8 - Sindicerv

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8 - Sindicerv
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Data: 08-07-2010
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Cerveja e churrasco mais baratos
IBGE registra inflação zero e FGV percebe alta menor nos preços. Copa do Mundo seria
justificativa para a queda
Rio - A inflação ficou zerada no mês passado. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA),
medido pelo IBGE, caiu em relação a maio (0,43%) e registrou o menor patamar desde junho de
2006, e é o mais baixo deste ano. Para o órgão, a Copa do Mundo segurou os preços. Carne e
cerveja tiveram forte variação negativa. No Rio, o leite já está mais barato conforme O DIA
antecipou na coluna ‘De Olho no seu Bolso’ de junho.
A redução de preços conferida pelo IBGE pode ter relação com a expectativa de alta dos juros pelo
Banco Central, na avaliação do professor William Eid Junior. Ele acredita que isso inibiria o
consumo. A queda nos preços dos alimentos também foi determinante.
De acordo com a economista do IBGE Eulina Nunes, os jogos de futebol pela televisão tiveram
impacto no consumo das famílias. A batata ficou 23,97% mais barata. A carne também saiu mais
em conta. “Usadas para fazer churrascos, elas reduziram (de preço) em razão da menor
exportação”, analisou a especialista.
A inflação acumulada até junho chega a 3,09%. “O que se vê em junho é uma redução grande do
consumo, que levou os preços para baixo”, disse Eulina.
A cervejinha que acompanhou as partidas também pesou menos no orçamento. Teve queda de
1,44% nos preços em junho. Para a economista, a eliminação do Brasil na Copa do Mundo vai
resultar em novos cortes nos preços. “Tende a cair porque está sobrando cerveja no mercado”,
avalia.
A pesquisa também mostrou que o leite pasteurizado ficou mais caro no Brasil. No Rio, entretanto,
o preço da bebida baixou 4,6% nas três primeiras semanas de junho, segundo a Fecomércio RJ.
Como O DIA informou, parte do impacto da isenção de ICMS no Estado do Rio já começa a refletir
na prateleira dos mercados.
FGV percebe alta menor da inflação
O índice de preços aferido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) subiu menos no mês passado. A
alta no IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna) foi de 0,34% em junho. Em maio,
ficou em 1,57%.
Entre os componentes do indicador da FGV, pesquisado a partir dos preços de 1º a 30 de junho,
minério de ferro e o custo da construção tiveram as principais reduções. Na medição dos preços ao
consumidor (IPC), houve deflação de 0,21%.
A fundação registrou queda ainda nos preços no varejo de batata-inglesa, açúcar refinado, leite
longa vida, cenoura e tomate. Mais uma vez, a alimentação influenciou a desaceleração.
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Data: 08-07-2010
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Cervejeiro visita fábrica e se redime com os santos
Roberto Fonseca fez uma peregrinação ao berço do estilo consagrado mundialmente, que
influenciou o que há de bom - e de ruim - no mundo da cerveja
Roberto Fonseca, REPÚBLICA CHECA
Oásis da cerveja. Um pub que serva a urquell não filtrada à vontade. Foto: Roberto Fonseca/AE
Uma das maiores vergonhas de um cervejeiro é ter ido a um país que é berço de estilo
mundialmente famoso da bebida sem pisar em nem sequer uma de suas fábricas. Vivi essa agonia
com a Pilsner Urquell, criada em 1842 e mãe do estilo pilsen. Fui a Praga em 2002, mas leigo à
época, não cogitei ir a Pilsen, lar da Urquell.
Pelos anos seguintes, imaginei que, se não fizesse a devida peregrinação, seria, tão logo desse
meu derradeiro gole, levado a um tribunal e julgado pelos grandes patronos cervejeiros, Santo
Agostinho, São Venceslau, São Arnoldo e São Columbano. "Você não prestou a devida
homenagem ao estilo pilsen", diriam. No instante seguinte, lá estaria eu, condenado à eternidade
como figurante em comercial de cerveja industrial de péssima qualidade.
Resolvi tomar uma atitude em maio deste ano, conciliando a visita cervejeira com a possibilidade
de visitar Praga em dias ensolarados. O roteiro começou longe dos bares da praça da cidade velha
(Staromestské námestí ), que cobram uma fábula de turistas que querem tomar a Urquell ao ar
livre, olhando o relógio astronômico. Para o bem e o mal, a cidade ficou bem mais turística.
Uma das amostras dessa mutação ocorreu na visita ao U Fleku, tradicional cervejaria e pub de
Praga, do final do século 15, famoso por sua bela dark lager, com notas de toffee, chocolate,
torrado e café. Cheguei sedento para reencontrar a cerveja, mas o que vi foi um garçom agitando
insistentemente um copo de schnaps - destilado com forte sabor de álcool. Depois do quinto "não",
capitulei. Um erro, pois ele "amortece" a boca e tira a sensibilidade para as sutilezas da cerveja.
O serviço é turístico (leia-se, rápido), o que tira o prazer de sorver a cerveja com calma. Mas vale a
visita, principalmente se acompanhada de um tour pelos antigos equipamentos da cervejaria.
Também é possível levar uma(s) garrafa(s) da cerveja para casa.
No dia seguinte, saí da Hlavní nádraží , a estação central de trem, para Pilsen. A parada final fica a
poucos metros da fábrica da Urquell. A entrada chama atenção, com seu portão de pedra com
esculturas erguido em 1892, quando a cervejaria fez 50 anos. A primeira parte da visita é
burocrática, mas melhora com o "raio-x" da cerveja, do nascimento e crescimento do lúpulo à prova
dos ingredientes (se não gosta de amargor, cuidado com o lúpulo).
Mas por que, na própria República Checa, quase não se veem placas com o nome local da cerveja
(Plzenský Prazdroj), e sim no alemão Pilsner Urquell? O guia explica que a mudança tem razões
turísticas: o nome globalizado é mais fácil de pronunciar.
O ponto alto da visita é a passagem pelos túneis sob a fábrica, que por muitos anos serviram para
manter a cerveja abaixo de 8° C, temperatura ideal de maturação. Por um buraco no nível do chão,
eram jogadas grandes quantidades de gelo em um salão subterrâneo; quando derretia, a água
gelada escorria pelos corredores e resfriava as galerias.
No fim do gelado percurso, o visitante prova a Urquell maturada em barris de madeira, sem
filtragem. É só um copinho, mas vale cada gota: com o fermento, a cerveja mantém notas mais
destacadas de lúpulo no aroma e no sabor, além de um amargor fino. Infelizmente, entre os vários
itens que podem ser comprados na loja da fábrica não há uma versão to go dessa receita. A boa
notícia é que, não longe de lá, ao lado de um museu da cerveja, fica o Na Parkánu, um pub que
serve a Urquell não filtrada à vontade.
Embora a fábrica tenha se modernizado e a produção em barris de madeira tenha hoje mais
objetivos turísticos que de comercialização, é uma emoção visitar a terra natal da pilsen,
principalmente ao passar pelos portões da fábrica de volta ao resto do mundo, repleto de cervejas
sem aroma e sabor que nasceram como cópias da Urquell. No caminho para a estação, um
"brinde" de despedida da fábrica, que, com a produção em andamento, despejava no ar um
delicioso aroma de malte e lúpulo, sentido até a porta do trem.
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Data: 08-07-2010
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Louras e morenas no Brasil
Conheça as cervejas checas que são vendidas por aqui
Roberto Fonseca, REPÚBLICA CHECA
Pilsner Urquell
A cerveja perdeu parte de seu brilho por questões comerciais e o transporte entre os países sempre penoso. Mas continua sendo a melhor do estilo entre as importadas disponíveis por aqui.
Bela combinação entre malte, que confere notas de biscoito e adocicadas, e lúpulo, com elementos
cítricos e algo herbais. Amargor destacado, bastante superior a boa parte de nossas ditas pilsens.
Outra marca da Importbeer
Primator Weizenbier
Uma das tentativas de produtores checos da cidade de Náchod de fugir da dupla pilsen/dark lager
com uma weissbier de estilo alemão. Notas de banana e cravo suaves no aroma e sabor. Os dois
elementos, porém, poderiam aparecer de forma mais intensa, com um pouco mais de corpo,
mesmo em um estilo que prevê cervejas mais suaves. Vendida pela Importbeer
(http://www.ibeer.com.br/)
Czechvar
A Budvar checa, que, nas Américas, tem de mudar de nome pela briga de patentes com a
Budweiser. Também uma boa cerveja, com bom amargor e balanço entre malte e lúpulo. Mas
perde um pouco em intensidade e complexidade para a Urquell. Vendida na Uniland
(http://www.uniland.com.br/)
1795
Produzida em Ceské Budejovice, como a Czechvar, segue a mesma receita de equilíbrio entre
malte e lúpulo, com amargor mais moderado que o da Urquell, mas bastante presente.
Comercializada pela Bier & Wein (http://www.buw.com/)
Starobrno
Produzida na cidade de Brno, segue a linha da 1795, com amargor mais moderado e mais fácil de
beber, mas mantém boas notas de malte e lúpulo no sabor. Vendida também pela Importbeer
Brouczech
Produzida na cervejaria Nova Paka, tem amargor afiado e boa base de malte. Trazida pela
Importbeer
Lucan
Produzida na cidade de Zatec, lar do lúpulo homônimo, mais conhecido como Saaz. Pilsen com
5,4% de teor alcoólico e bom amargor, mas mais puxada para o malte. Trazida pela Importbeer
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Pilsen bebida na fonte
Os nomes dos bares são impronunciáveis, mas basta pedir pilsen ou dark
lager que o garçom entende na hora: cerveja é o segundo idioma mais falado
na República Checa, que há séculos vem dando aulas de fermentação
Roberto Fonseca, REPÚBLICA CHECA
Mundo da cerveja. A República Checa fabrica algumas das cervejas mais
consumidas do mundo
Ele é o estilo de cerveja mais consumido no mundo. Por aqui, é também o mais
popular - ainda que, hoje, muitos o associem a uma cerveja de gosto duvidoso. E,
por ironia do destino, apesar de ter nascido na República Checa, para rivalizar
com as pales ales inglesas, foi criação do alemão Josef Groll, contratado pela
cidade de Pilsen para produzir uma bebida diferente das cervejas castanhoescuras que existiam até então.
A primeira leva de cerveja pilsen chegou aos copos dos checos em novembro de
1842. Foi uma surpresa, principalmente ao ser servida em taças translúcidas de
cristal da Boêmia: uma cerveja dourada, fermentada em baixas temperaturas, com
aroma de malte e de lúpulo. Ganhou o nome de Plzenský Prazdroj, em alemão
Pilsner Urquell, ou "pilsen da fonte original". A marca, hoje controlada pelo grupo
sul-africano SAB/Miller, ainda é sinônimo do estilo no mundo, embora tenha
perdido parte de seu amargor.
Ainda na "onda" da pilsen, outra cidade que se tornou famosa pela produção
cervejeira no país foi Ceské Budejovice, "lar" da Budweiser - que não é a que você
provavelmente imagina. Há mais de um século, os fabricantes da marca travam
duelo com os donos da cerveja norte-americana homônima pela patente. No
Brasil, ela chega como Czechvar.
Outro estilo tradicional na República Checa é o das dark lagers - lá, tmavy lezák -,
cervejas de baixa fermentação, escuras, marcadas por notas de malte caramelo e
toffee e doçura residual. A mais famosa de todas é produzida pelo U Fleku,
restaurante e cervejaria que abriu em 1499 - antes da descoberta do Brasil.
O escritor Ronaldo Morado, autor da Larousse da Cerveja, escreveu que os anos
de comunismo na República Checa tiveram boas e más influências na produção
cervejeira. Com o isolamento de boa parte do mundo, pouca coisa mudou nos
métodos tradicionais de produção e receitas, em uma época em que lagers
industriais, produzidas em massa e com cada vez menos personalidade,
ganhavam força. Por outro lado, a falta de atualização tecnológica deixou as
cervejarias em condições precárias no fim do regime comunista e com distribuição
praticamente nula fora do país.
Na hoje turística Praga é quase impossível não encontrar um bar que tenha o
logotipo da Pilsner Urquell na fachada - a marca domina o mercado e é a "cerveja
de trabalho" dos checos. Eles, contudo, evitam os bares turísticos, onde uma taça
da Urquell pode custar até 90 coroas (cerca de 4), preço inimaginável para a
renda média do país. Mesmo assim, paradas indispensáveis são o U Pinkasú,
primeiro lugar a servir a Urquell em Praga, em 1843, e o U Zlateho Tygra, um dos
mais antigos da cidade.
Além da tradição, há grupos de microcervejarias e produtores maiores buscando
inovações. Marca disponível no Brasil, a Primator produz estilos que fogem do
"pilsen/dark lager", como Stout e Weissbier. É nas micros, porém, que estão as
melhores surpresas, caso da Strahov e sua linha de cervejas Svaty Norbert, que
inclui uma índia pale ale de influência inglesa e uma pilsen capaz de rivalizar com
a Urquell.
Outra produção reconhecida é a Koutský, com quatro de suas receitas entre as
dez mais bem cotadas no país no site de avaliação cervejeira
http://www.ratebeer.com/.
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Pilsen bebida na fonte
Os nomes dos bares são impronunciáveis, mas basta pedir pilsen ou dark lager
que o garçom entende na hora: cerveja é o segundo idioma mais falado na
República Checa, que há séculos vem dando aulas de fermentação
Ele é o estilo de cerveja mais consumido no mundo. Por aqui, é também o mais
popular - ainda que, hoje, muitos o associem a uma cerveja de gosto duvidoso. E,
por ironia do destino, apesar de ter nascido na República Checa, para rivalizar
com as pales ales inglesas, foi criação do alemão Josef Groll, contratado pela
cidade de Pilsen para produzir uma bebida diferente das cervejas castanhoescuras que existiam até então.
A primeira leva de cerveja pilsen chegou aos copos dos checos em novembro de
1842. Foi uma surpresa, principalmente ao ser servida em taças translúcidas de
cristal da Boêmia: uma cerveja dourada, fermentada em baixas temperaturas, com
aroma de malte e de lúpulo. Ganhou o nome de Plzenský Prazdroj, em alemão
Pilsner Urquell, ou "pilsen da fonte original". A marca, hoje controlada pelo grupo
sul-africano SAB/Miller, ainda é sinônimo do estilo no mundo, embora tenha
perdido parte de seu amargor.
Ainda na "onda" da pilsen, outra cidade que se tornou famosa pela produção
cervejeira no país foi Ceské Budejovice, "lar" da Budweiser - que não é a que você
provavelmente imagina. Há mais de um século, os fabricantes da marca travam
duelo com os donos da cerveja norte-americana homônima pela patente. No
Brasil, ela chega como Czechvar.
Outro estilo tradicional na República Checa é o das dark lagers - lá, tmavy lezák -,
cervejas de baixa fermentação, escuras, marcadas por notas de malte caramelo e
toffee e doçura residual. A mais famosa de todas é produzida pelo U Fleku,
restaurante e cervejaria que abriu em 1499 - antes da descoberta do Brasil.
O escritor Ronaldo Morado, autor da Larousse da Cerveja, escreveu que os anos
de comunismo na República Checa tiveram boas e más influências na produção
cervejeira. Com o isolamento de boa parte do mundo, pouca coisa mudou nos
métodos tradicionais de produção e receitas, em uma época em que lagers
industriais, produzidas em massa e com cada vez menos personalidade,
ganhavam força. Por outro lado, a falta de atualização tecnológica deixou as
cervejarias em condições precárias no fim do regime comunista e com distribuição
praticamente nula fora do país.
Na hoje turística Praga é quase impossível não encontrar um bar que tenha o
logotipo da Pilsner Urquell na fachada - a marca domina o mercado e é a "cerveja
de trabalho" dos checos. Eles, contudo, evitam os bares turísticos, onde uma taça
da Urquell pode custar até 90 coroas (cerca de 4), preço inimaginável para a
renda média do país. Mesmo assim, paradas indispensáveis são o U Pinkasú,
primeiro lugar a servir a Urquell em Praga, em 1843, e o U Zlateho Tygra, um dos
mais antigos da cidade.
Além da tradição, há grupos de microcervejarias e produtores maiores buscando
inovações. Marca disponível no Brasil, a Primator produz estilos que fogem do
"pilsen/dark lager", como Stout e Weissbier. É nas micros, porém, que estão as
melhores surpresas, caso da Strahov e sua linha de cervejas Svaty Norbert, que
inclui uma índia pale ale de influência inglesa e uma pilsen capaz de rivalizar com
a Urquell.
Outra produção reconhecida é a Koutský, com quatro de suas receitas entre as
dez mais bem cotadas no país no site de avaliação cervejeira www.ratebeer.com.

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