. A transação decorre da venda dos 5% do capital ordinário do banco brasileiro que estavam em poder do BBVA para a NCF Participações. A NCF reúne os acionistas majoritários do Bradesco (Cidade de Deus e Fundação Bradesco, com mais de 65% de suas ações ordinárias) que, da fatia adquirida do BBVA, repassou o 1,5% para o BES. A transação entre o BBVA e a NCF teve valor de R$ 2,289 bilhões. | E a Bradesco Seguros e Previdência, maior seguradora do País, está focando sua atuação na área de ramos elementares (saúde, vida e previdência). Com isso, vendeu para a espanhola Ciac sua participação de 27,5% no capital da Seguradora Áurea, voltada para seguros garantia e de crédito interno. Também vendeu sua participação de 12% na SBCE (que opera no crédito à exportação) para a francesa Coface. O Bradesco hoje possui 25% do mercado brasileiro de seguros e as atividades alienadas representavam uma parcela pequena de seus negócios. As duas transações se seguem à venda, realizada ainda em 2007, de seus 40% na Indiana para a norte-americana Liberty. A Indiana é especializada em automóveis. | O HSBC Bank Brasil pretende investir cerca de R$ 100 m neste ano para ampliar sua rede e sua base de clientes premium. Estão previstos 65 novos espaços exclusivos para esta clientela, sendo metade em São Paulo. Mas a rede como um todo também será ampliada, recebendo 40 novas agências neste ano, principalmente nas Regiões Sul e Centro-Norte. Atualmente o HSBC conta com 933 agências e 453 postos de atendimento. Topo Outros Setores | A fabricante norte-americana de vidros Guardian vai iniciar seu novo plano de investimentos no Brasil, o qual contará com aplicações da ordem de US$ 160 m. Está prevista a construção de mais duas fábricas, sendo que atualmente a empresa possui uma linha de placas de vidros planos em Porto Real, RJ. A Guardian abastece os mercados de construção civil, veículos e móveis. Uma das novas unidades vai ficar em Tatuí (SP) e receberá investimento de US$ 130 m. Ela deverá ser inaugurada no segundo trimestre de 2009. A segunda planta, de US$ 30 m, será destinada à fabricação de vidros especiais e sua localização não foi divulgada. | A Eurasian Rosources (ENRC), empresa do Casaquistão com atuação em mineração, energia e logística, concluiu a compra de 50% da Bahia Mineração Limitada (BML). Trata-se do exercício de uma opção de compra e resultou em pagamento de US$ 300 m à acionista Zamin BM NV. A BML possui e desenvolve depósitos de minério de ferro na Bahia, numa região que vai de Caetité até Xique Xique. Topo A BRASILPAR possui mais de 25 anos de experiência em assessoria a fusões e aquisições, avaliação de projetos e negócios e gestão de capital de risco. Já acumulou transações que somam mais de US$ 3 bilhões. Seus atuais serviços englobam: assessoria em compra, venda e associações entre empresas; atração de sócios e levantamento de capital para projetos e empresas; desenvolvimento de planos de negócios e assessoria estratégica; assessoria em investimentos em novos negócios; aconselhamento financeiro e estratégico em geral. Alberto Ortenblad Filho [email protected] Anna Maria Heideier [email protected] Daniel Chama Baldin [email protected] Jorge Troyko [email protected] Luis Fernando Amatti Salem [email protected] Luiz Eduardo do Amaral Costa [email protected] Luiz Roberto Carvalho Pereira [email protected] Marco Antonio dos Reis Serra [email protected] Marcos Levy [email protected] Paulo Vasquez Varela [email protected] Tom Waslander [email protected] Av. Presidente Juscelino Kubitschek, 28 - 8o andar 04543-000 - São Paulo - SP Tel.: (011) 3709-4270 | Fax : (011) 3709-4288 www.brasilpar.com.br O boletim NEGÓCIOS E INVESTIMENTOS é editado bimestralmente pela Brasilpar Serviços Financeiros. Diretores Responsáveis: Marco Antonio Serra e Alberto Ortenblad Filho. O cenário econômico contido neste boletim refere-se a consulta de opiniões do Banco Central do Brasil e pode ser modificado sem prévia comunicação. A Brasilpar não se responsabiliza pela utilização comercial ou financeira dessas previsões. Os projetos e valores de investimentos das empresas citadas neste boletim referem-se aos divulgados nos principais meios jornalísticos. A Brasilpar não se responsabiliza pela veracidade das informações. Não é permitida a reprodução sem autorização da Brasilpar. A Brasilpar respeita a sua privacidade e é contra o SPAM. Topo
Documentos relacionados
Newsletter 98
mesmo de fusões. Detectamos movimentos como estes nas notícias destas últimas semanas, embora, claro, a tônica predominante tenha sido mesmo a de redução na quantidade de projetos e de retração nas...
Leia maisAgroindústria Alimentos Bebidas Calçados e Têxtil
| A francesa Air Liquide pretende investir R$ 320 m ao longo dos próximos três anos para construir duas novas unidades de gases do ar e para atualizar sua planta em São Paulo (SP). Também está prev...
Leia maisNewsletter 93
Materiais de Construção | A suíça Holcim, um dos grandes grupos cimenteiros mundiais, aprovou investimentos de R$ 430 m para modernizar suas fábricas no Brasil. A empresa também estuda mais dois in...
Leia maisNewsletter 107
que o atual ambiente de moderada confiança por parte das empresas deva prevalecer ao longo destas próximas semanas.
Leia maisNewsletter 97
momento da exploração petrolífera. Enfim, apesar do menor ritmo, ainda não se pode dizer que o ambiente de negócios esteja negativo. CENÁRIO ECONÔMICO
Leia maisAgroindústria Alimentos Bebidas Farmacêuticos Papel e
custou US$ 70 m e abrange a incorporação da Meridiano, empresa que detém terras naquela região. Ela marca a entrada do grupo de Hong Kong na produção de açúcar e álcool do Brasil. A usina adquirida...
Leia maisNewsletter 103
mas sabe-se que a construção de uma unidade do mesmo porte custaria aproximadamente US$ 150 m. O poliestireno é utilizado na produção de embalagens de CDs, prateleiras de geladeiras e copos descart...
Leia mais