A metrologia na saúde: um bem essencial. Humberto Machado

Transcrição

A metrologia na saúde: um bem essencial. Humberto Machado
A METROLOGIA NA SAÚDE:
UM BEM ESSENCIAL
Humberto Machado, MD MSc PhD
Serviço de Anestesiologia, Centro Hospitalar do Porto
Centro de Investigação Clínica em Anestesiologia
Instituto Ciências Biomédicas Abel Salazar, UP
SUMÁRIO
O doente
A criticidade
A monitorização
A decisão
O resultado
[email protected]
SUMÁRIO
O doente
A criticidade
A monitorização
A decisão
O resultado
[email protected]
O DOENTE
Pessoa com uma condição anómala que a coloca em risco
Pessoa que é sujeita a intervenção de outras pessoas (profissionais)
Intervenção baseada em probabilidades (contexto, sinais, sintomas, valores medidos)
Resultado esperado
Fator que preside a todo o processo  TEMPO
TEMPO




Observar
Decidir
Aplicar a decisão
Observar
SUMÁRIO
O doente
A criticidade
A monitorização
A decisão
O resultado
[email protected]
A CRITICIDADE
Doente crítico  risco elevado de morrer dentro de minutos ou horas
Evento final antes da morte  paragem cardíaca
Porque acontece uma paragem cardíaca
 porque não há oxigénio ou porque o coração deixou de estar funcionante
 A – porque o trajeto de circulação de ar respirável está comprometido
(AIRWAY)
 B – porque a ventilação está comprometida
(BREATHING)
 C – porque o coração ou a circulação não estão em condições
(CIRCULATION)
SUMÁRIO
O doente
A criticidade
A monitorização
A decisão
O resultado
[email protected]
Monitorização
A MONITORIZAÇÃO
Que parâmetros monitorizamos para garantir uma vigilância do que é crítico
Que parâmetros monitorizamos para “vigiar” o bem estar do ABC
A – Airway
 Apenas o doente
B – Breathing
 Saturação arterial com Oxigénio, Capnometria, Capnografia, Pressão de vias aéreas, etc
C – Circulation
 Tensão arterial, Débito urinário, NIRS (near-infrared regional spectroscopy – INVOS)
A MONITORIZAÇÃO
A – Airway (apenas o doente)
A MONITORIZAÇÃO
B – Breathing
Saturação arterial com Oxigénio, Capnometria & Capnografia, Pressão de vias aéreas, etc
A MONITORIZAÇÃO
B – Breathing
Saturação arterial com Oxigénio, Capnometria & Capnografia, Pressão de vias aéreas, etc
A MONITORIZAÇÃO
B – Breathing
Saturação arterial com Oxigénio, Capnometria & Capnografia, Pressão de vias aéreas, etc
A MONITORIZAÇÃO
B – Breathing
Saturação arterial com Oxigénio, Capnometria & Capnografia, Pressão de vias aéreas, etc
Ventilação Mecânica
Ventilação Espontânea
A MONITORIZAÇÃO
C – Circulation
Tensão arterial, Débito urinário, NIRS (near-infrared regional spectroscopy – INVOS)
A MONITORIZAÇÃO
C – Circulation
Tensão arterial, Débito urinário, NIRS (near-infrared regional spectroscopy – INVOS)
A MONITORIZAÇÃO
C – Circulation
Tensão arterial, Débito urinário, NIRS (near-infrared regional spectroscopy – INVOS)
SUMÁRIO
O doente
A criticidade
A monitorização
A decisão
O resultado
A DECISÃO
Saturação arterial
99 % sangue arterial saturado com oxigénio
Capnografia
32-35 mmHg
Pressão vias aéreas
15 mmHg (pressão plateau em VC)
Tensão arterial
120/80 mmHg
Oximetria cerebral (A-V)
75 % tecido cerebral oxigenado
A DECISÃO
Saturação arterial
99 % sangue arterial saturado com oxigénio
- oxigenação tecidular
- funcionamento órgãos
- viabilidade do órgão e função
- manutenção equilíbrio
- vida
A DECISÃO
Capnografia
35 - 45 mmHg
> 45 mmHg
- edema cerebral
- hipertensão sistémica e pulmonar
- arritmias cardíacas
- estado protrombótico (AVC, EAM)
-  glicemia
< 35 mmHg
-  fluxo sanguíneo cerebral
- alcalose respiratória
- sintomas musculares
- paragem respiratória
A DECISÃO
Pressão de vias Aéreas
20 mmHg (pressão plateau)
> 20 mmHg
- risco de barotrauma
- probabilidade evolução para biotrauma
- inflamação alveolar
- insuficiência respiratória
- falência múltipla de órgãos
A DECISÃO
Tensão Arterial
120/80 mmHg
> 140 mmHg e/ou > 90
- risco cardíaco (enfarte)
- cerebral (AVC)
-  sangramento intraoperatório
< 90 mmHg (sistólica)
- risco cardíaco (enfarte)
- cerebral (AVC)
A DECISÃO
Oximetria Cerebral
INVOS ®
Hemisférios esquerdo e direito
Conceito de tendência após valor base
Diferenças até 9 unidades são aceitáveis
Diferenças > 10
perfusão cerebral
entrega oxigénio ao cérebro
SUMÁRIO
O doente
A criticidade
A monitorização
A decisão
O resultado
[email protected]
O RESULTADO
Decisões em função de valores falsos
Disfunção de órgão
Incapacidade de manter o equilíbrio
Acumulação de disfunções
Falência multiorgânica
Morte
O RESULTADO
Porque é que pode não existir um mau desfecho,
apesar do erro...
Redundância
Admissibilidade
Tendência
Valorização do expectável
O RESULTADO
Redundância
 Tensão arterial 130/80  Capnografia > 33 (ventilação normal)
 Saturação arterial 99%  INVOS > 75 (com HBg, TA, Capnog. Normal)
 Pressão Vias Aéreas (pico) > 40 mmHg > 10 minutos  Saturação arterial anormal
O RESULTADO
Admissibilidade
 TA 75/45 mmHg  INVOS < 70 (sim)
 Capnografia > 45 mmHg  TA 75/45 mmHg (não)
 PVA > 35  Capnografia normal (não)
O RESULTADO
Tendência
30 minutos com TA sistólica < 90  Tendência a INVOS < 70  Alto risco cerebral
Tomada imediata de medidas
Dificuldade em baixar PVA  Tendência a subida de Capnografia  Alto risco Respiratório
Tomada imediata de medidas
CONCLUSÕES
Sem medir não se consegue melhorar ou prevenir
Medir implica atuar sobre a medição
O erro existe sempre... Precisamos de saber controlá-lo
Há erros com que se vive e outros que não...
Humberto Machado
Serviço de Anestesiologia, Centro Hospitalar Porto
Centro de Investigação Clínica em Anestesiologia
Instituto Ciências Biomédicas Abel Salazar, UP
Centro Hospitalar do Porto
obrigado
[email protected]

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