Na Trincheira 254 - Sindicato dos Bancários e Financiários de

Transcrição

Na Trincheira 254 - Sindicato dos Bancários e Financiários de
Nas agências do Santander,
faltam até materiais de
higiene e limpeza
Ano VI
No 254
09/04/2013
Leia mais na página 3
BB: RUIM PRA TODOS
Por economia, BB causa demissão de vigilantes e
suspensão de atendimento médico
A ganância do Banco do Brasil está ultrapassando todos os limites. Primeiramente, o BB pegou todos os funcionários de surpresa ao anunciar um
Plano de Funções Gratificadas absurdo, cujo principal objetivo era burlar
o artigo 224 da Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT). O PFG, felizmente,
tem sido anulado pela Justiça em diversas bases sindicais. A última decisão favorável saiu em Campinas, onde
ficou proibida a vinculação da redução
de jornada com a redução salarial. Em
Bauru, a ação contra o PFG continua
aguardando julgamento de agravo no
Tribunal Regional do Trabalho (TRT15), em Campinas.
Economia no Economus
A tentativa de economizar chegou a afetar os usuários do Economus.
Na semana passada, vários usuários do
Economus passaram pela vergonha de
chegar ao hospital, ou a qualquer médico credenciado da Unimed Bauru, e
serem informados de que o plano de
saúde parou de os atender.
Por meio de uma fonte da Unimed
Bauru, o Sindicato dos Bancários de
Bauru e Região/Conlutas soube que
a rede da Unimed suspendeu o atendimento porque o Economus não efetuou o repasse de dinheiro para a manutenção do convênio. De acordo com
a mesma fonte, não foi a primeira vez
que isso aconteceu.
O Banco do Brasil, por sua vez, afirmou que não efetuou o pagamento
por causa de problemas de documentação por parte da Unimed. No entanto, na sexta-feira, dia 5, o banco voltou
atrás e pagou o que devia à operadora,
normalizando, assim, o atendimento.
Para o Sindicato dos Bancários
de Bauru e Região/Conlutas, esse
tipo de problema não é surpresa, já
que o BB tem política de superávit até
em seus planos de saúde. Portanto,
um convênio caro como o da Unimed
não é interessante para o banco. "Ao
precarizar o Economus, o BB empurra
os usuários do plano a aceitarem com
mais naturalidade a combalida Cassi",
afirma Paulo Tonon, diretor do Sindicato/Conlutas.
Economia em segurança
Em nível nacional, o BB optou por
economizar também no item segurança, anunciando redução de 12% nos
gastos com o setor, o que causou a demissão de mais de 200 vigilantes. Em
Bauru, não é diferente. Após retirar os
vigilantes da agência empresarial, na
sexta-feira o BB retirou a segurança do
prédio da Estadual. A desculpa é que
em ambos os prédios não há movimentação de dinheiro.
Para o Sindicato dos Bancários
de Bauru/Conlutas, a verdade é que
o BB hoje se preocupa mais com a manutenção de seus lucros do que com a
segurança e o bem-estar de seus funcionários e clientes. Cadê a responsabilidade social, BB?
FALA, BANCÁRIO!
Quero deixar aqui meu protesto.
Estou passando muito mal desde ontem [sábado] por suspeita de dengue
– diagnóstico do médico da UPA. Fui
bem tratada e o atendimento levou
cerca de 1h30. Não é o fim do mundo
ter de ser atendida num lugar público,
mesmo porque a grande maioria dos
brasileiros nem isso tem. O que pesa
aqui é: trabalho numa das maiores
empresas do ramo financeiro do país
[BB] e, por um problema qualquer, os
usuários do meu plano [Economus]
estão sem atendimento há dias. Se
meu convênio estivesse em dia eu
não tomaria o lugar na fila de pessoas que não têm acesso ao sistema de
saúde privado. Isso é um desrespeito!
Não pode acontecer.
Wanderleia Hungaro (CSL Ribeirão
Preto, Plataforma Bauru)
ENQUANTO ISSO...
BB se movimenta para comprar mais 25% do Votorantim e,
ainda, um outro banco nos Estados Unidos
Ao mesmo tempo em que tenta
economizar com o funcionalismo e
com a segurança, o Banco do Brasil
pensa em crescer ainda mais, dentro
e fora do país. Ou seja: não cuida direito nem de seus funcionários, nem
de suas agências, mas quer ampliar
o número de ambos.
Está oferecendo R$ 2 bilhões
para comprar mais 25% do Banco
Votorantim. Em 2009, o BB pagou R$
4,2 bilhões pela metade do banco. Especializado em financiamento de carros usados, o Votorantim teve prejuízo
de R$ 1,98 bilhão em 2012.
Apesar de chegar a 75% do capital, o BB seguirá com minoria do capital
votante (49,99%), para não caracterizar
a operação como uma estatização. Reportagem da Folha de S.Paulo diz que
"não interessa à cúpula do BB engessar a instituição às amarras de banco
público". Mesmo com minoria do capital votante, o BB propõe um acordo de
acionistas para ter mais controle sobre
a nomeação de diretores.
Além do Votorantim, o BB planeja
comprar um banco para ampliar sua
rede nos Estados Unidos. Esse banco
seria o City National Bank of Florida,
unidade americana do espanhol
Bankia, que, por sua vez, recebeu o
maior socorro do governo na reestruturação bancária do país. O City
National tem 26 agências e está avaliado em cerca de US$ 1 bilhão.
Isso mostra que o BB tem dinheiro de sobra para investir. Pena
que não investe em quem produz o
dinheiro: seus funcionários.
2
NA TRINCHEIRA
JURÍDICO DO SINDICATO NA LUTA
Itaú é condenado
a pagar R$ 150 mil
por 7a e 8a horas
Um bancário começou
a trabalhar no Itaú, como escriturário B, em setembro de
1974. Depois, tornou-se caixa,
chefe de serviço e, por fim,
chefe de controle de negócio, cargo no qual permaneceu durante 15 anos, até ser
demitido sem justa causa em
novembro de 2009.
Como “chefe”, recebia comissão e tinha jornada de oito
horas, com intervalo de uma
hora para almoço. No entanto, nunca teve subordinados
e nunca teve procuração para
agir em nome do banco. Além
disso, as tarefas que executava eram de caráter técnico,
operacional, e não gerencial.
Ou seja: a denominação “chefe”, na realidade, nada mais
era que um mero rótulo.
Esses foram os argumentos que, somados às provas
testemunhais, o Sindicato
dos Bancários de Bauru e
Região/Conlutas levou à
apreciação da Justiça do Trabalho.
Legislação
O artigo 224 da CLT diz
que a jornada do bancário é
de seis horas. Só que o parágrafo 2º estabelece as seguintes exceções: “as disposições
deste artigo não se aplicam
aos que exercem funções de
direção, gerência, fiscalização,
chefia e equivalentes, ou que
desempenhem outros cargos
de confiança”.
É por causa desse parágrafo que os bancos costumam atribuir nomes pomposos para cargos não tão
pomposos assim. Para a Justiça, só se enquadram nas exceções do parágrafo 2o aqueles
que têm subordinados, que
têm autonomia para agir em
nome do banco.
No caso deste trabalha-
dor, vale dizer que o Itaú somente lhe atribuiu o rótulo de
"chefe" para fazê-lo trabalhar
duas horas a mais, sem pagar
o valor devido pelas 7a e 8a horas diárias.
Decisão
O juiz Paulo de Almeida
Prado Bauer, da 1ª Vara do
Trabalho de Bauru, acatou o
pedido do Sindicato reforçando que "as atribuições são
notadamente burocráticas e
não outorgam ao trabalhador
qualquer poder de decisão" e
que, "dada a ausência de chefiados, não exercia, pois, a função de chefia".
Assim, condenou o Itaú
a pagar R$ 150 mil pelas duas
horas extras diárias mais incidências e reflexos em repousos semanais, aviso prévio,
FGTS, indenização de 40%,
13o salários, férias, etc. A decisão é de primeira instância.
DESPERDÍCIO
INSS gastaria menos
se desse atenção
à reabilitação dos
trabalhadores
Desde 2000, os gastos do
INSS (Instituto Nacional do
Seguro Social) com benefícios
previdenciários crescem quase 7,5% ao ano – em 2012, eles
somaram R$ 320,6 bilhões.
Segundo uma análise
publicada na Folha de S.Paulo,
um dos fatores que contribuem para esse aumento é a
falta de uma política de reabilitação profissional para afastados por incapacidade.
A regra diz que quem
recebe benefício por incapacidade (aposentadoria por
invalidez, auxílio-doença ou
auxílio-acidente) deve passar
por consulta médica de tempos em tempos para checar
sua capacidade laborativa.
Segundo consta no site
da Previdência Social, a reabilitação deve oferecer "meios de
reeducação ou readaptação
profissional" para o segurado
afastado retornar à atividade.
De 2009 a 2011 (último
dado disponível), só pouco
mais de 168 mil segurados
passaram por triagem. Desses, quase 17 mil tiveram o
benefício cortado e voltaram
ao trabalho; e 53.672 tiveram
alta após reabilitação.
Porém, esses números
não condizem com a realidade. Na prática, tiveram acesso
à reabilitação somente 1,35%
dos 5 milhões dos benefíciários por incapacidade.
Para o Sindicato dos
Bancários de Bauru e Região/Conlutas, se o INSS
reclama tanto da falta de dinheiro, deveria investir em
políticas preventivas, que hoje praticamente não existem,
e não simplesmente considerar apto para o trabalho quem
na verdade não passou por
reabilitação.
JUSTIÇA PRESENÇA
Bradesco é obrigado a contratar terceirizados
do setor de cartões em São Paulo
O Ministério Público
do Trabalho (MPT) obrigou
o Bradesco a contratar cerca de 100 terceirizados do
setor de cartões. Eles serão
demitidos da empresa Manpower e contratados pelo
banco, pois exercem funções de típicas de bancários.
A empresa terceirizada não
poderá pressionar os trabalhadores a pedir demissão.
Eles terão de ser demitidos
para receber, principalmen-
te, a multa de 40% sobre os
depósitos do FGTS.
Há tempos o setor de cartões do Bradesco, localizado
nas concentrações Cidade de
Deus (Osasco) e Rio Negro (Alphaville), é reconhecido por
conta da falta de condições
de trabalho. Desta vez, o banco não escapou.
No dia 30 de janeiro, fiscais do MPT flagraram os funcionários terceirizados executando tarefas de bancários.
Os terceirizados, inclusive,
tinham como chefe um supervisor que é funcionário do
Bradesco.
Uma grave irregularidade
encontrada pelos fiscais é a de
quebra de sigilo: os terceirizados tinham acesso às informações dos clientes, dados que
só bancários podem acessar.
A verdade é que o Bradesco estava mantendo "funcionários" de segunda classe,
já que esses trabalhadores
executavam tarefas de bancários sem receber o salário da
categoria e nem os benefícios
como vale-refeição no mesmo
valor, convênio médico, PLR,
auxílio-creche/babá, etc.
Ações em Bauru
Por seu ativismo judicial,
o Sindicato dos Bancários
de Bauru e Região/Conlutas
já conseguiu proibir estágiários em agências bancárias
do Santander e do Banco do
Brasil. Também conseguiu
proibir, nas áreas-meio da
Caixa, a atuação de terceirizados que se relacione com
a atividade-fim do banco.
Além disso, o Sindicato/Conlutas já ajuizou inúmeras ações individuais que
pedem equiparação salarial
e de direitos para terceirizados que exercem funções
típicas de bancários. Chega
de precarização de mão-deobra!
NA TRINCHEIRA
3
UMA VERDADEIRA SENZALA
Com lucros bilionários, Satãder deixa
funcionários sem materiais de higiene e limpeza
O Santander, essa senzala espanhola no Brasil, já é
famoso entre funcionários e
clientes por ser uma empresa campeã em assédio moral.
Seus funcionários são
penalizados
diariamente
com a cobrança de metas
absurdas e, além de serem
assediados com ameaças de
demissão se não baterem as
metas, ainda sofrem com o
acúmulo de serviço, já que
em todos os locais de trabalho é gritante a falta de funcionários.
Isso implica em acúmulo
de serviço com extrapolação
de jornada, desvio de função
– obrigando coordenadores
a trabalharem no caixa, sem
almoço, durante todo o expediente – e filas intermináveis nas agências.
Além de tudo isso, já
faz algum tempo que faltam
materiais de todos os tipos,
desde materiais de escritório
até materiais de higiene e
limpeza nas agências do Satãder.
Os funcionários são
obrigados, por exemplo, a
beber água em copinhos de
café, a enxugar as mãos na
roupa – já que nos banheiros não há papel toalha – e
a lavar a louça das refeições
apenas com água, pois não
há detergente.Além disso,
estão tendo de disputar até
mesmo folhas de sulfite.
Esse carrasco espanhol
mais uma vez demonstra o
pouco caso com os clientes e
os funcionários no Brasil cortando verbas para a compra
desses materiais enquanto
gasta milhões em patrocínios na Fórmula 1 e em futebol pelo mundo.
O mínimo que uma empresa tem de fazer é dar condições de trabalho aos seus
funcionários, e não é isso o
que ocorre no Satãder.
Se essa situação não
se normalizar, o Sindicato
dos Bancários de Bauru e
Região/Conlutas vai para a
porta das agências denunciar mais esse descaso com a
população e os trabalhadores no Brasil.
MPF denuncia Caixa por venda casada em
financiamento imobiliário
A Caixa Econômica Federal foi denunciada pelo
Ministério Público Federal
do Espírito Santo (MPF/ES)
por praticar a chamada "venda casada" nos financiamentos do programa Minha Casa
Minha Vida. Investigações
constataram que a Caixa
oferece taxas reduzidas para
pessoas que contratem também outros serviços.
Ainda segundo o MPF/
ES, a Caixa omite informações relevantes a respeito
dos financiamentos (como a
desnecessidade de se abrir
uma conta corrente para ter
o pedido de crédito analisado), induzindo, assim, os
clientes a abrirem uma conta
quase que exclusivamente
para o pagamento de prestações.
A 'venda casada' fere o
artigo 39 do Código de Defesa do Consumidor, que diz
ser abusivo condicionar a
venda de produtos ou serviços ao fornecimento de outro produto ou serviço.
O MPF/ES pede que a
Caixa seja condenada ao pagamento de multa no valor
de R$ 500 mil por dano moral coletivo e que divulgue
em suas agências e empresas
terceirizadas, em local visível
e de fácil acesso, as principais informações acerca dos
financiamentos imobiliários.
Pede também que a Caixa
deixe de exigir a aquisição
de outro produto ou serviço
como condição para a análise e deferimento do financiamento e que não faça distinção de tratamento entre
consumidores correntistas e
não-correntistas, sob pena
de multa no valor de R$ 10
mil por consumidor lesado.
A ação é válida para apenas onze municípios capixa-
bas, mas, para o Sindicato
dos Bancários de Bauru e
Região/Conlutas, a verdade é que o problema não se
restringe a somente esses locais e nem tampouco ocorre
somente no âmbito do programa Minha Casa Minha Vida. A prática é generalizada.
É uma vergonha que a
Caixa, um banco 100% público, se aproveite da necessidade de milhares de pessoas
que precisam de uma moradia – um direito de todos, segundo a Constituição Federal – para empurrar produtos
que ninguém pediu. Que a
Justiça puna esse abuso!
Além dos clientes, os
empregados também são
vitimados por esta conjuntura desastrosa, fruto da
ganância e da irresponsabilidade da direção da Caixa.
Os bancários são expostos
a jornadas de trabalho extenuantes, devido à gritante
escassez de empregados e
à complexidade e aos riscos
operacionais dos processos
de concessão de crédito habitacional. Se não bastasse,
ainda são cobrados para
atingir metas cada vez mais
inatingíveis de tão altas.
Itaú atrasa pagamento da bolsa educação
Os funcionários do Itaú
que foram selecionados para
receber a bolsa educação ainda não receberam nenhum
valor este ano. Isso porque o
banco atrasou até mesmo na
divulgação dos contemplados: seus nomes só se tornaram conhecidos no dia 27 de
março.
O Itaú diz que tem asseguradas 5,5 mil bolsas, das
quais 4 mil são para bancários, mil para bancários com
deficiência e 500 para não
bancários. A bolsa é paga durante onze meses, de fevereiro a dezembro, e seus valores
correspondem a 70% do valor
da mensalidade, limitados a
R$ 320.
Para o Sindicato dos
Bancários de Bauru e Região/Conlutas, o atraso na
divulgação dos contemplados e, consequentemente, no
pagamento dos valores são
inaceitáveis.
Como se não bastasse os
postulantes às bolsas terem
de fazer os cursos que o banco
quer, é óbvio que só concorrem a elas porque realmente
não têm condições de arcar
com os custos dos estudos.
O Sindicato dos Bancá-
rios de Bauru e Região/Conlutas espera que banco regularize a situação rapidamente
e que reembolse os valores
que os funcionários já gastaram nos meses de fevereiro e
março.
Funcionários estão tendo de
arcar com o peso dos estudos
enquanto esperam pela
"boa vontade" do Itaú
4
NA TRINCHEIRA
Torneio Início de Futsal 2013
Bravi Corretora fica com o troféu de campeão
ELIMINATÓRIAS
Bravi Corretora
Galácticos BB/CEF
Bravi Corretora
Galácticos BB/CEF
Bradesco Presença
CEF
Mercantil do Brasil: 3o lugar
0
2
3
5
3
4
Bradesco Presença
CEF
Mercantil do Brasil
Santander
Mercantil do Brasil
Santander
4 x 2
2 x 3
Galácticos BB/CEF
Santander
1 x 3
Mercantil do Brasil
6 x 0
Santander
7
2
6
4
2
2
x
x
x
x
x
x
SEMIFINAIS
Bravi Corretora
Mercantil do Brasil
3O LUGAR
Bravi Corretora:
1o Lugar
Galácticos BB/CEF
FINAL
Bravi Corretora
Galácticos BB/CEF: 4o lugar
Santander:
Vice
Vitor recebe o troféu de
campeão
Com 6 gols cada,
Kanashiro e Uriel (Bravi)
foram os artilheiros
Andrei, também do
Bravi Corretora,
foi o melhor goleiro
Dilma entrega ministérios a políticos pra lá de suspeitos
A campanha eleitoral de
2014 já faz parte da agenda
de governo da presidente
Dilma Rousseff. Não há como
negar. E, em busca de garantir os preciosos minutos da
propaganda eleitoral gratuita de rádio e televisão, Dilma
vem entregando aos partidos
aliados o comando de várias
secretarias e ministérios. Na
verdade, está até criando novos ministérios para abrigar
tantos políticos com fome de
poder e dinheiro.
NA
TRINCHEIRA
O PMDB é o maior dos aliados, tendo, inclusive, Michel
Temer como vice-presidente
da República. Mesmo assim,
precisa de agrados constantes. Segundo o Estadão do
dia 3, "para afagar o PMDB em
dois Estados cruciais, [Dilma]
nomeou o ex-governador fluminense Wellington Moreira
Franco para a Secretaria da
Aviação Civil e o presidente
do partido em Minas, deputado Antonio Andrade, para a
Agricultura".
Mas o que causou grande surpresa mesmo foi o fato de Dilma ter devolvido os
ministérios do Trabalho e dos
Transportes a uma gente que
pouco tempo atrás, por causa
de denúncias de corrupção,
acabou sendo varrida do governo durante a "faxina".
Na semana passada, depois de receber o senador Alfredo Nascimento, do Partido
da República (PR), no Palácio
do Planalto, Dilma nomeou
para o Ministério dos Trans-
portes César Borges, correligionário de Nascimento.
Nascimento já foi o titular da
pasta, mas foi tirado de lá no
início do mandato de Dilma,
quando se descobriu que o
lugar era um verdadeiro covil. Agora que a presidente
já lançou sua campanha de
reeleição, nada disso parece
importar.
O Ministério do Trabalho
também voltou para o comando de Carlos Lupi. Indiretamente, é verdade: o posto
foi entregue a Manoel Dias,
secretário-geral do PDT e paumandado de Lupi, o presidente da sigla.
Além disso, Dilma está
criando o Ministério da Micro e Pequena Empresa para
atrair o PSD de Gilberto Kassab aos seus palanques. O titular do 39.º ministério será o
vice-governador paulista Afif
Domingos.
É o dinheiro do povo sendo usado para sustentar toda
essa farra dos governistas.
Jornal do Sindicato dos Bancários e Financiários de Bauru e Região / CSP-Conlutas. Jornalista Responsável: Diego Teixeira (MTb 41.429).
Redação e Diagramação: Diego Teixeira. Sede: Rua Marcondes Salgado, 4-44, Centro, Bauru - CEP 17010-040. Fone: (14) 3102-7270 / Fax: 3102-7272. Subsede Avaré: Rua
Rio de Janeiro, 1.228. Fone: (14) 8138-1555. Subsede Santa Cruz do Rio Pardo: Rua Marechal Bittencourt, 414, Edifício San Rafael, Sala 103. Fone: (14) 3372-5600. Site: www.
seebbauru.org.br ou www.seebbauru.com.br / E-mail: [email protected]

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