PRÉ ECLAMPSIA

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PRÉ ECLAMPSIA
SÍNDROMES HIPERTENSIVAS NA GRAVIDEZ
1. DEFINIÇÕES:
- Hipertensão:
Pressão Arterial (PA)≥ 140x90 mmHg, em 02 tomadas com intervalo de 4 a 6
horas, estando a paciente em repouso de pelo menos 5 minutos e/ou aumento
de 30 mmHg na Pressão Arterial Sistólica (PAS), 15 mmHg na Pressão Arterial
Diastólica (PAD) ou 20 mmHg na Pressão Arterial Média (PAM) em relação aos
valores anteriores.
- Proteinúria significativa:
0,3 g/l em urina de 24 horas;
1 g/l ou 2 g/l urina de 4horas;
1(+) ou mais pelo método quantitativo de fita;
- Edema:
Será significativo quando de aparecimento súbito ou quando alcançar mãos e
face.
2. CLASSIFICAÇÃO:
A - Hipertensão Gestacional:
transitória- desaparece até 6 semanas pós parto
crônica- continua após 6 semanas pós parto
B - Hipertensão crônica de qualquer etiologia
C - Pré eclâmpsia leve e grave/ eclâmpsia
D - Pré eclâmpsia/ eclâmpsia superposta à
Hipertensão crônica
• Hipertensão Gestacional
Hipertensão detectada após a 20ª semana de gestação, também definida como
"transitória" quando ocorre normalização após o parto.
• Pré-Eclâmpsia
Hipertensão arterial acompanhada de proteinúria após a 20ª semana de
gestação em paciente que nunca apresentou manifestação hipertensiva
(podendo surgir antes na Doença Trofoblástica Gestacional.
• Eclâmpsia
Presença de convulsões tônico-clônicas generalizadas em paciente com
Pré-Eclâmpsia, afastados epilepsia ou qualquer patologia convulsiva.
. Pré-Eclâmpsia Superposta à Hipertensão Arterial Crônica
Aparecimento de proteinúria após a 20ª semana de gestação em paciente
portadora de hipertensão arterial crônica.
Pré Eclâmpsia Leve:
• Hipertensão inferior a 160/110 mmHg;
• Associada à proteinúria entre 300mg e 2g em 24h (1+ pelo método quantitativo
de fita);
Pré Eclâmpsia Grave:
Presença de um ou mais dos seguintes critérios:
• PAD ≥ 110 e/ou PAS ≥ 160mmHg;
• Proteinúria ≥ 2g ou (+) em urina de 24 horas;
• Oligúria (diurese < 400ml/dia);
• Creatinina sérica ≥ 1,2mg/dl;
• Sinais de Insuficiência cardíaca;
• Sinais de iminência de eclâmpsia:Visão turva, diplopia, escotomas,
cefaléia,tontura,perda de consciência;
Dor epigástrica e/ou no hipocôndrio direito;
•. Plaquetopenia (< 100.000 mm 3);
• Anasarca.
• Elevação das enzimas hepáticas;
• Presença de esquizócitos no sangue periférico;
• Presença de CIUR e /ou oligoâmnio;
• Evidência clínica e/ou laboratorial de coagulopatia.
3. Conduta na Pré Eclâmpsia Leve:
- Repouso no leito em decúbito lateral esquerdo com restrição de exercícios
físicos exagerados;
- Evitar ganho excessivo de peso materno;
- Consultas quinzenais com avaliação laboratorial: Hemograma, plaquetas e
pesquisa de esquizócitos do hemograma, Uréia, Creatinina, Ácido Úrico, LDH,
AST, ALT, Bilirrubina Total e Frações, Pesquisa de Proteinúria;
- Rastrear crescimento fetal restrito – ultra-sonografia;
- Diagnóstico do bem-estar fetal – cardiotocografia, volume do líquido amniótico e
dopplervelocimetria;
4. Conduta na Pré Eclâmpsia Grave:
Além do protocolo descrito para a pré-eclâmpsia leve, devemos acrescentar:
- Internação obrigatória.
- Monitorização laboratorial materna a cada 48 horas.
- Corrigir a emergência hipertensiva.
- Monitorização fetal diária.
- Corticoterapia antenatal entre 24 e 34 semanas de gravidez (ver protocolo
próprio).
- Sulfato de magnésio: ver protocolo de eclâmpsia.

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